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  • Tcnicos e a outros Tcnicos,

    todos tm a oportunidade

    de dar os seus contributos

    nas mais variadas formas:

    artigos cientficos, artigos de

    opinio, crnicas, divulgao

    de eventos ou outras quais-

    quer que possam contribuir

    para uma maior ligao

    entre todo o universo de

    colaboradores do ACES.

    Desta forma ficaremos todos

    com a informao e a for-

    mao mais facilitada e

    mais acessvel. Da nossa

    parte iremos tambm dando

    conta do que fazemos e do

    que perspetivamos fazer.

    Por ora a periodicidade

    ser trimestral. Se o arrojo e

    a ambio crescerem pode-

    remos edit-lo mais precoce-

    mente mas... como vivendo

    em poca de incertezas,

    exigncias e constrangimen-

    tos, tambm nos arrogamos

    de, humildemente, agendar

    a sua sada para... quan-

    do sair e se sair. A todos os

    que nos lem agradecemos

    o vosso precioso tempo e a

    ateno que nos dispensam;

    a todos os que connosco

    queiram colaborar presta-

    mos o nosso reconhecimento

    pela vossa participao e

    contributo que em muito nos

    honra. A USF Global, no seu

    primeiro ano de vida, formu-

    la votos de sucesso aos pro-

    fissionais de todas as unida-

    des funcionais.

    EDITORIAL DO COORDENADOR

    A USF Global cumpre hoje o

    seu primeiro aniversrio. Foi um

    ano de compromissos, de reor-

    ganizao, de planificao e

    estabilidade mas igualmente

    de responsabilidade, de consis-

    tncia e de reflexo. Ultrapas-

    smos vrias vicissitudes desde

    estruturais a conjunturais mas

    reunimos determinao, empre-

    endedorismo e labor que nos

    permitem sonhar. No preten-

    demos mais do que nos afirmar

    como um servio responsvel e

    dedicado ao cidado onde

    este encontre e reconhea a

    USF Global como um local de

    humanizao to necessrio

    para conforto das suas vulnera-

    bilidades em sade.

    A melhoria do atendimento

    pblico aos cidados, a cons-

    truo de proximidades e a

    elevao da qualidade dos

    servios prestados sero o ga-

    rante de que aquele objetivo

    possa ser atingido.

    Apesar de uma equipa peque-

    na procuramos a nossa realiza-

    o e satisfao pessoal. Mas,

    essencialmente, pretendemos

    corresponder s expetativas

    dos cidados e da comunidade.

    Todos sabemos que atravessa-

    mos um perodo difcil mas

    precisamente nesta altura que

    surge a oportunidade de dar o

    melhor com o que dispomos e

    com o que, de momento, pos-

    svel. E isto mesmo que nos

    guia: procuramos com me-

    nos, fazer mais, mais rpi-

    do e melhor. Constituem

    valores desta USF a confi-

    ana, a qualidade, a de-

    dicao, a equidade e a

    formao. Ser exigncia

    de cada um de ns saber

    e estar altura de todos

    estes predicados.

    Porque passamos prati-

    camente um tero da nos-

    sa vida no nosso local de

    trabalho, torna-se funda-

    mental almejar por condi-

    es humanas, estruturais e

    logsticas que nos permi-

    tam alcanar o xito para

    que, acima de tudo, consi-

    gamos ser e fazer os ou-

    tros felizes.

    Porque nada se faz sem

    o empenho e a dedicao

    de cada um, termino dei-

    xando a todos os colegas

    da USF um forte abrao

    de amizade e gratido.

    Mas este tambm o pri-

    meiro nmero do Boletim

    da USF Global. um es-

    pao dedicado a todos os

    colegas, no s da USF

    Global como a todos os

    colaboradores do ACES

    Oeste Norte. E igualmente

    aberto a todos os que com

    ele pretendam colaborar.

