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ANO 3 | EDIÇÃO 08 | JUN/JUL/AGO 2011 Vale a pena fazer a sua parte Meio ambiente ENTREVISTA Lair Ribeiro ensina como envelhecer bem COMPORTAMENTO Minha filha tá namorando. E agora? ALIMENTAÇÃO Viver sem glúten é possível e saudável

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ComPoRTAmEnTo Minha filha tá namorando. E agora? EnTREvIsTA Lair Ribeiro ensina como envelhecer bem AlImEnTAção Viver sem glúten é possível e saudável ANO 3 | EDIÇÃO 08 | JUN/JUL/AGO 2011 Mesmo com o dia corrido, é possível ficar linda. Você só precisa de 2 minutinhos. A vida é bonita, mas pode ser linda. Nova família de ingredientes Morango e Leite. Conheça a linha completa de cuidados diários Cuide-se Bem no site: www.boticario.com.br/cuidese

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A N O 3 | E D I Ç Ã O 0 8 | J U N / J U L / A G O 2 0 1 1

Vale a pena fazer a sua parte

Meio ambiente

EnTREvIsTALair Ribeiro ensinacomo envelhecer bem

ComPoRTAmEnToMinha filha tánamorando.E agora?

AlImEnTAçãoViver sem glútené possível e saudável

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A vida é bonita, mas pode ser linda.

Mesmo com o diacorrido, é possívelficar linda.Você só precisade 2 minutinhos.

Nova família de ingredientes

Morango e Leite. Conheça

a linha completa de cuidados

diários Cuide-se Bem no site:

www.boticario.com.br/cuidese

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A vida é bonita, mas pode ser linda.

Mesmo com o diacorrido, é possívelficar linda.Você só precisade 2 minutinhos.

Nova família de ingredientes

Morango e Leite. Conheça

a linha completa de cuidados

diários Cuide-se Bem no site:

www.boticario.com.br/cuidese

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Expediente

Quando comecei a escrever o editorial da oitava edição da Viver Bem em Revista, o primeiro assina-do por mim, uma sensação enorme de gratidão encheu meu coração e me fez mudar o tema. Você, leitor, estava acostumado a ler nesse espaço os textos reflexivos e pertinentes da jornalista Adriana Keller, coordena-dora editorial da revista até a edição passada e pessoa determinante para a realização do sonho de expandir o Viver Bem para a mídia impressa. Hoje, Adriana segue por outros ca-minhos, mas estará sempre ligada a nós pela filosofia de viver bem que é intrínseca a sua vida e que ela impri-miu tão bem nas páginas das edições anteriores. É aqui, no espaço que ela usava para expressar suas ideias, que eu quero agradecê-la.

Obrigada por ter aceito o desa-fio de fazer a Viver Bem em Revista; obrigada pelo empenho e dedicação; obrigada pelas sugestões de pautas; obrigada pelas entrevistas, pelo pro-fissionalismo, pelos ensinamentos e pelo amor que sempre demonstrou ao contribuir com a nossa missão de ajudar as pessoas a encontrarem os caminhos para viver bem. A coisa mais maravilhosa que descobri sobre a gratidão foi que ela faz você se sentir plena e feliz ao reconhecer as dádivas que recebeu da vida, e você, com cer-teza, foi uma dessas dádivas que Deus colocou no nosso caminho.

Aproveito para fazer um convite a você, leitor. Que tal refletir um pou-co sobre gratidão e fazer uma viagem ao seu mundo interior? Lembrar das conquistas...de pessoas...das dificul-

dades... e, simplesmente, agradecer por tudo. Ser grato é demonstrar consideração pelos outros e pela vida.

E tem forma melhor de exercer a gratidão do que cuidar do meio am-biente? Na matéria de capa, você vai encontrar atitudes simples que, se colocadas em prática, vão contribuir para que as gerações futuras possam desfrutar de um mundo melhor.

Na entrevista, o cardiologista Lair Ribeiro ensina a envelhecer com saú-de. Optar por hábitos e pensamentos saudáveis também é uma forma de agradecer e declarar amor por você mesmo.

As 60 páginas que compõem a Vi-ver Bem em Revista número 8 trazem uma boa dose de gratidão. A busca por saúde, paz, realização, harmonia e felicidade é constante na vida de todos, e ajudar você a se encontrar nesse caminho é a nossa maneira de dizer muito obrigada!

Juliana Garcia

Edição nº 8 | jun/jul/ago 2011

Direção geralJuliana Garcia e Patrícia Guedeville

Coordenação editorialJuliana Garcia

TextosAdriana Keller, Cleonildo Mello,Dênia Cruz e Rayanne Carvalho

RevisãoScriptoria Textos EmpresariaisLucílio Barbosa - 9114-9790

FotosGeovana Reis

Projeto GráficoCarlos Soares

DiagramaçãoGR Design Editorialwww.grdesigneditorial.com.br

ComercialGGTec Produções

ImpressãoImpressão Gráfica

Tiragem10.000 exemplares

Fale conosco84 [email protected]

A gratidão

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Sumário8 16 22 32 36 44 50 54

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qualidade de vidaDicas para quem quer aderir a corridacom segurança

equilíbrioÍndia, uma viagem em busca da verdade

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CAPAModelos: Eduardo Luíse Gabriel GuedevilleFoto: Geovana ReisAgradecimento: Viveiro Marina

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viv

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em

1. Degustação no stand da Jasmine.2. Aula de dança com a Summer Fit.3. Shiatsu express com Corpomente.4. Aula de yoga com Mestre Seve Cunha.5. Diversão saudável para os jornalistas Luís Henrique e Helga Oliveira e o filho Pedro.6. Academia Hi-30 levou a aula de treinamento funcional.7. A dança de salão ficou por conta da Evidance.8. Elieser e Pablo (Studio Body Fit), Daniele Mafra, Juliana Garcia e Patricia Guedeville.9. Grupo do NAF/UNP responsável pela avaliação física.10. Hidratação facial no estande da Herbalife.11. Equipe Bem Estar aplicou massoterapia nos participantes.12. Jump Show para suar a camisa.

Conexão Viver bem

Viver bem é o que todo mundo quer mesmo e uma prova disso é o sucesso do Conexão Viver Bem. A oportunidade para praticar exercícios, relaxar e ser feliz atrai cada vez mais participantes. Esse ano, já realizamos duas edições, uma no mês de abril, no Parque das Dunas, e outra no mês de junho, no Parque da Cidade. Confi ra as fotos e saiba porque o Conexão Viver Bem é um sucesso!

Agradecimentos: Diagonal Rossi , Academia Hi 30, Espaço Corpomente, Academia

Evidance, Estúdio Body Fit, Summer Fit, Jasmine, NAF/UNP, Élcia Luz, Bem Estar,

Herbalife, Água Mineral Cristalina, Acqua Côco, Parque das Dunas e Prefeitura do Natal.

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SUA OPINIÃO

Decidi escrever para vocês para agradecer a reportagem sobre a alimentação certa para as mulheres porque senti na prática os benefí-cios. Mudei o cardápio na TPM e deu certo. Parabéns e obrigada!

Claudia michele – por email

Poucas revistas me predem a leitu-ra da primeira até a última página. A Viver bem consegue isso e sempre deixa um gostinho de quero mais. Parabéns pela edição das mulheres. Conteúdo rico e muito bem elabora-do. Já sou assinante e estou ansio-sa para receber a próxima edição.

Helena silva – por email

Vocês se superaram nessa edição. A entrevista com a antropóloga Mi-rian Goldenberg foi maravilhosa e tenho certeza que abriu a cabeça de muitas mulheres que se acham inferiores por não terem um ho-mem ao seu lado. Somos podero-sas e devemos valorizar isso.

lúcia Pinheiro – por email

Gostei das dicas sobre economia da água. Importante demais as pessoas se conscientizarem que precisamos usá-la corretamente para não sofrer com a falta dela no futuro.

Clayton vianez – por email

IboPEA produção do programa Vi-

ver Bem está em festa com o resul-tado da última pesquisa do Ibope, que apresentou um crescimento na audiência de 223%, em relação a pesquisa anterior. O Viver Bem está no ar há 9 anos e já se conso-lidou no mercado potiguar.

sAlA DE EsPERAJá imaginou ter um Viver Bem

feito, exclusivamente, para a sala de espera da sua clínica?

O programa é um excelente canal para divulgar os serviços, a estrutura e a tecnologia dispo-nível. Sem falar da prestação de serviço aos pacientes que apro-veitarão o tempo na clínica para aprender a viver melhor.

Todas as reportagens são gra-vadas com os profi ssionais da empresa e ainda são apresentadas dicas para agilizar o atendimento.

Agende uma visita da nossa produção e confi ra as vantagens do Viver Bem na sala de espera. Contato: 84 3213 8592.

PRomoção vIvER bEm 9 AnosA promoção de aniversário do

Viver Bem já virou tradição na ci-dade e esse ano o sucesso foi ain-da maior. O desejo de passar uma temporada no Spa Revivare Casa do Mar atraiu muitos participan-tes. O nome da vencedora foi di-vulgado no programa Viver Bem no dia 18 de junho. A funcionária pública Ana Maria Figueiredo já está de malas prontas.

PRoGRAmA vIvER bEm - sábADo, 9h, nA Tv PonTA nEGRAWWW.GuIAvIvERbEm.Com.bR - TWITTER: @PRoG_vIvERbEm

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Tem algum ritual para manter a beleza da pele e cabelo?

Para o cabelo procuro uma vez por mês fazer hidratação com mo-roccanoil, que deixa o cabelo super macio e com brilho, e quanto à pele sempre lavo com sabonetes específi -cos e abuso do protetor solar.

Como é sua alimentação diária?

Minha alimentação é hiperpro-teica, ou seja, consumo muita prote-ína, evitando os carboidratos duran-te a semana.

3- Qual a atividade física pre-ferida?

Tenho muita energia e adoro ati-vidades físicas, por isso faço muscu-lação há mais de 10 anos com meu personal Dudu Wernik.

4- o que gosta de fazer no tempo livre?

Gosto muito de fazer pesquisas de moda nos blogs e amo ler sobre os mais variados assuntos, além de, claro, tomar um bom vinho com mi-nhas amigas.

5- Como será Th ayanne daqui a 20 anos?

No profi ssional, espero continu-ar bem sucedida e levando as em-presas do meu pai a um progresso ainda maior, e na minha vida pesso-al planejo estar com a minha família constituída, ao lado de uma pessoa amada e com meus fi lhos, e ainda esbanjando muita saúde!

6- o que é viver bem pra você?

Trabalhar muito, amar e ser amada.

30 anos, empresária, formada em Administração de Empresas pela UNP, Th ayanne Flor iniciou sua vida profi ssional muito jovem. Desde os 17 anos trabalha nas empresas da família e, hoje, admi-nistra a Natal Pneus. Há 10 anos movida pela paixão por moda, criou a FLORBELLA. Num rápi-do bate-papo, a jovem empresária contou o que faz para Viver Bem.

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Th ayanne Flor Álvares

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Odontologia auxilia na reeducação alimentarVocê já pensou em usar um aparelho odontológico para emagrecer? Por Dênia Cruz

O RIIO (Regulador de ingestão intra-oral) é um aparelho que foi in-ventado por dois cirurgiões dentis-tas, Dr. Marcelo Silveira e Dr. Ariel Appelbaum. Observando seus pa-cientes, eles perceberam que o uso de próteses e aparelhos ortodônticos inibiam a ingestão de alimentos.

Os dentistas chegaram à conclu-são que o uso de aparelho na boca inicia o processo digestivo com a sali-vação e deglutição, fazendo o cérebro entender que a pessoa está comendo e ficando saciada.

Dra. Lais Roberta, dentista que atua em Natal e utiliza o RIIO em seus pacientes, revela que o aparelho é um mecanismo inovador no processo de emagrecimento, porque não utiliza

medicamentos, nem tem reações cola-terais adversas como outros métodos para emagrecer. “ O maior problema para quem está acima do peso é que ele come depressa demais, não dá tempo para o cérebro entender que ele está comendo. O RIIO é colocado pelo menos 30 minutos antes das refeições, fazendo com que o cérebro acredi-te que a pessoa já começou a comer. Assim, quando começar a ingerir o alimento vai ficar saciada com menos quantidade, além de mastigar bem e por mais tempo”, explica a dentista.

