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Florescer a revista digital da Almeida Flores SETEMBRO DE 2013 / EDIÇÃO DIGITAL Nº 1 Almeida Flores garante estoque até o final do ano Mercado de flores espera movimentar R$ 4,5 bilhões em 2013 Terapia natural: cuidar das plan- tas faz bem à saúde! Lírio em gotas: téc- nica egípcia é usada para extrair o aro- ma das flores VIRE AQUI VIRE AQUI

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Florescera revista digital da Almeida Flores

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Almeida Flores garante estoque até o final do ano

Mercado de flores espera movimentar R$ 4,5 bilhões em 2013

Terapia natural: cuidar das plan-tas faz bem à saúde!

Lírio em gotas: téc-nica egípcia é usada para extrair o aro-ma das flores

VIRE AQUI

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O poder das plantas

Almeida Flores garante estoque até o final do ano

Téncnica oriental combina filosofia, estética e simplicidade

na criação de arranjos

Setor espera manter crescimento histórico de 12%

ao ano em 2013

Ikebana 2: flores que ajudaram a construir o

Japão da paz

Método usado por egípcios transforma lírios em perfume

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A primavera chegou no Workshop da Almeida Flores! Pág. 9

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Setembro: mês de negócios com flores...

Esse é o mês mais oportuno para o mercado de flores e plantas.

Enquanto no dia das mães ou dia dos namorados o público vem até a loja, e os informais e super-mercados atacam também as datas, em setembro há inúmeras oportu-nidades para os empresários mais empreendedores do setor. As oportunidades premiarão os mais ousados:

1. Expoflora – Holambra – pe-gue carona com a mídia do even-to....

2. Dia do Florista – 2/9 – co-memore com a equipe!

3. Crie sua linha de arranjos de primavera – motive o consumidor pela atenção que a mídia em geral dá para a entrada da nova estação...

4. Dia da Secretária (dia 30) – ela é a porta de entrada para as assinatura de flores nas empresas.... um agrado agora pode ajudar mui-to seu negócio no segmento cor-porativo.

5. Dia da Amante (dia 23) – os casais casados podem surpreender nessa data, se você fizer alguma promoção bacana e criativa....

6. Primavera - é a data que mais ocupa a mídia entre as esta-ções do ano....

7. Fiaflora-SP – evento de pai-sagismo em SP é ideal para capaci-tar-se e saber das novidades...

8. Exposição de orquídeas – costumam acontecer por todo o país. Excelente oportunidade para oferta de mudas de orquídeas na

loja...9. Início da safra de aniversá-

rios (até novembro)10. Festas de 15 anos (até no-

vembro) - a maior parte das pes-soas faz aniversário entre setembro e novembro, você sabia?

11. Monte um Quiosque tem-porário em locais de grande circu-lação ou em empresas – capitalize sobre o interesse pela Primavera!!!

Tome iniciativa, tenha resulta-dos e ainda ajude a fixar sua marca para fomentar as vendas de final de ano.

Veja mais em:

[email protected]

COLUNA DO AUGUSTO AKI

Nos dias 4, 5 e 6 de outubro, em Caçador, San-ta Catarina, acontece a Expofeira A Jardineira 2013. O evento, organizado por Adinho Weiler, proprietário da Floricultura A Jardineira, já está na sexta edição e, des-de a sua criação, traz ao público caçadorense as novi-dades do mercado de plantas e flores.

Tudo começou há seis anos, quando Weiler pro-curava alguém que vendesse orquídeas para a sua loja. A busca terminou quando um produtor do Rio Grande do Sul lhe fez a proposta de fornecer as plantas em uma maior quantidade, em sistema de consignação. As que não fossem vendidas, o produtor levaria de volta. Des-se pequeno detalhe da vida de Weiler - e muitas vezes a vida se constrói nos pequenos detalhes, é que nasceu a ideia de organizar uma feira. Surgiu então, em 2007, a Expofeira A Jardineira.

O Evento, hoje, registra a participação de oito produtores e se estende para áreas como a de móveis, decorações, materiais para jardinagem e pintura. Mas não é só o aumento de produtores e produtos que chama a atenção: também o público, que é de aproxi-madamente 5 mil pessoas nos três dias do evento, para um município com 60 mil habitantes. São consumidores e comerciantes que visitam a feira, e não apenas de Ca-çador, mas também de cidades como Joinville, Videira, Rio das Antas, Santa Cecília e Lebon Régis.

Além das orquídeas, bonsai, cactos exóticos, flo-res, plantas ornamentais e móveis rústicos, a feira tam-bém apresenta um setor de artesanato, tintas e pro-dutos para jardinagem. O evento encerra no dia 6 de outubro com curso gratuito de orquídea e de bonsai.

