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Número 2135 - Fevereiro 2017 - Ano 89 Versão digital: www.idefran.com.br Novamente em Franca, Divaldo Pereira Franco, desta vez exclusivamente para ministrar seminário Sistema prisional em crise No dia 4 do próximo mês de março, com promoção do Idefran, estará entre nós o expoente do Espiritis- mo no Brasil e no mundo, o médium e orador espíri- ta Divaldo Pereira Franco, agora exclusivamente para ministrar seminário so- bre o tema “A Felicidade é Possível?”, no CECAP – Centro Esportivo, Cultu- ral e Artístico Pestalozzi, Um apelo aos companheiros empenhados na divulgação da Doutrina Espírita às 18h, com os portões aber- tos às 15h e entrada pela Rua Afonso Pena. Inscrições e informações: Idefran, Rua Major Claudia- no 2185, telefone: (16) 3721- 8282, www.idefran.com.br - [email protected], valor R$ 35,00, com direito a um exemplar do livro de autoria do espírito Joanna de Ângelis, psicografia do Di- valdo, “Seja Feliz Hoje”. Veja na página 8 os livros que serão distribuídos no próximo mês. Abaixo, os livros que circulam neste mês Clube do Livro Espírita do Idefran Estimados leitores de A Nova Era e ouvintes do Se- menteira Cristã, vocês, por certo, leram o nosso editorial desta edição que, com tris- Página 2 Página 5 teza, expõe a situação que enfrentamos como efeito da crise geral que assola nosso País.

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Número 2135 - Fevereiro 2017 - Ano 89Versão digital: www.idefran.com.br

Novamente em Franca, Divaldo Pereira Franco, desta vez exclusivamente para ministrar seminário

Sistema prisional em crise

No dia 4 do próximo mês de março, com promoção do Idefran, estará entre nós o expoente do Espiritis-mo no Brasil e no mundo, o médium e orador espíri-ta Divaldo Pereira Franco, agora exclusivamente para ministrar seminário so-bre o tema “A Felicidade é Possível?”, no CECAP – Centro Esportivo, Cultu-ral e Artístico Pestalozzi,

Um apelo aos companheiros empenhados na divulgação da Doutrina Espírita

às 18h, com os portões aber-tos às 15h e entrada pela Rua Afonso Pena.

Inscrições e informações: Idefran, Rua Major Claudia-no 2185, telefone: (16) 3721-8282, www.idefran.com.br - [email protected], valor R$ 35,00, com direito a um exemplar do livro de autoria do espírito Joanna de Ângelis, psicografia do Di-valdo, “Seja Feliz Hoje”.

Veja na página 8 os livros que serão distribuídos no próximo mês.

Abaixo, os livros que circulam neste mêsClube do Livro Espírita do Idefran

Estimados leitores de A Nova Era e ouvintes do Se-menteira Cristã, vocês, por certo, leram o nosso editorial desta edição que, com tris- Página 2

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teza, expõe a situação que enfrentamos como efeito da crise geral que assola nosso País.

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Pág. 02 A Nova Era - Fevereiro 2017

EditorialNós e o jornal A Nova Era

Um apelo aos companheiros que se empenham na

divulgação do Espiritismo

O título deste editorial nos suscita atenção especial para o que temos a ver com o jornal A Nova Era.

Na verdade, nós, os diretores do Idefran (instituição responsável pela editoração) e da Fundação Espíri-ta Allan Kardec (que detém a pro-priedade do periódico), os editores, os articulistas, os colaboradores, os leitores, e demais companheiros en-volvidos na produção do mensário, tanto quanto na irradiação semanal do programa “Sementeira Cristã” (uma hora de duração, pelos 920 kHz, AM, da Rádio Imperador, de Franca), desde há muito vimos nos esforçando para fazer a nossa parte no que tange a sustentação dos cus-tos requeridos.

É que a realização de um jornal e um programa radiofônico de for-mas e conteúdos como estes que já alcançaram sua maioridade (quase nonagenário e sexagenário), requer um custo um tanto elevado que, entre outras despesas próprias das atividades do Idefran, entidade que não visa lucro, até que, com recursos advindos de publicidade e algumas contribuições, diga-se sempre insu-ficientes, vinha sendo administra-do, conquanto dificultosamente, até aqui, quando, infelizmente, a crise que assola o País, passou a afetar se-riamente a estrutura financeira man-tenedora dos canais de divulgação.