    A Mdicos de Famlia ou a

    futuros especialistas, a

    Enfermeiros ou a alunos de

    Enfermagem, a Assistentes

    USF Global Um ano, rumo Sade

    JULHO SETEMBRO 2014 VOLUME 1, EDIO 1

    BOLETIM INFORMATIVO USF

    GLOBAL

    Pontos de interesse especiais:

    A USF Global

    Higiene ntima feminina

    Bullying

    Rastreios Oncolgicos

    Crtica publicaes cientficas

    Medicina Tecnolgica

    Nesta edio:

    1 aniversrio da USF Global 1

    Humorstico 7

    Eventos cientficos 8

    Dicionrio dos utentes da

    Nazar 9

    Palavras de Mestre 9

    Equipa de Profissionais da USF Global

    Licnio Fialho

  • Este fenmeno sempre

    existiu em todos os pases e

    sociedades

    Se no for identificado e

    evitado, pode produzir srios

    danos psicolgicos... tanto

    para as vtimas como para os

    agressores.

    Pgina 2 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL

    A aceitao pelos

    companheiros fundamental

    para o desenvolvimento da

    sade dos jovens

    Sabe o que o bullying ? Saiba mais

    BULLYING

    O termo Bullying deri-

    va do termo ingls

    Bully, que significa

    valento, sendo que o

    bullying pode ser tradu-

    zido por intimidao,

    ou seja, trata-se de um

    comportamento de ame-

    aas e intimidaes.

    Segundo Lisboa, Braga

    e Ebert (2009, s.p.), o

    bullying o fenmeno

    pelo qual uma criana ou

    um adolescente siste-

    maticamente exposta(o)

    a um conjunto de actos

    agressivos (directos ou

    indirectos), que ocorrem

    sem motivao aparente,

    mas de forma intencional,

    protagonizados por

    um(a) ou mais agressor

    (es). No bullying, a viti-

    ma possui pouco ou qua-

    se nenhum recurso para

    evitar a e/ou defender-

    se da agresso. O que o

    distingue de outras for-

    mas de agresso o ca-

    rcter repetitivo e siste-

    mtico, e a intencionali-

    dade de prejudicar al-

    gum que mais frgil e

    que dificilmente se conse-

    gue defender ou reverter

    a situao. Assim, segun-

    do Neto (2005), o

    bullying compreende to-

    das as atitudes agressi-

    vas, intencionais e repeti-

    das, adoptadas por um

    jovem contra outro (s),

    causando dor e angstia,

    sendo executadas dentro

    de uma relao desigual

    de poder.

    Este fenmeno sempre

    existiu em todos os pases

    e sociedades, no entanto

    houve uma mudana na

    maneira de analisar es-

    sas atitudes agressivas

    que at ento eram ig-

    noradas e/ou negligenci-

    adas e passaram ento

    a encarar-se no como

    um fenmeno normal e

    inofensivo, mas como um

    processo que merece ser

    observado, pois implica

    graves consequncias

    (emocionais e cognitivas)

    para os envolvidos.

    O bullying pode signifi-

    car uma forma de afir-

    mao de poder inter-

    pessoal por meio de

    agresso, e a diferena

    entre este fenmeno e

    brincadeiras de crianas

    pode ser muito tnue; no

    entanto, quando h sofri-

    mento de qualquer um

    dos envolvidos, deixa de

    se tratar de uma brinca-

    deira, para passar a ser

    um fenmeno de bullying,

    que necessita de ateno

    por parte de pais e pro-

    fessores.

    um processo que ocor-

    re na esfera colectiva,

    portanto, um fenmeno

    social pela sua natureza.

    Se no for identificado e

    evitado, pode produzir

    srios danos psicolgicos

    para as crianas envolvi-

    das, tanto para as vti-

    mas como para os agres-

    sores.

    O contexto de maior

    prevalncia o ambiente

    escolar, que o principal

    micros sistema em que se

    do as interaces entre

    pares, o que no signifi-

    ca que no ocorra nou-

    tros contextos. Segundo

    Neto (2005), a escola

    de grande importncia

    para as crianas, e os

    que no gostam dela

    tendem a apresentar

    maus desempenhos, com-

    prometimentos fsicos e

    emocionais sua sade e

    sentimentos de insatisfa-

    o com a vida. A acei-

    tao pelos companhei-

    ros fundamental para o

    desenvolvimento da sa-

    de dos jovens, melhoran-

    do as suas habilidades

    sociais e fortalecendo a

    capacidade de reaco

    a situaes de tenso.

    de salientar que o

    bullying no se restringe

    a um determinado nvel

    socioeconmico, faixa

    etria especfica ou g-

    nero.

