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VULNERABILIDADE DA REDE DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS NO BRASIL Uso de SIG no Ministério dos Transportes CONSTRUCTION AND INFRASTRUCTURE Rio de Janeiro, 12 de Setembro de 2013

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VULNERABILIDADE DA REDE DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE

CARGAS NO BRASIL Uso de SIG no Ministério dos Transportes

CONSTRUCTION AND INFRASTRUCTURE

Rio de Janeiro, 12 de Setembro de 2013

Sumário

• Vulnerabilidade da Rede de Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil

– Definições

– Importância

– Situação Atual

– Metodologia

– Infraestrutura Crítica

– Desempenho do Sistema

– Considerações Finais

Ministério dos Transportes

DEFINIÇÃO DE VULNERABILIDADE

• Um nó de rede é vulnerável se a perda (ou degradação substancial) de um pequeno número de conexões diminui significativamente a acessibilidade do nó, como mensurado por um índice padrão de acessibilidade.

• Uma conexão de rede é crítica se a perda (ou degradação substancial) de uma conexão diminui a acessibilidade significativamente da rede ou de determinados nós.

Ministério dos Transportes

• Uma das preocupações dos gestores de políticas públicas é alocar os recursos públicos e privados em infraestrutura de transportes.

• Para isso, é necessário identificar as prioridades como a infraestrutura crítica. Nesse sentido, a utilização de geotecnologias possibilita identificar a vulnerabilidade da rede de transporte rodoviário de cargas no Brasil, dos elementos topológicos (nós e conexões), fundamentais no planejamento dos transportes.

IMPORTÂNCIA

Ministério dos Transportes

• Para o planejamento de transportes, a definição dos locais

onde o poder público irá intervir constitui-se etapa relevante.

• Um dos principais indicadores de estabilidade da infraestrutura, que afeta a rede de transportes e, que permite avaliar sua funcionalidade perante as ações dos sistemas econômicos, culturais e sociais, quanto ambientais é a VULNERABILIDADE.

IMPORTÂNCIA

Ministério dos Transportes

• Para manter o crescimento econômico, é preciso ter uma rede de transporte confiável e com percepções de riscos e ameaças à infraestrutura, tanto em relação a desastres naturais quanto de malevolência humana.

• No mundo desenvolvido, há uma dependência de sistemas de infraestrutura estratégica. Por essa razão, a importância da rede de transportes não pode ser subestimada, uma vez que a operabilidade da rede pode encontrar-se vulnerável a desastres, acidentes e danos intencionais.

• Existe a necessidade de desenvolver estratégias para planejamento de sistemas de rede capazes de funcionar sob PRESSÃO ou RISCOS.

IMPORTÂNCIA

Ministério dos Transportes

• O transporte no Brasil, principalmente de cargas, é predominantemente rodoviário:

Diferentes modais na matriz de transportes brasileira Fonte: PNLT (2011)

SITUAÇÃO ATUAL

Ministério dos Transportes

• A partir da década de 70, o nível de investimentos em infraestrutura de transportes diminuiu de forma substancial ocasionando problemas no sistema em todo o Brasil

Condição da Malha - 2005 / 2008 Fonte: DNIT

Ministério dos Transportes

SITUAÇÃO ATUAL

• A infraestrutura de transportes brasileira conta com 1,7 milhões de km de rodovias, sendo mais de 200mil km pavimentadas e 11mil em pistas duplicadas.

Evolução da extensão (km) das malhas rodoviária e ferroviária entre 1996 e 2011 Fontes: DNIT/ANTT/GEIPOT

Ministério dos Transportes

SITUAÇÃO ATUAL

PAC

6,4 bilhões

36,8 bilhões

INVESTIMENTO PÚBLICO

RODOVIAS, FERROVIAS E HIDROVIAS (1995 A 2015)

Ministério dos Transportes

Definição da Metodologia

1ª Fase

Estudo de Caso

2ª Fase

Análise de Resultados

3ª Fase

Determinar e caracterizar a

rede de transportes do

estudo

Desenvolver o modelo para determinar a

vulnerabilidade a partir do

custo generalizado;

Aplicar o modelo

definido nos elementos da

rede de transporte;

Criar cenários de danos a rede

de transporte proposta;

Avaliar dos custos

generalizados com base no custo total da

viagem.

ETAPA I ETAPA II ETAPA III ETAPA IV ETAPA V

Corredor de Exportação

Ide

nti

fica

r

Os fatores que definem a vulnerabilidade

An

alis

ar

Os indicadores de vulnerabilidade da rede transporte rodoviário de carga

Ap

on

tar

As ações com vistas à mitigação da vulnerabilidade

METODOLOGIA

Ministério dos Transportes

Base de Dados

Deslizamento de terra

Protesto de índios

Greve de Caminhoneiros

Para determinar a vulnerabilidade da rede de transportes brasileira, é necessário, inicialmente, definir a infraestrutura crítica, e assim, avaliar e analisar a interdição dos elementos de rede. Existem certos elementos, seções, onde sua perda ou degradação terão impactos significativos.

INFRAESTRUTURA CRÍTICA

Ministério dos Transportes

INFRAESTRUTURA CRÍTICA

Ministério dos Transportes

INFRAESTRUTURA CRÍTICA

Ministério dos Transportes

• A metodologia irá avaliar e analisar a vulnerabilidade de rede de transporte, baseada nas considerações de impactos socioeconômicos da degradação da rede. Isso envolve considerações de caminhos alternativos por meio de rede, bem como as probabilidades de uso desses caminhos.

• O primeiro desafio é identificar as localizações críticas numa rede de infraestrutura de transporte rodoviária para isso será utilizado métodos de analise espacial, de modelagem local a simulação da rede, examinado problemas associados com a continuidade operacional.

