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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA INSPEÇÃO DE SEGURANÇA NR-01, NR-03, NR-08, NR-12, NR-18, NR-24 Acedêmicos: Fernando Henrique F. S. Porto Lok Suet Li I

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

NR-01, NR-03, NR-08, NR-12, NR-18, NR-24

Acedêmicos: Fernando Henrique F. S. PortoLok Suet LiLucia Corrêa da Luz

I

Campo Grande – MS2013

SUMÁRIO

1. Introdução.............................................................................................................1

1.1 Tipos de Inspeção.........................................................................................1

2. NR 01 – Disposições Gerais.................................................................................4

3. NR 03 – Embargo ou Interdição............................................................................5

4. NR 08 – Edificações..............................................................................................6

5. NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos.........................7

6. NR 18 – Condição e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção...10

6.1 Comunicação Prévia...................................................................................10

6.2 Programa de Condições e Meio de Trabalho na Indústria da Construção

(PCMAT).......................................................................................................11

6.3 Áreas de Vivência........................................................................................12

6.4 Demolição...................................................................................................22

6.5 Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas.......................................23

6.6 Carpintaria...................................................................................................26

6.7 Armações de Aço........................................................................................27

6.8 Estruturas de Concreto................................................................................27

6.9 Estruturas Metálicas....................................................................................29

6.10 Operações de Soldagem e Corte a Quente................................................29

6.11 Escadas, Rampas e Passarelas..................................................................31

6.12 Medidas de Proteção Contra Quedas de Altura..........................................31

6.13 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas..................................32

6.14 Andaimes e Plataformas de Trabalho.........................................................33

6.15 Cabos de Aço e de Fibra Sintética..............................................................33

6.16 Alvenaria, Revestimentos e Acabamentos..................................................33

6.17 Telhados e Coberturas................................................................................34

6.18 Serviços em Flutuantes...............................................................................35

I

6.19 Locais Confinados.......................................................................................36

6.20 Instalações Elétricas....................................................................................37

6.21 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas.....................................38

6.22 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)................................................38

6.23 Armazenamentos e Estocagem de Materiais..............................................39

6.24 Transporte de Trabalhadores em Veículos Automotores............................40

6.25 Proteção Contra Incêndio............................................................................41

6.26 Sinalização de Segurança...........................................................................42

6.27 Treinamento................................................................................................43

6.28 Ordem e Limpeza........................................................................................43

6.29 Tapumes e Galerias....................................................................................44

7. NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho...............45

7.1 Água potável................................................................................................47

7.2 Instalações Sanitárias.................................................................................47

7.3 Sanitários....................................................................................................48

7.4 Mictório........................................................................................................48

7.5 Lavatório......................................................................................................49

7.6 Chuveiros....................................................................................................49

7.7 Vestiários.....................................................................................................50

7.8 Refeitórios...................................................................................................51

7.9 Cozinhas.....................................................................................................52

7.10 Alojamento..................................................................................................53

8. Referências Bibliográficas...................................................................................54

II

1Inspeção de Segurança

1. INTRODUÇÃO

O desenvolvimento do país trouxe um grande investimento no setor da

construção atualmente, e, devido a grande quantidade e diversidade dos problemas

gerados por trabalhos na construção, tornou-se necessário a eficiência de um

programa de Segurança e Medicina do Trabalho que dependerá da participação e

colaboração de todas as pessoas envolvidas, desde serventes até os engenheiros e

médicos, bem como da coordenação de todos os esforços para por em prática os

seguintes princípios: verificação de riscos mais comuns, inerentes a qualquer

instalação industrial, como instalações elétricas inadequadas ou falta de equipamento

de combate ao fogo, pode-se propor uma série de medidas que visem eliminar ou

neutralizar os riscos encontrados.

A inspeção de segurança tem por objetivo garantir a adequação do

ambiente do trabalho e dos processos produtivos ao modelo de segurança e saúde,

além de detectar as possíveis causas que propiciem a ocorrência de acidentes,

visando estabelecer medidas de controle que eliminem ou neutralizem os riscos

existentes, além de priorizar o acompanhamento e a implementação de tais medidas.

1.1 Tipos de Inspeção

a. Inspeção Geral : Tipo de inspeção de segurança que abrange toda uma área

geograficamente distinta da empresa, ou até mesmo, toda área da empresa, com

o objetivo de vistoriar de modo geral todos os aspectos da segurança e da

higiene do trabalho. Esse tipo de inspeção define previamente uma listagem de

itens a serem inspecionados e se existem irregularidades em relação aos

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

2Inspeção de Segurança

mesmos. 

b. Inspeção de Rotina : Inspeções mais comuns de acontecerem. A rigor devem

estar vinculadas ao dia-a-dia de todos os profissionais da área de segurança e

saúde ocupacional. Visam à detecção de problemas logo no início da jornada de

trabalho. Esse tipo de inspeção é realizado por profissionais como: supervisores,

trabalhadores comuns em suas diversas funções e pessoal de manutenção. 

c. Inspeção Periódica : Tipo de inspeção que é realizada com data e local

previamente definido. Adotando-se para tanto um Cronograma que indicará os

locais e periodicidade de inspeção adotada para cada setor listado. Tem como

objetivo dar atenção às condições de segurança dos diversos setores existentes

em uma empresa. 

d. Inspeção Especial : Tipo de inspeção realizada em caráter extraordinário, quando

há indícios ou algum elemento indicativo de problema que exige uma verificação

mais profunda ou mais detalhada do que a efetuada numa inspeção de rotina.

e. Inspeção Eventual : Tipo de inspeção dirigida a certos equipamentos, detalhes de

instalações ou de operações, sem dia ou horário predeterminados. Nesse tipo de

inspeção – dirigida sem prévio aviso – podem ser obtidas informações que não

seriam conseguidas em inspeção de rotina. Tais informações poderão ser

suficientes para a adoção de medidas de ordem operacional, disciplinar ou

administrativa em favor da segurança do trabalho.

f.Inspeção Oficial : Tipo de inspeção realizada por órgãos oficiais, como do Ministério

do Trabalho e Emprego e Corpo de Bombeiros, por exemplo. O serviço de

segurança e saúde ocupacional deve estar sempre preparado para atender aos

agentes dessas inspeções oficiais, mantendo em dia certos documentos e

informações que poderão ser necessários na ocasião, tais como: livro de atas de

reuniões da CIPA; fichas de entrega e devolução de EPIs e Atestados de Saúde

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

3Inspeção de Segurança

Ocupacional.

Os resultados com as inspeções visam melhorar a interrelação entre os

demais setores da empresa e o setor de segurança e saúde ocupacional, encorajar os

próprios empregados a agirem como inspetor de segurança no seu serviço,

possibilitar a determinação e aplicação de meios preventivos antes da ocorrência de

acidentes, ajudar a fixar nos empregados a mentalidade da segurança e da higiene do

trabalho.

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

4Inspeção de Segurança

2. NR 01 – DISPOSIÇÕES GERAIS

As Normas Regulamentadoras relativas à segurança e medicina do

trabalho aplicam-se aos celetistas, ou seja, todos os empregados regidos pela

Consolidação das Leis de Trabalho – CLT. Elas são de observância obrigatória pelas

empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos de administração direta e

indireta, incluindo os poderes legislativos e judiciários.

Compete à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho – SSST

conhecer as decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho.

Compete à Delegacia Regional do Trabalho – DRT:

a. fazer cumprir as normas;

b. impor penalidades;

c. embargar obra e interditar máquina ou equipamento;

d. notificar as empresa;

e. fiscalizar e realizar perícias.

Cabe ao empregador:

a. cumprir as disposições legais sobre segurança e medicina no trabalho;

b. elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina no trabalho;

c. informar aos trabalhadores sobre os riscos e os meios de preveni-los;

d. permitir que representantes dos trabalhadores acompanham a fiscalização.

Cabe ao empregado:

a. cumprir as disposições legais sobre segurança e medicina no trabalho;

b. usar o Equipamento de Proteção Individual – EPI;

c. submeter-se aos exames médicos;

d. colaborar com a empresa na área de segurança e medicina no trabalho.

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

5Inspeção de Segurança

3. NR 03 – EMBARGO OU INTERDIÇÃO

Estabelece situações em que as empresas se sujeitam a sofrer

paralisação de seus serviços, máquinas ou equipamentos, bem como os

procedimentos a serem observados, pela fiscalização trabalhista, na adoção de tais

medidas punitivas no tocante à Segurança e a Medicina do Trabalho.

Quando a obra é embargada ou o serviço ou equipamento é interditado,

essa notificação deve ser cumprida imediatamente, pois foi constatada situação de

trabalho que caracterize risco grave e iminente ao trabalhador.

Da decisão que determinar a interdição ou embargo, cabe recurso no

prazo de 10 (dez) dias, endereçado ao órgão de competência nacional no âmbito da

segurança e medicina do trabalho que poderá dar efeito suspensivo.

Segundo a Portaria 40, de 14 de janeiro de 2011, na seção VI, que diz

respeito às infrações e disposições finais, quando for constatado o descumprimento

de embargo ou interdição, o Auditor Fiscal do Trabalho – AFT deverá lavrar um Auto

de Infração correspondente e apresentar relatório à chefia imediata, e encaminhará

ao Ministério Público de Trabalho e à autoridade policial.

