versão resumida da tese - figurações do ritmo francisco a…

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL FIGURAÇÕES DO RITMO Da Sala de Cinema ao Salão de Baile Paulista Francisco A. Rocha Tese apresentada como exigência parcial ao Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Doutor em História Social. Orientadora: Prof. a Dr. a MARIA HELENA R. CAPELATO. São Paulo 2006

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Page 1: Versão resumida da Tese - Figurações do Ritmo Francisco A…

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL

FIGURAÇÕES DO RITMO

Da Sala de Cinema ao Salão de Baile Paulista

Francisco A. Rocha

Tese apresentada como exigência parcial ao Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Doutor em História Social. Orientadora: Prof.a Dr.a MARIA HELENA R. CAPELATO.

São Paulo 2006

Page 2: Versão resumida da Tese - Figurações do Ritmo Francisco A…

Abstract This research concerns the diffusion of a particular repertory and musical

aesthetic related to dance and the balls in the context of São Paulo’s

modernization.

We focus particularly on the moment that a new centrality emerged in the

cityscape, between the 1930’s and 1950’s. In this context, the musicality has

been blended with some representations of the Modern as well as has improved

in the urban imaginary certain ideas related to progress and modernity.

We search for the meanings of this musical repertory in relationship to

the “experience” of the cinema and certain spaces of dancing.

Resumo

Essa investigação analisa a difusão de determinado repertório e estética

musical imbricados ao fenômeno da dança, no contexto de modernização de

São Paulo. A análise apreende o sentido desse repertório no entrecruzamento

da “experiência do cinema” e de certos espaços da dança. Particularmente,

abordamos o momento em que uma nova centralidade redesenhou a

fisionomia urbana da capital paulista – grosso modo, entre meados de 1930 e

1950. Nesse cenário, tal musicalidade, não apenas se mesclou de maneira

singular às representações do moderno, como também fomentou no imaginário

da metrópole emergente certo ideal de progresso e modernidade.

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Agradecimentos

Muitas pessoas, direta ou indiretamente, contribuíram na realização

deste trabalho; a todos, minha gratidão.

Em primeiro lugar, agradeço à professora Maria Helena R. Capelato,

pela orientação, confiança, pelo carinho com que me acolheu no Departamento

e por todo apoio recebido, ao longo desses anos. Ao professor Elias Thomé

Saliba, pelas nossas conversas, tão importantes para mim, e pelo seu bom

humor. A professora Tania Regina de Luca, pelo entusiasmo manifestado pelos

meus estudos.

A Tamiko, pela simpatia e boa vontade com que me auxiliou na pesquisa

dos documentos no acervo da Biblioteca Mário de Andrade. Ali, também pude

contar com a colaboração do Sr. Adelício, a quem expresso meus sinceros

agradecimentos. Na Biblioteca da Faculdade de Direito da USP, fui da mesma

forma acolhido pelos funcionários, em especial Luciana.

A todos aqueles que se dispuseram a conversar sobre os bailes e as

orquestras, dançarinos e músicos, sem os quais, dificilmente, teríamos

ensaiado os primeiros passos nessa trilha.

Agradeço, ainda, à minha família e a todos os amigos, entre eles

especialmente aos meus colegas professores Ed, Ed Quarenta, Jair, Nanci e

Rui, com os quais compartilhei alegrias e angústias nesse percurso. A Cleide e

Soraya, pela amizade e valiosa colaboração. Ao Nilton, pela amizade e ajuda

no trabalho de editoração. A todos os colegas da pós-graduação, em especial

ao amigo Marcelo Pedro. Também registro aqui minha eterna gratidão à Dona

Antonieta.

A Cris, todo o meu reconhecimento e carinho.