    Enf. Lus Amaro E se for consigo?

    Com um utente seu?

    Com um familiar seu, ou

    amigo, ou conhecido?

    Preparado(a) para

    quebrar o silncio?

    J lhe aconteceu?

  • Pgina 3 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL

    O estilo de vida da mulher mo-

    derna tem vindo a sofrer modifi-

    caes nos ltimos anos, implican-

    do alterao de hbitos nem sem-

    pre benficos para a sua sade e

    bem-estar. Um exemplo o uso de

    roupas sintticas justas que contri-

    bu para prejudicar, ou at origi-

    nar alguns problemas do foro mais

    intimo.

    A beleza importante, mas a

    mulher tambm deve atribuir im-

    portncia sua higiene genital,

    conceito que no claro e levanta

    muitas dvidas. A higiene ntima

    feminina define-se como o conjunto

    de prticas de asseio da regio

    anogenital com o objetivo de a

    manter livre de humidade e res-

    duos (urina, fezes, ou fludos). Com-

    preende o hbito de cuidados es-

    pecficos, que devero contribuir

    para a promoo da sade e bem-

    estar, conforto e segurana, preve-

    nindo e minimizando o risco de in-

    fees. Sabe-se que a maioria das

    mulheres ter pelo menos uma infe-

    o vaginal durante a sua vida,

    caracterizada por corrimento, pru-

    rido ou odor.

    Vrios fatores extrnsecos podem

    interferir com o bem-estar genital

    feminino: atividade sexual, tipo de

    alimentao, vesturio, estado hor-

    monal, emocional e hbitos de higi-

    ene. A mulher deve conhecer o seu

    corpo, ter noo das mudanas va-

    ginais consideradas fisiolgicas,

    relacionadas com o uso de contra-

    cetivos, frequncia do coito, duche

    vaginal, uso de pensos dirios, de-

    sodorizantes vaginais, utilizao de

    antibiticos.

    A flora vaginal constituda em

    95% por Lactobacilus acidophilus,

    responsveis pelo pH cido da

    vagina (3,8 a 4,5), na mulher em

    idade frtil, que evita prolifera-

    o de agentes patognese. O

    equilbrio da flora pode ser afe-

    tado por infees genitais, diabe-

    tes, toma de medicamentos e gra-

    videz. As infees mais comumente

    identificadas quando h desequil-

    brio da flora vaginal so as fngi-

    cas (Candida albicans), as de pro-

    tozorios (Tricomonas vaginalis) ou

    as bacterianas (Gardnerella vagi-

    nalis). Nestas situaes a mulher

    geralmente queixa-se de um corri-

    mento com odor intenso ou ftido,

    associado ou no a prurido. As

    queixas podem ser apenas referi-

    das a desconforto durante as mic-

    es. Alguns casos as queixas so

    idnticas no parceiro sexual, sen-

    do que a relao sexual agrava

    as queixas.

    A automedicao o erro

    mais comum, sendo geralmente

    utilizado sempre o mesmo medica-

    mento, no adequado ao organis-

    mo patognico. O uso errado e

    frequente de produtos que alcali-

    nizam a vagina e vulva pode faci-

    litar o aparecimento de dermato-

    ses.

    pois importante e necessrio

    esclarecer as mulheres sobre como

    conseguir uma boa higienizao

    intima. O produto ideal para higi-

    ene intima deve ser compatvel

    com as mucosas, no deve irritar

    nem secar, deve manter o pH ci-

    do, ter ao refrescante e Deso-

    dorizante, viscosidade adequada

    e detergncia suave.

    Os produtos disponveis no mer-

    cado dividem-se em: agentes de

    limpeza, hidratao, proteo e

    facilitao das relaes sexuais.

    Os sabes comuns possuem boa

    detergncia produzindo bastante

    espuma mas o seu pH alcalino po-

    de danificar a barreira superficial

    da pele levando a secura excessi-

    va. Os sabes transparentes

    (exemplo glicerina) potenciam se-

    cura excessiva e irritao cutnea.

