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Atravé da realizaçã d swap, ada interveniente pode aproveitar a vantagem c mparativa da contraparte, tendo ace o a taxa de juro e d âmbio de outra forma inacessíveis.

contrat de swaps traduzem a apli ação da «lei da vantagem comparativa» ou da «teoria dos custos comparativos», de David Ricardo, à m demas práticas financeira .

Ricardo, partindo de um universo de doi paí es e de dois ben u tentou que cada paí devia e pecializar-se na pro­dução do bem nde obtivesse vantagem comparativa, mesmo no caso de um do paí e apresentar vantagem absoluta na produção de ambo .

Da me ma forma, num swap entre dois operadores, cada participante devercí recorrer ao mercado financeiro nde obtenha vantagem comparativa, mesmo no caso de um dos intervenientes possuir vantagem absoluta em todos os mercados.

Atravé do princípio da e pecialização e do aproveitamento das vantagens relativa dos operadores, os swaps contribuem para aumentar a eficiência e eficácia dos mercados financeiros. Ne te entido, Rui M . dos Santos e Helena Adegas destacam que 'os swaps têm a vantagem de arbitrar imperfeições dos mercados, contribuindo para a globalização dos mesmos e para a aproximação da condições de acesso por parte dos vários intervenientes' (54).

Aludindo à capacidade dos swaps de arbitrarem as imperfeiçõe dos mercados, Luis Diez Castro e Juan Mascarenas referem que o desenvolvimento deste produto ficou a dever­-se "ao grande número de diferenças estruturais e institucionais entre os vários mercados financeiros existentes" e5

).

Entre as diferenças que contribuiram para o desenvol­vimento do mercado de swaps destacamos, pela sua importância e consequências, as seguintes:

- Diferentes condições de acesso aos vários mercados monetários, financeiros e cambiais;

~) Cfr. R. SANTOS e H. ADEGAS, lnovaçõesfinanceíras, p. 46. ~5) L. DIEZ CASTRO e J MASCARENAS, Ingeneria financiera, p. 259.

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- Diferente condições de aces o às vana fontes de financiamento por parte dos diversos agentes;

- Diferentes c1assificaçõe de rating (56) dos agentes carecidos de liquidez;

- Diferentes estruturas das dívidas dos agentes; iferentes condições de aplicação dos excedentes de

liquidez; - Diferente exposição ao risco de flutuação das taxas de

JUro; - Diferente exposição ao risco de flutuação das taxas de

câmbio; - Diferentes expectativas quanto à evolução das taxas de

juro; - Diferentes expectativas quanto à evolução das taxas de

câmbio. Um operador terá interesse em realizar um swap sempre

que possua, ou julgue vir a possuir, uma vantagem comparativa, no âmbito de alguma da referidas diferenças .

Foi com vista ao aproveitamento das diferentes vantagens comparativas que surgiram os diversos tipos deswaps, divididos em dois grandes grupos: os swaps de taxa de juro e os swaps de taxa de câmbio. Por sua vez, cada um destes grupos subdivide­-se em vários tipos de swaps, visando aproveitar as diferentes vantagens relativas e combinando, em certos casos, características de diversas espécies de swaps.

2.4.1. - Os swaps de taxas de juro (interest rate swaps) consistem em acordos de troca de fluxos monetários, repre­sentativos do pagamento de quantias resultantes da aplicação de diferentes taxas de juro sobre um hipotético montante de capital (notional principal amount), numa mesma moeda, durante um período de tempo predeterminado. O intercâmbio do capital subjacente de referência não chega a ter lugar, existindo

(56) Sobre a noção de ralillg, cfr. supra nota 6.

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apena O pagamento da diferença entre a dua quantias de jur , apó a re pe tiva comp n açã .

Um swap de taxa de juro pode a umir a Cc rola de COI/pOli swap u de basis wap.