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Índice Apresentação A Descoberta do Salão de Baile e das Orquestras Introdução .................................................................................................... ....5 Capítulo I Do Triângulo ao Quadrilátero do Glamour O Triângulo: o primeiro ato do ensaio sobre o orgulho da estirpe......... Novo Viaduto do Chá: a caminho do Quadrilátero do Glamour............. Plano de Avenidas: a nova fisionomia da cidade................................... Hotel Esplanada..................................................................................... O glamour dos bailes do Hotel Esplanada............................................. Capítulo II O Eclipse do Herói da Velocidade Clássica Chuva de prata no IV Centenário........................................................... O estrondo sônico: a quebra da barreira do som................................... Na era da aviação pelas asas da Panair............................................... Vôo em alta velocidade......................................................................... No cinema: o som dos Cometas de Bill Haley....................................... Voando para o Rio................................................................................. Alegorias da dominação........................................................................ O balé aéreo ao som do foxtrote........................................................... Um monumento ao progresso: a inauguração de Congonhas.............. Capítulo III O Palácio do Cinema e a Onda Sonora No firmamento da cidade: uma super constelação de estrelas............. Os palácios do culto ao prazer.............................................................. A magia da música na tela e nos alto-falantes dos cinemas................. A onda sonora sobre a metrópole moderna........................................... O jazz e o desenho da onda sonora...................................................... O glamour da “América” em ritmo de foxtrote........................................

15 24 28 38 45

53 56 61 69 73 78 94 101 110

122 129 142 157 166 173

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Capítulo IV Dançando o Foxtrote Cheek to Cheek: a dança sensacional que São Paulo irá aprender...... Dançando foxtrote.................................................................................. O glamour do American Way of Life...................................................... Foxtrote no Mappin e avant-première no Art Palácio............................. A Broadway em São Paulo.................................................................... Na Avenida Ipiranga: um monumento ao cinema.................................. Dîner-Dansant junto às estrelas............................................................ Capítulo V Ao Som das Grandes Orquestras A era das big bands............................................................................... Glenn Miller: o mito da era das big bands............................................. A “Música Moça e Moderna”: o culto das big bands no Brasil.............. No estilo de Hollywood: a abertura do I Festival Internacional de Cinema do Brasil ................................................................................... Uma recepção para as estrelas e astros do cinema ............................. Considerações Finais ..........................................................................

Fontes Documentais e Bibliografia ...................................................

181 192 200 211 221 225 232

238 246 259

266 270

276

282

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APRESENTAÇÃO

A Descoberta do Salão de Baile e das Orquestras

A cidade e a música passaram a integrar o meu repertório a partir da

pesquisa que realizei sobre o cancionista e radiator Adoniran Barbosa, relativa

à minha dissertação de mestrado (2002). Nesse trabalho, inspirado em textos

teóricos de autores como Michel de Certeau, entre outros, compreendemos a

obra de Adoniran como uma estratégia peculiar de apropriação do moderno.

Assim, consideramos a sua poética a partir de representações que narravam a

metrópole, captando exatamente aquilo que era silenciado pela história oficial.

Essa, construída no contexto de intensa expansão urbana de São Paulo dos

anos 1940-1950, anunciava a cidade como “progresso e trabalho”, um ícone da

modernidade brasileira, enfim a superação do “atraso” do país. Adoniran,

narrador da metrópole, iria retratá-la exatamente na contra-mão desse

discurso. Sua inventividade comportaria, dessa forma, aquilo que Certeau

assinala como microrresistência.

Essa pesquisa suscitou minha sensibilidade em relação a determinados

aspectos do cotidiano que, de outra forma, acredito, passariam despercebidos.

A experiência descrita a seguir contém o espírito dessas descobertas, dirigindo

meu interesse para um determinado repertório musical, ligado às grandes

orquestras de dança. Tais grupos musicais correspondem à voga dançante que

se difundiu em São Paulo, concomitante ao processo que a transfigurou em

uma metrópole.

O fato se passa no ano de 2001. Na época, lecionando numa escola

próxima ao metrô Barra Funda, na Avenida São João, comecei a observar uma

série de cartazes colados nos postes e paredes que anunciavam bailes

animados por orquestras e conjuntos musicais. Um deles me chamou especial

atenção: tratava-se de um baile dos anos dourados, com a fabulosa orquestra

do maestro Osmar Milani. O evento ocorreria no Clube Piratininga, em uma

quarta-feira, a partir das dezoito horas. Além de indicar o endereço, Alameda

Barros, próximo à Avenida Angélica, o cartaz sublinhava uma observação

importante: traje social. Na data anunciada, lá estava eu, na minha desajeitada

elegância, assistindo ao desfile triunfal de inúmeras damas em suas toilettes

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glamorosas e de cavalheiros distintamente trajados. Uma cena muito

