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108
INSTITUTO DOCTUM FACULDADES DOCTUM CARATINGA ARQUITETURA E URBANISMO RAFAELA MACIEL BRAGANÇA QUALIFICAÇÃO DOS AMBIENTES DE LAVANDERIA HOSPITALAR E CONTRIBUIÇÃO NO CONTROLE DE INFECÇÃO: UM ESTUDO SOBRE A LAVANDERIA DO HNSA

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INSTITUTO DOCTUMFACULDADES DOCTUM CARATINGA

ARQUITETURA E URBANISMO

RAFAELA MACIEL BRAGANÇA

QUALIFICAÇÃO DOS AMBIENTES DE LAVANDERIA HOSPITALAR E CONTRIBUIÇÃO NO CONTROLE DE INFECÇÃO: UM ESTUDO

SOBRE A LAVANDERIA DO HNSA

CARATINGA2019

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RAFAELA MACIEL BRAGANÇA

QUALIFICAÇÃO DOS AMBIENTES DE LAVANDERIA HOSPITALAR E CONTRIBUIÇÃO NO CONTROLE DE INFECÇÃO: UM ESTUDO

SOBRE A LAVANDERIA DO HNSA

Monografia apresentada ao Curso apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo das Faculdades Doctum de Caratinga, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientadores: Dr. Rogério Francisco Werly Costa; Me. Marine Luiza de Oliveira Mattos e Prof. Camila Silva.

CARATINGA2019

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RAFAELA MACIEL BRAGANÇA

QUALIFICAÇÃO DOS AMBIENTES DE LAVANDERIA HOSPITALAR E CONTRIBUIÇÃO NO CONTROLE DE INFECÇÃO: UM ESTUDO

SOBRE A LAVANDERIA DO HNSA

Monografia apresentada ao Curso apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo das Faculdades Doctum de Caratinga, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Comissão examinadora

__________________________

Prof. Dr. Rogério Francisco Werly Costa.

Faculdades Doctum de Caratinga

__________________________

Prof.(a) Camila Alves da Silva

Faculdades Doctum de Caratinga

__________________________

Prof. Maxuell Rodrigues Andrade

Faculdades Doctum de Caratinga

CARATINGA2019

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III

Dedico esta monografia aos que me fortaleceram e me acompanharam em

minhas metas, aos meus colegas de curso que por cinco anos fizeram parte da

realização de um sonho. A minha mãe e meu padrasto, que com muito carinho me

ensinaram o caminho da justiça. Meu irmão que sempre teve palavras simples e de

conforto em momentos difíceis e ao meu querido namorado que sempre esteve ao

meu lado e nunca me deixou desistir.

À Deus.

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IV

Agradeço aos meus orientadores pela

paciência e grande ensinamentos. Vocês foram por

cinco anos, nossas bases de ensino.

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V

“Feliz aquele que transfere o que sabe e

aprende o que ensina.”

Cora Coralina

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VI

RESUMO

O presente trabalho apresenta a estrutura organizacional do setor da

lavanderia do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora em Caratinga/MG, na qual

envolve o processamento das roupas sujas que chegam até o setor e após limpas,

são distribuídas em perfeitas condições de higiene e conservação. O HNSA atende

13 municípios da região e tem impacto positivo no atendimento de saúde. Esta

monografia tem como justificativa a adequação das normas que organizam os

setores da lavanderia e confecção do projeto arquitetônico que será aprovado para

melhor qualidade nos atendimentos prestados com devolutiva das roupas limpas e

com o controle de infecção adequado, além disso, a planilha orçamentária

representa um grande desafio para a direção do hospital, sendo 90% dos

atendimentos seres SUS, por ser instituição filantrópica e os 10% em consultas

particulares, neste sentido, o desafio é adequar tal ambiente as normas necessárias

com a falta de repasse de recursos financeiros do estado e de seis dos treze

municípios no qual atende. Para que este objetivo seja alcançado, a metodologia I

aplicada na execução deste trabalho compreende a revisão das normas do

Ministério da Saúde, Manual de Lavanderia Hospitalar, ABNT NB 19 e da ANVISA,

diálogo com os funcionários, profissionais arquitetos atuantes na área de projetos

hospitalares e também com os consultores técnicos que representam as empresas

fornecedoras de maquinário. Já a metodologia II se refere ao projeto que será

elaborado para o trabalho de graduação final II. Sabe-se que todos os setores da

área hospitalar dão o suporte para que este setor funcione com excelência e tal

relevância nos influenciam a pensar na real funcionalidade e importância deste

ambiente no contexto hospitalar, a fim de validar a eficiência do objeto de estudo

capaz de dar a devolutiva em roupas limpas, higienizadas e dentro dos padrões

especificados pelo Ministério da Saúde.

Palavras-Chaves: Lavanderia; infecção hospitalar; processamento de roupas; riscos

ocupacionais.

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VII

ABSTRATIC

The present work presents the organizational structure of the laundry sector of

the Hospital Nossa Senhora Auxiliadora in Caratinga / MG, which involves the

processing of dirty clothes that reach the sector and after clean, are distributed in

perfect conditions of hygiene and conservation. Or HNSA serves 13 municipalities in

the region and has a positive impact on health care. This monograph has as

justification the adequacy of the norms that organize the laundry sectors and the

design of the architectural project that will be approved for better quality in the care

provided with the return of clean clothes and with the appropriate infection control,

besides, the budget spreadsheet represents a A great challenge for the hospital

management, being 90% of the consultations being SUS, because it is a

philanthropic institution and the 10% in private consultations, in this sense, the

challenge is to adapt such environment to the necessary norms with the lack of

transfer of state financial resources. and six of the thirteen municipalities in which it

serves. In order to achieve this goal, the methodology I applied in the execution of

this work includes the revision of the Ministry of Health, Hospital Laundry Manual,

ABNT NB 19 and ANVISA rules, dialogue with the staff, professional architects

working in the area of hospital projects. and also with the technical consultants

representing the machinery supplier companies. Methodology II refers to the project

that will be prepared for the final undergraduate work II. It is known that all sectors of

the hospital area support this sector to function with excellence and such relevance

influences us to think about the real functionality and importance of this environment

in the hospital context, in order to validate the efficiency of the study object capable

of give back in clean, sanitized clothing and within the standards specified by the

Ministry of Health.

Key words: Laundry; hospital infection; clothing processing; occupational hazards.

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VIII

LISTA DE SIGLAS

HNSA: Hospital Nossa Senhora Auxiliadora;

UTI: Unidade de Terapia Intensiva;

SUS: Sistema Único de Saúde;

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas;

CME: Central de Materiais Esterilizados;

ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária;

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;

TCC: Trabalho de Conclusão de Curso;

PAM: Pronto Atendimento Municipal de Caratinga;

TFG: Trabalho Final de Graduação.

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IX

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Monta-carga e elevador de serviço............................................................22

Figura 2: Mapa de Inserção de Caratinga no Estado de Minas Gerais, no Brasil.....34

Figura 3: Hospital Nossa Senhora Auxiliadora..........................................................36

Figura 4: Localização da lavanderia hospitalar..........................................................39

Figura 5: Fluxograma da lavanderia do HNSA..........................................................45

Figura 6: Layout do objeto de estudo........................................................................49

Figura 7: Máquinas de lavar na área limpa com acesso a área suja.........................50

Figura 8: Equipamento existentes que não estão em funcionamento.......................51

Figura 9: Calandra pertencente a lavanderia do HNSA.............................................52

Figura 10: Radiação solar na fachada leste..............................................................53

Figura 11: Aberturas de ventilação existentes...........................................................54

Figura 12: Lavanderia do HNSA................................................................................56

Figura 13: Pisos situados na área limpa da lavanderia do HNSA.............................57

Figura 14: Área interna e externa da lavanderia do HNSA........................................60

Figura 15: Manual de instalação - Secador rotativo...................................................63

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X

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Princípios fundamentais na condição da água para lavanderias...............20

Tabela 2: Cidades atendidas pelo HNSA..................................................................37

Tabela 3: Etapas do plano de gerenciamento do processo proposto para a

lavanderia..................................................................................................................40

Tabela 4: Roteiro de inspeção em lavanderia hospitalar...........................................44

Tabela 5: Carga horária semanal de trabalho na lavanderia.....................................59

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XI

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Etapas abrangentes do processo de lavanderia.......................................59

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XII

SUMÁRIOSUMÁRIO..................................................................................................................121 INTRODUÇÃO.................................................................................................142 EMBASAMENTO TEÓRICO...........................................................................182.1 BREVE HISTÓRICO DA LAVANDERIA HOSPITALAR..................................18

2.2 PROCESSAMENTO DE LAVAGEM DAS ROUPAS.......................................21

2.2.1.......................................................................................COLETA (ÁREA CONTAMINADA)

...................................................................................................................................21

2.2.2................................................................................................................................RECEPÇÃO

...................................................................................................................................22

2.2.3...................................................................................................................................PESAGEM

...................................................................................................................................23

2.2.4..............................................................................................................................SEPARAÇÃO

...................................................................................................................................23

2.2.5....................................................................................................................................LAVAGEM

...................................................................................................................................23

2.3 ÁREA LIMPA...................................................................................................24

2.3.1..................................................................................................................CENTRIFUGAGEM

...................................................................................................................................24

2.3.2.......................................................................................................................CALANDRAGEM

...................................................................................................................................25

2.3.3...............................................................................................SECAGEM EM SECADORAS

...................................................................................................................................25

2.3.4.............................................................................................................................PRENSAGEM

...................................................................................................................................25

2.3.5.............................................................................................................................ESTOCAGEM

...................................................................................................................................25

2.3.6.....................................................................................DISTRIBUIÇÃO DA ROUPA LIMPA

...................................................................................................................................26

2.3.7...................................................................................................................................COSTURA

...................................................................................................................................26

2.4 CONDIÇÕES AMBIENTAIS............................................................................26

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XIII

2.4.1.............................................................................................................................ILUMINAÇÃO

...................................................................................................................................27

2.4.2................................................................................................VENTILAÇÃO E EXAUSTÃO

...................................................................................................................................27

2.4.3...........................................................................................MATERIAIS DE ACABAMENTO

...................................................................................................................................27

2.5 PROCESSO DE PLANEJAMENTO EM LAVANDERIA HOSPITALAR..........28

2.5.1.........CONTAMINAÇÃO DAS ÁREAS HOSPITALARES ATRAVÉS DAS ROUPAS

DISTRIBUÍDAS..........................................................................................................29

2.5.2......................CONTROLE ADMINISTRATIVO NA SUPERVISÃO E GESTÃO DOS

MATERIAIS................................................................................................................31

3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO: LAVANDERIA DO HOSPITAL NOSSA SENHORA AUXILIADORA EM CARATINGA/MG....................343.1 PARORAMA HISTÓRICO DE CARATINGA...................................................34

3.2 HOSPITAL NOSSA SENHORA AUXILIADORA: BREVE HISTÓRICO E A

RELAÇÃO DO MESMO COM AS CIDADES DO ENTORNO...................................35

3.3 OBJETO DE ESTUDO: LAVANDERIA DO HOSPITAL NOSSA SENHORA

AUXILIADORA...........................................................................................................38

4 PROCEDIMENTOS METODÓLOGICOS........................................................424.1 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 01.......................................................42

4.1.1................................................................................................PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

...................................................................................................................................42

4.1.2.........PESQUISA DE CAMPO E CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

...................................................................................................................................43

4.1.3..............................................CONVIVÊNCIA NO ESPAÇO FÍSICO DA LAVANDERIA

...................................................................................................................................45

4.1.4......................................................................CONVIVÊNCIA COM OS FUNCIONÁRIOS

...................................................................................................................................46

4.1.5.....................................PESQUISA COM PROFISSIONAIS DA ÁREA HOSPITALAR

...................................................................................................................................46

4.2 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 02.......................................................47