_.4 .1.1 . - Um COllpOtl swap, ou «swap de ta a de juro fixa versrlS ariável», t; um a ord de troca de flux monetários, repre entati o d pagamento de juro entre dua parte , pelo qual uma paga uma quantia c rre pondente a uma taxa dejuro fixa e outra uma quantia corre pondente a uma taxa de juro ariá el, bre me m montante de referência , numa mesma

moeda e por um me mo p ri do de tempo. A taxa de juro fixa é e tabelecida no mom nto da celebração d contrato e a taxa de juro variável ' indexada a uma determinada taxa de referência, normalmente a taxa de um mercado monetário interbancário. m ntante ubjacente de referência não chega a er trocado, liquidando-se a tran acção pelo pagamento da diferença entre as dua quantias de juro, após a re pectiva compen ação.

COUpOtl swap p de ser utilizado em operações de cobertura (hedgittg) do ri co de variação da taxa de juro ou em operações e peculativa .

2.4.1.1.1. - Na operações de cobertura , a utilização do COUPOtt swap vi a alterar, na prática, a e trutura das dívidas dos agente e proteger o vário elemento contabilísticos de eventuais o cilaçõe adversa .

Uma empre a que apresente, no activo, créditos a taxas de juro fixa e, no pas ivo, débitos a taxas de juro flutuantes está expo ta ao risco de subida das taxas de juro, uma vez que continuará a receber, após uma eventual subida das taxas de juro, os mesmos montantes re ultante da aplicação da taxa de juro fixa aos eu crédito e deverá pagar uma quantia uperior re ultante da aplicação de uma taxa de juro variável, mais alta, aos seus débito. Através da realização de um COUpOtl swap, no qual assuma uma po ição inversa à detida no mercado real,

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pro edcndo ao pagamento dejuros a taxa fixa e ao recebimento de jur a taxa variável, esta empresa conseguir-se-á imunizar qu nto à eventuais oscilações das taxas de juro, uma vez que as perda ocorrida com a ubida da taxa de juro aplicáveis aos seu débitos serão compen adas pelos ganhos no mercado de slvaps. e é certo que, desta forma, a empresa consegue proteger-se contra uma eventual ubida das taxas de juro, também é verdade que deixa de beneficiar de uma eventual de cida, uma vez que os ganhos no mercado real serão neutralizados pela perdas no mercado de swaps.

Da mesma forma , uma empresa que apresente, no activo, crédito a taxas de juro variávei e, no passivo, débitos a taxas de juro fixas está exposta ao risco de descida das taxas de juro, uma vez que irá receber, após uma eventual descida das taxas de juro, uma quantia menor resultante da aplicação da taxa de juro variável, mais baixa, aos seus créditos e deverá continuar a pagar a mesma quantia re ultante da aplicação de uma taxa de juro fixa aos seus débitos. Através da realização de um coupon swap, no qual assuma uma posição inversa à detida no mercado real , procedendo ao pagamento de juros a taxa variável e ao recebimento de juros a taxa fixa, esta empresa conseguir-se-á imunizar quanto às eventuais oscilações das taxas de juro, uma vez que as perdas ocorridas com a descida das taxas de juro aplicáveis aos seus créditos serão compensadas pelos ganhos no mercado de swaps. Se é certo que, desta forma, a empresa consegue proteger-se contra uma eventual descida das taxas de juro, também é verdade que deixa de beneficiar de uma eventual subida, uma vez que os ganhos no mercado real serão neutralizados pelas perdas no mercado de swaps.

2.4.1.1.2. - Nas operações de especulação, a utilização do coupon swap visa aumentar deliberadamente a exposição às variações das taxas de juro.

Se um operador financeiro estiver convicto de uma determinada evolução das taxas de juro reais, deverá assumir

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uma p içã c ndizente no mercado de swaps. Quando preveja uma ubida das ta a de juro, d v rá realizar um swap pelo qual pague juro a taxa fixa e rec ba juro a taxa variável; e, pel contrário, a pr i ão ap ntar para a descida da taxas de

juro, d verá realizar um swap pel qual pague juros a taxa variá el e receba juro a taxa fixa . Ca o a previsão e venha a mo trar a ertada, o e peculador terá ganho, ma, e a previsão for incorrecta , pode in orrer em avultada perda .

mecani m e peculativo p dem er utilizados por participante que tenham uma e trutura coincidente de activos e p ivo e qu iram aumentar, deliberadamente, o grau de exposição à variaç - e da taxas de juro, ou por puros e peculadore que joguem numa determinada tendência do mercado em qualquer suporte numa operação real, realizando a denominada «operações a de coberto».

