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Page 1: Vidas Passadas

Índice DIA 1 Por que Motivo a Terapia das Vidas Passadas

DIA 2 A Reencarnação ................................................

DIA 3 Almas Gémeas e Amores Gémeos .................

DIA 4 Karma, Destino e Livre-Arbítrio ......................

DIA 5 As Vidas Passadas São Reais?..........................

DIA 6 Como Descobrir Quem Foi..............................

DIA 7 Pistas Vindas da Sua Infância..........................

DIA 8 Pistas Vindas dos Seus Gostos ........................

DIA 9 Pistas Vindas do Seu Nome e das Suas Caraterísticas ....................................................

DIA 10 Pistas Vindas do Seu Corpo e da Sua Saúde...

DIA 11 Pistas Vindas das Suas Relações......................

DIA 12 Pistas Vindas de Lugares, Acontecimentos,

DIA 14 Recordar e Analisar os Seus Sonhos ..............

DIA 16 A Viagem Interior: Uma Técnica de

DIA 17 A Meditação da Viagem Interior.....................

DIA 18 Como Curar Bloqueios de Vidas Passadas

DIA 19 Como Curar Bloqueios de Vidas Passadas

DIA 20 Como Curar Bloqueios de Vidas Passadas

Com a Regressão: Método 4............................

DIA 21 Olhar Para Diante: O Tempo e as Vidas

Futuras..............................................................

Posfácio....................................................................

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INTRODUÇÃO Você pode criar uma extraordinária mudança positiva na sua vida, sem esforço nem sobressaltos. É apenas uma questão de se lembrar de quem é. Para o conseguir, tem de eliminar as barreiras entre si e a sua alma. Quase todos estes obstáculos têm raízes no seu passado remoto, pelo que é muitíssimo útil retroceder no tempo para os superar. Contudo, a maioria de nós está tão enredada em crenças limitadoras sobre quem somos e o que merecemos que é quase impossível iniciar essa viagem. Se realmente quer saber quem é, e se está preparado para ver a sua vida florescer, este livro irá revelar-lhe vias secretas que o ajudarão a eliminar a sua «tralha» interna para que possa descobrir por que motivo está aqui. Com esse conhecimento, aprenderá a manifestar os seus sonhos mais recônditos. O momento é agora! Você não estaria a ler este livro se não estivesse preparado para iniciar a viagem. À medida que a transformação do nosso planeta se intensifica, explorar vidas passadas pode ser uma fonte cada vez maior de inspiração e cura. Mas como aproveitar da melhor forma as energias agora disponíveis para o crescimento e a expansão pessoal? De que formas pode recordar quem foi nas suas vidas passadas e depois libertar-se de qualquer programação negativa que tenha sido trazida para a sua vida presente? Em que medida superar bloqueios do passado pode ajudá-lo a criar milagres na sua atual existência? O que tem de fazer para se lembrar dos seus sonhos e compreender o que eles estão a querer dizer-lhe? Por que é este um momento tão importante na história? Nos próximos capítulos irei dar-lhe as respostas e as soluções simples e viáveis. Este livro disponibiliza técnicas práticas para o ajudar a recordar acontecimentos das suas vidas passadas. Ele também explica a reencarnação e o karma e por que são estes conceitos tão importantes nesta altura. Aprenderá a usar uma série de pistas para

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vidas passadas de maneira a descobrir quem foi em anteriores encarnações. Com o ritmo vibratório do planeta a acelerar, é essencial que escute os segredos da sua alma. Irei ensiná-lo a programar, recordar e interpretar essas mensagens. Neste ponto da nossa evolução humana, começam a ocorrer, a muitos níveis, mudanças enormes e empolgantes, que culturas nativas de todo o mundo previram. A finalidade deste livro é proporcionar-lhe técnicas e informação que lhe mostrem como se libertar do passado para experimentar alegria no seu quotidiano e para se preparar para os acontecimentos vindouros. Nós somos os herdeiros espirituais do planeta. Se conseguirmos desembaraçarmo-nos dos antigos bloqueios e das limitações do passado e escutar a orientação interna da nossa alma, conseguiremos caminhar aprazivelmente em direção ao futuro. DIA 1 POR QUE MOTIVO A TERAPIA DAS VIDAS PASSADAS FUNCIONA Hoje iremos analisar por que razão explorar as nossas vidas passadas pode ajudar-nos nas nossas vidas presentes. A terapia das vidas passadas cura porque lhe permite ir à fonte dos seus problemas; até lá chegar, está a lidar com os sintomas e não com as causas. Quer lhe chame codificação genética, memória celular ou mesmo inconsciente coletivo, o vasto repositório das nossas experiências anteriores governa-nos a todos; e, em muitos sentidos, estas experiências determinam as situações com que nos deparamos no presente. Por exemplo, muitas compulsões e fobias têm raízes num passado distante. Se sempre detestou usar algo apertado ao pescoço, pode descobrir que morreu sufocado numa vida anterior. Ao aliviar – e curar – memórias antigas e as emoções que lhes estão associadas, os seus atuais comportamentos que limitam a sua vida irão mudar. Muitas vezes criamos circunstâncias que subconscientemente nos

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lembram acontecimentos das nossas vidas passadas, numa tentativa de curar a dor de origem. Se emoções como o medo, a raiva ou a tristeza foram suprimidas durante acontecimentos traumáticos numa vida passada, eles ficarão embutidos no seu campo energético e irão formar conflitos internos recorrentes, vida após vida. Se continuar a reprimir estes sentimentos indesejados no fundo da sua psique, irá erguer-se uma barreira ainda maior entre si e aquilo que tem receio de enfrentar. Porém, quando revive um incidente de uma vida passada, as emoções e decisões que ficaram retidas durante tanto tempo têm finalmente a oportunidade de vir à superfície e serem libertadas, deixando de ter controlo sobre si. Para compreender como funciona a terapia das vidas passadas, é importante que compreenda que não é necessariamente aquilo por que passou em vidas anteriores que lhe cria problemas na sua vida presente – são o trauma e as emoções que reprimiu no passado o que dá origem às dificuldades no presente. As suas experiências passadas não lhe causam problemas duradouros, a sua reação a eles é que cria os desafios. Por exemplo, ser vítima de um ferimento mortal não lhe cria necessariamente um bloqueio na sua vida presente, mas um ferimento mortal enquanto se reprime uma intensa angústia emocional, sim. Imagine dois cenários parecidos. No primeiro, um guerreiro asteca luta ao lado do seu melhor amigo. O pó revolve-se enquanto as lanças passam junto a ambos os lados do belo guerreiro. Subitamente, na confusão da batalha, uma lança é atirada precisamente na direção do peito do seu amigo. O jovem guerreiro atira-se para diante dela, salvando corajosamente a vida do seu camarada. Ferido mortalmente pela lança que perfurou o seu peito, ele morre mas sente uma paz profunda, pois salvou a vida do seu amigo. No segundo cenário, dois jovens guerreiros lutam lado a lado. Eles são os melhores amigos. Subitamente, no tumulto da batalha, obscurecidos pelo nevoeiro e pelo pó, um volta-se para o outro e projeta a lança para o peito do seu amigo. Enquanto o guerreiro

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moribundo está caído no campo de batalha, fica a saber que o seu melhor amigo tem um caso com a sua mulher e quere-o fora do seu caminho. Ele morre decidindo que nunca mais poderá confiar realmente em ninguém. Em ambos os cenários o trauma físico é o mesmo – uma ferida no peito causada por uma lança conduz à morte. No primeiro caso, o guerreiro asteca sente-se feliz por ter salvado a vida do seu amigo. No segundo, contudo, o guerreiro decide que não é sensato confiar nos outros. Em vidas futuras, sempre que este homem começar a aproximar-se de alguém, serão ativadas memórias e decisões semelhantes. Sempre que ele começa a confiar, sente dores fortes no peito e o receio de ser traído. Para ele, estabelecer uma relação com outra pessoa ativa uma reação física e emocional que vem de uma vida anterior. Assim, o que origina os seus bloqueios presentes não é o trauma de vidas passadas; o que o persegue através dos tempos é o significado que dá àqueles acontecimentos. E é possível viajar no tempo e alterar o significado do que aconteceu e, com isso, criar um efeito dominó espácio-temporal que transforme a sua vida presente. Uma das coisas mais poderosas que pode ganhar com a terapia das vidas passadas é o perdão. Para que possa haver cura, tem de estar disposto a perdoar o passado. É muito mais fácil perdoar quem o magoou na sua vida presente quando se compreende o karma que precipitou a situação. Quando viaja até à fonte da sua dor na vida passada – para se absolver a si e aos outros –, uma nova energia perpassa o tempo e o espaço e chega à sua vida atual. É claro que é importante perdoar os que o magoaram ou o ignoraram no passado; contudo, é igualmente vital que se liberte da culpa que sente por coisas que fez aos outros. (Se sente dificuldade em abrir mão do passado, tem de se perdoar a si mesmo por não perdoar.) Alguns dos comentários mais gratificantes que recebi depois de seminários sobre vidas passadas dizem respeito a perdoar as circunstâncias de vida presentes e passadas.

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Na Austrália realizei um seminário no Nikko Hotel, cujos proprietários eram japoneses, e uma senhora que participou no evento escreveu-me mais tarde uma carta interessante. Ao entrar no hotel, sentiu uma intensa onda de ressentimento e pânico abater-se sobre ela. Ela quase fugiu, mas ficou feliz por não o ter feito, porque uma complicação de saúde, que tinha desde a adolescência, ficou totalmente curada. Na sua carta, disse-me que, quando tinha 17 anos, foi feita prisioneira na Indonésia por soldados japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Ela escreveu: «Sofri física e mentalmente com a sua brutalidade. Sobrevivi, mas os meus intestinos ficaram afetados, devido a uma disenteria que não foi tratada. Estive completamente subnutrida, e conservei um profundo ódio por tudo o que fosse japonês. Procurei tratamento junto de vários médicos e psicólogos durante estes últimos 50 anos, mas tive de viver com uma debilidade crónica dos intestinos e uma dor constante no plexo solar.» Ela foi capaz de ver o seu sofrimento como algo que ela tinha carregado por todas as pessoas injustiçadas no mundo. A senhora em questão disse-me que, depois de ter regredido a uma vida passada no meu seminário, foi capaz de ver a fonte do seu ressentimento atual (não referiu que vida passada era). Como consequência de ter perdoado as circunstâncias de vidas anteriores, a dor que a tinha atormentado durante 50 anos dissipou-se completamente! «A minha dor debilitante desapareceu durante o seminário e ainda hoje estou livre dela! Quando deixei o hotel, até cumprimentei cordialmente os funcionários japoneses», escreveu. Acrescentou ainda que passou algum tempo a falar com alguns deles e que achou que eram pessoas agradáveis, simpáticas: «Sinto-me livre! Livre da dor! Livre de toda aquela animosidade e de todo aquele ressentimento! Verdadeira e gloriosamente livre e solta!»

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DIA 2 A REENCARNAÇÃO Hoje iremos explorar o conceito de reencarnação, que é o núcleo da terapia das vidas passadas. A reencarnação tem estado connosco desde antes de haver registo histórico. É a doutrina ou a crença de que uma parte essencial – o eu superior ou a alma – de cada ser humano sobrevive à morte e renasce noutro corpo. Apesar de em cada vida se desenvolver uma nova identidade, há uma parte espiritual do ser que se mantém constante ao longo das vidas sucessivas. As estimativas atuais sugerem que pelo menos um terço das pessoas vivas hoje acreditam que a alma é eterna e que regressa repetidamente à Terra, através do renascimento num novo corpo, para crescer e aprender. Uma sondagem recente acerca das crenças espirituais dos americanos concluiu que 27% acreditam na reencarnação – ou seja, acreditam que em tempos foram outra pessoa. Isto inclui 40% de pessoas entre os 25 e os 29 anos, mas apenas 14% de indivíduos com 65 anos ou mais (o que indica que a crença na reencarnação está a aumentar entre os jovens). A crença espiritual num «eu» duradouro que reencarna uma e outra vez, afirma que cada vida oferece uma panóplia de experiências que nos permitem, na qualidade de seres divinos, tornarmo-nos mais fortes, mais equilibrados e mais afetuosos. E, mais tarde ou mais cedo, retornamos ao Espírito. (Por vezes prefiro usar as palavras Espírito e Criador em vez de Deus porque algumas pessoas equiparam Deus a uma divindade masculina que está no céu a julgar-nos. Para mim, as palavras Deus, Deusa, Criador, Grande Espírito, Espírito e Consciência Cósmica significam todas a mesma coisa – a força viva presente em todas as coisas.) Os episódios espontâneos de reencarnação podem acontecer de muitas formas. Já alguma vez teve a experiência arrepiante de estar numa cidade onde nunca antes esteve e ter uma sensação de

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reconhecimento que é quase demasiado profunda para descrever? Já alguma vez escutou uma música e sentiu-se transportado por ela ou teve um sonho nítido sobre um período histórico ou um país estrangeiro que lhe pareceu extraordinariamente familiar e real? Todos estes acontecimentos podem ter as suas raízes em vidas passadas. Numa vida, talvez tenha sido pobre e, portanto, terá tido a oportunidade de aprender a humildade e o engenho em primeira mão. Noutra, talvez tenha sido rico, para compreender como lidar com o dinheiro de forma justa e positiva. Pode ter sido cego, para ativar a sua visão interior, ou atlético, para experimentar e compreender a força física. Pode ter sido mulher numa vida e homem noutra – ou caucasiano numa e asiático noutra. Tente pensar nas vidas passadas não tanto como em peças que se vão empilhando mas como peças de um puzzle, em que cada vida é uma peça que o torna mais equilibrado. Ao longo da história, grandes pensadores têm refletido sobre os mistérios da vida, o nascimento e o renascimento. O registo mais antigo da teoria da reencarnação, que vem do antigo Egito, diz que a alma é imortal; quando o corpo sucumbe, a alma entra noutro corpo humano. Tanto os hindus antigos como os atuais acreditam que a alma é imortal e habita um corpo atrás do outro, em busca da sua verdadeira natureza divina. Séculos antes de Cristo, Buda ensinou acerca do ciclo da reencarnação – a grande roda da vida e da morte. Tal como os hindus e os siques, os budistas tentam libertar-se do ciclo de morte/renascimento atingindo o nirvana, ou a unidade com o Criador. Além disso, também se diz que os essénios, uma seita judaica primitiva, os cátaros cristãos medievais, que proliferaram em França, e os sufis islâmicos abraçaram a ideia de reencarnação. O filósofo grego Pitágoras, que viveu cerca de cinco séculos antes de Cristo, não só escreveu sobre o assunto como também descreveu recordações pessoais das suas várias reencarnações. O seu colega Platão era igualmente crente. Napoleão dizia ter sido Carlos

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Magno, o imperador romano do século VIII, numa vida passada. O filósofo francês Voltaire observou: «Nascer duas vezes não é mais surpreendente do que nascer uma.» O pintor surrealista espanhol Salvador Dalí disse que acreditava ter sido o místico espanhol São João da Cruz. E o escritor e poeta alemão Johann Wolfgang von Goethe também aderiu profundamente à ideia de vidas passadas: «Estou certo de já cá ter estado, tal como estou agora, mil vezes antes, e espero regressar mil vezes mais.» Muitos americanos famosos, incluindo Benjamin Franklin e Thomas Edison, também deram crédito à reencarnação. George S. Patton, o famoso general da Segunda Guerra Mundial, acreditava ter sido o general cartaginês Aníbal numa outra vida. Henry Ford, o pai das modernas linhas de montagem e da produção em série, estava convencido de que tinha tido uma vida anterior e de que a sua última vida tinha sido a de um soldado morto durante a Batalha de Gettysburg. Ralph Waldo Emerson, o poeta e ensaísta americano, subscrevia a noção de vidas passadas. A reencarnação está a tornar-se mais disseminada na cultura ocidental como um conjunto de crenças viável, pois muitas pessoas constatam que as suas necessidades espirituais não estão a ser preenchidas pelas religiões atuais. Os indivíduos desiludidos estão agora a voltar-se para esta filosofia, que responde a perguntas como: «Por que repetimos sucessivamente os mesmos padrões negativos? De onde vêm os nossos medos e fobias recorrentes? Por que sentimos uma atração instantânea em relação a algumas pessoas e lugares?» E, sobretudo, ajuda-nos a responder à pergunta: «Qual é o nosso propósito aqui, na Terra?» O conceito de reencarnação permite-nos compreender o modo como cada um de nós tece o seu próprio destino.