No mercado desde 2006, o RIIO chegou a Natal pelas mãos da Dra. Lais quando ela mesma experimen-tou o aparelho em 2008. A dentista perdeu 18 quilos e mantém o peso

“A dentista perdeu 18 quilos e mantém o peso conquistado até hoje”

Lais Roberta antes do uso do aparelho e após ter reduzido seu peso

conquistado até hoje. “Nenhum me-canismo, nem redução de estômago, nem sibutramina, nem shake, nem o aparelho impedem a pessoa de comer, se ela quiser comer. O mais importante na avaliação dos pacien-tes que usaram o aparelho é a ma-nutenção do peso, eles não voltam a engordar porque aprenderam a lidar bem com a comida. Depois do trata-mento o paciente só come com fome, por necessidade e na quantidade cer-ta. Ele faz realmente uma reeducação alimentar”, revela a especialista.

O período de adaptação do apare-lho é de 3 meses. E só depois de 20 dias de uso é que o organismo aceita a mudança e o paciente se sente adap-tado ao equipamento.

Dra. Lais ainda ressalta que é im-portante o paciente associar o uso do RIIO ao acompanhamento nu-tricional e atividades físicas, atitudes essenciais para a mudança de hábito. O tratamento terá sucesso total se o paciente fizer uso desses métodos.

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Pele mais jovem sem cirurgia plástica

As mulheres nunca estiveram tão bem servidas de tratamentos para combater os sinais da idade como hoje em dia. A medicina estética oferece um arsenal de opções que consegue substituir os efeitos do bis-turi, utilizado nas cirurgias plásticas convencionais. Técnicas muito co-mentadas como o preenchimento e o Botox prometem suavizar os traços e corrigir as imperfeições do rosto de-correntes do envelhecimento da pele de maneira efi caz e menos invasiva.

CONHEÇA MELHOR

boToXA toxina botulínica é uma

substância produzida pela bacté-ria Clostridium Botulinium. A sua aplicação paralisa a musculatu-ra no ponto onde a substância é injetada e é usada para atenuar rugas de expressão na testa, en-tre as sobrancelhas ou os pés de galinha. É possível ainda, por meio da técnica, arquear sobrancelhas e abrir o olhar. Dr. Niro Reis explica que a ação do Botox varia de 4 a 6 meses; depois disso ele deve ser reaplicado.

PREEnCHImEnToCom o passar dos anos o ser

Preenchimento e Botox

Por Juliana Garcia

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Outro ponto positivo está re-lacionado a dor. “Apesar de serem utilizadas injeções e microcânulas, o desconforto na aplicação das duas técnicas é muito pequeno. No caso do Botox, utilizamos um anestésico tópico. Para o tratamento com o pre-enchimento facial, além do anestési-co tópico, fazemos uma leve sedação no paciente”, explica o cirurgião facial Dr. Niro Reis, que ressalta também a importância do paciente entender a diferença entre as técnicas.

Em alguns casos, o Botox e o pre-enchimento podem ser associados para garantir um resultado global. “Fazemos uma avaliação criteriosa com o paciente e juntos chegamos a conclusão sobre a técnica que será utilizada”, orienta Dr. Paulo Eduardo

faCialEAv. Rodrigues Alves, 479, TirolFones: 84 3222.2040www.faciale.com.br

humano perde gordura da face, o rosto vai murchando, dando aquele ar de envelhecimento. Com a técnica de preenchimento facial são injetadas substâncias na pele para preencher rugas, corrigir sulcos ou aumentar partes do rosto como as maçãs, o contorno maxiliar e os lábios.

O procedimento é simples e rá-pido, normalmente feito através de microcânulas (seringas sem agulhas) aplicadas de forma mais superficial, ou profunda, de acordo com a den-sidade da substância. E também é muito rápido: pode variar de 15 a 40 minutos e a recuperação é imediata. Entre as substâncias mais usadas no preenchimento estão o ácido hialurô-

nico, metacrilato (PMMA) e a gordura do próprio paciente. A diferença mais marcante é a duração de cada um.

O ácido hialurônico é o mais uti-lizado.

Apesar de ser produzido em labo-ratório, o ácido hialurônico é um com-ponente natural da derme - segunda camada da pele - e dispensa testes prévios. A duração do preenchimento varia de 6 a 12 meses, sendo neces-sária nova aplicação após este perío-do. Por possuir forma mais fluida, é recomendado para rugas finas, como ao redor dos olhos ou dos lábios.

Para quem pretende um resultado definitivo deve conversar com o mé-dico, pois existem boas opções dis-

poníveis no mercado, que são mais utilizadas na correção de sulcos pro-fundos e contornos corporais.

Dr. Paulo Eduardo, cirurgião facial, destaca também a utilização da gor-dura do próprio paciente para o preen-chimento. A gordura é biocompatível, rica em células troncos e o resultado é duradouro e natural. Mas, ao contrá-rio dos outros métodos, não é imedia-to. “Existe um resultado logo após a aplicação. Depois essas células pas-sam por um processo de maturação e desenvolvimento. No início diminuem de tamanho e com o passar do tem-po elas vão se nutrindo e aumentando de volume, até chegar ao resultado final”, explica Dr. Paulo Eduardo.

“Apesar de serem utilizadas injeções e microcânulas, o desconforto na aplicação das duas técnicas é muito pequeno”Dr. Niro Reis, cirurgião facial

“Fazemos uma avaliação criteriosa com o paciente e juntos chegamos a conclusão sobre a técnica que será utilizada”Dr. Paulo Eduardo, cirurgião facial

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Anúncio O Jornal de Hoje

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“A acupuntura atua sobre os aparelhos circulatório, hormonal e neurovegetativo, promovendo o equilíbrio de dentro para fora”Guilherme Coelho, acupunturista

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Acupuntura estética holística

As agulhinhas da medicina chinesa são

aliadas da beleza e ajudam no processo

de rejuvenescimento da pele, tratamento

de estrias, fl acideze celulite

Por Dênia Cruz

A acupuntura, uma prática mile-nar muito difundida no Oriente, usa-da para combater diversas patologias, está invadindo as clínicas e mostran-do bons resultados em procedimen-tos estéticos.

Em Natal, encontramos esse tipo de tratamento na Clínica do Acupun-turista Guilherme Coelho, que utiliza a acupuntura estética associada a uma prática holística para melhorar casos de acnes, rugas, olheiras, fl acidez, ce-lulite, gordura localizada, manchas e até cicatriz pós-operatória. O procedi-mento é feito da mesma maneira que as sessões de acupuntura tradicionais, usando sementes, cristais ionizados e as já conhecidas agulhas.

Segundo o Acu. Guilherme Coe-lho, muitos dos problemas estéticos

têm ligação com algum desequilí-brio nos órgãos internos, daí a im-portância de se fazer um tratamento no corpo energético e fi siológico. “A acupuntura atua sobre os aparelhos circulatório, hormonal e neurovegeta-tivo, promovendo o equilíbrio de den-tro para fora”, revela o acupunturista.

Acupuntura pode ser aplicada em qualquer idade. A única restri-ção é para pessoas que usam alguma peça metálica como um marca-passo. Para um tratamento efi caz são re-comendadas em média 10 sessões. “Já identifi camos recuperação de até 60% em tratamentos de celulite. Em caso de rugas, rejuvenescimento de 5 a 10 anos, e além disso a promoção da qualidade de vida que é uma cons-tante”, afi rma o Acu. Guilherme.

BENEFÍCIOS

• Melhora a circulação de energia;• Promove aumento de colágeno;• Tonifica as regiões de muscula-turas flácidas tensas, atenuando as rugas e marcas de expressão; • Ativa a circulação sanguínea, lin-

fática e energética, tratando estrias e celulites;• Acelera a quebra de células de gordura, diminuindo a gordura lo-calizada, auxiliando no tratamento de celutite, estrias e quelóides.

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Café do TirolCardápio saudável e ambiente acolhedorno coração da Afonso Pena

Saladas, salgados com massa inte-gral, crepes, bolo sem leite, tapiocas, sanduíches de forno, sucos de frutas e café orgânico são apenas algumas das opções disponíveis no cardápio do Café do Tirol. O proprietário da casa, o paisagista Naldo Silva, recor-reu ao seu talento como gourmet e fez questão de elaborar ele mesmo cada receita. São opções leves, muito procuradas para o almoço, que com-binam com o clima de Natal e atraem um público que gosta de cuidar da saúde e manter a forma.

O espaço amplo, com 43 lugares, já se tornou destino cativo, princi-palmente, dos profissionais que tra-balham nas imediações da avenida Afonso Pena. A dentista Patrícia Monte Duarte é cliente assídua, fre-quenta sempre o lugar, seja na hora do almoço ou para fazer um lanchi-nho no meio da tarde. “Além da co-modidade, pois eu só preciso atraves-

sar a rua, o que me atrai é a variedade de opções saudáveis no cardápio. É muito bom comer e não ficar com peso na consciência depois”, revela Patrícia.

Como o espaço disponibiliza in-ternet WiFi e conta com uma sala reservada, é bastante procurado para reuniões de negócios. “Tem gente que chega para tomar um cafezinho pela manhã e acaba trabalhando por aqui mesmo”, comemora o proprietário da casa, que idealizou também o Clube do Livro, um projeto de incentivo a boa leitura. Para participar, a pessoa traz um livro de casa e troca pelo que escolher. Mais um diferencial do Café que já virou referência no Tirol.

Café do TirolAv Afonso Pena, 1159 - TirolHorário de funcionamento:Seg a sex: 8h às 19hSab: 14h às 19h

“O que me atrai aqui é a variedadede opções saudáveis no cardápio”Patrícia Monte Duarte, dentista

Naldo Silva: sucesso do Café do Tirol

Salada de Kani: uma das 4 opções do cardápio

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Glúten: é possível viver sem ele?Biscoitos, macarrão, pães, bolos, chocolates, pizza e até aquela cervejinha de fi nal de semana são alguns dos alimentos que consumimos diariamente e que contém glúten

Por Dênia Cruz

A alimentação é sem dúvida o combustível para o ser humano, por isso devemos estar atentos ao que comemos e, principalmente, ao que não podemos comer. Alergias e into-lerâncias a alguns tipos de alimentos podem provocar doenças graves, daí a importância de fazer um acompa-nhamento nutricional.

O glúten, por exemplo, está no topo da lista de elementos presen-tes na alimentação que fazem mal a saúde e causam alergias, tanto que a ANVISA obriga as indústrias a espe-cifi carem no rótulo se aquele alimen-

SINTOMAS DE ALERGIA O GLÚTEN

InTolERÂnCIA Ao GlÚTEn

Às vezes o paciente com o qua-dro de intolerância ao glúten tem sin-tomas mais evidentes do que os que tem a doença celíaca: são enxaque-cas, constipação (prisão de ventre), diarréia, cólicas abdominais, barriga inchada, dores articulares e muscu-lares, queda de cabelo em grande

intensidade, hipoglicemia, hiperati-vidade, infecção urinária, depressão e diminuição da sensibilidade das mãos e dos pés.

DoEnçA CElÍACA

O portador da doença celíaca tem problemas com a absorção dos nutrientes dos alimentos e as princi-

pais consequências da doença são: diarréia crônica; esteatorréia (fezes gordurosas), constipação, gases, cólicas abdominais e perda de peso. Geralmente é identificada na infância.

DIFEREnçA EnTRE A InTolERÂn-CIA E A DoEnçA CElÍACA

Quem é doente celíaco não pode

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“A proteína do glúten é alergênica e impede a produção

da serotonina, neurotransmissor

produzido no intestino,

responsável pela sensação de prazer”

Lyz Helena, endocrinologista

O glúten forma uma espécie de cola que adere a parede do intestino, fazendo com que algumas substân-cias que são boas não sejam absorvi-das pelo organismo. “A proteína do glúten é alergênica e impede a pro-dução da serotonina, neurotrans-missor produzido no intestino, res-ponsável pela sensação de prazer. Sem essa substância o indivíduo pode desenvolver depressão”, afi rma Lyz Helena.

Qual é o problema do glúten?

comer glutén nunca mais na vida, en-quanto o que tem intolerância ao glú-ten pode consumir com moderação e de forma orientada.