Na «operaçõe a de coberto», a potencialidades de lucros e preJulzo ão muito mai acentuadas, uma vez que não implicam a a unção de uma po ição no mercado real e o con equente di pêndio de moeda , ba tando, apenas, a movimentação da margen envolvida no swaps. Verifica-se, aqui, um efeito emelhante à referida «caixa de re sonância» dos futuros (57).

2.4.1.2. - Umbasis swap, ou «swap de taxa dejuro variável versus variável», é um acordo de troca de fluxos monetários, repre entativo do pagamento de juros entre duas partes, pelo qual uma paga uma quantia correspondente a uma determinada taxa dejuro variável e outra uma quantia correspondente a uma outra taxa de juro também variável, sobre o mesmo montante de referência, numa me ma moeda e por um mesmo período de tempo. As dua taxa de juro variáveis são indexadas, no momento da celebração do contrato, a diferentes taxas de referência, normalmente taxas de diferentes mercados

(57) Cfr. supra Capítulo 2.2.7 ..

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monetários interbancários. montante subjacente de referência não chega a ser trocado, liquidando-se a transacção pelo pagamento da diferença entre as duas quantias de juros, após a respectiva compensação.

Num basis swap, cada operador apresenta créditos pelos quais recebe a uma taxa de juro flutuante e débitos pelos quais paga a uma taxa de juro também flutuante, mas indexada a uma taxa de referência diferente.

Uma vez que as taxas credoras e devedoras são indexadas a diferentes taxas de referência, as partes estão sujeitas ao risco de uma evolução não coincidente das taxas de referência . Este risco é designado por risco de base (basis risk) e o objectivo do basis swap consiste na redução ou no aumento do grau de exposição ao referido risco, conforme a finalidade das partes eja a cobertura ou a especulação.

2.4.1.2.1. - Nas operações de cobertura, os agentes visam imunizar-se contra as oscilações adversas das taxas de referên­cia, assumindo uma posição que lhes permita efectuar pa­gamentos, no mercado de swaps, à taxa pela qual têm recebimentos, no mercado real, e obter recebimentos, no mercado de swaps, à taxa pela qual efectuam pagamentos, no mercado real.

2.4.1 .2.2. - Nas manobras especulativas, os contra entes de um basis swap visam assumir posições condizentes com as ex­pectativas de evolução das taxas de referência, comprometen­do-se a realizar pagamentos de juros à taxa que prevêem que desça e recebimentos de juros à taxa que prevêem que suba.

2.4 .2. - Umswap de taxa de câmbio (currency swap) é uma transacção financeira na qual uma das partes entrega um certo montante de capital, numa determinada divisa, recebendo da contra parte o contravalor noutra divisa, acordando os contraentes inverter a transacção, numa data futura predeterminada, pela mesma taxa de câmbio ou por uma taxa de câmbio diferente da

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ini ial, e tabele ida n m mento da celebraçã d c ntrato. A in e ã da p i ã ini ial pode er r alizada, de uma ó vez, numa data futura c rdada, ou feita, peri di amente, por pre ta - e regulare predeterminada .

A ntrári d swaps de taxa de jur , s swaps cambiais nvol em diferent moedas impli am a tro a re I do apitai

tran a ionad nã fimci nando e te c mo simple m ntantes ubjacente de referên ia.

swaps ambiai dividem-se em swaps imples iforeign exchatlge swaps) e em sl/laps de taxa de câmbi / taxa de juro (cross-wrrwc)' inferest rate swaps); por ua vez, e te últimos ub­di idem- e em «sl/Japs de taxa de câmbio/taxa dejuro fixa versus fixa», «swap de taxa de câmbio/ taxa dej ur fixaverms variável» e (swaps de ta. a de câmbio/taxa dejur variável versus variável».

