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DIREITOS AUTORAIS

Série: IV SEMINÁRIO EBD 2015Autor: Pr. Fernando de Oliveira Cintra

Apostila do Professor-Discípulo1ª Edição em Português, 2015.

Publicado pela Igreja Batista Esperança – Taguatinga – DF.

Todos os direitos estão reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada em sistema de retenção ou transmitida em qualquer forma, por meios eletrônicos, mecânicos, fotocópias, gravação ou qualquer outra forma, sem

obtenção de prévia autorização do editor, a não ser quando autorizada pelas leis de Copyright do Brasil.

Impresso no Brasil

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Sumário

BIOGRAFIA DO AUTOR..............................................................................................................4 UMA PALAVRA PARA VOCÊ.....................................................................................................5

UM PROFESSOR-DISCIPULO.....................................................................................................7

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 1º.......................................................................................9

CHAMADOS PARA MULTIPLICAÇÃO.......................................................................................9

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 2º.....................................................................................11

GRAÇA DIVINA E MULTIPLICAÇÃO........................................................................................11

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 3º.....................................................................................15

A IGREJA DE APARÊNCIA.......................................................................................................15

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 4º.....................................................................................18

O PODER DA MULTIPLICAÇÃO ESPIRITUAL – Problemas para multiplicar......................18

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 5º.....................................................................................21

O QUE É O DISCIPULADO?......................................................................................................21

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 6º - Parte I.......................................................................24

5 MITOS COMUNS SOBRE A GRANDE COMISSÃO...............................................................24

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 7º - Parte II......................................................................27

5 MITOS COMUNS SOBRE A GRANDE COMISSÃO ..............................................................27

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 8º.....................................................................................29

A MISSÃO E O MÉTODO...........................................................................................................29

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 9º.....................................................................................32

MEMBRO-DISCIPULO................................................................................................................32

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 10.....................................................................................35

TRANSFORMAÇÃO...................................................................................................................35

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 12.....................................................................................40

UMA FÉ QUE MULTIPLICA.......................................................................................................40

10 PRÁTICAS PARA MULTIPLICAR UMA COMUNIDADE ESTUDO 11.................................40

APRENDIZ..................................................................................................................................40

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 13.....................................................................................43

DISCIPULADO – MODO DE VIDA.............................................................................................43

BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................................45

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BIOGRAFIA DO AUTOR

O autor das lições, Pr. Fernando de Oliveira Cintra, possui os cursos de: Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, Rio de Janeiro, RJ; Bacharel e Licenciatura em Pedagogia pelo Mackenzie, SP - Administração Escolar, Psicopedagogia e Magistério; Licenciado em Filosofia pela FAI, SP; Doutorado em Teologia pela Faculdade Latino-Americana; Curso de Capelania no Hospital Evangélico, no Rio de Janeiro em convênio com o STBSB; Curso de Publicidade pela ESPM, Rio de Janeiro – curso técnico. Atualmente é Pós-Doutorando pelo Seminário Füller, Pasadena, Califórnia, EUA - extensão América Latina, na área de crescimento de igrejas. Fez também Curso Básica de Coaching. É pastor evangélico batista desde 1987, estando desde março de 2011 como pastor titular da Igreja Batista Esperança – Taguatinga, DF. É também diretor executivo da ONG – IRSA - Instituto de Responsabilidade Social das Américas.

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UMA PALAVRA PARA VOCÊ

Querido(a) professor(a)

É com muita alegria que escrevi estes estudos para o início do ano letivo 2015, da nossa EBD, objetivando explicitar minha visão quanto aos assuntos abordados que, creio, estar de acordo com a Palavra de Deus. Esses estudos abrangem o tema oficial de nossa igreja para este ano: Juntos e Avante - Multiplicando Vidas. A ênfase está na forma da multiplicação: o discipulado de vidas e os pequenos grupos.

Quando Deus nos fez novas criaturas em Jesus Cristo nos redimiu nos recrutou ao discipulado. Agora, um dos nossos maiores prazeres e uma das mais altas responsabilidades está em convidarmos outros a se juntarem a nós em nossa lealdade de seguir Jesus.

Jesus ordena que todos os seus discípulos sejam ativos em ir multiplicando novos discípulos. Todo discípulo é enviado para se multiplicar. Nós somos todos os recrutadores para o reino de Deus.

Se somos seguidores de Jesus, então Jesus nos enviou para recrutar os seus amigos, familiares, colegas de trabalho, vizinhos e às vezes até mesmo pessoas estranhas para se tornarem discípulas.

Precisamos aprender a sermos multiplicadores.

Meu desejo é que seja um tempo de reflexão para que a IBE possa cumprir o seu propósito de, pelo estudo da Palavra de Deus, ensinar a cada aluno qual seja a boa, perfeita e agradável vontade do Pai.

ORIENTAÇÕES

1. Ensino da Lição Prepare a lição de modo que os pontos principais sejam abordados. Incentive os alunos a fazerem anotações pessoais; Incentive a cada aluno a não faltar às aulas. As lições foram escritas

sequencialmente.

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2. Ensino didático

Prepare sua aula didaticamente. Infelizmente o tempo não me permitiu fazer para cada aula um plano de aula, mas quero de modo geral passar algumas orientações:

a. O ideal é que nas lições que tiverem muitos textos bíblicos o professor faça umas papeletas contendo os versículos e os distribua para os alunos para que na hora que precisar citá-los o aluno possa apenas ler para todos na classe; isto economizará tempo;

b. Pontos da lição em negrito que você queira trabalhar podem ser escritos ou impressos em papel A4 e na hora da explanação prender este papel na parede com fita adesiva, isto melhorará a visualização do ponto e fixará melhor o mesmo na mente do aluno;

c. Fazer perguntas logo no início da aula sobre o tema a ser abordado é um bom método para logo saber o que pensam os alunos sobre o assunto, isto fará com que você suba ou desça a barra de seu ensino bem como mostrará a unidade ou não de pensamento dos alunos na classe. Combine antes com os alunos o tempo que cada um terá. Incentive a participação de todos.

d. Fuja de ministrar uma aula somente pelo método expositivo, isto fará com que você ouça mais os alunos e tenha mais momentos de reflexão em sala de aula quanto ao assunto;

e. Não deixe que os alunos desvirtuem a aula falando sobre outros assuntos que não sejam correlatos a lição; procure cortar, carinhosamente, aqueles que monopolizam a fala na classe e rejeite qualquer crítica aos pastores, liderança e a igreja, isto fará com que as classes não se torne um campo de batalha, mas de reflexão onde todos poderão se expressar;

f. Ao terminar não se esqueça de fazer uma boa conclusão. Esta poderá vir de sua pessoa como também através de perguntas, exemplo: “Bem, o que vocês entenderam no final desta lição? O que nós precisamos fazer agora?”, isto fará com que você tenha um retorno bem claro do que os alunos realmente aprenderam do ensino aplicado.

g. Comece e termine sempre sua aula com oração. Que isto não seja um rito, mas um momento de aprendizado;

No amor de Cristo

Pr. Fernando de Oliveira Cintra

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UM PROFESSOR-DISCIPULO

Certa vez, ouvi de um diretor da EBD a seguinte afirmação: “Se a EBD é o coração da igreja, estamos na UTI, à beira da morte, por que esse coração já está infartado há muito tempo.”

Às vezes pensamos que a solução para recuperar esse “coração” está em fórmulas mirabolantes, em inovações na programação ou na nomeação de diretores eloquentes, mas a chave para a EBD voltar a ser aquilo que Deus sonhou para ela está em seguir o modelo de Cristo como professor.

O maior desafio para restaurar a EBD é fazer com que cada professor se torne um discipulador, e não um mero “passador de lição”. Não apenas olhar para os membros da classe, traçar seu perfil de aprendizado, encontrar métodos pedagógicos modernos para aplicar ou ser treinado pelo melhor material. O coração daquele que ensina influi no efeito daquilo que é ensinado.

“E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando […], e pregando […], e curando [… ]” Mateus 9:35.

Jesus andava por todas as cidades e não se limitava apenas em ensinar. Além disso, ele andava com seus discípulos e dividia suas responsabilidades. Ele não era apenas um professor que dedicava algumas horas por semana para recapitular as lições, Ele de fato discipulava de forma plena e compartilhava vida com sua classe. Ele sentia compaixão pelo povo, e por isso ensinava com amor e dedicação. Ele olhava para a vida das pessoas e não ensinava apenas uma lição, mas ajudava tais pessoas a se libertarem de suas dificuldades e problemas.

A grande diferença entre o discipulado que Jesus praticava e os nossos métodos de ensino é a compaixão. As EBDS estão muitas vezes com professores que sentem necessidade de ter um público para ouvi-los e ensinam com orgulho. A diferença de resultados também é clara. Jesus conseguia cada vez mais discípulos dispostos a segui-lo, e tudo que as igrejas conseguem atualmente são novos alunos matriculados numa classe de EBD, que não estão dispostas nem a estudar a lição da próxima semana.

A pessoa que ensina ou discipula faz toda diferença. Um dos grandes desafios da igreja é transformar os professores em discipuladores. É preciso que desejem não apenas darem a aula semanal, o “show de bíblia”, ou olharem seus alunos com ares de superioridade, mas terem compaixão deles e começarem a desenvolver um relacionamento pessoal com cada um. Assim, o coração da igreja estará livre de um infarto.

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Antes de se tornarem apóstolos e serem enviados, os doze homens que Jesus escolheu foram discípulos. Eles foram ministrados por Jesus e andaram com ele cerca de três anos e meio. Depois de Jesus ter certeza de que eles estavam no caminho, foram enviados para fazer o mesmo.

“Todo professor da EBD deve ser um seguidor de Cristo, e os que não se identificarem como Seus discípulos […], não devem ser convidados para serem professores de EBD, pois têm necessidade de que alguém ensine primeiro os princípios fundamentais do amor e do temor de Deus.”

Muitos dos professores de EBD hoje, nunca passaram por essa experiência, simplesmente começaram a ensinar. Não aprenderam o que é ser discípulo e o que é discipular – e se tornaram faladores da Bíblia.

Para uma EBD restaurada, primeiro temos que olhar para a vida daqueles que estão ensinando e cuidar deles. Se a vida dos que ensinam não for transformada primeiro, nenhuma transformação acontecerá na vida dos membros da igreja ou das pessoas que estão sendo alcançadas pelo “coração da igreja”.

Então a nossa responsabilidade como professores é sermos verdadeiros discípulos e discipuladores de Cristo no aperfeiçoamento dos santos. Isto com certeza garantirá o sucesso de nossa missão de multiplicarmos discípulos em nome de Jesus Cristo.