    Os sabes cremosos so enriqueci-

    dos com agentes humidificantes

    que protegem a pele e no inter-

    ferem tanto com a camada lipdi-

    ca. Os produtos em barra tambm

    no so indicados porque geral-

    mente so muito abrasivos e com-

    partilhados por toda a famlia

    facilitando a contaminao.

    Higiene ntima da mulher .. Verdades, mitos

    Vrios fatores extrnsecos podem interferir com o bem-estar genital feminino: atividade sexual, tipo de a l imentao , vesturio , estado hormonal, emocional

    Continua na pgina seguinte

    Adaptado de Medical News n 302,

    17 maro de 2014

  • Pgina 4 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL

    Os sabonetes ntimos (slidos) tm

    como substancia ativa principal

    uma base tensioativa de natureza

    aninica e anftera, podendo in-

    corporar agentes hidratantes e

    reguladores de pH, anti-irritantes,

    regeneradores e protetores da

    zona vulvar, antipuriginosos e an-

    tisstico. (Saforelle)

    O gel que produz espuma com a

    massagem so geralmente agra-

    dveis e proporcionam uma sensa-

    o de frescura. (Velastisa intim ,

    Saugella )

    Os toalhetes humedecidos so

    uteis em algumas situaes como

    higiene fora de casa, sanitrios

    pblicos, mas o seu uso no deve

    ser frequente pois pode remover o

    biofi lme l ipdico da pele.

    (Lactacyd , Saforelle , Sau-

    gella )

    Os sabonetes lquidos ntimos so

    produtos a base de acido latico e

    tm como objetivo manter o pH

    mais prximo do ideal para o de-

    senvolvimento e manuteno das

    clulas da pele. So recomenda-

    dos para uso externo e no para

    lavagens vaginais, nem para tra-

    tamento de infees ou inflama-

    es. (Lactacyd , Saforelle ).

    Alm da escolha do produto de

    limpeza importante a tcnica: a

    lavagem deve ser feita com gua

    corrente para favorecer a remo-

    o mecnica das secrees e com

    movimentos que evitem o arrastar

    de contedo perianal para a regi-

    o vulvar. No devem ser utiliza-

    dos sprays, perfumes, talcos ou

    lenos humedecidos.

    A higiene ntima deve ser realiza-

    da de uma a trs vez por dia, no

    devendo exceder os 3 minutos pa-

    ra evitar secagem excessiva do

    local. Aps a lavagem deve existir

    cuidado de hidratao, com gel

    (Saugella ) ou creme de base

    aquosa (Velastisa V.V. ) com pH

    compatvel com a mucosa vaginal.

    O uso sistemtico de penso higi-

    nico no recomendado. Mulheres

    com excesso de transpirao ou

    incontinncia urinria devem utili-

    zar pensos higinicos respirveis

    (sem plstico) ou, preferencialmen-

    te, usar vesturio absorvente.

    O estabelecimento de rotinas de

    higiene diria crucial para estar

    sempre cuidada.

    Dr. Ins Rocha

    Higiene ntima da mulher .. Verdades, mitos

    Continua na pgina seguinte

  • Pgina 5 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL

    Rastreio do cancro do

    Colon e do Recto

    A USF Global tem vindo a

    implementar o rastreio do

    cancro colorectal a todos os

    seus utentes com idades

    compreendidas entre os 50

    os 74 anos, baseado no

    exame na pesquisa de san-

    gue oculto nas fezes (PSOF)

    ou pela endoscopia digesti-

    va baixa.

    No ano de 2013, a uni-

    dade cresceu de 15,34%

    de utentes, entre os [50-75[

    anos, com RCCR efectuado

    e em Dezembro de 2013

    obtivemos um resultado de

    30,33% de utentes com ras-

    treio, sendo que a meta

    contratualizada era de

    25%.

    fundamental que todos

    os profissionais de sade

    veiculem uma politica de

    auto-responsabilizao dos

    utentes pela sua sade e

    aproveitem as oportunida-

    des oferecidas pela USF.

    Enf. Aldina Santos

    Rastreio do cancro do

    colo do tero

    O Programa de Rastreio de

    Cancro do colo do tero dirigi-

    do a mulheres com idades com-

    preendidas entre os 25 e os 64

    anos e deve ser realizado pelo

    menos de 3 em 3 anos ou de

    acordo com a indicao clnica.

