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1 Vol. 05- Março de 2017 www.apac.pe.gov.br BOLETIM DOCLIMA SÍNTESECLIMÁTICA Nº 3

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Vol. 05- Março de 2017 – www.apac.pe.gov.br

BOLETIM DOCLIMA SÍNTESECLIMÁTICA

Nº 3

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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Paulo Henrique Saraiva Câmara – Governador

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE PERNAMBUCO

Raul Henry- Secretário

SECRETARIA EXECUTIVA DE RECURSOS HÍDRICOS Coronel Mário Cavalcanti - Secretário Executivo

AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE ÁGUAS E CLIMA

Marcelo Cauás Asfora - Diretor-Presidente

DIRETORIA DE REGULAÇÃO E MONITORAMENTO Maria Crystianne Fonseca Rosal - Diretora

DIRETORIA DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

Gustavo Henrique Ferreira Gonçalves de Abreu - Diretor

DIRETORIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA Alexandre Lima Diniz de Oliveira - Diretor

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BOLETIM DOCLIMA SÍNTESECLIMÁTICA

B. Clima: sínt. climática Recife v.5 n.3 p. 32 Março de 2017

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Agência Pernambucana de Águas e Clima – APAC Avenida Cruz Cabugá, nº 1111, Santo Amaro, Recife/PE - CEP: 50040-000

Fone: (81) 3183-1060 / 1061 e Fax: (81) 3183-1058

www.apac.pe.gov.br

© 2017 Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução de dados ou informações contidas nesta publicação, desde que citada a fonte. Disponível também em: < http://www.apac.pe.gov.br/> EQUIPE TÉCNICA Coordenação Geral Patrice Rolando da Silva Oliveira Gerente de Meteorologia e Mudanças Climáticas AUTOR Roberto Carlos Gomes Pereira Analista de Meteorologia CO-AUTORES Carlos Alexandre Wanderley da Silva Técnico em Hidrometeorologia Edvânia Pereira dos Santos Analista de Meteorologia Fabiano Prestrelo de Oliveira Analista de Meteorologia Josafá Henrique Gomes Técnico em Hidrometeorologia Hailton Dias da Silva Junior Analista de Meteorologia Maria Aparecida Fernandes Ferreira Analista de Meteorologia Romilson Ferreira da Silva Analista de Meteorologia Roni Valter Souza Guedes Analista de Meteorologia

Vinícius Gomes Costa Júnior Analista de Meteorologia Zilurdes Fonseca Lopes Analista de Meteorologia Coordenação de Edição José de Calazans Neto - DRT 3262/PE Gerente de Articulação e Comunicação Normalização Bibliográfica Tarciana Santana Oliveira Analista de Biblioteconomia

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Sum

ário

Apresentação 07

1. Introdução 08 2. Precipitação Acumulada 09 3. Monitoramento da seca 13 4. Condições Oceânicas 19 5. Temperatura do ar 21 6. Apêndice 24

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A criação, pelo Governo de Pernambuco, da Agência Pernambucana de Águas e Clima - APAC, uma autarquia especial integrante da administração pública estadual indireta, foi um fato de grande relevância para o fortalecimento da meteorologia em Pernambuco. A Lei Ordinária nº 14.028, de 26 de março de 2010, que criou a APAC, também incorporou legalmente à estrutura administrativa do Estado as competências e responsabilidades relacionadas ao monitoramento e à previsão do tempo e clima no Estado. O estabelecimento do marco legal e institucional tornou possível a formação de um quadro permanente de meteorologistas, contratados através de concurso público, para formar a Gerência de Meteorologia e Mudanças Climáticas da APAC; bem como a realização de um programa consistente de investimentos para a modernização, ampliação e automatização do processo de coleta de dados meteorológicos e climatológicos no Estado. Esses investimentos têm aumentado significativamente a frequência das observações e a quantidade de pontos e de variáveis monitoradas no território pernambucano. A partir desses dados, consistidos e analisados, são geradas informações para as diferentes áreas do governo, bem como são desenvolvidos estudos para identificar e melhor definir os sistemas e os fenômenos meteorológicos que atuam sobre Pernambuco. Contudo, a missão desta Agência estaria incompleta se os dados e as informações produzidos não fossem postos ao alcance de toda a sociedade de forma transparente e democrática. Assim, desde a sua criação, a APAC, através do seu site eletrônico, tem disponibilizado o acesso aos dados climatológicos observados no Estado, bem como aos informativos e boletins sobre o tempo e o clima em Pernambuco. A elaboração e publicação mensal da Síntese Climática são mais um esforço desta Agência no sentido de compartilhar com a sociedade e as entidades congêneres dados, informações e conhecimento. Neste boletim mensal, que a partir de 2013 passou a ser publicado e distribuído em impressos, busca-se apresentar, com um maior aprofundamento técnico, a análise dos parâmetros atmosféricos e dos eventos meteorológicos ocorridos no estado de Pernambuco a cada mês. Todos que operam esta Agência acreditam que o compartilhamento dos dados e das informações é um instrumento essencial à construção do conhecimento. É com esta crença que disponibilizamos esta publicação e que nos colocamos à disposição para receber as sugestões e críticas que tenham por objetivo a melhoria deste produto. Marcelo Cauas Asfora Diretor-Presidente

Apresentação

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O presente boletim é uma síntese climática do

mês de março de 2017 para o estado de Pernambuco, constando informações sobre o comportamento das variáveis meteorológicas mensuradas nas estações, como chuva, temperatura e umidade relativa do ar, bem como análises dos parâmetros oceânicos e atmosféricos globais.

Considerando as mesorregiões, do estado de Pernambuco, ocorreu uma melhora na quantidade de precipitação acumulada nas regiões do Alto Sertão, mas continuou na categorial normal, no Sertão do Moxotó, que saiu da categoria muito seca para a normal, no Litoral e na Zona da Mata o aumento da precipitação contribuiu para mudar da categoria de muito seca para seca. As demais mesorregiões do estado permaneceram na categoria de muito seco a

seco, com destaque para a região do Agreste onde todas as microrregiões ficaram na categoria muito seca. Vale ressaltar que as chuvas ocorridas foram distribuição ao longo do mês de março, com destaque para a Zona da Mata Norte, Sertão do Pajeú e do são Francisco onde ocorreram anomalias positivas.

Na região do Agreste foi onde ocorreram as maiores anomalias negativas, exceto em alguns postos. Na Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife houve um aumento da precipitação quando comparado com o mês anterior, embora, tenham ocorrido chuvas acima do mês de fevereiro o volume foi abaixo da média histórica, na maior parte do estado de Pernambuco, o que levou ao monitoramento de seca indicar na maior parte do estado a continuidade da seca severa, com impactos de curto e longo prazo, exceto na região do Sertão do Araripe e do Pajeú que teve uma pequena redução da severidade da seca.

