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Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 07:33hs Em busca de mudanças no HGV Reclamações de superlotação no HGV fizeram o Conselho Regional de Medicina (Cremepe) se reunir para discutir o assunto e cobrar melhorias ao governo Leonardo Teixeira Na semana passada, a comerciante Ivonete Tertuliano acompanhou a amiga Simone da Silva, que estava com crise de vesícula e inflamação no pâncreas, à emergência do Hospital Getúlio Vargas (HGV), no Cordeiro, Zona Oeste do Recife. Ao chegarem à unidade de saúde, constataram: corredores superlotados com pacientes atendidos em macas, cadeiras e até em pé. "Ela só conseguiu ser atendida após cinco horas. Foi internada e passou três dias sentada numa cadeira recebendo a medicação, só depois consegui uma maca para ela", contou Ivonete. As reclamações de superlotação no HGV fizeram o Conselho Regional de Medicina (Cremepe) se reunir para discutir o assunto e cobrar melhorias ao governo. Segundo os médicos do HGV, o setor de ortopedia é o mais prejudicado por causa do excesso de vítimas de acidentes de moto e número insuficiente de leitos. Os problemas são vistos assim que os pacientes chegam à recepção da emergência. Macas ocupadas, enfermeiros e socorristas dividem espaço com os funcionários e filas de cadeiras de acompanhantes. Um funcionário do hospital, que não quis ser identificado, relatou que apenas um enfermeiro atende os 18 idosos internados na emergência, em um setor chamado área verde. Os outros idosos que precisam de internação terminam ficando nos corredores. Outro funcionário comentou que pacientes em estado crítico esperam mais de 15 dias para serem transferidos para a UTI. De acordo com o Cremepe, dois terços dos pacientes acumulados são do setor de ortopedia, área mais afetada com a superlotação. Alguns esperam há mais de 70 dias por cirurgia. Presidente do Cremepe, o médico Silvio Rodrigues, explicou que o maior problema está na superlotação da sala de recuperação (pós-operatório). "Esta sala deveria ser usada apenas pelos pacientes operados, não pelos que esperam cirurgia. Além disso, não existem leitos de UTI para eles depois da operação." Ele reclamou ainda da falta de anestesistas, de instrumentação e da demora na entrega de exames e pareceres. O Cremepe se reuniu com médicos e gestores do HGV para identificar as deficiências e cobrar ao governo aumento do número de leitos.

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Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 07:33hs Em busca de mudanças no HGV Reclamações de superlotação no HGV fizeram o Conselho Regional de Medicina (Cremepe) se reunir para discutir o assunto e cobrar melhorias ao governo Leonardo Teixeira Na semana passada, a comerciante Ivonete Tertuliano acompanhou a amiga Simone da Silva, que estava com crise de vesícula e inflamação no pâncreas, à emergência do Hospital Getúlio Vargas (HGV), no Cordeiro, Zona Oeste do Recife. Ao chegarem à unidade de saúde, constataram: corredores superlotados com pacientes atendidos em macas, cadeiras e até em pé. "Ela só conseguiu ser atendida após cinco horas. Foi internada e passou três dias sentada numa cadeira recebendo a medicação, só depois consegui uma maca para ela", contou Ivonete. As reclamações de superlotação no HGV fizeram o Conselho Regional de Medicina (Cremepe) se reunir para discutir o assunto e cobrar melhorias ao governo. Segundo os médicos do HGV, o setor de ortopedia é o mais prejudicado por causa do excesso de vítimas de acidentes de moto e número insuficiente de leitos. Os problemas são vistos assim que os pacientes chegam à recepção da emergência. Macas ocupadas, enfermeiros e socorristas dividem espaço com os funcionários e filas de cadeiras de acompanhantes. Um funcionário do hospital, que não quis ser identificado, relatou que apenas um enfermeiro atende os 18 idosos internados na emergência, em um setor chamado área verde. Os outros idosos que precisam de internação terminam ficando nos corredores. Outro funcionário comentou que pacientes em estado crítico esperam mais de 15 dias para serem transferidos para a UTI. De acordo com o Cremepe, dois terços dos pacientes acumulados são do setor de ortopedia, área mais afetada com a superlotação. Alguns esperam há mais de 70 dias por cirurgia. Presidente do Cremepe, o médico Silvio Rodrigues, explicou que o maior problema está na superlotação da sala de recuperação (pós-operatório). "Esta sala deveria ser usada apenas pelos pacientes operados, não pelos que esperam cirurgia. Além disso, não existem leitos de UTI para eles depois da operação." Ele reclamou ainda da falta de anestesistas, de instrumentação e da demora na entrega de exames e pareceres. O Cremepe se reuniu com médicos e gestores do HGV para identificar as deficiências e cobrar ao governo aumento do número de leitos.

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Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 07:34hs Unidade de saúde vai ter mais 50 leitos Secretaria reconhece a grande demanda na emergência do HGV e, apesar da sobrecarga, garantiu que todos os pacientes internados na unidade são assistidos por uma equipe multidisciplinar e contam com aparelhos e medicamentos de última geração A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, por meio de nota, que o governo está investindo R$ 5,2 milhões na reestruturação e ampliação da emergência do Hospital Getúlio Vargas, para aumentar de 50 para 100 o número de leitos. As obras devem ser concluídas no primeiro semestre do ano que vem. De acordo a secretaria, o hospital conta ainda com 80 leitos de retaguarda alternativos em unidades de saúde conveniadas (Hospitais Santo Amaro e Português, na área central, e Hospitais Maria Lucinda e Evangélico, na Zona Norte), que recebem, por mês, cerca de 450 pacientes com casos de média complexidade. A direção do Hospital Getúlio Vargas está negociando com a rede conveniada a contratação de novos leitos para ampliação dessa rede de assistência complementar. A secretaria reconhece a grande demanda na emergência do HGV e, apesar da sobrecarga, garantiu que todos os pacientes internados na unidade são assistidos por uma equipe multidisciplinar e contam com aparelhos e medicamentos de última geração.

Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 07:23hs JC Negócios Isenção estimulando morte Por uma renúncia fiscal de R$ 800 mil/ano, com a Secretaria da Fazenda isentando o pagamento do primeiro IPVA de motos de até 150 cilindradas, o governo de Pernambuco está turbinando as despesas na Secretaria de Saúde em R$ 10 milhões gastos no atendimento às vítimas de acidentes nas nossas estradas apenas este ano. Era para ser o contrário. Moto deveria pagar mais IPVA e condutor fiscalizado com rigor, especialmente quanto ao potencial de risco contra ele mesmo. Apenas com internações hospitalares de vítimas de acidente de transporte terrestre, o Estado gastou quase R$ 6 milhões de janeiro a julho. O valor não inclui os gastos com o tratamento dos que retornam aos ambulatórios para exames complementares, reabilitação, colocação de órteses. No período, contamos 5.480 internações de vítimas, com 1.382 (25%) por traumatismo craniano, que custaram R$ 1,2 milhão. Em Pernambuco, os serviços de atendimento de urgência em traumatologia e especializados (grandes emergências) têm ocupação média de 60% de leitos com esse tipo de paciente. Acidente de trânsito grave gera, em média, gasto hospitalar de R$ 230,6 mil por paciente com média de 30 dias de internação. Pernambuco foi pioneiro na Acidentes de Transporte Terrestre (ATT) em 18 hospitais e 3 Unidades de Pronto-Atendimento. Lógica de conta equivocada Não se sabe ainda que lógica tributária fez a Secretaria da Fazenda estimular isenção

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fiscal para moto. Mas uma consulta simples aos dados da Secretaria de Saúde travaria qualquer inciativa racional. Em 2011, dos 2.082 óbitos por acidente de transporte terrestre, 818 mortes foram de motoqueiros. Em 2012, das 42.666 pessoas atendidas nas emergências, 30.276, ou 71%, eram vítimas de acidentes com motos. Este ano, dos 25.163 acidentados, 18.020 estavam relacionado a motos. Vítimas na UTI Segundo estudo do Ipea sobre o tema, o acidentado grave frequentemente é submetido a várias cirurgias e sempre é tratado em unidade de terapia intensiva. Mutilados caros Tem mais: ele sempre passa por um longo período de consultas, avaliações, exames, cirurgias eletivas, fisioterapia e quase sempre necessita de uma prótese.

Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 07:32hs JC nas ruas Cinco pacientes em corredores de emergência Este foi o cenário que a Aduseps encontrou no setor cardiológico do Hospital Agamenon Magalhães, na Tamarineira, durante fiscalização. Teto da UTI geral desabou Ainda no HAM, o forro de gesso foi ao chão. Mas não feriu os pacientes. A Aduseps denuncia ainda que constatou seis leitos desativados por falta de médico.

Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 07:07hs Prioridades dos deputados A partir de 2014, a aplicação da LOA contará com a figura do orçamento impositivo, o dispositivo constitucional - incorporado por PEC proposta pelo Executivo e aprovada pelo Legislativo - que obriga o Estado a executar todas as emendas oriundas da reserva parlamentar Auxílio financeiro para entidades assistenciais de saúde, investimento em calçamento de ruas e pavimentação de estradas municipais, reforço ao caixa de prefeituras para o custeio do Carnaval, São João e festas dos padroeiros e outras para a abertura de poços em razão do prolongamento da seca. Técnicos da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa de Pernambuco começam a analisar as 643 emendas à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014, apresentadas pelos deputados, mas no primeiro "olhar" já foi possível identifica a relação acima como as principais destinações das emendas dos parlamentares. A Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação da Alepe tem até o dia 20 deste mês para concluir a análise - similaridade, conteúdo, obediência a critérios formais e constitucionalidade -, uma vez que a LOA 2014 e as emendas devem estar publicadas no Diário Oficial no dia seguinte, chegando ao plenário até o dia 28. Das 643 emendas, 475 - segundo a Comissão - são oriundas da reserva parlamentar, o valor de R$ 1,1

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milhão para cada um dos 49 deputados destinar a ações em suas bases ou indicar a instituições de assistência, como são os Hospitais do Câncer e Altino Ventura. A partir de 2014, a aplicação da LOA contará com a figura do orçamento impositivo, o dispositivo constitucional - incorporado por PEC proposta pelo Executivo e aprovada pelo Legislativo - que obriga o Estado a executar todas as emendas oriundas da reserva parlamentar. O dispositivo desestimulou a "enxurrada" de emendas que eram apresentadas pelos deputados ao orçamento geral. Na deste ano, foram 7.456. O texto definitivo da LOA 2014 tem de ser devolvido ao governador Eduardo Campos (PSB) até 5 de dezembro para ser sancionado.

Diario de Pernambuco - PE 01/11/2013 às 07:32hs Pernambucana vai manter doação de leite Mesmo depois de ter sido alvo de piada em programa de TV, doadora tomou decisão de manter o ato, após vários apoios Após se emocionar com centenas de mensagens de apoio vindas até do exterior, a técnica de enfermagem Michele Rafaela Maximino, 31 anos, de Quipapá, no Agreste do estado, considerada a maior doadora de leite materno do Brasil, decidiu que continuará doando o produto, mesmo depois de ser alvo de uma piada de mau gosto de autoria do apresentador do programa Agora é tarde, da rede de TV Band, Danilo Gentili. Ontem, ela disse ter acordado decidida a procurar o Hospital Jesus Nazareno, em Caruaru, pela última vez, para entregar seu leite. Ao chegar à unidade de saúde, no entanto, disse ter percebido ainda mais a importância do seu ato depois de ler textos de incentivo enviados para ela através do e-mail da diretoria do hospital. “Em uma das mensagens, um pai dizia que eu tinha salvo a filha dele”, comentou Michele. Depois de tomar conhecimento do programa, ela ficou tão abalada psicologicamente que a produção de leite da pernambucana caiu de uma média de dois litros por dia para 400 ml. “Quero continuar doando, mas meu organismo não responde do mesmo jeito que antes. Não tenho vontade de sair de casa porque virei motivo de piada. Me chamam de vaca ou riem de mim quando passo. Tenho muita esperança de voltar a ter a mesma quantidade de leite que tinha antes para continuar doando”, comentou. Michele está passando por acompanhamento psicológico no Jesus Nazareno e ontem entregou quase cinco litros para o hospital. Ontem, Michele também disse ter recebido uma ligação da ouvidoria do Ministério da Saúde colocando à disposição dela uma equipe para prestar apoio jurídico. A pernambucana conseguiu uma liminar da juíza da 2ª Vara Cível de Olinda, Cíntia Albuquerque, determinando que a emissora terá que pagar uma multa diária de R$ 5 mil caso não retire, em um prazo de cinco dias, o episódio dos sites de sua responsabilidade. A Band também terá que impedir que outros sites divulguem as imagens. A emissora tem 15 dias para apresentar sua defesa. A assessoria de imprensa da Band voltou a informar que não fala sobre o assunto. “Soube que Gentili voltou a fazer piada. Alguém perguntou porque ele estava triste e ele respondeu que estava daquele jeito porque o leite azedou”, comentou Michele. O programa foi exibido no último dia 3 e nele o humorista compara Michele a um ator