    Trata-se de um exame (citologia)

    indolor e eficaz na deteo de

    clulas anormais do colo uterino

    que podem vir a resultar em

    cancro se no tratadas.

    Apesar da divulgao e convo-

    cao das utentes da USF Glo-

    bal para realizao do rastreio,

    constatamos uma certa renitncia

    em aderirem ao programa, o

    que nos deixa preocupados com

    as possveis consequncias.

    Em 2013 aquando do inicio da

    actividade enquanto USF, apre-

    sentvamos uma taxa de 37,8%

    de mulheres com idades entre os

    25 e os 60 anos com colpocitolo-

    gia atualizada. Com uma meta

    para 2013 de 45% de mulheres

    a rastrear, em Dezembro de

    2013 obtivemos uma taxa de

    46,5% de mulheres rastreadas.

    Rastreio do cancro da

    mama

    O Programa de Rastreio de

    Cancro da Mama dirigido a

    mulheres assintomticas (que no

    apresentam sintomas) com ida-

    des compreendidas entre os 45

    e os 69 anos devendo ser reali-

    zada mamografia a cada dois

    anos.

    Este ano, e bianualmente, as

    utentes em idade de rastreio

    receberam uma carta de convo-

    catria para se dirigirem, ou

    foram pela primeira vez, Uni-

    dade Mvel de Rastreio de

    Cancro, que esteve junto do

    Centro de Sade da Nazar.

    Tambm aconselhamos a reali-

    zao mensal do auto-exame

    da mama para despiste de alte-

    raes. Durante este procedi-

    mento a mulher poder detectar

    alteraes de colorao, de ta-

    manho, da forma das mamas,

    podendo ainda despistar a exis-

    tncia de feridas, ndulos e cor-

    rimento mamilar. Qualquer alte-

    rao detectada na mama, ma-

    milo e axila ou se dvida acon-

    selhamos melhor esclarecimento

    com o mdico de famlia.

    Rastreio Oncolgico

    O cancro uma das doenas com maior incidncia em Portugal e responsvel por um elevado nmero

    de mortos. O reconhecimento dos sinais de alerta e um rpido diagnstico numa fase inicial potenciam

    exponencialmente as probabilidades de sucesso no tratamento. A consciencializao e participao do

    utente na preveno e deteo precoce so fundamentais.

  • Pgina 6 BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL

    C om o aumento exponencial de trabalhos publicados, muito se tem escrito sobre como deve

    ser feita a leitura de um artigo cientifico. Assim, fazendo uma reviso do que os especialista nesta rea indi-

    cam como orientaes de leitura de trabalhos cientficos, pareceu-nos importante transmitir de forma sucinta

    os pontos-chave encontrados.

    Leitura crtica de publicaes cientficas

    Q uando lemos um artigo, o principal objectivo perceber a

    contribuio cientfica que o autor

    pretende dar.

    Ler um artigo deve ser um proces-

    so crtico, no devendo por isso as-

    sumir-se que os autores esto sem-

    pre correctos. A leitura crtica impli-

    ca colocar questes adequadas. Se

    os autores tentam resolver um pro-

    blema, devemos perceber se ser

    um problema pertinente, se existem

    solues simples que os autores no

    consideraram e quais so as limita-

    es das solues que apresentam

    (mesmo as que os autores podero

    no ter percebido ou admitido). De-

    vemos perceber tambm se as con-

    sideraes que os autores fazem

    so adequadas, bem como se a or-

    ganizao do artigo clara e justi-

    ficada. Quando so apresentados

    dados, devemos perceber se foram

    reunidos os dados correctos, se fo-

    ram interpretados de forma correc-

    ta e se outros dados seriam mais

    consistentes.

    No devemos esquecer-nos que a

    leitura crtica deve ser feita de for-

    ma construtiva, o que muitas vezes

    se torna ainda mais difcil. Assim,

    devemos perceber quais so as bo-

    as ideias a retirar do artigo, se es-

    sas ideias tm outras aplicaes ou

    extenses que os autores podem

    no ter pensado, se podem ser ge-

    neralizadas e se existem melhorias

    que podiam ter sido feitas com sig-

    nificado prtico importante.

