vivendo anunciando · 2013. 9. 12. · povo de deus. assim como jesus, o primeiro após-tolo,...

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Informativo nº 9 • 2013 Vivendo Anunciando & Vivendo Anunciando &

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elebrar o aniversário é ocasião de agra-decer a Deus pela vida, fazer memória do passado e projetar o futuro.

Segundo a Bíblia, a celebração do ano jubilar significava um recomeço, o resgate da dignidade e igualdade de condições para todos.

Celebrar o Jubileu de Brilhante de Fun-dação de uma Congregação é um marco na sua história. Para nós, Pastorinhas, é o tempo oportuno para agradecer a Jesus Bom Pastor que quis se revelar através das Primeiras que, na fé, aceitaram o desafio de assumir o cuida-do pastoral junto aos Pastores, se tornando, como Maria, mães e irmãs do Povo de Deus, segundo a intuição de Alberione. Depois de-las, outras foram sendo convocadas e, cada uma, a seu tempo, e como grupo reconhecido pela Igreja e pelo Povo de Deus, foi descobrin-do o jeito de ser e expressar a identidade de Irmã de Jesus Bom Pastor.

Nesta edição comemorativa apresenta-mos as “Pastorinhas vivendo e anunciando Jesus Bom Pastor”.

Faremos memória dos inícios da Congrega-ção e seu desenvolvimento.

Lançaremos um olhar sobre o carisma, dom especial que nos foi confiado, para fazer a dife-rença na Igreja, junto aos Pastores e leigos.

Trazemos presente a Espiritualidade Pasto-ral que sustenta e dinamiza nossa vida e o tes-temunho da fé partilhada na vida.

Portadoras de um dom especial, expressa-mos o rosto de Jesus Bom Pastor em nossa vida consagrada e dedicada ao cuidado pasto-ral em diferentes expressões. Aqui partilhamos

Editorial

nossa presença junto a projetos sociais e à Juventude, confiada aos cuidados das Pasto-rinhas desde o início e que, neste ano, está no centro das atenções de toda Igreja.

Celebrar 75 anos de vida e missão nos con-vida a nos colocarmos na condição do Povo de Deus que reconhecia os benefícios recebidos e a mão do Pastor que os conduziu até aí, pedia perdão por suas infidelidades e recomeçava.

Damos graças a Deus pela fidelidade do bem-aventurado Tiago Alberione, pela Igreja que nos acolheu e acreditou na colaboração feminina junto aos Pastores. Somos gratas às Irmãs que empenharam sua vida nesta Família, ao Povo de Deus que nos provocou, exigiu mu-danças e respostas e assim nos impulsionou na busca de caminhos para revelar o rosto de Je-sus Bom Pastor em cada tempo e lugar.

Reconhecendo nossos limites e o grande dom recebido, continuamos a contar com o apoio dos irmãos e irmãs de caminhada. Te-mos certeza de que o Bom Pastor que nos chamou, continua a suscitar outras seguido-ras. Tem lugar para quem aceita juntar-se a nós nesta obra que não é nossa.

Queremos que, sob a proteção de Maria, esta nova etapa que se abre seja pautada à luz da intuição inicial e inserida na realidade para ser sinal para a humanidade de hoje. Que, se-guindo o Bom Pastor, continuemos a colaborar para um mundo mais humanizado e evangeliza-do, onde todos tenham vida plena.

Ir. Elenir AgustiniSuperiora Provincial

VAMOSCELEBRAR

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Congregação das Irmãs de Jesus Bom Pas-tor - Pastorinhas foi a concretização de um sonho profundo que o jovem Padre Tiago

Alberione teve quando trabalhava como vice-pároco em Narzole, Piemonte, Itália, logo após sua ordena-ção sacerdotal (1907-1908). Realizando ali seu minis-tério, ele percebeu que era necessário, na Igreja, Ir-mãs preparadas para atuarem na comunidade cristã, ao lado dos Pastores, partilhando a mesma missão pastoral de Cristo (cf. So, 25).

Passaram-se os anos, Padre Alberione iniciou as fundações da Família Paulina em 1914 e, aos 07 de outubro de 1938, na cidade de Genzano, Itália, deu início à Congregação. A comunidade foi formada por um grupo de doze. Eram Irmãs e formandas das Ir-mãs Paulinas que Alberione escolheu e preparou para iniciar a nova Congregação sonhada. Ele mesmo dava as orientações, conforme sua intuição e pensamento. Tudo ele fazia depois de ser confirmado pela oração e o contato direto com seu orientador espiritual. O

Irmãs PastorInhas

grupo ia crescendo com entusiasmo e fé, buscando compreender o espírito do novo Instituto segundo a orientação do Fundador: iniciar a “obra com as crian-ças, depois virão os jovens, o canto sacro, o trabalho com as mães, as obras de caridade, etc... uma obra exigirá e ensinará outra” (So, 29).

