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HEMO EM REVISTA2 Uma publicação da ABHH

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HEMO EM REVISTA 3

• N E S T E N Ú M E R O •

Outubro/Dezembro 2015

out/dez 2015

R e p o R t a g e mOs destaques daprogramação científica, multidisciplinar esocial do Hemo 2015

14b a l a n ç oPrincipaisconquistas erealizações do biênio 2014 – 2016

28c o b e R t u R aJornadaPan-Amazônicae Curso da Escola Brasileira deHematologia

38

20

A N O V I I • e d I ç ã O 3 2

06 | A Associação

08 | Editorial

10 | Digital

12 | Research

26 | Carreira 34 | Tempo Livre

42 | Giro

t u r i s m oCidade de São Paulo e sua forte relação com o automobilismo

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HEMO EM REVISTA6 Uma publicação da ABHH

A A S S O C I A Ç Ã O • Por dentro da ABHH

Dimas Tadeu Covas Presidente

Hélio Moraes de Souza Vice-Presidente

Eduardo Rego Diretor Administrativo

Antonio Fabron Jr Vice-Diretor Administrativo

Dante Langhi Jr. Diretor Financeiro

Alfredo Mendrone Vice-Diretor Financeiro

Carmino A. de Souza Diretor Científico

Roberto Passetto FalcãoVice-Diretor Científico

José F. Comenalli Jr. Diretor de Exercício Profissional

Angelo Maiolino Vice-Diretor de Exercício Profissional

José Orlando Bordin Diretor de Relações Internacionais

Carlos Chiattone Vice-Diretor de Relações Internacionais

Silvia M. M. Magalhães Diretora de Comunicação

Marília Rugani Vice-Diretora de Comunicação

Diretoria aBHH2014-2015 Conheça osespeCialistasque integrama direção daassoCiação Brasileira de hematologia, hemoterapia e terapia Celular

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HEMO EM REVISTA 7

Conselhose Comitês

Conselho Deliberativo 2014/2017Silvia Maria M. Magalhães (região nordeste), Denys Eiti Fujimoto (região norte), Ana Virginia Vanderberg (região norte), Aderson da Silva Araújo (região nordeste), Rafael Henriques Jácomo (região centro-oeste), Rodolfo Delfini Cançado (São Paulo), Angelo Maiolino (Rio de Janeiro), Tereza Cristina Brito Azevedo (região norte), Antonio Fabron Jr. (São Paulo), Waldir Veiga Pereira (região sul), Eduardo Magalhães Rego (São Paulo), Elbio Antonio D’Amico (São Paulo), Clarisse Lopes de Castro Lobo (Rio de Janeiro), Marilia Alvares Rugani (Rio de Janeiro), Paulo Tadeu Rodrigues Almeida (região sul)

Conselho Fiscal 2014/2017Titulares: Adriana Seber, Alvaro Langhi, Lucia SillaSuplentes: James Maciel, Marcos Borato, Suely Rezende

Comitê de AféresesAlfredo Mendrone Jr., Gil Cunha de Santis, José Francisco C. Marques Jr.

Comitê de Doenças Infecciosas Transmitidas por TransfusãoDimas Tadeu Covas, Celso Bianco, Dante Langhi Jr., Ester Sabino, José Francisco C. Marques Jr., José Eduardo Levi, Nanci Alves Salles, Neiva Sellan lopes Gonçalves, Simone Kashima

Comitê de Glóbulos Vermelhos e do FerroAderson Araújo, Clarisse Lobo, Dimas Tadeu Covas, Fernando Ferreira Costa, Ivan L. Angulo, Maria Stella Figueiredo,Rodolfo Delfini Cançado, Sandra Gualandro, Sara Saad

Comitê do Grupo Brasileiro de Citometria de FluxoElaine S. Costa, Elizabeth Xisto Souto, Irene Lorand-Metze, Mariester Malvezzi, Maura Ikoma, Mihoko Yamamoto,Mirtes Sales, Silvia Inez C. Ferreira

Comitê de Hematologia PediátricaSandra Loggetto (coordenadora), Adriana Seber, Andrea de Carvalho Hoepers, Josefina Braga, Luiz Gonzaga Tone,Maria Lúcia Lee, Marcos Borato Viana, Mônica de Almeida Veríssimo, Rosana Cipolotti

Comitê de HemoterapiaAlfredo Mendrone Jr., Antonio Fabron Jr., Dante Langhi Jr., Dimas Tadeu Covas, Carla Luana Dinardo,Eugênia Amorim Ubiali, José Francisco C. Marques Jr., José Orlando Bordin, Marília Rugani

Comitê de OdontologiaGeisa Badauy L. Silva (presidente), Luiz Alberto Valente Soares Junior, Luiz Antonio de Souza, Perla Porto Leite Shitara, Paulo Sérgio da Silva Santos, Héliton Spindola Antunes, Renata Monteiro Soares, Wellington Espírito Santo Cavalcanti, Celia Maria Bolognese Ferreira, Jorge Barbosa Pinto, Walmyr Ribeiro de Mello, Eduardo Lima Padua, Vera Lúcia Duarte da Costa Mendes

Comitê de SMDElvira Velloso, Irene Lorand-Metze, Lígia Niero-Melo, Luiz Fernando Lopes, Maria de Lourdes Chauffaille,Silvia M. M. Magalhães

Comitê de Transplante de Medula Óssea e Terapia CelularAfonso Celso Vigorito, Alfredo Mendrone Jr., Belinda Pinto Simões, José Carlos de Almeida Barros,José Salvador de Oliveira, Vanderson Rocha, Virgilio Colturato, Angelo Maiolino

Comitê de Hemostasia e TromboseÉlbio D´Amico (coordenador), Ana Clara Kneese do Nascimento, Daniel Ribeiro, Margareth Ozelo, Paula Vilaça, Suely Rezende, Vânia Morelli

Comitê de Mieloma MúltiploAngelo Maiolino (coordenador), Vânia Hungria, Gisele Colleoni, Gracia Martinez, Jorge Vaz Pinto Neto, Rosane Bittencourt, Edvan Crusoé, Roberto Magalhães

Comitê de Leucemias AgudasEduardo Magalhães Rego (coordenador), Belinda Simões, Evandro Fagundes, Israel Bendit, Katia Borgia, Maria de Lourdes Chauffaille, Ricardo Pasquini, Rony Schaffel, Rosane Bittencourt, Tereza Cristina Bortolheiro

CRIADOS PARAINCENTIVAR APESqUISA, DIVUL-GAçãO E ESTUDOS ESPECíFICOS EM DETERMINADOSPROCEDIMENTOSE DOENçAS, OSCOMITêS SãOAPOIADOS PELA ABHH E TêM POR OBJETIVO SE APROFUNDAR EM TEMAS VARIADOSE APRESENTARPESqUISAS PARA AUXILIAR NOCOTIDIANO DOS HEMATOLOGISTAS E HEMOTERAPEUTAS.A ASSOCIAçãOPOSSUI ATUALMENTE 12 COMITêS

Outubro/Dezembro 2015

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HEMO EM REVISTA8 Uma publicação da ABHH

• e d i t o r i a l •

Mais um Hemo

ISSN 2179-4855

Hemo em revista é uma publicação trimestral da Associação Brasileirade Hematologia, Hemoterapia eTerapia Celular (ABHH) distribuídagratuitamente para médicos. O conteúdo da publicação é de inteira responsabilidade de seus autores enão representa necessariamente a opinião da ABHH.

Jornalista responsável Roberto Souza (Mtb 11.408)

editor Rodrigo Moraes

reportagem Daniella Pina Danielle Menezes Fernando Inocente

revisão Paulo Furstenau

proJeto editorial Fábio Berklian Rodrigo Moraes

proJeto gráfico Luiz Fernando Almeida

designers Leonardo Fial Luis Gustavo Martins Luiz Fernando Almeida Willian Fernandes

foto de capa Shutterstock

contato comercial Caroline Frigene

tiragem 5.000 exemplares

impressão Companygraf

rs press editora Rua Cayowaá, 228 – Perdizes São Paulo – SP – 05018-000 Fones: (11) 3875-6296 [email protected] www.rspress.com.br

aBHH Rua Dr. Diogo de Faria, 775, conj. 114 Vila Clementino, São Paulo - SP (11) 2369-7767 / (11) 2338-6764 [email protected] www.abhh.org.br

FSC

Dimas Tadeu CovasPresidente da ABHHBiênio 2014-2015

A cidade de São Paulo (SP) nos recebe para mais uma ótima oportunidade de integração e atualização científica nas áreas de hematologia, hemoterapia e terapia celular. A expectativa é de que mais de cinco mil pessoas circulem entre os dias 19 e 22 de novembro pelo Transamerica Expo Center, para mais uma edição do Hemo. A qualidade téc-nica e prática dos convidados nacionais e internacionais são inegáveis. Isso só reforça o quanto nossa especialidade está cada vez mais fortalecida, o que ga-rante um alto número de participantes. Confira em mais uma edição da Hemo Especial os principais destaques da pro-gramação e uma entrevista exclusiva com o palestrante internacional res-ponsável pela conferência magna do Congresso: Dr. Giorgio Inghirami. Ele falará sobre os Prós e Contras da Medi-cina Personalizada: Como Obter o Melhor Uso das Plataformas Biológicas e Molecu-lares, Oferecendo Novas Estratégias para Todos os Pacientes que Sofrem com Doen-ças Hematológicas. A conferência mag-na acontece em 21/11 (sábado), entre 11h30 e 12h25, nos auditórios E4 e E5.