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................485.1 RESULTADOS PROVENIENTE A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA..................48

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XIV

5.2 RESULTADOS REFERENTES A PESQUISA DE CAMPO E

CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO......................................................48

5.2.1.....ANALISE DOS EQUIPAMENTOS EXISTENTES NA LAVANDERIA DO HNSA

...................................................................................................................................49

5.2.2.. . .CONDIÇÕES DE CONFORTO TÉRMICO E DE VEDAÇÃO NA LAVANDERIA

DO HOSPITAL NOSSA..............................................................................................52

5.3 RESULTADOS PROVENIENTES A CONVIVÊNCIA NO ESPAÇO DA

LAVANDERIA............................................................................................................55

5.3.1.....................................ANALISE DOS MATERIAIS EXISTENTES NA LAVANDERIA

...................................................................................................................................56

5.4 RESULTADO PROVENIENTE A CONVIVÊNCIA COM OS FUNCIONÁRIOS

58

5.4.1............PERCEPÇÃO DOS RISCOS DIÁRIOS NO TRABALHO DA LAVANDERIA

...................................................................................................................................60

5.5 RESULTADO PROVENIENTE DA PESQUISA COM OS PROFISSIONAIS DA

ÁREA HOSPITALAR.................................................................................................62

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................647 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................65ANEXOS....................................................................................................................67

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15

1 INTRODUÇÃO

O Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA), fundado no dia 24 de maio de

1917, de abrangência microrregional, atende treze municípios, além da cidade de

Caratinga/MG. A estrutura do hospital conta com aproximadamente 170 leitos,

sendo destinados à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, seis neonatal, e os

demais repartidos entre clínica médica e cirúrgica. A instituição, além de atender aos

populares na unidade física, ainda conta com uma equipe multidisciplinar de trabalho

de humanização com o objetivo de desenvolver uma nova cultura de atendimento

interno e externo, com fatores psicossociais dos indivíduos e a comunicação nas

relações interpessoais em saúde (HNSA, 2019).

Em meados de 2017 o HNSA sofrera com falta de repasses de sete dos treze

municípios atendidos, além do Governo do Estado. Em determinado momento foi

necessária uma intervenção de uma comissão em março de 2017, que assumiu a

administração da unidade de saúde, garantindo a permanência do atendimento. A

gerência do hospital também foi supervisionada pelo estado e orientada pelo

Ministério Público. Basicamente 90% dos atendimentos prestados HNSA são feitos

pelo Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que a instituição é filantrópica. Já os

outros 10% são referentes a consultas particulares. Naquele momento a direção

recorreu em busca de apoios de instituições financeiras, empresas doadoras e

assessoria técnica com a faculdade Doctum de Caratinga, garantindo a manutenção

e propostas dinâmicas de atendimento, tanto administrativo e/ou nos serviços

prestados em prol da saúde (HNSA, 2019).

É importante salientar que o HNSA traz benefícios de grande relevância no

atendimento dos pacientes da região. Entretanto, alguns conflitos de cunho político e

financeiro colocam a sociedade como meio e não como finalidade na questão da

existência destas arquiteturas. Em contexto específico, o funcionamento do hospital

está diretamente ligado na eficiência da lavanderia. Visto que, a lavanderia é um dos

principais serviços suporte ao atendimento dos pacientes, sendo responsável pela

distribuição higienizada como fator importante no combate de contaminação.

Segundo Macedo, 2002, um bom sistema de processamento das roupas pode

reduzir o número de infecções hospitalares e ainda no impacto ambiental.

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16

Para tanto precisa obter a utilidade necessária de funcionamento aprovado

pelos órgãos de saúde competentes, necessitando de reformas quanto às

necessidades que carecem de ser executadas, com o intuito de adequação nas

normas atuantes regulamentadas e redução nos gastos financeiros de que o hospital

precisa. Uma má qualidade na lavagem das vestes acarretaria um impacto negativo

aos usuários. O intuito é de garantir que a lavanderia não seja um fator direto de

infecções no âmbito hospitalar.

O presente trabalho expõe a relação do hospital com a área da lavanderia,

com intuito de estabelecer um eficaz controle de doenças infectocontagiosas de um

ambiente ao outro, sendo dependente do desempenho de normas técnicas e legais

do Ministério da Saúde (Portaria nº 1.884/GM de 11/11/94) e a cautela de minimizar

a infecção cruzada e o custo operacional, assegurando as condições apropriadas de

trabalho aos colaboradores. É de suma importância que a eficiência de seu

funcionamento contribua diretamente no desempenho do hospital, refletindo

especialmente no controle de infecção. Basicamente, de acordo com o Manual de

Lavanderia é o apoio direto no atendimento dos pacientes, sendo responsável pelo

processamento e distribuição das roupas em perfeitas condições higiênicas, para

cada unidade hospitalar.

A justificativa que sustenta este trabalho é a contribuição para um ambiente

de qualidade e com resultados positivos para todo o ambiente hospitalar, além de

favorecer na manutenção do espaço a fim de preservar as fases do sistema de

lavagem, respeitando cada etapa de sua composição. É importante também que

neste processo esteja apto o gerenciamento individual do setor da lavanderia,

apoiando no planejamento e gestão do ambiente estudado.

Como objetivo geral, este trabalho visa identificar no espaço da lavanderia a

problemática da falta de projeto dentro das normas técnicas e propor soluções, além

de dialogar sobre a importância real da lavanderia hospitalar. Neste sentido, os

objetivos específicos visam analisar criticamente a real viabilidade de reestruturação

do layout e em particular para as adequações as normas responsáveis pelo

funcionamento de uma lavanderia hospitalar, como segue:

Diagnosticar as normas aplicadas – a fim de identificar as questões

que definem as características e condições de saúde e conforto aos

trabalhadores.

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17

Fazer pesquisas de campo – levantar dados existentes que definem a

característica do espaço atual: implantação, presença humana,

controle de atividades etc.

Estudar os revestimentos – verificar o tipo de piso escolhido, queda

dos ralos, matérias na área suja e limpa etc.

Estudar o uso dos funcionários – analisar a viabilidade de se propor o

uso adequado dos funcionários da lavanderia e do HNSA.

Fazer o projeto da lavanderia com execução – aplicar o projeto

desenvolvido com base nas regras Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT) e Ministério da Saúde.

Os procedimentos metodológicos visam dois processos: O primeiro que é

exploratório e o segundo projetual. A metodologia exploratória baseia-se em

entender o setor da lavanderia, sua funcionalidade, suas normas e sua relação com

o hospital. Neste sentido, faz parte deste processo o estudo do espaço da lavanderia

e seus materiais, pesquisa bibliográfica, diálogo com os funcionários e também com

os consultores técnicos que representam as empresas fornecedoras de maquinário

– secadoras, aparelhos de ar condicionado, exaustores, centrifugas. O segundo

procedimento metodológico visa a elaboração de projeto técnico com base no

aprendizado obtido durante o primeiro procedimento metodológico. Nesta segunda

fase, considera-se reuniões esporádicas com profissionais arquitetos e docentes

com experiência na elaboração e execução de ambientes hospitalares.

Espera-se como resultado deste trabalho alcançar de forma mais abrangente

possível a elucidação quanto a real importância da função de uma lavanderia dentro

do setor hospitalar, a fim de gerar um alerta e especial atenção ao tema. Associado

ao estágio supervisionado espera-se prestar à diretoria administrativa do Hospital

Nossa Senhora Auxiliadora o projeto técnico de reforma da referida lavanderia de

acordo com as normas, que junto ao presente trabalho de conclusão de curso,

complementam o aspecto prático e teórico capazes de devolver ao referido hospital

o benefício esperado pela diretoria no momento em que se decidiu recorrer às

Faculdades Doctum de Caratinga, em especial ao curso de Arquitetura e Urbanismo.

Neste sentido, espera-se também como resultados o benefício à sociedade local e

regional, que no referido trabalho de conclusão de curso e concomitantemente o

referido estágio supervisionado, trazer o conhecimento acerca do que representa o

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18

ambiente hospitalar, em especial o espaço da lavanderia, como também a

elaboração e execução da reforma da lavanderia do HNSA, tão importante para o

funcionamento geral do hospital.

Foram possíveis os acessos às áreas de uso restrito ao público, aos

documentos e as áreas internas do HNSA em razão do convenio de estágio com as

Faculdades Doctum de Caratinga e o hospital, sob supervisão técnica do

coordenador do curso de arquitetura e urbanismo Rogério Werly Costa.

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19

2 EMBASAMENTO TEÓRICO

Neste capítulo serão abordados temas, como setores de lavanderia

hospitalar, controle de doenças infectocontagiosas, conforto térmico e separação

das áreas de lavanderia com referencial teórico do Ministério da Saúde.

2.1 BREVE HISTÓRICO DA LAVANDERIA HOSPITALAR

Em meio ao século XIX as vestes hospitalares utilizadas pelos pacientes

adoentados eram lavandas na maior parte, fora do ambiente hospitalar, e com a

probabilidade de crescimento no índice de infecção por não existir padrões

adequados para o tratamento específicos das vestes contaminadas. Após diversos

relatos de propagação de doenças, os serviços de lavanderia passaram a ter

cuidados específicos com finalidade de prevenção e controle de infecção (TORRES;

LISBOA, 2001).

No ano de 1984 já era visível a preocupação com os cuidados das vestes

hospitalares, aplicado no Barrack Hospital. A criação da lavanderia resultou em um

aperfeiçoamento dos serviços prestados antes por civis não especializados nos

procedimentos de limpeza e resultavam na devolução de roupas mais suja e com

processos mais demorados. O desenvolvimento do projeto da lavanderia no

Florence Nightingale teve auxilio de engenheiros militares que organizaram as

práticas adequadas de serviço com instalações em caldeiras, solucionando as

maneiras de lavagem com as esposas dos soldados que os acompanham durante a

guerra (LISBOA, 1993).

Também no ano de 1984 o Hospital Lariboissiére, em Paris, teve sua

reorganização planejada com intuito de evitar riscos de contágio aos pacientes. As

divisões dos enfermos tiveram categorias diversificadas para separação em níveis

de baixo, médio e alto risco, as camas que antes era de uso coletivo foram

separadas para uso individual e os serviços complementares tiveram um

reconhecimento em maior ênfase e poder, como farmácia, cozinha, lavanderia e etc

(LISBOA; TORRES, 1999).

Com a evolução nos métodos tecnológicos e profissionais, os hospitais na

atualidade buscam serviços especializados para funções técnicas e administrativas.

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20

Segundo Mezzomo (1992), o conhecimento com falta de específicos

aperfeiçoamento leva os instaladores a vulnerabilidade de erros durante a instalação

dos equipamentos, pois se não condizerem com os serviços em seguimento

especifico haverá baixo rendimento trabalhisco.

Segundo Miana (2001), o ser humano elimina até 60.000 bactérias por

minuto, tais bactérias são aderidas às fibras e tecidos, uma vez que agitados, se

espalham e podem espalhar pelo ar e contaminar os pacientes em seu redor. Deste

modo foram aderidos dois princípios que consistem em controlar as possíveis

infecções nas lavanderias hospitalares, sendo eles: não agitar as roupas, pois,

agitando-as o risco de contaminação no ar através da suspensão de partículas e

remoção/destruição de microrganismos contaminantes, são inerentes. O contato

direto também é um contaminador dos equipamentos e uniformes dos profissionais

atuantes no serviço.

Devido os riscos a serem transmitidos no setor da lavanderia, o Ministério da

Saúde (2001) exige uma ‘barreira física’ na separação das áreas de processamento

das roupas por uma parede, minimizando as entradas de microrganismos externos,

podendo ser realizado em soluções arquitetônicas. A necessidade desta barreira

está em áreas críticas e semicríticas e desejáveis nas áreas não críticas.

