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VIOLÊNCIA DE GÊNERO temas polêmicos e atuais VIOLÊNCIA André Nicolitt Cristiane Brandão Augusto [ORGS.]

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Page 1: VIOLÊNCIA DE GÊNERO - Moovin · teorizações sobre os crimes de feminicídio e estupro numa perspectiva . 11 de gênero. Aqui mencionamos também o artigo que joga luz sobre o

V I O L Ê N C I AD E G Ê N E R Ot e m a s p o l ê m i c o s e a t u a i s

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1. Medidas protetivas de urgência e ato infracional: possibilidade e competênciaAndré NicolittLilian Castro de Oliveira

2. Escuta & Inquirição – o limiar das práticas: Psicologia, Serviço Social e Direito: quem sabe o saber do outro?Caio Cesar Wollmann SchafferÉrika Piedade da Silva SantosLindomar Expedito S. Darós

3. Olhares para as questões de gêne-ro no sistema de justiça criminal: Um exercício contínuo de interpretaçãoCarolina Costa Ferreira

4. Meninas mães/gestantes e a ex-tensão do habeas corpus coletivo – ambiguidades de opressão de gêneroÉrica Babini MachadoMaria Adélia Gomes de Melo

5. A determinação dos fatos nos crimes de gênero: entre compro-missos epistêmicos e o respeito à presunção de inocênciaJanaina Roland Matida

6. Dificuldades (ou impossibilidades?) Do sistema penal brasileiro na redução das violências contra as mulheresLeonardo Marcondes Machado

7. Feminismo negro, mulherismo e a contribuição para um sistema penal garantista Mayara Nicolitt AbdalaLuiza Lopes Nicolitt

8. Atendimento policial à população LGBT+: análise crítica sob a per-spectiva da criminologia queerNatacha Alves de Oliveira

9. Flexibilização da violência: estupro numa perspectiva de gêneroAlice Quintela Lopes OliveiraAna Paula Cristina Oliveira Freitas

10. Assédio: Conceitos e formas de manifestaçãoClaudio CarneiroFlávia SannaRebeca Henriques

11. Teoria feminista negra e violência doméstica contra as mulheres: Con-tribuições para o debateCipriana Nicolitt Cordeiro ParanhosSoyanni Silva Alves

12. Intersecção de raça e gênero no sistema penal: entre a invisibilidade e o controle socialCristiane Brandão AugustoIsabella Corrêa de Lucena

13. Racismo contra mulheres ciganas: Estereótipos e marginalizaçãoLaísa Amaral Queiroz

14. Feminização da pobreza: Crim-inalização e encarceramento de gênero por drogas no BrasilRoberta Duboc PedrinhaTaiguara Líbano Soares e SouzaMichelle Mendes Meireles Silva

15. Actualización del feminicidio: tipo penal y acompañamiento solidario Lourdes Enríquez RosasAna María Martínez de la Escalera

16. Marco conceptual de la Alerta de Violencia de Género en MéxicoKatherine Mendoza Bautista

17. En busca del acceso a la justicia de las mujeres (a 10 años de la sen-tencia de campo algodonero) María Teresa Ambrosio Morales

18. Preguntas y pendientes a 25 años de la denuncia del feminicidioMariana Berlanga

Nesse cenário atual em que vemos tantos avanços conservadores no campo da política e também da justiça, as autoras e autores, brasileiras/os e estrangeiras que subscrevem os textos deste livro, promovem reflexões assertivas a partir das demandas sociais por proteção e reconhecimento de direitos das mulheres, ao mesmo tempo em que refletem criticamente sobre os limites do direito penal e do sistema punitivo, incluindo teorizações essenciais sobre as interseccionalidades ou cruzamentos necessários entre as opressões de gênero, raça e classe. Afinal, os feminismos também se constroem na diversidade, por entenderem como distintas as experiências de violência entre mulheres brancas e negras, por estas estarem sujeitas, além do machismo, ao racismo estrutural.”

L u c i a n a B o i t e u x

ISBN 978-65-80444-88-5

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Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida,

por quaisquer meios, sem a autorização prévia do Grupo D’Plácido.

W W W . E D I T O R A D P L A C I D O . C O M . B R

Catalogação na Publicação (CIP)Ficha catalográfica

Violência de gênero: Temas polêmicos e atuais.. NICOLITT, André; AUGUSTO, Cristiane Brandão. [Orgs.] -- Belo Horizonte: Editora D’Plácido, 2019.372 p.