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A IBE – MULTIPLICANDO VIDASSérie: Nosso compromisso de ser uma igreja onde o discipulado é a base para a

multiplicação de vidas

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 1º

CHAMADOS PARA MULTIPLICAÇÃO

OBJETIVO ESPECÍFICO: Que cada aluno relacione o crescimento biológico com o crescimento espiritual em termos de multiplicação de vidas para Jesus.

Às vezes é bom que coisas não se somem apenas. Quando Deus está na equação, podemos acabar com muito mais do que esperávamos. Ele pode multiplicar coisas. Principalmente vidas.

A ordem para multiplicar já nos foi dada por Deus no início de nossa criação. É claro que esta ordenança divina está exegeticamente nos reportando a gerar filhos, mas podemos, creio, aplicá-la em todos os âmbitos da vida, incluindo a vida de um organismo vivo chamado Igreja.

Vejamos:

Genesis 1: 26-27 “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra. Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”

Genesis1: 28 - “Deus os abençoou e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra".

Nascemos para isso. Quando adicionamos algo, por exemplo: 9 + 9 = 18, mas quando multiplicamos o valor muda completamente: 9x9 = 81. Deus não quer apenas acrescentar coisas à nossa vida - Ele quer multiplicar. Deus não quer apenas acrescentar vidas para a sua Igreja - Ele quer multiplicar - e acima, muito mais do que podemos pensar ou imaginar !

Esta é a nossa missão nesta terra e Ele nos deu a autoridade e os meios em Cristo para fazer isso. Deus nunca nos disse para fazermos algo sem nos dar a capacidade de fazê-lo. Quando Deus nos criou, Ele colocou o que era necessário em nosso DNA, para que pudéssemos fazer isso !

Agora vamos analisar outro texto:

Gênesis 22: 16-17" e disse: "Juro por mim mesmo", declara o Senhor, "que, por ter feito o que fez, não me negando seu filho, o seu único filho, esteja certo de que o abençoarei e farei seus

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descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Sua descendência conquistará as cidades dos que lhe forem inimigos “. A obediência é a chave para liberar esta multiplicação - quando obedecemos ao que Deus nos ordena a fazer, fecundidade e multiplicação tem o seu lugar.

“e, por meio dela, todos os povos da terra serão abençoados, porque você me obedeceu". Vers. 18

A oração de Jabez é um fator essencial para entendermos o princípio de multiplicação. Esta é uma oração que precisamos orar continuamente sobre nossas vidas e de nossa IBE:

1 Crônicas 4:10 - “Jabez orou ao Deus de Israel: Ah, abençoa-me e aumenta as minhas terras! Que a tua mão esteja comigo, guardando-me de males e livrando-me de dores. E Deus atendeu ao seu pedido.”

Uma das coisas que Jabez orou foi por multiplicação, multiplicar ou ampliar o seu território. Jabez não queria uma vida estagnada e atrofiada. Ele queria uma vida de utilidade crescente e influência. Ele queria crescer e se expandir em todas as áreas de sua vida. Ele queria que o Senhor ampliasse sua vida e queria que Deus prosperasse a obra das suas mãos.

Creio que muitas pessoas não são como Jabez. Têm medo de crescer ou só vivem para adicionar. Têm medo de multiplicarem, como se isso fosse um pecado ou algo não bíblico. Algo da teologia da prosperidade.

O mesmo acontece com as igrejas mais tradicionais em nome da qualidade, que se faz sempre necessária, não se pensa em crescimento quantitativo e quando pensa sempre em termos de adição. Agora o que precisamos entender é que Deus tem urgência em salvar vidas e, assim como no início do cristianismo quando ele multiplicou o número de salvos, nestes “últimos dias” ele está fazendo o mesmo. Isto pode acontecer com qualquer igreja, independente de sua origem.

Conclusão

Neste início de estudos sobre multiplicação de vidas vamos entender que precisamos obedecer aquilo que Deus nos mandou fazer: multiplicar e nesta obediência vamos pedir a Ele para que amplie a “nossa tenda”. Certamente ele virá com seu poder e a sua autoridade e concederá a multiplicação tanto em nível pessoal como para a nossa igreja e entre tantas coisas a serem multiplicadas, a principal: vidas para Jesus. Discípulos sadios para o nosso Mestre.

PONTO DE REFLEXÃO1. Qualidade e multiplicação podem andar juntos em uma igreja essencialmente

bíblica?2. Como a obediência se torna indispensável para que uma igreja se multiplique?

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A IBE – MULTIPLICANDO VIDASSérie: Nosso compromisso de ser uma igreja onde o discipulado é a base para a

multiplicação de vidas

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 2º

GRAÇA DIVINA E MULTIPLICAÇÃO

OBJETIVO ESPECÍFICO: Que cada aluno seja capaz de relacionar graça, sabedoria, conhecimento e fé na multiplicação de vidas.

A fé, dom de Deus, é o nosso acesso a graça divina sobrenatural de Deus.

Neste estudo vamos ver um aspecto ainda mais interessante da graça de Deus: o que é que esta graça de Deus em nossas vidas que pode ser multiplicada.

Sim, a graça de Deus em nossas vidas pode ser multiplicada.

Deus não apenas quer que experimentemos sua graça: Ele também quer que a sua graça em nossas vidas seja multiplicada além da medida!

A dimensão multiplicadora de graça

"Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e muita graça estava sobre todos eles. Não havia pessoas necessitadas entre eles. Porque de vez em quando os que possuíam terras ou casas, vendiam-nas, e traziam o dinheiro das vendas "(Atos 4: 33-34).

Esta igreja do 1º século experimentou tanta graça em sua vida, resultando na propriedade e venda de terras, bem como uma enorme exibição de partilha gratuita.Observe uma coisa, porém: não era só graça, era muita graça. Ela experimentou uma dimensão multiplicadora da graça. E quando esta dimensão multiplicadora da graça mostrou-se, a falta desapareceu do seu meio.

Quando "muita graça" mostrou-se, falta desapareceu!

Muita graça do Senhor baniu a pobreza e a falta que havia entre os salvos na igreja.

Até agora já sabemos que é pela fé que temos acesso à graça de Deus. E agora que sabemos que esta graça pode ser multiplicada, a questão é: Como pode a graça de Deus ser multiplicada em nossas vidas, até o ponto que nós possamos experimentar "muita graça"?

A carência de multiplicadores

"Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor" (2 Pedro 1: 2).

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Aqui podemos ver o que pode multiplicar a graça de Deus - o conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor.Ao passo que a fé nos dá acesso à graça de Deus, o conhecimento de Deus a multiplica.

O conhecimento de Deus é a graça multiplicadora!

Esse conhecimento de Deus e de Jesus, não é nada mais do que a sabedoria - a sabedoria secreta de Deus escondida dos sábios deste mundo.

"Não, falamos de sabedoria secreta de Deus, uma sabedoria que foi ocultada e que Deus destinou para a nossa glória antes dos tempos eternos. Nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se tivessem, não teriam crucificado o Senhor da glória” 1 Coríntios 2: 7,8.

A graça de Deus se manifestou.

Vejamos o versículo de novo:

"Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e muita graça estava sobre todos eles ..."

O segredo está embutido nessa linha "dar testemunho da ressurreição do Senhor Jesus."

Não podemos testemunhar sobre o que não temos certeza, caso contrário o nosso testemunho seria inválido. A validade de que qualquer testemunho é uma função da qualificação e autoridade do testificador para prestar esse testemunho. Ele tem que ser um especialista nessa área, ou uma testemunha ocular desse evento. Se você não testemunhou o incidente, ou se você não é um especialista nesse campo, seu testemunho não tem validade.

Estes discípulos não apenas criam em Jesus Cristo, o conheciam.

"O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam - isto proclamamos a respeito da Palavra da vida. A vida se manifestou, nós a vimos e testemunhamos, e proclamamos a vocês a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada " 1 João 1: 1,2.

Marque meus pontos de ênfase:

Eles não estavam apenas adivinhando!Eles haviam se mudado para além do nível de fé. Esta não foi mera informação mental; foi uma experiência espiritual da sabedoria secreta de Deus.

Eles estavam operando na dimensão dos depoimentos - o que tinham ouvido, visto e tocado. Em outras palavras, eles não apenas "acreditaram", eles sabiam.

Eles tinham o conhecimento de Deus, e de Jesus Cristo; eles tinham sabedoria espiritual.

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Você vê, quando eles acreditavam, eles ganharam acesso em graça. Mas quando eles começaram a operar no domínio do conhecimento, esta graça tornou-se multiplicada, e eles experimentaram "muita graça".

De fé em sabedoria

Pela fé, você ganha acesso à graça de Deus. Mas é através da sabedoria que você multiplicar sua provisão de graça.

Sua vivência, o conhecimento revelador, pessoal e intimidade de Deus multiplica sua graça em sua vida.

À medida que crescemos no conhecimento de Deus, a sua sabedoria vai crescer em nós, e Sua graça vai multiplicar em nossas vidas.

Vejamos a progressão na vida de Jesus:

"E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele." (Lucas 2:40)

Primeiro, ele se fortalecia em espírito, uma questão de fé. Então ele ficou cheio de sabedoria, uma questão do conhecimento do Seu Pai. E o resultado foi a graça de Deus sobre ele.

Se desejamos multiplicar em graça, devemos mover-se do domínio da fé, para o reino da sabedoria e do conhecimento.

"Ela (sabedoria) dará à tua cabeça uma grinalda de graça. Uma coroa de glória te entregará" (Provérbios 4: 9).

Obras grandes e poderosas são produzidas pela sabedoria

"E quando o dia de sábado chegou, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se maravilhavam, dizendo: Donde lhe vêm estas coisas? e que sabedoria é esta que lhe é dada, que mesmo essas obras poderosas são forjadas por suas mãos?" (Marcos 6: 2)

Seus resultados foram tão super-humanos e sobrenaturais que eles foram chamados milagres.

Por quê? Ele mudou-se para a dimensão de sabedoria, e a graça multiplicada manifestou como grandes obras em seu ministério.

Intimidade com Deus é o segredo

Esta dimensão da sabedoria, graça e resultados, é adquirida por fome de Deus e da intimidade com Ele.

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No lugar secreto da presença de Deus, Ele nos enche de sua sabedoria secreta e oculta - com o conhecimento de Deus e de Seu Filho.

"Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor" (2 Pedro 1: 2).

