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Veracel Celulose S/A Programa de Monitoramento Hidrológico em Microbacias Período: 2006 a 2011 RESUMO EXECUTIVO Alcançar e manter índices ótimos de produtividade florestal é o objetivo principal do manejo das plantações florestais de eucalipto da Veracel Celulose S/A. Todavia, está hoje muito claro o fato de que a manutenção deste objetivo principal depende da manutenção do equilíbrio ambiental. Portanto, o monitoramento é um componente fundamental para a avaliação contínua desta interação entre o manejo das plantações e o meio ambiente. Este é o princípio de Manejo Florestal Sustentável adotado pela empresa. A preocupação para com os efeitos do manejo de florestas plantadas sobre a água, por exemplo, tema permanente e atual no mundo todo, também faz parte da preocupação ambiental da empresa. As variáveis básicas destes possíveis impactos hidrológicos envolvem, pelo menos, os seguintes aspectos: conflitos pelo uso da água, saúde das microbacias hidrográficas, impactos a jusante e potencial produtivo do solo. A empresa avalia continuamente estes possíveis impactos através do método de microbacias experimentais pareadas, o qual contempla uma microbacia representativa do manejo das plantações de eucalipto e uma contendo Mata Atlântica, funcionando como referencial (Figura 1). Pela medição criteriosa da precipitação e da vazão e também pela coleta quinzenal de amostras de água do riacho nestas duas microbacias, a avaliação dos efeitos hidrológicos do manejo é feita através dos seguintes indicadores: balanço hídrico da microbacia, hidroquímica do riacho e perdas de solo (sedimentos em suspensão). Figura 1 – Vista da estação linimétrica e o instrumental básico da microbacia Peroba II.

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Veracel Celulose S/A Programa de Monitoramento Hidrológico em Microbacias Período: 2006 a 2011 RESUMO EXECUTIVO Alcançar e manter índices ótimos de produtividade florestal é o objetivo principal do manejo das plantações florestais de eucalipto da Veracel Celulose S/A. Todavia, está hoje muito claro o fato de que a manutenção deste objetivo principal depende da manutenção do equilíbrio ambiental. Portanto, o monitoramento é um componente fundamental para a avaliação contínua desta interação entre o manejo das plantações e o meio ambiente. Este é o princípio de Manejo Florestal Sustentável adotado pela empresa. A preocupação para com os efeitos do manejo de florestas plantadas sobre a água, por exemplo, tema permanente e atual no mundo todo, também faz parte da preocupação ambiental da empresa. As variáveis básicas destes possíveis impactos hidrológicos envolvem, pelo menos, os seguintes aspectos: conflitos pelo uso da água, saúde das microbacias hidrográficas, impactos a jusante e potencial produtivo do solo. A empresa avalia continuamente estes possíveis impactos através do método de microbacias experimentais pareadas, o qual contempla uma microbacia representativa do manejo das plantações de eucalipto e uma contendo Mata Atlântica, funcionando como referencial (Figura 1). Pela medição criteriosa da precipitação e da vazão e também pela coleta quinzenal de amostras de água do riacho nestas duas microbacias, a avaliação dos efeitos hidrológicos do manejo é feita através dos seguintes indicadores: balanço hídrico da microbacia, hidroquímica do riacho e perdas de solo (sedimentos em suspensão).

Figura 1 – Vista da estação linimétrica e o instrumental básico da microbacia Peroba II.

O monitoramento hidrológico das operações florestais da empresa é feito em parceria com o PROMAB (Programa de Monitoramento em Microbacias), um dos programas cooperativos mantidos pelo IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), junto ao Laboratório de Hidrologia Florestal do Departamento de Ciências Florestais da USP/ESALQ. A verificação rotineira do funcionamento dos sensores e as coletas quinzenais das amostras de água dos riachos são de responsabilidade da empresa. O processo de tabulação dos dados, interpretação dos resultados e elaboração do relatório técnico anual é de responsabilidade do PROMAB, que também gerencia o banco de dados do programa.