De tal situação, contrariando a nossa vontade, resulta não somente a redução, a partir deste mês, do vo-

Estimados leitores de A Nova Era e ouvintes do Sementeira Cristã. Vocês, por certo, leram o nosso editorial desta edição que, com triste-za, expõe a situação que enfrentamos como efeito da crise geral que assola nosso País. É por isso que rogamos aos estimados companhei-ros nos contemplem com alguma contribuição voluntária e espontânea, somando, com certeza, algum valor capaz de garantir a continuação de tais canais que se empenham na divulgação da Doutrina que ilumina consciências, revivescendo o Evangelho de Jesus.

Se você pode nos ajudar, efetue seu depósito de qualquer va-lor no banco 756 (Sicoob), agência 4321, conta 2002511-4, CNPJ 51.796.035/0001-10, ou ligue 16, 3721-8282, solicitando envio de bo-leto.

De nossa parte, cumpre-nos antecipar os mais sinceros agradeci-mentos pelo quanto representará sua contribuição para garantir que um jornal e um programa radiofônico espíritas continuem cumprindo tam-bém sua sublimada tarefa de consolarem porque esclarecem.

lume do periódico que, de 16 pági-nas passa a circular com apenas 12, como também impõe supliquemos que os prezados leitores e ouvintes de boa vontade ombreiem conosco nesse esforço conjunto de tornar o mundo melhor.

Não sendo justo que cobremos assinatura do jornal, posto que gran-de parte de sua tiragem é distribuída juntamente com os livros destinados aos associados do Clube do Livro Espírita do Idefran, espalhados por todo o País, só nos resta solicitar dos estimados leitores de A Nova Era, assim como dos ouvintes do Semen-teira Cristã, nos contemplem com alguma contribuição voluntária e espontânea, somando, com certeza, algum valor capaz de garantir a con-tinuação de tais canais que se empe-nham na divulgação da Doutrina que ilumina consciências, revivescendo o Evangelho de Jesus.

Assim, se você pode nos ajudar, que o faça, efetuando seu depósito de qualquer valor no banco 756 (Si-coob), agência 4321, conta 2002511-4, CNPJ 51.796.035/0001-10, ou ligue 16, 3721-8282, solicitando en-vio de boleto.

De nossa parte, cumpre-nos an-tecipar os mais sinceros agradeci-mentos pelo quanto representará sua contribuição para garantir que um jornal e um programa radiofônico espíritas continuem cumprindo tam-bém sua sublimada tarefa de conso-larem porque esclarecem.

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Pág. 03A Nova Era - Fevereiro 2017

A prece: uma transmissão de pensamentoO Evangelho segundo o Espiritismo

Eurípedes B. Carvalho

Muito se pode falar sobre os vá-rios aspectos da prece, tal a sua im-portância. A prece é uma súplica, uma invocação, encerrando um pedido, um agradecimento ou uma louvação. Ela se realiza pela transmissão de pensamentos entre duas ou mais pes-soas, encarnadas ou desencarnadas. Nesse sentido, para fazê-la, tornam-

-se dispensáveis a palavra oral, o lu-gar, o horário e a presença de pessoas ou objetos.

Pode-se orar em qualquer lugar. O pensamento é livre e independen-te daqueles fatores. As coisas exter-nas só dificultam o recolhimento e a concentração. A Doutrina Espírita, pela incomparável didática de seu codificador, deixa bem claro, para aquele que se interessa pelo assun-to, o modus operandi da prece. Esta-mos todos mergulhados num oceano de fluidos - elemento que preenche o universo. Quando emitimos um pensamento, esse fluido recebe a sua impulsão. A intensidade dessa impul-são é proporcional à força de vontade (energia) com a qual emitimos esse pensamento. O fluido universal é o veículo transmissor do pensamento assim como o ar o é do som. A dife-rença é que o raio de ação do som é circunscrito e o do pensamento vai ao infinito. Ou seja, podemos emitir um pensamento a uma pequena distância como a qualquer lugar do Universo. Para ele não há barreiras. Podemos estabelecer essa conexão de encarna-do para encarnado (telepatia), como de encarnado para desencarnado e vice-versa. Ao pensarmos em alguém distante ou perto e havendo a recep-ção, cria-se de imediato uma corrente fluídica entre o emissor e o receptor.