O Manual de Lavanderia Hospitalar (1986) indica que o setor sujo ou

contaminado seja ampla, com ventilação orientada por meio de dutos dirigidos para

fora do hospital, para evitar contaminação cruzada, o planejamento físico deve

fornecer sanitários e chuveiros próprios para os funcionários com separação por

sexo, evitando que os mesmos passem em demais dependências da unidade sem

contaminação. O planejamento físico também deve seguir as funções da dimensão,

distribuição, localização das instalações, da circulação e do fluxo de serviço

(LISBOA; TORRES, 1999).

Como influente direto, um dos fatores de grande importância no método em

que as roupas são lavadas, é a condição da água. Sendo assim, a análise do fator

das condicionantes da mesma, se torna primordial para o sucesso do serviço.

Segundo Miana (2001), para que sejam atendidos os requisitos, necessitam de três

elementos:

Não conter sais de cálcio e de magnésio.

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Não conter ferro ou manganês, sendo matérias que amarelam o tecido

e danificam os equipamentos. Feito a eliminação pela filtragem.

Não conter matéria orgânica, podendo ser destruída pela filtragem.

Estas avaliações interferem diretamente na condição em que será entregue

as roupas para a lavagem, tais necessidades refletem na entrega do serviço com

total eficácia no controle de doenças infectocontagiosas. Deve-se sempre observar a

qualidade e segurança dos equipamentos e as variáveis em que estão sujeitos no

decorrer dos usos (MIANA, 2001). Os requisitos citados acima estão descritos de

forma ampla na Tabela 1.Tabela 1: Princípios fundamentais na condição da água para lavanderiasAspecto Límpido e s/ materiais em suspensão

Teor de Sólidos totais 700mg/1, máximo

Teor de Sólidos em

suspensão

inferior a 15mg/1

Dureza até 18 ppm

Alcalinidade livre nula

Alcalinidade total 250mg/1, máximo CaCO3

Matéria orgânica (DCO) 20mg/1 permanganato de potássio

Cloretos 250mg/1, máximo

Sulfatos 250mg/, máximo

pH 6 8,2

Ferro 0,1ppm, máximo

Aspecto Límpido e s/ materiais em suspensão

Manganês 0,05 mg/1, máximo

Cloro <0,05mg/1 (água de abastecimento)

Cobre <0,05mg/1

Fonte: www.diverseylever.com.br

Segundo o Manual de Lavanderia Hospitalar (1986) o esgoto deve ter

capacidade suficiente para receber os afluentes lançados por todas as máquinas de

lavar, sem que haja risco de transbordamento e contaminação dos ambientes. Além

disso, não é permissível que seja utilizada a mesma canalização para ambas as

áreas da lavanderia.

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O Manual de Lavanderia Hospitalar complementa afirmando que de acordo

com a quantidade de felpa ou demais resíduos que acompanham o fluente, é

necessário que haja uma instalação de caixa de suspensão (ou caixa de gordura)

com um material especifico que retém os fiapos das roupas e assim impedindo o

entupimento da rede de esgoto. Tal material deve ser instalado entre os espaços

limpo e sujo da lavanderia e demais redes de esgoto do hospital.

A norma 19 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ressalta

que os hospitais localizados em lugares inexistentes de rede de esgoto, lançam seus

efluentes em fossa séptica ou no rio após tratamento prévio. Devido ao risco de

contaminação, os efluentes devem ser tratados com cloro (20 a 25 pmm) antes que

lançados no rio. De acordo com a norma, em fossa séptica não pode ser excedido a

capacidade de 75000 litros por dia.

Como forma de contribuição na composição física das lavanderias, os

maquinários e equipamentos são fundamentais no funcionamento adequado do

espaço, na qualidade dos serviços e segurança na utilização do setor da lavanderia.

Os critérios usados na escolha dos equipamentos é a fabricação, terminologia,

instalação, níveis de ruído, segurança das máquinas e amparo em normas da ABNT.

De acordo com o Ministério da Saúde (1995), para melhor qualificar o espaço

da lavanderia e garantir o controle das roupas, é essencial que haja a separação da

área suja, considerada contaminada, onde as roupas usadas são recebidas,

pesadas, separadas de acordo com o grau de sujidade, com o tipo do tecido e

estocadas até o início do processo de lavagem e separação da na área limpa, onde

as roupas são centrifugadas, secas, passadas e armazenada até que sejam

distribuídas.

2.2 PROCESSAMENTO DE LAVAGEM DAS ROUPAS

Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde determinam que haja dois

ambientes separados: área suja (Contaminada), sendo necessária a pressão

negativa, evitando que assim à propagação de doenças infectocontagiosas, em

razão de, sempre que é aberto, o ar que entra no ambiente contaminado e não ao

contrário, e área limpa, para tratamento das roupas limpas.

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2.2.1 Coleta (Área contaminada)

O local de área suja deve ter um número reduzido de circulação, sendo

necessário um padrão de horário para recolhimento das roupas, interrompendo as

infecções cruzadas (MIANA, 2001).

É necessário que os fardos de coleta sejam impermeáveis, sendo fechados

com cordão, tiras largas de borracha ou ser costurada na aba superior; se for sacos

plásticos podem ser fechados com um nó (Manual de Lavanderia Hospitalar, 1986).

Para que seja realizado o transporte, temos as seguintes opções:

Pelo tubo de queda;

Monta-cargas;

Por elevador de serviço ou em rampas.

Fonte: Google, 2019

Segundo Karman (1973) os tubos de queda são questionáveis devido a

desvantagens: fonte de aerossóis, dificuldades de limpeza e odores; perigo de

incêndio e acidentes; estragos dos envoltórios e dificuldade no controle de roupa.

Em alguns casos em que são entregues as roupas em sacos plásticos, são

pesados e o resultado é registrado em impresso próprio. É essencial a pesagem

para que haja controle na sobrecarga de peso em maquinas e assim não ter danos

(MIANA, 2001).

2.2.2 Recepção

Figura 1: Monta-carga e elevador de serviço

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Segundo Mezzomo (1992), a recepção é o local onde as roupas são

recebidas após a coleta das roupas em todo o interior dos ambientes hospitalares

para assim retiradas dos sacos plásticos ou hampers, a fim de serem separadas

pelo tipo de sujidade ou tecido, após ser estocado e pesado até que se inicie o

processo de lavagem. Se tratando de estrutura física, Mezzomo (1992) também

sugere que a mesma deva ser afastada dos locais próximos aos cuidados dos

pacientes, das áreas de preparo de alimentos e da central de esterilização.

2.2.3 Pesagem

O processo de pesagem complementa o processo de separação. Até na

recepção a roupa chega embalada e é direcionada para a pesagem. Após a roupa

ser pesada e agrupada em fardos ou lotes de acordo com a capacidade da máquina,

que em geral é 80% de sua capacidade de lavagem, os responsáveis separam os

pacotes em função do tipo de sujidade, cor e tipo de tecido para que seja realizado a

limpeza (MEZZOMO, 1992; LISBOA; TORRES, 1999).

A importância desta função está diretamente ligada aos custos reduzidos com

as manutenções ou troca de máquinas, pois efetuada com excelência os

equipamentos não sobrecarregam em suas funções e ainda garante que as vestes

estejam complemente limpas e adequadas para reuso (MANUAL DE LAVANDERIA

HOSPITALAR, 1986).

2.2.4 Separação

A separação tem como finalidade registrar os materiais que chegam até a

lavanderia, controlar o peso das roupas que são utilizadas na unidade por fichas

feitas no próprio setor, separar as roupas de acordo com a classificação pelo grau

de sujidade, tecido ou cor, após as classificações, as peças passam pela retirada de

qualquer instrumento cirúrgico ou de qualquer outro objeto que tenha sido

encontrado no meio das vestes e assim deixa-la em condições de ser colocada na

lavadora (KOTAKA, 1989).

2.2.5 Lavagem 

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Segundo o Ministério da Saúde, lavagem é o processo que elimina a sujeira

fixada na roupa levando a redução ao mínimo de seu nível bacteriológico e

proporcionando aspecto e cheiro agradável. Este processo tem início no lado

contaminado da lavanderia. Além disso, foi quantificado para cada área a

porcentagem exata para cada função, sendo: 25% da área total à sala de recepção,

separação, pesagem e lavagem; 45% da área total para secagem, passagem e

dobragem; 30% da área total para armazenamento e distribuição. (MANUAL DE

LAVANDERIA HOSPITALAR, 1986).

2.3 ÁREA LIMPA

De acordo com o Manual de Lavanderia, após finalização do ciclo de lavagem

as roupas passam pelos seguintes processos:

Centrifugação;

Calandragem (Equipamento que seca e passa ao mesmo tempo);

Secagem (em secadora);

Prensagem;

Passagem a ferro (uso eventual).

Segundo Miana (2001), a adoção de máquinas extratoras pode eliminar o uso

da centrífuga, além da vantagem em instalação e controlando a umidade nas

proximidades das máquinas.

2.3.1 Centrifugagem 

As roupas que foram lavadas serão posicionadas uniformemente dentro da

máquina conforme a capacidade da mesma. É importante que o peso fique

equilibrado para que seja evitado a desregulagem durante o giro de secagem. Caso

haja está sobrecarga, o maquinário sairá fora do eixo levando a desregularem do

equipamento e da roupa, por torção ou repuxo. Em geral, a roupa lavada reduz 60%,

após centrifugada, devido a eliminação da água. Terminada a centrifugagem a roupa

é retirada, selecionadas, colocadas nos carrinhos e encaminhada para a secagem

ou para outro setor específico se necessário (Manual de lavanderia Hospitalar,

1986). Na seleção das roupas, as separações são nos seguintes aspectos:

Tipo de roupa (lençol, toalha, roupa de cama, roupa de vestir, etc);

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Tipo de tecido (liso, algodão, etc);

Qualidade da limpeza (manchas, resíduos de produtos e outros).

2.3.2 Calandragem 

A calandra seca e passa ao mesmo tempo as peças de roupa lisa, como

lençóis, colchas leves e etc, quando aquecida, é operada de forma continua para

evitar desperdício de energia. Geralmente são necessários dois operadores para

colocar a roupa molhada do carrinho e dois para retirar as peças passadas e secas,

os mesmos faram a dobragem das peças. Durante a retirada da roupa da calandra,

é feito a seleção das peças danificadas, as mesmas deverão ser encaminhadas

posteriormente ao setor de costura para reparo ou baixa (MANUAL DE

LAVANDERIA HOSPITALAR, 1986).

2.3.3 Secagem em Secadoras 

As roupas encaminhadas as máquinas de secar são fraudas, cobertores,

toalhas, roupas de vestir, pelas pequenas como máscaras, botas (pro-pés), gorros e

afins. Depois de secas, as roupas são retiradas da secadora e colocadas em carros

apropriados para que sejam encaminhadas as mesas de dobragem e posterior a

rouparia para repouso. Na seleção, as roupas que estão danificadas são separadas

e encaminhadas ao setor de costura para serem consertadas ou dadas baixa

(MANUAL DE LAVANDERIA HOSPITALAR, 1986).

2.3.4 Prensagem 

As peças que não são possíveis de serem colocadas em calandras ou as que

possuem detalhes como vinco, são passadas na prensagem. Após passadas, as

mesmas são colocadas em cabideiros e logo encaminhadas para a rouparia

(MANUAL DE LAVANDERIA HOSPITALAR, 1986).

2.3.5 Estocagem 

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O setor de estocagem é geralmente realizado pela rouparia. É de

responsabilidade do mesmo o controle das vestes limpas, do estoque e da

distribuição de forma adequada, em qualidade e quantidade. É na rouparia que é

feito o repouso (estocagem) da roupa, costura e distribuição, baixa e

reaproveitamento (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1994).

