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VuJonga - Cadernos Literários | Segunda-feira – 25/05/20, Edição nº 24 – Pág. 1/39
19ª ed
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África é o 2º Maior Continente do Planeta
(1º a Ásia com a Rússia que se estende por 2 continentes)
“On 25 May 1963, Africa made history with the foundation of the Organisation
of African Unity (OAU) the precursor to the African Union (AU).” [Em 25 de
Maio de 1963, África fez história com a fundação da Organização da Unidade
Africana (OUA), precursora da actual União Africana (UA).]
https://www.gov.za/AfricaDay2020
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FAKE NEWS EM ÁFRICA
Em nome de um afro-optimismo espalham-se
virtualmente causas de pandemias e curas milagrosas ou
tradicionais, que nunca existiram! O Reforço de Vitamina
C (ácido ascórbico), de certas frutas no corpo humano dá
resistência, ajuda, mas não cura doenças; assim como o
gengibre e o alho, e a papaeira!
Mphumo João Craveirinha in VuJonga cadernos literários.
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«O que significa fake news?
Não é de hoje que mentiras são divulgadas como verdades, mas foi com o
advento das redes sociais que esse tipo de publicação popularizou-se. A
imprensa internacional começou a usar com mais frequência o termo fake
news durante a eleição de 2016 nos Estados Unidos, na qual Donald Trump
tornou-se presidente. Fake news é um termo em inglês e é usado para referir-se
a falsas informações divulgadas, principalmente, em redes sociais.
Na época em que Trump foi eleito, algumas empresas especializadas
identificaram uma série de sites com conteúdo duvidoso. A maioria das notícias
divulgadas por esses sites explorava conteúdos sensacionalistas, envolvendo,
em alguns casos, personalidades importantes, como a adversária de Trump,
Hillary Clinton.» in Mundo Educação – Brasil.
https://mundoeducacao.uol.com.br/curiosidades/fake-news.htm
[Diz Pinóquio]: “Está Na Internet… Só Pode Ser Verdade!” créditos ao cartoon ‘FAKE
NEWS’ de DAVE GRANLUND, e créditos póstumos ao arquitecto português, CARLOS
WORM, criador em Maio 1976, em Moçambique, do 1º desenho de Xiconhoca para o DTI
- Departamento do Trabalho Ideológico, do Partido Frelimo, chefiado por Jorge Rebelo.
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Ide Auspicioso – 24 de Maio 2020 | Eid Mubarak – 1-Shawwal 1441
SEMANA MAIS SAUDÁVEL APÓS FIM DO RAMADAN (JEJUM)
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VuJONGA – significado.
VuJONGA significa ORIENTE, e também por analogia,
povo vaJonga do ‘Sol Nascente’– em língua Jonga.
ORIENTE – ponto cardeal
de uma das quatro direcções principais da rosa-dos-ventos
[Sul – Norte; Ocidente – Oriente]
ShiJonga ou ‘O Jonga’ é um idioma africano que tem a sua origem
milenar no idioma kiKongo, com sede em Bandundu no ‘Congo-
Kinshassa.’ Daí sairiam migrações cíclicas do povo (ba)Kongo, rumo à
África Austral, tomando rumos diferentes a partir do rio Zambeze, a sul
e a norte.
Posteriormente, em fusão genético-cultural, originou outras
variantes idiomáticas, tais como as dos povos Nhandja (Niassa), Guigóne
(Inhambane), Jonga (Móputso), e ainda outras variantes posteriores tais
como ShiSuate (Suazilândia), Zulo (Natal), Shengane (Gaza), ShiTsua
(Inhambane).
A língua Jonga é, pois, um idioma muito antigo da cultura baNto da
capital de Moçambique. Sofreu várias influências linguísticas no decurso
do tempo. Estas são o registo cultural de épocas em que navegadores
europeus e asiáticos circularam pela costa marítima moçambicana, aí
desenvolvendo relações comerciais – mais pacíficas – umas, e outras
mais conflituosas.
