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1 Pressclipping em 01.dez.2014. Quanto melhor é um homem, mais erros ele comete, já que mais coisas novas tenta fazer. Peter Drucker O Brasil e os preços abusivos Por que tudo no Brasil custa tão caro? Publicado por Nathanael Tavares - 4 dias atrás No dia 14 de novembro a Apple lançou oficialmente o iPhone 6 no Brasil. Os preços do smartphone são: R$ 3.199 reais para o iPhone 6 e R$ 3.599 reais para o iPhone 6 plus. Além do Brasil, a Apple já divulgou os preços dos aparelhos em outros 35 países, com o Brasil no topo do ranking com o iPhone mais caro do mundo. No Japão, o país onde o iPhone 6 é mais barato, as versões custam 1505 reais e 1772 reais. Menos da metade dos preços praticados no Brasil. Hoje se você tiver um pouquinho de paciência para procurar um voo em promoção, sai mais barato comprar uma passagem ida e volta para os EUA e comprar seu Iphone lá. Não que eu seja fã de iphone, sinceramente prefiro o sistema Android. No entanto, o que me incomoda não é o preço do bendito iphone nem o cara que ganha um salário mínimo e às vezes não tem nem tem nem uma casa própria para morar, mas tem seu iphone parcelado em 10 vezes no cartão..., problema dele, cada um elege suas prioridades como quer. O que quero destacar é forma como o brasileiro "engole" tudo, sem questionar ou protestar. Já há a previsão de um grande volume de vendas do iphone 6 neste final de ano. Resumindo, as pessoas acham caro, mas mesmo assim não deixam de comprar, então não há motivos para o revendedor baixar o preço se a população aceita e compra... Queria ver lojinha passar 2 meses seguidos sem vender iphone... Será que não iria baixar o preço?... Achou o iphone caro? Então não compra! IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Pressclipping em 01.dez.2014.

Quanto melhor é um homem, mais erros ele comete, já que mais coisas novas tenta fazer.

Peter Drucker

O Brasil e os preços abusivos Por que tudo no Brasil custa tão caro? Publicado por Nathanael Tavares - 4 dias atrás

No dia 14 de novembro a Apple lançou oficialmente o iPhone 6 no Brasil. Os preços do smartphone são: R$ 3.199 reais para o iPhone 6 e R$ 3.599 reais para o iPhone 6 plus. Além do Brasil, a Apple já divulgou os preços dos aparelhos em outros 35 países, com o Brasil no topo do ranking com o iPhone mais caro do mundo. No Japão, o país onde o iPhone 6 é mais barato, as versões custam 1505 reais e 1772 reais. Menos da metade dos preços praticados no Brasil. Hoje se você tiver um pouquinho de paciência para procurar um voo em promoção, sai mais barato comprar uma passagem ida e volta para os EUA e comprar seu Iphone lá.

Não que eu seja fã de iphone, sinceramente prefiro o sistema Android. No entanto, o que me incomoda não é o preço do bendito iphone nem o cara que ganha um salário mínimo e às vezes não tem nem tem nem uma casa própria para morar, mas tem seu iphone parcelado em 10 vezes no cartão..., problema dele, cada um elege suas prioridades como quer.

O que quero destacar é forma como o brasileiro "engole" tudo, sem questionar ou protestar. Já há a previsão de um grande volume de vendas do iphone 6 neste final de ano. Resumindo, as pessoas acham caro, mas mesmo assim não deixam de comprar, então não há motivos para o revendedor baixar o preço se a população aceita e compra... Queria ver lojinha passar 2 meses seguidos sem vender iphone... Será que não iria baixar o preço?... Achou o iphone caro? Então não compra!

Estou usando o exemplo do iphone por se um assunto atual e de grande repercussão. Mas isso ocorre em todos as linhas de produtos, independente da marca, são roupas, calçados, perfumes, eletroeletrônicos em geral, passagens aéreas e terrestres, enfim, tudo aqui custa mais caro. Aí vem alguém e me diz: "Mais os impostos aqui são muito altos". Sim, realmente são altos, mas não os mais altos, ainda somos o 12º. Já fui a países como a Itália, que tem uma carga tributária em torno de 9% maior que a do Brasil e lá encontramos alimentos e itens de primeira necessidade e vários outros produtos a preços baixíssimos. O hambúrguer mais barato do McDonalds no Brasil custa em média 12 reais, na Europa se compra o mesmo hamburguer a 2 euros.

Na realidade nosso grande vilão é a margem de lucro que é atribuída aos produtos. Não há incentivos do governo que beneficiem o consumidor final, como por exemplo a proibição de alguns impostos que não

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deveriam ser repassados ao mesmo, pois hoje no Brasil tudo é repassado ao consumidor final, é ele quem paga tudo. Não há também leis que limitem a margem de lucro nem mesmo nos alimentos e itens de primeira necessidade e produtos de uso doméstico. Sei que alguns produtos seriam inviáveis o barateamento no momento, como por exemplo veículos, pois a estrutura viária do país não estaria preparada para um brusco aumento no volume de veículos. O que não extingue dos governantes a responsabilidade de melhorar nossas vias de transporte terrestre. Mas sejamos sensatos, não podemos continuar pagando tão caro até para nos alimentarmos! Ademais, onde está o retorno de tudo isso? Nas picaretagens de muitos políticos e na impunidade dos mesmos?

Infelizmente, apesar de todos os meios de comunicação existentes, a falta de informação de grande parte dos brasileiros é muito grande e falta de empenho de quem detém a informação, também. Creio que este seja um tema que merece mais atenção por parte dos que em tese nos representam. Quem sabe daqui 50 anos...

Vai viajar ao exterior? Saiba o que é tributado Publicado por Nelci Gomes - 1 dia atrás

A Receita Federal vai implantar, a partir do 1º semestre de 2015, um sistema mais rígido de fiscalização dos passageiros de voos internacionais. As regras para a tributação de itens importados continuam as mesmas, mas o Fisco promete apertar o cerco contra a entrada irregular de produtos nos aeroportos do País.

O que muda na fiscalização dos aeroportos em 2015?

As informações sobre os passageiros serão transmitidas pelas companhias aéreas e depois cruzadas com os sistemas da Receita e da Polícia Federal. Assim, antes mesmo de o avião pousar no Brasil, o Fisco já terá decidido quais contribuintes terão as malas verificadas.

Além disso, câmeras farão o reconhecimento facial dos viajantes (comparando com a foto do passaporte) para selecionar potenciais sonegadores, além de suspeitos de lavagem de dinheiro. A promessa é que o viajante comum ganhará maior agilidade no desembarque, uma vez que a fiscalização ficará mais precisa e eficiente. A data exata de início do novo sistema ainda não foi definida.

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Como funcionam os tributos?

Para não pagar tributos no retorno ao Brasil, as mercadorias compradas no exterior não devem ultrapassar US$ 500 (por via aérea ou marítima) ou US$ 300 (terrestre ou fluvial).

Se ultrapassar essas cotas, os produtos deverão ser especificados na Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV) e serão tributados a uma alíquota única de 50%, aplicada sobre o valor excedente. Caso sofra fiscalização e não tenha feito a e-DBV, o viajante será multado em 50% do valor excedente à cota de isenção, mais o imposto devido.

Os bens que somarem mais de US$ 3 mil poderão ser retidos e tributados segundo as regras oficiais de importação.

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Quais produtos são tributados e quais são isentos?

Bens considerados de uso pessoal não são tributados e nem entram na cota. Para obter o benefício, no entanto, é necessário que seja apenas uma unidade de cada produto, a qual deve obrigatoriamente já ter sido usada.

Importante ressaltar que o bem importado se soma àqueles levados do País. Isto é, caso o viajante já leve consigo algum desses itens e retorne com mais um, o produto deixa de ser considerado de uso pessoal e passa a ser contabilizado na cota de imposto. Além disso, se o brasileiro viajar mais de uma vez por mês, ele só se beneficiará da isenção na primeira saída, ainda que traga um produto por vez.

O viajante que trouxer na bagagem equipamento ligado à sua profissão poderá ter isenção de tributos caso o bem seja portátil e tenha sido utilizado profissionalmente no exterior. A atividade e o uso do maquinário devem ser comprovados. A liberação dependerá da avaliação do fiscal.

Compras no Free Shop entram na cota?

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Os produtos adquiridos nas lojas de desembarque no Brasil são isentos de impostos até o limite de US$ 500. Na prática, é como se o viajante tivesse direito a uma segunda cota de isenção.

Já as compras feitas nos Free Shops de saída do Brasil ou de outros países são contabilizadas junto com os outros produtos adquiridos no exterior e entram na cota principal, também de US$ 500. O valor excedente é tributado à alíquota única de 50%.

Como comprovar que um produto importado não foi comprado na viagem?

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Desde outubro de 2010, em vez de apresentar uma declaração relatando os bens importados levados na bagagem, o turista que sai do Brasil precisa levar a nota fiscal do produto. As mercadorias de fabricação nacional não são alvo da fiscalização.

Na ausência das notas, o viajante precisará ter outro meio idôneo que comprove a importação regular dos produtos. A Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV), realizada em viagens anteriores, poderá ser usada como prova em deslocamentos futuros.

Caso a importação do bem tenha sido realizada pelos Correios, o comprovante de pagamento de imposto emitido pela estatal também tem validade.

Há um limite para dinheiro em espécie?

O viajante que portar dinheiro em espécie em quantia igual ou superior a R$ 10 mil, em moeda nacional ou estrangeira, é obrigado a realizar a Declaração Eletrônica de bens de Viajante (e-DBV), por meio da internet. No momento do ingresso ou saída do País, deverá apresentar-se à alfândega para validação do documento.

A e-DBV servirá apenas para o controle por parte da Receita Federal e não haverá tributação sobre o valor. A falta do documento, no entanto, poderá ser configurada como crime de evasão de divisas.

Os artigos de vestuário são tributados?

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Os artigos de vestuário também fazem parte da categoria "bens de uso pessoal", mas a isenção de impostos pressupõe a utilização da peça no exterior e depende das circunstâncias e do tempo da viagem. Os fiscais poderão taxar um enxoval de bebê, por exemplo, caso a criança ainda não tenha nascido ou não esteja com os pais na viagem.

As noivas também estão sujeitas às regras da Aduana. O vestido comprado no exterior só é isento de tributos se a viajante realizar o casamento durante a viagem. Caso contrário, a peça será taxada no retorno ao País.

Fonte: http://infograficos.estadao.com.br/public/economia/bagagens-alfandega/

Black Friday ou “Black Fraude”? Publicado por Nair Eulália Ferreira da Costa - 1 dia atrás

Black Friday é uma campanha de vendas realizada um dia após o feriado de Ação de Graças, que ocorre na última quinta-feira de novembro, tendo sido originada nos Estados Unidos. Ela recebeu este nome porque, desde o início, o grande fluxo de pessoas fazendo compras gerou uma série de acidentes de trânsito e episódios de violência.

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Inspirado em ação semelhante realizada todos os anos nos Estados Unidos, o Black Friday começou a ganhar força no Brasil em 2011 e, desde aquele ano, tem gerado suspeitas de maquiagem de descontos e de descumprimento das normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Nas últimas edições foram registrados casos em lojas aumentam o preço dias antes da Black Friday para oferecer descontos irreais, a chamada "metade do dobro", o que levou os internautas, ironicamente, a apelidar o evento de “Black Fraude”.

Para que você não caia nesta cilada, reunimos algumas dicas e orientações para que você possa aproveitar o evento:

Em primeiro lugar evite comprar por impulso para não comprometer o orçamento com gastos desnecessário.

Se não resistir, antes de comprar verifique se o produto escolhido está mesmo em oferta. Como já falamos aqui, os estabelecimentos aproveitem o chamariz da liquidação para anunciar como promocionais itens com preços semelhantes aos verificados antes do período ou que tiveram seu preço elevado pouco tempo antes para simular um desconto maior - a chamada maquiagem de preços.

Uma forma simples de saber se os produtos estão com preços realmente promocionais e fazer lista do que se pretende comprar e fazer um pesquisa de preços em pelo menos três estabelecimentos diferentes.

Bom, mas se você ficar com preguiça ou não tiver tempo para realizar a pesquisa não se preocupe. Em razão das várias reclamações contra a maquiagem de preços nas edições passados do evento, este ano os organizadores criaram o “ busca descontos” com objetivo de identificar falsas promoções. Confira aqui: http://zip.net/bcqhF1)

Além disso é recomendável:

Efetuar compras somente em sites confiáveis. Para verificar a segurança da página, ele deve clicar num símbolo de cadeado que aparece no canto da barra de endereço ou no rodapé da tela. O endereço da loja virtual deve começar com https://. O site também deve informar CNPJ ou CPF do responsável, endereço e telefone de contato.

Analisar a descrição do produto e compare com outras marcas. Imprimir ou salvar todos os documentos que demonstrem a oferta e confirmação do pedido

(comprovante de pagamento, contrato, anúncios etc). Ficar atento à política de privacidade da loja virtual para saber quais compromissos ela assume

quanto ao armazenamento e manipulação de seus dados. Não utilizar computadores de acesso público (lan houses, etc) para comércio eletrônico ou internet

banking.

Por fim é preciso reforçar que as compras efetuadas através da internet também são regidas pelo Código de Defesa do Consumidor. Então fiquem atentos!

Produto comprado em uma liquidação ou promoção não elimina os direitos do consumidor.

Se a empresa prometeu desconto em determinados produtos, a oferta deve ser cumprida conforme foi veiculada.

Todo site deve exibir o CNPJ da empresa ou o CPF da pessoa responsável, além de informar o endereço físico onde a loja possa ser encontrada ou o endereço eletrônico para que possa ser contatada.

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A empresa deve manter canais de atendimento de fácil acesso para que o consumidor esclareça suas dúvida.

Nas compras feitas fora do estabelecimento comercial (por telefone, em domicílio, telemarketing, catálogos, internet etc), o consumidor tem prazo de sete dias para desistir da compra, contados a partir da aquisição do produto ou de seu recebimento.

O CDC estabelece prazo de 30 dias para reclamações sobre problemas aparentes ou de fácil constatação, no caso de produtos não duráveis, e de 90 dias para bens duráveis, contados a partir da constatação do problema.

Produtos importados adquiridos no Brasil, em estabelecimentos devidamente legalizados, seguem as mesmas regras dos nacionais.

No ato da entrega do produto, o documento de recebimento só deve ser assinado após examinar o estado da mercadoria. Havendo irregularidades, estas devem ser relacionadas, justificando, assim, o não recebimento, e a empresa em questão deve ser contatada para que resolva o problema.

É isso, fiquem atentos as armadilhas do comércio eletrônico, exija seus direitos e boas compras!

Disponível em: http://ferreiradacostaadvbr.blogspot.com.br/2014/11/black-friday-ou-black-fraude.html

Brasil: corrupção, violência e instável democracia Publicado por Luiz Flávio Gomes - 1 dia atrás

Nunca Antes Neste País e na América Latina aumentou tanto a consciência de que a violência e a corrupção (como a revelada na Petrobras) são as causas principais da instabilidade democrática da nossa região. É o que assinala a pesquisa feita em 28 países (com 50 mil pessoas) pelo Barômetro das Américas (2014), realizada pelo Projeto Opinião Pública da América Latina, da Universidade Vanderbilt (veja Vicente Jiménez 25/11/14). A credibilidade das instituições está quase que totalmente solapada. O império da lei não é o forte. Isso conduz o cidadão a apelar ou (a) para o sendo comum (e mais primitivo) das políticas de mão dura (populistas), que são enganosas e, além disso, de baixíssima qualidade democrática e cidadã, em virtude da quantidade tsunâmica de violações dos direitos fundamentais das pessoas, ou (b) para a justiça com as próprias mãos (linchamentos, assassinatos, violência – 32% dos entrevistados admitem isso).