Durante a paralisação dos serviços, decorrentes da interdição ou

embargo, os empregados percebem salário normalmente, como se estivessem

trabalhando.

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6Inspeção de Segurança

4. NR 08 – EDIFICAÇÕES

Estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas

edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem. Tais como:

Pé direito – Os locais de trabalho devem ter a altura do piso ao teto de no

mínimo 3,00m.

Saliências – Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências

ou depressões que dificultem a circulação de pessoas ou materiais.

Aberturas – As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser protegidas de

forma que impeçam a queda de pessoas ou objetos.

Locais de circulação – Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens

dos locais de trabalho, onde houver perigo de escorregamento, serão

empregados materiais ou processos antiderrapantes.

Guarda-corpo – Deve seguir os seguintes requisitos: ter altura de 0,90 metros

(noventa centímetros), no mínimo a contar do nível do pavimento; quando for

vazado, os vãos devem ter dimensões iguais ou inferiores a 0,12 metros (doze

centímetros). Deve ser de material rígido e ser capaz de resistir ao esforço

horizontal de 80 kgf/m².

Proteção contra intempéries – As partes externas da edificação e todas as que

separem unidades autônomas devem estar de acordo com as normas técnicas

oficiais relativas à resistência ao fogo, isolamento térmico, condicionamento

acústico, resistência estrutural e impermeabilidade. Os pisos e paredes devem

estar impermeabilizados. As coberturas devem assegurar proteção contra

chuvas. As edificações devem ser projetadas de modo a evitar insolação

excessiva ou a falta dela.

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

7Inspeção de Segurança

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

8Inspeção de Segurança

5. NR 12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E

EQUIPAMENTOS

Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências

técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a

integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a

prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização

de máquinas e equipamentos de todos os tipos.

O empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em

máquinas e equipamentos, capazes de garantir a saúde e a integridade física dos

trabalhadores.

São consideradas medidas de proteção, a ser adotadas nessa ordem de

prioridade:

a. medidas de proteção coletiva;

b. medidas administrativas ou de organização do trabalho; e

c. medidas de proteção individual.

Os locais de trabalho devem apresentar condições que não ofereçam

riscos aos trabalhadores e operadores de máquinas. Dentre as exigências

estabelecidas na norma regulamentadora, tem-se:

a. Os pisos dos locais onde se instalam máquinas e equipamentos devem estar

sempre limpos;

b. A área de circulação deve possuir espaço para executar movimentos com

segurança;

c. A distância mínima entre máquinas e equipamentos, distância entre máquinas e

vias de circulação possuem tamanhos estabelecidos pela norma.

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

9Inspeção de Segurança

As instalações elétricas das máquinas e equipamentos devem ser

projetadas e mantidas de modo a prevenir, por meios seguros, os perigos de choque

elétrico, incêndio, explosão e outros tipos de acidentes.

São proibidas nas máquinas e equipamentos:

a. a utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada;

b. a utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos; e

c. a existência de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam energia

elétrica.

As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivos de acionamento e

parada de modo que:

a. Seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho;

b. Não se localize na zona perigosa de máquina ou do equipamento;

c. Possa ser acionado ou desligado em caso de emergência, por outra pessoa que

não seja o operador;

d. Não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador, ou de

qualquer outra forma acidental;

e. Não acarrete riscos adicionais.

As máquinas devem ser equipadas com um ou mais dispositivos de

parada de emergência, por meio dos quais possam ser evitadas situações de perigo

latentes e existentes. Os dispositivos de parada de emergência devem ser

posicionados em locais de fácil acesso e visualização pelos operadores em seus

postos de trabalho e por outras pessoas, e mantidos permanentemente

desobstruídos.

A função parada de emergência não deve:

a. prejudicar a eficiência de sistemas de segurança ou dispositivos com funções

relacionadas com a segurança;

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

10Inspeção de Segurança

b. prejudicar qualquer meio projetado para resgatar pessoas acidentadas; e

c. gerar risco adicional.

Assentos e mesas das máquinas e equipamentos de trabalho devem ter

altura e posição de modo a permitir conforto e evite fadiga ao exercer uma atividade

repetitiva.

As máquinas e equipamentos devem ser submetidos à manutenção

preventiva e corretiva, na forma e periodicidade determinada pelo fabricante.

As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se

encontram, devem possuir sinalização de segurança para advertir os trabalhadores

e terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e

manutenção e outras informações necessárias para garantir a integridade física e a

saúde dos trabalhadores.

As máquinas e equipamentos devem possuir manual de instruções

fornecido pelo fabricante ou importador, com informações relativas à segurança em

todas as fases de utilização. Os manuais devem:

a. ser escritos na língua portuguesa - Brasil, com caracteres de tipo e tamanho

que possibilitem a melhor legibilidade possível, acompanhado das ilustrações

explicativas;

b. ser objetivos, claros, sem ambiguidades e em linguagem de fácil compreensão;

c. ter sinais ou avisos referentes à segurança realçados; e

d. permanecer disponíveis a todos os usuários nos locais de trabalho.

Os trabalhadores envolvidos na operação, manutenção, inspeção e

demais intervenções em máquinas e equipamentos devem receber capacitação

providenciada pelo empregador e compatível com suas funções, que aborde os

riscos a que estão expostos e as medidas de proteção existentes e necessárias para

a prevenção de acidentes e doenças.

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

11Inspeção de Segurança

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

12Inspeção de Segurança

6. NR 18 – CONDIÇÃO E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

Esta NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e

de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas

preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de

trabalho na Indústria da Construção. Ou seja, rege a SST no canteiro de obras.

As atividades da Indústria da Construção são apresentadas na NR 4 -

Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho,

além de atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção

de edifícios em geral, de qualquer número de pavimentos ou tipo de construção,

inclusive manutenção de obras de urbanização e paisagismo.

É vedado o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de

obras, sem que estejam assegurados pelas medidas previstas nesta NR e

compatíveis com a fase da obra. Dessa forma, é proibida inclusive a entrada de

profissionais no canteiro de obra para entrega de materiais se não estivirem

utilzando capacete, bota, etc.

A observância do estabelecido nesta NR não desobriga os empregadores

do cumprimento das disposições relativas às condições e meio ambiente de

trabalho, determinadas na legislação federal, estadual e/ou municipal, e em outras

estabelecidas em negociações coletivas de trabalho.

6.1 Comunicação Prévia

É obrigatória a comunicação à Delegacia Regional do Trabalho, antes do

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

13Inspeção de Segurança

início das atividades, das seguintes informações:

a. endereço correto da obra;

b. endereço correto e qualificação (CEI,CGC ou CPF) do contratante, empregador

ou condomínio;

c. tipo de obra;

d. datas previstas do início e conclusão da obra;

e. número máximo previsto de trabalhadores na obra.

Vale ressaltar que esse número deve ser previsto para o dia com a maior

quantidade de trabalhadores no canteiro, mesmo que este número seja alcançado

num único dia e seja extremamente superior à média diária.

6.2 Programa de Condições e Meio de Trabalho na Indústria da

Construção (PCMAT)

São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos

estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos

desta NR e outros dispositivos complementares de segurança.

O PCMAT deve contemplar as exigências contidas na NR 9 - Programa

de Prevenção e Riscos Ambientais.

O PCMAT deve ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão

regional do Ministério do Trabalho - MTb. E deve ser elaborado e executado por

profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho. A

implementação do PCMAT nos estabelecimentos é de responsabilidade do

empregador ou condomínio. Por condomínio entende-se o conjunto de empreiteiras

responsável pela obra, quando for o caso.

Documentos que integram o PCMAT:

a. memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

14Inspeção de Segurança

operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do

trabalho e suas respectivas medidas preventivas;

b. projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas

de execução da obra;

c. especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;

d. cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT;

e. layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de

dimensionamento das áreas de vivência;

f. programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e

doenças do trabalho, com sua carga horária.

6.3 Áreas de Vivência

Os canteiros de obras devem dispor de:

instalações sanitárias;

vestiário;

alojamento;

local de refeições;

cozinha, quando houver preparo de refeições;

lavanderia;

área de lazer;

ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinqüenta) ou mais

trabalhadores.

O alojamento, a lavandeira e a área de lazer é necessária apenas se houver

trabalhadores alojados.

As áreas de vivência devem ser mantidas em perfeito estado de

conservação, higiene e limpeza.

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

15Inspeção de Segurança

Instalações móveis, inclusive contêineres, serão aceitas em áreas de

vivência de canteiro de obras e frentes de trabalho, desde que, cada módulo:

a. possua área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% (quinze por cento)

da área do piso, composta por, no mínimo, duas aberturas adequadamente

dispostas para permitir eficaz ventilação interna;

b. garanta condições de conforto térmico;

c. possua pé direito mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);

d. garanta os demais requisitos mínimos de conforto e higiene estabelecidos nesta

NR;

e. possua proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos, além do

aterramento elétrico.

Nas instalações móveis, inclusive contêineres, destinadas a alojamentos

com camas duplas, tipo beliche, a altura livre entre uma cama e outra é, no mínimo,

de 0,90m (noventa centímetros).