    De destacar que podemos pensar

    tambm se poderamos comear a

    fazer investigao a partir do arti-

    go lido e nesse caso qual seria o

    prximo passo.

    Fazer notas em caso necessrio

    pode ser um ponto muito importan-

    te. O nmero de artigos lidos no

    permite faz-lo em todos, no entan-

    to muitas vezes pode ser importante

    escrever tpicos nas margens ou

    sublinhar pontos-chave, como por

    exemplo dados mais importantes ou

    questes mais controversas, o que

    ajuda sobretudo quando existe mais

    tarde necessidade de o rever.

    Quase todos os bons artigos de

    investigao tentam proporcionar

    uma resposta a uma questo espe-

    cfica. Se depois de ler uma vez o

    artigo, tentarmos sumariz-lo numa

    ou duas frases e o conseguirmos

    fazer, sinnimo de que percebe-

    mos a questo inicial e a resposta

    final. Uma vez que conseguimos

    perceber a ideia chave, podemos

    depois reler com mais detalhe e

    perceber outros pormenores inclu-

    dos.

    Resumir o artigo uma forma de

    tentar determinar a sua contribuio

    cientfica. No entanto, para real-

    mente aferir o seu mrito cientfico,

    torna-se necessrio comparar o arti-

    go a outros trabalhos na mesma

    rea.

    importante referir que as contri-

    buies cientificas podem tomar v-

    rias formas. Alguns artigos oferecem

    ideias novas, outros implementam

    ideias e/ou mostram a forma como

    funcionam, outros ainda renem v-

    rias ideias dispersas no mesmo tra-

    balho.

    Dr. Raquel Osrio

    Boas LeiturasBoas LeiturasBoas Leituras

  • VOLUME 1, EDIO 1 Pgina 7

    Q uando lemos um artigo, o principal objectivo perceber a

    contribuio cientfica que o autor

    pretende dar.

    Ler um artigo deve ser um proces-

    so crtico, no devendo por isso as-

    sumir-se que os autores esto sem-

    pre correctos. A leitura crtica impli-

    ca colocar questes adequadas. Se

    os autores tentam resolver um pro-

    blema, devemos perceber se ser

    um problema pertinente, se existem

    solues simples que os autores no

    consideraram e quais so as limita-

    es das solues que apresentam

    (mesmo as que os autores podero

    no ter percebido ou admitido). De-

    vemos perceber tambm se as con-

    sideraes que os autores fazem

    so adequadas, bem como se a or-

    ganizao do artigo clara e justi-

    ficada. Quando so apresentados

    dados, devemos perceber se foram

    reunidos os dados correctos, se fo-

    ram interpretados de forma correc-

    ta e se outros dados seriam mais

    consistentes.

    No devemos esquecer-nos que a

    leitura crtica deve ser feita de for-

    ma construtiva, o que muitas vezes

    se torna ainda mais difcil. Assim,

    devemos perceber quais so as bo-

    as ideias a retirar do artigo, se es-

    sas ideias tm outras aplicaes ou

    extenses que os autores podem

    no ter pensado, se podem ser ge-

    neralizadas e se existem melhorias

    que podiam ter sido feitas com sig-

    nificado prtico importante.

    De destacar que podemos pensar

    tambm se poderamos comear a

    fazer investigao a partir do arti-

    go lido e nesse caso qual seria o

    prximo passo.

    Fazer notas em caso necessrio

    pode ser um ponto muito importan-

    te. O nmero de artigos lidos no

    permite faz-lo em todos, no entan-

    to muitas vezes pode ser importante

    escrever tpicos nas margens ou

    sublinhar pontos-chave, como por

    exemplo dados mais importantes ou

    questes mais controversas, o que

    ajuda sobretudo quando existe mais

    tarde necessidade de o rever.

    Quase todos os bons artigos de

    investigao tentam proporcionar

    uma resposta a uma questo espe-

    cfica. Se depois de ler uma vez o

    artigo, tentarmos sumariz-lo numa

    ou duas frases e o conseguirmos

    fazer, sinnimo de que percebe-

    mos a questo inicial e a resposta

    final. Uma vez que conseguimos

    perceber a ideia chave, podemos

    depois reler com mais detalhe e

    perceber outros pormenores inclu-

    dos.