2.3.6 Distribuição da Roupa Limpa 

As roupas limpas são recolocadas em estoque como cota fixa, para isso é

necessário um cálculo para a quantidade de veste deixada em cada setor, tais

cálculos são feitos na seguinte idéia: É deixado uma muda de roupa no leito de cada

paciente e uma outra na estante ou no carro-prateleira, que fica na enfermaria, como

estoque é feito a reserva por um dia, enquanto as demais peças estão em

processamento na lavanderia. Está cota fixa é comum que exista em cada unidade,

preestabelecida em função da necessidade estimada (MANUAL DE LAVANDERIA

HOSPITALAR, 1986).

2.3.7 Costura 

Segundo Mezzomo (1984), está área direcionada ao acabamento das roupas.

As peças estragadas e que são aproveitáveis são reparadas e recolocadas para

reuso, pode ter uma confecção de peças novas, distribuir as roupas segundo as

necessidades da unidade e também o mantimento do estoque.

Já as peças danificadas não aproveitáveis recebem baixa no estoque e em

alguns casos transformadas em peças uteis para o setor, como por exemplo um

lençol de adulto em lençol de criança ou toalha estragada que pode ser

transformada em luvas de banho (LISBOA, 1999).

2.4 CONDIÇÕES AMBIENTAIS

Com grande influência na qualidade dos serviços e na qualidade de vida dos

funcionários, as condições ambientais favorecem na prevenção de doenças ou

acidentes de trabalho, uma vez que são medidas coletivas de proteção

(BARTOLOMEU, 1998).

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O controle e uso adequado da luminosidade, umidade, temperatura,

insolação, ventos dominantes e renovação do ar, contribuem diretamente para o

conforto dos colaboradores. Um ambiente mal iluminado, umidificado, com

temperatura alta ou baixa, problemas de ruídos e vibrações ou escassez/excesso de

iluminação podem ocasionar tontura, dor de cabeça, fadiga, mal-estar e afins,

necessitando ter tratamento acústico e posicionamento adequado dos

equipamentos, sendo eles fixados ao chão a fim de diminuir a transmissão de

vibrações (MANUAL DE LAVANDERIA HOSPITALAR, 1986).

2.4.1 Iluminação

A iluminação natural é a mais recomendável devido à melhor eficiência, essa

questão envolve uma melhor separação das peças a serem processadas devido

manchas ou resíduos por meio da indicação visual. Com a luz natural teremos a

fidelidade das cores, que é fundamental. Como complemento a iluminação artificial

ou adoção em horários noturnos, na escolha das luminárias é essencial que sejam

escolhidos nas diversas gramaturas de cor, sendo o mais próximo possível da luz

natural (MANUAL DE LAVANDERIA HOSPITALAR, 1986).

2.4.2 Ventilação e Exaustão

O ar deve sempre fluir do lado limpo para o lado sujo. A pressão barométrica

deve ser criada com pressão mais baixa na zona que estará contaminada. Os

sistemas de exaustão de ambos os setores devem ser independentes. A tomada de

ar fresco para a área limpa deverá ser localizada o mais distante das áreas de

incineradoras e caldeiras e de exaustas da área suja da própria lavanderia. As

saídas não devem ser comprometidas de modo a contaminar os serviços

adjacentes. Uma forma mais eficiente é a cortina de água com produtos especiais na

purificação do ar que será lançado na atmosfera, assim será evitado que o mesmo

se torne uma fonte de contaminação (MANUAL DE LAVANDERIA HOSPITALAR,

1986).

Se necessário, como fonte de captação de calor e umidade nos setores

citados, é conveniente que seja instalado uma coifa sobre a calandra, com uma

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altura máxima de 60 cm e exaustores próximos às secadoras, lavadoras e prensas

(LAVANDERIA HOSPITALAR CENTRAL – O DESAFIO DO SEU ESPAÇO, 2008).

2.4.3 Materiais de acabamento

As exigências em áreas hospitalares são cada vez mais frequentes. Deste

modo, as indústrias fabricam pisos cada vez mais específicos, atendendo cada vez

mais as pesquisas especificas de cada área. Os materiais devem seguir as

orientações estabelecidas pela Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) – 50

(BRASIL, 2004) e nos manuais de Processamento de Artigos e Superfícies em

Estabelecimentos de Saúde (1993), e Processamento de Roupas de Serviços de

Saúde: Prevenção e Controle de Riscos (2007).

Os pisos indicados para ambas as áreas são lisos e resistentes ao desgaste,

à água e duráveis aos grandes fluxos e sem desenhos que dificultam o processo de

limpeza, descontaminação e desinfecção. Não deve ser escorregadio e deve conter

o nível adequado de queda em direção às canaletas, facilitando o escoamento das

águas e evitando a contaminação.

Segundo Pinto (1996), o pé direito deverá ser estudado de acordo as

necessidades dos equipamentos a serem instalados, porém não deve ser inferior a 4

metros. É essencial que esteja adequado conforme estudado na lavanderia a ser

feita, pois o mesmo deve ser proveniente de instalação e manutenção do

equipamento ou colocação de instalações especiais.

As janelas devem ser teladas, e com 1,50m de altura do piso. Os vidros de

portas e janelas atingem até 50 cm do piso é precisam ser do tipo não estilhaçáveis.

Os revestimentos de ambos podem ser tintas laváveis ou materiais que são fáceis

de limpeza, sem visores. O aconselhável é a permissão de painéis de vidro nas

paredes internas da lavanderia, eles irão contribuir na boa visualização entre as

áreas, além de melhorar a iluminação ambiente (PINTO, 1996).

As paredes devem possuir superfície clara, lisa e lavável, sem juntas, cantos

e saliências desnecessárias, que comprometem limpeza e a manutenção adequada

do setor. O teto também deve ser claro, a fim de melhor difundir a luz, e deve

possuir tratamento acústico (LAVANDERIA HOSPITALAR CENTRAL – O DESAFIO

DO SEU ESPAÇO, 2008).

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2.5 PROCESSO DE PLANEJAMENTO EM LAVANDERIA HOSPITALAR

O planejamento depende de cada função, grau de complexidade e aspecto

econômico das instalações. A lavanderia soma positivamente para todos os setores

da unidade hospitalar e assim, independentemente de sua dimensão e capacidade,

deverá ser planejada, organizada, instalada e controlada para que as divisões de

serviço sejam eficientes. Quando realizado estudos na área de microbiologia, as

revelações apontaram para ambientes únicos de lavanderia como propícios a

recontaminação frequente da roupa limpa. Apontam também que um número de

bactérias lançadas ao ar durante o processo de separação da roupa suja,

comprometia todo o ambiente (MANUAL DE LAVANDERIA HOSPITALAR, 1986).

Essas descobertas transformaram o modelo de lavanderia tradicional e feito

a instalação da barreira de contaminação, que separa a lavanderia em duas áreas

distintas:

Área contaminada (Suja): que é realizada a separação e

higienização;

Área limpa: utilizada para finalização do processo de lavagem e

guarda das roupas.

É importante salientar que os enxagues tenham a ação mecânica destinada a

remoção, por diluição, da sujidade e dos produtos químicos presentes nas roupas. O

risco de danos ao tecido pode ser minimizado e assim, garantido a durabilidade das

peças de roupa por um período maior de uso (BRASIL, 2009).

Segundo a RDC – 50, as divisões complementam a eficiência dos serviços,

sendo mínimas exigidas na construção de uma lavanderia:

até 50 leitos = 1,2m2 por leito, com mínimo de60m2

de 51 a 149 leitos = 1,0m2 por leito

mais de 150 leitos = 0,8m2 por leito com mínimo de150m2

A eficiência desse sistema está atrelada a funções dependentes dos serviços

em perfeito estado das roupas, como centro cirúrgico, unidades de internação, UTIs

e ambulatórios. A falta ou reposição das roupas hospitalares também podem

acarretar sérios transtornos no atendimento aos pacientes e até mesmo o não

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cumprimento de atividades programadas, como cirurgias e internamento (MANUAL

DE LAVANDERIA HOSPITALAR, 1986).

2.5.1 Contaminação das áreas hospitalares através das roupas distribuídas

Conforme dito por Castro e Chequer (2001), toda roupa hospitalar,

independente do grau de sujidade, é considerada contaminada, consequente da

presença dos pacientes portadores de doenças infectocontagiosas, dos

acompanhantes e do próprio ambiente em que é disposto o material. Assim, todo o

processo desenvolvido para lavagem das vestes hospitalares deve conter uma etapa

de desinfecção, seja térmica ou química.

Desta forma, segundo o Manual de Biossegurança (2001) um dos métodos

que podem influenciar no controle de doenças infectocontagiosas é a separação das

roupas para lavagem. As classificações variam de acordo com os riscos de infecção

que as áreas oferecem aos pacientes:

Área crítica: Área com risco maior de desenvolvimento de infecções devido a

presença de pacientes mais susceptíveis ou pelo número de procedimentos

invasivos realizados; são também considerados as áreas de manipulação com

cargas com materiais constantemente infectantes. Ex: UTIs, CME (Central de

Material Esterilizado), unidades de isolamento, bancos de sangue, salas cirúrgicas,

dentre outros.

Área semicrítica: Áreas ocupadas por pacientes que não precisam de

tratamentos específicos. Ex: Enfermaria, ambulatório, área limpa da lavanderia.

Área não critica: Áreas com menor realização de atividades assistenciais, ou

não ocupadas por pacientes. Ex: Elevadores, almoxarifado, áreas administrativas.

O ministério da saúde tem como base o organograma do serviço de

lavanderia, refletindo assim, na organização e distribuição dos setores. Segundo as

normas de 1986, os setores se dividem nos seguintes setores:

Área limpa: coleta, separação ou triagem, pesagem e lavagem.

Área limpa – setor de acabamento: centrifugação, secagem, calandragem e

prensagem.

Rouparia: cosedura, estocagem e distribuição.

A classificação de risco pode ser feita por selos de áreas ou coleta, podendo

ser elaborada internamente de acordo com cada departamento ou serviço, com

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normativos próprios, sendo regimento interno, ou manual de normas do

departamento (Manual de Lavanderia Hospitalar, 1986).

Segundo Bartolomeu (1998), um dos impasses em uma lavanderia é as

características dos maquinários utilizados em serviço, sendo ruídos elevados, calor

intenso e vibração. Como contribuinte, é essencial um método no tratamento

acústico, além dos consideráveis problemas de umidade, luminosidade, insolação,

ventos dominantes e renovação do ar como subsídio para o conforto com os

servidores. Um dos artifícios utilizados para o tratamento acústico é a fixação das

maquinas ao piso a fim de diminuir a transmissão das vibrações.

Miana (2001) relata que, mesmo que no processo de lavagem as roupas

passem corretamente pelos processos mais adequados possíveis, ainda sim, o

resultado final pode não ser eliminação total dos microrganismos. Uma forma de

eliminação total seria um processo de esterilização após as roupas serem passadas

pela calandragem. Um processo como o de uma lavanderia, abrange desde os

profissionais capacitados e etapas pelas quais as roupas passem, incluindo a

utilização até o regresso em ideais condições de reutilização.

É importante lembrar que, o processo normal da roupa não resulta em

eliminação total dos microrganismos, especialmente em suas formas esporuladas.

Nesse sentido, seria necessário um processo de esterilização, preferencialmente

através de autoclavação a vapor e pressão. Essa aplicação de esterilização é

objetiva para centros cirúrgicos, onde as roupas entram em contato com pele não

íntegra, áreas cruentas, mucosas e tecidas expostas, estes procedimentos são

invasivos, como em queimaduras e outras situações em que ocorra a quebra da

barreira de proteção da pele (KONKEWICZ, 2006). Tal pratica de esterilização é

aplicada somente para as situações relatas anteriormente. Mesmo que o paciente

seja imunodeprimidos, não há necessidade de cuidados maiores, sendo seguido por

diversos hospitais brasileiros.