interessante, pois, ainda em plena luz do dia, senhoras e senhores em trajes

de noite adentravam o salão do clube. Por volta das dezoito horas, os músicos

tomaram os seus devidos lugares no palco. Em seguida, entra o maestro

Osmar Milani; ovacionado, ele agradece e deseja a todos uma maravilhosa

noite, como nos bons tempos dos anos dourados, dando início, assim, ao

grande baile. Durante algumas horas, Milani regeu sua orquestra, executando

um repertório variado, composto de sambas, boleros, rumbas e foxtrotes, entre

outros. Os arranjos, cuidadosamente trabalhados, evocavam a sofisticação

harmônica das big bands, compunham a trilha que era coreografada com

esmero e graça pelos casais de dançarinos.

Fig. 01 Sr. Brito, saxofonista, participou

de diversas orquestras nos anos 1950,

entre elas, tocou com Orlando Ferri e Eli

& Sua Orquestra. Formou-se no

Conservatório Municipal de Osasco e

integrou a banda municipal dessa

cidade. Hoje, com seus oitenta anos,

complementa a sua aposentadoria,

tocando esporadicamente em diversos

lugares, inclusive como músico de rua.

O nosso encontro ocorreu na Av. São

João, próximo à Av. Ipiranga.

Sr. Brito – Av. São João – Setembro de 2003

Nessa ocasião, ensaiei os meus primeiros passos nesse universo. Ali,

pude conhecer uma comunidade de aficionados pela dança de salão e velhos

músicos ligados às orquestras. Busquei aproximar-me dessas gerações, pois

meu interesse voltava-se para a compreensão dessa prática nas décadas de

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1940 e 1950. À medida que a rede de contatos se ampliava, a memória social

dos bailes e das orquestras daquele período ganhava profundidade, por meio

das entrevistas que realizei, fazendo emergir aspectos de uma prática social

intensamente difundida na cidade. Ou seja, a cidade de São Paulo, que,

naquele momento, ganhava os contornos de uma grande metrópole, com mais

de um milhão de habitantes, conservaria nos espaços da dança um lugar

importante da instauração e manutenção das relações, enfim, da sociabilidade

pertinente aos diversos grupos que a habitavam.

Fig. 02 Sra Romilda, assídua freqüentadora dos bailes da terceira idade – Abril de 2004

Cabe notar que, para essa geração, saber dançar era um dos requisitos

de sua formação pessoal. Como um dos entrevistados relatou: saber conduzir

uma dama no salão era tão importante quanto ter boa caligrafia. De fato, a

prática da dança, animada pelas orquestras, é marcante no período. Os

depoimentos chamam atenção para o fato de que o cinema e os bailes eram o

entretenimento preferido dos paulistanos, além do futebol, especificamente

para o público masculino. Isso explica os inúmeros salões de baile e pistas de

dança espalhados pela cidade, em clubes como o Pinheiros, o Homms, o

Harmonia, o Paulistano, o Espéria, o Piratininga, o Palmeiras, o Juventus etc.

Mas também, em outros pontos específicos, como o salão do Aeroporto

de Congonhas e o do Trianon, além daqueles que se localizavam no centro, a

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exemplo do salão do Hotel Esplanada e o do Hotel Excelsior. Cabe sublinhar

que a disseminação dessa prática nos diversos grupos sociais marca a

presença de salões de baile e pista de dança nas inúmeras associações

profissionais, nas boates, em determinados restaurantes e, evidentemente, nos

chamados taxi dancings. Essa modalidade refere-se às casas onde os

cavalheiros, mediante a compra de fichas, podiam dançar com moças que

eram contratadas pelo taxi dancing. Um dos mais famosos foi o Avenida Taxi

Dancing, localizado na Av. Ipiranga, próximo à Avenida São João. Como nos

lembraram alguns depoimentos, essas casas de dança eram espaços

importantes de trabalho para os músicos das orquestras e para as dançarinas.