Serviço:

Expofeira A Jardineira 2013Dias 04, 05 e 06 de outubro de 2013Telefone para contato: (049) 3563-0993 Rua Paulino Leão, 494 - Vl ParaísoCaçador – Santa Catarina

A JardineiraExpofeira 2013 deve reunir 5000 pessoas em Santa Catarina

Paulo de Siqueira

EVENTOS

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Podem as flores e plantas in-fluenciar a psicologia das pessoas, seus estados emocionais e seu bem-estar? A resposta dos espe-cialistas é sim. Podem. “As flores exercem impacto imediato sobre a felicidade, diminuindo os estados de agitação, depressão e ansiedade, o que resulta numa percepção mais apurada de satisfação com a vida”.

É o que explica o psicólogo Giordano Cimadon, que comple-menta: “Estudos mostram que o simples acontecimento de ganhar flores é capaz de causar um impac-to emocional extremamente positi-vo na pessoa presenteada. Mesmo no sujeito passivo, as flores exer-cem influência positiva. Envolver-se ativamente em situações que en-

volvam o cultivo, o cuidado e a ma-nipulação artística das flores pode ser ainda mais benéfico. Não é fácil hoje em dia, nas grandes cidades, cultivar um jardim. Então, a criação frequente de arranjos para enfeitar a casa e o local de trabalho pode ser uma boa alternativa”.

Lidar com flores, cultivar um jardim ou criar arranjos florais são ações com efeito terapêutico que intensificam emoções positivas, ge-rando bem-estar e alegria. Tanto é que o projeto Bosques de Curi-tiba leva oficinas de jardinagem a meninos e meninas da comunida-de, incluindo o Hospital Pequeno Príncipe, onde o plantio de minijar-dins amplia a consciência ambiental e alivia o sofrimento das crianças. “Elas efetivamente montam um mi-nijardim e enquanto cada uma delas fica aqui internada, elas vêm cuidar

O poder das plantas:da decoração à felicidade

Cintia M. de Siqueira

todo dia, aguar, tirar a folhinha que está amarelando, e quando elas recebem alta, levam as mudas pra continuar essa história na casa de-las. O que a gente faz é um trabalho complementar de estímulo à saúde. Saúde não é só não ter doença. É uma situação de bem-estar geral.”- diz Cláudio Teixeira, coordenador do setor de Educação e Cultura do hospital.

E dá resultado. A pequena Michele, de 5 anos, internada com suspeita de leishmaniose, gosta de plantar rosas. E a mãe, Lucinéia de Oliveira, percebe o efeito da tera-pia: “dá pra ver que ela se anima, se interessa, com certeza ajuda na recuperação”. O instrutor da ofici-na, Ademar Brasileiro, explica: “O fato de ver que uma planta está com pouca água, que ela está mur-chando, e você coloca água e ela revive, dá esperança, faz com que os pacientes percebam que tudo tem jeito. As plantas, por si só, tra-zem vitalidade, harmonia, beleza, e quando a gente tem essa relação di-reta com elas, a gente acaba apro-veitando muito mais”.

Se as flores e plantas podem ajudar pessoas doentes ou com problemas psiquiátricos como es-tresse e depressão, podem também transformar nossa casa ou escritó-rio. Por isso são grandes aliadas do Feng Shui. A técnica chinesa cria-da há mais de 5000 anos considera que tudo é energia, ou Qi. Através de um estudo dos ambientes, o Qi pode ser equilibrado colocando-se o objeto certo no lugar certo para que a energia possa fluir livremen-te, influenciando o estado de espíri-to das pessoas. “As plantas trazem a energia do elemento madeira, e por serem um ser vivo, possuem uma energia vital que melhora o ní-vel vibracional do ambiente, trazem vida e alegria. As flores são usadas quando precisamos tornar um am-biente mais alegre e convidativo e as plantas maiores, com caule, usa-

Quando en-feitamos nossa

casa com plantas e flores, estamos enviando uma mensagem de boas-vindas aos nossos visi-

tantes

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mos como correções de energia em determinados setores do local, quando necessário, de acordo com o estudo feito” – explica Clady Sonda, consultora de Feng Shui.

Segundo a especialista, plantas pequenas e flores vão bem no hall de entrada e nos banheiros, mas as flores podem ser usadas em qual-quer lugar. Apenas as plantas maio-res, com caule, possuem restrições: “Quando preciso fazer correção dentro de um local, geralmente uso a fícus por ser uma planta que tem caule e que vai bem em interiores. Em banheiros, gosto de usar o lírio da paz” – diz.