Está formado o canal pelo qual enca-minharemos nossa prece. “É assim que os espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si; que nos transmitem suas inspirações; que relações se estabelecem à distân-cia entre encarnados”. (ESE: XXVII, 10).

Está aí, em resumo, um esclareci-mento sobre o mecanismo da prece, principalmente para aqueles que ain-da duvidam de sua ação e eficácia, observando-a apenas como um hábito místico de pessoas crédulas.

A oração sempre é direcionada para alguém, é obvio. O que se deve ressaltar é que ela está submetida a uma hierarquia moral. Quando diri-gida a Deus, ela é interceptada por Espíritos superiores que as reportam ao Pai. Quando dirigida a outros es-píritos, fazem-na recorrendo a inter-mediários ou intercessores, que por sua vez a submetem à Vontade Di-vina. Enfim, todas as nossas orações e preces estão subordinadas às Leis de Deus, ao arbítrio do Criador. Os efeitos da prece podem ser resumidos

em: 1) na presença dos bons Espíritos na nossa vida; 2) na força moral que adquirimos pela fé; 3) no afastamento de si dos males que atrairia pela invi-gilância em nossa conduta diária ou pelas faltas que cometemos. A esse respeito, Kardec em seus comen-tários, propõe-nos a divisão desses males em dois grupos: 1) aqueles que são inevitáveis em nossa existência; 2) aqueles que se referem às tribula-ções das quais somos os grandes res-ponsáveis, geralmente ligados à nossa incúria ou excessos. Ora, é certo que os males do segundo grupo superam em muito os primeiros. São da atual existência grande parte de nossas afli-

ções. Um comportamento pautado na sabedoria e prudência nos tornaria a vida mais sorridente, mais tranquila e sem maiores obstáculos. Nada poden-do fazer com relação aos primeiros, grande seria o alívio ao ficar livre dos segundos. A prece, por fim, não nos afasta dos compromissos assumidos, não elimina a dor e o sofrimento ad-vindos dos nossos erros, mas desvia--nos dos maus pensamentos, dá-nos força e coragem para vencer os obstá-culos, fortalece nossa fé e enche-nos de esperança e, isso, em nada obsta a vontade de Deus ou contraria o curso normal de suas Leis.

Renegar a prece é renunciar à bon-dade Divina, é dispensar a presença de Deus na vida, é abrir mão do grande benefício que ela pode proporcionar. A prece em grupo adquire um maior potencial de força e abrangência, des-de que todos os que oram mantenham homogeneidade de pensamentos e busquem o mesmo objetivo.

“A prece é um veículo dos flui-dos espirituais mais poderosos, e são como um bálsamo salutar para as feridas da alma e do corpo. Atrai todos os seres para Deus e, de certo modo, faz a alma sair da letargia em se acha mergulhada, quando esquece os deveres para com o Criador. Dita com fé, provoca em quem a ouve o desejo de imitar os que oram, porque o exemplo e a palavra também levam fluidos magnéticos de grande força”. (Revista Espírita, fev.,1866: “O Nau-frágio de Borysthène”.)

A Doutrina Espírita (...) deixa bem claro, para aquele que se interessa pelo assunto, o modus

operandi da prece

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Muito se fala, e com razão, nas li-des espíritas como um todo, a respei-to da obsessão. Sem dúvida alguma, trata-se de um assunto da mais alta gravidade e importância, que requer nossa atenção constante, principal-mente se levarmos em conta suas possíveis e graves consequências. No campo da saúde, tais consequên-cias se fazem notar através das mais variadas formas de doenças, do cor-po e da alma, que, não raro, levam

muitos de nós à beira da morte.Antes de falarmos em possíveis

formas de tratamento, urge atentar-mos o diagnóstico que, quanto mais preciso for, mais contribuirá para a eficácia da conduta. E, nessa linha de raciocínio, começamos todo o processo baseado nas suspeitas que surgem quando passamos a observar certos sinais e sintomas que, se ana-lisados adequadamente, podem nos conduzir ao diagnóstico menciona-do.