02. Veja o caso do Brasil: como ele está reagindo ao caos implantado no país com a violência e a corrupção? Frente à violência, vem atuando de quatro formas: (a) prioridade para políticas repressivas (de mão dura), em lugar das preventivas (reformas socioeconômicas e educativas); (b) edição contínua de novas leis penais mais severas (de 1940 a 2014 foram editadas 157 leis penais, que nunca diminuíram a criminalidade); (c) genocídio estatal (política de extermínio dos jovens – 2500 mortes por ano – e dos próprios policiais – cerca de 400 óbitos por ano) e (d) encarceramento massivo aloprado (3º país com maior população carcerária do planeta – 711 mil presos, incluindo os presos no domicílio; dos quais, 40% provisórios). O custo dessa política completamente errada (e errada porque a criminalidade nunca diminuiu), para o governo, é de 1,26% do PIB; o custo total da violência é 5,4% do PIB brasileiro (conforme o Fórum de Segurança Pública). Diante da corrupção, a impunidade é generalizada, sobretudo da que envolve os agentes públicos e o mundo empresarial e financeiro (caso Petrobras, por exemplo).

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03. Os latino-americanos estão muito mais preocupados com a violência do que há dez anos. Os governos estão sendo pressionados, as democracias estão em risco (embora apoiadas por 69% dos entrevistados; antes eram 72%), o poder vai se centralizando cada vez mais: nos tornamos uma fábrica de “soluções” populistas (e demagógicas) para a criminalidade e a corrupção, o que implica um alto teor de ilegalidades e mais violência, praticadas por grupos oficiais ou paramilitares ou mesmo pela própria população desesperada. Os indicadores socioeconômicos melhoraram em toda América Latina (menos pessoas vivem com menos de 2,50 dólares por dia – esse grupo foi reduzido pela metade nos últimos dez anos), mas ainda temos 80 milhões de pobres extremos e indigentes (no Brasil, mais de 20 milhões). Mais de 40% acreditam que a economia do seu país piorou no último ano (isso é nítido em relação ao Brasil). Pessimismo e sensação de insegurança: são os denominadores comuns em toda região. Um em cada três pesquisados considera que a violência é o problema mais importante do seu país; 17% já foram vítimas de algum crime (taxa constante desde 2004; o Datafolha havia encontrado o número de 20% em nosso país) e cerca de 40% admitem ter medo de andar por certas áreas do seu próprio bairro. A urbanização latino-americana não veio acompanhada de segurança, ensino de qualidade (educação), transportes públicos decentes etc.

Saiba mais:

04. A América Latina e o Caribe têm a maior taxa de homicídios do mundo: 23 assassinatos a cada 100.000 habitantes em 2012 (diz a ONU) (no Brasil, a taxa é de 29 para cada 100 mil). A média latino-americana é mais do que o dobro da taxa na África Subsaariana (11,2 homicídios a cada 100.000 pessoas), a segunda região nesse ranking. Um em cada três homicídios no mundo ocorre na América (10% dos assassinatos do planeta ocorrem no Brasil), e 30% deles estão relacionados à atuação de quadrilhas. A América Central supera a média, com 34 homicídios a cada 100.000 habitantes. Na América do Sul, a taxa é de 17 (O Brasil com 29 por 100 mil é o 12º país mais violento do planeta; aqui estão 16 das 50 cidades mais assassinas do mundo).

05. Ainda de acordo com Vicente Jiménez (25/11/14), há uma década, a economia era, com uma ampla vantagem, o que mais preocupava a população (60,3%), com a segurança em segundo lugar (22,5%). Desde 2004, o panorama mudou. A economia é vista agora como a principal preocupação para 35,8%, seguida de perto pela criminalidade (32,5%). O Peru (com 30,6% dos entrevistados), o Equador (27,5%), a Argentina (24,4%) e a Venezuela (24,4%) são os países onde mais pessoas declararam ter sido vítimas de algum crime (no Brasil o Datafolha constatou que 20% da população disseram ter sido vítimas de algum crime nos últimos 12 meses). O medo aumenta a cada dia e isso dá ensejo a novas políticas populistas e demagógicas, que não vão à raiz do problema (reformas socioeconômicas profundas e educação, como já sugeria Beccaria em 1764). A descrença na polícia e na Justiça é generalizada. A sensação de impunidade é ampla e só aumenta: 55% dos entrevistados são partidários de políticas duras para determinados crimes, contra os 29% que preferem políticas preventivas (é nessa onda que embarcam os governantes e políticos populistas, que prometem “solução” e entregam “enganação”).

06. A percepção em relação à corrupção não melhorou. Um em cada cinco entrevistados pagou algum tipo de propina nos últimos 12 meses. Cerca de 80% deles consideram que a corrupção é comum ou muito comum em seus Governos. A corrupção (que significa podridão) é a segunda praga da nossa região. De tão enraizada, há quem diga que ela é inevitável, que todos praticam. Isso não é verdade. Uma conduta errada praticada por muitos não significa que todos devemos fazer a mesma coisa. Os parlamentos e os partidos políticos são os que geram mais descrença.

07. Em termos mundiais, a corrupção, a violência assim como os escândalos financeiros/econômicos como o de 2008 nos EUA (subprime), diante dos seus efeitos nefastos sobretudo para as classes médias e pobres, estão levando ao ressurgimento das velhas teses marxistas fundadas no conceito de “luta de classes”. No Brasil, que jamais viveu sem crise (educacional, saúde, transportes, infraestrutura, Justiça etc.), nada disso parece ser uma realidade, por mais que muitos queiram fazer crer que nosso conflito

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profundo estivesse centrado em divisões de cores (azul contra o vermelho), de regiões (norte/nordeste contra o sul/sudeste), de posição socioeconômica (pobres contra ricos), de ideologias etc.

08. O mais agudo conflito brasileiro, cada vez mais evidente nas disputas eleitorais, reside na construção e organização da nossa sociedade. Quais modelos seguimos até aqui? Três:

(1º) de 1.500 a 1929 (colônia, impérios e República Velha) a sociedade brasileira foi organizada para 1% de consumidores (o resto da população foi ignorado);

(2º) de 1930 a 2002 (de Getúlio a FHC, chegamos a 20% de consumidores; o resto era puro resto);

(3º) de 2002 a 2010 (Lula) alcançamos 40% de consumidores efetivos (20% da classe C mais estável, antes inexistente), 30% de vulneráveis (classe C vulnerável, que pode subir ou baixar conforme a situação socioeconômica do país) + 30% de pobres, indigentes e famintos (muitos, beneficiários do bolsa família).

Nenhum deles, no entanto, em nenhum momento histórico, jamais deixou de ser irrigado pela desigualdade obscênica, violência epidêmica (particularmente a partir de 1980), corrupção endêmica, fraqueza institucional sistêmica, formação escolar anêmica e sociedade anômica (anomia = ausência ou ineficácia das normas).

09. Seja pelos seus elementos inerentes, seja pelos defeitos que acabam de ser apontados, os três modelos societais brasileiros sempre se mostraram deploráveis e, diga-se de passagem, não têm nada a ver com organizações sociais mais evoluídas e sustentáveis, precisamente as que se preocupam mais com a justiça distributiva (criando uma esmagadora classe média – veja os países escandinavos, por exemplo). Claro que o 3º modelo (mais inclusivo), apesar de todos os seus problemas e críticas, é melhor que os anteriores. De qualquer modo, também é insustentável. Nossa forma de organização social já não se apresenta como capaz de promover o crescimento nem tampouco a harmonia social.

10. Se não colocarmos o bonde chamado Brasil nos trilhos da civilização, o prognóstico é de agravamento insuportável dos conflitos porque, para além das imperfeições do modelo de sociedade que elegemos, cabe ainda considerar as próprias imperfeições dos humanos (mais de 200 milhões), que perambulam diuturnamente por ela (muitas vezes sem destino certo), agora carregados de muito ódio e indignação. Uma sociedade que anda com os nervos à flor da pelé e que tem como cultura o tripé da injustiça, da violência e da corrupção, impregnadas nas almas de todas as classes sociais, é uma sociedade invertebrada, que se inviabiliza cada dia mais. Seu futuro se mostra bastante previsível: ou promove uma ruptura cultural (profícua e urgente escolarização de todos - crianças, adolescentes e jovens -, em período integral, num programa de financiamento público/privado) ou o Estado sairá das mãos do crime organizado para cair no colo das máfias, que sempre se caracterizaram pela influência nos políticos, na polícia e nos juízes, disseminando o banditismo, sequestros, assassinatos, fraude, corrupção, desvio do dinheiro público, execuções sumárias, desaparecimentos, venda de proteção, partidos políticos falidos, políticos corrompidos, democracia corrupta, mercado ilícito, a ameaça, a omertà (silêncio) etc.

P. S. Participe do nosso movimento fim da reeleição (veja fimdopoliticoprofissional. Com. Br). Baixe o formulário e colete assinaturas. Avante!

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Auditores da Receita no Rio são suspeitos de desviar R$ 1 bilhão 26 de novembro de 2014 09:21·Nenhum comentárioVisualizações: 247

A Polícia Federal cumpriu hoje (25) mandados de prisão e condução coercitiva (encaminhamento à delegacia) contra 35 auditores da Receita Federal, contadores e empresários. Eles são suspeitos de provocar um prejuízo de R$ 1 bilhão aos cofres públicos, por meio da redução indevida de impostos para beneficiar empresários.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas casas de auditores fiscais, em empresas e nas delegacias da Receita Federal das cidades do Rio de Janeiro e de Niterói (no Grande Rio). Os suspeitos estão prestando depoimento na Polícia Federal e deverão responder pelos crimes de patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária.

As penas podem chegar a 12 anos de prisão. A investigação, que conta com o apoio da Receita Federal, foi iniciada há dois anos pela Delegacia de Polícia Federal de Niterói. Os mandados foram cumpridos por 248 policiais e 54 funcionários da Receita.

viaAuditores da Receita no Rio são suspeitos de desviar R$ 1 bilhão | Agência Brasil.

Responsabilidade civil

Supermercado deve indenizar cliente por furto em estacionamento22 de novembro de 2014, 9h30

Supermercado é responsável por danos a veículos de clientes que ocorram em seu estacionamento. Com base nesse entendimento, a 5ª Vara Cível de Maceió condenou o Hiper Bompreço a pagar R$ 9 mil a um consumidor que teve o carro arrombado e objetos furtados em uma de suas lojas.  

De acordo com os autos, o cliente foi a uma das lojas do supermercado, na capital alagoana, para fazer compras. Quando voltou ao estacionamento, percebeu que seu carro havia sido violado e que seus objetos não estavam mais lá.

Ele procurou o setor de segurança do supermercado e informou o ocorrido. Os seguranças colheram as informações necessárias, comunicaram ao supervisor e informaram que o cliente seria ressarcido.

Passados três meses, no entanto, nenhuma providência foi tomada. Por isso, o consumidor ingressou com ação na Justiça pleiteando indenização. Ao analisar o caso, a juíza condenou a empresa a pagar R$ 5 mil por danos morais e R$ 4 mil a título de reparação material. O supermercado não contestou e por isso o alegado pelo autor foi considerado verdadeiro. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-AL.

Clique aqui para ler a decisão.

Processo 0708774-56.2014.8.02.0001.

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Revista Consultor Jurídico, 22 de novembro de 2014, 9h30

Advogado que fraudava ações indenizatórias é condenado a 40 anos de prisãoSe somados todos os casos, a fraude poderia chegar a mais de R$ 210 mil.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

O juiz de Direito Alexandre Abrahão, da 32ª vara Criminal do RJ, condenou um advogado a 40 anos e três meses de prisão pelo crime de estelionato. Em sete ações indenizatórias ajuizadas em varas Cíveis do Rio, o causídico teria fraudado documentos, usado petições em nome de falsos clientes - ou de clientes que não haviam sido lesados -, e feito uso de informações consideradas inverídicas contra bancos e operadoras de telefonia. Se somados todos os casos, a fraude poderia chegar a mais de R$ 210 mil.

De acordo com os autos, foi detectada a distribuição de várias ações iguais pelo mesmo grupo de advogados, para fins de recebimento de danos morais. Após determinação, os autores das ações indenizatórias foram intimados e muitos informaram desconhecer a propositura das ações, não tendo contratado os advogados.

"O Judiciário era empregado como poder de Estado para, com sua coerção, enriquecer o acusado A. C. G. em detrimento das pessoas jurídicas (rés nos processos) e de seus 'clientes'", salienta o magistrado em sua decisão. Para ele, a prática delitiva esteve dirigida a iludir pessoas desconhecedoras do Direito, "ou seja, as vítimas maldosamente captadas" e o consequente alcance de proveito material de outras vítimas, quais sejam: as empresas lesadas.

"Importante destacar: o exercício da advocacia, função essencial à justiça, conforme constitucionalmente assinalado (art. 133, da Lei Maior), foi transformado em instrumento para perpetuação das atividades ilícitas largamente praticadas pelo acusado. A. G. não praticou apenas crimes no desenvolver da sua profissão. Foi perniciosamente além! Tornou-se um criminoso nato, transformando a advocacia numa forma de vertiginoso enriquecimento criminoso."

O advogado está preso desde janeiro deste ano e não poderá recorrer em liberdade visto que "não demonstrou arrependimento, tampouco vontade de colaborar com a justiça durante a instrução processual, razão pela qual entendo estar presente o risco de tentar se evadir do distrito da culpa". Duas rés no processo foram absolvidas.

Processo : 0418026-22.2013.8.19.0001

Confira a decisão.

Petrobras: o mercado (mundo empresarial) também é corrupto Publicado por Luiz Flávio Gomes - 2 dias atrás

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Nunca Antes Neste País um escândalo (com resultados e desdobramentos políticos absolutamente imprevisíveis) mostrou com maior impacto e magnitude as vísceras das imperfeições da nossa organização social e empresarial. É preciso dizer com todas as letras: apesar dos progressos, com poucas exceções, os humanos chamados de brasileiros, de todas as classes sociais, somos ainda animais pouco domesticados (comodiria Nietzsche). Isso, no entanto, não nos livra dos nossos deveres e das nossas responsabilidades (tema que abordarei em outro artigo). Os críticos que censuram o PT dizem que ele primeiro aparelhou os entes sociais (universidades, movimentos sociais, imprensa etc.), depois veio o aparelhamento do Estado, sob o império do discurso ético, para se chegar, no final, ao mundo dos “negócios” fraudulentos, visando à manutenção do poder. Os situacionistas se defendem e dizem que a corrupção é cultural, que em todos os governos sempre houve fraudes, que agora, pelo menos, os conluios são investigados e punidos, que a Petrobras nunca mais será a mesma, que o Brasil será um país melhor etc.

02. O que ambos os lados não dizem? Que os governos, os partidos, os políticos e outros agentes públicos (com poucas exceções) historicamente sempre se juntaram a agentes econômicos gananciosos (financiadores de campanhas, sobretudo) bem como a agentes financeiros inescrupulosos para formarem, numa espécie de troyka maligna, o crime organizado mais poderoso do país. Não existiria o Estado corrupto na proporção de hoje se não houvesse um mercado (um mundo empresarial e financeiro) composto também de gente sem qualidade (sempre pronta para facilitar seus negócios e seus lucros por meio das famosas propinas). Considerando-se que o mercado (mundo empresarial e financeiro) sempre imputa a corrupção ao Estado e seus agentes, parece muito pertinente esclarecer que esse mundo poderoso não é composto de santos inocentes.