Tanto na filosofia oriental

como na ocidental, as flores são unanimidade: utilizá-las na decora-ção da casa pode nos tornar mais felizes e inspirados para agir em busca de nossas metas e objetivos. “É importante destacar que as flo-res são um símbolo universal de compartilhamento e acolhimento. Quando enfeitamos nossa casa ou o nosso trabalho com plantas e flo-res, estamos enviando uma men-sagem de boas-vindas aos nossos visitantes, clientes e amigos, e tam-bém criando um ambiente emocio-nalmente propício para as emoções positivas como o amor, a alegria, a amizade e o respeito” – conclui Giordano Cimadon.

As flores exercem impacto imediato sobre a

felicidade.

Nos dias oito e nove de agosto, representantes da Almeida Flores visitaram seis produtores de flores e plantas em Holambra, São Paulo: Terra Viva, Maggy Flores, Alameda Flores, Van Noije, Eco Flora e Kees. O objetivo da viagem foi negociar as compras para os próximos me-ses, de agosto a dezembro.

Além de garantir o abasteci-mento, a gerente comercial da Al-meida Flores, Eliana Silva, afirma que em negociações antecipadas sempre é possível conseguir bons preços. “Queríamos garantir o abastecimento para o final do ano e gerar economia para nossos clien-tes, as floriculturas de Curitiba e Região Metropolitana”.

A orquídea phalaenopsis foi um dos focos das negociações em Ho-lambra, isso porque a venda dessa espécie cresce mês a mês. Também foi negociado o fornecimento de cyclamen, que floresce no final do inverno e início da primavera.

O que mais chamou a atenção da equipe Almeida Flores foi o in-vestimento que os produtores fa-zem. “Eles estão inovando e cres-cendo a cada ano, alguns já estão investindo para daqui a dez anos. Eu fiquei muito surpresa em che-gar lá e ver o investimento que eles estão fazendo. É estrutura que não acaba mais...”. diz Eliana.

Almeida Flores fecha acordo em Holambra e garante estoque até o final do ano

Paulo de Siqueira

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Um sacerdote egípcio traba-lha silenciosamente na elaboração de um perfume à base de lírio. O sagrado unguento será usado pelo grande faraó Ramsés II para un-gir seu corpo e realizar, ele e sua esposa Nefertari, a cerimônia ao Deus Sol Amon-Rá, no templo de Abu Simbel. Sim, os perfumes fo-ram muito usados no Egito Antigo. E técnicas refinadas para extrair a essência das flores - matéria-prima dos perfumes, eram profundamen-te conhecidas por essa misteriosa civilização. A enfleurage, uma das mais antigas técnicas vindas - se-gundo a aromaterapeuta ingle-sa Ann Berwick, do Egito Antigo, consiste em um modelo artesanal de “colher” a fragrância das plantas para a fabricação de perfumes. Foi bastante empregada na perfumaria francesa até meados do século XX, onde ganhou o nome atual, mas como se tornou cara demais para a indústria moderna, acabou extinta em todo o mundo. Ou quase...

Em 2006, o Grupo Boticário resgatou o método em parceria com a Universidade Estadual de Campinas, São Paulo. O esforço para reviver a antigo procedimento

Enfleurage: o resgate da técnica egípcia de perfumaria coloca as flores em destaque na insdústria de cosméticos

Paulo de Siqueira

compensou. A essência do lírio, extraída pelo método de enfleu-rage, é hoje a base do primeiro eau de parfum feminino da mar-ca – o Lily Essence. “O processo foi modernizado. Foi substituído o uso de gordura animal pela ve-getal para obter o óleo essencial de lírios vindos de Holambra, em São Paulo” – explica o coordena-dor do Núcleo de Avaliação de Fragrâncias de O Boticário, Ce-sar Veiga.

Dentro da fábrica, em São José dos Pinhais, foi construído um laboratório específico para o desenvolvimento da “nova en-fleurage”. No local, os lírios tra-zidos pela Almeida Flores chegam ainda em botão e ficam armaze-nadas até desabrocharem, para que seu perfume seja “captura-do”. “A técnica, que possui gran-de riqueza olfativa, confere a Lily a sofisticação de preservar a es-sência das flores. É uma fragrân-cia que marca o retorno da ma-gia do fazer artesanal e valoriza a arte contida na rica estrutura de um perfume” – diz Cesar.

Extrair o aroma do lírio é uma operação delicada. As pé-talas da flor são colocadas em uma caixa de acrílico e expos-tas a uma fina camada de gordu-ra vegetal, que é aplicada sobre uma placa de vidro. Elas são tro-cadas a cada dois dias, para que somente as flores frescas fiquem em contato com a gordura, ob-tendo-se o melhor aroma. “Após um período que varia de 10 a 15 dias, a gordura fica saturada com o perfume das flores. Ela então é lavada com álcool e o material é filtrado, obtendo-se o absoluto da flor de lírio, que é um óleo muito especial e perfumado. Este concentrado é enviado para a produção do Lily Essence.”