2.4.2.1. - Num swap imple iforeign exchallge sUlap) , um do contraente entrega um certo montante de capital, numa detemúnada divi a, recebendo da contraparte o contravalor noutra divi a, acordando inverter a tran acção no futuro. Na data futura e tabele ida , cada parte comprará à contraparte a moeda que inicialmente lhe vendeu e vender-Ihe-á a moeda que inicialmente lhe comprou, não havendo , no entanto, coincidência entre os doi fluxo monetário, devido à aplicação de diferente taxa de câmbio.

A taxa de câmbio inicial difere da taxa acordada para a operação futura, por força da diversas expectativas quanto à evolução das taxa de câmbio e da diferentes taxas de juro, aplicávei à dua moeda para o período em questão .

Atravé de um sL/lap simples, cada contraente deixa de dispor de uma detem'Únada moeda e pas a a dispor de uma moeda diferente da pos uida inicialmente, durante o período de duração do contrato. Ne e período de tempo, cada con­traente deixa de auferir o juro decorrente da aplicação da taxa de juro da moeda que entregou e passa a auferir o juro de­corrente da aplicação da taxa de juro da moeda que recebeu .

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e a taxa dejuro da moeda de que temporariamente passa a di p r fê r uperior à taxa de juro da moeda que deixou de di por, terá que entregar à contraparte um montante superior, em termo relativo, ao recebido inicialmente, para compensar

facto de a outra parte ter p ssuido , temporariamente, uma moeda com taxa de juro inferior.

e, pelo contrário, a taxa de juro da moeda de que temporariamente pa a a di por for inferior à taxa de juro da moeda que deixou de dispor, entregará à contraparte um montante inferior, em termos relativos, ao recebido inicialmente, para compen ar o facto de a outra parte ter possuido, tem­porariamente, uma moeda c m uma taxa de juro superior.

esta forma, a taxa de câmbio futura depende da taxa de câmbio actual e da diferença entre as taxas de juro das duas moedas para o período de tempo em questão .

Os swaps simples podem ser utilizados em operações de cobertura do ri co de variação das taxas de câmbio ou em manobras especulativa. As primeiras vi am adequar, na prática, a estrutura dos balaços do intervenientes e as segunda aumentar deliberadamente a exposição ao risco de variação das taxas de câmbio.

2.4.2.1.1. - Quando um agente apresenta créditos numa clivi a e débitos numa divisa diferente, está sujeito ao risco de variação da taxa de câmbio. Se a moeda na qual possui créditos e apreciar face à moeda na qual regista débitos, obterá um

ganho cambial; pelo contrário, se a moeda na qual possui créditos se depreciar face à moeda na qual regista débitos, incorrerá numa perda cambial.

Para se imunizar da variações adversas, o agente deverá assumir, no mercado de swaps cambiais, uma posição final inversa da apresentada no balanço . Assim, aquando da celebração do contrato, comprará no mercado de swaps a divisa que possua no activo e venderá no mercado de swaps a divisa que registe no passivo . Através dos mecani mos do

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CAPÍTULO 3

BALANÇO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO

3.1. A desconexão entre a "economia de papel" e a economia real

A «revolução financeira» e o aparecimento de novos «produtos financeiros» constituiram, desde o início, uma fonte de fortes polémicas entre defen ores e detractores deste processo de inovação.

Ainda antes do big bang, James Tobin já alertava, numa conferência realizada em 1984, para o desperdício cada vez maior de recursos em actividades financeiras geradoras de recompensas privadas elevadas desproporcionadas em relação à ua produtividade social. O prémio Nobel da Economia de

1981 acrescentou que "o enorme poder do computador estava a ser subjugado a uma «economia de papel», não para realizar as mesmas transacções de forma mais económica, mas para empolar a quantidade e variedade de trocas financeiras" (69) .

Tobin interroga-se sobre a eficiência do aumento das oportunidades de especulação e arbitragem derivadas da di ver ificação e do crescimento do número de «produtos financeiros»; colocando a questão na perspectiva dos EUA, Tobin referiu que este país não estava em condições de suportar as despesas com todos os mercados idealizados pelos novos magos das finanças .

(6~ efr. M . PROWSE, «Financial deregulation - The perus of innovation», p. 25 . Neste artigo, publicado no Financial Times de 10 de Dezembro de 1986, Prowse cita frequentemente as palavras proferidas por James Tobin, numa conferência ocorrida em 1984.