ISBN: 978-65-80444-88-5

1. Direito. 2. Direito Penal. I. Título.

CDD341.5 CDU343

Plácido Arraes

Tales Leon de Marco

Bárbara Rodrigues

Letícia Robini

Enzo Zaqueu Prates

Editor Chefe

Editor

Produtora Editorial

Capa, projeto gráfico

Diagramação

Todos os direitos reservados.

Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida, por quaisquer meios, sem a autorização prévia do Grupo D’Plácido.

W W W . E D I T O R A D P L A C I D O . C O M . B R

Belo HorizonteAv. Brasil, 1843,

Savassi, Belo Horizonte, MGTel.: 31 3261 2801

CEP 30140-007

São PauloAv. Paulista, 2444, 8º andar, cj 82Bela Vista – São Paulo, SPCEP 01310-933

Copyright © 2019, D’Plácido Editora.Copyright © 2019, Os autores.

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Sumár io

Prefácio 9

1. Medidas protetivas de urgência e ato infracional: possibilidade e competência 13

André NicolittLilian Castro de Oliveira

2. Escuta & Inquirição – o limiar das práticas: Psicologia, Serviço Social e Direito: quem sabe o saber do outro? 37

Caio Cesar Wollmann SchafferÉrika Piedade da Silva SantosLindomar Expedito S. Darós

3. Olhares para as questões de gênero no sistema de justiça criminal: Um exercício contínuo de interpretação 53

Carolina Costa Ferreira

4. Meninas mães/gestantes e a extensão do habeas corpus coletivo – ambiguidades de opressão de gênero 67

Érica Babini MachadoMaria Adélia Gomes de Melo

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5. A determinação dos fatos nos crimes de gênero: entre compromissos epistêmicos e o respeito à presunção de inocência 87

Janaina Roland Matida*

6. Dificuldades (ou impossibilidades?) Do sistema penal brasileiro na redução das violências contra as mulheres 111

Leonardo Marcondes Machado

7. Feminismo negro, mulherismo e a contribuição para um sistema penal garantista 123

Mayara Nicolitt Abdala Luiza Lopes Nicolitt

8. Atendimento policial à população LGBT+: análise crítica sob a perspectiva da criminologia queer 141

Natacha Alves de Oliveira

9. Flexibilização da violência: estupro numa perspectiva de gênero 169

Alice Quintela Lopes OliveiraAna Paula Cristina Oliveira Freitas

10. Assédio: Conceitos e formas de manifestação 185

Claudio CarneiroFlávia SannaRebeca Henriques.

11. Teoria feminista negra e violência doméstica contra as mulheres: Contribuições para o debate 209

Cipriana Nicolitt Cordeiro Paranhos Soyanni Silva Alves

12. Intersecção de raça e gênero no sistema penal: entre a invisibilidade e o controle social 225

Cristiane Brandão AugustoIsabella Corrêa de Lucena

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13. Racismo contra mulheres ciganas: Estereótipos e marginalização 243

Laísa Amaral Queiroz

14. Feminização da pobreza: Criminalização e encarceramento de gênero por drogas no Brasil 257

Roberta Duboc PedrinhaTaiguara Líbano Soares e SouzaMichelle Mendes Meireles Silva

15. Actualización del feminicidio: tipo penal y acompañamiento solidario 279

Lourdes Enríquez RosasAna María Martínez de la Escalera

16. Marco conceptual de la Alerta de Violencia de Género en México 293

Katherine Mendoza Bautista

17. En busca del acceso a la justicia de las mujeres (a 10 años de la sentencia de campo algodonero) 309

María Teresa Ambrosio Morales

18. Preguntas y pendientes a 25 años de la denuncia del feminicidio 353

Mariana Berlanga

Autoras e autores 365

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Prefác io

A obra que eu tenho a honra de prefaciar, coordenada pelos ilustres Professores Cristiane Brandão Augusto e André Nicolitt, vem ocupar um espaço importante no debate, ao trazer contribuições profundas e críticas aos estudos sobre violência de gênero em direito penal, processo penal e criminologia.