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DIA 3 ALMAS GÉMEAS E AMORES GÉMEOS Hoje iremos abordar um dos aspetos mais importantes da vida a que a filosofia da reencarnação dá resposta – as relações. Compreender e curar as dificuldades emocionais que têm as suas raízes em vidas passadas pode ajudar a melhorar a qualidade das nossas relações presentes. Os nossos atuais companheiros, que são as nossas contrapartes kármicas, dão-nos a oportunidade de completarmos tarefas inacabadas e de nos ajudarem a libertar pensamentos e emoções negativos que se intrometem nesta vida. Àqueles com quem temos relacionamentos que tiveram origem numa vida passada chamamos «almas gémeas» ou «amores gémeos». Quantas vezes entreviu por instantes alguém do outro lado de uma sala cheia de gente e sentiu uma ligação instantânea – uma certeza interior de que encontrou um espírito afim? Naquele breve momento, sentiu vontade de reacender aquelas memórias do passado e agarrar-se a elas para toda a eternidade? Por outro lado, já alguma vez conheceu alguém e de imediato se sentiu desconfortável, confuso ou talvez até zangado sem razão aparente? Esses encontros fazem parte de uma complexa rede de intrigas que jaz nas nossas mentes subconscientes e dita as tapeçarias de acontecimentos que se tecem ao longo da nossa sequência de vidas. Os nossos relacionamentos em vidas passadas determinam como iremos interagir com os que estão à nossa volta. Eles também podem levar-nos a sentir um intenso amor ou desejo por um indivíduo – ou ódio, inveja ou desprezo, ou outro. Quando as memórias são recuperadas, os relacionamentos reacendem-se. E quase toda a gente com quem nos relacionamos nesta vida já esteve provavelmente envolvida em muitas das nossas vidas passadas – talvez como irmão, irmã, pai, colega, filho, amante ou mesmo inimigo. A dinâmica das nossas situações de vidas passadas é recriada nas

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nossas vidas presentes; e elas podem ser apaixonadas, românticas e aventureiras ou mesmo zangadas e vingativas. Quando nesta vida conhecemos almas que nos são familiares, é para revivermos e retrabalharmos a relação. Aqueles olhos familiares do outro lado de uma sala cheia são muitas vezes uma lembrança interior dos indivíduos com quem escolhemos interagir mais de uma vez, e o encontro dá-nos a oportunidade de voltar a vivenciar aqueles laços kármicos. A ideia de uma alma gémea geralmente evoca as imagens de Romeu e Julieta, Tristão e Isolda ou Katharine Hepburn e Spencer Tracy – indivíduos que encontraram o seu complemento perfeito, tornando-se símbolos de um amor desmedido que parece transcender o espaço e o tempo. Embora o termo «alma gémea» seja usado correntemente para descrever o grande amor da nossa vida, prefiro chamar «amores gémeos» aos parceiros ideais. Acredito que as almas gémeas são na verdade todos os indivíduos com quem temos estado em vidas passadas e mesmo noutras dimensões. Esta ideia baseia-se na teoria de que encarnamos com os mesmos indivíduos em cada vida. Você e as suas almas gémeas entram numa vida juntos e são atraídos uns para os outros, mesmo a partir de pontos recônditos do mundo. Há a tendência para pensar que os parceiros que nos estão destinados são os únicos com quem sentimos uma atração instantânea; contudo, no meu trabalho de regressão, tenho constatado que as almas gémeas também podem ser as pessoas com quem temos dificuldades nas nossas vidas presentes. Na verdade, esses indivíduos difíceis são muitas vezes aqueles com quem tivemos ligações mais íntimas em vidas anteriores. Quando as almas gémeas se encontram, há geralmente uma conexão instantânea, um reconhecimento ou até uma repulsa. Se houve uma ligação sexual numa vida passada, é provável que haja uma atração física na atual – por vezes, uma atração intensa e explosiva. Embora as almas gémeas nem sempre estejam de acordo, há geralmente uma sensação de familiaridade na relação. Muitas vezes elas sentem uma comunicação para lá da explicação

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lógica e um apego profundo (negativo ou positivo) que pode ser telepático. Um dos grandes mistérios na filosofia da reencarnação é a ideia de que todos os seres humanos têm um companheiro perfeito. A esta pessoa tem-se chamado alma gémea, parceiro dual, chama gémea e amor gémeo – embora eu use esta última para distinguir aquele amor único e verdadeiro de todas as almas gémeas ou indivíduos que têm sido nossos companheiros ou amantes em vidas passadas. Os investigadores têm afirmado que mesmo em religiões anteriores à Idade da Pedra, uma das principais razões para se levar uma vida positiva era poder-se renascer perto do amor gémeo na vida seguinte. O escritor e poeta Goethe também escreveu um livro baseado na ideia medieval de que os casais estão unidos divinamente. Die Wahlverwandtschaften, geralmente traduzido por As Afinidades Eletivas, defende que todo o indivíduo tem um companheiro ideal à espera de ser descoberto. Uma teoria comummente sustentada acerca de amores gémeos é que nós éramos seres andróginos ao início – almas que não eram femininas ou masculinas – e que, num dado momento, fomos divididos ao meio e tornámo-nos ora energia feminina, ora energia masculina, mas não necessariamente dois corpos distintos. Estas metades postas no plano terrestre – uma divisão de polaridades que aumentam e crescem, para sempre procurando reencontrar-se. O impulso constante para a procriação é entendido como uma urgência espiritual por aquela união primordial e por experiências de unicidade que ocorreram antes da separação. Os que aderem a esta teoria defendem que haverá um aumento na procura dos amores gémeos e no reencontro com eles nos próximos anos devido ao aumento do ritmo vibratório do planeta. Isto explica o aumento do número de relações que transcendem as diferenças de raça, sexo, religião e posição social. Por vezes, um amor gémeo pode encontrar-se no mundo do espírito e não num corpo físico, oferecendo auxílio a partir do «outro lado». Isto pode explicar a sensação de termos uma presença amorosa a velar por nós.

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As almas gémeas também podem ser do mesmo sexo, embora geralmente uma tenha a polaridade negativa (feminina) e a outra tenha a polaridade positiva (masculina). O grau em que você se aceita e se ama a si mesmo desempenha um papel importante no sucesso que tem em encontrar o seu amor gémeo. Se não se sente merecedor enquanto tenta atrair o seu companheiro desejado, começará a pensar que deve haver algo de errado com essa pessoa se ela o ama. Então, subconscientemente, começará a encontrar defeitos na outra pessoa e a afastá-la. O seu amor gémeo pode até ser a pessoa com quem está casado há 20 anos, mas simplesmente você ainda não foi capaz de ver a verdade. Para muitas pessoas, a filosofia da reencarnação, as almas gémeas e os amores gémeos oferecem uma explicação de porque estamos aqui. Isso pode oferecer-nos pistas para as nossas relações atuais e dar respostas a algumas das questões da vida aparentemente insondáveis. DIA 4 KARMA, DESTINO E LIVRE-ARBÍTRIO Intrínseca à compreensão da reencarnação está a compreensão do karma, do destino e do livre-arbítrio, os nossos tópicos de hoje. O princípio que rege o karma é «colherás o que semeares». O destino que criamos para nós é um resultado dos nossos juízos e ações nesta vida e de vidas anteriores. O karma é a lei de causa e efeito – o sistema que rege o universo e que determina como tecemos o nosso destino. Ele permite-nos compreender por que razão uma pessoa se depara constantemente com adversidades ao passo que outra tem um caminho aparentemente fácil. No passado, o karma era visto como uma espécie de sistema contabilístico de créditos e débitos – uma lei retributiva e punitiva. Em tempos, muitos acreditavam que todo o sofrimento era resultado de erros cometidos no passado – tudo o que fosse negativo na nossa vida era causado pelo karma. Porém, esta crença

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é muito injusta para todos os que se encontram numa situação difícil. A ideia de que o karma é o sistema punitivo de Deus está agora a mudar. A opinião atual é muito mais compassiva e humana. Não existe uma autoridade no céu que decide o que está errado para cada indivíduo. Em vez disso, dentro de cada um de nós há uma balança de justiça a monitorizar a nossa integridade. A nossa sabedoria interna decide se as nossas ações são apropriadas ou não. O veredito não é sempre aquele que na altura nos parece correto, mesmo que seja aprovado pelas nossas crenças religiosas ou culturais. Há verdades internas muito mais profundas a que aderimos, e por vezes elas estão para lá das regras da sociedade. Eu acredito que não só criamos a nossa realidade como também criamos o nosso karma. Assim, na sua vida presente, pode criar subconscientemente situações difíceis e levar a que os outros se aproveitem de si. Não creio que isto seja um castigo cósmico – é uma espécie de jogo de equilíbrio interno. Quando você se sente enganado, passa a ter a oportunidade de desenvolver compaixão pelos outros que passaram por uma experiência semelhante. A medida em que conseguir aceitar-se a si mesmo e a todas as suas ações – e assumir responsabilidade por elas (independentemente da vida em que elas ocorreram) – é a medida em que consegue ir para lá do karma. Por outras palavras, você cumpre o seu karma quando se perdoa e aceita a si e aos outros. O perdão é a chave para sair do ramerrão kármico. (Lembre-se, não precisa de perdoar o ato – porque alguns são imperdoáveis – mas é importante perdoar a pessoa ou pessoas que o cometeram). O karma pode manifestar-se de diferentes formas. Pode ser demonstrado simbolicamente: as pessoas que, numa vida passada, nunca estiveram dispostas a ver a verdade sobre si mesmas e o mundo à sua volta, podem nascer fisicamente cegas numa nova vida de maneira a aprenderem como percecionar a verdade intuindo e sentindo. Eu tive uma jovem cliente que tinha dificuldade em engolir; através da regressão, descobrimos que

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numa vida passada em que era bailarina ela foi obrigada a uma situação que não conseguia engolir emocionalmente. À medida que a vida no nosso planeta continua a acelerar, damos por nós a equilibrar as balanças kármicas mais depressa. Chamo a isto «karma instantâneo». Por exemplo, se você julga alguém por não falar corretamente, no dia seguinte pode dar por si numa situação em que as suas palavras lhe parecem misturadas e confusas. Não é um castigo, é a sua maneira de criar uma circunstância que lhe permitirá ser mais compreensivo e menos crítico para com os outros. Sempre que se fala sobre o karma, é importante abordar uma das perspetivas que muitas pessoas têm: não há nada que eu possa fazer, é o meu karma. Independentemente de quão difícil a sua vida seja, independentemente das provações por que passou, você não está preso na sua situação. Você tem livre-arbítrio para mudar as suas circunstâncias ou a maneira como as encara. Você não está preso a situações inalteráveis – tanto o passado como o presente e o futuro são maleáveis. Você pode mudar o seu karma e as circunstâncias de vida daí resultantes. Acredito que cada um de nós nasce com um futuro predestinado e que no dia em que nascemos a data da nossa morte já foi decretada. Contudo, por muito fervorosamente que eu creia na predestinação, também acredito no livre-arbítrio. E não tenho dificuldade em suster estes dois pontos de vista aparentemente contraditórios. Para lá do tempo linear há um futuro e um passado alteráveis e é possível você mudar a consciência de modo a poder escolher uma linha temporal completamente diferente que é acompanhada de um futuro e um passado novos. Por outras palavras, não está preso ao seu passado, e o seu futuro pode ser alterado. Já passei por experiências incríveis que são provas sólidas da predestinação. Quando estive na África do Sul, conheci uma senhora holandesa muito especial que me contou ter passado algum tempo na Índia. Durante as suas visitas ao país, ela ouviu

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falar de um sítio incrível nas montanhas remotas onde, há muitas gerações, viveu um astrólogo famoso cujos registos foram mantidos intactos durante centenas de anos pelos seus descendentes. Quando os escritos ficavam esbatidos, eles recopiavam meticulosamente os papéis. Durante a vida deste astrólogo, sempre que alguém o consultava para uma leitura, ele não só compunha uma carta atual, mas também concebia cartas para vidas futuras! Ele dizia aos clientes que, se viessem recuperar os seus registos nas suas vidas futuras, eles estariam disponíveis. Ao princípio isto pareceu-me quase demasiado incrível para ser verdade. Talvez a lenda fosse um esquema para fazer dinheiro. Contudo, a senhora holandesa disse-me que não só ninguém tinha de pagar pelas cartas astrológicas como os visitantes não podiam sequer trazer flores ou outras oferendas. Ela explicou-me que decidiu viajar à aldeia do astrólogo com um amigo. Quando chegou, ela disse aos aldeãos o local e a data do seu nascimento. Eles procuraram mas não foram capazes de localizar a sua carta – portanto, concluíram que ela não foi um dos indivíduos para quem, centenas de anos antes, se tinham feito cartas. Todavia, encontraram a carta do seu amigo. O seu amigo, na vida atual, tinha um problema dermatológico muito doloroso; e na sua carta dizia que durante a sua encarnação no século XX, ele teria uma doença de pele por não ter sido bondoso com os leprosos numa vida anterior. Segundo a carta, ele devia ser generoso com pacientes de lepra para se livrar disso. Quando voltou da Índia, fez doações a causas ligadas a esta doença e o seu problema de pele desapareceu completamente. Mas, quando parou de fazer doações, o problema voltou. Eu teria olhado para isto apenas como uma história interessante, só que um mês depois, quando me pediram para participar num programa de rádio da BBC, em Londres, ouvi uma história parecida. No fim do programa, um cavalheiro indiano, um outro convidado do programa que era médico e também um escultor

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famoso, disse: «Há uma coisa que eu gostaria de lhe mostrar.» Apresentou-me um maço de papéis esbatidos cheios de escritos, que eu presumi estarem em sânscrito antigo, e disse-me que quando tinha 19 anos viajou com o seu pai para um local onde se tinham guardado registos astrológicos durante centenas de anos. Parecia ser o mesmo local que a senhora holandesa tinha descrito. Depois de uma viagem longa e difícil, o médico e o seu pai chegaram num dia de chuva, ocorrência que era rara naquela região do globo. Eles localizaram as cartas astrológicas para as suas vidas presentes e descobriram que ambos tinham sido clientes do famoso astrólogo centenas de anos antes. O médico disse-me que esta carta afirmava que ele viria reclamar os seus registos quando tivesse 19 anos, num dia de chuva. A sua carta também indicava corretamente o seu nome na vida atual. Ele analisou comigo a carta cuidadosamente (embora eu tivesse de confiar na sua palavra, pois não sei sânscrito) e mostrou-me muitos mais exemplos de previsões rigorosas. Falo-lhe a si destas histórias tal como elas foram partilhadas comigo. Estes dois indivíduos parecem-me pessoas honestas e de confiança. Acredito neles e no que relataram. DIA 5 AS VIDAS PASSADAS SÃO REAIS? Hoje iremos abordar uma questão que me colocam muitas vezes: as vidas passadas são reais ou simplesmente inventamo-las? Para curar e capacitar a sua vida presente, é útil conhecer primeiro quem e o que foi em encarnações anteriores. A exploração de vidas passadas é um método altamente eficaz para viajar até aos recantos mais recônditos da sua mente, até ao lugar onde as memórias de todas as suas existências passadas estão armazenadas. Também pode ser uma via direta para a alma. À medida que você revela e cura feridas antigas do passado –

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libertando-se de crenças que o limitam – começará a compreender o seu verdadeiro propósito e lugar no universo. Quando embarca numa regressão de vidas passadas, vêm à superfície imagens e memórias – por vezes com grande pormenor. Há inúmeros casos documentados de detalhes convincentes a serem recordados com rigor durante regressões a vidas passadas que, mais tarde, são validados através de pesquisa histórica. Os participantes dos meus seminários também me têm escrito a explicar que investigaram as vidas que viram durante a regressão de grupo… e descobriram que as suas visões eram factuais. Contudo, não há registos da maioria das vidas passadas, pelo que se perderam para sempre, tornando impossível encontrar provas escritas de que as suas experiências antes desta vida foram reais. Você não tem de provar que as suas vidas prévias são autênticas – ou até acreditar na reencarnação – para colher benefícios da terapia das vidas passadas. Quando a vida de uma pessoa se transforma – por ter testemunhado imagens que emergem durante a meditação profunda – a cura acontece. Não importa se essas imagens são vidas passadas «verdadeiras» ou não; a relevância delas está nas vantagens que você recebe enquanto explora o seu significado. Mesmo que as imagens mentais que venham à tona não sejam memórias de vidas passadas mas sejam apenas símbolos do seu subconsciente, elas merecem ser perscrutadas. Elas são expressões legítimas do seu ser interior, e podem melhorar muito a sua qualidade de vida. Quando descobrem uma encarnação anterior, os participantes nos meus seminários sobre vidas passadas dizem por vezes: «Estarei eu simplesmente a inventar?» Eu digo-lhes que parem de se preocupar com o facto de as imagens serem verdadeiras ou não. O valor delas está nos resultados que eles alcançam nas suas vidas baseados naquilo que aprenderam com a regressão – a questão central não é perguntarem-se se estão a recordar uma vida anterior imaginária. Embora muitas das memórias que você tem sejam factuais, provar

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a sua validade é muito menos importante do que o crescimento profundo que pode ocorrer na sua vida simplesmente por contemplá-las. E, a um nível espiritual, é claro que está a inventá-las. Você está sempre «a inventar», independentemente do que esteja a vivenciar, porque as circunstâncias da sua vida vêm da força criativa dentro de si. Em grande medida – a todo o momento – você está a imaginar e a manifestar a sua vida. Assim, para recordar vidas passadas, deixe-se ir e esteja disposto a «inventar». Na nossa cultura, é-nos dito para ignorarmos tudo o que não se enquadre no consenso normal da realidade. A relutância em aceitar memórias de vidas passadas pode ter a sua origem na nossa infância coletiva… na qual a imaginação foi rebaixada e relegada para o mundo inconsequente do faz-de-conta. Quando uma criança fala do seu amigo invisível, é-lhe dito que o ignore, porque é «apenas a sua imaginação». Quando as pessoas dizem «isso é tudo imaginação dela» e reduzem o seu valor de uma forma tão pejorativa, está-se a profanar uma das nossas faculdades mais sagradas – a faculdade de entrar em contacto com a nossa capacidade intuitiva e visionária. A nossa imaginação é uma das ferramentas espirituais mais poderosas que temos, pois é uma porta de acesso a outros mundos e ao trilho percorrido por videntes antigos para penetrar noutras dimensões e viajar através do espaço e do tempo. Os místicos e os profetas também a usam para explorar o seu subtil reino interior e alcançar verdades universais. Trata-se de uma capacidade sagrada de todos os seres humanos, e portanto convido-o a despertar a sua centelha criativa e a explorar quem e aquilo que foi anteriormente. Dê rédea solta à sua imaginação sem questionar constantemente as imagens e começará a ver com mais rigor informação acerca das suas vidas anteriores. Lembre-se de que esta faculdade é uma passagem direta para o seu passado remoto. As viagens a vidas passadas podem por vezes oferecer respostas que a medicina e as psicoterapias tradicionais não conseguem. É claro que pode haver muitas razões a contribuir para os nossos problemas – é muito fácil atribuir toda a culpa das dificuldades

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atuais às atitudes ou às ações de vidas passadas. Contudo, explorar vidas anteriores tem-se mostrado muito eficaz em situações nas quais os métodos tradicionais falharam. Ao saber quem fomos em vidas anteriores, podemos compreender melhor o nosso lugar e a nossa missão no presente. A vida não é algo que só acontece uma vez, nem é uma série de experiências desprovidas de significado umas atrás das outras. Retroceder no tempo irá ajudar-nos no processo de, gradualmente, cumprirmos todo o nosso potencial como seres conscientes e afetuosos. DIA 6 COMO DESCOBRIR QUEM FOI Descobrir quem foi numa vida passada pode ser fácil e divertido! Há vários métodos que pode usar e nos próximos dias irá aprender a descobrir indícios incríveis das suas vidas anteriores. Ao fazer a si mesmo perguntas pertinentes irá explorar as várias áreas da sua vida atual que o ajudarão a abrir a porta para as suas encarnações anteriores; além disso, as perguntas estão especialmente concebidas para ativarem memórias, emoções e imagens remotas. De uma forma quase mística, cada pergunta funciona como uma chave que lhe dá acesso ao seu passado. Quando analisa o presente, você capta centenas de pistas que podem ajudá-lo a recuperar informação do passado. Esta é uma forma poderosa de abrir a porta para a recordação espontânea de vidas passadas sem que tenha de entrar num estado alterado de consciência. Pode até pensar em si mesmo como um detetive de vidas anteriores enquanto reúne pistas a partir das suas afinidades e experiências da sua vida atual. Escreva cada um dos tópicos que abordaremos em seguida no cabeçalho de páginas distintas num bloco de notas especial - aquilo a que eu chamo o seu Diário de Detetive de Vidas Passadas. À medida que vai respondendo às perguntas sob cada um dos cabeçalhos, tome nota de todas as «pistas» que consegue

