vida Útil - equipamentos - caldeira, etc

363
  E  E  s  s t t u d d o  d d e e  V V i i d d a  Ú Ú t t i l l  E  E co n m mi ica  e  T T a  x  xa  d d e   D  D e e  p  p r r e ec i i a ação  VOLUME 1 / 2 Escola Federal de Engenharia de Itajubá CERNE - Centro de Estudos em Recursos Naturais e Energia  Novembro 2000

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  • EEssttuuddoo ddee

    VViiddaa ttiill EEccoonnmmiiccaa ee TTaaxxaa ddee

    DDeepprreecciiaaoo

    VOLUME 1 / 2

    Escola Federal de Engenharia de Itajub

    CERNE - Centro de Estudos em Recursos Naturais e Energia

    Novembro 2000

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 1 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    NDICE

    VOLUME 1 / 2

    INTRODUO............................................................................................................................................4

    ESTUDOS DE VIDA TIL ECONMICA ..................................................................................................6 Armazenagem, Manipulao, Transporte de Combustvel Lquido ou Gasoso.......................................6

    Armazenagem, Manipulao, Transporte de Combustvel Nuclear .......................................................23

    Armazenagem, Manipulao, Transporte de Combustvel Slido..........................................................29

    Armazenagem, Manipulao, Transporte de Resduo..........................................................................36

    Armazenagem, Manipulao, Transporte de Resduo Nuclear..............................................................54

    Balana para Veculos de Carga ........................................................................................................60

    Banco de Capacitores (Sistemas de Distribuio)................................................................................68

    Banco de Capacitores (Sistemas de Transmisso) ..............................................................................77

    Barragem e Adutora ..........................................................................................................................86

    Barramento.......................................................................................................................................92

    Caldeira............................................................................................................................................98

    Cmara e Galeria ..............................................................................................................................103

    Canal de Descarga ............................................................................................................................107

    Chamin ...........................................................................................................................................113

    Chave (Sistema de Distribuio).........................................................................................................119

    Chave (Sistema de Transmisso) .......................................................................................................124

    Compensador de Reativos .................................................................................................................129

    Comporta..........................................................................................................................................136

    Computador e Perifricos...................................................................................................................153

    Condensador de Vapor ......................................................................................................................160

    Conduto e Canaleta...........................................................................................................................163

    Conduto Forado...............................................................................................................................168

    Condutor (Sistema de Distribuio) ....................................................................................................177

    Condutor (Sistema de Transmisso) ...................................................................................................182

    Controlador Programvel ...................................................................................................................187

    Conversor de Corrente ......................................................................................................................193

    Conversor de Freqncia...................................................................................................................200

    Disjuntor ...........................................................................................................................................205

    Edificao Casa de Fora Produo Hidrulica..............................................................................213

    Edificao Outras ...........................................................................................................................217

    Elevador e Telefrico.........................................................................................................................221

    Equipamento Geral............................................................................................................................226

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 2 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    Equipamentos da Tomada Dgua...................................................................................................... 230

    Equipamentos do Ciclo Trmico......................................................................................................... 246

    Estradas de Acesso .......................................................................................................................... 254

    Estrutura (Poste, Torre) (Sistema de Distribuio)............................................................................... 257

    Estrutura (Poste, Torre) (Sistema de Transmisso) ............................................................................. 262

    Estrutura da Tomada Dgua ............................................................................................................. 269

    Estrutura Suporte de Equipamento e de Barramento ........................................................................... 273

    Fibra tica........................................................................................................................................ 279

    Gerador............................................................................................................................................ 286

    Gerador de Vapor ............................................................................................................................. 293

    Instalaes de Recreao e Lazer...................................................................................................... 299

    Luminria ......................................................................................................................................... 304

    Medidor ............................................................................................................................................ 309

    Motor de Combusto Interna.............................................................................................................. 316

    Painel, Mesa de Comando e Cubculo................................................................................................ 321

    Pra-Raios ....................................................................................................................................... 326

    Ponte Rolante, Guindaste ou Prtico.................................................................................................. 331

    Precipitador de Resduos ................................................................................................................... 342

    Protetor de Rede............................................................................................................................... 348

    Reator (ou Resistor) .......................................................................................................................... 356

    VOLUME 2 / 2

    Reator Nuclear.................................................................................................................................. 361

    Rede Local de Computadores ............................................................................................................ 368

    Regulador de Tenso (Sistema de Distribuio) .................................................................................. 376

    Regulador de Tenso (Sistema de Transmisso) ................................................................................ 383

    Religador .......................................................................................................................................... 390

    Reservatrio ..................................................................................................................................... 395

    Seccionalizador................................................................................................................................. 401

    Sistema Anti-Rudo ........................................................................................................................... 407

    Sistema Auxiliar de Corrente Contnua ............................................................................................... 412

    Sistema de gua de Circulao ......................................................................................................... 421

    Sistema de Alimentao de Energia ................................................................................................... 426

    Sistema de Amostragem Primrio ...................................................................................................... 431

    Sistema de Ar Comprimido ................................................................................................................ 435

    Sistema de Ar e Gases de Combusto ............................................................................................... 441

    Sistema de Aterramento .................................................................................................................... 448

    Sistema de Comunicao e Proteo Carrier...................................................................................... 453

    Sistema de Comunicao Local ......................................................................................................... 462

    Sistema de Controle Qumico e Volumtrico ....................................................................................... 467

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 3 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    Sistema de Dados Meteorolgicos e Hidrolgicos................................................................................474

    Sistema de Exausto, Ventilao e Ar Condicionado ...........................................................................482

    Sistema de Lubrificao, de leo de Regulao e leo Isolante ..........................................................489

    Sistema de Proteo Contra Incndio.................................................................................................495

    Sistema de Pulverizao do Envoltrio de Conteno..........................................................................500

    Sistema de Radiocomunicao ..........................................................................................................504

    Sistema de Refrigerao de Emergncia do Ncleo do Reator .............................................................509

    Sistema de Refrigerao do Reator ....................................................................................................515

    Sistema de Refrigerao e Purificao do Poo de Combustvel Usado................................................523

    Sistema de Resfriamento de Equipamentos ........................................................................................528

    Sistema de Servios ..........................................................................................................................537

    Sistema para Gaseificao de Carvo ................................................................................................541

    Subestao SF6 ................................................................................................................................546

    Subestao Unitria ..........................................................................................................................553

    Suprimento e Tratamento Dgua .......................................................................................................561

    Transformador de Aterramento...........................................................................................................567

    Transformador de Distribuio............................................................................................................571

    Transformador de Fora ....................................................................................................................579

    Transformador de Medida ..................................................................................................................586

    Transformador de Potencial Capacitivo ou Indutivo .............................................................................592

    Transformador de Servios Auxiliares .................................................................................................597

    Turbina a Gs ...................................................................................................................................602

    Turbina Hidrulica .............................................................................................................................607

    Turbogerador ....................................................................................................................................613

    Urbanizao e Benfeitorias ................................................................................................................618

    Veculos ............................................................................................................................................622

    TABELA COMPARATIVA...........................................................................................................................631

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 4 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    INTRODUO

    O artigo 138, 2, da Lei n 6.404/76, estabelece

    que: A diminuio de valor dos elementos do

    ativo imobilizado ser registrada periodicamente

    nas contas de:

    Depreciao, quando corresponder

    perda do valor dos direitos que tm por

    objeto bens fsicos sujeitos a desgastes ou

    perda de utilidade por uso, ao da

    natureza ou obsolescncia;

    Amortizao, quando corresponder

    perda do valor do capital aplicado na

    aquisio na aquisio de direitos de

    propriedade industrial ou comercial e

    quaisquer outros com existncia ou

    exerccio de durao limitada, ou cujo

    objeto sejam bens de utilizao por prazo

    legal ou contratualmente limitado;

    Exausto, quando corresponder perda

    do valor, decorrente da sua exploso, de

    direitos cujo objeto sejam recursos

    minerais ou florestais, ou bens aplicados

    nessa explorao.

    Entretanto, a tendncia de um nmero significativo

    de empresas simplesmente adotar as taxas

    admitidas pela legislao fiscal. Os critrios

    bsicos de depreciao, de acordo com a

    legislao fiscal, esto consolidados no

    Regulamento do Imposto de Renda atravs de

    seus arts. 248 a 256.

    O fisco admite ainda que a empresa adote taxas

    diferentes de depreciao, quando suportadas por

    laudo pericial do Instituto Nacional de Tecnologia,

    ou de outra entidade oficial de pesquisa cientfica

    ou tecnolgica (art. 253, 2, do RIR/94).

    A base de clculo da depreciao ser:

    Custo histrico, assim entendido o valor do

    bem no balano anterior ou no incio do

    perodo;

    Valor de reavaliao decorrente de novas

    avaliaes no ativo imobilizado.

    A tcnica contbil estipula que o valor residual do

    bem deve ser computado como deduo do seu

    valor total para determinar o valor-base de clculo

    da depreciao. Todavia, na prtica, esse

    procedimento no tem sido muito adotado, pois

    bastante difcil estimar o valor residual, numa

    economia instvel como a nossa.

    Uma dificuldade associada ao clculo da

    depreciao a determinao do perodo de vida

    til econmica do ativo imobilizado.

    Alm das causas fiscais decorrentes do desgastes

    natural pelo uso e pela ao de elementos da

    natureza, a vida til afetada por fatores

    funcionais, tais como a inadequao e o

    obsoletismo, resultantes do surgimento de

    substitutos mais aperfeioados.

    Este trabalho visa o estudo dos diversos sistemas,

    equipamentos e componentes do sistema eltrico,

    quando ao problema de estimar uma vida til

    econmica, e por conseguinte uma taxa de

    depreciao para os mesmos.