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A piniõe expr a por T bin a sumem um carácter pr fetic e ante ipam algun tópico da p lémica que se inten ifi aria apó a ri e b I i ta de utubro de 1987, nomeadamente a Cc cagem no probl ma da dis repância entre a recompen a privada e a produtividad ocial do novo in trumento finan eiros e da de con xão entre a "economia de papel" e a econ mia real.

N citado artig , publicado no Finallcial Ti/llesde 10/12/ / 6, o autor faz uma curiosa comparaçã entre a inovação indu trial e a inovação finan eira alientando a divergências e a e pecificidade de amba . Enquanto a inovação industrial é encarada como fonte de diversificação, de simplificação de proces o de fabrico de diminuição dos custos de produção, de inten ificação da concorrência, de redução das margens de comercialização, de aumento da oferta de produtos e factor amplificad r de eficiência , a inovação financeira é ob ervada como fonte de e tabilizadora da economia e factor redutor da eficiência. E ta conclu ão é um aparente contra-senso, uma vez que o encadeamento de ideia que formam o raciocínio aprovador da inovação indu trial pode aplicar-se, do mesmo modo, à inovação financeira . Com efeito, a inovação finan­ceira é também uma fonte de diversificação, de simplificação de método de gestão e de financiamento, de diminuição dos cu to financeiro, de acentuação da concorrência, de redução das margens de intermediação e de aumento da oferta de «produto financeiro ». Será necessário procurar uma explicação para a diferença de conclusões com ba e em pressupostos idênticos.

A olução para e te enigma parece residir na diferente natureza das realidade subjacentes a cada processo de inovação. Enquanto na inovação industrial encontramos o mercado real de produtos, na inovação financeira deparamos, utilizando a expre ão de Tobin, com a "economia de pa peI". Estas diferenças reforçam o sentimento de desconexão entre a esfera real e a esfera financeira da economia.

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o período de prosperidade económica vivido após a II Grande Guerra assentou num aumento da produção e do crescimento do comércio internacional, em grande parte devido à assinatura do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT, em 1947, por 22 países, com o objectivo de fomentar o comércio livre e de reduzir o proteccionismo, típico dos anos 30. O GATT firmou-se numa tentativa de eliminação de quotas e numa redução dos impostos aduaneiros, através da realização de uma série de rounds de negociação entre os representantes dos vários países membros.

Para os defensores do GATT, a criação do comércio livre conduziu a um rápido crescimento do comércio mundial, o qual desencadeou um crescimento da produção, um aumento da concorrência e uma melhoria da eficiência. Os dados estatísticos referentes aos anos 50, 60 e 70 revelam-nos o forte crescimento do comércio mundial; com efeito, assistimos a um crescimento médio anual do comércio mundial de 5,9%, nos anos 50, de 8,5%, nos anos 60 e de 6,4%, nos anos 70.

A descida, nos anos 70, da taxa de crescimento médio anual do comércio internacional, é reveladora do período de recessão vivido nessa década e prepara a grande quebra, ocorrida no início da década de 80, quando a referida taxa baixou para 2,3% CO). No final dos anos 70 e início dos anos 80, assistimos a um renascer do proteccionismo, com as habituais atribuições de quotas, a aplicação de impostos aduaneiros, de controlos de importação e de restrições não pautais.

A liberalização internacional do comércio de mercadorias, vivida no após-guerra, não foi acompanhada por uma correspectiva liberalização dos mercados financeiros . Antes pelo contrário, assistimos a um incremento do controlo financeiro e a um acréscimo das preocupações com os problemas da segurança e da estabilidade do sistema financeiro . Estas

r~ Dados recolhidos em R. PENNANT -REA & B . EMMOIT, Dicionário de Economia, p. 58.