Como forma de prestar con-tas e informar nossos associados a respeito das conquistas e ações da ABHH no biênio 2014-2015, dispo-nibilizamos um relatório de balanço

do período. A apresentação será feita durante a Assembleia Geral Ordiná-ria da ABHH, que acontece em 21/11, às 16h30. A nova diretoria da ABHH (biênio 2016-2017) também será elei-ta durante a AGO. Participe!

Por falar em conquistas, confira reportagem sobre a recente conquista anunciada pelo CFM. A partir de Reso-lução publicada em abril deste ano, o título de especialista passa a ser obriga-tório para se assumir cargos de super-visão, coordenação e chefia de serviços assistenciais especializados, além dos diretores técnicos. Para o diretor de Defesa de Classe da ABHH, José Fran-cisco Comenalli Marques Jr., essa atua-lização pode aumentar o interesse de médicos pela residência em hematolo-gia e hemoterapia.

Fizemos também a cobertura da Jornada Pan-Amazônica, que aconte-ceu em agosto, em Belém (PA), e do 25º Curso da Escola Brasileira de He-matologia, que aconteceu em Brasília (DF), em setembro.

Tenham todos uma boa leitura e um ótimo congresso!

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HEMO EM REVISTA 9Julho/Setembro 2015

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HEMO EM REVISTA10 Uma publicação da ABHH

digital A especialidade nas plataformas digitais

Uma tecnologia nada inovadora está sendo uti-lizada na Suécia para atrair novos doadores de san-gue. A mensagem de texto via SMS é enviada ao doador toda vez que seu sangue for utilizado para salvar uma vida, novidade que está fazendo sucesso nas redes sociais dos suecos.

As notificações por mensagens já eram utiliza-das para divulgar a importância da doação. Agora, além de saber que a doação pode ajudar alguém, o doador recebe agradecimentos pelo seu ato.

Em entrevista para o jornal britânico The Independent, a gerente de comunicações do hemocen-tro de Estocolmo, Lottie Furugård, afirma que essa é uma boa maneira de manter contato com os doado-res, além de incentivá-los a doarem novamente.

Fonte: Info

Confira a programação e acompanhe as no-vidades do Hemo 2015 na página oficial da ABHH no Facebook. Quer ter acesso a isso em suas mãos? Baixe o app do Hemo, dispo-nível nas plataformas Android e iOS.

Lembre-se de marcar suas fotos e pos-tagens com a hashtag #hemo2015. Ajude o congresso a se destacar nas redes sociais brasil afora!

Hemocentro na Suécia envia SMS para doadores

© Sh

utters

tock

#Hemo 2015

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HEMO EM REVISTA 11

© Re

produ

ção

Outubro/Dezembro2015

No twitter

ABHHUm médico me disse que eu

teria apenas mais um ano de vida #pensegaucher

@abhh

De acordo com um dos engenhei-ros do projeto, Massimo Martinelli, a ideia é oferecer mais praticidade para as pessoas em relação à saúde. “Queremos dar às pessoas a possi-bilidade de controlar a si mesmas e mudarem seu estilo de vida”, expli-ca. “A ideia é colocá-lo nas casas, em academias e farmácias. Ele é muito fácil de utilizar, pois não precisa de mais nada”, conta Martinelli.

Por enquanto, o espelho não está sendo comercializado, mas os pes-quisadores não descartam a possi-bilidade. A ideia, futuramente, é in-tegrar um aplicativo que armazene as informações de todos os usuários.

Fonte: UOL

Reflexo mágicoEspelho digital ajuda a detectar doenças

Centro de HemAtologiA e HemoterApiA do CeAráSeja para quem for, seja um

doador! #doesanguenohemoce @Hemoce

indiBA ACtivActive Cell therapy.

Going further in recovery andpain reduction. terapia celular

activa. Aún más lejos en recuperación y reducción del dolor

@indiBAactiv

Uma nova tecnologia está sen-do desenvolvida na Europa: o Wize Mirror. Trata-se de um espelho in-teligente que pode revelar informa-ções sobre a saúde do usuário, sem exames de sangue ou urina. Segundo os pesquisadores, eles estão prestes a criar um espelho que diagnostica uma série de problemas de saúde só por meio da imagem refletida.

O espelho dispõe de câmeras ins-taladas atrás do vidro que analisam o fluxo sanguíneo, informando sobre quantidade de álcool consumido, tabagismo, prática de atividades fí-sicas e risco metabólico de cada pes-soa. Além disso, o espelho dispõe de uma câmera que utiliza luz violeta para detectar a quantidade de açúcar no sangue, indicando o risco de dia-betes, e um bafômetro que analisa as condições pulmonares do usuário.

Projeto envolve instituições de ensino da França, Grécia, itália, Noruega,

espanha, Suécia e reino Unido

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HEMO EM REVISTA12 Uma publicação da ABHH

researchSeleção de artigos daespecialidade publicados nos mais diferentes periódicos no Brasil e no mundo

Direct and immune-mediated cytotoxicity of interleukin-21 contributes to antitumor effects in mantle cell lymphoma

Mantle cell lymphoma (MCL) is a

distinct subtype of non-Hodgkin

lymphoma characterized by

overexpression of cyclin D1 in 95%

of patients. MCL patients experience

frequent relapses resulting in median

survival of 3 to 5 years, requiring

more efficient therapeutic regimens.

Blood

CD25 expression on residual leukemic blasts at the time of allogeneic hematopoietic stem cell transplantation predicts relapse in patients with acute myeloid leukemia without complete remission

Recent studies have shown that CD25

expression at the time of diagnosis of

acute myeloid leukemia (AML) may be

associated with an unfavorable outcome.

We focus on AML patients without

complete remission (CR) and examine the

clinical correlation between surface CD25

expression at the time of transplantation

and subsequent transplant outcomes.

Leukemia Lymphoma

Prospective International Cohort Study Demonstrates Inability of Interim PET to Predict Treatment Failure in Diffuse Large B-Cell Lymphoma

The International Atomic Energy

Agency sponsored a large, multinational,

prospective study to further define

PET for risk stratification of diffuse

large B-cell lymphoma and to test the

hypothesis that international biological

diversity or diversity of healthcare

systems may influence the kinetics of

treatment response as assessed by

interim PET (I-PET). M

Journal of Nuclear Medicine

Reconstitution of lymphocyte subpopulations after hematopoietic stem cell transplantation: comparison of hematologic malignancies and donor types in event-free patients

The reconstitution of different

immunocyte subsets after

hematopoietic stem cell transplantation

(HSCT), follows different timelines. We

prospectively investigated changes

in lymphocyte subsets after HSCT

and their associations with primary

diagnosis, conditioning regimen, and

HSCT type in event-free patients

Leukemia Research

Low forced expiratory volume is associated with earlier death in sickle cell anemia

Pulmonary complications result

in mortality in adults with sickle

cell anemia (SCA). We tested the

hypothesis that abnormal pulmonary

function was associated with earlier

death. A prospective cohort of adults

with SCA, followed in the Cooperative

Study for Sickle Cell Disease, was

constructed using the first pulmonary

function test at >21 years of age.

Blood

The Spectrum of β-Thalassemia Mutations in a Population from the Brazilian Amazon

The spectrum of β-thalassemia

(β-thal) mutations was investigated

for the first time in a cohort of 33

unrelated patients from the Brazilian

Amazon attending the Center for

Hemotherapy and Hematology of

the Pará Foundation (HEMOPA),

in Belém, the state capital of Pará,

Northern Brazil. Identification of the

β-thal mutations was made by direct

genomic sequencing of the β-globin

gene.

Hemoglobin

© Bl

ood •

Repro

duçã

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RBHH

• Re

produ

ção

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HEMO EM REVISTA 13Outubro/Dezembro2015

Monoclonal B-cell lymphocytosis in individuals from sporadic (non-familial) chronic lymphocytic leukemia families persists over time, but does not progress to chronic B-cell lymphoproliferative diseases

Monoclonal B-cell lymphocytosis is classified as ‘high-count or clinical’ monoclonal B-cell lymphocytosis and ‘low-count or population’ monoclonal B-cell lymphocytosis. Previously, 167 first-degree relatives pertaining to sporadic (non-familial) chronic lymphocytic leukemia families were studied and the presence of seven monoclonal B-cell lymphocytosis individuals was reported. The aim of this report is to describe the outcomes of five of the original monoclonal B-cell lymphocytosis individuals.

RBHH

Functional-genetic dissection of HDAC dependencies in mouse lymphoid and myeloid malignancies

Histone deacetylase inhibitors

have demonstrated activity in

hematological and solid malignancies.

Vorinostat, romidepsin, belinostat

and panobinostat are FDA-approved

for hematological malignancies and

inhibit class II and/or class I HDACs

including HDAC1, 2, 3 and 6.