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reunir. Talvez queira colocar as páginas completas lado a lado, para que uma ideia mais geral se comece a formar. Pode ser útil centrar-se antes de responder a cada pergunta. Se um pensamento ou urna memoria, aparentemente não relacionados, emergirem durante o exercício, tome nota deles. Preste atenção a todas as suas reações; por vezes, urna pista pequena abre urna grande porta. Examine os próximos capítulos de forma ponderada. Avance lentamente, permitindo-se refletir, respirar e contemplar. Pergunte a si mesmo se a resposta a esta pergunta abriu um portal para outro período temporal, onde estaña?... E quem teria sido? Quanto mais tempo e energia empregar, mais provável é que descubra realmente quem foi. Repare nos sentimentos que cada pergunta suscita. Ao embarcar nesta abrangente viagem, mantenha-se atento a qualquer emoção ou sensação física espontânea que comece a emergir. De novo, sugiro que tome nota das suas reações. Quanto mais atentamente observar as suas reações, mais claras e rigorosas serão as noções que obtém. Quando fiz este exercício, apercebi-me que reuni informação que indicava uma vida passada no Japão. Sempre gostei das linhas simples da arquitetura tradicional japonesa. Na minha vida atual, não só vivi durante mais de dois anos num mosteiro budista japonês como também estudei esta cultura quando frequentei a Universidade do Havai. Além disso, aprendi a cerimónia japonesa do chá, ikebana (arranjos florais) e recebi formação nos sistemas de cura de reiki e shiatsu. E os meus restaurantes preferidos sempre foram os japoneses! Para rematar, houve um período da minha vida em que vi todos os filmes de samurais disponíveis - na altura, Toshiro Mifune era para mim o que para muitas pessoas o Johnny Depp é hoje. Olhando para estas pistas como detetive de reen- carnações, faz sentido que eu tenha tido uma vida passada no Extremo Oriente. Enquanto cria as suas lisas, preste especial atenção às suas reaçoes emocionais relativamente a cada tópico. Por exemplo, em «Pistas

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Vindas das Suas Relações», além de levar em consideração os seus relacionamentos com outros seres humanos, certifique-se de que faz o exercício também relativamente aos animais. Conheço um homem muito apegado a cavalos. Ele foi mongol numa vida passada e, naquela altura, ele gostava mais do seu cavalo do que da sua mulher. No capítulo «Pistas Vindas do Seu Nome e das Suas Caraterísticas», examine quaisquer peculiaridades que tenha. Conheço uma senhora que pigarreia sempre que está tensa. Numa vida anterior, ela descobriu que foi esfaqueada na garganta e, na sua vida presente, qualquer tipo de stress ativa sub-conscientemente aquela recordação de uma vida passada. Ao reunir pistas começarão a emergir padrões. Pode perguntar a si mesmo: como sei se estou a ser preciso? Como distinguir entre o simples fascínio e o conhecimento interior profundo? Um bom indicador costuma ser a sua reação emocional. Se lhe parece certo, provavelmente é. Se não está seguro, medite sobre as ideias que começam a formar-se a partir das suas descobertas. Mesmo que não tenha a certeza, mais tarde ou mais cedo o seu subconsciente irá mostrar-lhe o caminho para uma compreensão mais ampla. Preste atenção, em particular, aos seus sonhos depois de ter respondido às perguntas. As memórias de vidas passadas começam muitas vezes a revelar-se durante a noite. Uma vez tendo respondido a todas as perguntas e compilado listas de pistas, estude essa informação e será capaz de começar a completar o puzzle, formando uma imagem de alguns cenários de vidas anteriores. Não é raro as pessoas terem memórias espontâneas de vidas passadas. Confie no processo. Este tipo de memórias surge quando é altura de você as processar e sarar. Tenha fé de que é o momento certo. Note - e assente - qualquer semelhança ou ligação que haja entre estas recordações e a sua vida presente. Lembre-se de que nenhum fator isolado contém todas as respostas, mas, se os reunir, pode começar a resolver o enigma de quem pode ter sido em encarnações anteriores.

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DIA 7 PISTAS VINDAS DA SUA INFÂNCIA Hoje vai começar o seu trabalho de detetive de vidas passadas olhando para a sua infância. Em criança, você não tinha os filtros fortes que a maioria dos adultos desenvolve para bloquear as memórias de vidas passadas; assim, observe atentamente as suas preferências e inclinações em criança e os jogos que gostava de jogar quando era pequeno podem muitas vezes revelar indícios úteis sobre quem foi. Perguntar a familiares como era em criança pode ajudar. Em geral, quanto mais nova a criança, mais poderosas são as recordacões de vidas anteriores. A minha avó .> disse-me que quando eu tinha três anos ficava muito irritada com ela por ela não se lembrar da nossa antiga vida juntas. Ela disse que eu reclamava uma e outra vez: «Não te lembras de quando éramos irmãs?» Quando a minha filha Meadow tinha três anos, costumava falar dos seus criados. Eu achei isto muito curioso, tendo em conta que éramos muito descontraídos em casa e muitas vezes comíamos sentados no chão. (Isto provavelmente pode estar relacionado com a minha vida enquanto índia norte-americana, em que me sentava e comia perto da fogueira.) Contudo, mesmo aos três anos, a Meadow insistia em sentar-se à mesa e dispunha ordei-ramente várias colheres, garfos e facas junto ao seu prato numa bonita apresentação. Este ritual era muito importante para ela e era completamente diferente dos nossos hábitos de arroz-integral-com-vegetais. Também me pedia que pusesse as suas roupas sobre a cama. Ela dizia: «Os meus criados costumavam tratar da roupa por mim. Eu não sei vestir-me sozinha.» Quando os seus amigos iam lá a casa, a Meadow organizava jogos refinados e longos chás. Certo dia, eles foram brincar lá para fora e eu encorajei-a a juntar-se a eles. Ela respondeu com solenidade: «Não me é permitido brincar lá fora com as outras crianças. Não posso sujar as minhas roupas.» A

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dor e a tristeza de um membro da aristocracia tinham passado para os seus jogos de infância. As atitudes das crianças podem muitas vezes ser atribuídas ao seu ambiente ou à forma como são educadas, mas não creio que este seja o caso da Meadow, pois eu e o meu marido somos pessoas descontraídas e informais. A Meadow continua a portar-se como uma verdadeira dama; contudo, não consigo deixar de pensar que ela nos escolheu como pais para equilibrar uma vida passada que foi extremamente tradicional e rígida. Uma das minhas amigas disse-me que um dia, há muitos anos, ela estava a conduzir e tinha com ela a sua filha de quatro anos. Quando passaram por uma ponte, a menina disse descontraidamente: «Estas são as águas assassinas.» Chocada, a minha amiga perguntou à filha o que queria dizer com aquilo, e ela respondeu-lhe que se tinha afogado naquelas águas quando ela e o «seu outro irmão» estavam a nadar e que a «sua outra mãe» ficou muito triste. A minha amiga, que se interessava por reencarna- ção na altura, pesquisou os jornais locais e descobriu que trinta anos antes, dois irmãos tinham estado a nadar precisamente naquele lugar... e que a menina se tinha afo-gado. (Quando a filha da minha amiga cresceu, perdeu a memória deste acontecimento.) Apesar de os jogos infantis mais comuns resultarem da programação da sociedade (por exemplo, dá-se uma boneca a uma menina e diz-se-lhe que ela é mãe da boneca), por vezes as atividades lúdicas são memórias residuais de vidas passadas. Quando eu tinha seis anos, costumava explorar o bosque perto de nossa casa e passava horas sozinha a apanhar bocadinhos de plantas diferentes e a prová-los. Eu trazia um monte das minhas escolhas para casa, punha-as a secar e depois tentava moer as plantas secas até ficarem em pó. Eu chamava «remédio» às minhas invenções e costumava tentar que os meus amigos o tomassem se não se estivessem a sentir bem. Hoje acredito que esta atividade tinha como raiz as minhas memórias de ter sido uma índia Blackfoot que apanhava ervas medicinais para a minha

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tribo. Um cético pode dizer que este comportamento pode ser resultado de eu ter sido influenciada por histórias que ouvi ou por informação que subconscientemente absorvi vinda da minha mãe ou do meu pai. Mas os meus pais nunca usaram ervas, nem os meus avós Cherokees. Por que razão uma criança de seis anos se fixaria numa atividade particular e excluiria todas as restantes? Pode haver muitos motivos, e uma das respostas é que isso se prende com uma vida passada. E como é que um indivíduo cético explica que uma criança seja um virtuoso da música mesmo que os seus pais não tenham talentos musicais. Embora seja impossível provar para lá de qualquer dúvida que a reencarnação acontece, é muitíssimo útil observar as brincadeiras infantis, pois muitas vezes elas contêm chaves importantes para compreendermos vidas anteriores. Agora, liste todas as idiossincrasias da sua infância e pense sobre que tipo de vida anterior pode ter sido responsável por esse traço pessoal. Exercício: Examinar Pistas Vindas das Suas Preferências, Inclinações e Brincadeiras Infantis Faça a si mesmo as seguintes perguntas e tome nota das respostas no seu Diário de Detetive de Vidas Passadas.

• Em criança, que atitudes consistentes tinha perante a vida? Se lhe fossem dadas escolhas, tinha quaisquer preferências fortes?

• Algum familiar lhe falou sobre alguma coisa invulgar que fez? Tinha alguns hábitos ou predileçoes invulgares para uma criança da sua idade?

• Que tipos de brincadeiras tinha em criança? Liste-as. Eram algumas delas invulgares para alguém da sua idade? O que gostava de vestir em festas de máscaras?

• Enquanto percorre a lista, lembra-se de algumas atividades que lhe trouxessem de forma consistente emoções particulares?

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Os seus amigos tinham brincadeiras que o deixavam desconfortável?

• Quando brincava ao faz-de-conta, que tipo de coisas imaginava? DIA 8 PISTAS VINDAS DOS SEUS GOSTOS Pode encontrar muitas vezes pistas valiosas para as suas vidas passadas nos seus gostos, o nosso tópico de hoje. As suas preferências em termos de roupas, arquitetura, decoração, comida, cheiros, música, livros e filmes podem ser todas elas áreas fecundas a explorar. Roupa, Arquitetura e Decoração de Interiores Comecemos pelas roupas para as quais se sente atraído (ou que detesta). Por exemplo, é atraído por roupas do estilo cigano, camponês ou militar? Gosta de usar vestidos compridos ou blazers, ou detesta roupas formais e apenas quer sentir-se confortável? Há certo tipo de chapéus que usa regularmente? Um senhor francês que eu conheci que sempre usou um chapéu de cowboy descobriu que foi um cowboy do far oeste no século xix. As cores da roupa também podem ter um significado relacionado com vidas anteriores. Por exemplo, conheci uma senhora que usava sempre roupas amarelo-açafrão - era mais ou menos a sua imagem de marca. Durante uma regressão, ela recordou ter sido um monge hindu na índia, usando diariamente vestes de cor amarelo-açafrão. Ao examinar as suas preferências no vestuário, esteja atento a quaisquer estilos que o atraiam e que estejam relacionados com culturas ou períodos históricos específicos. Pense também no tipo de disfarces que gosta de usar no Carnaval. Em seguida, analisemos os estilos de arquitetura que admira. Fica fascinado com os estilos Tudor, Georgiano ou Vitoriano, ou interessam-lhe mais estruturas como cabanas, tipis, yurts ou grutas escavadas, ou até mesmo castelos e templos gregos? A decoração de sua casa é outro tipo de pista para o seu passado. A sua casa parece-se com uma moradia rural inglesa? Talvez em

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tempos tenha vivido em Inglaterra. Outra coisa a que estar atento é a sua relação com a sua casa. Tende a mudar-se com frequência? Isto pode ser indício de uma experiência anterior em que viveu como nómada. Quer ficar na mesma casa para sempre? Isto aponta para um passado em que nasceu e viveu toda a sua vida numa única habitação. Alternativamente, também pode significar uma encarnação prévia como refugiado, na qual sempre ansiou por uma casa permanente. Tire um momento para olhar à sua volta, em casa, e observe o que o cerca com objetividade. Repare se tem mobiliário de uma época ou área geográfica específica. Faça um desenho da sua casa perfeita - por dentro e por fora - e tente aperceber-se que emoções e imagens daí emergem. Exercício: Analisar os Seus Custos em Roupa, Arquitetura e Decoração de Interiores Faça a si mesmo as seguintes perguntas e tome nota das respostas no seu Diário de Detetive de Vidas Passadas.

• De que estilos de roupa gosta muito ou detesta? Qual é o seu fato preferido e porquê?

• Que calçado prefere? Seja específico.

• Qual é o seu estilo arquitetónico preferido? E qual aquele de que menos gosta? Porquê?

• Que tipo de elementos decorativos gosta muito ou não gosta nada? Que cores predominam em sua casa?

• Tem feito muitas mudanças de casa ao longo da vida ou tem tendência para ficar no mesmo sítio? Alimentos Preferidos, Hábitos Alimentares, Perfumes e Cheiros As suas associações infantis em relação à comida e à preparação dos alimentos podem muitas vezes ser indicativas de vidas passadas, e por vezes o tipo de comida para o qual é atraído em adulto pode dar-lhe pistas relativamente a vidas passadas. Se lhe perguntassem o que prefere, escolheria comida indiana, chinesa, tailandesa, japonesa, francesa, italiana, grega, africana, espanhola, mexicana, inglesa, escandinava, alemã, russa, vietnamita, húngara

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ou outra gastronomia étnica? Que estilo de culinária ou de ingredientes prefere? Por exemplo, se gosta muito de ananás e papaia, isso pode indicar que em tempos viveu num clima tropical. A maneira como faz as suas refeições também pode oferecer pistas importantes. Come como um camponês, um rei, um monge, um samurai? Enumere os seus tipos de comida preferidos e aqueles de que gosta menos. Preste atenção às emoções que cada comida suscita em si. Na sua cozinha, repare como se sente enquanto prepara uma refeição. Embora atribuamos grande importância ao sabor de uma coisa, o seu cheiro pode ter um efeito ainda mais poderoso nas nossas emoções do que qualquer outro dos nossos sentidos. Um aroma pode transportá-lo imediatamente para outro tempo, nesta vida ou na história. Quase todos os cheiros têm memórias subconscientes associadas a eles. Repare nas reações poderosas - positivas e negativas - que tem relativamente a certos odores com que se depara na sua vida. Depois, imagine que tipo de expe-riência poderia alguém ter tido para gostar ou não gostar de forma tão vincada de um odor em particular. Exercício: Explorar os Alimentos Preferidos, Hábitos Alimentares, Perfumes e Cheiros Faça a si mesmo as seguintes perguntas e tome nota das respostas no seu Diário de Detetive de Vidas Passadas.

• Em criança, de que comidas gostava mais ou detestava? Havia alguma forma específica de fazer as refeições de que gostasse na altura?

• Como ingere a sua comida? Come depressa, quase como se fosse a sua última refeição (como alguém que geralmente não tem muito que comer), ou come de forma elegante e refinada (como alguém que se pode dar ao luxo de escolher o que quer comer) ?

• Há algum tipo de comida que lhe caia sempre mal? Há algum tipo de comida que lhe suscite uma reação emocional, seja ela positiva ou negativa?

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De que cheiros gosta muito ou detesta? Já alguma vez teve uma reação emotiva poderosa e instantânea a um cheiro sem saber porquê? ímagine-se a inalar suavemente cada um dos seguintes aromas e veja se surge alguma memória espontânea (a seguir a cada um, listei o sítio onde esse aroma era muito apreciado no passado): olíbano ou mirra, Médio Oriente; sândalo, índia; eucalipto, Austrália; limão, Itália; zimbro, Tibete; lavanda, França; salva, América do Norte; e rosas, Inglaterra. Música, Livros, Filmes e TV Uma música ou partitura tem a capacidade de nos transportar ao momento em que a ouvimos pela primeira vez. Uma memória esquecida pode ser evocada pela simples audição de uma peça musical que estava a ser tocada numa dada altura. Tal como a música pode ajudar-nos a evocar memórias desta vida, também pode ajudar a estimular rememorações de vidas passadas. Quando ouve música, há algum estilo específico que lhe evoque imagens mentais? Imagine que esteve a viajar pelo mundo e ouviu os ritmos e as músicas de cada país e período histórico. Há alguma área ou época específica de que goste muito ou não goste nada? Procurar pistas que nos levem a vidas passadas pode ser tão simples como ler guias de viagens ou ver filmes passados noutros países ou períodos temporais e observarmos as nossas reações a várias paisagens e imagens. Leia acerca de culturas diferentes numa enciclopédia (ou na internet) e tome nota das que considera mais interessantes. Veja imagens de diversos ambientes e repare como o afetam. Faça uma lista das vezes em que estava a ler um livro, a ver um filme ou um programa de televisão e se sentiu imediatamente transportado para um reino que lhe parecia real e familiar. Além disso, escreva também quaisquer emoções fortes que o tenham surpreendido enquanto lia um livro, via um filme ou um programa de televisão. As suas listas são bons pontos de partida

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para a exploração de vidas passadas. Exercício: Investigar o Seu Custo em Música, Livros, Filmes e Televisão Faça a si mesmo as seguintes perguntas e tome nota das respostas no seu Diário de Detetive de Vidas Passadas.

• Em criança, havia algum tipo de música específico de que gostava ou de que não gostava? Que estilo de música prefere atualmente? Há algum género que o faz sempre sentir-se alegre ou triste ou especialmente comovido?

• Aprendeu a tocar um instrumento musical? Ainda o toca? Foi capaz de o aprender com facilidade - isto é, pareceu-lhe logo familiar?

• Em criança, havia algum tipo de livro que o fascinasse especialmente e que lia repetidamente? O que havia nessa história que lhe tenha causado uma impressão tão forte?

• Qual é o seu livro preferido? Porquê? Que tipo de histórias gosta de ler? Tem um escritor favorito?