A nutricionista Graça Morais expli-ca que quando há suspeita da into-lerância ao glúten, o primeiro passo é fazer a retirada dos alimentos com essa proteína por um periodo de 60 dias. O processo é necessário para se

fazer a observação dos sintomas que caracterizam a intolerância. Se eles aparecem é diagnosticada a alergia. “A doença celíaca é uma alergia he-reditária, que já nasce com a pessoa, mas a intolerância é algo adquirido com o mal uso dos alimentos que têm glúten; de tanto consumir o tri-go pode ficar sensível a substância. Quando se identifica a alergia o trata-

mento se resume na retirada total dos alimentos com glúten por dois meses e simultaneamente inicia-se a desin-toxicação do organismo, a recupera-ção da mucosa e a recolocação das enzimas e nutrientes, sempre obser-vando os sintomas. Só depois desse processo o paciente poderá consumir o glúten com moderação, explica Dra. Graça Morais.

to contém ou não glúten.Glúten é uma proteína amor-

fa presente nas sementes de cereais como o trigo, a cevada, a aveia e o centeio. Essa substância é responsável pela elasticidade da massa da farinha, o que permite sua fermentação e a consistência elástica dos pães e bolos.

Para quem pensa que o glutén é algo novo se engana. A endocrinolo-gista Lyz Helena explica que o apare-cimento de casos de intolerância ao glúten se deve às mudanças na ali-mentação da vida moderna em que

as pessoas priorizam os alimentos industrializados. “Para não termos problemas de alergia alimentar, de-veríamos voltar a ter o que chamo de dieta pré-histórica, da qual nunca deveríamos ter saído, ou seja, comer tudo que vem da terra. Tudo que o homem criou, em termos de alimen-tação, não é muito saudável” esclare-ce a especialista.

Para auxiliar seus pacientes da capital paulista, Lyz Helena fez uma pesquisa em São Paulo, em março, e procurou produtos sem glúten em

supermercados convencionais, mas a busca foi frustante; não encontrou nada. Somente em lojas especializa-das, que são poucas, com produtos caros e de difícil acesso à população em geral. “Lá está sendo mais difícil implementar a dieta, porque os pau-listanos têm o hábito de consumir ali-mentos com glúten. Aqui tenho mais facilidade. Por questões culturais a culinária tem produtos sem glúten como a tapioca, o cuscuz, que substi-tuem o pão sem problemas”, revela a endocrinologista.

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SEM GLÚTEN

“Não me imagino retornando ao cardápio anterior. Hoje tenho mais qualidade de vida”Th aisa Galvão, jornalista

“Eu consigo me cuidar, consigo ver quais os produtos que eu posso comer”Miguel Mendes, 11 anos

O fi lho da publicitária Lana Men-des tem doença celíaca, descoberta quando o menino tinha apenas dois anos de idade. Hoje, Miguel Mendes está com 11 anos e, apesar da restri-ção, ele leva uma vida normal como qualquer criança de sua idade.

Lana revela que no período de amamentação Miguel não apresen-tava nenhum problema, mas quando começou a comer outros alimentos fi cou com a barriga inchada. “Fui a vários especialistas para descobrir o problema. Daí Miguel começou a fa-zer dieta”, conta Lana.

Segundo Lana, Miguel é uma criança muito disciplinada; ele não come nada que tenha glúten e chega a observar o rótulo dos alimentos para verifi car a existência de glúten. Lana

acredita que toda a disciplina é uma forma de proteção, porque Miguel teve muitas reações ao consumir glú-ten e isso fez ele criar consciência da sua restrição a substância. “Eu con-sigo me cuidar, consigo ver quais os produtos que eu posso comer. Quan-do a gente vai comprar alguma coisa para minha irmã a gente vê se eu pos-so, e ela às vezes também não come glúten”, conta Miguel.

O menino ainda revela que vê a doença celíaca como outras que exis-tem, como a diabetes e assume que está preparado para viver com a res-trição ao glúten sem problemas. “Eu não ligo muito para minha alergia, não é nada demais, só preciso não comer glúten, assim tudo fi ca bem”, declara Miguel.

A jornalista Th aisa Galvão retirou o glúten e a lactose da dieta durante o tratamento ortomolecular. “Fiz uma dieta de um mês, eu senti que foi um emagrecimento sustentável, perda de peso com perda de medida, me senti muito bem. Quando foi reintroduzi-do o glúten senti que fi cava melhor sem ele. Hoje, em casa, minha ali-mentação é sem glúten, consumo so-

mente quando saio com a família ou em festa com amigos”, revela Th aisa.

A jornalista afi rma que o proces-so de reeducação alimentar foi muito importante para ela entender a neces-sidade do consumo consciente dos alimentos. “Não me imagino retor-nando ao cardápio anterior. Hoje te-nho mais qualidade de vida”, declara a jornalista

Como é a vida de um celíaco

Sem glúten por opção

Amaranto - usado como flo-cos de cereais e em massas para bolos e pães.Farinha de arroz - massas de biscoitos, bolos, cremes, mingaus, patês, molhos sal-gados, massa para panque-cas e crepes.Fecúla de batata - massa para bolos, pães e biscoitos.Fubá e farinha de milho - cuscuz, polenta, broa de milho e bolos.Amido - mingaus, papas, bo-los, molhos, cremes, massas doces.Farinha de mandioca - tapio-ca, grude.Povilho doce e azedo - pão de queijo.

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Preserve o seu Bem-estar com uma alimentação saudável, sem Glúten. O Empório do Orgânico

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Pergunteao personal

Mari VilarGraduada em Educação Fí-

sica e Pós-graduada em Fisio-

logia do Exercício e Esportes

Aquáticos na FIG-UNIMESP.

Personal trainer, atuante nas

academias do RN, e coordena-

dora da modalidade Spinning

na Academia HI FIT

1. Body Pump substitui a Musculação? Bia Nunes – por email

As duas modalidades utilizam de pesos na sua prá-tica e garantem benefícios como a melhora do condi-cionamento físico em geral, tonifi cação dos músculos, redução da gordura corporal, liberação de endorfi nas, etc. Mas cada modalidade tem suas peculiaridades, que fazem a diferença no fi nal. Para quem adora aulas em grupo, com execução de movimentos compassa-dos ao ritmo da música e busca os benefícios citados acima, a melhor opção é o Body Pump. Porém se seu objetivo for um treinamento personalizado e hipertro-fi a, então é a Musculação que você deve escolher. Seja qual for a modalidade, ambas trarão ótimos resulta-dos. Em síntese, tudo depende do objetivo de cada um, consulte o professor, ele irá lhe orientar.

2. Tenho artrite reumatóide e sinto muitas dores, por isso não consigo praticar exercícios. Que moda-lidade é mais indicada para o meu caso?

Bruno Francisco – por email

A prática da atividade física leve a moderada é um dos principais aliados para a melhora dos sintomas dessa doença. O controle de peso é essencial e é im-portante executar exercícios que reduzam a rigidez, que aumentem a fl exibilidade e que causem relaxa-mento para aliviar as dores articulares.

Indico atividades como a natação e hidroginástica em piscinas aquecidas, bicicleta estacionária, a dança e

até mesmo a musculação.

3. Minha fi lha de 12 anos já quer ir para a academia. Ela pode fazer musculação?

Odete Medeiros – por email

Não é proibida a musculação na idade de sua fi lha, porém, como em toda a atividade física, é importante o acompanhamento de um profi ssional de Educação Física, que oriente para um programa de exercícios com pesos adequados a maturação da criança, que vise à consciência corporal, melhora da postura, das habi-lidades motoras, entre outros benefícios já comprova-dos em estudos realizados nas duas últimas décadas.

4. Pratico natação todos os dias. Preciso fazer algum outro exercício?

Janete Rosa – por email

A natação é uma excelente atividade para queimar calorias, fortalece os músculos em geral e principal-mente da parede torácica. Melhora o sistema respira-tório, recupera lesões, melhora a coordenação, ritmo, fornece bem-estar, etc.

A única questão a se analisar, é que a partir dos 30 anos de idade, o corpo humano tende a ir perdendo massa muscular, e se torna imprescindível o trabalho com pesos para diminuir essa incidência, ao mesmo tempo em que se previne a osteoporose.

Como sugestão poderia se revezar natação e mus-culação.

Cedi

da

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Sua confiança nos transformou em referência. A Prontoclínica de Olhos acaba

de adquirir sua nova plataforma

cirúrgica, a mais moderna do

Norte-Nordeste, para correção

de miopia, hipermetropia ou

astigmatismo. Ela é composta

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e do laser de femtossegundo

que é usado para execução

do flap, o que torna a cirurgia

totalmente realizada por laser

e aumenta a sua precisão.

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Avaliação físicaManter a forma com segurança e saúde

Que praticar atividades físicas traz benefícios para saúde e ajuda a man-ter a boa forma do corpo, isso já está bem difundido. O que poucos sabem é que uma avaliação física antes de iniciar o treinamento ajuda a indicar a melhor atividade para cada perfi l ou a prescrever exercícios com maior se-gurança, conforme os resultados que se espera alcançar. A recomendação é do coordenador de Educação Físi-ca das Clínicas Integradas da FARN, Gleidson Mendes Rebouças.

É imprescindível que, antes de ini-ciar um programa de atividade física, a pessoa faça alguns exames médicos para liberação da atividade, além de uma avaliação física com um educa-dor físico capacitado, para ter conhe-cimento em qual estágio se encontra. A partir disso, fi cará mais fácil pres-crever a atividade condizente com os objetivos propostos e determinar a

progressão do treino. “Tão logo atinja dois meses de prática, é interessante que se faça uma reavaliação para sa-bermos sua evolução e, consequente-mente, avaliarmos o êxito do progra-ma”, diz Gleidson, que responde pelas avaliações físicas que são feitas nas Clínicas Integradas da FARN.

A Clínica de Educação Física da FARN faz todas essas avaliações por um custo acessível (apenas R$ 10,00) e funciona sempre às quintas, das 8h às 12h e das 14h às 17h, e sextas-fei-ras, das 8h às 12h.

As avaliações devem ser agenda-das na recepção das Clínicas Inte-gradas FARN, que funcionam diaria-mente das 7h30 às 21h.

farNRua Eliane Barros, 2000 - TirolFone: 3215.2960www.farn.br

Com equipamentos de pon-ta da Sanny (empresa que man-tém parceria com a Faculdade), o serviço avalia a composição corporal, de aspectos neuro-musculares tais como força e flexibilidade e da aptidão car-diorrespiratória. A análise da composição corporal é impor-tante porque mostra o percen-tual de acúmulo de gordura no corpo e a relação com o risco de vir a contrair doenças asso-ciadas. Já a reavaliação cons-tata, em um programa de ema-grecimento, se houve redução de massa gorda ou possivel-mente de massa magra.

Semelhantemente, é o que também acontece com a avalia-ção neuromuscular. “Os aspec-tos neuromusculares têm uma forte relação com a funcionali-dade das pessoas de um modo geral. Quanto mais força mus-cular e flexibilidade o paciente tiver, melhor será a execução de suas atividades. A força também se relaciona com programas de hipertrofia”, explica o professor. Já a avaliação da aptidão car-diorrespiratória permite entender o comportamento aeróbico do paciente, indicando como está o consumo de oxigênio e os limi-tes na hora de praticar atividades de intensidade moderada por um tempo mais longo.

ATENÇÕES

Por Cleonildo Mello

Renata Domingues - campeã norte-nordeste NABBA (2011) e Wellness (2010) - IFBB

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Pedal LivrePromover a harmonia do trânsito entre pedestres, veículos e ciclistas. É este o objetivo do projeto Pedal Livre, realizado nas manhãs de domingo na avenida Afonso Pena, no Tirol

Coordenado pela Secretaria Mu-nicipal de Mobilidade Urbana (Se-mob), o projeto destina uma ciclovia de 2,5 quilômetros de extensão dos dois lados da avenida, separados do trânsito de veículos por cones de si-nalização. “A idéia é levar esta inicia-tiva de forma itinerante para outras regiões da cidade”, informou a secre-tária da Semob Elizabeth Thé.

Apesar de ser destinada as bici-cletas, muitas pessoas também apro-veitam a ciclovia para praticar cami-nhada e corrida. O pedal livre ocorre das 7h às 11h e atrai famílias inteiras com crianças, jovens, adultos e ido-sos, todos em busca de uma prática saudável.

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“Esta é uma excelente iniciativa

da Prefeitura, pois possibilita à população uma

alternativa de prática saudável em meio à área

urbana da cidade”Samuel Damasceno, petroleiro

Os participantes do Pedal Livre, além de terem o espaço da via para pedalar, caminhar ou correr, tam-bém contam com a tenda da Secre-taria Municipal de Saúde (SMS) com equipes realizando a verificação de pressão e teste de glicemia, além de distribuição de água mineral e agen-tes e fiscais da Semob organizando o trânsito.