Para que o processo artesa-nal seja bem sucedido, é neces-sário um extremo cuidado no

plantio e no transporte da ma-téria-prima. “Tanto a Almeida Flores, que faz o transporte dos lírios, quanto o produtor, rece-beram uma especificação que deve ser seguida para garantir o padrão de qualidade exigido por O Boticário, desde o cultivo das flores até o transporte à fabrica em São Jose dos Pinhais” – expli-ca o coordenador.

Para cada quilo de absoluto – a essência do lírio, é utilizada meia tonelada de pétalas da flor, o que transforma a questão do transporte em uma parceria fun-damental. “As flores são delica-das e perecíveis. Por isso, é muito importante que cheguem frescas e ainda em botões, para que pos-samos extrair a melhor qualidade do aroma das flores e entregar isso aos nossos consumidores. Todo este processo só é possí-vel com uma relação de parceria e confiança que estabelecemos com os nossos fornecedores. É premissa de O Boticário, em

todo o processo de fabricação de fragrâncias, trabalhar com ma-térias-primas de qualidade. Por isso, a empresa é extremamente criteriosa na escolha de seus par-ceiros.” - complementa Cesar.

Para atender aos padrões de qualidade exigidos pela mar-ca, toda a equipe da distribuido-ra Almeida Flores envolvida no fornecimento dos lírios precisou passar por um treinamento espe-cial. “Tivemos que nos adequar às normas no transporte das plan-tas até São José dos Pinhais, na maneira de acondicionar os lírios no caminhão climatizado, e até no momento de entregá-los na fábrica, que exige certos proce-dimentos do motorista e do en-tregador. Enfim, os lírios devem estar impecáveis e, principalmen-te, frescos, para que na extração do aroma, corra tudo bem” - diz Wagner Almeida, proprietário da distribuidora. De gota em gota, a técnica criada pelos egípcios e aperfeiçoa-

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A vida é uma arte e, independen-temente da situação em que nos encontramos, todos queremos tor-ná-la melhor. Melhor na maneira de viver e na compreensão de seus significados. O povo japonês con-sidera suas artes, a Ikebana, a Ce-rimônia do Chá, as artes marciais, a pintura e a escrita como formas de perceber mais profundamente o mistério da vida. E essa atitude de querer perceber o que é a vida já faz parte da magia de viver.

A Ikebana, mais do que uma ma-neira de fazer arranjos harmonio-sos de flores, é uma forma de au-toconhecimento. É uma maneira de perceber o mundo à volta e seus ministérios. É uma maneira de en-trar em contato com a natureza e consigo mesmo. Porque para en-tender os mistérios da vida, é ne-cessário entender o ser humano – entender a si mesmo.

A partir dessa edição, o jornal Florescer traz uma série de re-portagens sobre Ikebana, essa arte japonesa surgida nos templos do zen budismo no século XIII. Então vamos lá... Para entender o que é Ikebana é necessário estudar um pouquinho de filosofia japonesa.

Para os japoneses, o céu é o ele-mento principal. A terra é o apoio. O homem é aquele que chama para observar e harmoniza o todo. A Ikebana se apoia nesse princípio, nas 3 forças: o positivo, o negativo e o neutro. Todo arranjo é arma-

Cintia M. de Siqueira

T écnica japonesa de arte floral faz do mais simples, o mais sofisticado

do de acordo essa trindade. Talvez seja, por isso, tão enigmático.

Além de beleza, a Ikebana traz o conhecimento de si mesmo. Com o olhar atento, o mestre em Ike-bana busca estar em uma atitude contemplativa e observadora para perceber tudo o que se passa à sua volta. Na correria do dia-a-dia quer olhar, ver, sentir e se emocionar... Quer viver a vida intensamente. Todas essas sensações: harmonia, crise, medo, ele irá transmitir para os seus arranjos. Porém, sempre buscando a suprema harmonia des-sas três forças em si, e, claro, cris-talizando-as em seus Ikebanas. En-tão, pode-se dizer que a qualidade do arranjo está relacionada com a qualidade da vida que o mestre em Ikebana tem dentro de si. “O sim-ples gesto de reorganizar os mate-riais que a natureza nos dá, mexe com a respiração, com a postura do sentar, aprofunda o olhar, me-lhora a autoestima, pois o que se conclui no arranjo é o movimento de vida do mestre em Ikebana. Por isso, quando se está tenso, o tra-balho sai tenso, duro, sem fluidez de movimentos; quando se está em harmonia, o trabalho sai har-mônico”, diz Elia Kitamura, mestre em Ikebana, formada pela Ohara School do Japão.