• De que tipo de filmes ou séries de televisão gosta ou detesta, e porquê? Westerns? Filmes de guerra? Séries sobre famílias? Filmes de ação? Séries passadas em hospitais? Épicos históricos? Séries policiais? Histórias de amor?, e por aí fora. DIA 9 PISTAS VINDAS DO SEU NOME E DAS SUAS CARATERÍSTICAS Hoje iremos analisar como os nossos nomes, traços de personalidade, ascendência, talentos e profissões revelam informação sobre as nossas anteriores encarnações. Nomes, Traços de Personalidade e Ascendência O nome que atualmente tem não é um acaso. Além de lhe dar uma vibração e uma energia de que precisa para a sua vida atual, há muitas vezes correlações entre ele e vidas passadas. Se o batizaram em honra de um familiar, há quase sempre uma ligação kármica com esse indivíduo. O nome da Rose foi escolhido em honra da sua bisavó. Embora ela nunca a tenha

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conhecido, quando ela investigou a sua árvore genealógica encontrou semelhanças incríveis entre as duas. As semelhanças eram tão fortes que a Rose mais nova ficou convencida de que ela tinha sido a bisavó na sm N\da antoioi. Certifique-se de que não se esquece das alcunhas que você ou os outros lhe dão. A uma senhora chamada Merry toda a vida chamaram «Médici» sem que ninguém se lembrasse da razão para isso. Contudo, durante uma regressão, ela descobriu uma vida passada em Itália na qual fez parte da poderosa família Médici. Ao estudar os maneirismos, os traços de personalidade e os comportamentos que o tornam único, encontrará mais pormenores sobre as suas vidas passadas. É claro que muitas destas caraterísticas podem ser atribuídas a acontecimentos e influências da sua vida atual, mas os traços que são completamente alheios à sua educação podem ser explicados explorando vidas passadas. Também não é raro, como forma de equilíbrio kármico, passar por uma completa inversão de personalidade. Por vezes, os comportamentos habituais podem ser explicados em termos de reencarnação. A Fran tinha a peculiaridade de fazer uma vénia a todas as pessoas que conhecia. Embora isto não seja invulgar para alguém que tenha tido uma vida passada na Ásia, era considerado estranho na sua vida atual. A sua personalidade não foi apenas formada ao nascer; ela é o resultado de uma longa sucessão de reencarnações. Anote os adjetivos que melhor o descrevem. Olhe para a lista e imagine que alguém no passado teve estas mesmas caraterísticas; pense em como essa pessoa teria vivido e qual teria sido a sua profissão. Há muitas vezes uma correlação entre a herança cultural e/ou racial de uma pessoa e o tipo de vidas passadas por que ela passou. Esta ligação nem sempre é evidente e, até hoje, investigou-se pouco este fenómeno. Pode constatar que partilhou uma vida com um ou mais antepassados seus ou que, na verdade, foi um dos seus antepassados. A Deborah ficou surpreendida quando, durante

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uma regressão, constatou que tinha sido a sua tia-avó Esther. Ao pesquisar, ficou ainda mais espantada quando descobriu um incrível número de semelhanças nas suas vidas. Por exemplo, todos os anos no seu aniversário ela fazia sempre uma pequena cerimónia secreta de manhã bem cedo. Uns anos mais tarde, quando a Deborah recebeu o diário da sua tia-avó e leu as várias entradas, constatou que a Esther fazia exatamente a mesma coisa! Também é comum ter várias vidas passadas no mesmo contexto cultural. Assim, se tem ascendência escocesa, pode ter tido várias vidas escocesas; se tem ascendência africana, pode ter tido uma série de vidas africanas. (Não tenho a certeza se nós realmente temos mais vidas dentro de uma dada cultura ou se elas são simplesmente mais fáceis de «recordar» por nos serem familiares.) Se os outros presumem constantemente que tem uma ascendência diferente da que realmente tem, isto também pode ser uma pista para uma vida passada. Se não sabe muito sobre os seus antepassados, talvez fazer alguma pesquisa o familiarize com as suas raízes. Muitas pessoas constatam que isto rapidamente se encaixa muito bem com a sua própria exploração de vidas anteriores. Exercício: Examinar o Seu Nome, os Seus Traços de Personalidade e a Sua Ascendência Faça a si mesmo as seguintes perguntas e tome nota das respostas no seu Diário de Detetive de Vidas Passadas.

• Qual é o significado do seu nome? De que nacionalidade é o seu nome? Deram-lhe o nome em honra de alguém - um familiar, talvez? O que sabe sobre essa pessoa?

• Enquanto crescia, tinha alguma alcunha? Tem um nome pelo qual o tratem mas que não é o seu nome oficial? Qual é o significado desse nome e o que significa para si?

• Como é que os outros descreveriam a sua personalidade? Como é que você a descreveria? Tem algumas peculiaridades ou maneirismos invulgares?

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• Tem comportamentos recorrentes mas não tem bem a certeza de porquê e quando começaram? Enumere-os. Se encenassem uma peça histórica com uma personagem com essas mesmas caraterísticas, quem e o que poderia ser essa pessoa?

• Qual é a sua ascendência? Está muito alinhado com algum dos seus antepassados ou há algum com quem se identifique? Sente-se atraído por alguma cultura que também faça parte da sua herança cultural? Talentos, Aptidões, Profissões e Passatempos Muitas das aptidões que dá por si a ter espontânea e facilmente podem ser atribuídas a vidas passadas. Talvez as crianças prodígio - tal como Mozart - tenham adquirido as suas capacidades em vidas anteriores. Talvez examinar os seus talentos lhe traga pistas adicionais sobre quem foi em tempos. Um sábado de manhã, a minha filha Meadow anunciou que gostava de ir patinar no gelo. O meu marido, o David, demora algum tempo a reagir de manhã, pelo que fiquei surpreendida quando ele concordou de imediato - sobretudo porque ele nunca tinha patinado na vida. A minha filha já tinha andado de patins, mas nunca tinha patinado no gelo. Eu tinha patinado em miúda, mas estava enferrujada e hesitante. Assim, fiquei boquiaberta quando o David, que nunca tinha posto uns patins, passou por nós a patinar sem esforço, com movimentos suaves e graciosos. Ele deslizou à nossa volta em círculos. Ele patinou de costas. Ele deu voltas e piruetas. Espantoso! Apesar de ter acabado por magoar um joelho, o David parecia saber exatamente como patinar. Antes disso ele tinha recordado uma vida passada como guarda oficial na Holanda e, nessa vida, ele tinha patinado muitas vezes em canais e lagos gelados. Acredito que aquelas recordações distantes da Holanda perpassaram o tempo até ao presente. Os talentos das nossas vidas passadas emergem muitas vezes nos nossos anos de infância... e depois, por vezes, dissipam-se quando

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entramos na idade adulta. Pense em quaisquer talentos invulgares que tivesse em criança ou se se sente naturalmente atraído para quaisquer habilidades em particular. Enumere-as e imagine como teria sido uma vida passada associada a essas habilidades. As profissões para que somos atraídos são geralmente as mesmas que tivemos em vidas passadas ou então têm caraterísticas semelhantes. Isto parece ser especialmente válido no que respeita a vocações sentidas desde cedo. Por exemplo, um homem a quem fiz regressão tinha sido um fabricante de pianos na Alemanha. Na sua vida atual, ele aprendeu a tocar esse instrumento na infância e, quando estava na casa dos 20, tornou-se carpinteiro. Ambas as habilidades estão ligadas à sua vida anterior. Agora não é pianista nem carpinteiro - é artista. Acredito que ele completou o karma da sua vida alemã e, portanto, já não está envolvido na mesma profissão ou no mesmo hobby. A sua carreira pode muitas vezes ser indicativa de habilidades que possuía numa ou em várias das suas vidas anteriores. Às vezes a sua profissão é uma continuidade da anterior; ou, como forma de equilibrar o karma, o seu emprego atual pode ser o oposto do que teve em vidas anteriores. Exercício: Explorar os Seus Talentos7 Aptidões, Profissões e Passatempos Faça a si mesmo as seguintes perguntas e tome nota das respostas no seu Diário de Detetive de Vidas Passadas.

• Em que área particular da sua vida é especialmente bom? Que habilidades admira ou despreza nos outros?

• Já se surpreendeu a si mesmo por saber perfeitamente como fazer alguma coisa? O que foi? Já alguma vez criou algo - ou foi especialmente bom em algo - que evocasse emoções fortes e familiares?

• Em criança, o que queria ser quando crescesse? Seguiu o seu sonho de infância? Perseguiu alguns aspetos das suas ambições juvenis?

• Como é a sua carreira atual? Gosta dela? É-lhe fácil ou difícil?

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• Tem passatempos? Se pudesse ter alguma atividade de tempos livres - sem pensar no dinheiro ou no tempo despendido - o que gostaria de fazer? Porquê? DIA 10 PISTAS VINDAS DO SEU CORPO E DA SUA SAÚDE Não é raro certas caraterísticas físicas ou problemas de saúde reemergirem de vida para vida; esses são os nossos tópicos para hoje. Estrutura Física e Problemas de Saúde Embora tenhamos diferentes tipos de corpos nas nossas várias vidas, por vezes há aspetos que são transportados de uma vida para a seguinte. Geralmente isto só acontece quando há algum bloqueio ou reação emocional que não ficou resolvida na vida anterior, mas por vezes acontece porque nos identificamos fortemente com uma dada caraterística. O Ronald nasceu com um dos braços ligeiramente deformado. Surpreendentemente, quando lhe perguntei como isso o fazia sentir, ele disse-me que se sentia um cobarde. Quando o fiz regressar no tempo, ele reviveu uma vida como guerreiro japonês a quem já não era permitido lutar devido a um ferimento grave. Isto fê-lo sentir-se inferior e até fraco por não lutar ao lado dos seus compatriotas. Sarar aquela vida passada não mudou o estado do seu braço, mas ele deixou de se ver como um cobarde. Um acontecimento parecido com o ocorrido numa vida passada pode ativar uma dor ou lesão inexplicável que teve a sua origem no passado longínquo. Também pode haver memórias residuais ou problemas de saúde que perpassam até ao presente e se manifestam no seu corpo atual. Por exemplo, problemas cardíacos (ou um coração partido) numa vida passada podem emergir como uma doença cardíaca na vida presente. Contudo, os problemas de saúde só se repetem se assuntos deste tipo ficaram por resolver durante a experiência da vida passada.

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Além disso, as doenças que teve numa determinada idade na sua vida passada podem emergir na mesma idade na vida atual. Isto só acontecerá se houver questões emocionais por resolver a acompanhar esta circunstância. A Dakota teve um terrível surto de urticária no corpo todo quando tinha 25 anos. O princípio foi muito repentino e dramático e até surgiram bolhas. Numa regressão, ela viu que numa vida passada, aos 25 anos, tinha sido queimada numa fogueira por ser considerada bruxa. Alguns problemas de saúde atuais são uma manifestação simbólica de um trauma numa vida anterior. Por exemplo, os problemas de garganta podem vir de uma encarnação em que foi enforcado, estrangulado ou morto por ter dito de sua justiça, ao passo que dores de cabeça agudas podem dever-se a grandes traumatismos na cabeça ou ferimentos de batalha. Simplesmente focar-se na parte do seu corpo que está cronicamente em desequilíbrio pode despertar imagens do passado. Exercício: Analisar o Seu Corpo e os Seus Problemas de Saúde Faça a si mesmo as seguintes perguntas e tome nota das respostas no seu Diário de Detetive de Vidas Passadas.

• Que estrutura física tem? É esguio, frágil, musculado, atlético, corpulento ou baixo? Tem algumas caraterísticas invulgares? Nasceu com elas ou foram-se desenvolvendo ao longo do tempo?

• Sente-se confortável na sua pele? Ou será que o seu corpo não se enquadra na pessoa que realmente sente que é?

• Em criança, teve complicações de saúde recorrentes? Qual era a sua reação emocional às preocupações de saúde quando era pequeno? Tem limitações físicas ou deficiências?

• Sempre acreditou que viveria muitos anos? Porquê? Ou, pelo contrário, sempre pensou que a sua vida seria curta? Porquê?

• Está voltado para as medicinas alternativas ou para a alopatia? Se recorre aos métodos holísticos, reage bem a ervas chinesas e à acupunctura, às ervas ocidentais, à massagem ayurvédica, à hidroterapia e aos vapores des intoxicantes, aos clisteres ou à

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terapia de cristais? (Muitas vezes, o tipo de tratamento que fun-ciona melhor - ou pior - no seu caso, é reflexo de uma cura numa vida passada.) Cicatrizes, Sinais de Nascença, Tatuagens, Lesões e Doenças Há indubitavelmente uma correlação entre cicatrizes, sinais de nascença e tatuagens que tenha nesta vida com o que ocorreu nas suas vidas passadas. Numa regressão, uma senhora recordou-se nitidamente de noutra vida ter morrido com um tiro na testa. Curiosamente, esta senhora encontrou uma pequena cova invulgar no couro cabeludo que parecia sugerir que uma pequena bala tinha passado por ali. Mesmo os sinais de nascença podem oferecer pistas para vidas passadas. Sugiro que examine os seus e que se pergunte o que pode ter causado esses sinais de nascença específicos; depois, preste atenção a quaisquer imagens ou sentimentos que venham lá bem do seu fundo. As tatuagens também podem fornecer pistas relativamente a vidas anteriores. Ao longo de vários anos, a Marie tinha símbolos celtas tatuados em várias partes do seu corpo e ficou agradada ao descobrir que, numa vida que teve na Irlanda, trabalhou como ferreira. Analise o seu corpo e tome nota de quaisquer cicatrizes, sinais de nascença e tatuagens que tenha. Desenhe o contorno do seu corpo e indique exatamente onde estão, mesmo os mais pequenos. Preste especial atenção a áreas que tenham tido cicatrizes repetidamente. Uma simples meditação orientada para a zona de uma cicatriz atual (ou sinal de nascença) pode muitas vezes revelar memórias de vidas passadas. Não só as lesões e as doenças por que passou são indicativas de experiências de vidas anteriores como as emoções que as acompanharam também são muito reveladoras. A Sue-Ann ficava sempre muito desanimada, e até fatalista, sempre que apanhava uma constipação. Ela só compreendeu porquê quando percebeu que tinha tido uma vida passada em Portugal, em que uma gripe

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de verão tinha rapidamente conduzido a uma pneumonia e, depois, à morte. Para pesquisar ainda mais a fundo as suas vidas passadas, sempre que se magoa imagine que se torna minúsculo e que viaja até à lesão ou à ferida. Depois, permita que venham à superfície imagens e memórias. Quanto mais perto do momento da lesão, mais fácil é descobrir a sua encarnação. Os infortúnios pelos quais o seu corpo passa em geral não são um acidente. Enumere cada lesão, doença e cirurgia por que algum dia passou. Depois, escreva as emoções que cada uma lhe suscita. Repare se há alguma semelhança entre os sentimentos que emergem. Exercício: Examinar as Suas Cicatrizes, Sinais de Nascença, Tatuagens, Feridas, Doenças e Cirurgias Faça a si mesmo as seguintes perguntas e tome nota das respostas no seu Diário de Detetive de Vidas Passadas.

• Que idade tinha quando ficou com as suas cicatrizes? De que resultam elas? Tem quaisquer emoções associadas a elas?

• Se tem um sinal de nascença, em que sítio do seu corpo se encontra? A sua forma parece-se com algo? Se tem tatuagens, elas são de alguma cultura ou época específica?

• Alguma vez teve lesões recorrentes num local específico do seu corpo? Se houvesse um dilema de alma que pudesse explicar essa lesão específica, qual seria ele?

• Já teve alguma doença estranha? Que parte do seu corpo foi afetada?

• A que tipo de cirurgias foi submetido? O procedimento médico curou o problema? Que outras coisas se estavam a passar na sua vida na altura?

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DIA 11 PISTAS VINDAS DAS SUAS RELAÇÕES Hoje iremos abordar as relações porque as nossas dinâmicas relacionais, talvez mais do que quaisquer outras pistas, oferecem grandes esclarecimentos sobre quem fomos em vidas anteriores. Relações Humanas Nós tendemos a recriar simbólica e subconscientemente acontecimentos do nosso passado remoto, especialmente aquelas experiências que nunca ficaram resolvidas. Cada repetição é uma oportunidade de superarmos essas situações pendentes. Por exemplo, na sua infância, o Moses e o John eram vizinhos. Eram amigos, mas o Moses sempre tivera um ressentimento para com o John e, por algum motivo, o John aturava-o. Certo verão, foram fazer canoagem juntos. Enquanto remavam, a canoa deles voltou-se e o Moses foi apanhado na corrente. O John, com grande esforço - que quase lhe ia custando a vida - conseguiu salvá-lo. Desse ponto em diante, a sua relação transformou-se quase magicamente e o Moses deixou de estar ressentido com o seu amigo. Mais tarde, John descobriu que, numa vida anterior, ambos tinham sido índios sul-americanos. Numa saída de canoagem durante aquela vida, o Moses tinha caído borda fora mas o John não tentara salvá-lo. Moses afogara-se, o que conduziu ao ressentimento no momento presente. Reviver o acontecimento original mudou a dinâmica entre ambos. Muitas vezes o modo como se sente em relação a alguém é o reflexo de uma relação passada. Por exemplo, sempre que a Jill falava da sua amiga Sandy, ela chamava-lhe «a minha irmã». A Jill descobriu que numa vida anterior a Sandy tinha sido a sua irmã mais nova. Isto explicava porque a Jill sentia necessidade de proteger e apoiar a Sandy na sua vida atual. Além disso, só porque alguém parece ser seu inimigo na vida presente, isso não significa necessariamente que haja uma vida passada negativa. Nalguns casos, uma alma gémea muito carinhosa encarnará a seu pedido de forma a ser um adversário à altura; dessa maneira, você consegue adquirir força, clareza de

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espírito e sabedoria quando superar o seu adversário. Por outras palavras, este indivíduo surgiu para o ajudar a crescer. Ao examinar cuidadosamente todos os seus relacionamentos, e especialmente os padrões recorrentes, poderá começar a com-preender as dinâmicas do seu passado. Todas as pessoas com quem tem uma relação importante são pessoas que você conheceu no passado. Além disso, os padrões que ocorrem com parceiros na vida atual têm a sua origem no passado. Faça uma lista de todas as relações importantes que teve na sua vida - tanto as que achou positivas como as que achou negativas. Depois, à frente de cada entrada escreva algumas palavras que descrevam as dinâmicas relacionais e como elas o fi-zeram sentir-se na altura. Por exemplo, pode querer escrever «somos como guerreiros que lutam lado a lado» ou «é do tipo mãe e filho». Repare em quaisquer imagens que comecem a surgir. Exercício: Explorar As Suas Relações Humanas Faça a si mesmo as seguintes perguntas e tome nota das respostas no seu Diário de Detetive de Vidas Passadas.