Outros órgãos do executivo mu-nicipal natalense também são parcei-ros do Pedal Livre, atuando de forma integrada. A Companhia de Serviços Urbanos (Urbana) entra com a lim-peza da via e a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) com a poda de árvores.

Os integrantes do Bike Tirol, um grupo de 50 ciclistas que se reúne todas as quartas-feiras à noite para pedalar por vários setores de Natal, frequentam o pedal livre aos domin-gos. “Esta é uma excelente iniciativa da Prefeitura, pois possibilita à po-pulação uma alternativa de prática saudável em meio à área urbana da cidade”, ressaltou o petroleiro Samuel Damasceno, que integra o Bike Tirol.

A advogada Patrícia Silva, que já costumava trazer o filho para passe-ar cedinho na Afonso Pena, também aprovou a iniciativa. “Agora me sinto mais segura, pois ele pedala longe dos carros. Sem falar que é mais uma op-ção de lazer para a cidade”, diz.

“Me sinto segura porque meu filho pedala longe dos carros, sem falarque é uma ótima opção de lazer”Patrícia Silva, advogada

Fotos: Frankie Marcone

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1, 2, 3 e…Já!Por Rayanne Azevedo

Entenda porque cada vez mais pessoas estão entrando na onda da corrida de rua

Alexandre Peixoto, 37, perdeu 12kg em 90 dias. Já Jeannyne Vascon-celos, 30, enxugou outros 19kg em seis meses. Os dois poderiam fazer parte de um daqueles anúncios mi-rabolantes sobre emagrecedores que a gente vê na TV e prometem mara-vilhas, mas a realidade passa longe desse tipo de invencionice. Eles en-traram em forma praticando aquele que provavelmente é um dos hábitos mais primitivos - e intuitivos - do ho-mem: a corrida.

“Corrida é uma tendência mun-dial; fez sucesso a partir de uma onda de conscientização onde o esporte vi-rou sinônimo de saúde. A partir daí os profissionais começaram a se ca-pacitar e ingressar na área com essa visão”, avalia Magnólia Figueiredo, referência no atletismo potiguar e atualmente na direção do complexo esportivo Caic. “Outro fator que con-tribuiu também foi o ritmo de vida nas grandes cidades, que se intensifi-cou e passou a exigir mais das pesso- Alexandre Peixoto: corrida e 12 kg a menos

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“Para quem é completamente sedentário, eu recomendo começar com uma

caminhada lenta, de três a quatro vezes por semana, durante 50 minutos” .

Walter Molina, educador físico

as. Um organismo bem condicionado suporta maior carga de trabalho”.

Afora os benefícios estéticos, a corrida ainda agrega uma série de vantagens: melhora a capacidade car-diopulmonar, aumenta o tônus mus-cular, preserva a massa óssea, auxilia no gerenciamento do estresse, ajuda a controlar a pressão arterial, eleva a autoestima, melhora a concentração, as relações interpessoais, a inteligên-cia cognitiva e ainda lhe ensina a in-terpretar, avaliar e respeitar os limites do próprio organismo. Se você, con-tudo, se encontra em estado de abso-luta inércia, e a idéia de sair correndo por aí já é suficiente para te causar ta-quicardia, fique tranquilo. O caminho até a boa forma deve ser percorrido em um ritmo saudável e paciente. E esse quem dita é você e o seu organis-mo. Consultar um médico antes pode prevenir surpresas desagradáveis, além de ajudar a traçar um progra-ma de exercícios mais eficiente. “Para

quem é completamente sedentário, eu recomendo começar com uma ca-minhada lenta, de três a quatro vezes por semana, durante 50 minutos. O início dos treinos com as caminhadas leves é importante porque contribui no processo de adaptação muscular e cardiorrespiratória”, ensina o educa-dor físico Walter Molina. E nada de atropelar as passadas num ritmo afoi-to. “Se o seu corpo não estiver habitu-ado, e se a caminhada se der de forma inadequada, você só irá comprometer a postura e mecânica do movimento, ocasionando dores musculares e nas articulações”, adverte o professor.

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“Não se compare com atleta nem

com outros corredores. Lembre-

se: a primeira superação é nossa”.

Magnólia Figueiredo, atleta

“Com quatro semanas caminhando diariamente, em três meses você está começando a trotar”. Walter Molina, educador físico

Uma vez superada a fase do se-dentarismo absoluto, seu organismo começará a se acostumar com o ritmo das caminhadas. Quando isso ocor-rer, é hora de passar para o trote - uma espécie de “quase corrida”, porém com menor fl utuação e velocidade. “Com quatro semanas caminhando diaria-mente, em três meses você está come-çando a trotar”, estima Molina.

Quanto aos locais para correr, o ideal é procurar lugares agradáveis, seguros e com chão plano. “O Parque das Dunas é um bom local, apesar de pequeno. Tem também a Rota do

Sol e a Via Costeira. Já o calçadão é uma péssima escolha. Não recomen-do, a pedra é muito dura”. E quanto à praia? Essa, avalia o professor, é uma boa pedida desde que a maré esteja baixa e que se corra em uma faixa de areia plana, com tênis e meia. Em relação aos trajes, quanto mais leve eles forem e quanto mais facilitarem a transpiração, melhor. “É importan-te também estar bem sinalizado, fa-zer uso de faixas refl exivas à noite e, quando estiver no asfalto, correr sem-pre no contrafl uxo”, ressalta o profes-sor de corrida.

Entre os praticantes da cor-rida, uma queixa muito comum é a da “dor desviada” - dor aguda que aparece embaixo da costela. Quando ela surge, é si-nal de que ou a respiração está errada ou o corredor está car-regando na intensidade e deve diminuir o ritmo.

O corredor também deve ficar atento para interpretar si-nais do organismo. Enquanto algumas dores são comuns e fazem parte do processo de evolução, outras são sintomá-ticas. “Quando a pessoa sente dor muscular, dor no pé, é nor-mal. Contudo, no momento em que a dor passa a ser aguda ou crônica, durando mais de dois dias, ou quando a respiração se torna ofegante, é hora de pro-curar um especialista”, explica o professor.

Quem está com sobrepeso também deve redobrar a aten-ção para não sobrecarregar as articulações de imediato. “Nes-tes casos, o recomendável é fi-car mais tempo na caminhada. Segundo Molina, antes de se exercitar o corredor deve con-sumir preferencialmente frutas e evitar carne, derivados de leite e alimentos com muita fibra.

Para Magnólia, um fator que o corredor iniciante deve ter em mente é que os resultados só são colhidos com paciência, dedicação e respeito aos limi-tes do próprio corpo. “Não se compare com atleta nem com outros corredores. Lembre-se: a primeira superação é nossa”.

DICAS

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Assessoria: quando procurar?

“Eu era sedentária e fumante. Hoje me sinto mais disposta...” Jeannyne Vasconcelos, corredora de rua

Molina afirma que “o ideal é pro-curar uma assessoria logo no início, para que toda a atividade seja orien-tada de forma a prevenir riscos. Exis-tem algumas boas opções, é só procu-rar”. Depois que já estiver treinado, é possível correr sozinho.

Magnólia partilha da mesma opi-nião do treinador e reforça: “Há um fator social muito forte nos grupos de corrida. Vira uma nova família que você constrói”. Graças à asses-soria, pessoas como Alexandre e Jeannyne acabaram reformulando completamente suas vidas. “Eu es-tava gordo e resolvi começar uma

dieta. Ocasionalmente ia caminhar com uma amiga no Parque das Du-nas, que foi quem me arrastou para o grupo. Acabei indo por diversão e hoje me mantenho pela qualidade de vida”, afirma Alexandre, que hoje também faz musculação três vezes por semana para melhorar seu rendi-mento nos treinos.

Jeannyne também só contabiliza benefícios: “Eu era sedentária e fu-mante. Hoje me sinto mais disposta, como à vontade e ainda tenho que me cuidar para não perder peso muito fácil. No início cheguei a fazer mus-culação, mas hoje fico só na corrida”.

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Reeducaçãoda dinâmica

muscular

Conheça o método inovador que ensina o paciente a

corrigir a postura e conquistar mais qualidade de vida

As dores atormentaram tanto a vida da aposentada Ana Maria Azevedo Alves, 68, nos últimos 4 anos, a ponto dela mal conse-guir andar. Fez cirurgia para tratar hérnia de disco, muitas sessões de fisioterapia e as dores persistiram. Tudo mudou depois que ela ini-ciou um trabalho de reeducação postural na Escola de Postura. Em apenas 10 sessões, as dores foram embora. “Quando cheguei aqui, eu caminhava com muita dificuldade. Agora estou muito bem. Não sinto mais nenhuma dor”, diz aliviada.

Por Juliana Garcia

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RPG/RDm - Método voltado para a correção dos desvios posturais (escoliose, hiperlor-dose, hipercifose), alterações articulares (hérnia de disco, ar-trose, joelho valgo ou raro, pé pronado ou supinado), além de dores na coluna.

PIlATEs/RDm - Indicado para o tratamento de alterações posturais, tensões musculares, fortalecimento e alongamento muscular, consciência corpo-ral, diminuição da ansiedade e aumento da concentração.

IsoFlEX/RDm - Técnica ex-clusiva que trata as alterações posturais de forma dinâmica, proporciona mobilidade e flexi-bilidade para a coluna, melhora a concentração, memória e o aprendizado, principalmente, em crianças e idosos.

EXERCÍCIos TERAPÊuTICos/RDm - Um trabalho individu-alizado, que respeita o estado físico de cada paciente, em especial portadores de desvios posturais e pós-operatório, re-duzindo a incidência de lesões.

HIDRoTERAPIA - São utilizadas técnicas da Cinesioterapia (rea-lizada na água) e os efeitos tér-micos promovem relaxamento e conforto muscular, e aliviam as pressões articulares, favore-cendo menos impacto. Pesso-as com sobrepeso e obesidade conseguem realizar sem maio-res problemas.

MODALIDADES

“Conseguimos excelentes

resultados nos casos de dor lombar,

dor cervical, escoliose, tendinites,

hiperlordose e hérnia de disco” Gerlane Cristina, fi sioterapeuta

Você deve estar se perguntando qual o segredo para resultados tão rápidos. O método utilizado pela Es-cola de Postura do Brasil é pioneiro, reduz as dores e reeduca os movi-mentos do corpo para evitar que o problema retorne. Criado pelo fi sio-terapeuta Francisco Miguel, o RDM (Reeducação da Dinâmica Muscular) tem comprovação científi ca e clínica, fundamentadas nos resultados obti-dos durante 10 anos de pesquisas so-bre a atuação da dinâmica muscular na reabilitação do corpo. Durante as sessões são colocados nos pacientes elementos especiais em 12 pontos do corpo. Eles decodifi cam as tensões e compressões dos nervos para reorga-nizar as forças e estabilizar as articu-lações. O RDM é associado a técnicas como o RPG, Pilates, isofl ex ou exer-cícios terapêuticos. “Conseguimos excelentes resultados nos casos de dor lombar, dor cervical, escoliose, tendinites, hiperlordose e hérnia de disco”, explica a fi sioterapeuta Gerla-ne Cristina, que está a frente da Esco-la de Postura de Natal.

Com mais de 15 anos de experiên-

cia na área de reabilitação, Dra. Ger-lane, que foi uma das pioneiras no Rio Grande do Norte com o tratamento da Hidroterapia, não pensou duas vezes para trazer esse método ino-vador para Natal. “Assim que chega na Escola de Postura o paciente pas-sa por uma avaliação criteriosa para um diagnóstico postural completo. É com base nessa avaliação que esta-belecemos o programa de tratamento para ele”, explica Dra. Gerlane.

O aluno participa também do curso de coluna teórico com conte-údo específi co em anatomia, fi siolo-gia, biomecânica da coluna e ergo-nomia para sua aplicação prática na vida diária. “O nosso objetivo é fazer com que o aluno adquira consciência corporal e se mantenha no dia-a-dia fazendo exercícios. Com a prática é quase automático assumir a postura correta. Basta uma simples respiração e tudo volta para o lugar”, diz.

ESCola dE PoSTUraRua Auris Coelho, 426 - Lagoa NovaFone: 84 3231.1494www.escoladepostura.com.br

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Por Adriana Keller

Lair Ribeiro ensina

“Envelhecer sem fi car velho” foi o tema da palestra que Lair Ribeiro proferiu em Natal, recentemente. Trilhando um caminho virtuoso de palestrante internacional que salta da área motivacional, passa pela auto-ajuda e habita a saúde, esse jovem de 66 anos falou sobre o desafi o de envelhecer saudavelmente.

Formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora, com mestrado em cardiologia na PUC do Rio de Janeiro, o médico Lair Ribeiro carrega na sua bagagem 17 anos nos Estados Unidos, onde adquiriu grande experiência nos campos educativo e empresarial, além de treinamento mé-dico na Harvard University, como Research Fellow. Autor de mais de 100 livros (13 best sellers), publicações cientí-fi cas em revistas médicas norte-americanas, Lair fala em receitas da sua avó, desmistifi ca padrões e aponta como boatos várias certezas que sempre ouvimos falar.

Na sua palestra deixou muita gente chocada com as afi rmações: “Quem disse que ovo tem colesterol? Costu-mo comer uma média de cinco por dia... Isso é um boato”, ou ainda “Para uma grávida é quase preferível fumar a to-mar refrigerante”, falou sobre o azeite que usamos, sobre a água que bebemos e o sol que virou um vilão e não é bem assim.

A palestra foi no mínimo reveladora, pois o médico destruiu ideias preconcebidas com a maestria e segurança de um expert.

Em conversa com a Viver Bem em Revista, Lair Ribei-ro revelou a fonte da sua convicção e retórica: a simplici-dade de viver com qualidade.

“A vida é um eco. Se você não está gostando do que está recebendo, observe o

que está emitindo”

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Viver Bem em revista - Qual é a di-ferença entre envelhecer e fi car velho?

lair ribeiro - Velha é aquela pessoa doente, que não enxerga bem, que toma vários remédios todos os dias, que tem defi ciências de se locomo-ver... Enfi m, independente de ter 60, 70 ou 80 anos é possível envelhecer com saúde com um bom estado bio-lógico. Isso tem a haver com o estilo de vida que cada um leva, com a in-gestão de álcool, fumo, alimentação errada e da qualidade do seu sono, como ela dorme...

VBr – Entre os grandes vilões do en-velhecimento estão os radicais livres, que são produzidos a todo momento pelo nosso organismo. O que fazer?

lr - Não existe vida sem eles. O pro-blema é lidar com o excesso de estres-se oxidativo, que é uma das grandes causas do envelhecimento.

As causas podem ser várias: es-tresse emocional, a elevada ingestão de ácidos graxos trans, o alto consu-mo de bebidas alcoólicas, a prática desregrada de atividade física, o con-sumo exagerado de medicamentos e a exposição a poluentes e toxinas am-bientais são alguns fatores.

É preciso buscar alternativas an-tioxidantes como andar de pé no chão, descalço em contato com a ter-ra. Essa é uma medida simples e im-portante adquirida através da energia natural.

VBr - Vivemos num mundo estético e o brasileiro prima essencialmente pela aparência física. Em sua opinião, alimentamos uma cultura plástica, somos escravos da aparência?

lr - Precisamos da aparência para viver. Mas tudo tem limites. Não vejo problema em querer “parecer” bem, mas isso não pode virar uma neuro-se. O ideal é ver na aparência os re-sultados da estética interna, essa está sempre ligada a saúde.

VBr - Você também é muito conhe-cido pelas sábias frases de motivação como: “A vida é um eco, se você não está gostando do que está recebendo, observe o que está emitindo”...

lr - É a Lei do Retorno. Se eu lhe dou um sorriso, sua resposta será com um sorriso. Por isso, se não gosta do que está recebendo dos outros, da maneira que estão te tratando, presta atenção em como você está se relacionando com as pessoas.

Na fi losofi a quem deve estar sempre à frente, o nº 1, é você. Depois os outros, as-sim, não é possível dar o que não se tem. Pri-meiro eu. Se eu não tiver amor, se não me amar como posso amar os outros?

Interessante, objetivo e, acima de tudo, polêmico. O cardiologista quebra conceitos e desmistifi ca padrões que acostumamos a ouvir desde sempre. Seu lema: focar na solução e não no problema

“Você é o que você come, o que você faz, o que você pensa e quem você ama” 33

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PRINCIPAIS OBRAS

A magia da comunicaçãoAuto-estimaInteligência aplicadaProsperidadeUma venda não ocorre por acasoCâncer de mamaComo conviver com a violênciaComo passar no vestibularComunicação globalColeção saber viverpessoalmente, profissionalmente e financeiramenteExcelência emocionalGerar lucroIdéias que estimulamO poder da imaginaçãoO sucesso não ocorre por acasoPés no chão, cabeça nas estrelasReposição hormonalUma janela no futuroA grande oportunidadeEnriquecer - ambição de muitos, realização de poucosHomens & mulheres - espécies iguais, mundos diferentesÉ tempo de viver mais e melhorO melhor da vida é aqui e agoraLições de vidaParábolas do mundo inteiroColeção aprendendo a viver (jack & jonas)

Site: www.lairribeiro.com.br

“Esteja ciente de que você tem que falar para ser ouvido,

mas tem que se calarpara ser apreciado”

VBr - Você escreveu um livro sobre a prosperidade. Acre-dita que ela está ligada a quê? Aos relacionamentos, ao empenho pessoal, sorte, cursos...

lr - A roda da abundância gira em que velocidade? Se você continuar fazendo o que sempre fez, continuará ob-tendo o que sempre obteve. Para obter algo diferente, você tem de começar a fazer algo diferente. Muitos padrões ter-ríveis envolvem o dinheiro, preconceito (dinheiro é coisa suja), quanto mais dinheiro mais gastos, gente rica não tem lugar no céu... Enfi m, os padrões não são feitos de cimento nem podem ser recriados linguisticamente. No meu livro, ensino a superar o conformismo na vida pes-soal e ampliar a percepção. Reprogramar pensamentos e atitudes, descobrindo e reorientando o potencial de cada um. Mas o livro é somente uma ajuda, um caminho e ape-nas ler um livro não resolve problemas, é preciso fazer o dever de casa.

VBr - Sobre o seu curso “Sintonia”, quais são as técnicas utilizadas? Como são os feedbacks das pessoas que já fi ze-ram. Conte um pouco sobre.

lr - Trata-se de uma experiência transformacional, uma pessoa que passa três dias comigo e minha equipe nesse curso, se transforma, não é a mesma pessoa quando sai. A fi nalidade do programa é a harmonização e a integração da pessoa com os seus aspectos físico, mental, emocional e espiritual, para potencializar ao máximo e melhorar o desenvolvimento de suas relações pessoais e profi ssionais.

As técnicas utilizadas são baseadas na Programação Neurolinguística (PNL), Técnicas de Aprendizagem Ace-lerada do Dr. Georgi Lozanov, Técnicas de Pensamento Lateral desenvolvidas na Inglaterra pelo Dr. De Bono, para uma melhor utilização dos hemisférios cerebrais, au-mentando, assim, o poder da mente.

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Existe idade certa para namorar?

Por Rayanne Azevedo

Segundo especialistas, o

diálogo é a melhor arma para manter

saudáveis as relações entre pais e filhos

A oficial de justiça Keyla Teodósio vive um paradoxo. Na paróquia onde atua enquanto voluntária, costuma orientar cerca de 200 jovens, ativida-de que desenvolve com facilidade. Já em casa, queixa-se de ter que batalhar diariamente pela confiança da filha adolescente. “Dou total abertura, mas mesmo assim ela se aconselha mais com os amigos do que comigo. Sem-pre que ela se envolve, se apaixona, eu sou a última a saber”, ressente-se.

A angústia de Keyla não é inco-mum. Ela quer, como todos os pais querem - ou presume-se que de-veriam querer - fazer parte da vida da filha, acompanhar seus passos e protegê-la. Marília, provavelmen-te, também não quer decepcioná-la. Mas, aos 14 anos, ela ainda se enrola quando tem que colocar a mãe a par de assuntos amorosos. “Ela sempre

diz que quando for sério vai me avi-sar, mas faz isso para escapar da vigi-lância. Não acho certo ter namoricos escondidos, até porque minha casa está aberta”, censura Keyla.

A questão é que Marília faz par-te de uma geração de adolescentes adeptos de uma modalidade nem tão recente: “ficar”, uma espécie de namoro-relâmpago, de curta dura-ção e com pouco envolvimento afeti-vo. “Ela está de castigo. Digo que sou oficial de justiça, porque penhorei tudo: Ipod, celular e internet”, afirma a mãe. O motivo? “Descobri que ela estava ficando com uma pessoa len-do as mensagens do celular dela e fi-quei muito triste por ver que todas as amigas já sabiam, mas ela não havia me contado, e eu sequer sei quem é essa pessoa”.

Mas Marília já namorou uma vez.

Keyla Teodósio não se vê constrangida em olhar mensagens de celular e e-mails

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E, quando aconteceu, fez questão de deixar a mãe a par. “Foi no ano pas-sado. Ele estudava em outro colégio e nós passávamos o veraneio no mes-mo lugar. Durou um mês e depois eu vi que queria ficar só na amizade. A gente mal se via, conversávamos mais pela internet. Ficamos umas duas vezes só”, resume a adolescen-te. Ela diz que anda à procura de um namorado: “Procuro alguém sincero, em quem possa confiar e com quem possa conversar”.

Quem também acompanha de perto a filha é a fonoaudióloga Josy Amorim. A filha dela, Fernanda, 13, está namorando pela primeira vez com um rapaz da mesma turma do colégio. “Acho ótimo que ela esteja namorando, eu prefiro que namo-re mesmo. Eu me preocupava mais quando ela estava sem namorado, porque as investidas dos jovens hoje em dia estão muito pesadas. E ele é um rapaz gente boa, bem centrado”, afirma. O fato de os dois estudarem na mesma classe não a preocupa: “Eu mantenho um padrão rígido de edu-cação, e sei que o namoro não vai in-terferir nos estudos porque eles sen-tam em lugares diferentes e só saem

juntos aos finais de semana. Na reali-dade, como ele repetiu de ano, os dois estão competindo para ver quem tira as melhores notas”.

De acordo com a psicóloga Mi-rani Melo, o surgimento do namoro na adolescência é natural e até certo ponto importante, pois contribui para desenvolver uma maturidade para o relacionamento afetivo. O problema, aponta ela, é o “ficar” desenfreado. “Este, sim, muitas vezes é sintomáti-co. As pessoas usam como sinônimo de poder, quantificam o poder pelo número de ficadas. A questão é que essa conduta, se for exagerada, de-nota uma dificuldade em se vincular com alguém, e é importante que se construam vínculos, ainda que eles venham a se dissolver depois. Faz parte do processo de amadurecimen-to”, afirma. Mas, segundo a psicóloga, o que se vê hoje nos consultórios são muitas garotas reclamando que está difícil arrumar namorado. “A oferta, a facilidade é tão grande que as pessoas deixam de querer se vincular”.

Outro aspecto que a psicóloga cita como preocupante é quando o ado-lescente busca, em relacionamentos fora de casa, preencher a falta de re-

“ É importante que se construam vínculos, ainda que eles venham a se dissolver depois. Faz parte do processo de amadurecimento” Mirani Rocha, psicóloga

“Eu me preocupava mais quando ela estava sem namorado, porque as investidas dos jovens hoje em dia estão muito pesadas”Josi Amorim, fonoaudióloga

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lação familiar. “Mas isso ocorre geral-mente nas classes mais baixas, onde o vínculo vem mais cedo. Essas pessoas constituem logo família para com-pensar o fato de terem vindo de lares desestruturados”.

Segundo Mirani, não existe “cedo demais” em se tratando de namoro na adolescência. O relacionamen-to, afirma, se desenvolve de acordo com o grau de maturidade do jovem. “Houve uma transformação cultural e as coisas estão acontecendo mais cedo, mas na prática eu não vejo mui-to isso de adolescentes de classe mé-dia se envolverem precocemente em relacionamentos. Claro que quanto mais tarde começar, melhor, por uma questão de maturidade. Mas muitos namoros que começam cedo na rea-lidade nem são namoros, é uma coisa totalmente diferente, mais ingênua”.

A psicóloga orienta os pais a ob-servarem o adolescente desde a in-fância, tendo o cuidado de respon-der às perguntas deles conforme a curiosidade vai se desenvolvendo. “Os pais têm que enfrentar e falar com os filhos sobre sexo, desde que eles tenham passado para a puberda-de e demonstrem interesse pelo outro

sexo. Nessa idade, o comportamen-to é mais influenciado pelo grupo, e às vezes os adolescentes podem agir motivados pela cobrança que sentem por parte dos amigos ou por curiosi-dade, por isso é importante conver-sar. Já as crianças devem ser orienta-das conforme elas vão sendo expostas a determinados assuntos e começam a ter curiosidade”.