Para Kitamura, buscar o relaxa-mento em si é uma das formas de se trabalhar mais solto com os ar-ranjos. “Esse exercício de mexer e

remexer para melhorar o trabalho é que faz você se sentir mais intei-ra com você mesma, com as suas experiências. Por isso, ainda que o material seja o mesmo para várias pessoas, o trabalho é único, por-que a carga de amarras da vida é de cada um . É muito rico isso, e é evidente a mudança na disposição da casa, no modo de fazer a comi-da, etc... É uma filosofia, e portanto, ela vai mexer com a nossa visão de vida”, diz a mestre.

Para Tânia Maria Ferreira, pra-ticante de Ikebana há seis anos, a arte floral japonesa é uma forma de se reencontrar. “A Ikebana vem através de uma busca de vida. Em um momento da vida você bus-ca alguma coisa que vai lhe ajudar a caminhar. Para mim, ela comple-menta o viver”.

Quando pergunto à aluna o que sente quando está fazendo ikebana, ela responde com uma frase tipica-mente oriental: “me sinto fazendo ikebana”. Ou seja, presente. Viven-do apenas aquele momento, sem pensar em problemas, nem no pas-sado, nem no futuro. Com a mente limpa. E é só assim, com a mente limpa, livre da enxurrada cotidiana de pensamentos aflitivos, que se manifesta a essência de cada um de nós. E esse “o que há de melhor em nós” se traduz na forma do arranjo, se mistura à natureza ali presente nas flores, nas folhas, nos galhos das plantas.

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Tudo é utilizado e ganha desta-que. Um galho ou uma folha são tão importantes quando a própria flor. E como a mente que está quieta, calma, tranquila, o arranjo também tem pausas, espaços vazios – como uma partitura musical. Por isso não são tantas flores, às vezes apenas uma, cercada por três galhos de planas: uma para cada vértice do triângulo formado pelas três forças: céu, homem, e terra. O céu, a flor maior. O homem, a flor do meio, que liga o mais alto com a terra – a flor menor. Quase sempre, o ar-ranjo segue essa triangulação que, inexplicavelmente, traduz a perfeita harmonia entre o sagrado e o hu-mano, entre o espírito e a matéria – a harmonia do mestre Ikebana vivendo o presente, e nada mais. A simplicidade garante a sofistica-ção do arranjo, porque sem tantas flores em volta, cada pequena flor, ainda que seja uma singela margari-

da, ganha espaço para ser observa-da. E adornada com a força dos ga-lhos, às vezes nus como as plantas de inverno, e às vezes verdes como a paisagem da primavera. Todas as estações da natureza e do próprio homem, com sua juventude e ve-lhice, estão ali, naquela arte floral um tanto vazia, um tanto cheia de significado. Em ikebana, menos é mais. Menos preocupação com as tendências. Menos apego ao “de sempre”. Mais tranquilidade para criar. Que tal tentar agora mes-mo? Um vaso raso com água. Um kenzan – base de metal com pinos onde se espetam os galhos e as flo-res de corte. Três flores, uma com haste maior, uma média e uma bem baixinha. Atrás de cada uma delas, galhos. E na base da composição, pequenas folhas verdes, tangos ou outros adornos que complemen-tam o arranjo. Pronto. É assim que faz. Apenas...fazendo.

A Ikebana vem através de uma busca de vida. Em um mo-

mento da vida você busca al-guma coisa que vai lhe ajudar a

caminhar.

06 de agosto de 1945. A bomba caiu sobre Hiroshima e a nuvem de radiação espalhou morte. A popu-lação japonesa entrou numa esta-ção de inverno e caiu em profunda depressão. O imperador e a im-peratriz do Japão deixaram de ser considerados divinos. O império tornou-se simbólico e o governo se desmilitarizou.

Foi quando a Ikebana saiu dos monastérios onde foi criada e ga-nhou as ruas. Até então, era pro-priedade da aristocracia e prati-cada principalmente por homens: monges e samurais – que usavam a

técnica para aprender a matar com piedade. Agora, servia para elevar o moral de uma sociedade devas-tada pela dor e que se voltava ao trabalho e mais trabalho para re-construir a nação.

A confecção de ikebanas passou a ser ensinada nas escolas e virou arte maior, como a Cerimônia do Chá e tantas outras que compõem o Tesouro Nacional do Japão. Deu certo. Como canta o poeta Gilber-to Gil: “uma bomba sobre o Japão fez nascer o Japão da Paz”. Exatos 68 anos se passaram. E o Japão, po-tência mundial, desenvolveu perto de 400 escolas de ikebana. Cada uma com um sotaque próprio. Al-gumas, rígidas como um galho de árvore. Outras, flexíveis como um

bambu ao vento. Todas, manten-do o sentido de que a arte floral é uma arte e que, portanto, o arranjo é uma expressão, e não apenas um arranjo.