• Em criança, quem eram as pessoas mais importantes para si? Com quem se sentia seguro? Havia alguém ao pé de quem não se sentisse seguro? Quem amava e quem o amava a si?

• Em criança, qual era a sua principal forma de se relacionar com as outras pessoas? Era tímido ou alheado, ou queria ser o centro das atenções? Queria mandar em tudo? Estava sempre a tentar agradar aos outros?

• Em adulto, que padrões - nos seus relacionamentos parecem repetir-se? Está sempre preocupado com as necessidades dos outros, mesmo quando isso o prejudica? Você sabota as relações? Tiram partido de si com frequência ou tira partido dos outros?

• Quem têm sido os seus amigos? Quando os conheceu, sentiu uma ligação instantânea? Quem têm sido os seus inimigos?

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Quando primeiro entrou em contacto com esses indivíduos, teve sentimentos de apreço ou de aversão para com eles?

• Sente-se próximo da sua família ou já deu por si a sentir que nunca se enquadrou? Com quem tem uma ligação mais forte - tanto de uma forma positiva como negativa - e de que membro da sua família se sente mais distante? Relacionamentos com Animais Sente uma afinidade com certos tipos de animais? Quando está perto destes seres, sente que consegue comunicar com eles? Estas experiências podem estar relacionadas com uma vida passada, em que você tinha muito contacto com um tipo específico de animal. Talvez tenha sido treinador de cavalos ou agricultor. Ou talvez, numa dada altura, o seu único amigo tenha sido um animal de estimação. Há relatos de prisioneiros que criaram laços com ratazanas nas suas celas e que até guardavam parte das suas rações diminutas para alimentar os seus companheiros. Estes atos de bondade, juntamente com a gratidão para com os animais, impediram que estes indivíduos enlouquecessem. Para os antigos egípcios, os gatos representavam deuses. Relíquias daquele tempo estão cheias de imagens sumptuosas de gatos a encenarem os mitos mais importantes daquela civilização. Na verdade, os gatos eram tão reverenciados que muitos foram embalsamados com os seus donos quando morreram. Se sempre teve uma grande afinidade por gatos, pode ter tido uma vida pas-sada no antigo Egito. Por vezes um animal que o amedronta sem razão pode ser um sinal importante. Por exemplo, o Donald tinha pânico de crocodilos. Ele ficava tão assustado que se recusava a nadar à noite na sua piscina, tal era a intensidade do seu medo, apesar de não haver crocodilos no Novo México, onde ele vivia. Só quando curou uma vida passada - na qual tinha sido arrastado para a água e mutilado por um crocodilo - é que finalmente conseguiu desfrutar da sua piscina à noite sem ter medo. Analisar cuidadosamente o tipo de animais que o atraem - bem como aqueles que o intimidam - pode dar- -lhe pistas incríveis

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sobre o seu passado. Faça uma lista de todos os animais a que se apegou, que o fascinaram ou que o amedrontaram ao longo da vida. Depois de cada entrada, imagine um cenário de vida passada que inclua o animal e as emoções que lhe associa. Escreva tudo. Exercício: Examinar os Seus Relacionamentos com Animais Faça a si mesmo as seguintes perguntas e tome nota das respostas no seu Diário de Detetive de Vidas Passadas.

• Que animais adora ou admira? De que animais não gosta?

• Se fosse um animal, que tipo de animal seria?

• Tem em sua casa alguns quadros, estátuas ou figuras de um determinado animal?

• Tem coleções de um tipo particular de animal? Porquê? Que associações faz com essa espécie?

• Descobriu o seu animal totémico? Qual é? Em que parte do mundo ou em que período histórico eram estes animais reverenciados? DIA 12 PISTAS VINDAS DE LUGARES, ACONTECIMENTOS, CULTURAS E DÉJÀ VU Hoje iremos analisar como os locais, os climas, as culturas, as épocas, os acontecimentos históricos e até mesmo a sensação de déjà vu podem ajudar-nos a descobrir mais sobre as nossas encarnações prévias. Localizações Geográficas e Climas Um ótimo exercício para ativar as memórias de vidas passadas é imaginar-se em vários tipos de cenários. Envolva todos os seus sentidos... visões, sons, cheiros, texturas e assim por diante, enquanto imagina cada ambiente. Que sentimento evoca em si cada local? Esteja aberto a cada nuance da sua experiência, pois muitas vezes isto espoleta memórias do seu passado. Quando a

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Peggy experimentou fazer este exercício, constatou que se sentia imensamente feliz de todas as vezes que imaginava estar rodeada de montanhas nevadas. Ela descobriu que isto batia certo com uma vida anterior em que tivera cabras e vivera nas montanhas da Suíça. Embora você possa pensar que quase toda a gente prefere um clima temperado, há uma variedade surpreendente nas preferências climáticas das pessoas. Uma reação emocional forte a condições específicas tem frequentemente a sua origem numa vida passada. Por exemplo, o Samuel, que vivia numa comunidade agrícola no Iowa, adorava climas quentes e húmidos. Em criança, chegou a pedir à mãe que lhe pintasse uma selva no seu quarto. Na sua regressão a vidas passadas, lembrou-se de ter vivido numa floresta tropical - uma selva verdejante, em que os macacos saltavam alegremente de uma árvore para a outra. Se gosta de calor extremo, árido, talvez em tempos tenha vivido num deserto; ou, se prefere a frescura límpida do inverno, talvez tenha tido uma experiência passada numa terra de neve e gelo. Imagine-se a si mesmo em climas diferentes e repare nas reações emocionais que tem a cada um deles. Exercício: Analisar as Localizações Geográficas e Climas Faça a si mesmo as seguintes perguntas e tome nota das respostas no seu Diário de Detetive de Vidas Passadas.

• Que países sempre quis visitar? Onde é que nunca quis ir? Se pudesse passar férias em qualquer ponto do globo, onde iria e porquê?

• Que tipo de ambiente o faz sentir-se melhor - e onde se sente pior? Será no deserto, nas planícies, na savana, nas montanhas, numa floresta tropical, num pinhal, na praia ou à beira de um lago? Será num prado ou num monte, num vale ou num desfiladeiro?

• O que prefere: cidades, vilas, aldeias, ranchos ou o campo?

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• Que tipo de clima prefere? Que países têm o tipo de clima de que mais gosta (ou gosta menos)? (Os primeiros nomes que lhe vierem à ideia podem ser uma pista.)

• Prefere estar dentro de casa ou ao ar livre? Que estado de tempo o deixa contente? E triste? E deprimido? E satisfeito? E criativo? Culturas, Épocas, Acontecimentos Históricos e Déjà Vu Examinar atentamente as culturas que o interessam pode abrir-lhe um caminho até ao seu passado. O Jason adorava as civilizações do antigo Egito. Mesmo em criança, o seu objeto preferido era uma cruz egípcia que o seu tio lhe tinha trazido de umas férias que passou no Egito. Na adolescência, o seu interesse aumentou e, em adulto, o Jason visitava exposições de artefactos egípcios em museus. Não ficou surpreendido quando descobriu uma vida passada no Egito. Há muitas vezes uma correlação entre as culturas que o fascinam e as suas encarnações anteriores. Por exemplo, alguém que se interessa muito pelos índios norte-americanos ou pela civilização asteca pode vir a descobrir que teve uma vida nessa sociedade. Repare também nos padrões étnicos que lhe parecem apelativos ou familiares. Observe símbolos de vários povos, como os celtas, os egípcios, os maori, os índios norte-americanos, os africanos, os chineses, os japoneses, os indianos, os viquingues, os romanos e os do Médio Oriente. Um período ou acontecimento histórico que o atrai é muito provavelmente indicativo de uma vida passada, pelo que é importante analisar esse interesse. O meu pai não acreditava na reencarnação; contudo, ficou na dúvida depois de ter explorado as nossas raízes e antepassados escoceses. Ele falou-me da sua experiência de estar sentado numa charneca e de subitamente «ver» uma batalha e sentir que conhecia perfeitamente cada aspeto dela enquanto se desenrolava diante dos seus olhos. Este acontecimento pareceu-lhe espantoso e ele sentiu que, há muito tempo, já ali tinha estado.

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Analise as épocas históricas que lhe têm despertado interesse na sua vida atual. Recue até aos tempos de escola alguma o interessava particularmente, tal como a Idade da Pedra, a Idade do Bronze, o antigo reinado dos faraós, a Idade Média, o Renascimento ou a Revolução Industrial? Há acontecimentos históricos que o cativam em particular? Consulte por momentos uma enciclopédia de história mundial e veja se há certas épocas que se destaquem aos seus olhos; contudo, lembre-se de que muitas obras do género ignoram as culturas nativas, pelo que terá de explorar livros de antropologia para esse tipo de informação. O fenómeno do déjà vu pode fazê-lo sentir que está a reviver um momento da sua própria história. Contudo, os psicólogos dizem que o déjà vu acontece quando o cenário que estamos a observar fica disponível à mente consciente uma fração de segundo antes de estar consciente dele. Você sente que já viu uma coisa ou que já esteve num lugar porque efetivamente já viu e já lá esteve uma fração de segundo antes. Contudo, constatei que há uma correlação direta entre o déjà vu e as vidas passadas e acredito que esses são acontecimentos importantes para explorar a reencarnação. Certifique-se de que regista todas as suas experiências de déjà vu. Um dos episódios de déjà vu mais emotivos com que me deparei foi quando estive no Japão, na bela cidade de Kamakura. Quando entrei no Templo Engakuji, construído em 1282 e dedicado à seita Rinzai do budismo zen, a familiaridade de já ali ter estado foi desarmante. Eu sabia que tinha ali estado antes. Assim que entrei no local, a transformação que se deu dentro de mim foi evidente. Tudo em mim mudou - a minha maneira de andar, os meus maneirismos, o meu padrão respiratorio e até mesmo a minha visão... fui capaz de ver com mais precisão. Foi como se urna vida passada se tivesse sobreposto parcialmente à minha vida presente. Eu não senti que em tempos tivesse vivido ali; senti antes que era um monge de outro templo que tinha ali ido em visita. A sensação

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dolorosa de ansiar por algo enquanto ali estive era parecida com urnas profundas saudades de casa, mas saudades de algo que eu não me conseguia lembrar ao certo. Exercício: Explorar Culturas, Épocas, Acontecimentos Históricos e Déjà Vu Faça a si mesmo as seguintes perguntas e tome nota das respostas no seu Diário de Detetive de Vidas Passadas.

• Em criança, havia culturas que o interessavam parti-cularmente? Alguma vez escolheu uma delas para um trabalho da escola? Na sua juventude, gostava de ler livros sobre esse assunto?

• Em adulto, alguma vez estudou ou desenvolveu uma grande curiosidade acerca de uma cultura específica?

• Alguma vez passou tempo numa cultura que não a sua, sentindo-se como se estivesse em casa?

• Se por magia conseguisse transportar-se para um momento histórico específico, qual seria? Porquê? • Se pudesse ser uma personalidade histórica famosa, quem escolheria? Porquê? • Já teve uma experiência de déjà vw? Onde estava e qual foi a sua reação emocional a ela? DIA 13 SONHOS E VIDAS PASSADAS Hoje iremos descobrir como conhecer vidas passadas estudando os nossos sonhos. Muitos deles contêm mensagens secretas sobre as nossas vidas e relações atuais mas também sobre as vidas e as relações do passado remoto. É comummente aceite que os sonhos podem oferecer dados poderosos para a nossa vida. Estas mensagens misteriosas da sua mente podem avisá-lo do perigo ou podem conter as sementes da inspiração criativa. Einstein afirmou que a sua teoria da relatividade lhe chegou através de um sonho; na verdade, ele disse

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que muitas das suas descobertas resultavam dos seus devaneios noturnos. D. Scott Rogo, professor na Universidade John F. Ken- nedy da Califórnia, realizou uma investigação interessante acerca das visões de reencarnações em sonhos. Ele colocou anúncios em revistas de temática metafísica a pedir respostas de pessoas que tivessem tido recordações de vidas passadas por outros métodos que não o da regressão. No seu livro The Search for Yesterday1, Rogo declarou que o maior grupo de recordações credíveis de vidas passadas vinha dos sonhos. Enquanto sonhamos, a nossa mente tem tendência a estar muito menos confinada pelos limites da lógica, motivo pelo qual é muitas vezes a maneira mais fácil de entrar em contacto com as nossas vidas passadas. Mesmo pessoas que não acreditam em reencarnação afirmaram terem tido sonhos em que participaram em atividades que se desenrolavam noutro período histórico. Isto pode, é claro, ser atribuído a filmes ou livros que se viram e leram recentemente. Contudo, há caraterísticas que distinguem os sonhos de vidas passadas dos sonhos normais. Os sonhos relativos a encarnações anteriores parecem muito mais reais do que os sonhos convencionais; as cores são mais vivas, as arestas parecem mais aguçadas e tudo parece muito mais claro e nítido. Frederick Lenz, psicólogo na New School for Social Research, afirma no seu livro Lifitimes1 que muitos dos sujeitos que observou estavam conscientes e ficaram fortemente afetados quando os seus sonhos eram sobre vidas passadas. Quando os so-nhos sobre vidas passadas são recorrentes, como acontece muitas vezes, há geralmente um assunto pendente que tenta por todos os meios tornar-se consciente. Estes sonhos podem ser interpretados como um convite que nos é feito para resolvermos aquele conflito ou aquela dificuldade de uma vida anterior. Creio que nos próximos anos haverá um enorme aumento do número de visões de encarnações prévias a surgirem nos nossos sonhos, que servem de filtro para os antigos problemas que influenciam o nosso presente e que buscam um desfecho.

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Eis uma metáfora que uso para explicar por que motivo os nossos sonhos são tão importantes para resolver problemas de vidas passadas. Imagine que é noite cerrada num deserto. As estrelas cintilantes salpicam o céu, enquanto cá em baixo os carros serpenteiam por uma estrada solitária. A maioria das pessoas que conduz está a desfrutar da beleza silenciosa da noite; alguns têm os seus rádios ligados, contudo, porque estão a muitos quilóme-tros das estações locais, não sintonizam nada. Depois, dos confins do universo, a Estação de Rádio Cósmica (ERC) começa a emitir para a Terra. Os que têm os rádios ligados ouvem um ruído de estática abafado, à medida que ondas de frequência cada vez maiores são pro jetadas para o nosso planeta. Com a subida da intensidade, a estática também se toma mais alta, até que os sinais são sintonizados e se tornam nítidos. Depois, todas as tensões físicas e mentais se esvaem completamente e todos os que estão à escuta ouvem a mais maravilhosa das músicas - sons tão belos e tranquilizantes que as preocupações começam a dissipar-se. As irritações e dificuldades da vida dissolvem-se e há um sentimento de paz infinita. A música especial da ERC suscita uma rememoração nas profundezas da alma de um lugar distante... um lugar cheio de luz, compaixão e realização abundantes. Neste momento, há novas frequências e energias a inundar o nosso planeta. Para muitos, os seus sonhos estão a tornar-se rádios sintonizados. Devido à natureza intuitiva e não sequencial dos sonhos, irá primeiro «ouvir» muitas das frequências da «ERC» através de símbolos e imagens que perceciona enquanto dorme. Os seus devaneios noturnos são uma fonte intacta de enorme potencial para a libertação planetária que está a acontecer agora. Nos próximos meses e anos, muitas visões de vidas passadas irão aparecer-lhe em sonhos. Estas novas harmonias estimularão bloqueios antigos que têm residido no seu âmago ao longo de várias vidas. Pode até sentir que a sua vida está cheia de estática e, por estranho que pareça, isso é bom, pois significa que o seu «rádio» está ligado. (Há muitas pessoas que vivem alegremente as

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suas vidas sem estática; infelizmente, como não têm os seus «rádios» ligados, elas nunca ouvirão a música maravilhosa nem vivenciarão a profunda energia que você acabará por sentir.) À medida que estes bloqueios forem superados, começará a lembrar-se de quem é... e a estática começará a desaparecer, transformando-se numa beleza como nunca antes conheceu. Os seus sonhos podem ser uma porta secreta para o seu passado. Dedique uns momentos a tomar nota deles mesmo que só se recorde de pequenos vislumbres -, pois essa informação pode ajudá-lo a entrar em contacto com as suas vidas anteriores. Recomendo que tenha um bloco de notas e uma caneta na sua mesa de cabeceira exclusivamente para essa finalidade. Quando tiver reunido muitos fragmentos, tente extrapolá-los para um cenário geral. Este método pode ser útil para começar a ganhar uma noção de quem foi. Exercício: Descodificar Os Seus Sonhos Faça a si mesmo as seguintes perguntas e tome nota das respostas no seu Diário de Detetive de Vidas Passadas.

• Em criança, tinha sonhos ou pesadelos recorrentes?

• Alguma vez teve um sonho tão vívido a ponto de sentir que estava lá? Qual era a envolvente? Estava situado noutro período histórico?

• Parece haver alguma temática comum nos seus sonhos? Por exemplo, é sempre a vítima, ou é sempre o antagonista ou o culpado? Está constantemente a fugir de alguma coisa?

• Assume regularmente um papel específico nos seus sonhos? Por exemplo, costuma ser a mãe, o professor ou o trabalhador?

• Há algumas pessoas, reais ou imaginárias, que surgem com regularidade nos seus sonhos? Elas costumam ter os mesmos papéis? O que lhe faz sentir a sua presença?