Se o ponto de partida de nossa pesquisa deu-se com a comunidade dos

dançarinos e dos músicos das grandes orquestras, os seus desdobramentos

nos levaram a pensar a presença do cinema no universo dessa cultura

singular. Trata-se, aqui, de compreendê-la a partir de determinada experiência

de modernidade, relativa ao processo de modernização em curso na cidade de

São Paulo, quando se afirmou uma nova centralidade em sua geografia,

aproximadamente entre meados dos anos 1930 e 1950.

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INTRODUÇÃO

A Onda Sonora

No ano de 1929, a crônica paulistana escreve sobre uma “onda sonora”

apropriando-se da cidade. A imagem tem como pano de fundo a estréia do

“cinema falado” em São Paulo. A “onda sonora”, intuída pelos cronistas,

propagou-se no cenário estruturante da modernização dessa metrópole e da

intensificação de sua expansão urbana. Ela não só aderiu aos signos de

representação do moderno, como alimentou, no imaginário daquela sociedade,

as representações que subscreveram certo ideal de progresso. Espécie de

trilha sonora, adentrou o processo de gestação da metrópole.

Essa vaga sonora teve os seus primeiros contornos delineados ao longo

dos anos 1920, ganha maior impulso nas duas décadas subseqüentes e entra

em declínio em meados dos anos 1950. Sua narrativa corresponde à era de

ouro do cinema, ou seja, aquela protagonizada pelos grandes estúdios de

Hollywood. Também evoluiu concomitante ao momento em que a prática da

dança e dos bailes ganhou a conotação de uma verdadeira instituição. Na

realidade, ela produziu-se em meio ao fenômeno da dança, confundiu-se com a

própria dança. Por isso, o público fruiu esse repertório com movimentos e

passos que compunham seus ritmos. Cabe considerar que as orquestras

existiram como protagonistas de um repertório e uma estética musical

imbricados à pratica da dança.

No entrecruzamento da experiência do cinema e da prática da dança,

identificam-se o repertório e o sentido projetado pelas canções que

compuseram a sonoridade de que nos falam os cronistas. Elas existiram como

uma espécie de ponte entre o mundo imagético construído pela narrativa

fílmica e o salão de baile. É preciso, ainda, dizer que tanto a expansão da

indústria fonográfica quanto a presença do rádio como importante veículo de

comunicação de massa articularam-se ao fluxo impulsionador dessa

musicalidade.

Em linhas gerais, tais aspectos orientam nossa investigação acerca de

determinado repertório musical. O contexto refere-se ao aprofundamento do

processo de modernização e conformação da metrópole de São Paulo.

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Especificamente, buscamos apreender esse processo no momento em que

uma nova centralidade redesenhou a sua fisionomia urbana, grosso modo,

entre meados dos anos 1930 e meados dos anos 1950. A princípio, esse

deslocamento espacial orientou a construção de uma possível periodização. Ao

longo da pesquisa, esse marco temporal revelou-se profícuo, sobretudo por

indicar articulações do repertório musical e da difusão da dança com outras

práticas sociais. Essas também conheceriam o seu apogeu nas décadas em

que o novo centro irradiou-se como o lugar protagonista do cosmopolitismo

paulistano. Aliás, a afirmação desse espaço como um ponto de convergência

das representações da invenção da cidade moderna, onde o progresso

adquiriu uma moldura espetacular, estava relacionada ao fato de que essa

geografia nomeou-se como território dessas práticas.

