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GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE

SECRETARIA DE ESTADO DE TURISMO – SETUR

Plano de Desenvolvimento Integrado

do Turismo Sustentável

PDITS

Polo Velho Chico

SETUR/SE

PDITS – Versão Final

Revisada 2012.

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FICHA TÉCNICA

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Dilma Vana Rousseff Presidente

Michel Temer

Vice-presidente

MINISTÉRIO DO TURISMO Gastão Dias Vieira

Ministro

SECRETARIA NACIONAL DE PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO

Fabio Rios Mota Secretário

DEPARTAMENTO DE PROGRAMAS REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO DO

TURISMO Carlos Henrique Menezes Sobral

Diretor

COORDENAÇÃO GERAL DE PROGRAMAS REGIONAIS II

Viviane de Faria Coordenadora

Ana Carla Fernandes Moura

Técnica Nível Superior

Marina Neiva Dias Técnica Nível Superior

Miranice Lima Santos

Técnica Nível Superior

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GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE

Marcelo Déda Chagas Governador do Estado de Sergipe

Jackson Barreto de Lima

Vice Governador do Estado de Sergipe

SECRETARIA DE ESTADO DO TURISMO

Elber Andrade Batalha de Goes Secretário de Estado de Turismo

José Roberto de Lima Andrade

Secretário de Estado Adjunto

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO - PRODETUR NACIONAL UNIDADE DE COORDENAÇÃO DE PROJETOS EM SERGIPE - UCP/SE

Joab Almeida Silva

Coordenador Geral – PRODETUR Nacional em Sergipe

Anderson Renê Santos Silva Coordenador Operacional - PRODETUR Nacional em Sergipe

Marco Antonio Domingues

Consultor Executivo de Desenvolvimento Institucional PRODETUR Nacional em Sergipe

TECHNUM CONSULTORIA

Izabel Borges Arquiteta/Urbanista - Diretora do Projeto

Daisy Cadaval Basso

Fortalecimento da Gestão Municipal e Participação Social Coordenação do Projeto 2ª. Fase

André Cobbe

Arquiteto Urbanista – Patrimônio Histórico Coordenação do Projeto 1ª. Fase

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Técnicos e Especialistas Heleno Mesquita

Estruturação e Monitoramento de Programas de Financiamento

Elisabeth van den Berg Arquiteta Urbanista

Denise Guarieiro

Arquiteta/Urbanista

Letícia Bortolon Arquiteta e Urbanista – Planejamento Urbano e Regional

Potira Meirelles Hermuche

Geógrafa - Geoprocessamento – Gestão Ambiental

Nanci Miranda Turismóloga – Planejamento do Turismo

Rayane Ruas

Turismóloga – Planejamento do Turismo

Paulo Lima Economista – Estudos e Análise de Viabilidade

Alexandre Fortes

Engenheiro Civil – Projetos de Infraestrutura

Vera Amorelli Advogada – Direito Urbano e Ambiental

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APRESENTAÇÃO

O Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS tem como principal função orientar o crescimento do turismo em bases sustentáveis em uma dada região delimitada geograficamente por suas características socioculturais e ambientais e, especialmente, pela potencialidade turística ali identificada. Define planos, projetos e ações de curto, médio e ‘’ prazo, coordenando a ação do Estado, dos agentes econômicos e da sociedade. Deve, ainda, constituir-se em instrumento técnico de gestão, coordenação e condução das decisões da política turística e de apoio ao setor privado, de modo a garantir a efetividade do retorno do investimento no setor e da melhoria da capacidade empresarial e do acesso ao mercado turístico.

Trata-se, o presente documento, do planejamento do desenvolvimento turístico do Polo Velho Chico. Este Polo faz parte do conjunto de Polos Turísticos estabelecidos dentro da política de planejamento do estado. É denominado Velho Chico por localizar-se na porção Oeste do Estado, abarcando 17 municípios que se inserem na bacia hidrográfica do rio São Francisco, a maior parte deles situado às suas margens e ao longo da divisa com o Estado de Alagoas, abrangendo um ambiente de características naturais magnificas e características histórico-culturais singulares.

O horizonte temporal do planejamento é de 10 (dez) anos, sendo que as ações priorizadas devem ser realizadas dentro dos primeiros 18 (dezoito) meses após a aprovação do Plano.

A documentação do Plano é composta por três volumes: Volume I – Resumo Executivo do PDITS; Volume II – Documento Técnico do Plano – e Volume III - Anexos.

O primeiro volume sumariza as informações necessárias à compreensão dos objetivos e ações do Plano, configurando-se como um documento de apresentação e disseminação.

O segundo volume contém 5 capítulos assim denominados: (i) Justificativa da Seleção da Área e Objetivos do PDITS Velho Chico, (ii) Diagnóstico Estratégico; (iii) Estratégias de Desenvolvimento Turístico; (iv) Plano de Ação e (v) Acompanhamento e Avaliação do PDITS Velho Chico.

Os capítulos estão orientados, cada um dele, para uma etapa específica do planejamento e se organizam da seguinte forma:

� O primeiro capítulo traz a área selecionada e os objetivos estabelecidos para a conquista do desenvolvimento sustentável do turismo no Polo.

� O segundo capítulo trata do diagnóstico estratégico onde aborda itens referentes ao Mercado Turístico, Demanda Turística, os Tipos de Turismo e Linhas de Produto Existentes e Potenciais, a análise da Infraestrutura e dos Serviços Básicos, a Contextualização Socioambiental e Fisiografia, a análise do Quadro Institucional, bem como as considerações do Diagnóstico.

� O capítulo terceiro discute as estratégias desenvolvidas para o PDITS para cada uma das dimensões envolvidas nos estudos do Plano e informa sobre a metodologia adotada para sua elaboração.

� O capítulo quarto traz a organização das ações, planos, estudos, projetos e obras priorizados para o curto, médio e longo prazo, que devem ser realizadas para a consecução do PDITS Velho Chico, bem como os custos previstos para sua execução e as ações mitigadoras de possíveis impactos socioambientais relacionados à sua implantação.

� O capítulo quinto contém os mecanismos de avaliação e acompanhamento do PDITS Velho Chico.

Por fim tem-se o volume III que contém os Anexos que complementam informações do processo participativo, analítico e levantamento de dados que fazem parte da construção do PDITS, além das fichas de projeto específicas de cada ação priorizada.

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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................... VII

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................. 1

CAPÍTULO 1 – JUSTIFICATIVA DE SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA E OBJETIVOS DO PDITS .................................... 5

1. JUSTIFICATIVA DE SELEÇÃO DA ÁREA E OBJETIVOS DO PDITS ................................................................... 6

1.1. JUSTIFICATIVA DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA ........................................................................................ 6

1.2. OBJETIVOS DO PDITS VELHO CHICO .............................................................................................................. 8

CAPÍTULO 2 – DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO ............................................................................................................. 9

2. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO ........................................................................................................................ 10

2.1. MERCADO TURÍSTICO ..................................................................................................................................... 10

2.1.1. ATRATIVOS E RECURSOS TURÍSTICOS DO POLO - ESPACIALIZAÇÃO ...................................................... 10

2.1.2. ACESSIBILIDADE E CONECTIVIDADE ............................................................................................................. 12

2.1.3. ANÁLISE DA OFERTA TURÍSTICA POR MUNICÍPIO ....................................................................................... 15

2.1.3.1. MUNICÍPIOS DA SUBÁREA NORTE ................................................................................................................. 15

2.1.3.2. MUNICÍPIOS DA SUBÁREA CENTRO .............................................................................................................. 24

2.1.3.3. MUNICÍPIOS DA SUBÁREA LESTE .................................................................................................................... 34

2.1.4. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE AS SUBÁREAS E A RELAÇÃO ENTRE A OFERTA DE ATRATIVOS TURÍSTICOS. ....................................................................................................................................................... 49

2.1.5. SÍNTESE DOS ATRATIVOS E ATIVIDADES TURÍSTICAS POTENCIAIS POR MUNICÍPIO E CONSIDERAÇÕES SOBRE SEGMENTO TURÍSTICO PRINCIPAL .................................................................................................... 50

2.1.5.1. SEGMENTO PRINCIPAL E SEGMENTOS COMPLEMENTARES RELACIONADOS À ATIVIDADE TURÍSTICA55

2.1.6. EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS EXISTENTES ................................................................................ 57

2.1.6.1. MEIOS DE HOSPEDAGEM ............................................................................................................................... 57

2.1.6.2. OUTROS SERVIÇOS RELACIONADOS AO TURISMO .................................................................................... 59

2.1.6.3. SÍNTESE - OFERTA DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS .................................................................................... 60

2.2. DEMANDA TURÍSTICA ...................................................................................................................................... 60

2.2.1. DEMANDA ATUAL ............................................................................................................................................ 60

2.2.1.1. QUANTITATIVO DOS VISITANTES ATUAIS ....................................................................................................... 60

2.2.1.2. EVOLUÇÃO DO FLUXO TURÍSTICO EM SERGIPE E NO POLO .................................................................... 64

2.2.2. PERMANÊNCIA MÉDIA .................................................................................................................................... 70

2.2.3. PROJEÇÃO DO FLUXO TURÍSTICO – CRESCIMENTO DA DEMANDA ....................................................... 72

2.2.4. CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL QUALITATIVO DOS SEGMENTOS/VISITANTES ATUAIS ........................... 75

2.2.5. COMPOSIÇÃO DO GASTO TURÍSTICO ......................................................................................................... 78

2.2.6. FATORES DE DECISÃO E AÇÕES DE COMUNICAÇÃO .............................................................................. 79

2.2.7. MEIOS DE PROPAGANDA .............................................................................................................................. 81

2.2.8. GRAU DE SATISFAÇÃO ................................................................................................................................... 83

2.3. ANÁLISE DO MERCADO TURÍSTICO - TIPOS DE TURISMO E LINHAS DE PRODUTO EXISTENTES E POTENCIAIS ...................................................................................................................................................... 84

2.3.1. PERFIL DO TURISTA ........................................................................................................................................... 84

2.3.2. BALANÇO DAS CAMPANHAS DE PROMOÇÃO DA ÁREA ....................................................................... 85

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2.3.3. MERCADOS COMPETIDORES ........................................................................................................................ 85

2.3.4. RECURSO, PRODUTO E SEGMENTAÇÃO TURÍSTICA. .................................................................................. 86

2.3.5. CAPITAL TURÍSTICO E GARGALOS PARA O DESENVOLVIMENTO ............................................................ 87

2.3.6. IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DOS MUNICÍPIOS DO POLO NO CONTEXTO DO MERCADO TURÍSTICO87

2.3.7. CONDIÇÃO DA OFERTA DE RECURSOS TURÍSTICOS NO POLO ............................................................... 89

2.3.8. POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO PARA O POLO VELHO CHICO ........................................ 90

2.3.9. SITUAÇÃO ESTRATÉGICA DO MERCADO TURÍSTICO ................................................................................. 91

2.4. ANÁLISE DA INFRAESTRUTURA E DOS SERVIÇOS BÁSICOS ........................................................................ 92

2.4.1. ACESSIBILIDADE ............................................................................................................................................... 93

2.4.1.1. RODOVIÁRIA .................................................................................................................................................... 93

2.4.1.2. PORTUÁRIA ....................................................................................................................................................... 97

2.4.1.3. FERROVIÁRIA .................................................................................................................................................... 98

2.4.1.4. AEROPORTUÁRIA ............................................................................................................................................. 98

2.4.2. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ...................................................................................................... 98

2.4.3. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .................................................................................................... 100

2.4.4. SISTEMA DE LIMPEZA URBANA ..................................................................................................................... 102

2.4.5. REDE DE DRENAGEM PLUVIAL ..................................................................................................................... 104

2.4.6. ORLAS DO RIO SÃO FRANCISCO ............................................................................................................... 104

2.4.7. SISTEMA DE TRANSPORTE E MOBILIDADE URBANA ................................................................................... 106

2.4.8. SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO .................................................................................................................... 106

2.4.9. ENERGIA ELÉTRICA ........................................................................................................................................ 107

2.4.10. SERVIÇOS DE SAÚDE ..................................................................................................................................... 108

2.4.11. SEGURANÇA .................................................................................................................................................. 108

2.4.12. SÍNTESE - INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS ..................................................................................... 109

2.5. CONTEXTUALIZAÇÃO SOCIOAMBIENTAL E FISIOGRAFIA ........................................................................ 110

2.5.1. ASPECTOS AMBIENTAIS DA ÁREA TURÍSTICA ............................................................................................. 110

2.5.2. POPULAÇÃO, EMPREGO E RENDA. ........................................................................................................... 111

2.5.3. FISIOGRAFIA ................................................................................................................................................... 114

2.5.4. ASPECTOS AMBIENTAIS NA ÁREA TURÍSTICA E NÍVEL DE USO POTENCIAL .......................................... 125

2.5.4.1. ASPECTOS AMBIENTAIS ................................................................................................................................. 125

2.5.4.2. DEFINIÇÃO DO NÍVEL DE USO OU POTENCIAL ......................................................................................... 126

2.6. ANÁLISE DO QUADRO INSTITUCIONAL DO VELHO CHICO .................................................................... 126

2.6.1. PROCESSO DE PLANEJAMENTO TURÍSTICO ............................................................................................... 130

2.6.2. DESENHO INSTITUCIONAL PARA A GESTÃO DO TURISMO ...................................................................... 130

2.6.2.1. INSTITUIÇÕES DE ÂMBITO FEDERAL ............................................................................................................. 131

2.6.2.2. INSTITUIÇÕES DE ÂMBITO ESTADUAL .......................................................................................................... 131

2.6.3. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO TURÍSTICO ........................................................................................ 136

2.6.4. PROJETOS NACIONAIS ................................................................................................................................. 137

2.6.5. PROGRAMAS E AÇÕES ................................................................................................................................ 139

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2.6.6. INCENTIVOS PARA O INVESTIMENTO TURÍSTICO ....................................................................................... 140

2.7. CONSIDERAÇÕES DO DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO .............................................................................. 143

CAPÍTULO 3 – ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO ......................................................................... 146

3. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL ........................................................ 147

3.1. ANÁLISE DO CENÁRIO ATUAL E AVALIAÇÃO DO PRODUTO TURÍSTICO .............................................. 148

3.1.1. ANÁLISE SWOT ............................................................................................................................................... 148

3.1.2. VALORAÇÃO PONDERADA ........................................................................................................................ 160

3.2. ESTRATÉGIAS ESTABELECIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO POLO162

CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO.............................................................................................................................. 165

4. PLANO DE AÇÃO: SELEÇÃO DE PROCEDIMENTOS, AÇÕES E PROJETOS............................................ 166

4.1. BASE DAS PROPOSIÇÕES ............................................................................................................................. 166

4.2. VISÃO GERAL E AÇÕES PREVISTAS ............................................................................................................. 167

4.2.1. COMPONENTE PRODUTO TURÍSTICO - PT .................................................................................................. 168

4.2.2. COMPONENTE COMERCIALIZAÇÃO - CM ............................................................................................... 175

4.2.3. COMPONENTE FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL - FI ............................................................................ 178

4.2.4. COMPONENTE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS – IS ................................................................... 182

4.2.5. COMPONENTE GESTÃO SOCIOAMBIENTAL – GA .................................................................................... 186

4.3. ESPACIALIZAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO .................................................................................................. 192

4.4. DIMENSIONAMENTO DO INVESTIMENTO TOTAL ....................................................................................... 194

4.5. SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES ..................................................................................................... 199

4.6. DESCRIÇÃO DAS AÇÕES A SEREM REALIZADAS DURANTE OS 18 PRIMEIROS MESES DE FINANCIAMENTO DO PRODETUR NACIONAL ........................................................................................... 201

4.7. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS ................................................................................... 229

4.8. DIRETRIZES ESTRATÉGICAS PARA GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ................................................................ 250

CAPÍTULO 5 – FEEDBACK: ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO ....................................................................... 254

5. FEEDBACK: ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO ................................................................................... 255

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................................................................................ 260

PARTICIPANTES NA CONSTRUÇÃO DO DOCUMENTO ........................................................................................ 262

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SUMÁRIO DE FIGURAS Figura 01: Polo Velho Chico – Sergipe ...................................................................................................... 1

Figura 02: Polos Turísticos – Sergipe ........................................................................................................... 6

Figura 03: Potencialidades e atrativos turísticos – Espacialização ...................................................... 11

Figura 04: Mapa rodoviário Sergipe ............................................................................................................ 13

Figura 05: Relação entre Canindé de São Francisco e outros destinos turísticos próximos ............. 14

Figura 06: Cânions – Canindé de São Francisco ................................................................................... 16

Figura 07: Acesso aos Cânions – Lago da Barragem de Xingó – Canindé de São Francisco ......... 16

Figura 08: Restaurante flutuante – Canindé de São Francisco ............................................................ 17

Figura 09: Orla do Rio São Francisco – Canindé de São Francisco ..................................................... 17

Figura 10: Orla da Prainha – Canindé de São Francisco ...................................................................... 18

Figura 11: Bares na orla da Prainha de Canindé de São Francisco .................................................... 18

Figura 12: Usina Hidroelétrica de Xingó – Canindé de São Francisco ................................................ 19

Figura 13: Museu de Arqueologia de Xingó – MAX – Canindé de São Francisco ............................. 20

Figura 14: Grota do Angico – Poço Redondo ....................................................................................... 22

Figura 15: Povoado de Curralinho – Poço Redondo ............................................................................ 22

Figura 16: Praça Lampião – Poço Redondo .......................................................................................... 23

Figura 17: Praça de Eventos – Poço Redondo ...................................................................................... 24

Figura 18: Casario – Porto da Folha ........................................................................................................ 25

Figura 19: Praça da Igreja Matriz – Porto da Folha ............................................................................... 26

Figura 20: Praça de Monte Alegre de Sergipe e Igreja ........................................................................ 27

Figura 21: Feira de Nossa Senhora da Glória ......................................................................................... 27

Figura 22: Artesanato de coco e porcelana fria – Nossa Senhora da Glória .................................... 28

Figura 23: Artesanato de madeira do artesão Véio – Nossa Senhora da Glória ............................... 29

Figura 24: Orla Gararu .............................................................................................................................. 29

Figura 25: Igreja Bom Jesus dos Aflitos .................................................................................................... 30

Figura 26: Balsa .......................................................................................................................................... 31

Figura 27: Casario – N. S. de Lourdes ...................................................................................................... 32

Figura 28: Festival do Jegue – Itabi ......................................................................................................... 33

Figura 29: Festival do Jegue – Itabi ......................................................................................................... 33

Figura 30: Vista da cidade – Canhoba .................................................................................................. 35

Figura 31: Vista do pátio interno do casarão em ruínas, no povoado de Borda da Mata - Canhoba ....................................................................................................................................................35

Figura 32: Vista da Prainha – Amparo de São Francisco ...................................................................... 36

Figura 33: Vista panorâmica – Amparo de São Francisco ................................................................... 37

Figura 34: Vista de casarão – Telha ........................................................................................................ 38

Figura 35: Catedral diocesana – Propriá ................................................................................................ 39

Figura 36: Casarão Histórico – Propriá .................................................................................................... 39

Figura 37: Hotel Velho Chico – Propriá ................................................................................................... 40

Figura 38: Artesanato – Propriá ................................................................................................................ 40

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Figura 39: Centro de Cultura e Artes Florival Santos – Propriá ............................................................. 40

Figura 40: Igreja – Cedro de São João ................................................................................................... 41

Figura 41: Bordados – Cedro de São João ............................................................................................ 42

Figura 42: Casario – Japoatã ................................................................................................................... 43

Figura 43: Cruzeiro e Praça da Igreja Matriz – Japoatã ....................................................................... 43

Figura 44: Praia com bares no povoado Saúde ................................................................................... 44

Figura 45: Artesanato de cerâmica. ....................................................................................................... 45

Figura 46: Vista da cidade – Neópolis .................................................................................................... 45

Figura 47: Igreja de Nossa Senhora do Rosário – Neópolis ................................................................... 47

Figura 48: Atracadouro – Ilha das Flores ................................................................................................. 48

Figura 49: Casario – Neópolis ................................................................................................................... 48

Figura 50: Meios de Propaganda ............................................................................................................ 82

Figura 51: Situação potencial de polarização dos municípios ..................................................................... 88

Figura 52: Trajeto Aracaju – Canindé de São Francisco em destaque .............................................. 94

Figura 53: Obras rodoviárias priorizadas .................................................................................................... 95

Figura 54: Estruturação do sistema viário ............................................................................................... 96

Figura 55: Padrão Brasileiro de Sinalização Turística ............................................................................. 97

Figura 56: Sistema de Abastecimento de Agua e Esgoto – Polo Velho Chico ................................ 102

Figura 57: Localização do Polo Velho Chico ....................................................................................... 110

Figura 58: População na região do Polo Velho Chico ....................................................................... 111

Figura 59: Condição das vias de acesso aos povoados no Velho Chico ........................................ 112

Figura 60: Condição habitacional na Região Turística do Velho Chico .......................................... 112

Figura 61: Pluviometria na região do Polo Velho Chico ..................................................................... 114

Figura 62: Principais cursos d’água perenes na Região do Velho Chico ......................................... 115

Figura 63: Pesca artesanal ..................................................................................................................... 115

Figura 64: Limpeza dos peixes ............................................................................................................... 116

Figura 65: Paredões rochosos do cânion do rio São Francisco – Canindé de São Francisco ....... 116

Figura 66: Altitude média em relação ao nível do mar na região do Polo Velho Chico ............... 117

Figura 67: Xique-xique, Caatinga .......................................................................................................... 117

Figura 68: Fitofisionomias encontradas na região do Polo Velho Chico .......................................... 118

Figura 69: Mangue .................................................................................................................................. 118

Figura 70: Restinga .................................................................................................................................. 118

Figura 71: Plantação de palma ............................................................................................................ 119

Figura 72: Solos dos municípios do Polo Velho Chico ......................................................................... 119

Figura 73: Uso da terra nos municípios do Polo Velho Chico ............................................................. 121

Figura 74: Detalhe da imagem mostrando as áreas degradadas e vegetação fragmentada 121

Figura 75: Imagem de satélite nos municípios do Polo Velho Chico ................................................ 122

Figura 76: Detalhe da imagem mostrando as margens do rio São Francisco ............................. 122

Figura 77: Margens degradadas do Rio São Francisco ...................................................................... 123

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Figura 78: Margens degradadas do Rio São Francisco ...................................................................... 123

Figura 79: Áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade nos municípios do Polo Velho Chico ..................................................................................................................................................124

Figura 80: Arranjo Institucional para a Gestão do Turismo. ................................................................ 130

Figura 81: Organograma do arranjo institucional da gestão do turismo em Sergipe ..................... 134

Figura 82: Macroprogramas do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do Turismo em Sergipe 2009 - 2014............................................................................................................................................ 137

Figura 83: Análise SWOT .......................................................................................................................... 148

Figura 84: Municípios Polarizadores - Polo Velho Chico...................................................................... 167

Figura 85: - Espacialização do Plano de Ação ................................................................................... 193

SUMÁRIO DE GRÁFICOS Gráfico 01: Série Histórica e Projeção de Desembarque e Embarque no Aeroporto de Sergipe . 62

Gráfico 02: Fluxo de visitação da Grota do Angico – 1996-2006 ....................................................... 64

Gráfico 03: Fluxo de Hóspedes em Hospedagem – Sergipe .............................................................. 65

Gráfico 04: Fluxo de Hóspedes em Hospedagem – Polo Velho Chico – 2000-2008 ........................ 66

Gráfico 05: Distribuição do Fluxo de Hóspedes em Hospedagem – Sergipe e Polo do Velho Chico – 2008 66

Gráfico 06: Análise dos Dados – Fluxo Interno de Turistas – Sergipe .................................................. 67

Gráfico 07: Fluxo de Hóspedes Estrangeiros em Hospedagem – Sergipe – 1980-2008 .................... 67

Gráfico 08: Análise dos Dados – Fluxo Externo de Turistas .................................................................. 68

Gráfico 09: Taxa de Ocupação Hoteleira – Sergipe ........................................................................... 68

Gráfico 10: Meios de Hospedagem – Sergipe ..................................................................................... 69

Gráfico 11: Taxa de Ocupação (% de leitos) ....................................................................................... 69

Gráfico 12: Permanência Média (dias) ................................................................................................. 72

Gráfico 13: Projeção do Fluxo Turístico – 2009-2015............................................................................. 74

Gráfico 14: Perfil do Turista por Profissão – 2009 ................................................................................... 76

Gráfico 15: Perfil do Turista – Faixa Etária - 2009 ................................................................................... 77

Gráfico 16: Perfil do Turista – Meio de Transporte Utilizado ................................................................. 78

Gráfico 17: Gasto Turístico – Avaliação de preços de bens adquiridos nas localidades visitadas 78

Gráfico 18: Motivação da Viagem – Pesquisa na Alta Estação ........................................................ 80

Gráfico 19: Influenciou a Viagem .......................................................................................................... 80

Gráfico 20: Percentual de domicílios com abastecimento de água ligado à rede pública ........ 99

Gráfico 21: Cobertura de esgotamento sanitário nos municípios do Polo ..................................... 100

Gráfico 22: Cobertura de coleta de lixo por município – Censo 2010 ............................................ 103

Gráfico 23: Valoração Ponderada – Cânions do São Francisco ..................................................... 160

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SUMÁRIO DE TABELAS Tabela 01: Distâncias rodoviárias entre Canindé de São Francisco (SE) e os principais municípios /destinos complementares/ mercados-alvo potenciais. ............................................................................... 14

Tabela 02: Síntese dos Atrativos e atividades turísticas por município. ............................................ 50

Tabela 03: Portfólio Estratégico de Produtos/Segmentos/Equipamentos/Categoria de Interesse 56

Tabela 04: Oferta de hospedagem no Polo Velho Chico (2009) ..................................................... 58

Tabela 05: Síntese dos meios de hospedagem por município – Polo Velho Chico (2009) ............ 59

Tabela 06: Tráfego aéreo – Sergipe, 2006 a 2008. .............................................................................. 61

Tabela 07: Ocupação de Voos para Sergipe e do Aeroporto de Aracaju .................................... 62

Tabela 08: Número de visitantes ao Lago e Cânion de Xingó – 2002-2009 ..................................... 63

Tabela 09: Número de visitantes do Museu de Arqueologia de Xingó –2001-2007. ....................... 63

Tabela 10: Taxa Média de Ocupação, Permanência média, Pernoites Gerados – Sergipe 2006–2008 ................................................................................................................................................70

Tabela 11: Passeios com Pernoite .......................................................................................................... 71

Tabela 12: Projeção dos fluxos turísticos do Polo Velho Chico – 2010 – 2015 .................................. 74

Tabela 13: Composição do Gasto Turístico no Polo Velho Chico .................................................... 79

Tabela 14: Localidades que gostaria de ter visitado (Intenções de Visitação no Polo Velho Chico) 81

Tabela 15: Grau de satisfação de turistas segundo grupo de fatores de base para o turismo .... 83

Tabela 16: Grau de satisfação de turistas segundo atrativos turísticos ............................................ 84

Tabela 17: Forma de abastecimento de água por municípios do Polo Velho Chico ................... 99

Tabela 18: Ligações de água e esgoto Sergipe, 2005 – 2007 ......................................................... 100

Tabela 19: Domicílios particulares com banheiro ou sanitário por município - Polo Velho Chico. ...............................................................................................................................................101

Tabela 20: Domicílios particulares permanentes atendidos por coleta de lixo do Polo Velho Chico. ...............................................................................................................................................103

Tabela 21: Caracterização das orlas ................................................................................................. 105

Tabela 22: Dados do Sistema de Comunicação telefônica do Estado. ....................................... 106

Tabela 23: Forma de Abastecimento de Energia nos Domicílios Particulares – Censo 2010....... 107

Tabela 24: Número de ocorrências criminais por município – Polo Velho Chico – 2008 a 2010. 108

Tabela 25: Parâmetros socioeconômicos dos municípios - Polo Velho Chico – Sergipe. ............ 113

Tabela 26: Descrição das áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade nos municípios do Polo Velho Chico...................................................................................................................... 125

Tabela 27: Capacidade Institucional dos Municípios do Polo Velho Chico/SE ............................ 127

Tabela 28: Esfera Federal..................................................................................................................... 131

Tabela 29: Órgãos Federais ................................................................................................................. 132

Tabela 30: Órgãos da Administração Pública Estadual .................................................................. 134

Tabela 31: Entidades ............................................................................................................................ 135

Tabela 32: .Instrumentos de Planejamento e Gestão ...................................................................... 136

Tabela 33: Projetos ............................................................................................................................... 137

Tabela 34: Programas e Ações ........................................................................................................... 139

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xv

Tabela 35: Programa de Apoio ao Turismo - PROATUR .................................................................... 141

Tabela 36: Programa de Financiamento às Microempresas de Pequeno Porte (FNE-MPE) ....... 141

Tabela 37: Programa Nordeste Competitivo (PNC) – BNDES Automático e FINEM ...................... 142

Tabela 38: Identificação dos elementos principais para o Desenvolvimento do Turismo - Polo Velho Chico Região Turística do Velho Chico ............................................................................................... 143

Tabela 39: A Análise SWOT e a natureza das estratégias geradas ................................................ 149

Tabela 40: Análise SWOT - Produto Turístico ...................................................................................... 151

Tabela 41: Análise SWOT - Comercialização..................................................................................... 153

Tabela 42: Análise SWOT - Gestão Socioambiental ......................................................................... 155

Tabela 43: Análise SWOT - Fortalecimento Institucional ................................................................... 157

Tabela 44: Análise SWOT - Infraestrutura e Serviços Básicos ............................................................ 159

Tabela 45: Valoração Ponderada do Produto cânions do São Francisco .................................... 161

Tabela 46: Análise Critica – Cânions do São Francisco ................................................................... 161

Tabela 47: Dimensionamento do Investimento Total ....................................................................... 194

Tabela 48: Investimentos do Prodetur - Primeiros 18 meses e 5 anos de Implantação do PDITS 196

Tabela 49: Priorização das Ações ...................................................................................................... 199

Tabela 50: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico - ................................... 230

Grupo 1 - Palavra Chave - INSERÇÃO ............................................................................................................ 230

Tabela 51: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 231

Grupo 2 - Palavra Chave - ADEQUAÇÃO ...................................................................................................... 231

Tabela 52: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 232

Grupo 3 - Palavra Chave - ROTEIRIZAÇÃO ..................................................................................................... 232

Tabela 53: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 233

Grupo 4 - Palavra Chave - QUALIFICAÇÃO ................................................................................................... 233

Tabela 54: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 234

Grupo 5 - Palavra Chave - CONTEXTUALIZAÇÃO ......................................................................................... 234

Tabela 55: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 235

Grupo 6 - Palavra Chave - DIVULGAÇÃO ..................................................................................................... 235

Tabela 56: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 236

Grupo 7 - Palavra Chave - FORTALECIMENTO .............................................................................................. 236

Tabela 57: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 237

Grupo 8 - Palavra Chave - INTEGRAÇÃO ...................................................................................................... 237

Tabela 58: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 238

Grupo 9 - Palavra Chave - INFORMAÇÃO .................................................................................................... 238

Tabela 59: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 239

Grupo 10 - Palavra Chave - CAPACITAÇÃO DOS MUNICÍPIOS PARA A GESTÃO INTEGRADA ................. 239

Tabela 60: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 240

Grupo 11 - Palavra Chave SANEAMENTO ..................................................................................................... 240

Tabela 61: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 241

Grupo 12 - Palavra Chave - SANEAMENTO .................................................................................................... 241

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xvi

Tabela 62: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 242

Grupo 13 - Palavra Chave - ACESSIBILIDADE ................................................................................................. 242

Tabela 63: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 243

Grupo 14 - Palavra Chave - CRIAÇÃO ........................................................................................................... 243

Tabela 64: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 244

Grupo 15 - Palavra Chave – ATENDIMENTO AO TURISTA .............................................................................. 244

Tabela 65: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 245

Grupo 16 - Palavra Chave - SUSTENTABILIDADE ............................................................................................. 245

Tabela 66: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 246

Grupo 17 - Palavra Chave - SUSTENTABILIDADE ............................................................................................. 246

Tabela 67: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 247

Grupo 18 - Palavra Chave - SUSTENTABILIDADE ............................................................................................. 247

Tabela 68: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 248

Grupo 19 - Palavra Chave - SUSTENTABILIDADE ............................................................................................ 248

Tabela 69: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico ..................................... 249

Grupo 20 - Palavra Chave - SUSTENTABILIDADE ............................................................................................. 249

Tabela 70: Acompanhamento e Avaliação das Vantagens Socioambientais das Ações Iniciais do PDITS ............................................................................................................................................251

Tabela 71: Acompanhamento e Avaliação do Desenvolvimento do Polo a Partir das Ações Iniciais do PDITS ...............................................................................................................................................257

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1

INTRODUÇÃO

O Polo Velho Chico incorpora 17 municípios que estão inseridos na bacia hidrográfica do rio São Francisco, no bioma do semiárido nordestino, nos territórios do Alto Sertão e do Baixo São Francisco sergipano. São eles:

� Canindé de São Francisco; � Poço Redondo; � Porto da Folha; � Monte Alegre de Sergipe; � Nossa Senhora da Glória; � Gararu; � Nossa Senhora de Lourdes; � Itabi; � Canhoba; � Amparo de São Francisco; � Telha; � Propriá; � Cedro de São João; � Japoatã; � Santana do São Francisco; � Neópolis; e � Ilha das Flores.

Figura 01: Polo Velho Chico – Sergipe

Fonte: Technum Consultoria, 2010.

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2

A paisagem da caatinga é marcante e sua flora e fauna são elementos de destaque na paisagem que, juntamente com os aspectos relevantes do Cangaço, criam uma identidade local.

O Polo desenvolve-se ao longo das margens do rio São Francisco por, praticamente, toda a extensão que banha o Estado de Sergipe – aproximadamente 180 km – desde o extremo leste do Estado, até o extremo oeste, no oceano Atlântico.

A região é um destino turístico e oferece como produto principal os Cânions do São Francisco, localizado no município de Canindé de São Francisco. Este produto é comercializado a partir de Aracaju sob a forma de passeios turísticos de um dia. Além desse produto já comercializado, existem poucos atrativos estruturados e outros atrativos histórico-culturais e naturais identificados e exploráveis, ou seja, atrativos potencias. Desta forma, atualmente, o Polo constitui um destino meramente complementar ao turismo sediado em Aracaju e pouco contribui para o desenvolvimento da região em que se insere.

Este PDITS tem, como uma de suas premissas, garantir que os municípios que integram o Polo Velho Chico participem, em sua totalidade, dos benefícios gerados pelas Estratégias e pelo Plano de Ação nele inseridos.

A metodologia adotada para definir as estratégias de desenvolvimento e o Plano de Ação baseou-se na participação das comunidades locais, dos setores pertencentes à cadeia produtiva do turismo e das instituições governamentais do estado representadas pelas: Secretarias de Turismo – Setur, Infraestrutura – Seinfra, de Planejamento e Gestão - Seplag, do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – Semarh.

Juntamente com as discussões participativas foi realizada a coleta de informações sobre o mercado turístico atual, o produto e segmento turístico, a prospecção do crescimento turístico, a infraestrutura e as questões socioambientais, dentre outras, resultando na avaliação da situação estrutural da atividade turística na Área do Velho Chico, e na estimativa da sua posição competitiva relativa no mercado turístico, frente a consumidores e competidores. A partir do resultado de todas as análises se configuram as Estratégias e o Plano de Ação para consolidar o Velho Chico como polo turístico, culminando o Plano com os parâmetros de avaliação de seus impactos socioambientais e de acompanhamento da sua execução.