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pornô. “Em termos de doação de leite, ela está quase alcançando o Kid Bengala”, disse Gentili em um trecho da apresentação.

Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 07:47hs Estímulo para Santas Casas Valor de um parto normal pago, por exemplo, passa de R$ 443,40 para R$ 835,19 O Ministério da Saúde anunciou ontem um pacote de medidas para beneficiar as Santas Casas e hospitais filantrópicos do País que prestam atendimento pelo SUS. O valor pago pelo governo a esses hospitais por procedimentos de média e alta complexidade - como exames e cirurgias - foi elevado de 25% do valor cobrado para 50%, a partir do ano que vem. O valor de um parto normal pago, por exemplo, passa de R$ 443,40 para R$ 835,19. O tratamento de AVC, de R$ 463,21 para R$ 1.997,46. O Ministério da Saúde estima que, com o aumento do volume de recursos, será possível realizar 236 mil cirurgias a mais por ano. "Isso é um forte estímulo para melhorar o atendimento prestado à população, pois os hospitais deverão priorizar as principais necessidades locais", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A portaria ministerial que determinou as mudanças também modifica os prazos para que as Santas Casas e hospitais filantrópicos recebam os pagamentos pelos procedimentos. As secretarias de Saúde estaduais, municipais e do Distrito Federal terão de repassar os valores até o quinto dia útil após o repasse do Ministério da Saúde. Caso esse prazo não seja cumprido, o repasse será suspenso. O ministério também facilitou a quitação de dívidas dos hospitais com o governo, com a sanção da lei que cria o Programa de Apoio Financeiro aos Hospitais Filantrópicos (Prosus), para renegociar e quitar as dívidas dos hospitais que aderirem ao programa em até 15 anos. Em contrapartida, os hospitais devem ampliar o atendimento de exames, cirurgias e atendimentos a pacientes do SUS. As dívidas tributárias das entidades somam hoje cerca de R$ 15 bilhões. Todos os 5,6 mil estabelecimentos de saúde que prestam serviços ao SUS poderão aderir ao Prosus, desde que apresentem plano de estabilidade financeira e aumentem em 5% a oferta de atendimento na rede pública. O pacote aumenta de 80 para 120 meses o prazo para o pagamento de empréstimo feito pelos hospitais com a Caixa Econômica Federal, com juros de 1% ao ano. Os hospitais filantrópicos são responsáveis por 40% das internações no SUS e correspondem a 37% (128.867) do total de leitos SUS (345.183) no País.

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Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 07:07hs PPS coloca a Saúde na pauta Constatação está numa ampla pesquisa encomendada pelo vereador oposicionista Raul Jungmann (PPS) à consultoria TJV, que ele apresentou como um diagnóstico" do setor Roberval Sobrinho Quem precisa de médico especialista em uma Unidade de Saúde da Família (USF) no Recife pode esperar até um ano por atendimento, dependendo da localidade coberta pelo sistema municipal de saúde. A constatação está numa ampla pesquisa encomendada pelo vereador oposicionista Raul Jungmann (PPS) à consultoria TJV, que ele apresentou como um diagnóstico" do setor. Antes, o também oposicionista André Régis (PSDB) fez trabalho semelhante em relação à Educação. De acordo com o estudo - realizado em setembro, quando foram ouvidos 1.130 usuários de 113 unidades de saúde distribuídas nas seis regiões político administrativas (RPA’s) da cidade -, o tempo médio de espera por um médico especialista é de 66 dias, sendo o mínimo de 21 e o máximo de 291 dias, como acontece na unidade de Sítio Wanderley, na Várzea. "Como se justifica ter, em um mesmo sistema de saúde, uma unidade que atende em 21 dias e outra que atende em 290? Isso é falta de mecanismo gerencial", critica Jungmann, atribuindo o fato às administrações petistas no Recife, já que "não investiram 15% do orçamento em saúde, como exigido por lei". Acusa também o atual prefeito Geraldo Julio (PSB) de corresponsabilidade política pela situação, por "não denunciar essa herança maldita, em função do acordo que fez com João da Costa". Já para quem está à espera do resultado de um exame, o prazo de entrega pode chegar a 170 dias. E dois em cada três usuários dizem também ter dificuldades em receber remédios da Farmácia da Família, enquanto - a respeito do acolhimento nas unidades de saúde, que é o processo onde o usuário recebe as primeiras orientações de um profissional -, 40% consideraram como bom, 31% regular, 8% ótimo, enquanto 18,5% é a soma de ruim e péssimo. Entre as unidades que receberam as piores notas figuram as de Sítio Grande, na Imbiribeira (1,1), e Campo do Banco (2,5). Dentre as melhores estão as de Passarinho Baixo (9,8) e UR-03 (9,6). O JC tentou contato com o ex-prefeito João da Costa e com assessores do prefeito Geraldo Julio, mas não conseguiu.

Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 07:22hs Não compre plano de saúde por impulso Recado é da Agência Nacional de Saúde (ANS) que lançou esta semana campanha para conscientizar os consumidores sobre a forma correta de se contratar uma operadora de plano de saúde A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou esta semana uma campanha para divulgar a forma correta de se contratar um plano de saúde. As instruções disponíveis no site da agência (www.ans.gov.br) informam sobre as várias maneiras de contrato, se é plano individual, empresarial ou coletivo por adesão, rede de atendimento, se é atendimento ambulatorial ou hospitalar, dentre várias outras dicas. Para o diretor-adjunto de Produtos da ANS, João Barroca, todo esse trabalho de conscientização pode ser resumido em uma atitude simples por parte do cliente. "As pessoas não podem comprar um plano de saúde por impulso. Defendemos que esta deve ser uma

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contratação qualificada. Ou seja, o consumidor deve buscar o máximo de informações disponíveis." Apesar do trabalho de conscientização, o executivo reconhece que todos os cuidados tomados pelo cliente, antes de fechar o negócio, não evitam problemas futuros, como por exemplo, a negativa de atendimento por parte dos planos. O problema, aliás, é o mais reclamado pelos beneficiários, com mais de 50% das queixas que chegam à Agência. "Apesar de não evitar, o cliente pode ter bons indicativos que mostram como a empresa atua no mercado. Por exemplo, caso a operadora tenha falhado na cobertura. Ela poderá ter comercialização suspensa. Ao contratar, o consumidor precisa verificar o índice de reclamações contra a operadora e a lista de planos suspensos." Outra atitude que o diretor considera importante por parte do cliente é desconfiar de preços muito acessíveis ou promoções. "Plano de saúde não combina com promoção", diz. "Sabemos que plano de saúde não é uma coisa barata para o brasileiro. Apesar de termos um número crescente de pessoas se associando ou tendo à disposição planos oferecidos pelas empresas empregadoras, a gente sabe que este é um serviço que exige um esforço econômico. É necessário desconfiar de preços muito baixos." Barroca deu como exemplo operadoras que atuavam no mercado Recife, no ano passado, e que foram fechadas por falta de condições de atendimento. "Em algumas delas identificamos que cobravam mensalidades que não cobriam os custos. Quando falamos sobre o consumo consciente, é disso que tratamos: a pessoa tem de saber o que está comprando", disse. Dentre os principais cuidados, a ANS indica que o cliente peça uma cópia do contrato antes de assiná-lo para checar informações relativas às condições de serviço, se é plano com enfermaria, quarto, regras de reajuste de faixa etária, rede de atendimento vinculada, se é plano de co-participação (veja arte) e, diante dessas informações, acessar o site da agência para conferir se tudo bate com as regras em vigor. "No espaço de qualidade da agência nós disponibilizamos todos os indicadores, de forma a explicitar a realidade da operadora, tanto do ponto de vista de serviço como sobre a saúde financeira da empresa. Em caso de dúvidas, a pessoa pode nos contactar (confira telefone no quadro ao lado)", informa. No ano passado a agência atendeu mais de um milhão de ligações. As mesmas regras de contratação de planos individuais devem ser seguidas por aquelas pessoas que desejam assinar um contrato de plano coletivo por adesão, oferecido em associações, sindicatos e clubes, geralmente com preços de entrada mais baixos. "A pessoa deve ter em mente que, neste caso, estará delegando à diretoria dessas associações a decisão de reajuste anual do serviço, fechada diretamente com a operadora. Por isso, é importante que o cliente tenha confiança nessas pessoas e na agremiação."

Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 07:23hs Registros serão em tempo real "Teremos números cada vez mais confiáveis. No ano que vem, quando a TISS estiver sendo operada, teremos informações mais confiáveis, de forma eletrônica" Apesar de registrar um aumento no número de multas por descumprimento de coberturas por parte das operadoras - até agosto deste ano a ANS aplicou R$ 243,3

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milhões em sanções contra as empresas do setor, num aumento de 30% em relação a 2012 -, os dados relativos ao número de atendimentos realizados pelos planos não são atualizados na mesma velocidade. Os últimos números disponíveis pela ANS, em termos de quantidade de atendimentos de consultas, exames e procedimentos ainda são relativos ao ano passado. Para dar maior agilidade neste processo de monitoramento do setor, a agência começa a implantar, a partir do ano que vem, o sistema de Troca de Informação em Saúde Suplementar (TISS), que vai registrar as informações em tempo real. "Teremos números cada vez mais confiáveis. No ano que vem, quando a TISS estiver sendo operada, teremos informações mais confiáveis, de forma eletrônica", adianta o diretor de Produtos da ANS, João Barroca. Segundo ele, os dados chegarão à ANS na hora em que o prestador de serviço gerar a cobrança para a operadora. "Quando trocarem essa informação, a agência receberá os dados", diz. Hoje, os dados sobre o número de assistências geradas pelo sistema suplementar são atualizados a cada trimestre. A importância do novo sistema é dar velocidade e consistência às informações prestadas pelas operadoras, dentro de um sistema direto que não dependa de auditoria para ser lançado. "Teremos informação em tempo real e não um dado condensado e auditado. Vai melhorar o monitoramento do setor." De acordo com os últimos números disponíveis, o sistema de saúde suplementar realizou um total de 244 milhões de consultas durante o ano de 2012, num volume 8% inferior ao realizado no ano anterior. Já as consultas ambulatoriais somaram 194 milhões em 2012, contra 197 milhões em 2011, uma redução de 1,5%, enquanto as consultas de emergência caíram 28% no período, de 69,3 milhões para 49,8 milhões. Na comparação entre os dois anos, o número de beneficiários aumentou pouco mais de 1%, passando de 47,9 milhões de pessoas para 48,5 milhões. Juntando com os clientes de planos odontológicos, as operadoras do sistema suplementar fecharam o ano passado com 67 milhões de clientes. Apesar disso, o número de exames complementares, a exemplo de ressonância magnética, radiografia, ultra-sonografia e outros diminuiu de um ano para o outro. Caíram de 798 milhões de eventos em 2011 para 582 milhões em 2012. Uma diferença, a menor, de 27%. Os dados fazem parte do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar disponível no site da agência.

Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 07:47hs Sem hospital, mulher agride prefeito Janete tinha tentado internação para a mãe na rede municipal de saúde, mas não conseguiu Sem conseguir atendimento médico público para sua mãe com câncer, a dona de casa Janete Oloko Dutra, 48 anos, deu um tapa na cara do prefeito de Dumont (SP), Adelino da Silva Carneiro (PP). Segundo ela, a agressão, na última terça-feira, foi cometida porque o político a chamou de "sem-vergonha" e disse não poder internar sua mãe. Janete tinha tentado internação para a mãe na rede municipal de saúde, mas não conseguiu. Segundo a dona de casa, a mãe de 78 anos ficou de quinta-feira passada até terça em sono profundo. Ao levá-la à Unidade Mista de Saúde da cidade, disse Janete, funcionários disseram que não havia mais nada a fazer.

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De acordo com Janete, a secretária de Saúde, Crisley Roberta Alves, pediu no sábado que ela não oferecesse medicamentos à mãe, alegando não ter mais nada a ser feito com o quadro clínico da paciente, que sofre de câncer na garganta. No mesmo dia, disse a dona de casa, um enfermeira da rede municipal afirmou que a mãe dela não aguentaria até segunda-feira. Ela, então, procurou o prefeito para pedir que a mãe fosse atendida em casa. "A conversa seguia numa boa até ele falar que já não tinha mais o que fazer. Numa discussão, ele me chamou de sem-vergonha. Aí não aguentei e dei na cara dele", disse. Ela afirmou ainda que Carneiro chegou a levantar a mão para também agredi-la, mas foi segurado por um funcionário. Procurado, o prefeito só se manifestou ontem à tarde. Por meio de nota, ele contou que médicos da prefeitura visitaram a paciente em casa e a encaminharam à unidade de saúde. Logo depois que essas recomendações foram passadas à Secretaria de Saúde, segundo a nota, Janete o agrediu verbal e fisicamente. A dona de casa registrou boletim de ocorrência por injúria. O prefeito fez ocorrência de desacato à autoridade, dizendo que a mulher o xingou de "safado" e "sem-vergonha".

Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 07:40hs Editorial Saúde na contramão A capacidade do brasileiro para improvisar é conhecida. Considerada como sinal de criatividade e traço positivo do nosso povo, no entanto, a improvisação em muitos casos não passa de solução equivocada para situações geradas, por exemplo, pela vontade de levar vantagens sobre os outros, o que infelizmente também é típico traço coletivo, ou pela incompetência do poder público no trato de graves problemas nacionais. O cidadão que fura filas, avança o sinal ou faz uma ligação clandestina de energia se insere no primeiro tipo de improviso. No segundo, a lista é enorme, mas bastaria o desvirtuamento do programa federal Caminho da Escola, objeto de reportagem que publicamos dia 21 de outubro. O total previsto para Pernambuco é de 913 ônibus, para atender aos mais de 285 mil alunos que dependem da locomoção fornecida pelo poder público para ir à escola. O custo de aquisição desses ônibus é de mais de R$ 170 milhões. No Brasil, o investimento ultrapassa os R$ 5,2 bilhões. O dinheiro é repassado diretamente do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE) para os municípios, com o objetivo declarado de reduzir a evasão dos alunos, renovar e padronizar a frota de transporte escolar. De acordo com o FNDE, foram adquiridos entre 2008 e 2010 mais de 12 mil ônibus. No papel, o programa não oferece motivo de ressalva: a necessidade de transporte escolar no interior é indiscutível. Na prática, o que tem ocorrido em Pernambuco deveria ser inadmissível. Os ônibus do Caminho da Escola deixam de levar estudantes para conduzir pacientes de suas cidades para os hospitais no Recife. É uma irresponsabilidade dupla cometida pelos prefeitos, ou com sua complacência. Os veículos não são utilizados para a finalidade a que foram designados, e ao mesmo tempo doentes que precisariam de condução adequada são submetidos a condições longe das ideais.

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O presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota, admitiu o cobertor curto da administração pública, apontando a falta de recursos para a saúde como razão da disseminação da prática. "É complicado o prefeito ver ônibus parados e não poder atender aos pacientes. Doença é assunto urgente", declarou. Claro que é urgente. Mas ônibus parados? Se estavam parados é porque não eram necessários, e se não eram necessários, por que foram comprados? Para levar pacientes, por outro lado, não seria melhor solicitar ambulâncias? Demonstrando pouca disposição de mudar o quadro, o líder dos prefeitos prometeu transmitir uma recomendação burocrática para que o desvio de função não continue. Pelo visto, isto dificilmente acontecerá antes de os municípios serem obrigados a tanto por determinação judicial. No Brasil, é assim: o que se incorpora à rotina, vira coisa normal, por mais que seja errado. No Caminho da Escola, a saúde na contramão prejudica a educação e faz de conta que resolve o problema dos pacientes.

Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 08:17hs Dia a Dia Congresso no Vale A blogueira Noely Mota, do Só NÔ Social, de Petrolina, dá conta de que 70% das vagas para o II Congresso Imip de Saúde Integral do Vale Médio São Francisco, de 28 a 30 de novembro, no Complexo Multieventos da Univasf, já estão preenchidas. Diversas especialidades da área serão contempladas, com foco na atualização científica. Lembre-se O médico Hilton Chaves, que acaba de voltar de Sofia (Bulgária), onde participou do 7th International College of Cardiovascular Disease Congress, foi escolhido para organizar a 8ª edição do congresso no Recife, em 2015.

Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 07:49hs JC em minutos Hoje no jconline – Reforço para a saúde pública A cidade de Paulista apresenta novo grupo de cubanos do Mais Médicos e a página do JC na internet (www.jconline.com.br) acompanha a movimentação.

Jornal do Commercio - PE 01/11/2013 às 07:43hs Repórter JC Compesa, de novo, é o alvo O racionamento não acabou para os moradores de Campo Grande, que reclamam muito da Compesa. É água a cada 3 dias e quando chega, pouca e sem pressão para subir para os tanques. Isto obriga o povo a juntar água em baldes. Aí, o tormento muda de nome passa a se chamar dengue.