A Conformação da Metrópole e a Modernidade de São P aulo

Nos anos 1920, localiza-se a transmutação da cidade de São Paulo em

metrópole. Nessa década, aprofundaram-se as marcas de um processo

vertiginoso de crescimento, aceleração, fusão e especulação que configuraram

a fisionomia da metrópole emergente. No cenário de intensa metropolização,

celebram-se a dinâmica da vida moderna e um pretenso ideal cosmopolita. 1

Mas também se explicitam as contradições decorrentes da forma paradoxal de

como a modernidade se propõe, em nossa realidade periférica, aos centros

hegemônicos do capitalismo. Aqui, a modernidade não é só o moderno e,

menos ainda, o modernismo. Ela se constitui simultaneamente por

temporalidades díspares. Espécie de bricolagem, estrutura-se na combinação

de diferentes tempos históricos, incorporando diversas modalidades de ritmo,

relações e práticas sociais. Nesse contexto, estão em jogo estratégias

reveladoras de como os diversos segmentos sociais, inseridos no processo de

modernização, se apropriaram da modernidade.2 Bem como os mecanismos de

1 Ver: SEVCENKO, Nicolau. Orfeu Extático na Metrópole. São Paulo, sociedade e cultura nos frementes anos 20. São Paulo, Cia. das Letras, 1992. e SALIBA, Elias Thomé. “Histórias, Memórias, Tramas e Dramas da Identidade Paulistana.”. In: PORTA, Paula (org.). História da Cidade de São Paulo: a cidade na primeira metade do Século XX. São Paulo, Paz e Terra, 2004, vol. 3. 2 Sobre os impasses da modernidade nas sociedades latino-americanas, ver: CANCLINI, Néstor Garcia. Culturas Híbridas: Estratégias para Entrar e Sair da Modernidade. São Paulo, Edusp, 1998; e MARTINS, José de Souza. A Sociabilidade do Homem Simples. São Paulo, Hucitec, 2000.

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poder, que aí se retraduziram e reproduziram o fenômeno da desigualdade

social, que tem um peso significativo no processo de nossa formação histórica.

Nessa perspectiva, o pano de fundo da modernização explicita sua

singularidade e complexidade em um quadro onde a modernidade se

apresenta de um modo anômalo e inacabado.

No período por nós abordado, a identidade da metrópole de São Paulo

tem como marca o seu crescimento vertiginoso. Sua evolução demográfica

testemunha o ritmo acelerado com que a cidade ganhou os traços de uma

grande metrópole. Entre 1890 e início de 1930, o crescimento populacional

saltou de, aproximadamente, 65.000 mil habitantes para um milhão de

habitantes. Em 1940, sua população atinge um milhão e meio de habitantes.

Chega à casa dos dois milhões e setecentos mil habitantes em meados dos

anos 1950. Alavancada, num primeiro momento, pelo fluxo de riqueza gerada

pela economia cafeeira, no último quartel do século XIX, a cidade tornou-se um

núcleo dinâmico, ampliando o seu poder político como sede da administração –

provincial e depois estadual –, além de suas funções comerciais e financeiras.

Fomentou-se, assim, a demanda crescente do fornecimento de mercadorias e

serviços, bem como investimentos comerciais, industriais, financeiros e,

evidentemente, aqueles ligados à especulação imobiliária, motivada pelo

explosivo crescimento urbano. Progressivamente, na década de 1930, tem sua

expansão ligada direta ou indiretamente à produção industrial. Expandem-se as

atividades comerciais, financeiras, os mais diversos serviços e, em larga

escala, os negócios imobiliários, impulsionados sobretudo pela frenética

verticalização.3 Paulatinamente, a cidade torna-se representativa do mais

importante centro socioeconômico brasileiro. Nos anos 1940, havia se

consolidado como maior centro industrial latino-americano. No início de 1950,

por exemplo, São Paulo gerava sozinha 50% de toda a produção industrial da

nação.

3 O economista Flávio Saes analisa a evolução econômica da metrópole paulista na primeira metade do século XX, relativizando o significado das duas imagens consagradas pela historiografia da “cidade do café” e da “metrópole industrial”. Na realidade, demonstra o autor, essas duas atividades econômicas compunham uma estrutura econômica muito mais complexa. Ver: SAES, Flávio. “São Paulo Republicana: vida econômica.” In: PORTA, Paula (org). História da Cidade de São Paulo – a cidade na primeira metade do século XX. São Paulo, Paz e Terra, 2004.