As condições atmosféricas não foram favoráveis para ocorrência de muita chuva em Pernambuco. Em baixo nível da atmosfera o tempo foi dominado pela predominância de uma crista e em alto nível houve predominância de um cavado, no entanto, o seu posicionamento inibiu o desenvolvimento de nuvens de chuva devido, em grande parte do mês, o eixo desse sistema ter ficado sobre as regiões pernambucanas.

Como já observado nos meses anteriores, em março, as temperaturas máxima e mínima continuaram elevadas em todo o estado com o menor valor de 17,6 °C e o maior de 38,4 °C. No oceano Pacífico equatorial, com exceção da região do El Niño 4, as demais áreas apresentaram aquecimento no mês de março. A área do Atlântico Norte ficou levemente mais aquecida do que a do Atlântico Sul e a temperatura da superfície do mar no Litoral do Nordeste continuou em torno da normalidade. Esse padrão de temperaturas dos oceanos não foi o suficiente para favorecer à ocorrência de chuvas no estado de Pernambuco.

1. Introdução

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2.1. ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO ACUMULADA EM MARÇO

Os maiores acumulados de chuvas ocorreram na parte leste do estado, nas mesorregiões da Zona da Mata Norte, Região Metropolitana Recife e também ocorreu no Sertão do Pajeú. O Agreste foi à mesorregião que apresentou os menores valores acumulados de precipitação, embora em alguns postos o volume no mês chegou a 160 mm (Figura 1).

A ocorrência da chuva no mês de março foi bem distribuída, mas com pouca intensidade, ao longo do mês, em todas as mesorregiões do estado.

Na RMR os maiores acumulados ocorreram nos dias 04 e 05 e os maiores volumes nestes dias foram registrados com maior distribuição espacial de chuva em Jaboatão dos Guararapes e Cabo onde os maiores acumulados foram de 77 mm e 55 mm respectivamente. Em comparação com RMR a chuva na Zona da Mata foi mais distribuída temporalmente e espacialmente, no entanto, os acumulados foram menores. Os municípios na Zona da Mata com maior acumulado mensal de chuva foram Itambé (178 mm) e Macaparana (156 mm).

O Agreste foi à região onde menos choveu no estado de Pernambuco e concentrada em dois dias, o município com os maiores acumulados foi Brejo da Madre de Deus, onde o volume foi de 39 mm no dia 10 e de 47,5 mm no dia 15 e o acumulado total no mês atingiu os 160,5 mm. Em outros municípios do Agreste ocorreram acumulados acima de 100 mm como foi o caso de Bonito, Machados, São Vicente de Ferrer e Orobó.

A mesorregião do Sertão de Pernambuco foi à parte do Sertão que mais choveu, principalmente nos municípios que fazem limite com os estados do Piauí, Ceará e Paraíba. Os maiores acumulados de chuva ficaram em torno dos 200 mm que foi o caso de Solidão (213 mm), já em Verdejante choveu 196 mm, Brejinho (194 mm) e em São José do Egito choveu 193 mm.

No referido mês as chuvas ficaram abaixo da climatologia em todas as regiões pernambucanas. Agreste, Zona da Mata e na Região Metropolitana do Recife foram as regiões que apresentaram os maiores desvios negativos, cujos valores são respectivamente, -76%, -57% e -53% (Figura 2). Salientando que março não faz parte da quadra chuvosa destas regiões.

No terceiro mês da quadra chuvosa da região do Sertão choveu um pouco mais da metade da climatologia, em torno de 57%. Assim quase todos os municípios, com registro de precipitação, ficaram com déficit de chuva em março (Figura 2). Os poucos municípios que ficaram com chuva acima da média foram São José do Egito (64%), Brejinho (42%), Santa Maria da Boa Vista (35%), Santa Terezinha (31%) e verdejante (29%), mas teve localidades onde não houve nenhum registro de precipitação ou com

2. Precipitação Acumulada

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chuva que ficou com um desvio inferior a -90%, como Parnamirim (-91%), Santa Maria da Boa Vista (-97%) e Terra Nova (-99%) os demais municípios tiveram um desvio menor. No apêndice, pode-se conferir o total de chuva de alguns municípios e aqueles com chuva em torno média, abaixo e acima da climatologia em de março.

Figura 1 – Distribuição espacial da precipitação acumulada (mm) em março no estado de Pernambuco

Figura 2 – Desvio relativo (%) da precipitação acumulada em março no estado de Pernambuco

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2.2. ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO ACUMULADA DE JANEIRO A MARÇO DE 2017

A Figura 3 apresenta a distribuição espacial da precipitação acumulada de janeiro a março. O comportamento da chuva em março foi semelhante ao observado em fevereiro com maiores acumulados de chuva na parte oeste e leste do estado de Pernambuco, sendo que, em fevereiro os maiores acumulados ocorreram na mesorregião do Araripe e Sertão do Pajeú e em março além destas, a chuva atingiu também a mesorregião do Sertão de São Francisco. Assim, houve uma expansão da área do extremo oeste do estado de Pernambuco com maior ocorrência de precipitação. Nas regiões do Agreste, Zona da Mata (principalmente a Mata Sul), e Região Metropolitana do Recife foram observados mais registros de chuva do que em fevereiro e, consequentemente a área com chuva superior a 50 mm aumentou nestas regiões.

Figura 3 – Distribuição espacial da precipitação acumulada (mm) de janeiro a março no estado de Pernambuco

A Figura 4 tem-se o desvio da precipitação acumulada de janeiro a março com

relação a climatologia nos municípios de Pernambuco. Todos os municípios da Região Metropolitana do Recife ficaram com chuva abaixo da média e com desvios negativos que em média ficou 52,6%: Em Ipojuca dos 409 mm que normalmente chove de janeiro a março foram registrados apenas 96 mm o que proporcionou um déficit de 77% de chuva em relação a média. Os municípios com desvios negativos superiores a 60% foram Recife, Olinda e Igarassu. Nesse período, a chuva na RMR ficou 53% abaixo da climatologia. Na Zona da Mata, em termo de percentual, houve alguns municípios com déficit de chuva acima de 80%, no entanto, a maioria dos municípios a redução da precipitação foi superior a 40%. Nesse rol de municípios estão São José da Coroa Grande (95%), Lagoa de Itaenga (82%), e Ribeirão (80%).

A região do Agreste é a mais crítica em termos de ocorrência de chuva e, de janeiro para março houve uma expansão da área com chuva próxima de 25 mm. Neste mês, o acumulado médio foi 46 mm dos 189 mm esperado para a região o que ocasionou um desvio de 76%.