Este idioma, shiJonga, encontra-se actualmente em processo de
extinção, devido a imposições ideológicas do poder político
estabelecido desde 1975.■ coordenador JOÃO Craveirinha
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1º Esboço de Mapa Etno-Etimológico
da região vaJonga - séculos XVI-XIX
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Islamic Calendar 2020 = 1441-1442 |
24 May 2020 = 1 Shawwal 1441
https://www.islamicfinder.org/islamic-calendar/2020/
24 de Maio 2020 | 1 - Shawwal 1441
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O mundo Muçulmano entrou no período do Ramadão. Um período de
recolhimento espiritual, apoiado pela contenção física que se exprime em
restrições alimentares, sexuais e outras como o hábito de fumar.
Segundo Maati Kabbal (1), do Institut du Monde Arabe, em entrevista ao
jornal francês Le Figaro (2), Ramadão significa "ter calor e sede no ventre", sendo,
pois, um termo que nos reenvia para a canícula da Arábia.
Nessa entrevista, Maati Kabbal informa-nos que o Ramadão tem origens
ancestrais, vindas ainda do chamado Paganismo, e que na sua formulação, sofreu
influências do Judaísmo e do Cristianismo, bem como da Índia que votava um
amor desmedido à Lua.
Naguib Mahfouz (3), no seu romance “Khan al-Khalili” oferece-nos
interessantes descrições de como é vivido o mês do Ramadão, com foco
interessante na gastronomia.
por Myriam Jubilot d’Carvalho© 25 Abril 2020
Significado de Ramadão |
Jejum e Quebra
https://rl.art.br/arquivos/6929610.pdf
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Por outro lado, Maati Kabbal diz-nos ainda que o vestuário branco, cor da
pureza e da transparência da alma, é uma tradição que vem dos Sufis.
Finalmente, Maati Kabbal diz-nos que aqueles que praticam actos de
violência não são verdadeiros Muçulmanos. Mas o mesmo poderíamos afirmar
quanto a Cristãos ou Judeus - a violência é condenada pelas diferentes formulações
religiosas, pois as religiões apelam à fraternidade, à colaboração, à “com-paixão”,
como dizem os Budistas.
Muito de passagem, acrescento que “o Sufismo consiste no aperfeiçoamento
da condição do crente, um envolvimento pessoal na procura de sentido e na sua
busca pela união com o Criador. Para muitos Sufistas, o único meio para alcançar
esta perfeição é o amor de Deus” (4). Ou seja, “todos os caminhos vão dar a um
único Deus” – porque todas as religiões ensinam o mesmo! A disputa religiosa não
tem razão de ser!■©MJdC
REFERÊNCIAS e NOTAS
(1) - Maati Kabbal (born 1954 in Morocco) is a writer, essayist and specialist in Moroccan literature. He is a
frequent contributor to French and Moroccan television programs and newspapers like Libération and Le
Monde diplomatique.
https://en.wikipedia.org/wiki/Maati_Kabbal
(2) https://www.lefigaro.fr/langue-francaise/actu-des-mots/2018/05/17/37002-20180517ARTFIG00031-le-
ramadan-est-ne-des-influences-paiennes-du-christianisme-et-du-judaisme.php
(3) - Naguib Mahfouz (1911-2006) foi o primeiro escritor de língua Árabe a receber o Prémio Nobel, em
1988. Depois dele, apenas outro escritor de Língua Árabe recebeu o Nobel, em 2006 - Orhan Pamuk .
(4) - Malek Chebel - "O Irão Explicado"; Publicações Europa-América, 2010, pág 110.
Ramadan Kareem
https://www.islamicfinder.org/ramadan/
A disputa religiosa não tem razão de ser!
