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Cancro da mama: o porquê da reconstrução mamária [ grupo trofa saúde ] PARA ANUNCIAR www.ocasiao.pt | 800 200 226 (chamada grátis) | [email protected] | ENCONTRE EM www.lojadojornal.pt | A LOJA MAIS PERTO DE SI. VEÍCULOS ENSINO CASAS EMPREGO DIVERSOS RELAX CADERNO COMERCIAL | EDIÇÃO NORTE Segunda-feira 21 de dezembro de 2015 A cirurgia mamária, seja ela uma tumorec- tomia, quadrantecto- mia ou mastectomia, provoca uma alteração significativa no órgão e que pode e deve ser minimizada. A alteração da anatomia da mama tem implicações estéticas, psicológicas e funcionais óbvias. A cirurgia de reconstrução mamária é uma decisão pessoal, pois só a mulher mastectomizada poderá avaliar o significado dessa perda. Porém, é muito importante o aconselhamento junto da família e do médico. É um momento difícil para a mulher, mas que pode tornar-se menos traumatizante com o co- nhecimento dos avanços da ciência e com as experiências vividas por outras pessoas. A primeira decisão a tomar é se a reconstrução deverá ser realizada no mesmo ato cirúrgico da mas- tectomia, ou se deverá ser diferida meses ou até mesmo anos após a mastectomia. Assim, excetuando os casos de pequenas tumorectomias ou quan- do a mulher manifesta vontade em não se submeter à reconstrução mamária, torna-se necessário uma intervenção por Cirurgia Plástica. No entanto, esta fase reconstruti- va nunca deve comprometer o teor oncológico da cirurgia. Frequentemente o profissional que faz a Cirurgia Oncológica não é o mesmo que faz a parte Reconstru- tiva e Plástica da cirurgia (Cirurgião Plástico). Reconstruir a mama possibilita à mulher juntar ao tratamento do cancro qualidade de vida, integri- dade, melhoria da imagem e uma reabilitação menos traumática. A autoestima da mulher habitu- almente melhora após a cirurgia de reconstrução mamária. No entanto, é necessário a paciente informar-se sobre os diversos tipos de recons- trução e os seus resultados. As mulheres optam pela recons- trução para recuperar a forma da mama, sentindo-se mais à vontade ao usarem roupas íntimas, além de dispensar o uso de uma prótese ex- terna. Após a cirurgia, o objetivo é as mamas ficarem semelhantes, com um volume parecido; obviamente que a paciente percebe as diferenças entre a mama reconstruída e a outra mama quando está completamente despida. Este processo de reconstrução nem sempre é muito rápido, mui- tas vezes a paciente passa por mais do que uma cirurgia. Não deve ha- ver ansiedade, a paciente tem que questionar o seu médico sobre os benefícios e riscos de cada tipo de cirurgia. A escolha da técnica de recons- trução envolve uma avaliação de- morada e minuciosa por parte do médico. A primeira consulta pré-ope- ratória tem por objetivo não só avaliar os riscos anestésicos e ci- rúrgicos, mas também analisar a viabilidade de algumas técnicas de reconstrução. As técnicas para reconstrução da mama variam conforme as se- quelas da mastectomia e o momen- to em que esta é efetuada. As mais utilizadas atualmente são aquelas que fazem uso dos próprios teci- dos da mama – Cirurgia Oncoplás- tica. Nos casos em que é efetuada mastectomia total, é necessário recorrer a técnicas de reconstrução mais complexas. Não existe a técni- ca ideal, mas sim a mais adequada para cada caso. Dependendo do tipo de cirur- gia e sua evolução, a paciente tem alta do internamento num perío- do que vai até 4-5 dias, podendo ir para casa com um ou mais drenos. Obviamente que, como todos os pro- cedimentos cirúrgicos, pode haver complicações, que vão desde peque- nas deformidades e assimetrias, até hemorragias, infeções e outras. A paciente deve sempre informar-se destes riscos e contornos da cirur- gia, junto do seu médico. // Dr. Armindo Pinto, Cirurgião Plástico no Hospital Privado da Boa Nova, Grupo Trofa Saúde

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Cancro da mama:o porquê da reconstrução mamária[ grupo trofa saúde ]

PARA ANUNCIAR www.ocasiao.pt | 800 200 226 (chamada grátis) | [email protected] | ENCONTRE EM www.lojadojornal.pt | A LOJA MAIS PERTO DE SI.