Irmãs que levam o evangelhoàs comunidades

A característica fundamental e especifica do caris-ma das Irmãs Pastorinhas é a participação na missão pastoral de Cristo Pastor, no edificar as comunidades cristãs em comunhão com os Pastores da Igreja, em sintonia com os sinais dos tempos, na escuta dos apelos do Espírito de Deus, em meio aos desafios da realidade. Tudo conver-gindo para uma única finali-dade: anunciar Jesus Cristo Mestre-Pastor, Caminho, Ver-dade e Vida a toda a huma-nidade, com todos os meios. Em outras palavras, as Irmãs Pastorinhas dentro da Família Paulina, segundo Alberione, deveriam ser as Irmãs que levam o Evangelho às comu-nidades, principalmente nos lugares mais esquecidos, onde o apelo à vida é gritan-te. Portanto, o centro de sua vida e missão é a pessoa de Jesus Bom Pastor. Carregam como distintivo, que as iden-tifica como Pastorinhas, a cruz em forma de cálice, expressão da entrega total que Jesus faz de sua vida, entregando-a para salvar a humanidade, realizando plenamente a redenção.

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Primeira casa das Irmãs Pastorinhas em Genzano

75 anos seguindo Jesus Bom Pastorna mIssão Pastoral

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Irmãs que servem o povo com gratuidade, zelo e alegria

As Irmãs Pastorinhas, com suas características de alegria e simplicidade, procuram vivenciar, no seu dia a dia, as atitudes do Bom Pastor que conhece, vai em busca da ovelha perdida e dá a vida pelo seu reba-nho. A exemplo de Maria, mãe do Bom Pastor, elas vivem a cooperação no ministério pastoral de Cristo, tornando-se “mães e irmãs” dos que fazem parte do Povo de Deus. Assim como Jesus, o primeiro após-tolo, enviado do Pai, teve ao seu lado Maria, as Irmãs Pastorinhas, em comunhão com os Pastores da Igreja realizam a missão das mulheres que aderiram à tarefa de evangelização. Elas têm como inspiradores e prote-tores, na missão pastoral, os apóstolos Pedro e Paulo. De Pedro, aprendem a servir o povo com gratuidade, zelo e alegria, na fidelidade a Jesus Cristo e à Igreja. De Paulo,

adquirem a coragem de buscar os meios mais adequados e atualizados para evangelizar e formar as comunidades.

Impulsionadas pelo espírito pastoral, as Pastorinhas começaram pelo Brasil, sua expansão missionária. Em 1946 che-garam a São Paulo e se estabeleceram na Av. Lins de Vasconcelos, na Vila Mariana. Depois, a comunidade transferiu-se para a Cidade Vargas e, mais tarde, consegui-ram adquirir o terreno e ter sua casa na Rua dos Jatobás, no Jabaquara. Dali, em 1952, um grupo partiu para começar a missão em Caxias do Sul, RS. Não tar-dou a expansão da Congregação para a América Latina. Aos poucos, se tornou presente em todos os continentes.

As Irmãs vivem em pequenas comuni-dades, partilhando sua vida e bens no dia-a-dia, entre si e no serviço ao Povo de Deus. São chamadas a viver na simplicidade e disponibilidade com alegria e humildade. Estão presentes em dezenove países, nos cinco conti-nentes. No Brasil formam duas Províncias: Província Pa-dre Alberione com sede em São Paulo, SP e Província Jesus Bom Pastor com sede em Caxias do Sul, RS.

Cada comunidade assume a missão de se tornar presença de Jesus Bom Pastor e responder às urgên-cias pastorais da realidade eclesial e social em que está inserida.

Ir. Florinda Dias Nunes, sjbp

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Em 1963, Albeirone com um grupo de Pastorinhas, abençoa o terrenoonde está construída a casa do Jardim.

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o celebrarmos os 75 anos de missão pastoral, partilhamos um pouco do nosso ser Pastorinhas na Igreja. A mis-

são das Irmãs de Jesus Bom Pastor - Pastorinhas . Surgiu da experiência de Padre Alberione, então neo-sacerdote, que exerceu seu ministério sacer-dotal como vice-pároco.

Ele intuiu a missão da mulher na Igreja, não como mera ajudante, mas como colaboradora lado a lado com os pastores. Depois de muita oração, reflexão e experiências, em 29 de junho de 1959, a Igreja aprova a proposta do Fundador: uma Con-gregação que tenha como carisma a participação na missão pastoral de Cristo, no edificar as comu-nidades cristãs em colaboração, reciprocidade e comunhão com os Pastores da Igreja.

O ponto unificante e inspirador de nossa missão pasto-ral é a pessoa de Jesus Bom Pastor e seu ministério pasto-ral, sendo que o núcleo do anúncio é a própria pessoa de Jesus Cristo Caminho, Verdade e Vida. “A Pastorinha ama e na palavra ‘Amor’ está contido um pro-grama de vida...” (So 1938, 9). Diante deste programa de vida se requer espírito pas-toral, zelo pastoral, dinamismo pasto-ral, ação pastoral, caridade pastoral, criatividade pastoral... uma pas-toralidade capaz de comunicar o Evangelho de Jesus.