Contextualização do PDITS Velho Chico na prática de planejamento adotada pelo Estado de Sergipe.

Entre os anos de 2000 e 2003, foi elaborado o Plano Estratégico do Turismo de Sergipe, no qual já era apontado um modelo de desenvolvimento turístico baseado em seis regiões turísticas, entre elas a Região Turística do São Francisco. Em 2002, no contexto do programa federal Prodetur/NE, foi produzido o PDITS – Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável do Polo Costa dos Coqueirais. Em 2003, a região do Baixo São Francisco foi objeto do Plano Nacional de Turismo1 e, em 2005, do Plano de Ações Integradas para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável no Baixo São Francisco2.

1 Ministério do Turismo, 2003.

2 Ministério do Meio Ambiente, 2005.

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3

O Programa de Regionalização do Turismo em Sergipe, iniciado em 2004, buscou adotar um modelo de gestão de política pública descentralizado, coordenado e integrado, baseado nos princípios da flexibilidade, articulação, mobilização, cooperação intersetorial e interinstitucional e na sinergia de decisões para atender às cinco regiões turísticas do Estado, ou Polos: Costa dos Coqueirais, Velho Chico, Serras Sergipanas, Tabuleiros e Sertão das Águas.

Em 2007, o governo de Sergipe iniciou o Planejamento do Desenvolvimento Territorial Participativo, promovendo oficinas municipais, territoriais e estaduais para definir as macropolíticas públicas e suas ações prioritárias. Utilizou, para esse fim, uma metodologia de mobilização tripartite, envolvendo o poder público, o setor privado e o terceiro setor, em eventos abertos a toda comunidade interessada, o que permitiu resgatar a participação popular na definição de prioridades para o desenvolvimento do Estado. Com o Planejamento Participativo – PP, o Estado foi ordenado em 8 (oito) territórios: Alto Sertão, Médio Sertão, Sul de Sergipe, Centro Sul, Leste Sergipano, Agreste Central, Baixo São Francisco e Grande Aracaju.

A delimitação dos territórios foi realizada a partir do diagnóstico de cada município, identificando seus aspectos econômicos, sociais, culturais, políticos e ambientais. Tais informações foram fundamentais para a implementação de futuras políticas públicas.

Ainda em 2007, foi realizada a Oficina de Planejamento para a e Definição da Estratégia do Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil, programa do Ministério do Turismo, ocasião em que o Fórum Estadual de Turismo ficou responsável pelos ajustes e proposições para as delimitações territoriais, decidindo sobre o ordenamento dos Polos e Regiões Turísticas. Publicação datada de 2009 apresentou como objetivo do Programa de Regionalização a orientação de agentes de instituições públicas ou privadas, pessoas e organizações diversas quanto às formas de promoção do turismo sustentável com horizonte até o ano de 2010. Em 2008, a Secretaria de Estado de Turismo e a Secretaria de Planejamento elaboraram Carta Consulta para o Prodetur Nacional3.

Outra peça importante do quadro de documentos estratégicos é o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do Turismo de Sergipe que atende à diretriz geral do Plano de Desenvolvimento de Sergipe – Desenvolver – SE, no que toca a sustentabilidade, quando trata da criação de infraestrutura.

Vale lembrar que todos esses documentos elaborados nos últimos anos ressaltam que, apesar das aparentes incompatibilidades entre Polos, Regiões ou Áreas Turísticas e Territórios, estes se reforçam e complementam-se. Em nenhum momento apresentam informações ou interesses conflitantes ou almejam objetivos divergentes. Na verdade, todo o esforço despendido na realização desses estudos demonstra a preocupação do Estado em planejar seu futuro: investir em suas potencialidades e neutralizar suas fraquezas, buscando alcançar o desenvolvimento econômico e social de seu território de forma duradoura e sustentável.

Na tentativa de compatibilizar os conceitos de Polos, Regiões ou Áreas Turísticas e Territórios foram adotadas na elaboração deste PDITS as definições recomendadas pelo Ministério do Turismo:

Região turística é o espaço geográfico que apresenta características e potencialidades similares e complementares, capazes de ser articuladas e que definem um território, delimitado para fins de planejamento e gestão. Assim, a integração de municípios de um ou mais estados, ou de um ou mais

3 Governo de Sergipe – Secretaria de Estado do Turismo e Secretaria de Estado do Planejamento, 2008.

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países, pode constituir uma região turística. Já o Polo é uma maneira de ordenar e priorizar regiões no que se refere a algum critério de desenvolvimento econômico, social ou ambiental. (Brasil, MTUR, 2004)

Com a consecução das ações estabelecidas no PDITS Velho Chico pretende-se iniciar a mudança de paradigma da atual realidade de seu mercado turístico, para que a designação de Polo Turístico seja efetivada, contribuindo para a melhoria da economia e da qualidade de vida da população local em bases sustentáveis.

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CAPÍTULO 1 – JUSTIFICATIVA DE SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA E OBJETIVOS DO PDITS

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1. JUSTIFICATIVA DE SELEÇÃO DA ÁREA E OBJETIVOS DO PDITS

Este capítulo apresenta as razões pelas quais a área de planejamento foi selecionada para constituir um polo turístico e receber aporte de recursos e ações no sentido de promover o desenvolvimento sustentável da economia do turismo. Apresenta, também, os objetivos deste PDITS, que embasam, nos capítulos subsequentes, as análises técnicas e, por fim, as Estratégias e o Plano de Ação para a consecução dos objetivos traçados.

1.1. Justificativa da Seleção da Área Turística

Delimita-se, dentro da política de regionalização do turismo que vem sendo construída no Estado de Sergipe previamente ao PDITS, desde 2000, a organização de um sistema de planejamento do turismo baseado em cinco Polos constantes do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do Turismo de Sergipe pactuado no ano de 2009.

Os Polos são assim denominados:

� Costa dos Coqueirais, � Velho Chico, � Tabuleiros, � Serras Sergipanas, e. � Sertão das Águas.

Figura 02: Polos Turísticos – Sergipe

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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7

A delimitação dos cinco Polos baseia-se em afinidades ambientais e socioculturais que estabelecem conexões e permitem sua espacialização. Sob essa regra de afinidades, foi previamente identificada a faixa do território sergipano pertencente à bacia do rio São Francisco como uma das regiões com potencial para o desenvolvimento turístico.

O que confere ao Polo Velho Chico uma cadência socioambiental, cultural e econômica e que conecta toda a região é o próprio rio São Francisco, que se sobressai a outras características peculiares, fortalecendo os laços que congregam os 17 municípios que o compõem.

Um dos indicadores do potencial do território é que, apesar de incipiente em equipamentos norte e serviços especializados, estabeleceu-se ao dessa região um produto turístico ligado inexoravelmente ao rio e que se fortalece a cada ano: os cânions do São Francisco.

Além dos cânions, existem atrativos potencialmente exploráveis como complementares para garantir a permanência e o desenvolvimento da cadeia produtiva do turismo. Entre eles, as figuras míticas de Lampião e Maria Bonita, que enriquecem o ambiente de tradições, histórias e surpresas.

Por sua vez, o rio comparece como uma via de ligação latente com o Polo Costa dos Coqueirais, que muito já se desenvolveu no cenário turístico do Estado. O ponto de conexão dos dois Polos, na foz do rio São Francisco, cria um extenso acervo turístico, gerando grande expectativa de desenvolvimento e reforçando o potencial identificado.

Entretanto, o maior potencial identificado consiste na oportunidade que o turismo representa no âmbito do desenvolvimento socioeconômico em bases sustentáveis. E, frente às condições vigentes, fazem-se urgentes medidas para melhorar a qualidade de vida nessa região carente.

A possibilidade de estruturar efetivamente a região como Polo pode ser considerada a ponta do fio condutor do desenvolvimento socioeconômico desta região. Pretende-se, com o respaldo do planejamento, assegurar investimentos nas diversas áreas que interferem diretamente na dinamização e ampliação da cadeia produtiva do turismo, atualmente concentrados no município de Canindé de São Francisco. Ao longo dos anos esses investimentos deverão gerar desenvolvimento, emprego e renda para as demais cidades integrantes do Polo.

As qualidades que justificam a seleção da Área são:

� Vocação turística: ecoturismo como o segmento potencial principal e os segmentos histórico-cultural e de sol e praia , considerados complementares;

� Marcos paisagístico e histórico-cultural:

� Rio São Francisco;

� Cânions do São Francisco;

� Grota do Angico –figuras míticas de Lampião, Maria Bonita e seu bando e o acontecimento histórico de captura e morte;

� Identidade: integridade socioambiental, cultural e econômica de toda a região (municípios) ligada ao rio São Francisco;

� Potencial turístico:

� bens naturais; e

� histórico-culturais: festas religiosas; festas populares; artesanato; feira, arquitetura vernacular (tipologia de construção tradicional característica de uma região), dentre outros; e

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� Oportunidade: O turismo como oportunidade de crescimento de uma região com baixo grau de desenvolvimento econômico.

1.2. Objetivos do PDITS Velho Chico

O objetivo geral e os objetivos específicos do PDITS Polo Velho Chico estão a seguir definidos de forma a orientar a fase de análise, e que foram revistos, assumindo maior precisão, após a realização do Diagnóstico da Área Turística, diante dos problemas prioritários a resolver e das condições atuais instaladas no Polo para a prática do turismo sustentável.

Neste sentido, têm-se como objetivos gerais e específicos, do PDITS Polo Velho Chico:

� Objetivo Geral

Preparar, organizar e consolidar o Polo como destino ecoturístico integrado e sustentável, num horizonte temporal de dez anos.

O alcance de tal objetivo pressupõe a oferta de roteiros integrados, com atrativos estruturados, tomando como indutores do desenvolvimento turístico os municípios que se destacam por suas condições estratégicas quanto à localização, à economia, à oferta de serviços básicos e ao grau de consolidação da atividade turística. Todos os esforços deverão ser pautados em benefício de melhoria da economia do turismo e da qualidade de vida de toda a população.

� Objetivos Específicos

� Diversificar as atividades e estruturar o produto turístico existente, ampliando a oferta turística e o público-alvo;

� Promover investimentos articulados e convergentes para o desenvolvimento turístico;

� Promover o desenvolvimento sustentável pela preservação do patrimônio natural e cultural do Polo;

� Promover a capacitação continuada dos diversos atores sociais para o planejamento e a gestão compartilhada do desenvolvimento do turismo; e

� Aumentar o fluxo de turistas e o tempo de permanência média do turista no Polo.

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CAPÍTULO 2 – DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO

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2. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO

2.1. Mercado Turístico

Uma primeira observação sobre o mercado turístico do Polo diz respeito à ausência de um sistema de informações oficial consistente e atualizado. Atualmente o governo do Estado não possui informações sistematizadas sobre os principais aspectos do setor turístico para subsidiar as ações de planejamento e as políticas de desenvolvimento adotadas pelo poder público, assim como, para informar ao investidor privado as condições do mercado turístico.

Os dados e informações disponíveis têm como referência a cidade de Aracaju e alguns municípios do entorno. Para o restante dos municípios do Estado praticamente inexistem levantamentos ou aplicação de pesquisas turísticas. Utilizam-se, complementarmente, dados de abrangência estadual, que são importante suporte comparativo para a compreensão das relações de acessibilidade, fluxo turístico, dentre outras, visto que:

� Atualmente o destino turístico se concentra na oferta do produto Cânions do São Francisco;

� O Polo constitui um destino ainda complementar ao turismo sediado em Aracaju e que pouco contribui com o desenvolvimento da região;

� O produto é comercializado a partir de Agências sediadas em Aracaju, sob a forma de passeios turísticos de um dia (sem pernoite); e

� Existem poucos atrativos estruturados.

Esta constatação, portanto, indica que é fundamental prever, à curto prazo, a construção da base de dados requerida para subsidiar as ações de desenvolvimento integrado da região turística do Velho Chico.

Assim, para o melhor entendimento da realidade atual e balizamento das proposições deste Plano, foram incluídas informações coletadas por meio das visitas técnicas realizadas aos municípios da região turística do Velho Chico e entrevistas com atores locais (Volume III, Anexo 8), buscando-se assim suprir, em parte, a ausência de dados oficiais.

2.1.1. Atrativos e Recursos Turísticos do Polo - Espacialização

Interligando cinco estados brasileiros, o rio São Francisco é uma das mais belas paisagens naturais do Brasil. O rio nasce em Minas Gerais e passa pelos Estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Sua importância econômica soma-se à carga cultural das populações ribeirinhas, que o chamam de Velho Chico. O folclore regional encontrado nos municípios situados ao longo de suas margens constitui rico patrimônio cultural nacional.

O conjunto de 17 municípios pertencentes ao Polo abriga cerca de 230 mil habitantes. A maior parte dos municípios encontra-se às margens do rio São Francisco, apresentando um contexto histórico-paisagístico atrativo, que possibilita estabelecer uma estrutura de navegação com possíveis rotas de passeios turísticos. O rio São Francisco aparece, neste cenário, como o recurso turístico que o estrutura fisicamente.

A importância do rio cresce quando, ao seu valor estruturante, agrega-se o seu valor histórico-cultural, como entidade pertencente ao imaginário popular conhecido em todas as regiões do país. Por esta razão, para efeito deste PDITS, considera-se o rio São Francisco como elemento de identidade do Polo.

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Caracterizados especialmente pela alta diversidade natural e cultural (vegetação, clima, relevo, solo, manifestações culturais, funções urbanas e rurais) em pouco espaço territorial, os municípios que, por sua singularidade, possuem grande potencial turístico, sendo Canindé do São Francisco o principal destino turístico.

A análise dos atrativos estruturados e potenciais do Polo levou, para efeito deste estudo, à classificação do território em três Subáreas: Norte, Centro e Leste.

A Subárea Norte localiza-se na direção da Usina Hidroelétrica do Xingó, abrangendo os municípios de Canindé de São Francisco e Poço Redondo;

A Subárea Centro inclui Porto da Folha, Gararu, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Monte Alegre de Sergipe e Itabi;

A Subárea Leste localiza-se na porção do território mais próxima da foz, incluindo Canhoba, Amparo do São Francisco, Telha, Propriá, Ilha das Flores, Cedro do São João, Neópolis, Japoatã e Santana do São Francisco.

Figura 03: Potencialidades e atrativos turísticos – Espacialização

Fonte: Plano de Desenvolvimento do Território de 2008, ilustração feita pela Technum

Em termos de atrativos e potencialidades essas três Subáreas também se diferenciam.

Na Subárea Norte é forte a presença de atividades náuticas e histórico-culturais. A formação dos cânions, com alturas que variam de 40 a 50 metros e de rochas em tonalidades cinza e vermelha, que contrastam com o azul das águas, formam grande beleza cênica. Nos cânions há oferta de passeios de barco, destacando-se o catamarã, para visita a pontos diversos, incluindo a hidrelétrica.

São ainda destaques os sítios arqueológicos, os passeios ecológicos e a Grota do Angico, relacionada à história de Lampião e Maria Bonita, os povoados e igrejas do inicio do século XIX, além da Serra da Guia - área de antigo Quilombo, onde parte dos habitantes conservam os hábitos e costumes de suas culturas ancestrais.

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Na Subárea Norte a vegetação típica do agreste é marcante, chamando a atenção dos visitantes pela sua singularidade. A gastronomia, com características próprias do sertão e da cultura do rio é diversificada. Destacam-se os pratos a base de bode, galinha, peixe e pitu, além de doces de leite e de banana.

Na Subárea Centro, dentre as características marcantes, destacam os passeios até ilhas fluviais e ao longo do rio. O artesanato é forte, com ênfase para os bordados em ponto de cruz e redendê, o crochê, a renda de bilro, a cerâmica utilitária e o trabalho em couro e madeira. Há trilhas ecológicas, sítios arqueológicos, e praias. Nossa Senhora da Glória se configura como cidade polarizadora, além dos atrativos de visita às suas igrejas e realização de passeios ecológicos e do artesanato em couro e madeira.

Nas cidades incluídas nesta Subárea são tradicionais os festejos folclóricos como o reisado, os guerreiros, a pastoril, as quadrilhas, a dança de coco, a banda de pífano, as vaquejadas e as cavalhadas, além das inúmeras festas religiosas e comemorações dos santos padroeiros. Tem destaque a procissão de Bom Jesus dos Navegantes em Propriá. A culinária se caracteriza pela buchada, pituzada, peixe frito, galinha de capoeira, codorna frita e peixada.

Na Subárea Leste os municípios se agrupam em torno de Propriá, localizado à margem do rio São Francisco, no ponto de ligação rodoviária com Alagoas. Em todas as cidades destacam-se igrejas, praças e casario.

O carnaval de rua é marcado pela presença do frevo, com tradicionais desfiles de blocos puxados por bandas. Destaca-se variado artesanato em argila, com artistas de renome, exportando para todo o Brasil e para vários outros países. Em todo o trecho, a vista do São Francisco é privilegiada, encantando os visitantes e com possibilidades de oferta de atividades diversas.

Essa síntese do acervo turístico do Polo comprova a sua aptidão turística ao mercado como uma oportunidade para a exploração sustentável de suas riquezas e deve ser apresentado.

Além do acervo turístico, outro importante fator a ser analisado é a posição do Polo com relação ao acesso e à sua conexão com seus possíveis mercados-alvo e outras rotas turísticas.

2.1.2. Acessibilidade e Conectividade

No contexto da acessibilidade e conectividade, inicia-se a avaliação da relação do Polo com o mercado no tocante à sua posição geográfica.

Os municípios que compõem o Polo Velho Chico estão compreendidos numa extensão de aproximadamente 18 km ao longo do rio São Francisco, o que representa praticamente todo o limite norte do Estado, do extremo leste ao extremo oeste, no oceano Atlântico. Além dos municípios ribeirinhos, o Polo abrange também alguns municípios situados a cerca de 50 km afastados das margens do rio São Francisco. Em relação à capital Aracaju, os municípios estão afastados em média 150 km. Canindé de São Francisco, o mais distante, fica a 220 km de Aracaju.

As principais rodovias de acesso à região são:

� BR-101, que liga o Estado de Sergipe a Alagoas, cortando o rio São Francisco;

� SE-304 que liga, através a BR-101, o município de Neópolis às margens do São Francisco;

� as rodovias SE-106 e SE-206 (Itabaiana – Canindé), principal acesso ao extremo oeste do Estado; e

� as rodovias SE-202 e SE-200, que ligam vários municípios.

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Além dessas rodovias, existem estradas secundárias que consolidam as conexões e a circulação em toda a região do Polo, conforme apontado na figura a seguir.

Figura 04: Mapa rodoviário Sergipe

Fonte: Technum Consultoria – 2010.

O transporte para a região do Velho Chico é realizado por ônibus de linha interestadual, carros e vans turísticas que partem de Aracaju. Estes serviços de transporte por ônibus circulam em poucos horários e quase não são utilizados por turistas. Os acessos terrestres entre os Estados de Alagoas, Bahia e Pernambuco não estão quantificados, sendo realizados por rodovias estaduais em bom estado.

Para efeito da análise sobre acessibilidade e conectividade, considera-se um raio de aproximadamente 700 km como máximo para o acesso rodoviário confortável e passível de ser percorrido com pernoite nos equipamentos disponíveis no Polo Velho Chico. Sob este condicionante, estabelece-se a área de influência imediata do Polo.

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Identificam-se dentro desta área oito importantes municípios pertencentes ao cenário turístico nacional, que devem ser considerados como mercados-alvo potenciais ou complementares (Tabela 01). A seleção dessas localidades teve como base, além da distância, os seguintes aspectos:

� a importância como mercado alvo potencial pelo volume de habitantes e condições socioeconômicas da população, resultando na seleção de importantes capitais de estados nordestinos – Maceió, Recife, Natal e Salvador;

� a similaridade de características dos atrativos turísticos principais, pela possibilidade de complementaridade e integração de produtos, tendo sido identificados os municípios de Paulo Afonso, Piranhas, Serra Talhada e Delmiro Gouveia.

Tabela 01: Distâncias rodoviárias entre Canindé de São Francisco (SE) e os principais municípios /destinos complementares/ mercados-alvo potenciais.

Localidades Distâncias (em Km) Condição da Localidade

Paulo Afonso (BA) 100 Complementaridade

Piranhas (AL) 17 Complementaridade

Maceió (AL) 280 Mercado-alvo/ complementaridade

Serra Talhada (PE) 291 Mercado-alvo/ complementaridade

Delmiro Gouveia (AL) 50 Complementaridade

Natal (RN) 754 Mercado-alvo

Recife (PE) 469 Mercado-alvo

Salvador (BA) 517 Mercado-alvo

Fonte: Guia 4 Rodas, 2005

Figura 05: Relação entre Canindé de São Francisco e outros destinos turísticos próximos

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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Além da malha rodoviária, há também a via fluvial, pois o rio São Francisco é navegável em mais de mil quilômetros entre Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, e na totalidade de sua extensão no Polo. Tradicionalmente utilizado para o transporte de cargas e de passageiros entre as cidades ribeirinhas, o rio possui vários pontos de atracação de balsas ou embarcações de pequeno porte que também fazem a ligação entre as cidades da margem sergipana com as da margem alagoana. O rio é cenário para passeios turísticos, fator de grande importância no caso do Polo.

O presente retrato evidencia a posição privilegiada do Polo, por situar-se em ponto central de área com possibilidade de desenvolvimento turístico integrado. Reforça-se assim a oportunidade de estabelecer o turismo como vertente do desenvolvimento sustentável da região. O fator acessibilidade é desta forma, mais um dado a ser somado na construção do novo paradigma que se deseja para elevar o Polo, da posição de destino turístico potencial para a posição de consolidado.

2.1.3. Análise da Oferta Turística por Município

Esclarecida a importância dos recursos turísticos do Polo Velho Chico e sua posição geográfica estratégica, apresenta-se a seguir a caracterização dos municípios e avaliações sobre diversas questões relativas à oferta turística com o intuito de compor uma matriz lógica que permita o diagnóstico e a definição de estratégias para o seu desenvolvimento.

A avaliação das características e peculiaridades de interesse turístico de cada município é fundamental para a visualização do universo dos bens de interesse turístico do Polo, sendo esta uma das peças principais do Diagnóstico Estratégico.

A caracterização da oferta turística dos municípios é apresentada em função de sua localização geográfica correlacionada às Subáreas identificadas anteriormente, partindo-se de Canindé de São Francisco em direção à foz do rio, no litoral do Estado.

As informações sobre oferta turística estão sistematizadas, juntamente com a caracterização dos recursos turísticos existentes.

2.1.3.1. Municípios da Subárea Norte

A. Canindé de São Francisco

O município está localizado no noroeste do Polo Velho Chico, possui população de 21.806 habitantes (IBGE 2007) e área de 902,251 km².

Representa a porta de entrada para a região do Polo e o segundo destino turístico do Estado, depois de Aracaju. No entanto, atualmente, o município não tem capacidade de atração do turista para permanência, caracterizando-se principalmente como um destino para passeios de um dia. Não obstante esse fato, Canindé é o único município que oferece estrutura hoteleira com maior qualidade para hospedar turistas, em comparação com os demais municípios do Polo.

O portfólio turístico do município reúne os seguintes atrativos:

Patrimônio Natural – os cânions do São Francisco são a quinta maior formação geológica deste tipo do mundo. Trata-se de imensos paredões rochosos entre os quais o rio corre com águas verdes e transparentes. É o produto mais comercializado, com destaque e roteiro específico no Polo. Sua profundidade atinge até 190 metros, com extensão de 65 km e largura que varia entre 50 e 300 metros (Figura 06).

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Figura 06: Cânions – Canindé de São Francisco

Fonte: http://www.turismosergipe.net – 2012

O destino Cânions normalmente parte de Aracaju, uma vez que a capital sergipana é o centro indutor do percurso. Para o turista hospedado em Aracaju, o deslocamento para Canindé de São Francisco é realizado por meio de vans, micro-ônibus, ônibus ou carros particulares. Já no destino, os Catamarãs são os responsáveis por realizar o passeio pelas águas do São Francisco rumo aos Cânions que se inicia no lago da barragem de Xingó (Figura 07).

Figura 07: Acesso aos Cânions – Lago da Barragem de Xingó – Canindé de São Francisco

Fonte: Technum Consultoria SS – 2009

A embarcação possui bar, banheiros e duchas para os turistas. A duração é de 3 horas, sendo que uma hora é ocupada com o banho no São Francisco, na Gruta do Talhado. Trata-se de espaço localizado nos meios dos Cânions e serve de base para mergulhos. O valor cobrado pra adultos é de R$ 50 reais e para crianças R$ 25 reias, em média. É possível também realizar o passeio por meio de lancha; o tour de duas horas custa R$ 480 para seis pessoas, de acordo com informações obtidas por meio do Jornal O ESTADÃO (www.estadao.com.br, acesso em 05/02/2012). Após a realização do percurso pelo Cânion os turistas podem almoçar no restaurante flutuante denominado de Karranca’s (Figura 08). A média de preço é de R$ 40,00 na alimentação para duas pessoas.

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Figura 08: Restaurante flutuante – Canindé de São Francisco

Fonte: Technum Consultoria – 2009

As praias fluviais na orla do São Francisco também são locais apreciados pelos turistas e moradores (Figura 09). Importa acrescentar que as orlas, apesar de sua potencialidade para o turismo, possuem infraestrutura precária, interferindo na permanência do turista.

Figura 09: Orla do Rio São Francisco – Canindé de São Francisco

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Conclui-se que Canindé de São Francisco enfrenta uma grande demanda turística com destino aos cânions do São Francisco sem, no entanto, disponibilizar infraestrutura adequada para receber essa visitação e promover o desenvolvimento econômico e social da população local que, mesmo assim, sobrevive da atividade de turismo. A orla atual sofre com problemas de enchente quando da abertura das comportas da Companhia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf, presença de esgotos in natura e demais dejetos residuais da atividade humana no local, falta de ponto de apoio para receber e encaminhar os visitantes e falta de uma infraestrutura para escoamento e comercialização da produção artesanal regional.

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No caso do município de Canindé, a orla que margeia o rio São Francisco (Figuras 10 e 11) dista quase 2 km da área central da sede municipal, para onde foi transferida e reassentada a população da antiga vila de Canindé, quando da implantação da Barragem do Xingó. A Administração Municipal já concebeu projetos para a área conhecida como Mirante, que deverá contar com centro de apoio ao turista e centro de artesanato, e para a orla fluvial da Prainha – na extensão da cabeceira da ponte que liga Sergipe a Alagoas até a estação de bombeamento da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – COHIDRO.

Inexistem projetos básicos e executivos do atracadouro e da orla fluvial da Prainha. Além do Cânion, existem praias fluviais, às margens do rio São Francisco, e várias formações em diversos dos seus afluentes, bem como Ilhas com praias propícias ao banho e pesca.

Figura 10: Orla da Prainha – Canindé de São Francisco

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Figura 11: Bares na orla da Prainha de Canindé de São Francisco

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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Outro importante atrativo da Subárea Norte é o Bioma da Caatinga, com destaque para as diferentes espécies de cactos e outras espécies da flora. Essas fitofisionomias se instalam nas íngremes rochas e trilhas que convidam à caminhada até os diversos atrativos dispersos pela região, tais como a Gruta do Talhado ou no Vale dos Mestres e fazenda Mundo Novo. Nos percursos observa-se ainda a presença de pequenos roedores e aves.

A trilha para o Vale dos Mestres, situado a 30 quilômetros da sede do município em local próximo ao povoado de Curituba, envolve percursos em caminhada de aproximadamente duas horas, desde um riacho seco até os paredões de rocha arenítica com pinturas e gravuras rupestres de três mil anos.

A Fazenda Mundo Novo é uma área particular preservada, onde está sendo estruturado um parque temático da Caatinga, recém-incorporada ao roteiro turístico das belezas da região. O parque conta com sete trilhas diferentes: dos veados, arqueologia, cangaço, caatinga, craibeiros, alto do céu e navegar é preciso. Como os nomes indicam, uma delas leva à história do cangaço, visitando um dos refúgios prediletos de Virgulino Ferreira — o Lampião. Outra passa por sítios arqueológicos com pinturas rupestres, catalogadas pelo museu arqueológico de Xingó. As outras permitem o conhecimento e contato próximo com a vegetação típica da caatinga ou o banho nas águas refrescantes do rio São Francisco. As caminhadas duram, em média, quatro horas e há oferta de acompanhamento de guia de turismo especializado em trilhas.

Complementam os atrativos naturais dos municípios da Subárea Norte, as quedas d’água e grutas localizadas na zona rural e dispersas pelo território.

Patrimônio edificado – Usina Hidrelétrica do Xingó – terceira maior do País, está encravada no alto sertão sergipano, na divisa com o Estado de Alagoas. As obras de engenharia, cercadas da vegetação peculiar, formada por cactos e bromélias de diferentes espécies, e a presença da fauna (principalmente garças e peixes) tem se tornado local de observação e interesse turístico. Há oferta de passeios e visitação turística, porém não há informação quantitativa ou qualitativa sobre os visitantes.

Figura 12: Usina Hidroelétrica de Xingó – Canindé de São Francisco

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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História e ciência – o Museu de Arqueologia do Xingó (MAX) está localizado na zona rural do município, nas proximidades da usina, possui um acervo significativo que traz a pré-história do Baixo São Francisco. São 55 mil peças retiradas das escavações. O Museu (Figura 13), que hoje é um dos principais atrativos do Polo, surgiu a partir do convênio entre a Universidade Federal de Sergipe, a PETROBRÁS e a CHESF. Durante a visita pode-se observar esqueletos humanos, ferramentas feitas de pedra, panelas, artefatos de cerâmica, registros rupestres datados de 9 mil anos de existência. Há também exposições temporárias que mantêm viva a memória dos primeiros povos do Xingó. O valor do ingresso, relativo ao mês de fevereiro de 2012 é de R$ 3,00 e seu funcionamento é de quarta a domingo das 9h às 16h.

Figura 13: Museu de Arqueologia de Xingó – MAX – Canindé de São Francisco

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Sítios arqueológicos – Ainda sem visitação estruturada, os sítios arqueológicos são importantes atrativos potenciais. Um dos principais do município, o Sítio Arqueológico do Justino foi inundado pelo lago do Xingó, sendo grande parte do material resgatado incorporado ao acervo do MAX. Outro conjunto de destaque, localizado na estação de Xingó e na direção da Fazenda Poço Verde que possuem fragmentos e peças de antigos acampamentos e habitações. Quatorze desses sítios apresentam registros gráficos, pinturas e gravuras rupestres. Um dos pontos de referência, destacado pelos visitantes e população local é o Vale dos Mestres, formado por três abrigos encravados no sopé dos paredões. Nestes abrigos encontram-se as inscrições. O local tem recebido a visitação de turistas, porém não possui estruturação ou exploração organizada do atrativo.

Merece também destaque o Sítio Arqueológico do Letreiro, situado na Fazenda Letreiro. Trata-se de uma grande formação rochosa de granito com um abrigo encravado na rocha, o que garantiu proteção às pinturas rupestres, mantendo expostos os vestígios da ocupação de povos pré-históricos que habitaram o local e descreveram sua época em figuras que retratam hábitos e costumes. O atrativo, ainda não explorado, integra o conjunto de sítios arqueológicos existentes na região. O acesso é realizado por meio de trilha dentro da caatinga.

Festa popular – a Festa do Quiabo é o evento da cultura regional que ocorre normalmente no mês de Setembro e exalta o município de Canindé como maior produtor de quiabo. Reúne produtores de municípios vizinhos, havendo a eleição da Rainha do Quiabo. Esta festividade ocorre juntamente com a Feira Agropecuária do Grande Sertão de Sergipe.

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B. Poço Redondo

O município localiza-se no noroeste do Polo Velho Chico, conta com uma população de 28.969 habitantes (IBGE 2007) e área de 1220,2 km².

A história de Poço Redondo remonta à época do cangaço, quando 34 filhos de Poço Redondo acompanharam Lampião, Maria Bonita e o seu bando pelo sertão e foi na grota do Angico (Unidade de Conservação – UC na categoria de Monumento Natural), que hoje pertence ao município, que Lampião e Maria Bonita, junto com outros nove cangaceiros, foram assassinados no ano de 1938 (Figura 14).

Podem ser citados como atrativos turísticos do município:

Patrimônio Natural – Além das belezas do rio São Francisco, destaca-se o Vale do rio Jacaré com paredões rochosos chegando à altura de 80 a 100 metros. O rio, de regime pluvial, se torna mais atrativo no período das chuvas, com cachoeiras e lagos. Uma das principais cachoeiras, denominada Cachoeira do Bom Jardim possui 15 metros de queda d’água, lago com 35 metros de largura e 10 de profundidade. O acesso, de 1 km a partir da Fazenda Bom Jardim, é realizado a pé em trilha.

A Unidade de Conservação da Grota do Angico, marcada pelo bioma da Caatinga e situada nos municípios de Poço Redondo e de Canindé abrange uma área de 2.138.000 hectares. Tem como objetivo preservar o sítio natural e recursos culturais associados, para o desenvolvimento de pesquisa cientifica, educação ambiental, ecoturismo e visitação pública. A área possui uma biodiversidade significativa, com uma variedade de espécies de plantas e fauna (insetos, anfíbios, répteis e mamíferos). Hoje as principais trilhas do local levam à Grota do Angico.

A Serra da Guia, localizada no Complexo da Serra Negra, que se estende pelos municípios de Canindé do São Francisco, Poço Redondo e Pedro Alexandre (este último, na Bahia) é importante por ser o local mais alto do Estado, criando oportunidade para observação panorâmica das belas vistas. O destaque maior, no entanto é para uma pequena faixa de terra, a cerca de 200 km do Litoral, onde uma pequena faixa de terra (estimada em menos de 100 ha) abriga, em meio à aridez do sertão, uma área de mata atlântica. Com características de florestas úmidas, a mata é fechada e sem clareiras, com árvores altas e troncas grossos, recobertas por musgo e fungos. As bromélias e especialmente as orquídeas compõe o ambiente espetacular , exibindo beleza espetacular (principalmente em maio, período em que elas desabrocham). A área, apesar de pouco conhecida e visitada já vem sendo descaracterizada pela ação do homem, merecendo atenção especial para proteção. Um dos principais problemas é a retirada das espécies de orquídea para comercialização.

Além dos atrativos citados, o Rio São Francisco comparece como elemento de indução do desenvolvimento do turismo, com locais para banho, pesca, passeios fluviais e atividades náuticas. Como ponto de apoio, existe potencial para a instalação de um ancoradouro em Curralinho. (Figura 15).

Histórico-cultural – a Trilha do Cangaço é o principal passeio turístico do município, acessado pelo Rio São Francisco por meio do catamarã Pomonga. O catamarã parte do município de Canindé. No percurso passa pela cidade histórica de Piranhas e por formações rochosas, ilhas e praias fluviais. O catamarã atraca na prainha de Poço Redondo onde há uma trilha em meio à caatinga que é realizada a pé. A trilha possui 700 metros de distância até chegar à Grota do Angico: local onde Lampião e Maria Bonita (e mais nove cangaceiros) foram mortos. O passeio custa, em média, R$ 15,00 por pessoa. Ao chegar à trilha é pago o valor de R$ 3,00 por pessoa para o guia levar o turista à Grota do Angico. No retorno o turista pode almoçar no Restaurante Angico e mergulhar nas águas do rio São Francisco.

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A Grota do Angico recebe visitação registrada desde 1996. A visitação teve um aumento considerável a partir de 2003, quando ultrapassou marca de 10.000 visitantes/ano. A trilha de terra de acesso à Grota, passando pela UC, necessita de estudos de impacto e equipamentos de segurança para a sua utilização.

