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Vislumbres do Passado Ebrael Shaddai Vislumbres do Passado Minha experiência com Terapia de Vidas Passadas Ebrael Shaddai Contato: [email protected] 1

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Vislumbres do Passado Ebrael Shaddai

Vislumbres do Passado Minha experiência com

Terapia de Vidas Passadas

Ebrael Shaddai

Contato: [email protected]

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Vislumbres do Passado Ebrael Shaddai

2012

PREFÁCIO

Sempre estive ligado a atividades e estudos sobre ocultismo. É próprio daqueles que partilham dos mesmos ideais espiritualistas a crença na reencarnação. Ao menos, a maioria deles é simpático a essa crença. Não vou entrar em méritos que ponham em evidência as contendas entre os reencarnacionistas e os adeptos de religiões fundamentalistas. Acredito que, se até entre os reencarnacionistas há dissensões gritantes, não há a menor necessidade de ficarmos batendo martelo dentro de nossa própria casa. Somente a Luz deve ser nossa direção, e somente no Criador da Luz devemos nos regozijar, não em mero orgulho mundano.

Mesmo que o Catolicismo toque forte meu Coração, ainda que em Igrejas romanas minha chama mística brilhe, por Cristo e em Cristo, não posso renegar a Luz que me chega à Intuição acerca de crenças repudiadas pela Igreja. Essa Luz pode ser filtrada por meu Ego e ser por mim distorcida. Mas, a despeito disso, essa mesma Intuição me faz ir em busca de respostas pelas quais minha alma (e as almas de todos os seres humanos, em dores de parto) reclama e que a Tradição da Igreja não nos provê.

No dia em que nos deixarmos guiar pela Luz de Deus, no solene dia em que o adorarmos em Espírito e Verdade , então não 1

conheceremos em parte apenas, como agora, mas conheceremos

1 Ref.: Ev. de João cap. 4, vv. 23 e 24.

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totalmente . Ainda somos crianças espirituais, filhos caçulas de 2

um Pai (e Mãe) que não cessa de nos doar Amor, pois é próprio de quem gera de si mesmo dar amor naturalmente.

Precisamos corrigir nosso desejo. Quando nosso desejo for simplesmente de ser equivalente Àquele que nos dá Supremo Prazer, então amaremos a todos indistintamente, pois não pensaremos em nada mais a não ser fazer aquilo que somente Ele nos ensina: DOAR. É dando que se recebe, é desejando sua Luz, aceitando seu banquete, que o agradaremos e lhe daremos Prazer.

Esse documento consiste nos relatos descritivos das cenas que visualizei no consultório de uma terapeuta e hipnóloga, que trabalha com Regressão a Vidas Passadas. Seguindo aos relatos, teço minhas conclusões e minha análise subjetiva dos aspectos e lições que aquelas cenas me conferiram.

Essa é minha primeira experiência com Terapia de Regressão a Vidas Passadas, o que me impede de avaliar o trabalho da terapeuta sob o crivo profissional. Poderei, no entanto, analisar os resultados, confrontando-os com minhas expectativas prévias, acrescidas de minhas ansiedades.

Pretendo fazer outras experiências com hipnoterapia, de forma a auxiliar minha autoanálise e programação mental, visando meu equilíbrio físico e emocional. Quem sabe, possa aprofundar o estudo de minhas outras Vidas Passadas com sessões de Regressão por Hipnose, com outra terapeuta, acareando os resultados. Isso deve me inspirar mais segurança e intuições mais objetivas (paradoxal isso, hein).

Espero que gostem! Podem comentar, se quiserem. Basta selecionar um texto com o mouse e, clicando no botão direito do

2 Ref.: 1 Coríntios, cap. 13, vv. 9-12.

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mesmo, escolher “Comentário”.Desejo-vos, a todos quantos aqui estiverem, a Paz do Cristo!

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SUMÁRIO:

1. Relatos

Preparação Cena 1 Cena 2 Cena 3 Cena 4 Cena 5 Cena 6

2. Análise e Acareação O Internato O Cavalo A tentação do Poder O Amor: salvação dos covardes A refração da Luz Fim da jornada

3. Noções Gerais: Terapias de Vidas Passadas#

Descrição Histórico A T.V.P. no Brasil Bibliografia recomendada Conteúdos relacionados

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1. Relatos

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Preparação

Na primeira consulta, a terapeuta me inquiriu sobre minha vida: hábitos, estado de saúde física, medos e acontecimentos principais dos últimos anos. Claro, procurou saber qual a natureza do meu interesse em fazer terapia com regressão. Resumiu-se a isso: foi mais uma pré-consulta do que uma consulta. Ela colheu informações sobre as quais poderia propor o melhor método de abordagem e saber que comandos dar na hora de preparar, nas próximas sessões, o clima para as visualizações.