A nossa missão Pastoral é exercida em colaboração com os Pastores, em comunhão de res-ponsabilidade, na complemen-taridade dos dons, em clima de estima e confiança recíproca. (RdV, 11). Colaborar com os Pastores significa que há participação comum de ambos na própria Ação Pastoral de Cristo, permanecendo a diferenciação im-posta pela natureza e a disciplina eclesiástica. A participação dos Pastores no ministério Pastoral de Cristo se dá pela Ordenação Sacerdotal e a nossa parti-cipação, como Irmãs de Jesus Bom Pastor, pela dinâmica profética da Vida Religiosa e do seu carisma específico.

MISSÃO DAS IRMÃS DE JESUS BOM PASTOR - PASTORINHAS

Temos consciência de que a nossa colaboração com os Pastores e leigos se alicerça na missão de animado-ras da comunidade local, com o nosso estilo de conviver e trabalhar com as lideranças, procurando colaborar na

formação dos leigos, tornando-os multiplicadores da missão pastoral, tanto em âmbito eclesial,

como na sociedade.Nós, Irmãs Pastorinhas, atuamos na

evangelização tendo presente o Caris-ma Paulino que é “Viver e anunciar Jesus Mestre- Pastor Caminho, Ver-dade e Vida ao homem todo e a to-dos os homens” através dos Meios de Comunicação Social.

A nós, este Carisma foi confia-do, em sua dimensão de comunica-ção direta, na dinâmica de relação

interpessoal. Em outras palavras, isto significa comunicar a Verdade do

Evangelho, através do Ministério Pasto-ral, na formação e edificação de comu-

nidades cristãs, com especial atenção aos agentes de pastoral, com o anúncio da Palavra,

na orientação e formação bíblica, catequética, litúr-gica, nos projetos sociais e outras formas de serviços pas-torais. Em contínua atenção aos tempos e lugares, acom-panhamos as pessoas e comunidades no seu caminho de

fé, ajudando-as a crescer no diálogo e no encontro pessoal com a pessoa de Jesus Cristo, dando sen-tido à própria vida e, juntos, construindo um mundo conforme o sonho de Deus, onde todos tenham vida em abundância (cf. Jo 10,10). Eis o progra-ma de vida das Pastorinhas deixado pelo nosso amado Fundador: “Tende o coração grande, tanto quanto as necessidades da humanidade... coração grande para amar, compadecer-se, confortar todas as almas a nós confiadas” (So, 9).

Motivadas pela compaixão de Jesus, inserimo -nos nas Igrejas locais, nos lugares mais necessitados de evangelização (cf. RdV, 6). Empenhamo-nos para fazer nosso o espírito de Jesus bom Pastor que conhece, ama e dá a vida pelo rebanho, com total liberdade.

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Participar namissão pastoral de

Cristo, na edificação das comunidades cristãs

em colaboração, reciprocidade e comunhão

com os pastores da Igreja. Cf. RdV 5

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Q uem possui a fé verdadeira em Deus liber-tador, o Espírito Santo age em seu inte-rior transformando-o segundo a imagem de Cristo.

A pessoa transformada pela ação de Deus é capaz de se comprometer com o projeto de Jesus Bom Pastor, que veio para que todos tenham vida.

A Caritas, porque acredita que os pobres não devem ser objeto de compaixão, mas agentes de mudança, tem como objetivo: dinamizar, articular e animar a prática da partilha e da solidariedade.

A Caritas Paroquial Santa Clara, em Tupanatinga, PE, desenvolve o “Projeto Crescendo com Cidadania”, que atende 40 crianças e adolescentes em situação de risco:

•Promovendo reforço escolar, ati-vidades educativas, esportivas e culturais.

•Promovendoencontrosformativoscom as famílias, oficinas sobre au-to-estima e relacionamento fami-liar, cultivo da horta com participa-ção das mães, fazendo a inclusão e o protagonismo.

Atua também no Projeto “Convivên-cia com o Semi-Árido” e, através de reu-niões mensais, se organiza para atender a população:

A FÉ SEM OBRAS É MORTA Tg 2,14-26

A palavra do Fun-dador é um mandato para nós: ao chegar-mos numa localida-de, procuramos ouvir os clamores e gritos do povo. Buscamos, juntamente com as lideranças locais, or-ganizar o povo para ir ao encontro de suas carências. Nunca fa-zemos para eles, mas com eles. Como nos-so protetor São Pedro:

“Ouro e prata não tenho, mas o que eu tenho lhe dou” (At 3,6). E o que temos? O ardor missionário inspirado nas atitu-des do Bom Pastor que sai ao encontro das ovelhas.

Por isso, em cada lugar há diversidade de atuação, como por exemplo: se o maior apelo se concentra na saú-de, daí, a medicina alternativa como resposta; quando se

trata de crianças desocupadas fora do período escolar, se organiza atividades para tal finalidade; se o grito dos estu-dantes se volta para o reforço escolar em vista de enfrentar uma faculdade, então se investe nesta área; onde a angústia dos moradores se concentra na regularização das terras de quilombos e assessoria jurídica para acompanhar os casos específicos, se atua nesta dimensão; na região do semi-ári-do não pode faltar a mediação para se construir as cisternas; acontece até a assistência religiosa aos presidiários e enca-minhamento quando saem da cadeia... e assim por diante. Podemos afirmar que as Pastorinhas caminham com o povo e procuram em cada situação, revelar os cuidados do Bom Pastor. É a missão de conduzir as pessoas à Fonte da vida.