Sufis e Vestuário Branco
SUFIS - místicos muçulmanos. Porém, nem sempre reconhecidos pela visão mais "ortodoxa". Drusos,
Ahmadis, alguns Sufis que se considerem muçulmanos poderão não ser reconhecidos como tais, pelos
muçulmanos comuns.
Por outro lado, os Judeus têm o Hassidismo e várias tradições místicas; os Muçulmanos têm os seus Sufis.
Para saber mais vide: Citati, Pietro (2005). Israel e o Islão - As Centelhas de Deus. Lisboa: Edições Livros
Cotovia, Lda. [ Citati, Pietro (2003). Israele e Islam. Le scintille di Dio]
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The Muslim world entered the period of Ramadan. A period of spiritual
recollection, supported by physical restraint - expressed in dietary, and sexual and
other restrictions such as smoking.
According to Maati Kabbal (1), from the “Institut du Monde Arabe”, in an
interview with the French newspaper Le Figaro (2), Ramadan means “to be hot
and thirsty in the womb”, being therefore a term that sends us back to the Arabian
heatwave.
In that interview, Maati Kabbal informs us that Ramadan has ancestral
origins, still coming from the so-called Paganism, and that in its formulation, it
suffered influences from Judaism and Christianity, as well as from India that voted
an overwhelming love for the Moon.
Naguib Mahfouz (3), in his novel “Khan al-Khalili” offers interesting
descriptions of how the month of Ramadan is lived, with an interesting focus on
gastronomy.
by Myriam Jubilot d’Carvalho© April 25, 2020
Meaning of Ramadan |
Fasting and Breaking
https://rl.art.br/arquivos/6929610.pdf
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Maati Kabbal, also tells us that white clothing, a color of purity and
transparency of the soul, is a tradition that comes from Sufis.
Finally, Maati Kabbal tells us that those who practice acts of violence are not
true Muslims. But the same could be said about Christians or Jews - violence is
condemned by different religious formulations, as religions call for fraternity,
collaboration, “compassion”, as Buddhists say.
In passing, I add that “Sufism consists in improving the condition of the
believer, personal involvement in the search for meaning and in his search for
union with the Creator. For many Sufists, the only way to achieve this perfection
is the love of God.” (4).
In other words, “all roads will lead to a unique God” – because all religions
teach the same! The religious dispute has no reason to be! ■©MJdC
REFERENCES and NOTES
(1) - Maati Kabbal (born 1954 in Morocco) is a writer, essayist and specialist in Moroccan literature. He is a
frequent contributor to French and Moroccan television programs and newspapers like Libération and Le
Monde diplomatique.
https://en.wikipedia.org/wiki/Maati_Kabbal
(2) - https://www.lefigaro.fr/langue-francaise/actu-des-mots/2018/05/17/37002-20180517ARTFIG00031-le-
ramadan-est-ne-des-influences-paiennes-du-christianisme-et-du-judaisme.php
(3) - Naguib Mahfouz (1911-2006) was the first Arabic-speaking writer to receive the Nobel Prize in 1988.
After him, only another Arabic-language writer received the Nobel Prize, in 2006 - Orhan Pamuk.
(4) - Malek Chebel - 2007: L'Islam expliqué, Perrin; Portuguese translation: "O Irão Explicado";
Publicações Europa-América, 2010, pág 110.
Ramadan Kareem | The Sun with Video
https://www.thesun.co.uk/news/6211919/ramadan-kareem-mubarak-fasting-meaning/
Sufis and White Clothing
The religious dispute has no reason to be!
SUFIS - Muslim mystics. However, not always recognized by the more "orthodox" view. Druze, Ahmadis,
some Sufis who consider themselves Muslims may not be recognized as such by ordinary Muslims.
On the other hand, Jews have Hasidism and several mystical traditions; Muslims have their Sufis.
