vivemos uma era da sociedade (e da educação) programada?

A TECNOLOGIA EDUCACIONAL ALÉM DOS AVA’S, A BUSCA PELO CONCEITO DA “APROPRIAÇÃO

CRIATIVA” EM AMBIENTES DE EAD

Vivemos uma era da sociedade (e da educação) programada?

• Os níveis de liberdade que vivemos nos faz refletir sobre o quanto nossas opções já não estão previamente programadas e se tornaram processos invisíveis aos nossos olhos e desconhecidos em seus funcionamento.

Vilén Flusser, filósofo.


• As escolas, imbuídas pela era industrial, possuíam por trás dos seus currículos básicos lições de pontualidade, obediência e de execução de trabalho maquinal/repetitivo. Como elas são agora, já que estamos vivendo na era da informação?

Alvin Toffler, futurólogo.


• As universidades precisam reorientar-se, fugindo da realidade programada, e deixar que seus alunos se tornem hábeis para o exercício imaginário do filosofar. Através dessa ruptura permitiremos um olhar programador e protagonista da aprendizagem.

Roberto Bartholo, Pós Doc. em Filosofia, Economista e Teólogo

Os AVA’s enquanto lócus do aprender

• Os ambientes virtuais de aprendizagem são estruturas tecnológicas voltadas para a organização e estruturação de cursos, permitindo a professores e estudantes as ferramentas de comunicação capazes de realizar o processo pedagógico adequado para cada finalidade proposta.

Eu mesmo!


• Os ambientes virtuais de aprendizagem são estruturas tecnológicas voltadas para a organização e estruturação de cursos, permitindo a professores e estudantes as ferramentas de comunicação capazes de realizar o processo pedagógico adequado para cada finalidade proposta.

Eu mesmo!

Lembre-se que o nome da nossa palestra é tecnologia educacional além dos AVA’s. Logo, não vou entrar no mérito das infraestruturas de TI e tecnologias

envolvidas na construção desses softwares.


• Os ambientes virtuais de aprendizagem são estruturas tecnológicas voltadas para a organização e estruturação de cursos permitindo tanto aos professores quanto aos estudantes as ferramentas de comunicação capazes de realizar o processo pedagógico adequado para cada finalidade proposta.

Eu mesmo!

Esse sim é ponto de nossa discussão, frente aos autores que coloquei no início da apresentação.


• Os ambientes virtuais de aprendizagem são estruturas tecnológicas voltadas para a organização e estruturação de cursos permitindo tanto aos professores quanto aos estudantes as ferramentas de comunicação capazes de realizar o processo pedagógico adequado para cada finalidade proposta.

Eu mesmo!

Essa é a nata da nossa apresentação!

Processos pedagógicos em EAD: a comunicação

• Toda comunicação em EAD está apoiada, invariavelmente, nas chamadas novas tecnologias da informação e comunicação (TIC’s).

• Quando eu penso nas novas TIC’s e avalio as estruturas dos AVA’s, chego à conclusão de que esses ambientes possuem ferramentas comuns às mídias sociais. .

Processos pedagógicos em EAD: a comunicação

• Admitindo, então, que os AVA’s assemelham-se as mídias sociais, podemos inferir que eles potencialmente apresentam características similares frente ao comportamento de seus usuários.

Ferramentas de comunicação em EAD: características esperadas

• Apropriação Criativa: os usos das mídias sociais são sempre criativos, diferentes – inclusive – de suas proposições (programações) originais. A apropriação criativa é um fator observável para averiguar “a sobrevivência de uma mídia social”.

Raquel Recuero, Dra. em Comunicação social


• Conversação: mais do que a mera participação, ela permite que os atores (estudantes) possam engajar-se de forma coletiva, através da cooperação e mesmo, da competição. Ou seja, proporciona o embate de posições.



• Diversidade de Fluxos de informações: a mídia social permite que vários fluxos de informações diferentes circulem através das estruturas sociais estabelecidas nela.


• A questão da programação elaborada por Flusser e situada por Bartholo, em teoria, barra processos de apropriação criativa e, conforme nos diz Recuero, esse é o sinal da própria perpetuação das mídias sociais (e dos AVA’s).

Como alcançar essas características nos AVA’s?

Seria, então, os atuais ambientes virtuais de aprendizado fadados ao fracasso?


Resposta: Não!

Já que os dispositivos de comunicação (dos AVA’s e das mídias sociais) são similares, as potencialidades necessariamente precisam ser as mesmas!


• Cabe, nesse momento, algumas reflexões:

1. Por que o estudante só realiza as atividades que são obrigados a fazer dentro do AVA?

2. Por que o estudante não utiliza mais ativamente as ferramentas disponibilizadas?

3. Por que encontramos estudantes desmotivados com a EAD?


Minha hipótese: apesar dos AVA’s possuírem similaridades com as mídias sociais, não conseguimos atingir plenamente suas características dentro dos projetos pedagógicos desenvolvidos para a EAD!

Pensando um pouco sobre os AVA’s

AVA

IES

. textos teóricos

. Fóruns

. Vídeo-aula

. Web conferences

. Wikis

. ........

Estudante

. Leitura

. Participação nos Fóruns. Realiza as atividades programadas

Novo Saber ?