Muito nos alegrou a expressão profética do Papa Fran-cisco quando disse que os pastores devem sentir o cheiro do rebanho. É exatamente isto que acontece com as Pas-torinhas que se colocam no meio do povo, sentindo suas necessidades, procurando ir ao seu encontro para que este mesmo povo possa se encontrar com o Cristo Senhor.

Para ter o coração grande como a do Bom Pastor, as Pastorinhas devem estar em sintonia com a Igreja e cola-borar para concretizar as iniciativas dela. Em nosso tempo, a Igreja está se voltando para as pequenas comunidades de fé, onde as pessoas se tornam conhecidas, se fazem solidárias, se enriquecem mutuamente, caminham juntas, seguindo ao Pastor Jesus que caminha à frente de suas ovelhas e elas o seguem. Ser Pastorinhas é deixar pulsar em seu peito o coração do Bom Pastor que dá a vida, livre-mente, por suas ovelhas (cf. Jo 10,18).

Ir. Bertila Picelli

- Visitando as famílias que se encontram em situa-ções precárias, ajuda-as nas necessidades bási-cas.

- Providenciando os documentos necessários para conseguirem os benefícios de cidadãos.

- Mobilizando a sociedade para reivindicar seus direi-tos de moradia, água, saúde e educação

- Orientando as famílias para o bom uso da água das cisternas.

Sou feliz de, como Pastorinha, expressar minha fé, dando minha contribuição para a concretização de to-dos esses projetos.

Ir. Aparecida Josefa Mácoris

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ESPIRITUALIDADE PASTORAL: UMA PEREgRINAçÃO ALIMENTADA NAS fONTES

DA PALAVRA, DA EUCARISTIA E DO POVO

uando falamos em Espiritualidade temos presen-te que estamos diante de algo inerente a todo ser humano. Trata-se do modo como cada pessoa

vive a partir do que sua religião ou crença propõe em ter-mos de valores, princípios e doutrina. É um caminho onde cada um se coloca como peregrino na busca de alcançar a meta desejada. É interessante esta imagem de peregri-nação na espiritualidade, pois nos dá uma dimensão de caminho, de subida e exprime o dinamismo de nosso re-lacionamento com Deus. Lembra-nos o Apóstolo Pedro: “Amados, vocês são peregrinos” (1Pd 2,11). É um cami-nho progressivo rumo à maturidade da fé: “até que Cristo seja formado em nós” (Gl 4,19). A maturidade da fé, não se atinge somente pela realização de práticas de piedade e ritos, mas envolve a vida como um todo: “mente, vontade, coração”.

Ser um peregrino é desinstalar-se continuamente “por-que não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura” (Hb 13,14). O ato de peregrinar revela a disposição de busca e mudança interior. É preciso avançar sempre na busca até o dia em que, na casa do Senhor, habitaremos por tempos infini-tos (cf. Sl 22,6).

Espiritualidade é itinerância, é encontro. A Espiritualidade Pas-toral nos faz encontrar, antes de tudo, com Jesus Bom Pastor. Ele é o centro inspirador de nos-sa ação na Igreja. O documento de Aparecida nos recorda: “não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande idéia, mas através do encontro com um acontecimento, com uma pessoa que dá um novo horizonte à vida e com isso, uma orientação decisiva (...) um encontro de fé com a pessoa de Jesus (Jo 1,35-39)” (DAp. 243). Nesta pers-pectiva podemos dizer que a vocação e a missão da

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“A vocação e a missão da

Pastorinha nascemdo encontro com a

pessoa de Jesus Bom Pastor.”

Pastorinha nascem do encontro com a pessoa de Jesus Bom Pastor, e, colocar-se nesse caminho é buscar uma progressiva assimilação dos mesmos sentimentos e ati-tudes de Jesus, conforme dizia-nos Padre Tiago Alberio-

ne: “A vida da Pastorinha deve identificar-se com Jesus Bom Pastor até imolar-se, até ir para

o céus. Lá, encontrar-se-á o Pastor Divi-no rodeado de suas ovelhas, e a Irmã

Pastorinha que realizou uma missão semelhante à dele. Viver como Je-sus, falar como Jesus, rezar como Jesus, querer bem as pessoas como Jesus, sacrificar-se como Je-sus, procurar a realização do maior bem e depois viver escondida na

santa humildade, viver escondida e aparecer somente quando há o bem

a fazer...” (AAP 1957, 163). Eis traçada a fisionomia espiritual da Irmã Pastorinha. Neste caminho nos colocamos como pe-

regrinas e, iluminadas pela vida e ação de Jesus Bom Pastor, queremos conquistar sua bondade, conti-nuar no mundo sua redenção.

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Quais são as fontes que nos fortalecem nesta peregrinação?