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A partir de meados dos anos 1930, está em marcha a conformação de

uma sociedade de massa no país. A capital paulista afirma-se como um dos

centros mais dinâmicos das transformações que, articuladas à crescente

urbanização e industrialização e à expansão dos meios de comunicação de

massa – a exemplo do rádio, da indústria fonográfica, do cinema e de outros

meios – reestruturariam a sociedade brasileira. Nesse contexto, apresenta-se

como paradigma do desenvolvimento nacional. Vale lembrar que, durante a

Primeira República, concepções ruralistas têm uma presença marcante na

enunciação do projeto nacional. Com a derrocada do modelo agrário-

exportador nos anos 1930, a ênfase desloca-se para a valorização da

sociedade urbana, plena de dinamismo, em detrimento de um Brasil agrário

“atrasado” material e culturalmente. A partir do Estado Novo, é fortalecida uma

concepção do país identificada com a urbanização. Na década de 1950, a

representação do urbano corresponde à hegemonia de um discurso que

articula modernização, nacionalismo e urbanização no âmbito do pensamento

do Estado brasileiro. A construção de Brasília, no final dessa década,

representa a síntese dessa visão.4

A Onda Dançante na Estética do Jazz

Já na década de 1920, em meio ao processo de metropolização em

curso na cidade, São Paulo é tomada por um fenômeno novo. Articulado à sua

incipiente indústria do lazer, intensificam-se amplamente a difusão da música e

a proliferação dos bailes, além de ambientes de dança. Aí a presença

proeminente do jazz mesclou-se ao clima efusivo do início do cosmopolitismo

paulista. Ao mesmo tempo, a moda organizou um mercado favorável para o

surgimento de inúmeras jazz-bands. A prática da dança embalada pelo som

desses grupos musicais celebrava, assim, a modernidade na metrópole

emergente.

Na realidade, São Paulo, ao ser conquistada pela voga dançante, era

engolfada por uma onda que emergiu nos anos 1910 e acentuou-se no pós-

4 Ver: DINIZ, Luís Lopes Filho & BESSA, Vagner de Carvalho. “Vocação e nacionalismo: as visões do urbano no pensamento do Estado Brasileiro (1930-1961)”. Espaço e Debates, São Paulo, Neru, Ano XI, N. º 34, 1991.

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guerra nos grandes centros dos EUA e da Europa. O fato, que reorganizou o

campo do entretenimento musical, articulou o sucesso de uma música à sua

capacidade de estimular a dança. É nesse cenário que o jazz, identificado

como a música popular dos Estados Unidos, conhece uma expansão

avassaladora e passa a influenciar toda a música ocidental. Nas décadas

seguintes, o swing, das big bands norte-americanas, recompondo traços da

linhagem jazzista, entraria definitivamente para a estética da música

comercializada em larga escala pela indústria do entretenimento.

O jazz sublinhou, assim, matizes do ritmo, da síncopa, dos elementos

melódicos e harmônicos e dos timbres que delinearam o repertório dessa

cultura musical. A fórmula mais duradoura gerada pela infiltração do jazz no

repertório da música dançante foi o foxtrote. Até o advento do rock-and-roll, em

meados dos anos 1950, o foxtrote referenciou a popularidade da música norte-

americana em todo o mundo. Tal musicalidade encarnou os signos da

modernidade simbolizada pelo êxito econômico e militar alcançado pelos EUA

após a Primeira Grande Guerra. Nesses termos, configurou-se a trilha sonora

do contexto histórico no qual a nação norte-americana emergia como modelo

de civilização do mundo moderno. O canto da sereia do mito americano, em

meio à onda dançante, foi embalado por essa estética musical.

As grandes orquestras, espécie de evolução das jazz bands, formaram-

se em meados dos anos 1930, conheceram seu apogeu nos anos da Segunda

Grande Guerra e entraram em declínio logo depois. Durante esse período,

influenciaram, em larga medida, a musicalidade e o repertório propagado

amplamente em todo o mundo ocidental. Mesmo a difusão de ritmos latinos, a

exemplo do bolero, do mambo e do samba, entre outros, que teve presença

marcante na construção desse repertório, foi timbrada pela influência dos

arranjos instrumentais que identificaram as big bands. Tal estampa musical deu

o tom da padronização da música popular intensamente comercializada na

época. Em São Paulo, a expansão de indústria do entretenimento favoreceu

um mercado promissor para as grandes orquestras. Diversos grupos por aqui

se formaram, atuando na animação dos bailes, nas boates, bem como nas

emissoras de rádio e, posteriormente, a partir dos anos 1950, na televisão.