Irmã Scheilla, em mensagem psi-cografada por Francisco Cândido Xavier, intitulada “Sinais de alarme” traz dicas importantes a esse respei-to. É nosso papel trazermos essas dicas para julgamento próprio, uma vez que, no quesito “julgar o próxi-mo”, já estamos bastante avançados

Sinais de obsessão

e despendemos demasiado tempo.Destaco alguns itens descritos

pelo nobre espírito: Impaciência: quando nos mostramos impacientes com tudo, não temos tempo para es-perar, não gostamos de repetir a in-formação dada, elevamos nosso tom de voz, etc.

Imaginar maldade na atitude dos outros: quando ultrapassamos os li-mites da prudência necessária em nossos relacionamentos e passamos a desconfiar de tudo e de todos, tor-

nando-nos paranoicos.Comentar apenas o lado infeliz

das pessoas: fechando nossa visão para as coisas boas e as qualidades das mesmas, hipervalorizando ape-nas aquilo que elas trazem de pior, esquecendo-nos de que nós mesmos somos imperfeitos e falíveis.

Reclamar apreço e gratidão dos outros: ficando tristes quando não somos reconhecidos pelas coisas que fazemos de bom, julgando-nos injus-tiçados e desvalorizados.

Fugir através dos caminhos do vício, esquivando-nos de nossas responsabilidades e dificuldades, buscando o caminho do álcool e de outros agentes tóxicos.

Acreditar que nossa dor é a maior de todas: julgar que nossos proble-mas são maiores, mais graves e exi-gem mais piedade do que os do pró-ximo.

Todos esses sentimentos e postu-ras podem ser indicativos de que, em algum grau, estamos sendo afligidos pela influência perniciosa de irmãos menos esclarecidos que querem nos-sa queda, ou de nossos semelhantes, por meio da obsessão.

Faz-se necessário, portanto, que toda vez que nos vermos diante des-sas situações, como recomenda a querida Irmã, busquemos “parar no socorro da prece ou na luz do discer-nimento”.

Aqui, acrescento a necessidade de, em oração e vibrando bem, fa-zermos uma autoanálise constante de nossos atos e pensamentos, para que detectemos os sintomas, ainda no nascedouro.

Pensamento positivo, prece e autorreflexão são, portanto, verda-deiros agentes profiláticos que, se utilizados constantemente, nos pou-parão do avanço de vários proces-sos obsessivos, trazendo-nos a paz e o discernimento necessários para a manutenção de uma boa saúde.

Dr. Rodolfo de Moraes Silva é médico, palestrante espírita e presidente da AME--Franca (Associação Médico-Espírita de Franca).

Pensamento positivo, prece e autorreflexão são (...) verdadeiros agentes profiláticos

Rodolfo de Moraes Silva

AME-Franca - Associação Médico-Espírita de Franca

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Associação Jurídico-Espírita do Brasil

al. Numa acepção cristã e conforme aos ideais de fraternidade, o preso – qualquer que seja ele – é um irmão de jornada. É por isso que não esca-pou ao olhar da codificação espírita atenção específica ao assunto. Allan Kardec inseriu em O Evangelho Se-gundo o Espiritismo texto de Eliza-beth de França que trata da caridade

Sistema prisional em criseMaria A. Santos Essado e Tiago Cintra Essado

O início de 2017 vem sendo tris-te. A realidade medieval que permeia o sistema prisional brasileiro veio à tona, e até a elaboração deste artigo já se contam 138 presos mortos, e isso antes de se concluir janeiro.

O número impressiona se lem-

brarmos que o maior massacre no sis-tema penitenciário brasileiro ocorreu em outubro de 1992, na então Casa de Detenção do Carandiru, quando o resultado final foi 111 mortos.

Com os novos fatos, a impres-são que dá é que as autoridades di-retamente afetas ao problema foram pegas de surpresa, e que até então tudo transcorria dentro da mais pura justiça, legalidade, humanidade no interior dos presídios. Certamente que isso não ocorria. É que a reali-dade carcerária interessa a poucos: aos que ali estão, às suas mães, às suas esposas, aos seus filhos (esses dois últimos nem sempre persistem até o fim). Cenas horríveis, como a de presos se enfrentando, de cabe-ças degoladas e de corpos mutilados, levam-nos a compará-los a monstros. A reação instintiva vem rápido: a res-ponsabilidade por todo esse estado de coisas é dos que estão cumprindo pena no sistema prisional.