§ A fonte que jorra da leitura e meditação da Sagrada Escritura.

O documento de Aparecida vem nos lembrar que: “Desconhecer a Sagrada Escritura é desconhe-cer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. Se queremos ser discípulos e missioná-rios de Jesus Cristo é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. É preciso fun-damentar nosso compromisso mis-sionário e toda a nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus” (DAp, 247). Todos os dias recebemos o dom da Palavra de Deus, para que enraizadas nela conquistemos o Espí-rito de Jesus Bom Pastor.

§ A fonte que jorra da Eucaristia

Um lugar privilegiado para conquistar a bondade do Bom Pastor é a Eucaristia, memória vivente do Mistério Pascal. Diz-nos Padre Alberione: “O centro da vida pas-toral é a Eucaristia: como sacrifício, como sacramento, como presença real... Uni-vos a Jesus Bom Pastor, vítima e sacerdote, durante a Missa, para serdes, também vós, vítimas de expiação e de amor.” (So, 70) e ainda: “Quem realiza melhor o apostolado, com os melhores frutos? As almas eucarísticas. (...) A alma eucarística compreende quais os desejos de Jesus.” (...) “Quem possui piedade eu-carística não precisa de tantos conselhos de como realizar o apostolado: Jesus torna-o sempre mais sábio, sempre mais prudente.” (Haec Meditare, I, 88, pp. 85-87).

§ Outra fonte é o contato direto com o povo.

Os dois grandes amores que, segundo o Padre Alberio-ne, devem consumir a vida da Pastorinha são Jesus Bom Pastor e o Povo. O Amor a Jesus Bom Pastor e ao povo são a força e a razão de nossa aliança. Essa paixão por ambos jamais deve apagar. Em dezembro de 1947, na me-ditação às Pastorinhas dizia: “No dia de vossa profissão, Jesus Bom Pastor dilata vosso coração, assinalando-o com o sinal de seu amor, duplo amor, a Jesus e às almas: Cultivai e aumentai este amor por toda a vossa vida; assim tereis alegrias, méritos e excelsa santidade” (So, 65).

É no meio do povo que encontramos o sentido de nossa espiritualidade pastoral, onde somos “mães, mes-tras, catequistas, consoladoras, raio de luz e sol benéfico na paróquia”. (So,58) Quando rezamos não nos ajoelha-mos sozinhas diante de Jesus, mas trazemos presente

toda a realidade dos que nos cercam. Conosco estão sempre as pessoas que nos são confiadas.

Nossa espiritualidade é com o povo e a serviço do povo.

A Espiritualidade pastoral nos tor-na sempre mais dispostas, como Jesus, a entregar nossa vida pelo Reino. Sabemos que a imagem de Jesus como Bom Pastor foi a mais difundida durante os três primeiros séculos da era cristã. Era a imagem

pela qual os primeiros cristãos reco-nheciam com muita familiaridade a

ação de Jesus. Essa imagem não ins-pira somente a nós, mas também toda a

pessoa que, na Igreja, tem a função de guia e deseja continuar no mundo colaborando com a re-

denção de Jesus, entrando na lógica do amor que se imola como Ele que deu a vida por suas ovelhas (cf. Jo 10,10). Você está disposta (o)? Abrace essa causa!

Ir. Rosilene de Lima

“No dia de vossa profissão, Jesus

Bom Pastor dilata vosso coração,

assinalando-o com o sinal de seu amor, duplo amor a Jesus

e às almas.”

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Campanha da Fraternidade deste ano nos trouxe, como tema de reflexão: “Fraternida-de e Juventude” e como lema: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8). Ainda, neste ano, temos a

Jornada Mundial da Juventude que nos convida: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações!” (Mt 28, 19).

É grande nossa responsabilidade no trabalho com a juventude: a de sermos discípulos e a de fazermos com que outros se tornem discípulos a serviço do Reino de Deus que clama por vida em abundância para todos e, em especial, para a juventude que é vítima de tantos males.

O trabalho com a juventude tem sido muito desafiante. É preciso buscar sempre luzes para compreender a realidade de cada jovem que, além de estar inserido na comunidade, vive os de-safios e os conflitos da vida em sociedade. São muitos os desafios, como também as tentações pe-las quais o jovem passa na busca de se manter em pé: a concorrência no mercado de trabalho, os estudos, o constante bombardeamento de pro-pagandas que induzem ao consumismo, ao sexo e às drogas.

Diante de todas essas dificuldades, como ajudá--lo a ser forte e a viver sua fé dizendo “não” ao que

EIS-ME AqUI, ENVIA-ME!destrói a vida e “sim” ao grande projeto de amor de Deus para com ele?

Como Irmã Pastorinha, não dei-xo de buscar respostas para essas perguntas e a tantas outras que bro-tam, a cada dia do trabalho com os jovens. Sinto que eles anseiam por algo mais. Que a Palavra de Deus seja vida que brota de atitudes de transformação das realidades que nos cercam. Esta é a minha busca junto com eles.