03. Mesmo sem saber os efeitos políticos do escândalo, a cada dia fica mais evidente o delicadíssimo estágio em que nos encontramos, posto que chegou a hora de decidirmos para onde queremos caminhar: para a civilização ou para a definitiva barbárie. É sabido que os reiterados casos de corrupção (impeachment de Collor, anões do Orçamento, Sivam, compra de votos para a emenda da reeleição do FHC, Banestado, dossiê Cayman, as obras do Fórum Trabalhista de São Paulo, caso Celso Daniel, os mensalões tucano e petista, sanguessugas, operação Navalha, Castelo de Areia, Renangate, Pasta Rosa, caso Daniel Dantas etc.) assim como o recrudescimento dos vários crimes organizados nunca eliminarão o Brasil do mapa mundi. Resta, então, perquirir, mesmo sem se saber ainda o estrago político do “petrolão”, que rumo nosso país vai tomar: o da máfia ou o dos países civilizados.

04. Essa é nossa encruzilhada, que está a exigir decisões típicas dos grandes estadistas (assim como de sociedades conscientes, que sabem o que querem). A inércia da sociedade (regida pelo princípio da indiferença, aliada à satisfação consumista que está na base da alienação), neste momento, será fatal. Se não houver uma forte aliança entre a sociedade civil e os setores esfrangalhados minoritários do Estado que ainda resistem (heroicamente) à corrupção e à violência, o Brasil naturalmente se transformará em mais um grande país mafioso, o que significa o envolvimento do Estado não apenas com o crime organizado da corrupção (isso já acontece há muitos séculos), senão também com o da violência (do medo, da ameaça e da omertà – silêncio): assim ocorreu com a Sicília, na Itália (desde os séculos XVIII e XIX), assim está se sucedendo hoje com o maravilhoso e, ao mesmo tempo, castigado México. O Brasil, como laboratório, saberá seu destino em poucos meses ou anos: crime mafioso ou civilização (?)

Saiba mais:

05. Nosso modelo de organização social (extremamente desigual, corrupta, violenta, autoritária, leniente, ignorantista, parasitária e segregacionista) está na UTI. Sua morte é tão iminente quanto imperceptível. Quem vai lhe suceder? Quem sairá vitoriosa? A civilização ou a definitiva barbárie? Quatro grandes crimes organizados estão instalados no país: (1º) crime organizado dos poderes privados, que exploram especialmente a venda de drogas e são violentos (PCC, PGC, CV, Alcaeda, Narcotráfico dos morros do RJ etc.); (2º) crime organizado das milícias (exploram favelas e bairros pobres das cidades); (3º) crime organizado das partes podres das polícias (que praticam assassinatos, desaparecimentos, extorsão, roubos,

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sequestros e que também morrem amiúde) e (4) crime organizado bilionário, dos poderosos do colarinho branco, das fraudes e dos conluios licitatórios, que envolve a troyka maligna acima referida, que sempre se uniu em parceria público/privada para a pilhagem do patrimônio público (PPP-PPP = P6).

06. O que faltava para o reconhecimento público definitivo dessa troyka maligna aconteceu: num mesmo dia dezenas de executivos de potentes empresas foram presos e interrogados sobre propinas, financiamento de partidos, compra de políticos, licitações fraudulentas, enriquecimento ilícito, extorsões e tantas outras falcatruas e conluios que sempre foram do conhecimento de todos. Recorde-se: a propina sempre fez parte da nossa cultura. Ela, portanto, não constitui nenhuma novidade. O inusitado reside na prisão massiva dos acusados de serem pagadores das propinas, ou seja, na prisão dos donos do poder, cujas provas incriminatórias (ainda que precárias, por ora, porque não submetidas ao crivo do Judiciário) evidenciam que a corrupção não reside apenas nos palácios, nos governos e na administração pública (no Estado), sim, também no mundo do mercado (empresarial e financeiro), que semelhantemente é composto também de pessoas sem qualidades, integrantes de uma era moralmente niilista, que prioriza o consumo desregrado assim como os lucros desmedidos, desconsiderando-se completamente a natureza e os demais humanos, que vivem uma das piores crises de desumanização de toda sua história.

07. A cada inauguração de um novo regime (República Velha de 1889, República Nova de 1946 e redemocratização de 1985), a cada novo sistema constitucional democrático (como o de 1988), renovam-se as risonhas esperanças (muitas vezes ingênuas) de um Brasil melhor; enquanto isso os crimes organizados (privados e públicos) vão se estruturando (dentro e fora do Estado), os costumes vão se deteriorando, os controles vão se afrouxando e as tradições nefastas (da sociedade e do Estado) vão se solidificando. Não existe nenhum estudo detalhado da vida íntima e da moralidade de cada um dos nossos períodos históricos, mas não é impossível conjeturar com acendrado fundamento que em todos eles sempre aconteceram crimes e vícios (semelhantemente a todos os lugares). Cabe, no entanto, supor que tais crimes eram mais comedidos ou exercitados frequentemente nas sombras do mistério.

08. O que mudou no Brasil, incluindo-se o tempo da ditadura militar (1964-1984), passando por todos os governos da redemocratização (Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma), foi o incremento do entrosamento criminoso entre os partidos (de todas as cores), os políticos (de todas as ideologias), os governantes e o mundo empresarial e financeiro, que nunca experimentaram rígidos controles das autoridades (posto que são os donos do poder!); ao contrário, sempre foram bafejados por poderosos incentivos; nas últimas décadas, para cúmulo da miséria, considerando-se a influência do crime político-empresarial em todas as relações civis, o que se nota é a prosperidade de todas as variedades do mal; os crimes e os vícios, no nosso país, já não se preocupam com a publicidade, posto que descarados; prosperam e ousam tudo, confiantes na impunidade, decorrente inclusive da proteção coletiva e recíproca dos partidos, que se entendem justamente no momento de abafar todos os malfeitos de capilaridade incomensurável; excitam-se com seus deploráveis exemplos e triunfam precisamente em virtude da frouxa resistência das autoridades, muitas vezes rebaixadas e sem forças morais. O descrédito da troyka maligna (agentes públicos + agentes econômicos + agentes financeiros mafiosos) é palpável, posto que sistemática a difamação dissolvente, contra a imoralidade pública e privada, que está unida para a pilhagem do patrimônio público.

P. S. Participe do nosso movimento fim da reeleição (veja fimdopoliticoprofissional. Com. Br). Baixe o formulário e colete assinaturas. Avante!

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Sem reajuste na tabela, IR Pessoa Física subirá em 201524 nov 2014 - IR / Contribuições

O contribuinte poderá pagar mais Imposto de Renda (IR) em 2015 caso a tabela progressiva não seja reajustada. A Medida Provisória que corrigia o valor das faixas em 4,5% no próximo ano caducou no fim de agosto e, apesar das promessas, o governo ainda não enviou ao Congresso um novo texto propondo a atualização. O temor é que a mordida do Fisco fique maior e chegue ao bolso de mais brasileiros.  O tempo hábil para a aprovação de uma nova MP ou projeto de lei ainda em 2014 é curto: os parlamentares entram em recesso daqui a menos de um mês, no dia 23 de dezembro. A falta de reajuste aumentaria ainda mais a defasagem da tabela em relação à inflação, um descompasso que cresce ano a ano.   De 1996 a 2013, a defasagem acumulada foi de 61,42%, segundo cálculos do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional). Uma discrepância que pode subir para 64,36% em 2014, caso a inflação feche o ano em 6,40%, como preveem os economistas consultados pelo Relatório Focus, do Banco Central.   "O fato de a tabela do Imposto de Renda estar sendo corrigida por um porcentual inferior à inflação já faz com que o contribuinte pague mais imposto a cada ano. E a situação ficará pior ainda se não houver nenhuma atualização", afirma Leandro Souza, gerente sênior da consultoria Ernst & Young.   O governo ainda tem a possibilidade de aprovar a correção ao longo de 2015, criando duas tabelas para o mesmo ano e depois corrigindo a diferença no ajuste anual, mas isso atrasaria o acerto de contas. "Neste caso, em vez de ter uma retenção menor desde janeiro, o contribuinte só teria esse acerto de contas no outro ano, no momento da declaração de ajuste anual", explica Souza. E a restituição ainda poderia ser liberada somente em dezembro, ampliando o prazo de espera do contribuinte para quase dois anos.   Salário mínimo   A defasagem da tabela ainda se soma aos aumentos acima da inflação aplicados ao salário mínimo nos últimos anos. Em 2014, houve um reajuste de 6,78% no piso nacional das remunerações, contra uma correção de 4,5% do Imposto de Renda. Para 2015, está prevista uma alta de 8,8% nos salários, ante uma correção ainda incerta das faixas do imposto.   O resultado disso é o aumento da tributação sobre o assalariado. Em 1996, a isenção do Imposto de Renda beneficiava quem recebia até oito salários mínimos, segundo levantamento da Ernst & Young. Relação que despencou para 2,47 em 2014 e pode chegar a 2,27 em 2015 - caso o IR não tenha nenhum tipo de atualização. Dessa forma, brasileiros antes isentos por causa da baixa renda vão paulatinamente ingressando na condição de contribuintes.   O Presidente do Sindifisco Nacional, Cláudio Damasceno, observa que os ganhos salariais - tanto por meio da alta do rendimento mínimo como pelos acordos na iniciativa privada - acabam sendo reduzidos pela correção insuficiente da tabela do IR. "Os trabalhadores terão o ganho salarial revertido, pois poderão sair da faixa de isenção ou subir para alíquotas maiores", afirma Damasceno.   Pelos cálculos do Sindifisco, considerando a defasagem até 2013, quem ganha até R$ 2.761 por mês deveria ser isento de IR, mas acaba sendo tributado, pelas alíquotas de 7,5% e 15%. Na visão do assessor tributário da OAB Nacional, Luis Gustavo Bichara, a atual cobrança do imposto viola o conceito do mínimo existencial, já que atinge pessoas que não possuem uma riqueza mínima para o seu sustento. "A defasagem da tabela do IR cria um efeito muito perverso, pois tributa mais quem ganha menos salário", destaca Bichara.   A OAB tem atualmente dois processos sobre o tema correndo no Supremo Tribunal Federal. Um, sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, pede que a tabela seja corrigida pelo IPCA. Outro, nas mãos da ministra Rosa Weber, quer que, assim como a saúde, os gastos com educação sejam integralmente dedutíveis no IR.   Governo   Dias após a Medida Provisória do imposto perder a validade, o presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que o governo editaria uma nova MP para assegurar a correção dos valores da tabela. A legislação proíbe a edição de uma nova MP, com igual teor da anterior, no mesmo ano legislativo. Mas é possível criar um texto diferente, que mantenha os principais pontos.   O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também disse à época que a correção do imposto em 2015 estava garantida, mas não especificou qual caminho seria seguido. Segundo os cálculos da pasta, a correção inicialmente prevista, de 4,5%, causaria um impacto de R$ 5,3 bilhões na arrecadação federal do próximo ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Fonte: UOL

5 melhores concursos para 2015 Publicado por Qual Concurso - 5 dias atrás

O ano de 2014 está praticamente chegando ao fim e os concurseiros de plantão, ávidos por informações sobre concursos, já querem saber o que vem por ai em 2015. Quem sonha em seguir uma carreira em um órgão federal já pode começar a se debruçar em cima dos livros. Para ajuda-lo a ter uma noção do que te espera, listamos 5 concursos que estão previstos para 2015 e já são mais do que aguardados. Confira e já comece a estudar!

1 – Receita Federal

O Ministério da Fazenda juntamente com a Receita Federal do Brasil está analisando a possibilidade orçamentária para a realização de muitos processos seletivos, em 2015. Segundo informações da Receita, o concurso terá vagas para os cargos de auditoria – nível superior: auditor fiscal (R$ 14.965,44) e analista tributário (R$ 8.798,88) – além dos voltados para área administrativa.

2 – IBGE

De acordo com informações divulgadas pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recentemente, um novo concurso deve ser aberto em 2015 para profissionais efetivos. No total, serão 1.500 vagas que já foram solicitadas ao Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. Segundo informações preliminares, o concurso deve ser aprovado ainda em 2014 para que as provas sejam realizadas no primeiro semestre do ano que vem, seguidas das contratações. Então não perca tempo e já comece a estudar para o concurso IBGE 2015. Você pode ter como base os comparativos de provas e editais anteriores.

3- TCU

Com certeza, este é um dos concursos mais concorridos e esperados em todo o Brasil. As vagas serão destinadas pata diversas regiões do país, como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Porém, o concurso do Tribunal de Contas da União ainda não foi confirmado, por isso ainda não há muitas informações, os interessados devem ficar atentos para quando sair a publicação do edital.

4 – Ministério do Desenvolvimento Social

Para 2015, o Ministério do planejamento deseja abrir 378 vagas em 2015 para contratação efetiva. A previsão é que sejam 84 vagas de nível médio e 194 de nível superior. De acordo com o concurso anterior, os salários variavam de R$ 3.800 (nível médio) e R$ 8 mil (nível superior), em 2012.

5- Petrobras

Apesar de ainda não ter sido confirmado, o concurso da Petrobras é muito aguardado para 2015. Mas tendo como base o último concurso que teve vagas para níveis médio (R$ 3.400,00) e superior (R$ 8.081,00) já dá para ter uma ideia do que vem por ai. Como o edital ainda não saiu você pode pegar o último e já começar a estudar.

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Fonte

O que é o Qual Concurso?

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Estudo destaca céu e o inferno do empreendedor25-11-2014

A fim de aprofundar as características relativas a pontos fortes e fracos vivenciados pelos donos de pequenos negócios, o Sebrae-SP desenvolveu neste ano uma pesquisa inédita chamada “O Céu e o Inferno do empreendedorismo”.

O estudo revela, em profundidade, quem são e o que pensam os donos de negócios formais, levantando efetivamente quais as vantagens e desvantagens de ser um empreendedor. Foram ouvidos 1080 empresários, distribuídos em um universo de microempreendedores individuais, proprietários de microempresas e empresas de pequeno porte.

“O dia-a-dia do dono de um negócio transita por várias sensações, de diferentes dimensões e natureza. É neste jogo constante que as deficiências e os acertos são evidenciados a cada passo dado. Por isso, haja disciplina, comprometimento e sacrifício. É preciso aprender a lidar com pessoas e consigo mesmo, com o próprio emocional e transportar isso para suas atitudes cotidianas”, afirma o diretor superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.

Estimulados pela análise quantitativa para considerar o seu “céu pessoal e profissional”, os entrevistados destacaram, pela ordem de relevância, cinco pontos positivos de empreender: (1) fazer o que gosta e trabalhar com o que se quer; (2) alcançar sonhos e objetivos; (3) ter autonomia / se sentir livre para decidir (trabalho, tempo com a família); (4) transmitir valores / gerar emprego e renda; (5) aprender com seus erros.

Em contrapartida, os empresários pontuaram, também em ordem crescente, que seu “inferno pessoal e profissional” passa por desconfortos como: (1) tudo depender de você, não conseguir realizar tudo / não ter mão-de-obra especializada; (2) ter que pagar impostos / insegurança financeira; (3) ansiedade, estresse / peso da responsabilidade / não dormir tranquilamente / não cuidar da saúde; (4) insegurança no negócio; (5) correr riscos.