Para entender melhor a dife-rença entre um arranjo ocidental e uma ikenana, e como esses arran-jos ajudaram a reerguer toda uma nação, resolvi participar de uma oficina em Curitiba, ministrada pela mestre Elia Kitamura. Sentei-me à uma grande mesa que tinha, à mi-nha frente, um vaso oriental, bem raso e, dentro dele, um kenzan – base redonda de metal com pregos onde são espetadas as plantas. E ao lado um balde com água. Primeira lição: sentar de maneira solta, re-laxada, com a coluna ereta e um

Ikebana : as técnicas que ajudaram a construir o Japão da paz

Cintia M. de Siqueira

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pouco distante do vaso, para poder observar o arranjo que iria surgir. Se é que iria - pensei.

Colocamos a água até cobrir o kenzan. Depois, Elia nos deu três espadas-de-São-Jorge para serem espetadas e a instrução de que iría-mos fazer um arranjo vertical. Uma folha seria o céu, outra o homem e a terceira, a terra – seguindo a eterna trindade do mundo, que é a base da harmonia de toda ikebana. Elia explicou que o céu deveria ser a espada maior, o homem, a espa-da média, e a terra, a espada me-nor. Em meio a todos eles estaria o meio-ambiente, que equilibraria a composição com pequenas folhas, galhos menores e outros elemen-tos. Aí veio a primeira dúvida: como vou medir o tamanho certo das fo-lhas? Onde vou espetar cada uma delas? Já está todo mundo fazendo e eu aqui, nem comecei ainda...

Logo Elia passou a fórmula má-gica da reconstrução do moral ja-ponês: se o céu é o galho maior, o homem tem dois terços do tama-nho dele e a terra, a metade. O céu dá força ao arranjo, e sempre puxa para cima – como as árvores que

crescem para o alto, buscando luz. A terra apoia e segura. E o homem dá a expressão a essa arquitetura viva: atrai o olhar, é o rosto da ikebana. Quer um trabalho forte? Trabalhe o céu. Quer um trabalho delicado? Trabalhe a terra. O homem, esse sempre chama a atenção – dizia Elia durante a oficina. Ótimo... consegui espetar as três folhas entortando-as, modelando-as um pouco com o calor das mãos para tirar a dureza da espada. O céu ao centro, a terra à esquerda, e o homem à direita. E percebi que a diferença entre a ikebana e o arranjo ocidental co-meçava por aí: primeiro fixamos os galhos e despois é que colocamos as flores, quer dizer: o verde ganha tanto destaque quanto o colorido da flor. E eu pensava... quantas flo-res será que a mestre vai me dar? Onde será que vou espetá-las?

Vieram, então, duas gérberas vermelhas. E outra instrução: em ikebana, utilizam-se sempre núme-ros ímpares – uma flor, três flores ou cinco flores, e assim por dian-te. Ué... mas duas pode? – pensei. Pode, é a única exceção, porque dois sempre criam uma terceira

força. Papis e mamis que o digam... Onde colocá-las? Onde o vazio pe-dir que seja preenchido. Espetamos uma flor maior, com a face volta-da para o céu, e outra mais curta, mostrando o rosto, bem...humana.

Para selar a harmonia entre céu, homem e terra, tivemos que amarrar tudo com o meio-ambien-te. Usamos folhas verdes – que po-dem ser também tangos, gipsófilas, aspargos - complementos. Assim que coloquei minhas folhas no ar-ranjo, Élia olhou e – eu esperando pelo menos um “está correto” – arrancou tudo, reconfigurando o meio-ambiente enquanto dizia: está para trás, traga para a frente, para quem vê o arranjo, está simétrico, você está fazendo um arranjo flo-ral, e não uma ikebana! Ok... quarta grande lição: ikebanas são assimé-tricas. Não precisam ter o mesmo tamanho de um lado e do outro, não são redondas, ovais, quadradas ou retangulares como os arranjos comuns. São o que são. E sempre trazem a natureza à frente e para cima, transbordando os limites do vaso.

E assim se fez minha primeira Ikebana. Na segunda, marcamos o céu, homem e terra com folhas que podem ser rasgadas de forma que uma entre na outra, arquitetando geometrias: “quero ver o espírito de Niemeyer baixar aqui” – dizia a mestre. E assim puxamos um movi-mento arredondado para a lateral do vaso, como se o vento varresse as folhas para uma direção. Duas rosas completaram a composição.