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DIA 14 RECORDARE ANALISAR OS SEUS SONHOS Hoje iremos continuar a investigar os sonhos e como eles podem ajudar-nos a compreender as nossas relações do passado. A ciência já provou que toda a gente sonha. Mesmo as pessoas que juram nunca sonhar fazem-no - simplesmente, elas não se recordam dos seus sonhos, pois a maioria só fica na nossa consciência durante dez minutos. É por isso que é importante registar rapidamente os seus sonhos antes que eles se esvaiam da memória. Estudos comprovam que os sonhos ocorrem quando as pessoas estão num estado de sono muito leve, já na fase final de um ciclo de sono (um ciclo dura 90 minutos). Portanto, não se sentirá cansado mais tarde, por ter parado para tomar nota dos seus sonhos, pois estará a acordar no fim natural de um ciclo de sono. Se tiver uma pequena lanterna ao lado da cama e a usar em vez de acender a luz, isso irá permitir-lhe adormecer mais depressa a seguir a registar o conteúdo dos seus sonhos. Lembrar-se dos sonhos é como qualquer outra habilidade que se desenvolve. Com a prática, melhorará a sua capacidade de recordar. Talvez queira anotar a data e a hora dos seus sonhos, para ver se há algum padrão que comece a emergir. A seguir encontrará um exercício que pode fazer imediatamente antes de adormecer, para o ajudar a recordar-le dos seus sonhos. Exercício: Programar os Seus Sonhos para Revisitar Vidas Passadas Ao deitar-se para ir dormir; dedique uns instantes a descontrair-se completamente. Pode começar por abrandar o ritmo da sua respiração. Inspire profunda e longamente. Inspire e expire completamente. Quando começar a relaxar, diga a si mesmo: «Todos os pen-samentos e preocupações estão a afastar-se.» Imagine que está na margem de um rio que corre lentamente. Visualize-se a pegar nas suas preocupações uma a uma e a pô-las no rio numa espécie de jangada com folhas e paus como as crianças fazem. Veja cada uma delas flutuar para longe suavemente, levando consigo toda e cada

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preocupação. Isto elimina as interferências da sua mente e permite-lhe descontrair ainda mais. Em seguida, começando pelos dedos dos pés, percorra mentalmente o seu corpo, permitindo que cada parte se deixe ir. Por exemplo, concentre-se no seu pé direito, inspire profunda-mente, espere um segundo e depois expire, permitindo que o seu pé direito fique totalmente mole e livre de tensão. Continue até que todo o seu corpo esteja solto. Algumas pessoas declaram sentir-se tão pesadas que mal se conseguem mexer; outras dizem sentirse a flutuar numa nuvem. Uma vez completamente relaxado, garanta que tem a coluna direita. Depois, imagine uma luz azul na parte de trás da sua garganta e diga em voz alta para si mesmo (pois a palavra dita tem mais impacto na mente subconsciente): «Hoje viajarei para uma das minhas vidas passadas... e irei lembrar-me dos meus sonhos.» Mantenha isto em mente com tanta intensidade quanto possível enquanto desliza para o sono. Analisar os Seus Sonhos Veja se existe alguma semelhança entre os seus sonhos de vidas passadas e a sua vida atual. Há alguém de uma vida anterior que se pareça muito com alguém que conhece atualmente? Repare nas suas emoções nessa vida prévia e em quaisquer decisões ou juízos que tenha feito. Há alguns padrões, hábitos ou receios dessa vida que estejam presentes agora? Por exemplo, suponhamos que sonhou com estar perdido numa tempestade de neve e que está assustado, e que na sua vida atual evita sempre sair de casa quando está mau tempo. Este sonho pode ser um indício de traumas numa vida passada. Mas, lembre-se, uma única pista não é suficiente. Você tem de agir como um detetive de vidas passadas e reunir todas as pistas para formar um quadro nítido. Recentemente, sonhei que estava num edifício com divisões pequenas. Havia muitas pessoas apinhadas lá dentro e a sensação era de medo. Os temas principais eram divisões pequenas, a

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multidão e não me sentir segura. Pus em lista estes aspetos importantes do sonho e o passo seguinte foi procurar alguma correlação com a minha vida atual. Na altura, eu estava a remodelar a nossa casa, e os objetos de várias divisões estavam concentradas numas poucas. A sensação era a de não haver espaço. Além disso, devido às obras, algumas das portas tinham sido retiradas das dobradiças - talvez subconscientemente eu tenha sentido que a nossa casa não estava segura. Isto pareceu-me uma explicação sensata do meu sonho. Foi então que vi o filme A Lista de Schindler e fiquei atónita ao constatar que as divisões apinhadas com que eu tinha sonhado umas noites antes se pareciam quase exatamente com as divisões no gueto de Varsóvia onde muitos judeus estavam agrupados antes de serem reunidos e enviados para campos de concentração. O meu sonho teve uma correlação com a minha vida presente, mas, ao mesmo tempo, ofereceu-me outra pista ao explorar uma vida passada em que estive prisioneira em Auschwitz. Para algumas pessoas, as vidas passadas aparecem visual e especificamente nos seus sonhos, ao passo que outras acordam sem imagens visuais mas com uma sensação ou um sentimento profundo. Se programou os seus sonhos como descrevi acima e acordou sem imagens mentais específicas, pare um instante e note o que sente. Se está triste, expanda a tristeza para uma história. Pode ser algo como isto: «Esta tristeza é como a que uma pessoa sentiria se perdesse alguém muito próximo - talvez uma filha. A sensação é a de que não é a minha filha, mas a de outra pessoa. A pequenita era despreocupada e feliz, e eu gostava de ter podido avisá-la para não se aproximar da queda de água.» Ao inventar a sua história, não se preocupe demasiado com a sua correção. Quanto mais quiser estar correto, mais difícil será as imagens fluírem do seu subconsciente. Anote as suas histórias e as recordações dos seus sonhos. Por vezes as histórias parecerão ganhar vida própria e assumir uma forma sem que você faça qualquer esforço para isso. É muito

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importante, contudo, fazer este exercício logo ao acordar. Esta é a altura mais poderosa para o seu subconsciente lhe dar informações acerca do seu passado. Muitas vezes, as pessoas dizem-me que quando re-leem as entradas no seu bloco de notas e as recordações dos sonhos conseguem começar a ver as peças do puzzle da sua reencarnação a juntarem-se. DIA 15 USAR 0 PODER DA VISUALIZAÇÃO CRIATIVA Hoje iremos aprender a fazer regressão a vidas passadas usando o poder da visualização criativa. Embarcar numa odisseia a uma vida passada nem sempre lhe permite ver quem foi mas, num sentido mais profundo, pode ligá-lo à verdadeira essência da sua alma. Quanto mais praticar - e quanto mais experiências de vidas passadas conhecer e superar maior equilíbrio atingirá nesta vida. O aspeto mais importante é divertir-se... e você pode aumentar a diversão se não mantiver uma postura demasiado séria enquanto analisa quem foi. É útil olhar para cada vida como um papel que desempenhou numa peça você já não é essa personagem; é como quando tira o casaco quando chega a casa. Você é um ser infinito, eterno, e cada vida passada é apenas um papel que desempenhou para aprender e crescer espiritualmente... na verdade, o papel não é quem você realmente é. Quase toda a gente que faz regressão a vidas passadas é afetada pelas imagens, recordações e emoções que vêm à superfície; e, independentemente de quão fugazes sejam, as mudanças transformadoras ocorrem quase místicamente nas vidas dessas pessoas. Basta começar a examinar as suas vidas anteriores - mesmo que ao início elas sejam apenas pequenos retalhos de memórias - para dar origem a uma cura poderosa e eliminar limitações. À medida que as suas recordações do passado se revelam, pode alcançar apenas pequenos fragmentos ou imagens efémeras. Pode

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parecer um eco subtil de uma memória no fundo da sua mente sem que você se lembre exatamente dela; ou pode ter um vislumbre rápido de uma memória sem conseguir agarrá-la por inteiro. Pode acontecer que, em vez de uma impressão visual, tenha uma reação emotiva ou uma sensação visceral, pois o seu corpo, subconscientemente, guarda as recordações de todas as suas vidas passadas. Esteja consciente de cada pensamento, sensação e imagem - por muito insignificantes que possam parecer pois cada um deles pode oferecer uma chave preciosa que lhe dá acesso ao seu passado. Esteja também ciente de que, nas primeiras tentativas para descobrir encarnações anteriores, as imagens podem surgir baralhadas - é como tentar lembrar-se de acontecimentos da sua infância. Por vezes há uma sobreposição, em que imagens de uma vida se fundem com as de outra. Por exemplo, pode ver uma quadriga romana a cruzar rapidamente uma nuvem de pó e, contudo, haver um balão de ar quente mesmo por cima. Isto não significa que o que vê não seja válido; é apenas uma indicação de que duas vidas colidiram. Porém, quanto mais praticar, mais nítidas e menos desordenadas se tornarão as recordações. Além disso, ao acumular pistas de vidas passadas e completar os próximos exercícios, começará a formar-se uma imagem mais rigorosa. O método mais comum para a regressão a vidas passadas implica usar as suas capacidades de visualização e praticar aquilo a que os xamãs denominam «viajar». A visualização é uma técnica excelente, pois permite-lhe chegar ao subconsciente. Já foi médica e cientificamente reconhecido que os cenários visualizados conduzem a mudanças psicológicas e mesmo fisiológicas - nalguns casos, quase na mesma medida que a experiência direta. A importância deste fenómeno pode ser aplicada na terapia de vidas passadas. Se visualizar uma viagem a uma vida passada para a resolver, o seu subconsciente irá reconhecer essa viagem interna como uma viagem real - e irá reconhecê-la e aceitar a solução a que chegou como uma solução verdadeira.

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Quando fizer processos que envolvam vidas passadas, apenas ficará consciente das encarnações que refletem algo com que também está a lidar na sua vida presente. Qualquer vida que veja conterá as pessoas, as situações ou os problemas que simbolizam os que tem na sua vida agora. Seja qual for o ponto onde está na sua existência atual, ele reflete somente uma ou duas vidas passadas em particular, e geralmente estará rodeado de, ou envolvido com, indivíduos dessas vidas anteriores. No futuro, pode ser influenciado por encarnações prévias completamente diferentes. Por exemplo, a Sarah ficou imersa no seu caminho espiritual e começou a envolver-se com a sua igreja local. Começou a ajudar na catequese e fez novas amizades na congregação. Ao mesmo tempo, desenvolveu um fascínio por velas e incensos. Numa regressão a uma vida passada, descobriu que foi freira no sul de França - onde acendiam muitas velas e usavam incenso - e compreendeu que as novas amigas que fez na igreja tinham sido todas freiras na mesma abadia. Na sua vida passada conjunta, elas tinham tomado conta de crianças órfãs. Tinham-se aproximado novamente em circunstâncias semelhantes para resolver quaisquer bloqueios cármicos que possam ter acumulado nas suas vidas passadas. Quando a Sarah equilibrou o lcarma dessa experiência, desenvolveu outros interesses. Contrariando os céticos da regressão, raramente alguém é famoso. Na verdade, dos milhares de pessoas a quem fiz regressão nas minhas sessões privadas e nas regressões em grupo, quase ninguém foi uma figura histórica famosa. A maioria são indivíduos normais que enfrentam os desafios que surgiram ao longo do curso da humanidade: fomes, guerras, migrações, doenças, sublevações políticas e sobrevivência aos elementos. As vidas que irá encontrar estarão cheias dos mesmos obstáculos com que as pessoas se têm deparado ao longo dos tempos. (Ainda não me cruzei com a reencarnação da Cleópatra.) Para garantir que a sua regressão é uma experiência positiva, escolha um local emocional e fisicamente confortável de sua casa

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onde possa fazê-la. Escolha uma altura em que não esteja sobrecarregado com preocupações externas. Também pode querer que alguém de quem gosta e em quem confia esteja presente e pronto para falar consigo logo após o processo, caso sinta que precisa desse apoio. Isto pode ser útil não só para lidar com problemas de vidas passadas que são negativos, mas também para resolver os positivos. Uma boa conversa com um amigo chegado pode ser extremamente útil para alcançar uma perspetiva clara e para chegar a uma imagem coesa a partir de informação fragmentada. DIA 16 A VIAGEM INTERIOR: UMA TÉCNICA DE VISUALIZAÇÃO DE VIDAS PASSADAS Hoje iremos examinar uma das minhas técnicas de visualização de vidas passadas preferidas - a Viagem Interior. Para usar esta técnica de visualização para a regressão a vidas passadas, talvez queira fazer uma gravação para ouvir enquanto pratica. Também pode pedir a um amigo que leia em voz alta um guião que você criou, ou então simplesmente imaginar-se nesta viagem sagrada. Se preferir, pode substituir «eu» por «você», na visualização. Eis um resumo dos passos da Viagem Interior: Passo 1: O Santuário. Descontraia e depois imagine-se num local tranquilo na natureza. Este passo é essencial para o resultado final. Passo 2: A Transição do Presente para o Passado. Saia do local imaginado na natureza e entre num terreno intermédio antes de realmente vivenciar uma vida passada. A fase de transição dá-lhe os meios para entrar no seu passado remoto. Passo 3: A Vida Passada. Esta é a fase em que você realmente vivência quem foi numa das suas encarnações. Passo 4: A Resolução de Questões. Durante esta fase, você liberta o seu apego àquela vida, entra na santidade do mundo do espírito e

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examina e supera as questões pendentes naquela encarnação passada. Passo 1: 0 Santuário Para começar a viagem visual ao seu passado, deixe-se relaxar ao máximo. Depois, imagine que vai para um local na natureza; este pode ser um cenário inventado ou um sítio onde já esteve e onde se sentiu em paz. Este é o seu santuário - um local onde se sente seguro e ancorado. Se está a ter dificuldades em visualizar, como acontece com algumas pessoas, sugiro-lhe que sinta que está na natureza através dos outros órgãos sensoriais. Para isso, pode imaginar os sons à sua volta: pássaros a cantar, uma cascata ao longe, 0 murmurar de um riacho, e assim por diante. Tente percecionar que cheiros e sensações físicas pode experimentar. Por exemplo, ao imaginar-se num bosque, o ar fresco e o aroma dos pinheiros tornam-lhe as ideias mais claras? Consegue sentir o calor do sol a penetrar o seu corpo enquanto caminha ou enquanto está deitado sobre uma rocha morna? Visualizar-se a si mesmo na natureza irá ajudá-lo a serenar antes de dar início à sua regressão a vidas passadas. Irá sentir a ligação com a terra e isto traz grande conforto a muitas pessoas. (O santuário aumenta a sua sensação de segurança e bem-estar antes de entrar no passado.) Passo 2: A Transição do Presente para o Passado Depois de imaginar um local na natureza, é importante ter um período de transição antes de mergulhar numa vida passada. Você irá viajar até um passado remoto, pelo que pode pensar na transição como uma espécie de veículo suave que o levará onde quiser ir, garantindo uma chegada em segurança e com o menor choque cultural possível. Você precisa destes mecanismo para permitir que o seu corpo e a sua mente se adaptem à suspensão do tempo e do espaço lineares. Eis alguns métodos que podem ajudá-lo a fazer uma transição bem-sucedida, que é o primeiro

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passo para os exercícios de regressão. Escolha a técnica com que se sinta mais confortável. Túnel Temporal Deixe o seu local seguro (ou santuário natural) e caminhe em direção a um túnel temporal. Pode contar os passos ou imaginar-se cada vez mais próximo, até que finalmente entra numa vida passada. Ponte do Tempo Enquanto está no meio da natureza, uma ponte aparece diante de si. Suba os seus degraus até chegar acima das nuvens. Enquanto continua a sua viagem, desça a ponte, passe pelas nuvens e entre numa vida passada. Rio do Tempo Entre para dentro de um pequeno barco forrado com almofadas macias. Deite-se e observe as nuvens lá no alto enquanto o barco se desloca sozinho através do rio do tempo, levando-o até uma vida passada. Elevador Cósmico Ente no elevador cósmico. Cada piso que surge indicado no painel luminoso representa uma vida passada. Você pode carregar num botão ou esperar que o elevador pare. Quando as portas se abrirem, você entra numa vida passada. Porta Mística Imagine o aspeto e a textura da porta mística e até mesmo o som que se ouve quando bate à porta. Quando ela se abre, é-lhe revelada uma vida passada. Máquina do Tempo Uma máquina do tempo surge no seu santuário. Você entra nela e a máquina sobe até às nuvens. Quando desce, você está numa

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vida passada. Pode até haver um painel lá dentro que lhe mostre a data exata a que chegou. Cinema Mágico Imagine que entrou num cinema grande e belo, onde há vários filmes em exibição. Cada um destes filmes permite-lhe explorar uma vida passada. Você pode decidir entrar nela atravessando o ecrã ou escolher sentar-se des- contraidamente e ver a sua vida passada a partir do seu assento confortável. Além disso, pode também ver atores a representarem as suas vidas passadas, tal como se estivesse num cinema verdadeiro. O Guardião No seu lugar seguro na natureza, encontrará um ser sábio e amável. É o Guardião, um guia para vidas passadas que sabe tudo sobre si, que gosta muito de si e que é capaz de o guiar em segurança onde quer que precise de ir. Pode fazer-lhe todas as perguntas acerca do seu passado e este ser sábio pode conduzi-lo até uma vida passada, até uma vida futura ou mesmo até outro reino. O seu guia bondoso pode também presenteá-lo com uma oferenda que lhe pode ser útil nas suas viagens a vidas passadas. Estes exercícios podem ter inúmeras variações. Experimente-as e veja qual a que funciona melhor no seu caso. Eis outras ideias:

• Bolha Temporal Mágica

• Transportador (como no Star Trek)

• Comboio Místico

• Atravessar o Vórtex (lembre-se das séries Sliders ou Stargate)

• Salto Quântico

• Pequeno Avião que Viaja pelo Tempo

• Armários de Aptidões ou Sala de Máscaras

• Bazar com Tendas que Abrem para Outros Reinos (à semelhança de Harry Potter)

• Livro da Vida (com imagens em movimento)

• Antiga Biblioteca do Tempo

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Passo 3: A Vida Passada Depois da sua transição bem-sucedida a partir do seu santuário na natureza, o passo seguinte é visualizar uma vida passada. Depois de se metamorfosear no corpo da vida passada, pare e olhe para os seus pés, reparando onde está. Observe os sapatos que tem calçados ou aquilo que lhe cobre os pés. Parecem-lhe femininos ou masculinos, novos ou velhos? Pergunte a si mesmo: «Estou dentro de casa ou no exterior?» Se está no exterior, como é a paisagem? Preste atenção a barulhos, cheiros e às sensações físicas. Acima de tudo, esteja ciente do seu estado emocional. Quando começar a perceber onde está - e quem é pode explorar essa vida. (Em qualquer momento que queira, pode sair imediatamente desta vida passada e regressar ao momento presente.) Passo 4: Â Resolução de Questões Depois de terminar a sua exploração, imagine-se a flutuar para fora desse corpo e a entrar num mundo do espírito, belo e pacífico, onde pode examinar a encarnação passada que acabou de experienciar. Na segurança deste reino etéreo, também é capaz de se libertar de padrões antigos, de perdoar os outros ou de se perdoar a si mesmo e de se re- ligar ao Criador. Para o fazer, comece por examinar a vida que acabou de visitar com uma postura de desapego sagrado. Compreenda que tudo o que vivenciou nessa encarnação foi para o seu desenvolvimento enquanto alma. Pergunte a si mesmo: «Que aprendi durante os momentos decisivos naquela vida, e qual o significado de cada acontecimento?» Quando se sentir completo, imagine-se a irradiar amor e alegria para aquela vida a partir do ponto privilegiado em que se encontra, no reino do espírito.