“Conseguimos verificar que antes de abrirem o seu negócio, os empreendedores tinham ideias diferentes em relação ao tempo de dedicação ao empreendimento e de quanto seria necessário correr atrás do dinheiro. Com o negócio aberto, muitos desses mitos foram desvendados”, afirma Bruno Caetano.

De acordo com perfil dos entrevistados, a pesquisa dividiu os empreendedores em seis grupos característicos: o fazedor, que é sociável e gosta de ter ajuda por perto; o oportunista, que é desapegado e o mais adaptável; o realizador, totalmente comprometido com o negócio; o sonhador, empreendedor por vocação, que segue o que gosta; o tradicional, faz tudo dentro da rotina; e o acomodado, que não é muito comprometido com o negócio.

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“Uma das constatações do estudo é relativa ao comportamento do empreendedor: independente do perfil, são poucos os donos de negócios que mantêm a mesma percepção antes e depois de terem investido no sonho de abrir sua própria empresa”, destaca o coordenador de pesquisa do Sebrae-SP, Marcelo Moreira. Com relações aos mitos que povoam o imaginário popular de ser patrão, Moreira destaca a mudança na visão em temas como ter mais tempo livre, trabalhar menos quando iniciassem um novo negócio ou que sentiriam menos sozinhos na nova atividade.

Das 120 entrevistas pessoais realizadas para definir os perfis de empreendedores, constatou-se, em relação à vida pessoal e profissional, que 62% dos ouvidos afirmam fazer o que gostam e 44% dizem que estão realizando um sonho; 47% destacaram a possibilidade de poder transmitir valores que acreditam para funcionários e fornecedores e outros 49% destacaram a possibilidade de poder aprender sempre com seus erros e acertos.

Quanto aos pontos negativos de se empreender e relativos à vida pessoal e profissional, 55% disseram se sentir pressionados por tudo depender da sua própria decisão e 51% afirmam ter muita ansiedade e estresse; 53% falaram da dificuldade de encontrar mão de obra qualificada e 41% destacaram o peso de ter de pagar impostos do seu negócio.

“É preciso dedicar boa parte do tempo ao negócio e ser empreendedor tem aspectos positivos e negativos, o céu e o inferno do empreendedorismo”, diz Caetano.

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Projeto de Romário torna crime a famosa “carteirada” Publicado por Luiz Renato de Camargo Penteado - 1 dia atrás

Brasília – O deputado federal Romário (PSB-RJ) apresentou o projeto de Lei 8152/2014, nesta quarta-feira (26), que acrescenta artigo ao Código Penal e tipifica como crime a famosa “carteirada”. O agente público que utilizar o cargo ou a função para se eximir de cumprir obrigação ou para obter vantagem ou privilégio indevido poderá pegar de três a um ano de detenção, diz o texto.

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A prática é comum no Brasil, autoridades e agentes públicos utilizam o cargo para deixar de se submeter à fiscalização de trânsito, não cumprir obrigações impostas a todos ou, até mesmo, para ingressar gratuitamente em eventos pagos.

Romário ressalta que a conduta fere o artigo 5º da Constituição Federal, que impõe que todos são iguais perante a lei. O senador eleito lembrou o caso recente da agente da Lei Seca Luciana Silva, condenada a pagar indenização de R$ 5 mil por danos morais ao magistrado João Carlos de Souza Correa. “A sociedade brasileira recebeu com muita indignação a notícia”, avalia Romário. O juiz foi parado por dirigir uma Land Rover sem placa e sem documentos. Luciana disse que “juiz não é Deus”, e ele utilizou sua condição de magistrado para dar voz de prisão à agente por desacato.

A prática é tão disseminada que também é praticada por mulheres, filhos, sobrinhos vizinhos, amigos e até amantes. Em 2002, por exemplo, a guarda de trânsito Rosimeri Dionísio acabou em uma delegacia e autuada depois de multar o carro do filho de um desembargador estacionado em local proibido no bairro de Copacabana.

Legislação é vaga

Romário disse que, depois de análise na legislação vigente, não foi encontrado uma norma penal específica que defina a conduta a carteirada. “Em raras situações, as autoridades acabam enquadrando como abuso de autoridade ou crime de concussão. Tipificações nem sempre aceitas pela comunidade jurídica”, explica o deputado.

Magistrados, congressistas e membros do Executivo terão pena agravada

Além da pena de detenção, o agente que abusar da conduta poderá ter o cargo ou a função pública suspensa por até seis meses, com perda de salário e vantagens.

A pena será aumentada de um terço se o crime for cometido por membros do Poder Judiciário, Ministério Público, do Congresso Nacional, por ministros, secretários, governador e até presidente da República.

Fonte: Romário. Org

“Não nos responsabilizamos por objetos deixados no interior do veículo.” Publicado por Marcela Mª Furst - 2 dias atrás

Normalmente ao deixarmos o carro em estacionamentos pagos ou não, nos defrontamos com avisos dizendo: “Não nos responsabilizamos por objetos deixados no interior do veículo.”

Mas, responsabilizam-se sim!

Os estabelecimentos fazem isso como uma manobra, uma forma de induzir o consumidor menos informado a não questionar, trata-se de uma prática abusiva.

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Por isto, com este artigo desejo levar esta informação ao maior número de pessoas, consumidores, acerca de seus direitos.

Primeiramente, tal questão já é respondida simplesmente pela súmula 130 do STJ, que resolve as controvérsias acerca da existência ou não da responsabilidade do estabelecimento, pelos veículos que permanecem em seus estacionamentos, dizendo: "A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento".

Desta forma, a responsabilidade existe. O estabelecimento responsável, seja ele supermercado, shopping, ou qualquer outro estabelecimento que forneça o serviço de guarda de veículos, tem o dever de guarda e vigilância sobre os veículos ali estacionados, respondendo, por indenização em caso de furto ou roubo.

Sendo assim, são nulas as cláusulas que busquem afastar ou mesmo atenuar a responsabilidade do dono do estacionamento, em conformidade com o artigo 25 do Código de Defesa do Consumidor, que diz: “É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores”.

Destarte, independentemente da afixação dos avisos nos estacionamentos avisando da não responsabilidade pelos veículos ou por bens no interior do veículo, que são todos nulos, existe sim o dever de indenização.

Outrossim, destaco, ainda, que o fato de o estacionamento ser gratuito não o exime da responsabilidade sobre os danos sofridos. Pois, servindo o estacionamento se não exclusivamente, mas principalmente à este estabelecimento, de modo que o proveito econômico na utilização do estacionamento lhe é aferido, de modo que oferece ao seu consumidor o conforto de que ali pode estacionar, atraindo-o, advém então o dever em indenizar.

Caso ocorra com você, a orientação é que procure uma delegacia mais próxima e registre um boletim de ocorrência. Tenha em mãos o horário de entrada e saída, pois estas informações provam que seu automóvel ficou sob a responsabilidade da empresa no período da ocorrência do dano. É fundamental que guarde o recibo ou ticket do estacionamento, para comprovar a culpa do estabelecimento.

Normalmente o estabelecimento se recusa a indenizar o consumidor ou tenta um acordo sobre o valor a ser ressarcido, mas em caso de discordância, o consumidor deve recorrer às entidades de defesa ao consumidor e à Justiça.

Defensor da "Cura Gay" se casa com outro homem Publicado por Wagner Francesco - 4 dias atrás

Ex-líder de grupo que dizia que a homossexualidade era um pecado e defendia que os gays eram 'curáveis' acaba de se casar com um homem. Assim que deixou o grupo, John Smid se desculpou por ter prejudicado "adolescentes que já estavam em uma situação delicada na vida"

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O ex-ativista anti-gay John Smid desistiu de lutar contra a homossexualidade, e após 18 anos de militância resolveu assumir sua orientação sexual e se casar com um homem.

Entre 1990 e 2008, Smid liderou o grupo “Love in Action”, que apoiava a “cura gay” em crianças e adolescentes. O ex-líder dizia que os homossexuais eram “pecadores” e pedia orações para que os gays se distanciassem. As informações são do Daily Mail.

Assim que deixou o grupo, Smid se declarou homossexual e disse que nunca conheceu nenhum “ex-gay”. Já em 2010, o ex-ativista se desculpou por ter prejudicado “adolescentes que já estavam em uma situação delicada na vida”. Na última semana, John anunciou a oficialização da união com o namorado, Larry McQueen.

“Eu tinha fé de que algo iria acontecer (conseguir mudar a orientação sexual), mas isso nunca aconteceu. Agora, na minha idade, já não tenho muitos anos restantes, não posso viver mais assim pelo resto da minha vida. Então, eu pensei que não, eu não estou disposto a continuar empurrando algo que não vai ocorrer”, desabafou.

“Conheci McQueen gradualmente, até que chegou um momento em que descobrimos que queríamos conhecer melhor um ao outro por meio de uma relação amorosa. Conforme saíamos, compartilhávamos as mesmas expectativas de vida, filosofias pessoais e nossos valores de fé. Encontramos uma compatibilidade que era confortável e emocionante”, escreveu ele ao lado da foto do namorado.

Fonte: Pragmatismo Político

Democracias corruptas: como os endinheirados “compram” os parlamentares Publicado por Luiz Flávio Gomes - 3 dias atrás

01. NUNCA ANTES NESTE PAÍS se tornou tão evidente o poder corruptivo do dinheiro como elemento destrutivo e esmagador da democracia. Todas as democracias do mundo sofrem com a corrupção (alguns menos, outros mais). Mas em países como o Brasil, no entanto, o dinheiro e seu poder estão desvirtuando completamente a vontade do povo. O “cada cabeça, um voto” só aparentemente representaria a igualdade entre todos os eleitores. Isso, no entanto, é um mito. Essa igualdade não existe porque o dinheiro dos “grandes eleitores” “compra” muitos parlamentares que passam a lutar pelos interesses privados dos mais influentes, que quase nunca se correspondem evidentemente com os interesses gerais da nação. O dinheiro corruptivo, desde logo, desequilibra a disputa eleitoral, cujas campanhas (desavergonhadamente marqueteiras) tornaram-se caríssimas. Quem não tem dinheiro dificilmente consegue se eleger. É absurdamente desproporcional a campanha eleitoral de quem é bafejado pelo dinheiro dos poderosos, que interferem não somente nas disputas eleitorais, senão também no próprio funcionamento do Congresso.

02. Nas CPIs, por exemplo, em incontáveis vezes, os poderosos “compram” a impunidade, sobretudo por meio da omertà (o silêncio dos mafiosos) em relação às suas falcatruas, impedindo (na esfera política) a investigação e a descoberta da verdade. Em maio/14, conforme matéria do Estadão, na CPI mista da

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Petrobras, a base aliada do governo e a oposição (juntos) chegaram ao consenso de impedir ações e quebras de sigilos das empreiteiras (oito delas doaram em 2014, já nas primeiras apurações, R$ 182 milhões para as campanhas dos parlamentares). Na contabilidade final esse número será muito maior. Os fornecedores da Petrobras foram “blindados” pelos integrantes da CPI, em 16/7/14 (situação e oposição se uniram uma vez mais para não descobrir a verdade) (Estadão 15/11/14). No dia 5/11/14, PT e PSDB deliberaram (na CPI da Petrobras) não convocar nenhum dos seus “protegidos” para depor. Essas são algumas maneiras de interferir corruptivamente no funcionamento da democracia. Mas há outras.

03. Os financiadores endinheirados, que são os grandes eleitores, “doam” recursos para os políticos e para os partidos e depois “cobram” (caro) esse investimento. Eis um primeiro exemplo (Estadão11/11/14): algumas empresas fizeram doações “legais” de R$ 400 mil ao diretório do PMDB de Alagoas, que repassou o dinheiro para a campanha de Renan Calheiros (de 2010); três meses depois tais empresas “doadoras” cobraram o retorno dos “investimentos” feitos e obtiveram contratos suspeitos (de bilhões) com a Transpetro (que era dirigida por Sérgio Machado, afilhado político de Renan Calheiros). O grupo vencedor das licitações (ERT) agora está acusado de fraude. A malignidade dessas operações criminosas produz não somente efeitos financeiros (enriquecimento sem causa), senão também políticos (porque corrompem a democracia).

04. Outro estrondoso exemplo de “compra” (financiamento) dos parlamentares reside no escândalo tsunâmico da Petrobras (de efeitos e consequências imprevisíveis), cujas primeiras revelações (delações) já são mais do que suficientes para desmoronar toda estrutura (historicamente frágil) da nossa democracia. O dinheiro e seu poder conseguem subornar os políticos (e seus partidos) e, dessa forma, ditar políticas públicas favoráveis aos seus “negócios”, fragilizando a própria democracia (que é o pior de todos os regimes, como sabemos, com ressalva dos demais, como dizia Churchill – 1874-1965). O edifício da democracia, laboriosamente reconstruído nos últimos três séculos (no Brasil, particularmente nas últimas três décadas), vira pó quando o voto do parlamentar (corrompido) é resultado não dos seus ideais, das suas convicções e dos seus compromissos assumidos durante a campanha, sim, do dinheiro que foi gasto em sua disputa política (“doado legalmente”, se diz) ou dos recursos dos grandes poderosos (grandes eleitores) que ditam as decisões do Estado, impedindo que os governos e os parlamentos eleitos deem cumprimento aos seus projetos eleitorais.

05. Nas democracias corruptas (escandalosamente “compradas” pelos endinheirados) a sociedade não é governada pelas maiorias que saem das urnas (muita gente não tem a mínima ideia disso), sim, pelo dinheiro das grandes empresas (e/ou dos grandes empresários), que são (no final) os “governantes” reais do país. A questão de fundo, na verdade, nem é o dinheiro em si, sim, os interesses, normalmente escusos (quando não escatológicos), que ele representa. Os exemplos dessa nefasta anomalia política (que é a democracia corrupta) se multiplicam, no nosso país, infinitamente. Para citar apenas mais dois deles, basta prestar atenção no que está ocorrendo hoje (26/11/14) na Câmara dos Deputados, com as discussões do novo Código da Mineração assim como do PL 3722/12, do deputado Peninha Mendonça, que revoga o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03). Em ambos as comissões que estão discutindo tais assuntos foram majoritariamente “compradas” (financiadas) pelos respectivos segmentos empresarias (que doam dinheiro para as campanhas eleitorais e depois cobram o retorno no momento da aprovação de projetos dos seus interesses). Mais corrupção da democracia que isso é impossível imaginar.

Saiba mais:

06. Mesmo com as receitas momentaneamente em queda, as empresas mineradoras e de metalurgia “doaram” na campanha deste ano (2014) R$ 47,7 milhões e ajudaram eleger 166 dos 513 deputados federais e 14 dos 27 senadores (Valor 22, 23 e 24/11/14). Está em pauta o novo Código da Mineração. Não é por acaso que sete dos dez deputados eleitos que mais receberam verbas do setor ocupam assento (onde?) na comissão especial da Câmara que discute o novo código. Que isenção têm esses deputados (G. Mussi-PP-SP: recebeu do setor 3.140 milhões; Leonardo Quintão-PMDB-MG: 1.488 milhão; Luiz F.