No Sertão, o acumulado de chuva no mês de março teve mais municípios com chuva acima de 100 mm do que no mês anterior. Em março à parte norte da mesorregião continuou com os maiores acumulados de precipitação. No Sertão do Pajeú, municípios que fazem limite com o estado da Paraíba, também tiveram

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continuidade de chuva no referido mês. A tabela 1 mostra o resumo de chuva nas regiões do estado de Pernambuco em março e o acumulado de janeiro a março de 2017. No apêndice, tem-se o acumulado de chuva, a climatologia e o desvio para o período de janeiro a março em alguns municípios pernambucanos.

Figura 4 – Desvio relativo (%) da precipitação acumulada de janeiro a março no estado de Pernambuco

Tabela 1 – Acumulado, climatologia e desvio de chuva nas regiões pernambucanas em março e nos três primeiros meses de 2017 Acumulado

médio (mm)

Média (mm)

Desvio (%)

Acumulado médio (mm)

Média (mm)

Desvio (%)

Região Metropolitana do Recife

132,4 212,2 -79,7 206,6 436,0 -52.6

Zona da Mata 70,3 129,0 -58,7 120,0 278,3 -56.9

Agreste 24,5 90,1 -65,6 45,7 188,8 -75.8

Sertão 78,7 137,6 -59,0 175,3 308,3 -47.8

Janeiro a março

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3.1. QUANTIS

A APAC faz o monitoramento da seca através da técnica dos quantis, os quais são elaborados por regiões pluviométricas homogêneas representadas na Figura 5. As regiões pluviométricas homogêneas são regiões com características similares de quantidade e de período de chuvas. O método dos quantis associa a precipitação mensal a cinco intervalos regulares a partir de uma função de distribuição acumulada. A precipitação observada é enquadrada em um intervalo de cinco classes, as quais representam a seguinte classificação climática: Muito Seco, Seco, Normal, Chuvoso e Muito Chuvoso.

Figura 3 - Microrregiões de pluviometrias homogêneas do estado de Pernambuco

SERTÃO A distribuição temporal dos acumulados de precipitação nas microrregiões do

Sertão pode ser vista nas figuras 4, 5, 6 e 7. A estação chuvosa do Sertão inicia em janeiro e finaliza em abril, sendo março o mês mais chuvoso. Nas mesorregiões do Alto Sertão, São Francisco, Pajeú e Moxotó as precipitações ocorridas em janeiro, deixaram as chuvas na categorial muito seco e seco. Em fevereiro, houve melhoria no acumulado de chuva nas regiões do Alto Sertão e Sertão do Pajeú e as referidas

3. Monitoramento da Seca

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regiões ficaram com chuva na categoria normal. As regiões do Moxotó e São Francisco continuaram com chuva na faixa muito seco e seco, respectivamente. No mês de março embora tenha ocorrido um aumento nos acumulados de chuvas em todas as microrregiões no Pajeú e do alto Sertão ficaram na faixa do muito seco, a do São Francisco fico na faixa do seco, já a microrregião do Moxotó ficou na faixa do normal.

Figura 4 - Quantis mensais para o Alto Sertão

Figura 5 - Quantis mensais para o Sertão do São Francisco

Figura 6 - Quantis mensais para o Sertão do Pajeú

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Figura 7 - Quantis mensais para o Sertão do Moxotó

AGRESTE

O período mais chuvoso do Agreste compreende os meses de abril a agosto, enquanto que os meses de setembro a janeiro são considerados os mais secos. No Agreste Setentrional, Central e Meridional (Figuras 8, 9 e 10) as chuvas no mês de janeiro ficaram na categoria de muito seco. Em fevereiro as mesorregiões do Agreste permaneceram na mesma categoria observada no mês anterior, ou seja, muito seco e voltou a ocorrer no mês de março.

Figura 8: Quantis mensais para o Agreste Setentrional

Figura 9: Quantis mensais para o Agreste Central

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Figura 10: Quantis mensais para o Agreste Meridional

ZONA DA MATA e RMR

Como observado nas demais regiões do estado de Pernambuco (exceção Sertão do Pajeú e Alto Sertão) na Zona da Mata e Litoral (Figura 11) a chuva também ficou na categoria muito seco nos meses de janeiro e fevereiro, mas no mês de março ficou na faixa de seco.

Figura 11: Quantis mensais para Zona da Mata e Litoral

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3.2. MONITOR DE SECAS DO NORDESTE O Monitor de Secas é um processo de acompanhamento regular e periódico da

situação da seca no Nordeste, objetivando integrar o conhecimento técnico e científico já existente em diferentes instituições estaduais e federais para alcançar um entendimento comum sobre as condições de seca, como: sua severidade, a evolução espacial e no tempo, e seus impactos sobre os diferentes setores envolvidos. Os resultados consolidados com as diversas instituições envolvidas são divulgados mensalmente por meio do Mapa do Monitor de Secas, contendo informações sobre a situação de secas, com indicadores que refletem o curto prazo (últimos 3, 4 e 6 meses) e o longo prazo (últimos 12, 18 e 24 meses), indicando a evolução da seca na região. As categorias de seca (tabela 2) descrevem os efeitos (impactos) da seca nas lavouras, na disponibilidade de água, nas pastagens, etc.

As cores do mapa indicam as categorias de seca. Quanto mais escuro, mais seco está. As letras indicam a intensidade do impacto da seca (Figura 14). O impacto pode ser de Curto(C) ou de Longo Prazo (L) ou de Curto e Longo prazo ao mesmo tempo (CL). As linhas do mapa delimitam em que regiões os impactos da seca são de Longo prazo (L), Curto prazo (C) ou Curto e Longo prazo (CL).

Tabela 2: Estágios de seca, ou categorias, as quais definem a intensidade de seca no mapa do Monitor.

Fonte: Adaptado do National Drought Mitigation Center, Lincoln, Nebraska, U.S.

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Síntese do Traçado do Monitor das Secas de março de 2017 para Pernambuco

Os efeitos da seca prolongada permanecem, devido às poucas chuvas que ocorreram no mês de março em todo o estado e, a severidade da seca varia de seca extrema (S3) no Litoral e parte do Sertão do Araripe e Pajeú e seca excepcional (S4) no Agreste e Sertão, com impactos de curto e longo prazo. Maiores informações sobre o Monitor de Secas do Nordeste podem ser acessadas no site da APAC (www.apac.pe.gov.br) no link “Monitor de Secas do Nordeste” ou diretamente no site http://monitordesecas.ana.gov.br/

Figura 12: Monitor da secas do Nordeste de fevereiro (a) e março (b)

a b

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Em março as áreas dos Niños 1+2 e 3 foram as que apresentaram maior anomalia de temperatura da superfície do mar, cujo valor médio, foi de 0,8 °C e 0,8°C, respectivamente. Na área do Niño 3.4 também foi observado aquecimento, no entanto, essa região ficou com TSM em torno da normalidade; enquanto que a região do Niño 4 ficou dentro da média. No oceano Atlântico Sul, no litoral do nordeste do Brasil predominaram TSM em torno da neutralidade. Nas áreas utilizadas para definir o dipolo, a do Atlântico Norte ficou um pouco mais quente do que a do Atlântico Sul e consequentemente o dipolo ficou positivo no referido mês (Figura 13).