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DIA 17 A MEDITAÇÃO DA VIAGEM INTERIOR Hoje iremos fazer a Meditação da Viagem Interior, que é um exemplo de como juntar os quatro passos da Viagem Interior que ficámos a conhecer ontem. Comece por se pôr numa posição descontraída, sentado ou deitado. Agora inspire várias vezes muito profundamente. A cada nova inspiração e a cada som que ouve, fica mais relaxado. Concentre a sua atenção no seu pé esquerdo e sinta-o a dei- xar-se ir completamente. Deixe que uma deliciosa onda de descontração avance lentamente dos seus pés, passando pelas ancas, até ao seu tronco, estendendo-se aos seus braços e às suas mãos, subindo até ao cimo da cabeça. Agora todo o seu corpo está descontraído, quente e confortável. Inspire profundamente uma vez e entregue-se totalmente, deixando-se ir. Imagine que está a atravessar um prado. É um dia soalheiro e tem os pulmões cheios do perfume das ervas verdejantes do verão. Ouve o zumbido suave dos insetos e o canto alegre dos pássaros... estes sons têm uma cadencia rítmica e calmante. Urna neblina começa a erguer-se a partir do prado e sente-se uma quietude no ar. Ao longe, ouve-se um rio calmo, que chapinha contra as margens. Quando se aproxima dele, a neblina adensa-se. À beira de água, repara que há uma ponte robusta a atravessar o rio. Esta é a Ponte do Tempo. A névoa tomou-se tão densa que não consegue discernir a outra margem; na verdade, só consegue ver alguns metros à sua frente, ao entrar na ponte. A cada passo que dá, sabe que se está a aproximar de uma das suas vidas passadas. Vou contar de um até dez. Quando eu chegar ao fim, você sai da ponte e dá por si num tempo longínquo, antes de ter chegado ao seu corpo atual. Embora não consiga ver, começa a sentir-se a mudar, enquanto se transforma no corpo que ocupou durante a sua encarnação anterior. Vou começar: um, dois, três, quatro... a cada passo que dá, a névoa serpenteante e mística parece envolvê-lo com calor e afeto... cinco, seis, sete... está ciente de uma presença amorosa que Ô conduz e o protege a cada passo... oito, nove... o

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nevoeiro começa a dissipar-se, o fim da ponte está perto... dez... saia da ponte. Você chegou a uma das suas vidas passadas. A neblina dissipou-se completamente. Olhe para os seus pés. São de homem ou de mulher? Têm um aspeto jovem ou velho? Está no exterior ou entre quatro paredes? O que está a pisar? Areia? Pedra? Mosaico? Soalho de madeira? Relva? O que tem a cobrir-lhe os pés? Que tipo de roupas tem vestidas? Sente-se mais masculino ou feminino? E é novo, velho ou de meia-idade? Olhe em volta e preste atenção ao ambiente. Está no campo ou na cidade? Se há edifícios, repare na arquitetura. Há pessoas por perto? Se há, oiça-as falar. Que língua parece ser? Há alguém que se pareça com uma pessoa da sua vida presente? Enquanto vagueia e experiencia esta vida, concentre-se nas suas emoções. Como é que esta vida o faz sentir? Tem alguns minutos para explorar. Não hesite em usar a sua imaginação. Pode começar afazê-lo agora. Vá para um momento nessa vida que tenha sido muito relevante ou importante para si. Tem um pequeno período de tempo para vívenciar o que está a acontecer e para determinar como se sente relativamente a essas circunstâncias. Continue a avançar no tempo na vida passada que está a explorar... avance para o momento em que está prestes a deixar o seu corpo e a atravessar para o mundo do espírito. Como é que morreu? Foi demorado ou súbito? Que pessoas tinha à sua volta? Estava relutante em partir ou ia de bom grado? Da perspetiva espiritual, o processo de morrer é muitas vezes encarado como um acontecimento doloroso, e geralmente há um grande suspiro de alívio quando se percebe que já se fez a travessia. É como voltar a casa após uma longa ausência. Você tem um minuto para observar este acontecimento na sua vida passada. Pode fazê-lo agora. Avance para o mundo do espírito. Do seu ponto de vista, de quem está no mundo do espírito, o que aprendeu da vida que passou? Ficaram alguns medos ou preocupações que ainda estão presentes na sua vida atual?

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A medida que descobre de onde vieram estes medos, apercebe-se de que eles não são reais e de que é fácil libertar-se deles. Basta deixá-los ir. Você sabe que pode fazer com que a sua vida presente seja exatamente aquilo que deseja. Você pode escolher livremente, sem a programação de outras vidas. Agora é altura de deixar tudo isto desvanecer-se e regressar à sua vida atual. Simplesmente deixe a vida passada dissipar-se... afastar-se lentamente. Ao aproximar-se da sua consciência desperta normal, irá sentir-se forte e capacitado. Você entrou no seu passado com coragem e olhou para quem e o que foi. Com esta observação, a sua vida presente é melhorada e você está agora mais perto do que é divino dentro de si. No futuro, poderá explorar qualquer vida passada, e o conhecimento que ganha permite que a sua vida se tome mais realizada e completa. Vou contar de um a cinco. Quando chegar ao cinco, estará totalmente acordado e consciente... um, dois... o seu corpo é saudável e forte... três... mais e mais desperto... quatro... sente que os seus olhos foram lavados com uma refrescante água de nascente... cinco... está totalmente desperto e sente- se ótimo. Abra os olhos agora. Espreguice-se e desfrute da beleza deste dia. Pode usar a Meditação da Viagem Interior repetidamente. Pode também experimentar fazê-la antes de ir dormir, pois ela ajuda-o a lembrar-se das memórias de vidas passadas que lhe surgem em sonhos. DIA 18 COMO CURAR BLOQUEIOS DEVIDAS PASSADAS COM A REGRESSÃO: MÉTODO 1 Um dos maiores benefícios da terapia de regressão é que ela pode finalmente libertá-lo de empecilhos que, ao longo de várias vidas, têm estado a impedi-lo de avançar. Contudo, para que isto aconteça, tem de aprender a solucionar estes bloqueios. Hoje e nos próximos dois capítulos, iremos descobrir vários exercícios simples que pode fazer sozinho ou com alguém amigo para

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finalmente desatar os nós persistentes que têm estado a complicar a sua vida. (Sugiro que experimente diversos exercícios, ou que os experimente a todos, para descobrir quais funcionam melhor no seu caso.) Método 1 Têm-me perguntado muitas vezes o seguinte: «E se eu sigo o processo e descubro uma vida que é assustadora?» ou «E se eu tenho um pesadelo de vida passada?» Em vez de travar ou de suprimir estas emoções, opte por sentilas - quando o faz, o medo dissipa-se. Por exemplo, quando vê um filme de ação no cinema, você paga para se sentir assustado; você dá-se ao trabalho de criar para si mesmo uma experiência intensa. Há alturas na vida em que escolhemos ficar assustados, mas não ficamos aterrorizados porque se tratou de uma escolha. Não receie as emoções que pode encontrar quando entra em contacto com uma vida passada. Escolha-as. Ninguém iria assistir ao concerto de uma orquestra se só se tocasse uma nota. Uma sinfonia precisa de milhares de notas - umas altas e outras baixas. A vida é assim também. Desfrute de todas as emoções e pense em cada uma delas como uma nota preciosa na sua composição musi-cal única. Ao vivenciar uma vida passada, valorize e explore cada sensação que emerge. Se vir que está preso numa emoção durante a viagem a uma vida anterior, não a negue nem tente livrar-se dela, caminhe na sua direção e escolha-a. Veja-se a si mesmo a confrontar esse sentimento e a deixá-lo fluir à sua volta. Exagere-o. Por exemplo, se descobrir uma vida passada em que ficou arrasado com a morte do seu amante, em vez de tentar negar ou reprimir esse sofrimento - que foi aquilo que fez na altura - permita-se sentir ainda mais triste. Vá para o centro dessa dor. Sinta o ponto no seu corpo em que ela se encontra e permita a si mesmo entrar nela. Isto vai fazer com que comece a libertar-se das questões pendentes que lhe têm estado a criar obstáculos.

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Quando comecei a realizar seminários sobre terapia de vidas passadas, muitas pessoas choravam durante os processos - com grande dramatismo, por vezes. Presumi que se tratava de um passo importante na direção dos resultados positivos que atingiriam. Depois, quando realizei um seminário em Vancouver, no Canadá, e ninguém chorou descontroladamente, fiquei preocupada, a pensar que as minhas técnicas não tinham funcionado. Contudo, fiquei espantada quando mais tarde recebi várias cartas de participantes que afirmavam ter tido resultados positivos. Pensei que tivesse sido um acaso, mas o mesmo aconte-ceu nos meus seminários seguintes e assim tem sido desde então. Nos meus atuais seminários sobre vidas passadas quase ninguém se sente dominado pela emoção, apesar de me serem sempre descritos resultados positivos e impressionantes. Ao investigar este fenómeno, concluí que em vez de exteriorizarem e amplificarem as suas emoções, as pessoas estavam a ir à raiz dos seus sentimentos... e a aceitá-los verdadeiramente. Por muito estranho que pareça, dramatizar as nossas emoções pode por vezes afastar-nos delas. Ao encontrar o local no seu corpo em que a emoção existe e ao concentrar-se nele, pode libertar-se dela pela raiz. Pode fazer este exercício caso sinta emoções desconfortáveis durante as suas regressões a vidas passadas. Como referi, se se deparar com uma encarnação anterior em que descobre um acontecimento muito difícil ou em que encontra emoções problemáticas, comece a percorrer o seu corpo para situar a emoção associada com o acontecimento traumático. (Há sempre uma sensação no seu corpo que está associada a uma emoção.) Por exemplo, pode sentir um aperto no peito durante a tristeza e os seus ombros podem contrair-se durante a raiva. Po-rém, nem toda a gente vive as emoções da mesma forma. Tendo localizado a emoção que está a sentir, concentre toda a sua atenção naquela parte do corpo e intensifique a sensação. Se sente um aperto no peito, aperte mais. Sinta-o mais. Enquanto o faz, identifique a forma que a emoção/sensação parece ter.

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O aperto no peito associado à tristeza pode ter a forma de uma pera, com a parte mais estreita da pera voltada para baixo. Ao concentrar-se nesta área, observe o tamanho da sensação. A pera pode ter 15 centímetros de largura e 20 centímetros de comprimento. Depois, repare se tem cor. (O facto de as pessoas associarem cores a emoções não é simples coincidência: «ela ficou vermelha de raiva»; «ele está verde de inveja»; «estou a ter um dia negro», e assim por diante.) Continue a fazer a si mesmo estas perguntas: s Se houvesse um sítio no meu corpo associado a esta emoção, onde se localizaria? (Por vezes, a sensação muda de um sítio para outro do corpo. Siga-a para onde ela for.)

• Se a sensação tivesse uma forma, que aspeto teria?

• Se a sensação tivesse um tamanho, quão grande seria?

• Se a sensação tivesse uma cor, de que cor seria? Continue a intensificar aquilo que está a sentir. Muitas vezes a cor, a forma, o tamanho e a localização mudam enquanto faz este exercício, mas continue a caminhar na direção das suas emoções, em vez de fugir delas. Praticar estes passos costuma ser suficiente para começar a libertar-se dos sentimentos desconfortáveis que emergiram durante as suas experiências de vidas passadas. Aquilo a que você resiste persiste... e quando você para de resistir àquilo que está a sentir isso dissolve-se. Por vezes, ao fazer este exercício, emergem espontaneamente recordações de outra vida passada. Da mesma forma que uma birra aos vinte anos pode ser o resultado de uma birra que aconteceu aos três anos de idade em circunstâncias parecidas, também os traumas de vidas passadas com que está a lidar podem ter a sua origem noutra vida que é parecida. Assim, não se surpreenda se der por si catapultado de uma encarnação anterior para outra. Isso é benéfico porque cada vez que dá um salto está a aproximar-se mais da fonte das suas dificuldades do presente. Fazer este exercício pode permitir que as emoções indesejáveis do passado e os bloqueios de vidas anteriores desapareçam.

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DIA 19 COMO CURAR BLOQUEIOS DEVIDAS PASSADAS COM A REGRESSÃO: MÉTODOS 2 E 3 Hoje iremos descobrir como se libertar de um ponto de vista de uma vida passada distanciando-se dele ou vendo-o de uma perspetiva completamente diferente. Método 2 Se der por si numa recordação de vida passada que contém emoções muito desconfortáveis, uma boa maneira de lidar com isso é imaginar que está a flutuar por cima da situação e apenas a observá-la. Quando se distancia de uma situação, você consegue observá-la de uma perspetiva mais lata e objetiva. A Beryl experíenciou uma vida em que o seu marido morreu de uma infeção que apanhou enquanto trabalhava no jardim. Na sua regressão, ela sentiu uma enorme tristeza misturada com culpa devido à sua perda. A tristeza era por ter perdido o marido; a culpa devia-se ao facto de ela ser capaz de tratar da jardinagem mas ter dito ao marido que não era suficientemente forte para o fazer. Embora, claro, não fosse culpa sua, ela sentia-se culpada e essa emoção tinha passado para a sua vida atual. Ao distanciar-se da situação pairando sobre ela e adquirindo uma perspetiva mais abrangente, ela viu que o amor intenso que sentia pelo marido por vezes prejudicava os seus filhos. De vez em quando, ela punha as necessidades deles em segundo plano para passar mais tempo com o esposo. Depois da morte dele, ela começou a cuidar mais dos filhos e a dar-lhes a atenção e o amor de que precisavam. Quando se retirou a si mesma da situação, conseguiu conciliar-se com a morte do marido e compreender que tudo tem um propósito, mesmo que não se tenha apercebido disso na altura. Quando você se distancia de uma circunstância, pode flutuar sobre ela ou vê-la como se estivesse a assistir a um filme. Se for

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muito traumático, pode observar-se a si mesmo a ver a cena como forma de se distanciar ainda mais da situação. Outra técnica que sugiro com frequência é passar pelo incidente a grande velocidade, como num filme do Charlie Chaplin. Depois, andar para trás a grande velocidade. Por exemplo, se se vê a si mesmo a correr e a cair num precipício, veja-se a fazê-lo muito depressa e depois a levantar-se do chão e a voar de novo para o topo do precipício e a correr para trás! Este exercício pode tornar cómico um acontecimento aparentemente preocupante e ajudá-lo a distanciar-se dele. Outra maneira ainda de se distanciar de uma vida passada desconfortável é torná-la tola. Uma cliente minha que sempre se tinha sentido intimidada pelos homens veio ao meu encontro para que eu a ajudasse. Ela era uma senhora madura e responsável mas, assim que se aproximava de um homem, começava a comportar-se de forma tímida e infantil. Depois de regredir a uma vida em que teve um pai rígido e disciplinador, ela viu que sempre que estava com homens ativava a recordação de ser a menina tímida daquela vida passada. Durante a sua regressão chegou a um ponto em que o pai estava a dar-lhe uma reprimenda severa. Eu disse-lhe que o imaginasse à sua frente com calças às pintas vermelhas e um chapéu parvo enquanto outras pessoas passavam por perto e se riam dele. De repente, ela própria se estava a rir e já não era uma menina submissa. Esta sessão mudou completamente a sua atitude para com os homens. Distanciar-se de uma situação ocorrida numa vida passada ajuda-o a compreender que cada vida o ajuda a crescer - e que tudo aquilo com que se depara é importante para a sua evolução como alma. Quando examina uma vida passada com um ponto de vista objetivo, vê que o Espírito está mais interessado no seu crescimento pessoal do que no seu conforto, mesmo que isto signifique passar por experiências difíceis e dolorosas.