Hemoglobin

Immunodeficiency and severe susceptibility to bacterial infection associated with a loss-of-function homozygous mutation of MKL1

Megakaryoblastic leukemia 1 (MKL1), also known as MAL or myocardin-related transcription factor A (MRTF-A), is a coactivator of serum response factor, which regulates transcription of actin and actin cytoskeleton–related genes. MKL1 is known to be important for megakaryocyte differentiation and function in mice, but its role in immune cells is unexplored. Here we report a patient with a homozygous nonsense mutation in the MKL1 gene resulting in immunodeficiency characterized predominantly by susceptibility to severe bacterial infection.

Blood

Impact of a confirmatory RhD test on the correct serologic typing of blood donors

The RHD gene is highly

polymorphic, which results in

a large number of RhD variant

phenotypes. Discrepancies in RhD

typing are still a problem in blood

banks and increase the risk of

alloimmunization. In this study, the

RhD typing strategy at a blood bank

in Brazil was evaluated.

RBHH

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HEMO EM REVISTA14 Uma publicação da ABHH

b a l a n ç o • Biênio 2014/2016

2014/

balanço da

gestão2015

Confira o relatório de prestação de contas e

atividades da ABHH no último biênio

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HEMO EM REVISTA 15Outubro/Dezembro 2015

b a l a n ç o • Biênio 2014/2015

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HEMO EM REVISTA16 Uma publicação da ABHH

b a l a n ç o • Biênio 2014/2015

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HEMO EM REVISTA 17Outubro/Dezembro 2015

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HEMO EM REVISTA18 Uma publicação da ABHH

b a l a n ç o • Biênio 2014/2015

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HEMO EM REVISTA 19Outubro/Dezembro 2015

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HEMO EM REVISTA20 Uma publicação da ABHH

c a p a • Hemo 2015

Cidade reCebemais de CinComil Congressistaspara o interCâmbioCientífiCo e soCial nas áreas dehematologia,hemoterapia eterapia Celularpor Daniella P inaSEMPRE

SÃoPaulo

c a p a • hemo 2015©

Embra

tur /

Divulg

ação

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HEMO EM REVISTA 21Julho/Setembro 2015

Paulo

Força e pujança. Para o presidente do Hemo 2015, Carmino Antonio de Souza, essas são as prin-cipais características do Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular. Com expectativa de ultrapassar cinco mil participantes, o encontro acontece entre 19 e 22 de novembro, no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP).

Os números comprovam o fortalecimento da especialidade, seja pelo recorde de trabalhos aprovados, seja pelos mais de 60 convida-dos internacionais. Ou ainda pelo expressivo número de inscritos para as provas de título de especialista, proficiência e áreas de atua-ção. “O Hemo é o momento em que a nossa especialidade mostra para toda a comunidade científica e sociedade em geral a força e a pujança que vem adquirindo ao longo dos anos”, diz Souza.

A programação, vasta e multidisciplinar, congrega diferentes perfis, des-de especialistas experientes até os mais jovens, que podem ter contato com os chamados ‘livros vivos’ da área. Além do robusto conteúdo técnico- -científico, o presidente do congresso destaca a importância do intercâmbio de informações entre os participantes nacionais e internacionais. “É tam-bém uma oportunidade ímpar de encontrar grandes pesquisadores”, destaca.

Antes mesmo da abertura oficial do Hemo 2015, no dia 17, a progra-mação já começa com a prova de título de especialista em hematolo-gia e hemoterapia e o treinamento de auditores da AABB/ABHH. No dia seguinte, a discussão sobre os avanços e desafios da hemoterapia é tema do fórum A Hemoterapia que Temos, a Hemoterapia que Queremos e a Hemoterapia que Podemos. A proposta do fórum é debater questões que possam trazer importantes desdobramentos políticos na área.

Também no dia 18, acontece a abertura do XIV Encontro da Associação Ítalo-Brasileira de Hematologia (AIBE), que trará a troca de informações sobre projetos cooperativos e científicos entre especialistas do Brasil e da Itália na área das doenças onco-hematológicas. O evento corre para-lelamente ao Hemo 2015, até o dia 19, com um programa extenso pensado para jovens envolvidos com a hematologia e que estão em formação.

Além da divulgação de estudos cooperativos entre os países, o even-to contará com um programa educacional sobre doenças como linfomas Hodgkin e não Hodgkin, folicular, extranodais, mieloma múltiplo, leu-cemias - mieloide crônica (LMC), mieloide aguda (LMA), linfoide aguda (LLA) - e síndrome mielodisplásica, entre outros temas, com a discussão de casos clínicos.

Destaques Por áreaDiante de um número tão elevado de conferências e mesas-redondas, pedimos aos membros dos comitês organizadores que destacassem os momentos imperdíveis do evento dentro das principais áreas de atuação. Confira a seguir.

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HEMO EM REVISTA22 Uma publicação da ABHH

c a p a • Hemo 2015

A programação vasta e multidisciplinar atrai diferentes perfis, desde especialistas

experientes até os mais jovens. Acima, o presidente do Hemo 2015, Carmino A. de Souza

HemoteraPiaCom uma programação abran-gente e variada, a hemoterapia englobará tanto aspectos práticos da rotina hemoterápica quanto os avanços científicos da área. “No dia 19, os programas educacionais trarão temas de imuno-hemato-logia, compreendendo a preven-ção do risco de hemólise passiva em transfusões de plaquetas ABO incompatíveis, apresentação dos protocolos atuais da tipagem RhD, solução de problemas na identifi-cação de anticorpos e discussões sobre causas de discrepâncias entre resultados de fenotipagem e genotipagem eritrocitária”, adianta José Francisco Comenalli Marques Jr., membro da Comissão Científica de Hemoterapia e Terapia Celular do Congresso.

Outro curso educacional abor-dará as aféreses, com a participa-ção de dois palestrantes interna-cionais: Antônio Sérgio Torloni, responsável por um importante serviço de hemoterapia da Mayo Clinic, e Marisa Marques, presiden-te da Associação Americana para a Aférese (ASFA, sigla em inglês).

“O terceiro programa educa-cional apresentará a imunologia de leucócitos e plaquetas, em grande evolução ultimamente. Serão abor-dados os sistemas de aloantígenos de neutrófilos, métodos de investi-gação de antígenos e anticorpos de neutrófilos e atualização nos con-ceitos dos antígenos plaquetários, bem como aloimunização”, comen-ta Marques Jr.

Também serão discutidos im-portantes temas da prática hemo-terápica, como Trali, eritrocitafé-

reses, fotoféreses, segurança trans-fusional e política restritiva para o uso do sangue. Para falar a respeito, o encontro trará convidados inter-nacionais, com destaque para os norte-americanos Jay Menitove e Jed Gorlin, que abordarão im-portantes aspectos da segurança transfusional. E também o francês Thierry Peyrard, que falará sobre os novos grupos sanguíneos, e o inglês Paul Ashford, sobre produtos médi-cos de origem humana.

Hematologia eHemoteraPia PeDiátricaDe acordo com Sandra Loggetto, o Comitê de Hematologia Pediátrica priorizará a discussão de casos clí-nicos, a fim de facilitar a fixação dos conceitos abordados. O programa educacional abordará a interface entre a hematologia pediátrica e a imunologia, destacando temas em que as manifestações clínicas e labo-ratoriais podem se sobrepor às duas

especialidades. As mudanças atingi-das no campo das leucemias com os conhecimentos da genética molecu-lar e epigenética e a aplicabilidade desses conceitos na prática clínica também serão abordados na sala de onco-hematologia pediátrica.

Sobre hemoglobinopatias, se-rão apresentadas as recentes e ino-vadoras pesquisas com transplante de células progenitoras hemato-poéticas em laboratório de medici-na fetal. As novidades em relação à dor da anemia falciforme e a neces-sidade de se identificar e tratar ade-quadamente pacientes com talas-semia intermediária também serão abordadas, assim como sobrecarga e deficiência de ferro. “Nem toda plaquetopenia é PTI. Nem toda pla-quetose é doença clonal. Portanto, vamos conhecer melhor as plaque-tas e suas alterações numéricas e funcionais”, adianta Sandra.

Na área da hemostasia, os inibi-dores do fator VII, a terapia gênica

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HEMO EM REVISTA 23outubro/dezembro2015

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Qual será a tônica de sua conferênciadurante o Hemo 2015?Vamos discutir temas relevantes e incentivar o diálogo entre hematologistas de diferen-tes países, com o objetivo de compartilhar práticas comuns e melhorar globalmente o tratamento do câncer.

O senhor acredita que a medicina personalizada seja uma tendência no tratamento de doenças do sangue?Acredito que os tratamentos mais objetivos ou adaptados possam melhorar a resposta clínica e reduzir os efeitos colaterais.

Quais são as principais promessas e riscos para pacientes que sofrem de doenças do sangue?Espera-se que as terapias personalizadas melhorem o cumprimento clínico e propor-cionem benefícios mais sustentáveis, pelo menos para pacientes com doenças de baixo risco e de risco intermediário. Ainda é muito imprevisível se os pacientes portadores de distúrbios altamente agressivos podem se beneficiar dessas terapias. Deve-se avaliar cuidadosamente o justo equilíbrio entre

EntrEvista com GiorGio inGhirami

benefícios comprovados e o alto custo de administrações. Por último, a incidência e o risco de processos de resistência devem ser determinados e cuidadosamente ponderados com o custo de exercício.

como a medicina personalizada tem sido aplicada nesses casos? Quais são as pers-pectivas?Atualmente, existem múltiplas terapias já aprovadas por entidades seletivas, que têm sido provadas por melhorar objetivamente os resul-tados clínicos (ou seja, prolongando a sobrevida livre de progressão). A expectativa é combinar esses regimentos com tratamentos ou terapias mais convencionais para não utilizar a quimio-terapia em cenários selecionados.