VEÍCULOS ENSINO CASAS EMPREGO DIVERSOS RELAX

Caderno ComerCial | edição norTeSegunda-feira 21 de dezembro de 2015

A cirurgia mamária, seja ela uma tumorec-tomia, quadrantecto-mia ou mastectomia, provoca uma alteração

significativa no órgão e que pode e deve ser minimizada. A alteração da anatomia da mama tem implicações estéticas, psicológicas e funcionais óbvias.

A cirurgia de reconstrução mamária é uma decisão pessoal, pois só a mulher mastectomizada poderá avaliar o significado dessa perda. Porém, é muito importante o aconselhamento junto da família e do médico.

É um momento difícil para a mulher, mas que pode tornar-se menos traumatizante com o co-nhecimento dos avanços da ciência e com as experiências vividas por outras pessoas.

A primeira decisão a tomar é se a reconstrução deverá ser realizada no mesmo ato cirúrgico da mas-tectomia, ou se deverá ser diferida meses ou até mesmo anos após a mastectomia.

Assim, excetuando os casos de pequenas tumorectomias ou quan-

do a mulher manifesta vontade em não se submeter à reconstrução mamária, torna-se necessário uma intervenção por Cirurgia Plástica. No entanto, esta fase reconstruti-va nunca deve comprometer o teor oncológico da cirurgia.

Frequentemente o profissional que faz a Cirurgia Oncológica não é o mesmo que faz a parte Reconstru-tiva e Plástica da cirurgia (Cirurgião Plástico).

Reconstruir a mama possibilita à mulher juntar ao tratamento do cancro qualidade de vida, integri-dade, melhoria da imagem e uma reabilitação menos traumática.

A autoestima da mulher habitu-almente melhora após a cirurgia de reconstrução mamária. No entanto, é necessário a paciente informar-se sobre os diversos tipos de recons-trução e os seus resultados.

As mulheres optam pela recons-trução para recuperar a forma da mama, sentindo-se mais à vontade ao usarem roupas íntimas, além de dispensar o uso de uma prótese ex-terna.

Após a cirurgia, o objetivo é as mamas ficarem semelhantes, com

um volume parecido; obviamente que a paciente percebe as diferenças entre a mama reconstruída e a outra mama quando está completamente despida.

Este processo de reconstrução nem sempre é muito rápido, mui-tas vezes a paciente passa por mais do que uma cirurgia. Não deve ha-ver ansiedade, a paciente tem que questionar o seu médico sobre os benefícios e riscos de cada tipo de cirurgia.

A escolha da técnica de recons-trução envolve uma avaliação de-morada e minuciosa por parte do médico.

A primeira consulta pré-ope-ratória tem por objetivo não só avaliar os riscos anestésicos e ci-rúrgicos, mas também analisar a viabilidade de algumas técnicas de reconstrução.

As técnicas para reconstrução da mama variam conforme as se-quelas da mastectomia e o momen-to em que esta é efetuada. As mais utilizadas atualmente são aquelas que fazem uso dos próprios teci-dos da mama – Cirurgia Oncoplás-tica. Nos casos em que é efetuada

mastectomia total, é necessário recorrer a técnicas de reconstrução mais complexas. Não existe a técni-ca ideal, mas sim a mais adequada para cada caso.

Dependendo do tipo de cirur-gia e sua evolução, a paciente tem alta do internamento num perío-do que vai até 4-5 dias, podendo ir

para casa com um ou mais drenos. Obviamente que, como todos os pro-cedimentos cirúrgicos, pode haver complicações, que vão desde peque-nas deformidades e assimetrias, até hemorragias, infeções e outras. A paciente deve sempre informar-se destes riscos e contornos da cirur-gia, junto do seu médico. //

Dr. Armindo Pinto, Cirurgião Plástico no Hospital Privado da Boa Nova, Grupo Trofa Saúde