Figura 13 - Anomalia de temperatura da superfície do mar (°C) referente ao mês de março. Fonte: CPTEC/INPE, 2017

As linhas de corrente representam o comportamento médio do vento na atmosfera. O campo médio das linhas de corrente no nível de 850 hPa (baixos níveis da atmosfera – aproximadamente 1,5 Km). Como pode ser observado na Figura 14, em março, a parte centro-norte do Brasil foi dominada por uma circulação de nordeste o que desfavoreceu a ocorrência de chuva em Pernambuco.

4. Condições Oceânicas

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Figura 14 – Linhas de corrente em 850 hPa referentes ao mês de março. Fonte: CPTEC/INPE, 2017

A circulação do vento nos altos níveis, aproximadamente 12 km de altitude, está representada na Figura 15. Assim como nos meses anteriores, no mês de março as condições atmosféricas em altos níveis foram predominantemente influenciadas pelo cavado, com seu eixo sobre o estado de Pernambuco, está posição é desfavorável para formação de nuvens de chuva. Portanto tanto em baixos como em altos níveis as condições atmosféricas não foram favoráveis para ocorrência de muita chuva no estado de Pernambuco.

Figura 15 – Linhas de correntes em 200 hPa referente ao mês de março. Fonte: CPTEC/INPE, 2017

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Como já observado nos meses anteriores, os dias e as noites nos municípios pernambucanos foram mais quentes do que o normal no mês de março. Os maiores valores de temperatura média máxima foram observados na região do Sertão e do Agreste e, menores valores em áreas de alta altitude como no Agreste Meridional e em áreas com maior ocorrência de precipitação, cita-se: Sertão do Araripe e Zona da Mata. Já os menores valores de temperatura mínima média ocorreram na região do Agreste devido ao efeito da altitude e no Sertão do Araripe pela distribuição temporal da chuva (noites com maior cobertura de nuvens).

A região do Sertão ocorreu os maiores valores de temperatura do estado atingindo os 35,7 °C em Floresta, em Ibimirim atingiu os 35 °C. Já os menores valores ficaram em média entre 19,5 °C e 24,3 °C que ocorreram em Araripina e Petrolina, respectivamente.

Devido a pouca chuva na região do Agreste, os municípios da região também apresentaram temperatura máxima elevada que em média foi de 34,9 °C e a temperatura mínima teve seu menor valor médio em Brejão, 19,2 °C

Na Região Metropolitana de Recife, a temperatura máxima média observada foi de 32,5 °, já a mínima teve uma média de 23,4 °C. O maior valor registrado foi de 33,9 °C e o menor foi de 21,0 °C e ocorreram em Recife.

Figura 16 – Média mensal das temperaturas máximas (°C) em março no estado de Pernambuco

Figura 17 – Média mensal das temperaturas mínimas (°C) em março no estado de Pernambuco

5. Temperatura do Ar

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A umidade relativa do ar representa a quantidade de vapor d´água presente na

atmosfera com relação ao máximo de vapor que atmosfera pode reter. Quando a umidade do ar está baixa, as chuvas são escassas e quando se tem aumento da umidade, aumenta também as chances de chuva. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) valores de umidade abaixo de 20% oferecem risco à saúde. Porém, em dias quentes com umidade elevada causa desconforto porque a evaporação do suor do corpo se torna difícil, inibindo a perda de calor. E o corpo se refresca quando o suor que eliminado evapora, retirando calor da pele.

A umidade relativa do ar é inversamente proporcional à temperatura e, por isso, os menores valores de umidade ocorrem no período da tarde, em que as temperaturas são mais altas. Por conseguinte, as áreas com maiores valores de temperatura máxima indicam também as áreas com os menores valores de umidade relativa mínima como Sertão de São Francisco, parte do Sertão de Pernambuco e do Agreste (Figura 18). Nessas áreas a umidade relativa mínima média ficou abaixo dos 35%. Valores acima de 50% foram registrados no litoral devido à proximidade com o oceano e no Sertão do Araripe por causa da ocorrência da precipitação.

Figura 18 – Média mensal das umidades relativas mínimas (%) em março no estado de Pernambuco Tabela 3 – Valores extremos ocorridos no mês de março em alguns municípios pernambucanos.