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Método 3 Uma técnica para resolver questões de vidas passadas que envolvem outra pessoa é imaginar que está a saltar para a consciência ou para o corpo desse indivíduo. Veja toda a situação do ponto de vista dele ou dela. Ao fazê-lo, perdoa quase sempre as ações do outro, pois reconhece que teria reagido da mesma forma. Um exemplo curioso é o caso da Charlotte. Praticamente desde o nascimento da sua irmã mais nova que ambas discutiam. As brigas continuaram na idade adulta e os seus desentendimentos estavam a ter um efeito negativo em toda a família, pois elas tentavam que outros membros da família concordassem com os seus pontos de vista. A Charlotte percebeu que estas discussões estavam a tornar-se cada vez mais contraproducentes e a afetar muitas áreas da sua vida. Ela participou num dos workshops que realizei na Nova Zelândia e recordou-se de uma vida em que tinha sido funcionária de contabilidade na Dinamarca e que a sua irmã na atualidade tinha sido o seu patrão exigente e argumentativo. Na sua regressão, ela seguiu a minha sugestão de ver o mundo através dos olhos do seu chefe. Instantaneamente, conseguiu compreender que o seu chefe tinha dores de costas agudas que tornavam doloroso cada movimento que fazia. Devido à sua dor debilitante, ele estava sempre de mau humor e tratava mal os empregados. Com este novo entendimento, a Charlotte começou a sentir compaixão pelo seu empregador/pela sua irmã. (É interessante constatar que a sua irmã na vida atual também tinha problemas de costas.) A Charlotte relatou que esteve com a irmã uns dias depois do seminário e que ficou espantada por haver muito menos animosidade entre as duas. O seu relacionamento foi-se tornando cada vez mais próximo. Resolver os bloqueios de vidas anteriores é uma das tarefas mais gratificantes que pode fazer. Muitos dos meus clientes têm-me relatado sentirem muito mais alegria e entusiasmo do que alguma vez sentiram... mas, enquanto passa pelo processo, pode ser um percurso duro e atribulado. Partilhe as suas dificuldades com

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alguém que gosta de si ou procure ajuda profissional se achar que precisa dela, sabendo que aquilo que o espera vale muito a pena. DIA 20 COMO CURAR BLOQUEIOS DE VIDAS PASSADAS COM A REGRESSÃO: MÉTODO 4 A técnica mais poderosa para resolver uma questão des-confortável de uma vida passada é mudar as circunstâncias da vida até que ela seja confortável ou até que consiga desfrutar dela, e este é o nosso tópico de hoje. Acredito que conseguimos mudar o nosso passado. Se isto lhe parece extravagante demais, imagine em vez disso que está a alterar as imagens armazenadas no seu cérebro. À medida que as transforma, também muda as crenças limitadoras que lhes estão associadas. Acredito que o futuro e o passado são maleáveis, e, do ponto de vista da física, isto não é uma ideia assim tão extravagante. Segundo os cientistas, o tempo é uma função da gravidade e ele pode encurtar-se ou alongar-se dependendo de quão distantes estamos da força gravitacional da Terra. Não sei se este facto científico se aplica à ideia metafísica de que o tempo é uma ilusão, mas dá crédito à noção de que o tempo não é como geralmente o perce- cionamos. Pessoalmente, tenho sentido grandes mudanças na minha vida - e nas vidas de outros - simplesmente indo ao passado mudar acontecimentos. Quer acredite, como eu, que está realmente a mudar o seu passado, ou acredite que está apenas a imaginar que o passado é diferente, não importa. O principal é que, em função destas mudanças, a sua vida se transforma de maneiras poderosas e positivas. Há muitos casos de indivíduos que regridem a uma vida passada e curam as feridas que ocorreram na altura (e que continuam a influenciar a sua vida presente) simplesmente ao mudar as memórias que associam àquele acontecimento (ou mudando o significado que lhes deram). Essa cura de vidas passadas

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transforma as suas vidas presentes. Por outras palavras, quando você cura o seu passado - mudando aqueles acontecimentos antigos consegue criar um futuro equilibrado e harmonioso. Mudar as recordações de uma encarnação antiga e, como consequência, criar um resultado melhor para si é o método mais eficaz que conheço para resolver bloqueios. Quando você recria o seu passado, deixa de se ver como vítima - pode assumir as rédeas da sua vida. E você tem sempre o poder de criar um passado que o capacita! Aceite o crescimento de alma que cada vida lhe oferece e, ao mesmo tempo, crie um passado que o ajude e que lhe dê alegria. Em termos de alma, cada vida foi perfeita para a sua evolução mas, simultaneamente, as experiências anteriores não têm de se repetir no futuro. Nunca é tarde demais para ter um passado feliz. Contudo, se lhe parece demasiado filosófico pensar em realmente mudar acontecimentos antigos, basta pensar em mudar o passado que vagueia na sua mente. Todas as recordações - e as crenças limitadoras que lhes estão associadas, bem como a programação negativa - existem na sua mente. Mude a sua mente e mudará a sua vida. Eis um exemplo pessoal tirado da minha vida que mostra a mecânica passo-a-passo de como refundir as recordações de vidas passadas. Quando a minha filha Meadow era mais nova, perguntei-lhe se podia experimentar nela uma nova técnica de relaxamento antes de a usar nos meus clientes. Eu precisava de segurar nos pulsos dela, mas, quando o fiz, ela disse: «Mãe, sabes que não gosto que me toquem nos pulsos. Aliás, eu nem consigo olhar para os meus pulsos porque quando vejo as veias isso faz-me impressão.» Eu não sabia disto, mas continuei com o processo de relaxamento. Uma vez descontraída, pensei em aproveitar a oportunidade para ver se conseguia chegar à raiz da sua dificuldade. Eu disse-lhe: «Imagina uma situação que pode estar relacionada com os teus pulsos.» (A propósito, as crianças conseguem regredir a vidas passadas com muita facilidade, mas os adultos frequentemente criam barreiras à intuição, tornando mais difícil

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ser-se regredido. Contudo, não estou a sugerir que se faça regressão a crianças antes que tenham idade para o consentir.) «Mãe, vejo um deserto. Vivo no deserto.» «És homem ou mulher?» «Sou um jovem. Tenho uma crença religiosa muito forte. É uma crença boa, e eu quero falar dela a todos porque sei que isso irá ajudá-los. Agora estou numa pequena aldeia, a falar com pessoas sobre esta nova crença. Elas não querem ouvir falar dela - na verdade, estão a ficar muito zangadas. Oh, nãoí» «O que foi?» «Estão a atar-me. Cortaram-me os pulsos... Estou a ver o sangue esvair-se do meu corpo. Estou atado para que não possa impedi-lo. Estou a morrer!» «Podes mudar esta experiência», disse-lhe eu, calmamente. «Podes repeti-la, mas dar-lhe um desfecho positivo.» «OK, estou a repeti-la... Viajei através do deserto para falar aos aldeãos da minha nova religião. Todos os que me saúdam estão contentes por me ver e parecem realmente interessados em falar comigo e em descobrir as minhas crenças. Quando deixo a aldeia, fiz bons amigos.» «Como te sentes?» «Sinto-me ótimo. É bom saber que posso dizer o que sinto às outras pessoas.» Tudo isto se passou em 20 minutos. A minha filha voltou da sua experiência a sentir-se revigorada e rejuvenescida. Pedi-lhe que olhasse para as veias dos seus pulsos e ela ficou espantada por agora poder olhar para elas sem se sentir incomodada. Até ali, ela hesitara sempre em dizer como realmente se sentia em relação a tudo. Na verdade, ela era a pessoa menos opiniosa que algum dia conheci. Mas agora estava a dar-se uma coisa incrível. A Meadow começou a dizer às pessoas como se sentia relativamente às coisas e a partilhar os seus pontos de vista. Nunca antes o tinha feito! A Guerra do Golfo rebentou pouco depois e a Meadow apelou a todos os estudantes da sua turma para que fossem marchar com ela contra a guerra. Para mim, isto

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foi um pequeno milagre. Acredito que a nossa sessão de 20 minutos fez toda a diferença. Algumas pessoas têm receio de afetarem o presente de forma negativa se alterarem o passado. Elas perguntam: «E se mudo o passado e depois a minha mãe não conhece o meu pai? Ainda existirei?» Essas perguntas parecem-me interessantes do ponto de vista filosófico mas, pela minha experiência, mudar um acontecimento traumático do passado tem sempre um efeito positivo em todas as pessoas. Quando você elimina um bloqueio emocional do seu campo energético, cria um eco que o afeta a si e aos outros pelo melhor. Você pode mudar o passado. Basta mudar as imagens no seu cérebro associadas às crenças limitadoras para que isso tenha um impacto benéfico e capacitante na sua vida. DIA 21 OLHAR PARA DIANTE: O TEMPO E AS VIDAS FUTURAS Hoje iremos explorar o conceito de tempo e como as perceções que temos deste fenómeno afetam as nossas vidas. Quando era pequena, numa certa manhã de nevoeiro, eu estava solitariamente sentada num baloiço ferrugento. Os meus pais tinham discussões violentas, com agressões físicas, e eu estava a ter dificuldade em lidar com tudo aquilo. Subitamente, voltei a cabeça, olhando depressa para trás de mim. Pensei que tinha sentido alguém aproximar-se, mas não estava ali ninguém. Lembro-me depois de uma calma profunda e de uma sensação de pertença descer sobre mim. Já não me sentia sozinha. Desse momento em diante, apesar de não gostar das discussões dos meus pais, deixei de me sentir desolada depois de cada uma delas, como costumava acontecer. Algo tinha mudado. Esta recordação ficou completamente esquecida até que, 30 anos depois, tentei recuar no tempo para me visitar a mim própria em criança. Na minha visualização, eu apareci, saída de um túnel temporal, em 1955 e fui dar comigo a confortar a pequena Denise enquanto ela estava, desanimada, sentada num baloiço ferrugento. Eu disse-Ihe que a amava incondicionalmente. Disse-

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lhe que teria momentos difíceis pela frente mas que iria sair-se bem e que o futuro seria maravilhoso. Falei com ela, ela endireitou-se e pareceu-me que um grande peso lhe tinha sido tirado do espírito. Regressando ao momento presente, fiquei boquiaberta. Eu tinha viajado no tempo e visitado o meu «eu» mais novo - o que, claro, é algo que toda a gente pode praticar fazer - mas a parte fantástica foi eu, muito pequena, em 1955, ter-me lembrado da visita! Não me recordo de alguém falar comigo naquela manhã de nevoeiro, mas lembro-me de sentir que alguém que gostava de mim estar a meu lado. E, apesar de eu não ser capaz de ver quem era, percebi que não tinha de continuar a sentir-me sozinha. Foi uma experiência incrível - eu sei que me visitei a mim mesma e isso fez uma enorme diferença na minha vida. Acredito também que não só é possível visitarmos os nossos «eus» mais novos para oferecer consolo e amor, como também podemos invocar o nosso espírito para lá do presente para nos trazer conselhos e orientação com base naquilo que aprendemos no futuro. Uma das muitas objeções a esta teoria é a ideia de que o tempo é fixo e de que não pode ser modificado. Contudo, o tempo não é absoluto. É uma eternidade infinita dividida arbitrariamente em partes a que chamamos séculos, anos, meses, semanas, dias, horas, segundos e assim por diante. No passado, víamos o tempo como algo fixo e imutável. Acredito que quanto mais explora os universos dentro de si - através da meditação ou de outras práticas espirituais

• mais fluida se torna a passagem do tempo. Na verdade, conseguimos percecioná-lo a acelerar ou a abrandar. Quando você está envolvido em algo criativo, o tempo voa e uma hora passa num abrir e fechar de olhos. Pelo contrário, quando estamos à espera de um amigo que está uma hora atrasado, o tempo parece prolongar-se pela eternidade. Pode acelerá-lo ou abrandá-lo subjetivamente. Isto é aquilo a que eu chamo entrar no hiper-tempo, uma expressão que cunhei e a

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que melhor descreve este fenómeno. O dicionário Merriam-Webster’s Collegiate Dictionary descreve o prefixo hiper como «aquilo que é ou existe num espaço com mais de três dimensões». Entrar no hiper-tempo é, literalmente, entrar num «tempo que mora para lá das três dimensões». Dadas as leis que atualmente governam o nosso mundo físico, deveria ser impossível alterar os minutos e os segundos dessa maneira. Mas e se o tempo realmente for fluido? E se ele se contrair e expandir num universo que pulsa ritmicamente? E se o tempo existir em função da nossa perceção? Imagine que conseguimos mudá-lo drasticamente e entrar na Fonte intemporal da qual toda a consciência emana. Suponha que conseguimos viajar para regiões sem dimensões onde o tempo e o espaço nasceram.. Dadas estas suposições, poderíamos, de facto, mudar o tempo e até a nossa perspetiva da realidade. Acredito que estas ideias são verdadeiras e que cada um de nós é simultaneamente percetor e definidor do tempo. A partir de um qualquer ponto no tempo, estamos constantemente a mudar o presente mas também o nosso passado e o nosso futuro. O universo é um oceano de consciência que flutua, com todo o tempo a ocorrer simultaneamente. Nós estamos intimamente ligados a este mar de consciência. Quando nos libertamos dos bloqueios antigos mudando a nossa perceção do passado, é como quando atiramos uma pedra para um lago tranquilo e as ondas se propagam até às margens. Não só isto o ajuda a si como também os seus familiares e amigos mais próximos são afetados positivamente pelas «ondas», tal como todas as pessoas do planeta que partilham as suas frequências... mesmo que elas não o conheçam. Algumas pessoas acham útil visitar as suas vidas seguintes ou ter os seus «eus» futuros a regressarem no tempo e no espaço para lhes darem conselhos e orientação com base no conhecimento que adquiriram. Isto é também uma ótima maneira de contribuir para a sua capacidade de manifestar os seus sonhos, projetando para o futuro aquilo que deseja. Como o véu espácio-temporal se

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está a tornar mais fino, está a tornar-se mais fácil viajar nas nossas meditações não só ao passado mas também a acontecimentos vindouros. Algumas pessoas constatam que a sua autoconfiança fica renovada quando vêem os triunfos a que estão destinadas. Outras descobrem que podem evitar uma dificuldade futura se examinarem possibilidades ainda por concretizar e fizerem correções hoje. Alguns indivíduos preocupam-se com a maneira como reagirão se virem algo de verdadeiramente terrível no seu futuro ou no destino de alguém que amam. O amanhã é tão maleável como o passado, e aquilo que vê é apenas uma probabilidade - e, felizmente, está ao seu alcance fazer modificações. O processo usado para viajar até vidas futuras é semelhante ao usado para ter acesso a vidas passadas. Esta meditação irá ajudá-lo a começar. Exercício: Meditação para Vidas Futuras Comece por se permitir a si mesmo descontrair totalmente e imaginar o seu local preferido na natureza. Pode imaginar-se encostado contra o tronco de um chorão enquanto escuta o rumorejar de um ribeiro ali perto. Deixe que todo o seu corpo se acalme enquanto enche cada parte de si mesmo com serenidade. Saiba que cada inspiração e expiração lhe permitem ficar ainda mais confortável. Imagine que o seu guia ou anjo está junto a si. Está em paz com o universo e rodeado de amor infinito. Imagine que é envolvido por uma esfera de luz branca. Está seguro e protegido. Enquanto está sentado na natureza, o dia transforma-se em noite. Uma a uma, as estrelas aparecem e todo o céu se enche de luzes cintilantes. Uma estrela em particular capta a sua atenção. Enquanto a contempla, ela toma-se cada vez mais luminosa e lentamente começa a descer do céu e a mover-se na sua direção. Á medida que a estrela se aproxima, consegue ver que é na verdade um veículo em forma de orbe, feito de luz e som. Parece uma bolha grande luminosa. Você sabe que isto é uma máquina do tempo.

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Entra dentro dela e sente-se confortado pelo interior sumptuoso e acolhedor. Devagar; apenas com um leve murmúrio, o veículo eleva-se do chão e começa a ascender suavemente. Recostando-se nas almofadas convidativas, observa o dossel de estrelas através das janelas. Você sente o veículo a pairar de novo em direção à Terra. Ao sair da sua máquina do tempo, dá por si junto a uma piscina bela e tranquila. Enquanto olha para ela, começa a ter visões. Vê quem é numa vida futura. Repare se é homem ou mulher e se há pessoas parecidas com os seus amigos e familiares do presente. Examine a sua vida futura e procure a área de maior conflito. Você é livre de mudar a situação que está a observar. Veja ainda se há algo na sua vida presente que pode fazer para evitar esta situação futura. Rodeie toda a situação com amor e regresse à sua máquina do tempo. Comece a voltar à sua consciência desperta normal. Você compreende que tudo o que viu do seu futuro foi para o seu bem maior e sabe que está afazer os ajustes necessários na sua vida presente de maneira a criar um futuro empolgante e que o realize.

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POSFÁCIO Acredito que há inúmeras dimensões a coexistir com a nossa realidade e que podemos tornar-nos conscientes delas se ajustarmos o nosso sintonizador interno. Tal como há várias estações de rádio a inundar as nossas casas e os nossos escritórios - que não conseguimos ouvir a menos que tenhamos os nossos rádios ligados - bastamos encontrar o nosso sintonizador interno e sintonizar; então, tocaremos a Luz. A maioria das pessoas pensa do Céu como o sítio para onde vão depois de morrerem. Nós pensamos nele subconscientemente como um sítio algures para lá das nuvens, mas o Céu, a nossa casa espiritual, não é no céu. É aqui, agora, uma dimensão que coexiste com a nossa realidade física. Uma maneira de saber que está perto dessa dimensão é a sincronicidade. Por exemplo, quando pensa numa coisa e ela acontece, quando você precisa de algo e isso subitamente aparece ou quando pensa em alguém e essa pessoa lhe telefona. Quanto mais próximo está dessa dimensão, mais depressa os seus pensamentos se tornam manifestos no mundo físico. Não há nada no universo que não seja você. Devido ao modo linear como percecionamos a realidade, não creio que algum dia consigamos compreender isto intelectualmente, comunicá-lo verbalmente ou mesmo escrever sobre isto de forma abrangente. Contudo, acredito que, lá bem no fundo, todos o sabemos e todos tivemos já vislumbres deste sentimento. Mesmo no ser humano mais realizado há uma saudade, uma recordação daquele local maravilhoso de união e unidade. Toda e cada parte do universo é uma parte de si, e você é a mistura mais incrível que se pode imaginar. Mas a maioria de nós esqueceu-o porque geralmente só nos identificamos com os nossos corpos e sentimo-nos separados de todas as outras partes de nós próprios. Por vezes identificamo-nos com os nossos filhos ou mesmo com as nossas posses (um homem entrará num edifício em chamas para salvar bem preciosos porque nesse momento ele se identifica mais com as suas posses materiais do que com o seu

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corpo). Na verdade, você está a viver num oceano miraculoso de energia e cada parte dessa corrente é você. Pode imaginar que todas essas partes formam uma gigantesca orquestra de energia. Quando há uma harmonização de todos estes aspetos, cria-se uma vibração que ressoa por todo o universo. Era isto que os meus antepassados índios americanos queriam dizer quando falavam de se estar na «relação certa» com todas as coisas. Isto significa honrar e respeitar a coisa viva dentro de todas as coisas. Valorize o animal ou a planta que lhe dá vida... sinta reverência por tudo o que está à sua volta. Escute - escute realmente - e reconheça a realidade dos seus próximos, pois eles não estão separados de si. Eles são você! Viver em relação certa com todas as coisas significa viver em harmonia com todos os outros elementos do Espírito coletivo. Consegue-se fazê-lo ao aceitar incondicionalmente a realidade dos outros. Isto significa também caminhar em direção à aceitação de todas as partes de si, especialmente aquelas que julgou negativamente e até aquilo que encarnou nas suas vidas passadas. Estar na relação correta significa ajudar os outros sempre que pode sem esperar nada em troca. Implica agir compassivamente para com a totalidade da força vital. Saiba que não há menos energia no seu computador do que na bela macieira que cresce lá fora. Respeite, aceite e ame a vida que existe à sua volta, pois tudo isso é você em diferentes formas. Sempre que julga está a avançar no caminho da separação; sempre que ama, permite à orquestra de todas as suas partes (que na sua totalidade são o Criador) que vibre e cante com júbilo através do universo. Que à medida que os grilhões do passado se soltam com a sua exploração das suas encarnações anteriores você possa encontrar paz verdadeira. Que a alegria abunde na sua vida para lá das suas maiores expetativas!

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