For more information see: Citati, Pietro (2005). Israel and Islam - The Sparks of God. Lisbon: Edições
Livros Cotovia, Lda. [Citati, Pietro (2003). Israele and Islam. Le scintille di Dio]
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– FAKE NEWS –
A Alta-Velocidade do Mundo Globalizado
RESUMO | A ALTA-VELOCIDADE DO MUNDO GLOBALIZADO
Estamos passando por uma era cibernética de leituras rápidas, sem
pesquisa e reflexão sérias, o que leva a conclusões rapidamente distorcidas para
os principais consumidores de notícias rápidas versus falsas notícias (fake
news), sempre fora de contexto! A actual crise pandémica confirma esse cenário
em termos de Comunicação e Cultura.
Por outro lado, a disseminação de desinformações por meio das chamadas
novas tecnologias pode estar funcionando como preconceito 'viral', alimentando
o mundo dos seguidores do estilo de vida ocidental que podem se sentir
ameaçados pelos efeitos desse novo vírus mortal da gripe, que teve seu início
oficial na China, no final do ano passado, 2019. Pese embora, a própria China
das megacidades seguir o modelo ocidental de ‘way of life’ (estilo de vida).
Assim, o século XXI reinventou o ‘fast food,’ o relacionamento fugaz, as
notícias falsas e a distorção da leitura rápida que levarão a uma conclusão
absurda e enganosa. Mas, novamente, vemos que do fundo da alma humana a
boa-vontade prevalece e cresce em solidariedade contra todas as probabilidades
negativas de sobrevivência.■ Mphumo João Craveirinha©2020.
Palavras-chave:
Comida Rápida; Sexo Rápido; Olhar Rápido; Leitura Rápida; Conclusão Rápida (sem
conexão).
ABSTRACT | - FAKE NEWS - The High-Speed of The Globalized World.
Keywords: Fast Food; Fast Sex; Fast Gaze; Fast Reading; Fast Completion (without connection).
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"Applaus für Bolsonaro" (‘Aplausos para…’) (Cartoon de Luff) 27.03.2020 (Luff): Stuttgarter Zeitung (Bild 324 von 327) https://www.stuttgarter-zeitung.de/gallery.luff-mohr-
karikatur-des-tages-
param~324~323~0~326~false.a9972896-8361-44da-
a63c-d8e73bb473ee.html
É TUDO APENAS
HISTERIA E
CONSPIRAÇÃO !!!
[Pesquisa, tradução do alemão, layout, com devidos créditos ao cartunista Luff e ao jornal de Estugarda]
BRASIL 2020
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Acompanhamento com arroz branco ou massa de milho (papa
grossa – vulgo polenta de igual espessura)
VEGANOS: para os vegetarianos totais, é só substituir as carnes e o
peixe ou marisco, por folhas de mandioca ricas em ferro, ou folhas de
abóbora. Nesse caso, dispensa a salada de alface e pepino.
Em Moçambique, de norte a sul, para os nativos africanos, “Caril” significa
qualquer tipo de “molho.” Provável influência oriental, secular, nos contactos
havidos antes da chegada dos europeus à região, em finais do século XV.
Os churrascos predominavam em África (assim como nas futuras Américas,
Oceânia, e mesmo na Europa medieval). Uma herança cultural desde que a
humanidade na pré-história descobriu como fazer fogo.
Por outro lado, a denominação de ‘leite’ aplica-se também a qualquer seiva
vegetal: ‘leite’ de côco, ‘leite’ de amendoim, por exemplo. O Amendoim (arachis
hypogaea) é originário do Brasil, e o seu nome deriva de “manduvi” do idioma
Guarani amazónico. Foi disseminado pelos navegadores portugueses
quinhentistas, em diante. (Vide também Cascudo 2004, 218 – 3º parágrafo). Nota
do coordenador do VuJonga – cadernos literários.
