violência armada complexo da penha tem alto número de...

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Violência Armada Complexo da Penha tem alto número de notificações de violência armada. Chacina no Recreio também se destacou. Aplicativo Fogo Cruzado ultrapassa 54 mil downloads. Mapa colaborativo já registra mais de 2000 notificações de tiroteios e disparos de armas de fogo na região metropolitana do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 20 de dezembro de 2016 A Anistia Internacional divulga hoje o 24º balanço semanal do aplicativo e mapa colaborativo Fogo Cruzado, com a consolidação das informações recebidas ao longo dos últimos sete dias ( 13 de dezembro a 19 de dezembro) http://fogocruzado.org.br/relatorios. Em funcionamento há cinco meses, o Fogo Cruzado já publicou mais de 2000 notificações relatando tiroteios e/ou disparos de arma de fogo na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O boletim desta semana de interatividade, com notificações registradas de 00:00h de 13 de dezembro a 24:00 de 19 de dezembro, mostra que a região da Penha foi especialmente impactada pela violência armada. Na Penha foram registrados 6 tiroteios/disparos de arma de fogo, com 3 vítimas fatais, sendo 2 delas policiais, e 1 ferido. No dia 16, na divisa entre o Parque Proletário e a Vila Cruzeiro, um homem e um PM morreram e uma moradora ficou ferida. No mesmo dia, em outro ponto do Complexo da Penha, outro PM morreu. A segunda região que mais apresentou tiroteios/disparos de arma de fogo foi São Gonçalo, com 5 notificações. Foram 2 vítimas fatais, 3 feridos e 3 operações policiais. No dia 15, um homem foi executado e outras duas pessoas ficaram feridas no bairro de Alcântara. No dia 17, a polícia militar realizou operações na comunidade do Anaia e no Jardim Miriambí; no primeiro local um homem morreu e no segundo um ficou ferido. Em seguida vem Praça Seca e Maré, que tiveram 3 notificações cada. Na Maré houve 3 operações policiais e 3 vítimas fatais. No período analisado, chamou a atenção a ocorrência de uma chacina na região do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes. Uma mulher grávida e mais 3 pessoas foram mortas a tiros em um bar por um policial militar aposentado, depois de uma briga. O PM suspeito de efetuar os disparos já se apresentou à Polícia.

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Violência Armada Complexo da Penha tem alto número de notificações de violência armada. Chacina no Recreio também se destacou. Aplicativo Fogo Cruzado ultrapassa 54 mil downloads. Mapa colaborativo já registra mais de 2000 notificações de tiroteios e disparos de armas de fogo na região metropolitana do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 20 de dezembro de 2016 A Anistia Internacional divulga hoje o 24º balanço semanal do aplicativo e mapa colaborativo Fogo Cruzado, com a consolidação das informações recebidas ao longo dos últimos sete dias ( 13 de dezembro a 19 de dezembro) http://fogocruzado.org.br/relatorios. Em funcionamento há cinco meses, o Fogo Cruzado já publicou mais de 2000 notificações relatando tiroteios e/ou disparos de arma de fogo na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O boletim desta semana de interatividade, com notificações registradas de 00:00h de 13 de dezembro a 24:00 de 19 de dezembro, mostra que a região da Penha foi especialmente impactada pela violência armada. Na Penha foram registrados 6 tiroteios/disparos de arma de fogo, com 3 vítimas fatais, sendo 2 delas policiais, e 1 ferido. No dia 16, na divisa entre o Parque Proletário e a Vila Cruzeiro, um homem e um PM morreram e uma moradora ficou ferida. No mesmo dia, em outro ponto do Complexo da Penha, outro PM morreu. A segunda região que mais apresentou tiroteios/disparos de arma de fogo foi São Gonçalo, com 5 notificações. Foram 2 vítimas fatais, 3 feridos e 3 operações policiais. No dia 15, um homem foi executado e outras duas pessoas ficaram feridas no bairro de Alcântara. No dia 17, a polícia militar realizou operações na comunidade do Anaia e no Jardim Miriambí; no primeiro local um homem morreu e no segundo um ficou ferido. Em seguida vem Praça Seca e Maré, que tiveram 3 notificações cada. Na Maré houve 3 operações policiais e 3 vítimas fatais. No período analisado, chamou a atenção a ocorrência de uma chacina na região do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes. Uma mulher grávida e mais 3 pessoas foram mortas a tiros em um bar por um policial militar aposentado, depois de uma briga. O PM suspeito de efetuar os disparos já se apresentou à Polícia.

No total, foram registradas 48 notificações no mapa colaborativo neste período, apontando 18 vítimas fatais e 11 feridos. Todas as notificações enviadas por usuários são moderadas antes da postagem em www.fogocruzado.org.br. Desde a disponibilização do app até hoje, (05.07 a 12.12) foram registradas 2.280 notificações no mapa colaborativo. Além das notificações compartilhadas colaborativamente pelos usuários, o balanço semanal inclui ainda dados coletados via imprensa e canais da própria polícia, como os boletins diários publicados no site da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ). Mais de 54 mil downloads gratuitos do aplicativo já foram feitos nas plataformas Android e iOS. As informações via Imprensa e Polícia Militar do Rio de Janeiro - compiladas e inseridas no mapa pela equipe do Fogo Cruzado - representam 25 deste total e indicam 15 vítimas fatais, 10 feridos e 10 operações policiais. No total, 49 notificações foram enviadas por usuários esta semana; destas, 1 foi descartada por ser repetida, incompleta ou relatar ocorrência em cidade fora da atual área de cobertura do aplicativo. O aplicativo, que opera em modo piloto até o final deste ano, está sob constante atualização para corrigir falhas técnicas apontadas por usuários. Upgrades do Fogo Cruzado já foram disponibilizados nas lojas para download gratuito. O trabalho de monitoramento dos tiroteios e disparos de armas de fogo continua com a divulgação semanal dos dados do Fogo Cruzado até dezembro, quando será avaliada a possibilidade de expandir a cobertura da ferramenta para outras cidades e regiões brasileiras. Em breve será publicada uma análise dos dados acumulados nos primeiros meses de funcionamento do aplicativo, com informações adicionais sobre o impacto da violência armada em serviços da cidade como transporte e funcionamento de escolas.

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