Por mais desafiador que seja o trabalho, é preciso compreender que a juventude é um momento

de desafio e de busca. Eu, sendo jovem e estando com os jovens, sinto esta verdade não distante, mas real, pois estou com eles na Faculdade, na Igreja, na praça, na partilha dos conflitos, no desejo de desistir quando as coisas se tornam difíceis. O fato de estar junto, lado a lado com os jovens, me ajuda a seguir acreditando na força da juventude, pois “juntos so-mos mais.”

“A juventude é o amanhã da vida. Não é um ca-pítulo separado do restante da existência e nem é o

prefácio de um livro. É a premissa de tudo. É a semente de onde brota tudo. É o alicerce sobre o qual deve apoiar-se o grande edifício da vida.” (Pe. Alberione)

Irmã Joana D’Arc de Assunção

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S empre me senti chamada, como Irmã Pastorinha, a dar uma atenção especial aos

jovens: acolhendo, respeitando e va-lorizando os talentos dados por Deus a cada um. Sempre me inspirei nesta frase de nosso Fundador, Bem-Aven-turado Alberione: “A Juventude é o amanhã da vida”.

No trabalho pastoral com a juven-tude no Instituto Divina Pastora, onde, há alguns anos, sou responsável pelos serviço de Orientação Religiosa, senti que é importante anunciar aos jovens Jesus Bom Pastor, despertando neles uma verdadeira aproximação e adesão à sua pessoa que ama, cuida, perdoa e orienta o caminho a seguir.

Nas experiências cotidianas, per-cebi que os jovens desejam viver a vida sempre com mais intensidade, buscando o que faz bem e qual direção seguir. Querem aceitar as mudanças que ocorrem, sem perder a própria personalidade. Buscam amadurecer com responsabilidade e lutar com coragem por aquilo que os faz feliz.

Os jovens têm sonhos e estes se concretizam pela formação intelectual, espiritual, social e afetiva. Gos-tam de estar em contato com o mundo midíático para

uma maior realização pessoal, contribuindo para uma vida eficaz, aprimorando seus pensamentos, sen-timentos e atitudes, em prol de um mundo melhor. Fazem a diferença como ser humano vocacionado para a alegria, para a esperança, para o amor e para o humor.

Neste ano de 2013, em sintonia com o apelo da Campanha da Fraternidade, com o tema: “Fraternida-de e Juventude”, atendendo aos anseios dos jovens, formamos um grupo com os alunos do 9º ano ao En-sino Médio e encontramo-nos quinzenalmente. Os alunos participam dos encontros com alegria e von-tade de crescer, como pessoa, no âmbito espiritual e pastoral, e assumem os trabalhos solidários em prol das necessidades do povo carente. Assim, sensibili-zamos os jovens para serem agentes transformado-res na escola, na família e na sociedade, crescendo como protagonistas da civilização do amor e do bem comum.

Vale a pena realçar que, como fruto das reflexões e atuação como jovens na caminhada da Igreja, alu-nos e professores da nossa Escola se organizaram para participar da JMJ que, desta vez, se realiza no Brasil com os jovens do mundo inteiro.

Também estarei eu lá, pois acredito na força jovem !

Ir. Gerlândia Amaro Alencar

ACREDITO NA fORçA DO JOVEM

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om muita alegria, escrevo a pedido das Ir-mãs Pastorinhas, na esperança de que este breve testemunho possa animar quem lê-lo

a engajar-se mais profundamente na caminhada da Igreja, tornando-se um agente promotor dos valores cristãos e da mensagem de Jesus Cristo em seu ambiente de vida, seja na família, na escola, no traba-lho, comunidade eclesial ou comu-nidade religiosa.

Eu sou Nei Márcio, com 35 anos bem vividos, quase que totalmente envolvido, acolhido e participante da Missão da Igreja. Juventude é muito mais do que tempo cronológico: é estado de vida. Jovem é aquele que acredita que pode fazer diferença na vida das outras pessoas e apre-sentar uma contribuição para um mundo melhor. Nesse sentido, uma pessoa que tem mais de 70 anos pode, sim, ser jovem, se acreditar em seus sonhos e tentar partilhar seus dons e talentos recebidos de Deus a serviço de uma causa. Sim! Ser jovem é viver movido por sonhos pessoais e coletivos!

Praticamente desde que nasci participo da vida da comunidade da Paróquia Nossa Senhora das Gra-ças, situada no bairro do Jabaquara, Arquidiocese de São Paulo. Trazido pela família, desde pequeno, testemunho o grande esforço do meu pároco, Pe. Ubaldo Steri, italiano da ilha da Sardenha, em formar

uma “comunidade de iguais”, onde todos possam se sentir acolhidos e úteis para a missão da Igreja. Com alegria, destaco o engajamento das Irmãs Pastori-nhas como grandes colaboradoras deste espírito de evangelização e participação, inspirados nos ideais

do Concílio Vaticano II. Vindo de uma comunidade que

promove a formação e o protagonis-mo dos leigos, este “berço” foi fun-damental para minha caminhada na Igreja. Meu engajamento se tornou mais profundo na década de 1990, quando recebi de Dom Antônio Cel-so Queiroz o sacramento da Cris-ma. Ali foi um momento propulsor de uma vida de fé, vivência comu-nitária e participação, que se dá na comunidade paroquial e também na Arquidiocese e em nível nacional.