No terceiro arranjo, pensei: agora vai ser tranquilo. Vamos to-mando confiança, vamos nos sol-tando, vamos aprendendo a sentir os materiais, imitando a natureza. E veio até mim, uma simples iniciante, um galho de camélia com um bro-to lindo. Achei que era só espetar no kenzan e pronto. O galho era tão lindo que não precisava nada. Elia, porém, olhou para aquela obra de arte natural e disse: corta aqui, corta aqui, corta lá. E destroçou o galho em várias partes, junto com meu coração. Disse ainda: temos que aprender a nos desapegar. Sim... ikebana é pura filosofia. Quando

vi aquele arranjo pronto, entendi tudo: cortamos as folhas em ex-cesso e os ramos que bifurcavam o movimento, fazendo desabrochar o que havia de mais forte e belo na-quele galho. Uma parte dele, espe-tamos para a direita. Outra para a esquerda, dessa vez, numa compo-sição horizontal onde os galhos são inclinados a 30 graus. No meio de-les, duas rosas e os complementos.

E assim passou a manhã, e a tarde, e quase caiu a noite. Apren-demos a harmonizar plantas e va-sos: no verão, folhagens verdes com vasos brancos, amarelos e laranjas. No outono, tons de cinza – época de depuração. No inverno, raízes, galhos nus e vasos pretos, brancos ou vermelhos. A primavera, época de renascimento, pede tons como a azul claro, o lilás, rosa. Aprende-mos a perceber as estações, a ver a natureza com outros olhos. A identificar detalhes que antes não enxergávamos.

Hoje, refletindo sobre os ar-ranjos que fiz na oficina, percebi que em quase todos eles, coloquei

Mariazinha Coraiola - bióloga: “É uma metodologia especial que nos leva à natu-reza e a notar galhos, folhas e flores de uma maneira di-ferente que nos sensibiliza e nos leva a depositar sonhos, desejos e realizações nos ar-ranjos que fazemos. “

Élia Kitamura: “Ikebana é um arranjo floral que não é um arranjo floral.”

Serviço: Elia Kitamura é mestre em ikebana formada pela Ohara School do Japão e ministra oficinas e aulas sema-nais da técnica ao público em geral. Informações: (41) 3362-6766 e 9980-1592.

uma flor baixinha e bela, metida, em evidência, de onde os galhos e outros elementos partiam bus-cando o céu, a expansão. E vi que aquele ponto central é minha pró-pria essência, meu ser, querendo urgentemente se manifestar. A na-tureza humana conecta-se à vida através dessa arte. E é possível en-tender como ela ajudou a reerguer um país inteiro. Afinal, o ideograma japonês IKEBANA significa “viver a flor”, ou, em sentido mais amplo, viver a natureza. Aliás, hoje andan-do na rua achei um galho lindo de pinus com várias pinhas que darão um maravilhoso arranjo horizontal! Na próxima reportagem da série, você vai saber como as tendências da Ikebana podem ser utilizadas por decoradores e floristas. Até lá!

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Acompanhando o desempenho da economia mundial, o mercado de flo-res brasileiro mostra vigor e tem esti-mativas animadoras de crescimento em 2013. Enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu apenas 0,9% em 2012, o setor tem registrado um au-mento médio anual nas vendas de 12%.

A expectativa é que esse mercado movimente aproximadamente R$ 4,8 bilhões em 2013. São números anima-dores, compartilhados pelo Ibraflor – Instituto Brasileiro de Floricultura, pela Câmara Setorial Federal de Plantas e Flores e pela Cooperativa Veiling Ho-lambra.

Desde 2006 o segmento de flores tem registrado altas de 8% a 12% ao ano no volume de vendas, e de 15% a 17% no valor movimentado. E, o setor sabe, ainda há um vasto campo a ser explora-do. Enquanto o consumo per capita de flores na Europa gira em torno de R$ 141 (US$ 70), o brasileiro gasta, em mé-dia, apenas R$ 23 (US$ 12) por ano.

Na medida em que os salários au-mentam, a venda de flores e plantas acompanha esse crescimento. “Estamos melhores que outros países em desen-volvimento e podemos crescer muito mais até chegar à média europeia. Esta-mos muito otimistas”, diz Kees Schoen-maker, presidente do Ibraflor.

Setor espera manter crescimento histórico de 12% ao ano para 2013

Ateliê da Notícia

ou nenhuma sazonalidade, garante que os empregos sejam duradou-ros. Além disso, o setor possui um dos maiores índices de contratos com carteiras assinadas”, afirma Sil-via Van Rooyen, presidente da Câ-mara Setorial Federal.

Responsável por negociar cerca de 45% das flores e plantas ornamentais produzidas no país, a Cooperativa Veiling de Holambra já é a quinta maior comercializado-ra do mundo. O Veiling é um leilão invertido por meio do qual vence o menor e não o maior preço, onde são comercializadas flores e plantas ornamentais de 400 produtores da microrregião de Holambra e de ou-tras regiões. Nesse leilão as flores de corte mais comercializadas são a rosa, o lírio, o crisântemo, a als-troeméria, seguidas pelas folhagens, enquanto que as flores de vaso mais vendidas são a orquídea phalaenop-sis, o kalanchoe, o crisântemo, o lí-rio e a begônia.

engrenagem na economia brasileira, responsável por 194 mil empregos diretos, sendo 49,5% (96 mil) das vagas relativas à produção; 39,7% (77 mil) relacionadas com o varejo; 3,1% (6 mil) na área de distribuição; e 7,7% (15 mil) em outras funções, principalmente de apoio.