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Folha de Pernambuco - PE 01/11/2013 às 08:12hs Jungmann: prefeito tem que denunciar Pepesista encomendou estudo sobre Saúde no Recife Débora Britto e Anderson Bandeira O vereador Raul Jungmann (PPS) voltou a exigir da gestão Geraldo Julio (PSB) o reconhecimento da “herança maldita” deixada pelo ex-prefeito João da Costa (PT). Dessa vez, o pepesista fez a cobrança a partir de resultados de uma pesquisa encomendada por ele. De acordo com Jungmann, o prefeito reluta em assumir as deficiências da administração anterior por motivação política. “A reponsabilidade do governo Geraldo Julio é não denunciar a situação da saúde. É herança maldita não assumida. Ele é cúmplice”, acusou, ontem, no programa Folha Política, da Rádio Folha FM 96,7. A pesquisa, de acordo com Jungmann, avaliou o grau de satisfação e perfil dos usuários das unidades de Saúde da Família. O trabalho foi realizado pela empresa TJV Consultores Associados. Foram feitas 1130 entrevistas em todas as unidades - 120 ao todo - com margem de erro de 3% para mais ou para menos. Entre os pontos adiantados por Jungmann, está a constatação de que o sistema só alcança metade da população que deveria atender. Dos atendidos, 86% são mulheres, o que para ele revela um problema estrutural. “Homens e jovens estão fora do sistema. É preciso mais políticas de inclusão desses grupos”, atestou. “Enquanto linguagem da administração é construir mais, a fala das pessoas pede mais qualidade do serviço”, criticou. O pepesista afirmou que a administração municipal tem conhecimento da situação dos postos de saúde, mas até agora não propôs soluções efetivas. Jungmann, que levará os dados ao prefeito na segunda-feira, não nega o avanço na infraestrutura, com construção de upinhas e do Hospital da Mulher, mas disse não ser suficiente. “O Conselho Municipal de Saúde atesta que o problema principal é falta de pessoal”. A Secretaria Municipal de Saúde respondeu, por meio de nota, lembrando a nomeação de 867 profissionais aprovados em concurso público realizado em 2012, sendo 330 agentes comunitários de saúde, 212 médicos, 142 agentes de saúde ambiental e controle de endemias, além de dentistas, psicólogos, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais, entre outras profissões. “Todos esses profissionais, assim como os agentes comunitários de saúde, foram distribuídos conforme a necessidade de cada distrito sanitário, com a finalidade de dar cobertura aos recifenses”, diz o texto. Após a entrevista na Rádio Folha FM 96,7, Jungmann fez uma visita à Folha de Pernambuco, sendo recebido pelo diretor executivo do jornal, Paulo Pugliesi. Folha Resume – O vereador Raul Jungmann (PPS) utilizou uma pesquisasobre o atendimento das Unidades de Saúde da Família no Recife para cobrar novamente a Geraldo Julio que aponte os problemas que teriam sido deixados pelo antecessor. O vereador entregará os dados ao prefeito na segunda-feira. Saiba Mais – Unidade - De acordo com Jungmann, ao apoiar a candidatura de Eduardo Campos (PSB) o PPS corre o risco de dividir o partido no plano nacional. O vereador defendeu abertamente que o nome de sua correligionária Soninha Francine é o fator de

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unidade da legenda. Segundo Jungmann, a posição oficial do partido será definida na convenção da legenda e não apenas pelo desejo do presidente, Roberto Freire.

Folha de Pernambuco - PE 01/11/2013 às 07:23hs Santas Casas terão as dívidas parceladas Pacote vai servir de socorro para as instituições Santas Casas terão as dívidas parceladas O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresentou, ontem, um pacote de socorro para as Santas Casas que prevê o parcelamento de R$ 5 bilhões de dívidas tributárias, aumento de incentivo recebido pelas instituições e condiçõesmais brandas para renovar o certificado de filantropia. Também foi anunciada a ampliação do prazo de refinanciamento de dívidas dessas instituições na Caixa Econômica. Oprazo para pagamento, passa de 80 para 120meses, com juros de 1%ao mês. Responsáveis por 41%das internações do SUS, as Santas Casas convivem atualmente com dívidas estimadas em R$ 15 bilhões. As tributárias, o equivalente a um terço do total, poderão ser parceladas a partir de janeiro em até 15 anos. O parcelamento está determinado em lei, sancionada há duas semanas. Para obter o benefício, a empresa terá de aderir ao Programa de Fortalecimento das Entidades Privadas Filantrópicas e das Sem Fins Lucrativos (Prosus). As dívidas com a Caixa também poderão ser renegociadas. O ministro acenou, no entanto, com a possibilidade de bancos privados também ofertarem tais empréstimos. “Já recebemos sinais de interesse”, disse. Padilha anunciou ainda o aumento de 26%para 50%o incentivo pago para atendimentos de média e alta complexidade. Os valores são acertados no Incentivo à Contratualização (IAC) dos hospitais. Atualmente, 700 Santas Casas estão contratualizadas: recebempelo conjunto de atendimentos acertado num contrato e não por procedimento. Isso vale para casosmais simples. Os de alta complexidade, as instituições ainda recebem por produção. O ajuste passa a valer a partir da revisão do contrato. Aqueles formalizados até novembro, poderão receber valores retroativos a agosto. Padilha defendeu a nova estratégia de remuneração. “Ela supera um modelo defasado, que era apenas por produção”, disse. Folharesume – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou ontem um pacote de socorro para as Santas Casasque prevê o parcelamento de R$ 5 bilhões de dívidas tributárias, aumento de incentivo recebido pelas instituições e condições mais brandas para renovar o certificado de filantropia. Saibamais – Contratualizações -O secretário de Atenção à Saúde, HelvécioMiranda, afirmou que o número de contratualizações deverá ser ampliado. “Novos contratos estavam congelados. Abrimos novamente a oportunidade. A estimativa é a de que cheguemos a 1,8 mil instituições trabalhando por esse sistema”, disse. Pelos cálculos do governo, a medida vai gerar um impacto financeiro de R$ 1,7 bilhão em 2014.