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Águas Belas

38

21

21

Araripina 34 18 29

Arcoverde 36 18 17

Barreiros 33 21 40

Brejão 34 16 28

Cabrobó 37 22 31

Carpina 34 21 37

Caruaru 36 17 24

Floresta 38 22 16

Garanhuns 33 18 21

Goiana 32 21 50

Ibimirim 38 20 14

Ipojuca 33 23 47

Ouricuri 37 21 20

Petrolina 37 22 18

Recife 34 21 49

Salgueiro 37 21 20

São Lourenço da Mata 34 22 46

Serra Talhada 36 21 18

Surubim 35 20 29

Vitória Santo Antão 35 20 39

Localidade Temperatura

Máxima Absoluta °C

Temperatura Mínima Absoluta

°C

Umidade Mínima Absoluta

%

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APÊNDICE

25

PRECIPITAÇÃO ACUMULADA EM MARÇO

Abreu e Lima 225.3 -22.0 -8.9

Araçoiaba (Granja Cristo Redentor) 105.7 -37.4 -26.1

Cabo 114.9 -71.8 -38.4

Cabo (Barragem de Gurjaú) 113.8 -72.9 -39.0

Cabo (Barragem de Suape) 143.4 -43.3 -23.2

Cabo (Pirapama) 180.8 -5.9 -3.1

Camaragibe 141.1 -81.5 -36.6

Igarassu 165.9 -35.7 -17.7

Igarassu (Bar.Catucá) 119.5 -82.1 -40.7

Igarassu (Usina São José) 140.2 -61.4 -30.5

Ipojuca 122.6 -64.1 -34.3

Ipojuca (Suape)- PCD 62.0 -124.7 -66.8

Itamaracá 181.1 -30.5 -14.4

Itapissuma 143.6 -54.8 -27.6

Jaboatão (Cidade da Copa) – PCD 203.2 -24.0 -10.5

Jaboatão dos Guararapes (Duas Unas) 203.5 -23.7 -10.4

Moreno (IPA) 168.0 -17.4 -9.4

Olinda 189.5 -64.7 -25.5

Olinda (Academia Santa Gertrudes) 139.9 -114.3 -45.0

Paulista 173.0 -63.7 -26.9

Recife (Alto da Brasileira) 121.3 -143.4 -54.2

Recife (Várzea) 139.2 -125.5 -47.4

Água Preta (IPA) 71.0 -11.9 -14.4

Aliança (IPA) 80.4 -39.6 -33.0

Amaraji (IPA) 88.0 -36.3 -29.2

Barreiros (IPA) 70.8 -122.8 -63.4

Barreiros - PCD 64.0 -129.6 -66.9

Belém de Maria 27.1 -62.4 -69.7

Buenos Aires (IPA) 106.5 0.8 0.8

Camutanga (IPA) 83.6 -40.0 -32.3

Carpina (Est. Exp. de Cana-de-Açúcar) 55.1 -47.7 -46.4

Carpina - PCD 66.8 -36.0 -35.0

Catende (IPA) 58.3 -47.2 -44.7

Chã de Alegria 81.1 -46.5 -36.4

Chã Grande (IPA) 47.1 -50.5 -51.7

Condado (IPA) 32.0 -109.1 -77.3

Cortês 28.4 -128.0 -81.8

Cortês (IPA) 26.2 -130.2 -83.2

Escada 28.9 -122.9 -81.0

Ferreiros (IPA) 139.0 14.7 11.8

Gameleira 63.1 -112.3 -64.0

Glória do Goitá (IPA) 71.9 -33.9 -32.0

Goiana (Itapirema - IPA) 151.2 -9.8 -6.1

Goiana - PCD 148.8 -12.2 -7.6

Itambé (IPA) 178.0 47.9 36.9

Itaquitinga (IPA) 93.7 -46.5 -33.2

Jaqueira (IPA) 48.8 -41.6 -46.0

Joaquim Nabuco (IPA) 89.9 -66.8 -42.6

Lagoa de Itaenga (Barragem de Carpina) 32.5 -51.9 -61.5

Lagoa do Carro (IPA) 65.3 -28.4 -30.3

Macaparana (IPA) 155.7 40.7 35.4

Municípios

Acumulado(mm) Média(mm) Desvio (%)

REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE E ZONA DA MATA

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Maraial (IPA) 40.4 -45.3 -52.8

Nazaré da Mata (IPA) 62.2 -50.1 -44.6

Palmares (IPA) 60.9 -60.2 -49.7

Paudalho (Barragem de Goitá) 95.1 -64.5 -40.4

Paudalho (IPA) 110.9 -48.7 -30.5

Pombos (IPA) 31.2 -52.4 -62.7

Primavera 57.8 -70.5 -54.9

Quipapá 6.9 -71.2 -91.2

Ribeirão 20.5 -112.4 -84.6

Ribeirão (Fazenda Capri) * 41.5 -91.4 -68.8

Rio Formoso (Usina Cucaú) * 49.6 -165.4 -76.9

São Benedito do Sul (IPA) 23.9 -56.1 -70.1

São José da Coroa Grande (IPA) 11.9 -177.7 -93.7

Agrestina (IPA) 6.9 -72.4 -91.3

Águas Belas (IPA) 67.3 -7.6 -10.2

Águas Belas – PCD 34.2 -40.7 -54.4

Alagoinha (IPA) 61.5 -6.6 -9.7

Altinho (IPA) 11.0 -60.8 -84.7

Angelim (IPA) 0.0 -87.1 -100.0

Barra de Guabiraba (IPA) 72.6 -37.5 -34.0

Belo Jardim (Açude Bituri) 44.2 -68.8 -60.9

Belo Jardim (IPA) 34.4 -78.6 -69.6

Bezerros (IPA) 17.5 -63.0 -78.3

Bom Conselho (IPA) 0.0 -48.0 -100.0

Bom Jardim (IPA) 70.8 -54.4 -43.5

Bonito (Fazenda Vila Bela) 125.7 29.1 30.1

Bonito (IPA) 21.5 -75.1 -77.8

Brejão (IPA) 0.0 -104.9 -100.0

Brejão - PCD 16.6 -88.3 -84.2

Brejo da Madre de Deus (Fazenda Nova) 0.0 -117.5 -100.0

Brejo da Madre de Deus (IPA) 160.5 43.0 36.6

Buíque (IPA) 0.0 -118.0 -100.0

Cachoeirinha 6.6 -51.4 -88.6

Caetés (IPA) 0.0 -94.2 -100.0

Calçados (IPA) 37.0 -42.3 -53.4

Camocim de São Félix (IPA) 7.5 -81.3 -91.6

Canhotinho (IPA) 2.7 -81.8 -96.8

Capoeiras (IPA) 2.2 -91.4 -97.6

Caruaru (EBAPE) 2.4 -72.4 -96.8

Caruaru (IPA) 16.1 -58.7 -78.5

Casinhas (IPA) 17.0 -86.4 -83.6

Correntes 14.0 -73.7 -84.0

Cumaru (IPA) 39.8 -112.1 -73.8

Cupira (IPA) 6.8 -71.7 -91.3

Cupira – PCD 0.0 -78.5 -100.0

Feira Nova (IPA) 31.0 -34.2 -52.5

Frei Miguelinho (Algodão do Manso) 7.2 -66.7 -90.3

Garanhuns (IPA) 0.0 -99.7 -100.0

Gravatá (IPA) 2.7 -82.4 -96.8

Iati 4.3 -69.6 -94.2

Ibirajuba (IPA) 0.0 -65.0 -100.0

Itaíba (IPA) 22.5 -71.3 -76.0

Jataúba (IPA) 10.9 -106.6 -90.7

João Alfredo 41.0 -65.0 -61.3

AGRESTE

Municípios Acumulado(mm) Média(mm) Desvio (%)