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Faria- PP-MG: 1.461 milhão; Paulo Abi-Ackel-PSDB-MG: 1.100 milhão; Iracema Portella-PP-PI: 980 mil; Marcos Montes-PSD-MG: 957 mil; Rodrigo de Castro-PSDB-MG: 851 mil; César Souza-PSD-SC: 720 mil; Otávio Germano-PP-RS: 717 mil; Jutahy Magalhães-PSDB-BA: 710 mil) ou senadores (Rose de Freitas-PMDB-ES: 2.904 milhões; Antonio Anastasia-PSDB-MG: 2.346 milhões; José Serra-PSDB-SP: 1.147 milhão; Ronaldo Caiado-DEM-GO: 1.080 milhão; Tasso Jereissati-PSDB-CE: 750 mil) para discutirem o novo Código da Mineração? Lutar por interesses setoriais é do jogo democrático (muitos possuem lobby para isso). O problema não é o pedido das empresas, sim, a falta de isenção do parlamentar para discutir assunto do interesse de quem o “financiou” (Vale, CSN, ArcelorMittal, CBMM, Gerdau, Ibar, Votorantim, Cooper Trading, Ibrame e Usiminas).

07. Passa-se a mesma coisa com o Estatuto do Desarmamento, que está na pauta de discussão da Câmara dos Deputados (com audiência pública marcada para 26/11/14). As empresas do setor ajudaram a eleger vários deputados e senadores (a famosa “bancada da bala”), conforme levantamento inédito do Sou da Paz. Para discutir o PL 3722/12 que propõe a revogação do Estatuto do Desarmamento foi criada uma Comissão Especial. Composta por quem? Majoritariamente (10 em 19) pelos integrantes da referida bancada. Repita-se: que isenção têm esses parlamentares para discutir um assunto que envolve diretamente seus “financiadores”? Mais um deplorável exemplo de “doação” que é, na verdade, investimento. Quem monopoliza a área de armas e munições? Taurus e CBC, justamente as que doaram (em 2014 – 57% e 43% respectivamente) R$ 1.730.000 para financiar campanhas de 30 candidatos (deputados federais, estaduais, senadores e governadores) de vários partidos. Mais de 70% dos candidatos foram eleitos (14 deputados federais e 7 estaduais). PMDB e DEM receberam 50% das doações. RS e SP ficaram com 50% das “prendas”.

08. O que os financiadores da bancada da bala estão pretendendo? Incrementar os seus negócios (afinal, fizeram investimentos para isso). Que tal se mais categorias puderem receber porte de armas? Num país que é campeão mundial em mortes violentas (números absolutos, 70% por meio de arma de fogo), não é difícil “vender” o produto da disseminação geral das armas de fogo. O PL 3722 revoga o Estatuto do Desarmamento, que impõe várias restrições à fabricação e comércio das armas de fogo no país (foi o consenso a que se chegou depois do referendo de 2005). Com isso, pretende-se que os cidadãos andem armados nas ruas com mais liberdade. É tudo o que muita gente está querendo! Ocorre que o Brasil hoje, pelos números que apresenta, já é um caos em termos de violência. Estão agora pretendendo o abismo, porque o problema terrível das armas de fogo não são armas (elas não disparam sozinhas), sim, os seus portadores (em geral despreparados para o seu uso). A polícia da Islândia usa armas de fogo e somente depois de 67 anos matou a primeira pessoa (recentemente, num caso de extrema necessidade). Uma arma nas mãos de um islandês preparado para seu uso é bem diferente de uma arma nas mãos de quem não tem preparo suficiente, de quem vive em uma guerra civil não declarada, de quem transita pelas ruas ou estradas extremamente conflitivas (o que dá ensejo a muitas mortes fora da legítima defesa).

09. O Estado não cumpriu suficientemente sua parte (depois do Estatuto) e não desarmou todos que estão armados para matar, roubar e estuprar. Solução? Em lugar de exigirmos do Estado o cumprimento do seu dever, pretende-se armar massivamente a população civil. Joga-se gasolina na fogueira que já está em chamas candentes. Assuntos tão delicados como esses exigem uma discussão isenta, racional, prudente e equilibrada. Claro que a bancada da bala não tem isenção para isso. Por meio de uma manobra regimental ela está conseguindo levar adiante o projeto (sem passar pelas comissões de costume). E da Comissão Especial, claro, fazem parte os que foram financiados pela indústria interessada no tema. Grandes partidos, com dezenas e dezenas de parlamentares, no momento da indicação para discutir a matéria, elegem os que receberam doações da Taurus ou da CBC. Essa é uma forma de conspurcar ou macular a democracia, que se corrompe diante do poder do dinheiro. O escopo da Comissão é aprovar rapidamente o projeto em tramitação, sem uma discussão ampla com a sociedade civil (precisamente a que vai entrar na linha de tiro quando as armas foram prodigalizadas).

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10. Por meio da flexibilização dos requisitos necessários para se alcançar um porte de arma, facilita-se seu acesso a praticamente todos os cidadãos. Para dizer a verdade, é isso mesmo que muitos estão querendo, mesmo sem ter nenhuma habilidade (ou equilíbrio emocional) para manuseá-las. Biopolítica da tanatologia (pró incremento da violência tsunâmica). O mesmo fenômeno que se passa hoje com os carros (45 mil mortos por ano) pode ocorrer com as armas de fogo. Da mesma maneira que hoje não habilitamos corretamente as pessoas para usarem veículos (daí os motoristas brasileiros serem responsáveis por 93% dos acidentes, pouco importando se tem o primário ou curso superior, se é um pedreiro ou um doutor), o que se pretende agora é disseminar a posse das armas de fogo sem rigorosos testes para aferir a habilidade do usuário.

11. Com a eliminação da renovação do registro, novos exames psicológicos e técnicos deixarão de ser feitos. Quem deixa uma arma de fogo nas mãos de quem é psicologicamente problemático é, no mínimo, um enorme imprudente. Sem a renovação, muitos possuidores começarão a ter antecedentes criminais e continuarão portando arma de fogo (normalmente). Cada cidadão vai poder ter 9 armas de fogo. O limite de munições passa de 50 por ano para 50 por mês (sociedade do consumo e da tanatologia). Quem tem 9 armas poderá comprar anualmente 5.400 munições (que melhor negócio existe para os fabricantes?). Pretende-se diminuir as penas para quem faz comércio ilegal de armas e elimina-se a perda do porte para quem é surpreendido embriagado ou drogado portando uma arma de fogo. Em 2010 as empresas do setor “investiram” nas campanhas dos candidatos R$ 3,2 milhões (ajudaram a eleger 32 deputados federais e senadores). O financiamento das campanhas eleitorais pelas empresas se transformou no maior inimigo da democracia, que está completamente corrompida.

12. É inaceitável (como vem sublinhando o Sou da Paz) “que um projeto de lei fruto de anos de debate público com o potencial de impacto sobre a vida de todos os brasileiros seja analisado em uma única comissão que se reuniu apenas três vezes, não apresentou nenhum relatório e realizará uma única audiência pública que, de fato, é apenas simbólica, uma vez que já há data prevista para votação. Toda a tramitação nesta comissão é apenas processual, não há esforços deliberativos e sequer simulação de representatividade”. De se observar que na última pesquisa Datafolha 69% da população manifestou-se contra a posse de arma de fogohttp://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2013/10/1358017-48-dos-brasileiros-se-identificam-com-valores-ideologicos-de-direita.shtml.

13. Sabemos que as taxas de sucesso na reação a crimes entre pessoas com treinamento parco e pontual é mínima. Seriam apenas feridos com mais gravidade ou mortos e fontes mais fáceis de obtenção de armas para os criminosos. O substitutivo, ademais, rebaixa a idade mínima hoje determinada em 25 anos para 21, sendo que inúmeros estudos apontam que a faixa etária que mais se envolve na violência é entre 18 e 24 anos. Redefine a validade de registro de 3 para 5 anos, sem qualquer justificativa.

14. Lista dos candidatos beneficiados pela indústria das armas.

P. S. Participe do nosso movimento fim da reeleição (veja fimdopoliticoprofissional. Com. Br). Baixe o formulário e colete assinaturas. Avante!

Mercado financeiro e crime organizadoO sigilo é necessário nos crimes que afetam o setor, para não causar prejuízo

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irremediável

Evandro Fabiani Capano

- A polêmica que envolve a Petrobras despertou opiniões divergentes acerca da delação premiada e da repercussão do instituto na Comissão Mista Parlamentar de Inquérito, além de não afastar a necessidade de se investigar uma eventual organização criminosa, pois não seria possível que todo o ocorrido fosse obra de um único protagonista. A colaboração mediante prêmio é considerada a quintessência do instrumental jurídico no combate às empresas do crime. Em 2013, o ordenamento jurídico brasileiro passou a contar com a Lei 12.850/2013, que definiu organização criminosa e disciplinou a investigação, os meios de obtenção da prova, infrações correlatas e o procedimento para a espécie.

E esta norma trouxe - em substituição à Lei 9.034/95 - o conceito de organização criminosa, como sendo a associação de quatro ou mais pessoas, ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, na prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a quatro anos ou de caráter transnacional.

Não há dúvida que as condutas praticadas na seara dos crimes financeiros poderiam sim, por qualquer critério legal, ensejarem a aplicação da Lei de Organizações Criminosas, tendo em vista que todas são de grande potencial ofensivo, ultrapassando o número de anos exigido pela legislação e o transbordo da fronteira nacional também encontra um cenário propício.

Caracterizada a organização criminosa, surge a oportunidade da delação premiada, um instrumento importante no combate ao crime organizado, mas não constitui a palavra final e seu uso, não raras vezes, é orientado pelas necessidades do delator e não pela verdade real.

A delação premiada não pode arrimar sozinha uma acusação, sem que o restante do conjunto probatório também autorize a conclusão indicada pelo delator. Aliás, o legislador instrumentalizou o Estado com outros poderes de investigação, que devem ser utilizados, até para arrimar, ou não, a veracidade da delação. Assim, o Estado deve verificar as diversas linhas de investigação, valendo-se de todos os instrumentos à sua disposição, como exemplo, a ação controlada ou diferida, para só depois, presentes fortes indícios, crer na delação premiada.

Urge combater o arbítrio que se torna comum no campo da investigação e, em especial nos crimes financeiros, pelo impacto que causam ao mercado, lembrando que a própria lei estabelece que o retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público, que será sigilosamente distribuída de forma a não conter informações que possam indicar a operação a ser efetuada.

O sigilo é necessário para seu sucesso, sobretudo, nos crimes que envolvam o mercado, para que não se cause prejuízo irremediável.

especialista em Segurança Pública do Capano, Passafaro Advogados AssociadosFonte: DCI - SP

Valor justo

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Decisão que reduziu indenização a cantor sertanejo em 97% é mantida no TJ-GO25 de novembro de 2014, 20h27

Para que se altere o valor de uma indenização arbitrada pelo Judiciário, é preciso que se aponte o erro na decisão que definiu a quantia. Por entender que o cantor Marrone (foto) — da dupla Bruno e Marrone — e sua mulher, Natália Ferreira Porte, não conseguiram mostrar erros do desembargador que reduziu uma indenização por danos morais a ser recebida por ambos de R$ 1,5 milhão para R$ 50 mil, a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás manteve o chamado quantum indenizatório.

No caso, o jornal Extra terá que indenizar o cantor (cujo nome de batismo é José Roberto Ferreira) por ter publicado uma reportagem em seu site afirmando que o casal estava falido financeiramente.

Na primeira instância, 18ª Vara Cível e Ambiental de Goiânia arbitrou a indenização em R$ 1,5 milhão. No entanto, o desembargador Carlos Alberto França (foto), do TJ-GO, em decisão monocrática, entendeu que a quantia era “demasiadamente elevada” e baixou o valor em aproximadamente 97%. Marrone, receberá R$ 30 mil e Natália, R$ 20 mil. O cantor ficou com a maior fatia porque, segundo França, ele “é pessoa pública, mais conhecida e, portanto, sujeita a maior exposição da mídia”. 

Os dois recorreram, pedindo que o valor fosse majorado. No entanto, a 2ª Câmara Cível apontou que não havia motivo para aumentar o valor da condenação, uma vez que não foi indicado nenhum erro na decisão do desembargador França.

Ao analisar a reportagem, o colegiado entendeu que o jornal "excedeu os limites legais à propagação da notícia", considerando que houve a intenção do jornalista de difamar ou injuriar.

Carlos Alberto França, relator do caso, ressaltou que o jornalismo não tem caráter apenas informativo, mas também investigativo. Segundo ele, o jornalista “precisa buscar informações e repassá-las aos leitores, porém de forma séria e responsável”, o que não teria acontecido no caso. O desembargador destacou, inclusive, que a notícia não era de interesse público e visava, somente, ofender a honra do casal. Com informações da assessoria de imprensa do TJ-GO

Clique aqui para ler a decisão.

Revista Consultor Jurídico, 25 de novembro de 2014, 20h27

6 mitos sobre ser empreendedor que devem ser esquecidosEmpreendedorismo: 41% dos pequenos empresários acreditavam que poderiam tirar férias quando quiser

postado 24/11/2014 14:14 - 1309 acessos

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Muitos sonham em largar o emprego e empreender. Mas abrir e administrar uma pequena empresa nem sempre corresponde às expectativas do empreendedor. É o que mostra a pesquisa inédita “O Céu e o Inferno do empreendedorismo”, realizada pelo Sebrae-SP.

O objetivo da pesquisa é conhecer em profundidade quem são e o que pensam os donos de negócios do Estado de São Paulo. Hoje, existem aproximadamente 2,2 milhões de empreendedores formalizados no estado.

O estudo teve como base 120 entrevistas pessoais para definir os perfis de empreendedores e 1080 entrevistas telefônicas com microempreendedores individuais, proprietários de microempresas e empresas de pequeno porte. O período da coleta de dados foi de 10 a 25 de abril deste ano.

Veja abaixo os principais mitos e verdades antes e depois de abrir a própria empresa:

1. Ser dono de negócio faz com que você corra menos atrás do dinheiro

Antes de abrir a própria empresa, 40% dos entrevistados acreditavam que viveriam correndo atrás do dinheiro. Depois de abrir, essa percepção subiu para 62%.

2. Dono de negócio pode tirar férias quando quiser

41% dos pequenos empresários acreditavam que poderiam tirar férias a qualquer momento. Depois de abrir o negócio, esse índice baixou para 23%.

3. Ser dono de negócio faz com que você tenha mais tempo para dedicar-se à família e aos amigos

57% acreditavam que teriam mais tempo para ficar com a família e com os amigos. Mas ao virar dono de uma empresa, só 43% dos empreendedores continuaram com essa opinião.

4. Ser dono de negócio não faz você se sentir só, sem ter com quem compartilhar seus problemas

26% acreditavam que se sentiriam sozinhos, sem ter com quem compartilhar os dilemas de ter uma empresa. Depois de abrir o negócio, 37% dos entrevistados afirmaram que isso é verdade.

5. Dono de negócio trabalha menos que funcionário

25% acreditavam que trabalhariam menos como dono do que como funcionário. Após a abertura do empreendimento, apenas 15% continuaram com essa ideia.

6. Uma boa ideia é o suficiente para enriquecer

43% dos empresários acreditavam que uma boa ideia era suficiente para enriquecer. Mas depois de ter a própria empresa, essa opinião baixou para 34%.

Ainda de acordo com a pesquisa, as principais fontes de inspiração para empreender, antes ou depois de abrir o negócio, são vontade própria e família.

Empresários de sucesso como Samuel Klein, Washington Olivetto, Antônio Ermírio de Moraes, Abílio Diniz, Roberto Justus, Bill Gates e Sílvio Santos foram nomes citados pelos entrevistados como fontes de inspiração. 