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Folha de Pernambuco - PE 01/11/2013 às 08:17hs Vida Saudável Alimentar-se com gorduras faz mal à saúde Ney Cavalcanti Nem sempre. E muitas vezes, bem, muito bem. 0s lipídios, as gorduras, são a forma que utilizamos para armazenar as nossas reservas energéticas. Como o nosso organismo funciona ininterruptamente, e porque não nos alimentamos continuamente, precisamos ter um tanque de “combustível” para fornecer energia para o funcionamento dos orgãos. O nosso tanque são os depósitos de gordura. A escolha pelo lipídio como reserva é totalmente racional. Cada grama de gordura é capaz de produzir 9 calorias, ao passo que o açúcar, o carboidrato, apenas 4. Para que carregar um tanque pesado se podemos tê-lo mais leve? Todo alimento ingerido, seja ele proteína, carboidrato ou lipídio, é armazenado sob a forma de gordura. E qual a razão por que cada vez a quantidade desde tanque vem aumentando em cada vez mais pessoas? Afinal, a obesidade é uma grave epidemia. No fim da década de 1970, os americanos acharam que a população estava aumentando de peso porque estava ingerindo mais gorduras. Verificaram que em muitos países em desenvolvimento, a prevalência de excesso de peso, então, era muito baixa. Analisando o tipo de alimentação deles, constataram que era predominantemente composta por carboidratos. Afinal, quanto mais pobre o povo, mais carboidrato ele consome. Ele é o tipo de alimento mais barato. Por conta disso, as autoridades de saúde daquele país estimularam a sua população fazer mais uso deste tipo de alimentação. E, na década de 1980, houve um aumento de 1.800% na ingesta de carboidratos com o consumo de cereais. O resultado todos conhecemos. Os Estados Unidos são o país mais gordo do mundo. Desde há muito, critica-se o consumo de gordura como responsável pela elevação do colesterol sanguíneo, um dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Posteriormente, chegou-se à conclusão de que só um tipo delas era capaz de exercer esta ação maléfica. As gorduras saturadas, que são aquelas em que a junção de seus átomos de carbono se faz através de uma ligação simples. Depois se concluiu que nem todas as saturadas teriam esta ação maléfica, apenas algumas delas. Também foi falha a afirmação de que as gorduras existiam quase que exclusivamente em alimentos de origem animal. O óleo de coco e de dendê, ambos vegetais, são extremamente ricos nos lipídios considerados maus. Durante muitos anos, considerou-se que a principal restrição dietética para os pacientes com colesterol elevado seria a restrição dos alimentos ricos nesta gordura. As gemas de ovo e os crustáceos eram os maiores vilões. Ledo engano. A biles fabricada no fígado é armazenada na vesícula biliar e, em seguida, chega ao intestino. Leva diariamente a este órgão, independente do que existir na dieta, o equivalente ao colesterol existente em dezenas de gemas de ovo. Algumas a mais não farão diferença alguma. Dessa maneira, não mais se recomenda a suspensão de ovos para paciente com hipercolesterolemia - o que não é nada agradável.

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Desde há muito, já se sabe que o consumo de gorduras não saturada, mono ou poliinsaturada, não só não elevam o colesterol sanguíneo, muito ao contrário, diminuem. As monoinsaturadas têm apenas uma dupla ligação entre os seus átomos de carbono e as “poli”, várias. Os óleos de arroz, milho e soja são fontes das poliinsaturadas, enquanto as gorduras existentes nos óleos de oliva e canola são predominantemente monoinsaturadas. Estes últimos são considerados os mais saudáveis porque só diminuem o chamado colesterol mau, o da LDL. Por outro lado, algumas pesquisas também têm demonstrado que apenas a restrição de gorduras saturadas não tem sido capaz de melhorar o prognóstico de doentes com fatores de risco para doença vascular; apesar desta dieta produzir uma redução discreta do colesterol sanguíneo. A explicação que se tem dado é que esta diminuição não atinge a redução de partícula mais maléfica da LDL - a LDL pequena e densa. Por último, existem pesquisadores acreditando que tem ocorrido o inverso do pensamento inicial quanto à contribuição das gorduras para o excesso de peso. A restrição dos lipídios nas dietas é um fator contribuinte para o aumento da incidência da obesidade. Afinal, a ingesta de gorduras tem diminuído em muitos países e a obesidade continua aumentando. A restrição das gorduras torna o alimento menos saboroso. Para compensar, a indústria alimentícia aumenta a quantidade de açúcar. Este, sim, o grande vilão do excesso de peso.

Folha de Pernambuco - PE 01/11/2013 às 08:11hs Folha Esportiva CAUSA NOBRE - O grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer - Pernambuco (GAC-PE) promoverá a 1ª Corrida Contra o Câncer Infanto-Juvenil do Recife, no próximo dia 24 de novembro. As inscrições estão abertas e custam R$ 40. Mais informações: (81) 3423-7633.

Diario de Pernambuco - PE 01/11/2013 às 07:13hs Vereador apresenta diagnóstico da saúde Estudo vai ser apresentado pelo vereador na Câmara do Recife, na próxima segunda-feira, mas, segundo ele, foi feito num sentido de contribuição à prefeitura, não de denúncia O vereador Raul Jungmann (PPS) divulgou, ontem, um levantamento exclusivo, realizado em todas as Unidades de Saúde da Família do Recife, para revelar o perfil dos postos e do usuário da rede municipal. O estudo revelou que apenas 13% dos pacientes “sempre” conseguem receber medicamentos contra 35,2% que nem sempre recebem. Feita com 1.130 pessoas, a pesquisa constatou que apenas 26,7% dos usuários recebem visita mensal do agente comunitário de saúde e o conseguem marcar consulta num tempo médio de 66 dias. O estudo vai ser apresentado pelo vereador na Câmara do Recife, na próxima segunda-feira, mas, segundo ele, foi feito num sentido de contribuição à prefeitura, não de