Não é e nem pode ser tão sim-ples assim, como querem muitos. O cumprimento de pena é de responsa-bilidade do Estado. É a consequên--cia pela prática de um crime, após regular condenação penal. Em pleno século 21 essa fase não pode ser boa hora para vingança pública e privada. A lei – a brasileira e as internacionais – funda-se na dignidade da pessoa humana. O preso, independentemen-te do credo, nacionalidade, condição socioeconômica, cor, é considerado – e assim deve ser sempre – ser hu-

mano.Há agentes públicos que têm o

dever de velar pelas melhores condi-ções nos presídios. E isso sob diver-sos aspectos: alimentação, vestuário, instalações higiênicas, educação, re-ligião. Todos estes pontos estão pre-vistos como dever do Estado na Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984). O objetivo é único: buscar a harmô-nica integração social do preso.

Não é razoável, assim, pensar no sistema prisional como um depósito de gente, em regime de superlotação e carente de condições mínimas de saúde e de bem-estar.

A indiferença para a realidade car-cerária por parte de todos que lidam diretamente com o sistema de justi-ça criminal deve cessar. Não é mais possível fechar os olhos para isso. Do contrário, aguardemos outras rebeli-ões, outros massacres e outras pro-messas infundadas e demagógicas por parte de autoridades públicas.

E a Doutrina Espírita, o que tem a ver com isso?

Bom, o preso, como todos nós, é um espírito imortal. Seu destino, ine-vitavelmente, é o progresso espiritu-

Não é razoável (...) pensar no sistema prisional como um depósito de gente

para com os criminosos (cap. XI, item 14). Nele há lições pertinentes e atuais:

“Deveis amar os infelizes, os cri-minosos, como criaturas de Deus, às quais o perdão e a misericórdia se-rão concedidos, se se arrependerem, como também a vós, pelas faltas que cometeis contra a sua lei”.

Ainda há advertência para nosso olhar muitas vezes cruel e severo:

“Não julgueis, oh! não julgueis absolutamente, meus caros amigos, porque o juízo que proferirdes vos será aplicado com mais severidade ainda e precisais de indulgência para os pecados que incorreis a todo ins-tante. Ignorais que há muitas ações que são crimes aos olhos do Deus de pureza e que o mundo nem sequer considera como faltas leves?”

Se não temos nenhum vínculo específico com o sistema prisional, que oremos e vibremos por todos que nele se encontram. Mas que não seja-mos indiferentes ao problema.

Maria Auxiliadora Santos Essado é defen-sora pública/SP, membro da AJE-SP (Asso-ciação Jurídico-Espírita de São Paulo)

Tiago Cintra Essado é promotor de justiça/SP e presidente da AJE-BRASIL (Associa-ção Jurídico-Espírita do Brasil)

Leia grátis

Biblioteca do IdefranHabitue-se a frequentá-la

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Pág. 06 A Nova Era - Fevereiro 2017

Nossos sentimentos são propaga-dos por ondas e cada tipo de emissão mental produz ondas peculiares. De uma maneira didática, diríamos que há ondas longas, médias, curtas e ultracurtas, conforme a natureza do pensamento emitido.

O ser humano, encarnado ou de-sencarnado, encontra-se mergulhado em um oceano de ondas, mas estabe-lece contatos e intercambia energias conforme a sintonia que abre com o universo.

Do intercâmbio que estabelece-mos entre nossas emanações men-tais e as ondas externas, criamos em nossa psicosfera (aura) um estado de equilíbrio ou desequilíbrio que é dinâmico, ou seja, pode ser alterado constantemente.

Denominamos harmonização e--nergética a postura que nos leva à circulação saudável de nossas ener-gias extrafísicas. Toda e qualquer prática que melhore a qualidade das energias de alguém, eliminando e transformando energias pesadas e prejudiciais é, pois, um trabalho de harmonização energética.

Na realidade, a “limpeza” ener-gética não precisaria ser promovida de fora para dentro ou por terceiros, pois todos nós temos o Deus interno, uma força interior suficiente para re-solução de todos os problemas, mas, frequentemente, nos fragilizamos e sentimos a necessidade de recorrer ao auxílio de outros mais experien-tes, psiquicamente mais organiza-dos ou até momentaneamente mais equilibrados.