    Resumir o artigo uma forma de

    tentar determinar a sua contribuio

    cientfica. No entanto, para real-

    mente aferir o seu mrito cientfico,

    torna-se necessrio comparar o arti-

    go a outros trabalhos na mesma

    rea.

    importante referir que as contri-

    buies cientificas podem tomar v-

    rias formas. Alguns artigos oferecem

    ideias novas, outros implementam

    ideias e/ou mostram a forma como

    funcionam, outros ainda renem v-

    rias ideias dispersas no mesmo tra-

    balho.

    Dr. Raquel Osrio

    negcios de famlia... O sujeito chega no consultrio do psiquiatra e desabafa: - Doutor, preciso da sua ajuda! Acho que tou a ficar maluco! J l vo trs noites que no consigo dormir de tanta preocupao! - E qual o motivo de sua preocupao? - Dinheiro, doutor! - Ah! Mas muito fcil. s o senhor parar de pensar no assunto. Outro dia esteve aqui um camarada que tambm no conseguia dormir por causa das dvidas que tinha contrado com o tio. Disse-lhe que o tio que deveria ficar preocupado, j que tinha dinheiro pra receber. Da em diante, ele passou a dormir tranquilo! - Pois , doutor, era o meu sobrinho!

    No hospital... O dono do hospital, ansioso, pergunta ao me dico que acabou de internar uma nova paciente: - E enta o, que tal a paciente do 208? - humm...bem gerida a coisa, pode render uns 5 mil euros por me s...

    maluquinho...

    O sujeito vai ao psiquiatra e queixa-se:

    - Doutor! A minha mulher diz que sou maluco s porque eu gosto de mortadela!

    O doutor responde:

    - Mas isso no faz o menor sentido! Eu tambm adoro "MORTADELA"!!

    E o paciente:

    - Pois , pois !!! Ento vamos l pra casa ver a minha coleo! Eu j tenho mais

    de "TRE-ZEN-TAS!!

    (psico)terapias... O psiquiatra incentiva o paciente: - Pode me contar desde o princ pio... - Muito bem, doutor! No princ pio... eu criei o ce u e a terra...

    votao... Um homem vai ao me dico e diz: - Doutor, quero fazer uma vasectomia. O me dico adverte: - Essa e uma decisa o muito se ria. O senhor ja con-sultou a sua mulher e seus filhos? - Claro que sim, doutor. Os que sa o favora veis venceram por 19 a 2!

    Como dar ms notcias esposa Uma senhora chega ao hospital e pergunta: Doutor, sou a mulher do Ze , que sofreu um acidente. Como ele es-ta ? Bem, da cintura para baixo, ele na o teve nem um arranha o. Poxa, que alegria! E da cintura para cima? Na o sei. Ainda na o trouxeram essa parte.

    Consultrio..ou domiclio... Alta madrugada e o telefone toca na casa do me dico. O me dico, so-nolento, atende o telefone. - Alo ... - Doutor, quanto e que o senhor cobra por uma consulta na casa do paciente? - Duzentos euros. - E por uma consulta no seu con-sulto rio? - Cem euros. - Ta bem, ata o encontramo-nos daqui a meia hora la no seu con-sulto rio.

    Dieta milagrosa... - Doutor, como eu fao para emagrecer? - Basta a senhora mover a cabea da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. - Quantas vezes, doutor? - Todas as vezes que te oferecerem comida.

    remdios... O me dico da uma bronca no paciente: Na o estou a perceber qual e a sua... Voce passa a vida a pedir reme dios pra dormir, mas na o sai daquela boate perto da sua casa! O senhor na o entendeu mesmo... Os reme dios sa o pra minha mulher!