2.5.2 Controle administrativo na supervisão e gestão dos materiais

De acordo com as normativas formuladas pelo Manual de Lavanderia

Hospitalar (1986) mediante as necessidades dos hospitais, a procura é a eficácia

nas metas estabelecidas, e os custos do funcionamento adequado. Esses recursos

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podem ser utilizados no desenvolvimento econômico e eficiente dos qualitativos de

uma lavanderia. Os métodos mais utilizados são a supervisão e a avaliação, sendo:

Supervisão: Monitoramento e orientação do pessoal. Colaborando para o

desenvolvimento em equipe e a eficácia do serviço.

Avaliação: Orientação em medidas de correção de desvios, consideração de

adaptação de serviço é/ou eficiência do serviço prestado e comparativo de metas e

objetivos alcançados.

Segundo Beulke e Bertô (2006) os materiais, em geral, são elementos de bom

funcionamento do serviço. Essa gestão pode ocorrer no aspecto físico ou financeiro.

Financeiro, interliga em pesquisas de mercado, cotação dos materiais com custos

mais favoráveis. No aspecto físico, controle de perda de produtos e nível de

estocagem:

Previsão: A padronização dos materiais escolhidos na prestação de serviço é

essencial, tanto das roupas, quanto dos produtos. Essa parte deve fazer o plano

necessário do material oferecido pelo fornecedor e os materiais para uma

lavanderia, sendo assim, haverá facilidade ao escolher entre o mais rentável e o

mais conveniente.

Provisão: Estabelece vias de regras nas solicitações dos materiais

solicitados pela lavanderia. Os pedidos devem ser solicitados por formulários

próprios ao almoxarifado.

Controle: Visa o controle dos materiais que entram e sai, por meio de fichas,

supervisão, auditoria, boletim de gastos e levantamentos periódicos. Para roupas, a

marcação é comum, oferecendo informações e evitando o desperdício das peças.

Segundo Nascimento (2009), outro recurso é a administração pessoal como

objetivo de analise em diferentes modalidades de gestão institucional que combinem

liberdade e autonomia dos trabalhadores da saúde, em especial os capacitados com

atribuição profissional e controle institucional. Que interfere na contratação do

profissional adequado para as funções especifica de cada área.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é

fundamental que haja gerenciamento separado para a lavanderia hospitalar. O

objetivo é a contribuição para a segurança e bem-estar dos clientes internos e para

a otimização do padrão do hospital. O planejamento é composto por seguintes

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fases: organização, coordenação, direção ou comando, controle e administração de

material.

O Ministério da Saúde tem como base um manual que pode ser seguido por

qualquer unidade hospitalar e tem como conteúdo todo o funcionamento

administrativo. O manual descrito por cada hospital deve conter a especificação de

cada atividade, estrutura hierárquica, regras e usualidades, esponto nitidamente a

organização e execução de tarefas. As funções desempenhadas pela equipe

compõem a lavanderia deve consta no regulamento e o mesmo, deve estar

diretamente subordinado à administração da unidade hospitalar, fazendo parte dos

serviços gerais.

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3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO: LAVANDERIA DO HOSPITAL NOSSA SENHORA AUXILIADORA EM CARATINGA/MG

Este capitulo é direcionado ao principal objeto de estudo deste trabalho de

conclusão de curso e sua real função para o atendimento hospitalar eficiente.

3.1 PARORAMA HISTÓRICO DE CARATINGA

Com uma população estimada em 91.503 habitantes segundo o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2018), o município de Caratinga está

localizado na zona leste do Estado de Minas Gerais, como característica geral, o

relevo predominante na região é de mares de morros e montanhas, tem como

topográfica a ondulação alternada por formações rochosas pontuais e propensão a

erosões e escoamentos. O clima na cidade caratinguense varia do tropical

mesotérmico brando semi-úmido ao tropical sub-quente, segundo o IBGE (2014).Figura 2: Mapa de Inserção de Caratinga no Estado de Minas Gerais, no Brasil

Fonte: ALVES, GRAÇA, FERNANDES FILHO; ELPIDIO, INÁCIO; ELPIDIO, FARIA; ANDRÉ LUIZ

(2019).

Page 37: dspace.doctum.edu.brdspace.doctum.edu.br/bitstream/123456789/3420/2... · Web viewA estrutura do hospital conta com aproximadamente 170 leitos, sendo destinados à Unidade de Terapia

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O município possui uma área territorial de 1.258,479 km² (IBGE,2018), em

latitude de 19º47’23’’S e longitude 42º08’21’’W e altitude 578m. Distante cerca

de 190 km da capital de Minas Gerais, Belo Horizonte e 759 km distante de Brasília,

capital federal.

O município de Caratinga nasceu dos acampamentos dos faiscadores de

ouro, teve sua colonização em sua fase de mineradora, atingindo os altos afluentes

do rio lavrando-se. Seu histórico tem suas primeiras referencias desde os meados

do século XVIII (Sena, 2013).

A Lei estadual nº 2, de 14 de setembro de 1891, confirmou a criação do

distrito-sede do Município de Caratinga, cuja instalação se verificou a 12 de maio de

1892. No decorrer do tempo, a mesma sofreu diversas perdas territoriais e

reformulações administrativas, até 1958, quando passou a compor-se dos atuais

distritos de Caratinga (sede), São Cândido. Vargem Alegre, Entre Folhas, Dom Lara,

Sapucaia, Ubaporanga. Imbé, Santo Antônio do Manhuaçu, São João do Jacutinga,

Santa Rita e Santa Bárbara. A Comarca de Caratinga foi criada pela Lei nº 11 de 13

de novembro de 1891, ocorrendo sua instalação a 7 de março de 1892. Suprimida

em 24 de julho de 1912, foi restaurada em 1° de dezembro de 1917 (IBGE, 1966).

A inauguração da unidade do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora foi fundada

no dia 24 de maio de 1917, trazendo estabilidade para a saúde microrregional e

local. A estrutura do hospital é composta por aproximados 170 leitos, sendo

utilizados para a UTI adulto, seis neonatais, e os demais repartidos entre clínicas

médicas e cirúrgicas, além dos trabalhos de humanização com o objetivo de

atendimento interno e externo com fatores psicossociais de cada indivíduo e a

comunicação interpessoal da saúde (HNSA, 2019).

3.2 HOSPITAL NOSSA SENHORA AUXILIADORA: BREVE HISTÓRICO E A

RELAÇÃO DO MESMO COM AS CIDADES DO ENTORNO

Fundado no ano de 1917, o HNSA funcionava em uma casa adaptada,

situada à Rua do Comércio (Princesa Isabel). A mudança do novo nome para Nossa

Senhora Auxiliadora é atribuída a Dª Isabel Vieira e Dª Arminda Moreira, irmã do

Dom Modesto e ex-aluna salesiana. Após a compra do prédio atual, situado na R.

Dep. José Augusto Ferreira Filho, 89 - Centro, as reformas de melhoria foram

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promovidas e assim adequadas para o atendimento da população local e regional

(HNSA, 2019). Na figura 3 pode ser identificado a localização do HNSA em relação a

área edificada.Fonte: GOOGLE EARTH, 2019

Segundo os diretores da unidade hospitalar, a unidade de saúde forneceu

atendimento gratuito por vários anos, mas devido ao aumento da demanda com os

pacientes recebidos das cidades vizinhas, houve a necessidade de uma proposta

direcionada a prefeitura das cidades atendidas para que as despesas hospitalares

fossem garantidas. Esta proposta teve como planejamento uma quantia a pagar

mensalmente para custos de medicamentos e despesas do hospital, o que

promoveu grandes mudanças na saúde e a inclusão da população carente.

A quantia estabelecida foi formalizada por um contrato que teve início no ano

de 2009, o recurso influenciou diretamente nas reformas de adequação de melhorias

ao prédio, compra de equipamentos, contratação de profissionais capacitados e

outros benefícios. Atualmente o pagamento tem como finalidade a manutenção da

unidade de saúde (HSNA, 2019).

Mesmo com a adesão ao contrato, alguns municípios não repassam a verba

acordada dentro do prazo e ficam inadimplentes com o HNSA, fato que contribui

para o endividamento da instituição e consequente na qualidade do atendimento dos

pacientes. O hospital mesmo que não esteja recebendo como acordado com a

microrregião, por lei não pode negar atendimento à população, com isso, as dívidas

dos municípios aumentam e consequentemente a situação financeira do hospital fica

cada vez mais prejudicada (HNSA, 2019).

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O atendimento atual é direcionado à treze municípios em contrato, mas sete

das treze regiões estão em falta no repasses dos recursos financeiros estabelecidos,

fato registrado desde março de 2017, o que ocasionou uma nova comissão de

intervenção que assumiu a direção do hospital no intuito de garantir sua

permanência das prestações de serviços a saúde da região. Veja as cidades

atendidas pelo HNSA na Tabela 2.Tabela 2: Cidades atendidas pelo HNSA

CIDADES ATENDIDAS PELO HNSA/KM

Piedade de Caratinga 7.4 km

Santa Rita de Minas 10 km

Ubaporanga 17.6 km

Bom Jesus do Galho 19.1 km

Santa Barbara do Leste 20.7 km

Entre Folhas 20.7 km

Inhapim 26.5 km

Vargem Alegre 26.8 km

Imbé de Minas 27.8 km

Vermelho Novo 30.5 km

São Domingo das Dores 31.5 km

São Sebastião do Anta 33.2 km

Fonte: Prefeitura de Caratinga, 2019

A intervenção na direção do hospital no ano de 2017 teve como responsável o

Estado e orientação do Ministério Público, encerrando em abril de 2018 quando a

gestão foi retomada para a provedoria atual. Devido às crises econômicas, a direção

do mesmo conta com apoio de instituições financeiras, empresas doadoras e

assessoria técnica, permitindo que seja garantido a manutenção do órgão de saúde

(HNSA, 2018).

Entende-se que o funcionamento hospitalar tem como complemento diversas

funções que colaboram para um atendimento de qualidade, além de amparar

pacientes debilitados. Dentre as funções, encontra-se a lavanderia, objeto de estudo

específico de análise deste trabalho de conclusão de curso. O espaço de uso

destinado a higienização das roupas tem como objetivo o controle de doenças

infectocontagiosas que são repassadas através do uso das roupas pelos pacientes

adoentados ou até pelos funcionários que prestam atendimento em áreas críticas.

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Essa percepção de uso tem sido alvo de pesquisas que otimizam o funcionamento

adequado do setor estudado com o intuito de melhoria constante.

A lavanderia hospitalar é o setor responsável para coletar e devolver as

roupas utilizadas pelo hospital em perfeita higienização. Para que isso aconteça,

uma série de fatores devem ser analisados e assim, ajustados conforme a

necessidade e demanda de cada unidade de saúde. O importante é sempre analisar

de forma especifica para que durante os estudos de viabilidade, não passe nada

desapercebido.

De maneira auxiliar teve-se a análise de lavanderias dos hospitais regionais e

de Caratinga, além das visitas direcionadas pela instituição, que se tornou referência

na fonte de informações, sistemas de separação, fluxogramas, áreas de

interferências das condicionantes referentes aos maquinários existentes no

ambiente. O entendimento das questões de cunho político, social e econômico que

envolve a história do hospital também significou respostas de grande importância

para o trabalho.

3.3 OBJETO DE ESTUDO: LAVANDERIA DO HOSPITAL NOSSA SENHORA

AUXILIADORA

É visível que Caratinga é referência como cidade polo devido o vasto campo

comercial, acadêmico e na área da saúde. A cidade vem se desatacando nos

núcleos urbanos menores e exercendo uma grande influência nos municípios

próximos por atender as demandas locais e regionais. O crescimento se dá devido

ao número de atendimento que vem prestando perante a sociedade, como

complemento no bom atendimento, o setor da lavanderia está totalmente interligado

com a qualidade que os serviços hospitalares vêm buscando.