Na segunda e terceira consultas, foram feitos exercícios de relaxamento e desbloqueio de lembranças marcantes e traumáticas para que pudesse me lembrar mais facilmente delas durante a semana, fazendo assim a reflexão sobre elas, suas causas e efeitos sobre minha vida presente. Também me fora dito que serviria para que eu não confundisse essas lembranças atuais (dessa encarnação) com as cenas que, porventura, viesse a ver na quarta sessão, a partir da qual, seriam tratados problemas decorrentes desses eventos passados.

Esses exercícios de relaxamento consistiam em manter atenção total sobre as mínimas partes de meu corpo, sentindo-as e distendendo-as até que eu me sentisse inteiramente relaxado. Em seguida, eu mentalizava frases positivas ditadas pela terapeuta, durante as quais eu me concentraria, de olhos fechados, num objeto (também chamado de totem) que eu seguraria até o fim de cada sessão. Depois de rememorar fatos e causas dessa vida que foram deixados de lado, sem porém perderem seus efeitos, estaria pronto para superar mais um de

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meus limites. Os medos nos impedem de sermos iluminados, sendo o pior deles o medo da morte iminente.

Cena 1

Desço por uma escada escura, ao comando da terapeuta, contei 33 degraus deliberadamente. Ao fim da descida, me vi num hall escuro, diante do qual continuei seguindo por um corredor escuro também, sombrio. Clima úmido, ar pesado. Pegajoso era o aspecto do lugar. As paredes eram de pedras cúbicas brutas, não trabalhadas, sobrepostas umas às outras, com pouca argamassa, mas não aparente.

Sentia frio nas pernas, literalmente. Não exatamente frio, mas o impacto da umidade do ambiente. Haviam grossas barras de ferro preto servindo de grades nas aberturas quadradas das paredes dos corredores, à altura média. Ao final do primeiro corredor, que era curto, seguia um outro corredor à esquerda. O lado direito daqueles corredores parecia conter uma série de quartos, mas à moda de manicômio (hospício), sem grades. Se havia pessoas ali, viveriam cerceadas apenas pelas grades e trancas das aberturas para o exterior daqueles corredores (portas e janelas).

A época remetia a algum hospício religioso ou de caridade (se é que se possa chamar aquilo de caridade). O ar era impregnado pelos miasmas próprios dos distúrbios mentais e/ou emocionais manifestados pelos habitantes daquele lugar. Me parecia já abandonado, sem muitas almas penadas, isso se lá ainda haviam almas penadas. A aparência me lembra Espanha, Portugal ou Itália, mas não tão antiga como a italiana, pois as linhas da

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construção eram retas, o que condiz mais com o espanhol (sem arabescos) ou português.

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Cena 2

Eu, a cavalo, galopando por curvas em terreno desértico, com algumas poucas moitas. Parecia estar fugindo, olhando constantemente para trás. Aquele ambiente desértico se assemelha bastante com os desertos do Velho Oeste norte-americano. A época me parece ser no século XIX.

Soldados me aguardam em emboscada, assustam meu cavalo, e eu caio em terra, sendo capturado por eles. Rapidamente, me dão com a coronha de espingardas nas costas, chutes na barriga. Eu, caído, sou jogado num canto de uma pedra, cuja sombra me cobria do sol. Estava recostado, quando vejo (com os próprios olhos, em primeira pessoa) minha cabeça virar à esquerda. Pouco sangue nos meus olhos, que estavam fixos na lateral da pedra onde me recostei. Foi um tiro na cabeça, por uma espingarda.

Cena 3

Eu, diante de uma escrivaninha, escrevendo à pena num livro, apoiado num suporte próprio para esse fim, feito de madeira escura, aparentemente trabalhada. Meia-luz, sendo de velas. Meus braços cobertos por túnica escura (marrom, provavelmente). Parecia ser eu um religioso letrado, erudito. Escrevia em meio a alguma tensão, comoção ou aflição. Era algo que poucos poderiam ler (acho que poucos sabiam mesmo ler). Parecia ser um lugar de melhor condição, mesmo para um convento da época. Pelo estilo do livro e móveis, situaria a cena entre os séculos XV e XIX. Europa

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ou América Latina, meu palpite.

Cena 4

Uma mulher amarrada pelas mãos, no chão, à traseira de um cavalo predominantemente de cor clara (branco com algumas pequenas manchas). Alguém incita o cavalo, e ele dispara com a mulher amarrada, sendo arrastada e, dessa forma, enviada ao seu suplício solitário. Deserto tipico dos EUA, situaria a cena, também, no século XIX.

Eu assistia, ou preso ou escondido, à cena, a uns 10 metros da mulher. Me senti impotente, numa aflição descomunal, dando, enfim, adeus a ela, a qual sabia que não veria viva novamente. Alguém tinha traído alguma promessa a alguém poderoso, mas bem que poderia ser por vingança, ódio ou inveja. Mas, definitivamente, ou eu ou ela tínhamos afrontado a alguém muito poderoso.