Podemos citar, entre outras, as orquestras de Georges Henry, Osmar Milani,

Sylvio Mazuca, Luís Arruda Pais e Zezinho da TV.

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Se, nos EUA, o mercado das big bands decaiu logo após a guerra, entre

nós, ele ainda se manteve ao longo dos anos de 1950, perdendo espaço na

década de 1960. O advento de uma música mais intimista, a bossa nova, e do

rock-and-roll, com suas guitarras elétricas, prenunciou o desaparecimento

desses grupos musicais. Vale lembrar que a “instituição baile” manteve-se por

mais algumas décadas. Naqueles eventos de caráter “solene”, formaturas e

réveillon, entre outros, a presença das grandes orquestras cumpria as

formalidades da etiqueta. Na atualidade, os chamados “bailes da terceira

idade” ainda agregam grupos de músicos remanescentes das grandes

orquestras.

O Progresso como Espetáculo – O Quadrilátero do Glamour

Se o jazz, em sua roupagem foxtrote, escreveu o espírito da

modernidade na partitura de determinado repertório musical, os filmes de

Hollywood o traduziram nas telas dos cinemas. O advento do filme sonoro no

final da década de 1920, ao mesmo tempo em que corroborou para consolidar

o cinema como o entretenimento mais popular da primeira metade do século

XX, sintetizou em som e imagem o glamour com que se representava o

progresso do mundo moderno inspirado na americanização do pós-guerra.

Em 1929, o “filme falado” chega a São Paulo e passa a configurar uma

nova fase da indústria do entretenimento na cidade. Concomitante ao advento

do filme sonoro, inicia-se a construção de esplendorosas salas de exibição, os

chamados “palácios do cinema”, na capital paulista. Tais empreendimentos

irão, juntamente com os hotéis, restaurantes, comércio de luxo e outros

serviços, promover, ao longo da década de 1930, a configuração de uma nova

centralidade na metrópole, suplantando a região demarcada pelas ruas do

Triângulo (Rua São Bento, Rua XV de Novembro e Rua Direita).

O Triângulo foi palco privilegiado das práticas sociais que gravitaram em

torno do ideal cosmopolita, fomentado pelo processo de metropolização da

cidade nas primeiras décadas do século XX. No entanto, a partir da

inauguração do Novo Viaduto do Chá, em 1938, esse cenário deslocou-se em

direção à Rua Barão de Itapetininga e suas transversais. A ampliação do centro

assinalou, na fisionomia da metrópole, o lugar no qual a modernização

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ganhava uma dimensão espetacular. Expressão de um poder simbólico, esse

território delineia-se como ponto de convergência das representações que,

naquele momento, glamorizaram a invenção da São Paulo moderna.

O desenvolvimento da pesquisa

O primeiro capítulo desenvolve a análise da configuração de uma nova

centralidade da metrópole paulista. Nesse particular contexto histórico,

desenha-se o novo lugar de irradiação das representações da modernidade. A

relocação dos signos do moderno na fisionomia da metrópole emergente é

analisada como moldura de um discurso que afirma a invenção da cidade

moderna, celebrando o progresso como espetáculo. Trata-se de uma estratégia

do exercício do poder simbólico, das classes mais abastadas – aqui, tomamos

esse conceito na acepção que lhe confere Pierre Bourdieu5. Lembramos que,

para Bourdieu, a luta de classes perpassa o estilo de vida e implica a escolha

estética dos indivíduos. A nova territorialidade, identificada por nós como

“Quadrilátero do Glamour”, ao mesmo tempo em que é nomeada como ponto

de convergência da modernização em curso na cidade, será apropriada, pelos

segmentos enriquecidos, como cenário da teatralização dos signos da distinção

social.

Cabe assinalar que a identidade do Quadrilátero articulava-se a uma

série de dispositivos, voltados para o comércio de luxo e serviço da burguesia

paulistana. Mas, também como já mencionamos, destacou-se como endereço

das mais sofisticadas salas de cinema edificadas na capital, quando esse

entretenimento figurava entre os mais populares, ao lado dos bailes e do

futebol. Além disso, o lugar agregava sofisticados salões de dança, entre eles

os mais importantes, o salão do Hotel Esplanada e o do Hotel Excelsior.