Tratando-se de adaptação de contêineres, originalmente utilizados no

transporte ou acondicionamento de cargas, deverá ser mantido no canteiro de obras,

à disposição da fiscalização do trabalho e do sindicato profissional, laudo técnico

elaborado por profissional legalmente habilitado, relativo a ausência de riscos

químicos, biológicos e físicos (especificamente para radiações) com a identificação

da empresa responsável pela adaptação.

Instalações Sanitárias

Entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio corporal

e/ou ao atendimento das necessidades fisiológicas de excreção. É proibida a

utilização das instalações sanitárias para outros fins que não aqueles aqui previstos.

As instalações sanitárias devem:

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

16Inspeção de Segurança

a. ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene;

b. ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo

a manter o resguardo conveniente;

c. ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira;

d. ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante;

e. não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições;

f. ser independente para homens e mulheres, quando necessário;

g. ter ventilação e iluminação adequadas;

h. ter instalações elétricas adequadamente protegidas;

i. ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou

respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município da obra;

j. estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um

deslocamento superior a 150 (cento e cinqüenta) metros do posto de trabalho

aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios.

A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e

mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte)

trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade

para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração.

Por exemplo, num canteiro com previsão de 50 trabalhadores, deve-se ter

5 chuveiros (1 unidade para cada 10 trabalhadores) e 3 conjuntos de lavatório, vaso

sanitário e mictório (2 para os primeiros 40 e 1 conjunto para a fração restante – 10

trabalhadores).

Lavatórios

Os lavatórios (pias) devem:

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

17Inspeção de Segurança

a. ser individual ou coletivo, tipo calha;

b. possuir torneira de metal ou de plástico;

c. ficar a uma altura de 0,90m (noventa centímetros);

d. ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando houver;

e. ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;

f. ter espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros),

quando coletivos;

g. dispor de recipiente para coleta de papéis usados.

Vasos Sanitários

O local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) deve:

a. ter área mínima de 1,00m² (um metro quadrado);

b. ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo, 0,15m

(quinze centímetros) de altura;

c. ter divisórias com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros);

d. ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o

fornecimento de papel higiênico.

Os vasos sanitários devem:

a. ser do tipo bacia turca (no chão) ou sifonado (comum);

b. ter caixa de descarga ou válvula automática;

c. ser ligado à rede geral de esgotos ou à fossa séptica, com interposição de

sifões hidráulicos.

Mictórios

Os mictórios devem:

a. ser individual ou coletivo, tipo calha;

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

18Inspeção de Segurança

b. ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;

c. ser providos de descarga provocada ou automática;

d. ficar a uma altura máxima de 0,50m (cinqüenta centímetros) do piso;

e. ser ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica, com interposição de

sifões hidráulicos.

No mictório tipo calha, cada segmento de 0,60m (sessenta centímetros)

deve corresponder a um mictório tipo cuba.

Chuveiros

A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80m²

(oitenta centímetros quadrados), com altura de 2,10m (dois metros e dez

centímetros) do piso.

Os pisos dos locais onde forem instalados os chuveiros devem ter

caimento que assegure o escoamento da água para a rede de esgoto, quando

houver, e ser de material antiderrapante ou provido de estrados de madeira.

Os chuveiros devem ser de metal ou plástico, individuais ou coletivos,

dispondo de água quente.

Deve haver um suporte para sabonete e cabide para toalha,

correspondente a cada chuveiro.

Os chuveiros elétricos devem ser aterrados adequadamente.

Vestiário

Todo canteiro de obra deve possuir vestiário para troca de roupa dos

trabalhadores que não residem no local.

A localização do vestiário deve ser próxima aos alojamentos e/ou à

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

19Inspeção de Segurança

entrada da obra, sem ligação direta com o local destinado às refeições.

Os vestiários devem:

a. ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;

b. ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;

c. ter cobertura que proteja contra as intempéries;

d. ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) de área do piso;

e. ter iluminação natural e/ou artificial;

f. ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado;

g. ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou

respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município, da obra;

h. ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza;

i. ter bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura

mínima de 0,30m (trinta centímetros).

Alojamento

Os alojamentos dos canteiros de obra devem:

a. ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;

b. ter piso de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;

c. ter cobertura que proteja das intempéries;

d. ter área de ventilação de no mínimo 1/10 (um décimo) da área do piso;

e. ter iluminação natural e/ou artificial;

f. ter área mínima de 3,00m² (três metros quadrados) por módulo cama/armário,

incluindo a área de circulação;

g. ter pé-direito de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) para cama

simples e de 3,00m (três metros) para camas duplas;

h. não estar situados em subsolos ou porões das edificações;

i. ter instalações elétricas adequadamente protegidas.

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20Inspeção de Segurança

É proibido o uso de 3 (três) ou mais camas na mesma vertical.

A altura livre permitida entre uma cama e outra e entre a última e o teto é

de, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros). A cama superior do beliche

deve ter proteção lateral e escada.

As dimensões mínimas das camas devem ser de 0,80m (oitenta

centímetros) por 1,90m (um metro e noventa centímetros) e distância entre o

ripamento do estrado de 0,05m (cinco centímetros), dispondo ainda de colchão com

densidade 26 (vinte e seis) e espessura mínima de 0,10m (dez centímetros).

As camas devem dispor de lençol, fronha e travesseiro em condições

adequadas de higiene, bem como cobertor, quando as condições climáticas assim o

exigirem.

Os alojamentos devem ter armários duplos individuais com as seguintes

dimensões mínimas:

1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por 0,30m (trinta

centímetros) de largura e 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade, com

separação ou prateleira, de modo que um compartimento, com a altura de 0,80m

(oitenta centímetros), se destine a abrigar a roupa de uso comum e o outro

compartimento, com a altura de 0,40m (quarenta centímetros), a guardar a roupa de

trabalho; ou

0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,50m (cinqüenta centímetros)

de largura e 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade com divisão no sentido

vertical, de forma que os compartimentos, com largura de 0,25m (vinte e cinco

centímetros), estabeleçam rigorosamente o isolamento das roupas de uso comum e

de trabalho.

Ou seja, 2 metros de altura por 0,40m de largura, separados em duas

partes: uma com 1,20m de altura e outro com 0,80m de altura; ou 0,80m de altura

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

21Inspeção de Segurança

por 0,50m de largura, sendo a metades esquerda e direita separadas igualmente.

É proibido cozinhar e aquecer qualquer tipo de refeição dentro do

alojamento.

O alojamento deve ser mantido em permanente estado de conservação,

higiene e limpeza.

É obrigatório no alojamento o fornecimento de água potável, filtrada e

fresca, para os trabalhadores por meio de bebedouros de jato inclinado ou

equipamento similar que garanta as mesmas condições, na proporção de 1 (um)

para cada grupo de 25 (vinte e cinco) trabalhadores ou fração.

É vedada a permanência de pessoas com moléstia infecto-contagiosa nos

alojamentos.

Local para refeições

Nos canteiros de obra é obrigatória a existência de local adequado para

refeições.

O local para refeições deve:

a. ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições;

b. ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável;

c. ter cobertura que proteja das intempéries;

d. ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário

das refeições;

e. ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial;

f. ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;

g. ter mesas com tampos lisos e laváveis;

h. ter assentos em número suficiente para atender aos usuários;

i. ter depósito, com tampa, para detritos;

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

22Inspeção de Segurança

j. não estar situado em subsolos ou porões das edificações;

k. não ter comunicação direta com as instalações sanitárias;

l. ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou

respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município, da obra.

Se os horários de refeições forem divididos em dois ou mais, agrupando

os trabalhadores, o espaço e a quantidade de assentos deve ser suficiente para

cada um desses grupos, ou simplesmente para o maior deles.

Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não

de cozinha, em todo canteiro de obra deve haver local exclusivo para o aquecimento

de refeições, dotado de equipamento adequado e seguro para o aquecimento.

É proibido preparar, aquecer e tomar refeições fora dos locais

estabelecidos neste subitem.

É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os

trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo

equivalente, sendo proibido o uso de copos coletivos.

Cozinha

Quando houver cozinha no canteiro de obra (ou seja, quando houver

preparo de refeições), ela deve:

a. ter ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão;

b. ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou

respeitando-se o Código de Obras do Município da obra;

c. ter paredes de alvenaria, concreto, madeira ou material equivalente;

d. ter piso de concreto, cimentado ou de outro material de fácil limpeza;

e. ter cobertura de material resistente ao fogo;

f. ter iluminação natural e/ou artificial;

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23Inspeção de Segurança

g. ter pia para lavar os alimentos e utensílios;

h. possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso

exclusivo dos encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e

utensílios, não devendo ser ligadas à caixa de gordura;

i. dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo;

j. possuir equipamento de refrigeração para preservação dos alimentos;

k. ficar adjacente ao local para refeições;

l. ter instalações elétricas adequadamente protegidas;

m. quando utilizado GLP, os botijões devem ser instalados fora do ambiente de

utilização, em área permanentemente ventilada e coberta.

É obrigatório o uso de aventais e gorros para os que trabalham na

cozinha.