Precisamos mesmo debater e avançar nos estudos de gênero e sis-tema punitivo no Brasil, para provocar mudanças sociais e romper com sua invisibilidade histórica, e assim promover a contestação da sociedade patriarcal na qual a mulher representava apenas um papel passivo, inclusive nas ciências criminais. Como aponta Heleieth Saffioti, a igualdade entre homens e mulheres, pelo menos desde a Constituição de 1988, é afirmada formalmente pela lei, mas “o problema reside na prática, instância na qual a igualdade legal se transforma em desigualdade, contra a qual tem sido sem trégua a luta feminista”.1

Consideramos que parte dessa luta feminista se deu no campo do direito, especialmente a partir dos estudos de gênero e do marco histórico da Lei Maria da Penha (n. 11.340/06), que completa 13 anos no ano que este livro é publicado, fruto da resistência das mulheres e de uma luta ainda em curso. Com tal lei, verifica-se uma radical mudança de para-digma no direito penal, quando este, que historicamente se preocupou com a mulher apenas para “categorizá-la na condição de sujeito passivo nos crimes sexuais, como ‘virgem’, ‘honesta’, ‘prostituta’ ou pública’”2,

1 SAFFIOTI, Heleieth. Gênero, Patriarcado, Violência. São Paulo: Expressão Popular/Fundação Perseu Abramo, 2015, p. 46-47.

2 MONTENEGRO, Marília. Lei Maria da Penha: uma análise criminológico-crítica. Rio de Janeiro: Revan, 2015, p. 33.

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introduziu relevante diferença de tratamento entre os gêneros em crimes no contexto de violência doméstica ou familiar contra a mulher, ou seja, procurou romper, pelo menos formalmente, com o sistema de dominação que silenciava agressões e violências especificas contra elas. Mais recen-temente, com a Lei 13.104/15, houve ainda inclusão do feminicídio no Código Penal, tendo sido reforçada a demanda por expressa enunciação da violência contra a mulher como estratégia de enfrentamento.

Porém, ainda que uma parte do feminismo tenha apostado na utilização do direito penal simbólico como instrumento de luta pela emancipação das mulheres, temos, por outro lado, o reconhecimento, pela Criminologia Crítica, da seletividade estrutural (não só de classe, mas também de raça) do sistema punitivo, que coloca em cheque essa aposta por considerar o Direito Penal como ultima ratio. Nesse cenário, surge o feminismo antipunitivista que defende as medidas não penais previstas da Lei Maria da Penha, de prevenção e de proteção, questionan-do a reivindicação de ampliação do sistema punitivo. Essa contradição entre os feminismos reflete o dissenso, mas ao mesmo tempo reafirma a pluralidade de vozes e o protagonismo das mulheres nas suas posições políticas e teóricas no campo do direito, tradicionalmente ocupado por homens brancos privilegiados de classe alta.

Nesse cenário atual em que vemos tantos avanços conservadores no campo da política e também da justiça, as autoras e autores, brasileiras/os e estrangeiras que subscrevem os textos deste livro, promovem reflexões assertivas a partir das demandas sociais por proteção e reconhecimento de direitos das mulheres, ao mesmo tempo em que refletem criticamente sobre os limites do direito penal e do sistema punitivo, incluindo teoriza-ções essenciais sobre as interseccionalidades ou cruzamentos necessários entre as opressões de gênero, raça e classe. Afinal, os feminismos também se constroem na diversidade, por entenderem como distintas as experi-ências de violência entre mulheres brancas e negras, por estas estarem sujeitas, além do machismo, ao racismo estrutural.

Ao ampliar o alcance do conceito de violência de gênero, a obra aposta em um feminismo com potencial crítico ao sistema penal, trazendo temas de criminologia feminista, que trouxe a necessária lente de gênero para o estudo das ciências criminais, sendo aqui destacados os artigos so-bre assédio moral; acesso à justiça por mulheres que sofreram violências e o debate no sistema interamericano de direitos humanos; a reflexão sobre a atuação do sistema criminal nos casos de violência doméstica e teorizações sobre os crimes de feminicídio e estupro numa perspectiva

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de gênero. Aqui mencionamos também o artigo que joga luz sobre o atendimento policial no caso de violência contra pessoas LGBTTQI, que são ainda mais invisibilizadas nas estatísticas oficiais.

Ademais, temos os textos de processo penal, que abordam medidas protetivas de urgência e atos infracionais; a presunção de inocência em crimes de gênero e a análise transdisciplinar sobre escuta e inquirição: o depoimento especial de crianças vítimas de violência. Inclui também um estudo sobre a situação de meninas e mulheres gestantes em situação de privação de liberdade e as possibilidades criadas pelo habeas corpus coletivo no STF. Finalmente, vemos contribuições essenciais para o debate do fe-minismo negro e do racismo no sistema punitivo, por entender que não há como compreender as dinâmicas da estrutura econômica sem levar em conta as teorias críticas da raça e decolonial e o feminismo negro, incluindo o texto sobre violência contra mulheres ciganas e a importante contribuição sobre encarceramento por gênero, o crime de tráfico de drogas e a feminização da pobreza no Brasil.