A lavanderia está localizada na porção posterior do hospital, atualmente

atende à demanda local, da unidade materno infantil e de outras unidades de saúde

da cidade de Caratinga, além de atender algumas demandas das unidades

regionais. O local tem acesso por uma escada no final do pátio de serviço dentro do

hospital e também por um acesso no antigo Pronto Atendimento Municipal de

Caratinga (PAM), conforme mostra a Figura 4, o setor encontra-se desativado

atualmente, mas atendia os serviços de primeiros socorros.

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Fonte: GOOGLE EARTH, 2019

As lavanderias fazem parte do sistema de atendimento hospitalar, a partir dos

serviços oferecidos por este setor, podemos controlar ou distribuir uma serie de

infecções hospitalares, tudo vai depender das regras e normas que são impostas

para o funcionamento de qualidade. Deve-se considerar os vários lugares em que

são setorizadas, o gerenciamento e organização proposta pelo hospital na qual

atende. Além disso, as lavanderias são fatores de qualificação para os pacientes em

atendimento desde a portaria, até os setores de cirurgias. O papel básico de tal

ambiente é de agregar um controle de doenças infectocontagiosas e de ser

referência no qualitativo dos serviços ofertados para a demanda hospitalar.

Para Harrington (1993), um plano de gerenciamento do processo de

prevenção de riscos ocupacionais, colaboraria com a qualidade do processo, dos

serviços prestados, sendo fator de redução ou eliminação dos riscos:

Figura 4: Localização da lavanderia hospitalar

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Tabela 3: Etapas do plano de gerenciamento do processo proposto para a lavanderiaPasso I: Organizar para aperfeiçoar

Passo II: Compreender o processo

Passo III: Aperfeiçoar

Passo IV: Fornecer medidas de controle

Passo V: Melhorar continuamente

-Identificar o processo do setor.-Estabelecer prioridades no serviço prestado.-Mapear o fluxo durante as tarefas estipuladas.

-Definir como

será realizado o

processo.

-Identificar e

caracterizar

quais são as

fases de

lavagem

(analisando o

tempo do ciclo e

eliminando as

atividades e

tarefas

desnecessárias).

-Reconhecer e

analisar os

riscos do

processo

(levantamento

dos riscos

durante o

processo de

lavagem).

-Identificar

aspectos de

melhoria.

-Eliminar

tarefas que não

agregam valor.

-Eliminar

desperdícios.

-Simplificar os

processos de

lavagem.

-Implementar

soluções de

melhoria.

-Treinar e

conscientizar

os funcionários

quanto uso dos

EPI’s,

equipamentos e

maquinas.

-Planejar

planos de

incentivo aos

funcionários e

manutenção

periódica do

maquinário e

equipamentos.

-Planejar roteiro

para

organização e

limpeza.

-Avaliar a

saúde do

trabalhador.

-Avaliar se as

soluções

aplicadas

tiveram efeito

positivo.

-Analisar e

aperfeiçoar o

processo e o

modelo de

gerenciamento.

Fonte: Desenvolvida pelo autor com base em Harrington (1993).

A adoção responsável dos métodos mencionados na tabela 03, tem como

função uma melhor qualidade nos atendimentos prestados a sociedade. Essa

proposta favorece do processo inicial até o retorno das roupas para a reutilização e

na continuidade das fases que melhoraram o ambiente de serviço no decorrer da

aplicabilidade do plano de gerenciamento. As etapas indicadas são claras e podem

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ser desenvolvidas em qualquer setor de lavanderia, basta ser abordado pelos

responsáveis e gerenciados em conformidade aos complementos de funcionalidade.

Deste modo, é de fundamental importância para uma boa gestão dos setores

hospitalares que haja comunicação clara em razão da quantidade e qualidade dos

serviços prestados no setor e precauções quanto aos procedimentos usadas durante

o processo de distribuição das roupas para os pacientes e funcionários, até o

procedimento de lavagem. Para que isso seja possível, é essencial que haja um

coordenador da lavanderia separado do coordenador do hospital, permitindo que no

ambiente destinado a lavagem das vestes haja controle dos materiais usados,

vistorias na qualidade dos serviços, do cumprimento das regras quanto aos

equipamentos de segurança, dos cronogramas de entrega para os locais de reuso e

da entrega conservada e higienizada.

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4 PROCEDIMENTOS METODÓLOGICOS

A fim de alcançar os objetivos, geral e específicos, os procedimentos

metodológicos se desenvolvem em desenvolvimento metodológico 01 e 02, sendo o

primeiro exploratório e o segundo projetual. A metodologia exploratória baseia-se

em entender o setor da lavanderia, sua funcionalidade, suas normas e sua relação

com o hospital. Neste sentido, faz parte deste processo o estudo do espaço da

lavanderia e seus materiais, pesquisa bibliográfica, diálogo com os funcionários e

também com os consultores técnicos que representam as empresas fornecedoras

de maquinário – secadoras, aparelhos de ar condicionado, exaustores, centrifugas.

Nesta fase, considera-se reuniões esporádicas com profissionais arquitetos e

docentes com experiência na elaboração e execução de ambientes hospitalares.

O segundo procedimento metodológico visa a elaboração de projeto técnico

com base no aprendizado obtido durante o primeiro procedimento metodológico.

Para tanto é elaborado por meio do TFG II (Trabalho Final de Graduação II) uma

proposta em forma de projeto arquitetônico, e apresentados em forma de

representação visual espacial.

4.1 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 01

A metodologia empregada no procedimento 01 consiste em pesquisa

exploratória, analisando as normas que regulamenta as unidades de saúde, assim

como regras a serem seguidas no processo de elaboração projetual de cada setor

hospitalar.

4.1.1 Pesquisa bibliográfica

No intuito de descobrir as normas e leis para um projeto de lavanderia, busca-

se pesquisa bibliográfica por meio de fundamentação teórica acerca dos temas

relacionados que permeiam este trabalho. A identificação de tais elementos se deu

por órgãos normativos como Ministério da Saúde, ANVISA, Vigilância Sanitária,

ABNT NB 19 e pelo Manual de Lavanderia Hospitalar. Além destes estudos, as

pesquisam se estenderam às monografias apresentadas em teses de doutorado e

entrevistas com funcionários e gestores do HNSA. Os levantamentos se estenderam

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a visitas em lavanderias regionais por veio das Faculdades Doctum de Caratinga e

visitas semanais na lavanderia hospitalar estudada neste trabalho de conclusão de

curso.

4.1.2 Pesquisa de campo e caracterização do objeto de estudo

A pesquisa de campo se dá por meio de vivência do espaço e convivência

com funcionários, profissionais que atuam na área hospitalar e fornecedores de

equipamentos hospitalares para as lavanderias. Fez-se necessário o levantamento

da área e adequação do projeto arquitetônico do espaço atual, totalizando 95,60 m²

de área localizada no pavimento térreo, em área próxima a antiga PAM, que por sua

vez é espaço desativado atualmente.

Durante muitos anos, as lavanderias de serviço de saúde eram parecidas com

lavanderias convencionais, não havendo separação entre área suja e limpa, sendo

os mesmos funcionários para ambas as funções. Nestas lavanderias que ainda são

encontradas do tipo convencional, ou seja, com áreas de processamento

concentradas num só ambiente, há um risco de disseminação de infecções pelo

cruzamento das vestes que chegam de todos os setores hospital. (MIANA, 2001)

Localizado então um roteiro de inspeção que está disponibilizado no site da

ANVISA, foi possível algumas analises competentes as estruturas físicas de uma

lavanderia. Tal roteiro teve analise in loco e foi respondido durante as visitas de

campo, servindo como parâmetro para os seguimentos das normas obrigatórias.

Deste modo, o preenchimento de tal documento competiu a marcação de acordo

com as condições locais do objeto de estudo. É notório que algumas

obrigatoriedades exigidas não foram encontradas no local como pode ser observado

no Tabela 4 abaixo.

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Fonte: Roteiro adequado pelo autor conforme demanda local, ANVISA 2019

Após esta abordagem, a necessidade de fazer um levantamento da área

edificada e dos fluxos de uso, foram essenciais para a proposta das adequações

necessárias que enquadrasse nas condições das práticas do Ministério da Saúde e

das normas da Vigilância Sanitária, além de favorecer uma excelência na qualidade

do serviço prestado pelos funcionários do ambiente e o principal, para que haja a

possibilidade de um controle de infecção pelas roupas que chegam até a lavanderia.

O fluxo da lavanderia atribuiu uma visão ampla e dinâmica das atividades

inseridas no layout do setor onde ocorre o processo de lavagem, secagem,

Tabela 4: Roteiro de inspeção em lavanderia hospitalar

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armazenamento e circuito explorado no processo atual das roupas e dos riscos

identificados nas áreas suja e limpa. Na Figura 5 é possível analisar o fluxograma

atual.

Fonte: Acervo da autora, 2018

No fluxograma apresentado pode ser identificado: Recepção, separação e

identificação no setor da área suja, seguindo o sistema de lavagem, centrifugação e

secagem no setor de área limpa, após as fases anteriores a dobragem, seleção das

peças que necessitam de conserto e das roupas prontas para reuso e distribuição.

Como é indicado pelo Ministério da Saúde, as fases que deveriam ser incluídas são

a calandragem e esterilização das roupas que são caracterizadas dos setores

críticos, tais regras viabilizam um melhor controle de doenças infectocontagiosas e

devem ser seguidas obrigatoriamente.

4.1.3 Convivência no espaço físico da lavanderia

Figura 5: Fluxograma da lavanderia do HNSA

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Visando a exploração da lavanderia como espaço físico, o procedimento

metodológico consiste na convivência semanal no referido espaço, que inclui

medições do próprio espaço, análise deste quanto a ergonomia e dimensionamento,

quanto a posição e existência de maquinários, quanto ao funcionamento destas

máquinas e equipamentos, e até mesmo quanto às aberturas e ao conforto térmico e

lumínico. As visitas neste processo procederam na frequência de duas vezes por

semana, ratificados devido ao estágio supervisionado do curso de arquitetura e

urbanismo das Faculdades Doctum de Caratinga.

4.1.4 Convivência com os funcionários

Esta etapa consiste na realização de reuniões com os funcionários do setor

estudado e na vivencia da autora. Os encontros com os mesmos promoveram as

reais necessidades de manutenção e reforma do ambiente e na realização das

adequações propostas no procedimento metodológico 02. A partir desta etapa, a

analise se deu com um estudo criterioso no cruzamento de informações vivenciado

praticamente e estudados em bases teóricas.

O processo abordou as informações disponibilizadas sobre as cargas horárias

dos funcionários, serviços terceirizados que são realizados no HNSA para demais

unidades de saúde local e relatos a respeito do conforto térmico e acústico. No

entanto, se dá ênfase na solução do qualitativo de todo o espaço e da valorização

da real finalidade de um ambiente bem elaborado e consequentemente bem

executado.

4.1.5 Pesquisa com profissionais da área hospitalar

A fim de colher os dados necessários para o entendimento de como funciona

uma lavanderia hospitalar de forma técnica, fez-se necessária a convivência com

profissionais arquitetos atuantes na área hospitalar e reuniões com fornecedores de

equipamentos que prestam serviços as unidades de saúde, para entendimento das

questões mecânicas no qual a lavanderia depende para um funcionamento

adequado. Tais reuniões possibilitou o conhecimento básico dos projetos

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arquitetônicos elaborados e manuais de instalações dos equipamentos utilizados

para lavagem das roupas, secagem, esterilização e passagem.

4.2 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 02

De acordo com o manual de TCC do curso de arquitetura e urbanismo das

Faculdades Doctum de Caratinga, regularizado em 2019, o TFG I é monografia e o

TFG II elaboração de projeto. Neste sentido, em TFG II é que será apresentado o

projeto da referida lavanderia, que inclui apresentação em banca prevista para o

final do segundo semestre de 2019.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos neste trabalho são de formas técnicas e de total

amparo das normas e leis referente ao departamento de saúde. No entanto, os

dados coletados são suficientes para concluirmos a avaliação do qualitativo do

ambiente da lavanderia hospitalar, com atentamento as possíveis analises do

Ministério da Saúde e vigilância sanitária em visita in loco.