Lavanderia

As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e

iluminado para que o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de

uso pessoal. Este local deve ser dotado de tanques individuais ou coletivos em

número adequado.

A empresa poderá contratar serviços de terceiros para atender ao

disposto nesse item, sem ônus para o trabalhador.

Área de lazer

Nas áreas de vivência devem ser previstos locais para recreação dos

trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeições para este fim.

6.4 Demolição

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

24Inspeção de Segurança

Antes de se iniciar a demolição, as linhas de fornecimento de energia

elétrica, água, inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos, substâncias tóxicas,

canalizações de esgoto e de escoamento de água devem ser desligadas, retiradas,

protegidas ou isoladas, respeitando-se as normas e determinações em vigor.

As construções vizinhas à obra de demolição devem ser examinadas,

prévia e periodicamente, no sentido de ser preservada sua estabilidade e a

integridade física de terceiros.

Toda demolição deve ser programada e dirigida por profissional

legalmente habilitado.

Antes de se iniciar a demolição, devem ser removidos os vidros, ripados,

estuques e outros elementos frágeis. Antes de se iniciar a demolição de um

pavimento, devem ser fechadas todas as aberturas existentes no piso, salvo as que

forem utilizadas para escoamento de materiais, ficando proibida a permanência de

pessoas nos pavimentos que possam ter sua estabilidade comprometida no

processo de demolição.

As escadas devem ser mantidas desimpedidas e livres para a circulação

de emergência e somente serão demolidas à medida em que forem sendo retirados

os materiais dos pavimentos superiores.

Objetos pesados ou volumosos devem ser removidos mediante o

emprego de dispositivos mecânicos, ficando proibido o lançamento em queda livre

de qualquer material.

A remoção dos entulhos, por gravidade, deve ser feita em calhas

fechadas de material resistente, com inclinação máxima de 45º (quarenta e cinco

graus), fixadas à edificação em todos os pavimentos. No ponto de descarga da

calha, deve existir dispositivo de fechamento.

Durante a execução de serviços de demolição, devem ser instaladas, no

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

25Inspeção de Segurança

máximo, a 2 (dois) pavimentos abaixo do que será demolido, plataformas de

retenção de entulhos, com dimensão mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta

centímetros) e inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), em todo o perímetro da

obra.

Os elementos da construção em demolição não devem ser abandonados

em posição que torne possível o seu desabamento. Os materiais das edificações,

durante a demolição e remoção, devem ser previamente umedecidos.

As paredes somente podem ser demolidas antes da estrutura quando

esta for metálica ou de concreto armado.

6.5 Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas

A área de trabalho deve ser previamente limpa, devendo ser retirados ou

escorados solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de

qualquer natureza, quando houver risco de comprometimento de sua estabilidade

durante a execução de serviços.

Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser

afetadas pela escavação devem ser escorados.

Os serviços de escavação, fundação e desmonte de rochas devem ter

responsável técnico legalmente habilitado.

Quando existir cabo subterrâneo de energia elétrica nas proximidades das

escavações, as mesmas só poderão ser iniciadas quando o cabo estiver desligado.

Na impossibilidade de desligar o cabo, devem ser tomadas medidas especiais junto

à concessionária.

Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25m

(um metro e vinte e cinco centímetros) devem ter sua estabilidade garantida por

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

26Inspeção de Segurança

meio de estruturas dimensionadas para este fim.

Para elaboração do projeto e execução das escavações a céu aberto,

serão observadas as condições exigidas na NBR 9061/85 - Segurança de

Escavação a Céu Aberto da ABNT.

As escavações com mais de 1,25m (um metro e vinte e cinco

centímetros) de profundidade devem dispor de escadas ou rampas, colocadas

próximas aos postos de trabalho, a fim de permitir, em caso de emergência, a saída

rápida dos trabalhadores, independentemente do previsto sobre os taludes instáveis.

Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma

distância superior à metade da profundidade, medida a partir da borda do talude.

Os taludes com altura superior a 1,75m (um metro e setenta e cinco

centímetros) devem ter estabilidade garantida.

Quando houver possibilidade de infiltração ou vazamento de gás, o local

deve ser devidamente ventilado e monitorado. O monitoramento deve ser efetivado

enquanto o trabalho estiver sendo realizado para, em caso de vazamento, ser

acionado o sistema de alarme sonoro e visual.

As escavações realizadas em vias públicas ou canteiros de obras devem

ter sinalização de advertência, inclusive noturna, e barreira de isolamento em todo o

seu perímetro. Os acessos de trabalhadores, veículos e equipamentos às áreas de

escavação devem ter sinalização de advertência permanente. É proibido o acesso

de pessoas não-autorizadas às áreas de escavação e cravação de estacas.

O operador de bate-estacas deve ser qualificado e ter sua equipe

treinada.

Os cabos de sustentação do pilão devem ter comprimento para que haja,

em qualquer posição de trabalho, um mínimo de 6 (seis) voltas sobre o tambor.

Na execução de escavações e fundações sob ar comprimido, deve ser

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

27Inspeção de Segurança

obedecido o disposto no Anexo no 6 da NR 15 - Atividades e Operações Insalubres.

Na operação de desmonte de rocha a fogo, fogacho ou mista, deve haver

um blaster, responsável pelo armazenamento, preparação das cargas, carregamento

das minas, ordem de fogo, detonação e retirada das que não explodiram, destinação

adequada das sobras de explosivos e pelos dispositivos elétricos necessários às

detonações.

A área de fogo deve ser protegida contra projeção de partículas, quando

expuser a risco trabalhadores e terceiros. Nas detonações é obrigatória a existência

de alarme sonoro.

Na execução de tubulões a céu aberto, aplicam-se as disposições

constantes no item 18.20 - Locais confinados. A exigência de escoramento

(encamisamento) fica a critério do engenheiro especializado em fundações ou solo,

considerados os requisitos de segurança.

O equipamento de descida e içamento de trabalhadores e materiais

utilizado na execução de tubulões a céu aberto deve ser dotado de sistema de

segurança com travamento.

A escavação de tubulões a céu aberto, alargamento ou abertura manual

de base e execução de taludes, deve ser precedida de sondagem ou de estudo

geotécnico local. Em caso específico de tubulões a céu aberto e abertura de base, o

estudo geotécnico será obrigatório para profundidade superior a 3,00m (três metros).

6.6 Carpintaria

As operações em máquinas e equipamentos necessários à realização da

atividade de carpintaria somente podem ser realizadas por trabalhador qualificado

nos termos desta NR.

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

28Inspeção de Segurança

A serra circular deve atender às disposições a seguir:

a) ser dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces inferiores,

anterior e posterior, construída em madeira resistente e de primeira qualidade,

material metálico ou similar de resistência equivalente, sem irregularidades, com

dimensionamento suficiente para a execução das tarefas;

b) ter a carcaça do motor aterrada eletricamente;

c) o disco deve ser mantido afiado e travado, devendo ser substituído

quando apresentar trincas, dentes quebrados ou empenamentos;

d) as transmissões de força mecânica devem estar protegidas

obrigatoriamente por anteparos fixos e resistentes, não podendo ser removidos, em

hipótese alguma, durante a execução dos trabalhos;

e) ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com

identificação do fabricante e ainda coletor de serragem.

Nas operações de corte de madeira, devem ser utilizados dispositivo

empurrador e guia de alinhamento.

As lâmpadas de iluminação da carpintaria devem estar protegidas contra

impactos provenientes da projeção de partículas.

A carpintaria deve ter piso resistente, nivelado e antiderrapante, com

cobertura capaz de proteger os trabalhadores contra quedas de materiais e

intempéries.

6.7 Armações de Aço

A dobragem e o corte de vergalhões de aço em obra devem ser feitos

sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estáveis, apoiadas sobre superfícies

resistentes, niveladas e não escorregadias, afastadas da área de circulação de

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

29Inspeção de Segurança

trabalhadores.

As armações de pilares, vigas e outras estruturas verticais devem ser

apoiadas e escoradas para evitar tombamento e desmoronamento.

A área de trabalho onde está situada a bancada de armação deve ter

cobertura resistente para proteção dos trabalhadores contra a queda de materiais e

intempéries. As lâmpadas de iluminação da área de trabalho da armação de aço

devem estar protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas ou

de vergalhões.

É obrigatória a colocação de pranchas de madeira firmemente apoiadas

sobre as armações nas fôrmas, para a circulação de operários.

É proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço

desprotegidas.

Durante a descarga de vergalhões de aço, a área deve ser isolada.

6.8 Estruturas de Concreto

As fôrmas devem ser projetadas e construídas de modo que resistam às

cargas máximas de serviço.

O uso de fôrmas deslizantes deve ser supervisionado por profissional

legalmente habilitado. Os suportes e escoras de fôrmas devem ser inspecionados

antes e durante a concretagem por trabalhador qualificado.

Durante a desforma devem ser viabilizados meios que impeçam a queda

livre de seções de fôrmas e escoramentos, sendo obrigatórios a amarração das

peças e o isolamento e sinalização ao nível do terreno.

As armações de pilares devem ser estaiadas ou escoradas antes do

cimbramento.