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Fonte: Exame.com

Patrícia Moreira e outros 3 gremistas têm pena por injúria racial suspensa Publicado por Wagner Francesco - 5 dias atrás

Patrícia Moreira, Fernando Ascal, Éder Braga e Rodrigo Rychter, torcedores do Grêmio identificados cometendo atos de injúria racial contra o goleiro Aranha, do Santos, no dia 28 de agosto em duelo da Copa do Brasil, tiveram a pena suspensa nesta segunda-feira (24). O quarteto seria julgado, podendo pegar de um a três anos de detenção ou ainda pagamento de multa. Agora, apenas comparecerão à uma delegacia de polícia em dias e jogos do Grêmio uma hora antes do evento e sairão uma hora depois.

Em audiência realizada no Foro Central de Porto Alegre nesta segunda, os quatro aceitaram a posição do juiz Marco Aurélio Xavier. Portanto, não precisarão passar por julgamento com possibilidade de cumprirem a pena por injúria racial.

Nenhum deles aceitou a proposta de utilização de tornozeleira eletrônica. Com isso, seguirão monitorados e se cometerem algum crime serão julgados pelos dois, contando o ato de injúria racial.

Em caso de descumprimento do comparecimento em delegacias de polícia durante os jogos do Grêmio, seja em casa ou fora, o processo será reaberto e correrá mais rápido. Caso todos obedeçam até agosto do ano que vem, o caso está encerrado.

A audiência ocorreu na manhã desta segunda e todos os indiciados estiveram presentes. Patrícia, que ainda sofre a repercussão do caso, mudou-se de Porto Alegre e a casa onde vivia, na zona norte da capital gaúcha, foi alugada. A jovem perdeu emprego e viu a residência ser alvo de uma tentativa de incêndio.

Ela foi a principal figura do ocorrido. Flagrada por câmeras de transmissão de televisão, suas imagens rodaram o mundo e nelas ela gritava 'macaco' repetidamente ao camisa 1 santista.

Por conta dos atos racistas contra o goleiro Aranha, do Santos, o Grêmio foi punido no STJD com a perda de três pontos na Copa do Brasil. Como foi derrotado naquela partida, acabou eliminado do torneio sem sequer a realização da partida de volta.

Fonte: Esporte UOL

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Petrobras: Delação ou extorsão premiada? (erro evitável) Publicado por Luiz Flávio Gomes - 4 dias atrás

01. NUNCA ANTES NESTE PAÍS se tornou tão evidente o ominoso e deplorável crime organizado estabelecido por uma troyka maligna composta (1) de governantes, partidos, políticos e outros agentes públicos + (2) agentes econômicos + (3) agentes financeiros. Os envolvidos numa organização criminosa deste tipo se unem em parceria público/privada para a pilhagem do patrimônio público (PPP-PPP): são, antes de tudo, antirrepublicanos (porque atentam contra o bem comum) e inescrupulosos, além de portadores de caráteres reprováveis. A repressão desses degenerados e acelerados bem como o estabelecimento de medidas efetivas preventivas contra a nefasta governança e contra a corrupção se tornou inapelavelmente imperiosa, para que o País se livre de se curvar (in extremis) ao up-grade do crime mafioso (que ocorre quando o crime organizado se apodera do poder político, policial e judicial, para promover seus “negócios” de maneira impune, por meio da fraude, da corrupção, da violência, da ameaça, do medo e da omertà = silêncio, ou seja, pela lei da selva).

02. Ao mesmo tempo, se não queremos jogar o Brasil na vala comum da barbárie primitiva, não há como imaginar a investigação e a responsabilização (penal, civil e administrativa) de todos os envolvidos de acordo com as regras do Estado de Direito vigente. Uma vez mais, estamos diante de um dilema (civilização ou barbárie?) e não nos cabe outro caminho que tomarmos uma decisão (individual e coletiva) de grande responsabilidade. Se não aproveitarmos esse momento histórico para corrigir os rumos da nossa nave (mirando a civilização), podemos ter retrocessos inimagináveis que nos equiparem a países igualmente ou muito mais corruptos: de acordo com o ranking da Transparência Internacional, depois do Brasil (72º) estão África do Sul (na mesma posição), Grécia e China (80º), Índia e Colômbia (94º), México, Argentina e Bolívia (106º), Rússia (127º), Paraguai (150º) e Coréia do Norte (175º – penúltimo lugar). Qualquer descrédito mais do Brasil (diante da repercussão internacional do escândalo da Petrobras) já pode significar a antessala do nosso ingresso no rol dos países ou regiões reconhecidamente tomados pelas máfias (como o México e a Sicília, por exemplo).

03. A delação premiada, em si, tal qual regulada pela Lei 12.850/13, com ressalva de um ou outro ponto de duvidosa constitucionalidade, se de um lado pode revolucionar (como já está revolucionando) os métodos investigativos e probatórios do nosso País (embora ainda conte com pouquíssima tradição na área da Justiça negociada ou pactada ou consensuada), de outro, também pode servir de instrumento de arbítrio, despotismo e tirania, com gravíssimas violações aos direitos e garantias fundamentais contemplados no nosso Estado de Direito. O grande risco (que, ao mesmo tempo, pode se constituir em

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fonte de uma enorme frustração coletiva) consiste na futura declaração de nulidade de muitas das diligências (judiciais ou policiais) da Operação Lava Jato (tal como já ocorrera com as Operações Satiagraha e Castelo de Areia). A inobservância estrita das regras jurídicas pode levar a Lava Jato cair por terra como se fosse um castelo de areia.

04. Eficientismo” “versus” “garantismo”: a investigação e o processo contra o crime organizado não podem fugir dos limites fixados pelo Estado de Direito; impõe-se o equilíbrio, sob pena de nulidade dos atos praticados, entre o garantismo e o eficientismo. Os dois grandes direitos em jogo (liberdade individual “versus” segurança da sociedade) devem ser conciliados. Isso se chama civilização. Não haveria espaço nem para um sistema dotado de exageradas hipergarantias para o criminoso nem para o chamado direito penal de guerra contra o inimigo (que admite a duplicidade de processo: um para o cidadão e outro para o inimigo, este último com garantias reduzidas), que significa barbárie. A delação premiada (pelo seu potencial revolucionário) não pode se transformar numa extorsão premiada (posto que, nesse caso, o risco de anulação futura é grande, para não dizer inevitável). Até mesmo o STF já advertiu que é preciso muito cuidado com as delações, porque é uma forma de a pessoa se livrar das suas responsabilidades narrando fatos ou incriminando pessoas de forma inverídica.

Saiba mais:

05. A corrupção mata ou mutila vidas. A corrupção grossa (tal como a praticada pela troyka maligna acima definida) “mata mais, muito mais que o pé de chinelo enlouquecido pela falta de oportunidades e sobra de drogas. O corrupto provavelmente teria pena de sua vítima se a visse, até porque ele não atira nem apunhala. Ele não mata com seus atos, mas com sua omissão. É omitindo comida, remédios e educação que ele chacina. Mas não será um sinal de nosso desenvolvimento moral começarmos a chamar de hediondo também esse tipo de atitude, em que a pessoa pode até ser caridosa no micro, mas – no macro – destrói a república e mata ou mutila vidas?” (Renato Janine Ribeiro Valor 22, 23 e 24/11/14). Não há dúvida que temos que reagir (sociedade civil e instituições de controle) contra a corrupção assim como contra (desde logo) os grandes corruptos. Mas, de que forma?

06. Respeito ao Estado de Direito (sob pena de nulidade). No Brasil vigora o modelo de Estado que é chamado de democrático de Direito. Conciliar a repressão com os direitos e garantias fundamentais é o único caminho civilizatório que pode nos livrar do fascismo, do nazismo e do estado policialesco. Esse é o incomensurável desafio. Do que os defensores e acusados estão reclamando? Alberto Toron (Folha 24/11/14), que é defensor de um dos acusados, responde: (a) O STF está legitimando uma irregularidade na Operação Lava Jato ao permitir que o juiz federal Sergio Moro proíba réus de citar políticos acusados de receber propina; (b) o processo tem que tramitar no STF porque há autoridades políticas envolvidas (até aqui o STF coonestou uma farsa); (c) não há como separar os políticos no escândalo da Petrobras; essa separação [para manter o processo com o juiz Moro] é superficial, já que todos integram o “circuito do crime”; (d) é inaceitável que a Justiça vete [à defesa] o acesso às delações, porque isso significa “usar provas secretas” (inacessíveis pelos advogados dos réus; todos réus têm direito de saber o teor da acusação para se defender);

07. O mesmo defensor acrescenta: (e) é inconcebível prender sem que os suspeitos saibam do que são acusados; (f) a Operação Lava Jato do ponto de vista das provas é igual a Guantánamo, que tinha provas secretas (ou seja: é coisa do direito penal do inimigo praticado hoje intensamente pelos EUA); (g) a prisão está sendo utilizada para promover a coação (donde haveria então extorsão premiada); (h) primeiro se prende, para depois se investigar (a prisão, no entanto, no plano constitucional, é exceção, não a regra; a presunção de inocência é civilização); (i) para prender é preciso que a ordem pública seja gravemente abalada; (j) a segunda instância está dizendo amém para os abusos do judiciário de primeiro grau; (k) nós advogados (agrega Toron) “que temos experiência com o juiz Moro, temos uma profunda reserva em relação à forma como ele conduz as investigações, porque se trata de um juiz acusador”.

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08. Necessidade de punição da corrupção. Os tribunais superiores vão ser chamados para analisar e decidir sobre cada um dos pontos que acabam de ser alinhados. Se não encontrarem máculas nas investigações e decisões de primeiro grau, finalmente os mais poderosos do crime organizado político-empresarial serão devidamente punidos. E por que punir com rigor e proporcionalidade essa grossa corrupção? Renato Janine Ribeiro (Valor 22, 23 e 24/11/14) responde (e com ele estamos, em quase tudo, de acordo): (a) a república é coisa pública, bem comum. A conduta mais antirrepublicana que há é vulnerar, atacar, destruir o bem comum, sobretudo por meio da corrupção; (b) a corrupção é uma versão do patrimonialismo (que na tradição ibero-americana significa considerar o patrimônio público como privado); todas as vezes que essa confusão favorece um político, é patrimonialismo; (c) não é verdade que todos somos corruptos (a grande maioria não concorda com isso); (d) o fato de que o brasileiro seja leniente com a corrupção (mas isso está mudado ultimamente) não pode significar a impunidade de ninguém; (e) não vamos desresponsabilizar os corruptos dizendo que ela é da “cultura brasileira”.

09. O mesmo articulista ainda agrega: (f) os atos de corrupção são distintos (agradar um policial não é a mesma coisa que formar um “clube” ou um “cartel” para pilhar [sem dó nem piedade] o patrimônio público); (g) é preciso investigar o quanto que o roubo (a corrupção) dos grandes influencia a descrença na decência nos pequenos; (h) uma coisa é roubar (corromper) o patrimônio privado, outra distinta é destruir o patrimônio comum (republicano); (i) quando se rouba (se corrompe) o patrimônio comum são muitas as vítimas afetadas (que são prejudicadas na área da saúde, educação, transportes etc.); (j) a corrupção impede que doentes sejam salvos, que hospitais deixem de funcionar, que hospitais existam sem médicos, que crianças e adolescentes sejam educados; (k) os grandes corruptos mutilam ou abreviam muitas vidas; (l) a corrupção é extraordinariamente deplorável porque nela “a pessoa vê o sofrimento de outra e é indiferente a ele, ou até sente prazer graças a ele; isso é desumano. Isso é desumanidade”; (m) o corrupto “não vê à sua frente as crianças desnutridas, as pessoas miseráveis porque privadas de educação, os mortos de doenças curáveis que são vítimas da corrupção”.

10. Em suma, o mal da corrupção deve ser enfrentado. E como a Justiça penal funciona seletivamente (seus recursos são escassos), pelo menos que funcione bem perante o crime organizado político-empresarial, que conta com potencialidade de nos transformar num país apropriado pelos métodos mafiosos.

P. S. Participe do nosso movimento fim da reeleição (veja fimdopoliticoprofissional. Com. Br). Baixe o formulário e colete assinaturas. Avante!

Polícia prende quadrilha especializada em falsificação de diploma Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 00:29 hs.29/11/2014 - Cinquenta e sete ordens judiciais estão em cumprimento pela Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso, na operação "Falsário", para desarticular uma quadrilha especializada em falsificação de diplomas do ensino fundamental, médio, técnico, superior e pós-graduação.

A operação foi iniciada na quinta-feira (27.11), nos Estado de Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo para cumprimento de 11 mandados de prisão preventiva, 23 mandados de busca e apreensão domiciliar e 23 três mandados de condução coercitiva.

Dez pessoas estão presas e 23 pessoas beneficiárias foram conduzidas para interrogatórios. Todos

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poderão responder por falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa.

As ordens de busca e apreensão foram cumpridas, resultando em grande volume de material apreendidos como notebooks, computadores, documentos e vasta quantidade de certificados que ainda não foram contabilizados, além de cheques e mais de R$ 100 mil, em dinheiro.

A base das investigações é a cidade de Cáceres (225 km Oeste) onde está preso o chefe da quadrilha, em Mato Grosso. A delegada Anamaria Machado Costa foi designada pela delegada Regional de Cáceres, Elisabete Garcia dos Santos, para finalizar a investigação que está em andamento há cinco meses.

As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz de Cáceres Jorge Alexandre Martins Ferreira, com anuência do promotor de Justiça Rinaldo de Almeida Segundo.

A operação contou com participação da Diretoria de Inteligência da Policia Civil, em Cuiabá, que ajudou no monitoramento dos alvos nos estados com ramificação da quadrilha e locais com pessoas beneficiadas; com apoio das unidades de Inteligência do Estado de São Paulo, Departamento de Polícia Judiciária Civil do Interior de São Paulo - cidades de Campinas, São José do Rio Preto, Piracicaba -, Delegacia de Investigações Gerais da Polícia Civil de Jundiaí (SP), Departamento de Informações e Inteligência Policial em Minas Gerais e Departamento de Polícia Civil de Curvelo (MG).

Também participaram da operação policiais civis (delegados, investigadores e escrivaes) das cidades mato-grossenses de Cuiabá, Cáceres, Araputanga, São José dos Quatro Marcos, Mirassol D"Oeste, Porto Esperidião, Rio Branco, Lambari D"Oeste, Jaciara, Rondonópolis e Primavera do Leste, municípios com cumprimento de ordens judiciais.

O trabalho do serviço de Inteligência teve a colaboração da Coordenadoria Geral de Inteligência, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (GGI/Senasp).Fonte: Mato Grosso Notícias - Cuiabá/MT

Lava-Jato: Dez empresas que pagaram milhões nos EUA por corrupçãoRuth Costas Da BBC Brasil em São Paulo

26 novembro 2014

A Petrobras está sendo investigada nos EUA porque tem papéis negociados na Bolsa de Nova York

Oito das dez maiores sanções aplicadas pelas autoridades americanas através da sua legislação anticorrupção atingiram empresas estrangeiras – multas milionárias que podem indicar o tipo de punição a que a Petrobras estará suscetível se for condenada nos Estados Unidos.

Após os indícios de corrupção encontrados pela Operação Lava-Jato, a empresa confirmou que está sendo investigada pela SEC (Security Exchange Commission), que regula o mercado de capitais nos EUA.

Segundo o jornal Financial Times, o Departamento de Justiça (DoJ) também estaria investigando a companhia.

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Os órgãos estrangeiros apuram se a estatal violou a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA), que tem provisões contra esquemas de suborno e fraudes financeiras para mascarar tais esquemas. As punições previstas incluem multas e prisões para os culpados.

A Petrobrás está longe de ser a única estrangeira na mira da SEC e do DoJ, segundo um levantamento do blog FCPA, que monitora esses casos.