AVA

IES

. textos teóricos

. Fóruns

. Vídeo-aula

. web conferences

. Wikis

. ........

Estudante

. Leitura


Novo Saber ?

Será que os estudantes utilizam todas essas

ferramentas?


AVA

IES

. textos teóricos

. Fóruns

. Vídeo-aula

. web conferences

. Wikis

. ........

Estudante

. Leitura


Novo Saber ?

Como essas ferramentas conversam entre si pedagogicamente?


AVA

IES. textos teóricos. Fóruns. Vídeo-aula. web conferences. Wikis. Podcast.......

Estudante

. Leitura


Novo Saber ?


Será que a apropriação de todas essas

ferramentas não geram um cenário de “Paradoxo

da escolha”?


• Pensamos, erroneamente, que quanto maior o número de opções disponíveis, maior é nosso grau de liberdade e satisfação. Pelo contrário, quanto maior o esforço da escolha, maior será a frustração decorrente do processo de eleição e dos próprios resultados. Culminando no que podemos chamar de “paradoxo da escolha”.

Barry Schwartz, psicólogo


AVA


Estudante

. Leitura


Novo Saber ?


Como essas ferramentas contribuem?

Real Saber!


AVA


Estudante

. Leitura


Novo Saber ?

Atividades programadas? Atitudes programadas?

!

Conhecimento programado?

Real Saber


• Em outras palavras, devemos incentivar através das TIC’s disponíveis nos AVA’s atitudes programadoras (em oposição as programadas), buscando criar situações de autonomia imaginária do discente frente aos conteúdos programados que sejam consequentes da apropriação criativa dos estudantes perante seus ambientes de aprendizagem!


• Em outras palavras, devemos incentivar através das TIC’s disponíveis nos AVA’s atitudes programadoras (em oposição as programadas), buscando criar situações de autonomia imaginária do discente frente aos conteúdos programados que seja consequente da apropriação criativa dos estudantes perante seus ambientes de aprendizagem!

A autonomia já é uma característica básica aos estudantes que ingressam em cursos na modalidade EAD.



A autonomia imaginária é a subversão do proposto . É criar o novo, é subverter o conteúdo e gerar novas ideias . É democratizar o pensamento, em detrimento do

que seja colocado como contrapartida durante o processo de aprendizagem.



Para atingir a autonomia imaginária, devemos arquitetar as ferramentas de comunicação em EAD de forma que extrapolem o status de participantes e que sejam protagonistas das ações programadas. Sem, ao mesmo tempo, dar uma

tela em branco para os mesmos.

Real Saber


AVA


Estudante

. Leitura

. Participação nos Fóruns. Realização as atividades programadas

Novo Saber ?

Atividades programadas? Atitudes programadas?

!

Conhecimento programado?


AVA


Estudante

. Leitura

. Participação nos Fóruns. Realização as atividades programadas

Novo Saber ?

Atividades programadas sincronizadas

Transforma informação em conhecimento

!

Extrapolam o conhecimento programado

Criam condições para saberes inéditos!

Real Saber

As ferramentas disponibilizadas nos AVA’s precisam extrapolar o papel de “hospedagem das informações” para o de facilitador para trilhas de conhecimento.

As ferramentas disponibilizadas nos AVA’s precisam extrapolar o papel de “hospedagem das informações” para o de facilitador para trilhas de conhecimento.

De que forma?

O AVA precisa contar uma história não roteirizada!

Narrativas transmídia

• São “histórias contadas” que demandam protagonismo do receptor, imbuído de curiosidade e paixão pelo enredo, para que o mesmo trafegue por entre diversas mídias (on e offline) para se aprofundar no universo da mesma.

Henry Jenkins, Pesquisador da mídia, professor na USC

Narrativas transmídias em EAD

• É o uso pedagógico das TIC’s, visando tecer uma história cativante – através da interação com as mais variadas tecnologias de comunicação – ao ponto que seus receptores (estudantes) criem paixão pelo enredo e protagonismo durante a imersão dos estudos ao ponto de que o capacite a começar a pensar além do conhecimento programado.

Narrativas transmídias em EAD

Texto

VídeoFórumPodcast

História “Chapeuzinho vermelho”

Vídeo que conta sobre a vida da vovóFórum debatendo a atitude do Lobo malPodcast “diário do lenhador”

Chapeuzinho vermelho

Perceba que cada ferramenta trouxe faces diferentes de uma mesma história e que demanda ao estudante se aprofundar em cada universo – com interações diferenciadas – para ir realizando novas conexões frente a “história original”.

Texto teórico da disciplina

Vídeo sobre a história de Silvio SantosFórum sobre as competências comuns a empreendedores de sucessoPodcast sobre dicas para quem quer iniciar um negocio

Empreendedorismo

A tendência é que ele literalmente se aventure e crie gosto pela história – se aproprie dela e dos espaços onde é contada – e pelo o que está além do texto original – criando conhecimentos não programados na informação original.

“Torça para que alguém faça aquilo que não fez, ou então comece tudo outra vez.”

Banda Acidente

Obrigado pela atenção!

M.Sc Douglas Silveira de Assis – UAMContato: [email protected]

vivemos uma era da sociedade (e da educação) programada?

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