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

30Inspeção de Segurança

Durante as operações de protensão de cabos de aço, é proibida a

permanência de trabalhadores atrás dos macacos ou sobre estes, ou outros

dispositivos de protensão, devendo a área ser isolada e sinalizada.

Os dispositivos e equipamentos usados em protensão devem ser

inspecionados por profissional legalmente habilitado antes de serem iniciados os

trabalhos e durante os mesmos.

As conexões dos dutos transportadores de concreto devem possuir

dispositivos de segurança para impedir a separação das partes, quando o sistema

estiver sob pressão. As peças e máquinas do sistema transportador de concreto

devem ser inspecionadas por trabalhador qualificado, antes do início dos trabalhos.

No local onde se executa a concretagem, somente deve permanecer a

equipe indispensável para a execução dessa tarefa.

Os vibradores de imersão e de placas devem ter dupla isolação e os

cabos de ligação ser protegidos contra choques mecânicos e cortes pela ferragem,

devendo ser inspecionados antes e durante a utilização.

As caçambas transportadoras de concreto devem ter dispositivos de

segurança que impeçam o seu descarregamento acidental.

6.9 Estruturas Metálicas

As peças devem estar previamente fixadas antes de serem soldadas,

rebitadas ou parafusadas.

Na edificação de estrutura metálica, abaixo dos serviços de rebitagem,

parafusagem ou soldagem, deve ser mantido piso provisório, abrangendo toda a

área de trabalho situada no piso imediatamente inferior. O piso provisório deve ser

montado sem frestas, a fim de se evitar queda de materiais ou equipamentos.

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

31Inspeção de Segurança

Quando necessária a complementação do piso provisório, devem ser instaladas

redes de proteção junto às colunas.

Deve ficar à disposição do trabalhador, em seu posto de trabalho,

recipiente adequado para depositar pinos, rebites, parafusos e ferramentas.

As peças estruturais pré-fabricadas devem ter pesos e dimensões

compatíveis com os equipamentos de transportar e guindar. Os elementos

componentes da estrutura metálica não devem possuir rebarbas.

Quando for necessária a montagem, próximo às linhas elétricas

energizadas, deve-se proceder ao desligamento da rede, afastamento dos locais

energizados, proteção das linhas, além do aterramento da estrutura e equipamentos

que estão sendo utilizados.

A colocação de pilares e vigas deve ser feita de maneira que, ainda

suspensos pelo equipamento de guindar, se executem a prumagem, marcação e

fixação das peças.

6.10 Operações de Soldagem e Corte a Quente

As operações de soldagem e corte a quente somente podem ser

realizadas por trabalhadores qualificados.

Quando forem executadas operações de soldagem e corte a quente em

chumbo, zinco ou materiais revestidos de cádmio, será obrigatória a remoção por

ventilação local exaustora dos fumos originados no processo de solda e corte, bem

como na utilização de eletrodos revestidos.

O dispositivo usado para manusear eletrodos deve ter isolamento

adequado à corrente usada, a fim de se evitar a formação de arco elétrico ou

choques no operador.

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32Inspeção de Segurança

Nas operações de soldagem e corte a quente, é obrigatória a utilização de

anteparo eficaz para a proteção dos trabalhadores circunvizinhos. O material

utilizado nesta proteção deve ser do tipo incombustível.

Nas operações de soldagem ou corte a quente de vasilhame, recipiente,

tanque ou similar, que envolvam geração de gases confinados ou semiconfinados, é

obrigatória a adoção de medidas preventivas adicionais para eliminar riscos de

explosão e intoxicação do trabalhador, conforme mencionado no item 18.20 - Locais

confinados.

As mangueiras devem possuir mecanismos contra o retrocesso das

chamas na saída do cilindro e chegada do maçarico.

É proibida a presença de substâncias inflamáveis e/ou explosivas próximo

às garrafas de O2 (oxigênio).

Os equipamentos de soldagem elétrica devem ser aterrados. Os fios

condutores dos equipamentos, as pinças ou os alicates de soldagem devem ser

mantidos longe de locais com óleo, graxa ou umidade, e devem ser deixados em

descanso sobre superfícies isolantes.

6.11 Escadas, Rampas e Passarelas

Para construção de escadas, rampas e passaras deverá ser utilizada uma

madeira de boa qualidade e resistência sem apresentar nós e rachaduras que

comprometam sua resistência, estar seca, sendo proibido o uso de pintura que

encubra imperfeições.

Há que se observar, ainda os materiais para construí-las, devendo ser de

construção sólida e conter corrimão e rodapé.

A escada de mão só servirá para acessos provisórios e serviços de

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

33Inspeção de Segurança

pequeno porte, sendo proibido seu uso com montante único e próximo a redes e

equipamentos elétricos desprotegidos.

Deve-se evitar ressaltos entre o piso da passarela e o piso do terreno.

As rampas devem ser mantidas limpas, desobstruídas e em condições de

funcionalidade e segurança. Os apoios das extremidades das passarelas devem ser

dimensionados de acordo com o comprimento total das mesmas e das cargas e

esforços que estarão submetidas.

6.12 Medidas de Proteção Contra Quedas de Altura

É obrigatório o uso de medidas de proteção coletiva em local que houver

perigo de queda de trabalhadores ou projeção de materiais. Tais medidas são

utilizadas para segurança dos trabalhadores.

Deve ser feito o fechamento provisório das aberturas de pisos, de

elevadores, colocação de guarda-corpos, rodapés, telas de periferia de lajes ou

similares, instalação de plataformas de proteção a cada três lajes e o fechamento da

edificação com tela.

6.13 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas

Os equipamentos de movimentação e transporte de materiais devem ter

durabilidade, alta produtividade e custo baixo de manutenção, devendo ser

dimensionados por profissional legalmente habilitado.

A montagem e desmontagem serão realizadas por trabalhador

qualificado, sendo a manutenção também executada por este, sob a supervisão de

um profissional legalmente habilitado.

Toda a operação de transporte pode oferecer riscos para a saúde e vida

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

34Inspeção de Segurança

de quem trabalha na obra, por isso devem ser adotadas medidas preventivas: na

execução do transporte deve ser proibida a circulação de pessoas sob a área de

movimentação da carga; se o local de lançamento de concreto não for visível pelo

operador do equipamento de transporte ou bomba de concreto, deverá ser usado

um sistema de sinalização, sonoro ou visual, ou haver comunicação pelo telefone ou

radio.

É importante ter grande cuidado com movimentos de máquinas e

equipamentos nas proximidades de redes elétricas, devendo manter um

afastamento de no mínimo, 5m destas.

O trabalhador deve ter atenção ao efetuar o levantamento manual,

observando sempre que seu esforço físico seja compatível com sua capacidade de

força, para que ele não venha a sofrer lesões dorsais graves ou hérnias.

É proibido o transporte de pessoas nos elevadores de materiais e de

qualquer trabalho com grua sob intempéries ou outras condições desfavoráveis.

Deve haver o aterramento de grua e, quando necessário dispuser de pára-raios.

6.14 Andaimes e Plataformas de Trabalho

O Dimensionamento do andaime deve ser realizado por profissional

legalmente habilitado. Deve-se verificar o dimensionamento do andaime, de modo

que este possa suportar de forma segura as cargas de trabalho a que estarão

sujeitos.

Os pisos para andaimes devem conter forração completa, antiderrapante

e ser nivelada. Os andaimes também devem ser dotados de guarda-corpos e roda-

pé em todo perímetro. Os andaimes fachadeiros devem ser protegidos por tela.

É proibida a fixação das vigas de sustentação por meio de sacos de areia,

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

35Inspeção de Segurança

latas de concreto ou similar. Também, é proibido o uso de cordas de fibras naturais

ou artificiais para sustentação de andaimes e a interligação de andaimes suspensos

leves.

6.15 Cabos de Aço e de Fibra Sintética

A resistência do cabo de aço depende da utilização, dimensionamento e

conservação destes nas obras de construção civil. Por isso, eles não devem ter

emendas nem pernas quebradas que possam comprometer sua segurança.

A resistência à tração do cabo deverá ter 160 Kgf/mm². Os cabos serão

fixados através de dispositivos que evitem o desgaste e o deslizamento.

6.16 Alvenaria, Revestimentos e Acabamentos

No procedimento de alvenaria, revestimento e acabamento deverão ser

utilizadas técnicas que garantam a estabilidade das paredes de alvenaria da

periferia.

Deve ser feita a interdição ou proteção contra quedas dos locais abaixo

das áreas de colocação de vidros, assim como a sinalização e isolamento da área

para evitar que os trabalhadores do piso inferior sejam atingidos por queda de

materiais e equipamentos.

6.17 Telhados e Coberturas

Para trabalho em telhados e coberturas devem ser utilizados dispositivos

dimensionados por profissional legalmente habilitado e que permitam a

movimentação segura dos trabalhadores.

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36Inspeção de Segurança

É obrigatória a instalação de cabo guia ou cabo de segurança para

fixação de mecanismo de ligação por talabarte acoplado ao cinto de segurança tipo

pára-quedista. O cabo de segurança deve ter sua(s) extremidade(s) fixada(s) à

estrutura definitiva da edificação, por meio de espera(s) de ancoragem, suporte ou

grampo(s) de fixação de aço inoxidável ou outro material de resistência, qualidade e

durabilidade equivalentes.