Figura 14: Grota do Angico – Poço Redondo

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Figura 15: Povoado de Curralinho – Poço Redondo

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Científico – inscrições pré-históricas ainda não decifradas pela ciência são encontradas no Morro da Letra, localizado nas proximidades do Povoado Santa Rosa do Ermírio. O local anda não recebe visitações.

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Festas populares – vaquejada e festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição que consistem em atrativos regionais apreciados pela população.

Feira popular – feira do povoado de Curralinho, localizado às margens do São Francisco, onde são comercializados artesanato, peixes e comidas típicas.

Artesanato – inclui o tradicional bordado “redendê”, a escultura em madeira, o trançado com fibras de caroá, além de utensílios em barro, porém não há local permanente para a comercialização. Vale ressaltar o projeto Linhas da Vida da grife Lampião & Maria para as costureiras locais que desenvolvem produtos inspirados na história do Cangaço.

Patrimônio edificado: Praças (Figura 16; Figura 17) e três igrejas históricas.

A Capela de Nossa Senhora da Conceição, localizada no Povoado Curralinho, às margens do São Francisco, está situada no ponto mais elevado do povoado, o que lhe confere maior destaque, e segundo a tradição foi construída pela comunidade em 1874. A arquitetura tem o estilo europeu da época, com frontão arrematado por linhas sinuosas em alto relevo.

A Igreja de Santo Antonio, situada também em Curralinho, data provavelmente do final do Século XIX e está voltada para o Rio São Francisco. Na fachada principal, uma porta em madeira arrematada por um arco abatido e frontão encimado por uma pequena cruz.

A Igreja de São Sebastião, localizada no povoado Bonsucesso, foi construída na segunda metade do Século XIX. A fachada traz a data de 1947, provavelmente o ano em que foi reformada. A fachada principal é voltada para o Rio São Francisco.

Além da importância histórica, as edificações são marcos referenciais que qualificam o cenário local. Neste mesmo contexto encontram-se as praças. Criada em 1988, a Praça do lampião constitui em importante espaço da cidade, sendo designada pela população como um “lugar de memória” do município. Tem também destaque a Praça de Eventos, bastante utilizada no cotidiano da população local, em específico nas datas festivas.

Figura 16: Praça Lampião – Poço Redondo

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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Figura 17: Praça de Eventos – Poço Redondo

Fonte: Technum Consultoria – 2009

C. Considerações sobre a Oferta Turística na Subárea Norte

A Subárea Norte possui a vantagem do município de Canindé de São Francisco posicionar-se como carro-chefe da economia turística do Polo, abrigando o produto que possui melhor infraestrutura.

Canindé abriga os dois hotéis que apresentam as melhores condições de atendimento ao turista em todo o Polo. Poço Redondo, guarda da história do cangaço, o final da jornada de Lampião e Maria Bonita, de grande interesse cultural e se beneficia da proximidade com Canindé.

Os municípios da Subárea Norte possuem belezas naturais, as histórias do cangaço, e atividades de cunho artesanal e cultural, porém esses fatores não são suficientes para captar turistas para permanência.

Apesar do potencial identificado, agrava-se a condição de ingresso dos municípios no mercado turístico devido à falta de estrutura turística e o desprovimento de rede hoteleira qualificada.

2.1.3.2. Municípios da Subárea Centro

Os municípios da Subárea Centro são: Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe, Nossa da Glória, Gararu, Nossa Senhora de Lourdes e Itabi.

Assim como em todos os demais municípios do Polo, há expressiva falta de infraestrutura voltada ao desenvolvimento das atividades turísticas.

A. Porto da Folha

O município possui uma população de 26.520 habitantes (IBGE 2007) e área de 895,1 km².

Porto da Folha também não está preparado para recepcionar e hospedar o turismo pela falta de infraestrutura em todos os níveis. O município possui áreas propícias para o turismo de sol e praia. A pacata cidade, bem cuidada por seus habitantes, exibe uma singela arquitetura vernacular multicolorida que acolhe o visitante (Figura 18). Um evento

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tradicional, a Pega-de-Boi no Mato atrai vaqueiros e pessoas advindas do entorno imediato e de localidades próximas, inclusive de municípios próximos do estado de Alagoas.

O portfolio de atrativos turísticos do município é assim constituído:

Patrimônio Natural – o rio São Francisco é principal atrativo do município. No trecho que banha o município existem diversas ilhas fluviais e locais propícios à realização de passeios de barco. O local de destaque é a Ilha do Ouro, que apesar do nome não é uma ilha, e sim um povoado com características de balneário. Sua maior atração turística é a prainha às margens do rio São Francisco. Está localizada a cerca de 7 km da sede municipal, com acesso por rodovia recentemente pavimentada pelo governo do Estado. É um local tradicional para o banho e lazer, porém com conflito de uso, já que a área é simultaneamente utilizada pela população e visitantes com interesses diversos (banho, localização de pequenos comércios sem infraestrutura adequada, lavagem de roupa e animais e outros). Os poucos equipamentos existentes (restaurantes e ponto de saída para passeios fluviais) necessitam de adequação e manutenção, para garantir maior segurança ao usuário.

Patrimônio edificado – ruas calçadas com paralelepípedos e arquitetura vernacular, arquitetura religiosa exemplificada pelas Igrejas de Nossa Senhora da Conceição, São Pedro e Igreja Matriz (Figura 19).

Artesanato – Bordados produzidos pelas bordadeiras que se assentam à porta das suas casas para bordar, fazer renda, e crochê.

Festa – “pega-de-boi no mato”, manifestação cultural que consiste em uma competição entre vaqueiros com o objetivo de capturar bois soltos na caatinga. Os vaqueiros vencedores, são aplaudidos na cidade, desfilam com o boi capturado e ganham troféus. Atualmente a festa atrai visitantes do entorno - cidades de Sergipe e também dos Estados vizinhos -, porém não há registro do volume de visitantes.

Figura 18: Casario – Porto da Folha

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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Figura 19: Praça da Igreja Matriz – Porto da Folha

Fonte: Technum Consultoria – 2009

B. Monte Alegre de Sergipe

O município possui uma população de 13.199 habitantes (IBGE 2007) e área de 416,8 km².

Além da sede municipal, Monte Alegre de Sergipe possui dois povoados: Lagoa do Roçado e Maravilha, e cinco comunidades: Lagoa da Estrada, Lagoa das Areias, Juazeiro, Uruçu e Santo Antonio.

O pequeno município é ornado pela arquitetura vernacular singela comum a todas as cidades do Polo. O espaço acolhedor da praça da igreja é ponto de referência da cidade. Não existe infraestrutura turística.

Os principais atrativos turísticos da cidade são:

Patrimônio natural – o rio Capivara, que corta toda a parte sul da cidade e faz divisa com o município de Nossa Senhora da Glória, com topografia suavemente plana e afloramento de rochas cristalinas e seixos em seu leito. A parte do rio represada serve de área de lazer para a comunidade. Sua profundidade é de 3 m, com águas em tonalidade verde escuro e propícias para banho. O poder municipal vê no turismo uma oportunidade de desenvolvimento e pretende desenvolver o ecoturismo, aproveitando os aspectos culturais, históricos e a natureza para potencializar a exploração turística. Na caatinga já são exploradas algumas trilhas ecológicas a que vai pela fazenda Olinda, passando pelo antigo casaréu de taipa, até a Pedra do Negro (local tido como um dos esconderijos de Lampião e bando).

Festas religiosas – Padroeiro Sagrado Coração de Jesus e de São João que ocorrem no mês de junho.

Patrimônio edificado – A Igreja de Nossa Senhora da Glória que se destaca pelo seu estilo arquitetônico eclético (Figura 20).

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Figura 20: Praça de Monte Alegre de Sergipe e Igreja

Fonte: Technum Consultoria – 2009

C. Nossa Senhora da Glória

Localizado no sudoeste do Polo Velho Chico, o município apresenta população de 29.446 habitantes (IBGE 2007) e área de 758,4 km².

Originalmente subordinada a Gararu, a ‘Boca da Mata’, como era conhecida Nossa Senhora da Glória, originou-se em local onde havia uma parada para descanso dos viajantes e, com o tempo, consolidou-se como povoado. Tal nome foi inspirado em densa mata que havia naquele local e, ao anoitecer, os viajantes preferiam esperar o dia chegar para dar continuidade à viagem. Sua história relata que a denominação original do município foi mudada pelo pároco Francisco Gonçalves Lima, quando fez campanha para comunidade para comprar a imagem de Nossa Senhora da Glória.

Com o tempo, o local desenvolveu características de entreposto comercial, e ficou conhecido como a ‘Capital do Sertão’, por possuir a maior feira da região (Figura 21) e acabou atingindo um desenvolvimento maior que a sua antiga sede, Gararu.

Figura 21: Feira de Nossa Senhora da Glória

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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A economia do comércio fez instalarem-se alguns hotéis para abrigar os comerciantes de outras localidades, essa pequena rede hoteleira dá sinais de dinamização, percebida pela identificação de obras de expansão de unidades em visita a campo. Dentre os atrativos turísticos destacam-se:

Bens Naturais – Locais para banho às margens do São Francisco: Tanque de Pedra e Barragem. Registra-se que a Barragem, atualmente, está poluída.

Produtos de gastronomia – encontra-se em locais como o Ponto do Bode que oferece uma grande diversidade de produtos derivados do leite de cabra, a famosa buchada e a carne de bode cozida ou assada. A Casa de Doce da Dona Nena, onde se produzem e comercializam doces típicos da região.

Patrimônio edificado – a igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. Sua atratividade, porém, é local, com visitação de cunho religioso.

Feira popular – Feira de grandes dimensões com oferta de diversos tipos de produtos e caráter regional. Tem proporcionado o desenvolvimento de negócios e o aquecimento do setor hoteleiro local, com ampliação dos equipamentos de hospedagem voltados especificamente à demanda dos visitantes do entorno em busca de bens e serviços. O aumento dos negócios tem ocorrido de forma natural, conforme cresce a atração do comércio ali praticado, sem que haja uma estruturação geral dessa oportunidade como produto turístico regional, ou complementar ao destino consolidado de Canindé de São Francisco. A feira se destaca ainda pela venda de artesanato.

Festa populares – carnaforró, uma micareta fora de época que traz uma mistura de ritmos do axé e forró e movimenta a cidade todos os anos.

Festa religiosa – da Padroeira que ocorre no mês de agosto

Artesanato – O município possui dois artesãos reconhecidos, o Véio e Dona Aparecida (Figuras 22 e 23). Há pouco incentivo por parte do poder público para o desenvolvimento do artesanato e para suprir esta deficiência a artesã Dona Aparecida, criou, em sua residência no centro da cidade, um pequeno espaço para que os artesãos locais tenham onde expor seu trabalho, para divulgação e comercialização. O local é denominado Palácio das Artes, onde se expõem peças de barro, pinturas em tela, artigos feitos a partir da casca do coco, e artigos em couro.

Cultura – semana de Arte e Cultura ocorre no mês de agosto com exposições produzidas por artesãos da localidade, destacando em cada ano os novos talentos.

Figura 22: Artesanato de coco e porcelana fria – Nossa Senhora da Glória

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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Figura 23: Artesanato de madeira do artesão Véio – Nossa Senhora da Glória

Fonte: Technum Consultoria – 2009

D. Gararu

O município se localiza a nordeste do Polo Velho Chico, conta com uma população, de 11.606 habitantes (IBGE 2007), e área de 640,4 km².

A cidade de Gararu, originalmente conhecida como Curral de Pedras, em decorrência da grande quantidade de currais construídos com pedras pelos primeiros criadores que ali se instalaram e aproveitaram as pedras para fazer cercados à beira do Rio São Francisco, onde confinavam seus rebanhos de bovinos, caprinos e ovinos.

Posteriormente, as terras foram ocupadas por uma tribo indígena, cujo cacique se chamava Gararu, daí a origem do nome atual do município.

Gararu destaca-se por ter recebido recursos do PRODETUR I para urbanização da Orla, que atualmente encontra-se deteriorada necessitando intervenção.

Figura 24: Orla Gararu

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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Os atrativos que apresentam potencial turístico são:

Bens Naturais – rios Gararu e São Francisco, além da Lagoa do Gararu e outras quatro menores. A Praia do Oiteiro que se localiza na margem direita do São Francisco, faz parte da Planície Fluvial que recebe os efeitos das cheias do Rio. Possui extensão de 3 km e apresenta relevo ondulado com ocorrência de dunas. No local há bares, ocorrem práticas de esportes radicais, encontros de jipes e passeios de barcos. Da praia avista-se a cidade de Gararu, com seu casario e a Igreja de Bom Jesus dos Aflitos. Na área rural destaca-se a Serra da Melancia, configuração marcante na paisagem com altitude de 310 metros. No seu topo há uma capela onde é celebrada uma Missa na Sexta-feira da Paixão. Estão ainda presentes a Serra da Tabanga e a Serra das Queimadas que oferecem diversas trilhas. Um ponto de referência na região é o Buraco da Maria Pereira, que consiste em uma abertura na rocha, com formação interessante (em forma de paredão) e colorida. De acordo com a história popular, neste lugar morou D. Maria Pereira, que apesar das poucas informações de referência se tornou uma figura lendária na cidade. O percurso para se chegar ao buraco é realizado através das águas do São Francisco. Durante a viagem há uma belíssima paisagem formada por um relevo de ondulações cobertas pela caatinga.

Científicos – o sítio arqueológico da trilha do Diogo, ainda sem visitação, onde se observam pinturas rupestres gravadas nas rochas. Além das pinturas, também foram encontrados no subsolo das imediações ossos de animais que viveram na região há muitos anos.

Patrimônio edificado – trecho da Orla, urbanizado com recursos Prodetur I. A Igreja Bom Jesus dos Aflitos de bela arquitetura com características do estilo barroco e a Praça do Cruzeiro (Figura 25). Festas populares – destacam-se o carnaval e a cavalhada, assim como a corrida de canoas, realizada no mês de janeiro, e representa uma competição de barcos a vela.

Festas religiosas – do padroeiro, do Aniversário do Cruzeiro (10 de maio), a do cavalgado (setembro), os festejos de São Pedro e São João (junho). O principal evento, no entanto, é a festa do Bom Jesus dos Aflitos.

Artesanato – bordados, crochê (ponto de cruz, ponto cheio, redendê, renda de bilro), a produção de instrumentos de trabalho como as redes de pesca, os covos (para capturar camarão e pitu), as miniaturas de canoas e as colheres-de-pau.

Gastronomia – produção local de licores.

Figura 25: Igreja Bom Jesus dos Aflitos

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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E. Nossa Senhora de Lourdes

Localizado no leste do Polo Velho Chico, o município possui população de 6.280 habitantes (IBGE 2007) e área de 80,66 km².

A história de Nossa Senhora de Lourdes remonta ao ano de 1810, com a chegada do casal pernambucano Joaquim José e Ana Josefa da Rocha na região. O casal de migrantes buscava refúgio da seca que assolava o sertão pernambucano, encontrando o caminho de uma grande lagoa, habitat de um bando de antas e ali se estabeleceram. O lugar foi batizado de Lagoa das Antas, mas passou a se chamar Arraial de Antas em 1950. Posteriormente, o nome foi mudado para Nossa Senhora de Lourdes.

Era um povoado que fazia parte do segundo distrito do município de Canhoba, e foi elevado a município pela Lei n. 1.034 de maio de 1963.

Neste município existe ponto de atracação de balsa para travessia do rio São Francisco, porém não existe infraestrutura de atracadouro e pátio de acesso para os veículos (Figura 27).

Os atrativos de potencial turístico da região são:

Patrimônio natural – rio São Francisco. Festas religiosas – Festa de Nossa Senhora de Lourdes e dos Navegantes com procissão de barcos. Patrimônio edificado – antigo casario, em alguns trechos da cidade, (Figura 26). Gastronomia – grande e diversificada produção de mariscos.

Figura 26: Balsa

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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Figura 27: Casario – N. S. de Lourdes

Fonte: Technum Consultoria – 2009

F. Itabi

Município localizado no sudeste do Polo Velho Chico. Possui população de 4.736 habitantes (IBGE 2007) e 203 Km² quadrados de área.

A história do município de Itabi se inicia em 1821. Conta-se que o nome do município surgiu da descoberta, por caçadores, da lagoa que se preserva até hoje na cidade. No caminho, em suas imediações, os caçadores encontraram diversas panelas e pedras enormes. A visão de uma das pedras partida referenciou o batismo do lugar de Itabi, que significa pedra (ita) e duas (bi:).

A cultura popular é diversificada O itabiense que mais vivenciou essas manifestações foi Francisco Pedral do Couto, 84 anos, que implantou o Reisado no município. Seus relatos retratam a época da chegada dos Guerreiros de Capela. “Era muito bonito. Eu gostei muito das cantigas e da dança”.

A festa do jegue (Figuras: 28 e 29) de Itabi, começou em 1979 e também projetou nacionalmente o nome da cidade, sendo noticiada pelo Fantástico e Globo Rural em 1984, e tendo permanecido por algum tempo na vinheta de abertura desse programa. O idealizador do evento foi o prefeito do município, que viu a oportunidade de fortalecer um evento específico, diferente das épocas tradicionais de Natal e festejos juninos. A festa é organizada nos moldes de uma olimpíada: com corridas de jegue, de cavalo, de pedestre, vaquejada, ciclismo, motocross e luta de box. O principal atrativo da festa é o jegue que serve como elemento na disputa pela melhor caracterização e pelo animal mais rápido. Outro ponto interessante da história de Itabi é o bairro Matia que foi formado por negros, criando uma espécie de apartheid no município. Eles fugiram da discriminação, se aglomerando e criando sua própria comunidade, onde criaram a Festa do São Gonçalo.

Podem-se destacar os seguintes atrativos com potencial turístico:

Festas religiosas – Festas de São Gonçalo, de Natal e de São José.

Festas folclóricas e populares – Cavalhada, Reisado, Bumba-meu-boi, Corrida de Jegue e Vaquejada.

Artesanato – o artesanato do artista plástico François Hoald, nascido Manoel Roald de Melo

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em 1949, se destaca. O artesão foi reconhecido nacionalmente, após a sua morte prematura aos 25 anos de idade, pela sua pintura colorida em quadros e cerâmicas, que retratavam a natureza tendo o caju como tema.

Figura 28: Festival do Jegue – Itabi

Fonte: Technum Consultoria

Figura 29: Festival do Jegue – Itabi

Fonte: Technum Consultoria

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G. Considerações sobre a Oferta Turística da Subárea Centro

Esta Subárea caracteriza-se por ofertar uma grande feira regional, festas e artesanato diversificado, sendo também presente o rio como atrativo devido às atividades de sol e praia. Surpreende a quase absoluta falta de estruturação turística nesta porção central do Polo.

Dos municípios desta Subárea, Nossa Senhora da Glória oferece melhor estrutura hoteleira, com 4 hotéis em funcionamento e 2 hotéis em construção.

A Subárea corresponde a uma região que possui atividades economicamente importantes e pode beneficiar os demais municípios com a estrutura hoteleira existente e que vem se expandindo (ver oferta hoteleira).

Destaca-se também Gararu que oferta um ambiente propício ao desenvolvimento de atividades turísticas pela variedade de atrativos, que vão desde belezas naturais até suas manifestações culturais. No entanto a cidade não oferece atividades estruturadas e nem meios de hospedagem qualificados para receber turistas. E assim, a economia do turismo tem dificuldades em se firmar no local. A falta de interesse afeta a estrutura existente, que apresenta sinais de degradação.

Em alguns pontos da região há visitação desordenada pela população do entorno que chega em ônibus fretados em busca de lazer, sol e praia à beira do rio São Francisco nos finais de semana. A desorganização e falta de estrutura para recebê-los resulta em impactos ambientais no que toca a segurança e saneamento ambiental. Além do impacto gerado, a precariedade dos equipamentos existentes compromete a atração de um perfil de turistas com maior poder aquisitivo.

Para a integração da Subárea Centro no setor turístico, bem como no Polo Velho Chico, torna-se necessário agregar valores a essa riqueza para que a atividade turística seja explorada de forma adequada e, também, desenvolver uma infraestrutura apropriada para a prática do turismo.

2.1.3.3. Municípios da Subárea Leste

A. Canhoba

Localizado no sudeste do Polo Velho Chico, sua população é de 3.910 habitantes (IBGE 2007) e possui uma área de 165,8 km² (Figura 30).

Os primeiros habitantes de Canhoba foram os índios da tribo Cataioba e o nome da cidade é herança de sua passagem pela região e significa “folhas escondidas”, nome de uma planta medicinal por eles utilizada. Com a chegada dos portugueses, os índios fugiram, mas deixaram sua marca no nome do município. Canhoba foi elevado à sede do município em 1938. Sua delimitação resultou do desmembrado de parte dos municípios de Aquidabã, Gararu e Propriá.

Entre os pontos de interesse turístico estão:

Patrimônio natural – o rio São Francisco e a lagoa Canhoba, que se torna um eventual porto quando o rio está cheio. Além desses há também os riachos Cancelo, Mão Direita e Jauariba. Serra do Retiro: abriga a Cachoeirinha do Retiro, as Grutas da Aroeira e das Bestas e a Pedra do Monjolo, locais onde a vegetação nativa é predominante. O seu pico, denominado Pico do Retiro, é um marco na paisagem local.

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Patrimônio edificado – Igreja Nossa Senhora da Conceição, localidade de fácil acesso, porém sem instalações de apoio. Existe ainda curiosidade como um velho casarão em ruínas que marcam a passagem do tempo no povoado rural de Borda da Mata (Figura 31).

Atrativos culturais – Compõem-se de festas populares e religiosas, com destaque para o Dia de Reis e as festas do Santo Cruzeiro e de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira da cidade. O folclore também é bastante rico, apresentando as danças de Reisados, Guerreiros, Chegança ou Marujada. Também se realizam na cidade as Vaquejadas, no Palhoção, uma grande arena, cercada de folhagens com cobertura de palha, local também utilizado para danças folclóricas, shows e apresentações musicais.

Figura 30: Vista da cidade – Canhoba

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Figura 31: Vista do pátio interno do casarão em ruínas, no povoado de Borda da Mata - Canhoba

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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B. Amparo do São Francisco

Localizado no sudeste do Polo Velho Chico, tem uma população de 2.197 habitantes (IBGE 2007) e possui área total de 35,17 km².

O nome da cidade deve-se ao dono de uma grande gleba de terras na região, lavrador e criador de gado, João da Cruz Freire. Ao ser questionado sobre o nome de sua propriedade, respondeu que ela se chamaria Amparo, acrescentando que fizera daquelas terras o seu “amparo”.

Em novembro de 1953, o lugar conquistou a posição de sede de município com o nome oficial de Amparo de São Francisco.

Apresenta alguns pontos de relevante interesse turístico. São eles:

Patrimônio natural – a prainha do Amparo: localizada às margens do rio São Francisco (Figura 32), possui fácil acesso e posição estratégica para a atividade de banho, porém não existem muitas instalações e serviços de apoio. A orla é utilizada para lazer e, nos fins de semana, ocupada por ônibus fretados. A Lagoa do Campinho e a do Morro da Velha são alguns dos atrativos também visitados.

Figura 32: Vista da Prainha – Amparo de São Francisco

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Festas religiosas e populares – a principal manifestação folclórica do município é a festa da padroeira, que conta com novena e procissão, além da apresentação de Pastoril e Guerreiros, vindos de outros municípios. Também é comemorada a Emancipação Política (25 de novembro de 1953) e a Festa do Povoado de São José.

Artesanato – utensílios de barro e argila e bordados (ponto de cruz). Constata-se ainda a existência de associação de artesãos no local.

Atividades de pesca – realizada de modo artesanal em canoas, ainda é uma atividade presente no município, assim como a venda de pescados sem intermediários na orla.

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Figura 33: Vista panorâmica – Amparo de São Francisco

Fonte: Technum Consultoria – 2009

C. Telha

Localizado no sudeste do Polo Velho Chico, possui população de 2.852 habitantes, segundo dados do IBGE no ano de 2007, e área de 56 Km².

O município surgiu em razão do estabelecimento de duas famílias holandesas na região que construíram uma fábrica de telhas de barro cozido, de onde se originou o nome Telha de Cima, dado ao povoado que se consolidou no entorno da fábrica.

O município foi fundado em terras pertencentes anteriormente a Propriá. Emancipou-se na década de 1960.

As atividades de atração turística na região são:

Patrimônio natural – a praia fluvial de Adutora, por possuir águas esverdeadas e limpas, e vegetação pluvial, é convidativa à contemplação e propícia ao banho e no local são realizados passeios de canoa. A praia atrai visitantes no final de semana. O acesso pode ser feito pela rodovia SE 200, ou de catamarã, saindo de Propriá.

Patrimônio edificado – existe exemplares de casarões que guardam a memória da arquitetura do município (Figura 34).

Gastronomia – pratos a base de peixes e camarões de água doce. São comercializados em 24 barracas localizadas na praia da Adutora, a 4 km de Própria.

Artesanato – o artesanato de barro, dentre outros tipos, são recursos econômicos que geram mais oportunidades de ocupação e renda no município.

Festas religiosas e populares – A Festa da Padroeira da cidade é a principal manifestação de cunho religioso. O carnaval é também um evento consolidado.

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Figura 34: Vista de casarão – Telha

Fonte: Technum Consultoria – 2009

D. Propriá

Município localiza-se no sudeste do Polo Velho Chico, com população, estimada em 27.629 (IBGE 2007) habitantes. Possui uma área de 95,51 km².

A Vila de Propriá foi criada em 7 de fevereiro de 1802 por padres jesuítas. A localidade era, inicialmente, conhecida pelo curioso nome de Urubu de Baixo.

No ano de 1866, foi criado o município de Propriá, que se posicionou no comando administrativo de várias localidades da região do rio São Francisco. Propriá já ostentou a segunda economia do Estado de Sergipe, depois de Aracaju, e liderou o comércio atacadista do baixo São Francisco. Atualmente, a pesca, aliada à produção das pequenas indústrias que se instalaram no local, a tradição em feiras, o comércio de diferentes produtos possibilitam a promoção de atividades baseadas no setor de serviços.

Própria guarda a história da ocupação do Estado e merece destaque pelos seguintes atrativos:

Patrimônio natural – a orla ribeirinha possui praias fluviais, ilhas e locais propícios para banho (fora da área urbana); a atrativa e inexplorada praia de São Vicente é uma praia fluvial no povoado do mesmo nome. O rio São Francisco aparece como maior potencial turístico, mas é nas suas margens que ocorrem a maior parte dos problemas ambientais: óleo diesel, decorrente das embarcações sem controle ambiental, lixo na orla fluvial ocasionado pela passagem e não permanência do transeunte, pela posição estratégica de distribuição de carga e passageiros etc., esgotos diretos no curso d’água - ausência de saneamento básico.

Gastronomia – pratos à base de mariscos, peixes e pitu, encontrados nos restaurantes à beira do rio.

Patrimônio edificado – a Igreja Matriz de Santo Antonio e a Catedral Diocesana (Figura 35) e casario antigo (Figura 36); o principal hotel de Propriá é o Hotel Velho Chico (Figura 37), que conta com 38 UH e funciona há 9 anos, mas hoje opera com parte de suas UH’s

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desativadas, o hotel também é considerado ponto de atração turística da cidade, uma vez que possui vista panorâmica do rio São Francisco; ponte que liga Sergipe a Alagoas, inaugurada em 1972, há uma bela vista panorâmica do rio São Francisco.

Figura 35: Catedral diocesana – Propriá

Fonte: Technum Consultoria – 2009 Figura 36: Casarão Histórico – Propriá

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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Figura 37: Hotel Velho Chico – Propriá

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Cultura – memorial do Baixo São Francisco, que reúne um acervo de fotografias, indumentárias, quadros e jornais, resguardando costumes, crenças, folclore e a história dos municípios que compõem a região do Baixo São Francisco.

Festas religiosas – As principais festividades da cidade são: festa do Bom Jesus dos Navegantes com Procissão Fluvial e a de Santa Luzia (Dezembro).

Artesanato – destacam-se o tricô e os bordados (Figura 38); o Centro Cultural e Artes Florival Santos representa entidade de incentivo ao artesanato local (Figura 39).

Figura 38: Artesanato – Propriá

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Figura 39: Centro de Cultura e Artes Florival Santos – Propriá

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Fonte: Technum Consultoria – 2009

E. Cedro de São João

Localizado a sudeste no polo Velho Chico, possui população de 5.358 habitantes (IBGE 2007) e área de 80 km².

O nome do município vem da árvore encontrada em grande quantidade na localidade. A cidade surgiu com a instalação da fazenda batizada com o mesmo nome, no século XVIII.

Os atrativos turísticos de Cedro de São João são:

Patrimônio natural – A Ilha da Ostra é um ponto de destaque, continuando, a exemplo dos outros municípios, o rio São Francisco como o principal atrativo. Há diversas lagoas na zona rural, podendo ser citadas as do Cedro, da Gameleira e a Seca. Patrimônio edificado – A cidade possui uma singela praça e igreja (Figura 40) que marca a paisagem urbana.

Figura 40: Igreja – Cedro de São João

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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Festas religiosas e populares – destacam-se as festas do padroeiro São João Batista (junho), de São José (procissão em 19 de março) e Folguedos, Reisado ou Pastoril (24 de dezembro a 6 de janeiro).

Artesanato – Cedro de São João é conhecido como cidade das bordadeiras, as artesãs realizam trabalhos em redendê e ponto de cruz (Figura 41).

Figura 41: Bordados – Cedro de São João

Fonte: Technum Consultoria – 2009

F. Japoatã

O município possui população de 13.539 habitantes (IBGE 2007) e área de 397,4 km².

A cidade foi fundada pelos jesuítas no ano de 1572. Da época dos jesuítas, restaram na cidade a pia batismal e o Cruzeiro de Pedra, localizado na praça principal, em frente à Igreja Matriz. Segundo a crença local, o Cruzeiro seria o ponto de partida de um labirinto subterrâneo onde os jesuítas, expulsos pelo Marquês do Pombal em 1768, depositaram tudo o que havia de valioso. Para não perderem o local do esconderijo dos valiosos bens, os padres demarcaram o local do subterrâneo com placas. Tais placas foram encontradas na década de 30, comprovando a história e chamando a atenção de todo o Estado, colocando o município em evidência em diferentes meios de comunicação locais e nacionais.

Merecem destaque os seguintes atrativos:

Patrimônio edificado – o casario vernacular (Figura 42);

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Figura 42: Casario – Japoatã

Fonte: www.skyscrapercity.com – 2009

Patrimônio histórico – o Cruzeiro de Pedra (Figura 43) e a pia batismal deixada pelos jesuítas, Igreja Matriz (século XVII);

Figura 43: Cruzeiro e Praça da Igreja Matriz – Japoatã

Fonte: www.skyscrapercity.com – 2009

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G. Santana do São Francisco

O município está localizado no sudeste do Polo Velho Chico, com população de 6.596 habitantes (IBGE 2007). Possui uma área de 47,22 km².

Chamada inicialmente de Carrapicho, devido à abundância de uma planta rasteira de mesmo nome, foi fundada por portugueses. Posteriormente recebeu o nome de Santana do São Francisco recebendo este nome para homenagear ao mesmo tempo a padroeira da cidade – Nossa Senhora Santana – e o rio São Francisco.

É o maior centro ceramista do Estado. A maioria dos habitantes, por volta de 70%, está envolvida na produção artesanal de peças utilitárias e decorativas, confeccionadas com argila retirada da beira do Rio, famosas no Brasil e no exterior; mas a produção artesanal ainda é baixa, decorrente de problemas sociais e de comercialização. A fuligem dos fornos de cerâmica e o lixo depositado na orla fluvial são os maiores impactos apontados pela população.

Os atrativos de interesse turístico são:

Patrimônio natural – rio São Francisco: maior atrativo natural existente em Santana do São Francisco, destacando a praia fluvial de Nossa Senhora da Saúde onde possui acesso para os banhistas e uma paisagem peculiar (Figura 44). No povoado de Carrapicho pode-se ter uma vista privilegiada do Rio São Francisco.

Festa religiosa – A cidade é palco da festa de Senhora de Santana.

Artesanato – cerâmica de diversas utilidades e formas (vasos, pequenas esculturas, potes e talhas para filtrar água) em argila e barro. (Figura 45).

Figura 44: Praia com bares no povoado Saúde

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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Figura 45: Artesanato de cerâmica.

Fonte: Technum Consultoria – 2009

H. Neópolis

Localizada no sudeste do Polo Velho Chico, sua população é de 18.909 habitantes (IBGE 2007) e possui uma área de 249,9km².

Foi fundada como vila, inicialmente com o nome de Santo Antônio de Vila Nova. No ano de 1910, a vila foi elevada à categoria de cidade e em 1940 recebe o nome de Neópolis (Figura 46).

Figura 46: Vista da cidade – Neópolis

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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As terras de Neópolis foram doadas pelo rei de Portugal a Antônio de Britto Castro, com o compromisso de dotar a vila de 30 casas, cadeia, pelourinho e casa de câmara.

No ano de 1683, seu filho Sebastião de Britto de Castro requereu a nomeação em substituição a seu falecido pai. Em decorrência disso, a Coroa solicitou a comprovação do cumprimento das cláusulas da doação. O herdeiro informou, em 1689, que todas as exigências haviam sido cumpridas, inclusive que a vila já contava com 200 moradores.

Para comprovar a veracidade de tal informação foi enviado à região um ouvidor para realizar uma vistoria. Nesse momento, foi constatado que o donatário não havia cumprido o acordo, como fora combinado, pois os prédios eram frágeis, cobertos de palha, em vez de serem construídos de alvenaria e madeira. Consequentemente, a vila voltou a ser patrimônio da Coroa, passando a se chamar Vila Real do São Francisco, antes de ser nominada Neópolis.

Atualmente existe a travessia interestadual até de Penedo (AL), realizada por meio de balsa para automóveis e pessoas. É um dos acessos do interior alagoano para a região do Polo sendo também um caminho alternativo para acessar a capital Aracaju.

Na sede urbana existe um atracadouro flutuante na orla, em bom estado de conservação e com capacidade de atender a uma demanda turística para o município, necessitando apenas de algumas melhorias de pintura e sinalização. Ao lado do atracadouro, foi identificado um lançamento de esgoto que interfere numa possível atividade turística. A ADEMA – Administração Estadual de Meio Ambiente – não tem aprovado licenciamento de restaurantes e outras atividades turísticas tendo em vista a inexistência de sistema de coleta e tratamento de esgotos, na tentativa de evitar que mais resíduos sejam lançados diretamente no rio. A prefeitura municipal de Neópolis tem projeto de construção de uma praça de eventos, com uma marina na atual área da prainha. Além da praça de eventos, constam no projeto uma quadra de esportes e um campo de futebol. O projeto e a licença ambiental já estão aprovados, a obra já está licitada com recursos do Ministério do Turismo.

Os atrativos de interesse turístico são:

Patrimônio natural – no rio São Francisco, principal atrativo, destacam-se as praias fluviais e as ilhas Nozinho, Saúde e Mato; na zona rural destacam diversas lagoas: Betume, a da fazenda Santana e a da Pindoba; o Morro do Aracaré, localizado às margens do Rio São Francisco. O Platô de Neópolis e os perímetros irrigados, com área de 7.230 ha e implantação de fruticultura, tem destaque e atraem visitação própria, voltada especificamente ao segmento de negócios.

Patrimônio histórico e edificado – Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Figura 47), tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, e a igreja da Matriz de Santo Antonio, que conta com uma Orquestra Filarmônica. Festas religiosas – festa do padroeiro, procissão de Nossa Senhora do Rosário (outubro) e procissão de Bom Jesus dos navegantes (janeiro e fevereiro), realizada no rio São Francisco.