A microbacia com floresta plantada de eucalipto, chamada Peroba II, localiza-se no município de Eunápolis – BA. Por meio de mapas planialtimétricos, a área desta microbacia foi calculada em 327,8 ha e foi gerado o mapa da hidrografia e do uso do solo na mesma. Desta área, 2,6% é ocupada por estradas florestais (Figura 2).

Figura 2 – Mapa da microbacia Peroba II onde é feito o monitoramento hidrológico do manejo de plantações de eucalipto. A microbacia Peroba II é representativa do padrão geral das plantações de eucalipto da Veracel no Sul da Bahia, que em geral ocupam apenas os platôs interfluviais da geomorfologia característica dos Tabuleiros Costeiros da Formação Barreiras, sendo os vales, profundos e amplos, mantidos com a vegetação natural de regeneração da Mata

Atlântica (Figura 3). No caso da microbacia Peroba II, este padrão equivale a uma ocupação aproximada de 42 % da área da microbacia com plantação de eucalipto. Este é um aspecto de elevada relevância no que diz respeito aos possíveis impactos hidrológicos do manejo de floresta plantadas. Segundo dados da literatura mundial neste tema de pesquisas, a intensidade do eventual impacto sobre a água depende, entre outros aspectos, diretamente da intensidade de ocupação da microbacia pelas plantações florestais.

Figura 3 – Padrão geral de ocupação dos espaços produtivos da paisagem pelas plantações de eucalipto da Veracel no Sul da Bahia. A fim de verificar as condições gerais da sub-superfície das microbacias de monitoramento, a empresa contratou o Laboratório de Estudos de Bacias (LEBAC), da Universidade Estadual Paulista, campus de Rio Claro, que realizou o mapeamento do lençol freático pelo método da eletrorresistividade nas duas microbacias, principalmente com o objetivo de determinar a existência ou não de vazamentos freáticos, o que inviabilizaria a microbacia como área experimental de monitoramento. Os resultados desse trabalho é resumido na Figura 4, que mostra a área sub-superficial delimitada pelo divisor freático, comparativamente à área superficial delimitada pelo divisor topográfico. Apesar da não coincidência entre os dois divisores em algumas partes, pode-ser concluir pela existência de uma similaridade na conformação da área de captação da superfície com a do lençol freático, permitindo inferir sobre a consistência da medição do balanço hídrico da microbacia, que é afinal um dos principais indicadores de avaliação dos efeitos hidrológicos do manejo de plantações florestais.

Figura 4 – Comparação entre a área superficial da microbacia do Peroba II, delimitada pelo divisor topográfico (linha rósea), com a área freática (linha verde). O balanço hídrico é a diferença entre o que entra na microbacia pela chuva (P) e a quantidade que é perdida para a atmosfera por evapotranspiração (ET = evaporação + transpiração pelas plantas). Portanto, o que sobra representa a água disponível, ou seja, o excedente hídrico ou deflúvio (Q). Neste cálculo, considera-se que a variação no armazenamento de água no solo é um valor próximo a zero, o que é válido para valores médios de um período contínuo de anos de monitoramento e quando o cálculo é realizado considerando o “ano hídrico” e não o ano civil. Os resultados acumulados do balanço hídrico para a microbacia com eucalipto são mostrados na Tabela 1. Infelizmente a quantificação do balanço hídrico para o ano hídrico de 2010/2011 ficou prejudicada por conta de problemas recorrentes do mal funcionamento dos equipamentos eletrônicos de medição, assim como por furtos dos mesmos por vandalismo. Tabela 1 – Precipitação (P), Deflúvio (Q) e Evapotranspiração (ET) da microbacia com floresta plantada de eucalipto (Peroba II), considerando o intervalo hídrico de março de 2006 a fevereiro de 2011.