Nos locais sob as áreas onde se desenvolvam trabalhos em telhados e ou

coberturas, é obrigatória a existência de sinalização de advertência e de isolamento

da área capazes de evitar a ocorrência de acidentes por eventual queda de

materiais, ferramentas e ou equipamentos.

É proibida a realização de trabalho ou atividades em telhados ou

coberturas sobre fornos ou qualquer equipamento do qual possa haver emanação

de gases, provenientes ou não de processos industriais.

Havendo equipamento com emanação de gases, o mesmo deve ser

desligado previamente à realização de serviços ou atividades em telhados ou

coberturas.

É proibida a realização de trabalho ou atividades em telhados ou

coberturas em caso de ocorrência de chuvas, ventos fortes ou superfícies

escorregadias.

Os serviços de execução, manutenção, ampliação e reforma em telhados

ou coberturas devem ser precedidos de inspeção e de elaboração de Ordens de

Serviço ou Permissões para Trabalho, contendo os procedimentos a serem

adotados.

É proibida a concentração de cargas em um mesmo ponto sobre telhado

ou cobertura.

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37Inspeção de Segurança

6.18 Serviços em Flutuantes

Na execução de trabalhos com risco de queda n'água, devem ser usados

coletes salva-vidas ou outros equipamentos de flutuação. Deve haver sempre, nas

proximidades e em local de fácil acesso, botes salva-vidas em número suficiente e

devidamente equipados.

As plataformas de trabalho devem ser providas de linhas de segurança

ancoradas em terra firme, que possam ser usadas quando as condições

meteorológicas não permitirem a utilização de embarcações.

Na execução de trabalho noturno sobre a água, toda a sinalização de

segurança da plataforma e o equipamento de salvamento devem ser iluminados com

lâmpadas à prova d'água. O sistema de iluminação deve ser estanque.

As superfícies de sustentação das plataformas de trabalho devem ser

antiderrapantes.

É proibido deixar materiais e ferramentas soltos sobre as plataformas de

trabalho.

Ao redor das plataformas de trabalho, devem ser instalados guarda-

corpos, firmemente fixados à estrutura. Em quaisquer atividades, é obrigatória a

presença permanente de profissional em salvamento, primeiros socorros e

ressuscitamento cardiorrespiratório.

Os serviços em flutuantes devem atender às disposições constantes no

Regulamento para o Tráfego Marítimo e no Regulamento Internacional para Evitar

Abalroamentos no Mar - RIPEAM 72, do Ministério da Marinha.

Os coletes salva-vidas devem ser de cor laranja, conter o nome da

empresa e a capacidade máxima representada em Kg (quilograma). Os coletes

salva-vidas devem ser em número idêntico ao de trabalhadores e tripulantes. É

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

38Inspeção de Segurança

obrigatório o uso de botas com elástico lateral.

É proibido conservar à bordo trapos embebidos em óleo ou qualquer outra

substância volátil. É obrigatória a instalação de extintores de incêndio em número e

capacidade adequados.

6.19 Locais Confinados

Nas atividades que exponham os trabalhadores a riscos de asfixia,

explosão, intoxicação e doenças do trabalho devem ser adotadas medidas especiais

de proteção, a saber:

a. treinamento e orientação para os trabalhadores quanto aos riscos a que estão

submetidos, a forma de preveni-los e o procedimento a ser adotado em situação

de risco;

b. nos serviços em que se utilizem produtos químicos, os trabalhadores não

poderão realizar suas atividades sem a utilização de EPI adequado;

c. a realização de trabalho em recintos confinados deve ser precedida de inspeção

prévia e elaboração de ordem de serviço com os procedimentos a serem

adotados;

d. monitoramento permanente de substância que cause asfixia, explosão e

intoxicação no interior de locais confinados realizado por trabalhador qualificado

sob supervisão de responsável técnico;

e. proibição de uso de oxigênio para ventilação de local confinado;

f. ventilação local exaustora eficaz que faça a extração dos contaminantes e

ventilação geral que execute a insuflação de ar para o interior do ambiente,

garantindo de forma permanente a renovação contínua do ar;

g. sinalização com informação clara e permanente durante a realização de

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

39Inspeção de Segurança

trabalhos no interior de espaços confinados;

h. uso de cordas ou cabos de segurança e armaduras para amarração que

possibilitem meios seguros de resgate;

i. acondicionamento adequado de substâncias tóxicas ou inflamáveis utilizadas na

aplicação de laminados, pisos, papéis de parede ou similares;

j. a cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores, dois deles devem ser treinados para

resgate;

k. manter ao alcance dos trabalhadores, ar mandado e/ou equipamento autônomo

para resgate;

l. no caso de manutenção de tanque, providenciar desgaseificação prévia antes

da execução do trabalho.

6.20 Instalações Elétricas

Toda a execução e manutenção de instalação elétrica devem ser

dimensionadas por profissional legalmente habilitado, responsável também pela

supervisão.

O circuito elétrico deve estar desenergizado para execução de qualquer

tipo de serviço em instalações elétricas. É proibida a exposição de partes vivas de

circuitos e equipamentos elétricos, sendo necessário o isolamento adequado.

Devem ser instalados transformadores e estações abaixadoras de tensão

em local isolado, devendo ser feito ainda, o aterramento das estruturas e carcaças

de equipamentos elétricos.

6.21 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas

Os procedimentos feitos com máquinas e equipamentos que exponham o

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40Inspeção de Segurança

operador ou terceiros a riscos só poderão ser procedidos por trabalhadores

qualificados e identificados.

O abastecimento de máquinas e equipamentos com motor a explosão

também deverá ser realizado por trabalhador qualificado, assim como a operação de

ferramentas de fixação a pólvora.

Na execução com máquinas e equipamentos deve haver proteção de

todas as partes móveis de motores, transmissões e partes perigosas. Também deve

haver proteção das máquinas e equipamentos que ofereçam riscos de ruptura de

suas partes móveis, projeção de peças ou de partículas de materiais.

Os equipamentos que operam em marcha ré devem conter alarme

sonoro.

Deve ser proibida a permanência de pessoas na zona de trabalho da

máquina, o caminho deve ser sempre sinalizado e a máquina deve ser coberta

contra intempéries.

6.22 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Os EPI servem para proteção da saúde do trabalhador e devem ser

testados e aprovados pela autoridade competente para comprovar sua eficácia.

O Ministério do Trabalho atesta a qualidade dos EPI disponíveis no

mercado através da emissão do Certificado de Aprovação (C.A.). O fornecimento e a

comercialização de EPI sem Certificado de Aprovação é crime, tanto o comerciante

quanto o empregador estão sujeitos às penalidades previstas em lei.

A empresa é obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, EPI

adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento,

consoante as disposições contidas na NR 6 – Equipamento de Proteção Individual -

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41Inspeção de Segurança

EPI.

6.23 Armazenamentos e Estocagem de Materiais

Para uma correta armazenagem dos materiais na obra, é importante que,

no planejamento da obra, sejam as áreas de estocagem dos materiais, a maneira

correta de ser efetuado o armazenamento para poder garantir sua estabilidade.

O armazenamento e a estocagem de materiais devem ser feita de forma

que não prejudique o trânsito de pessoas e o acesso a equipamentos de combate a

incêndio.

Os materiais devem ser empilhados de modo que facilite o manuseio.

Deve se manter em pisos elevados, sem proteção, o empilhamento de

materiais afastados a uma distancia equivalente à altura da pilha.

Os depósitos de armazenamento devem ser seguros de maneira que

previna danos ou deterioração de materiais pendentes de uso ou expedição.

Deve-se ter cuidado no transporte e armazenamento de recipientes de

gases. Também tem que haver verificação dos materiais em estoque em intervalos

apropriados, para que assim possa se detectar deterioração.

6.24 Transporte de Trabalhadores em Veículos Automotores

O transporte coletivo de trabalhadores em veículos automotores dentro do

canteiro ou fora dele deve observar as normas de segurança vigentes.

O transporte coletivo dos trabalhadores deve ser feito através de meios

de transportes normalizados pelas entidades competentes e adequados às

características do percurso.

O transporte coletivo dos trabalhadores deve ter autorização prévia da

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42Inspeção de Segurança

autoridade competente, devendo o condutor mantê-la no veículo durante todo o

percurso.

A condução do veículo deve ser feita por condutor habilitado para o

transporte coletivo de passageiros.

A utilização de veículos, a título precário para transporte de passageiros,

somente será permitida em vias que não apresentem condições de tráfego para

ônibus. Neste caso, os veículos devem apresentar as seguintes condições mínimas

de segurança:

a. carroceria em todo o perímetro do veículo, com guardas altas e cobertura de

altura livre de 2,10m (dois metros e dez centímetros) em relação ao piso da

carroceria, ambas com material de boa qualidade e resistência estrutural que

evite o esmagamento e não permita a projeção de pessoas em caso de colisão

e/ou tombamento do veículo;

b. assentos com espuma revestida de 0,45m (quarenta e cinco centímetros) de

largura por 0,35m (trinta e cinco centímetros) de profundidade de 0,45m

(quarenta e cinco centímetros) de altura com encosto e cinto de segurança tipo

3 (três) pontos;

c. barras de apoio para as mãos a 0,10m (dez centímetros) da cobertura e para os

braços e mãos entre os assentos;

d. a capacidade de transporte de trabalhadores será dimensionada em função da

área dos assentos acrescida do corredor de passagem de pelo menos 0,80m

(oitenta centímetros) de largura;

e. o material transportado, como ferramentas e equipamentos, deve estar

acondicionado em compartimentos separados dos trabalhadores, de forma a

não causar lesões aos mesmos numa eventual ocorrência de acidente com o

veículo;

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

43Inspeção de Segurança

f. escada, com corrimão, para acesso pela traseira da carroceria, sistemas de

ventilação nas guardas altas e de comunicação entre a cobertura e a cabine do

veículo;

g. só será permitido o transporte de trabalhadores acomodados nos assentos

acima dimensionados.