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pre upaç- e traduziram- e na adopçã de medida d con­tr I ambial na re triç - e à m vim ntaçã interna ional de (apitai, na imp içã de limite qu ntitativo e qualitativo ao re ciment do cr' dü ,n tabelecimento adrnini trativo da

taxa de jur na pr liferaçã de um apertada malha regulamentad ra, n mead m nte atravé duma eparação rígida da funç - atribuida às vária in tituiçõ intervenientes n mercad finan eir. ubja ente a e te movimento está a ideia de que a liberalização do comércio internacional de mercadoria e erviç pode não r ompatível com a liberalizaçã d mer ado financeiro ; c m efeito, o aumento do comér io internacional requer confiança p r parte dos agentes ec n ' mic ,egurança na tran acçõe e previ ibilidad quanto a taxa de câmbi , de juro e da norma regulamentadoras da actividade ec n ' mica .

cre cimento d comércio internacional, no após­-guerra, urge a ociado a uma forte regulamentação financeira, propiciadora do referido valore da egurança, confiança e previ ibilidade na actividade económica.

Em 1944, repre entantes de 45 paí es assinaram em Bretton W ods, New Hamp hire, EUA, o tratado que in tituiu o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial e que regulou o i tema monetário internacional até 1971. O Acordo de Bretton ~-ood estabeleceu as norn1a do i tema internacional de liquidez e de gestão da taxa de câmbio aplicávei a todos os estados signa­tário .

O Acordo de Bretton Woods e o GATT constituiram as dua traves me tras do comércio internacional do após-guerra, o primeiro com uma vertente interventora e regulamentadora da actividade financeira e o segundo com uma vertente liberalizadora e de regulamentadora do mercado internacional de produto. À primeira vista, deparamos com dois movimentos de entidos oposto; mas, após uma análi e mais profunda, podemos con iderá-Io complementare .

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om efeito, o Acordo de Bretton Woods incutiu regras de funcionamento ao comércio internacional, proporcionando­- lhe valores da segurança, da certeza e da previ ibilidade, indi pensáveis ao desenvolvimento e crescimento das transacções entre os vários estados. referido acordo desenhou, cm 1944, o quadr institucional e regulamentar preparatório da elaboração do GATT, em 1947. Verificamos que um tratado inter­vencioni ta de regulamentação cambial e monetária serviu de factor propiciador das medidas liberalizadoras e des­regulamentadoras inseridas no A TT.

E ta constatação pode conduzir à formulação da hipótese de que uma época de liberalização e desregulamentação na esfera real da economia exige um intervencionismo e uma regulamentação na esfera financ~ira .

Vamos testar e ta hipótese, invertendo a sequência dos dado , indagando se uma época de intervencionismo e regulamentação na esfera real será acompanhada por um movimento de liberalização e de desregulamentação da esfera financeira .

Em Agosto de 1971, Richard Nixon põe em causa os Acordos de Bretton W oods ao desvalorizar o dólar face ao ouro, cotando-o a 38 dólares a onça e destruindo a anterior paridade de 35 dólares a onça. Esta situação gera uma enorme instabilidade cambial e graves problemas na condução da política monetária, não apenas nos EUA, mas na generalidade dos países, principalmente nos mais industrializados.

Em Dezembro de 1971, estes países tentaram ultrapassar o impasse , estabelecendo uma nova tabela de paridade das taxas de câmbio, através do Acordo Smithsoniano. Este acordo constituiu uma tentativa de realinhamento do valor das moedas e representou a última fa e da taxas de câmbio fixas , estabelecidas no Acordo de Bretton Woods .

Porém, o Acordo Smithsoniano não atingiu os seus objectivos e a principais divi a passaram a flutuar, entrando­-se numa época de grande volatilidade das taxa de câmbio.

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fim d A rd de Bretton W od e ln u A ord miths ni n marcam termo de uma era de

tabilidade cambial e de regulamentaçã da a tividade monetária e o início de uma fa e de instabilidade ambia l e de

de regulamenta - . Perante a incapacidade da autoridade e taduais de

e tabilizarem o mercad cambiai, monetários e financeiro, o agentes económico privados pa saram a recorrer a novos in trumento financeiro, como as opções, os futuros, os fonvards e o swaps, de forma a alva guardarem as suas actividades particulare . Podemo ob ervar os novos in trumentos como uma forma de aut -organização do agente económicos face à ineficácia e a de agregação do mecani mo tradicionais de controlo da política económica.