PONTO DE REFLEXÃO

1. Como a multiplicação de vidas se dá na prática pela graça de Deus?

2. De que maneira o conhecimento e a sabedoria, mediante a fé, resulta em multiplicação de vidas?

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A IBE – MULTIPLICANDO VIDASSérie: Nosso compromisso de ser uma igreja onde o discipulado é a base para a

multiplicação de vidas

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 3º

A IGREJA DE APARÊNCIA

OBJETIVO ESPECÍFICO: Que cada aluno amplie sua visão quanto o desejo de Deus de que sua igreja deve multiplicar através das gerações e de pessoas fiéis no evangelho.

2 Timóteo 1:13-14“Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós”.

Uma ilustração contada pelo pastor Josué Campanhã, em seu livro Discipulado que Transforma, me levou a uma profunda reflexão sobre a missão da igreja.

Jonas e Marta eram jovens sonhadores que se conheceram e começaram a namorar. Depois de algum tempo eles se casaram. Cerca de um ano depois do casamento nasceu o Júnior. Depois de mais um ano nasceu a Patrícia. A família foi vivendo, as crianças cresceram, chegaram à juventude e se casaram. Após o casamento de Júnior e Patrícia, Jonas e Marta olharam um para o outro e se perguntaram: – O que estamos fazendo juntos? Nossa missão acabou!

Assim, depois de 25 anos de casados, pensaram em divorciar-se, mas acharam que seria um escândalo muito grande. Combinaram então, viver por conveniência. Cada um foi cuidar das suas coisas. Passaram apenas a dividir o mesmo teto. Cada um tinha seu quarto, suas coisas e quando se encontravam com a família toda, tudo parecia estar a mil maravilhas. Será que esse estilo de vida é família? Será que cumpre o propósito de Deus?

Essa resumida história de uma família que se desfez, mas continuava mantendo as aparências é muito similar à história de muitas igrejas. Algumas delas surgiram por causa de um amor genuíno a Cristo. Depois se estruturaram, começaram a gerar “filhos” e ate criaram bem alguns deles. No entanto, depois de uma geração, a vida caiu na mesmice. Essas igrejas passaram apenas para um estágio de manutenção. Talvez atingiram certo número de membros, construíram um bom templo e entenderam que já tinham cumprido a sua missão. Passaram a ser igrejas de conveniência.

Essas igrejas não entenderam a sua missão de maneira integral. A missão de Deus para um casal não se encerra depois de 20 ou 25 anos de casamento. A missão é para a vida toda. Da mesma forma, a missão de Deus para a igreja não é apenas para uma ou duas gerações, mas envolve todo o tempo de existência aqui na Terra. Quando esse princípio não é entendido, a igreja cai na mesmice.

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A igreja que não entende a missão que recebeu acaba divorciando-se do “noivo”, ou vivendo de aparências com ele. Nesse caso o “noivo” é Jesus. Igrejas desse tipo tentam fazer Jesus morar na mesma “casa” e tentam demonstrar que estão com excelente relacionamento com o “noivo”, mas na verdade estão vivendo de aparências.

Somente uma igreja que está vigorosamente envolvida no processo de fazer discípulos pode alegar ser a igreja que Jesus escolheu como sua esposa. Quando uma igreja perde a razão de sua existência, ela se torna um clube social, um ligar de aparências, mas não é a igreja de Cristo.

COMO MULTIPLICAR DISCIPULOS

2 Timóteo 2: 1-2 "O tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. "

Tendo em vista o fato de que Paulo estava vivendo sob a sombra da sua execução iminente, era imperativo ele dar algumas instruções para a preservação da verdade do Evangelho, e sua transmissão exata para as gerações seguintes. Por isso, ele cobra do jovem Timóteo o pregar, proteger e a passar o tesouro, o precioso evangelho de Jesus Cristo.

Veja suas palavras em 2 Tim. 1: 13-14, "Mantenha o padrão das sãs palavras que você ouviu de mim, na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Guarda, por meio do Espírito Santo que habita em nós, o tesouro que foi confiado a você. "Manter o padrão das sãs palavras! Guardar o tesouro!”. Com estas palavras, Paulo está exortando Timóteo a proteger o evangelho de corrupção. Ele deve apegar-se a verdade e certificar-se de que ele irá passá-lo em um estado puro para os outros.

Nos versículos 15-18, Paulo diz a Timóteo porque é tão importante que ele proteja e transmita um evangelho puro para os outros. Todos os que estavam na Ásia haviam se afastado dele. O único que procurou Paulo na prisão foi Onesíforo.

Em 2: 1 diz: "Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus." Timóteo, você, em contraste com todos aqueles que desertaram, e como Onesíforo que foi leal a mim na minha hora de maior necessidade, seja forte. Não importa o que os asiáticos têm feito - você deve ser diferente. Seja forte!

Agora Timóteo era naturalmente fraco. Paulo chamou para ele ser forte. Timóteo era naturalmente tímido e medroso. Paulo o chamou para ser corajoso e ousado. Paulo não se limitou a dizer a Timóteo para ser forte. Isso teria sido um absurdo. Você pode muito bem dizer a um caracol para ser rápido ou a um elefante para voar como dizer a um homem fraco para ser forte ou um homem fraco para ser ousado. Você está pedindo para ele fazer o impossível. Mas Paulo disse a ele para ser forte na graça que há em Cristo Jesus. O verbo "ser forte" é presente, passivo e está no imperativo.

Isso pode não parecer muito importante para você, mas acredite em mim, diz-nos muito! Porque é um imperativo, o que significa que era uma ordem, não uma sugestão.

Porque era no tempo presente, isso significa que era para acontecer continuamente. E porque era no tempo passivo, isto significa que era algo que estava para acontecer a

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Timóteo. Assim, para colocar tudo isso junto, podemos parafrasear algo como isto: "Timóteo, eu te ordeno a ser continuamente reforçado pela graça que há em Cristo Jesus." Timóteo não poderia obedecer a essa ordem sem colocar seu olhar para longe de si mesmo e colocar a sua fé completamente em Cristo e sua graça para lhe dar força quando ele não tivesse nenhuma.

Mas por que Timóteo precisava ser forte? O versículo 2 nos diz que foi por causa do ministério para o qual havia sido chamado. Paulo estava confiando o padrão das sãs palavras a homens fiéis que seriam capazes de ensinar a outros. Observe a frase no verso 2 , “que você já ouviu falar de mim”. Era o padrão das sãs palavras, referindo-se ao corpo de doutrina apostólica que Paulo lhe havia confiado. Em 1:14, Paulo passa a descrevê-lo como o "tesouro que foi confiado a você." Paulo está cobrando a Timóteo tomar esse corpo de doutrina apostólica, que é o tesouro confiado a ele.

Paulo prevê quatro etapas na transmissão da verdade do evangelho de uma geração para a seguinte.

Deus confiou o Seu evangelho a Paulo - "o evangelho da glória do Deus bendito com o qual me foi confiado" (1Tim.1: 11) Paulo agora confia este evangelho a Timóteo - "Guarda, através do Espírito Santo que habita em nós, o tesouro que foi confiado a vós" (2Tim.1: 14). Timóteo agora deve confiar este evangelho a homens fiéis. Estes homens fiéis devem ensinar aos outros este evangelho precioso.

Paulo reproduziu-se em vários homens, Timóteo, Tito, e Epafras, entre outros. Como Paulo se serviu para estes homens, por sua vez, estavam a derramar-se em homens fiéis, que iria derramar-se em outros. O que vemos acontecer é a multiplicação de pessoas, Timóteo, Tito, e Epafras. Se cada uma destas pessoas trabalhassem com três pessoas fiéis, que ensinassem outros três, passaria para 27 pessoas, todas dentro de quatro gerações de discípulos. Se Paulo tinha ensinado todas as 27 pessoas por si mesmo, isso seria um exemplo de adição. Mas Paulo não ensinou cada pessoa. Ele ensinou aos homens que ensinavam outros homens que ensinavam outros homens. Dessa forma, Paulo poderia efetivamente multiplicar o impacto do seu ministério muitas vezes. Esta deve ser nossa meta.

PONTO DE REFLEXÃO1. Você acredita que a partir de você possa acontecer a reprodução de várias

pessoas através de vidas transformadas por Jesus?

2. Por que o Evangelho precisa ser confiado a pessoas dignas e que sejam padrão dos fiéis?

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A IBE – MULTIPLICANDO VIDASSérie: Nosso compromisso de ser uma igreja onde o discipulado é a base para a

multiplicação de vidas

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 4º

O PODER DA MULTIPLICAÇÃO ESPIRITUAL – Problemas para multiplicar

OBJETIVO ESPECÍFICO: Que cada aluno identifique em sua vida se há algum empecilho para que sua igreja não multiplique e reveja seu posicionamento como um verdadeiro discípulo de Cristo.

A pessoa nasce de novo quando o evangelho está unido com o poder do Espírito Santo em um coração humano, e uma nova vida é trazida. João 1: 12-13 diz: "Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome, que não nasceram do sangue, nem da vontade do da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus."

Quando um bebê nasce qual é o plano de Deus para ele? Esse bebê deve crescer até se tornar um adulto, ser unido a uma pessoa em casamento, e, em seguida, reproduzir, trazendo outros bebês ao mundo. É desejo de Deus que toda pessoa nascida em Sua família se reproduza e se multiplique.

Np reino espiritual, não são apenas os pastores e líderes, que são capazes de se reproduzirem, mas o povo de Deus, se ele está espiritualmente saudável, pode reproduzir e ser envolvido na multiplicação de discípulos!

Bem, qual é a responsabilidade de cada pai para com o seu filho? Ele é responsável por alimentar a criança, cuidar dela, amá-la e protegê-la. Assim também Deus deseja que assumamos a nossa responsabilidade, não só de pregar o evangelho, mas para que as novas crianças espirituais, em seguida, tenham pais que assumam a responsabilidade de nutrirem, protegerem e treinarem no crescer na graça de Cristo.

2. Empecilhos para a multiplicação espiritual

Então, se é o plano de Deus para cada cristão é que se envolva na reprodução espiritual e multiplicação, por que existem tantos cristãos que não o fazem? Nós provavelmente poderíamos listar muitas razões, mas vamos dar apenas quatro.

O que é que impede as pessoas de se reproduzirem fisicamente?