Teoricamente, qualquer criatura está habilitada, pela própria nature-za, a promover sua limpeza ou har-monização energética mantendo-se em equilíbrio. Todos nós somos ca-pazes de captar, transformar e emitir energias, bastando para isto produzir pensamentos e sentimentos adequa-dos, por meio da vontade. Sucede, no entanto, que nos deixamos fragi-lizar, ao criarmos ondas mentais de frequência vibratória baixa.

Ao se mencionar a expressão “força de vontade”, tem-se a ideia de algo muito subjetivo ou mesmo uma força de expressão, no entanto, a vontade é uma força que, quando mobilizada por nós, pode muito, principalmente quando associada a pensamentos e sentimentos eleva-dos, pois estes formam poderosas ondas ultracurtas e de alta frequên-cia.

A clássica expressão “mover montanhas” referindo-se a superar dificuldades, sejam elas dores, per-seguições, traumas etc., nos dá uma dimensão simbólica da força que possuiria um pensamento superior, intensificado pela vontade. Trata-se de uma força natural, que todos nós possuímos em potencial, bastando saber acioná-la.

A ação da nossa vontade aliada ao pensamento superior, gerando ondas de alta frequência, poderá propiciar em nós mesmos, uma higiene ener-gética contínua, evitando que influ-ências negativas (de baixa frequên-cia) vindas do ambiente ou de outras mentes - sejam encarnadas ou de-sencarnadas - adentrem nosso cam-po energético interferindo em nosso bem estar.

Além da capacidade natural que todos nós temos de realizar nos-sa própria higiene e harmonização energética, é possível dispormos de diversos métodos que podem nos auxiliar nesse processo, facilitando o fluxo de energias e promovendo a sua harmonização.

Os métodos de harmonização energética são conhecidos por nomes diversos e tem origens históricas e culturais diferentes, mas se asseme-lham no resultado final, isto é, a per-ceptível melhora da pessoa. Assim, a prece não decorada ou maquinal mas como uma elevação do pensamento e do sentimento, buscando alçar níveis mais sutis de energias, alcança a di-mensão espiritual e recebe um influ-xo de luz como retorno. A doação de energia pelo passe seja ele espiritual ou magnético, a benção de religio-sos, quando efetuada com envolvi-mento profundo da alma e não como ritual, o “johrei” executado pelos messiânicos, a popular benzedura, a aplicação criteriosa do reiki, os mé-todos de cura prânica, a medicação homeopática que mobiliza energias, a acupuntura, yoga, e muitos outros procedimentos são eficazes, muitos deles utilizando o poder das pontas

Sintonia e harmonização energética

Desencarna o trabalhador espírita Alcir Orion Morato

das mãos como instrumento interme-diário de doação energética.

Lembramos que, embora muitos procedimentos colimem o mesmo resultado, devem ser aplicados em ambientes adequados e afins com a filosofia, cultura ou religião de cada meio. Prece, passes, irradiação men-tal e água energizada são os métodos utilizados em uma Casa Espírita.

A física reconhece e explica o chamado “poder das pontas”. São diversos os métodos que captam, de dimensões extrafísicas, energias di-versas, com ou sem intermediários, mas, fundamentalmente, procedem do fluido cósmico universal que é modificado pelas ondas mentais.

Desencarnou no dia 19 de dezem-bro de 2016, o incansável trabalhador que, desde jovem, esteve à frente das atividades do Centro Espírita Espe-rança e Fé (Nova Era), do qual foi presidente por vários mandatos, Alcir Orion Morato que, na vida profissio-nal, optou pela odontologia na condi-ção de funcionário do sistema escolar do Estado de São Paulo.

Deixou viúva Catarina Carrijo Morato, com a qual teve quatro fi-lhos, Cíntia, Kátia, Simone e Márcio (desencarnado) e cinco netos.

Sempre fez questão de dispen-sar o tratamento de doutor. Exerceu os cuidados odontológicos junto a crianças e funcionários escolares, sem, contudo, haver deixado que sua atividade profissional sobrepusesse à disposição reservada a direção e co-laboração de sua amada casa espírita “Nova Era”, quer fosse no campo da assistência, quer no de estudos e difu-são da Doutrina, comparecendo, onde quer que fosse chamado para proferir esclarecedoras palestras.