Porém, na lista das maiores punições aplicadas a empresas estrangeiras, chama a atenção que as companhias em geral tenham distribuído propina para obter vantagens econômicas.

No caso da Petrobras, segundo a linha da investigação em curso, a empresa teria pago valores superfaturados cujos recursos financiaram partidos e beneficiaram diretores da companhia e intermediários das operações.

Uma fonte familiar com a aplicação da FCPA explicou que, apesar da diferença, a estatal ainda poderia ser considerada culpada, e não apenas "vítima de suborno", se for concluído que facilitou o esquema de corrupção ou que esses desvios foram ocultados nos registros contábeis da empresa.

"A lei visa a punir também atitudes coniventes com atos de corrupção", diz a fonte.

Confira a lista abaixo:

1. Siemens (Alemanha)Multa: US$ 800 milhões em 2008

As investigações concluíram que, entre 2001 e 2007, a gigante industrial alemã pagou US$ 1,4 bilhão em propinas a autoridades de diversos países - do Iraque à Venezuela e Argentina. A Siemens também pagou outros US$ 800 milhões em multas na Alemanha e sua diretoria foi trocada por causa das denúncias. No Brasil, a empresa foi envolvida no escândalo de formação de cartel nas obras e compras governamentais do metrô de São Paulo.

2. KBR / Halliburton (Estados Unidos)Multa: US$ 579 milhões em 2009

A gigante de energia americana foi acusada de liderar uma joint-venture que subornou autoridades nigerianas, garantindo quatro contratos de US$ 6 bilhões para o transporte de gás natural na ilha Bonny, entre 1995 e 2004. A Snamprogetti, a Technip e a JGC, listadas abaixo, também eram parte do consórcio. O então presidente da KBR, Albert Stanley, chave no esquema, aceitou devolver US$ 10,8 milhões e foi sentenciado a dois anos e meio de prisão.

3. BAE Systems (Reino Unido)Multa: US$ 400 milhões em 2010

A empresa britânica, especializada em sistemas de defesa, admitiu ter subornado funcionários públicos em países como Arábia Saudita e República Tcheca. A empresa também foi considerada culpada de mentir para autoridades americanas, uma vez que, de 2000 a 2002, apresentou vários documentos em que garantia estar tomando providências para se adequar à FCPA.

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4. Total (França)Multa: US$ 398 milhões em 2013

A petrolífera francesa foi acusada de pagar US$ 60 milhões em propina a autoridades iranianas para conseguir uma parceria com a petrolífera estatal do país. Ela teria feito o pagamento por meio de uma empresa intermediária, contabilizando o suborno como "gastos com consultoria".

5. Alcoa (Estados Unidos)Multa: US$ 384 milhões em 2014

A fabricante de alumínio americana foi acusada de pagar US$ 110 milhões em subornos para obter contratos no Barein. Os pagamentos teriam sido feitos com a ajuda de um consultor que teria conexões com a família real do Barein. Segundo a SEC, a empresa não teria "os controles internos suficientes para prevenir" o pagamento de propina, que foi registrado de forma inadequada nos seus livros contábeis.

6. Snamprogetti Netherlands / ENI (Holanda/Itália)Multa: US$ 365 milhões em 2010

A empresa fazia parte da joint venture liderada pela KBR para subornar autoridades nigerianas em troca de contratos na ilha Bonny. As investigações concluíram que funcionários da Snamprogetti teriam transferido milhões de dólares de Amsterdã para contas nos EUA para o pagamento de propina.

7. Technip S.A. (França)Multa: US$ 338 milhões em 2010

A construtora francesa é a terceira empresa do consórcio que subornou autoridades nigerianas. Segundo o DoJ americano, a Technip teria autorizado a joint venture a contratar dois agentes - o advogado britânico Jeffrey Tesler e uma empresa japonesa - para montar o "propinoduto". Um executivo da empresa também teria se reunido pessoalmente com autoridades nigerianas para acertar os detalhes do esquema.

8. JGC Corporation (Japão)Multa: US$ 218,8 milhões em 2011

A empresa de engenharia e construção japonesa também estava envolvida no caso de suborno de autoridades nigerianas, mencionado acima.

9. Daimler AG (Alemanha)Multa: US$ 185 milhões em 2010

A montadora alemã - dona da marca Mercedes Benz - admitiu ter pago dezenas de milhares de dólares para subornar autoridades em 22 países, entre eles China, Tailândia, Grécia e Iraque. As propinas teriam

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sido distribuídas entre 1998 e 2008 por meio do braço para exportação da Daimler e da subsidiária da Mercedes-Benz na Rússia. A empresa demitiu 45 funcionários implicados no escândalo.

10. Weatherford International (Suíça)US$ 152,6 million in 2013

A empresa suíça, provedora de serviços e equipamentos para exploração de petróleo, foi acusada de subornar autoridades de diversos países, principalmente na África e Oriente Médio. A companhia teria chegado a pagar a lua de mel da filha de um funcionário da estatal petrolífera argelina Sonatrach.

Fraude corporativa é maior quando crescimento do país é menor, aponta pesquisaEstudo feito pela ICTS Protiviti revela a relação da variação do PIB com o número de casos, quais os tipos de fraudes cometidos por brasileiros e o perfil do fraudador

Diana Dantas [email protected]

Tema diário dos noticiários, as fraudes não são uma exclusividade do ambiente governamental. Mas podem ter uma relação direta com a situação macroeconômica do país. É o que revela uma pesquisa feita pela ICTS Protiviti, empresa de consultoria, auditoria e serviços em gestão de riscos. Os dados, levantados a partir do depoimento de 92 fraudadores confessos, entre os anos de 2009 e 2014, vão ser apresentados hoje durante o webinar "O retrato da fraude corporativa no Brasil", que ocorre no site: http://tinyurl.com/nx43hwn . A inscrição é gratuita.

“O crescimento no PIB tem uma correlação inversa com casos investigados. Isso é uma informação que a gente comprova no Brasil. Quanto mais baixo o crescimento do país há mais casos fraude”, conta Maurício Reggio, sócio-diretor do ICTS.

Segundo o levantamento, o impacto financeiro de fraudes apresentou um aumento de sete vezes nos últimos quatro anos. Considerando o número de incidência de fraudes identificadas, houve 12 vezes mais casos entre 2010 e 2013. Em contrapartida, o crescimento do PIB do país teve queda entre 2010 e 2012.

“Há duas hipóteses para essa situação. Na primeira, uma vez que a economia não vai bem, a empresa passa a olhar com mais cuidado para dentro de casa e para suas finanças, o que torna o ambiente favorável para se detectar fraudes. Por outro lado, também há um maior estímulo por parte dos fraudadores. Existe uma maior pressão sobre o individuo. Isso é um fator que trabalha na cabeça dele, caso seja um fraudador de oportunidade”, explica Reggio.

A pesquisa ainda identifica qual o tipo de fraude é mais cometida no Brasil. A corrupção, em que a pessoa aceita ou faz pagamento de suborno, vem na frente com 60% dos casos. Em segundo lugar, aparece a apropriação indébita, na qual o indivíduo furta ou pratica desvio, com 32% das situações. Por último, com apenas 8% de incidência, é constatada a demonstração fraudulenta, em que os fraudadores manipulam resultados.

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“Esse é um dado interesse quando confrontamos o que acontece nos Estados Unidos. Lá, a principal categoria é a apropriação indébita, com 89,8% dos casos, depois corrupção, com 21,9%, e demonstração fraudulenta, com apenas 4,3%*. “A gente procura fazer um paralelo sem ser taxativo. Mas a percepção é que a corrupção está no seio cultural do país, seja nas instituições governamentais, seja no ambiente corporativo. O setor privado vem corroborar com a dinâmica do Brasil”.

Perfil do fraudador

O perfil do fraudador também foi levantado pela pesquisa. O impacto financeiro da fraude causado pelos graduados é três vezes maior do que o gerado pelos sem graduação. O poder de decisão da pessoa dentro da companhia também influencia. O indivíduo que tem um cargo de nível estratégico causa 3,4 vezes mais prejuízo do que um de nível tático e sete vezes mais do que aquele de nível operacional. O tempo de empresa também pesa. “O sujeito tem que ganhar maior confiança para cometer uma fraude. São daqueles que estão há mais tempo trabalhando que se tem que desconfiar.”

No webinar, ainda serão apresentados meios de como identificar e prevenir fraudes dentro das empresas, além de como se fazer uma abordagem para a apuração dos casos. “Com a perspectiva de baixo de crescimento pela frente, há uma tendência de haver mais fraudes. Quando o fraudador percebe que a sua estratégia deu certo, o sentimento de segurança e a ganância aumentam e isso acaba aparecendo. O webinar tem o objetivo de fazer um alerta para essa situação, para que as organizações possam se prevenir e se preparar melhor. Os casos que demoram mais a serem detectados trazem um maior prejuízo”, explica Reggio.

*Os dados somam mais de 100%, pois alguns casos envolvem mais de uma categoria. Fonte: ACFE 2010 - Report to the Nations on Occupational Fraude and Abuse

Brasil paga caro por telefonia Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 10:19 hs.

25/11/2014 - União Internacional de Telecomunicações mostra que tarifas no país estão entre as mais altas do mundo. Anatel e SindiTelebrasil contestam

SIMONE KAFRUNI

A telefonia e o acesso à internet no Brasil ainda estão entre os mais caros do mundo. É o que aponta estudo da União Internacional de Telecomunicações (UIT) publicado ontem em Genebra, segundo o qual o custo de uma ligação pelo telefone celular no país é superior a todos as nações europeias e compromete parcela maior da renda dos consumidores do que em países como Cuba, Paquistão, Argélia ou Guiné Equatorial. Apenas 47 nações de 166 têm custos maiores com celular do que o Brasil. Na telefonia fixa, o país aparece na 110ª posição, somente 56 nações têm preços mais elevados; e na internet, o Brasil é o 46º mais caro entre os avaliados. Os números são contestados pelo sindicato das empresas de telecomunicações, o SindiTelebrasil, e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

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A pesquisa da UIT considerou um pacote de assinatura mensal de celular, com 30 ligações por mês mais 100 mensagens de texto, para fazer a comparação entre 166 países. O valor médio do serviço no Brasil chegaria a US$ 48,32, cerca de R$ 123 por mês, conforme o levantamento. Em comparação à renda média do brasileiro, isso representa um peso de 4,96% por mês. Em Macau, onde o serviço é o mais barato do mundo, custa US$ 6 e representa 0,11% da renda. Em pelo menos 36 países, o mesmo pacote compromete menos de 1% da renda mensa.

A Anatel informou, contudo, que o valor médio do minuto da telefonia móvel está em R$ 0,16 no segundo trimestre de 2014, e vem caindo desde 2012, quando era de R$ 0,19. “A análise de preços é feita considerando-se a quantidade de minutos tarifados e a receita total gerada por esse tráfego. Cabe esclarecer que o conceito de minutos tarifados inclui não apenas aqueles cobrados diretamente do assinante, mas também os minutos com preço zero”, afirmou a Anatel, em nota.

Para o SindiTelebrasil, o preço real do minuto do celular no Brasil é oito vezes mais barato que o apontado pela UIT. O sindicato argumenta que a metodologia da UIT não considera a realidade brasileira, que tem uma infinidade de planos e promoções. O Sinditelebrasil pediu um estudo para a Teleco Consultoria, que calculou em US$ 0,07 o minuto, portanto, 13% do preço apontado pela UIT.

IncômodoIndependentemente das contestações, o Brasil está em situação incômoda em todos os rankings apurados pela UIT. Dos 166 países avaliados, o Brasil aparece apenas na 110ª posição, com um custo de US$ 24 (R$ 61) por uma assinatura mensal de telefonia fixa, mais 30 minutos de ligações locais.

Isso representa 2,50% da renda média de um trabalhador. No Irã, a taxa sai por apenas US$ 0,12 por mês, contra US$ 0,24, em Cuba. Nesses países, a telefonia fixa compromete 0,03% e 0,05% da renda média.

No que se refere à internet, o país aumentou o número de computadores conectados de 45% para 48% dos lares. Mas, uma vez mais, o custo é alto. O gasto com banda larga no Brasil representa 1,42% da renda mensal média, o que coloca o país na 46º posição numa classificação em que o serviço é mais caro. O preço da banda larga no celular, aparece na 102ª posição, comcomprometimento de 4,14% da renda mensal.

Peso de ouroTelefonia e internet do Brasil estão entre as mais caras do mundo, diz UIT

Serviços móveis» Custo de uma ligação pelo telefone celular no Brasil é superior ao de todos os países europeus e consome parcela maior da renda que em países como Cuba, Paquistão, Argélia ou Guiné Equatorial

» De 166 países avaliados, apenas 47 deles têm custo maior com celular do que o Brasil, entre eles Etiópia, Albânia, Ruanda e Madagascar» O pacote que serve de comparação é a assinatura mensal de um celular, com 30 ligações por mês, mais 100 mensagens de texto» O valor médio do serviço no Brasil chegaria a US$ 48,32 por mês ao fim de 2013, cerca de R$ 123, comprometendo 4,96% da renda mensal média

» Em Macau, o mesmo serviço custa menos de US$ 6. Em pelo menos 36 países, o custo de um pacote parecido compromete menos de 1% da renda mensal de um trabalhador

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» O custo da banda larga móvel coloca o Brasil em 102º lugar entre 166 países, do mais barato ao mais caro Serviços fixos

» Dos 166 países avaliados, o Brasil aparece na 110ª posição do mais barato ao mais caro na telefonia fixa

» Custo da telefonia fixa do país é calculado em US$ 24 (R$ 61) por assinatura mensal, mais 30 minutos de ligações locais

» O custo da banda larga fixa no Brasil coloca o país na 46º posição entre os mais caros de 166 países

Fonte: União Internacional de TelecomunicaçõesFonte: Correio Braziliense / DF

Empréstimos e bolsas de estudo catapultam ensino superior Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 08:43 hs.

24/11/2014 - O Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) do governo federal já representa um terço das novas matrículas do ensino superior privado. Entre os grandes grupos que atuam no setor, esse percentual pode chegar a 50%, segundo relatório recente do banco Morgan Stanley.

Os dados indicam como a expansão do programa de empréstimos estudantis tem mudado o cenário da educação superior privada no país.

De 2010 a 2014, os financiamentos saltaram de R$ 1 bilhão para R$ 9 bilhões (descontada a inflação). Isso, somado à abertura de mais universidades públicas, levou a um aumento de 48% nas matrículas no ensino superior.

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Fonte: Folha de S. Paulo Online

O Brasil na Hora Mais Escura Publicado por Milton Pires - 6 dias atrás

Na última sexta-feira, dia 21 de novembro, o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou "Vivemos numa sociedade que até o síndico de prédio superfatura quando compra o capacho. E é o mesmo síndico que por vezes sai protestando dizendo ‘esses políticos’. Políticos eleitos por ele". Ele o fez perante vários repórteres e em plena Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

Não é minha intenção, neste artigo, fazer a defesa da moral de uma nação inteira. Outros já o fizeram antes e melhor. Não vou, portanto, me dirigir aos que discordam nem tampouco aos que concordam com uma afirmação dessa natureza. Quero aqui escrever para milhões e milhões de brasileiros que formam um número de cidadãos cada vez maior: aqueles que vivem na dúvida... Aqueles que acham que, em certo aspecto, o senhor ministro tem razão no sentido de afirmar que a corrupção é parte da essência desse país. Não me considero capaz de demover de sua convicção os que tem certeza de que isso é mentira nem os que comungam com a ideia de que isso seja verdade.