1. Falta de intimidade: Reprodução física requer intimidade física entre um homem e uma mulher. Da mesma forma, se não temos um relacionamento íntimo com Deus, não vamos reproduzir espiritualmente. Jesus passou a maior parte de seu ministério três anos treinando os apóstolos. Mas por quê? Para que eles não ficassem loucos com evangelismo em massa e pregassem ao mundo? Porque ele sabia que a multiplicação

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é muito mais poderosa do que a adição. Sim, Ele só começou com 12 homens e começou um movimento que vem crescendo e enchendo a terra desde então. Então, qual era o plano de Jesus? Bem, vamos dar uma olhada em Marcos 3: 13-15: "E Ele subiu ao monte e chamou os que ele mesmo quis, e vieram a ele. E Ele designou doze para que estivessem com ele, e que Ele pode enviá-los a pregar, e ter o poder de expulsar os demônios. " Você notou a ordem. Ele nomeou a 12, em primeiro lugar para estar com Ele, em seguida, para enviá-los a pregar. Depois que Jesus designou 12 homens para serem seus apóstolos, a primeira ordem de missão era só para estar com Ele. Eles foram passar o tempo com Cristo, viver com Ele, assistir a ele, tempo para perguntas, aprender com Ele, em seguida, eles foram sair e pregar. Em outras palavras, eles não iriam multiplicar até que tivessem sido fortalecidos pela comunhão com Ele.

É por isso que a grande necessidade que um novo crente possui é ajuda para crescer na intimidade e em um amor cada vez mais profundo com Jesus Cristo. O novo crente precisa aprender a andar com Deus, e se alimentar de Sua Palavra, ter comunhão com Deus na oração. Como ele crescer, e sua intimidade com Cristo desenvolver, ele vai ter a possibilidade de se reproduzir. É por isso que nós pedimos jovens crentes a memorizarem as Escrituras, para aprenderem a meditar na Palavra, para orarem através da Escritura, e ir regularmente a igreja local se envolvendo com ela.

Você nunca vai reproduzir-se espiritualmente se você não desenvolver uma caminhada íntima com Jesus Cristo. Estou falando de algo regular e consistente, em comunhão com Ele, e aprendendo sobre Sua graça.

2. A imaturidade: Deus projetou no mundo físico que um bebê deve crescer e ter um certo nível de maturidade antes que ele possa se reproduzir. É por isso que nós não vemos meninas de cinco anos terem bebês. E isso é uma coisa boa, não é? O que faríamos se cada criança pequena fosse capaz de ter um bebê? Não haveria pais o suficiente para cuidar de todas as crianças pequenas

O mesmo é verdade no mundo espiritual também. Normalmente, isso leva algum tempo para um jovem crente aprender a ter comunhão com Deus, a caminhar com Ele na intimidade e se alimentar de Sua Palavra, a fim de que esteja em uma posição de ser capaz de reproduzir e ajudar.

O escritor aos Hebreus diz: "Embora a esta altura já devessem ser mestres, você tem necessidade de novo por alguém para lhe ensinar os princípios elementares dos oráculos de Deus, e que têm vindo a precisar de leite e não de alimento sólido. Para todos que se alimenta de leite não estão habituados a palavra da justiça, porque ele é um bebê. Mas o alimento sólido é para os adultos, que por causa da prática, têm os sentidos treinados para discernir o bem e o mal "(Heb.5: 12-14).

3. Toxinas ambientais: Outra razão pela qual algumas pessoas nunca reproduzem fisicamente é por causa das toxinas que são levadas para dentro do corpo.

Quais as toxinas que estão em nossa vida espiritual que nos tornam estéreis? As que vêm do mundo.

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João disse: "Não ameis o mundo, nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo está passando, e também as suas concupiscências, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre "(1Jn.2: 15-17).

Paulo disse: "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente" (Romanos 12: 2). Tiago disse: "Você adúlteros, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou você acha que a Escritura fala sem propósito: "Ele zelosamente deseja o Espírito, que Ele fez habitar em nós"? (Tiago 4: 4-5).

Se você respira os valores do mundo mais e mais e mais estes vão agir como veneno e toxinas em você para fazê-lo espiritualmente estéril. Se você quiser reproduzir, você precisa separar-se do pecado e dedicar-se à comunhão com Jesus Cristo.

4. Doença: Diabetes, tireoide e outros distúrbios podem tornar alguém infértil. Assim também o pecado que nós permitimos permanecer em nossas vidas, não confessado, e sem arrependimento, atua como uma doença e pode tornar-nos espiritualmente estéril.

Nós nunca seremos espiritualmente saudáveis e cresceremos para a maturidade espiritual se não confessarmos e abandonarmos nossos pecados. Temos de combater o pecado em todas as frentes porque se não o fizermos é como uma doença sobre nossos corpos. Ele vai roubar nossa alegria da comunhão com Deus, da certeza da salvação e de uma boa consciência. Se nós não lutarmos contra o pecado com toda a nossa força, ele vai nos tornar inúteis e infrutíferos em nossas vidas cristãs (2Pd 1:8).

PONTO DE REFLEXÃO

1. Quais dos empecilhos mencionados em nosso estudo podem estar presentes em nossa igreja impedindo-a de multiplicar?

2. Como podemos trabalhar para retirar estes empecilhos e multiplicarmos vidas?

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multiplicação de vidas

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 5º

O QUE É O DISCIPULADO?

OBJETIVO ESPECÍFICO: Que cada aluno reproduza o discipulado com outros discípulos de Cristo

Embora existam muitas definições de discipulado, a definição mais básica de discipulado é uma resposta a um chamado, a um chamado para seguir Jesus. Como Mateus quando estava cobrando impostos, ou Pedro em suas redes de pesca, os discípulos ao ouvirem o convite para seguir Jesus, optaram por responder. A resposta é ativada pelo próprio Espírito de Deus, que sussurra o chamado nos corações de todos e dá aqueles que respondem o poder de fazê-lo. Discipulado repousa sobre a graça, o dom de Deus, que "quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (1 Timóteo 2: 4).

Uma vez que é Deus que nos chama, o discipulado abraça toda a nossa vida - os nossos hábitos pessoais e compromissos públicos, nossas vidas de trabalho e vida doméstica, nossos pensamentos e nossas ações. Não há nada que nós fazemos, e nenhuma parte de quem somos que está além do chamado de Jesus. Por isso Deus reivindica cada parte de nossas vidas.

Discipulado também é um longo processo em nossas vidas vida. Nunca estamos “acabados” com o discipulado, pois envolve a formação no curso de nossas vidas para ser como Jesus. Embora devamos nos aprofundar no nosso compromisso e no crescimento na graça de amar a Deus e ao próximo, esta é uma jornada que continua até a eternidade.

O discipulado é sempre uma viagem com os outros. Jesus chamou os discípulos em uma comunidade, uma comunidade que atua como "sal da terra" e "luz do mundo" (Mateus 5: 14-16). Após a ressurreição de Jesus, a comunidade tornou-se a igreja que compartilhou a oração, o partir do pão, e hospitalidade radical (Atos 2: 43-47). Embora o discipulado é sempre uma chamada pessoal, nunca é privado. Deus nos chama para estar com os outros, e igreja para ser parte do discipulado de Jesus.

Grupos não fazem discípulos; discípulos fazem discípulos. É minha opinião que por muito tempo, nós colocamos o ônus da santificação em reuniões de grupo que nunca foram feitos para transformar uma alma, mas para dar almas transformadas um lugar para entrarem e interagirem de forma saudável.

A igreja é apenas tão boa quanto são os seus discípulos. Mas se os discípulos na igreja são capacitados e engajados na missão, a igreja será forte e saudável.

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Temos feito coisas erradas por muito tempo. Temos que inverter a ordem. Nós pensamos que a solução para termos bons discípulos é tornar melhor a igreja, quando na verdade a maneira de ter uma boa igreja é fazer melhores discípulos.

Tanto o Antigo e o Novo Testamento usam a frase "dois ou três" repetidamente. Pelo menos dez vezes "dois ou três" é sugerida como um tamanho ideal para a realização de ministério. A Bíblia não diz "dois ou mais" ou "três ou menos", mas regularmente "dois ou três." A seguir, são todos mais fortes em grupos de 2-3:

Comunidade (Eclesiastes 4: 9-12) – “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.”

Disciplina (1 Timóteo 5:19) – “Não aceites acusação contra o presbítero, senão com duas ou três testemunhas.”

Solução de Problemas (Mateus 18: 15-17) – “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.”

Presença (Mateus 18:20) – “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.”

Comunicação (1 Coríntios 14: 26-33) – “Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus. E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados. E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.”.Direção (2 Coríntios 13: 1) – “É esta a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda a palavra.”

Liderança (1 Coríntios 14:29) – “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.”

Missão (Lucas 10: 1; Atos 13: 2-4) – “E depois disto designou o Senhor ainda outros setenta, e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir.”; “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.”

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PONTO DE REFLEXÃO

1. Temos a consciência real de que nossa tarefa de discipulado está presente no dia a dia e não somente entre quatro paredes?

2. Estamos dispostos a realizar o discipulado com outros salvos em Cristo Jesus para multiplicarmos e não apenas adicionarmos pessoas no Reino de Deus?

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multiplicação de vidas

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 6º - Parte I

5 MITOS COMUNS SOBRE A GRANDE COMISSÃO

OBJETIVO ESPECÍFICO: Que cada aluno identifique os mitos quanto ao discipulado e produza verdades práticas em sua vida de discipulador.

E Jesus veio e disse-lhes: "Toda a autoridade no céu e na terra foi dada a mim. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo o que vos tenho ordenado. E eis que eu estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”. (Mateus 28: 18-20)

Esta passagem é "A Grande Comissão". Jesus disse estas palavras aos seus seguidores antes de subir de volta para o céu para estar com o Pai. Seus seguidores foram deixados para descobrir o Espírito Santo e para mudar o mundo através de uma tomada de processo simples e multiplicando discípulos [alunos] de Jesus. Muitas pessoas ensinam sobre esta passagem, a maioria de nós não obedecê-la regularmente. Abaixo estão cinco dos mitos mais comuns sobre a Grande Comissão que nos levam a perder em fazer discípulos.

Mito 1: É só estar com eles.

Muitos cristãos pensam, consciente ou inconscientemente, que podem fazer discípulos sem mudar nada em suas vidas diárias. Isso vem através de frases como: "Eu só vou viver minha vida diária e se alguém quiser perguntar sobre o Evangelho, vou partilhá-lo", ou "Eu só vou orar com os outros para que eles comecem a se interessarem em Jesus”. Muitos cristãos estão dispostos a falarem ou declararem o Evangelho, mas apenas se as oportunidades se apresentarem em seus caminhos. Eles estão esperando o momento perfeito para algo acontecer de divino sobre eles para realmente verbalizarem o Evangelho ou começarem a demonstrar o Evangelho. O mito é que apenas estar com os outros é um caminho reto para fazer discípulos.