Dr. Ricardo Di Bernardi [email protected]

Essa energia é captada pelos pensa-mentos e sentimentos do doador, se concentra nas mãos e em seguida é irradiada e direcionada, principal-mente pela vontade do doador que transmite, em geral, pela ponta dos dedos.

Lembremo-nos que estamos mer-gulhados em um mar de energias e de princípios espirituais. Todos somos espíritos encarnados ou de-sencarnados, cercados de energias mentais desta ou de outras dimen-sões em todos os momentos da nossa existência. Nunca estamos sozinhos, por mais solitários que nos sintamos, portanto, somos influenciados por espíritos e ao mesmo tempo nós tam-bém os influenciamos.

Nos médiuns essa influência recí-proca é mais verdadeira e mais inten-sa, devido haver um canal natural de contato com a dimensão extrafísica. Constantemente, médiuns estão in-tercambiando energias, mesmo que inconscientemente, com encarnados e desencarnados, em função disto podem sofrer agressões energéti-cas que poderão ser neutralizadas e transmutadas ao chegarem à psicos-fera do médium, isto se as energias intrusas receberem o impacto de pen-samentos de alegria, trabalho, amor e fraternidade, assim se anularão e se modificarão em energias saudáveis.

Dr. Ricardo Di Bernardi é médico home-opata, palestrante e escritor espírita.

Prece, passes, irradiação mental e

água energizada são os métodos utilizados em

uma Casa Espírita

Filho do conhecido e, igualmente saudoso escritor, palestrante e dra-maturgo espírita, Dr. Agnelo Mora-to, Alcir também, por muitos anos, atuou na imprensa espírita francana, colaborando nos jornais A Nova Era, editado pela Fundação Espírita Allan Kardec e Boletim Espírita, editado pelo Idefran – Instituto de Divulga-ção Espírita de Franca, mensários que acabaram por se fundir, para manter--se com a denominação “A Nova Era”, sob a responsabilidade editorial do Idefran.

Músico por paixão, atuou em tra-dicionais conjuntos constituídos por nomes famosos, nas noites e no rádio francanos, também contemplando a nossa gente com dezenas de aprecia-das composições.

Pelo amigo e trabalhador espíri-ta, com estágio no Outro Lado, tanto quanto pelos seus familiares que fi-cam, nossas rogativas a que o Mais Alto lhes conceda a paz e a confor-tadora certeza da eternidade da vida.

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Pág. 07A Nova Era - Fevereiro 2017

No livro “Entre a Terra e o Céu”, o Espírito André Luiz nos apresenta uma colônia educativa que é, ao mesmo tem-po, escola de mães e lar das crianças que retornam da Terra pelo processo da desencarnação¹.

Essa colônia espiritual recebe o nome de Lar da Bênção. Possui muitos colaboradores. Dentre eles, uma dedicada servidora chamada Blandina, responsável pelo setor. Blan-dina é a nossa querida Meimei.

Mais de duas mil crianças vivem aí. As que são felizes brincam entre fontes e flores de maravilhoso jardim. E onde há pequenos, há também os olhos atentos de irmãs vigi-lantes que se responsabilizam pelos divertimentos, além de oferecer-lhes carinho e proteção de mãe. No Plano Espiri-tual, crianças nunca ficam sem a presença de adultos.

O Lar da Bênção possui duas propostas que merecem destaque:

a) Acolher² e preparar crianças que vão reencarnar na Terra;

b) Reajustar³ almas femininas para a missão da materni-dade futura.

Disciplina e organização, dedicação e amor favorecem o trabalho de todos, principalmente das irmãs que assumem a tarefa de ser mãe no Além. E tem hora para brincar e hora para estudar e se aprimorar.4

Mamãe Antonina orou a Jesus e dormiu pensando no filhinho Marcos, que vive no Lar da Bênção. Ela está com muita saudade dele. Ele sente muita falta dela. Os Amigos Espirituais permitiram que ela fosse visitá-lo em sonho. Ajude dona Antonina a se encon-trar com Marcos, o filhinho amado.