Para atender à crescente de-manda desse mercado, a Câmara Setorial Federal de Flores e Plantas Ornamentais tem realizado cursos à distância para a capacitação de mão de obra, por intermédio da Comissão Nacional de Agricultura. A necessidade surgiu com a mudan-ça do perfil do homem do campo que, praticamente, não põe mais a mão na terra.

O setor, que carece de mão-de-obra qualificada, também é considerado muito importante no desenvolvimento social de uma re-gião, uma vez que promove o em-prego, principalmente de grande quantidade de mulheres. “A baixa,

De acordo com Kees, a Expo-flora -, a maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina- contribui para fomentar o comércio em todo o grande visibilidade aos novos produtos introduzidos anualmente no mer-cado. Normalmente o que a Expo-flora apresenta em suas feiras de negócios acaba de chegar ou estará chegando em breve às floriculturas de todo o país. Em alguns casos, os produtores usam a exposição para verificar a aceitação de flores e plantas ornamentais junto aos con-sumidores. “É como um teste para produtos que só deverão chegar ao mercado nos próximos anos”, ex-plica.

Produção brasileiraO Brasil conta, atualmente,

com 7,6 mil produtores de flores e plantas. Juntos, eles cultivam mais de 350 espécies com cerca de três mil variedades. Sendo assim, o mer-cado de flores é uma importante

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A economia brasileira e o mercado de flores e plantas - que cresce 12% ao ano no país, estão em constante movimento. Para en-tender melhor essa dinâmica finan-ceira, é necessário saber que eco-nomia é a análise da produção, da distribuição e consumo de bens e serviços e também significa admi-nistrar.

Imagine se não soubéssemos administrar nosso orçamento do-méstico. Se mês após mês gastás-semos mais do que ganhássemos... Quantos problemas nossa casa te-ria: problemas financeiros, de or-dem doméstica, problemas de or-dem emocional como consequência da má administração. E por aí vai...

Em uma floricultura é a mesma

Lá vem o Natal... Workshop da Primavera traz ideias de cestas natalinas e motivação para alavancar as vendas no fim de ano

coisa. É necessário saber adminis-trá-la. Saber administrar um negó-cio não é só ter as contas “na ponta do lápis”. É saber investir em me-lhorias e, principalmente, atualizar-se com as tendências do mercado.

Já nos perguntamos: quais as tendências do mercado de flores para a primavera e o Natal? Se sou-bermos quais são essas tendências, poderemos oferecer produtos aos nossos clientes que estejam relacio-nados com essa tendência. Assim nossos lucros serão muito maiores. Simples, não? Então, mãos à obra!

No dia 17 de setembro, a Almeida Flores ofereceu o Wor-kshop da Primavera, e apresentou as tendências do mercado, inclusive para o Natal. O evento aconteceu na sede da empresa, em Colombo. Foi o quarto workshop promovi-do pela distribuidora desde 2010, e que neste ano teve uma inova-ção: uma palestra com o professor

Lievore, consultor que abordou o tema da motivação como alavanca para aquecer as vendas nas floricul-turas. O palestrante explicou como o comerciante motivado pode en-tusiasmar sua equipe a fim de me-lhorar dois quesitos extremamen-te importantes para gerar ótimos resultados: o bom atendimento ao consumidor e a organização da flo-ricultura de forma que a exposição dos produtos seja mais funcional e atrativa ao cliente.

As professoras Leo Mendes e Tânia Santos, membros da Acade-mia Brasileira de Arte Floral, de-monstraram como montar cestas para café da manhã incrementadas, além de cestas especiais para o Na-tal, e de cestas com flores e frutas. O público também pode conferir ideias para desenvolver buquês, ar-ranjos e embalagens para floricultu-ras seguindo as tendências da Pri-mavera/Verão 2013.

Paulo de Siqueira

Marisa Tibes Lang MurbachFloricultura La Vie. Lapa,PR

“Para quem está começando, ver um trabalho desse nível dá mais segurança. É diferente do que co-meçar sem se ter ideia do que se está fazendo”.

Thaisa Cristina da Cruz. Chá-cara Aburá. São José dos Pinhais,PR

“As professoras sempre estão mostrando coisas novas. Eu vim porque quero aprender o que elas vão ensinar aqui e implantar essa parte de buquê e cestas de café da manhã, que ainda não fazemos na chácara”.