Como todos os mitos evasivos, este contém uma pepita de verdade, mas é incompleta. Viver a sua vida com os outros é uma parte importante para se fazer discípulos, mas sem proclamação intencional e demonstração do Evangelho não haverá multiplicação de discípulos. O ministério de Jesus é um grande exemplo. Jesus viveu com os outros, mas a cada passo do caminho, ele orou, planejou e foi prosseguindo intencionalmente para o crescimento e para a transformação de seus seguidores. Jesus viveu uma vida muito intencional. Por exemplo, ele não apenas escolheu os 12 discípulos acidentalmente. Ele passou a noite em oração antes de escolher os seus discípulos. Ele cuidadosamente, de forma estratégica e em espírito de oração, selecionou seus seguidores. Assim, ele modelou um processo distinto de como fazer discípulos.

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Na verdade, o texto grego da Grande Comissão transmite intencionalidade. Há um particípio no grego usado na Grande Comissão, que implica "ir" é a ação intencional que tem que ocorrer, a fim de conseguir "fazer discípulos." As nações nunca vão se tornar discípulas se as pessoas não forem até elas. Em outras palavras, "ir" é o pré-requisito de "fazer discípulos". Intencionalidade é construída nas próprias palavras da Grande Comissão!

A questão de fundo aqui é que a Grande Comissão será concluída apenas por ação intencional e resolutividade. Jesus manda-nos hoje para fitar os nossos olhos no objetivo de fazer discípulos e perseguir esse objetivo com foco teimoso. Isto significa que se você orar e planejar para fazer discípulos, você vai fazer isso!

Mito 2: Cruzando as culturas é um passo além do mandato geral.

Este mito sustenta que apenas missionários selecionados são chamados a atravessar culturas a fim de fazer discípulos. O resto de nós só deve se concentrar em pessoas como nós, em nossa cultura. O problema com este mito é que a real Grande Comissão ordena o contrário. Incrivelmente, Jesus deu uma ordem para sua plateia predominantemente judaica para ir a um povo que em sua maior parte era gentílica, e fazer discípulos! Jesus ordenou aos seus seguidores judeus para ir a todos os grupos de pessoas (todas etnias, a palavra grega para "nações"). Em outras palavras, a própria Grande Comissão é um mandato para atravessar culturas!

Além disso, o modelo de Jesus exige culturas de passagem. Jesus deixou a sua casa (com o Pai), sua cultura, sua língua, seu povo (a Trindade) para vir a nossa casa (terra), para o nosso povo, para falar a nossa língua, para crescer em uma cultura judaica. Jesus era um missionário transcultural e ele nos manda seguir os seus passos, atravessando qualquer fronteira, fazendo discípulos.

Mito 3: Jesus quer convertidos.

A coisa mais interessante sobre a Grande Comissão é que Jesus não nos manda fazer conversões a uma religião. Em vez disso, manda-nos fazer discípulos de Jesus. A diferença entre a tomada de conversão a uma religião e fazer discípulos é crucial. Converter a uma religião é mudar de religião. Isto é seguir um sistema. Discipulado é seguir uma pessoa. Conversão a uma religião é construir uma “cristandade”. Discipulado é construir o Reino de Deus. Conversão a uma religião é abraçar rituais. Discipulado é abraçar um modo de vida. Conversão a uma religião é amar o comando para "batizar" na Grande Comissão, mas isso é tudo. Discipulado é batizar os outros, mas apenas em contexto de "ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei." Conversão é amor. Discipulado e amar a transformação.

Você está fazendo convertidos a religião ou você está fazendo discípulos de Jesus? Uma maneira de responder a esta pergunta é para avaliar suas relações com os incrédulos. O que você sente quando você compartilha o Evangelho com os outros e eles descaradamente rejeita-o? Se você fica ofendido por eles e sua rejeição, talvez você está muito interessado em "estar certo" e em fazer um convertido a sua religião ao invés de fazer um discípulo. Outra maneira de descobrir se você faz conversos ou discípulos é avaliar se aqueles que você levar a fé em Jesus Cristo perseveram até o fim. O discipulador tem os olhos fixos no objetivo de ajudar os outros terminar bem (ou

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na morte, ou no retorno de Cristo). O que é um “conversor” tem seus olhos na meta de converter bem os outros. Você perde o foco em seus discípulos após a sua conversão? Se assim for, talvez você esteja mais interessado em construir o seu currículo de convertidos.

PONTO DE REFLEXÃO

1. Qual a diferença entre converter uma pessoa a uma religião, mesmo que esta seja o Cristianismo e discipulá-la?

2. Como podemos ter certeza que somos realmente discipuladores e não catequizadores?

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I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 7º

5 MITOS COMUNS SOBRE A GRANDE COMISSÃO – PARTE II

OBJETIVO ESPECÍFICO: Que cada aluno identifique os mitos quanto ao discipulado e produza verdades práticas em sua vida de discipulador.

Mito 4: Quando eu estiver pronto e capaz, vou começar a fazer discípulos.

Esta é a tática de atraso final. Você já disse para si mesmo que você não é capaz, por algum motivo: falta de formação, falta de experiência ou falta de habilidade para a tarefa de multiplicar discípulos como Jesus? Alguma vez você já pensou em alguém que está fazendo e multiplicando discípulos como um super-cristão?

Eu acho que Jesus sabia a gravidade do comando que ele estava dando em Mateus 28: 19-20. Ele estava pedindo a seus seguidores, a maioria deles ignorantes e de classe baixa / média, para irem a todos os povos concebíveis na terra multiplicando discípulos de uma pessoa que é fisicamente invisível (depois de dar a Grande Comissão, Jesus subiu ao céu). Este é um comando fantástico! A razão pela qual eu acho que Jesus sabia a gravidade deste comando é que ele isola o seu mandamento aqui com duas promessas poderosas de sua autoridade e presença. Mateus 28:18: "E Jesus veio e disse-lhes: 'todo o poder no céu e na terra foi dada a mim." Mateus 28: 20b: "E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. "Na Grande Comissão, Jesus dá um comando juntamente com a promessa de Seu poder e presença.

Quem não realiza a grande comissão na verdade descrê das promessas de Deus! Ter a promessa de poder e da presença de Jesus não é bom o suficiente para você começar o processo de fazer discípulos?

Mito 5: Fazer discípulos é um grande conselho.

Cristianismo Cultural ama este mito.

O fato é, porém, que a Grande Comissão é um mandamento juntamente com o comissionamento de Jesus. Jesus disse: "Se você me ama, você vai manter os meus mandamentos." (João 14:15) Jesus expressou a mesma verdade inversamente, "Quem crê no Filho tem a vida eterna; mas quem não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece" João 3:36. Em outras palavras, a medida do amor de alguém para Jesus é um de obediência a Jesus!

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Você não pode amar Jesus e não obedecê-lo. Dito inversamente, você não pode ignorar a Grande Comissão e dizer que ama Jesus. O comando é simples: ir e fazer discípulos. Pergunte a si mesmo: "Estou neste momento a fazer discípulos de outros?" Se não, por que não perguntar: "Será que eu hoje me comprometo com o início do processo de fazer discípulos de Jesus?"

“Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos” (João 8:31).

Para entender ainda mais o conceito de discipulado, é importante compreender o que NÃO É DISCIPULADO. Observe esta lista elaborada pelo pastor e educador Adolfo Suárez (2103, pp. 9-10):

O QUE NÃO É DISCIPULADO…

1) … NÃO É UM PROGRAMA DE IGREJA – Discipulado não é meramente um currículo que deve ser aprendido, nem um programa opcional e novo para a igreja. Na verdade, discipulado é fundamentalmente a escolha de seguir a Jesus e envolve uma maneira de viver por toda a vida.

2) … NÃO É MERAMENTE CUMPRIR UMA LISTA DE REQUISITOS – Podemos aprender boas técnicas e habilidades, mas elas são ferramentas, e não o processo em si.

3) … NÃO É UMA LINHA DE PRODUÇÃO – Não podemos pensar em produzir discípulos por atacado. Ao contrário, o discipulado é um processo lento, pois requer acompanhamento e envolve mudança gradual. No discipulado, uma pessoa discipula outra pessoa ou um grupo muito pequeno de pessoas; não dá para discipular muitos ao mesmo tempo.

4) … NÃO É APENAS PARA RECÉM-CONVERTIDOS – O discipulado é para toda a vida, pois nunca podemos deixar de orar, estudar a Bíblia, memorizar as Escrituras, ter momentos devocionais, e outras coisas mais. O discipulado é para todo aquele que se entregou e se entrega a Jesus Cristo diariamente.

5) … NÃO É APENAS PARA LÍDERES – Infelizmente, muitas vezes o treinamento espiritual é exclusividade de líderes espirituais: pastores, anciãos, sacerdotes e líderes em geral. Mas Cristo subverte essa ideia, Ele escolhe para discipular a escória da sociedade, pescadores, publicanos, homens simples e sem expressão na sociedade; não há restrições.

PONTO DE REFLEXÃO

1. O que a nossa igreja faz que não é discipulado?

2. Como nossa igreja pode desenvolver um verdadeiro discipulado?

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I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 8º

A MISSÃO E O MÉTODO

OBJETIVO ESPECÍFICO: Que cada aluno nomeie o que é método e o que é missão escolhendo ser discípulo por chamada ao discipulado.

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado”. (Mateus 28:19-20)

A missão é a razão principal da existência da comunidade de fé. Tudo o que se faz na comunidade é feito em função da Missão. Neste sentido, toda a ação da Igreja, seus planejamentos e objetivos devem girar em torno da missão.

O Deus que aparece de Gênesis a Apocalipse em nossas Bíblias, é um Ser-em-missão que vem até nós, nos transforma pelo seu poder restaurador e por fim nos envia. Não dá pra fugir desta dinâmica. Envolver-se com o Deus da Bíblia significa estar sujeito e disposto ao envio missionário, veja com Abraão e Moisés:

“Sai-te da tua terra… para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção”. (Gênesis 12:1)

“Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito”. (Êxodo 3:10)

Biblicamente e teologicamente, não dá pra envolver-se com aquele que é o Grande Missionário e não ser influenciado ou impactado pelo amor à missão. Entender o significado bíblico, teológico e prático da missão da igreja é de vital importância para entendermos o que de fato significa Evangelizar.

Vamos nos concentrar agora em uma única pergunta: qual é a missão da igreja? Ou seja, para que ela existe?

Para entendermos a missão da igreja, precisamos ter em mente qual foi a missão de Cristo ao vir a Terra. Seja o que for que temos que fazer, isso tem a ver com o que Cristo fez, pois Ele transfere para a Sua igreja a obra que recebeu do Seu Pai. Ele diz: “Assim como o Pai me enviou, eu vos envio”. (João 20:21)

Em Lucas 19:10, o próprio Cristo define a sua missão: “Pois o filho do homem veio buscar e salvar o perdido”. Assim, a igreja existe para realizar a obra que Cristo realizou: “buscar e salvar o perdido”.