Em sua opinião, como obter o melhor uso das plataformas biológicas e moleculares a esse respeito?Ambas as plataformas são essenciais para definir e executar protocolos personaliza-dos. Acredito que a combinação de ambas as leituras, junto à execução de testes funcionais, possa mudar o curso de muitas doenças hematológicas.

na hemofilia, o diagnóstico da trom-bose por meio de exames de imagem e os casos de trombose e sangramen-tos em recém–nascidos serão pauta-dos. Já em oncologia hematológica, destaque para os novos desafios para LMA, incluindo marcadores mole-culares, resposta ao tratamento e tratamento atual, além de perspec-tivas para novos tratamentos para a LLC. Haverá ainda discussões sobre o diagnóstico de SMD hipocelular, síndromes histiocíticas, linfomas em pediatria, novidades no manejo dos linfomas, transplante de medu-la óssea em pediatria e indicações onco-hematológicas.

No último dia, serão discuti-das as experiências brasileiras e internacionais de casos de anemia de difícil diagnóstico. “E, já que estamos transplantando crianças e adolescentes, vamos abordar as síndromes linfoproliferativas pós- -transplante”, propõe Sandra.

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HEMO EM REVISTA24 Uma publicação da ABHH

c a p a • Hemo 2015

Hemostasia e tromboseO programa de hemostasia e trombose traz seus temas de grande utilidade. “As dificuldades do dia a dia, assim como as novidades”, diz Daniel Ribeiro, um dos responsáveis pela programação cientí-fica da área. De acordo com ele, o objeti-vo é atender à audiência como um todo, desde aqueles profissionais que atuam especificamente na área de hemosta-sia e buscam novidades e discussão de assuntos controversos até o hematolo-gista que trabalha com a hematologia geral e precisa se capacitar para dar se-guimento aos problemas mais comuns na área de hemostasia.

Nesse sentido, Ribeiro destaca a conferência Trombocitopenia imune (PTI) – Análise crítica das opções terapêu-ticas, de Marina Colella, e NETs, quem são? Qual a sua importância na hemostasia e trombose?, de Erich V. de Paula. “O cur-so educacional traz um tema bastante atual, que é a anticoagulação com os an-ticoagulantes diretos ou alvo-específico. Ao mesmo tempo, serão discutidos te-mas já do nosso cotidiano, mais ainda controversos”, adianta o especialista.

Com relação aos convidados inter-nacionais, destaque para o holandês Marijke van den Berg, vice-presidente da World Federation of Hemophilia (WFH), e o francês Claude Negrier, profes-sor de hematologia da Lyon School, na Universidade da Carolina do Norte. Eles trarão dois assuntos bastante desafiadores na área de hemofilia: Atualização em ITI - Alternativas para casos difíceis e Desafios no manejo de pa-cientes idosos com hemofilia.

onco-HematologiaNa área de onco-hematologia, ha-verá, principalmente, sessões de linfomas, leucemia linfocítica crô-nica e transplantes, trazendo novi-dades em termos de novos projetos de pesquisa e novas drogas, sobre-tudo para LLC e projetos de pesqui-sa em linfomas T.

Embora raros no mundo oci-dental, tem havido uma evolução dos linfomas T, despertando gran-de interesse de pesquisadores da Europa, Estados Unidos e América Latina. Além do expressivo número de conferências e mesas-redondas, destaque para a conferência magna de Giorgio Inghirami (leia entrevis-ta no box), que abordará assuntos gerais sobre saúde e medicina per-sonalizada. “Não será uma apresen-tação de hematologia, mas de inte-resse para toda a medicina e área da saúde. A personalização do diag-nóstico e tratamento é de extremo impacto, porque cada um de nós é singular e único”, explica Souza.

númErosExprEssivos

O Hemo 2015 registrou recorde de trabalhos científicos. Ao todo, foram 1.140:

5 trabalHOs foram premiados e serão apresentados na sessão plenária do dia 19 (quinta-feira), das 12h45 às 13h45;

1.059 serão apresentados na categoria painel, com visita guiada nos dias 20 e 21;

76 trabalHOs serão apresentados na categoria apresentação oral, durante as mesas-redondas e conferências.

O número de inscritos para as provas de título de especialista, proficiência e áreas de atuação também foram significativos:

35 candidatOs para o exame de suficiên-cia para obtenção do título de especialista em hematologia e hemoterapia;

8 candidatOs para o exame de suficiência para obtenção do certificado de área de atuação em transplante de medula óssea;

4 candidatOs para o exame de suficiên-cia para obtenção do certificado de área de atuação em hematologia e hemoterapia pediátrica;

10 candidatOs para o exame para obten-ção do certificado de proficiência técnica em imuno-hematologia;

4 candidatOs para laboratório em hematologia;

3 candidatOs para sorologia em hemoterapia;

20 candidatOs para enfermagem em hematologia e hemoterapia.

Mais de 70 convidados internacionais participarão

do evento

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HEMO EM REVISTA26 Uma publicação da ABHH

C a r r e i r a • Título de especialista

AvAnços pArAA especiAlidAdeTítulo de especialista obrigatório para diretores técnicosaumentará contingente de especialistas e a qualidade dasatividades de hematologia e hemoterapia no País

por Daniella P ina

em 29 de abril, o Conse-lho Federal de Medicina (CFM) publicou no Diário Oficial da União a Resolu-ção nº 2.114/2014, que atua-liza o texto nº 2.007/2013, para esclarecer que os di-retores técnicos de insti-

tuições que prestam serviços assis-tenciais em uma única especialidade devam possuir o título de especia-lista na área de atividade em que os serviços são prestados.

Além de diretores técnicos, a Resolução contempla supervisores, coordenadores, chefes e respon-sáveis por serviços assistenciais especializados. O texto determina que eles só podem assumir a res-ponsabilidade técnica de tais servi-ços se possuírem a titulação com o devido registro junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM).

De acordo com o CFM, enten-de-se como diretor técnico “o mé-dico que responde eticamente por todas as informações prestadas perante os conselhos de medici-na (federal ou regional), podendo, inclusive, ser responsabilizado ou penalizado em caso de denúncias

comprovadas”. A principal justifi-cativa do Conselho para a exigência do pré-requisito se baseia no fato de que a supervisão técnica de uma equipe profissional está exposta a decisões complexas e dependentes de maior conhecimento e reflexão.

A decisão já era pleiteada pela ABHH há bastante tempo. Em 25 de maio, o coordenador do Departamento de Comissões e Câmaras Técnicas (DECCT), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, en-caminhou ao presidente da ABHH, Dimas Tadeu Covas, a Resolução nº 2.114/2014, que responde ao solicitado.

Segundo o diretor de Defesa de Classe da ABHH, José Francisco Comenalli Marques Jr., o processo teve a participação de toda a comunidade médica, sobretudo da Associação, que destacou a carência de profissionais no País nas áreas de hema-tologia e hemo-

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HEMO EM REVISTA 27Outubro/Dezembro2015

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A resolução impactará na gestão de serviços de hematologia e hemoterapia

dera o diretor de Defesa de Classe da ABHH. A luta da Associação, de acordo com ele, sempre foi exigir que esses serviços fossem dirigidos por médicos especialistas.

Para suprir a carência de profis-sionais na área de atuação, a ABHH pleiteou medidas complementa-res. “Junto ao CFM, conseguimos aumentar de dois para três, ou até mais, o número de serviços de saú-de sob responsabilidade de um mé-dico especialista”, diz Marques Jr.

A Resolução é vista com oti-mismo pelo diretor, pois refleti-rá positivamente no contexto da hemoterapia brasileira. “Com a medida, o médico hematologis-ta e hemoterapeuta passa a ter maior participação na prática diária da especialidade, o que me-lhora, consequentemente, a qua-lidade das atividades médicas no serviço.” Melhoram-se também as indicações de transfusões e o controle das reações, além de se reduzir a transmissão de doenças

terapia. “Acreditamos que o único profissional que tem condição de ser chefe de um serviço de hemoterapia é o médico especialista em hemato-logia e hemoterapia.”

Existe, no entanto, um impasse no que se refere ao número de pro-fissionais especializados e a quanti-dade de agências transfusionais exis-tentes. “No Brasil inteiro, somente

0,64% dos médicos são hematolo-gistas. Temos em média 1.400 he-

matologistas e hemoterapeutas e 2.500 serviços de transfusão”,

expõe Marques Jr. Diante desse cenário, uma

das alternativas propostas foi per-mitir que gestores estaduais de saú-de, por meio de cursos, nomeassem médicos para serem responsáveis por esses serviços, mesmo não sen-do especialistas. “O grande proble-ma para nós é que a responsabili-dade de muitos bancos de sangue estava nas mãos de pessoas não qualificadas para tocar um serviço de tão alta complexidade”, pon-

por vias transfusionais. “Todos só têm a ganhar fazendo uma hemo-terapia de maior qualidade”, diz Marques Jr. De acordo com o es-pecialista, os pacientes atendidos também são impactados positiva-mente com a reforma.

amPliação De vagas Detítulo De esPecialistaA partir da nova Resolução do CFM, os bancos de sangue dirigi-dos por médicos não especialistas precisam se adequar. Na opinião de Marques Jr., a demanda fará crescer o interesse de médicos pela área de hematologia e hemo-terapia. “Estamos aumentando o número de vagas de residência, abrindo mais cursos e estimulan-do os estudantes de medicina na área de atuação. Somando tudo isso à abertura de mercado para esses profissionais, estamos ten-tando aumentar o contingente de especialistas no futuro.”