Entrecruzam-se nesse território as diversas práticas que passaram a expressar

o estilo de vida pautado pelo ideal cosmopolita em voga. Nesse contexto,

explicita-se a singularidade de como esse processo iria retraduzir os

mecanismos de manutenção de uma sociedade marcada por profundas

desigualdades sociais. Aí, revelava-se a “moderna tradição brasileira”, para 5 BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Lisboa, Difel, 1989.

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evocarmos a análise crítica proposta por Renato Ortiz. Segundo Ortiz, a cultura

massiva em nossa sociedade ordenou-se sob o signo da distinção social. Para

ele, determinados setores da indústria da cultura popular de massa, nas

sociedades periféricas do capitalismo, são vistos como sinal de status, o que

freqüentemente se associa à própria noção de distinção.6

No segundo capítulo, elegemos alguns balizamentos temporais, como

embasamento de uma reflexão que pretende investigar a experiência de

modernidade articulada a música produzida pelas grandes orquestras. Grosso

modo, propomos dois momentos: meados dos anos de 1950 e início dos anos

de 1930. Em 1954, sublinhamos a simbologia da demonstração de uma

esquadra de aviões a jato dos EUA nos céus de São Paulo. Um ano depois

estreava nos cinemas da cidade o filme Sementes da Violência (Blackboard

Jungle, 1955), cuja trilha sonora era composta pelo rock-and-roll de Bill Haley &

His Comets. O filme prenuncia a difusão de uma nova estética musical e uma

nova modalidade de dança. Tomados como indícios do declínio da “era das

grandes orquestras”, os dois acontecimentos são aqui compreendidos como

indicativo de uma nova experiência de modernidade em conformação naquele

momento. Para tecermos as correspondências entre determinada estética

musical, ligada à música dançante, e o cinema, recortamos, no início do filme

sonoro, a estréia de Voando para o Rio – 1933 (Flying Down to Rio). Ainda nos

referindo a essa película da RKO, tal produção é aqui analisada no plano das

relações econômicas, políticas e culturais que se estabeleceram entre o Brasil

e os Estados Unidos no período entre-guerras.

O terceiro capítulo discute a presença do cinema na cidade de São

Paulo, em especial o advento da passagem do cinema mudo para o cinema

sonoro. A análise investiga a conformação de uma nova cultura musical. Tal

cultura irradia-se graças ao avanço da técnica, que irá transformar as salas de

cinema em um espaço cuja sedução articula-se à síntese de ver e ouvir.

Concomitante a esse momento, instala-se na capital paulista o primeiro

“palácio do cinema”, oferecendo à metrópole emergente um índice de distinção

e cosmopolitismo. No quarto capítulo, analisamos o foxtrote como figura

exemplar do glamour do mito norte-americano e de suas derivações na

6 ORTIZ, Renato. A Moderna Tradição Brasileira. Cultura Brasileira e Indústria Cultural. 5º. ed. São Paulo, Brasiliense, 2001.

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periferia do mundo ocidental. Aqui, também nos remetemos à expansão da

construção dos “palácios do cinema” na região que identificamos como

“Quadrilátero do Glamour”.

A estética musical das big bands e a difusão e influência de sua música

entre nós, sobretudo o culto de Glenn Miller, construído nos anos da Segunda

Guerra Mundial, é analisada no quinto capítulo. Finalmente, buscando

referências da história cultural do moderno no Brasil, não poderíamos deixar de

aludir, mesmo que de maneira sucinta, ao símbolo máximo da aspiração de

modernização no Brasil nesse período: a construção de Brasília.

O Jardim de Inverno do Restaurante Fasano. O restaurante, localizado na Av. Brigadeiro Tobias, era apresentado como centro de reunião da elegante sociedade paulistana, graças ao luxo e à distinção de seus jantares dançantes. Na foto, em primeiro plano aparece sua sofisticada pista de dança – “pista de cristal, iluminada, única na América do Sul.”

Fig. 03 Revista Sombra, Nov. Dez. 1952, n º 124, Ano XII, p. 74

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