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Mas como Cristo fez isso? Qual era Seu método? O método de Jesus era chamar e preparar discípulos. Essa é a principal ênfase de Mateus 28:19. “Fazer discípulos é o principal sintagma verbal do verso. Os outros verbos – ir, batizar, ensinar – são subordinados” .

Rafael Monteiro em sua tese doutoral (2004, p. 17) fez uma pesquisa exaustiva sobre as questões linguísticas de Mateus 28:18-20, vou apresentar brevemente algumas conclusões desse estudo.

O verbo traduzido por “ide”, no original grego é poreutentes e está na mesma forma que os verbos “batizando” e “ensinando”. O único verbo que está no imperativo é “fazei discípulos”. Na verdade todos os outros verbos desta ordem nas versões da Bíblia em português deveriam estar no gerúndio. Uma tradução mais acurada do texto seria: “indo, ensinando, batizando, fazei discípulos”!

A maneira como os verbos “ide” e “fazei discípulos” foram colocados na sentença original indicam uma ação sumária que deve ser logo realizada. Por esta razão, eles são traduzidos em português como dois imperativos. Há aqui um sentido de urgência sustentado pela autoridade de Jesus: “Foi-me dada toda autoridade no céu e na terra.” (Mateus 28:18)

A ideia aqui é que indo pela vida das pessoas, ensinando, batizando, exercendo uma influencia transformadora, construindo vínculos relacionais, o cristão vai cumprindo a ordem de “fazer discípulos”. Isso corrige a concepção errada acerca do batismo como um evento culminante, similar a uma formatura. O batismo deveria ser visto como mais um passo de um processo em andamento.

Portanto, se uma igreja batiza as pessoas sem fazer discípulos, ela é desobediente a Cristo. Se ensina às pessoas os mandamentos de Cristo, mas não faz discípulos e não batiza, ela é desobediente a Cristo. A ordem de nosso Senhor é clara demais para ser mal-entendida. Muitas igrejas têm falhado em cumprir a missão, não porque deixou de proclamar e batizar, mas porque ignorou a necessidade de fazer discípulos.

E o que significa “fazer um discípulo”? É o processo comprometido em que um cristão mais maduro toma uma pessoa que não conhece a Jesus e a conduz pelo ensino transformador ao crescimento e maturidade, ajudando a descobrir seus dons e utilizá-los num ministério de serviço para o avanço e a expansão do reino de Deus. Esse processo conduzirá o novo crente a conseguir formar uma terceira geração espiritual.

Observe que “fazer discípulos” não é a missão – é o único método apontado por Cristo para cumprir a missão que é “buscar e salvar o perdido”. Não existe plano B, não existe método alternativo. O único plano de multiplicação, Jesus deixou bem claro. Os discípulos não deveriam se dispersar em muitos outros métodos e abordagens de expansão do Reino, mas deveriam se concentrar naquilo que o Mestre escolheu como sendo o melhor e único plano.

O discípulo passa pelo processo de descoberta de Deus, crescimento em Cristo, comprometimento com Deus e Sua causa, treinamento para melhor servir

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segundo seus dons, aprofundamento no conhecimento de Deus e exercício de seu ministério pessoal. Enquanto o discípulo aprende por um processo, o discipulador se dedica a esta pessoa como se fosse um filho. Não há obra que seja mais importante do que esta para a igreja. Nada que a igreja faça deve perder de vista o foco de fazer discípulos para cumprir a missão.

PONTO DE REFLEXÃO

1. Ao sabermos que discipulado é um processo quais as atitudes que devemos tomar com as pessoas que estão sendo discipuladas?

2. E quais as atitudes conosco mesmos neste processo como discipuladores?

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A IBE – MULTIPLICANDO VIDASSérie: Nosso compromisso de ser uma igreja onde o discipulado é a base para a multiplicação

de vidas

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 9º

MEMBRO-DISCIPULO

OBJETIVO ESPECÍFICO: Que cada aluno relacione claramente o que é um membro e o que é um discípulo e resolva a ser um discípulo.

Mateus 28:19 “ Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;”

Quando o pecador se aproxima de Cristo e toma a decisão de segui-Lo, aos poucos passa da condição de simples curioso para discípulo e, posteriormente, se torna um discipulador, cumprindo a ordem do Mestre: “vão e façam discípulos” (Mateus 28:19).

A minha pergunta é: você está “indo” até as pessoas, ou está mais para o “venha”? Estou cumprindo o “ide” ou apenas esperando que os perdidos “venham até mim” se quiserem?

Um membro da igreja certa vez disse: “Eu estava mais para trazer membros para a minha igreja, para o meu círculo social do que de fato fazer discípulos para o Senhor Jesus. A pessoa vem para a igreja, cumpre sua obrigação de estar presente nas programações, devolve o dízimo, para de trabalhar aos domingos e todo mundo pensa que isso é ser um cristão de verdade. A partir de hoje não quero ganhar as pessoas apenas para o batismo, mas quero cuidar bem delas e fazê-las discípulas de Cristo e não membros de igreja”.

Não foram membros de igreja que continuaram a missão de Jesus, mas discípulos de Cristo, totalmente comprometidos com a visão de Deus em proclamar o evangelho e morrer por esta causa.

Uma pergunta chave precisa ser feita: Como podemos sair da condição de membros de igreja comuns e nos tornar discípulos e verdadeiros discipuladores?

Devemos entender que o processo da formação de um discípulo e de um discipulador é lento, não ocorre por decreto, tampouco por imposição de alguém. Também não nos tornamos discípulos e discipuladores porque fizemos um seminário ou lemos dois ou três livros sobre o assunto. Essa lentidão tem seu aspecto positivo: provê tempo para reflexão, permitindo ao cristão encarar as mudanças com maturidade, entendendo com propriedade os planos de Deus para sua vida.

Como mencionei acima, o processo de discipulado não permite que o cristão se conforme em assumir apenas a postura de “membro batizado”. É necessário crescimento, tornar-se um discipulador e fazer discípulos. Essa é a principal

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característica que diferencia um membro comum de um verdadeiro discípulo. Para evidenciar ainda mais essa diferença, te convido a refletir em cada uma das afirmações abaixo:

O membro espera os pães e os peixes; o discípulo é pescador. O membro preocupa-se em crescer; o discípulo quer multiplicar-se. O membro devolve dízimos e dá ofertas; o discípulo entrega sua vida como um sacrifício vivo. O membro precisa ser sempre estimulado e motivado; o discípulo estimula e motiva os outros. O membro espera receber ordens para fazer algo; o discípulo tem iniciativa e assume responsabilidades. O membro é prisioneiro das circunstâncias; o discípulo aproveita as circunstâncias para testemunhar. O membro espera a visita do pastor; o discípulo é um visitador. O membro vai aos cultos para adorar; o discípulo vive adorando. O membro sonha com a igreja ideal; o discípulo dá a vida pela igreja, por Cristo e pelo reino de Deus. O membro quer ir para o Céu; o discípulo luta para levar pessoas para o Céu. O membro espera um despertar religioso; o discípulo é parte desse despertar. O membro considera-se uma espécie de sócio da igreja; o discípulo assume o papel de servo de Cristo. O membro responde: “Deus, eu vou pensar”; o discípulo responde: “Deus, eis-me aqui”. O membro espera que o pastor lhe interprete a Palavra de Deus; o discípulo escuta com atenção o ensino e a pregação, mas, acima de tudo, busca o auxílio do Espírito Santo para compreender e aplicar as Escrituras à sua vida.

O problema do membro não está naquilo que ele faz, mas naquilo que ele deixa de fazer. Observe que o discípulo faz o que o membro faz, mas vai além. Ou seja, não é uma questão de fazer ou isto ou aquilo, e sim fazer isto e aquilo.

Um discípulo não é um mero aluno ou estudante de Cristo. Um discípulo é alguém que segue, não apenas a trajetória teológica do cristianismo, mas também a pessoa e a missão de Cristo. Com demasiada frequência, as definições para o discipulado são restritas ao conhecimento e aprendizagem. Este é apenas um dos aspectos do discipulado.

Então, o que é um discípulo? Aqui estão três descrições:

Um discípulo é ...

• racional (aluno)• relacional (família)• missional (missionário)

Um discípulo de Jesus aprende o evangelho, firma-se no evangelho e comunica o evangelho. Os discípulos de Jesus são centrados no evangelho e não centrados no conhecimento. A fim de aprender, firmar-se e comunicar o evangelho, um discípulo terá a necessidade desesperada da capacitação e enchimento contínuo do Espírito Santo.

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Além do Espírito, os discípulos não serão motivados pela graça de aprender, firmar-se e comunicar a graça de nosso Senhor Jesus, mas só irá reter informações evangelho. Levando tudo isso em conta, podemos descrever de forma concisa um discípulo como "um seguidor cheio do Espírito de Jesus."

Dentro de um conceito mais bíblico, o discipulado hoje está se afastando de uma abordagem unidimensional, centrada no conhecimento. Em seu lugar, o discípulo multiplicador apareceu. O moderno conceito de discipulado é: Fazer discípulos que fazem discípulos. Este modelo centra-se na prática de multiplicar discípulos. Ele empacota ação e mais ação, provocando a pergunta: "Como é que eu não só posso fazer um discípulo, mas também fazer com que ele faça outro"

Enquanto multiplicação de um discípulo de Jesus é, certamente, um objetivo digno, devemos perguntar: "Será a reprodução a única preocupação de Jesus em fazer discípulos?". Certamente, Jesus foi modelo para instruir e enviar discípulos (Lc 9,10), embora Sua crítica quando eles voltaram não era que eles não se multiplicaram. Em Lucas 9, a narrativa do envio dos doze extremidades estranhamente, não sobre o seu retorno triunfal, mas sobre a sua fidelidade ao evangelho:

"E quando iam passando pelas aldeias pregando o evangelho e cura em todos os lugares" (9: 6).

Em Lucas 10, no entanto, os 72 discípulos enviados voltaram triunfantes. Estranhamente, Jesus não perguntou se alguém se arrependeu. Ele basicamente disse: "Não se alegre em seu poder para fazer discípulos e derrubar demônios, mas se alegrem em serem filhos de Deus. Alegrem-se na sua identidade, não em sua atividade”.

Jesus coloca o poder da motivação do coração sobre o poder de fazer discípulos que fazem discípulos. Ele os instruiu a proclamar o reino, não seus métodos.