Artesanato – a cerâmica produzida em várias cooperativas de artesãos.

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Figura 47: Igreja de Nossa Senhora do Rosário – Neópolis

Fonte: Technum Consultoria – 2009

I. Ilha das Flores

O município está localizado no sudeste no Polo Velho Chico. Possui população de 8.598 habitantes (IBGE 2007) e ocupa uma área de 57,62 km².

O povoado, anteriormente denominado Ilha dos Bois, passou a vila e sede de distrito de paz do município de Brejo Grande em 1957. Foi elevado à categoria de município em 1959.

Seu nome, Ilha das Flores, vem da grande quantidade de flores nativas que havia em suas terras. O município apresenta potencial paisagístico, hídrico e hidroviário. Os passeios pelas croas e braços de rios, aliados à beleza natural, aparecem como atrativos potenciais. Igualmente, os impactos apresentados se concentram no destino dos resíduos e da contaminação por agrotóxicos, lixo e embalagens.

Sob o aspecto econômico, a feira e mercado popular se constituem como pontos tradicionais de venda de pescado e outros víveres.

As atrações turísticas do município são:

Patrimônio natural – estuário do São Francisco: para o estuário partem, de um atracadouro improvisado (Figura 48), passeios que levam os turistas para as cidades ribeirinhas vizinhas de Própria, Neópolis, Pacatuba, Santana do São Francisco e Brejo Grande. Os passeios são realizados de Catamarã e outros tipos de barcos típicos da região. No trajeto são encontradas inúmeras piscinas naturais que se formam ao longo dessas cidades propícias ao banho. O valor é, em média, R$ 20,00 por pessoa.

Patrimônio edificado – casario de arquitetura vernacular (Figura 49).

Festa religiosa e cívica – a do Bom Jesus dos navegantes que ocorre em fevereiro. Manifestações de ordem cívica também são registradas.

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Figura 48: Atracadouro – Ilha das Flores

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Figura 49: Casario – Neópolis

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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J. Considerações Sobre a Subárea Leste

Propriá e Neópolis são os centros urbanos mais desenvolvidos dentre as cidades da Subárea Leste. A proximidade da capital Aracaju e da rota rodoviária que leva ao estado de Alagoas posiciona Propriá em um importante eixo de entrada no Polo e também como eixo de ligação para os outros mercados potenciais.

O interesse turístico nesta Subárea está relacionado fortemente ao atrativo do rio São Francisco, à formação das cidades do sertão e às manifestações culturais como festas e artesanato de barro. No entanto, a estrutura existente revela que a economia do turismo também ali não está fortalecida. São poucas unidades hoteleiras, o tratamento urbanístico e paisagístico das cidades não enriquece o patrimônio potencial. Todos os municípios carecem de estrutura turística para melhorar sua atratividade.

O fluxo atual de pessoas tem relação com a economia agrícola local, o comércio e a passagem pela rota da divisa do Estado, sendo a permanência em hotéis comumente ligada a esse tipo de movimento e não a uma atração turística.

A Subárea Leste, em contraste com a falta de direcionamento econômico à atividade turística, guarda atrativos ricos representados pela orla do rio São Francisco, os bens culturais, a história, a tradição religiosa e popular, as áreas de banho e lazer.

2.1.4. Considerações Gerais sobre as Subáreas e a Relação entre a Oferta de Atrativos Turísticos.

A Subárea Norte, além da vocação do ambiente natural e histórico-cultural favorável para o turismo, já possui alguma estrutura turística ligada ao produto dos cânions do São Francisco e ao atrativo complementar baseado na história do cangaço. Soma-se a isto sua posição favorável com relação à acessibilidade realizada pela rodovia estadual SE 230, em excelente estado de conservação.

No entanto, não existe atualmente planejamento local, organização institucional ou congregação de entidades fortalecidas para disseminar a ideia dos benefícios e oportunidades que a economia do turismo pode trazer para toda a região. Assim, Canindé e Poço Redondo, onde estão situados os principais atrativos, não geram incentivos para os municípios das Subáreas Centro e Leste, que não estabelecem uma conexão efetiva com a economia do turismo que se desenvolve na Subárea Norte.

A dinâmica econômica da Subárea Leste é capitaneada por Propriá, mas falta-lhe direcionamento para as atividades turísticas, apesar dos atrativos que possui e de sua posição estratégica de travessia na divisa entre Sergipe e Alagoas. Desse modo também não há integração.

Não havendo articulação entre os municípios turisticamente mais organizados da Subárea Norte e constatado o despreparo dos municípios mais fortes economicamente da Subárea Leste, a Subárea Centro perde, de certa forma, a oportunidade de ingressar na economia do turismo, porque, excetuando-se Nossa Senhora da Glória, os demais municípios desta Subárea são frágeis economicamente. Este fato induz a considerar a relação de dependência destes municípios com os municípios mais estruturados para que ocorra sua integração com as Subáreas mais fortes e mais bem posicionados com relação à acessibilidade.

Percebe-se assim certa hierarquia, na qual Canindé de São Francisco deveria se posicionar como município indutor por possuir um produto consolidado e maior estrutura turística. Propriá a Leste do Polo e Nossa Senhora da Glória na porção central, também se destacam

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por sua economia e melhores condições de urbanização e serviços básicos, o que os posiciona também como indutores potenciais.

Os problemas de integração identificados entre as três Subáreas revela que há necessidade de construir-se uma nova dinâmica no que diz respeito à organização econômica dos municípios para que, de forma colaborativa, seja conquistada a integração necessária para o desenvolvimento da região como polo turístico.

2.1.5. Síntese dos Atrativos e Atividades Turísticas Potenciais por Município e Considerações sobre Segmento Turístico Principal

Abordadas as informações gerais sobre as características e oferta de recursos turísticos nos municípios, a análise volta-se para a compreensão dos atrativos como parte do conjunto total do Polo Velho Chico. A definição dos segmentos turísticos que mais se adequam às características do Polo leva à idealização das ações sustentáveis de exploração desses recursos que culminarão, juntamente com as demais avaliações conjunturais e socioambientais, com a definição das Estratégias e do Plano de Ação para a Área Turística.

A Tabela 02 apresenta, por Subárea, os atrativos que compõem o acervo do Velho Chico, condensando a base para seu portfólio turístico. Identifica, também, a condição dos atrativos como: (i) já estabelecidos como produto comercializado ou em desenvolvimento, inserido em roteiro ofertado ou com acesso facilitado; (ii) potenciais ou (iii) atrativos que recebem visitação de população do entorno, mas ainda sem estruturação ou integração com os roteiros já comercializados.

Tabela 02: Síntese dos Atrativos e atividades turísticas por município.

Município Atrativos Turísticos Caráter das

atividades existentes ou potenciais

Segmento Potencial

SUBÁREA NORTE

1. Canindé de São Francisco

� Rio São Francisco; � Lago e Usina Hidroelétrica; � Cânion de Xingó (Cânions do São Francisco -

quinto maior cânion navegável do mundo); � Gruta do Talhado e outras formações

rochosas peculiares; e � Orlas, praias fluviais e ilhas.

Contemplação do ambiente natural, Lazer de praia, passeios de barco e de pesca.

• Ecoturismo • Náutico

� Bioma Caatinga (Trilhas Ecológicas); � Vale dos Mestres; e � Cachoeira da Curva.

Lazer de aventura, trilhas e contemplação da natureza, trilhas.

• Ecoturismo • Aventura

� Museu de Arqueologia do Xingó- MAX; Sítios arqueológicos da Fazenda Mundo Novo;

� Festa do Quiabo; e � Feira Agropecuária do Grande Sertão de

Sergipe.

História, ciência, cultura e festejos.

• Histórico-cultural

2. Poço Redondo

� Rio São Francisco; e � Rio Jacaré.

Lazer de praia, náutico e de pesca.

• Ecoturismo • Sol e praia • Náutico • Pesca

� Trilhas; � Cachoeiras; � Serra da Guia; e � Unidade de Conservação da Grota do

Angico (Unidade de Conservação - UC na categoria de Monumento Natural).

Trilhas, aventura e contemplação da natureza.

• Ecoturismo • Aventura

� Inscrições pré-históricas no Morro da Letra; � Monumento da Grota do Angico (Lampião e

História e cultura, gastronomia,

• Histórico-cultural

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Município Atrativos Turísticos Caráter das

atividades existentes ou potenciais

Segmento Potencial

Maria Bonita e a história do cangaço); � Povoado de Curralinho/Feira de artesanato,

peixes e comidas típicas. � Vaquejada; � Festa da padroeira Nossa Senhora da

Conceição; e � Artesanato: Bordado.

tradição religiosa e festas populares.

Problemas dos municípios da Subárea Norte relacionados aos atrativos turísticos: • Apesar dos cânions constituírem em produto forte e em desenvolvimento, há deficiência em roteiro e

integração com o Polo para incentivar a permanência do turista na região; • Pouca estrutura turística a jusante da barragem de Xingó e junto a outros pontos de relev6ancia

turística (a exemplo da Grota do Angico e Sítios Arqueológicos); • Pouca oferta de gastronomia e artesanato; • Atrativos turísticos potenciais inexplorados; • Falta de integração de roteiros no Polo Velho Chico, principalmente em relação aos Cânions e

atrativos ou equipamentos históricos -culturais .

SUBÁREA CENTRO

3. Porto da Folha

� Rio São Francisco; e � Ilha do Ouro.

Lazer de praia, passeios de barco, contemplação da natureza e lazer de pesca.

• Ecoturismo • Sol e praia • Náutico • Pesca

� Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Igreja de São Pedro;

� Igreja Matriz; � Artesanato (renda, crochê e bordados); e � Pega de boi no mato.

Artesanato, arquitetura e manifestação regional – Festejos.

• Histórico-cultural

4. Monte Alegre de Sergipe

� Rio Capivara. Lazer de praia e pesca.

• Sol e praia • Pesca

� Trilhas; e � Bioma da Caatinga.

Trilhas. • Ecoturismo • Aventura

� Festa do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus;

� Festa de São João; e � Igreja de Nossa Senhora da Glória (estilo

arquitetônico eclético).

Tradições religiosas. • Histórico-cultural

5. Nossa Senhora da Glória

� Tanque de Pedra e Barragem. Lazer de praia. • Sol e praia � Maior feira de artesanato da região; � Casa de Doce da Dona Nena; � Palácio das Artes; � Ponto do Bode; � Carnaforró; � Festa de Nossa Senhora da Glória; e � Semana de Arte e Cultura.

Arte, Artesanato, gastronomia, festas populares e DE tradição religiosa.

• Histórico-cultural

6. Gararu

� Rio São Francisco; � Rio Gararu; � Lagoa do Gararu; e � Praia do Oiteiro.

Lazer de praia, passeios de barco, contemplação da natureza e lazer de pesca.

• Sol e praia • Náutico • Pesca • Aventura

� Serras da Melancia, Tabanga e Queimadas; � Trilha do Diogo; e � Cavernas (destaque para o Buraco da Maria

Pereira).

Trilhas, aventura e contemplação da natureza.

• Ecoturismo • Aventura

� Igreja Bom Jesus dos Aflitos; � Praça do Cruzeiro; � Carnaval;

Arquitetura; festas populares, tradição religiosa e eventos

• Histórico-cultural

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Município Atrativos Turísticos Caráter das

atividades existentes ou potenciais

Segmento Potencial

� Cavalhada; � Festa do padroeiro; � Festa do Aniversário do Cruzeiro; � Festa do cavalgado; � Festa de São Pedro e São João; � Festa do Bom Jesus dos Aflitos; e � Corrida de Canoas.

tradicionais.

7. Nossa Senhora de Lourdes

� Rio São Francisco.

Lazer de praia, passeios de barco, contemplação da natureza e lazer de pesca.

• Ecoturismo • Sol e Praia • Náutico • Pesca

� Festa de Nossa Senhora de Lourdes; e � Festa dos Navegantes com procissão de

barcos.

Festas populares e tradição religiosa.

• Histórico-cultural

8. Itabi

� Cavalhada; � Reisado; � Festa de Natal; � Festa de São José; � Festa de São Gonçalo; � Bumba meu Boi; � Corrida de jegue; � Vaquejada; � Festa do jegue; e � Artesanato: pintura de quadro e de

cerâmicas.

Artesanato, festas populares e tradição religiosa.

• Histórico-cultural

Problemas dos municípios da Subárea Centro relacionados aos atrativos turísticos: • Ausência de infraestrutura turística; • Ausência de integração de roteiros no Polo Velho Chico, principalmente dos atrativos histórico-

culturais; • Atrativos turísticos potenciais, principalmente relacionados ao ecoturismo e turismo de aventuras,

ainda não explorados; • Desenvolvimento de atividades relacionadas a sol e praia em locais inadequados (a exemplo da

Barragem no município de Nossa Senhora da Glória); • Pouco incentivo para o desenvolvimento do artesanato, em específico em municípios com maior

potencialidade, como em Nossa Senhora da Glória; • Ausência de oferta de gastronomia e artesanato em locais de maior visitação e movimentação de

pessoas, como em Gararu.

SUBÁREA LESTE

9. Canhoba

� Rio São Francisco; � Lagoa Canhoba; e � Riachos: Cancelo, Mão Direita e Jauariba.

Lazer de praia, passeios de barco, contemplação da natureza e lazer de pesca.

• Ecoturismo • Sol e praia • Náutico • Pesca

� Serra do Retiro; � Cachoeirinha do Retiro, � Grutas da Aroeira e das Bestas; e � Pedra do Monjolo.

Trilhas, aventura e contemplação da natureza.

• Ecoturismo • Aventura

� Igreja Nossa Senhora da Conceição; � Dia de Reis; � Festas do Santo Cruzeiro; � Festa de Nossa Senhora da Conceição; � Reisados, Guerreiros, Chegança ou Marujada; � Vaquejadas; e

Arquitetura; festas populares, tradição religiosa e eventos tradicionais.

• Histórico-cultural

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Município Atrativos Turísticos Caráter das

atividades existentes ou potenciais

Segmento Potencial

� Palhoção.

10. Amparo de São Francisco

� Rio São Francisco; � Prainha do Amparo; � Lagoa do Campinho e do Morro da Velha; e � Pesca artesanal.

Lazer de praia, passeios de barco, contemplação da natureza e lazer de pesca.

• Ecoturismo • Sol e praia • Náutico • Pesca

� Festa da Padroeira; � Festa da emancipação Política; � Festa do Povoado de São José; e � Artesanato em ponto cruz e bordados.

Festas populares, tradição religiosa e artesanato.

• Cultural

11. Telha

� Rio São Francisco; � Praia fluvial de Adutora; e

Lazer de praia, passeios de barco, contemplação da natureza e lazer de pesca.

• Ecoturismo • Sol e praia • Náutico • Pesca

� Festa da Padroeira; � Carnaval; e � Artesanato de barro, frutas e sementes e

bordado.

Festas populares, tradição religiosa e artesanato.

• Cultural

12. Propriá

� Rio São Francisco.

Lazer de praia, passeios de barco, contemplação da natureza e lazer de pesca.

• Ecoturismo • Sol e praia • Náutico • Pesca

� Igreja Matriz de Santo Antonio; � Catedral Diocesana; � Memorial do Baixo São Francisco; � Festa do Bom Jesus dos Navegantes; � Festa de Santa Luzia; e � Hotel Velho Chico.

Arquitetura, festas populares e tradição religiosa.

• Histórico-cultural

13. Cedro de São João

� Rio São Francisco Ilha da Ostra; e � Lagoas: do Cedro, da Gameleira e a Seca.

Lazer de praia, passeios de barco, contemplação da natureza e lazer de pesca.

• Ecoturismo • Sol e praia • Náutico • Pesca

� Festas do padroeiro São João Batista;

� Festa de São José;

� Folguedos;

� Reisado ou Pastoril; e

� Artesanato (redendê e ponto de cruz).

Festas populares e de tradição religiosa; Artesanato.

• Histórico-cultural

14. Japoatã

� Cidade datada do ano de 1572; � Elementos históricos (pia batismal e o Cruzeiro

de Pedra); e � Igreja Matriz século XVII.

Monumentos, história e arquitetura religiosa.

• Histórico-cultural

15. Santana do São Francisco

� Rio São Francisco; e � Praia fluvial de Nossa Senhora da Saúde.

Lazer de praia, passeios de barco, contemplação da natureza e lazer de pesca.

• Ecoturismo • Sol e praia • Náutica • Pesca

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Município Atrativos Turísticos Caráter das

atividades existentes ou potenciais

Segmento Potencial

� - Maior centro ceramista do Estado; e � Festa de Senhora de Santana.

Artesanato; Festas populares e de tradição religiosa.

• Histórico-cultural

16. Neópolis

� Rio São Francisco (foz); � Praias fluviais de Saramén e da Capivara; � Ilhas do Nozinho e da Saúde; � Lagoas; e � Balsa.

Lazer de praia, passeios de barco, contemplação da natureza e lazer de pesca.

• Ecoturismo • Sol e praia • Náutica • Pesca

� Morro do Aracaré. Trilhas, aventura e contemplação da natureza.

• Ecoturismo • Aventura

� Igreja Nossa Senhora do Rosário; � Igreja matriz de Santo Antônio; � Festa do Padroeiro (Santo Antonio); � Procissão Nossa Senhora do Rosário; � Procissão do Bom Jesus dos Navegantes; e � Artesanato: Cerâmica.

Arquitetura, artesanato, festas populares e tradição religiosa.

• Histórico-cultural

17. Ilha das Flores

� Estuário do Rio São Francisco; � Praias fluviais; e � Ilhas;

Lazer de praia, passeios de barco, contemplação da natureza e lazer de pesca.

• Ecoturismo • Sol e praia • Náutico • Pesca

� -Festa do Bom Jesus dos navegantes. Festas populares. • Histórico-cultural

Problemas dos municípios da Subárea Leste relacionados aos atrativos turísticos: • Ausência de infraestrutura turística; • Ausência de integração de roteiros no Polo Velho Chico, principalmente dos atrativos histórico-

culturais; • Pouca estrutura turística em locais de maior visitação ou movimentação de pessoas atraídas pelos

negócios e características de cidades polarizadoras, como Propriá e Neópolis; • Atrativos potenciais ligados à aventura e ecoturismo ainda não explorados.

Legenda � Atrativos já estabelecidos como produto comercializado ou em desenvolvimento; � Atrativos frequentados por visitantes locais; e � Atrativos potenciais.

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Além das considerações, inseridas na própria tabela, relativa a cada Subárea, destacam-se dois itens considerados focais para uma análise mais acurada:

� Segmento turístico; e � Infraestrutura Turística.

Quanto ao Segmento Turístico, este estudo considera que a maior vocação do Polo é atrelada aos atrativos ligados às riquezas naturais. Para harmonizar esta vocação com o princípio do desenvolvimento do plano em bases sustentáveis, os demais segmentos devem adequar-se a esta regra. O segmento turístico do Ecoturismo é o que representa de forma mais direta a aliança da atividade turística fim com a meta de se garantir o binômio desenvolvimento e preservação.

Deste modo, elegeu-se o Ecoturismo como o segmento principal com o qual todos os outros devem contribuir e harmonizar-se.

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No tocante à infraestrutura turística, dentre os municípios localizados na orla do rio São Francisco, ela está presente de alguma forma nos municípios de Canindé de São Francisco e Poço Redondo - Subárea Norte, Gararu – Subárea Centro e Propriá e Neópolis – Subárea Leste. Os demais municípios do Polo ainda não possuem estrutura voltada para a atividade turística. Não oferecem, de forma geral, ambientes tratados e propícios ao turismo. Os municípios não banhados pelo rio São Francisco, à exceção de Nossa Senhora da Glória, também não se apegam ao turismo como força econômica e, assim, não possuem um ambiente caracterizado para a atividade.

Outro problema é a falta de integração entre os atrativos do Polo. Alguns são inexplorados ou muito pouco acessados por turistas, outros só são conhecidos pela população local e do entorno próximo. Em toda a extensão do Polo a integração existente, ainda que incipiente, é limitada aos Cânions, em Canindé do São Francisco, e à Trilha do Cangaço, em Poço Redondo. Os demais municípios, apesar de terem atrativos turísticos, não os desenvolvem como produtos turístico de forma consolidada. Salienta-se que, nos poucos casos de algum desenvolvimento turístico, este não se dá de forma atrelada às atividades turísticas dos municípios do primeiro grupo.

No geral, as características mais marcantes são: falta de infraestrutura, a deficiência de roteiros integrados, e a pouca exploração de atrativos complementares, notadamente aqueles de caráter histórico-cultural.

A compreensão do segmento potencial principal, das condições da estrutura turística e a integração de atrativos da região em tela são dois requisitos condicionantes para a constituição definitiva de um Polo turístico e, no caso do Velho Chico, tais requisitos devem ainda ser desenvolvidos.

Na sequência da avaliação aprofunda-se o tema sobre o segmento principal do Polo.

2.1.5.1. Segmento Principal e Segmentos Complementares Relacionados à Atividade Turística

Observando-se a estruturação dos produtos turísticos no Estado de Sergipe e a revisão da roteirização aplicada em 2008, observa-se que os roteiros prioritários definidos partem de Aracaju, destino indutor do Estado, para diversas localidades e produtos específicos. Dentre os roteiros prioritários estabelecidos, dois tem como destino a região do Velho Chico: Aracaju-Xingó e o novo roteiro proposto, em desenvolvimento, a Rota do Cangaço. Além desses, tem relação com o Polo Velho Chico, o roteiro da Foz do São Francisco, pela proximidade, e a Rota do Imperador, que vem sendo comercializado pelo estado de Alagoas.

A Rota Aracaju- Xingó compreende a viagem, normalmente por van, da capital até a sede municipal de Canindé do São Francisco (216,5 km). O principal é o passeio de Catamarã feito nas águas represadas da Usina Hidrelétrica de Xingó, tendo como paisagem os imensos paredões e as águas espelhadas, com parada para mergulho e passeio de canoa na Gruta do Talhado. Há ainda opção de visita ao Museu de Arqueologia do Xingó – MAX. Normalmente o passeio é feito sem pernoite. Caso o visitante tenha interesse por uma estada prolongada, a opção complementar é o passeio à Fazenda Mundo Novo, onde o atrativo principal, o Vale dos Mestres, é acessado por trilha com observação de espécies da vegetação e flora - bioma da caatinga, além da visita a sítios arqueológicos.

A Rota do Cangaço parte para o município de Poço Redondo, a 184 km de Aracaju. A primeira parada é o pequeno Centro de Artesanato, onde são vendidas peças do artesanato sergipano, e expostas peças em madeira do grande artesão da região, o Mestre Tonho. O atrativo principal da rota é a Grota de Angicos, local onde em 1938 foi morto o lendário Lampião. O acesso é feito por trilha ou por catamarã (partindo de Canindé de São Francisco). Como opção, para apreciação da paisagem, há a subida ao Mirante Secular,

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construído no século XIX como farol para orientação aos barcos que navegavam pelo rio São Francisco.

A Rota do Imperador refaz o caminho percorrido por D. Pedro II, quando de sua visita ao Brasil. Parte de Penedo, em Alagoas, passando pelas cidades ribeirinhas históricas até chegar a Hidrelétrica de Paulo Afonso, onde ficavam, na época, as famosas cachoeiras do local. A viagem, que percorreu 250 km de barco pelo rio em 1859, foi refeita em 2009, pelo príncipe João de Orleans e Bragança, e vem sendo comercializada, desde então, pelo estado de Alagoas.

A Tabela 03 identifica o principal produto turístico atualmente formalizado no Polo Velho Chico, representado pelos cânions do São Francisco, e agrupa os demais atrativos, equipamentos e atividades listados como complementares a ele, demonstrando o portfólio estratégico pretendido. A percepção desta ordem é reforçada ao longo do desenvolvimento do Diagnóstico Estratégico que enfatiza o cenário de fragilidade da exploração turística na maior parte do território do Polo, mas confirma, por outro lado, a potencialidade turística pela força dos elementos naturais e culturais identificados anteriormente.

A segmentação turística existente atualmente, ao contrário do que se supunha, não é o ecoturismo. O retrato da oferta de atrativos do Polo firma-se no turismo náutico, base da exploração dos Cânions do São Francisco, e em alguns atrativos complementares que se posicionam no segmento histórico-cultural, como a Trilha do Cangaço e Museu de Arqueologia do Xingó e no segmento de sol e praia (praias fluviais), considerado emergente e que atende a um turismo interno do Polo. Foram identificados segmentos pouco explorados ou ainda potenciais e que se ajustam ao perfil do Polo: Turismo de Pesca, Turismo de Aventura e o Ecoturismo.

Apesar da segmentação em vários subprodutos, faz-se necessário centralizar os esforços de planejamento em um segmento forte, capaz de abarcar, sob a conceituação adotada, diversas atividades complementares. O segmento mais adequado ao desenvolvimento sustentável do turismo que tem nos atrativos naturais a sua maior força da oferta é o do Ecoturismo. Segundo definição, constante nos marcos conceituais do Programa de Regionalização do Turismo/ Roteiros do Brasil:

Ecoturismo é um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações.(Brasil, Ministério do Turismo, Caderno de Segmentação)

Sob este conceito, o Ecoturismo pode abarcar os passeios em catamarã hoje realizados, a visitação aos sítios de valor histórico-cultural, a utilização das diversas praias da região para atividades de sol e praia, a pesca desportiva e de lazer e o turismo de aventura. Atualmente estes passeios são realizados sem que haja integração com o segmento latente do Ecoturismo. Outras atividades devem, futuramente, ser estruturadas dentro do cenário do Polo.

Tabela 03: Portfólio Estratégico de Produtos/Segmentos/Equipamentos/Categoria de Interesse

Região Turística do Velho Chico Categoria de Interesse

Municípios compreendidos

Canindé de São Francisco; Poço Redondo; Porto da Folha; Gararu; Nossa Senhora da Glória; Cedro de São João; Nossa Senhora de Lourdes; Canhoba; Amparo de São Francisco; Telha; Propriá; Santana do São Francisco; Neópolis; Monte Alegre de Sergipe; Ilha das Flores; Japoatã; e Itabi.

Produto Turístico Principal

Cânions do São Francisco Local, Regional, Nacional

Atrativos Cânions do São Francisco, Trilha do Cangaço; Local, Regional,

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Região Turística do Velho Chico Categoria de Interesse

Turísticos Explorados

Museu de Arqueológico do Xingó. Nacional

Segmentos Atualmente Explorados

Náutico; Histórico-cultural; Sol e praia (ressalvada a falta de estruturação).

Local, Regional, Nacional Local, Regional, Nacional Local

Principal segmento turístico potencial

Ecoturismo (incluindo as atividades atualmente realizadas, além de outras relacionadas à aventura e à pesca desportiva), complementado por atividades relacionadas aos segmentos explorados atualmente.

Local, Regional, Nacional

Atividades potenciais do Segmento do Ecoturismo

Observação de formações geológica; observação da fauna; observação da flora; trilhas interpretativas; caminhadas; safaris fotográficos; e espeleoturismo.

Local, Regional, Nacional

Equipamentos potenciais

Hotéis-fazenda, hotéis de pequeno porte; Equipamentos temáticos ligados ao Cangaço; Artesanato com elementos do Cangaço; Centros turísticos; Pousadas; Hotéis de médio porte; Áreas para camping; Trapiches e atracadouros; Equipamentos de apoio à pesca;

Atividades estruturantes potenciais

Canoagem; Escalada, rapel; Trilhas, trekking; Passeios de catamarã; Roteiros de exploração do rio; Esportes náutico-fluviais.

Mercado emissor potencial

Mercado emissor regional e nacional – complementar ao de Aracaju, divulgando-se a região também como destino complementar ao turismo histórico de Penedo, Piranhas e ao Roteiro do Cangaço, incluindo Delmiro Gouveia (AL), Paulo Afonso (BA) e Serra Talhada (PE).

Fonte: Technum Consultoria, oficinas participativas e pesquisa de campo – 2009.

2.1.6. Equipamentos e Serviços Turísticos Existentes

Inicia-se a análise dos equipamentos e serviços existentes pela avaliação da oferta dos meios de hospedagem, buscando identificar a capacidade do Polo para absorver turismo de permanência e oferecer meios com qualidade. Posteriormente avalia-se a oferta de outros serviços relacionados ao turismo.

2.1.6.1. Meios de Hospedagem

Quantitativa e qualitativamente a principal oferta de hospedagem do Polo concentra-se nos município de Canindé de São Francisco, que conta com 4 hotéis e 1 pousada, somando 119 unidades habitacionais e 288 leitos; e Propriá, com 2 hotéis e 9 pousadas, somando 169 UH e 351 leitos.

Os municípios de Japoatã, Neópolis, Nossa Senhora de Lourdes, Poço Redondo, Porto Folha, Nossa Senhora da Glória, Itabi e Ilha das Flores, totalizam 4 hotéis e 11 pousadas; oferecendo 181 unidades habitacionais (UH) com capacidade de 308 leitos. Dos municípios de Telha, Amparo do São Francisco, Canhoba, Cedro de São João, Gararu e Santana do São Francisco não há dados oficiais sobre infraestrutura de hospedagem e em visita de campo

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realizada para complementação de dados, observou-se que essas cidades não contam com meios de hospedagem para receber turistas (Tabela – 04).

Tabela 04: Oferta de hospedagem no Polo Velho Chico (2009)

Número de UH’s Polo Velho Chico – 2008

Canindé de São Francisco Hotéis: Hotel Xingó * com 60 UH’s e 145 leitos;

China Hotel com 14 UH’s e 28 leitos;

Canindé Hotel com 09 UH’s e 19 leitos e

Águas de Xingó Hotel com 30 UH’s e 83 leitos.

Pousadas Restaurante e Pousada Mandacaru com 06 UH’s e 13 leitos. (dados de jan./2004)

Propriá Hotéis: Hotel Velho Chico*com 38 UH’s e 78 leitos;

Hotel: Hotel Imperial com 14 UH’s e 28 leitos;

Pousadas: Pan Americano com 19 UH’s e 34 leitos;

Manah com 10 UH’s e 20 leitos

São Francisco com 17 UH’s e 30 leitos;

Melus com 08 UH’s e 11 leitos

Jardins com 10 UH’s e 30 leitos;

Katty com 04 UH’s e 10 leitos

Gaúcho com 30 UH’s e 80 leitos;

Vieira de Meneses com 09 UH’s e10 leitos;

Chega Mais - 10UHs e 20 leitos.

Nossa Senhora da Glória Hotéis: 3 Hotéis com 32 UH’s e 44 leitos

Pousadas: 2 Pousadas com 36 UH’s e 50 leitos

Porto da Folha: Hotel: 1 Hotel com 15 UH’s e 29 leitos

Pousadas: 3 Pousadas com 28 UH’s e 51 leitos

Poço Redondo: 2 Hotéis com 12 UH’s e 17 leitos

Neópolis: 2 Pousadas com 25 UH’s e 59 leitos

Ilha das Flores 1 Pousada com 12 UH e 20 leitos.

Japoatã: 1 Pousada com 10 UH’s e 11 leitos

Itabi 1 Pousada com 08 UH’s e 21 leitos

Nossa Senhora de Lourdes 1 Pousada com 03 UH’s e 06 leitos

Fonte: EMSETUR/Hotéis Fonte: EMSETUR, dados de jan./2004 e Technum Consultoria SS (Verificação em Campo) Obs.: * hotéis em negrito – representam os principais hotéis do Polo relacionados ao Turismo

A Região Turística do Velho Chico oferece, ao todo, aos visitantes 12 hotéis e 21 pousadas, com um total de 476 Unidades Habitacionais (UH) e 947 leitos (Tabela 05).

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Tabela 05: Síntese dos meios de hospedagem por município – Polo Velho Chico (2009)

Município Hotéis Pousadas Total Geral

Quant UH Leitos Quant UH Leitos Quant UH Leitos Canindé de Sao Francisco 4 113 275 1 6 13 5 119 288 Propriá 2 52 106 9 117 245 11 169 351 Nossa Senhora da Glória 3 32 44 2 36 50 5 68 94 Porto da Folha 1 15 29 3 28 51 4 43 80 Poço Redondo 2 12 17 - - - 2 12 17 Neópolis - - - 2 25 59 2 25 59 Ilha das Flores - - - 1 12 20 1 12 20 Japoatã - - - 1 10 11 1 10 11 Itabi - - - 1 8 21 1 8 21 Nossa Senhora de Lourdes - - - 1 3 6 1 3 6 Total 12 224 471 21 245 476 33 469 947

A g Fonte: EMSETUR/Hotéis Fonte: EMSETUR

A grande maioria dos turistas que utiliza os equipamentos de hospedagem vem do próprio Estado de Sergipe.

Avalia-se o atendimento em hospedagem diante do cenário atual (maior demanda por passeios sem pernoite), como suficiente (atende a uma demanda mínima). É, porém insuficiente e de baixa qualidade quando considerado o cenário de desenvolvimento pretendido, buscando conquistar turistas para o Polo e não apenas como oferta de atrativos complementares ao turismo que ocorre no litoral do Estado. Acredita-se que, proporcionalmente ao fomento do turismo na região do Velho Chico, surgirão novos interesses e, por consequência, o aumento na demanda por hospedagem. Provavelmente a partir desse fato, deverá haver correspondente crescimento na oferta, caso contrário o Polo não terá estrutura para absorver o crescimento. É igualmente importante que haja certo equilíbrio espacial na distribuição de meios de hospedagem, para que os três grupos de municípios possam receber turistas que visem à permanência. É condicionante, portanto, que ações sejam direcionadas à atração de investidores do setor hoteleiro privado para a região.

2.1.6.2. Outros Serviços Relacionados ao Turismo

As empresas de turismo receptivo limitam-se a um número restrito e concentram suas atividades no município de Canindé. O passeio de catamarã para a Trilha do Cangaço, para o Museu Arqueológico do Xingó, bem como a visita à Hidrelétrica de Xingó estão entre as opções oferecidas pelas agências locais.

O restaurante Karranca's, receptivo da operação do Cânion do Xingó, oferece a opção de alimentação associada ao passeio.

Além das empresas operadoras de receptivos, há oferta de serviços de alimentação, por meio de alguns estabelecimentos que comercializam alimentos e bebidas, principalmente com gastronomia regional. A oferta das melhores opções e serviços, com restaurantes mais estruturados, está em Canindé de São Francisco, Nossa Senhora da Glória e Propriá.

O setor informal também atua na região, de forma não organizada, principalmente para o acesso às lagoas e praias do São Francisco, na realização de passeios pelo seu estuário, na locação de barcos de particulares para viagens em grupos menores. Sobre a questão das atividades informais é importante ressaltar que a existência desse tipo de prestação de serviços resulta da desorganização do mercado formal da região, da falta de oportunidade para a constituição de empresas ou prestadores de serviços turísticos legalizados e da falta de integração do setor. Essa situação é bastante preocupante sob o ponto de vista da segurança e qualidade dos serviços e de sua fiscalização.

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60

2.1.6.3. Síntese - Oferta de Equipamentos e Serviços

Conclui-se que a oferta de equipamentos e serviços no Polo é incipiente, ainda que exista um fluxo de pessoas que ali busque festas, feiras, turismo de sol e praia e outras atividades mesmo que não pernoitem na região.

Desta forma, a implantação do PDITS deverá reverter o aumento da oferta turística de forma estruturada e sustentável e contribuir para a instalação de novos empreendimentos de prestação de serviços turísticos de qualidade. Por outro lado, serão necessários investimentos públicos para superar os pontos críticos relativos aos serviços de infraestrutura básica, hoje precários.

2.2. Demanda Turística

A análise da demanda turística atual do Polo baseou-se na pesquisa de dados secundários advindos de informações oficiais fornecidas por órgãos públicos estaduais e municipais e em pesquisas realizadas por instituições reconhecidas nacionalmente. Foram também realizadas visitas a campo.