Keyla e Josy entendem o poder do diálogo e por isso procuram estar sempre próximas de suas filhas. As duas temem que Marília e Fernan-da possam ter o mesmo destino que elas tiveram, anos atrás: o de engra-vidar cedo demais. Também por isso, Keyla não se faz de rogada e diz que faz questão de checar tudo. “Eu não tenho nenhum constrangimento de olhar celular, e-mail”. Josy acena po-sitivamente com a cabeça em sinal de solidariedade e complementa: “A gente tem que ter muito cuidado, porque além de tudo ainda tem a questão da violência”.

Mas para Mirani, embora a in-tenção nesses casos seja nobre, a política de vigilância extrema é as-sunto sério. “Os pais invadem a pri-vacidade dos filhos, gravam conversa

do MSN, leem diários. É preferível tentar acompanhar a vida do filho. Não adianta proibir, porque ele aca-ba indo fazer escondido”, observa a psicóloga. “Eu aconselho que os pais orientem, conversem e exponham os riscos para que os filhos fiquem aten-tos e comuniquem qualquer aconte-cimento estranho. Mas o adolescente tem seu livre arbítrio”.

Fernanda diz que tem uma re-lação bem aberta com a mãe e tem feito questão de mantê-la atualiza-da. “Não dá para esconder nada da minha mãe, ela perceberia logo. Eu sempre acabo contando tudo para ela”. Já Marília, embora relute e se mantenha mais reservada, às vezes recorre às cartas para contar aquilo que pessoalmente sentiria mais difi-culdade em expor. “Eu deixo a carta na bolsa e não falo nada. Peço: ‘mãe, não lê na minha frente!’”.

“Acho que ocorre uma generali-zação entre elas. Elas acham sempre que contar as coisas para os pais vai ser ruim. Mas tem que contar! Exis-te ex-amigo, ex-namorado, mas não existe ex-mãe. Mãe é uma só. E eu sou brasileira, não desisto nunca de falar com a Marília”, brinca Keyla.

“Existe ex-amigo, ex-namorado, mas não existe ex-mãe.

Mãe é uma só. E eu sou brasileira,

não desisto nunca de falar com a

Marília” Keyla Teodósio, oficial de justiça

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XerostomiaTodo mundo já sentiu a boca secar em momentos de medo, ansiedade ou nervosismo na hora de falar diante da multidão. Mas o que era para ser um quadro restrito a certas ocasiões está se tornando um problema cada vez mais frequente na sociedade moderna

Boca seca (xerostomia) significa que a produção de saliva não é su-ficiente para manter a boca úmida. Segundo a odontóloga Maria Cecília Aguiar, a falta de saliva pode provocar secura na boca e, consequentemente, dificuldades para falar, mastigar e engolir alimentos. Além do incômo-do, este problema pode trazer conse- quências mais graves. “A saliva possui anticorpos com ação antimicrobiana, por isso a redução de sua produção deixa a pessoa exposta a uma série de problemas como cáries, candidía-se, doenças gengivais, dificuldade de usar próteses e alterações no paladar. Se não tratada, a secura da boca pode também contribuir para o mau háli-to”, alerta a dentista.

Dentre os principais fatores que contribuem para a redução da saliva-ção, estão o fumo, a ingestão de bebi-das alcoólicas, doenças como diabe-tes e síndrome de Sjögren, tratamento radioterápico e o uso de alguns anti-depressivos e anti-hipertensivos.

O primeiro passo para o tratamen-to eficaz é um diagnóstico correto. O paciente que perceber os sinais e sinto-mas associados a boca seca deve pro-curar o cirurgião-dentista. “Um gran-de aliado para o diagnóstico preciso é um exame chamado Sialometria, que analisa o fluxo, a cor, a presença de turbidez, a viscosidade e o pH da sali-va”, afirma Dra. Cecília.

De acordo com a especialista, os tratamentos variam em função da

causa. Se tiver origem medicamen-tosa, o odontólogo deve levantar a possibilidade de substituição do me-dicamento por outro que não afete a produção de saliva junto com o mé-dico do paciente. Da mesma forma, problemas de saúde devem ser des-cartados ou tratados.

Independentemente da causa, o paciente com queixa de boca seca deverá ser acompanhado pelo profis-sional em intervalos mais curtos para orientação de higiene oral constante, aplicação de flúor e tratamento gengi-val básico. Além disso, quem sofre do problema deverá manter-se sempre bem hidratado, ingerindo água ou outra bebida sem açúcar e evitando o consumo de bebidas com álcool ou cafeína. Se os lábios estiverem secos, pode ser indicado o uso de lubrifican-tes. Para minimizar o problema, pode ser utilizada saliva artificial manipu-lada ou comercial, gomas de mascar sem açúcar e medicamentos que es-timulem a salivação. Dra. Cecília uti-liza ainda uma associação de técnicas como a aplicação de laser, TENS e acupuntura nas glândulas salivares, com resultados surpreendentes.

A partir do segundo semestre, será lançado um portal para o pa-ciente se atualizar sobre o problema: o www.mauhalitotemcura.com.br

iNSTiTUTo do HÁliTo do rNAv. Afonso Pena, 1081 - TirolNatal/RN. (84) 3086.1671 / 3211.2163

Dra. Maria Cecília Aguiar é membro da Associação Brasileira de Halitose,mestre em saúde coletiva e especialista em Odontogeriatria

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Você já tem um coach?Saiba qual a importância desse treinador para o seu desenvolvimento pessoal e profissional

O que você quer? Essa, provavel-mente, será a primeira pergunta que irá ouvir do seu coach. O papel dele é assessorá-lo, levando-o a refletir, chegar a conclusões, definir ações e, principalmente, agir em direção aos seus objetivos, metas e desejos.

Por isso, saber exatamente o que você quer é tão importante para o Coaching (processo de desenvolvi-mento que o coach conduz). Mas, se ainda não souber, o seu coach tam-bém pode ajudar a descobrir. O foco dele é você. É liberar o seu potencial e maximizar a sua performance, seja na vida pessoal ou profissional. Ter um coach é para quem tem pressa de mu-dar, de conquistar e de entender que é capaz de desenvolver as habilidades necessárias para atingir o seu objetivo

com rapidez.Mais de 40 mil executivos pos-

suem coaches nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, eles estão começan-do a acordar para essa necessidade. No mundo dos negócios, o coaching potencializa a comunicação, motiva-ção, influência, negociação, lideran-ça, desenvolvimento organizacional, definição de metas e objetivos, pla-nejamento e foco, alavancando resul-tados.

O coaching parte do princípio que a solução dos nossos problemas está dentro de nós. Para progredir e ter sucesso é preciso, primeiramente, delinear o caminho que queremos se-guir em nossa mente e direcionar as ações e atitudes para o objetivo sem criar obstáculos. No atendimento, o

O cenário com figuras representativas ajuda a obter uma visão panorâmica da situação

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Karina Braga e Roberta de Oliveira: coaches com mais de duas décadas de experiência

ENTREVISTA

Como escolher o coach?O coaching é um processo

com bases científicas e, portanto, requer formação para ser aplica-do. Pesquise o profissional, sua formação e o tempo de experiên-cia. A qualidade do serviço está diretamente ligada a quantidade de ferramentas que ele possui.

Quando procurar o coach?Quando não estiver conse-

guindo fazer, decidir ou resolver algo em sua vida ou nos negó-cios, o melhor momento é agora!

Como é feito o coaching?No primeiro encontro é de-

finido o tema ou questão. De-pois agendamos um ciclo com 10 atendimentos de uma hora, cada. Para cada ciclo você re-solve uma questão. Logo no se-gundo encontro, você já sentirá os resultados.

Qual o diferencial da Humano-center?

Trabalhamos com o Coa-ching Sistêmico que considera o cliente de maneira global. Sa-bemos que tudo está interliga-do, suas experiências internas, externas, seus relacionamen-tos, suas metas. Investigamos como a forma do pensamento do cliente impacta na forma como toma decisões, gerencia mudanças e lida com conflitos.

Em nossos encontros o trabalho é realizado com dois profissionais simultaneamente, valorizando duplamente seu in-vestimento.

“Investigamos como a formado pensamento do cliente impacta na

forma como toma decisões, gerencia mudanças e lida com confl itos”

coach auxiliará a perceber o proble-ma de fora, identifi car os obstáculos de auto-boicote e montar estratégias para alcançar o objetivo desejado.

O método funciona da seguin-te forma: a pessoa coloca um tema “problema” a ser trabalhado e monta o cenário com ajuda de fi guras repre-sentativas, sob orientação do coach, para obter uma visão panorâmica da situação. O resultado é: 1º) o entendi-mento da raiz do problema; 2º) per-cepção do caminho a seguir; 3º) en-saio sobre as ações a tomar. Logo no primeiro atendimento você percebe o resultado de seu investimento.

Como o tema ainda é cercado de dúvidas, a Viver Bem em Revista, ou-viu as coaches da Humanocenter, Ka-rina Braga e Roberta de Oliveira, que atuam no mercado há mais de 20 anos.

HUMaNoCENTErwww.humanocenter.com.br

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Busque a sustentabilidade no dia-a-diaSalvando o meio ambiente sem sair de casa

Por Eugênio Bezerra

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ao consumo. O carinho e o respeito ao meio ambiente começam com as pequenas ações. Não são somente os outros que precisam respeitar e pre-servar. Por isso, saia do discurso fácil. Essa é e deve ser sempre uma ação que merece a atenção de todos e de forma individual, a partir do “nosso mundo”, seja ele o nosso quarto, a nossa cozi-nha, ou o nosso ambiente cotidiano.

Faça a pergunta pra você mesmo. Eu tenho como evitar a poluição dos rios? Diretamente, talvez não. Mas você pode muito bem tomar um ba-nho menos demorado, não lavar o carro com mangueira e sim com um balde, e assim evitar o desperdício de água. Imagina você que gosta de can-tar no chuveiro. Cante, mas economi-ze no repertório; na hora de passar o xampu e o sabonete, desligue o chu-veiro. Um banho de 15 minutos con-some 60 litros de água.

Eu posso evitar o desmatamen-to na Amazônia? A resposta segue a mesma linha. Não. Mas você pode, por exemplo, comprar móveis feitos de madeira certifi cada, de refl ores-

tamento ou ainda, na hora de impri-mir aquele trabalho da escola, usar os dois lados da folha.

E o aquecimento global? Eu te-nho como combater? Também não, diretamente. Mas você pode comprar roupas de marcas produzidas na sua região que, além de mais baratas, não usam tanto transporte (combustível fóssil) para chegar às lojas da sua ci-dade. São atitudes simples e que bus-cam a sustentabilidade no dia-a-dia.

Cada um de nós é responsável pelo cuidado e pela preservação de tudo que contribui para a vida, sobre-tudo onde vivemos. Meio ambien-te, ao contrário do que muita gente pensa, não é só a natureza. Além das árvores, dos rios, das praias, do mar, do ar que a gente respira, o meio am-biente também é a nossa rua, nossa casa, nosso corpo, as relações que te-mos com as pessoas, nosso lixo.

Lixo?! Isso mesmo. A adminis-tração consciente do lixo doméstico também é um item que promove o bem-estar de todos, de todo o Meio Ambiente.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, embora o clima tenha apresentado mudanças ao longo da história da Terra, em todas as escalas de tempo, percebe-se que a mudança atual apresenta alguns aspectos dis-tintos. Por exemplo, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera que vem aumentando ano a ano.

Outro aspecto distinto da mudan-ça atual do clima é a sua origem: ao passo que as mudanças do clima no passado decorreram de fenômenos naturais, a maior parte da atual mu-dança do clima, particularmente nos últimos 50 anos, é atribuída às ativi-dades humanas.

A principal evidência dessa mu-dança atual do clima é o aquecimento global, que foi detectado no aumento da temperatura média global do ar e dos oceanos, no derretimento gene-ralizado da neve e do gelo, e na ele-vação do nível do mar, não podendo mais ser negado.

Atualmente, as temperaturas médias globais de superfície são as maiores dos últimos cinco séculos, pelo menos. A temperatura média global de superfície aumentou cerca de 0,74ºC, nos últimos cem anos.

Essas informações não são novida-de para ninguém; nos acostumamos a ver, ler ou presenciar inúmeras opini-ões de especialistas citando o quanto nosso planeta vem sofrendo ao longo do tempo. É comum também, na atu-alidade, nos depararmos com tragé-dias climáticas e ecológicas, reações do meio ambiente à ação humana, que por muito tempo retirou da natu-reza sem se preocupar em repor.