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 5 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    Existem diversos fatores que influenciam na vida

    til econmica de um equipamento, por exemplo:

    Caractersticas de operao: princpio de

    funcionamento, condies de operao,

    condies do ambiente onde este

    equipamento est instalado, entre outras;

    Tipos e freqncia de falhas;

    Obsolescncia tecnolgica, advinda do

    desenvolvimento de novos materiais e

    novas tecnologias;

    Tipo e freqncia de manuteno.

    A manuteno toda atividade que se realiza

    atravs de processos diretos ou indiretos nos

    equipamentos, obras ou instalaes, com a

    finalidade de lhes assegurar condies de cumprir

    com segurana e eficincia as funes para as

    quais foram fabricados ou construdos, levando-se

    em considerao as condies de operao e

    econmicas.

    Esta desenvolve especial papel na determinao

    da vida til econmica, uma vez que ela pode

    determinar quando no ser mais

    economicamente vivel dar manuteno no

    equipamento. dividida da seguinte forma:

    Manuteno Preditiva: Manuteno que se

    realiza atravs de anlises das

    caractersticas operativas e/ou fsica-

    qumicas dos equipamentos, obras ou

    instalaes, com a finalidade de detectar

    possveis falhas;

    Manuteno Preventiva: Manuteno que

    se realiza mediante um servio

    programado de controle, conservao e

    reparao de equipamentos, obras ou

    instalaes, com a finalidade de mant-los

    em condies satisfatrias de

    funcionamento, e de prevenir contra

    possveis ocorrncias que acarretam sua

    indisponibilidade;

    Manuteno Corretiva: Manuteno que se

    realiza em equipamentos, obras ou

    instalaes, com a finalidade de corrigir as

    causas e efeitos motivados por ocorrncias

    constatadas, e que acarretam ou podem

    acarretar sua indisponibilidade, em

    condies quase sempre no

    programadas. Esta se divide em:

    Manuteno Corretiva de Emergncia,

    quando se necessita proceder de imediato

    o restabelecimento das condies normais

    de utilizao dos equipamentos, obras ou

    instalaes; e Manuteno Corretiva de

    Urgncia, quando se necessita proceder o

    mais breve possvel o restabelecimento

    das condies normais de utilizao dos

    equipamentos, obras ou instalaes;

    Manuteno Corretiva Programada,

    quando se necessita proceder, a qualquer

    tempo, o restabelecimento das condies

    normais de utilizao dos equipamentos,

    obras ou instalaes.

  • Armazenagem, Manipulao, Transporte de Combustvel Lquido e Gasoso

    RESUMO

    A matriz de processamento dos combustveis

    lquidos e gasosos abrange uma complexa cadeia

    de equipamentos envolvidos direta e

    indiretamente no processo. Os combustveis

    lquidos e gasosos aplicados na produo de

    potncia por meio de turbinas a vapor ou motores

    de combusto interna, so na sua grande maioria

    derivados de petrleo. O suprimento de insumos

    energticos, abrange uma logstica de

    transmisso e distribuio e armazenamento,

    garantidas por um sistema virio que envolve

    modalidades de transporte como dutos, ferrovias,

    hidrovias e rodovias, interligando unidades

    produtoras s bases primrias, prximas s

    refinarias, e estas s bases secundrias,

    normalmente mais distantes. Os processos de

    transmisso e distribuio de petrleo e seus

    derivados so feitos preferencialmente por

    bombeamento atravs de dutos, em funo dessa

    modalidade apresentar capacidade de transporte

    em grandes volumes, facilidade no controle do

    fluxo, alta confiabilidade no suprimento e os

    custos envolvidos no processo serem

    relativamente menores quando comparados a

    outros modos. O processo de armazenagem

    funciona como um dispositivo regular entre a

    taxas flutuantes de produo e as variaes dos

    ndices de demanda. No processo de

    armazenamento dos combustveis lquidos, so

    utilizados em geral tanques de aos de grandes

    dimenses em formato cilndrico ou cnico, e/ou

    combinaes dessas duas formas, equipadas com

    sistemas de aquecimento. Os combustveis

    gasosos so armazenados em tanques

    denominados vasos de presso de

    armazenamento ou de acumulao, sob presso.

    Os vasos de presses, com raras excees, tm o

    casco na forma cilndrica, cnica ou esfrica e/ou

    combinaes dessas trs formas. A vida til

    proposta econmica proposta para esse trabalho

    de 35 anos.

    I. INTRODUO

    Os processos de armazenamento, manipulao e

    transporte de combustveis lquidos e gasosos so

    analisados considerando suas propriedades

    fsicas e composio qumica, inerentes a cada

    tipo de combustvel, alm das especificaes

    tcnicas relacionadas com a manuteno da

    qualidade desejada e os custos envolvidos em

    cada etapa do processo, at a sua efetiva

    utilizao.

    O suprimento de insumos energticos lquidos ou

    gasosos aplicados gerao trmica a vapor ou a

    combusto interna abrange, uma logstica de

    transmisso e distribuio e armazenamento dos

    combustveis em geral, garantidas por um sistema

    virio que envolve modalidades de transporte

    como dutos, ferrovias, hidrovias e rodovias,

    interligando unidades produtoras s bases

    primrias, prximas s refinarias, e estas s bases

    secundrias, normalmente mais distantes.

    Os combustveis lquidos compreendem variadas

    combinaes no referido estado, ricas em

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 7 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    hidrocarbonetos, com as mais diversas

    propriedades motoras, qumicas e fsicas, e de

    diversos meios de obteno, produzidos hoje

    quase exclusivamente base do petrleo.

    Os combustveis gasosos compreendem os gases

    permanentes (gs de rua, gs de coque, gs de

    alto forno, metano, gs natural), que a

    temperatura ambiente, no se liquefazem mesmo

    a altas presses, e gases liquefeitos (misturas de

    propano, propileno, butano e butileno) que

    temperatura ambiente, e altas presses se

    liquefazem.

    A seguir sero abordados equipamentos utilizados

    no processo de armazenamento, manipulao e

    transporte de combustveis lquidos e gasosos,

    aplicados a gerao trmica a vapor ou

    combusto interna.

    I.1. ARMAZENAMENTO

    O processo de armazenagem funciona como um

    dispositivo regular entre a taxas flutuantes de

    produo e as variaes dos ndices de demanda.

    No processo de armazenamento dos insumos

    (combustveis) lquidos para fins de gerao de

    energia, so utilizados em geral tanques de aos

    de grandes dimenses em formato cilndrico ou

    cnico, e/ou combinaes dessas duas formas,

    equipadas com sistemas de aquecimento

    controlados termostaticamente e, com indicador

    de temperatura prximo a linha de sada do

    combustvel. Estes procedimentos permitem a

    operao dos mesmos a nveis de temperatura

    constante e, conseqentemente, na faixa ideal de

    viscosidade do combustvel para seu manuseio.

    Os combustveis gasosos so freqentemente

    armazenados em tanques denominados vasos de

    presso de armazenamento ou de acumulao,

    em forma liquefeita, sob presso, para que se

    possa acondicionar uma grande massa em um

    volume relativamente pequeno.

    Os vasos de presso (com raras excees) tm o

    casco na forma cilndrica, cnica ou esfrica e/ou

    combinaes dessas trs formas. A forma esfrica

    utilizada no armazenamento de grandes massas

    de combustvel, em funo dessa geometria

    permitir uma distribuio uniforme das tenses no

    material devido presso, com a qual se chega

    menor espessura de parede e ao menor peso

    relativo, em igualdade de presso e de massa

    contida, quando comparada a outros formatos.

    Em 1944 no Brasil, j havia uma estrutura de

    abastecimento composta de instalaes de

    armazenamento para combustveis somando

    aproximadamente 815.000 m3 e mais cerca de

    100.000 m3 para fins militares, construdas pelas

    foras armadas americanas. Estas tancagens

    estavam espalhadas pelos estados do Par,

    Maranho, Cear Rio Grande do Norte, Bahia,

    Minas Gerais, Esprito Santo, Rio de Janeiro,

    Distrito Federal, So Paulo e Rio Grande do Sul.

    Uma das caractersticas desses equipamentos o

    fato de no serem produtos de linhas de

    fabricao. So projetados e construdos por

    encomenda, segundo o tipo, dimenses e formato

    adequados s necessidades e as condies de

    desempenho em cada caso. H no mercado,

    inmeras empresas que atuam no seguimento de

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 8 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    projeto e fabricao de reservatrios de

    combustveis, sendo os principais fabricantes

    nacionais so as empresas CONFAB, Pierre

    Saby, ALUFER, SADE, FEM, Mecnica Pesada,

    BARDELLA entre outros.

    I.2. TRANSPORTE

    A estrutura de abastecimento de combustveis

    interliga, atravs de vrios modos de transporte,

    trs pontos distintos:

    Fontes de produo;

    Refinarias;

    Centros consumidores.

    Com base nos trs pontos acima pode-se

    classificar as etapas do transporte distintamente

    em:

    Transmisso: caracteriza-se pela etapa do

    transporte da matria prima das fontes de

    produo as refinarias, e dos derivados

    aos centros de distribuio;

    Distribuio: compreende a etapa do

    transporte dos centros de distribuio dos

    derivados aos centros consumidores.

    A matriz de transporte para combustveis lquidos

    e gasosos envolve as seguintes modalidades

    caractersticas:

    Rodovirio: atravs de caminhes tanques;

    Ferrovirio: por vages tanques;

    Hidrovirio e martimo: atravs de

    embarcaes e navios tanques;

    Por meio de dutos.

    O sistema de transmisso e distribuio modal por

    bombeamento atravs de dutos o meio mais

    seguro e econmico de se transportar

    combustveis lquidos e gasosos, interligando

    regies produtoras, plataformas, refinarias,

    terminais martimos, parques de estocagem e os

    centros consumidores. Quase a totalidade dos

    dutos constituda por tubos metlicos. Podem

    ser instalados no mar ou em terra, e operam dia e

    noite para garantir o abastecimento das refinarias

    e suprir as necessidades de consumo dos centros

    consumidores.