27

Jucati (IPA) 8.8 -69.5 -88.8

Jupi (IPA) 10.0 -69.8 -87.5

Jurema (IPA) 12.9 -60.4 -82.4

Lagoa do Ouro (IPA) 4.0 -81.6 -95.3

Lagoa dos Gatos (IPA) 25.5 -57.3 -69.2

Lajedo (IPA) 39.7 -35.1 -46.9

Limoeiro (IPA) 34.4 -51.9 -60.1

Machados (IPA) 118.3 1.6 1.3

Orobó (IPA) 109.0 -9.9 -8.3

Palmeirina (IPA) 0.0 -91.7 -100.0

Panelas (IPA) 7.4 -68.2 -90.2

Paranatama (IPA) 0.0 -94.4 -100.0

Passira (IPA) 40.5 -30.1 -42.7

Pesqueira (IPA) 22.0 -71.4 -76.4

Poção (IPA) 18.0 -85.4 -82.6

Riacho das Almas 28.5 -45.8 -61.7

Sairé (IPA) 13.6 -79.1 -85.3

Salgadinho (IPA) 47.4 -34.8 -42.3

Saloá (IPA) 0.0 -87.6 -100.0

Sanharó (IPA) 6.6 -114.6 -94.6

Santa Cruz do Capibaribe 2.5 -68.5 -96.5

Santa Maria do Cambucá (IPA) 2.5 -74.0 -96.7

São Bento do Una (IPA) 20.7 -79.4 -79.3

São Bento do Una – PCD 24.2 -75.9 -75.8

São Caetano (IPA) 11.5 -76.6 -86.9

São João (IPA) 2.8 -87.4 -96.9

São Joaquim do Monte (IPA) 11.1 -79.0 -87.7

São Vicente Férrer (IPA) 114.8 -0.3 -0.3

Surubim (IPA) * 27.3 -62.9 -69.7

Tacaimbó (IPA) 14.8 -85.7 -85.3

Taquaritinga do Norte 0.0 -76.2 -100.0

Terezinha (IPA) 0.0 -82.8 -100.0

Toritama (IPA) 11.7 -76.0 -86.7

Tupanatinga (IPA) 24.0 -85.2 -78.0

Venturosa (IPA) 36.0 -76.3 -67.9

Vertente do Lério 12.2 -57.4 -82.5

Vertentes (IPA) 16.4 -53.2 -76.4

Vertentes - PCD 17.1 -52.5 -75.4

Afogados da Ingazeira (IPA) 163.5 54.9 50.5

Afrânio 146.0 37.4 34.4

Araripina 156.1 -45.7 -22.7

Araripina - PCD 98.6 -103.2 -51.1

Arcoverde (INMET) 17.5 -104.1 -85.6

Arcoverde - PCD 18.0 -103.6 -85.2

Belém de São Francisco (CHESF) 57.5 -75.8 -56.8

Belém de São Francisco (Ibó - CHESF) 33.4 -99.9 -74.9

Belém de São Francisco (IPA) 24.8 -108.5 -81.4

Betânia (IPA) 114.8 -10.6 -8.5

Bodocó (IPA) 43.0 -114.9 -72.8

Brejinho (IPA) 193.6 57.0 41.7

Cabrobó (IPA) 32.3 -108.2 -77.0

Calumbi (IPA) 74.6 -103.7 -58.2

Carnaíba (IPA) 114.0 -42.8 -27.3

Carnaubeira da Penha (IPA) 131.5 -15.4 -10.5

SERTÃO

Municípios Acumulado (mm) Média (mm) Desvio (%)