    HumorsticasHumorsticasHumorsticas

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    EVENTOS CIENTFICOS 2014

    Evento Area Datas

    19. Conferncia WONCA Europa Medicina Geral/

    Cuidados Primrios De 02 a 05 Julho

    Open Day Wonca International Classification Committee MGF/CSP De 6 a 11 de Setembro

    Wonca International Classification Committee, FCM-UNL MGF/CSP 6 de Setembro

    4 Congresso Nacional de Sade Pblica Outra De 02 a 03 Outubro

    13Encontro Nacional de Internos e Jovens Mdicos de Fam-lia

    Medicina Geral De 24 a 25 Outubro

    6 Congresso Portugus do Cancro do Pulmo Oncologia De 09 a 11 Outubro

    15. Congresso Nacional de Pediatria Pediatria De 15 a 18 Outubro

    X Congresso Nacional de Psiquiatria Psiquiatria De 13 a 14 Novembro

    Reunio Anual da Sociedade Portuguesa de Hematologia 2014

    Outra De 20 a 22 Novembro

    Escola de Outono da APMGF-2014 MGF De 20 a 22 Novembro

    Medicina informtica vs Medicina centrada no utente

    E sta rubrica aborda e abordar nas prxi-

    mas edies os desafios

    impostos pela inovao

    tecnolgica na prtica

    clnica diria.

    Sem dvida, de positivo

    destacam-se: os registos

    legveis, a maior facili-

    dade de consulta dos

    registos, maior facilida-

    de em prescrever (com

    simples clicks em vez da

    escrita manual), os da-

    dos administrativos do

    utente disponveis.

    E o que nos exigido:

    a mdicos e enfermeiros?

    Quantas plataformas in-

    formticas diferentes esto

    a ser usadas? E que variam

    de unidade para unidade;

    e na mesma unidade, au-

    sncia de transmisso de

    dados e registos efectua-

    dos pelos profissionais de

    s e c t o r e s d i f e r e n -

    tes...resultado...duplicao

    de trabalho.

    E que mais implica? Muita

    ateno e dedicao m-

    quina dos registos: o com-

    putador. E o utente? Espe-

    ra, a sua vez, de poder

    entrar na relao que em

    15 minutos predomina ser en-

    tre o Md./Enf e o computa-

    dor.

    E que mais nos exigem? Indi-

    cadores...olhem os BI. se no

    clicar aqui...ali e ali, por me-

    lhor cuidado que tenha na

    realidade prestado ao utente,

    no clicou, no est bem vi-

    giado...no atingiu indicador

    Susana Santos

    BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL

    javascript:__doPostBack('gvEventos','Sort$EVENT_NAME')javascript:__doPostBack('gvEventos','Sort$EVENT_AOI')javascript:__doPostBack('gvEventos','Sort$EVENT_START_DATE')http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Detalhes.aspx?id=6280http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Lista.aspx?esp=8http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Lista.aspx?esp=8http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Detalhes.aspx?id=6201http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Lista.aspx?esp=51http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Detalhes.aspx?id=6056http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Lista.aspx?esp=11http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Detalhes.aspx?id=6271http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Lista.aspx?esp=15http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Detalhes.aspx?id=6274http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Lista.aspx?esp=20http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Detalhes.aspx?id=6275http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Detalhes.aspx?id=6275http://local.univadis.pt/pt/Eventos/Lista.aspx?esp=51

  • Comece por fazer que necessrio, depois o que possvel, e de repente estar a fazer o impossvel

    So Francisco de Assis

    (1182-1226)

    PALAVRAS DE MESTRE

    Colaboradores nesta Edio: Licnio Fialho, Ldia

    Carepa, Ins Rocha, Helena Isabel Fernandes,

    Aldina Santos, Lus Amaro, Raquel Osrio, Susana

    Santos

    FICHA TE CNICA

    Publicao trimestral

    VOLUME 1, EDIO 1 O DICIONA RIO DOS UTENTES

    Dr. Ldia Esgaio Carepa

    Dtora, eu n durmo ...afoga-se-me

    a garganta, depois o corao pra de bater

    ...e as dores...parece um co a quemer-me per dentre qu iste Dtora?

    Aah Dtora, t xeia da dres na coluna vertical !!!

    Aah Dtora, o cardiologista diz qu tanho uma ratimia cardcula...

    Dtora, venho buscar uma cardencial pro especialista do autoringo

    Caixins

    2450-125 Nazar

    Telefone: 262 569 120

    Fax: 262 561 938

    [email protected]

    USF Global

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