    As bombas centrfugas para combustveis lquidos

    e compressores a pisto para gasosos, com

    vrias etapas de impulso, instaladas em srie ou

    em paralelo, segundo os fluxos, as presses e as

    necessidades de se contar com reservas.

    Para conseguir a presso mnima necessria na

    aspirao destas bombas, se recorrem a outras

    pequenas bombas auxiliares denominadas

    bombas de reforo ou booster.

    Os motores que movem as bombas podem ser

    eltricos, de exploso, cujo caso se alojam em

    recinto distinto das bombas, ou turbinas a gs.

    No parque de vlvulas ocorre regulao das

    presses e fluxos do fluido. Chega-se a uma total

    automao nestas estaes.

    Em casos onde os centros de gerao no so

    atendidos pela malha dutoviaria, por questes de

    falta de investimentos ou demandas insuficientes

    que justifiquem economicamente a implantao de

    troncos para distribuio, o processo de

    abastecimento intermodal, combinando as

    outras modalidades de transporte em funo da

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 9 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    capacidade, mobilidade dos respectivos modos e

    vias de acesso. I.3. HISTRICO DO OLEODUTO NO BRASIL

    A primeira linha de 10 de dimetro entre Santos e

    So Paulo foi inaugurada em 20/10/1951. O

    traado desse oleoduto representou um grande

    desafio, pois alm do trecho pantanoso entre

    Santos e Cubato, enfrentou-se pela primeira vez

    a subida da Serra do Mar um desnvel de 750m

    em apenas 1,5km. Esta obra tem sido usada

    como referencia at os dias de hoje.

    Em 1966 comeou a funcionar o primeiro duto de

    grande extenso no Brasil, o Oleoduto Rio/Belo

    Horizonte (ORBEL), transferindo produtos

    refinados provenientes da Refinaria Duque de

    Caxias (REDUC) para Belo Horizonte, com

    dimetro de 18" e 365 km de extenso. Com a

    entrada em operao da Refinaria Gabriel Passos,

    em 1968, o oleoduto passou a desempenhar a

    funo para a qual foi construdo, ou seja, atender

    o abastecimento daquela Refinaria com petrleo

    recebido atravs do Terminal da Guanabara

    (TORGU).

    A primeira grande obra da dcada de 70, na rea

    de transporte, foi a entrada em operao, em

    1971, da ampliao do TEBAR, permitindo a

    atracao de navios de at 300.000 tpb e o

    oleoduto So Sebastio/Paulnia com dimetro de

    24" e 226 km de extenso.

    I.4. HISTRICO DO GASODUTO NO BRASIL

    Na dcada de 60, no Recncavo Baiano tambm

    foram concludas algumas obras importantes

    como a primeira Planta de Gasolina Natural (PGN)

    do Brasil com a Unidade de Absoro em Catu e a

    Unidade de Fracionamento em Mataripe. A fim de

    alimentar e escoar a produo da PGN foi

    construdo mais de 150 km de gasodutos e dutos

    para gasolina natural e GLP.

    A dcada de 80 caracterizou-se pela construo

    de um grande nmero de gasodutos, ampliando o

    aproveitamento do gs natural produzido no

    Esprito Santo e principalmente na Bacia de

    Campos, no litoral do Rio de Janeiro.

    O primeiro gasoduto interestadual entrou em

    operao em 1974 ligando os estados de Sergipe

    e Bahia. o GASEB, como foi denominado. Ele tem

    seu ponto inicial na Estao de Compressores de

    Atalaia Velha, em Sergipe, e seu ponto final no

    Campo de Catu, conectando-se ao sistema de

    gasodutos do Recncavo Baiano. A sua extenso

    de 235 km, o dimetro de 14" e capacidade

    inicial de transferncia de 1.500.000 m3/dia.

    I.5. MANIPULAO

    Os processos de manipulao apresentam

    algumas particularidades em relao aos

    combustveis lquidos e gasosos utilizados nos

    ptios de gerao.

    Os equipamentos utilizados na manipulao dos

    combustveis lquidos em ptios de gerao

    trmica a vapor ou motor de combusto interna

    compreendem:

    Conjunto moto-bomba propulsor para

    elevar a presso no fluxo de injeo do

    leo aos queimadores, a patamares

    adequados a nebulizao (atomizao);

    Tanques de armazenagem principal para

    reserva estratgica e de servio, caso este

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 10 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    ltimo tambm exista, equipados com

    sistemas de aquecimento, controlado

    termostaticamente com indicadores de

    temperatura.

    Tubulaes isoladas termicamente com

    sistemas de aquecimento do trecho entre o

    tanque principal e/ou de servio ao(s)

    queimador (es), possibilitando manter os

    nveis de temperatura constante e,

    conseqentemente, manter a faixa ideal de

    viscosidade do combustvel para que

    oferea baixa resistncia ao fluxo.

    Nos geradores de vapor, a partir do tanque,

    enchido atravs da estao de recepo, o

    combustvel bombeado para tanques de servio

    por meio de bombas especficas ou pela inverso

    das bombas de admisso. A dimenso dos

    tanques de servio suficiente para uma carga

    total de 6 a 8 horas.

    O combustvel dos tanques de servio flui atravs

    dos filtros duplos de aspirao para as bombas

    axiais dos queimadores, que comprimem o

    combustvel atravs de pr-aquecedores

    tubulares, aquecidos a vapor, e eventualmente

    atravs de filtros duplos de presso, com presso

    e viscosidade necessrias a atomizao do fluido

    nos queimadores.

    Quando opera com gs natural, utiliza-se o ciclo

    OTTO; com leo pesado, o ciclo DIESEL. Existe

    ainda uma terceira verso bi-combustvel

    operando em ciclo DIESEL, que pode queimar

    tanto gs natural como leo pesado.

    Os motores de combusto interna que operam em

    ciclo diesel tm como vantagens produzir pouco

    rudo, grande durabilidade, possibilidade de

    utilizar combustveis de baixa volatilidade (leo

    cru, leo de alcatro e leo diesel), menores

    exigncias de fiscalizao durante o

    funcionamento e menos trabalho de manuteno,

    devido ao nmero reduzido de vlvulas,

    tubulaes bombas, etc. So utilizados em usinas

    termoeltricas de grande potncia e na propulso

    de navios de grande tonelagem.

    Para gerao trmica por meio de motores de

    combusto interna utilizando leo diesel os

    tanques de armazenamento e as tubulaes no

    possuem sistema de aquecimento, uma vez que a

    viscosidade do leo diesel a temperatura e

    presso ambiente so satisfatrias para imediata

    utilizao.

    Os parques equipados com de motores de

    combusto interna estacionrios a gs e/ou

    alimentao de caldeiras para gerao trmica a

    vapor para gerao de grandes potncias, devem

    estar circunscritos s regies onde haja

    disponibilidade de combustveis gasosos (gs de

    coqueria, gs de alto forno, metano, gs natural,

    etc), que temperatura ambiente, no se

    liquefazem, mesmo a altas presses. Os

    equipamentos utilizados na manipulao so:

    Sistemas de regulagem da presso e

    medio (vasos de presso, vlvulas e

    medidores) do gs para redes de

    alimentao de alta e mdia presso;

    Pressurizadores ou moto-compressor;

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 11 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    Vasos de presso para armazenamento de

    gases liquefeitos (misturas e propano,

    propileno, butano, butileno);

    Instrumentos de controles de vlvulas, que

    atuam sobre vlvulas moduladoras para

    regular a presso do gs.

    Tubulaes sem sistemas de

    aquecimento.

    II. CARACTERSTICAS

    II.1. TANQUES E VASOS DE PRESSO PARA

    ARMAZENAMENTO DE COMBUSTVEIS LIQUIDOS

    E GASOSOS

    Os tanques e os vasos de presso e seus

    componentes, para fins de armazenamento,

    podem ser confeccionados com diversos

    materiais, sendo as seguintes classes as

    principais:

    Materiais metlicos: Metais ferrosos -

    Aos-carbono, aos-liga, aos inoxidveis;

    Metais no-ferrosos - Alumnio e ligas,

    nquel e ligas, titnio e ligas.

    Materiais no-ferrosos: Materiais plsticos

    reforados (termoestveis) e cermicas.

    O ao-carbono o material mais empregado na

    construo de tanques e vasos de presso para

    armazenamento de combustveis lquidos e

    gasosos, por ser um material de boa

    conformabilidade, boa soldabilidade, de fcil

    obteno e encontrado sob todas as formas de

    apresentao, e o material de menor preo em

    relao a sua resistncia mecnica.

    As propriedades do ao carbono so influenciadas

    por sua composio qumica e pela temperatura

    de trabalho. O aumento na quantidade de carbono

    no ao produz basicamente um aumento nos

    limites de resistncia e de elasticidade e na

    dureza e temperabilidade do ao; em

    compensao, esse aumento prejudica a

    ductilidade e a soldabilidade do material.

    O ao-carbono um material de baixa resistncia

    a corroso, sendo necessrio o acrscimo de

    sobre-espessura no casco, para prevenir a

    corroso em todas as partes em contato com os

    fluidos de processo ou com a atmosfera, ou

    aplicao de uma pintura ou outro revestimento

    protetor adequado.

    Os aos-ligas (alloy-steel) so aos que

    possuem em sua composio uma quantidade de

    outros elementos (molibdnio, cromo, nquel,

    fsforo e cobre) alm da composio bsica dos

    aos carbonos. Estes elementos acrescidos h

    estrutura cristalina dos aos, conferem altas

    resistncias corroso (cromo, fsforo, cobre),

    fluncia (molibdnio) e fratura devido as baixas

    temperaturas (nquel).