AMENDOIM: Etimologia no idioma Guarani: “Haʼekuéra pyʼỹinte omeʼẽ oréve
pira, aguakáte ha manduvi.” | Português: “Muitas vezes eles nos davam peixe
fresco, abacate e amendoim.” (in Dicionário online Guarani – Português e
exemplos | consulta 05.01.2020) https://pt.glosbe.com/gn/pt/manduvi
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Ingredientes para uma galinha média:
•
• - 1 galinha média a que se retirou a pele, cortada aos bocados;
• - 4 chávenas de amendoim cru, sem películas, depois de bem escolhido, para
pilar (isto é, moer) sem casca e sem pele. O amendoim é pilado (moído) cru;
• - 8 tomates médios, maduros;
• - 2 cebolas médias;
• - 1 malagueta verde grande (para dar cheiro, sem picar muito) ou piripiri
(para quem goste de mais picante );
• - Sal a gosto (quanto baste – q/b);
• - Água suficiente, segundo as instruções.
______________________
Em primeiro lugar, prepara-se o “leite de amendoim”:
Em máquina liquidificadora, deita-se o amendoim e uma chávena de água
fria. Mói-se tudo.
Logo que esteja em forma de massa, tira-se e deita-se numa tigela com 2
litros de água fria ou quente. Mistura-se e côa-se num passador.
Se se vir que a mistura está muito grossa, acrescenta-se água, até ficar como
se fosse leite fresco.
Preparação:
Num tacho, faz-se o “refogado”:
Deita-se o “leite de amendoim”, e junta-se o tomate e a cebola
cortados; Quando tudo estiver meio cozido, junta-se a galinha (ou frango) em
pedaços não muito pequenos, sem a pele; tempera-se com sal; e dá-se uma pequena
fervura, mexendo sempre com uma colher-de-pau em forma de concha;
Continua a “refogar” (sem adição de óleo, pois o amendoim já é por si
oleoso).
Junta-se-lhe a malagueta, deixando-se apurar lentamente em lume brando,
durante uns 10 a 15 minutos.
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Notas:
1- Do mesmo modo se faz o ‘caril’ (molho) de carne; ou, ainda, de peixe,
amêijoa sem casca, camarão fresco, camarão seco, caranguejo, cabrito ou coelho.
2- Em carnes tenras, faz-se do mesmo modo que a galinha tenra.
Usando carne de vaca, fica mais gostoso escolher-se carne do peito ou gorda
com ossos. Neste caso, como a carne é mais rija, coze-se primeiro em água e sal.
Logo que esteja quase cozida, corta-se tomate e cebola e deixa-se cozer um
pouco e, em seguida, junta-se o “leite de amendoim”, que já deve estar previamente
preparado.
Atenção:
A carne não deve ter muita água, pois o “leite de amendoim” já contém água.
Assim, a água vai-se adicionando aos poucos, quando se vir que a carne está
precisando, para não se queimar.
Ora se a cozedura da carne levar muita água, o molho ficará muito aguado.
Tudo o mais, procede-se como se fez para o molho de galinha.
Acompanhamentos:
Salada de alface com pepino temperado com limão pequeno, verde,
(shiRoçana), e azeite de oliveira e sal grosso natural.
Bebidas:
Sumo do fruto do caju (não da castanha) e licor de amarula (ucanhi)
como digestivo.■ Cacilda da Conceição Dias.
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Observações do Editor:
Em primeiro lugar, recordamos que o Amendoim é originário do Brasil, e o
seu nome em idioma Guarani é “manduvi”.
Finalmente, salientamos de novo, que ‘Caril,’ é como em Moçambique se
chama aos guisados, ou molhos.
Em Lisboa, também se pode encontrar amendoim cru, moído sem casca e
sem pele, na mercearia chinesa fora do Centro Comercial do Martim Moniz, na
direcção do início da Rua da Madalena e da Praça da Figueira.
O sumo do fruto do caju [não é da castanha] encontra-se em qualquer
mercearia brasileira. O licor de Amarula – ucanhi, encontrava-se numa loja de
Alvalade (em Lisboa).
Data Venia | imagens.