Percebe-se, por fim, certa ousadia desta obra, que ao trazer homens ao lado de uma maioria de mulheres para refletir sobre tais temas, além de textos de autoras mexicanas, traz inquietações e promove leituras diversas e ampliadas, que muito têm a contribuir para os estudos sobre violência de gênero. Por todos esses motivos, recomendo fortemente a leitura e parabenizo os organizadores pela iniciativa.

Rio de Janeiro, Agosto de 2019.

Luciana Boiteux3

3 Feminista. Mestre e Doutora em Direito Penal. Professora Associada de Direito Penal e Criminologia da Faculdade Nacional de Direito e do Programa de Pós Graduação em Direito da UFRJ.

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1. Medidas protetivas de urgência e ato infracional: possibilidade e competênciaAndré NicolittLilian Castro de Oliveira

2. Escuta & Inquirição – o limiar das práticas: Psicologia, Serviço Social e Direito: quem sabe o saber do outro?Caio Cesar Wollmann SchafferÉrika Piedade da Silva SantosLindomar Expedito S. Darós

3. Olhares para as questões de gêne-ro no sistema de justiça criminal: Um exercício contínuo de interpretaçãoCarolina Costa Ferreira

4. Meninas mães/gestantes e a ex-tensão do habeas corpus coletivo – ambiguidades de opressão de gêneroÉrica Babini MachadoMaria Adélia Gomes de Melo

5. A determinação dos fatos nos crimes de gênero: entre compro-missos epistêmicos e o respeito à presunção de inocênciaJanaina Roland Matida

6. Dificuldades (ou impossibilidades?) Do sistema penal brasileiro na redução das violências contra as mulheresLeonardo Marcondes Machado

7. Feminismo negro, mulherismo e a contribuição para um sistema penal garantista Mayara Nicolitt AbdalaLuiza Lopes Nicolitt

8. Atendimento policial à população LGBT+: análise crítica sob a per-spectiva da criminologia queerNatacha Alves de Oliveira

9. Flexibilização da violência: estupro numa perspectiva de gêneroAlice Quintela Lopes OliveiraAna Paula Cristina Oliveira Freitas

10. Assédio: Conceitos e formas de manifestaçãoClaudio CarneiroFlávia SannaRebeca Henriques

11. Teoria feminista negra e violência doméstica contra as mulheres: Con-tribuições para o debateCipriana Nicolitt Cordeiro ParanhosSoyanni Silva Alves

12. Intersecção de raça e gênero no sistema penal: entre a invisibilidade e o controle socialCristiane Brandão AugustoIsabella Corrêa de Lucena

13. Racismo contra mulheres ciganas: Estereótipos e marginalizaçãoLaísa Amaral Queiroz

14. Feminização da pobreza: Crim-inalização e encarceramento de gênero por drogas no BrasilRoberta Duboc PedrinhaTaiguara Líbano Soares e SouzaMichelle Mendes Meireles Silva

15. Actualización del feminicidio: tipo penal y acompañamiento solidario Lourdes Enríquez RosasAna María Martínez de la Escalera

16. Marco conceptual de la Alerta de Violencia de Género en MéxicoKatherine Mendoza Bautista

17. En busca del acceso a la justicia de las mujeres (a 10 años de la sen-tencia de campo algodonero) María Teresa Ambrosio Morales

18. Preguntas y pendientes a 25 años de la denuncia del feminicidioMariana Berlanga

Nesse cenário atual em que vemos tantos avanços conservadores no campo da política e também da justiça, as autoras e autores, brasileiras/os e estrangeiras que subscrevem os textos deste livro, promovem reflexões assertivas a partir das demandas sociais por proteção e reconhecimento de direitos das mulheres, ao mesmo tempo em que refletem criticamente sobre os limites do direito penal e do sistema punitivo, incluindo teorizações essenciais sobre as interseccionalidades ou cruzamentos necessários entre as opressões de gênero, raça e classe. Afinal, os feminismos também se constroem na diversidade, por entenderem como distintas as experiências de violência entre mulheres brancas e negras, por estas estarem sujeitas, além do machismo, ao racismo estrutural.”

L u c i a n a B o i t e u x

ISBN 978-65-80444-88-5