    Os aos-liga so mais caros que os aos-carbono,

    em funo da maior quantidade de elementos de

    liga em sua composio, alm dos processos de

    fabricao (usinagem, montagem e soldagem)

    eles so mais difceis e custoso.

    Devido a alta resistncia aos agentes oxidantes,

    tanques e vasos confeccionados em aos-liga

    apresentam uma vida til sensivelmente maior em

    relao aos aos-carbonos.

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 12 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    O cdigo ASME seo VIII, divises 1 e 2

    (American Society of Mechanical Engineers) so

    as normas de referencia (materiais, projetos e

    processos de fabricao) para tanques e vasos de

    presso.

    II.2. LEODUTOS E GASODUTOS

    Os dutos para transporte de combustveis lquidos

    e gasosos so confeccionados na sua grande

    maioria, com tubos de seo circular de aos-

    carbono e, eventualmente para necessidades

    especiais empregam-se outros materiais como

    aos-liga, fundidos e plsticos entre os principais.

    Entre os dutos de aos-carbono se empregam trs

    tipos fundamentais:

    Tubos sem costura ou estirados obtidos

    por puno e laminao de troncos

    (procedimento Mannesman);

    Tubos soldados longitudinalmente obtidos

    por calandreamento e soldagem das

    chapas por arco submerso;

    Tubos helicoidais obtidos por enrolamento

    e soldagem em arco submerso de chapas

    procedente de bobinas.

    Com o objetivo de proteger os dutos contra

    corroso, se recorre freqentemente a proteo

    catdica em geral por corrente impressa e

    ocasionalmente com anodos de sacrifcio. Utiliza-

    se de potenciais de proteo da ordem de 1,5

    volts em relao ao solo.

    A utilizao dos revestimentos termoplsticos,

    pinturas a base de resinas epxi, polister e ligas

    mais adequadas a manipulao de

    hidrocarbonetos, tambm tm contribudo para

    uma melhora significativa na resistncia a

    corroso, prorrogando sensivelmente a vida utl.

    As normas tcnicas pertinentes a especificao de

    tubos para conduo, so:

    Tubos de ao-carbono: ASTM A106 graus

    A, B e C; ASTM A53 graus A e B; ASTM

    A120; ASTM A333 grau 6; API 5L; API 5LX

    grau 42, 46, 52,60,65, 70; ASTM A134;

    ASTM A135 grau A e B; ASTM A671;

    ASTM A672; ASTM A211.

    Tubos de Aos-liga e aos inoxidveis:

    ASTM A335 graus P1,P5, P11, P22, 3 e 7;

    ASTM A691; ASTM A333; AISI 304, 304

    L, 316, 316L, 321, 347 e 405.

    II.3. BOMBAS

    Bombas so mquinas operatrizes hidraulicas,

    que recebem energia de uma fonte motora e

    conferindo-a ao fluido no estado liquido, com a

    finalidade de transport-lo de um ponto para outro,

    obedecendo s condies do processo.

    O modo pelo qual feita a transmisso da

    potncia mecnica ao fluido, aumentando sua

    presso e/ou velocidade. Classificam as bombas

    em:

    Bombas de deslocamento positivo ou

    volumgenas;

    Turbobombas ou rotodinmicas.

    As bombas de deslocamento positivo

    caracterizam-se pela movimentao do rgo

    propulsor da bomba, que obriga o fluido a

    executar o mesmo movimento do qual est

    animado. Esta categoria de bombas podem ser

    divididas em dois tipos: alternativas e rotativas.

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 13 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    Nas bombas alternativas, o lquido recebe a ao

    das foras diretamente de um pisto ou mbolo

    (pisto alongado) ou de membrana. Classificam-

    se em:

    Pisto ou mbolo (duplo efeito e simples

    efeito, acionadas pela ao do vapor

    (steam pumps), motores de combusto

    interna ou eletricos (power pumps);

    Diafragma (operao por fluido ou

    mecanicamente.

    Nas bombas rotativas, o lquido recebe ao de

    foras de um ou mais propulsores dotados do

    movimento de rotao. Pode-se classifica-las em:

    Rotor nico (palhetas (deslizantes,

    oscilantes e flexveis), pisto rotativo,

    elemento flexvel e parafuso simples);

    Rotores mltiplos (engrenagens (exteriores

    e interiores), rotores lobulares, pistes

    oscilatrios e parafusos (duplos e

    mltiplos).

    As turbobombas ou rotodinmicas so mquinas

    nas quais a movimentao do lquido produzida

    por foras que se desenvolvem na massa lquida,

    em conseqncia da rotao de um rotor

    (impelidor) com um certo nmero de ps

    especiais.

    A distino entre os tipos de bombas

    rotodinmicas feita fundamentalmente em

    funo da forma como o impelidor cede energia

    ao fluido bem como a orientao do fluxo ao sair

    do impelidor. Classificam-se em: bombas

    centrfugas puras ou radiais, bombas de fluxo

    axial ou propulsoras, bombas de fluxo misto ou

    diagonal.

    A bomba centrfuga propriamente dita, tem um

    rotor cuja forma obriga o fluido a deslocar-se

    radialmente. Em outro extremo figuraria as

    bombas cujo rotor desloca o fluido axialmente,

    denominada de bomba de fluxo axial. Entre

    ambos os tipos de rotores, h o que desloca o

    fluido com componentes axiais e radiais de

    velocidade chamada de fluxo misto ou diagonais.

    As bombas centrfugas ou radiais so dotadas de

    um rotor cuja forma obriga o fluido a deslocar-se

    paralelamente ao eixo, sendo dirigido pelas ps

    para a periferia, segundo trajetrias contidas em

    planos normais ao eixo do rotor. Em outro extremo

    figuraria as bombas de fluxo axial, cujo rotor em

    forma de hlice transmite a energia cintica

    massa lquida por foras puramente de arrasto,

    caracterizando-se pela direo do fluxo na sada

    ser paralela ao eixo de rotao.

    As bombas centrfugas de fluxo misto fornecem

    energia ao fluido pelo efeito combinado das

    componentes das foras centrifugas e de arrasto,

    produzindo no rotor um fluxo inclinado em relao

    ao seu eixo.

    Quanto ao nmero de estgios, pode-se

    classifica-las em:

    Simples estgio: o fornecimento da energia

    ao lquido feito em um nico estgio

    (constitudo por um rotor e um difusor);

    Mltiplos estgios: a transferncia de

    energia ao lquido feita por dois ou mais

    rotores fixados no mesmo eixo. A

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 14 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    passagem do liquido em cada rotor e

    difusor configura um estgio na operao

    de bombeamento.

    Dimenses excessivas, correspondente custo

    elevado e baixo rendimento fazem com que

    fabricantes no utilizem bombas de um estgio

    para alturas de elevao grandes. Esse limite

    pode variar de 50 a 100 metros, conforme a

    bomba, mas a fabricantes que constroem bombas

    com um s estgio, para alturas bem maiores,

    usando rotores especiais de elevada rotao,

    como o caso das bombas Sundayne com

    rotaes que vo de 3600 a 24700 rpm, usando

    engrenagens para conseguir elevadas rotaes.

    H tambm outra categoria de bombas

    rotodinmicas centrfugas que usa um rotor com

    palhetas tipo Francis. A caractersticas desse rotor

    que suas palhetas possuem curvaturas em dois

    planos. Essa particularidade aproxima o

    desempenho dessa bomba ao de uma bomba de

    fluxo misto, para aplicadas nas linhas de impulso

    no processo de transporte de combustveis com

    viscosidade elevadas.

    A seleo do tipo de bomba mais adequado para

    a manipulao de combustveis lquidos a base de

    petrleo funo das seguintes caractersticas:

    A viscosidade do fluido (combustvel);

    Capacidade necessria (fluxo);

    Presso e altura manomtrica necessrios.

    Este fator pode determinar o ponto de

    funcionamento em caso de bombas

    centrfugas;

    Natureza do combustvel. A presena de

    elementos potencialmente corrosivos no

    fluido.

    Relaciona-se abaixo os servios prprios da

    indstria de petrleo e nas centrais de gerao

    trmica a vapor e os tipos de bombas comumente

    empregados para cada caso.

    Transporte e manipulao de petrleo cr:

    Conduo: centrfuga horizontal de

    mltiplos estgios e alternativas;

    Carga: cntrfuga de um e mltiplos

    estgios e de turbina (tipo Francis) e

    rotativas.

    Linhas de Impulso: de turbina vertical

    (tipo Francis);

    Lanamento: combinaes de bombas de

    hlice de um estgio e de turbinas de

    mltiplos estgios;

    Injeo: alternativas.

    Refinarias:

    Bombas para refinarias: vrios tipos de

    centrfugas, de turbina, submergveis,

    rotativas e alternativas;

    Bombas de processo: centrfugas e de

    turbina (tipo Francis);

    Bombas qumicas: centrfugas de vrios

    tipos;

    Bombas dosadoras: dosadoras e

    contadoras.

    Transporte de produtos refinados so utilizadas

    bombas centrifugas, rotativas e alternativas.

    Os fatores bsicos que influenciam na

    durabilidade das bombas so as condies de

    operao (presses, temperaturas, velocidades e

    viscosidade do fluido manipulado) compatveis

    com as caractersticas de projeto da bomba, as

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 15 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    manutenes e principalmente os materiais dos

    quais elas so confeccionadas.

    Os materiais so selecionados em funo das

    condies de resistncia mecnica (trao,

    fluncia, fadiga, desgaste por atrito, etc),

    composio qumica (corroso), facilidade de

    fabricao e custos envolvidos.