PONTO DE REFLEXÃO

1. Discipulado é método ou estilo de vida?

2. Quais das características de um verdadeiro discípulo que você pode citar em sua vida?

A IBE – MULTIPLICANDO VIDAS34

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Série: Nosso compromisso de ser uma igreja onde o discipulado é a base para a multiplicação de vidas

I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 10

TRANSFORMAÇÃO

OBJETIVO ESPECÍFICO: Que cada aluno explique o discipulado em termos de transformação e seja um agente desta transformação na vida do discipulando.

Para se entender o processo de discipulado numa igreja, é necessário voltar a uma base bíblica fundamental, que é o texto da Grande Comissão de Jesus:

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. Mateus 28:19-20

Eu disse “processo”, porque discipulado não é um “projeto” nem um “programa” de igreja. Programas e projetos são iniciativas opcionais e são adaptados à realidade local, podendo assim, ser rejeitados ou implementados. Já o processo é um conjunto de ações determinadas pela natureza essencial de uma operação, ou seja, para sermos igreja, precisamos passar pelo processo chamado discipulado.

A igreja pode ter projetos sociais belíssimos, cultos inspiradores, programações atrativas, secretaria atualizada, um prédio moderno, mas se tudo isso não for fruto da consciência de que as pessoas devem ser transformadas em discípulos de Jesus, nada disso terá sentido, a igreja será um mero clube social.

Todas ações da igreja deveriam ser transformadoras. Todo líder de igreja deveria fazer a si mesmo a seguinte pergunta: “meu ministério é um agente de transformação?” O conceito de discipulado por si só já deveria implicar transformação. Pode até parecer redundância usar a palavra discipulado e transformação juntas. No entanto, por causa do desgaste do termo discipulado nos últimos anos se faz necessário colocar o complemento para que se entenda o foco desse processo que deve ser a missão de toda igreja. A verdade mais importante a ser entendida é que o processo de discipulado numa igreja é uma ação constante e crescente do Espírito Santo para transformação da vida das pessoas.

Os membros das igreja gostam de reparar as mudanças que o Evangelho opera na vida dos novos conversos. Porém, é necessário entender que a igreja não precisa apenas de mudanças, mas de transformação.

A mudança pode ser revertida. Você pode mudar os móveis de lugar na sua sala, mas se não gostar da nova disposição, pode voltar tudo ao lugar antigo. Isso também ocorre na igreja. Muda-se o professor, o diácono, o lugar da classe, o diretor, a posição do púlpito, os recursos audiovisuais ou qualquer outra coisa. Se alguém não gostou das mudanças, retorna-se tudo ao que era antes. A transformação é irreversível. Quando você decide derrubar a sua velha casa e construir outra no lugar, isso é irreversível.

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Mesmo que você construa uma casa muito similar à antiga, ela jamais será a mesma. A igreja precisa trabalhar com transformação de vidas. Quando isso acontece através do discipulado, as pessoas que foram transformadas jamais serão as mesmas.

Discipulado em sua essência é um processo multiplicador, mas, acima de tudo, é um processo transformador. Discipulado gera resultados numéricos na comunidade, mas em cada pessoa gera uma nova perspectiva de vida. Quando igrejas decidem envolver seus membros e novos convertidos no processo de discipulado, estão optando por desafiar as pessoas a experimentarem transformações profundas na vida, e ajustes diários para adaptar o caráter ao caráter de Deus.

PONTO DE REFLEXÃO

1. Por que o discipulado é a essência do processo multiplicador?

2. Quando todas as ações de uma igreja se torna multiplicadora?

A IBE – MULTIPLICANDO VIDAS

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Série: Nosso compromisso de ser uma igreja onde o discipulado é a base para a multiplicação de vidas

I SEMINÁRIO EBD 2015 – OBJETIVO ESPECÍFICO: Que cada aluno estabeleça um compromisso de aprender a ser um discipulador e a ensinar a outro a ser um agente de Deus nesta missão.

Antes de constituir Moisés como um libertador, Deus fez dele um discípulo. Como discípulo, a vida de Moisés pode ser dividida em três segmentos de quarenta anos cada. Ele passou seus primeiros quarenta anos no Egito, sendo cuidado pela mãe, aprendendo nas escolas egípcias e participando da administração do maior império do planeta. Durante esse tempo acumulou larga experiência em tecnologia e engenharia. Passou seu segundo ciclo de quarenta anos na terra de Midiã, nutrido pela solidão e ensinado por Deus. Seus últimos quarenta anos passou-os no deserto com o povo hebreu, alimentado pelas provações, desânimo e testes, ensinado pela lei que recebeu das mãos do próprio Deus e liderando uma nação com mais de dois milhões e meio de pessoas. O verdadeiro discípulo nunca deixa de ser aprendiz, mesmo que tenha 120 anos.

Um episódio na vida de Moisés ilustra de maneira gloriosa a disposição do discípulo em aprender. Moisés teve sobre seus ombros nos últimos quarenta anos situações complexas como: falta de comida, falta de água, falta de saneamento básico, problemas de mobilidade pelo deserto, brigas entre famílias, disputas tribais e demandas judiciais em excesso. Ele administrava tudo isso sozinho. O seu local de atendimento vivia cheio de pessoas o tempo todo. O peso sobre ele era muito grande.

Ao perceber que não estava dando mais conta das coisas, procurou seu sogro Jetro, como um mentor e recebeu o seguinte conselho:

“… Isso não pode continuar assim. Você e as pessoas que o procuram vão ter um esgotamento! É trabalho demais para você, não há como fazer isso sozinho. Ouça a minha orientação, para que você saiba o que fazer e para que Deus esteja com você. (…) Escolha homens competentes, que temam a Deus e sejam íntegros, incorruptíveis (…) Assim, vocês dividirão a carga, e eles facilitarão as coisas para você. Se adotar esse método de administração, você sempre terá disposição para cumprir tudo que Deus ordenar, e o povo também será beneficiado”. (Êxodo 18:17-19, 21 e 23)

O conselho de Jetro foi direto: “divida a carga com outros líderes”. Moisés deu ouvidos ao conselho de seu sogro e mentor.

Podemos tirar quatro preciosas lições dessa história.

Primeiro: ninguém é totalmente sábio a ponto de não precisar de conselhos, principalmente quando está na liderança. A pessoa que mais erra é aquela que menos busca conselhos.

Em segundo lugar, se você teve coragem para pedir um conselho é porque você anda no caminho da humildade. Os arrogantes sempre acham que sabem tudo.

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Em terceiro lugar, nunca é tarde para se pedir um conselho. Idade avançada não é garantia de que você parou de errar.

Em quarto lugar, não basta ouvir o conselho, é preciso colocá-lo em pratica. Moisés ouviu seu sogro. Logo quem! O sogro! As vezes, os melhores conselhos estão onde você não espera encontrá-los. São de pessoas simples que você pode aprender lições preciosas para sua vida e liderança.

Não importa o tamanho daquilo que você administra. Pode ser sua casa, sua igreja ou uma multinacional. Você precisará de conselhos para ter mais sucesso no que faz. Moisés descobriu isto há mais de 3.000 anos atrás, cuidando de dois milhões e meio de pessoas. Será que o tamanho daquilo que você administra, e a sua experiência são maiores do que a de Moisés para você desprezar este conselho?

4 razões para prosseguir sendo um autêntico discipulado

O discipulado não é um processo místico realizado em salas de aula ou mosteiros. É simplesmente ajudar um ao outro seguir Jesus. E porque a nós não nos basta seguir Jesus na igreja, mas na vida cotidiana, fazer discípulos é algo para ser realizado em todos os âmbitos da vida. Discipulado na vida real acontece no supermercado, bem como o santuário, no quintal, bem como a sala de aula de escola dominical.

Entender o contexto da vida real do discipulado desmistifica o processo e impulsiona todos nós em nossa missão dada por Deus. É por isso que o discipulado não é a perfeição; trata-se de autenticidade. Aqui está a diferença.

1. Autenticidade oferece esperança.

Seguir a Jesus não é chegar a um destino; é um processo de seguir cada vez mais perto deste lado do céu. Na verdade, quando nós seguimos os exemplos daqueles que andaram com o Senhor por um longo tempo, estamos propensos a não ouvir um "chegaram" , mas sim uma expressão humilde ”continuaram”. À medida que avançamos em direção à maturidade, realmente vemos o quanto mais nós temos que ir. A esperança para um jovem em um relacionamento de mentoria não é tanto para chegar à perfeição, mas é ver os adultos mais velhos ainda caminhando, ainda prosseguindo, ainda indo para a frente, ainda confiando na graça de Deus, mesmo quando os tempos difíceis chegam.

3. Autenticidade garante que o crescimento espiritual seja alimentado em uma comunidade de fé.

Nós fomos feitos para crescer juntos. Isso é um pouco decepcionante, por vezes, uma vez que a maioria de nós cresceu em uma cultura em que o valor de realização pessoal foi inculcado em nossas mentes a partir de uma idade precoce. Mas não se enganem; Deus quer para nós o crescer em Cristo juntos.

Na verdade, Deus existe em uma comunidade de três: Pai, Filho e Espírito Santo. E Jesus orou para que, como Seus seguidores, poderíamos ser levados a concluir a unidade. Deus realmente nos chama para Si mesmo como indivíduos, mas quando

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nascemos de novo, nascemos em uma família em que os membros são para ajudar uns aos outros em Jesus. E quando estamos abertos e honestos uns com os outros, nós consolidamos a família de Deus.

3. Autenticidade garante que o evangelho é mantido central.Vamos dizer que eu estou tutoriando um jovem, mas ele nunca confessa o seu próprio pecado, mostra fraqueza ou reconhece deficiências. É possível que essa pessoa saia de uma conversa comigo pensando: eu poderia ser como Ele. Mas isso é contrário ao objetivo do discipulado. A ilusão de perfeição tornou-se um obstáculo para a própria pessoa que eu estou tentando ajudar, porque eu tiro o foco de Jesus e Sua obra na cruz e coloco diretamente sobre mim.

Através de autenticidade, porém, você e eu podemos apontar o foco de volta ao evangelho outra vez. Podemos nos colocar e revelar que quando estamos fracos, Jesus é forte. Quando falhamos, Ele nos perdoa e completa. Quando tropeçamos, Jesus é de pé firme. Jesus. Jesus. Jesus. Autenticidade bate o tambor do evangelho uma e outra vez - e traz um forte impacto sobre os outros.

4. Autenticidade abre discipulado como uma via de mão dupla.Mentores espirituais autênticos posicionam-se para também receber a partir do relacionamento e não somente dar-se. Imagine o quão maravilhoso ver as pessoas descobrindo as verdades espirituais que já abraçamos durante anos. Imagine a alegria de ajudar os outros a crescerem em Cristo. E imagine como a nossa própria relação com Jesus pode ser empurrada para novas alturas quando outros compartilharem conosco o que estão aprendendo na Palavra por causa de nossa orientação.