Mas o que eu e você temos a ver com isso? Quando o assunto é pre-servar o meio ambiente, é difícil sa-ber como ajudar. O primeiro passo pode ser mudar a postura em relação

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“Uma tonelada de papel reciclado poupa 22 árvores, 75% de energia elétrica e polui o ar 74% menos do que a produção da mesma quantidade de papel com matéria-prima virgem...”Ajalmar Maia, biólogo

E o lixo vira luxo quando criamos uma consciência socioambiental. Responsabilidade de todos nós. Dis-so depende nosso presente e nosso futuro próximo. Alguns podem es-tar pensando: “Mas, o que eu ganho com isso?”. Saiba que ambientar-se e criar sustentabilidade é uma atitude universal. Afinal de contas, ninguém quer viver num mundo insuportável.

Segundo o IBGE - Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística, por dia é descartado no Brasil 230 mil to-neladas de detritos, sendo que mais da metade disso corresponde a lixo doméstico. Apenas 2% do total pro-

Quando o lixovira luxo

duzido nas casas é destinado à cole-ta seletiva. Aqui, no Rio Grande do Norte, esse percentual não chega a 1%; sendo assim, o restante vai parar em lixões a céu aberto. Em cidades litorâneas como a nossa, acaba nos nossos mangues, ou pior se espalha pelas ruas contaminando o meio am-biente, entupindo bueiros e provo-cando alagamentos.

Para a maioria é fácil dizer que a responsabilidade pelo lixo é do po-der público, mas não é bem assim. Cada um é responsável pelo lixo que produz e suas consequências. O professor da rede estadual de en-sino, Rogério Câmara, fundador e coordenador da ONG SOS Mangue, começou a lutar pelo meio ambiente em 1998 quando fundou a entidade. Para ele, as pessoas têm boa vontade em colaborar, mais são pouco instru-ídas. “Falta educação de uma maneira

geral”, diz Rogério. Desde 98 a ONG vem trabalhando com a população do RN, procurando conscientizar e educar a sociedade nas questões re-lacionadas ao meio ambiente. Eles viajam o RN dando palestras, cursos e oficinas gratuitas, em um trabalho que ele próprio julga, feito de cora-ção. E apesar de todas as dificuldades que encontra, o coordenador da SOS Mangue relata que já conseguiu bons resultados. Rogério acredita que se houvesse um maior investimento na escola, a sociedade lucraria bastante e o meio ambiente agradeceria.

Atualmente a ONG SOS Man-gue desempenha um trabalho de reflorestamento na Escola Estadu-al Luiz Soares, que fica na Avenida 9, no bairro do Alecrim, em Natal. O coordenador do projeto explica que lá existem mudas de plantas e que os interessados precisam apenas

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procurá-las na escola. O movimento também organiza palestras e ofi cinas nas comunidades e tem feito um tra-balho reconhecido na fabricação de sabão a partir de óleo comestível.

Rogério Câmara diz ainda que o trabalho é pensado a longo pra-zo e que o estado encontra-se muito aquém em termos de educação. Para ele, a questão ambiental é um proble-ma sério vinculado a este setor, pois até os professores desperdiçam água e energia em sala de aula. Assim, eles não têm capacidade nem subsídios para além de dar o exemplo, educar seus alunos com ações ecológicas.

O coordenador ainda ressalta a importância da mídia nesse panora-ma, ele acredita que a imprensa é um canal muito importante na educação e conscientização da sociedade. Ele termina dizendo que investimentos

precisam ser feitos, pois acha que o poder público deve agir com mais ati-tude nas escolas públicas do estado.

Tiago Pinheiro é professor de Gestão Ambiental da UNP e leva as lições que ensina aos seus alunos para casa. Separar o lixo orgânico do que pode ser reciclado. É uma ação sim-ples: “Basta ter duas lixeiras e o com-promisso de todos em casa fazerem a separação”’. Até o fi lho, de apenas 3 anos, ajuda. O pequeno Joaquim é atento aos detalhes. “Na mesa ele não deixa escapar nada. Cai um guarda-napo ele vai lá e apanha para colocar no lixo”, conta o pai orgulhoso.

O QUE VOCÊ PODE FAZER?

áGuAEscovando os dentes - desligue a água enquanto faz a escovação.lavando a louça - desligue a água enquanto ensaboa pratos, copos, ta-lheres e panelas.Tomando banho - nada de banhos muito longos e quando estiver se en-saboando, desligue a torneira. EnERGIADesligue as luzes - ao sair do seu quarto, sala ou cozinha não esqueça de apagar as luzes.Desligue aparelhos eletrônicos - não deixe a televisão, rádio ou com-putador ligado caso não esteja sendo utilizado.Ar-condicionado - utilize com mode-ração!

lavando roupa suja - dedique dias da semana para lavar a roupa. Assim você utiliza a máquina de lavar em sua capacidade máxima, economizando energia e água ao mesmo tempo.Passando roupa - também dedique dias da semana para passar roupa. Evitando assim, o liga e desliga. lIXoColeta seletiva - tenha uma atitude bacana. Programe a coleta seletiva na sua casa. É muito fácil, basta se-parar os lixos em: material orgânico, papel, metal, vidro e plástico. Des-ta forma, você estará fazendo uma grande contribuição à Mãe Natureza, já que este material será reciclado, ou seja, será reaproveitado para a fabricação de novos produtos.

TRAnsPoRTEsAs emissões de gases pelos

transportes são muito nocivas para a nossa atmosfera. Mas podemos to-mar algumas atitudes para contribuir na diminuição da emissão de gases.

A caminho da escola ou trabalho - Utilizar os transportes coletivos é sempre mais saudável para o plane-ta. Por isto, quanto mais gente uti-lizar um mesmo veículo melhor. Se você vai de carro para a escola ou trabalho, que tal combinar um rodízio com os colegas que moram perto? Agora, se a sua escola ou trabalho é perto de casa, larga de preguiça e vá a pé ou de bicicleta! Assim, você estará cuidando da saúde do nosso planeta e da sua saúde também!

“Basta ter duas lixeiras e o compromisso de todos em casa fazerem a separação”

Tiago Pinheiro, professor

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EmagreçaAprendendo a lidar com as emoções que engordam e comprometem sua saúde

Fazer terapia é buscar autoconhe-cimento e equilíbrio das emoções e dos desejos. E quando o trabalho psi-coterápico é usado para dar suporte afetivo e motivacional, pode promo-ver mudanças importantes no modo de encarar a vida.

É com base nessa premissa que o projeto Viver leve se fundamenta, e se dispõe a ajudar pessoas que que-rem aprender a lidar com as emo-ções, que promovem desequilíbrios psicológicos e as fazem engordar. O projeto desenvolve um trabalho de reeducação alimentar e de mudanças comportamentais.

Viver leve foi idealizado pelo psicólogo Ronnie Soares, quando ele fazia um trabalho voluntário no Hospital Onofre Lopes. O psicólogo percebeu que muitos dos funcioná-rios do hospital estavam acima do peso e identificou que as causas da obesidade daquelas pessoas eram emocionais e psicológicas. “Criei um grupo terapêutico e nele desenvolvi um trabalho fazendo relaxamento hipnótico, e começamos a identificar as causas da obesidade e da ansiedade alimentar dos funcionários. Sem me-dicação, sem orientação nutricional, sem psicoterapia até aquele momen-to, apenas com o uso da hipnose, em seis meses alguns pacientes perderam até doze quilos”, revela o especialista.

A experiência com os funcioná-rios do hospital serviu de base para

o projeto que iria aliar as técnicas modernas de hipnose e a psicotera-pia. “o Viver leve nasceu para ser um instrumento de compreensão dos relacionamentos interpessoais e dos processos emocionais que estão na origem dos sentimentos, pensamen-tos e comportamentos. Conseguindo compreender esses processos, po-demos auxiliar o paciente a também se compreender e assim se ajudar. Muitas coisas que acontecem na vida da gente, somos nós que criamos in-conscientemente”, explica Ronnie. Ele ainda acrescenta que, no processo de emagrecimento, as pessoas querem emagrecer pensando da mesma for-ma que pensavam antes, e o emagre-cimento só acontece de verdade se houver mudança de hábitos.

Ronnie Soares ressalta que a pro-posta do Viver leve é fazer um tra-tamento individualizado: “Queremos proporcionar ao paciente qualidade de vida, para que ele tenha uma re-lação de prazer e bem-estar com a comida, seu corpo e suas emoções”, revela o psicólogo.

No tratamento do Viver Leve o paciente começa investindo tem-po no conhecimento do seu corpo, aprende a perceber sua respiração e suas sensações. Em seguida chega o momento de perceber o alimento, re-conhecendo a função de cada um no organismo. Esse processo promove um emagrecimento consciente.

“Queremos proporcionar ao paciente qualidade de vida, para que ele tenha uma relação de prazer e bem estar com a comida, seu corpo e suas emoções”Dr. Ronnie Soares, psicólogo

Por Dênia Cruz

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“Minha maior motivação hoje é ver a harmoniae a beleza da vida”

ÍndiaUma viagem em busca da verdade

Por Élcia Luz

Um mestre iluminado disse certa vez que a India não é somente geo-grafia ou história. Não é só uma na-ção, um país, um mero pedaço de ter-ra. Ela é algo mais: é uma metáfora, uma poesia, algo invisível, mas bem tangível, vibrando com certos cam-pos de energia que nenhum outro país pode reivindicar. É o único lugar em todo o mundo que devotou o seu talento num esforço concentrado por uma única busca: a busca da verdade.

Não é por outro motivo que todos os mestres iluminados de que temos notícias no ocidente, ou nasceram ou pisaram em solo indiano em algum momento de suas vidas. Jesus, Buda e muitos outros de quem nunca ouvi-mos falar deixaram seu perfume por lá.

Para chegar a esse espaço espe-cial, alguns pré-requisitos são bastan-te apreciados, como paciência e amor. Primeiro porque não é como chegar a Paris, onde você sabe de antemão que

um encantamento o aguarda, do co-meço ao fim. Não se trata de um ro-teiro turístico, a despeito dos muitos atrativos que a Índia oferece.

São muitos contrastes que podem resultar em um certo choque cultu-ral para os desavisados. Mas aqui o convite é outro: saída da zona de con-forto, na proporção e medidas exatas para acontecer a maior desconexão possível com o pré-estabelecido, com os condicionamentos, com as crenças limitantes.

A via direta com sua essência, sem interferências externas. Para isso não há “script” pronto. É a sua percep-ção; é o que você vai sentir. Único e intransferível. Sem garantias prévias, porque nada acontece fora. É comple-tamente dentro.

Os mestres a quem devoto pro-fundo respeito conheci através das páginas silenciosas dos livros. Tive algumas tentativas frustradas de se-

Japamala, uma espécie de rosário de flores naturais, abençoadas pelo avatar Sri Bhagavan

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guir gurus vivos, por total incapaci-dade de ter disciplina. Assim, as re-ligiões passaram por mim, ou eu por elas, deixando as mensagens com as quais me identifiquei e outras tantas que descartei. Havia uma inquietação permanente de que a verdade ainda não havia sido dita pelas religiões.

Meu espírito livre queria voar so-zinho. Meu raciocínio era de que se nascemos e morremos sós, então esse caminho espiritual também teria que ser individual. Somos seres muito di-versos, que necessitamos de abrigos diferenciados.

Assim cheguei ao casal de gurus Sri Amma e Sri Bhagavan, que vieram ao planeta com a nobre e intrincada missão de contribuir para a ilumi-nação coletiva da humanidade. Para tanto canalizaram a Diksha, que com uma rápida imposição das mãos so-bre a cabeça das pessoas, reorganiza a qualidade da energia em partes do cérebro, promovendo paz interior, auto-aceitação e, consequentemente, uma grande alegria de viver.

Desalojar as dores do passado e dar um sonoro “obrigada e adeus” a todas as máscaras adotadas por mim ou impostas pela sociedade, e poder finalmente ver quem eu era sem lan-çar mão de quaisquer artifícios ou efeitos especiais... Que caminho nada

Uma das nossas mestras

Relaxamento em um dos campus da Oneness University

fácil de percorrer, mas imensamente facilitado pela Diksha, que conduz todos os processos emocionais na medida em que se pode suportar, com a firmeza amorosa de que se pre-cisa para deixar o que passou e abrir lugar para o novo.

Com os espaços internos em cons-tante renovação, o que ficou nítido é a ausência de ilusões, a desidentifica-ção com aspectos que nada tinham a ver comigo, o despojamento daquilo que não sou nem nunca fui, mas acre-ditava piamente que era.