    A seleo dos materiais metlicos para confeco

    das bombas feita em funo do pH do fluido a

    manipular. So basicamente:

    (pH de 0 4) Aos inoxidveis, aos de

    alta liga, ligas intermediarias e baixa liga;

    (pH de 4 6) Totalmente de Bronze;

    (pH de 6 9) Ferro fundido ou ao-

    carbono moldado (normais ou com peas

    de bronze);

    (pH de 9 14) Totalmente de ferro.

    Devido a patamares de escoamento mais

    elevados, os aos moldados so aplicados para

    bombas de alta presso e, nas de maior tamanho,

    as carcaas podem ser de ao forjado ou soldado,

    ou inclusive de aos inoxidveis.

    Para bombas submetidas a baixas e mdias

    presses, as carcaas e rotores so

    confeccionados em ferro fundindo, os eixos em

    aos de alta resistncia trao e, ao ou bronze

    para peas de reposio submetidas ao desgaste.

    O bronze e os aos inoxidveis no so muito

    adequados para trabalhar a temperaturas

    elevadas. Em funo do elevado coeficiente de

    dilatao desses materiais, causa grandes

    dificuldades em manter ajustes e folgas corretas

    e, pela sensvel perda de resistncia a trao.

    Entre outros materiais metlicos de construo

    empregados na fabricao de bombas para

    manipulao de combustveis lquidos, tem-se:

    Ligas no-ferrosas: srie de ligas para

    servios duros baseados em nquel, cromo

    e molibdnio com menos de 20% de ferro

    e pequenas quantidades de cobre,

    mangans, silcio e tungstnio;

    Ferro com alto contedo em silcio: com

    uma porcentagem mnima de 14,25% de

    silcio;

    Fundio de ferro austentico: comum

    mnimo de 22% de nquel, cobre e cromo

    no total;

    Monel, Titnio entre outros.

    Os materiais no metlicos oferecem vantagens

    no custo inicial, pois evita os gastos em ligas

    especialmente resistentes a corroso e na

    manuteno ao longo da vida til. Os materiais

    cermicos tais como a porcelana, arenito e vidro

    so, em geral, de excelente resistncia qumica

    (corroso), porem difceis de fabricar e carecem

    de resistncia mecnica baixa a solicitaes no

    estticas.

    A mesma fragilidade inerente nos materiais

    polimerizados rgidos, mas os mesmos podem ser

    reforados mecanicamente como poliester e as

    resinas epxi reforadas com fibra de vidro e

    outras resinas termoestveis.

    A aplicao dos materiais termoplsticos na

    confeco de bombas torna-se conveniente por

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 16 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    sua capacidade de melhorar as propriedades

    tanto mecnicas como qumicas e, podendo ser

    facilmente moldado em qualquer formato. Alguns

    deles so considerados como material de

    engenharia por direito prprio, sobre tudo o nylon,

    poliester, o policarbonato e o polipropileno.

    A convenincia de aplicar um material base de

    polmeros na fabricao de bombas, depende de

    suas propriedades fsicas, do custo inicial, e da

    reduo dos custos de manuteno que se pode

    conseguir em funo de uma maior durabilidade

    dos componentes alm dos custos de substituio

    do equipamento. A menor resistncia fsica destes

    materiais, assim como seus mdulos de

    elasticidade impem limitaes no tamanho dos

    componentes totalmente plsticos.

    A tecnologia dos materiais cermicos e polmeros

    vem evoluindo de maneira rpida e consistente.

    Com os incrementos tecnolgicos, em mdio

    prazo, aprimorando suas propriedades fsicas

    (dureza, ductilidade, etc) e mecnicas (fluncia,

    trao, etc), esses materiais deixaram de ser

    aplicados em casos isolados, para utilizao em

    grande escala na fabricao de bombas,

    contribuindo para um sensvel aumento na vida

    til do equipamento.

    A especificao ASTM (American Society for

    Testing and Materials) de materiais para peas de

    bombas de acordo com o Hidraulic Institute, para

    manipulao e transporte de derivados de

    petrleo:

    Fundidos: ASTM A48; ASTM A216 grau

    WCA ou WCB; ASTM A217 grau C5;

    ASTM 743 grau CA15 ou CA6NM; ASTM

    743 grau CF8M; ASTM B 584, UNS-C

    87200.

    Forjados: ASTM A105 ou A576; ASTM

    A182 grau F5; ASTM A182 grau F6; ASTM

    A182; ASTM A182 grau F316.

    Barras: ASTM A576 grau 1015; ASTM

    A322 grau 4140; ASTM A276 tipo 410 ou

    416; ASTM A276; ASTM A276 tipo 316;

    ASTM B139.

    Parafusos e estojos: ASTM A193 grau B7;

    ASTM A193 grau B6; ASTM A193; ASTM

    A193 grau B8M; ASTM B124 liga 655.

    II.4. COMPRESSORES

    Compressores so utilizados para proporcionar a

    elevao da presso de um gs ou escoamento

    gasoso. Nos processos de manipulao e

    transporte de combustveis gasosos, elevao de

    presso em relao a atmosfera, pode variar

    desde um centsimo de bar at centenas de

    bares.

    A classificao dos compressores basicamente

    idntica as bombas.

    De acordo com a natureza do movimento principal

    apresentado por esse tipo de mquina, os

    compressores podem ser classificados de uma

    maneira geral, em alternativos e rotativos.

    Os compressores alternativos podem ser tanto de

    mbolo (pisto) como de membrana. Quando de

    membrana, esta pode ser movimentada direta ou

    indiretamente por meio de leo, que comprimido

    por um pisto secundrio.

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 17 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    O acionamento desse tipo de compressor tipo de

    compressor rotativo, mas eventualmente, em

    pequenas unidades, adotado tambm o

    acionamento alternativo direto (motores

    eletromagnticos).

    Os compressores rotativos, por sua vez, podem

    ser:

    De engrenagens de fluxo tangencial

    (Roots);

    De engrenagens helicoidais ou de fluxo

    axial;

    De palhetas;

    De pndulo;

    De anel lquido;

    De pisto rotativo;

    Centrfugos ou radiais;

    Axiais.

    Os processos de transporte de combustveis no

    estado gasoso via dutos, demanda altas vazes e

    elevados nveis de presso e consequentemente

    o efeito indesejado da elevao da temperatura

    devido ao processo de compresso.

    Em funo dessas caractersticas os

    compressores alternativos pisto, alimentados

    por motores de combusto so amplamente

    empregados nas estaes de compresso. Eles

    operam em baixas velocidades e produzem

    elevadas presses. Suas desvantagens so:

    Requerem grande espao devido a sua

    robustez;

    Contm inmeras vlvulas e outras partes

    internas mveis que requerem

    manuteno peridica, o que acarreta um

    elevado custo operacional.

    Os compressores centrfugos so utilizados no

    processo em menor escala. Podem ser acionados

    por motores de combusto, motores eltricos ou

    turbinas a gs. Atuam com elevadas vazes mas

    com menor relao de compresso.

    A durabilidade dos compressores est relacionada

    com as condies de operao (presses,

    temperaturas) compatveis com as especificaes

    de projeto do equipamento; seleo dos materiais

    empregados na fabricao adequada s

    solicitaes mecnicas (trao, fluncia, fadiga,

    atrito, etc.), qumicas (corroso) bem como o

    cumprimento de bons programas de manuteno.

    O ferro cinzento o material adotado para

    cilindros que iro operar com presses moderadas

    (= 70000kPa), de boa resistncia a corroso e

    excelente usinabilidade. Para a faixa acima dessa

    presso (= 10000kPa) vem sendo muito utilizado

    o ferro fundido nodular, mais resistente e mais

    dctil que o cinzento, porm de difcil

    usinabilidade. Para altas presses, os cilindros

    so fundidos em aos-liga (=17000kPa) ou

    forjados no mesmo material.

    As carcaas e rotores so confeccionados em

    ferro fundindo ou aos-liga fundido ou forjado. Os

    eixos e rotores ou palhetas, em aos de mdia e

    alta liga Cr-Mo, devido a elevada resistncia a

    fluncia apresentada por essas ligas.

    II.5. VLVULAS

    As vlvulas so dispositivos destinados a

    estabelecer, controlar e interromper o fluxo em

    uma tubulaes. Elas representam em torno de

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 18 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    8% do custo total de uma instalao de

    processamento. So classificadas em:

    Vlvulas de Bloqueio (destinam-se a estabelecer

    ou interromper o fluxo):

    Vlvulas de gaveta (gate valves);

    Vlvulas de macho (plug, cock valves);

    Vlvulas de esfera (ball valves);

    Vlvulas de comporta (slide, blast valves).

    Vlvulas de Regulagem (throttling valves)

    Destinadas especificamente ao controle do fluxo:

    Vlvula de globo (globe valves);

    Vlvulas de agulha (needle valves);

    Vlvulas de controle (control valves);

    Vlvulas de borboleta (butterfly valves);

    Vlvulas de diafragma (diaphragm valves).

    Vlvulas que permitem o fluxo em um s sentido:

    Vlvulas de reteno (check valves);

    Vlvulas de reteno e fechamento (stop-

    check valves);

    Vlvulas de p (foot valves).

    Vlvulas que controlam a presso de montante:

    Vlvulas de segurana e de alvio (relief

    valves);

    Vlvulas de contrapresso (back-pressure

    valves).

    Vlvulas que controlam a presso de jusante:

    Vlvulas redutoras e reguladoras de

    presso.

    Os sistemas usados para operao das vlvulas

    so os seguintes:

    Manual (por meio de volante, alavanca,

    engrenagens, parafusos sem-fim, etc.);

    Motorizada (pneumtica, hidrulica e

    eltrica);

    Automtica (por diferena de presses

    geradas pelo escoamento ou por meio de

    molas ou contrapesos).