Anualmente, a prova de títu-lo da ABHH forma entre 40 e 50 especialistas. O número depende das vagas de residência no País, que hoje está em torno de 50 a 70. “Queremos aumentar esse nú-mero, pois nem todas as vagas de hematologia são preenchidas no Brasil. Na verdade, são quase 100, mas só a metade é preenchida”, diz o diretor.

Saiba mais sobre a posição do CFM a respeito da nova Resolução no site da ABHH: www.abhh.org.br.

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HEMO EM REVISTA28 Uma publicação da ABHH

c o b e r t u r a • Pelo País

eSPecIaLIStaSreuNIDoSEventos tradicionais da ABHH reforçamcompromisso educacional

por Daniella P ina

Seguindo um de seus preceitos de promoção, atualização e educação profissional, a ABHH realizou no segundo semestre de 2015 dois tradicionais cursos que fazem parte da agenda

anual da Associação. As cidades de Belém (PA) e Brasília (DF) recebe-ram, respectivamente, a Jornada Pan-Amazônica de Hematologia e Hemoterapia e o 25º Curso da Escola Brasileira de Hematologia.

O público dos dois encontros esteve dividido entre residentes, médicos, biomédicos, enfermeiros e demais profissionais da área da saú-de que atuam direta e indiretamente com a hematologia, hemoterapia e terapia celular. Em geral, profissio-nais das diferentes regiões do País in-teressados em discutir casos clínicos e renovar conceitos aplicados no dia a dia do atendimento ao paciente.

Durante a Jornada Pan- -Amazônica de Hematologia e Hemoterapia, realizada em 21 e 22 de agosto, os participantes puderam assistir às aulas sobre a especialida-de em duas salas. Na de hematolo-gia, foram abordadas doenças como Gaucher e leucemia, uso de anti-corpos monoclonais, perspectivas na área de hematologia pediátrica, anemia ferropriva, tratamentos dos ferros oral e endovenoso, doenças autoimunes e imunodeficiências primárias. E também profilaxia para hemofilia e visões de profissionais – hematologista, cirurgião vascular e anestesista – a respeito do tratamen-to da trombose, novos coagulantes e trombocitopenia.

Já na sala sobre hemoterapia, foram discutidos aspectos gerais e financiamento público e privado da Hemorrede, transfusão basea-da em evidências, leucorredução, lesão de estoque, contaminação

Foto tradicional nos cursos da Escola Brasileira de Hematologia

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HEMO EM REVISTA 29Outubro/Dezembro 2015

Para o presidente da ABHH, Dimas Tadeu Covas, a entidade possui grande força nesse quesi-to educacional, que está integrado pelo HEMO.educa, um componen-te adicional disponível aos associa-dos, além de boletins informativos e a ABHH News. “As Jornadas, como é o caso da Pan-Amazônica, fazem parte desse processo. Geralmente realizadas duas vezes por ano, elas servem também para manter a cha-ma da especialidade viva. Atrai os jovens a se interessarem pela espe-cialidade e se formarem em hema-tologia e hemoterapia. Essa é sua função maior, lembrando-se ainda sempre de defender os interesses

bacteriana, reações transfusionais, refratariedade à transfusão de pla-quetas, Chagas e leishmaniose, NAT – situação atual e perspecti-vas. Também foram tratados as-suntos como os mitos e verdades da terapia celular, conceito de dose em hemoterapia, banco de sangue de cordão umbilical e mobilização e coleta de células-tronco.

Profissionais da região deram um real parâmetro sobre a atual si-tuação de controle e tratamento da malária, zika vírus e chikungunya – bastante recorrentes no norte do País, ainda que estejam presentes nas demais regiões -, além da conta-minação via transfusão de sangue.

dos nossos associados, nossos mé-dicos. Temos a função principal de educar e formar as novas gera-ções”, declara Covas. Ele proferiu as aulas Mitos e Verdades da Terapia Celular e Conceito de Dose Aplicada em Hemoterapia.

Apesar das peculiaridades, as doenças hematológicas não estão restritas a determinadas regiões do País. Em geral, são doenças que acometem a população de maneira geograficamente equânime, como leucemias e anemias, que, portanto, fazem parte de um contexto mais amplo da especialidade. “Temos uma ponta nesse cenário, que é a si-

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HEMO EM REVISTA30 Uma publicação da ABHH

c o b e r t u r a • Pelo País

tuação das transfusões de sangue, que foi um dos temas da Jornada e teve como foco as possibilidades de melhoria da qualidade e da se-gurança do sangue transfundido. Claro que tudo dentro de um con-texto nacional”, explica o presiden-te da atual gestão.

O coordenador da Jornada, Denys Fujimoto, comentou a ne-cessidade de renovação de conheci-mento técnico-científico. “A classe médica e os profissionais de saúde precisam discutir mais as dificul-dades regionais e buscar soluções com base nas evidências científi-cas, importantes para o desenvol-vimento desse conhecimento e que possam resultar na melhoria do atendimento dos pacientes”, expli-ca Fujimoto, que atua no estado do Acre. “A dengue, por exemplo, não é exclusiva de regiões mais carentes. Ela está presente e é mais epidêmi-ca em regiões de grandes concen-trações urbanas. Portanto, o que se produz de conhecimento em jorna-das como essa pode ser aplicado em qualquer região do País. De forma mais específica sobre a malária na região norte, o evento é uma ótima oportunidade para se ter mais co-nhecimento. A produção científica sobre o assunto é extensa, mas a troca de experiências na área ainda é reduzida”, reforça Fujimoto.

A presidente do Hemopa, Ana Suely Leite Saraiva, comentou a importância de a cidade de Belém (PA) receber eventos na região com foco em profissionais que não precisam se ausentar de seu

ambiente de trabalho, e ao mesmo tempo estar com profissionais que possam compartilhar vastas ex-periências para favorecer a troca desses momentos. “Não possuí-mos muitos profissionais dentro dessas especialidades abordadas na Jornada e isso traz um olhar diferenciado para todos. Existe a preocupação de que precisamos envolver mais pessoas para atuar nas áreas de hematologia e hemo-terapia”, explica Ana Suely.

Atualmente, o Hemopa atende aproximadamente 700 pacientes com coagulopatias, envolvendo hemofilias A e B e von Willebrand, doença falciforme e outros. “O in-tercâmbio, treinamento e capaci-tação junto a outras instâncias da atenção básica favorecem os pro-fissionais para que o atendimen-to feito na região esteja cada mais

“A clAssE médicA E os proFissionAis dE sAúdE prEcisAm discutir mAis As diFi-culdAdEs rEgionAis E BuscAr soluçõEs com BAsE nAs Evi-dênciAs ciEntíFicAs”

Denys Fujimoto, coorDenaDor Da jornaDa pan-amazônica

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HEMO EM REVISTA 31Outubro/Dezembro 2015

Jornada pan-Amazônica foi importante para discutir aspectos regionais das doenças onco-hematológicas e questões endêmicas

adequado ao protocolo e diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde”, afirma a hematologista.

O presidente da ABHH lem-bra a realização, em 2011, do 3º Congresso Pan-Amazônico de Hematologia e Hemoterapia. “Voltamos a Belém após quatro anos, com a finalidade de atualizar os conhecimentos, trazer novas discussões para os profissionais que atuam na área de hematologia e hemoterapia e também integrar os profissionais que fazem parte da nossa Associação. Essa ligação da ABHH com o Hemopa já vem de longa data”, afirma Covas.

Curso Da eBHPara fechar o último curso pre-sencial do ano da ABHH, exceto o Hemo, Brasília (DF) recebeu en-tre 24 e 26 de setembro a 25ª edi-ção do Curso da Escola Brasileira de Hematologia. O encontro teve como foco as doenças mielopro-liferativas e linfoproliferativas como a leucemia mielocítica agu-da (LMA), leucemia neutrofílica crônica (LNC), leucemia eosino-fílica crônica (LEC), mielofibro-se, mastocitose, policitemia vera e trombocitopenia essencial. Da parte de linfoproliferativas crôni-cas, a leucemia linfocítica aguda (LLA), prolinfocítica B, prolinfo-cítica T, linfoma de células T do adulto, LGL, tratamento de recaí-da e dos casos resistentes, trico-leucemia e linfocitose monoclo-nal B também foram abordadas. Com todos esses tópicos, foram

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HEMO EM REVISTA32 Uma publicação da ABHH

c o b e r t u r a • pelo País

Israelita Albert Einstein; Alexandre Nonino, do Hospital de Base de Brasília; Jorge Vaz Pinto, membro da Coordenação de Emergências Médicas do Departamento Médico da Câmara dos Deputados; e Daniel Mazza Matos, do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce). E ainda Belinda Simões, membro do Comitê de Transplante de Medula Óssea da ABHH e professora do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP), Roberto Passetto Falcão e Carlos Chiattone, diretores da ABHH, e a contribuição efetiva de Ricardo Pasquini.