Cena 5

Estou voando por sobre montanhas com picos gelados, agudos, com alguma neve, em meio à luz de uma tarde de outono ou inverno seco. É como se eu fosse um pássaro, como minha alma estivesse indo para algum local familiar. De repente, decido planar sobre uma região de terra, nos altos de uma montanha. Logo, vejo

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que não desço, mas sim que sou puxado.

Num lapso de tempo, em continuação, me vejo sob a água do que deduzo ser um tanque coletivo de pedra (a piscina de antigamente, usada, talvez, para batismos coletivos ou purificações). Totalmente sob a água, há mais ou menos dois palmos abaixo da superfície, com a cabeça recostada numa das laterais de pedra do tanque, olho pra cima e vejo a água calma acima de mim, com raios de sol a focar, dançando dentro da água, a se refletirem no fundo do tanque.

Eu tinha acabado de engolir a última golfada de água, com os olhos abertos a olhar pra cima. Ninguém parecia estar por perto, o que me leva a crer que ninguém me afogou. Acredito que possam ter amarrado meus pés e mãos, com o pescoço atado a uma pedra pra que o corpo não voltasse à tona e, assim, lançado ao tanque pra morrer. A água se acalmava depois do movimento causado por meu corpo e a pedra. Estava frio, definitivamente. Mas por que me mataram?

Cena 6

Esta cena é a continuação da Cena 5, como forma de voltar a “fita” e tentar saber por qual motivo me assassinaram. No terreno onde estava o tanque, mais acima, havia uma igreja deveras pequena. Seu estilo é bem protocristão: pedra bruta, marrom, cor da terra da montanha em ambiente semidesértico. Parece ser Turquia, Síria ou Palestina nos primeiros séculos do Cristianismo.

Lá dentro, homens debatiam. Discussões de cunho religioso.

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Devo estar entre os que são acusados de heresia. Não sei se meus agressores consistem de cristãos divergentes ou outros perseguidores (judeus, romanos, etc.). Algo me dizia que eram cristãos ofendidos por algo que declarei ou vinha declarando há tempos. Meu assassinato, com certeza, foi por “ira fanática”.

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2. Análise e Acareação

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O Internato

Se fizermos uma acareação entre as cenas, de cara veremos algumas características em comum. A segregação do personagem (eu mesmo) por ser diferente, o que para o meio ambiente pode significar ser indesejável e, por vezes, detestável.

Saber demais. Pagar o preço por saber demais. Fazer mal uso do conhecimento. Ilusão, fundamentada no conhecimento sem sabedoria. Achar um tesouro de diamantes e usá-lo pra preencher buracos nas paredes. Vaidade extrema por um conhecimento que pretende-se ter sido adquirido por si mesmo, sem considerar que a Luz nos vem do entorno, e não de si mesmo. A Luz é doada pelo Criador, entra em nossa intuição no tempo certo. A percepção errônea acerca de como usá-la gera soberba e atiça a vaidade, bem como dá nascimento ao câncer do fanatismo empedernido e delirante.

Por fim, o desconforto de se sentir apartado do mundo é sintoma do erro em nos considerarmos melhores que os outros, abominando a condição humana em si. Não chegamos a agradar a Deus (por nossa devida correção na conexão com nosso próximo desejo de doar), deixamos de sermos humanos (por abominar aqueles que parecem diferentes do Ideal). Por fim, nem humanos nem divinos, mas demônios. Passamos a odiar o que Deus nos dá por meio das provas e lições (por causa dos sofrimentos e conflitos) e a quem somos, enquanto humanos (pois sabemos que somente nós podemos perceber nossas provas e sofrê-las conscientemente).

É quando nos tornamos conscientes de nosso poder que

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corremos o risco da maior queda. Quanto maior o vôo, maior o tombo. Fui, então, o Ícaro que pretendia voar até o Sol com asas de cera. As asas derreteram e eu...caí bruscamente!

Poderia especular que aquele internato talvez fosse um hospício, uma prisão ou um mosteiro. Poderia eu estar ali cuidando de doentes mentais (execrados pela sociedade), cumprindo pena, sendo castigado por alguma bravata ou afronta minha a alguém ou a um grupo poderoso. Poderia eu, por fim, estar sendo cuidado por pessoas piedosas ou apodrecendo dentro do refúgio covarde, revestido de uma segurança indigna, sob as saias da meretriz Igreja, vivendo o pesadelo de saber distinguir o desejo carnal sem poder vivê-lo, tendo sede eterna daquilo de que eu fugia.