    A seleo dos materiais para fabricao de

    vlvulas depende da temperatura e da presena

    de impurezas do fluido, principalmente de

    produtos sulfurosos e clorados.

    Para temperaturas at 280oC, a carcaa em ao

    carbono, mecanismo interno de ao inoxidvel tipo

    410.

    Para temperatura at 350oC, a carcaa de ao liga

    5 Cr - Mo, mecanismo interno de ao inoxidvel

    tipo 410; para alto teor de enxofre o mecanismo

    interno deve ser de ao inoxidvel tipos 430 ou

    304.

    Os hidrocarbonetos com presena de cloretos, em

    temperaturas abaixo do ponto de orvalho, so

    altamente corrosivos devido possibilidade de

    formao de HCl (acido clordrico) diludo.

    Recomenda-se nestes casos que seja adotado

    para o ao carbono maior sobre-espessura para

    corroso (3 a 4mm). As vlvulas devem ter o

    mecanismo interno de metal Monel.

    As principais normas brasileiras e americanas

    sobre vlvulas industriais so:

    EB-141 ABNT classes 150# a 1500#;

    ANSI.B.16.10 / 16.5 / 16.11 / 2.1 classes

    150# a 2500#.

    Normas API (American Petroleum Institute)

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 19 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    API-6D / API-526 classes 150# a 2500# /

    API-594 classes 150# a 2500# / API-598 /

    API-599 classes 150# a 2500# / API-600

    classes 150# a 2500# / API-602 / API-604

    classes 150# e 300# / API-609 classes 125#

    e 150#.

    ISA-RP 4.1 (Instrument Society of America)

    Padroniza dimenses de vlvulas de controle.

    III. MANUTENO PREVENTIVA

    III.1. TANQUES DE ARMAZENAMENTO E VASOS DE

    PRESSO

    As manutenes preventivas aplicadas neste item

    so respectivamente:

    Limpeza dos revestimentos internos

    anticorrosivos no metlicos (plsticos,

    borrachas, ebonite, grafite, cermicas, etc.)

    a cada 3 anos;

    Verificao dos revestimentos externos

    (pinturas, isolamentos trmicos, etc) em

    um intervalo mdio de 5 anos. Repintura

    do casco num ciclo de 10 a 15 anos;

    Inspeo da pintura externa e do estado

    de conservao das vlvulas e purgadores

    a cada 3 anos. Lubrificao dos

    mecanismos mveis anualmente;

    Limpeza das serpentinas ou resistncias

    eltricas do sistema de aquecimento dos

    tanques a cada 3 anos.

    III.2. LEODUTOS E GASODUTOS

    As manutenes usuais em redes de distribuio

    so preventiva e a corretiva. Da manuteno

    preventiva constam as seguintes atividades:

    Verificao de vazamentos nas Estaes

    Redutoras de Presso (ERPs) e

    Estaes Redutoras de Presso e Medio

    (ERPMs) e nas vlvulas de bloqueio;

    Verificao do estado dos filtros;

    Verificao do funcionamento dos

    reguladores de presso;

    Inspeo e verificao do estado geral de

    conservao das ERPs e ERPMs;

    Verificao da pintura e da conservao

    das vlvulas reguladoras de bloqueio

    automtico e de alvio;

    Verificao da pintura e conservao geral

    do sistema;

    Passagem peridica de pigs espuma para

    limpeza das tubulaes;

    Acompanhamento do sistema de proteo

    catdica;

    Verificao do estado de conservao da

    sinalizao do gasoduto;

    Verificao do funcionamento do sistema

    de odorizao;

    Verificao de vazamentos no sistema de

    odorizao;

    Patrulhamento da rede de distribuio de

    gs natural.

    No aspecto de manuteno preditiva, os rpidos

    avanos da informtica deram um grande impulso

    nos sistemas de controle e de aquisio de dados

    nos oleodutos e gasodutos construdos mais

    (Supervisory Control and Data Aquisition),

    permitindo um acompanhamento e superviso das

    operaes em tempo real. Nos projetos dos dutos

    mais modernos foram utilizados, ainda com o uso

    da informtica, outros equipamentos e sistemas

    avanados, permitindo levantamentos e

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 20 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    mapeamentos com a ajuda de satlites, como o

    GPS (Global Positioning System) e o GIS

    (Geographic Information System).

    III.3. BOMBAS E COMPRESSORES

    Para bombas/compressores de uma maneira

    geral, aplicam-se os seguintes procedimentos:

    Inspees dirias:

    Presses de suco e descarga;

    Indicadores de vazo;

    Vazamento de caixa de gaxetas;

    Temperatura dos mancais;

    Sistemas de selagem.

    Inspees mensais:

    Nveis de vibrao, alinhamento,

    temperaturas dos mancais, sistemas de

    refrigerao e lubrificao.

    Inspees semi-anuais:

    Funcionamento da caixa de selagem e da

    sobreposta;

    Manter o nivel de leo nos mancais dos

    rolamentos.

    Limpeza das vlvulas, filtros e purgadores.

    Inspeo anual:

    Reviso completa da bomba / compressor,

    acionador, sistemas auxiliares,

    acoplamento e instrumentos indicadores.

    No caso de manuteno preditiva, esto sendo

    aplicados sistemas informatizados de controle e

    aquisio de dados nas principais variveis;

    vibrao, temperatura, presso.

    IV. MANUTENO CORRETIVA

    IV.1. TANQUES E VASOS DE PRESSO

    Os processos de fabricao dos tanques e vasos

    so em via de regra, extremamente rigorosos

    sendo que as manutenes corretivas esto mais

    associadas aos acessrios do equipamento em si.

    Com relao essas manutenes pode-se

    destacar o descolamento dos revestimentos

    internos anticorrosivos, externos (anticorrosivos e

    isolamentos trmicos), vlvulas controladoras de

    presso, purgadores, fratura/fissura ou corroso

    na serpentina do sistema de aquecimento,

    pequenas fissuras nas soldas do costado e

    corroso interna avanada em reas localizadas

    do costado devido a fissuras no revestimento

    interno. As aes corretivas so respectivamente:

    Remoo e aplicao de novo

    revestimento na rea danificada, externa

    ou internamente;

    Troca das juntas e/ou anis de vedao ou

    substituio da vlvula;

    Esgotamento e troca da seguimento

    tubular danificado;

    Esgotamento, tratamento da(s) fissura(s) e

    posterior soldagem;

    Esgotamento, remoo e substituio da

    chapa do costado comprometida (reforma

    parcial).

    IV.2. LEODUTOS E GASODUTOS

    As falhas mais comuns ocorridas nestes

    equipamentos so os vazamentos devido ao

    desgaste qumico (corroso) dos anis de

    vedao na junes tubulao/vlvula, corroso

    interna e externa das paredes em trechos da

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 21 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    tubulao, juntas de vedao das vlvulas e

    fissuras nas soldas dos tubos. Os procedimentos

    para este tipo de manuteno nesses casos so

    respectivamente:

    Trocas dos anis de vedao;

    Substituio do trecho da tubulao

    danificado pela corroso;

    Trocas das juntas de vedao ou

    substituio da vlvula danificada;

    Tratamento da fissura e posterior

    soldagem.

    IV.3. BOMBAS

    Os tipos de falhas mais comuns neste tipo de

    equipamento so vazamentos nas juntas e

    retentores; eroso nos rotores devido cavitao

    e/ou agentes qumicos (corroso); vibraes

    provocadas por deformaes longitudinais no eixo

    (flechas) devido componentes radiais; falncia

    dos rolamentos dos mancais devido

    componentes axiais; lubrificao deficiente dos

    componentes. As aes corretivas so

    respectivamente:

    Troca das juntas de vedao, dos

    retentores da gaxeta;

    Reforma ou troca dos rotores;

    Balanceamento do eixo por processo

    trmico ou em casos extremos a

    substituio. Recomenda-se nestes casos

    a troca dos retentores da gaxeta e os

    rolamentos dos mancais;

    Substituio dos rolamentos dos mancais;

    Troca da bomba de leo.

    IV.4. VLVULAS

    As vlvulas esto sujeitas a vazamentos e

    deteriorao dos componentes mecnicos, com

    perda parcial ou total da funo devido a fadiga

    dos retentores, anis de vedao e/ou ao de

    agentes qumicos corrosivos. As manutenes

    corretivas aplicveis so respectivamente:

    Reposio dos retentores e anis de

    vedao;

    Substituio parcial ou total dos

    componentes mecnicos do comando, em

    casos extremos a troca do equipamento.

    V. VIDA TIL ECONMICA

    A vida til econmica referente aos equipamentos

    supracitados, em funo da literatura e dos dados

    coletados frente aos fabricantes e empresas

    usurias, relacionando os fatores durabilidade e

    obsolescncia dos equipamentos, suger-se:

    Vida til

    (anos)

    Dutos 40

    Tanques e Vasos de Presso 40

    Bombas 20

    Compressores 20

    Vlvulas 20

    REFERNCIAS

    [1] Karassik, I.; Krutzswch, W. C.; Fraser, W. H.;

    Messina, J. P. Pump Handbook. McGraw-Hill

    Book Company, second edition year 1986.

    [2] Berger, B. D.; Anderson, K. E. Petrleo

    Moderno. PennWell Publishing Company, tercera

    edicin, ano 1992.

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 22 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    [3] Gibbs, Charles W., Compressed Air and Gas

    Data. Ingersoll-Rand Company, second edition

    year 1969.

  • Armazenagem, Manipulao, Transporte de Combustvel Nuclear

    RESUMO

    Os Elementos Combustveis so formados pela

    combinao de 236 varetas de combustveis e 20

    tubos guias para as varetas das barras de

    controle, dispostos todos em uma matriz 16x16.