2.2.1. Demanda Atual

A partir dos levantamentos realizados in loco, de depoimentos dos proprietários ou funcionários de estabelecimentos comerciais, moradores, profissionais ligados ao turismo e de visitantes, pode-se afirmar que a maioria dos turistas que se hospeda na região é oriunda do próprio Estado de Sergipe e que viajam motivados por festas populares, de cunho religioso – por exemplo, Nossa Senhora dos Navegantes, em janeiro/fevereiro, e a de Santo Antônio, em junho – e também devido às feiras locais – como a que acontece em Japoatã, às segundas-feiras, além de grandes eventos regionais – especialmente, a Festa do Jegue, em Itabi, e a Festa do Quiabo, em Canindé, ambas no mês de setembro. Considera-se, no entanto, que esse fluxo ainda é muito restrito a um movimento regional (interno), marcado por deslocamentos de curta distância (inferiores a 200 km).

Identificou-se, ainda, um movimento procedente de localidades relativamente próximas, relacionado ao caráter de centralidade das atividades comerciais fortalecidas em Propriá, Neópolis e Nossa Senhora da Glória. A demanda em Nossa Senhora da Glória é, do ponto de vista da relação de potencial mais integrado, devida à feira semanal, de grande porte para as características locais, que se instala nas ruas do centro da cidade e atrai, além dos visitantes dos municípios da região do Polo, público proveniente de outros lugares do Estado. Entende-se, no entanto, que essas atividades – ainda que, de certa forma, relacionadas ao turismo –, possuem caráter tradicionalmente relacionado à posição de centro urbano polarizador e pouco contribuem para a desejada formatação de um produto turístico integrado que confira ao Polo uma posição de destaque no cenário estadual, regional ou nacional.

Registra-se ainda que, além do município de Canindé de São Francisco, a visitação é mais significativa nos municípios de Propriá, Neópolis e Santana do São Francisco, todos também localizados às margens do São Francisco. Também nesses, o movimento é, predominantemente, de passeios sem pernoite promovidos pelas agências que visitam os cânions do São Francisco, em sua maioria partindo de Aracaju.

2.2.1.1. Quantitativo dos Visitantes Atuais

Para entendimento do quadro geral da demanda, a análise do quantitativo de visitantes aborda duas vertentes:

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� o movimento do aeroporto de Aracaju – por ser o principal portão de entrada aérea do Estado e considerando que o turista que visita o Polo é aquele que visita Aracaju;

� o volume de visitantes dos principais atrativos da região – Cânions, Museu de Arqueologia de Xingó e grota do Angico.

Os turistas que chegam ao Estado de Sergipe por avião entram pelo Aeroporto de Aracaju. O movimento do aeroporto, em 2008, indicou uma retração no número de passageiros desembarcados de 2,34%, e o número de pousos teve decréscimos de 7,34%, quando comparados com o ano anterior (Tabela 06).

Em 2007, o número de passageiros desembarcados no aeroporto de Aracaju cresceu em 16,68%, e o número de pousos teve acréscimos de 7,62% quando comparados com os números de 2006. O maior crescimento se deu no ano de 2006, quando o aeroporto apresentou um aumento de 21,06% em relação a 2005, devido ao fim das obras do aeroporto e o consequente incremento do número de voos (Tabela 06).

Tabela 06: Tráfego aéreo – Sergipe, 2006 a 2008.

Especificação Trafego Aéreo Variação % 2006 2007 2008 2007/2006 2008/2007

Nº Pouso 8.841 9.515 8.817 7,62 - 7,34 Número de Passageiros

Embarcados 288.106 338.977 332.061 17,66 -2,04 Desembarcados 293.709 342.692 334.667 16,68 -2,34 Em Trânsito 131.190 132.747 60.470 1,19 -54,45

FONTE: INFRAERO

Convém observar que:

� O aeroporto de Aracaju apresentou passageiros em trânsito até o mês de julho/2008, quando as companhias aéreas passaram a fazer escalas em Aracaju, e não mais voos de conexão;

� O aeroporto não opera, até o momento, voos internacionais; e

� Outras empresas, além das já atuantes, vêm demonstrando interesse em operar rotas fixas para o Estado, o que poderá implicar na ampliação do número de voos.

Apesar da retração constatada entre 2007 e 2008, os dados históricos mostram que, entre 2001 e 2008, o número de passageiros desembarcados e embarcados cresceu respectivamente em 11,70% e 11,65% ao ano. Tal desempenho resultou no deslocamento do patamar de 169 mil embarques e desembarques, registrado nos quatro primeiros anos da década, para 335 mil em 2008 (Gráfico 01).

A projeção do comportamento histórico4, demonstrada no Gráfico 01, indica uma tendência de crescimento tanto da quantidade de pessoas desembarcadas como embarcadas a partir de 2009, com leve preponderância de desembarques. Em consequência, espera-se o aumento do fluxo turístico para todo o Estado de Sergipe.

4 Realizada pelo método de regressão linear simples, que obteve os seguintes resultados: (a) desembarque: R² ajustado: 79,94%; Estatística t: 5,37 e valor de p: 0,0017; e (b) embarque: R² ajustado: 79,53%; Estatística t: 5,31 e valor de p: 0,0019.

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Gráfico 01: Série Histórica e Projeção de Desembarque e Embarque no Aeroporto de Sergipe

FONTES: Série Histórica (2001 a 2008): Anuários Estatísticos da EMBRATUR; Projeção (2009 a 2013): Technum

Consultoria.

O aumento da dinâmica turística no Estado também pode ser percebido pelo crescimento da taxa de ocupação do Aeroporto de Aracaju, que quase dobrou entre 2002 e 2008, e pela taxa de ocupação das aeronaves, que cresceu sistematicamente no mesmo período, chegando a aumentar em 119% (Tabela 07).

Tabela 07: Ocupação de Voos para Sergipe e do Aeroporto de Aracaju

Ano Taxa de Ocupação de Aeronaves

Taxa de Ocupação da Capacidade do Aeroporto

2002 21,68% 27,43% 2003 26,61% 25,47% 2004 28,66% 24,81% 2005 40,60% 37,72% 2006 41,74% 45,36% 2007 45,58% 53,20% 2008 47,49% 51,52%

FONTE: EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo. Plano de Marketing do Destino Turístico Sergipe, pág. 38. Dezembro de 2009.

É importante ressaltar que o fluxo de turistas para o Polo Velho Chico que utilizam o sistema aeroviário (Gráfico 01) incide diretamente no destino de Canindé de São Francisco (considerando-se que a base do turismo do Polo está em Aracaju). A falta de estruturação turística dos demais municípios do Velho Chico, bem como a falta de infraestrutura para um turismo integrado, faz com que tais municípios sejam pouco influenciados pelo fluxo de turistas que desembarcam no aeroporto de Aracaju.

Os cânions de São Francisco, único produto do Polo atualmente comercializado, vêm sendo explorado turisticamente desde 1997. Conforme informações do principal operador de turismo para a região, o número de turistas aumenta a cada ano, com estimativa de ter alcançado 200 mil no ano de 2009 (Tabela 08).

491.165

461.326

431.486401.646

371.806

335.237349.373

298.429

244.497

160.633

167.023

175.067169.962

480.395

451.728423.060

394.393

365.725334.540342.263

291.206245.803

161.857

164.136

183.789170.176

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Desembarque Embarque

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63

Tabela 08: Número de visitantes ao Lago e Cânion de Xingó – 2002-2009

Ano/ operação

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Turistas/ano 32.000 50.000 53.000 55.000 65.000 72.000 120.000 200.000

Fonte: MTur Viagens e Turismo – 2009

A visita aos cânions é realizada por meio de operadora de viagens. Partindo de Aracaju, o turista chega principalmente para passeios de um dia e sem pernoite. Alguns desses passeios incluem visita ao Museu Arqueológico do Xingó ou à Trilha do Cangaço, mas excluem outros atrativos vernaculares que poderiam ser explorados, tais como as orlas fluviais, as feiras, os sítios arqueológicos, as produções artesanais e as festas típicas da região.

Os dados advindos do Museu de Arqueologia de Xingó – Max - indicam crescimento no número de visitantes do museu (Tabela 09), e comprovam que existe uma promoção de visitas ligada ao destino “Cânions do São Francisco” reforçando, assim, a ideia da potencialidade turística do Polo Velho Chico.

Tabela 09: Número de visitantes do Museu de Arqueologia de Xingó –2001-2007.

Procedência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Total% Sergipe 4.742 4.709 5.471 4.194 4.321 6.629 6.478 36.544 34,68 Alagoas 1.475 1.528 1.897 2.317 2.084 2.130 1.960 13.391 12,71

Bahia 1.697 1.232 2.652 1.865 2.056 2.607 2.814 14.923 14,16 Pernambuco 1.230 2.371 2.225 2.039 1.866 2.125 1.762 13.618 12,92

Subtotal 9.144 9.840 12.245 10.415 10.327 13.491 13.014 78.476 74,47 Outros 1.009 2.463 2.769 2.133 3.898 6.977 6.919 26.168 24,83 Exterior 58 73 138 116 87 176 89 737 0,70 Subtotal 1.067 2.536 2.907 2.249 3.985 7.153 7.008 26.905 25,53

Total 10.211 12.376 15.152 12.664 14.312 20.644 20.022 105.381 100,00

Fonte: Museu Arqueológico de Xingó – 2009

Em nota publicada na revista do museu de n° 11, (Dezembro, 2008 página 201) disponibilizada no site institucional www.max.org.br, tem-se a informação atualizada sobre visitação, onde se observa o seguinte:

Entre janeiro de 2001 e dezembro de 2007, o MAX recebeu em suas exposições em Xingó 105.381 visitantes, com uma média superior a 1.690 pessoas/mês. Os dados disponíveis indicam uma tendência de aumento desse número ao longo dos anos, já se observando, talvez, certa estabilização da frequência de visitantes entre os dois últimos anos analisados.

[...] indica claramente essa tendência de aumento e, ainda mais a estabilidade do número de visitantes procedentes de municípios sergipanos. Os quatro Estados do entorno de Xingó são os grandes contribuintes para a visitação ao Museu, mas sua importância tem diminuído nos últimos anos, sobretudo a partir de 2004, graças à procedência de turistas de outros pontos do país. De fato, os 1.009 visitantes dos demais Estados em 2001, passaram a 6.919 em 2007.

O passeio à Grota do Angico (Trilha do Cangaço), também apresenta elevação no fluxo de pessoas (Gráfico 02), que em parte se relaciona à promoção, a partir de Canindé (Cânions do São Francisco), onde se identificou que um dos principais hotéis da cidade oferece passeio em catamarã para a Trilha do Cangaço.

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Gráfico 02: Fluxo de visitação da Grota do Angico – 1996-2006

Fonte: ANGICOTOUR /XINGÓ PARQUE HOTEL/RESTAURANTE ANGICOS/CANISTUR – 2009

Quando observados os números do fluxo turístico que se dirige quase que exclusivamente aos cânions, ao Museu de Arqueologia de Xingó, em Canindé de São Francisco e à Grota do Angico, em Poço Redondo (Tabelas 08 e 09 e Gráfico 02), e seu crescimento constante, observa-se a potencialidade de extrapolação dessa demanda para os demais municípios da região que, hoje, se encontram em situação de isolamento total com relação às atividades turísticas da região de Canindé.

Em relação à potencialidade turística de atrativos significativamente expressivos ligadas ao ecoturismo e às atividades histórico-culturais –, registra-se que localidades próximas dos Estados da Bahia (ex.: Paulo Afonso) e de Alagoas (ex.: Piranhas), contam com produtos e atrativos de características semelhantes, para os quais já há algum fluxo consolidado ou em processo de consolidação. Apesar de não se dispor dos quantitativos ou ordem de grandeza, há que se investir no trabalho interestadual para a estruturação de produtos integrados.

A partir do exposto, considera-se que o fluxo atual para os cânions e para o Museu de Arqueologia de Xingó possa ser trabalhado de imediato como o primeiro mercado potencial para os demais municípios do Polo, haja vista a grande disponibilidade de atrativos, ainda não explorados como produtos complementares. Da mesma forma, ainda como mercados potenciais, poderiam ser trabalhados os fluxos interestaduais de produtos de natureza correlacionadas.

A integração e a mobilização dos municípios do Polo Velho Chico para captação dos fluxos de turistas, existentes ou potenciais, identificados neste estudo é uma oportunidade de melhoria do turismo não só para o Polo, mas para todo o Estado. O Velho Chico pode vir a ser um portal turístico de relevância, contribuindo para a reversão do atual grau de desenvolvimento local e obtendo benefícios para toda a população, desde que fomentado a partir do planejamento integrado e do desenvolvimento sustentável do turismo na região.

2.2.1.2. Evolução do Fluxo Turístico em Sergipe e no Polo

O Gráfico 03 mostra que o fluxo turístico do Estado de Sergipe está em crescimento desde 1980. Na primeira década analisada, o crescimento médio anual do fluxo de hóspedes foi de 6,36%. Já na década de 1990, a taxa de crescimento registrou uma pequena queda passando para 5,94%, muito provavelmente pelo baixo rendimento ocorrido no ano de 1997, contudo, nos últimos nove anos, a taxa média de crescimento anual aumentou a ponto de

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superar o desempenho obtido nos anos 1980, alcançando 6,55%. O comportamento da curva pontilhada apresentada no Gráfico 03, que representa o ajuste exponencial dos dados históricos, permite supor o crescimento do fluxo de hóspede nos anos posteriores a 2008.

Gráfico 03: Fluxo de Hóspedes em Hospedagem – Sergipe

Fonte: SUDENE/CTI/FADE/Órgãos estaduais do turismo de SE, divulgados pela EMSETUR, de 1980 a 2000; e Sistema de Informações Hoteleiras/EMSETUR, de 2001 a 2008.

As cidades de Canindé de São Francisco, Propriá e Nossa Senhora da Glória constituem-se os principais centros urbanos do Polo. Dessas localidades, somente Canindé de São Francisco e Propriá possuem informações sistematizadas sobre o fluxo de hospedagem. Considera-se que são essas duas cidades as que exercem atração predominante do turismo em toda a região, e, desta forma, representam uma amostra do turismo do Polo do Velho Chico.

Os dados históricos dessas cidades5 são expostos no Gráfico 04 como forma de aferir que o turismo do Polo encontra-se em ritmo contínuo de crescimento e mais acelerado do que o do Estado. Enquanto o fluxo turístico de Sergipe cresceu à taxa média anual de 6,55% entre 2000 a 2008, o Polo cresceu, no mesmo período, na ordem de 32,18% ao ano. Novamente a linha de tendência revela a possibilidade de crescimento do fluxo de hóspedes nos anos seguintes a 2008.

5A série histórica foi montada da seguinte forma: (a) Canindé de São Francisco: de 2000 a 2006 a partir dos dados disponibilizados pela EMSETUR e 2007 e 2008 projetados com base no período anterior pelo método da regressão linear simples; e (b) Propriá: 2006 a 2008 dados da EMSETUR. Os dados da EMSETUR foram estimado com base no Boletim de Ocupação Hoteleira –B.O.H. – U.E.E./PRODETUR-SE.

44.694

47.368

52.200

63.859 64.974

67.692 71.110

58.166

65.307

74.258

65.766

74.898

63.803

74.602

78.676

81.089

83.576

56.995

99.677

99.816 106.

134.644 139.506

144.514

151.971

169.485

158.107 163.426

172.023

-

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

180.000

200.000

1980 1981

1982 1983

1984 1985

1986 1987

1988 1989

1990 1991

1992 1993

1994 1995

1996 1997

1998 1999

2000 2001

2002 2003

2004 2005

2006 2007

2008

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Gráfico 04: Fluxo de Hóspedes em Hospedagem – Polo Velho Chico – 2000-2008

FONTE: EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo– 2008

A semelhança de desempenho entre o turismo do Polo e o do Estado também pode ser percebida pela distribuição do fluxo de hóspedes (Gráfico 05) em hospedagens ao longo do ano 2008, data da última pesquisa oficial.

Tanto em Sergipe, quanto no Polo, a predominância do fluxo ocorre no mês de janeiro, mantendo-se constante de fevereiro a maio e de agosto a dezembro. O comportamento do fluxo turístico difere levemente em junho e é mais acentuadamente em julho, quando o Polo atrai proporcionalmente maior quantidade de turistas.

Gráfico 05: Distribuição do Fluxo de Hóspedes em Hospedagem – Sergipe e Polo do Velho Chico – 2008

FONTE: EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo – 2008

Num esforço para obter informações, considerando a carência de dados acerca do turismo no Polo e, observando a similaridade entre o fluxo do turismo do Polo e o do Estado, admite-

28.981

26.370

23.434

17.704

16.682

8.712

5.441

6.276

3.9650

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

13,44%

7,34%

8,77%

10,81%

9,90%

8,82%9,09%

6,23%6,57%5,83%

6,47%6,70%

8,67%8,14%8,33%

7,64%8,54%

8,46%

7,63%

7,58%8,21%

7,55%

11,99%

7,25%

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

12,00%

14,00%

16,00%

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Polo do Velho Chico Sergipe

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se que as informações a seguir apresentadas sobre Sergipe tenham poder de explicação no contexto do comportamento do turismo do Polo.

O fluxo turístico de Sergipe é praticamente doméstico, representando de 2001 a 2008, em média, 96,46% do total. Os principais Estados emissores são Bahia, Alagoas e Pernambuco, responsáveis por quase a metade dos turistas que chegaram ao Estado de Sergipe em 2008.

No período anterior ao ano de 2008, tiveram destaque na composição do fluxo turístico do estado os Estados da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco como principais emissores no mercado interno, o que se reafirma no ano de 2009 (Gráfico 06). Essa composição se espelha no Polo, especialmente como fluxo direcionado para região dos Cânions.

Gráfico 06: Análise dos Dados – Fluxo Interno de Turistas – Sergipe

Fonte: EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo, Plano de Marketing do Turismo Sergipe – 2009

De 1980 a 2000, os turistas internacionais representaram 1,73% do fluxo total e o melhor desempenho do Estado na atração do turismo estrangeiro aconteceu no período 2001 a 2008 quando a participação estrangeira no turismo receptivo mais que dobrou passando em média para 3,54%, ou 5.330 pessoas (Gráfico 07). Ainda é pouco quando comparado a outros Estados do Nordeste, como a Bahia ou Pernambuco que receberam, em 2008, mais de 170 mil e 50 mil turistas estrangeiros respectivamente.

Gráfico 07: Fluxo de Hóspedes Estrangeiros em Hospedagem – Sergipe – 1980-2008

Fonte: SUDENE/CTI/FADE/Órgãos estaduais do turismo de SE, divulgados pela EMSETUR, de 1980 a 2000; e Sistema de Informações Hoteleiras/EMSETUR, de 2001 a 2008.

Bahia; 29%;

Pernambuco;

9%;

Distrito

Federal; 4%; São Paulo;

15%;

Alagoas; 7%;

Demais

estados; 22%;

Minas Gerais;

4%;

1.340

2.127

8.538

1.027

1.036

1.053

993

994

1.039

787

832

879

7881.277

1.044

947

894

1.013

1.007 1.019

2.704

3.551

6.705

4.7414.590

4.225

6.093

3.798

3.952

-

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

19801982

1984198

6198

8199

0199

2199

4199

619

9820

0020

0220

0420

0620

08

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68

O fluxo de turistas estrangeiros apresentou um leve crescimento de 2007 para 2008 e os provenientes dos EUA apresentaram o percentual mais significativo (17%). Percebe-se que o percentual de turistas originários da América Latina é bastante incipiente, representando pouco mais de 6% do total com destaque para os que vêm da Argentina 6% (Gráfico 08).

Gráfico 08: Análise dos Dados – Fluxo Externo de Turistas

Fonte: EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo, Plano de Marketing do Turismo Sergipe – 2008

Os hotéis de Sergipe alcançam maior produtividade no mês de janeiro, voltando a ter uma taxa de ocupação mais significativa em junho, julho e novembro (Gráfico 09). O desempenho da hotelaria no mês de dezembro assemelha-se ao mês de agosto. Além disso, observa-se que enquanto a taxa de ocupação hoteleira cai em dezembro, o fluxo turístico desse mês só é menor do que janeiro. Uma possível explicação para esse evento é a maior incidência de turistas hospedando-se em residências de parentes e amigos e em imóveis próprios e alugados especificamente no mês de dezembro. O Gráfico 10 mostra a distribuição dos turistas estaduais em relação ao meio de hospedagem.

Gráfico 09: Taxa de Ocupação Hoteleira – Sergipe

FONTE: EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo – 2008

Noruega; 2%;

Holanda; 3%; Canadá; 4%;

Portugal; 4%;

França; 5%;

Argentina; 6%;

Alemanha; 7%;

Espanha; 8%;

Italia; 10%; 12%

Demais Países;

34%; 41%

72,6

56,154,7

56,1

62,4

61,959,4

50,6

54,957,5

62,4

55,9

56,4

62,4

57,459,6

53,2

60,2

63,8

49,9

59,458,659,9

74,1

40

45

50

55

60

65

70

75

80

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 2008

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69

Gráfico 10: Meios de Hospedagem – Sergipe

Fonte: EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo, Plano de Marketing do Turismo Sergipe 2009

Complementarmente, destaca-se que obras de melhorias nas estradas estaduais e federais, bem como nos acessos aos municípios do Polo, facilitarão o acesso de turistas ao Polo e os deslocamentos internos a ele. A conclusão da SE 101, por exemplo, permitirá acesso direto entre o Polo Velho Chico e o Polo Costa dos Coqueirais, a partir de Ilha das Flores e Brejo Grande, interligando os Polos com Aracaju e permitindo estratégias de captação do fluxo de turistas entre os Polos.

Têm-se, diante do quadro de fluxo apresentado, que o planejamento turístico do Polo deve levar em consideração a semelhança com o comportamento do fluxo turístico do Estado (onde Aracaju é o ponto focal da emissão e da permanência de turistas), concentrando-se ações em atração de visitantes para o Velho Chico preferencialmente nos meses de janeiro, fevereiro, junho, julho, novembro e dezembro quando a demanda por atividades cresce com o aumento do número de turistas.

Em relação à taxa de ocupação dos principais meios de hospedagem existentes na região, Hotel Xingó e Hotel Velho Chico - dois únicos hotéis do Polo que fornecem informações de forma sistemática para o setor de pesquisas da EMSETUR, observa-se que apesar dos níveis de ocupação apresentarem curva ascendente, é somente no ano de 2011 que a taxa de ocupação média anual de um dos equipamentos fica próxima aos 50%, enquanto a do outro chega a 40% (Gráfico 11), medias insatisfatórias.

Mesmo com taxas não desejáveis, ressalta-se que os dois hotéis estão entre os poucos estruturados da região e representam aproximadamente 34% das UH’s com melhor qualidade.

Gráfico 11: Taxa de Ocupação (% de leitos)

Fonte: Emsetur/SE 2011

Parentes e Amigos;

43,30%;

Rede Hoteleira; 42,60%;

Alugado; 11,92%;

Próprio; 2,18%;

0

10

20

30

40

50

2007 2008 2009 2010 2011

Hotel Xingó

Hotel Velho

Chico

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70

2.2.2. Permanência Média

A exemplo dos demais itens deste Plano, inicia-se a análise com a avaliação da permanência média dos turistas no Estado de Sergipe, passando-se em um segundo momento a abordagem dos dados específicos para o Polo Velho Chico, neste caso as informações referentes a permanência media nos principais equipamentos de hospedagem presentes na região.

A importância de se abordar a questão no âmbito estadual vem do fato de ter sido comprovada a atual relação entre o turismo do Polo Velho Chico e o turismo sediado em Aracaju, o principal centro hoteleiro estadual, onde permanece e pernoita a grande maioria dos turistas, não advindos do próprio Estado, que fazem os passeios aos cânions do São Francisco e aos outros pontos turísticos do sertão e do litoral.

Assim, os dados de rede hoteleira são compostos em sua maioria pelos números da rede hoteleira existente em Aracaju e sua influência no quadro do turismo do Polo é fundamental. Desta forma, o que os boletins de ocupação hoteleira oficiais indicam é que a taxa de ocupação sofreu um acréscimo em 2006, decresceu em 2007 e registrou um aumento de 0,38% em 2008, alcançando uma permanência de 2,66 dias (Tabela 10.)

Tabela 10: Taxa Média de Ocupação, Permanência média, Pernoites Gerados – Sergipe 2006–2008

Ano Taxa Média de Ocupação

(%) Permanência Média

(Dias) Nº Pernoites Gerados

2006 60,0 2,93 512,817 2007 58,7 2,65 473,172 2008 59,5 2,66 499,762

Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira/B.O.H. – 2008

A variação 2007/2008 da taxa média de ocupação foi de 0,8%; e a variação nos pernoites, 26,59 dias.

Essa variação se deve à soma de alguns fatores reconhecidos como de influência direta sobre o movimento turístico, sendo eles: o grau de atratividade dos produtos do Estado e também o grau de interesse do mercado nesses produtos, baseados principalmente na relação entre custo e benefício quando da escolha do destino (Aracaju e a partir daí produtos do Estado), que concorre com diversos outros destinos consolidados do Nordeste do Brasil (como Salvador, Recife, João Pessoa). O outro fator preponderante é o crescimento econômico ou a estagnação econômica internacional, nacional ou no próprio Estado, que afeta relações de turismo de negócios, investimentos em turismo para o crescimento da oferta, dentre outras melhorias estruturantes. A Tabela11 mostra uma variação de queda entre 2006 e 2007 na taxa de permanência e uma leve recuperação em 2008. Observa-se que, no caso de Sergipe, a competitividade com outros destinos próximos sempre foi o gargalo principal para o desenvolvimento turístico, aliada a certa estagnação econômica ocorrida entre os anos de 2007 e 2008, inclusive da produção minero-química (uma das mais importantes fontes de recursos do Estado) 6, tendo como pano de fundo os reflexos da crise mundial, afetou o Estado. A soma dos dois fatores identificados acima

6 Artigo de Ricardo Lacerda: Professor do Departamento de Economia da UFS e Assessor Econômico do Governo de Sergipe acessado em www.casacivil.se.gov.br/baixar/442 , 10 de abril de 2010.

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contribuiu para a queda e a estagnação das taxas médias de permanência de turistas no Estado no período de 2006 a 2008 (Tabela 11).

No Polo Velho Chico, em 2008, o número de deslocamentos com pernoite alcançou a marca de 9,1%, destacando-se Propriá com 3,30% e Canindé de São Francisco com 2,80% e Nossa Senhora da Glória também com 2,80%. Também foram registrados, entre os turistas entrevistados, pernoite nos municípios de Neópolis, Porto da Folha e Gararu. A Tabela 12 destaca os pernoites no Polo com relação ao universo dos pernoites no Estado.

Tabela 11: Passeios com Pernoite 7

Localidade com pernoite Freq. Localidade com pernoite Freq.

Aracaju 36,20%

Polo Velho Chico 14,20% Outras localidades no

Estado** 24,40% Propriá 3,30% Carmópolis 4,20% Canindé de São Francisco 2,80% Itabaiana 2,80% Nossa Senhora da Glória 2,80% Lagarto 2,80% Neópolis 1,90% Campo do Brito 1,40% Porto da Folha 0,90% Tobias Barreto 1,40% Xingó 0,90% Capela 1,20% Japoatã 0,90% Simão Dias 1,20% Gararu 0,70% Japaratuba 0,90% Polo Costa dos Coqueirais (exceto Aracaju) 25,40%

Itabaianinha 0,90%

Abais 6,50% Nossa Senhora das Dores 1,90% Barra dos Coqueiros 3,70% Salgado 0,50% Praia do Saco 3,30% Frei Paulo 0,50% Caueira 2,80% Ribeirópolis 0,50% Pirambu 1,90% General Maynard 0,50% Laranjeiras 1,40% Cristinápolis 0,50% São Cristóvão 1,40% Carira 0,50% Estância 1,20% Ilha de Cruz 0,50% Nossa Senhora do Socorro 0,90% Santa Rosa de Lima 0,50% Itaporanga d’Ajuda 0,50% Rosário do Catete 0,50% Indiaroba 0,50% Muribeca 0,50% Brejo Grande 0,20% Aquidabã 0,50% Atalaia Nova 0,20% Areia Branca 0,20% Mangue Seco* 0,90%

Fonte: EMSETUR/SE e Única Pesquisas, 2008. Informações reorganizadas por este estudo para facilidade de entendimento.

Obs.:*município do Estado da Bahia para o qual a entrada de turistas se faz comumente pelo Estado de Sergipe por Indiaroba ou Estância e menos comumente por Santa Luzia. ** (fora Polos Costa dos Coqueirais ou Velho Chico)

O que se deduz da Tabela 12 é que os deslocamentos com pernoite no Velho Chico (14,20%) ainda não tem para o turista um grande poder de atração comparativamente ao Polo Costa dos Coqueirais, por exemplo, que atinge 25,40% do total de passeios com pernoite aos locais turísticos do estado.

7 SECRETARIA DE ESTADO DO TURISMO DE SERGIPE e ÚNICA PESQUISAS. Pesquisa de demanda turística. Sergipe, 2008 – pesquisa realizada em Aracaju por meio de perguntas abertas e fechadas, para uma amostra de 743 entrevistados, posteriormente expandidas, com margem de erro de 3,6 pontos percentuais para mais ou para menos.

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Esse fato é indicativo de que o planejamento em ações de melhoria para o turismo no Polo deve ser ampliado, iniciando-se na infraestrutura dos municípios, passando pela formação profissional e pela criação de estruturas turísticas e roteiros. O desinteresse do turista vem do reflexo do próprio retrato circunstancial que se tem do Polo, de estagnação econômica e baixo investimento em turismo.

Para o Polo Costa dos Coqueirais, apesar das menores distâncias até Aracaju, o percentual é de 24,40%, registrando-se que essa região recebeu significativos investimentos do Prodetur I e vem sendo alvo de várias benfeitorias do governo estadual.

Em relação aos equipamentos específicos da região, apresenta-se a seguir (Gráfico 12) o desempenho do Hotel Xingó e Hotel Velho Chico, os dois únicos hotéis do Polo que fornecem informações sobre permanência média de forma sistemática ao longo dos anos e que são encaminhadas para o setor de pesquisas da EMSETUR. Não há disponibilizadas informações sistematizadas nas bases de dados oficiais da SETUR ou em outras fontes pesquisadas no que diz respeito aos demais meios de hospedagem do Polo.

Gráfico 12: Permanência Média (dias)

Fonte: Emsetur/SE 2011

A conclusão que se infere dos gráficos acima é que o desempenho desses hotéis acompanha a realidade da dinâmica do turismo sem pernoite já identificada anteriormente.

Em termos de permanência média, porém, os números são muito baixos. Em 2011 o hotel Velho Chico atinge a taxa de permanência média de 2 dias, que até 2010 permanecia em 1 dia e o hotel Xingó permanece estagnado, sem evolução, com média de 1,5 dias nos últimos 5 anos.

Comprova-se, mais uma vez, que o fluxo de turistas que se dirigem ao Velho Chico em sua maioria não permanece na região, preferindo os passeios sem pernoite.

Este fato reforça a necessidade de expansão da oferta de atrativos complementares para atrair o turista à permanência na região.

2.2.3. Projeção do Fluxo Turístico – Crescimento da Demanda

Grande parte do fluxo turístico de Sergipe inicia-se na capital Aracaju, o destino indutor do Estado, e daí, distribui-se para os demais destinos turísticos, que começam a se consolidar por meio dos roteiros estruturados e divulgados pelos órgãos estaduais gestores do turismo. Para se estimar os fluxos turísticos para o Polo velho Chico, mais uma vez o estudo recorreu aos dados do estado, a partir da consideração de um horizonte temporal de 15 anos (2000-

0

0,5

1

1,5

2

2,5

2007 2008 2009 2010 2011

Hotel Xingó

Hotel Velho

Chico

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2015), com projeção para os próximos 5 anos a partir de 2010. Foram criados para o horizonte estabelecido três cenários a seguir estudados:

� Cenário otimista:

Nos anos 2000, o turismo sergipano cresceu em torno de 6,5% ao ano, acima dos 6% esperados para o mercado brasileiro, uma vez que Sergipe é um destino novo e onde várias ações de desenvolvimento estão sendo empreendidas, o total de turistas é numericamente baixo, sendo factível esperar maior crescimento em termos percentuais por tratar-se de um mercado promissor para receber esses turistas.

Em 2008, o fluxo de turistas registrado no Estado foi de 172.023, e, no mesmo período, o numero de turistas que realizaram o passeio do cânion do São Francisco foi de 120.000, com estimativa de 200.000 no ano de 2009.

No período 2010-2015, espera-se uma continuidade de absorção do fluxo interno e participação do fluxo externo, no entanto, retirando-se o fator “novidade” do produto, e agregando a formatação de novos roteiros, espera-se que o crescimento do fluxo seja maior do que o de 6,5% ao ano ocorrido entre 2000-2008. Contudo, projetando esta mesma taxa de crescimento histórica, espera-se que em 2010 o fluxo turístico de Sergipe aumente para 195.113 pessoas ou 13,42% em relação a 2008, número aquém da estimativa de crescimento de 10% calculada para ocorrer somente entre 2009 e 2010, conforme o Plano Nacional de Turismo – PNT – 2007 a 2010, elaborado pelo Ministério do Turismo.

De 2010 a 2015, com a consolidação dos destinos e diversificação dos produtos oferecidos aliados a fatores como a copa de 2014, a fidelização dos turistas, a implantação de estratégias de comercialização e divulgação, bem como a qualificação dos serviços no destino e a composição da cadeia produtiva agregando produtos e serviços dos destinos do interior do Estado, admite-se o aumento do fluxo turístico na mesma taxa de crescimento prevista pelo PNT de 10%, assim sendo o total de turistas subiria para 314.231.

Utilizando as mesmas premissas de crescimento, ou seja, a taxa de crescimento real anual do período 2000 a 2008 de 32,19% até 2010 e a partir daí a taxa de crescimento do PNT, bem como mesmo método de cálculo, o fluxo turístico do Polo do Velho Chico alcançaria, em 2015, 81.560 pessoas.

� Cenário pessimista: Outra forma de estimar a demanda futura é a projeção da tendência histórica registrada para Sergipe e para o Polo Velho Chico. O número de visitantes do lago e cânion de São Francisco, do Museu de Arqueologia de Xingó e da Grota do Angico, bem como o fluxo de hospedagem de Sergipe e do Polo do Velho Chico projetados pelo método dos mínimos quadrados8, demonstrados no Gráfico 13, expressam números mais modestos do que o cenário anterior, porém não menos significativos.

Como se verifica, todos os fluxos turísticos, independentemente da localidade, apresentam comportamento crescente até 2015. O fluxo turístico projetado do Polo Velho Chico revela uma taxa média de crescimento anual de 9%, a maior entre os

8Resultados das projeções: (a) Sergipe: R² ajustado: 81%; Estatística t: 5,92; valor de p: 0,00059; (b) Velho Chico: R² ajustado: 95%; Estatística t: 12,5; valor de p: 0,000005; (c) MAX: R² ajustado: 74%; Estatística t: 3,92; valor de p: 0,017; (d) Cânions: R² ajustado: 75%; Estatística t: 4,35; valor de p: 0,007; e (e) Grota: R² ajustado: 88%; Estatística t: 5,5; valor de p: 0,0011.

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fluxos estimados. Na sequência aparecem o Museu de Arqueologia de Xingó com um crescimento médio anual de 8,02%, a Grota do Angico, crescendo a taxa de 7,46% ao ano, os Cânions do Xingó com 6% e, por fim, o fluxo turístico de Sergipe elevando-se anualmente a uma taxa média de 3,86%.