Ano Hídrico P (mm) Q (mm) ET (mm) ET (%)

2006/2007 1616 117 1499 93 2007/2008 1478 74 1404 95 2008/2009 1043 53 990 95 2009/2010 1471 101 1371 93 2010/2011 - - - - Média 1402 86 1316 94

Para a microbacia de referência coberta com Mata Atlântica, os resultados se restringem, por enquanto, a apenas dois anos de dados (Tabela 2), devido a problemas eletrônicos ocorridos nos sensores, inclusive no ano hídrico de 2010/2011 também.

Tabela 2 – Precipitação (P), Deflúvio (Q) e Evapotranspiração (ET) da microbacia com floresta nativa (Estação Veracel), considerando a ano hídrico de março de 2008 a fevereiro de 2011.

Ano Hídrico P (mm) Q (mm) ET (mm) ET (%)

2006/2007 - - - - 2007/2008 - - - - 2008/2009 1122 70 1051 94 2009/2010 1248 127 1121 90 2010/2011 - - - - Média 1185 99 1086 92

Tendo como base esta comparação preliminar dos dados acumulados, cuja principal dificuldade momentânea é com relação à diferença da precipitação anual entre as duas microbacias, é possível observar alguma similaridade entre os componentes do balanço hídrico nas duas microbacias, assim como as diferenças entre as duas coberturas florestais que, todavia, estão de acordo com a literatura mundial. Ou seja, tem sido observado um aumento na evapotranspiração na microbacia com eucalipto, comparativamente à da Mata Atlântica, que se reflete na pequena diferença observada no deflúvio anual entre as duas microbacias. De qualquer maneira, os resultados das duas microbacias guardam muita similaridade com os valores médios do balanço hídrico climático da região onde se inserem, conforme pode ser observado na Tabela 3. Conforme mostrado na tabela, a região caracteriza-se por uma precipitação média anual de 1252 mm e uma evapotranspiração real de 1132 mm, o que confere à mesma um excedente hídrico de 120 mm, como média de 30 anos de medições. O excedente hídrico, por sua vez, representa a água disponível, que pode alimentar a vazão dos riachos. Tabela 3 – Valores de Precipitação (P), Evapotranspiração potencial (ETP), Evapotranspiração real (ETR) e Excedente hídrico (EXC) para o município de Eunápolis - BA (SENTELHAS et al., 1999).

P (mm) ETP (mm) ETR (mm) EXC (mm)

1252 1139 1132 120 Pode-se concluir desta maneira, em primeiro lugar, pela consistência das medições do balanço hídrico para as duas microbacias. Em segundo lugar, os resultados mostram também que a plantação de eucalipto apenas diminui um pouco o deflúvio médio anual da microbacia, relativamente ao excedente hídrico climático. Na comparação entre as duas microbacias, a diferença entre o deflúvio anual é praticamente mínima, ainda que esta diferença não possa ainda ser analisada estatisticamente, devido a dificuldade de se proceder à calibração das duas microbacias devido a insuficiência de série histórica adequada para permitir esta calibração. O registro gráfico da série histórica dos dados de precipitação e de vazão da microbacia Peroba II, contendo plantação de eucalipto, pode ser observado na Figura 5. Verifica-se que a microbacia vem mantendo o padrão normal de comportamento da

vazão em relação à ocorrência das chuvas, padrão esse bastante similar ao que foi possível observar na microbacia da Mata Atlântica, considerando a existência de apenas dois anos acumulados de dados nesta última microbacia.

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Precipitação (mm) Vazão (L.s-1) Figura 5 – Série histórica do período acumulado de monitoramento da microbacia Peroba II, contendo plantação de eucalipto. No que diz respeito aos resultados dos parâmetros físicos e químicos da água analisados (nitrato, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, ferro, sódio, pH, condutividade elétrica, sedimentos em suspensão, turbidez e cor aparente), pode-se observar que não ocorrem grandes diferenças na dinâmica e na concentração destes indicadores entre as duas microbacias. Como exemplo, na Figura 6, encontram-se os valores de nitrato monitorados na microbacia com mata nativa e, na Figura 7, os valores deste elemento para a microbacia com plantações florestais. É possível observar que a faixa de valores de concentração é semelhante e as médias anuais apresentam uma tendência de diminuição em ambas microbacias. Esses resultados fortalecem a premissa de que florestas plantadas adultas e bem manejadas podem contribuir de forma positiva à conservação dos recursos hídricos, tanto quanto as florestas nativas.