O proce o de de regulamentação, iniciado em meados dos ano 70 e de envolvido na década de 80, não tem por base a iniciativa da autoridade económicas, mas antes a necessidade de estas e adaptarem ao dinamismo criador dos agentes privados. Tal situação significa uma demi ão, pelo estado, de controlar a política monetária e cambial e uma liberalização das actividade financeiras, de conhecida no período do após­

-guerra. Só que esta liberalização e desregulamentação da esfera

financeira da economia não foi acompanhada por uma de regulamentação e liberalização da esfera real. Os dados já referido , referentes ao comércio mundial, apontam para um abrandamento do cre cimento do comércio internacional na década de 70 e no início dos anos 80. Muito países adoptaram medidas proteccionistas, impondo quotas, impostos aduaneiros e restrições não pautais às importações de outros países.

Parece, assim, confirmada a hipótese de que mercados cambiai, monetários e financeiros desregulamentados, liberalizado e competitivos, não são compatíveis com mercados reais de mercadorias e serviços também desregulamentados, liberalizados e competitivos.

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Podemo verificar a existência de duas Cc rças de sentido posto que se equilibram e neutralizam. Numa fa e de

liberalizaçã e de regulamentação na esfera real da economia, deparamo com uma tendência de intervencionismo e regulamentação na esfera financeira, ao passo que, numa época d liberalização e desreguhmentação na esfera financeira, deparamos com uma tendência de intervencionismo e regulamentação na esfera real. Como que existe o receio de que uma liberalização imultânea das duas esferas gere instabilidade ou de que uma regulamentação de ambas crie recessão .

A mobilidade internacional de capitais, a desregula­mentação e a inovação financeira acarretam graves problemas para a condução da política monetária. Estes problemas fazem-se entir, com particular intensidade, nos países onde o processo de inovação se iniciou e desenvolveu mais rapi­damente e com maior pujança, caso do Reino Unido e dos EUA. As autoridades monetárias destes países conhecem dificuldade crescentes em controlar os vários agregados monetários C1

).

(I') De acordo com a classificação proposta por R . PENNANT -REA &

B. EMMOTT, Dicionário de Eco/lomia, pp. 198 e 199, podemos distinguir, no Reino Unido e nos EUA, os seguintes agregados monetários:

- No Reino Unido: M O = notas e moedas em circulação + dinheiro nas caixas dos bancos

+ saldos operacionais dos bancos com o Banco de Inglaterra; M 1 = notas e moedas em circulação + depósitos à ordem em libras

e terhnas possuídos pelo sector pnvado; M 3 = M 1 + depósitos a prazo em libras esterlinas do sector privado

britânico + todos os depósitos em libras esterlinas do sector públtco britânico + depósitos em moeda estrangeira de todos os residentes em Inglaterra.

PSL 2 (Private Sector Liquidity) = notas e moedas em circulação + todos os depósitos em libras esterlinas + instrumentos do mercado monetário + contas de acções e depósitos de sociedades de crédito habitação + títulos de poupança nacionais.

- Nos EUA:

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Jornadas Monetárias., organizadas pela SIEMCA - Sociedade Mediadora de apitais, S.A., Lisboa, 27 de Abril de 1990, pp. 7 (texto cedido pela orgaruzação das Jornadas) .

RAMALHEIRA, Alberto, ~O mercado de capitais e o desenvolvimento económico», Rcvista da Banca, n.o 9,Janeiro/Março 1989, pp. 5-22.

RAMOS, Pedro Nogueira, Limites de crédito - Avaliação de uma po[(tica, Separata do Boletim de Ciências Económicas, vol. XXXIII, Coimbra, Faculdade de Direito, 1990, pp. 57.

RAYMOND, Robert, ~La conduite d'une politique monétalre nationale au sein d'une zone monétaire», Cahiers Économiques el Monétaires de la Banque de Francc, n.O 37, 1990, também publicado em Problemes Écotlomiques, n.o 2216,13 de Março de 1991 , pp 1-10.

RA YMOND, Robert, ~La régulation monétaire par les tau x d'intérêt dans les principaux pays: justification et portée», Revue d' Économie Financiere, n.o 1, Junho 1987, também publicado em Problemes Économiques, n. ° 2043, 7 de Outubro de 1987, pp. 15-21.

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