Na medida em que os anos foram passando, fui participando do Conselho Paroquial, do Grupo de Jovens, na Pastoral da Crisma como catequista e animador litúr-

gico. Que bom sentir-se acolhido! Que bom sentir--se útil! Que bom receber o incentivo de tanta gen-te carinhosa de minha comunidade! Foi aí que fui conhecendo a proposta da Pastoral da Juventude - PJ - participando de encontros formativos, retiros, assembleias que iluminaram o exercício do meu pro-tagonismo na missão evangelizadora. Sim! A Missão da Igreja é minha também!

... uma comunidade que promove a formação e o protagonismo dos leigos, foi fundamental

para minha caminhada na Igreja.

VALE A PENA SER COMUNIDADE E ASSUMIR A MISSÃO DA IgREJA!

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Fazendo muitos amigos e companheiros de cami-nhada, fui coordenador da Pastoral da Juventude na paróquia, Região Episcopal Ipiranga, na Arquidiocese de São Paulo, no Regional Sul 1 da CNBB e, com a participação nos retiros espirituais de Santo Inácio de Loyola, promovidos pelos jesuítas, fui encontrando meu caminho e felicidade na Mis-são. Muitos incentivaram minha caminhada: bispos, padres, leigos, as Irmãs Pastorinhas, e, pouco a pouco, minha formação acadêmica permitiu que minha profissão fizes-se parte nesta Missão da Igreja.

Hoje em dia, sou secretário--executivo do Setor Juventude da Arquidiocese de São Paulo, as-sessorando diversos trabalhos em nome da Igreja, assessorando bispos, padres e outros leigos na mis-são junto à juventude. Faço parte também da Equipe de Reflexão Teológica da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, contribuindo na elaboração de subsídios e projetos formativos para dioceses de todo o Brasil. Neste momento, estamos pensando no plano de evangelização da juventude pós-Jornada Mundial da Juventude.

Tudo isso é possível realizar porque a fé sempre alimentou minha caminhada.

Tudo isso é possível realizar porque a fé sempre alimentou minha caminhada. Fé vivida e fortalecida em minha comunidade, na participação constante na Celebração Eucarística, nos retiros inacianos, e, principalmente pelo incentivo e acompanhamen-to de muitas pessoas: bispos, padres, religiosas

como as Irmãs Pastorinhas, en-fim, pessoas que acreditaram no meu potencial e protagonismo.

Neste especial ano de Cam-panha da Fraternidade e Jorna-da Mundial da Juventude, deixo aqui uma mensagem que o me-lhor caminho para despertar os jovens à Missão da Igreja é acre-ditar em seus potenciais e atribuir

oportunidades reais para que coloquem seus dons e talentos a serviço da comunidade. Vale a pena ser Igreja! Vale a pena ser feliz!

Nei Márcio Oliveira de Sáe-mail: [email protected]

(11) 99478.8881

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inha vida pastoral teve inicio com minha fa-mília, desde muito menina acompanhava meus avós e minha mãe em trabalhos pas-

torais como: Vicentinos, Pastoral da Criança, Pastoral Operaria e CEBs, entre outros.

Com essa vivência fui pegando gosto pelo trabalho e fui compreendendo o sentido de uma vida pastoral. Doar um pouco do tempo que temos para contribuir com o evangelho é uma experiência única de vivência Cristã. Fazer parte de uma Pastoral é fazer parte do corpo que é a Igreja, sem esse trabalho a Igreja não teria vida, não teria movimento.

Fui crescendo e me envolvendo mais com as ativi-dades pastorais da paróquia, a tal ponto que acaba-mos criando uma nova família, laços de amizade que duram até hoje. Éramos jovens e batalhávamos para ser reflexo de Jesus e buscávamos mostrar a outros

VIVêNCIA DE PASTORAL“Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! “ (Mc 16,15)

jovens essa experiência. Quando a Igreja acolhe o jo-vem ela dá abertura a novas possibilidades, o jovem luta por seus ideais e busca dar sentido a eles.

Tive muitas experiências com trabalhos na comu-nidade onde moro, fiz uma experiência religiosa onde descobri minha vocação de leiga e hoje continuo com meu trabalho de catequista, no Instituto Divina Pastora e em algumas atividades na Paróquia Menino Jesus, que me acolheu desde menina.

Cada um de nós é um grãozinho de areia que faz parte desse imenso mar. Se cada um puder sentir-se parte desse todo, saberá o quão importante é para Deus sua presença e seu testemunho aqui na terra.

Thais Aparecida DuarteCatequista do Instituto Divina Pastora

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O Grupo de Jovem Shallon foi criado em 08 de Março de 2009 com o seguinte objetivo: Evangelizar todos os jovens da Comunidade, ajudando-os:

- a conhecer a Palavra de Deus;- a conhecer o amor de Jesus Cristo;- a permanecer no caminho de Jesus, for-

talecendo a sua fé, através da participação na Comunidade.