28

Cedro (IPA) 70.0 -83.4 -54.4

Custódia (IPA) 71.5 -50.2 -41.2

Dormentes (IPA) 37.0 -75.8 -67.2

Exú (IPA) 52.0 -106.3 -67.2

Flores (IPA) 89.1 -70.4 -44.2

Floresta (CHESF) 3.7 -152.6 -97.6

Floresta (IPA) 100.2 -56.1 -35.9

Floresta - PCD 90.5 -65.8 -42.1

Granito (IPA) 42.0 -99.3 -70.3

Ibimirim (IPA) 107.3 -26.1 -19.6

Iguaraci 72.4 -59.9 -45.3

Inajá (CHESF) 2.6 -85.2 -97.0

Ingazeira (IPA) 92.0 -42.2 -31.4

Ipubi 100.0 -81.0 -44.8

Itacuruba (IPA) 117.0 -20.8 -15.1

Itapetim (IPA) 155.0 13.9 9.9

Jatobá (IPA) 13.8 -87.0 -86.3

Lagoa Grande (IPA) 60.6 -61.8 -50.5

Manari (IPA) 28.0 -59.8 -68.1

Mirandiba (IPA) 148.5 -0.7 -0.4

Moreilândia (IPA) 108.0 -17.6 -14.0

Orocó (IPA) 31.4 -90.8 -74.3

Ouricuri (IPA) 45.6 -94.4 -67.4

Ouricuri - PCD 42.5 -97.5 -69.6

Parnamirim (IPA) 11.2 -115.5 -91.2

Petrolândia (IPA) 24.3 -83.6 -77.5

Petrolina 33.0 -64.1 -66.0

Petrolina (INMET) 10.2 -86.9 -89.5

Petrolina - PCD 96.8 -0.3 -0.3

Quixaba (IPA) 153.6 -14.5 -8.6

Salgueiro (IPA) 78.9 -63.7 -44.7

Salgueiro - PCD 86.6 -56.0 -39.3

Santa Cruz da Baixa Verde 107.0 -106.8 -49.9

Santa Cruz da Venerada (IPA) 22.0 -81.4 -78.7

Santa Filomena (IPA) 60.0 -67.0 -52.8

Santa Maria da Boa Vista (CHESF) 3.9 -110.8 -96.6

Santa Maria da Boa Vista (IPA) 33.5 -81.2 -70.8

Santa Maria da Boa Vista - PCD 29.1 -85.6 -74.6

Santa Terezinha 190.5 45.6 31.5

São José do Belmonte (IPA) 120.0 -37.4 -23.8

São José do Egito (Faz. Muquén) 193.5 75.7 64.2

São José do Egito (IPA) 123.8 6.0 5.1

Serra Talhada (Açude Cachoeira) 138.6 -10.1 -6.8

Serra Talhada (EBAPE) 87.1 -61.6 -41.4

Serra Talhada (IPA) 100.7 -48.0 -32.3

Serrita (IPA) 76.0 -75.6 -49.9

Sertânia (IPA) 90.2 -20.8 -18.8

Sertânia - PCD 110.3 -0.7 -0.7

Solidão (IPA) 213.0 55.7 35.4

Tabira (IPA) 74.6 -69.8 -48.3

Tacaratu (IPA) 62.0 -36.2 -36.9

Terra Nova (IPA) 2.0 -132.0 -98.5

Trindade (IPA) 63.0 -101.3 -61.7

Triunfo (IPA) 126.8 -99.2 -43.9

Tuparetama (IPA) 51.0 -71.4 -58.3

Verdejante (IPA) 196.0 44.5 29.3

29

PRECIPITAÇÃO ACUMULADA DE JANEIRO A MARÇO

Abreu e Lima 302.7 -185.8 -38.0

Araçoiaba (Granja Cristo Redentor) 165.5 -144.6 -46.6

Cabo 189.0 -215.0 -53.2

Cabo (Barragem de Gurjaú) 182.9 -221.1 -54.7

Cabo (Barragem de Suape) 185.6 -218.4 -54.1

Cabo (Pirapama) 249.8 -154.2 -38.2

Camaragibe 219.3 -221.1 -50.2

Igarassu (Bar.Catucá) 155.7 -271.0 -63.5

Igarassu (Usina São José) 179.2 -247.5 -58.0

Ipojuca 178.4 -230.2 -56.3

Ipojuca (Suape)- PCD 95.8 -312.8 -76.6

Itamaracá 238.7 -204.1 -46.1

Itapissuma 214.1 -206.3 -49.1

Jaboatão (Cidade da Copa) – PCD 304.0 -153.6 -33.6

Jaboatão dos Guararapes (Duas Unas) 302.7 -154.9 -33.9

Moreno (IPA) 217.4 -156.7 -41.9

Olinda (Academia Santa Gertrudes) 157.8 -345.6 -68.7

Paulista 245.2 -230.8 -48.5

Recife (Alto da Brasileira) 159.2 -353.2 -68.9

Recife (Várzea) 188.8 -323.6 -63.2

Água Preta (IPA) 108.2 -100.1 -48.1

Aliança (IPA) 130.3 -133.2 -50.6

Amaraji (IPA) 178.5 -88.2 -33.1

Barreiros (IPA) 149.1 -263.5 -63.9

Belém de Maria 67.3 -136.7 -67.0

Buenos Aires (IPA) 179.3 -63.5 -26.2

Camutanga (IPA) 136.7 -123.1 -47.4

Carpina (Est. Exp. de Cana-de-Açúcar) 89.2 -147.0 -62.2

Carpina - PCD 105.8 -130.4 -55.2

Catende (IPA) 111.3 -127.1 -53.3

Chã Grande (IPA) 89.2 -114.8 -56.3

Condado (IPA) 61.0 -243.3 -80.0

Cortês (IPA) 118.1 -218.9 -65.0

Escada 69.2 -257.0 -78.8

Ferreiros (IPA) 189.4 -72.6 -27.7

Gameleira 140.3 -207.2 -59.6

Glória do Goitá (IPA) 103.1 -130.7 -55.9

Goiana (Itapirema - IPA) 232.9 -112.7 -32.6

Goiana - PCD 234.2 -111.4 -32.2

Itaquitinga (IPA) 144.2 -161.3 -52.8

Jaqueira (IPA) 128.6 -92.3 -41.8

Joaquim Nabuco (IPA) 171.8 -148.9 -46.4

Lagoa de Itaenga (Barragem de Carpina) 35.3 -165.4 -82.4

Lagoa do Carro (IPA) 121.6 -98.5 -44.7

Macaparana (IPA) 205.6 -43.3 -17.4

Maraial (IPA) 109.4 -101.0 -48.0

Nazaré da Mata (IPA) 107.5 -151.0 -58.4

Palmares (IPA) 109.2 -144.9 -57.0

Paudalho (Barragem de Goitá) 126.3 -202.2 -61.6

Paudalho (IPA) 147.4 -181.1 -55.1

Pombos (IPA) 43.7 -129.2 -74.7

Primavera 112.2 -161.5 -59.0

Quipapá 34.8 -116.3 -77.0

Ribeirão 57.3 -229.4 -80.0

Municípios Acumulado(mm)) Média(mm) Desvio (%)

REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE E ZONA DA MATA

30

Ribeirão (Fazenda Capri) * 160.0 -126.7 -44.2

Rio Formoso (Usina Cucaú) * 131.0 -300.0 -69.6

São Benedito do Sul (IPA) 52.7 -124.6 -70.3

São José da Coroa Grande (IPA) 20.5 -388.0 -95.0

Sirinhaém (IPA) 148.8 -281.7 -65.4

Tamandaré (IPA) 95.1 -252.3 -72.6

Timbaúba (IPA) 178.7 -70.0 -28.1

Tracunhaém (IPA) 122.4 -111.5 -47.7

Vicência (IPA) 214.8 -35.1 -14.0

Vitória de Santo Antão (IPA) 71.9 -154.4 -68.2

Vitória de Santo Antão - PCD 73.8 -152.5 -67.4

Xexéu (Engenho Bom Mirar) 100.7 -249.5 -71.2

Agrestina (IPA) 17.4 -154.3 -89.9

Águas Belas (IPA) 84.6 -67.3 -44.3

Águas Belas – PCD 57.6 -94.3 -62.1

Alagoinha (IPA) 106.1 -53.4 -33.5

Altinho (IPA) 27.3 -121.5 -81.7

Angelim (IPA) 5.3 -165.2 -96.9

Barra de Guabiraba (IPA) 119.1 -117.9 -49.7

Belo Jardim (Açude Bituri) 46.1 -177.8 -79.4

Belo Jardim (IPA) 38.1 -185.8 -83.0

Bezerros (IPA) 32.0 -130.6 -80.3

Bom Conselho (IPA) 0.0 -103.6 -100.0

Bom Jardim (IPA) 93.0 -187.5 -66.8

Bonito (Fazenda Vila Bela) 135.7 -76.3 -36.0

Bonito (IPA) 68.5 -143.5 -67.7

Brejão (IPA) 17.0 -233.5 -93.2

Brejão - PCD 38.0 -212.5 -84.8

Brejo da Madre de Deus (Fazenda Nova) 0.0 -228.9 -100.0

Brejo da Madre de Deus (IPA) 296.0 67.1 29.3

Buíque (IPA) 48.5 -201.3 -80.6

Cachoeirinha 9.2 -99.2 -91.5

Caetés (IPA) 1.0 -205.7 -99.5

Calçados (IPA) 46.5 -113.9 -71.0

Camocim de São Félix (IPA) 30.3 -156.5 -83.8

Canhotinho (IPA) 16.9 -142.3 -89.4

Capoeiras (IPA) 8.7 -195.9 -95.7

Caruaru (EBAPE) 23.6 -142.8 -85.8

Caruaru (IPA) 72.4 -94.0 -56.5

Casinhas (IPA) 17.0 -190.0 -91.8

Correntes 39.0 -136.7 -77.8

Cumaru (IPA) 49.4 -303.5 -86.0

Cupira (IPA) 27.8 -143.2 -83.7

Feira Nova (IPA) 31.0 -128.2 -80.5

Frei Miguelinho (Algodão do Manso) 10.6 -142.2 -93.1

Garanhuns (IPA) 12.4 -190.4 -93.9

Gravatá (IPA) 13.3 -162.8 -92.4

Iati 41.6 -134.9 -76.4

Ibirajuba (IPA) 20.5 -106.4 -83.8

Itaíba (IPA) 24.5 -171.6 -87.5

Jataúba (IPA) 10.9 -218.0 -95.2

João Alfredo 71.0 -160.1 -69.3

Jucati (IPA) 12.5 -165.3 -93.0

AGRESTE

Municípios Acumulado(mm)) Média(mm) Desvio (mm)