5.1 RESULTADOS PROVENIENTE A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Durante as pesquisas bibliográficas observa-se que as práticas projetuais são

feitas de acordo com as normas que regem os órgãos de saúde, tais regras vão de

encontro a conformidade do espaço e a perspectiva de uma boa qualidade nos

procedimentos oferecidos por todos os setores hospitalares e qualquer outro

ambiente que presta serviço em prol do atendimento médico.

As pesquisas foram bases para o primeiro passo a ser desenvolvido na

pesquisa de campo, os resultados promoveram uma análise das normas que não

estavam de acordo com os órgãos normativos e como poderiam ser ajustados no

procedimento metodológico II. Com base nas recomendações do Manual de

Lavanderia, Ministério da Saúde, ANVISA e ABNT NB 19, os levantamentos

refletiram as percepções in loco, seja através do espaço físico em si, no

entendimento do contexto atual da lavanderia, nos âmbitos políticos e econômicos.

5.2 RESULTADOS REFERENTES A PESQUISA DE CAMPO E

CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

Os resultados quanto a pesquisa exploratória do espaço da lavanderia

resultou em uma adequação do projeto arquitetônico do espaço físico existente, pois

não havia o documento que demostrasse a planta baixa local, após esse

levantamento houve também a necessidade de reaver os sistemas construtivos,

fluxograma, programa de necessidades e etc.

Com base no projeto de levantamento realizado, elaborou um projeto de

planta baixa com paginação de piso existente, forro, piso revestimento, máquinas

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existentes na modalidade de ponto a ponto, sistema de vedação e conforto térmico e

especificamente das condições locais.

5.2.1 Analise dos equipamentos existentes na lavanderia do HNSA

Conforme determinado pela ANVISA (2007) a área da lavanderia se divide em

duas áreas, sendo área suja ou contaminada e área limpa. Esse isolamento é feito

por intermediário de uma barreira física, uma parede que separa as áreas citadas,

conforme demonstrado na figura 6 a seguir onde também é apresentado as

máquinas existentes na lavanderia hospitalar e a disposição em que elas se

encontram, em azul a área limpa e em cinza a área suja.

Fonte: Adequação da planta arquitetônica pelo autor, 2018

Na figura 7 a seguir, nota se que as maquinas de lavar estão alocadas na

área limpa (Entre as paredes que vedam o setor), porém possuem acesso por

ambas as áreas, isso por que as máquinas utilizadas possuem duas escotilhas, uma

para o lado da área suja e outra para a retirada das peças lavadas que fica voltada

Figura 6: Layout do objeto de estudo

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para a área limpa, isso facilita a operação, pois não é necessário movimentar-se de

uma área a outra para recolher o que já foi processado.

Fonte: Autoral, 2019

Os equipamentos são as principais intermediadoras dos serviços prestados

no ambiente da lavanderia, tendo como função a limpeza inicial das vestes que são

recolhidas em todo ambiente hospitalar. Dentre eles são, basicamente:

1 Máquina de lavar 50 kg;

2 Máquina de lavar 30 kg;

2 secadora 30 kg;

1 secadora 20 kg;

3 centrífugas 15 kg;

4 carrinhos para roupa limpa;

4 mesas para peças dobradas

Sendo que na área suja estão somente as três máquinas de lavar e as

demais máquinas são utilizadas nos processos limpos. Cada processo a ser

desenvolvido tanto na coleta quanto na distribuição, utilização ou processamento

das peças respeita normas que devem ser respeitadas, tais normas são definidas

pelos órgãos responsáveis ou até mesmo desenvolvidos pela administração da

própria lavanderia.

Devido a carência de recursos financeiros que a unidade de saúde tem

passado atualmente, os parceiros que estão colaborando para que haja manutenção

apropriada do ambiente de saúde e os diretores do hospital têm se empenhado para

que o mesmo se recupere. Pensando nisso, os gastos excessivos serão evitados e

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os equipamentos que estiverem em bons estados serão mantidos em

funcionamento. Neste sentido, os maquinários existentes então se suprindo sem que

três de nove estejam sendo utilizadas por necessidade de manutenção. Além disso,

devido ao calor excessivo transmitido pelos maquinários por conversão, a lavanderia

possui dois exaustores, sendo que apenas um está funcionando, e como paliativo,

tendo como uso dois ventiladores e as aberturas existentes. Na figura 8 a seguir

estão os maquinários que estão aguardando manutenção.

Fonte: Acervo da autora, 2018

Uma das situações analisadas vai de encontro ao funcionamento cortado da

calandra. Este equipamento é responsável por selar todos os processos durante a

lavagem das roupas, porém, o mesmo incluía uma soma de carga em grande

potência por precisar ser regulado frequente, o que ocasionava um aumento

excessivo na conta do setor. Após analises internas com os responsáveis do HNSA,

entenderam que não é viável a continuidade do serviço por falta dos recursos

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financeiros. Como suprimento desta exigência, os funcionários fazem o trabalho

manual da passagem das vestes.

Fonte: Acervo da autora, 2018.

Uma harmonia positiva desta situação é o ganho de duas maquinas

secadoras para complementar os serviços prestados. Estas maquinas irá favorecer

na qualidade das roupas que serão entregues para reuso, além de completar o

quadro faltante dos equipamentos que necessitam de manutenção e se encontram

parados.

5.2.2. Condições de conforto térmico e de vedação na lavanderia do Hospital Nossa

Senhora Auxiliadora

Os aspectos climáticos são avaliados quando se pretende diagnosticar as

condições de conforto térmico da edificação/setor especifico ou quando pretende

elaborar um projeto com qualidade térmica por conter equipamentos existentes no

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local e/ou a radiação solar considerada mais determinante. Dentre os confortos para

com o ser humano, o conforto térmico é o que mais influência no estado emocional

dos usuários, fazendo com que se sinta confortável termicamente.

O Manual de Lavanderia hospitalar alega que, um dos fatores que deve ser

dado ênfase na hora de analisar no ambiente de lavanderia é o posicionamento do

vento, para que a preservação da corrente de ar do ambiente sujo e posteriormente

no ambiente limpo. O cuidado deve ser avaliado da mesma forma na orientação

solar. A fachada da edificação que estiver mais exposta ao sol, magnetiza o ar dos

ambientes que estiverem mais frios por permanecerem sempre aquecidos. Mesmo

que lavanderia seja um ambiente quente e úmido, a insolação não é excluída, que

junto com os equipamentos de maior transmitância de calor, reduzir as condições de

trabalho.

O espaço da lavanderia no hospital tem um papel determinante na qualidade

dos serviços internos do ambiente, uma vez que o espaço contém maquinários que

transmitem calor e como contraponto positivo, a área externa recebe a incidência

solar nas coordenadas norte e sul, não comprometendo as condições climáticas com

maior nível de temperatura, determinando que o setor tenha baixa incidência solar

durante todo o ano, veja na Figura 10 a seguir.

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Fonte: Adequação da planta arquitetônica pelo autor, 2018

Como forma de prevenção no contato com as bactérias que circulam no

círculo hospitalar, o ambiente da área limpa é restrito a aberturas devido ao risco de

contágio pela alta demanda de roupas recebida, setores que variam entre centro

cirúrgico e área de emergência, além das roupas que chegam das terceirizações do

serviço. O aconselhável é que ocorrendo a separação entre a lavanderia e o prédio

do hospital, esta deverá ser conectada através de circulação coberta e fechada a fim

de evitar a contaminação da roupa limpa, havendo a necessidade do menor

percurso e o mínimo de cruzamento até o ponto final de despejo.

Conforme apresentado na figura 11, a área limpa possuí duas aberturas que

comprometem diretamente a qualidade dos serviços prestados, sendo que a área

citada é responsável por todo o sistema de descontaminação das vestes que

passam pela máquina de lavar na área suja, necessitando ter o mínimo de contato

possível da área externa. O ideal é que os funcionários desta fase dos serviços

estejam devidamente vestidos e esterilizados antes que entrem no espaço limpo.

Fonte: Adequação da planta arquitetônica pelo autor, 2018

Figura 10: Radiação solar na fachada leste

Figura 11: Aberturas de ventilação existentes

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Os parâmetros exigidos pelos sistemas de vigilância nos ambientes de saúde,

são de extrema importância no dia a dia dos expedientes. Seguindo as regras como

indicadas, o índice de qualidade nos serviços e nos acidentes de trabalho pode

reduzir a 95%. Tais ganhos nestes ambientes evoluem consideravelmente o

qualitativo de todo o ambiente hospitalar.

5.3 RESULTADOS PROVENIENTES A CONVIVÊNCIA NO ESPAÇO DA

LAVANDERIA

Apesar dos benefícios oferecidos que o hospital traz para a sociedade local,

abrangendo 13 municípios, após o levantamento da área estudada, foi analisado

diversas deficiências no controle de doenças devido a não adequação de normas

técnicas fundamentais. A condição atual compromete tanto as vestes que são

entregues para lavagem e o controle de doenças, quanto aos funcionários que estão

vulneráveis em todo o período de expediente. Contudo, foi necessária uma análise

crítica e técnica para melhor desenvolvimento da proposta.

Estas abordagens refletem a necessidade de que estas atividades em falta

sejam devidamente estabelecidas a fim da elaboração dos comandos específicos de

lavanderia seja fator de redução ou eliminação a ocorrência dos contágios. Para que

haja diminuição dos riscos à saúde do trabalhador, é necessário o coordenador (a)

do setor e os colaboradores se atente para os cuidados que cada atividade exige e

para a necessidade de se utilizarem os equipamentos regulamentados pelas

normas, além das proteções individuais.

Conforme apresentado na Figura 12, é notório que estas atividades possuem

riscos consideráveis do tipo químico, biológico, físico, ergonômico e de acidente.

Estes riscos identificados estão ligados diretamente com a saúde do colaborador e

na diminuição do rendimento no trabalho, além de não se enquadram nos padrões

regulamentados pelos órgãos que são responsáveis pelas fiscalizações nos

ambientes de saúde. Dentro deste contexto pode se afirmar que os espaços da

lavanderia hospitalar devem sempre preservar as condições de trabalho do

colaborador e garantir que não haja contágio através das roupas ou dos materiais

perfurocortantes que podem ser identificados durante a separação por sujidade.

Nesse sentido, as ações de intervenção para melhoria local devem buscar o melhor

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funcionamento, eficácia do sistema aplicado e a qualidade dos serviços

desempenhados.

Fonte: Acervo da autora, 2018

5.3.1 Analise dos materiais existentes na lavanderia

Um método que pode complementar o setor de serviço da lavanderia, é o

planejamento desenvolvido pela coordenação do setor. O responsável pelo

gerenciamento deve gerir instruções de funcionamento e um cronograma que

deverá ser seguido por cada profissional atuante na área, assim será de

responsabilidade pessoal de cada funcionário que os serviços estejam em total

sintonia com as demandas locais, este planejamento pode incluir cursos de

aperfeiçoamento do trabalho e riscos ocupacionais para a saúde.

Sendo assim, as parametrizações dos serviços podem atuar como alerta para

os funcionários quanto aos métodos utilizados na atuação dos serviços prestados,

instigando os colaboradores a seguirem métodos que priorizem o funcionamento

geral do hospital e o bem-estar próprio de cada servidor, sendo perceptível à

dependência dos setores hospitalares quando entregam as vestes sujas para

lavagem e a recebem para reuso em perfeito estado, tornando-se essencial para o

controle de infecções e eficiência na qualidade de atendimento.

Além disso, é necessária a troca dos pisos identificados como inapropriados

para o ambiente da área limpa. Alguns dos mesmos são utilizados como ‘tampa’

para o esgoto sanitário local, o que influencia um grande número de bactéria que

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podem contaminar as roupagens que já passaram pelo processo de lavagem e

centrifugação, como pode ser visto na Figura 13.