Minhas mortes, creio eu, se deram devido mais às escolhas motivadas por minha vaidade, teimosia e obstinação, pra não falar da imprudência própria dos seres demasiado impulsivos, do que propriamente pela santidade de uma missão. Poderia ter assumido a missão do amor fraternal ao invés de bradar no peito o famoso “eu sei, vocês não!”. Quatro verbos descrevem (e são como lema) toda a sabedoria mágica pagã, da qual o Cristianismo pouco aprendeu: SABER, OUSAR, FAZER E CALAR. Não havia em mim o ardor de conhecer para doar, de saber para honrar a Fonte da Sabedoria; em mim, apenas, a obstinação de manter a posição assumida, o orgulho de provar minha tese, de redimir aqueles que, na verdade, me redimiam. A pessoa a se redimir era eu, e eu, cego pelo orgulho, pensava guiar a cegos. Guiava a mim mesmo e arrastava outros comigo.

Jesus nos dizia que deveríamos colocar a lâmpada acesa no meio da sala, para que iluminasse a todos . Mas, quem alimentaria 3

3 Ref.: Ev. de Lucas, cap. 8, vers. 16 “Ninguém acende uma lâmpada para cobri­la com uma vasilha ou colocá­la debaixo da cama; ao contrário, coloca­a no candeeiro, a fim de que todos os que entram, vejam a luz..”

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a chama? Nós mesmos, ou o Dono da Casa? O que fazemos é colocar a lâmpada onde bem entendemos, onde achamos melhor. Contamos aos outros como a Luz da lâmpada se fez quando mal sabemos como o nosso Coração continua a bater sem nossos comandos conscientes. Assim, a Luz também brilha sem que a comandemos, ela se faz a Si Mesma, à revelia de nossas tolas ordens. Afinal, “o Vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não 4

pode dizer de onde vem nem para onde vai”. 5

A estadia naquele tipo de internato (prisão, hospício ou mosteiro) era o resultado natural do conflito que ocorre quando nossa vontade se choca contra o objetivo verdadeiro da Luz que nos atinge. Sucede a cegueira e seu desconforto. Podem acontecer duas coisas: ou despertamos e admitimos nossos erros, bebendo do cálice amargo do remorso, até que sosseguemos o Coração para nos reerguermos, ou deixamos que nosso orgulho recuse a acareação com nossos atos e caiamos de vez no esquecimento de nós mesmos, nos entregando ao ódio, recusando este remédio amargo (porém, eficiente) que a Providência nos provê para que voltemos a tocar nossas referências de valor.

Costuma haver duas fases até que a pessoa caia em si quando está em um “internato”:

O Limbo anestesiados pela dor do impacto (da 6

mudança de estado), pela derrota e queda, podemos apenas constatar que nossa Liberdade nos fora tirada, temporariamente. Isso nos sacode por dentro. Total alienação e afastamento é o que ocorre à nossa mente

4 A palavra para Vento, em hebraico, é equivalente a Espírito, e se transcreve Ruach (lê-se:

Rúarh).

5 Ref.: Ev. de João, cap. 3, vers. 8.

6 Vide: http://www.dicionarioinformal.com.br/significado/limbo/470/

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pra que ela seja protegida do impacto da “queda”. Não temos real noção, nesse estado, do que nos aconteceu.

O Despertar Começamos a despertar para a nova realidade. Essa realidade pode ser temporária, um estágio intermediário, ou perene. Passamos a nos dar conta que algo mudou, as pessoas e coisas mudaram ao nosso redor... Não, o que mudou foi nosso interior. Tornamo-nos conscientes disso no exato momento em que terminamos nossa autoanálise no “internato”. Essa reclusão (que pode ser física, emocional ou espiritual) é apenas um teste à minha Fé ou resultado do mal que fiz às pessoas? Agi motivado por minha vaidade, orgulho e ambições ou isso tudo é apenas resultado do desconforto que meus atos causaram às pessoas, que se sentiram agredidas?

O Cavalo

Simbolicamente, a fuga a cavalo representa o ímpeto de sair da Matrix, o impulso de usar os próprios desejos como forma de redenção, de tranquilizar a Consciência, tentando convencê-la que fazer a própria Vontade equivale a cumprir o Destino a que estamos predestinados a escrever. Quase sempre nos damos conta de que o cavalo não nos leva ao lugar pretendido, ou devido, quando nos desconjuntamos com o cavalo e caímos. Caímos ao chão, devido à velocidade excessiva, à Inconsciência que nos faz perder a guia do cavalo dos desejos e à ansiedade que nos assalta depois que percebemos que já não estamos indo aonde pretendíamos, mas fugindo dos efeitos da viagem tresloucada em

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busca de descanso para a alma.