31

Jupi (IPA) 15.0 -154.9 -91.2

Jurema (IPA) 41.9 -99.7 -70.4

Lagoa do Ouro (IPA) 7.8 -183.9 -95.9

Lagoa dos Gatos (IPA) 77.2 -109.9 -58.7

Lajedo (IPA) 59.7 -89.6 -60.0

Limoeiro (IPA) 62.4 -140.2 -69.2

Machados (IPA) 139.9 -118.7 -45.9

Orobó (IPA) 119.5 -137.9 -53.6

Palmeirina (IPA) 3.5 -181.4 -98.1

Panelas (IPA) 35.5 -123.8 -77.7

Paranatama (IPA) 3.3 -210.5 -98.5

Passira (IPA) 84.0 -62.0 -42.4

Pesqueira (IPA) 38.0 -164.6 -81.2

Poção (IPA) 18.0 -193.9 -91.5

Riacho das Almas 37.9 -97.3 -72.0

Salgadinho (IPA) 155.4 -7.9 -4.8

Saloá (IPA) 25.0 -177.0 -87.6

Sanharó (IPA) 23.1 -193.4 -89.3

Santa Cruz do Capibaribe 2.5 -142.2 -98.3

Santa Maria do Cambucá (IPA) 6.8 -149.3 -95.6

São Bento do Una (IPA) 29.5 -166.5 -85.0

São Bento do Una – PCD 37.2 -158.8 -81.0

São Caetano (IPA) 13.5 -162.4 -92.3

São João (IPA) 4.8 -177.0 -97.4

São Joaquim do Monte (IPA) 17.1 -179.6 -91.3

São Vicente Férrer (IPA) 164.8 -85.6 -34.2

Surubim (IPA) * 35.8 -125.7 -77.8

Tacaimbó (IPA) 29.8 -167.4 -84.9

Taquaritinga do Norte 65.0 -90.1 -58.1

Terezinha (IPA) 16.0 -177.9 -91.7

Toritama (IPA) 36.1 -133.3 -78.7

Tupanatinga (IPA) 61.3 -168.0 -73.3

Venturosa (IPA) 57.0 -174.4 -75.4

Vertente do Lério 12.2 -138.2 -91.9

Vertentes (IPA) 17.4 -133.0 -88.4

Vertentes - PCD 19.7 -130.7 -86.9

Afogados da Ingazeira (IPA) 248.0 -9.6 -3.7

Afrânio 332.0 74.4 28.9

Araripina 356.5 -116.3 -24.6

Araripina - PCD 252.8 -220.0 -46.5

Arcoverde (INMET) 21.3 -213.5 -90.9

Arcoverde - PCD 42.8 -192.0 -81.8

Belém de São Francisco (IPA) 30.3 -265.3 -89.8

Betânia (IPA) 124.7 -142.0 -53.2

Bodocó (IPA) 184.0 -195.0 -51.5

Brejinho (IPA) 378.1 70.7 23.0

Cabrobó (IPA) 113.3 -192.9 -63.0

Calumbi (IPA) 157.6 -252.2 -61.5

Carnaíba (IPA) 202.0 -136.7 -40.4

Carnaubeira da Penha (IPA) 188.5 -144.6 -43.4

Cedro (IPA) 194.0 -183.7 -48.6

Custódia (IPA) 123.7 -152.4 -55.2

Dormentes (IPA) 159.0 -106.0 -40.0

SERTÃO

Municípios Acumulado(mm)

)

Média(mm) Desvio (mm)

32

Exú (IPA) 126.0 -251.3 -66.6

Flores (IPA) 169.9 -179.3 -51.3

Floresta (IPA) 117.6 -223.5 -65.5

Floresta - PCD 104.8 -236.3 -69.3

Granito (IPA) 68.0 -268.6 -79.8

Ibimirim (IPA) 130.3 -132.8 -50.5

Iguaraci 143.2 -148.0 -50.8

Ingazeira (IPA) 207.0 -81.8 -28.3

Ipubi 314.0 -109.3 -25.8

Itacuruba (IPA) 133.0 -177.0 -57.1

Itapetim (IPA) 255.5 -67.1 -20.8

Jatobá (IPA) 13.8 -205.4 -93.7

Lagoa Grande (IPA) 67.2 -204.6 -75.3

Manari (IPA) 32.0 -156.2 -83.0

Mirandiba (IPA) 195.0 -148.7 -43.3

Moreilândia (IPA) 223.0 -48.5 -17.9

Orocó (IPA) 42.9 -233.8 -84.5

Ouricuri (IPA) 176.5 -165.2 -48.3

Ouricuri - PCD 166.1 -175.6 -51.4

Parnamirim (IPA) 114.8 -195.1 -63.0

Petrolândia (IPA) 24.3 -209.9 -89.6

Petrolina 111.0 -133.0 -54.5

Petrolina (INMET) 91.7 -152.3 -62.4

Petrolina - PCD 132.1 -111.9 -45.9

Quixaba (IPA) 214.6 -152.6 -41.6

Salgueiro (IPA) 167.5 -168.4 -50.1

Salgueiro - PCD 172.8 -163.1 -48.6

Santa Cruz da Baixa Verde 201.7 -299.0 -59.7

Santa Cruz da Venerada (IPA) 186.0 -80.2 -30.1

Santa Filomena (IPA) 161.0 -129.9 -44.7

Santa Maria da Boa Vista (IPA) 43.1 -215.1 -83.3

Santa Maria da Boa Vista - PCD 46.8 -211.4 -81.9

Santa Terezinha 293.0 -26.5 -8.3

São José do Belmonte (IPA) 298.0 -73.7 -19.8

São José do Egito (Faz. Muquén) 407.5 150.3 58.4

São José do Egito (IPA) 267.9 10.7 4.1

Serra Talhada (EBAPE) 185.8 -154.7 -45.4

Serra Talhada (IPA) 244.6 -95.9 -28.2

Serrita (IPA) 183.0 -182.0 -49.9

Sertânia (IPA) 130.5 -104.9 -44.6

Sertânia - PCD 131.5 -103.9 -44.1

Solidão (IPA) 277.0 -60.9 -18.0

Tabira (IPA) 186.4 -123.7 -39.9

Tacaratu (IPA) 71.0 -141.2 -66.5

Terra Nova (IPA) 59.0 -250.3 -80.9

Trindade (IPA) 213.0 -171.3 -44.6

Triunfo (IPA) 256.8 -273.4 -51.6

Tuparetama (IPA) 255.0 -10.2 -3.8

Verdejante (IPA) 270.0 -89.7 -24.9

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