� Cenário moderado: Considerando a progressão aritmética como o cenário otimista e a regressão linear como o cenário pessimista, pode-se adotar o cenário9 denominado provável ou moderado, resultante da confluência dos outros dois. Desta forma, apresentam-se os números dos cenários construídos referentes ao fluxo turístico do Polo Velho Chico (Tabela 10), elegendo o cenário moderado com meta a ser alcançada.

Gráfico 13: Projeção do Fluxo Turístico – 2009-2015

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Tabela 12: Projeção dos fluxos turísticos do Polo Velho Chico – 2010 – 2015

Ano Cenários

otimista moderado Pessimista

2010 50.642 43.230 35.818

2015 81.560 67.244 52.928

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Registra-se que, apesar do horizonte deste Plano ser de 10 anos, as estimativas de projeção de demanda baseadas nas informações disponíveis para o Estado de Sergipe se limitaram ao horizonte de 5 anos. Este fato é baseado na expectativa de que, a partir das ações

9Os números resultantes do cenário moderado provêm da média aritmética dos respectivos valores de cada ano dos cenários otimista e pessimista.

224.140217.301

210.463203.624

196.786189.948

183.109

52.92849.50646.084

42.66239.24035.81832.395 41.51439.04136.567

34.09431.62029.14726.674

178.143

166.714

155.286

143.857

132.429

121.000

109.571

24.690 26.79928.908 31.016 33.125 35.233 37.342

-

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fluxo Turístico de Sergipe Fluxo Turístico do Polo do Velho Chico Fluxo Turístico do Museum de Arqueologia do Xingó

Fluxo Turístico dos Cânions do Xingó Fluxo Turístico da Grota do Angico

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empreendidas nas proposições deste Plano, o Polo Velho Chico adquira dinâmica própria de crescimento.

O mensuramento e estimativas futuras deverão fazer parte de um sistema de informações a ser implantado, instrumento que deve propiciar a medição permanente do fluxo turístico e facilitar a projeção de seu crescimento, bem como das informações gerais sobre a economia do turismo na região. Deve ainda, guardar e tratar os levantamentos de dados sobre o turismo, e manter um banco de dados consistente, atualizado e acessível às diversas instâncias de planejamento de políticas públicas e da iniciativa privada. É importante que se constitua esse banco de dados nos primeiros 5 anos de implantação do PDITS, para que, na sua revisão ao final de 10 anos de vigência, as informações necessárias ao planejamento futuro para o desenvolvimento do polo estejam sistematizadas e prontas para serem utilizadas para esse fim

Tem-se agora uma meta de crescimento a ser perseguida para o cenário futuro do Velho Chico, no entanto não se deve considera-la uma meta estanque e sim um balizador inicial para as ações que se pretendem realizar a partir do PDITS.

2.2.4. Caracterização do Perfil Qualitativo dos Segmentos/Visitantes Atuais

Diante dos fatos de que não existe turismo consolidado no Polo Velho Chico e da constatação que o que ocorre na grande maioria dos casos é a visitação da área, sem pernoite, pelos turistas que já estão no estado, utilizou-se a informação do estado para a caracterização do turista que visita o Polo

A análise do perfil qualitativo dos turistas atuais do Estado de Sergipe passa por um processo de segmentação, que pode ser definida pela “aparição de grupos de usuários de serviços turísticos, reunidos de acordo com suas características” (Ansarah, 2005).

A segmentação turística baseia-se no princípio de que os mercados turísticos são compostos por compradores com preferências diversas, mas passíveis de serem agrupados de acordo com certas características homogêneas quanto a gostos e preferências. Essa base conceitual está relacionada às características da localidade turística (no caso, o Polo Velho Chico) e à motivação da viagem (Ansarah, 2005).

A relevância de compreender o perfil do turista que visita o Estado vem da necessidade de se identificar qual é o público que atualmente pode ser fidelizado ou captado e direcionado para o Polo. A partir desse conhecimento é possível orientar a iniciativa privada e as ações concernentes à iniciativa governamental para atingir o público-alvo ou, ainda, identificar se é necessário captar outros perfis de público para incrementar o movimento turístico no Estado ou, especificamente, para o Polo, desde que observados condicionantes de sustentabilidade dessas ações.

De acordo com dados obtidos em pesquisas de caráter geral realizadas pelo Estado de Sergipe sobre os registros hoteleiros, entre os anos de 2006 e 2008, o turista que visitou Sergipe tinha o seguinte perfil:

• Dentre as profissões destacam-se as categorias: engenheiro, administrador, advogado, professor de ensino de 1º e 2º graus e empresário de produção de espetáculo público (2008); engenheiro, administrador, empresário de produção de espetáculo público, tecnólogo e comerciante (2007); engenheiro, administrador, advogado, comerciante e empresário de produção de espetáculo público (2006);

• Em relação aos vários motivos de viagem, destacam-se aqueles induzidos pelo turismo, motivados por negócios, em todo o período;

• A faixa etária dos turistas situa-se, predominantemente, entre os 26 e 30 anos (2008 e 2007), e entre 41 e 45 anos (2006);

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• O meio de transporte mais utilizado é o avião, seguido de automóvel e ônibus, em todo o período, apresentando um aumento dos deslocamentos em automóvel no último ano.

A análise se confirma nos dados de perfil apresentados pela EMSETUR, disponíveis no Plano de Marketing do Destino Turístico Sergipe de 2009 e no site www.emsetur.se.gov.br; e apresentados nos gráficos 14, 15 e 16, a seguir.

Deve-se, no entanto, observar que o perfil qualitativo, em alta estação, passa por uma transformação, se comparado ao levantamento do perfil profissional geral acima, de 2006 a 2008.

Numa primeira abordagem percebe-se que no panorama geral do perfil profissional ao longo do ano, dos dados de 2006 e 2008 (fonte EMSETUR), o turista está evidentemente ligado aos negócios, à própria cadeia produtiva do Estado, porém ao se analisar pesquisas específicas realizada em alta estação (2009) o turista aparece com um perfil diferente.

A informação proveniente das pesquisas rotineiras, captadas junto aos registros hoteleiros indica serem os engenheiros a maior fatia (13%) identificada em 2008 e entre 2006 e 2007, seguidos por outros profissionais de administração, comerciantes e advogados, estabelecendo uma ligação com o fato de haver no Estado movimentação de grandes empresas como as da indústria do petróleo, construção/engenharia, dentre outras. Caracteriza-se, desta forma, um forte movimento de turistas ligados a negócios.

Por outro lado, os dados provenientes de pesquisa na alta estação (2009), indicam um perfil diferente do anterior (Gráfico 14), com destaque para os profissionais liberais, seguidos por estudantes, funcionários públicos e professores, que somam uma fatia significativa (36%). É evidente que nesse período há um ajuste do perfil de quem procura o turismo no Estado, que pode estar vinculado à expansão da procura por turismo de lazer.

Tendo em vista a natureza do Polo Velho Chico, acredita-se que os resultados da pesquisa de alta estação são os que mais se relacionam às características da área em estudo.

Gráfico 14: Perfil do Turista por Profissão – 2009

Fonte: EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo, Plano de Marketing do Turismo Sergipe 2009 Pesquisa de Alta

Estação Jan/2009

Com relação à faixa etária (Gráfico 15) 23% dos turistas estão entre os 30 e 40 anos e 20% estão na faixa entre 40 e 50 anos. Na primeira faixa encontram-se pessoas que podem fazer suas escolhas para o ecoturismo e o turismo de aventura, enquanto na segunda faixa (40 a 50 anos) encontram-se pessoas com estabilidade profissional e financeira que se encaixam tanto no perfil de turistas de negócios quanto no de pessoas que põem fazer suas escolhas para o turismo de lazer como um hábito. Essas duas faixas são as que mais interessam às características de oferta do Polo Velho Chico.

Destaca-se que, num plano de certo modo equilibrado, aparecem outras duas faixas também desejáveis de se captar que são o turista jovem, entre 20 a 30 anos, que perfaz 17%

Demais Ocupações;

39%;

Advogado; 2%;

Técnico; 3%;

Engenheiro; 3%; 3%

Comerciante; 4%;

Aposentado; 6%;

; Professor; 9%;

; Func. Público; 9%;

Estudante; 12%;

Profissional Liberal; 13%;

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77

dos turistas do Estado, e os de 50 a 60 anos que se equilibra com a faixa jovem representando 13% do total dos turistas.

Por fim, aparece a faixa dos turistas acima dos 60 anos, com representatividade significativa (26%) e que merece atenção especial para a oferta de facilidades caso se deseje trabalhar produtos voltados a este segmento.

Apesar de todas as faixas serem significativas, potenciais e relativamente equilibradas (Gráfico 15) é necessário que se estabeleçam critérios para que, num primeiro passo de desenvolvimento, haja um público-alvo que responda a duas necessidades:

1. Colaboração no desenvolvimento econômico da região, com a injeção de recursos no Polo; e

2. Viabilidade econômica para o atendimento às necessidades de dada faixa, que abrange investimentos em capacitação, equipamento e melhoria das estruturas turísticas e infraestrutura do Polo em curto, médio e longo prazo.

Para cada faixa etária e perfil socioeconômico, diferenciam-se certas iniciativas de investimento. Enquanto o turista em plena atividade profissional, muitas vezes acompanhado de família, necessita de uma estrutura que permita acessibilidade, certa flexibilidade e conforto, mas que também possibilite otimizar os custos da viagem, ou seja, uma viagem mais organizada e objetiva. O turista jovem, por sua vez, busca alternativas econômicas dinâmicas e criativas para o seu lazer, com muito mais independência e despojamento. Já o turista com idade avançada necessita de certos rigores na qualidade do atendimento, que valorizem segurança, acessibilidade, saúde e conforto.

Pode-se, então, objetivar atingir todo o leque qualitativo do turista que chega ao Estado, potencialmente direcionável ao Polo, desde que o planejamento identifique qual o momento em que o Polo estará pronto para atrair a entrada em seu mercado turístico de cada um dos perfis almejados (se no curto, médio ou longo prazo) para que todos se sintam atendidos e gratificados por suas experiências, fidelizando cada novo turista na cadeia do turismo do Polo.

Gráfico 15: Perfil do Turista – Faixa Etária - 2009

Fonte: EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo – 2009

No tocante aos meios de se chegar ao Estado, pode-se perceber que existe certa preponderância (Gráfico 16) do acesso terrestre (automóvel e ônibus) em relação ao acesso aeroviário. O Polo Velho Chico se beneficia diretamente do turista que chega a Sergipe também por esta via. O perfil de acesso que se observa induz a concluir o seguinte:

1. Há uma força maior em mercados emissores nacionais de média e curta distância, ou seja, cerca de 59% dos turistas advêm de Estados circunvizinhos, fato relevante na decisão dos alvos potenciais para o Polo.

2. Fatores econômicos ou de preferência induzem a opção de acesso pela via terrestre, o que pode delinear certas características de mobilidade e gasto desse

Menor de 20

anos; 1%;

de 31 a 40

anos; 23%;

de 51 a 60

anos; 13%;

de 21 a 30

anos; 17%;

de 41 a 50

anos; 20%;

mais de 60

anos; 26%;

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78

turista potencial, também decisivas nas ações sobre o nível qualitativo das estruturas turísticas que devem ser desenvolvidas no Polo, caso esse turista seja o alvo desejável.

Gráfico 16: Perfil do Turista – Meio de Transporte Utilizado

Fonte: EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo, Plano de Marketing do Turismo Sergipe – 2009

2.2.5. Composição do Gasto Turístico

Para se avaliar o gasto turístico no Polo, toma-se como base de comparação os dados do Estado, a partir dos quais se estabelece uma avaliação crítica sobre o comportamento do turista no Velho Chico.

Os dados sobre gastos turísticos no Estado advêm da pesquisa realizada para a EMSETUR pela empresa Única Pesquisas, em 2008.

Segundo a pesquisa, os turistas declararam um gasto médio de R$ 970,29 por viagem, excetuando-se o valor da passagem ou do pacote. Em média, duas pessoas estão incluídas nesse gasto.

A média declarada de gasto por viagem foi de R$ 652,95 para hospedagem e para alimentação de R$ 330,88. Para a aquisição de bens e serviços, os preços praticados foram avaliados como “normais” para a maioria (66,2%). O gasto médio com a aquisição de produtos foi de R$ 211,03 por viagem. A satisfação com os produtos adquiridos foi correspondida plenamente em 80,8%. Os turistas consideram os preços entre baixos e normais (Gráfico 17), o que colabora com a satisfação.

Gráfico 17: Gasto Turístico – Avaliação de preços de bens adquiridos nas localidades visitadas

Fonte: EMSETUR/SE e Única pesquisas – 2008.

No Polo Velho Chico, o passeio de catamarã aos cânions do São Francisco custa, aproximadamente, R$ 80,00, e o que leva à Trilha do Cangaço custa por volta de R$ 50,00. Os preços de alimentação e hospedagem, de acordo com os padrões pesquisados,

Automóvel; 32%;

; Ônibus/Trem;

27%;

Avião; 41%;

Normais; 66%;

Elevados; 22%;

Baixos; 9%;

Não sabe; 3%;

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seguem os preços apresentados na pesquisa, com opções mais econômicas nos meios de hospedagem mais simples.

Tabela 13: Composição do Gasto Turístico no Polo Velho Chico

Serviço Valor Mínimo Valor Máximo Hospedagem R$10,00 R$120,00 Alimentação (refeição) R$7,00 R$70,00 Artesanato R$2,00 R$90,00 Entretenimento R$10,00 R$70,00

Fonte: Technum – valores levantados junto a prestadores de serviço da região, setembro de 2009.

Comparativamente à média estadual, o gasto no Polo é pequeno, converte-se em pouco benefício para a economia da região e pode-se considerar insignificante o benefício que o turismo nos cânions e Grota do Angico implica para os demais municípios do Polo. Enquanto a média no Estado para gastos com hospedagem é de R$652,00, no Polo os valores ficam entre R$10,00 e R$120,00 por viagem, sendo difícil identificar a média gasta (Tabela 13). Vale ressaltar que os valores apresentados para o Estado representam a média por viagem, enquanto os do Polo representam o gasto em um dia. Apesar da dificuldade de comparação, podem-se inferir algumas considerações sobre os gastos realizados, importantes para a economia do turismo, e sobre potencialidades do Polo como fortalecedor do turismo estadual:

� O gasto com hospedagem no Polo contribui muito pouco para a média estadual, já que o volume de pernoites na região é insignificante;

� O gasto médio com alimentação no Estado é largamente superior ao gasto mínimo no Polo, mas a relação da média com o gasto máximo é bastante significativa – o que se observou durante as visitas é que os equipamentos locais de melhor qualidade têm valores considerados altos para a maioria dos atuais visitantes sendo, portanto baixo o consumo (o que acaba gerando consumos mínimos - “um salgado e uma bebida”), há indicativos (relatos de turistas na região) de demanda por empreendimentos de qualidade com preços mais acessíveis; e

� Os valores com a aquisição de produtos no Polo têm também ampla variação, no entanto não há referencia de “exploração de preços”, indicando refletir muito mais a qualidade e natureza dos artigos e a capacidade de aquisição dos visitantes. A propensão a adquirir produtos (lembranças e artigos locais), pela variedade e singularidade dos produtos (apesar de ainda ocorrer oferta desestruturada e escassa), é uma das grandes potencialidades a ser exploradas, tanto para os artigos de fabricação local, como para o artesanato.

Essa análise aponta para a necessidade de estruturação da oferta em todos os níveis para se criar o ambiente adequado ao crescimento da economia do turismo no Polo. Atualmente, a limitada oferta reflete-se na estagnação da economia local e no baixo poder de compra de grande parte dos visitantes atuais (apesar dos relatos de intenção de consumo, caso houvesse maior oferta). Trata-se de um mercado instável, onde o setor privado ainda não se sente seguro para investir. Observa-se, ainda, que as características e a configuração do Polo Velho Chico representam um ambiente muito favorável para desenvolvimento de pequenos empreendimentos do setor privado, quando comparáveis ao Polo dos Coqueirais.

2.2.6. Fatores de Decisão e Ações de Comunicação

As informações referentes aos fatores de decisão e ação de comunicação têm como fonte a pesquisa das altas estações, características de maior similaridade com o Polo.

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Inicialmente observa-se que os fatores de decisão que mais motivaram a viagem ao Estado, mesmo no período da alta estação, foi a visita a parentes e amigos (41,2% dos turistas entrevistados - Gráfico 18), no entanto o segundo motivo mais apontado, passeio, tem relação estreita com o Polo Velho Chico, por se constituir em mais uma opção aos visitantes do Estado.

Uma vez identificado que o fator de decisão de grande parte dos turistas que visitam o Estado de Sergipe é o passeio (40%), as ações de captação para o Polo velho Chico devem focalizar considerando-se os Cânions do São Francisco como o foco de atração nesse panorama que abarca o Estado como um todo, inferência que pode ser fortalecida pelas considerações a seguir.

O produto cânions do São Francisco é o motivo que contribui para o atual volume de visitação a passeio, notadamente pela grande ocorrência dos deslocamentos a partir de Aracaju.

Gráfico 18: Motivação da Viagem – Pesquisa na Alta Estação

Fonte: EMSETUR/SE e Única pesquisas, 2008.

Para análise das ações de comunicação, promoção e comercialização, sem maiores informações disponíveis, acredita-se que o contexto é o mesmo encontrado no âmbito estadual: as ações de comunicação (publicidade e propaganda), segundo a pesquisa realizada pela EMSETUR/SE e Única (realizadas em 2008), de uma maneira geral, não são percebidas e geram pouco retorno.

A influência e os comentários de parentes e amigos (63% - Gráfico 19) aparecem como o mais importante fator de decisão e a maioria (96,5%) pensa em voltar. No contexto da influencia, destacam-se o registro em páginas web das impressões sobre as visitas realizadas. É fácil identificar vários depoimentos sobre as belezas da região, principalmente pela qualidade dos recursos naturais e desconhecimento da existência do destino (fator surpresa).

Gráfico 19: Influenciou a Viagem

Fonte: EMSETUR/SE e Única pesquisas – 2008.

Visita a parentes e

amigos; 41%;

Passeio; 40%;

Negócios/trabalho; 13%;

Saúde; 2%;

Eventos; 2%;

Religião; 1%; Estudo; 1%;

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Atualmente o Polo não é comercializado como produto integrado. Seus produtos e atrativos têm sido comercializados através de pacotes conjugados ao Produto Aracaju, sendo que recentemente os Cânions chegaram a ser oferecido por operadoras de âmbito nacional.

Inexistem integração e promoção dos serviços turísticos disponíveis utilizando-se a imagem do Polo. A oferta turística é desconhecida e sem sistematização, resultando de ações diretas da iniciativa privada – notadamente das operadoras de receptivo local sediadas em Aracaju.

De maneira geral, o que ocorre é uma relativa promoção do produto turístico principal do Polo, principalmente por parte do poder público que incentiva e divulga os Cânions do São Francisco, desde o âmbito federal, com cartazes em aeroportos e em revistas de grande circulação (pelo fato do Cânion ser uma atrativo singular no cenários nacional), até ações locais, junto aos turistas estaduais.

Apoiados nessa divulgação, os passeios aos Cânions são ofertados e comercializados pela iniciativa privada, por meio da distribuição de folders e outras formas de propaganda junto aos meios de hospedagem e pontos comerciais de maior visitação em Aracaju (principalmente nos shoppings da cidade).

É fato que (apesar do desconhecimento de sua relação com as campanhas de divulgação) conforme pesquisas realizadas pela EMSETUR/SE e Única, diversos municípios e a barragem de Xingó, situados no Polo, representam localidades que os turistas entrevistados gostariam de ter visitado no Estado (Tabela 14).

Tabela 14: Localidades que gostaria de ter visitado (Intenções de Visitação no Polo Velho Chico)

Municípios do Polo Freq. % Xingó 14,50 Neópolis 4,50 Canindé de São Francisco 4,20 Propriá 3,80 Porto da Folha 0,40 Nossa Senhora da Glória 0,40 Japoatã 0,20 Demais municípios do Estado 73,8 Total 100

Fonte: EMSETUR/SE e Única pesquisas – 2008.

A conclusão que se extrai é que, atualmente, a motivação e a decisão de visitar o Polo por parte do turista que chega a Sergipe dependem muito mais dos meios informais de divulgação, do contato com as pessoas que tiveram curiosidade e impulso de conhecer os cânions do que de um esforço integrado de organização e marketing dos empresários dos municípios ou do Estado. Esse fato pode ser considerado reflexo natural da falta de estruturação para marketing turístico voltado para a região. Apesar dessa fragilidade, a informação espontânea chega ao turista que visita Sergipe, gerando curiosidade e expectativa em conhecer a região do Velho Chico.

A situação leva à perspectiva de estratégias prementes de estruturação e marketing, que devem envolver todo o Polo, considerando especialmente o produto turístico existente como indutor (cânions do São Francisco), o rio como eixo natural de ligação e atratividade, as relações culturais locais e os bens naturais como potenciais objetos de desenvolvimento turístico.

2.2.7. Meios de Propaganda

Como exposto no item anterior, o Estado tem desenvolvido iniciativas promocionais por meio de folders, material de vídeo, publicações, mas a forma de promoção está quase sempre relacionada à imagem dos cânions do São Francisco (Figura 50) e não à totalidade

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do Polo Velho Chico. Algumas vezes essas imagens são inseridas no contexto do Estado, algumas vezes destacando aquela região de Xingó. Ainda não há um trabalho que fortaleça a ideia de uma imagem ampliada ao Polo. Desse modo, restringe-se aos cânions o interesse de quem tem acesso ao material institucional.

O mesmo fenômeno ocorre na internet, especialmente nas páginas institucionais, onde sempre é encontrada a imagem dos Cânions do São Francisco (Xingó). Essa forma isolada de promoção afeta também a Grota do Angico, considerado um atrativo complementar potencial próximo aos cânions, mas, normalmente, não há vinculação entre os dois atrativos turísticos. A Grota do Angico apesar de ter divulgação, ainda não aparece com força no cenário turístico do Velho Chico.

É importante que, especialmente nos meios institucionais da esfera governamental ligados ao turismo, se inicie a divulgação de uma nova imagem, baseada no conceito de Polo, abrangendo toda a região e sua diversidade cultural.

Dentre os vários meios de propaganda utilizados, destaca-se o potencial da internet, principalmente relacionado aos principais fatores que influenciaram a viagem, (recomendação de parentes e amigos). Pelas características de singularidade, qualidade dos recursos naturais, e fato do destino ser praticamente desconhecido, é comum surgirem depoimentos em páginas especializadas ou relacionadas a ecoturismo ou turismo de aventura das belezas locais e agradável experiência vivida. A estruturação do programa de marketing poderia se ater a esse fato, uma vez que a internet e as redes sociais ampliam de forma ilimitada o que até recentemente se referia a colocação “recomendação de parentes e amigos”.

Figura 50: Meios de Propaganda

Fonte: http://www.feriasbrasil.com.br/se/aracaju/passeiodebarcoaocaniondoxingoriosaofrancisco.cfm

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2.2.8. Grau de Satisfação

Sendo ainda destino em desenvolvimento e não tendo informações especificas, a exemplo dos demais itens deste Plano, buscou-se analisar as informações disponíveis para o estado, já que é o turista que está no estado que atualmente visita o Polo, e desse ponto inferir as diferenças frente às características dos produtos e atrativos hoje comercializados no Polo.

A base de dados existente sobre o tema satisfação é referente ao turismo de todo o Estado e inclui, supostamente, todos os destinos e atrativos. Toma-se, para efeito do PDITS do Velho Chico, a pesquisa como uma referência importante sobre como o turista reage à oferta turística de Sergipe, aos serviços e à infraestrutura existente nos seus destinos. Os números apresentados servem para balizar ações de melhoria qualitativa em todos os aspectos levantados.

Para tanto, o grau de satisfação do turista é avaliado a partir de duas categorias: (i) grupo de fatores de base para o turismo e (ii) atrativos turísticos.

A primeira categoria leva em conta: os atrativos turísticos; os equipamentos e serviços turísticos; e a infraestrutura e os serviços públicos.

Nessa categoria, o grau de satisfação encontrado entre os turistas entrevistados é de 55,3% considerando como “bom e ótimo” (Tabela 15). Dos grupos de fatores analisados, o Polo Velho Chico possui maior relação com o primeiro grupo, o de atrativos turísticos (com grau de satisfação ótimo ou bom da ordem de 56,4%) pela qualidade e singularidade de suas características.

No entanto, os dois grupos de fatores seguintes, equipamentos/serviços turísticos e infraestrutura/serviços públicos (respectivamente com 53,4% e 56,2% de satisfação), provavelmente teriam resultados inferiores aos encontrados, caso a pesquisa tivesse sido realizada junto ao público-alvo do Polo, notadamente pela sua deficiência a respeito desses atributos.

Tabela 15: Grau de satisfação de turistas segundo grupo de fatores de base para o turismo

Grupos de fatores Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo Atrativos turísticos 25% 31,4% 8% 4,5% 31,1% Equipamentos e Serviços turísticos 24,3% 29,1% 10,4% 6,4% 29,9% Infraestrutura e Serviços Públicos 21,5% 34,7% 11% 7,9% 24,9% Média/ Conjunto 23,6% 31,7% 9,8% 6,3% 28,6%

Fonte: EMSETUR/SE e Única Pesquisas – 2008.

Além dessas, se buscou informações no local, ainda que sem caráter formal, para que se pudesse depreender o que pensa o atual público que visita os cânions sobre os atrativos e os demais equipamentos da região. Segundo relatos dos atores considerados estratégicos para o desenvolvimento do turismo local, nas oficinas e reuniões realizadas no desenvolvimento deste Plano o turista demonstra satisfação em relação aos atrativos, porém alguns visitantes citam a necessidade de maior organização e oferta de opções diferenciadas de passeios.

Ressalte-se que nos municípios de Nossa Senhora da Glória e de Propriá a característica, que é relacionada à motivação da visitação, não se reflete na satisfação com o destino turístico, mas sim no atendimento à necessidade básica da população do entorno. A “fidelização” se esboça por meio do atrativo de compras de abrangência regional, representada respectivamente por: feira de gêneros alimentícios, vestuário, utensílios e outros bens de consumo e comércio estruturado, bem como visitantes atraídos pelas festas locais, comprovando a expressividade dessas localidades como cidades polarizadoras de atração.

A segunda categoria, que analisa com maior detalhe as informações estaduais sobre satisfação em relação aos atrativos, observa-se relativa correlação da situação do Polo Velho Chico com os indicadores disponíveis.

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O grau de satisfação do turista quanto aos atrativos naturais, que supostamente incluem produtos como os cânions e as praias de rio, além dos demais atrativos naturais do Estado, resultou em 71, 4% com avaliação entre bom e ótimo. Na mesma pesquisa, 20,9% dos turistas entrevistados avaliaram os atrativos naturais como péssimos, principalmente em razão da presença de lixo nas localidades visitadas (Tabela 16).

Tabela 16: Grau de satisfação de turistas segundo atrativos turísticos

Atrativos Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo Natural 35,5% 35,9% 5,5% 2,2% 20,9% Patrimônio Histórico/Cultural 19,5% 31,2% 9,4% 5,7% 34,2% Manifestações Populares 20% 27,1% 9,2% 5,5% 38,2% Média/ Conjunto 25% 31,4% 8% 4,5% 31,1%

Fonte: EMSETUR/SE e Única Pesquisas, 2008.

Nessa categoria, o que se conclui sobre o grau de satisfação é que, para o Polo Velho Chico, é importante reconhecer que o turista que visita Sergipe tende a apreciar os atrativos naturais existentes, base da oferta turística do Polo. Os outros atrativos relacionados têm menor aceitação, como o patrimônio histórico e as manifestações populares. Esta informação é fundamental para orientar ações de melhoria na qualidade e organização da oferta turística. O Polo Velho Chico, com um rico acervo cultural deve se preparar para melhorar a qualidade dos seus atrativos culturais e agregar valor e vantagens com relação a outros destinos do Estado.

Observa-se que a forma como se apresentam as considerações neste estudo decorrem do fato de não existir pesquisa em nenhuma instância governamental ou privada que revele dados sobre o grau de satisfação de turistas especificamente na região do Velho Chico, assim procedeu-se a essa relativização, com análises do grau de satisfação do Estado frente ao contexto do Polo.

As considerações específicas apresentadas sobre as características do Polo (para comparação com os resultados da pesquisa estadual) tiveram como base as reuniões e entrevistas com atores locais, realizados nos locais considerados como de concentração das atividades turísticas, quais sejam: Canindé de São Francisco, Nossa Senhora da Glória, Propriá e Neópolis.

2.3. Análise do Mercado Turístico - Tipos de Turismo e Linhas de Produto Existentes e Potenciais

A seguir encontra-se caracterizado o mercado do Polo, com base nas informações incluídas nos itens anteriores deste Diagnóstico, bem como pontuadas as questões a ele inerentes.

2.3.1. Perfil do Turista

Atualmente, no Polo Velho Chico, a maior demanda é pela visita sem pernoite, ou seja, não há ainda um turista que pertença ao Polo, no sentido stricto condicionado a uma permanência de pelo menos 24h (OMT, ONU). O interesse turístico comercial no Polo Velho Chico restringe-se aos cânions de São Francisco, onde a visita pode ser realizada numa manhã ou numa tarde e, após a visita, os turistas regressam para Aracajú sem usufruírem do conjunto da estrutura já existente na região.

Desse modo, não há como estabelecer características precisas sobre o perfil do turista ou descrever as qualidades de equipamentos que possam atrair um “turista com hábito de visitante”.

O produto cânions, por sua vez, tem boa aceitação segundo as avaliações do Capitulo 2, apresenta projeção de crescimento como ascendente e o turista demonstra forte interesse em conhecê-lo.

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2.3.2. Balanço das Campanhas de Promoção da Área

Não há campanhas de promoção que considerem o Polo Velho Chico. A promoção restringe-se aos cânions do São Francisco (Barragem de Xingó), muitas vezes até sem associá-lo ao município de Canindé de São Francisco, onde está localizado, e também para a Grota do Angico (trilha do Cangaço) atrativo situado em Poço Redondo e que emerge no cenário da região. É de extrema necessidade a divulgação do Polo de forma articulada para, posteriormente, à medida que o Polo melhore sua estrutura, seja ampliado o contexto promocional dentro da perspectiva de planejamento integrado que se busca firmar neste PDITS.

Como já falado, pela singularidade do atrativo, a imagem dos Cânions tem tido divulgação institucional no âmbito federal, notadamente em aeroportos e revistas de circulação nacional, junto com outros importantes atrativos do cenário brasileiro.

(Além dessa divulgação, mais genérica e voltada ao questionamento sobre o conhecimento pela população das belezas brasileiras), os meios mais comuns de propaganda direta encontrados para os produto Cânions e o atrativo Grota do Angico/Trilha do Cangaço são:

� Folders distribuídos para o setor hoteleiro; � Sítios institucionais em internet (Estado e Municípios); � Publicações institucionais (Estado); � Guias turísticos locais.

2.3.3. Mercados Competidores

No atual patamar de desenvolvimento do Polo, não se podem estabelecer parâmetros de competição com outros mercados, pois não há estrutura turística de porte implantada na região para identificá-lo como um mercado competitivo. O próprio comportamento do mercado turístico comprova essa avaliação pela marcante opção por passeios sem pernoite, ou seja, o turista não permanece na região.

Por outro lado, identificou-se que o Polo Velho Chico apresenta grande potencial para competir no mercado turístico devido aos passeios nos cânions de São Francisco, que atraem um público crescente, além de todo o acervo de atrativos turísticos que podem ser preparados para o turismo e inseridos em um roteiro abrangente.

Existe, ainda, a oportunidade de se ligar o Polo à infraestrutura turística existente em áreas próximas dos estados vizinhos. São serviços e atrativos turísticos de Piranhas (AL) e outros que compõem a cadeia de turismo do Baixo São Francisco. O mesmo ocorre no que se refere a Paulo Afonso (BA), com um aeroporto desativado (que pode beneficiar a região caso seja ativado); e Delmiro Gouveia (AL), com atrativos complementares; todos em um raio de 100 km de Canindé.

Dentro desse contexto interestadual, tanto a trilha do cangaço, quanto os cânions do São Francisco podem ser trampolim para o desenvolvimento, principalmente os cânions por representarem um atrativo único, de características singulares (maior cânion navegável do Brasil e um dos maiores do mundo).

Constatou-se, pelo diagnóstico estratégico, que o potencial de competitividade do Polo vem evoluindo através de seu produto principal (cânions do São Francisco) com um público crescente, e que seus atrativos, recursos naturais e histórico-culturais são um capital incontestavelmente sólido para investimentos no turismo e criação de um ambiente real competitivo.

Nessa perspectiva, o Polo pode se condicionar para competir inclusive com outros destinos da Região Nordeste, até mesmo com as capitais e o litoral, incidindo mais fortemente no

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segmento do ecoturismo e incluindo também as atividades histórico-culturais, para atrair o turista que busca diversificação ao turismo de sol e praia, bem como aquele que procura novas experiências e diversidade de produtos comparativamente aos já consolidados no mercado atual. É também potencialmente competitivo para captar os mercados emissores das regiões Sudeste e Centro-Oeste, medianamente próximos, que possuem público turístico que busca tradicionalmente o segmento para o qual a área é vocacionada e suas correlatas atividades. O recurso dos cânions é, nesse contexto, o ponto focal de toda a cadeia potencial do Polo.

Para conquistar o patamar competitivo, o Polo deve receber investimentos em infraestrutura, e peças de planejamento, como pesquisas e inventários. Deve, ainda, desenvolver-se nos setores hoteleiro, de alimentação e de equipamentos turísticos, com criação de roteiros e empreendimentos direcionados aos segmentos turísticos já identificados no Portfólio Estratégico (tabela 02, Item 2.5, Capitulo 2). Deve reunir atributos baseados em empreendimentos sustentáveis, integrados à cultura regional e, acima de tudo, que engaje os empreendedores/empreendimentos num modelo de gestão integrada, envolvendo as comunidades e os governos locais, dentro de uma política de desenvolvimento de curto, médio e longo prazo.

2.3.4. Recurso, Produto e Segmentação Turística.

A presente análise condensa o pensamento estratégico sobre o tema produto e inicia-se pelo reconhecimento, diante do que foi previamente exposto, do rio São Francisco como o eixo que organiza todo o Polo Velho Chico.

Infere-se que o rio seja o bem natural com o maior potencial de exploração sustentável para o segmento do ecoturismo, incluindo atividades náuticas, de lazer, de pesca, de contemplação e de aventura. Assim, será considerado o rio o recurso turístico estruturante.

Localizado a montante da barragem de Xingó, está o produto turístico reconhecido como chave do desenvolvimento do Polo Velho Chico: os Cânions do São Francisco que atualmente tem um direcionamento bem objetivo para o segmento do turismo náutico.

Como atrativo complementar ao produto-chave, destaca-se a Grota do Angico (trilha do cangaço), no município de Poço Redondo (próximo a Canindé e aos cânions do São Francisco), que se evidencia hoje como um atrativo em desenvolvimento e que possui grande potencial de estabelecer uma sobreposição entre o segmento histórico-cultural, onde naturalmente se apoia, e os segmentos de aventura e o ecoturismo (trilhas, bioma da Caatinga, e cânions do rio São Francisco – hoje explorados pelo segmento náutico, mas com grande potencialidade para atividades relacionadas ao ecoturismo),

O produto principal é avaliado por metodologia de ponderação, cujos resultados serão apresentados no item 8.2.1, onde se pode avaliar o grau de qualidade e sustentabilidade do produto principal.