Para o vice-diretor científico da ABHH, Roberto Passetto Falcão, o

aplicadas 16 aulas com discussão de 16 casos clínicos.

O time de palestrantes foi com-posto por profissionais de destaque da área de hematologia, conside-rados a nova geração de médicos e pesquisadores no Brasil. Entre eles, Renato Sampaio Tavares, da Universidade Federal de Goiás (UFG); Danielle Leão, do Hospital das Clínicas da UFG; Fabíola Traina e Lorena Pontes, do HCFMRP-USP; Fábio Pires de Souza Santos e Guilherme Perini, do Hospital

evento foi bastante uniforme, pois houve uma combinação de aulas e palestras com discussão de casos clínicos e uma participação efeti-va da plateia. “Todos aprenderam: tanto os professores, que tiveram acesso a casos levados para dis-cussão durante o evento, quan-to os alunos, que voltarão para a sala de aula com informações que poderão ser aplicadas no dia a dia dos pacientes.”

Durante o Curso, também foi divulgado o tema central da 26ª edição, que será realizada em 2016, em São Paulo (SP). O even-to, que acontecerá em setembro, discutirá assuntos relacionados a trombose e hemostasia.

público foi destaque nos eventos pela interação e discussão de temas dasespecialidades e equipe multidisciplinar

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HEMO EM REVISTA 33Julho/Setembro 2015

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T e m p o L i v r e • Blogues

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quetalumblogCompartilhar informações na internet pode ser uma forma de distração, além de atrair mais paCientes

por Danielle Menezes

Quem nunca buscou alguma informação no Google que atire a primeira pedra! Atual-mente, o mundo digital ganha cada vez mais espaço na medicina e pode servir para várias finalidades. Com certeza, você já ouviu um paciente dizer que sentiu algum sintoma, procurou na internet o que poderia ser e chegou ao seu consultório achando que es-

tava com os dias contados. O acesso fácil à informação digital tem seus pontos positivos e negativos e, muitas vezes, desfazer mitos da web pode ser difícil.

Porém, nem tudo o que se lê na internet é mentira. Muitos profissionais médicos dedicam seu pouco tem-po livre para escrever sobre suas especialidades, medi-da que pode ajudar, e muito, seus pacientes. Apesar da rotina abarrotada com atendimento ao paciente, plan-tões, congressos e reuniões, compartilhar informações em um blog pode ser benéfico tanto para o profissional da saúde quanto para o paciente.

A psicóloga Luciana Leis é especialista em infertili-dade e criou seu blog em 2010, com a finalidade de aju-

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dar os pacientes com informações sobre o assunto. Para ela, que atuou por mais de 10 anos na área de psi-cologia hospitalar do Hospital das Clínicas da USP, o blog não é benéfico só para o médico, mas também traz pontos positivos para o paciente, que pode ter acesso a informação de confiança na web, além de trazer mais pacientes para a clínica. “O blog ajuda a ampliar a relação médico-paciente e captar cada vez mais pacientes. Há casos em que o paciente lê o tex-to no blog se identifica com o artigo do especialista e acaba marcando uma consulta com ele. Pode ser uma forma de ficar mais conhecido. Muita gente procura o médico via blog porque se identifica com ele.”

De acordo com a especialista, é preciso ter perfil para criar um blog. Principalmente se você vai escrever sobre sua especialidade médica. Para ela, alguns pontos são es-senciais para começar. “A primeira coisa é gostar de es-crever. É preciso ter empatia com os pacientes para que eles se identifiquem com os artigos. Ter um blog não é para qualquer pessoa. Além de um mínimo de habilida-de para escrever, é importante dedicar um tempo para alimentar periodicamente o blog e pensar em temas que sejam de interesse dos pacientes”, afirma a psicóloga.

Ter um blog pode ser também um hobby. E esse foi um dos motivos que fez o cardiologista e professor li-vre docente da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Luis Cláudio Correia começar a escrever. Ele é autor do Medicina Baseada em Evidências, criado em 2009 com o intuito de desvendar mitos e paradigmas da medicina. O médico explica que sentiu a necessidade de escrever

sobre o assunto em razão de ter percebido um au-mento considerável de artigos e opiniões, inclusive de médicos, sem base científica. “Muitas vezes, esses textos tinham como base crenças ou tradições. Exis-te uma necessidade de alinhar o pensamento cientí-fico com as questões individuais. Percebi que havia muitos paradigmas que precisavam ser derrubados na medicina. Por isso, criei o blog para discutir esses assuntos”, diz o cardiologista.

O Medicina Baseada em Evidências é voltado principalmente para profissionais da saúde, porém, alguns textos podem ser entendidos facilmente pelo público leigo. O especialista/autor traz assuntos di-versos e de interesse público. Um dos exemplos que ele destaca em seu blog foi um texto, baseado em pesquisas clínicas, afirmando que atividade física não emagrece como esperado e sim a mudança ali-mentar. Um tema um tanto quanto polêmico e que levantou grande discussão - segundo Correia, foi um dos mais discutidos em sua página. “Com um blog, podemos ter autonomia de publicar o que qui-sermos. Tenho liberdade, estou publicando o que eu quero e assumo a responsabilidade sobre minha pu-blicação. Dessa maneira, tenho condições de publicar muitas coisas fora da cai-xa e provocar discussões”, afirma.

Compartilhar experiências tam-bém pode ser um bom motivo

Dicas para criar um blog

Se você ficou com vontade de criar um blog, saiba que alguns pontos precisam ser relevados antes de criar sua página.

Lembre-se de ser sucinto em seus textos, até porque o con-teúdo ficará disponível na internet para o acesso de todos, inclusive de pacientes que não têm conhecimento médico.

Evite citar exemplos reais de pacientes. Lembre que eles também podem encontrar seu blog, identificar suas histórias particulares e se sentirem atingidos.

Se for falar de casos clínicos, prefira apresentá-los de ma-neira mais geral.

A periodicidade, como já citamos, é extremamente impor-tante para manter um blog ‘vivo’. Manter uma regra sobre as postagens é importante para fidelizar o leitor.

Um blog pode ser a porta para sua visualização profissional, porém, também pode ser um lazer. Então, antes de criá-lo, tenha isso definido. Quando você se vê obrigado a escrever no blog, ele pode deixar de ser um passatempo.

Estabeleça um controle de produção dos textos para con-ciliar com sua rotina. Para Juliana, não há perda de tempo em escrever, mas sim uma forma de aproveitar o tempo livre. “Se repararmos bem, não se perde assim tanto tempo. Trata-se de uma partilha. Ofereço meu tempo e minhas experiências, mas também recebo carinho de pessoas que nem conheço.”

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HEMO EM REVISTA36 Uma publicação da ABHH

T e m p o L i v r e • Blogues

para criar um blog. Essa foi uma das razões que le-vou Juliana Castro, formada em medicina pela Uni-versidade de Coimbra, em Portugal, a publicar na internet. Ela criou o blog Diário de uma Estudante de Medicina, em 2010, quando ainda estava na fa-culdade, com o intuito de escrever sobre as dificul-dades do curso. Agora, depois de formada, ela con-tinua escrevendo. “Achava que o que eu escrevesse iria ficar perdido em algum canto da internet. Não tinha como objetivo falar de medicina, doenças e tratamentos. Sempre tive em mente escrever sobre meus sentimentos, dificuldades e conquistas ao longo do curso, dar uma perspectiva pessoal. Com o tempo e a evolução do percurso, já com leitores assíduos, comecei a dirigir os posts também àquilo que achava que o público-alvo queria saber, sobre mim e sobre o curso”, afirma Juliana.

Uma das preocupações em escrever para a web é a credibilidade do texto. Segundo Correia, um blog nem sempre tem embasamento científico. “Muitas vezes, pode ser uma opinião. A fundamen-tação é muito importante. Por isso, tenho coragem de postar textos que desmitificam informações em que a população acredita. A ciência separa o mito da verdade”, afirma o especialista.

Estabelecer uma periodicidade é outra questão importante. Atualmente, o cardiologista procura alimentar o blog quinzenalmente. “Meus textos são grandes, não consigo escrevê-los em um curto período de tempo.” Ele cita a postagem do blog que teve a maior quantidade de acessos: “Fiz uma análi-se estatística sobre a derrota de 7x1 do Brasil contra a Alemanha. O texto é o mais lido do blog até hoje”.

De acordo com ele, escrever para o blog é uma forma de lazer, por isso mantê-lo atualizado não ©

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A psicóloga Luciana Leis e o Cardiologista Luis

Cláudio Correia são dois exemplos de profissionais

de saúde que dedicam parte do seu tempo

com seus blogs

pode ser um sacrifício. “Não estou tirando tempo do meu trabalho para escrever. Meu tempo de la-zer é planejado. E escrever é um lazer. As pessoas perguntam como consigo dar aula, atender os pa-cientes, escrever e ainda aproveitar o tempo com minha família. A resposta é simples e objetiva: tudo tem que ser planejado”, conclui.