Esses espaços foram preenchidos com muito amor por mim mesma e pelas pessoas, mais foco naquilo que quero fazer, e incrivelmente descobri talentos que não sabia que tinha. Não brigo com as emoções mais densas, quando elas resolvem dar as caras. A cada vez que uma dor se apresenta, ela vem mais e mais suave. Muitas já se foram de vez.

Experimento hoje um silêncio que sempre foi completamente parte de mim e que nunca havia feito contato antes. Meus momentos de quietude tem uma qualidade que jamais aces-sei antes, trazendo uma liberdade que

minha velha alma sempre me acenou como sendo a única saída possível para a felicidade.

Minha maior motivação hoje é ver a harmonia e a beleza da vida, e exercitar os conhecimentos com as pessoas que anseiam por uma vida de inteireza, de completude. De alguma maneira, sempre acreditei que nossas maiores riquezas estão dentro de nós, e não medi esforços para descobrir essa pessoa incrivelmente excepcio-nal e singular que sou eu mesma. Valeu cada passo desse caminho por vezes escuro, por vezes intensamente iluminado, de alegrias, de tristezas, de profundos mergulhos onde cria-dor e criatura se fundem em um só ser. Unidade. Somos todos um e não mais palavras soltas ao vento. São ex-periências reais, concretas.

Gratidão ao Divino, que conectou todas as pessoas perfeitas para o en-tendimento mais perfeito que tenho de mim. Namastê! (O mestre que ha-bita em mim saúda o mestre que ha-bita em você).

élCia [email protected]

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Terapia comunitáriaA palavra é o remédio para quem fala e para quem ouve

Imagine um grupo de pessoas reunido para partilhar angústias, trocar experiências de vida e encon-trar soluções para as dificuldades enfrentadas no dia-a-dia. É assim, numa roda de conversa, que acontece a terapia comunitária. A prática vem sendo desenvolvida em comunidades de todo país e os resultados do traba-lho demonstram eficácia na promo-ção da saúde e qualidade de vida dos participantes.

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Ceará, em 12 estados brasileiros, em 2006 e 2007, foi evidenciado que 88,5% das pessoas que frequentaram as rodas de

Terapia Comunitária tiveram resolu-tividade dos seus problemas e apenas 11,5 % necessitaram de encaminha-mento para os serviços de saúde.

Aqui em Natal, há dois anos, a Te-rapia Comunitária vem sendo desen-volvida pelo pediatra Dr Rui Medei-ros em dois espaços distintos: o grupo comunitário na Paróquia de Neópolis e o projeto Mãe Canguru, desenvol-vido na maternidade Januário Cicco, com mães de bebês prematuros. “É uma ação cidadã que transcende clas-ses sociais, profissão, raças e credos. Quanto mais heterogêneo for o grupo melhor, pois o repertório de experi-ências e soluções será maior”, coloca

“Quanto mais heterogêneo for o grupo melhor, pois o repertório de experiênciase soluções será maior”Dr. Rui Medeiros, pediatra

Por Dênia Cruz

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ORIGEM

A Terapia Comunitária nasceu há 25 anos pelas mãos do psiquia-tra e antropólogo Adalberto Barreto, quando o médico desenvolvia um Projeto de Extensão da Faculdade de Medicina da Universidade Fede-ral do Ceará. “Tenho um irmão ad-vogado que fazia um trabalho numa comunidade em Fortaleza. Comecei também a atender as pessoas de lá e percebi que os problemas delas eram da existência. Resolvi criar uma terapia comunitária onde elas pudessem partilhar juntas suas difi-culdades” explica o psiquiatra.

O especialista destaca que usando a Terapia Comunitária as pessoas podem alcançar qualida-de de vida, “A Organização Mundial

da Saúde nos diz que o estresse é uma fonte de ansiedade que in-terfere no enfrentamento dos pro-blemas, aumentando a degradação da saúde. Na Terapia Comunitária a palavra é o remédio para quem fala e para quem ouve”, esclarece o psiquiatra.

O trabalho é dirigido por facilita-dores, devidamente treinados, sem nenhuma exigência de formação acadêmica anterior. Já foram for-mados mais de 26 mil terapeutas comunitários nos 25 anos de exis-tência do projeto. A Associação Brasileira de Terapia Comunitária congrega cerca de 40 pólos forma-dores em todos os estados brasilei-ros: www.abratecom.org.br.

Dr. Rui Medeiros. Acompanhamos uma sessão da

Terapia Comunitária com as mulheres do projeto Mãe Canguru. A conversa tem em média 2 horas de duração e é divida em 3 etapas. A primeira delas é o acolhimento, em que o facilitador da terapia passa as regras básicas para a condução do trabalho. Na segunda fase acontece a partilha. As pessoas se abrem, falam sobre suas angústias e problemas. A partir daí acontece a troca de experiências e são levantadas as possíveis soluções. A terceira fase é a hora dos agradecimentos. “Quando falam e ouvem os relatos as mães ter-minam mais aliviadas. Isso faz bem para elas e para os bebês. Quando es-tão mais relaxadas, as mulheres pro-duzem mais leite e isso é importante demais para o desenvolvimento dos prematuros”, comemora Dr. Rui.

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Por Dênia Cruz

Movimente-se!Na terceira idade a prática de exercícios físicos se torna ainda mais importantepara quem quer aproveitar ao máximo essa fase da vida

Qualidade de vida é uma máxima buscada por todos, independente da idade. E é claro que na terceira idade essa condição se torna mais necessária.

Segundo pesquisas, a prática de exercícios físicos regulamente ajuda a quem já passou dos 50 anos a ter um dia-a-dia mais saudável. Essa prática pode trazer além de benefícios físi-cos, também sociais e psicológicos, contribuindo para um estilo de vida que permite mais longevidade.

Para o geriatra Gustavo Rego ati-vidade física na terceira idade é reco-mendada, porque é muito importan-

te como parte da promoção de um envelhecimento ativo: “Os exercícios podem melhorar a força, o equilíbrio, reduzindo quedas, aumentando a re-sistência e melhorando a aptidão car-diorrespiratória para o dia-a-dia do idoso”, afirma o especialista.

Contudo Dr. Gustavo esclarece que é fundamental diferenciar ati-vidade física de exercício físico para uma condução correta da prática. “Atividade física por definição é qual-quer movimento corporal muscular que resulte em gasto calórico, maior que os níveis basais de gasto calórico

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“O objetivo é alcançar qualidade de vida, e isso só é possível se desenvolvermos um trabalho direcionado ao que cada um pode fazer”Edna de Oliveira, educadora física

O Programa da Melhor idade que funciona no IFRN já soma 11 anos de existência, atendendo pessoas a par-tir dos 46 anos de idade, oferecendo várias atividades físicas, sociais e re-creativas: natação, ginástica, karate e alongamento.

O programa foi iniciado pela pro-fessora de educação física Edna de Oliveira, que já desenvolvia trabalho semelhante em Belém, na Universi-dade Federal do Pará. “Quando che-guei em Natal percebi que não existia um trabalho para a terceira idade vol-tado a prática de exercícios físicos. O programa começou com duas turmas de 30 pessoas, hoje tem cerca de 200 pessoas atendidas em mais de 6 ati-vidades. Falamos hoje em prevenção, não precisa chegar aos 60 para co-meçar a se preocupar em envelhecer com saúde, tem que começar antes”, explica a professora.

Quem deseja fazer parte do pro-grama pode se matricular a qualquer época do ano; a matricula é rotativa. O aluno só precisa trazer exame mé-

dico e começae a participar. Não há idade máxima para entrar no pro-grama; é a condição física que de-termina. Todo mundo pode fazer, mas cada um tem seu limite, tem seu ritmo. “Temos resultados muito po-sitivos. Avaliações dos médicos que os pacientes diminuíram as idas aos consultórios, por causa da rotina de atividades físicas”, revela Edna Olivei-ra. A professora ressalta ainda que é importante também a participação da família no processo, como incentivo.

A aposentada Maria José Pereira Gomes, 80, participa do programa há 9 anos e só tem elogios. Ela pratica hidroginástica e natação. “Eu sentia muitas dores; depois que comecei a fazer esses exercícios melhorei mui-to. Ainda sinto dores, mas agora bem menos. Gosto muito de tudo aqui, o entrosamento com a professora, com os colegas, as festas, os eventos. Eu diria que eu melhorei 80%. Nunca fiz atividade física, mas agora adoro fazer parte do programa,” revela a aposentada.

Um programa para a Melhor Idade

no repouso. O exercício físico é qual-quer esforço físico feito com regula-ridade, com orientação profissional, com objetivos de atingir metas espe-cificas como perda de peso, melhoria da aptidão cardiopulmonar ou ganho de massa muscular”, revela o geriatra.

Complementando a colocação do geriatra, a professora de educa-ção física Edna de Oliveira revela que cada atividade tem sua função e age diferente no corpo de cada pessoa. Segundo a educadora física a avalia-ção médica, que deve ser feita antes do início de qualquer prática, é o que

determina que tipo de atividade física o idoso pode realizar. “Nossa maior preocupação é com a condição física de cada aluno. O objetivo é alcançar qualidade de vida, e isso só é possível se desenvolvermos um trabalho dire-cionado ao que cada um pode fazer”, coloca a professora.

As modalidades escolhidas po-dem ser as mais variadas. As mais co-muns são a caminhada, hidroginásti-ca, pilates, dança e musculação. Mas, as artes maciais como o karate, aiki-dô, kung fu e até o boxe vêm atraindo alunos da melhor idade.

“Eu sentia muitas dores; depois que

comecei a fazer esses exercícios

melhorei muito”Maria José Pereira Gomes, aposentada

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Passos para uma atividade física segura

• Seja ativo: 30 minutos de caminha-das 3 vezes por semana poderá lhe trazer benefícios; • Cuide de sua coluna: ao agachar, fl exione os joelhos; ao sentar, apoie a região glútea; mantenha seu pescoço e ombros alinhados e relaxados; • Prefi ra atividades em locais planos, ventilados e com pisos regulares; • Em locais abertos, use protetor solar, boné e ócu-

los escuros; • Atenção com a hidratação antes, durante e depois da atividade; • Planeje seus exercícios em horários confortáveis, nunca em jejum, nem após refeições copiosas; • Procure um médico antes de ini-ciar exercícios de moderada inten-sidade (corrida, natação, bicicleta e esportes) ou caso sinta cansaço, dor no peito, tontura, visão escura, câim-bras, dores musculares, articulares e na coluna, durante alguma atividade física; • O melhor exercício é aquele que lhe trará satisfação e bem estar.

Já para o administrador Adauto Carneiro de Andrade, 53, a entrada no programa foi uma medida emer-gencial de saúde. “Há 3 anos, sofri um infarto, tive uma trombose ve-nosa e passei um período internado. Eu tinha uma vida toda errada, 14 horas de trabalho, alimentação erra-

da. O programa foi o lugar que me deu um apoio muito grande, e con-segui mudar meu estilo de vida. E a maior vantagem você sente a noite quando chega em casa. Estou mais leve e até o stress do dia-a-dia fi ca mais fácil de administrar”, conta o administrador.

“Estou mais leve e está mais fácil administrar o estresse do dia a dia”

Adauto Andrade, 53 anos

VANTAGENS

• Auxilia no controle da pressão arterial sistêmica;• Redução da incidência de de-mências em pacientes que prati-cam atividade física;• Maior sociabilidade (interação social), melhorando o humor e reduzindo o risco de depressão; • Melhoria do colesterol bom (HDL), diminuição do colesterol ruim (LDL) e do triglicerídeos;• Melhoria do controle glicêmi-co, que pode prevenir o apare-cimento de diabetes e ajuda no seu tratamento;• Melhoria na aptidão cardio-vascular, massa óssea e redu-ção da quantidade de gordura;• Minimiza alterações cardíacas próprias do envelhecimento; • Diminui o risco de quedas, por aumento da força muscular e do equilíbrio;• Melhoria nas defesas do orga-nismo (imunidade), diminuindo a incidência de infecções e neo--plasias.

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Faça as pazes com seu corpoO verão chegou

ENTREVISTAFred Alecrim fala sobreinovação e planejamento

ALIMENTAÇÃOCom a chegada do calor,conheça os sucos que curam

QUALIDADE DE VIDANessa estação, mergulhenos esportes de praia

ANO 2 | EDIÇÃO 06 | DEZ 2010/JAN/FEV 2011

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