Irmã Pastorinha que sou, convivendo com os grupos de jovens, busco ser como Jesus Bom Pastor que acolhe e conduz.

Ir. Rosilda de Lima

PARÓqUIA CRISTO REDENTOR - REDENçÃO/PA

Grupo JESC, Jovens Evangelizando a Serviço de Cristo

Em nossa Pastoral da Juventude, as Irmãs de Jesus Bom Pastor nos auxiliam na cami-nhada de grupo, em vários aspectos do pro-jeto de Evangelização, procurando atingir os demais jovens de nossa comunidade, princi-palmente através da Catequese de Iniciação aos Sacramentos instituídos pela Igreja e que, a partir dessa iniciação, possam continuar en-gajados na Comunidade.

Dionilson Pereira França(Comunidade Santa Luzia)

Grupo de jovens Shallon

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Chamada pra viverem comunhão L e M - Ir. Martha Izabel de Farias, sjbpInt. Deonides, Ir. Priscila e Ir. Suzimara CD - Tua Ousadia me provoca – Pastorinhas

Fui chamada pra viver em comunhão. partilhando a mesma fé, vida e missão,colocando em comum os dons que recebi pra construir comunidade de amor. seguindo firme Jesus Mestre Pastor. Senhor, tua ousadia me provoca. Eu topo o desafio de viver a unidade, vem, recria e renova minha vida na fonte do mistério da Trindade,

Fui chamada pra viver em comunhão, num mundo que provoca divisão, vou lutar contra todo preconceito e exclusão amando a Cristo em todos os irmãos, e fazendo acontecer libertação.

Fui chamada pra viver em comunhão,seguindo o exemplo de Maria, do jeito feminino como ensina a Mãe Pastora doando à Igreja a minha maternidade, vivendo e dando Jesus à humanidade.

Referências:Bíblia Pastoral, PaulusAAP - Alle Suore di Gesù Buon Pastore DAp - Documento de AparecidaHaec Meditare, I, 88, (Exercícios e retiros às Filhas de São Paulo).PrP - Prediche alle Suore Pastorelle RdV - Regra de Vida das Irmãs PastorinhasSo - “Alla Sorgente”, (À Fonte) coletânea de escritos de Padre Alberione às Pastorinhas feita por ocasião do 1º Capítulo Geral em 1969.

Irmãs Pastorinhas celebram 75 anos de fundação,páginas ........................................ 3 e 4

Missão das Irmãs de Jesus BomPastor - Pastorinhaspáginas ........................................ 5 e 6

Espiritualidade pastoral, páginas ........................................ 7 e 8

Testemunho de Irmãs e Leigos, páginas ...................................... 9 a 14

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DESIgn, EDItOrAçãO E IMprESSãO: Servidéias Comunicação LtdaE-mail: [email protected] - [email protected] - Tel.: (11) 3975-7441

rEALIZAçãO: Irmãs de Jesus Bom Pastor - PastorinhasProvíncia Padre AlberioneRua Pepiguari, 302 - Alto da Lapa - CEP 05059-010 São Paulo, SPTel.: (11) 3834-5906 - Site: www.irmaspastorinhas.com.bre-mail: [email protected]@irmaspastorinhas.com.br

irmaspastorinhas @sigapastorinhas

“Vosso apostolado é alegria, desenvoltura, pois deveis dirigir sobretudo a juventude.” (So, 28)

“Tende muita fé agora, e depois compreendereis muitas coisas e sereis felizes com vossa vocação.” (So, 29)

“Tende um coração grande, tanto quanto as necessidades da humanidade.” (So, 9)

“Vós estais na Igreja justamente para auxiliar e apoiar os Sacerdotes, e imitar, deste modo, a vida pastoral de Cristo, a fim de que se faça ‘um só rebanho sob um só Pastor’,” (So, 25)

“O centro da vida pastoral é a Eucaristia: como sacrifício, como sacramento, como presença real... Uni-vos a Jesus Bom Pastor, vítima e sacerdote, durante a Missa, para serdes, também vós, vítimas de expiação e de amor.” (So, 70)

“Nossa alegria de onde vem? A nossa alegria deve vir do Tabernáculo: o Senhor é o Deus da bem-aventurança, é a própria bem-aventurança; se estiverdes com Jesus, estareis sempre alegres mesmo nos sofrimentos e nos fracassos. Acolhei a dor e a alegria oferecendo tudo ao Senhor, ou melhor, mudai a dor em alegria e isto se pode fazer estando com Jesus.” (PrP VII, 59)

“Estai atentas ao que vos digo. Tudo quanto disse é fundamental em vossa vida; e se um anjo, ou eu mesmo, perdendo a cabeça vos dissesse diversamente daquilo que foi dito, não acrediteis! Eu vos repito: não acrediteis! Portanto, avante com coragem! Quando nos encontrarmos no céu, haveis de dizer-me: ‘Oh como tínheis razão!’ E eu vos responderei: ‘Dai glória a Deus que vos chamou’.” (So, 26)

O Bem-Aventurado Tiago Alberione nos fala

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