    Cada Elemento Combustvel pode conter um

    conjunto de controle, um conjunto absorvedor,

    uma fonte de nutrons ou um restritor de fluxo, de

    acordo com sua posio no ncleo. A estrutura do

    Elemento Combustvel (esqueleto), alm de

    manter as varetas de combustvel em suas

    respectivas posies e garantir o correto

    alinhamento das Barras de Controle, possibilita

    um manejo seguro do Elemento Combustvel

    dentro e fora da usina. A vareta de combustvel

    consiste de um tubo de zircaloy, no qual so

    introduzidas pastilhas sinterizadas de UO2. A

    coluna de pastilhas de combustvel prensada

    por mola, que permite movimentos em funo do

    aquecimento e evita dano s pastilhas durante o

    transporte do Elemento Combustvel. Todo o

    conjunto de ao inoxidvel, sendo que as

    varetas de combustvel so de uma liga especial,

    zircaloy. O Elemento Combustvel transportado

    dentro de continers especiais. Um planejamento

    detalhado feito para o transporte destes

    elementos desde a fabrica, ou da retirada dos

    avies quando importados, at a entrega na porta

    da usina. Sua armazenagem enquanto novo

    feito em piscinas secas com toda a segurana, em

    edifcios com classe de segurana nuclear. Uma

    vez dentro da usina, todo manuseio de Elementos

    Combustveis feito seguindo procedimentos

    detalhados e executados por pessoas qualificadas

    para manuseio de combustvel. O armazenamento

    dos Elementos Combustveis queimados feito

    dentro de uma piscina com gua borada. Esta

    piscina est dentro do edifcio de classe de

    segurana nuclear, com todos os sistemas

    necessrios para mant-los em condio segura,

    blindados e refrigerados. Em termos de vida til,

    os Sistemas de Manuseio de Combustvel Nuclear

    diferem dos Sistemas de Armazenamento. Os

    Sistemas de Manuseio tm vida til 20 anos,

    enquanto que os Sistemas de Armazenamento

    apresentam vida til 30 anos. Desta forma,

    considerar-se- para o Armazenamento,

    Manipulao e Transporte de Combustvel

    Nuclear a vida til de 20 anos.

    I. FUNES DO SISTEMA

    Por transporte de Elementos combustveis

    entende-se a transferncia destes desde o porto

    de chegada no Brasil ou da Fbrica at a entrada

    da Usina.

    As funes do Sistema de Armazenagem de

    Elementos Combustveis Novos so:

    Garantir que os Elementos Combustveis

    sejam armazenados com segurana, e em

    condies que mantenham sua estrutura

    ntegra e permitam ser inspecionados;

    Garantir a remoo do calor residual dos

    Elementos Combustveis Usados;

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 24 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    Garantir a remoo do calor residual dos

    Elementos Combustveis Usados a longo

    termo, mesmo aps um evento externo;

    Garantir que os Elementos Combustveis

    sejam armazenados de uma maneira

    segura e mantenham sua estrutura ntegra;

    Garantir blindagem para os Elementos

    Combustveis Usados.

    Manuseio de Elementos Combustveis toda

    operao que feita com os mesmos dentro da

    planta.

    So vrios os Sistemas de Manuseio de

    Elementos Combustveis, os quais tem como

    funo principal garantir a transferncia dos

    mesmos dentro da planta de uma maneira segura.

    As principais operaes de manuseio de

    Elementos Combustveis esto relacionadas

    abaixo:

    Recebimento dos Elementos Combustveis

    - Retirada dos caminhes, inspeo e

    posterior armazenagem em piscina seca;

    Transferncia dos Elementos

    Combustveis da Piscina da Piscina de

    Combustvel Novo para a Piscina de

    Combustvel usado;

    Transferncia dos Elementos

    Combustveis da Piscina de Combustvel

    Usado para o Ncleo do Reator;

    Transferncia dos Elementos

    Combustveis do Ncleo do Reator para a

    Piscina de Combustvel Usado;

    Transferncia dos Elementos

    Combustveis da Piscina de Combustvel

    Usado para os Continers de

    Combustveis Usados;

    Outros manuseios para inspees, trocas

    de Barras de Controle, Plugs, Veneno

    Queimvel, Testes no Sipping Can, etc.

    II. DESCRIO DO SISTEMA

    II.1. SISTEMA DE TRANSPORTE DE ELEMENTOS

    COMBUSTVEIS

    O transporte dos Elementos Combustveis Novos

    feito atravs de continers especiais, secos,

    podendo ser atravs de avio, navio ou caminho

    convencional.

    Os continers so equipamentos especiais que

    podem transportar dois ou quatro Elementos

    Combustveis. So providos com sistemas de

    amortecimento atravs de molas e dispositivos de

    proteo e medio de choques.

    O transporte de Elementos Combustveis Usados

    feito atravs de continers especiais com

    sistemas de blindagem e de resfriamento. Da

    mesma maneira, o transporte pode ser atravs de

    avio, navio ou caminho convencional.

    Normalmente estes continers transportam dois

    Elementos Combustveis. A finalidade deste

    transporte transferir os Elementos Combustveis

    Usados para locais definitivos de armazenamento

    ou para fbricas de reprocessamento. Como no

    Brasil ainda no foram definidos e construdos

    estes depsitos definitivos, estes Elementos

    Combustveis Usados esto sendo armazenados

    dentro das prprias usinas.

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 25 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    II.2. SISTEMA DE ARM AZENAMENTO DE

    ELEMENTOS COMBUSTVEIS NOVOS

    O Sistema de Armazenagem de Combustveis

    novos composto de um conjunto de racks que

    podem ser abertos ou fechados lateralmente,

    onde os Elementos ficam armazenados na

    posio vertical, tendo como apoio o bocal inferior.

    As condies de armazenamento tem que ser

    timas, para evitar qualquer tipo de empeno nos

    Elementos Combustveis. O armazenamento

    poder ser numa piscina ou outro compartimento,

    seco, local onde o acesso dos tcnicos

    fundamental para a realizao de inspees. O

    nvel de radiao num Elemento Combustvel

    novo praticamente desprezvel. Desta maneira,

    permitido que os tcnicos faam inspees

    visuais, esfregaos etc.

    Na Usina Nuclear de Angra 1, a piscina para

    armazenamento dos Elementos Combustveis

    Novos fica no Edifcio de combustvel, logo ao

    lado da piscina de Combustveis Usados. Na

    Usina Nuclear de Angra 2, a armazenagem dos

    Elementos Combustveis Novos feita dentro do

    Envoltrio de Conteno num compartimento

    especial para esta finalidade.

    II.3. SISTEMA DE ARM AZENAM ENTO DE

    ELEMENTOS COMBUSTVEIS USADOS

    Cada fabricante tem um projeto diferente para os

    sistemas de armazenagem de Elementos

    Combustveis Usados. Descrever-se- os

    sistemas existentes em Angra 1 e Angra 2.

    A Piscina de Combustveis Usados para Angra 1

    armazena um ncleo inteiro mais 25 recargas de

    1/3 de ncleo. Ela fica num edifcio especfico de

    nome Edifcio do Combustvel externo ao

    Envoltrio de conteno. Desta maneira, h um

    sistema especial para transferir os Elementos

    Combustveis para o Vaso do Reator que fica

    dentro do Envoltrio de Conteno. Toda a

    operao feita debaixo dgua. O projeto para

    Angra 2 prev armazenagem de um ncleo inteiro

    e mais 9 recargas de 1/3 e a piscina fica

    localizada dentro do prprio Envoltrio de

    Conteno do lado da Cavidade do Reator o que

    torna as manobras mais rpidas.

    Estas piscinas so todas revestidas com ao

    inoxidvel e seu projeto feito de maneira a evitar

    uma drenagem, mesmo que seja acidental.

    Ambas as piscinas possuem sistemas de

    resfriamento com bombas e vlvulas alimentadas

    pelos sistemas de segurana da planta. As fontes

    frias dos trocadores de calor, da mesma maneira,

    so sistemas de segurana garantindo o

    resfriamento a longo termo. Na eventualidade de

    um acidente externo com blackout, os

    sequenciadores de carga iro partir

    automaticamente estas cargas.

    Os sistemas de refrigerao so redundantes,

    com 100% de capacidade cada um. Ambas as

    piscinas so equipadas com sistemas de limpeza

    e purificao que garante a visibilidade da gua

    para permitir manobras e trabalhos com

    ferramentas.

    II.4. SISTEMAS DE MANUSEIO DE COMBUSTVEL

    So vrios os sistemas de manuseio de

    Elementos Combustveis. A seguir so

    apresentados estes sistemas.

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 26 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    Ponte Manipuladora de Elementos Combustveis

    (Manipulator Craning) No caso especfico da

    Usina Nuclear de Angra 1 utilizada para

    transferir os Elementos Combustveis do Ncleo

    do Reator para o Dispositivo de Transferncia

    para a Piscina de Combustvel Usado e para o

    Dispositivo de Troca de Barras de Controle que

    fica dentro do Edifcio de Conteno.

    Para a Usina Nuclear de Angra 2, a Ponte

    Manipuladora de Elementos Combustveis

    transfere diretamente os Elementos Combustveis

    do Ncleo do Reator para a Piscina de

    Combustvel Usado, da mesma maneira que ela

    utilizada para qualquer manobra que feita sobre

    a Piscina de Combustvel Usado.

    Em Angra 1 h ainda o Dispositivo de

    Transferncia de Elementos Combustveis onde

    um trole transporta os elementos do Envoltrio de

    Conteno para o Edifcio de Combustvel. No

    Edifcio de Combustvel sobre a Piscina de

    Combustvel Usado h uma ponte rolante

    especfica para manuseio com Elementos

    Combustveis. Ela usada para transferir os

    Elementos Combustveis do Dispositivo de

    Transferncia para a Piscina de Combustvel

    Usado, para o continer de combustvel usado ou

    para o Sipping Can. Em Angra 1, manobras de

    recebimento e armazenamento de Elementos

    Combustveis Novos feita com a ponte rolante

    do Edifcio de Combustvel.