Dicionáriodesencarnação¹ = fim da vida do corpo físico.acolher² = abrigar, hospedar.reajustar³ = reequilibrar, reconduzir, corrigir falhas.aprimorar4 = melhorar, aperfeiçoar (aproximar-se da perfei-ção).encarnadas5 = que estão no corpo físico.isolados6 = afastados.materno7 = de mãe.

Livro: Entre a Terra e o Céu Autor Espiritual: André LuizMédium: Francisco Cândido XavierEditora: FEB

Cantinho Infantil “Scheilla”Vera Márcia Silva

Um sonho inesquecívelScheilla

Assim como na Terra, meninas e meninos participam de cursos, de acordo com a idade. Veja que interessante! Tem até Cursos de Alfabetização!! Irmã Blandina explica que “a cultura intelectual engrandece a alma. Quem não sabe ler, não sabe ver como deve.”

Vale lembrar que algumas crianças necessitam de cuidados especiais. Quando estavam encarnadas5, eram rebeldes e de-sobedientes. Ao retornarem ao Plano Espiritual, têm a mente desorganizada, confusa, por causa da indisciplina. Por essa ra-zão, meninas e meninos, nessas condições, não podem parti-cipar das atividades coletivas, brincadeiras e estudos em gru-pos. Ficam isolados6 e recebem tratamento específico: Passes, remédios e a assistência amorosa e constante de Blandina.

Nessa obra, “Entre a Terra e o Céu”, o autor também des-creve a visita das mães encarnadas ao Lar da Bênção, durante o sono. Ao chegarem, elas são recebidas por um coro de vozes infantis cantando uma doce melodia, um hino que engrande-ce o amor materno7. A emoção é muito grande! São saudade e alegria juntas. São mães com os filhinhos nos braços. E o amor de Deus presente.

No dia seguinte, esse encontro espiritual de mães e filhi-nhos no Lar da Bênção fica registrado como um “lindo so-nho!” Um sonho real e inesquecível.

Feliz volta às aulas,

amiguinhos!

Page 8: Versão digital: Novamente em … · Número 2135 - Fevereiro 2017 - Ano 89 Versão digital: Novamente em Franca, Divaldo Pereira Franco, desta vez exclusivamente para ministrar seminário

Pág. 08 A Nova Era - Fevereiro 2017

LUZES EM PARIS – O orador e escritor Sidney Fernandes leva o leitor a vi-venciar, numa mistura de ficção e realidade, uma viagem extraordinária à Paris, dos tem-pos de Allan Kardec. Os personagens que conviveram com o codificador da Doutrina Espírita, são então apresentados em emocio-nante narrativa.

A DÍFICIL ARTE DE PERDOAR – Elaine Aldrovandi traz à lume mais este excelente livro que trata da arte de perdoar. Mostra os benefícios que o perdão propi-cia as pessoas que conseguem exercê-lo e propõe alguns passos para se obter e pedir perdão. Busca em Allan Kardec os funda-mentos para a obra, analisando a questão da Misericórdia preconizada por Jesus.

O BESOURO CASCA DURA – Excelente livro infantil, com vários contos que tratam das questões morais e éticas de nossas vidas e da espiritualidade. Com a possibilidade de colorir as figuras, é indicado para pais e evangelizadores, para auxiliar na formação de nossas crianças.

RAZÕES PARA UMA VIDA ME-LHOR – O consagrado escritor Ricardo Orestes Forni, busca em fatos e histórias do cotidiano, personagens que superaram inú-meras tragédias pessoais. Com atitudes co-rajosas e determinação dão provas de gran-de superação, atestando que Deus jamais desampara, mas propicia a sublimação de todos seus filhos.

Opções para o próximo mêsClube do Livro Espírita do Idefran

Caso prefira, no lugar das opções aqui indicadas, ou cumulativamente, o associado poderá optar por dois exemplares das obras básicas do Espiritismo, editadas pelo IDE.

Atendemos solicitações para sobras de meses anteriores

As ótimas espitirinhas aqui publicadas estão em www.espitirinhas.blogspot.com.br e são de autoria de Wilton Pontes a quem apresentamos nosso reconhe-cimento tanto por seu trabalho como pelo desprendimento de liberar a publicação gratuita.

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