6.25 Proteção Contra Incêndio

Com relação à proteção contra incêndio, deve-se ter cuidado com o

sistema de alarme e treinar equipes de operários para o correto manejo do material

disponível para primeiro combate ao fogo.

Devem ser instalados equipamentos de combate ao fogo, devendo haver

um treinamento adequado para os componentes da brigada, de modo que eles

saibam localizar, de imediato, os equipamentos de combate ao fogo, utilizem o

extintor e engatem as mangueiras de forma correta.

É proibido fumar, portar cigarros e produzir centelhamento nos locais

confinados, quando se estiver em manuseio com materiais combustíveis, inflamáveis

e explosivos. Deve-se utilizar lâmpadas e luminárias à prova de explosão e instalar

um sistema de ventilação adequado e com sinalização.

6.26 Sinalização de Segurança

É de suma importância o emprego da sinalização de segurança na obra,

pois previne e permite identificar perigos, diminuindo assim os riscos para a

segurança e saúde dos operários.

O trabalhador deve usar o colete ou tiras refletivas na região do tórax e

costas, quando estiver em serviço em vias públicas, sinalizando acessos ao canteiro

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

44Inspeção de Segurança

de obras e frentes de serviços ou em movimentação e transporte vertical de

materiais.

O canteiro de obra deve ser sinalizado com o objetivo de:

a. identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;

b. indicar as saídas por meio de dizeres ou setas;

c. manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares;

d. advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis

das máquinas e equipamentos.

e. advertir quanto a risco de queda;

f. alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade

executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de

trabalho;

g. alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais

por grua, guincho e guindaste;

h. identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra;

i. advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for inferior

a 1,80m (um metro e oitenta centímetros);

j. identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e

radioativas.

6.27 Treinamento

Todos os empregados devem ter treinamento admissional e periódico

para prevenir acidentes.

Para que o treinamento seja mais eficaz é importante os trabalhadores

receberem cópias dos procedimentos e operações a serem realizadas com

segurança.

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45Inspeção de Segurança

O treinamento admissional deverá ser efetuado para informar sobre as

condições e meio ambiente de trabalho, os riscos inerentes à sua função, o uso

adequado dos equipamentos de proteção individual e sobre os equipamentos de

proteção coletiva - EPC, existentes no canteiro de obras.

6.28 Ordem e Limpeza

A obra deve ser organizada e limpa desde seu início, pois quando um

canteiro está ordenado e limpo diminuem as confusões e os trabalhos realizados

são mais eficazes.

O canteiro deve apresentar-se organizado, limpo, desimpedindo,

notadamente as vias de circulação, passagens e escadarias. Deve haver coletas e

remoção de entulho e quaisquer sobras de material, por meio de equipamentos

mecânicos ou calhas fechadas.

É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do

canteiro.

6.29 Tapumes e Galerias

Antes de se começar qualquer atividade em uma obra de construção, é

comum a construção de tapumes e galerias como medidas de proteção ao público.

Devem ser construídas galerias em obras com mais de dois pavimentos,

executadas no alinhamento do logradouro. As edificações vizinhas também devem

ser protegidas.

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46Inspeção de Segurança

7. NR 24 – CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS

LOCAIS DE TRABALHO

Os locais de trabalho devem assegurar condições de higiene e de

conforto aos trabalhadores, sendo que é necessário a instalação de banheiros e

lavatórios adequados, um lugar para que eles possam esquentar e comer a sua

refeição e um local para guardar roupas e pertences. Instalações adequadas podem

ter um efeito positivo na saúde e bem-estar do trabalhador.

As instalações sanitárias e de conforto devem ser mantidas em estado de

conservação, asseio e higiene. Além disso, os ambientes devem estar sempre bem

ventilados e iluminados.

O empregador sempre que contratar terceiros para a prestação de

serviços em seus estabelecimentos deve estender aos trabalhadores da contratada

as mesmas condições de higiene e conforto oferecidas aos seus próprios

empregados.

Caberá à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Cipa e ao

Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT, quando

houver, promoverem a divulgação e zelar pela observância desta Norma.

Os sindicatos de trabalhadores que tiverem conhecimento de

irregularidades quanto ao cumprimento desta Norma poderão denunciá-las ao

Ministério do Trabalho e solicitar a fiscalização dos respectivos órgãos regionais.

A NR 24 estabelece condições mínimas exigidas para dimensionamento e

implantação de instalações sanitárias, refeitórios, cozinhas, alojamentos e vestiários.

Nos casos em que o estabelecimento não estiver em conformidade com os itens

desta norma, o órgão regional competente em Segurança e Medicina do Trabalho

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

47Inspeção de Segurança

poderá, à vista de perícia local, exigir alterações de metragem que atendam ao

mínimo de conforto exigível.

Nos estabelecimentos comerciais, bancários, securitários, de escritório e

afins, poderá a autoridade local competente em matéria de Segurança e Medicina do

Trabalho, em decisão fundamentada, submetida à homologação do Delegado

Regional do Trabalho, dispensar ou reduzir as condições de dimensionamento

(número de mictórios e de chuveiros...) estabelecidos nesta NR.

As instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas e alojamentos

devem atender aos seguintes requisitos:

a. Paredes construídas em alvenaria de tijolo comum ou de concreto e revestidas

com material impermeável, lavável, liso e resistente;

b. Nos refeitórios as paredes devem ser revestidas com material impermeável até a

altura de 1,50m. Nas cozinhas, as paredes devem ser laváveis em toda a sua

extensão;

c. Pisos impermeáveis, laváveis, de acabamento liso inclinado para os ralos

providos de sifões hidráulicos;

d. Nos alojamentos os pisos devem apresentar ainda acabamento áspero;

e. Fiação da rede de iluminação protegida por eletroduto;

f. Telhas translúcidas para melhorar a iluminação natural nas instalações sanitárias

e vestiários.

Quanto à rede hidráulica esta será abastecida por caixa d’água elevada, a

qual deverá ter altura suficiente para permitir bom funcionamento nas tomadas de

água e contar com reserva para combate a incêndio. Deve haver canalização com

tomada d’água exclusivamente para uso contra incêndio.

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48Inspeção de Segurança

7.1 Água potável

Em todos os locais de trabalho deverá ser fornecida aos trabalhadores

água potável, em condições higiênicas, sendo proibido o uso de recipientes

coletivos. Deve-se garantir o suprimento de água potável e fresca em quantidade

superior a 250ml por hora/homem trabalho.

Onde houver rede de abastecimento de água, deverão existir bebedouros

de jato inclinado e guarda protetora, obedecendo a proporção de 1 bebedouro para

cada 50 empregados. Quando não for possível obter água potável corrente, esta

deverá ser fornecida em recipientes portáteis hermeticamente fechados de material

adequado e construídos de maneira a permitir fácil limpeza.

A água não-potável para uso no local de trabalho ficará separada e deve

ser afixado aviso de advertência da sua não-potabilidade.

7.2 Instalações Sanitárias

Os locais onde se encontrarem instalações sanitárias deverão ser

submetidos a processo permanente de higienização, de sorte que sejam mantidos

limpos e desprovidos de quaisquer odores, durante toda a jornada de trabalho.

As instalações sanitárias não poderão se comunicar diretamente com os

locais de trabalho nem com os locais destinados às refeições. Nas indústrias de

gêneros alimentícios, o isolamento das privadas deverá ser o mais rigoroso possível,

a fim de evitar poluição ou contaminação dos locais de trabalho. No caso de as

instalações sanitárias se situarem fora do corpo do estabelecimento, a comunicação

com o mesmo deve ser feita por passagens cobertas.

As instalações sanitárias deverão dispor de água canalizada e esgoto

FERNANDO HENRIQUE PORTO, LOK SUET LI, LUCIA CORRÊA – 06/05/2013

49Inspeção de Segurança

ligado à rede geral ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos.

Serão previstos 60 (sessenta) litros diários de água por trabalhador para o

consumo nas instalações sanitárias.

7.3 Sanitários

Os vasos sanitários deverão:

a. ser sifonados;

b. ser separadas por sexo;

c. ser instalados em compartimentos individuais;

d. ser ventilados para o exterior;

e. ter paredes divisórias com altura mínima de 2,10m (dois metros e dez

centímetros) e seu bordo inferior não poderá situar-se a mais de 0,15m (quinze

centímetros) acima do pavimento.

É considerada satisfatória a metragem de 1m² para cada sanitário, por 20

operários em atividade.