AMARULA | UCANHI
https://www.garrafeiranacional.com/amarula-cream.html
SAÚDE | ALIMENTAÇÃO
https://saude.abril.com.br/alimentacao/conheca-os-beneficios-do-amendoim/
SUCO DE CAJU
AMARULA LICOR
https://www.jmatosbebidas.com.br/catalogo/licor-amarula/
AMARAULA | [ ESPÍRITO DA ÁFRICA AUSTRAL ]
http://mundodasmarcas.blogspot.com/2006/05/amarula-spirit-of-africa.html
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O Coronavírus bateu-nos à porta, entrou nas nossas vidas sem pedir
permissão e com uma velocidade assustadora. Ninguém nos preparou ou ensaiou
para um cenário com estas características ou dimensão. É um cenário de guerra,
afirmam alguns, outros dizem tratar-se de uma gripezinha que não atingirá a todos
e apenas os mais frágeis. A verdade é que diariamente somos inundados por palcos
de terror, onde ninguém escapa imune, é uma pandemia, e todos, hoje, desdobram-
se em estratégias de sobrevivência, sejam elas em hospitais, empresas, instituições
ou até mesmo em casa. “É a pior crise de sempre!”, “…em mais de 90 anos de vida
não vi algo parecido…”, “Como profissional de saúde não esperei passar por isto
em momento algum…”
Este vírus põe em causa toda a nossa realidade conhecida até agora, abala as
estruturas mais organizadas e assola as entidades mais fragilizadas. A sua
transversalidade é impressionante e as suas consequências ficarão para a história
e, na nossa história. Especialistas de várias áreas ocupam agora a maioria do seu
tempo a tentar desvendar o fenómeno que marcará 2020.
Quem, ao comer as 12 passas, imaginaria que este acontecimento nos traria
a este lugar... Ao lugar onde a ida ao supermercado é caracterizada pela distância
entre as pessoas, pela desconfiança, pelo desinfectar constante; ao lugar onde os
bolos de aniversário assumem diversas formas e a música de parabéns é cantada
através de plataformas virtuais; ao lugar onde sentimos que o risco de vida é
permanente e que não nos dá tréguas.
O Covid-19 já deixou a sua marca e, muitos de nós, percebemos que o seu
carimbo ficará visível bastante tempo.
Passaram mais de duas semanas em isolamento e agora o estado de
emergência é renovado por mais duas, no mínimo… Experienciámos o choque, a
revolta, a zanga e até a corrida desenfreada, na procura da organização forçada que
nos vimos obrigados, para estarmos em casa seguros e com algum conforto, a
trabalhar se assim for possível.
REPETIÇÃO
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Outros, continuam a sair de casa para trabalhar e assegurar que os alicerces
se mantêm e não desabam. Mas também para esses, o medo e angústia se
sobrepõem a tudo, também aqui os lugares se revelam estranhos e sem precedente.
As preocupações estendem-se a todas as áreas da sociedade (da economia à
cultura), mas nós, os psis, observamos com um olhar atento às possíveis
consequências psicológicas e aos efeitos emocionais que daí advêm.
Nos manuais de psicologia não existe a rubrica Covid-19, mas existem
muitos capítulos dedicados ao trauma, às relações, às patologias somáticas, ao luto,
à angústia de separação, às problemáticas ansiosas e aos estados deprimidos.
Sabemos que nesta pandemia, somos remetidos a uma intensidade de fenómenos
psíquicos bastante elevada e que se estende de forma prolongada no tempo. É algo
com o qual não estamos habituados a lidar e por isso se torna extremamente difícil
de suportar. Vamos atravessando várias fases com sentimentos diversos, onde
algumas se tornam particularmente exigentes emocionalmente e vão-se instalando
por vezes sem nos apercebermos.