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Fui traído por meu cavalo, meu instinto me fez errar o caminho pelo qual devia fugir aos meus perseguidores, e fui entregue a eles pelo Destino, paguei por minha covardia por não defender a mulher que seria (ou foi) condenada à morte na cena 4 7

, recebendo a devida resposta por meu egoísmo, rebeldia e medo. Os executores dos juízos contaram com a leniência de meu protetor espiritual, representante da Divina Misericórdia em minha Vida, que nada poderia fazer para me salvar, diante da extensão de minhas dívidas para com a mesma Vida e Deus, nem impedir que a Justiça fosse feita. Fui entregue aos meus algozes para ser executado, olhando nos olhos da Morte.

Devemos tomar muito cuidado ao tentarmos alçar a bandeira do que chamamos Liberdade com braços estendidos. Eliphas Levi dizia, em um de seus livros, que a Liberdade é a Guardiã do Dever, pois assim, cumprindo-o, pode reinvindicar seu Direito. Nosso impulsos só nos levam à Liberdade quando nos 8

livram das prisões das circunstâncias em prol do cumprimento dos deveres da Vida. Somente o Amor a Deus e ao próximo nos liberta, essa é a única verdade redentora. O Amor não visa os próprios interesses; logo, sendo nossos próprios interesses arraigados aos nossos desejos egoístas, devemos prestar atenção aonde nosso cavalo nos leva.

Queiramos que nossos cavalos não nos levem à perdição e morte, preservando a dignidade do próximo, cumprindo nossos deveres assumidos e desejando sempre doar, ao invés de receber! Teremos mais ao doar, pois como São Francisco de Assis nos

7 Esta é a mulher citada na cena 4, na seção “Relatos”. Naturalmente, esta cena deveria vir após

a cena 4, já que eu teria sido “executado” momentos após aquela mulher. Acredito que seja apenas um assincronia de reconhecimento ou visualização. Essa coerência cronológica, no caso de visões de vidas passadas, entendo não ser essencial para a compreensão da natureza das mesmas.

8 Cit. Eliphas Levi in “A Chave dos Grande Mistérios”. Ref.: http://goo.gl/BUchK

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exorta é dando que se recebe.

A tentação do Poder

A pedagogia do Desejo é simples: a quem mais é dado, mas desse será cobrado. Quem mais doa, mais recebe. A tentação do Poder se manifesta quando, ao receber algo excepcional, em termos de fortuna, inspiração ou conhecimento, padecemos com o impulso de restringir a ação da Providência, guardando para nós mesmos o privilégio de tal dádiva.

Quando nos encontramos agraciados com uma missão, sempre devemos pensar que o que recebemos não deve ser retido como nosso, bem como o bom ou mal sucesso da mesma. Se recebermos o dom do conhecimento e entendimento das coisas naturais, devemos espalhá-lo segundo o objetivo do Amor: promover a Vida e a edificação de nossos semelhantes. Mas, devemos oferecer a ação de salvação pelo conhecimento da Verdade (a porção que nos cabe por misericórdia) somente a Deus e sua Vontade, não a nós e segundo nossas tolas acepções acerca da mesma Verdade.

Na cena 3, observa-se isso, de forma bem clara, em minhas reações. Ali, sente-se um remorso extremo por ter desencaminhado tantas pessoas. Não acredito que ali eu estivesse indicando que o que eu ensinava às pessoas era errado, mas sim o fim desse ensinamento. O que eu trouxe foi a divisão e o rompimento entre as pessoas e os pecadores, não delas com o pecado. Não pregava a indulgência delas, senão com elas mesmas, rotulando as outras pessoas que se arrependiam por seus pecados como fracas e submissas.

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Levei as pessoas de um extremo a outro. De uma realidade servil e obscura, num cenário religioso falso, supersticioso e tirânico, as conduzi para uma libertinagem sem rumo certo, a um vale-tudo inconsciente, presa de seu próprio descontrole, sob a falsa alcunha de Liberdade. Eu era, literalmente, um cego guiando outros cegos. Naquele momento, constatava minha cegueira com todas as conclusões do que me sobreviria: a condenação de minha própria Consciência. Não estava encarnando o “sepulcro caiado”, típica de clérigos com síndrome de donos da Verdade , mas estava 9

levando minha alma cega e indignada a subverter outros sedentos pela Verdade. Não estava chegando à Verdade, nem tampouco ajudando as pessoas a despertarem o Amor de Deus em si mesmos. E como sabia disso? Eu estava sendo guiado pelo desejo de derribar meus oponentes, não pelo Amor aos adversários que, embora nessa condição imposta pela Luz (a condição de serem meus adversários como prova), eram o penhor de minha redenção pelo Amor e doação.

Infelizmente, esse Amor não floresceu em mim. Caí nas mãos dos que executariam os juízos divinos, juízos esses que recaem sobre todos aqueles que recebem o Amor em suas mãos e não o fazem frutificar nem o transformam em fonte de salvção, que desperdiçam a Luz que nos chega pela Intuição com intentos que entronizam suas vaidades e orgulho, e não a Caridade e o serviço aos nossos semelhantes. Grande chance eu perdi, grande chance que alguém, que eu fui no passado, desperdiçou!