Fonte: Autoral, 2019.

Segundo informado pelo site institucional da Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (ANVISA, 2007), os regulamentos tem como função primordial a promoção

da saúde da população, atuando no controle sanitário de diversos produtos, tais

como medicamentos, alimentos e cosméticos; serviços e até mesmo na fiscalização

de portos, fronteiras e aeroportos. Entre suas competências, podemos destacar:

Controlar e fiscalizar produtos, tais como medicamentos, alimentos e

cosméticos, e serviços que envolvam risco à saúde;

Estabelecer normas e padrões sobre limites de produtos

contaminantes, tóxicos, desinfetantes, metais pesados e outros que

podem causar danos à saúde;

Conceder registros a produtos;

Proibir a fabricação, distribuição e armazenamento de produtos que

possam causar danos à saúde;

Figura 13: Pisos situados na área limpa da lavanderia do HNSA

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5.4 RESULTADO PROVENIENTE A CONVIVÊNCIA COM OS FUNCIONÁRIOS

Esta etapa consiste na realização de reuniões com os funcionários do setor

estudado e na vivencia da autora. Os encontros com os mesmos promoveram as

reais necessidades de manutenção e reforma do ambiente e na realização das

adequações propostas no procedimento metodológico 02. A partir desta etapa, a

analise se deu com um estudo criterioso no cruzamento de informações vivenciado

praticamente e estudados em bases teóricas.

O processo abordou as informações disponibilizadas sobre as cargas horárias

dos funcionários, serviços terceirizados que são realizados no HNSA para demais

unidades de saúde local, relatos a respeito do conforto térmico e acústico. No

entanto, se dá ênfase na solução do qualitativo de todo o espaço e da valorização

da real finalidade de um ambiente bem elaborado e consequentemente bem

executado.

De maneira auxiliar, o contato com os funcionários e diretores da área

estudada somaram positivamente para melhor entendimento do funcionamento do

objeto de estudo, apropriação do espaço e informações bases sobre os fluxos de

entrada e saída das vestes sujas e limpas para a distribuição.

Relatado pelos profissionais da lavanderia, as máquinas secadoras

desempenham um papel fundamental no circuito de lavagem, porém transmitem um

calor de alta temperatura no período em que está em funcionamento. O

equipamento citado tem a função de secar as roupas que não serão processadas

pela calandra, como cobertores, roupas felpudas, fraldas, etc.

Dentre as atividades executadas no processamento das roupas, a realização

da higienização do ambiente, das máquinas e equipamentos existentes na

lavanderia são ações que visam a prevenção da saúde dos funcionários e a

conservação da estruturação do espaço. Além de garantir um bom funcionamento

do setor e a durabilidade das máquinas. O entendimento melhor das atribuições da

etapa teve abrangência dos processos desenvolvidos na lavanderia no Quadro 1 a

seguir.

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Quadro 1: Etapas abrangentes do processo de lavanderia

Fonte: Desenvolvida pelo autor, 2019

No decorrer das buscas por informações, a responsável geral do setor

estudado especificou os horários a ser seguido e a carga horário semanal de

trabalho. Conforme mostra na Tabela 5, as horas de trabalho semanal possuem uma

média diária de 07:20:00, sendo a segunda-feira o dia de maior carga diária de

serviço devido não ter funcionamento ativo aos domingos.

Tabela 5: Carga horária semanal de trabalho na lavanderiaSegunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Carga

SemanalMed. Diária

Carga Diária

11:55:00 6:35:00 6:35:00 6:35:00 6:35:00 6:35:00 44:00:00 07:20:00

Fonte: Autoral, 2018

Durante as análises in loco, verificamos que o setor da área limpa na

lavanderia possuí aberturas inapropriadas se analisado de acordo com o Manual de

Lavanderia Hospitalar (1986), o mesmo não permite que a área limpa esteja

Retirada da roupa suja da unidade

geradora

Coleta e transporte da roupa suja até a

unidade de processamento

Recebimento, pesagem, separação

e classificação da roupa suja

Processo de lavagem da roupa

sujaCentrifugação

Secagem e passadoria de roupa

limpa

Separação, dobra, embalagem da roupa

limpa

Armazenamento, transporte e

distribuição da roupa limpa

Separação de peças danificadas quando

necessário.

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vulnerável ao contato externo e assim causar comprometimento a excelência do

serviço. Na Figura 14 é possível identificar as aberturas que não estão em conforme

as normas, além de ser notório a possibilidade de ser passado qualquer objeto por

tais aberturas.

Fonte: Acervo da autora, 2019.

Tais aberturas permitem o contato dos funcionários que não são do setor

especificado, além de ir contra aos produtos usados para a limpeza total das roupas,

sendo que os mesmos contribuem para a eficácia das vestes limpas e desinfectadas

em perfeito estado de reuso. Sem que seja vedado, os esforços feitos para a

eficiência dos serviços desenvolvidos no setor de lavagem são inúteis.

5.4.1 Percepção dos riscos diários no trabalho da lavanderia

Como critério de analise, foram organizados em subcategorias os pontos

receptíveis aos riscos de trabalho, sendo eles: riscos ergonômicos (intensificação do

trabalho; número excessivo de horas trabalhadas; exigência de produção e ausência

de pausas); riscos físicos (ruído; calor); riscos biológicos (de contaminação); e riscos

de acidentes com materiais perfurocortantes.

Em contato com os funcionários, os mesmos estão cientes dos riscos

ocupacionais referentes aos fluxos de lavagem, adoecimentos consequentes a

postura inadequada durante a carga horária e principalmente referente a sobrecarga

condições inadequadas física exigida, além da exposição a ruído e calor excessivos,

o que, aliado a condições de trabalho precárias, aumenta a chance de adoecimento.

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Ainda segundo os colaboradores, à atividade laboral é realizada em todo o

tempo de pé e causando assim dor das pernas e coluna. Em alguns casos, mesmo

os funcionários com enfermidades e dores prosseguem no trabalho e se tornam

vulneráveis às condições e exigências inadequadas do trabalho, sendo necessário

que o mesmo avalie e adeque-se as condições necessárias para o qualitativo do

serviço. De relevância maior, as posturas inadequadas (requeridas para executar as

atividades como retirada das roupas nas maquinas para os carrinhos e/ou colocação

das mesmas nas maquinas de secagem) podem levar a distúrbios osteomusculares

e gerar diferentes graus de incapacidade funcional, um dos mais graves problemas

no campo da Saúde do Trabalhador.

É evidente a sobrecarga de trabalho entre esses profissionais. Portanto, é

indispensável que sejam feitas análise de cada função desempenhada e seja

proposto uma redução das cargas excessivas, as demandas conflitantes

(desenvolvimento de várias funções do mesmo servidor), o elevado esforço físico e

a permanência prolongada em posições físicas incômodas. Estas estratégias podem

promover uma maior integração social e cooperação entre os níveis hierárquicos no

setor.

Dos entrevistados, a maior parte reconhece que há riscos na lavanderia. A

prevalência recai sobre os agentes biológicos, físicos, químicos e de acidentes,

conforme falas:

Contaminação por fluidos corporais, acidentes com perfurocortantes,

acidentes com produtos químicos, e acidentes como quedas por causa

do piso escorregadio, principalmente na área suja que há vazamento

de água e a espuma não desce toda no esgoto vazando assim para o

piso.

Há risco de incêndio, choque, contaminação por fluidos corporais,

acidentes com perfuro cortantes, acidentes com produtos químicos e

também os acidentes físicos como quedas.

São vários os riscos que estamos expostos aqui nas máquinas,

acidentes com agulhas que ficam nas roupas, aqui na área limpa é

mais nas máquinas, pois podem dar choque.

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Acidentes com produtos químicos, nas máquinas por causa da luz,

risco de se picar com agulhas, pinças, tesouras que vem na roupa,

assim como se contaminar com lixo que vem no meio das roupas.

Embora exista está consciência quanto o risco das áreas limpa e suja,

durante o tempo de pesquisa foi identificado uma grande parte dos trabalhadores

não se preocupam com os equipamentos de segurança que devem ser utilizados,

exigidos pelo Ministério da Saúde. Sendo supervisionado pela coordenadora do

setor que sempre solicita que sejam utilizados durante todo o tempo de serviço.

5.5 RESULTADO PROVENIENTE DA PESQUISA COM OS PROFISSIONAIS DA

ÁREA HOSPITALAR

O procedimento metodológico na busca do entendimento quando aos

maquinários utilizados nas áreas limpa e suja da lavanderia e experiencias nas

práticas projetuais dos arquitetos trouxeram a compreensão quanto ao real contexto

que envolve a área hospitalar. As regras impostas pelos órgãos responsáveis devem

ser seguidas de forma que qualifique os ambientes e atenda a demanda do HNSA e

de demais unidades de saúde que o mesmo presta serviço.

Em contato com os profissionais que prestam fornecimento dos maquinários

do setor, os dados obtidos foram suficientes para entender o funcionamento,

quantidade de potência e tubulações que precisariam ser posicionados em relação

as máquinas de lavar que liberam as felpas durante o processo de secagem, além

da distância que seriam necessárias durante a instalação e processo de

higienização dos equipamentos para maior tempo de duração. Durante o contato

com os mesmos, ainda foi possível ter acesso ao manual de instalação das

secadoras, conteúdos este que estabelece desde o termo de garantia dos aparelhos

até a planta de assentamento. A partir daí, traçamos um ponto inicial que foi base

para o conhecimento teórico que soma ao procedimento metodológico II.

Com base nestes levantamentos do sistema de instalação das máquinas

secadoras, da potência e das condições de manutenção destes equipamentos, é

possível elaborar um projeto de qualidade e que seja qualitativo na resposta de

qualidade térmica do setor da lavanderia. Tanto o levantamento com os profissionais

arquitetos atuantes na área e quanto aos profissionais que representam as

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empresas das máquinas refletiram o que pode ser percebido no local, seja no

espaço físico em si ou seja no aspecto técnico.

Figura 15: Manual de instalação - Secador rotativo

Fonte: Braumer, 2018

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do presente trabalho foi possível incitar questionamentos que

possibilitam o funcionamento adequado das lavanderias, mas que por diversos

motivos, não são aplicados. Pode-se ressaltar a grande importância das aplicações

das leis, das regras impostas pelo Ministério da Saúde e da ABNT, que agregam um

conjunto de soluções para cada área da lavanderia. Fatos que nos leva a abordar

medidas que priorizem o funcionamento adequado e a manutenção periódica dos

equipamentos, para que haja evoluções positiva no objeto de estudo.

Os estudos realizados nesse trabalho compõem um importante material que

será utilizado na proposta de intervenção a ser elaborada na disciplina de Trabalho

Final de Graduação II, garantindo que a próxima etapa tenha um adequado

embasamento histórico, teórico e técnico, necessários para uma efetiva resposta em

projeto de reforma e aplicação das normas para uma requalificação da lavanderia

hospitalar do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora.

Os estudos realizados tiveram como objetivo, desde o início, o

compreendimento e desenvolvimento das problemáticas analisadas em outras

lavanderias, criando uma justificativa ponderada em prol da eficácia dos métodos a

serem aplicados na lavanderia estudada, determinando caminhos a serem

elaborados de efetivas diretrizes, normas e regulamentos que garantem o resultado

satisfatório para os usuários. No entanto, o presente trabalho representa uma parte

inicial do projeto a ser desenvolvido, que busca, essencialmente, a qualidade dos

serviços prestados e a garantia de que os trabalhadores não se contaminem durante

o período de expediente, evoluindo com as regras impostas pelos órgãos

responsáveis e sendo referencial para demais projetos a serem elaborados para o

futuro.

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ANEXOS

Anexo A – Relatório de Inspeção da ANVISA

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Anexo B – Manual de Instalação

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