Como atrativo de destaque aparece o Museu de Arqueologia do Xingó – MAX que, apesar de seu pequeno porte, recebe, além de pessoas da região, os turistas que se dirigirem aos cânions e o visitam por estar localizado próximo à represa de Xingó.

Essas atividades turísticas mais estruturadas concentram-se no entorno dos cânions, e retém, no Noroeste do Polo, o dinamismo do turismo.

Identificado o produto atualmente comercializado, a segmentação existente e seu potencial, a ser explorado, faz-se necessário reforçar o aspecto atual do Polo de constituir somente uma potencialidade e uma possibilidade de política de desenvolvimento fortemente justificável pelo ambiente da região. Conclui-se, portanto, que o conceito de integração implícito na palavra “polo” não é ainda uma realidade.

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Destaca-se, todavia, a grande potencialidade, sendo importante a compreensão do modo como as características heterogêneas daquele ambiente podem ser utilizadas como peças de integração de uma cadeia turística.

2.3.5. Capital Turístico e Gargalos para o Desenvolvimento

Para efeito da continuidade dessa análise do mercado escolhem-se mais duas características relevantes a serem aprofundadas, quais sejam:

1. Heterogeneidade cultural; e

2. Heterogeneidade socioeconômica;

Ao analisar as particularidades de cada município e os detalhes que os singularizam. Constatam-se semelhanças, mas não coincidências nas manifestações culturais, tampouco na identidade arquitetural ou na urbanística. A partir desse fato considera-se que a heterogeneidade cultural do Polo significa uma oportunidade e um “capital” inestimável para o seu desenvolvimento. Essa riqueza, que hoje, no contexto do turismo, mostra-se fragmentada, deve ser conectada e aproveitada para fortalecer o segmento histórico-cultural e estabelecer um elo de complementaridade entre o produto turístico principal e os atrativos nos diversos municípios. Propicia-se assim um elo para a integração da Região Noroeste – mais desenvolvida –, com a Região Sudeste – menos desenvolvida –, efetivando o surgimento de um Polo, onde ações indutoras de desenvolvimento poderão ser centradas em municípios identificados como polarizadores.

Por outro lado a heterogeneidade do estágio de desenvolvimento econômico e social, incluído o desenvolvimento da economia do turismo (oferta de equipamentos), no âmbito desses mesmos municípios, torna-se um gargalo ao desenvolvimento, agravando a situação de fragmentação.

A condição econômica da região, dependente hoje de forma geral de atividades rurais, é de estagnação na geração de emprego e renda, não sendo capaz de absorver a crescente demanda por empregos. Esse fato reflete-se em desequilíbrio econômico e baixa qualidade de vida para a população. Comprova esse desequilíbrio a condição do IDH do município de Poço Redondo, o mais baixo do Estado.

Diante da situação social e da economia local, observando-se a qualidade do “capital turístico”, é que se justifica o turismo como oportunidade de crescimento sustentável e como uma porta para o desenvolvimento social do Polo Velho Chico.

2.3.6. Importância Estratégica dos Municípios do Polo no Contexto do Mercado Turístico

Dentre os 17 municípios que compõe o Polo Velho Chico, no que diz respeito a uma análise espacial e qualitativa - potencialidades e gargalos, destacam-se quatro deles pelas melhores condições: Neópolis e Propriá, na Subárea Leste, Nossa Senhora da Glória, na Subárea Centro e Canindé de São Francisco, na Subárea Norte. São esses mesmos municípios que encabeçam economicamente as três Subáreas identificadas.

Considerando as Subáreas como unidades de um sistema sócioespacial e a disposição geográfica dos municípios destacados como vértices de uma figura geométrica, observa-se a conformação de um triângulo que, figurativamente, inscreve todos os municípios do Polo.

Os municípios de maior desenvolvimento exercem uma função polarizadora e estratégica em termos da localização, da economia e do suprimento dos serviços básicos do Polo. Esses municípios serão chamados de municípios polarizadores primários, para efeito de análise (Figura 51).

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Figura 51: Situação potencial de polarização dos municípios

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Essa percepção ajuda a situar também a importância estratégica desses municípios como chaves do desenvolvimento do turismo. Dentre eles, o município que hoje é o pilar do turismo na região é Canindé de São Francisco, localizado no vértice superior do triângulo. E é nesse ponto que se localiza a única atividade turística “formalizada como produto” que são os cânions do São Francisco.

Seguidamente, destaca-se Nossa Senhora da Glória, que pode ser considerado o município “portal de entrada” do Polo a partir de Aracaju pela ligação em ótimas condições que se faz pela estrada estadual SE 230. O município possui, notadamente, uma economia dinâmica e diferenciada na região, no setor de comércio e serviços, atraindo negociantes e compradores regionais. Constata-se o crescimento do setor hoteleiro para atendimento a esse segmento local emergente.

Propriá e Neópolis, por sua vez, municípios mais próximos de Aracaju, são também locais de trânsito de passagem por haver ligação sobre o rio São Francisco, por meio de ponte e balsa respectivamente, para o Estado de Alagoas. Pode-se considerar que são potenciais portais de entrada no Polo para o turismo regional, além de serem municípios com áreas urbanas mais bem estruturadas.

Em primeira instância, os municípios polarizadores primários comportam investimentos que podem repercutir em curto prazo e com mais capacidade de indução por melhorias básicas dos espaços urbanos, infraestrutura, formação profissional e atração de investimentos em estruturas turísticas por parte da iniciativa privada.

Seguindo-se esse raciocínio, classificam-se outros três municípios que serão chamados de polarizadores secundários. Estes dependem de mais investimento em infraestrutura e em equipamentos turísticos relativamente aos polarizadores primários, todavia podem apoiar-se neles para obterem uma resposta mais rápida à indução do desenvolvimento turístico. São eles os municípios de Gararu, Porto da Folha e Poço Redondo.

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Gararu possui uma orla que recebeu anteriormente urbanização (e já necessita recuperação), bem como espaços urbanos organizados como uma grande praça multiuso de eventos e esportes.

Porto da Folha promove festas religiosas e folclóricas que atraem regionalmente visitantes e se localiza em seu território a Ilha do Ouro, local tradicional de banho e lazer, mas sem nenhum investimento em equipamentos que permitam incrementar o turismo de forma sustentável.

Poço Redondo abriga a Grota do Angico, ponto final da rota do cangaço, peça fundamental no arcabouço do segmento turístico histórico-cultural. O município, porém, não alcança a oportunidade do turismo pela baixíssima condição socioeconômica de sua população, aproveitando quase que de forma incidental o turismo de Canindé e do Roteiro do Cangaço advindo dos Estados ao norte.

No apoio a essa estrutura inicial e não menos importantes, estão posicionados os municípios de Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora de Lourdes, Itabi, Canhoba, Amparo de São Francisco, Telha, Cedro de São João, Japoatã e Ilha das Flores. São esses os municípios polarizadores terciários que preenchem toda a superfície da figuração triangular do Polo e que apresentam uma condição cujo grau de investimentos deve ser de base, ou seja, em todos os níveis que afetam a economia do turismo. Essas localidades são, em geral, alheias ao movimento turístico, mas com potencial latente de oferecer um universo de atividades culturais, artesanato, festas folclóricas e religiosas, arquitetura vernacular e atividades náuticas.

Estrategicamente, os municípios polarizadores devem comportar-se como uma estrutura em que os primários são base de apoio aos secundários e estes, por sua vez, sustentam os terciários, criando uma cadeia integrada de desenvolvimento.

2.3.7. Condição da Oferta de Recursos Turísticos no Polo

A oferta de recursos de infraestrutura turística é proporcional ao grau de desenvolvimento observado nos municípios, concentrando-se nos municípios polarizadores. O fato de existirem e suprirem o movimento turístico atual, não significa que o fazem com qualidade nem que há capacidade de absorver uma demanda crescente. Ao contrário, relembrando os números de crescimento de demanda projetados no Item 2.7.5 do Capitulo 2, observamos, no cenário provável B uma estimativa de crescimento de cerca de 24.014 visitantes em 5 anos, com a maior taxa de crescimento dentre as previstas para os Polos turísticos no Estado, cerca de 9% ao ano. Neste ponto é uma das importantes questões a serem estudadas.

Essa taxa de crescimento provável só pode ser adotada como meta de crescimento se os três níveis de municípios polarizadores forem subsidiados por diversas ações de melhoria, de curto, médio e longo prazos, destinadas a infraestrutura e serviços básicos, criação de roteiros, criação de estruturas turísticas, ações socioambientais e de gestão.

Dentro do tema “mercado” cabe ainda avaliar se a situação atual da oferta de equipamentos e mão de obra existente absorve essa projeção de crescimento.

Apesar da inexistência de pesquisas mais profundas, sem muito esforço, identifica-se a falta de qualificação e de capacidade do setor hoteleiro, do setor de alimentação e a inexistência de empreendimentos turísticos para absorção desse crescimento almejado, levando-se em consideração que a situação da formação profissional do setor turístico é proporcionalmente incipiente. Basta observar que os há apenas três hotéis relativamente qualificados no Polo: dois em Canindé (Hotel Xingó e Águas de Xingó) e um em Propriá (Hotel Velho Chico). Os demais meios de hospedagem são pequenos hotéis e pousadas de qualidade inferior.

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Para uma avaliação de base, tomamos o setor hoteleiro da Região Turística do Velho Chico como representante da situação da oferta. Atualmente o setor oferece ao visitante, no total, 12 hotéis e 21 pousadas, perfazendo 476 unidades habitacionais (UH) e 947 leitos, no entanto, de forma geral, a grande maioria dos meios de hospedagem não oferece bons recursos para um turista que busca padrões mínimos de conforto e qualidade. Não se encontram também instalações com apelo bioclimático ou sustentável para atender às expectativas do segmento do ecoturismo, que é o segmento com maior potencial para o desenvolvimento do turismo sustentável na região, ou para atividades compatíveis e relacionadas. Ou seja, não existe o direcionamento do setor para um segmento principal, existente ou potencial, o que reflete nas demais estruturas turísticas. O único produto comercializado é o Produto Cânions do São Francisco, que hoje representa hegemonicamente a sustentação do Polo, porém há que se promover maior esforço para que a atividade se integre no segmento de Ecoturismo. Da forma como é estruturada atualmente (passeios de catamarã, com música e bebida sem muita relação com a cultura do rio), a relação é muito maior com atividade de lazer, perdendo o aproveitamento de sua potencialidade.

Assim, o que se constata atualmente é a falta de apelo da estrutura turística em geral com relação a um perfil e segmentação desejados, ressaltando-se que esse é um ponto crítico, pois o crescimento esperado não pode ser absorvido pela estrutura hoteleira atual.

Dos 947 leitos, considerando-se os meios de hospedagem de melhor condição, apenas 288 estão localizados no entorno do produto principal (cânions do São Francisco), os próximos município medianamente estruturados são Propriá e Neópolis que oferecem somados 410 leitos, mas estão localizados a 172 km de distância do produto principal sem nenhum outro produto ou atrativo formalizado ou estrutura turística significativa nesse interstício.

2.3.8. Política de Desenvolvimento Turístico para o Polo Velho Chico

Diante desse quadro, a região do Velho Chico pode ser posicionada em um estágio de “primeiros passos” para o desenvolvimento da economia do turismo e de aprendizado do conceito de “polo”. E existe, porém, um fator que prepondera na decisão de se estabelecer uma política de desenvolvimento turístico para essa região, que são as possíveis mudanças no destino da economia da região e a melhoria de qualidade de vida da população. O fato reside num estado de expectativa coletiva sobre alguma política de melhoria, de oportunidade e de desenvolvimento claramente percebido nas oficinas participativas do PDITS.

É sobre esse fundamento que se reforça a justificativa de olhar para a região e seu capital turístico inexplorado e promover uma ação abrangente e planejada, aproveitando a oportunidade que o baixo estágio de desenvolvimento da atividade turística e a estagnação da economia em geral abrem para que as ações se iniciem nesse terreno quase natural sejam semeadas de forma sustentável com chance de se consolidarem fazendo, então, surgir o Polo Turístico do Velho Chico.

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2.3.9. Situação Estratégica do Mercado Turístico

GARGALOS

INFLUÊNCIA PARA A DECISÃO DE VIAJAR:

• 60% por indicação de parentes e amigos;

• 30% outros motivos; e

• Menos de 10% através de mídia de propaganda.

HETEROGENEIDADE SOCIOCULTURAL:

• Baixo desenvolvimento;

• Falta de investimentos em estrutura turística e em mão de obra capacitada;

• Falta de integração regional.

OPORTUNIDADES

ACESSO AO POLO

• Posição de acesso estratégica com relação a outros destinos consolidados próximos.

AMBIENTE FAVORÁVEL AO DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO SUSTENTÁVEL:

• Economia estagnada; • Baixo grau de desenvolvimento econômico e social; • Turismo em estágio inicial facilita ações de desenvolvimento sustentável; • Não há grandes aglomerações urbanas, o que facilita ações em melhoria de infraestrutura.

SEGMENTAÇÃO TURÍSTICA DO POLO (DESEJADA):

• Ecoturismo;

Complementado por atividades relacionadas aos aspectos:

• Histórico-cultural; • Náutico; • Sol e Praia (praias fluviais); • Pesca; • Aventura.

PRODUTO PRINCIPAL EXISTENTE TEM FOCO EM SEGMENTO OBJETIVO E CURVA ASCENDENTE DE ATRAÇÃO DE VISITANTES

ATRATIVO TURÍSTICO EMERGENTE (GROTA DO ANGICO) SE INTEGRA AO SEGMENTO PRINCIPAL –ECOTURISMO - POSSUI GRANDE POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO EM TRÊS ATIVIDADES TURÍSTICAS COMPLEMENTARES (NATUREZA, HISTÓRICO-CULTURAL, AVENTURA)

RECURSO TURÍSTICO ESTRUTURANTE (RIO SÃO FRANCISCO) E HETEROGENEIDADE CULTURAL SUFICIENTES PARA DESENVOLVIMENTO DE UM ROTEIRO CONSISTENTE E INTEGRADO EM TODA A REGIÃO DO POLO.

OPORTUNIDADE DE CAPTAR TURISTAS DOS MERCADOS EMISSORES QUE SE DIRIGEM A SERGIPE (ARACAJU OU POLO COSTA DOS COQUEIRAIS).

OPORTUNIDADE DE ASSUMIR ESTADOS VIZINHOS COMO MERCADOS EMISSORES EM CURTO E MÉDIO PRAZO PARA O POLO (PARAÍBA, PERNAMBUCO, ALAGOAS E BAHIA)

O TURISMO COMO OPORTUNIDADE DE RESGATE SOCIOECONÔMICO E INTEGRAÇÃO REGIONAL, BALIZANDO AÇÕES INDUTORAS NOS MUNICÍPIOS POLARIZADORES PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS.

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2.4. Análise da Infraestrutura e dos Serviços Básicos

Até recentemente, a condição de infraestrutura do Polo Velho Chico, como de grande parte do Estado, encontrava-se em situação crítica. No entanto, a adoção de recente política de descentralização das melhorias levou à implantação de intervenções relevantes para o contexto estadual.

A Secretaria de Estado de Planejamento de Sergipe dispõe de informações sistematizadas sobre as principais obras e ações previstas ou em realização e que têm o Estado como base de controle ou execução. Essas obras e ações estão listadas no Anexo 3, Volume III e visam melhorias em infraestrutura viária, saneamento, serviços públicos, nas áreas da saúde, educação e segurança, e algumas ações que beneficiam o turismo diretamente, dentre outras.

Destacam-se, a seguir, algumas dessas ações em andamento que se vinculam diretamente às melhorias que revertem benefício ao setor turístico em municípios que conformam o Polo:

• Canindé de São Francisco:

Construção de pista de pouso e sua pavimentação em fase de preparação;

Supervisão de restauração das Rodovias: SE-230, SE-200 em andamento.

• Poço Redondo

Obra de conjunto de edificações, paisagismo e urbanismo, monumento natural Grota do Angico em fase de realização.

• Porto da Folha

Implantação e pavimentação da Rodovia. SE-179 em andamento.

• Nossa Senhora da Glória

Supervisão da Rodovia SE-230, e Rodovia SE-175, trecho: BR-235 –N. Senhora da Glória. (Ribeirópolis/Glória) – Rota do Sertão, em andamento.

• Canhoba

Construção de obra de arte sobre o riacho da Barragem do Povoado Borda da Mata, no Município de Canhoba – em fase de preparação de licitação.

Ressaltam-se as melhorias em infraestrutura de esgoto sanitário nos municípios de Canindé de São Francisco, Cedro de São João, Japoatã e Ilha das Flores. Os municípios de Gararu, Canhoba, Amparo de São Francisco e Telha, possuem indicação de paralisação em obras de esgotamento sanitário.

As melhorias em abastecimento de água, por sua vez, são observadas nos municípios de Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Nossa Senhora da Glória e Cedro de São João.

Este panorama denota problemas de infraestrutura que estão sendo solucionados pela iniciativa governamental. As ações não atingem a totalidade dos municípios componentes do Polo Velho Chico e muitas delas, especialmente as ações de saneamento ambiental e melhorias do acesso rodoviário necessitam de ampliação e de complementação para que a região seja beneficiada integralmente.

De maneira geral, na análise da infraestrutura relacionada aos serviços deve-se ter em mente a estratégia do Estado preconizada no Plano de Desenvolvimento do Território (2008), segundo a qual os municípios da Região Turística do Velho Chico estão nos territórios do Alto Sertão Sergipano e do Baixo São Francisco Sergipano.

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2.4.1. Acessibilidade

2.4.1.1. Rodoviária

Infraestruturas têm grande poder de transformação de realidades e o aumento da acessibilidade às áreas de potencial turístico possibilitará o desenvolvimento econômico da região. A implantação ou melhorias de rodovias no intuito de estabelecer um eixo de circulação para turistas induz sua movimentação e conseguintes aumentos de tempo de permanência e gastos efetuados na região e em seu caminho.

Em relação à acessibilidade da Região Turística do Velho Chico, vale destacar as distâncias relativamente curtas dentro do Estado. A capital Aracaju e Canindé de São Francisco (localizada no extremo oeste do Estado) distam cerca de 200 km. De Aracaju para as capitais nordestinas mais próximas (destinos turísticos consolidados): cerca de 330 km até Salvador e de 280 km até Maceió.

São duas as rodovias federais que cortam Sergipe (Figura 52): a BR 101, no sentido norte- sul e a BR 235 no sentido Leste-Oeste, ambas usadas para acessar o Polo. As rodovias estaduais, que promovem a conexão com as federais, totalizam 5.700 km de malha viária, o que representa a melhor densidade rodoviária estadual da Região Nordeste. Todas as sedes municipais interligam-se por vias de pavimentação asfáltica.

As rodovias BR-101 e BR-235 têm suas condições de conservação descritas no Volume III Anexo 2.

Tendo em vista que o município de Canindé de São Francisco é de grande importância turística para o Polo, devido aos Cânions do São Francisco, merece destaque a condição de acesso a essa localidade, a partir da capital.

De Aracaju a Canindé de São Francisco utilizam-se as rodovias BR- 235, BR-101 e SE-230. O trecho da BR-235, inicia-se em Aracaju com tráfego em pista dupla, sendo a parte inicial do trajeto localizada em perímetro urbano. Nos primeiros quilômetros da rodovia, a sinalização horizontal e vertical está em estado regular, logo em seguida há melhoria da sinalização horizontal.

A partir do encontro da BR 235 com a BR 101, o tráfego continua em pista dupla, e condições normais, com boa sinalização horizontal e vertical. No trecho em que a BR 101 se transforma em pista simples, a sinalização horizontal continua boa, mas a vertical piora. Nos municípios de Laranjeiras e Nossa Senhora do Socorro, ainda em pista simples, há restrições devido às obras de duplicação, com alguns trechos de acostamentos sem revestimento asfáltico, merecendo cuidado devido ao intenso tráfego e condição regular de sinalização horizontal e vertical (dados de 2009).

No trajeto da SE-230, o tráfego é em pista única, passando pelas cidades de Siriri, Nossa Senhora das Dores, Feira Nova, e, já na Região Turística do Velho Chico, Nossa Senhora da Glória – cidade central do Alto Sertão Sergipano, distante cerca de 80 quilômetros do destino. Passa-se ainda por Monte Alegre de Sergipe e Poço Redondo.

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Figura 52: Trajeto Aracaju – Canindé de São Francisco em destaque

Fonte: Technum Consultoria – 2009

A melhoria da SE-100 poderá representar o estabelecimento de um eixo rodoviário turístico com potencial de alavancar o Polo Velho Chico, por sua complementação e ligação a partir de Pirambu até Brejo Grande (Figura 52).

Essa obra já vem sendo realizada pelo DER e criará uma ligação entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico, gerando um circuito integrado de reafirmado potencial turístico. Algumas intervenções em outras faixas de rodovias estão sendo realizadas no Polo como mostra a figura 53. As obras rodoviárias que estão sendo realizadas ou previstas pelos órgãos estaduais (externos ao planejamento turístico), no entanto, não garantem a integração do Polo Velho Chico por terra. Vários trechos necessitam de intervenções de melhoria para criar um sistema viário articulado e de qualidade entre os municípios do Polo para que haja a integração pretendida, uma alternativa a uma rota hidroviária, ambas ainda potenciais. (Figura 53)

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Ressalta-se que estas melhorias não beneficiariam os municípios envolvidos apenas sob a ótica do turismo, mas teriam função de melhorar todas as relações de transporte e integração social, política e econômica daquelas localidades.

As ações de melhoria potencializariam a criação de um circuito rodoviário que poderia integrar-se a um circuito fluvial e que beneficiaria a região do Velho Chico em seu desenvolvimento na economia do turismo e em seu desenvolvimento em geral.

Figura 53: Obras rodoviárias priorizadas

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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Figura 54: Estruturação do sistema viário

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Sinalização Turística nas Rodovias

Na região do Polo, durante a época de realização do Diagnóstico (2009) a sinalização turística não existia (entendida por sinalização padrão utilizada para indicação dos Atrativos Turísticos informando aos usuários da via direção, distância e locais dos atrativos turísticos existentes). Ao longo das rotas de acesso, a única orientação é feita seguindo-se as placas de sinalização rodoviária vertical comum, que indica o acesso aos municípios. Algumas placas improvisadas orientam os turistas aos atrativos. As placas deveriam ser implantadas conforme orienta o Guia Brasileiro de Sinalização Turística e ilustra a Figura 55, a seguir.

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Figura 55: Padrão Brasileiro de Sinalização Turística

Fonte: MTur - Guia Brasileiro de Sinalização Turística

2.4.1.2. Portuária

O sistema hidroviário é utilizado, basicamente, para transporte de cargas e passageiros entre as cidades ribeirinhas localizadas em Sergipe e em Alagoas, além dos passeios como o de catamarã até a foz, o de barco desde Canindé até Poço Redondo, ligando Xingó à Trilha do Cangaço, de grande importância para o Polo Velho Chico.

De maneira geral, em sua totalidade, o rio São Francisco é navegável em seus mais de mil quilômetros entre Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, apesar das interrupções pelas barragens de hidrelétricas (Três Marias – Três Marias, MG; Sobradinho – Juazeiro, BA; Itaparica – Glória, BA; Paulo Afonso I – Paulo Afonso, BA; Paulo Afonso II – Delmiro Gouveia, AL; Paulo Afonso III – Delmiro Gouveia, AL; Paulo Afonso IV – Delmiro Gouveia, AL; Moxotó – Delmiro Gouveia, AL; Xingó – Canindé de São Francisco, SE). O rio São Francisco tem seu aproveitamento para transporte de carga integrado ao sistema rodoferroviário, e no trecho que banha o Polo há saída para o Atlântico.

Em termos de comportamento médio do rio, seu nível corresponde à curva das precipitações médias mensais, apresentando-se como um rio tropical típico. A aridez assume papel decisivo nas diferenciações do rio no decorrer do tempo. Dessa forma, com a redução dos totais pluviométricos e a elevação das temperaturas, todo um conjunto de condições passa a contribuir para uma participação crescente da evaporação.

As condições pluviométricas no baixo curso do São Francisco (região que vai de Paulo Afonso a foz, compreendendo a área onde se situa o Polo) diferem das constatadas no médio e alto cursos do São Francisco. No baixo vale, os meses mais chuvosos são, geralmente, os de maio, junho e julho. O período de estiagem perdura de setembro a fevereiro, sendo outubro o mês menos chuvoso. Promove-se em todo o rio o transporte de passageiros, especialmente em viagens turísticas. Lanchas, com propulsão a jato d'água, barcos a vela e barcas com motor diesel também trafegam no médio e baixo São Francisco. São embarcações pertencentes a barqueiros particulares que efetuam transações comerciais e transporte de passageiros entre as localidades ribeirinhas.

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2.4.1.3. Ferroviária

O sistema ferroviário é explorado pela Ferrovia Centro-Atlântica e interliga Aracaju a Salvador, Maceió e Recife. Atualmente é mais utilizado para transportar cimento, combustíveis e ureia, havendo a possibilidade ainda de o percurso ser explorado turisticamente, de acordo com a Carta Consulta Sergipe Cidades.

Apesar de a ferrovia cortar o Polo Velho Chico nas proximidades de Telha, Cedro de São Francisco e Propriá, caso venha a ser proposta por alguma instância sua utilização para fins turísticos, seu traçado não assumirá uma função estruturadora. Essa função cabe à via fluvial e ao sistema rodoviário que perpassam toda a extensão do Polo. Poderia, tão somente, ser utilizada como um meio complementar de conduzir pessoas advindas de outro polo ou circuito turístico para os pontos em que a ferrovia atinge o Velho Chico.

Desse modo considera-se que devem ser privilegiados os eixos estruturantes pertencentes integralmente ao Polo Velho Chico (o rio e as rodovias) para ações de melhoria que possam ser viabilizadas a partir do PDITS.

2.4.1.4. Aeroportuária

A região turística do Velho Chico é atendida, em especial, pelo aeroporto de Aracaju, polo receptivo principal do Estado. Ele foi beneficiado com recursos do PRODETUR NE I para adequação e melhorias em suas instalações, tendo sido investidos U$ 8.088.832,00. As intervenções em seu espaço físico tornaram-no mais seguro, confortável e com capacidade de atender com qualidade os embarques e desembarques de passageiros.

Situado numa área de mais de 5 milhões de metros quadrados, tem circulação diária de aproximadamente 6 mil pessoas em seu terminal. Além desses, 700 funcionários trabalham no complexo aeroportuário para atender uma média mensal de 55 mil passageiros. Segundo a Infraero, possui 15 voos diários e é distante 12 km do centro da capital.

Em novembro de 1993, a Infraero inaugurou a ampliação da pista em 500 m, passando para os atuais 2.200 m. Pouco mais de 3 anos após a reforma da pista, iniciou-se a construção de um novo complexo aeroportuário. Com a obra, inaugurada em setembro de 1998, o terminal de passageiros passou a ter 10.000 m², com capacidade para atender a aproximadamente um milhão de passageiros por ano. Foi construída uma área para estacionamento com capacidade para 300 vagas, climatização das salas de embarque e desembarque, elevadores, escadas rolantes, sistema de TV e vigilância e sistemas informativos de voos, garantindo conforto e segurança para os passageiros.

Com base em informações da Infraero, as companhias que operam voos comerciais no aeroporto são: Gol, Oceanair e TAM. O item 1.1.2 deste documento apresenta as movimentações de fluxo, restando salientar que a capacidade máxima do aeroporto de atender até um milhão de passageiros ainda não foi alcançada.

Nota-se ainda que empresas de menor porte fizeram uma tentativa de estabelecer voos comerciais, no ano de 2009 (dados quantitativos no Anexo 1, Volume III).

2.4.2. Sistema de Abastecimento de Água

A DESO – Companhia de Saneamento de Sergipe é uma empresa de economia mista responsável por estudos, projetos e execução de serviços de abastecimento de água,

No cenário estadual, o Polo apresenta relativa condição de abastecimento de água, com índices semelhantes à média do Estado, com base nos dados fornecidos pelo Censo 2010.

A Tabela 17, a seguir, trata das condições de abastecimento de água dos municípios do Polo Velho Chico.

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Tabela 17: Forma de abastecimento de água por municípios do Polo Velho Chico

Municípios

Domicílios Particulares Permanentes Total de

Domicílios Atendidos¹

Forma de Abastecimento Rede Geral de

Distribuição Poço ou Nascente na

propriedade Outra

Amparo de São Francisco 682 547 3 132 Canhoba 1,044 906 1 137 Canindé de São Francisco 6.258 4.933 25 1.300 Cedro de São João 1.691 1.630 3 58 Gararu 3.215 2.331 37 847 Ilha das Flores 2.193 1.865 13 315 Itabi 1.566 1.442 4 120 Japoatã 3.636 2.461 252 923 Monte Alegre de Sergipe 3.628 2.723 7 898 Neópolis 5.094 3.779 48 1.267 Nossa Senhora da Glória 9.226 8.286 63 874 Nossa Senhora de Lourdes 1.769 1.609 8 152 Poço Redondo 7.807 5.765 9 2.033 Porto da Folha 7.393 5.859 33 1.501 Propriá 8.064 7.532 11 521 Santana do São Francisco 1.852 1.534 9 309 Telha 837 766 2 69

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

¹ Inclusive os domicílios sem declaração de forma de abastecimento de água.

Gráfico 20: Percentual de domicílios com abastecimento de água ligado à rede pública

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

A partir dos dados anteriores verifica-se que 81% dos domicílios dos municípios do Polo são atendidos pela rede geral de distribuição de água e em Canindé de São Francisco, cidade mais próxima dos cânions do São Francisco, a situação reflete a média do Polo com 78% dos domicílios atendidos. As cidades de Cedro de São João (96%) e Propriá (93%) têm as melhores condições de atendimento, similares aos percentuais encontrados na capital do Estado, enquanto na outra ponta, de pior atendimento encontra-se a cidade de Japoatã onde somente 67% da população têm acesso à rede.

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Tabela 18: Ligações de água e esgoto Sergipe, 2005 – 2007

Especificação Ligações Variação (%) 2005 2006 2007 06/05 07/06

Nº de Ligações de Água 381.427 405.240 423.248 6,24 4,44 Residencial 363.943 387.376 404.787 6,44 4,49 Comercial 12.040 12.315 12.749 2,28 3,52 Industrial 437 478 481 1,06 0,63 Poderes Públicos 3.868 4.006 4.090 3,57 2,10 Rural 1.103 1.065 1.141 -3,45 7,14

Fonte: Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO)

2.4.3. Sistema de Esgotamento Sanitário

A situação dos sistemas de esgotamento sanitário no Polo é crítica. Segundo o Plano de Desenvolvimento dos Territórios (2008) o Alto Sertão e o Baixo São Francisco têm apenas 18,70% e 16,50%, respectivamente, de suas áreas urbanas atendidas por esgotamento sanitário. Tais percentuais são significativamente inferiores aos da Grande Aracaju, de 45,20%, que ainda é baixo, demonstrando a gravidade da situação.

O Gráfico a seguir apresenta a cobertura de esgotamento sanitário nos municípios do Polo Velho Chico.

Gráfico 21: Cobertura de esgotamento sanitário nos municípios do Polo

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Entre as demandas gerais para o desenvolvimento urbano e regional para os territórios do Alto Sertão Sergipano e Baixo São Francisco, a infraestrutura de saneamento básico aparece com destaque. No território da região turística do Velho Chico é prevista a necessidade de ampliação de redes de água e esgoto, construção de estação de tratamento de esgoto, de adutoras, usinas de compostagem, poços, barragens e cisternas. No território do Baixo São Francisco, do qual outros nove municípios fazem parte da área estudada, é prevista a execução de redes de abastecimento de água, esgotamento sanitário e de construção de sanitários domiciliares.

Em relação ao saneamento ambiental, é importante ressaltar a existência de banheiro ou sanitário nos domicílios. O Censo 2010 tem dados por municípios. e Apenas três dos 17 municípios apresentam indicadores semelhantes aos da capital, Cedro de São João, Propriá e Telha, respectivamente 98%, 98% e 97%, enquanto Aracaju conta com 98% dos domicílios

75%

80%

85%

90%

95%

100%

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com banheiro ou sanitário. Canindé de São Francisco continua com indicadores semelhantes ao do Polo (92%), porém apenas 43% dos banheiros estão ligados à rede geral.

A Tabela 19, a seguir, apresenta dados relativos à existência ou não de banheiros ou sanitários nos domicílios particulares permanentes dos municípios do Polo Velho Chico.

Tabela 19: Domicílios particulares com banheiro ou sanitário por município - Polo Velho Chico.

Municípios Total¹ de

domicílios

Domicílios Particulares Permanentes Existência de banheiro ou sanitário

Total²

Tipo de esgotamento sanitário Ausência de banheiro ou

sanitário

Rede geral de esgoto ou pluvial

Fossa Séptica

Outro

Amparo de São Francisco 682 659 116 11 532 23 Canhoba 1.044 916 34 9 873 128 Canindé de São Francisco 6.258 5.806 2.713 158 2.935 452 Cedro de São João 1.691 1.674 486 205 983 17 Gararu 3.215 2.693 414 517 1762 522 Ilha das Flores 2.193 2.123 266 - 1.857 70 Itabi 1.566 1.486 400 7 1.079 80 Japoatã 3.636 3.386 69 22 3.295 250 Monte Alegre de Sergipe 3.628 3.323 1.046 635 1.642 305 Neópolis 5.094 4.830 556 608 3.666 264 Nossa Senhora da Glória 9.226 8.577 2.903 320 5.354 649 Nossa Senhora de Lourdes 1.769 1.647 239 18 1390 122 Poço Redondo 7.807 7.190 2.054 1.273 3.863 617 Porto da Folha 7.393 6.794 2.636 164 3.994 599 Propriá 8.064 7.955 5.567 425 11.963 109 Santana do São Francisco 1.852 1.763 19 1.001 743 89 Telha 837 817 153 419 245 20

Fonte: Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010

¹ Inclusive os domicílios sem declaração da existência de banheiros ou sanitários. ² Inclusive os domicílios sem declaração do tipo de esgotamento sanitário.

Em visita a campo e à concessionária DESO, confirmou-se que os índices de atendimento por rede de esgoto sanitário são extremamente baixos. As redes existentes em Canindé e Propriá não atendem à demanda por estarem em estado precário por falta de manutenção e ampliação, no primeiro caso, e por falta de complementação, no segundo.

No entanto, algumas ações de melhorias estão sendo realizadas com recursos advindos de fontes diversas como: Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, Companhia do Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - CODEVASF e Companhia de Saneamento de Sergipe - DESO, e ações pontuais realizadas na área rural pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA.

A Figura 56 ilustra a localização das principais ações no sistema de saneamento que vêm sendo realizadas no Polo, espacializando o alcance das melhorias nos municípios de: Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Itabi, Amparo, Canhoba, Amparo de São Francisco, Propriá, Cedro de São João, Japoatã, Santana do São Francisco, Neópolis e Ilha das Flores.

No Volume III, Anexo 3 encontram-se descrições das ações em andamento ou previstas pelos diversos órgãos.

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Figura 56: Sistema de Abastecimento de Agua e Esgoto – Polo Velho Chico

Fonte: DESO – 2009

2.4.4. Sistema de Limpeza Urbana

Um grande problema ambiental enfrentado, além da própria coleta do lixo, é a disposição final dos resíduos sólidos urbanos, que é efetuada sem nenhum controle ou preocupação quanto à poluição do ar, do solo e dos recursos hídricos. Os municípios dispõem seus resíduos sólidos em vazadouros a céu aberto, os chamados lixões. O lixão é uma forma de disposição inadequada de resíduos sólidos, onde não há nenhum critério de construção e nem de operação. O Gráfico 22 traz o percentual de cobertura da coleta de lixo por município

.