Um religioso, um pensador e pretenso filósofo, que se arrogava intérprete das tradições antigas dos Grandes Mestres: era assim que me via, era essa figura que temiam e que procuravam transviar, fossem adversários visíveis ou Inimigos

9 A Verdade liberta, mas não põe cabresto nem constituiu procuradores, senão o próprio Cristo,

Luz da Verdade.

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invisíveis. Um pensamento, uma meta e uma trajetória tortuosa, embora trilhada com a coragem dos loucos. Uma filosofia e uma interpretação da Tradição ocultista temerária e ousada, muito à frente de seu tempo, e muitas almas perderam-se por tudo isso.

O Amor: salvação dos covardes

Um homem encurralado pelos cobradores de suas faltas. Eu era, ali, na cena 4, um homem acossado pelos excessos praticados por seus dons. Rompimentos e quebras de padrões sempre foram a tônica dessa alma que vos fala. O rompimento deveria ser do egoísmo que nos põe fora do alcance da Razão. Crer em algo sem nem mesmo consultar a Razão não redunda em Fé cega, em crença capenga? Era isso que eu sempre tentei dissolver, já que a teimosia reina em mim, só que sempre do lado oposto à corrente.

Ora, ser teimoso contra a teimosia e intolerante com a intolerância, não seriam contradições in re ? Não seria fortalecer o inimigo lutar contra ele com as armas do próprio? Libertar uma mente, subjugando-a a um novo senhor, tão tirânico quanto o anterior, não é ser um príncipe usurpador da coroa infame? Eu acreditava que, libertando as mentes de déspotas idólatras, poderia me sentir liberto através do vôo daqueles que aprendessem a voar po si mesmos. Vã ilusão: não aprendemos a voar, nem temos qualquer peso. Como dizia Einstein, é o espaço à nossa volta que nos empurra ao movimento, bem como é a Luz que nos compra, e não nós que a conquistamos. Se a Luz não entra pela via correta (a Intuição), ela nos sacode diante de furacões de acontecimentos diante de nossos cinco sentidos. A Luz nos permeia a todos, desde o ínfimo átomo até o coração dos buracos negros,

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das mais simples almas até aquelas viciadas na recepção da Luz em forma de sensações.

Aquela mulher doou-se a mim em amizade corajosa, não renunciando nem confessando segredos. Não se retratou diante de um malvado senhor que se sentira afrontado por mim e por ela. Nossa união, no entanto, não sei precisar se era de irmãos, amigos, amantes ou cônjuges. Mas, nossa coragem enfureceu muita gente, e a Luz da Verdade perturbou aqueles que viviam nas Trevas. Não renunciamos às nossas convicções nem atitude.

Ainda assim, algo naquele cenário me fazia sentir um covarde. Talvez, eu me achasse fraco demais para assistir ao ultraje do corpo de quem amava. Ou, então, sentia uma certa inveja por ela demonstrar tamanha dignidade diante de seu Destino trágico. Afinal, quem sabe se eu me manteria corajoso na Fé e no Amor ou só cuspiria no rosto de meus algozes por puro orgulho e arrogância?

Afinal, o senhor, que fora nosso algoz, seria mesmo nosso inimigo, um de nossos pais, alguém poderoso que fora desafiado? Quem saberá quem ele era ou que tipo de relação tinha conosco (eu e a mulher)? Perguntas que não consigo, ainda, responder.

Num último momento, no derradeiro momento daquela minha existência, a demonstração de coragem daquela mulher, diante do que seria apenas a morte de seu corpo físico, me abriu os olhos. De que vale a Vida se não cumprirmos nossa issão por Amor aos irmão? De que adiantaria por termo a uma Vida, ardendo em arrogância e ira desmedida? Depois dela, nada me restara, senão me entregar. Se fugi, foi pra sobreviver e aproveitar a última chance de me redimir diante daqueles a quem iludi, a quem fiz seguir a mim por altivez e orgulho, não por Amor à Luz. Mas, então, a ordem de execução do Destino já estava dada em relação a

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mim! 10

A coragem dela em entregar-se por seus valores, lealdade e Amor me redimiu. Perdi o medo de amar, de morrer e, principalmente, de viver plenamente o Destino, de cumprir as promessas feitas à Luz.

A refração da Luz

Sabemos que o buraco negro é o objeto cósmico mais denso que existe no Universo físico. Ele absorve tudo à sua volta, inclusive a Luz. Numa sede inextinguível, ele bebe de toda a Vida ao seu redor e, ao invés de tornar-se radiante, ele é negro, pois não reflete nem compartilha nada, retendo tudo para si.