    Em Angra 2, manobras de recebimento de

    Elementos Combustveis novos feito utilizando a

    ponte rolante polar do Edifcio da Conteno e

    pontes auxiliares.

    III. DESCRIO DOS EQUIPAMENTOS

    III.1. SISTEMA DE ARMAZENAMENTO

    As piscinas de armazenamento dos Elementos

    Combustveis Usados bem como toda a cavidade

    do Reator e canais de transferncia so todos

    revestidos com uma camada de ao inoxidvel.

    Sistemas de deteco de vazamentos atravs

    destas camadas de ao so providos.

    Todas as estruturas dos racks tanto da Piscina de

    Combustvel Usado como para os Elementos

    Combustveis novos so em ao inoxidvel.

    III.2. SISTEMA DE MANUSEIO DE ELEMENTOS

    COMBUSTVEIS

    As pontes manipuladoras de Elementos

    Combustveis sobre o Ncleo do Reator so

    pontes rolantes especiais, com um sistema de

    identificao que permite localizar com preciso

    os Elementos Combustveis dentro do Ncleo do

    Reator quanto nas Piscinas de Combustvel

    Usados.

    Estas pontes possuem um completo sistema de

    controle e intertravamentos que garantem uma

    operao segura.

    No prprio mastro da ponte manipuladora, onde o

    Elemento Combustvel inserido para ser

    transportado j existe um sistema de inspeo de

    Elementos Combustveis falhados, Sipping Can.

    Especificamente para a Usina de Angra 1, h um

    sistema que faz a transferncia dos Elementos

    Combustveis do Edifcio de Combustvel para o

    Edifcio do Reator. Este sistema recebe o

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 27 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    Elemento Combustvel na vertical dentro do

    Edifcio de Combustvel, leva-o para a posio

    horizontal e o transporta atravs de um tubo que

    faz a ligao para o Envoltrio de Conteno,

    dentro da Cavidade de Recarga, onde o elemento

    novamente colocado na vertical para que a

    ponte manipuladora possa apanh-lo e transferir

    para dentro do Ncleo do Reator.

    III.3. FERRAMENTAS ESPECIAIS

    H uma grande quantidade de ferramentas

    especiais utilizadas para manuseio com

    Elementos Combustveis tais como: ferramenta

    para transferncia de Barras de Controle,

    ferramenta para transferncia de plugs,

    ferramentas para manuseio com Elementos

    Combustveis Novos, etc.

    IV. INSTRUMENTAO

    As piscinas so equipadas com medies de nvel

    e temperatura. A maior instrumentao est nos

    sistemas de manuseio, principalmente nas pontes

    manipuladoras de Elementos Combustveis, onde

    h uma grande instrumentao relacionadas com

    os sistemas de medidas, sipping can, peso, freios,

    torques etc. e os intertravamentos relacionados

    com os diversos modos de operao.

    V. OPERAO

    Todos estes sistemas so normalmente usados

    durante as paradas para recarga de Elementos

    Combustveis na planta.

    Seguindo os procedimentos da usina, antes de

    cada operao de recarga dos Elementos

    Combustveis, todo o sistema e ferramentas

    especiais so testados e os operadores treinados

    nas operaes utilizando mockups de

    Elementos Combustveis.

    Por tratar-se de uma operao infreqente, um

    mdulo especfico de treinamento realizado

    envolvendo todos os tcnicos da planta que

    estaro envolvidos com o manuseio dos

    Elementos Combustveis. Fsicos e operadores

    licenciados coordenam todas as atividades.

    As Especificaes Tcnicas da Usina tm um

    captulo especial para Recargas. Onde esto

    definidos todos os testes que devem ser

    realizados antes de iniciar as atividades de

    recarga.

    VI. MANUTENO PREDITIVA

    Procedimentos especficos definem todos os

    testes que so realizados nos equipamentos e

    ferramentas utilizadas para manuseio de

    combustvel.

    Antes do incio da operao de cada recarga

    estes testes so realizados aps o qual um

    treinamento completo envolvendo todas as

    operaes realizado.

    Programas de anlises qumicas garantem a

    qualidade da gua que ficam armazenadas nas

    piscinas de Elementos Combustveis Usados,

    diminuindo os riscos de corroso.

    VII. MANUTENO CORRETIVA

    Em funo da maioria dos equipamentos

    utilizados no manuseio de combustveis serem

    usados somente durante as recargas, perodos

    maiores do que um ano, e por trabalharem

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 28 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    debaixo dgua muito comum encontrar

    problemas. Por serem equipamentos que

    trabalham dentro dgua normalmente utilizam

    muito mais de recursos mecnicos, como,

    engrenagens, correntes, cabos de ao, alavancas

    e outros, que fazem com que a taxa de

    manutenes corretivas seja maior do que nos

    equipamentos eltrico/eletrnicos.

    As manutenes corretivas mais comuns so:

    trocas de cabos de ao, engrenagens, chaves

    limites, alavancas, engrenagens etc. Estas

    manutenes so delicadas principalmente se a

    cavidade de recarga j estiver cheia com gua e

    segundo pelo nvel de dose que envolve o

    trabalho o que requer planejamentos muito bem

    feitos.

    VIII. VIDA TIL ECONMICA

    A vida til dos Sistemas de Manuseio de

    Combustvel Nuclear de 20 anos, considerando

    o nvel de manutenes e a experincia nuclear.

    Quanto aos sistemas de armazenamento a vida

    til de 30 anos para os sistemas de resfriamento

    e limpeza das piscinas e vida permanente para as

    piscinas por tratarem de equipamentos estticos,

    com espessa base de concreto com revestimentos

    de ao inoxidvel.

    Desta forma, considerar-se- para o

    Armazenamento, Manipulao e Transporte de

    Combustvel Nuclear a vida til de 20 anos.

    REFERNCIAS

    [1] CFOL - Curso de Formao de Operador

    Licenciado da Central Nuclear de Angra dos Reis

    Eletronuclear SA

  • Armazenagem, Manipulao, Transporte de Combustvel Slido

    RESUMO

    A matriz de processamento dos combustveis

    slidos abrange uma complexa cadeia de

    equipamentos envolvidos direta e indiretamente

    no processo. Os combustveis slidos, aplicados

    na produo de potncia por meio de turbinas a

    vapor, so, na sua grande maioria, de origem

    fssil (carves, xisto betuminoso, calcrio

    betuminoso, antracito, turfa), e, em menor escala,

    combustveis naturais renovveis (lenha, carvo

    vegetal, bagao de cana, resduos vegetais,

    serragem, palhas e outros). O suprimento de

    insumos energticos abrange uma logstica de

    transporte e armazenamento, garantida por um

    sistema virio que envolve modalidades de

    transporte ferrovirio, hidrovirio e rodovirio,

    interligando unidades produtoras s centrais de

    gerao termeltricas a vapor. O processo de

    armazenamento funciona como um dispositivo

    regular entre a taxas flutuantes de produo e as

    variaes dos ndices de demanda. No processo

    de armazenamento dos combustveis slidos para

    fins de gerao de energia devido grande

    quantidade, feito a cu aberto em reas

    denominadas ptio de estocagem ou parque de

    intempries. Sob certas condies, a flexibilidade

    de uma central trmica depende de uma

    porcentagem estocada de carvo modo em

    funo da demanda. Utilizam-se silos para a

    estocagem do material. Os equipamentos

    utilizados na manipulao dos combustveis

    slidos em centrais de gerao trmica a vapor

    compreendem tratores, caminhes, moinhos,

    carregadores mecnicos, transportadores

    contnuos de inmeros tipos. A vida til econmica

    proposta para esse trabalho de 25 anos.

    I. INTRODUO

    Os processos de armazenamento, manipulao e

    transporte de combustveis slidos so analisados

    considerando suas propriedades fsicas e

    composio qumica, alm das especificaes

    tcnicas relacionadas manuteno da qualidade

    desejada e os custos envolvidos em cada etapa

    do processo.

    Os combustveis slidos compreendem os

    combustveis naturais fsseis: hulha, linhite, xisto

    betuminoso, calcrio betuminoso, antracito, turfa;

    combustveis naturais renovveis ou biomassa:

    madeira, bagao de cana, resduos vegetais como

    serragem, restos de casca, cascas de sementes,

    caroos de frutas, entre outros.

    O processo de armazenagem funciona como um

    dispositivo regular entre a taxas flutuantes de

    produo e as variaes dos ndices de demanda.

    O processo de estocagem dos combustveis

    slidos para fins de gerao de energia, em

    particular dos carves (turfa, lignito, betuminosos

    e antracito), devido grande quantidade, feito a

    cu aberto em reas denominadas ptio de

    estocagem ou parque de intempries, segundo os

    seguintes procedimentos:

  • ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica 30 Estudo de Vida til Econmica e Taxa de Depreciao

    O ptio de estocagem dever ser seco e

    com boa drenagem natural;

    No deve haver drenagem artificial, com

    cinzas, vegetao ou resduos que podem

    facilitar a formao de correntes de ar. A

    melhor soluo um piso de cimento ou

    argiloso;

    Deve haver espao suficiente para

    movimentao do carvo no caso de

    aquecimento;

    No dever ser estocado prximo a fontes

    de calor (tubulaes de vapor, caldeiras,

    paredes quentes ou chamins) devido

    possibilidade de ignio pelo aumento da

    temperatura.

    As pilhas devero ser compostas de forma a

    permitir uma boa circulao do ar e,

    conseqentemente, a eliminao do anidro

    carbnico. Deve-se monitorar a temperatura das

    pilhas, no podendo ultrapassar os 65oC.

    A maior parte das instalaes existentes operam

    confor