7.4 Mictório

O mictório deverá ser de porcelana vitrificada ou de outro material

equivalente, liso e impermeável, provido de aparelho de descarga provocada ou

automática, de fácil escoamento e limpeza, podendo apresentar a conformação do

tipo calha ou cuba.

No mictório do tipo calha, de uso coletivo, cada segmento, no mínimo de

0,60m, corresponderá a 1 mictório do tipo cuba.

7.5 Lavatório

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50Inspeção de Segurança

Os lavatórios poderão ser formados por calhas revestidas com materiais

impermeáveis e laváveis, possuindo torneiras de metal, tipo comum, espaçadas de

0,60m (sessenta centímetros), devendo haver disposição de 1 (uma) torneira para

cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores.

Nas atividades ou operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição

a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias

que provoquem sujidade, será exigido, no conjunto de instalações sanitárias, um

lavatório para cada 10 (dez) trabalhadores e devem ser aplicados próximos aos

locais de atividades.

O lavatório deverá ser provido de material para a limpeza, enxugo ou

secagem das mãos, proibindo-se o uso de toalhas coletivas.

7.6 Chuveiros

Será exigido 1 chuveiro para cada 10 trabalhadores nas atividades ou

operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas,

irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade,

e nos casos em que estejam expostos a calor intenso.

Os chuveiros poderão ser de metal ou de plástico e deverão ser

comandados por registros de metal a meia altura da parede. Os banheiros, dotados

de chuveiros, podem dispor de água quente, a critério da autoridade competente em

matéria de Segurança e Medicina do Trabalho.

7.7 Vestiários

Em todos os estabelecimentos industriais e naqueles em que a atividade

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51Inspeção de Segurança

exija troca de roupas ou seja imposto o uso de uniforme ou guarda-pó, haverá local

apropriado para vestiário dotado de armários, rEobservada a separação de sexos. A

área de um vestiário será dimensionada em função de um mínimo de 1,50 m² para

1 trabalhador.

Os armários devem ser essencialmente individuais, ser pintados com

tintas laváveis e possuir aberturas para ventilação ou porta teladas. Existem

armários de compartimento simples ou duplo. Os armários de compartimento duplo

serão necessários nas atividades e operações insalubres, bem como nas atividades

incompatíveis com o asseio corporal, que exponham os empregados a poeiras e

produtos graxos e oleosos.

Os armários de um só compartimento terão as dimensões mínimas de

0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de largura e

0,40m (quarenta centímetros) de profundidade. Já, os armários de compartimentos

duplos terão as seguintes dimensões mínimas:

a. 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de

largura e 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade, com separação ou

prateleira, de modo que um compartimento, com a altura de 0,80m (oitenta

centímetros), se destine a abrigar a roupa de uso comum e o outro

compartimento, com altura de 0,40m (quarenta centímetros) a guardar a roupa

de trabalho; ou

b. 0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,50m (cinqüenta centímetros) de

largura e 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade, com divisão no sentido

vertical, de forma que os compartimentos, com largura de 0,25m (vinte e cinco

centímetros), estabeleçam, rigorosamente, o isolamento das roupas de uso

comum e de trabalho.

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52Inspeção de Segurança

7.8 Refeitórios

A empresa deverá orientar os trabalhadores sobre a importância das

refeições adequadas e hábitos alimentares saudáveis e oferecer condições de

higiene e conforto por ocasião das refeições.

Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 (trezentos)

operários, é obrigatória a existência de refeitório, não sendo permitido aos

trabalhadores tomarem suas refeições em outro local do estabelecimento. O

refeitório deve ter área de 1,00m², abrigando, de cada vez, 1/3 do total de

empregados por turno de trabalho, sendo este turno o que tem maior número de

empregados.

Os refeitórios devem ainda:

a. Lavatórios individuais ou coletivos e pias instalados nas proximidades do

refeitório, ou nele próprio, em número suficiente;

b. Deve ser instalado em local apropriado, não se comunicando diretamente com

os locais de trabalho, instalações sanitárias e locais insalubres ou perigosos.

Nos estabelecimentos em que trabalhem menos de 300 empregados,

embora não seja exigido o refeitório, deverão ser asseguradas aos trabalhadores

condições suficientes de conforto para a ocasião das refeições. As condições de

conforto deverão preencher os seguintes requisitos mínimos:

a. local adequado, fora da área de trabalho;

b. piso lavável;

c. limpeza, arejamento e boa iluminação;

d. mesas e assentos em número correspondente ao de usuários;

e. lavatórios e pias instalados nas proximidades ou no próprio local;

f. fornecimento de água potável aos empregados;

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53Inspeção de Segurança

g. estufa, fogão ou similar, para aquecer as refeições.

Ficam dispensados das exigências desta NR:

a. estabelecimentos comerciais bancários e atividades afins que interromperem

suas atividades por 2 horas, no período destinado às refeições;

b. estabelecimentos industriais localizados em cidades do interior, quando a

empresa mantiver vila operária ou residirem, seus operários, nas proximidades,

permitindo refeições nas próprias residências.

7.9 Cozinhas

As cozinhas deverão ficar adjacentes aos refeitórios e com ligação para

os mesmos, através de aberturas por onde serão servidas as refeições. Além disso

devem dispor de lavatórios dotados de água corrente para uso dos funcionários do

serviço de alimentação e dispondo de sabão e toalhas. É indispensável que os

funcionários da cozinha - encarregados de manipular gêneros, refeições e utensílios

disponham de sanitário e vestiário próprios, cujo uso seja vedado aos comensais e

que não se comunique com a cozinha.

As janelas deverão ser de 0,60m x 0,60m no mínimo. As aberturas, além

de garantir suficiente aeração, devem ser protegidas com telas, podendo ser

melhorada a ventilação através de exaustores ou coifas.

As áreas previstas para cozinha e depósito de gêneros alimentícios

deverão ser de 35 por cento e 20 por cento, respectivamente, da área do refeitório;

deverão ter pé-direito de 3,00m no mínimo.

7.10 Alojamento

Os alojamentos deverão ter um pavimento, podendo ter, no máximo, dois

pisos quando a área disponível para a construção for insuficiente. A capacidade

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54Inspeção de Segurança

máxima de cada dormitório é de 100 operários; todo quarto ou instalação deve ser

pulverizado de 30 em 30 dias.

O dimensionamento da área dos dormitórios é feito de acordo com os

módulos (camas/armários) adotados.

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55Inspeção de Segurança

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Guilherme Eduardo. Inspeção de Segurança. Disponível em: <http://www.deltasegurancadotrabalho.com/2011/11/inspecao-de-seguranca.html#more>. Acesso em: 02 mai. 2013.

KUSE, Vladimir. Equipamentos usados na construção requerem atenção maior à NR 12. Revista Proteção. Edição: mar. 2013. Disponível em: <http://www.protecao.com.br/edicoes/3/2013/AJjj>. Acesso em: 24 abr. 2013.

Norma Regulamentadora 01. Disposições Gerais. Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978.

Norma Regulamentadora 03. Embargo ou Interdição. Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978.

Norma Regulamentadora 08. Edificações. Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978.

Norma Regulamentadora 12. Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978.

Norma Regulamentadora 18. Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978.

Norma Regulamentadora 24. Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978.

Tipos de Inspeção de Segurança. Equipe Monstros da Seguranca. Disponível em: <http://www.monstrosdaseguranca.com.br/2012/05/tipos-de-inspecao-de-seguranca.html>. Acesso em: 27 abr. 2013.

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56Inspeção de Segurança

Vídeo-Aula 02: Segurança e Saúde no Trabalho: NR 01- Disposições Gerais. Produção de Alexandre Sabino de Oliveira. Vídeo na web (7:56 min). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=tzpfEUJqm8A>. Acesso em: 26 abr. 2013.

Vídeo-Aula 04: Segurança e Saúde no Trabalho: NR 03- Embargo ou Interdição. Produção de Alexandre Sabino de Oliveira. Vídeo na web (13:00 min). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=hQIpR_aPweM>. Acesso em: 26 abr. 2013.

Vídeo-Aula 15: Segurança e Saúde no Trabalho: NR 08- Edificações. Produção de Alexandre Sabino de Oliveira. Vídeo na web (5:46 min). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=reZYqQoIB1A>. Acesso em: 26 abr. 2013.

Vídeo-Aula 23: Segurança e Saúde no Trabalho: NR 18- Introdução, Comunicação Prévia e PCMAT. Produção de Alexandre Sabino de Oliveira. Vídeos na web (14:31 min). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=G-p4Aoc28W8>. Acesso em: 26 abr. 2013.

Vídeo-Aula 50: Segurança e Saúde no Trabalho: NR 12- Máquinas e Equipamentos 1. Produção de Alexandre Sabino de Oliveira. Vídeos na web (18:27 min). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=7QyCBLKNbjU>. Acesso em: 26 abr. 2013.

Vídeo-Aula 55: Segurança e Saúde no Trabalho: NR 24- Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. Produção de Alexandre Sabino de Oliveira. Vídeos na web (21:50 min). Disponível em: <http://www.youtube.com/ watch?v=9zcuAj0KIB0>. Acesso em: 26 abr. 2013.

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