Assim estamos nós nessa era de Khali Yuga, assim é a natureza das Trevas. Não há Vida nas Trevas, pois os que são das Trevas se negam a dar, a compartilhar, a oferecer quaisquer coisa ou admitir qualquer realidade ou desejo fora de seus domínios. A adoração a si mesmo significa deixar-se esmagar pelo espaço em volta, é tornar-se uma esfera superdensa de egoísmo e negrura. E qual o jeito de fugir à Matrix (leia-se: prisão dos sentidos), que nos comprime em nós mesmos, tais quais buracos negros humanos?

Sou novamente atraído ao meu Destino nas cenas 5 e 6. Pregar o Evangelho de Luz era a minha meta, mas desmistificando crenças supersticiosas, erros crassos, oportunismos escusos. Talvez, meu assassinato ali tenha sido mero detalhe, apenas a reação das Trevas a uma pregação sincera e devotada. Quem sabe eu tenha mesmo me redimido de faltas anteriores, e não me

10 Refiro-me, então, aos eventos que se seguem na cena 2.

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deixado cair em tentações da vaidade pura e simples. Ou então, estava testemunhando dignamente a Luz.

Mas, o que mais me aparece à mente ali é uma tal ansiedade de talvez não confiar que a Luz fosse capaz de corrigir as conexões entre as pessoas, naquele determinado tempo. As pessoas ali não poderiam receber a Luz que diziam aceitar e confessar. Não é assim, querer e receber. A Luz nos vem por graça do Eterno, por isso chamamos a Intuição de Luz circundante, pois não nasce em nós mesmos, mas vem do entorno. Não é algo que se conquiste pela Vontade, que é egoísta desde o princípio. É o trabalho de negação de sua própria Vontade em função de querer o bem dos outros, e pelos outros, que nos faz semelhantes à Luz, que é pura doação. Só me salvo se o outro se salva, sou feliz apenas se o outro for feliz, e isso sem o concurso da mentira, que é o princípio do mal. Somente a mentira já é suficiente para configurar o vício de receber pra si somente, e nos fazer compactuar com o Demônio e seu reino de Trevas.

Recebemos a Luz, e não acostumados a ela, a rejeitamos. É assim, também, que age o Demônio. A Luz requer mudança de posição, exige mudança nos polos do desejo, e isso quase ninguém aceita. E se aceita, não consegue êxito completo. Os sentidos governam nossos conceitos e percepções, determinam nossas crenças, prevêem nossas reações e executam julgamentos parciais. Desejar a Luz é querer o que o Eterno quer. Querer o que desejamos é refratar a Luz. Julgar é limitar a Luz. Limitar a Luz é apagar Deus de nossa memória.

Ali estou eu, afogado em ilusões de uma piscina de bolinhas, de belos raios do Sol da tarde a colorir o fim da Vida, num batismo de Luz refletida em meu ímpeto borbulhante.

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Fim da jornada

As cenas são bem claras e coerentes, a despeito do medo que tinha antes da sessão de Regressão, de que talvez não viessem a fazer sentido. Tive medo, inclusive, de enfrentar cenas de minha própria morte, achando que fosse vir a ter sensações corporais realmente “vivas”. Tive essas sensações, mas como que adormecidas, anestesiadas, em que minha ansiedade era compulsoriamente limitada pelas visões e seus detalhes.

As lições também não deixam dúvidas do que devo aprender, e assim continuo a ser testado nas mesmas provas. Neste exato momento, em que termino a primeira edição deste documento, psoso dizer que parte destas provas, em batalhas que já duravam alguns anos, está sendo bem assimilada. Venço a cada dia que me deixo envolver pela mensagem evangélica de confiança na Luz do Espírito Santo a me guiar. Transcendo mais e mais as Trevas espessas que me cercam sempre que me cerco dos ensinamentos do Mestre dos Mestres, Jesus, o Cristo.

O desejo de receber prazer é uma sede inextinguível e insaciável. Jesus, ensinando-nos a amar o próximo e a buscar o Espírito de forma autêntica, nos provou a validade do que disse à samaritana, diante de um poço:

Mas, aquele que beber da água que eu lhe der [a forma coreeta de amar e doar] nunca mais terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” 11

11 Ev. João 4: 14.

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3. Noções Gerais:

Terapias de Vidas Passadas 12

12 Os conteúdos desta seção foram emprestados do artigo sobre “Terapia de Vidas Passdas” (sic) do

site Wikpedia (em português). Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Terapia_de_vidas_passadas

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Descrição

Supostamente, é uma terapia que utiliza das vivências retrocognitivas ou revivências de vidas anteriores para finalidades terapêuticas. Noutras palavras, é o uso do fenômeno parapsicológico chamado retrocognição para finalidades terapêuticas e evolutivas. Neste caso, o paciente adentra num profundo estado de consciência e revive campos de seu passado antigo (vidas passadas) e tem a oportunidade de usar de tais experiências em prol de sua auto-superação, evolução e resolução de problemas isolados, como medos, depressão, etc.

