vinda da família real para o brasil

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Vinda da Família Real para o Brasil Em janeiro de 1808, Portugal estava prestes a ser invadido pelas tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte. Sem condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolveu transferir a corte portuguesa para sua mais importante colônia, o Brasil. Nos quatorze navios, além da família real, vieram centenas de funcionários, criados, assessores e pessoas ligadas à corte portuguesa. Trouxeram também muito dinheiro, obras de arte, documentos, livros, bens pessoais e outros objetos de valor. Em março de 1808, a corte portuguesa foi instalada no Rio de Janeiro. Muitos moradores, sob ordem de D. João, foram despejados para que as casas fossem usadas pelos funcionários do governo. Este fato gerou, num primeiro momento, muita insatisfação e transtorno na população da capital brasileira. No ano de 1818, a mãe de D. João, D. Maria I, faleceu e ele tornou-se rei. Passou a ser chamado de D. João VI. Uma das principais medidas tomadas por D. João foi abrir o comércio brasileiro aos países amigos de Portugal. A principal beneficiada com a medida foi à Inglaterra, que passou a ter vantagens comerciais e dominar o comércio com o Brasil. D. João adotou várias medidas econômicas que favoreceram o desenvolvimento brasileiro. Entre as principais, podemos citar: a construção de indústrias, a criação do Banco do Brasil, da primeira escola militar brasileira, da Escola Real de Artes, do Museu Nacional, do Jardim Botânico e da primeira faculdade de Medicina. Os franceses ficaram em Portugal durante poucos meses, pois o exército inglês conseguiu derrotar as tropas de Napoleão. O povo português passou a exigir o retorno do rei que se encontrava no Brasil. Pressionado pelos portugueses, D. João VI resolveu voltar para Portugal, em abril de 1821. Deixou em seu lugar, no Brasil, o filho D. Pedro como príncipe regente.

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Vinda da Família Real para o Brasil

Em janeiro de 1808, Portugal estava prestes a ser invadido pelas tropas francesas comandadas por

Napoleão Bonaparte. Sem condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente de

Portugal, D. João, resolveu transferir a corte portuguesa para sua mais importante colônia, o Brasil.

Nos quatorze navios, além da família real, vieram centenas de funcionários, criados, assessores e

pessoas ligadas à corte portuguesa. Trouxeram também muito dinheiro, obras de arte, documentos,

livros, bens pessoais e outros objetos de valor.

Em março de 1808, a corte portuguesa foi instalada no Rio de Janeiro. Muitos moradores, sob ordem de

D. João, foram despejados para que as casas fossem usadas pelos funcionários do governo. Este fato

gerou, num primeiro momento, muita insatisfação e transtorno na população da capital brasileira.

No ano de 1818, a mãe de D. João, D. Maria I, faleceu e ele tornou-se rei. Passou a ser chamado de D.

João VI.

Uma das principais medidas tomadas por D. João foi abrir o comércio brasileiro aos países amigos de

Portugal. A principal beneficiada com a medida foi à Inglaterra, que passou a ter vantagens comerciais e

dominar o comércio com o Brasil.

D. João adotou várias medidas econômicas que favoreceram o desenvolvimento brasileiro. Entre as

principais, podemos citar: a construção de indústrias, a criação do Banco do Brasil, da primeira escola

militar brasileira, da Escola Real de Artes, do Museu Nacional, do Jardim Botânico e da primeira

faculdade de Medicina.

Os franceses ficaram em Portugal durante poucos meses, pois o exército inglês conseguiu derrotar as

tropas de Napoleão. O povo português passou a exigir o retorno do rei que se encontrava no Brasil.

Pressionado pelos portugueses, D. João VI resolveu voltar para Portugal, em abril de 1821. Deixou em

seu lugar, no Brasil, o filho D. Pedro como príncipe regente.