Afirmar que uma sociedade inteira tem na corrupção uma manifestação cultural é muito mais do que aceitar o crime... Do que ofender milhões de pessoas honestas ou do que degradar a função de Ministro de Justiça: é retirar, de um número gigantesco de pessoas possivelmente inconformadas, a VONTADE de lutar... É aplicar, de forma magistral, o que foi deixado por Sun Tzu em sua “Arte da Guerra” quando aconselha “dissuadir o inimigo da vontade de luta”.

Só pode fazer a guerra, digo eu, e vencer o inimigo aquele que antes de qualquer coisa sabe da diferença que existe entre si mesmo e outro que deseja ver derrotado. Não há arma capaz de fornecer a um soldado a convicção da diferença entre si mesmo e aquele que se encontra sob à mira do seu fuzil: é pois um ato de vontade... Uma profissão de fé que deve ser feita por cada um no sentido de entender definitivamente que a guerra é feita com as armas mas vencida pelos homens e que antes da morte do corpo fomentar a deserção é a morte da liberdade que deve estimular o engajamento no combate.

Meus amigos, o Brasil encontra-se diante de forças que combatem pela posse do nosso espírito... Pelo domínio da nossa vontade e pelo controle do nosso próprio desejo de sermos livres. Homens como Cardozo vão surgir de tempos em tempos. Sua meta é uma só: acabar com a nossa vontade de lutar... Liquidar com nossa capacidade de ver diferença entre nós mesmos e eles e unificar, na condição universal da corrupção do partido, a esperança de toda nação. Essa gente surgirá no espaço público misturando verdades com mentiras e fará, como um padre do mal, um apelo para que cada um encontre seus próprios pecados antes de atacar o partido da salvação. É, pois, com a culpa... Com o que há de verdadeiro na histórica e profunda culpa que cada brasileiro de fato deveria sentir antes de clamar por mudança que o Partido Religião há de jogar para impedir que exista qualquer alteração no que está agora acontecendo no país. Sintam, pois, a culpa... Mas não abandonem, eu imploro, a ideia da mudança...

Não é só energia elétrica que há de faltar por causa do PT.. Não são só nossos lares que vão ficar sem luz... É a nossa própria VONTADE de protestar que há de ficar sem destino claro se não conseguirmos enxergar, nós mesmos, uma luz mais forte do que a de um partido que se considera o “caminho da iluminação”. O Brasil está agora na sua hora mais escura...

Porto Alegre, 23 de novembro de 2014.

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“Não nos responsabilizamos por objetos deixados no interior do veículo.” Publicado por Marcela Mª Furst - 3 dias atrás

Normalmente ao deixarmos o carro em estacionamentos pagos ou não, nos defrontamos com avisos dizendo: “Não nos responsabilizamos por objetos deixados no interior do veículo.”

Mas, responsabilizam-se sim!

Os estabelecimentos fazem isso como uma manobra, uma forma de induzir o consumidor menos informado a não questionar, trata-se de uma prática abusiva.

Por isto, com este artigo desejo levar esta informação ao maior número de pessoas, consumidores, acerca de seus direitos.

Primeiramente, tal questão já é respondida simplesmente pela súmula 130 do STJ, que resolve as controvérsias acerca da existência ou não da responsabilidade do estabelecimento, pelos veículos que permanecem em seus estacionamentos, dizendo: "A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento".

Desta forma, a responsabilidade existe. O estabelecimento responsável, seja ele supermercado, shopping, ou qualquer outro estabelecimento que forneça o serviço de guarda de veículos, tem o dever de guarda e vigilância sobre os veículos ali estacionados, respondendo, por indenização em caso de furto ou roubo.

Sendo assim, são nulas as cláusulas que busquem afastar ou mesmo atenuar a responsabilidade do dono do estacionamento, em conformidade com o artigo 25 do Código de Defesa do Consumidor, que diz: “É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores”.

Destarte, independentemente da afixação dos avisos nos estacionamentos avisando da não responsabilidade pelos veículos ou por bens no interior do veículo, que são todos nulos, existe sim o dever de indenização.

Outrossim, destaco, ainda, que o fato de o estacionamento ser gratuito não o exime da responsabilidade sobre os danos sofridos. Pois, servindo o estacionamento se não exclusivamente, mas principalmente à este estabelecimento, de modo que o proveito econômico na utilização do estacionamento lhe é aferido, de modo que oferece ao seu consumidor o conforto de que ali pode estacionar, atraindo-o, advém então o dever em indenizar.

Caso ocorra com você, a orientação é que procure uma delegacia mais próxima e registre um boletim de ocorrência. Tenha em mãos o horário de entrada e saída, pois estas informações provam que seu automóvel ficou sob a responsabilidade da empresa no período da ocorrência do dano. É fundamental que guarde o recibo ou ticket do estacionamento, para comprovar a culpa do estabelecimento.

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Normalmente o estabelecimento se recusa a indenizar o consumidor ou tenta um acordo sobre o valor a ser ressarcido, mas em caso de discordância, o consumidor deve recorrer às entidades de defesa ao consumidor e à Justiça.

TRF3 concede indenização por danos morais a contribuinte que teve CPF emitido em duplicidade 24 de novembro de 2014 10:27·Nenhum comentárioVisualizações: 88

Decisão do TRF3 condena União ao pagamento de 10 salários mínimos.

Decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) condena a União ao pagamento de dez salários mínimos por dano moral a um contribuinte que teve o número do seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) emitido em duplicidade pela Receita Federal.

De acordo com o autor da ação, a pessoa a qual foi atribuído o mesmo número de CPF abriu contas em bancos e emitiu cheques sem fundos, levando à inclusão de seu nome nos cadastros de proteção ao crédito.

Na sentença de primeira instância, o juiz federal julgou procedente o pedido, determinando o pagamento de indenização por danos morais, no valor de 40 salários mínimos.

A União apelou, alegando que não ficou caracterizado dano moral indenizável ou, subsidiariamente, a redução do quantum indenizatório.

Analisando o recurso, a decisão do TRF3 explica que, para a caracterização da responsabilidade objetiva do agente público, ensejadora da indenização por dano moral e patrimonial, é essencial a ocorrência de três fatores: o dano, a ação do agente e o nexo causal. Para o relator do processo, juiz federal convocado Miguel Di Pierro, os fatores ficaram caracterizados no processo.

“A expedição errônea de número de CPF, em duplicidade, a um homônimo do autor, situação de responsabilidade exclusiva da autoridade administrativa, detentora de todos os dados e da obrigação da correta prestação de serviços, causou danos morais fartamente comprovados, que transcendem os simples aborrecimentos decorrentes da mera retificação de um documento”, afirmou o magistrado. Para ele, houve a inclusão indevida do nome do autor em cadastros de proteção ao crédito, sendo este fato devidamente comprovado nos autos.

De acordo com o juiz federal, embora configurados na ação, o dano moral e o nexo de causalidade, a indenização por danos morais deve respeitar o binômio de mitigação do sofrimento pelo dano moral, penalizando o ofensor, sem que se configure o enriquecimento ilícito da parte.

“Nesse aspecto, entendo necessária reforma do valor fixado pelo r. Juízo a quo, nom ontante de 40 salários mínimos, visto que contrário ao princípio da proporcionalidade. A reparação do dano moral não pode ser irrisória nem exorbitante, devendo ser fixado em patamar razoável”.

Considerando as peculiaridades do caso concreto e as provas constantes dos autos, o relator entendeu ser justificável a redução do valor da indenização, como requerido pela União.

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“O valor da indenização por danos morais deve ser reduzido à quantia de dez salários mínimos, capaz de reprimir a prática da conduta danosa, não sendo valor irrisório nem abusivo a ponto de ensejar enriquecimento ilícito do autor”, ressaltou.

Apelação Cível nº 0001457-91.2004.4.03.6116/SP

viaNotícias: Notícia.

Danos morais

Mulher é condenada por publicações ofensivas na internet23 de novembro de 2014, 15h12

A 6ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal manteve a sentença que condenou uma mulher a pagar R$ 4 mil de danos morais por publicações ofensivas contra um homem que ela afirmava ser candidato a deputado distrital. O recurso contra a sentença da 13ª Vara Cível de Brasília foi negado por maioria.

De acordo com o processo, a internauta mencionou o nome do candidato de forma ofensiva. O desembargador Hector Valveder, revisor, disse que na publicação em uma rede social, percebe-se o tom de ironia sobre as atividades profissionais do candidato, além das acusações de supostamente mandar agredir mulheres.

A mulher alegou que os ânimos se exaltam no período eleitoral. Por isso, os termos que imputou ao homem não são exagerados e atingiram uma quantidade mínima de pessoas. No entanto, o revisor apontou não haver nenhuma prova de que o homem fosse candidato ou que as discussões tivessem acontecido nesse contexto.  Por fim, concordou com o valor da indenização estipulado pelo juízo da 13ª Vara Cível. 

Processo: 2010.01.1.194381-6

Revista Consultor Jurídico, 23 de novembro de 2014, 15h12

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Responsabilidade objetiva

Escola terá que indenizar aluna por rasteira que levou de colega23 de novembro de 2014, 13h49

Por falhar no dever de garantir segurança a uma aluna, uma escola do Distrito Federal deverá pagar R$ 20 mil de indenização por danos morais e R$ 4,4 mil por danos materiais a uma mulher que levou uma rasteira de uma colegada em 1998, durante o recreio, quando cursava a 1ª série do Ensino Fundamental. Por conta disso, ela passou a ter problema permanente em um de seus dentes. A condenação da 9ª Vara Cível de Brasília foi confirmada em grau de recurso pela 1ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. 

Segundo a autora, levou uma rasteira proposital de uma colega no pátio da escola e bateu a boca em uma pilastra de concreto. Isso provocou afundamento do dente incisivo central direito superior. Desde então, o dente passou a lhe exigir cuidados especiais, como não poder comer comidas mais consistentes ou fazer esportes de contato. Com o passar dos anos, o dente foi escurecendo, o que a deixou constrangida. Sustentou que a necessidade de tratamento é constante, tendo o último lhe custado mais de R$ 6 mil. Na ação, afirmou que a escola foi omissa por não ter ninguém responsável no pátio no momento dos fatos. 

Em contestação a escola alegou preliminarmente a prescrição do direito de agir da autora. No mérito, defendeu não ter havido prova do dano por parte da autora, nem comprovação da relação entre a agressão e a atuação da escola. Argumentou ainda que o ocorrido se deu por ação de terceiro, o que romperia com qualquer responsabilidade da instituição. 

Ao sentenciar o processo, a juíza de primeira instância rejeitou a prescrição. “Tomando-se o Código de Defesa do Consumidor por parâmetro, o prazo quinquenal passou a correr assim que a autora atingiu a maioridade, não tendo se completado antes de ajuizamento da ação, em 2011”. A magistrada afirmou que ainda que a rasteira tenha sido dada por uma outra pessoa, o Código de Defesa do Consumidor, ou próprio Código Civil estabelecem que a escola onde os fatos ocorreram pode ser, em tese, responsabilizada. 

“Tendo a ré falhado no dever de proporcionar segurança à aluna, não importa se falhou por negligência ou por ser impossível controlar tudo o que possa acontecer a um aluno durante o turno escolar. Como bem se sabe, para a responsabilização da ré, prescinde-se de culpa de sua parte, dado estarmos dentro da seara do direito do consumidor onde viceja a responsabilidade objetiva. Tal responsabilidade objetiva, fundamenta-se na teoria do risco, a qual determina que toda pessoa que exerce alguma atividade cria um risco de dano a terceiros e deve ser obrigada a repará-lo, ainda que sua conduta seja isenta de culpa”. 

A escola recorreu da sentença no TJ-DF. Entretanto, a 1ª Turma Cível manteve o mesmo entendimento. “Comprovada a ocorrência de acidente envolvendo alunos de instituição de ensino, no intervalo entre uma aula e outra, cabe a escola reparar os danos materiais e morais sofridos, uma vez que os menores estão sob sua responsabilidade durante o horário designado para aula, mesmo que em recreação, em atendimento ao disposto do artigo 932, IV, CC”, decidiu o colegiado. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-DF.

Processo 2011.01.1.198963-3

Revista Consultor Jurídico, 23 de novembro de 2014, 13h49

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"Pessoa instruída"

Homem que sacava benefício do pai morto responde por estelionato qualificado23 de novembro de 2014, 8h00

Um engenheiro agrônomo acusado de sacar, por sete anos, a aposentadoria do pai morto foi condenado a quatro anos de reclusão em regime aberto, pena que foi substituída pelo pagamento de cestas básicas a uma entidade beneficente. Assim decidiu a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o agiu de má-fé e com dolo contra a Administração Pública. Além disso, a turma considerou que o réu é pessoa instruída e conhece a legislação de regência da pensão por morte. 

Segundo o processo, o engenheiro era procurador de seu pai e continuou usando o cartão bancário para fazer os saques, mesmo após a morte do genitor, ocorrida em janeiro de 1994. Denunciado pelo Ministério Público Federal, ele passou a responder por estelionato qualificado.

Em sua defesa, o réu alegou ter agido de boa-fé e afirmou que só continuou a receber as parcelas da aposentadoria por acreditar ter direito aos valores. Isso porque seu pai havia designado o neto — filho do réu — como beneficiário da pensão por morte, que tem valor igual ao da aposentadoria. Dessa forma, o engenheiro não pediu a conversão do benefício, mas, ao contrário, limitou-se a renovar a procuração que lhe dava o direito de sacar o dinheiro.

Na ocasião em que foi revalidar a procuração, em 1996, o réu foi chegou a assumir um Termo de Responsabilidade em que se comprometia a informar o óbito de seu pai. Os saques, contudo, só foram interrompidos em 2001, após a constatação da fraude durante inspeção interna do INSS.

O juízo de primeira instância entendeu que "somente com o uso da fraude, o réu poderia manter a administração em erro para que pudesse continuar a receber o valor da aposentadoria. 

O réu recorreu ao TRF-1. Ao analisar o caso, o relator da matéria na 4ª Turma, juiz federal convocado Pablo Zuniga Dourado, entendeu que o engenheiro agrônomo agiu de má-fé e com dolo contra a Administração Pública.

O relator atendeu ao pedido do réu de desconsideração da reparação do dano, no valor mínimo de R$ 56,4 mil. Isso porque a lei que modificou o artigo 387 do Código de Processo Penal, dando ao juiz a prerrogativa de instituir valor mínimo para ressarcimento de danos causados por atos ilegais, só foi editada em 2008, antes do ajuizamento do caso em questão. “Em observância ao princípio da irretroatividade da lei penal mais severa, é inviável a incidência do regramento do artigo 387, IV, do Código de Processo Penal (que tem nítido caráter material), ao caso concreto”, finalizou o relator.

Prazo prescricionalNo voto, o relator também negou a ocorrência de prescrição levantada pelo réu. A defesa alegou que o caso estaria prescrito porque a morte se deu em 1994 e a denúncia só foi apresentada em 2009, mais de 15 anos depois.

O juiz federal Pablo Dourado, no entanto, esclareceu tratar-se de “crime instantâneo de efeitos permanentes”. Por isso, o prazo prescricional deve passar a ser contado à partir do último recebimento

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fraudulento do benefício previdenciário, datado de março de 2001. Como a prescrição para esse tipo de crime, aliado à pena imposta, é de oito anos e a denúncia foi oferecida em janeiro de 2009, a alegação da defesa foi totalmente afastada pelo relator. O voto foi acompanhado pelos outros dois magistrados que integram a 4ª Turma do Tribunal. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-1.

Processo 0001045-96.2009.4.01.3900.

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