Histórico

O nome Terapia de Vidas Passadas (Past Life Therapy) foi cunhado pelo Doutor em Psicologia Morris Netherton, em 1967, quando desenvolveu um método próprio de hipnose, que designou como Hipnose Ativa. O fundamento dessa abordagem extrai da hipnose regressiva o seu fundamento: em estado alterado de consciência, o cliente regressaria a um passado além do limiar da vida atual, onde se encontra um reservatório mnemônico (ou de memórias) cuja instância é o que o pesquisador Hemandra Banerjee denominou de "memória extra-cerebral". Segundo a hipótese da Terapia de Vidas Passadas, ao atingir o núcleo do trauma, seu inconsciente libera o material psíquico retido através

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do que Freud chamou de "catarse". Com a catarse, a energia psíquica é liberada e o sujeito sentiria um alívio significativo em seus sintomas. Esse alívio psíquico seria a causa das curas físicas e psicológicas registradas pelos terapeutas de regressão. Além de Morris Netherton, são considerados os precursores dessa corrente terapêutica Hans Tendam, Roger Woolger e Edith Fiore. Até hoje, esses autores são considerados referências na área e leitura obrigatória nos cursos de formação.

A terapia pode ser feita pela ajuda da hipnose, mas alguns ensinamentos não necessitam deste método. A hipnose possibilita ao experienciador adentrar em estados mais profundos de consciência ou o transe regressivo propriamente dito, onde desencadeia o fenômeno da retrogocnição ou lembrança de vidas passadas. Outros métodos podem ser usados, como por exemplo, a autopesquisa contínua de alguma dificuldade pessoal. O autopesquisador adentra profundamente dentro de si, pesquisando-se até que em dado momento regride sozinho, lembra de flash ou de situação continua em sonhos PES (percepção extrassensorial). Se lembrando de experiências no passado ou traumas, uma pessoa pode identificar a origem de seu problema e curá-lo. Um dos mais famosos escritores americanos sobre o assunto é Brian L. Weiss, graduado pela Columbia University e Yale Medical School e titular da cadeira de psiquiatria no Mount Sinai Medical Center de Miami, com várias obras traduzidas para o português.

A T.V.P. no Brasil

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No Brasil existem diversas linhas terapêuticas de TVP, cada qual possuindo suas particularidades e diferenças. Em ultima análise, as semelhanças entre elas são muito mais consideráveis que as diferenças. As divergências se situam num plano mais teórico e no foco que cada terapeuta concentra a sua atenção. As escolas mais sérias, como ensinadas pelo INTVP (Instituto Nacional para Terapias de Vidas Passadas), fundado por Maria Júlia e Ney Prieto Peres, não se utilizam do aspecto espiritual e o relegam a segundo plano, preferindo focar em aspectos psicológicos próprios da consciência objetiva atual e do "significado" que a pessoa dá a experiência de vidas passadas.

Outras abordagens, por outro lado, procura colocar a TVP num nível mais kármica e levando em consideração a missão de vida do atendido. Esta é considerada por alguns como a abordagem mais espiritual da Terapia de Vidas Passadas no Brasil, pois supostamente lida com a questão das "presenças" (espíritos obsessores para o Espiritismo), do mentor (seria uma alma de maior adiantamento espiritual que vem auxiliar nas regressões), da proposta encarnatória (nossa missão na vida), do pós-morte (a vida após a morte), vidas futuras, guias espirituais, dentre outros.

Bibliografia recomendada

The Search for Bridey Murphy - relata a investigação

detalhada sobre uma experiência de lembrança de uma suposta vida passada.

Cura Profunda (Hans Tendam). As Várias Vidas da Alma (Roger Woolger).

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Vidas Passadas, Sonhos Presentes (Denise Linn). A Regressão a Vidas Passadas como Método de Cura

(Thorwald Dethlefsen). Guia Prático de Regressão a Vidas Passadas (Florence Wagner

McClain). Nascer, Morrer, Renascer (Célia Resende). Introdução à Terapia de Vidas Passadas (José Antônio de

Souza). Egos de Vidas Passadas: o domínio das emoções através da

Terapia de Vidas Passadas (Helga Krelling & Ariane Krelling).

A Terapia da Reencarnação: as possibilidades oferecidas pela regressão a vidas passadas

(Harald Wiesendanger). Novos Métodos de Regressão a Vidas Passadas (Trutz Hardo). Investigando Vidas Passadas (Raymond A. Moody). Vidas Passadas, Curas Futuras (Sylvia Browne e Lindsay

Harrison). Recordando Vidas Passadas (Dra. Helen Wambach). Vidas Passadas? Respostas que você gostaria de ter …

(Solange Cigagna).

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Conscienciologia; Hipnose; Hipnose ericksoniana; Projeciologia;

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Retrocognição.

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