Para Juliana, o blog também é uma terapia. “O carinho que recebo dos leitores ajudou em muitos momentos difíceis. Havia vezes em que ficava com lágrimas nos olhos ao ler comentários que me dei-xavam. Por isso, nessa perspectiva foi, e continua sendo, uma enorme terapia emocional. E, claro, me divirto escrevendo também”, completa.

Se você puder responder aos comentários dos leitores, a prática da escrita na internet pode ser ainda mais prazerosa. Essa interação médico-pa-ciente ou médico-médico te ajudará a ter uma ideia do quanto seu blog é visualizado e se ele está aju-dando ao próximo. “Aprendi a interagir mais com meus pacientes a partir dessa interação com os leitores. Evoluo ao fazer isso e ao escutar opiniões diferentes das minhas”, diz o cardiologista.

Você também pode optar por escrever sobre outros assuntos, que não a saúde. Na rede, encon-tramos diversos blogs escritos por médicos e que nem sempre tratam de medicina. Um exemplo que podemos citar é o blog do presidente da ABHH, Di-mas Tadeu Covas, o Educamaisbrasil. Além de falar de saúde e gestão pública, o blog traz assuntos so-bre educação, ciências e variedades. Que tal tentar?

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HEMO EM REVISTA 37Julho/Setembro 2015

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HEMO EM REVISTA38 Uma publicação da ABHH

T U R I S M O • Fórmula 1

PURAADRENALINAVelocidade, emoção, estratégia e grandesultrapassagens. Bem-vindo à Fórmula 1! por Fernando Inocente

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HEMO EM REVISTA 39Outubro/Dezembro 2015

Jornalista do canal SporTV e especialista em automobilismo, Fábio Seixas explica que esse inte-resse é comprovado pela audiência, que, apesar de ter diminuído nos últimos anos, ainda possui nú-meros absolutos relevantes. “Durante muito tem-po, o blog que eu tinha na Folha de S. Paulo era um dos mais visitados. E o número de mensagens era muito grande também.”

De forma geral, segundo o jornalista do canal Fox Sports e responsável por um blog sobre velocidade no UOL, Flavio Gomes, o perfil do brasileiro é de gostar de vitórias, não necessariamente de esportes. Para ele, se um brasileiro está em alta, vencendo em deter-minada modalidade, a atividade esportiva passa a ser vista de outra maneira e, consequentemente, o atleta é alçado a ídolo. “Foi assim com a natação, com o tê-nis e com a ginástica: paixões efêmeras. No automo-bilismo, o caso não é tão dramático porque ao longo dos anos se formou um público interessado”, analisa Gomes. Ele afirma que, claramente, essa relação mais apaixonada com o automobilismo já foi mais forte no passado. “Diversos fatores contribuíram. A própria relação do jovem com o automóvel mudou e, conse-quentemente, com o automobilismo também.”

Assim como muda também a torcida por uma equipe. De acordo com Gomes, a única escuderia que realmente tem torcedores no mundo todo é a Ferrari - as demais possuem simpatizantes. “A McLaren tem fãs no Brasil por causa dos anos do Senna, mas não há pesquisas que falem sobre o nú-mero de torcedores.”

PrImeIras aceleradasDe acordo com Fábio Seixas, as aceleradas paulistanas têm dois momentos em especial que fortaleceram essa relação com a modalidade. O primeiro foi a inaugura-ção do autódromo de Interlagos em 1940 e a instalação da indústria automobilística no País. “Foi um momen-to de grande frisson. Havia um clima favorável para o crescimento do automobilismo. Muitas montadoras estavam abrindo as portas e viam nele uma platafor-ma de marketing, já que existiam grandes provas na-cionais, como as Mil Milhas. A Fórmula Ford também era fortíssima e existiam equipes das fábricas, como a DKW (sigla que se lia ‘Decavê’) e a Willys.”

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Ferrari é a escuderia com maior torcida entre os brasileiros

Apaixão do torcedor brasileiro não se restringe apenas ao futebol. O au-tomobilismo também tem um lugar cativo no coração das pessoas, prin-cipalmente daquelas que nasceram até a década de 1980. Certamente você conhece alguém que vira a noi-te de sábado para o domingo para as-

sistir ao Grande Prêmio do Japão, por exemplo, lá pelas duas e tanta da madrugada. Seja para tor-cer por um piloto, seja por uma escuderia.

A morte de Ayrton Senna e os resultados pou-co expressivos dos pilotos brasileiros nestes últi-mos 21 anos, pelo menos na visão da maior parte do público, fizeram diminuir o número de torce-dores. Mesmo assim, existe uma ‘massa silencio-sa’, que não solta rojão e não discute com o colega de trabalho, como acontece quando o assunto é o esporte bretão, que acompanha com afinco a prin-cipal categoria do automobilismo internacional.

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HEMO EM REVISTA40 Uma publicação da ABHH

T U R I S M O • Fórmula 1

O segundo momento foi a ascensão e o des-taque dos pilotos brasileiros no cenário interna-cional. “O sucesso de Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Senna, em uma sequência que durou 20 anos, fizeram com que o brasileiro passasse a se interessar mais”, complementa Gomes.

Apesar de os três sempre serem os mais ci-tados (pelo menos pela grande massa), é preciso voltar no tempo e falar sobre os pioneiros. Bird Clemente, Camillo Christófaro, Luiz Pereira Bueno, Francisco Lameirão e Jan Balder foram de extrema importância no momento do surgimento e para o crescimento do automobilismo brasilei-ro. “O Emerson era fã de todos esses caras. Eles foram os primeiros heróis. Outro que não pode ser esquecido é o Chico Landi, que foi o primeiro piloto a correr nas pistas europeias”, relata o jor-nalista do SporTV, ao citar também os pilotos de corridas de ‘carreteras’, como Catarino Andreatta, que pilotavam verdadeiros carros ‘Frankensteins’ no sul do Brasil. “Se não fossem eles, o Fittipaldi certamente não iria gostar de automobilismo. O fato é que uma geração foi puxando a outra.”

Outro nome importante dessa história é José Carlos Pace, o primeiro piloto brasileiro a vencer um Grande Prêmio do Brasil, em 1975, pilotando uma Brabham. Morto em 1977 em um acidente de

Emerson Fittipaldi tem ampla história na pista

de Interlagos. Abaixo, Senna venceu a prova

duas vezes

avião, Pace foi homenageado em 1985 e passou ofi-cialmente a dar nome ao autódromo de Interlagos.

são Paulo e a Fórmula 1A história da maior cidade da América Latina com o automobilismo vem de longa data. Oficialmente, a primeira prova automobilística do Brasil aconte-ceu em 26 de julho de 1908. O trajeto, de 75 km, foi do município de Itapecerica da Serra até onde hoje fica o Estádio do Palmeiras (no bairro de Perdizes). Catorze carros participaram e o vencedor foi o con-de Sylvio Álvares Penteado, com um Fiat. ©

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HEMO EM REVISTA 41Outubro/Dezembro 2015

A capital paulista também é a cidade natal de Emerson Fittipaldi, primeiro piloto brasileiro a conquistar uma corrida na Fórmula 1. O feito aconteceu em 1970, no GP dos Estados Unidos. Fittipaldi detém dois campeonatos no currículo (1972 e 1974), conquistou seis poles, 14 vitórias, 35 pódios. Inclusive, ele foi o primeiro vencedor de um Grande Prêmio de F1 realizado no Brasil valendo pontos para o campeonato, em 1973.

Interlagos Aos 75 anos de idade, o autódromo José Carlos Pace já viu e viveu muitos fatos. Inicialmente, Inter-lagos foi planejado para ser uma cidade-satélite, onde, além de um autódromo, teria infraestrutura como residências, comércio, hotel, igreja e outros estabelecimentos. O primeiro projeto começou a ser desenhado em meados da década de 1920 pelo engenheiro britânico Louis Romero Sanson, que tinha planos imobiliários para a região. O ur-banista francês Alfred Agache, que participou do projeto, sugeriu batizar a área de Interlagos pela semelhança com a região suíça de Interlaken (que significa ‘entre lagos’ ), já que o local está entre as represas Billings e Guarapiranga.

Curiosidades

A extensão da pista de Interlagos diminuiu com o decorrer dos anos. Em 1940, eram 7.960 m; em 1979, 7.873 m; em 1990, 4.325 m, em 2000, 4.309 m, que se mantêm até hoje.

Vitórias brasileiras em são PauloEmerson Fittipaldi - 1973 e 1974José Carlos Pace - 1975Ayrton Senna - 1991 e 1993Felipe Massa - 2006 e 2008

Michael schumacher é o piloto que mais venceu - 1994, 1995, 2000 e 2002.

ayrton senna é outro filho ilustre da cidade de São Paulo. Tricampeão mundial e tido por muitos como o maior piloto de todos os tempos, é consi-derado até hoje um herói para os brasileiros. Tem na carreira 65 poles, 41 vitórias e 80 pódios.

rubens Barrichello conseguiu dois vice-campeonatos, sendo o piloto com maior número de corridas na história da F1. Ao todo, foram 326 GPs, com 14 poles, 11 vitórias e 61 pódios.

Com um vice-campeonato conquistado em 2008, o paulistano Felipe Massa já disputou mais de 200 corridas, com 11 vitórias, 36 pódios e 16 poles.