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Nitrato (mg.L-1) Nitrato (média do ano hídrico) MB Nativa

Figura 6 – Concentrações médias anuais e concentrações pontuais de nitrato (mg.L-1) na microbacia com floresta nativa, entre março de 2006 e fevereiro de 2011.

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Nitrato (mg.L-1) Nitrato (média do ano hídrico) MB Eucalipto Figura 7 – Concentrações médias anuais e concentrações pontuais de nitrato (mg.L-1) na microbacia com plantação florestal, entre março de 2006 e fevereiro de 2011.

Além do monitoramento da água do riacho das microbacias, um conjunto de três poços piezométricos foi instalado em cada uma das microbacias, visando ao monitoramento contínuo e comparativo da variação da altura do lençol freático e dos valores de variáveis físicas e químicas da água subterrânea. Os três piezômetros encontram-se alinhados perpendicularmente ao riacho, sendo que o poço 1 localiza-se próximo ao curso d’água, o poço 2 na meia encosta, na área de preservação permanente, e o poço 3 localiza-se no platô.

Os poços da microbacia com floresta plantada apresentam pouca flutuação ao longo do período monitorado (Figura 8). Com relação aos poços da microbacia com floresta nativa nota-se uma diminuição do nível da lâmina d’água nos três poços durante os meses de 2006 e uma tendência de aumento a partir de 2007 (Figura 9). Em julho de 2008 o poço 2 seca e, desde então, assim permanece.

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Figura 8 – Valores da variação da altura do lençol freático medidos nos piezômetros instalados na microbacia com floresta nativa.

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Fundo do Vale Meia Encosta Platô

Figura 9 – Valores da variação da altura do lençol freático medidos nos piezômetros instalados na microbacia com floresta plantada.

Em cada um dos poços piezométricos são coletadas e analisadas amostras de água para os seguintes parâmetros: nitrato, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, ferro, sódio, pH, condutividade elétrica, sedimentos em suspensão, turbidez e cor. Como exemplo, nas Figuras 10 e 11 podem ser observados os valores obtidos para a variável nitrato nos três poços das duas microbacias durante todo o período de monitoramento.

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Figura 10 – Valores de nitrato (mg.L-1) nos três poços piezométricos da microbacia com floresta nativa durante todo o período de monitoramento.

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Figura 11 – Valores de nitrato (mg.L-1) nos três poços piezométricos da microbacia com floresta plantada durante todo o período de monitoramento.

Os resultados do monitoramento do nível freático e da qualidade da água subterrânea coletada nos poços piezométricos demonstram um comportamento praticamente similar entre as duas microbacias, em que pese o comportamento diferenciado do nível freático nos três piezômetros da microbacia na Mata Atlântica. Este comportamento, de certa forma, está até coerente com o secamento, ou a interrupção da vazão no riacho desta microbacia. No que diz respeito aos resultados da qualidade da água, a análise comparativa mostra similaridade em praticamente todos os indicadores analisados. Estes resultados são altamente relevantes. Primeiro, do ponto de vista quantitativo, isto é, do ponto de vista de possíveis efeitos do manejo de florestas plantadas de eucalipto sobre o nível do lençol freático. Conforme atesta a Figura 9, pode-se concluir que não foi ainda observado nenhum efeito neste sentido, sendo que os níveis freáticos nos três poços praticamente se mantêm no mesmo patamar ao longo de todo o período. Por outro lado, do ponto de vista qualitativo, ou seja, da qualidade da água subterrânea coletada nos três poços, os resultados também mostram semelhanças entre as duas microbacias para todos os indicadores monitorados.