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denúncia. Os questionários foram aplicados de acordo com a técnica survey de opinião, com uma margem de erro de 3% para mais ou para menos. Jungmann acredita que “a responsabilidade histórica” pelo quadro geral da saúde no Recife é das duas gestões do PT, mas ele frisa que o prefeito Geraldo Julio (PSB) tem “responsabilidade política” para corrigir tais distorções. “A visita mensal obrigatória dos agentes atinge apenas um em cada quatro usuários”, observou. No relatório apresentado, também é possível perceber a distorção entre as Unidades de Saúde da Família. Há unidades, localizadas em determinados bairros, que têm mais médicos e facilidade de conseguir medicamentos. Dois em cada três usuários do SUS no Recife têm dificuldade de receber remédios. No USF Campo do Banco, da RPA-4, os usuários esperam até 118,7 dias para serem atendidos por um médico e 213,5 dias por um dentista. Na Ilha de Santa Terezinha, na RPA1, o tempo é de 69 dias. A prefeitura respondeu a Jungmann por meio de nota, fazendo um balanço de todas as ações realizadas pela atual gestão. O texto citou a construção do Hospital da Mulher, já iniciado, das Upinhas 24 h, e da requalificação de 68 USFs. Disse, ainda, que o executivo nomeou 867 profissionais de saúde, sendo 330 agentes comunitários, 212 médicos, 142 agentes de saúde ambiental, além de dentistas, psicólogos, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais, entre outras profissões. Sobre a falta de medicamentos, a nota diz que, no início da gestão faltavam mais de 80 itens. “Desses, 64 foram solucionados e já estão sendo entregues nas unidades de saúde”. Saiba mais Confira alguns itens abordados durante a consulta Entre os usuários da rede municipal de saúde, 86,8% são mulheres, sendo 37,6% entre 40 e 60 anos de idade O acolhimento nas USFs foi o aspecto mais positivo avaliado pela pesquisa. Dos entrevistados, 48% avaliaram como ótimo e 40% como bom O tempo médio de espera para consulta é de 66 dias. Na RPA-4, que abrange bairros como Cordeiro, Ilha do Retiro e Iputinga, o tempo médio chega a 83 dias O tempo médio para recebimento de exames varia muito por unidade. Nas USF de Tia Regina, por exemplo, é de 13,1 dias. Já na Professor Bianor Teodósio, a média é de 93 dias Entre os usuários pesquisados, 13,8% disseram que sempre recebem os medicamentos solicitados. A resposta “a maioria das vezes foi dada por 19,9%”, “às vezes” por 10,3%, “nem sempre” por 35,2%, “nunca ou dificilmente por 18,1%”. Fonte: A pesquisa foi realizada entre setembro e outubro

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Vanguarda - Caruaru - PE 01/11/2013 às 00:00hs Pacientes com HIV poderão ter tratamento antecipado Está em consulta pública um protocolo de atendimento do governo que prevê tratamento contra a Aids para todos os adultos que sejam diagnosticados soropositivos, independentemente do estágio da doença. A expectativa do Ministério da Saúde é que a expansão da oferta do serviço gratuito chegue a mais de 100 mil pacientes. O protocolo atual usado pela rede pública de saúde prevê que o tratamento seja fornecido ao paciente com Aids que tiver CD4 (células de defesa do organismo) abaixo de 500 para cada milímetro cúbico de sangue. Desde o início de 2013, também podem receber casais sorodiscordantes (aqueles em que um dos parceiros tem o vírus e o outro não), com CD4 acima de 500 células para cada milímetro cúbico de sangue, pacientes que convivem com outras doenças, como tuberculose, e pacientes assintomáticos com CD4 menor de 500. Com o novo protocolo, o tratamento poderá chegar a um grupo que tem CD4 acima de 500. Segundo o Ministério da Saúde, estudos internacionais mostram que o uso precoce de antirretrovirais reduz em 96% a taxa de transmissão do HIV. O Ministério da Saúde estima que atualmente cerca de 700 mil pessoas vivam com HIV e Aids no país, mas 150 mil não sabem que têm o vírus ou a doença. Ao todo, 313 mil recebem tratamento com medicamentos antirretrovirais gratuitos. O Brasil registra, em média, cerca de 38 mil casos por ano. Desde os anos 80, quando teve início a epidemia, foram contabilizadas 656 mil notificações. O diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, destaca que a medida terá efeito benéfico especialmente sobre as populações mais vulneráveis ao HIV, entre elas homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e pessoas que usam drogas. Ele ressalta que o Brasil será o primeiro país em desenvolvimento a adotar a política de tratamento como prevenção. A consulta pública está aberta para contribuições da sociedade até 5 de novembro. A validação das proposições e a elaboração da versão final consolidada do protocolo serão coordenadas pelo governo.

Vanguarda - Caruaru - PE 01/11/2013 às 00:00hs Planos devem custear remédios orais contra o câncer Os planos de saúde terão que arcar com os custos da quimioterapia para pacientes que optarem e tiver licença médica para o tratamento de câncer em casa. Um projeto de lei aprovado no Senado inclui no rol de coberturas obrigatórias para os seguros privados de saúde os medicamentos de tratamentos antineoplásicos de via oral, os procedimentos radioterápicos e a hemoterapia. O repasse dos medicamentos poderá ser feito diretamente na residência, por meio de rede credenciada do plano ou ainda ao representante legal do paciente, desde que sem cobrança de qualquer custo adicional. O plano também poderá optar por entregar os remédios de maneira fracionada por ciclo, conforme prescrição médica.

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Periodicamente, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e as sociedades médicas de especialistas em oncologia serão ouvidas sobre os protocolos clínicos aos quais a cobertura obrigatória de medicamentos para tratamento de câncer estará relacionada. Dessa forma, poderão ser acrescentados novos remédios ou retirados os que estiverem defasados. A princípio, serão incluídos 54 medicamentos para diversos tipos de câncer na cobertura obrigatória dos planos de saúde. A senadora Ana Amélia (PP-RS), autora do projeto, comemorou a aprovação. "Está sendo concluído um processo que diz respeito a 1,1 milhão de pacientes portadores de câncer", disse. O projeto foi aprovado na forma de um substitutivo da Câmara dos Deputados. Ele segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff. As novas regras começarão a valer 180 dias após a data de publicação da sanção.