Ministério dos Transportes

INFRAESTRUTURA CRÍTICA

• Há necessidade da utilização de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) para amarrar todas essas abordagens tendo em vista que o SIG permite a capturar, administração e analise de dados assim como a visualização espacial, assim possibilitando a construção de uma conhecimento geográfico.

• Um fator de ponderação para cada par origem-destino foi concebido, baseado em um simples modelo de gravidade para interações entre cidade, i.e. peso normalizado wij para viagem entre cidades i e j :

• Na qual Bi é o PIB da cidade i e xij é a distância de viagem na rede entre i e j.

Adicionalmente são apresentados, para cada ano de análise, os respectivos mapas com o nível de serviço do modal rodoviário, a partir da relação volume/capacidade – V/C de cada trecho considerado, segundo a classificação do Highway Capacity Manual. Estes resultados, contudo, devem ser encarados com alguma reserva, visto que se projeta um aumento muito significativo das movimentações de carga geral até o ano horizonte do PNLT, como reflexo da ampliação da atividade econômica dos setores urbanos no País. Essas movimentações de carga geral, por falta de parâmetros tecnicamente justificáveis e realistas, foram alocadas ao modal rodoviário no processo de simulação de transportes.

CARREGAMENTOS DE TRÁFEGO

Carregamentos em 2011 com

Investimentos (com minério, sem carga

geral)

Carregamentos em 2011 com

Investimentos (com carga geral, sem

minério)

Rodovias – Nível de Serviço em 2011

(com investimentos)

Carregamentos em 2015 com

Investimentos (com minérios, sem carga

geral)

Carregamentos em 2015 com

Investimentos (com carga geral e sem

minérios)

Carregamentos em 2015 com

Investimentos (com minério, sem carga

geral)

ANO 2012 Total = 62833 Acidentes com Caminhão Total de Acidentes Inseridos na Base = 61422 (98%)

Levantamento de Acidentes

Densidade Acidentes PRF 2012

Volume Médio Diário Anual

Localização dos Postos de Combustíveis

Temático VMDA PNT 2011 - Caminhões

Detalhe

Definição de Trechos Prioritários

• Com a infraestrutura crítica definida o próximo passo é verificar o desempenho do sistema considerando custos normais de serviços e redução de cobertura, através de simulações e otimização espacial com abordagens espaciais e sendo possível estimar os custos fixos e variáveis da operação sem interdição pode-se quantificar o impacto econômico de interrupções de infraestrutura.

Desempenho do Sistema

Ministério dos Transportes

Custos rodoviários

• No caso do sistema rodoviário, os custos operacionais serão calculados utilizando-se a ferramenta VOC – Vehicle Operating Costs, que é parte do modelo HDM4 (Highway Development & Management)

• O programa utiliza parâmetros relacionados às características da rodovia (tipo de superfície, IRI – Índice Internacional de Irregularidade, curva horizontal média, superelevação média, número de pistas etc.) e às características do veículo (custo do combustível, velocidade média, custo do pneu novo, custo dos lubrificantes etc.

Dados de entrada

Informações de rodovia

Superfície (pavimentada ou não)

Rugosidade

Gradiente médio de aclive

Gradiente médio de declive

Rampa

Curvatura média horizontal

Superelevação média

Altitude do terreno

Número efetivo de pistas

Informações do veículo

Tipo de veículo

Peso da tara

Carro carregado

Máximo uso direção

Máximo uso de freio

Velocidade desejada específica da

superfície

Coeficiente de arraste aerodinâmico

Área frontal projetada

Velocidade calibrada do motor

Informações de utilização do

veículo

Média anual utilização

Relação de horas em horas de

utilização

Vida média do veículo

Quilometragem média de vida do

veículo

Custos unitários

Preço do veículo novo

Preço do combustível

Preço do óleo

Preço do pneu novo

Salário da tripulação

Taxa de juros anual Fonte: VOC, Banco Mundial.

• Assim, serão extraídos do VOC custos operacionais para os veículos considerados (automóvel, ônibus e caminhão) e para os diversos “tipos de link” rodoviários que serão cadastrados no modelo de simulação.

Dados de saída

Custos

Combustível

Lubrificante

Pneus

Manutenção (peças)

Manutenção (mão-de-obra)

Tripulação

Depreciação

Juros

Fonte: VOC, Banco Mundial.

• Os quatro primeiros itens estão relacionados com a distância percorrida e os demais com o tempo necessário para percorrer esta distância. Com base nesses dados, foi possível determinar um conjunto de custos unitários que variam com a distância (custo variável) e outro conjunto de custos unitários que variam com o tempo (custo fixo) e para o cálculo do custo operacional generalizado, pode ser utilizada a seguinte função matemática:

vrprpvrpvrpvrp CVDCFTCG

CONSIDERAÇÕES FINAIS

• O Governo Federal vem promovendo a qualificação,

recapacitação e modernização da infraestrutura de

transportes, tendo como meta a redução do custo logístico e o

aumento da produtividade dos serviços de transporte.

• O processo de planejamento e a percepção de risco e o índice

de vulnerabilidade de transportes permitirão a eliminação de

gargalos.

• As iniciativas serão estruturadas em um processo integrado

visando fortalecer o PNLT com uma visão de infraestrutura

crítica no processo de estabelecimento de diretrizes na

definição das prioridades do portfólio de investimentos.

Ministério dos Transportes

MARCELO SAMPAIO CUNHA FILHO

Coordenador-Geral de Sistemas de Informações Geográficas

[email protected]

Tel. (61) 2029-7783 / 7115 / 7223

Ministério dos Transportes