No início vão predominando sentimentos que se exteriorizam através de
maior ou menor implicância com o próximo mostrando a nossa irritabilidade, a
nossa revolta vai-se transformando e evidenciando a nossa zanga, o choque e o
medo revelam-se quando é preciso assustar os mais velhos com palavras de ordem
para se manterem em casa. E desta forma, vamos mantendo a luta e o combate ao
vírus.
Mas agora, o tempo (e com mais tempo), vai abrindo um espaço amplo e
sonoro ao pensar e ao sentir. E nestes dias de pandemia, o que vamos pensando e
sentindo é algo desagradável e desconfortável, é alguma coisa próxima da
angústia, do sentimento de impotência, que de tão diferente é, nos leva a questionar
se nos pertence. Também há a dúvida, o conflito e a constante ambivalência de
sensações que nos confronta directamente com a persistente incerteza e indefinição
sobre o futuro. Nessa altura podemos ficar apáticos, frustrados, exaustos e
desgastados.
Aceitar e reconhecer esta multiplicidade de sensações ajuda-nos a melhor
suportá-las e desenvolver uma forma mais positiva, apesar das circunstâncias.
O Covid-19 ainda não existe nos manuais é certo, mas todas as emoções que
nos têm invadido por esta altura, são conhecidas, têm a sua função psíquica
compreendida e podem ser elaboradas por nós de forma saudável, tornando-as
passageiras.
A nossa estrutura psicológica tem uma enorme elasticidade e é capaz de
suportar eventos traumáticos de grande intensidade. A nossa habilidade para nos
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adaptarmos e reinventarmos é excepcional. A nossa competência e sabedoria para
criar e fazer o mesmo com menos recursos é surpreendente.
A prova disso está em tudo aquilo que tem sido divulgado nos media, desde
a solidariedade manifestada em todas as frentes, passando pela força e
determinação dos que se encontram na primeira linha, à genialidade das invenções
realizadas em casa, expostas nos vídeos que assistimos. Talvez seja esta a nossa
melhor táctica, a mais saudável, a mais eficaz e aquela que nos vai permitir
rapidamente ultrapassar e fazer face a esta nova verdade.■ Fanisse Craveirinha
EVOLUÇÃO da POPULAÇÃO MUNDIAL a UM CLIQ:
Informação Estatística de Todos Países Sempre Actualizada ao Segundo.
https://www.worldometers.info/
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Por isso, Por
Favor, Coloque
a Sua Máscara
na Face Como
Deve Ser!
Fonte da caricatura, com
data venia (devida vénia),
Créditos a
#Sarawak Gags Malaysia
DESCONFINAMENTO TEM REGRAS
"desconfinamento", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/desconfinamento [consultado em 25-05-2020].
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HISTÓRIA
‘O Reino, a Colônia e o Poder: o governo Lorena na
capitania de São Paulo – 1788-1797’|
de Adelto Gonçalves | Uma rica análise do governo
de Bernardo Lorena (*) ________________________________
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(*) Trecho do texto de apresentação de Kenneth Maxwell, do livro ‘O Reino, a
Colônia e o Poder: o governo Lorena na capitania de São Paulo – 1788-1797.’
Belvedere [miradouro] e padrão em homenagem a Lorena na Serra do Mar.
foto de Luiz Nascimento
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Contracapa da obra ‘O Reino, a Colônia e o Poder: o governo Lorena na
capitania de São Paulo – 1788-1797’ de Adelto Gonçalves, com Prefácio do Prof.
DR. Kenneth Maxwell (Universidade de Harvard-EUA), texto de apresentação
do Prof. DR. Carlos Guilherme Mota (USP-BR) e fotos de Luiz Nascimento.
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Brasil: 408 páginas, R$ 70,00, 2019.
Site: www.imprensaoficial.com.br
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Às vezes, as pessoas vão-se embora.
São normais essas entradas e saídas na nossa vida.
O que não é normal é se sentir vazio, oco, pela
ausência de quem se foi, e se foi porque quis ir!■
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