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HEMO EM REVISTA42 Uma publicação da ABHH

Hemobrás emite nota sobre armazenamento de plasma

giro O que aconteceu de mais relevante nos últimos meses

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correntes de recolhimento junto aos hemocentros e postos de coleta de sangue em todo o território nacional. Devido a esta situação de urgência, a empresa foi contratada por dispensa de licitação no valor de R$ 880.800,00, por seis meses.

De acordo com o contrato celebrado entre a Hemobrás e a Módulo Containers, todos os con-têineres precisariam estar qualificados e a empre-sa Módulo precisaria atender todas as condições regulatórias exigidas, o que de fato não ocorreu. Diante de tal situação e esgotadas todas as medi-das que visavam a uma resolução dos problemas, a Hemobrás iniciou a apuração das faltas e apli-cação das medidas punitivas previstas em contra-to, que culminaram na rescisão contratual.”

A íntegra da nota está disponível no site da ABHH.

A matéria Sangria Desatada, publicada na revista Veja em 16 de agosto, deu o que falar. Segundo ela, a Hemobrás rescindiu um contrato de R$ 880 mil para o armazenamento de plasma sanguíneo, que foi assinado em janeiro, para fechar negócio com outra empresa, só que por R$ 8,3 milhões, quase 10 vezes mais.

Procurada pela ABHH, a Hemobrás emitiu uma nota de resposta. Confira um trecho:

“A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) informa que a empre-sa Módulo Containers foi contratada, em janeiro deste ano, para fins de fornecer, em regime de lo-cação, 16 contêineres refrigerados para acondi-cionamento de até 320 paletes de bolsas de plasma em função do acúmulo do número de bolsas que estavam sob a responsabilidade da Hemobrás, de-

Dia Mundial de Concientização sobre Linfomas 49

Pesquisadores brasileiros e italianos no encontro da AIBE 46

ABHH promove a campanha #PenseGaucher 44

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HEMO EM REVISTA 43Julho/Setembro 2015

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HEMO EM REVISTA44 Uma publicação da ABHH

G I R O • Destaques da especialidade

Em 1º de outubro, foi comemora-do o Dia Internacional de Cons-cientização sobre a Doença de Gaucher, enfermidade heredi-tária que atinge cerca de 10 mil pessoas em todo o mundo. Pen-sando em divulgar a importân-cia de um diagnóstico preciso, a ABHH promoveu, durante todo o mês, a campanha #PenseGaucher. “Queremos chamar a atenção dos hematologistas, pediatras e de-mais profissionais da saúde para a doença e, com isso, reduzir a jornada do paciente em busca do diagnóstico, que pode levar déca-das”, afirma a hematologista pe-diátrica Célia Campanaro, mem-bro da ABHH.

Para divulgar a campanha, a ABHH publicou semanalmente em suas redes sociais informa-ções importantes que ajudam no diagnóstico da doença, que se dá com base na história clínica e exa-me físico. Na doença de Gaucher, ocorre a redução da atividade de uma enzima, chamada glicocere-brosidase ácida, que leva ao acú-mulo de uma gordura específica dentro de células chamadas ma-crófagos. Esses macrófagos reple-tos da gordura não digerida são chamados de células de Gaucher e encontrados em diferentes partes do corpo, principalmente baço, fígado e medula óssea. A procura das células de Gaucher na medula

óssea deve ser feita com atenção. A confirmação da doença de Gau-cher se faz pela dosagem da enzi-ma específica no sangue.

Os sinais e sintomas mais co-muns são barriga distendida pelo aumento do baço e do fígado, fra-queza, palidez, dores ósseas, san-gramentos e hematomas sem his-tória de traumas nos locais. Tam-bém podem acontecer fraturas mais facilmente, pela fragilidade dos ossos.

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Doença de Gaucher do tipo 1 é a mais frequente, correspondendo

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HEMO EM REVISTA46 Uma publicação da ABHH

G I R O • Destaques da especialidade

Cooperação entre pesquisadores fomenta encontro da AIBE em 2015

Nos dias que antecedem o Hemo 2015, mais uma edição do encon-tro da Associação Ítalo-Brasileira de Hematologia (AIBE) acontece em São Paulo (SP). Com grande expectativa de engajamento e par-ticipação devido ao crescimento da cooperação entre pesquisadores e interessados na área, os temas de destaque são linfomas (Hodgkin e não Hodgkin), além de projetos sobre mieloma múltiplo e leucemia mieloide crônica.“A AIBE nasceu de uma parceria entre colegas e hoje tem projetos como o Elderly, com foco em pa-cientes onco-hematológicos acima de 60 anos. Alguns projetos são focados especificamente em linfo-ma de Hodgkin, mieloma múltiplo e, recentemente, leucemia mieloide crônica”, ressalta o vice-presidente da AIBE e diretor da ABHH, Carlos Chiattone.Na edição deste ano, o registro de linfoma com uso de células T será apresentado, assim como linfomas gástricos em parceria com Portugal, além de biomarcadores de mieloma múltiplo. “A AIBE proporciona tam-bém, aos estudantes e professores que desejam se especializar na área, treinamento na Itália com foco em pesquisa e tratamento - uma oportunidade de aprendizado e tro-ca de experiências com cientistas renomados”, reforça Chiattone.

As síndromes mielodisplá-sicas (SMD) são um grupo de doenças hematológicas malig-nas que se iniciam na medu-la óssea, nosso órgão hemo-formador (responsável pela formação do sangue). Por ser pouco conhecida pela popula-ção, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) divul-ga informações de relevância sobre a doença que afeta poten-cialmente pessoas acima dos 60 anos. “A SMD tem como apre-sentação clínica mais comum a anemia. O indivíduo fica pálido

O secretário de Saúde da Prefeitura de Campinas e ex--presidente da ABHH, Car-mino Antonio de Souza, foi nomeado membro do Conse-lho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A no-meação foi publicada do Diário Oficial do Estado em 6/10 e o mandato é de seis anos. Carmi-no vai ocupar a vaga do advoga-do Celso Lafer, ex-ministro das Relações Exteriores e membro

e se queixa de fraqueza, cansa-ço aos esforços, peso nas per-nas. A anemia no idoso é consi-derada um problema de saúde pública, pela sua alta preva-lência. É necessária, portanto, uma avaliação criteriosa e es-pecializada, para afastar outras causas de anemia nesse grupo populacional, como as anemias carenciais e a anemia por doen-ça crônica, para confirmação do diagnóstico”, explica Sílvia Magalhães, hematologista es-pecializada no tratamento de SMD e diretora de comunica-ção da ABHH.

25/10 – Dia Internacional da SMD

Ex-presidente da Associação é nomeado para o Conselho Superior da Fapesp

da Academia Brasileira de Le-tras, cujo mandato chegou ao fim. “É uma enorme honra e uma enorme responsabilida-de. É o topo da minha carreira de professor universitário”, afirma o secretário.

O Conselho Superior da Fapesp é formado por 12 inte-grantes. Cabe ao órgão a orien-tação geral da Fundação e to-mada das decisões maiores de suas políticas científica, admi-nistrativa e patrimonial.

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HEMO EM REVISTA48 Uma publicação da ABHH

G I R O • Destaques da especialidade

A Faculdade de Medicina de Ri-beirão Preto (FMRP) recebeu, em 3 de setembro, o Workshop on Hematology, encontro internacio-

nal realizado pela USP em parceria com a Universi-té Sorbonne Paris Cité. O evento teve como objeti-vo apresentar e discutir projetos do Hemocentro de Ribeirão Preto, além de incentivar a participação de novos pesquisadores e alunos.

Também foram discuti-dos no encontro projetos sobre anemia falciforme, transplante de medula ós-sea e falência hematopoé-tica, desenvolvidos pela Rede de Pesquisa Interna-cional em Hematologia, que envolveu professores e pesquisadores.

Encontro internacionalWorkshop on Hematology

Evento realizado em Ribeirão Preto reuniu profissionais brasileiros e franceses

Em 15 de setembro, foi co-memorado o Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, doença pouco co-nhecida entre a população brasileira, mas que já atinge um grande número de pes-soas. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número de casos do lin-foma não Hodgkin duplicou nos últimos 25 anos. Os linfomas são neoplasias ma-lignas que se originam nos gânglios do sistema linfático, mas que podem se espalhar por todo o corpo. Apesar de não haver pre-venção, o conhecimento sobre a doença pode aju-dar a conter uma evolução progressiva. Por isso, o Setembro Verde foi criado para divulgar a importância do diagnóstico, que, se for precoce, aumenta a chan-ce de cura em até 90%. Além disso, durante todo o mês, informações sobre tratamento são divulgadas com o objetivo de alertar os pacientes, que pouco sabem sobre a doença. Quimioterapia, radioterapia e imunoterapia são as téc-nicas mais utilizadas para combater os linfomas.

Conscientizaçãosobre linfomas

A Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Associação Brasileira de Hemato-logia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) acontece no dia 21/11 (sába-do), a partir das 16h30, nas Salas 7/8.

Assembleia Geral e eleiçõespara o biênio 2016/2017

Na oportunidade, a diretoria atual irá apresentar o balanço da gestão no biênio 2014-2015 e, na sequência, será feita a eleição da Diretoria para o biê-nio 2016/2017. Participe!

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HEMO EM REVISTA 49Julho/Setembro 2015

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HEMO EM REVISTA50 Uma publicação da ABHH

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HEMO EM REVISTA 51Abril/Junho 2015

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