Fazer discípulos é o imperativo para todos e cada um de nós, então vamos aproveitar a oportunidade para envolver-nos em um autêntico discipulado.

PONTO DE REFLEXÃO

1. Qual o papel da transparência para um discipulado verdadeiro?

2. A autenticidade tem um papel de sua importância no processo de discipulado? Como na prática isto se daria?

A IBE – MULTIPLICANDO VIDASSérie: Nosso compromisso de ser uma igreja onde o discipulado é a base para a multiplicação

de vidas

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I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 12

UMA FÉ QUE MULTIPLICA

10 PRÁTICAS PARA MULTIPLICAR UMA COMUNIDADE ESTUDO 11

APRENDIZ

OBJETIVO ESPECÍFICO: Que cada aluno saiba fazer um resumo de ações que sua igreja pode empreender para facilitar o discipulado em seu meio.

"Naqueles dias, quando o número dos discípulos aumentava ..." - Atos 6: 1

1. Amadurecendo a pessoa inteiraColossenses 3:17: "E o que você faz, seja por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando graças a Deus Pai por meio dele."

Temos tido tempo para ensinar e praticar a importância do amadurecimento como uma pessoa inteira, onde todas as áreas da vida estão interligadas, alimentadaS pelo senhorio de Jesus.

Queremos ajudar as pessoas a se desenvolver como profissionais, estudantes do campus, colegas, vizinhos, patrões e influenciadores. Queremos que estas práticas sejam uma parte integrante da nossa vida com Deus.

2. Uma comunidade autênticaComunidade sempre foi uma força em nossa igreja. A IBE tem como objetivo aperfeiçoar-se nesse aspecto, relacionando-se com os diversos segmentos que permeiam sua membresia e também as pessoas que são alcançadas por sua ação, procurando ser uma comunidade discipuladora.

3. Pregação culturalmente relevante.Atos 17:22: "Então Paulo levantou-se na reunião do Areópago e disse:". Pessoas de Atenas, vejo que em todos os sentidos que vocês muito religiosos "

O apóstolo Paulo, era um mestre da pregação relevante. Em seu discurso famoso ao ateniense no Areópago, ele fala a língua cultural das pessoas que ele está tentando convencer de que Jesus é o Senhor.

A IBE, Taguatinga, DF, tem uma cultura muito específica, por isso todos nós falamos a linguagem cultural da cidade que amamos. Nossa série de sermões "são projetados especificamente com as" pessoas do DF "em nossos corações e mentes.

4. Os cultos de domingo.

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Às vezes esquecemos como é entrar em um ambiente de igreja pela primeira vez. É com esse olhar que fazemos o nosso melhor para moldar o nosso culto de domingo de uma forma, que ajude as pessoas a se sentirem em casa. Nós trabalhamos duro para remover obstáculos desnecessários, porque queremos fazer a ponte entre nós e а pessoa à procura de Deus.

5. A cultura de adoraçãoSalmo 98: 4-9: "Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras, começou a cantar eufórica com a música."

A música é uma parte importante da nossa adoração. Nós achamos que a música é essencial na nossa capacidade de experimentar a Deus totalmente. Música e adoração são tão importantes quanto o sermão ou outras partes do culto de domingo. Devido a isso, investimos em nossa experiência de adoração e a treinar nossa congregação na adoração.

6. A presença na Internet pró-ativaQuando você convida alguém para a igreja, a primeira coisa que a maioria das pessoas vai fazer é olhar online. Se o site é confuso ou não envolvente, o interesse de alguém em vir à igreja pode acabar lá. Devido a isso, mantemos nosso site atualizado, a mídia social amigável e com uma quantidade adequada de informações orientando a imagem, mas não chato e desgastante. Ficamos com um fluxo constante de perguntas e visitantes da web. Alguns deles tornaram-se membros da igreja. Quando dormimos, o site continua dizendo a nossa história. Nós amamos isso. Nós também encorajamos a nossa comunidade para ser tão ativa nas mídias sociais sobre sua fé como eles são com outras coisas que eles amam.

7. Ligação orgânica entre as geraçõesHistoricamente a nossa família de igrejas tem tido fortes ministérios na sede. O nossa desejo é que em todas as fases da vida, os discípulos sejam capazes de ver o seu futuro na igreja e serem inspirados. Devido a isso, temos ministérios para crianças, pré-adolescentes, adolescentes, jovens, homens, mulheres, casais e jovens casais, solteiros adultos, melhor idade, esportistas, todos agregados em nossa comunidade. Na verdade solteiros e casados são na sua maioria em pequenos grupos integrados. É um ambiente orgânico que nos ajuda a conectar-nos melhor dentro da igreja.

8. Confrontando pecadoSabemos que é praticamente impossível destruir a igreja do lado de fora. A vulnerabilidade da igreja é de dentro. O pecado nos separa de Deus e uns aos outros. Temos trabalhado duro para criar uma cultura de reconciliação em relação ao pecador de maneira a abordá-lo, confessa, lidar e arrepender-se do pecado.

9. Homens e Mulheres piedososÀ medida que os homens e mulheres são piedosos, misericordiosos, o mesmo acontece com a igreja. O papel e a responsabilidade de um homem e de uma mulher no plano de Deus é muitas vezes minimizada pela cultura, nossas próprias experiências e os nossos traumas. Nós ensinamos aos nossos homens e mulheres, de qualquer idade, sejam crianças, adolescentes, jovens, adultos ou idosos para intensificarem suas vidas espirituais e responderem ao chamado de Deus para a liderança em todas as áreas da vida.

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10. MotivaçãoCada membro do corpo precisa ser não só um bom seguidor, mas um bom líder dos outros, encorajando-os a seguirem a Jesus. Queremos discípulos motivados em todos os níveis, espiritual, emocional e intelectual, a seguir a Grande Comissão de fazer discípulos de todas as nações. 11. Autorização para ministérioAo invés de gerenciar a vida de uma comunidade, queremos que todos os membros a se sintam habilitados, inspirados e equipados para moldar a igreja. Oramos por companheiros "trabalhadores do campo", construtores do futuro da IBE.

1 Coríntios 9:21: "Para os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos tornei-me todas as coisas para todas as pessoas, de modo que por todos os meios chegar a salvar alguns.".

Nossa filosofia geral na IBE é que nós vamos segurar com firmeza as verdades e práticas de fé centrais e ainda vamos nos multiplicar por causa do evangelho. Como Paulo, nós queremos usar "todos os meios possíveis" para "salvar alguns" em nossa cidade e em todo o mundo.

PONTO DE REFLEXÃO

1. Como uma igreja que quer se multiplicar deve proceder em seu dia a dia?

2. De todos os 11 pontos qual é o mais necessário, por se mostrar fraco, em nossa igreja buscarmos urgentemente?

A IBE – MULTIPLICANDO VIDAS

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I SEMINÁRIO EBD 2015 – ESTUDO 13

DISCIPULADO – MODO DE VIDA

OBJETIVO ESPECÍFICO: Que cada aluno estabeleça a relação entre viver no dia a dia o discipulado e pertencer a uma igreja que estrutura o discipulado como estratégia missionária.

Texto Bíblico: “E todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna.” Mateus 19:29

A prática do discipulado cristão tem sido interpretada e aplicada de formas variadas no decorrer dos séculos. O que se pode detectar, em suma, é que na tradição cristã o discipulado representa um assunto importante para a práxis religiosa.

Praticar o discipulado a partir de grupos pequenos, células, ou grupos de discipulados tem sido uma prática percebida, tanto nos dados teóricos, quanto na prática da igreja local.

Na verdade, a existência de ensino nos grupos pequenos possibilita ambiente propício à compreensão do chamado ao discipulado e a possibilidade de praticá-lo.

O fato de um grupo pequeno ser viabilizador do discipulado, não o torna sagrado. A estratégia ou método nunca deveria substituir o sagrado como referencia máxima.

Muito mais que isso, o discipulado transcende a um formato, pois quem faz o chamado também é transcendente.

Contudo, a educação cristã que é essencialmente transcendente se realiza em meio a comunidade de cristãos e através deles. A elaboração de estratégias e métodos para o discipulado podem representar o cuidado de uma comunidade local em promover uma educação formativa. Embora esta iniciativa seja saudável por si, não representa essencialmente discipulado.

O discipulado não é o método, mas se utiliza de um; não é um alvo de crescimento numérico, embora promova crescimento; não se limita a comunicação de informações, embora se utilize da comunicação de valores cristãos através do ensino; não se reduz a processos eclesiásticos, mas normalmente se inicia a partir destes ambientes; não é promotor de sucesso e de visibilidade nos valores do mercado, embora seu teor formativo promova desenvolvimento social.

Discipulado cristão representa resposta a um chamado sagrado e a resposta do sujeito chamado negando a si mesmo para seguir o mestre.

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Discipulado cristão está ligado a negar valores pessoais e não a buscar reconhecimento por estar sendo praticado. Abandonar os próprios desejos pode ser conceito frontalmente contraditório aos padrões da cultura de consumo. Grupos de discipulado têm a oportunidade ímpar de praticar o ensino formativo e interativo na construção de uma identidade cristã que não seja baseada em padrões de sucesso mercadológico e medidos por números. O discipulado essencialmente requer a resposta individual de cada sujeito chamado. Algo que só este ser pode responder e medir se está integralmente e motivado a realizar.

Embora o discipulado venha requerer uma resposta pessoal, seu contexto de existência é comunitário.

Discipulado tem seu início no passo de fé do discípulo em direção àquele que o chama. Por isso, não se incentiva simplesmente por um método ou estratégia e sim pelo reconhecimento por parte do discípulo de um centro de valor que dirija seus passos.

Sendo assim gostaria de terminar este Seminário sobre Multiplicando Vidas que tem como cerne o discipulado afirmando que o chamado ao discipulado sempre é uma forma particular de convocação dada por Deus.

A graça que chega aos discípulos em forma de chamado, e dá convicção a estes para seguir o caminho de renúncia e aprendizado constantes no processo de discipulado cristão.

Os chamados a seguir ou a fazer parte do discipulado, não podem impor nenhuma exigência, pois o chamado, ou comando divino, representa a graça que vem à pessoa, e não uma iniciativa da pessoa em seguir o divino. O discipulado é um relacionamento entre o chamado ao discipulado e aquele que o chamou, sem que nada esteja entre esta relação.

Que A IBE tenha membros que sejam verdadeiros discípulos de Jesus Cristo e que façam outros discípulos e isto naturalmente cause uma multiplicação em sua vida..

BIBLIOGRAFIA

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