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103

Gráfico 22: Cobertura de coleta de lixo por município – Censo 2010

A Tabela 20 informa, por municípios do Polo, a quantidade de domicílios atendidos por coleta de lixo. Assim como os índices de esgotamento sanitário, os dados do Polo estão abaixo da média do Estado e da capital. Os dados apontam para a necessidade de investimentos para o incremento das atividades turísticas e para maior controle ambiental.

Tabela 20: Domicílios particulares permanentes atendidos por coleta de lixo do Polo Velho Chico.

Municípios

Domicílios Particulares Permanentes

Total¹ de domicílios

Formas de Coleta do Lixo

Outras Total

Diretamente por serviço de

limpeza

Em caçamba de serviço de

limpeza Amparo de São Francisco 682 542 542 - 140 Canhoba 1.044 479 467 12 565 Canindé de São Francisco 6.258 4.986 3.785 1.201 1.272 Cedro de São João 1.691 1.651 1.138 513 40 Gararu 3.215 1.245 478 767 1.970 Ilha das Flores 2.193 1.984 1.972 12 209 Itabi 1.566 1.135 1.133 2 431 Japoatã 3.636 2.080 1.976 104 1.556 Monte Alegre de Sergipe 3.628 2.179 1.917 262 1.449 Neópolis 5.094 3.808 3.485 323 1.286 Nossa Senhora da Glória 9.226 6.670 6.508 162 2.556 Nossa Senhora de Lourdes 1.769 1.459 1.450 9 310 Poço Redondo 7.807 4.031 3.243 788 3.776 Porto da Folha 7.393 5.051 4.816 235 2.342 Propriá 8.064 7.687 4.917 2.770 377 Santana do São Francisco 1.852 1.735 914 821 117 Telha 837 799 786 13 38

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.¹ Inclusive os domicílios sem declaração de destino do lixo.

No documento Carta Consulta Sergipe Cidades (2009), entre as demandas gerais para o desenvolvimento urbano e regional para os territórios do Alto Sertão Sergipano e Baixo São Francisco, está a reciclagem de lixo, a execução de aterro sanitário regional, gestão integrada de resíduos sólidos, construção de aterro sanitário regional e implantação de coleta seletiva de lixo.

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

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No documento Carta Consulta Sergipe Cidades (2009), entre as demandas gerais para o desenvolvimento urbano e regional para os territórios do Alto Sertão Sergipano e Baixo São Francisco, está a reciclagem de lixo, a execução de aterro sanitário regional, gestão integrada de resíduos sólidos, construção de aterro sanitário regional e implantação de coleta seletiva de lixo.

2.4.5. Rede de Drenagem Pluvial

Os municípios do Polo Velho Chico possuem deficiências na drenagem urbana e esgotamento das águas pluviais.

Informações sobre as redes de serviço público, tanto de sistemas projetados, quanto um cadastro de redes subterrâneas em funcionamento, ainda não estão disponibilizadas de forma sistematizada pela Companhia de Saneamento de Sergipe –DESO.

Durante a visita às localidades verificou-se que nas sedes municipais, as ruas centrais contam com sistemas de drenagem rudimentares constituídos por valas, calhas, sarjetas e bueiros com tampões. O escoamento natural das precipitações vai diretamente para os talvegues (que é a linha mais baixa de um vale por onde escorre a água da chuva e das nascentes ou o canal mais fundo de um rio) ou ficam acumulados em locais das vias públicas de pouca declividade. No entanto, na grande maioria dos municípios do Polo nem ao menos essa rede rudimentar de captação de águas pluviais existe.

Segundo o Plano Estratégico de Turismo de Sergipe de 2002, devido ao baixo índice pluviométrico e à falta de cursos de água que provoquem cheias na região, a necessidade de um sistema de drenagem não chega a ser uma prioridade diante de outras obras de infraestrutura urbana. Apesar de não ser prioridade, devem ser previstas ações, no âmbito dos municípios ou do Estado, mesmo que em longo prazo, de dotação das áreas urbanizadas de todos os municípios do Polo de toda a infraestrutura necessária de saneamento ambiental, incluindo-se a infraestrutura de drenagem, para que os municípios possam se desenvolver dentro dos padrões mínimos de qualidade ambiental.

2.4.6. Orlas do Rio São Francisco

Conforme exposto anteriormente, alguns municípios já despertam para a necessidade de estruturação espacial das áreas de acesso ao rio. Essas áreas têm importante função na dinâmica econômica e espacial para o turista e, principalmente, para a população residente que se utiliza das instalações para lazer nos finais de semana, como ancoradouro, local de pesca, lavagem de roupa ou banho.

As prefeituras de Neópolis e de Canindé de São Francisco dispõem de projetos para reforma da orla existente e de sua melhoria. As reformas preveem a construção de novos equipamentos, como restaurantes e quiosques, e recuperação estrutural das instalações existentes. A população ainda solicita programa de arborização da orla municipal.

Na região do Polo, destacam-se os municípios de Propriá, Neópolis, Gararu e Santana do São Francisco que possuem intervenções nas orlas, onde instalaram calçadas, guarda-corpos e pequenas praças para atividades de contemplação. Dentre as estruturas implantadas, a orla de Gararu já apresenta sinais de abandono e degradação.

Algumas demandas por melhorias em municípios do Polo Velho Chico foram identificadas, inclusive em municípios que já possuem estrutura. Tais demandas estão sistematizadas na Tabela 21.

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Tabela 21: Caracterização das orlas

Município Tipos de Uso da Orla

Ações Demandadas

ILHA DAS FLORES

Pesca Estruturação de um atracadouro com demais equipamentos – pequena urbanização (mini orla), construção de quiosques e bares, instalações sanitárias e ponto de venda de artesanato.

Ancoradouro de embarcações tipo canoa com motor rabeta, barco a vela e embarcação maior para passeios turísticos.

Lavagem de roupas

Banho de pessoas e de animais

Lazer nos finais de semana

PORTO DA FOLHA

(povoado ILHA DO OURO)

Pesca (artesanal e profissional) Construção de orla com atracadouro junto às margens do povoado Ilha do Ouro, o local deverá contemplar um pequeno restaurante de apoio aos visitantes dos finais de semana.

Banho

Lazer turístico (passeio em barco tototó)

Abastecimento municipal DESO

Lavagem de animais e roupas

Limpeza do pescado

PROPRIÁ Embarque e desembarque de lanchas e embarcações de mercadorias

- Desenvolvimento de programas de educação ambiental

- Construção de atracadouro com infraestrutura de restaurante e venda de artesanato, o atracadouro deve trabalhar no suporte de embarcações turísticas juntamente com o atracamento de lanchas de transporte de pessoas e carga.

- Ambientação geral do conjunto do atracadouro conectado ao centro da cidade e acesso a estacionamentos.

Embarque e desembarque de pessoas

Saídas e chegadas diárias de lanchas com conexão de transporte terrestre de lotação para Aracaju

Intenso fluxo comercial através do rio

Pesca em canoas e desembarque junto à central pesqueira

Atividades de manutenção de embarcações

SANTANA DO SÃO FRANCISCO

Pesca artesanal - Construção de atracadouro com estacionamento, restaurante de comidas típicas e espaços múltiplos para a venda de artesanato e centro de informações turísticas.

- Construção de pequeno centro de informações turísticas de apresentação das atividades e atrativos a serem visitados

- Pavimentação dos passeios públicos junto à Orla no povoado Saúde

Chegadas e saídas de barcos de transporte de produtos e pessoas para Penedo e outras localidades

Banho de rio

Lazer nos finais de semana – banho e bares

NOSSA SENHORA DE LOURDES

Banho de rio Incentivo à pequena produção de artesanato e laticínios, através da construção de atracadouro com quiosques, pequeno espaço de gastronomia local e para comercialização de produtos.

Ancoradouro de balsa para transporte de veículos Sergipe-Alagoas

Ancoradouro de canoas, utilizadas na pesca artesanal

AMPARO DO SÃO FRANCISCO

Pesca artesanal em canoas Construção de atracadouro com estacionamento, restaurante de comidas típicas e espaços múltiplos para a venda de artesanato e centro de informações turísticas.

Banho de rio para a população local e lazer nos finais de semana

Venda de pescado

Lavagem de roupas e animais

Fonte: Sedetec– SE - 2009

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2.4.7. Sistema de Transporte e Mobilidade Urbana

As questões de acessibilidade e mobilidade urbana são complexas e demandam ações para a melhor estruturação de uma rede turística. A observação efetuada a campo constatou a falta de vias em condições transitáveis que fazem as ligações entre as sedes e os povoamentos rurais (onde muitas vezes se encontram atrações), a insegurança do transporte coletivo na direção povoado-sede, as dificuldades para a construção de passagens molhadas e pequenas obras de arte, a inexistência de rodoviárias compatíveis com a demanda e em conexão com os anéis viários de acesso aos municípios.

A situação da mobilidade urbana em todos os municípios do Polo se enquadra nas considerações apresentadas para o Estado, não tendo recebido qualquer tratamento diferenciado, com exceção das localidades que tiveram tratamento da orla: Cedro de São Francisco, Neópolis, Propriá e Gararu.

A situação geral é da inexistência de um sistema desenvolvido e integrado para beneficiar a locomoção do pedestre, do turista e, principalmente, da pessoa com necessidade especial. Mesmo quando há tratamento em orla ou praças não existe a preocupação em se estabelecer uma relação com as áreas não consideradas de interesse turístico, como os bairros comerciais ou residenciais adjacentes àquelas áreas. Outra constatação feita em campo é que algumas das citadas obras realizadas apresentam sinais de deterioração e abandono, por falta de manutenção e do fomento à utilização turística desses locais. Essa realidade é bem evidente no município de Gararu e Cedro de São Francisco.

Tendo em vista que a região, ao longo do São Francisco – com destaque para Xingó no município de Canindé de São Francisco, que já se tornou um dos mais importantes destinos turísticos do Estado – potencial, pode-se afirmar que: a melhoria da configuração do sistema rodoviário estadual, a criação e integração de um sistema de mobilidade e a recuperação ou revitalização de obras turísticas já realizadas, seriam meios de criar condições para alavancar o turismo em todos os municípios envolvidos. Esta melhoria da circulação beneficiaria o turismo, bem como o deslocamento da população, além de toda a economia local, o que refletiria positivamente para o todo o Estado. Para tanto, é necessária a estruturação e consolidação de um sistema articulado de acessibilidade e mobilidade turística integrada para todos os municípios da área em estudo.

2.4.8. Sistemas de Comunicação

Com a universalização dos serviços de telecomunicações, o estado de Sergipe possui hoje uma ampla oferta de meios de comunicação. Merece destaque a telefonia onde o Estado é atendido pela Telemar Norte Leste S.A., OI, Embratel, Vivo, TIM e Claro, de acordo com dados da Anatel (2007) A Tabela 22 informa os dados referentes à instalação de telefones fixos, telefones fixos em serviço, telefones públicos, teledensidade (n° de telefones a cada 100 habitantes), localidades atendidas pelo sistema de comunicação e terminais telefônicos celulares para todo o estado no ano de 2007.

Tabela 22: Dados do Sistema de Comunicação telefônica do Estado.

Telefonia Quantidade Telefones fixos instalados. 261.956 Telefones fixos em serviço. 180.735 Telefones públicos (Orelhões) 11.557. Teledensidade. 13,0 telefones/100 hab. Localidades atendidas. 748. Terminais telefônicos celulares (2005) 362,2 mil.

Fonte: ANATEL. Dados de maio/2007 referentes apenas às concessionárias do STFC

Os dados de telefonia não foram disponibilizados individualmente por município, mas dentro do universo abrangido na tabela acima constatou-se, por meio da visita técnica, que o Polo

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é atendido por todos os sistemas de comunicação: Telefonia fixa, Semifixa, Celular, bem como acesso à Internet. Conta com agências da Empresa de Correios e Telégrafos em todos os municípios.

Na região turística do Velho Chico, segundo dados do documento “Projeto de Conservação e Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco”, elaborado pela Fundação Ondazul, a evolução dos Telefones de Uso Público, no mês de setembro de 2002, já havia ultrapassado as metas estabelecidas para todo o ano de 2002. Para 2005 as metas estabelecidas situavam-se acima da nacional de 83,3%. Porém, nas oficinas realizadas com os representantes locais tanto nas regiões do Alto Sertão como do Baixo São Francisco ficou evidenciada a deficiência em oferta de serviços de telefonia pública nos municípios do Polo.

A cobertura de telefonia, apesar de considerado deficiente nas oficinas, apresentou em 2005, com relação a setembro de 2002, um incremento em telefonia móvel para o Polo acima das metas estabelecidas para o Brasil e para a região Nordeste. Hoje os municípios do Polo, apesar de não contarem com a presença de todas as operadoras de telefonia móvel, estão atendidos por cobertura desse serviço, inclusive em áreas rurais, em vários trechos da BR 235 e estradas vicinais (estradas municiais que cortam as áreas rurais), como pôde ser constatado em visita a campo.

2.4.9. Energia Elétrica

Todo o estado de Sergipe possui boa oferta de energia elétrica atendido por duas empresas distribuidoras: ENERGIPE (63 municípios, nos quais se inserem os do Polo Velho Chico) e SULGIPE (12 municípios do sul de Sergipe), ambas privadas, sendo supridas pelo sistema de geração das Usinas Hidroelétrica de Paulo Afonso (BA) e Xingó (SE), da CHESF.

O estado também possui três usinas termoelétricas a diesel, instaladas nos municípios de Lagarto, Nossa Senhora do Socorro e Neópolis (localizado no Polo Velho Chico), que foram construídas para atender as necessidades futuras, dentro do Programa de Energia Emergencial do Governo Federal.

Os municípios do Polo possuem sistema de iluminação pública nas áreas urbanas e, segundo levantado nas oficinas participativas, tanto na região do Alto Sertão Sergipano quanto do Baixo São Francisco, não houve manifestação de sentimento de inadequação do sistema. A Tabela 23 apresenta o número de domicílios do Polo que recebem energia elétrica da companhia distribuidora ou de outras fontes, e os domicílios que ainda não possuem energia elétrica.

Tabela 23: Forma de Abastecimento de Energia nos Domicílios Particulares – Censo 2010.

Municípios

Domicílios Particulares Permanentes

Total¹

Energia Elétrica Abastecimento

Não Total

De companhia distribuidora

De outra fonte

Amparo de São Francisco 682 674 673 1 8 Canhoba 1.044 1.012 1.000 12 32 Canindé de São Francisco 6.258 6.099 6.061 38 159 Cedro de São João 1.691 1.682 1.679 3 9 Gararu 3.215 3.152 3.140 12 63 Ilha das Flores 2.193 2.131 2.110 21 62 Itabi 1.566 1.539 1.534 5 27 Japoatã 3.636 3.566 3.446 120 70 Monte Alegre de Sergipe 3.628 3.530 3.523 7 98 Neópolis 5.094 5.012 4.987 25 82 Nossa Senhora da Glória 9.226 9.121 9.109 12 105 Nossa Senhora de Lourdes 1.769 1.747 1.730 17 22

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Poço Redondo 7.807 7.629 7.561 68 178 Porto da Folha 7.393 7.261 7.245 16 132 Propriá 8.064 8.001 7.900 101 63 Santana do São Francisco 1.852 1.816 1.804 12 36 Telha 837 827 822 5 10 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010 ¹ Inclusive os domicílios sem declaração da existência de energia elétrica.

2.4.10. Serviços de Saúde

Conforme dados da Secretaria de Estado do Planejamento de Sergipe, a saúde apresenta melhoras em seus indicadores. Em todo o Estado, entre 2006 e 2007, a mortalidade infantil caiu 3,4%, assim como a taxa de fecundidade, que passou de 2,5 para 2,1 filhos entre 2004 e 2007.

Considerando a infraestrutura de serviços de saúde, o número de estabelecimentos aumentou entre 2004 e 2005, passando de 819 para 894 no Estado. O número de estabelecimentos instalados na região do Polo está descrito por município na tabela 6 do Volume III, Anexo 4, onde se observa que há cobertura em todos os níveis de atendimento.

Existe a oferta de 317 leitos hospitalares para atendimento à região de estudo. Este quantitativo, se considerada estritamente a região do Polo, representa 1,3 leitos por mil habitantes, o que não atende ao número mínimo estabelecido pelo Ministério da Saúde que é de 2,5 leitos por mil habitantes.

É importante ressaltar o sentimento expresso pelos representantes locais nas oficinas realizadas no Polo que revelou que a distribuição física dos equipamentos de saúde não é a principal causa do comprometimento deste serviço público, mas sim a qualidade do atendimento pela falta de pessoal, falta de qualificação profissional e de aparelhamento das unidades instaladas. Essa realidade é desfavorável inclusive para a qualidade da oferta de serviços quando se pretende consolidar um Polo turístico que precisa oferecer para o turista o acesso a serviço de saúde pública com qualidade em caso de necessidade.

Sendo a área de saúde um dos pontos importantes tratados pelo governo estadual, várias ações de investimento da Secretaria de Saúde para a região do Polo estão em curso. O detalhamento dessas ações encontra-se na Tabela 5, Anexo 4 do Volume III do PDITS.

2.4.11. Segurança

Conforme a Tabela 24 verifica-se um acréscimo no número de ocorrências nos municípios do Polo. Dentre os municípios que apresentaram decréscimo, destacam-se Porto da Folha e Gararu, sendo que Telha e Santana do São Francisco correspondem aos municípios que relativamente apresentaram maior acréscimo em ocorrências.

Tabela 24: Número de ocorrências criminais por município – Polo Velho Chico – 2008 a 2010.

Município 2008 2009 Até Agosto de 2010

Total Geral

Amparo de São Francisco 9 8 9 26 Canhoba 2 5 2 9 Canindé de São Francisco 146 147 102 395 Cedro de São João 23 33 14 73 Gararú 23 13 12 48 Ilha das Flores 17 26 30 73 Itabi 9 28 11 48 Japoatã 37 61 17 115 Monte Alegre de Sergipe 15 35 12 62 Nossa Senhora da Glória 167 176 57 400 Nossa Senhora de Lourdes 5 15 111 131 Neópolis 74 75 6 155 Poço Redondo 63 75 50 188

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Município 2008 2009 Até Agosto de 2010

Total Geral

Porto Folha 87 83 33 203 Propriá 294 310 177 781 Santana de São Francisco 9 22 15 46 Telha 6 13 6 25 Total Geral 989 1125 620 2734 Principais ocorrências: estupro, furto a transeunte, furto de gado, furto de veículo, furto qualificado, furto simples, homicídio doloso, lesões corporais, roubo, roubo a ônibus, roubo a transeunte, roubo de gado, roubo de veículo. Fonte: Secretaria de Estado de Segurança Pública – Superintendência da Polícia Civil – Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal - 2010

Pode-se considerar o aumento da criminalidade identificado como reflexo das condições de fragilidade da economia local e baixo grau de desenvolvimento social da população da área em estudo. Não sendo do escopo direto do PDITS, não há como alocar recursos para segurança pública, contudo é possível criar algumas ações para a melhoria do policiamento. Uma delas, no âmbito do fortalecimento institucional, é o fortalecimento da Companhia de Policia Turística – CPTur que pode ser promovido, trazendo ao Polo o atendimento por essa divisão policial.

Devem, no entanto, ser previstas ações que gerem melhorias no âmbito social, tais como formação profissional, ações com reflexo imediato na geração de emprego e renda, na qualidade dos espaços urbanos.

O que se espera é que esse conjunto de ações tenham reflexos positivos na vida da população, criando um ambiente propício à redução das ocorrências criminais.

2.4.12. Síntese - Infraestrutura e Serviços Básicos

Constata-se que o Polo vem sendo contemplado com algumas ações de melhoria em infraestrutura, como o sistema viário e saneamento ambiental. O eixo viário que liga Aracaju a Canindé de São Francisco e algumas ações de ligação entre rodovias municipais interiores ao Polo são os principais trechos de rodovias beneficiadas. A SE 230 promoveu um eixo articulador da capital ao Produto consolidado do Polo, as demais ações foram insuficientes para a integração de rotas internas.

Quanto às ações de saneamento destacam-se a implantação de sistemas de tratamento e disposição final de esgoto sanitário. Tais melhorias, no entanto são direcionadas exclusivamente ao atendimento da população local, não havendo uma ligação direta com a ideia do crescimento turístico.

Ao abordar a urbanização, constata-se que os núcleos urbanos dos municípios do Polo são em sua maioria consolidados, as ruas principais são pavimentadas, existem calçadas e pequenas praças, elementos pitorescos marcando lugares especiais e as entradas das cidades, como estatuária dos santos padroeiros, ou santos que dão nome às cidades, ou outras figuras comemorativas das tradições locais. Não se notam, no entanto, ações de melhorias voltadas ao desenvolvimento turístico, como: acessibilidade, modernização e instalação de mobiliário urbano (telefones públicos, bancos, bancas de serviços, quiosques e feiras).

No que diz respeito às orlas, estas são tratadas em alguns municípios quais sejam: Propriá, Neópolis, Santana do São Francisco e Gararu. Mesmo com a preocupação em urbanizar estas orlas como pontos de atração para o turista existem ainda deficiência em sua manutenção, sendo necessária a estruturação de ações de parceria com os agentes locais para a sustentabilidade dos investimentos.

Os serviços de saúde e de segurança pública não são ofertados com qualidade sequer à população local. Deste modo não se considera que o polo hoje esteja preparado para absorver impactos de aumento do fluxo turístico conforme estimado no item 2.7.5.

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No contexto atual, mesmo sem incremento das atividades turísticas, o que se conclui é que a oferta de infraestrutura é insuficiente para atendimento da demanda turística, sendo necessário o planejamento para promover ações que auxilie no desenvolvimento do polo a partir da melhoria das questões de infraestrutura e serviços básicos a ele pertinentes, seja em ações objetivas como investimentos públicos em infraestrutura ou ações indiretas como parcerias e incentivos para a melhoria dos serviços básicos.

As questões mais relevantes da falta de infraestrutura, com poder de induzir o desenvolvimento turístico sustentável e integrado do Polo, estão relacionadas: ao saneamento ambiental, principalmente coleta, tratamento e destinação de resíduos sólidos em áreas de maior movimentação e atratividade turística; à urbanização de orlas em pontos onde já se inicia a atração de visitantes e a exploração das atividades turísticas; à melhoria das condições de acesso em algumas áreas do Polo a fim de possibilitar o seu desenvolvimento integrado.

2.5. Contextualização Socioambiental e Fisiografia

2.5.1. Aspectos Ambientais da Área Turística

A região turística do Velho Chico encontra-se inteiramente inserida na bacia hidrográfica do rio São Francisco, na região fisiográfica do “Baixo São Francisco”. Para melhor avaliação apresenta-se a seguir os principais aspectos da caracterização desse contexto (Figura 57). A bacia possui aproximadamente 640 mil km² e tem início em Minas Gerais, na Serra da Canastra, estendendo-se por sete Estados brasileiros até a foz do rio, na divisa dos Estados de Sergipe e Alagoas.

Conforme exposto em itens anteriores deste documento, com o objetivo de melhorar a gestão do território, o governo do Estado de Sergipe dividiu sua área em 8 territórios. O Polo Velho Chico está distribuído em três desses territórios e é composto por 17 municípios que, juntos, somam uma população de 232.250 habitantes (IBGE 2007).

Figura 57: Localização do Polo Velho Chico

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Segundo o documento “Cenários para o Bioma Caatinga”, elaborado pelo Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga em 2004, o nordeste semiárido (região onde

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se situa a maioria dos municípios do Velho Chico) é uma região frágil do ponto de vista econômico e enfrenta grandes adversidades do ponto de vista social.

A região, sujeita a seca constante, faz da prática da agricultura familiar uma tarefa árdua e pouco produtiva. Além disso, as condições de comercialização, muito precárias diante de um mercado pouco receptivo aos produtos em pequena escala, têm perpetuado a pobreza, a desigualdade e a exclusão social.

Figura 58: População na região do Polo Velho Chico

Fonte: Technum Consultoria – 2009

2.5.2. População, Emprego e Renda.

Para o entendimento das características da população e da origem do emprego e da renda é necessário entender o contexto do bioma em que os municípios do Polo Velho Chico estão inseridos.

Se considerarmos o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M (Tabela 24), pode-se afirmar que é critica a situação da população que vive na Caatinga: os indicadores são mais desfavoráveis entre os municípios desse bioma do que os dos demais encontrados na Região Nordeste ou nas outras regiões do Brasil (Figuras 59 e 60). As áreas urbanas situadas no bioma da Caatinga possuem baixos índices de qualidade de vida: dos 500 menores IDH-M do Brasil, 238 se encontram em áreas de Caatinga.

Conforme exposto em itens anteriores deste documento, com o objetivo de melhorar a gestão do território, o governo do Estado de Sergipe dividiu sua área em 8 territórios. O Polo Velho Chico está distribuído em três desses territórios e é composto por 17 municípios que, juntos, somam uma população de 232.250 habitantes (IBGE 2007).

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Figura 59: Condição das vias de acesso aos povoados no Velho Chico

Fonte: Codevasf

Figura 60: Condição habitacional na Região Turística do Velho Chico

Fonte: Codevasf

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Tabela 25: Parâmetros socioeconômicos dos municípios - Polo Velho Chico – Sergipe.

Município População

Taxa de Urbanização

(%)

Analfabetismo 25 anos ou mais

(%) IDH 2000

Amparo de São Francisco

2.197 55,22 41,01 0,602

Canhoba 3.910 40,23 43,40 0,597

Canindé de São Francisco

21.806 52,40 46,60 0,58

Cedro de São João 5.358 86,46 26,70 0,684

Gararu 11.606 26,30 49,50 0,572

Ilha das Flores 8.598 45,84 41,10 0,584

Itabi 4.736 50,99 44,2 0,623

Japoatã 13.539 29,69 48,00 0,604

Monte Alegre de Sergipe 13.199 55,82 49,20 0,568

Neópolis 18.909 56,48 40,20 0,621

Nossa Senhora da Glória 29.546 63,68 41,80 0,631 Nossa Senhora de Lourdes

6.280 49,23 44,00 0,583

Poço Redondo 28.969 24,44 55,5 0,536

Porto da Folha 26.520 33,95 45,00 0,556

Propriá 27.629 86,06 27,80 0,653 Santana do São Francisco

6.596 66,03 44,40 0,579

Telha 2.852 40,30 39,50 0,601

Valores médios 50,77 42,82 0,598

Fonte: IBGE, 2007 e Atlas do IDH, 2003. Tabela 35, Final

A população da região do Velho Chico, assim como a população do semiárido como um todo, é hoje extremamente dependente das transferências governamentais. Em boa parte dos municípios situados no bioma da Caatinga, recursos transferidos pela previdência social representam valores superiores às receitas municipais. Cerca de 90% dessas receitas são constituídas pelas transferências do Fundo de Participação dos Municípios – FPM, impostos sobre circulação de mercadorias e serviços e pelos fundos da educação, saúde e previdência social. Ressalta-se ainda a importância de políticas redistributivas que levam o auxílio direto ao cidadão, como por exemplo, o programa bolsa-família.

O rio São Francisco tem papel essencial para a população local, abastecendo as localidades ribeirinhas e proporcionando, ainda, importante fonte de renda por meio da pesca artesanal, mas a base econômica da área rural na região está vinculada à agropecuária de sequeiro e à agricultura irrigada.

No bioma da Caatinga, as áreas de sequeiro estiveram, historicamente, ligadas ao algodão, ao couro, à carnaúba e à mamona, culturas cuja produção e produtividade têm decrescido em função de fatores climáticos e de mercado. Hoje nota-se um crescimento da exploração da pecuária. Atualmente, destaca-se na agricultura produção de feijão e palma.

O emprego e a geração de renda local, de origem na economia eminentemente rural que se percebe na região, em especial no Alto Sertão Sergipano, não suprem as necessidades de emprego da população que vive na bacia do São Francisco. Poucos municípios, a exemplo de Nossa Senhora da Glória, Propriá e Neópolis, têm o comércio fortalecido. A falta de alternativa econômica faz com que a população dependa do setor público como fonte de trabalho, porém o setor público, por sua vez, não tem força para gerar empregos em níveis compatíveis com a demanda.

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114

Outra condição que se nota na região é o adormecimento de atividades econômicas alternativas ligadas à atividade de turismo, como o artesanato ceramista. Essa atividade que tanto agrega valor às regiões turísticas encontra-se em estado latente, dependendo de iniciativas particulares para se manter viva na maioria dos municípios, com exceção em Santana do São Francisco, onde se evidencia o fortalecimento dessa atividade.

Esta caracterização das condições de emprego e renda e da falta de alternativa para a população carente foi levada à discussão no primeiro seminário participativo realizado em Canindé de São Francisco e no município de Propriá, em setembro de 2009, e oportunizada a validação desta percepção em oficina, o que assegura uma visão clara da realidade enfrentada hoje pela população daquelas cidades formadoras do Velho Chico.

2.5.3. Fisiografia

Grande parte dos municípios da região do Velho Chico encontra-se no semiárido nordestino, onde a pluviometria anual varia de 600 mm a 700 mm e a temperatura média é de 25°C. No restante da região o clima é mais ameno, chamado de sub-úmido, no qual a pluviometria chega a 1.300mm por ano, apresentando maior umidade relativa do ar, principalmente próximo ao litoral (Figura 61).

Figura 61: Pluviometria na região do Polo Velho Chico

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Com grande parte da população submetida a esse clima agressivo, a presença de rios perenes, principalmente na região do sertão, é extremamente importante para a sobrevivência das comunidades. Alguns desses são os rios Curituba, Capivara, Mocambo e Jacaré, como mostra a Figura 62.

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115

Figura 62: Principais cursos d’água perenes na Região do Velho Chico

Fonte: Technum Consultoria –2009

Assim como os seus afluentes, o rio São Francisco tem papel essencial para a população local, abastecendo as localidades ribeirinhas e proporcionando, ainda, importante fonte de renda por meio da pesca artesanal, prática que deveria receber atenção governamental no sentido de capacitar o pescador artesanal no uso de técnicas de higiene e conservação, melhorando a qualidade do pescado e garantindo agregação de valor a esse produto (Figura 63 e 64).

Figura 63: Pesca artesanal

Fonte: Codevasf.

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116

Figura 64: Limpeza dos peixes

Fonte: Codevasf.

Figura 65: Paredões rochosos do cânion do rio São Francisco – Canindé de São Francisco

Fonte: Codevasf – 2009

O relevo local, de configuração movimentada, proporcionou o surgimento do mais representativo atrativo turístico da região: o cânion do rio São Francisco com seus imensos paredões rochosos cobertos por vegetação nativa de Caatinga. Com o alagamento da área para a construção da hidrelétrica de Xingó, no município de Canindé de São Francisco, surgiu o maior cânion navegável do Brasil e um dos maiores do mundo (Figura 66).

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Figura 66: Altitude média em relação ao nível do mar na região do Polo Velho Chico

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Totalmente inserida no bioma Caatinga, a região do Polo Velho Chico abriga fitofisionomias típicas da região, como a Caatinga Arbórea e as Cactáceas, além dos Mangues e Restingas próximos ao litoral (Figura 67 a 70).

Figura 67: Xique-xique, Caatinga

Fonte: Codevasf – 2009

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Figura 68: Fitofisionomias encontradas na região do Polo Velho Chico

Fonte: Codevasf – 2009

Figura 69: Mangue

Fonte: Codevasf – 2009

Figura 70: Restinga

Fonte: Codevasf – 2009

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119

Utilizando espécies nativas como fonte de renda, a população tem o costume de alimentar o gado com a palma, além de fabricar doces e remédios com as plantas da região.

Outro condicionante importante que influencia as atividades econômicas dos municípios do Polo Velho Chico é a presença de solos pobres em nutrientes e frágeis, como os neossolos indicados na Figura 72.

Figura 71: Plantação de palma

. Fonte: Codevasf – 2009

Figura 72: Solos dos municípios do Polo Velho Chico

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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120

A utilização da Caatinga, no entanto, mantém-se presa ainda à prática extrativista madeireira e às atividades pastoril e agrícola. De acordo com o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga: “mais vulneráveis à erosão, essas zonas têm passado por processos de degradação dos solos, dos recursos hídricos, da vegetação e da biodiversidade, somados à redução da qualidade de vida da população. Em grande parte, por conta da exploração desordenada dos recursos, com o objetivo de produzir mais para atender ao mercado.” 10

O Conselho adverte ainda que:

No Brasil, 980 mil quilômetros estão sujeitos à desertificação. Existem diferentes causas para este fenômeno, quase todas associadas ao manejo inadequado da terra. Desmatamento, queimadas, irrigação mal conduzida, pastoreio excessivo, mineração e cultivo dependentes são algumas das práticas que proporcionam perda de recursos e redução da capacidade produtiva das terras. (Disponível em: http://www.biosferadacaatinga.org.br, acesso 2009) 11

Os efeitos da degradação ambiental são maximizados por fatores estruturais, como má distribuição de renda, alta densidade demográfica e incompatibilidade entre atividades econômicas e condições ambientais, assevera o Conselho:

Estes agravantes tornam mais difícil o combate à desertificação. No Nordeste, o descuido com a natureza tem criado complicações que já podem ser percebidas: diminuição da disponibilidade de água, assoreamento do rio São Francisco, exposição excessiva dos solos a insolação por causa do desmatamento, perda da umidade e redução da biodiversidade da Caatinga. Danos de outra ordem, a exemplo da diminuição da atividade agrícola, da circulação de renda e, consequentemente, do aumento dos índices de pobreza não são menos graves e exigem políticas governamentais específicas. (Disponível em: http://www.biosferadacaatinga.org.br, acesso 2009) 12

Nas áreas mais deprimidas sob o aspecto econômico, há risco de alterações ambientais de vulto, como as responsáveis por processos de desertificação (dados de 2001) 13.

O mapa de uso da terra (Figura 73) mostra como estão distribuídas as principais atividades econômicas na região, corroborando com os dados de precipitação e de solos.

10 Reserva da Biosfera – Conselho Nacional da Reserva da Caatinga, www.biosferadacaatinga.org.br. Acessado em outubro de 2009

11 Reserva da Biosfera – Conselho Nacional da Reserva da Caatinga, www.biosferacaatinga.otg.br. Acessado em outubro de 2009

12 Reserva da Biosfera – Conselho Nacional da Reserva da Caatinga, www.biosferacaatinga.otg.br. Acessado em outubro de 2009

13 Ambiente Brasil – Portal Ambiental, www.ambientebrasil.com.br. Acessado em outubro de 2009

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Figura 73: Uso da terra nos municípios do Polo Velho Chico

Fonte: Technum Consultoria

Uma análise visual em imagem de satélite mostra o nível de degradação da região, principalmente nas áreas de exploração intensa por pastagens, sendo evidenciados apenas fragmentos de vegetação nativa, além de solo exposto com tendência a processos de desertificação (Figura 74 a 76).

Figura 74: Detalhe da imagem mostrando as áreas degradadas e vegetação fragmentada

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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Figura 75: Imagem de satélite nos municípios do Polo Velho Chico

Fonte: Technum Consultoria – 2009

Figura 76: Detalhe da imagem mostrando as margens do rio São Francisco

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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Uma observação mais aprofundada também mostra que as margens do rio São Francisco estão bastante deterioradas, sendo raros os fragmentos de vegetação ciliar, o que favorece o assoreamento do rio, prejudica a fauna local, afeta a biodiversidade e a beleza cênica (Figura 77 e 78).

Figura 77: Margens degradadas do Rio São Francisco

Fonte: Codevasf – 2009

Figura 78: Margens degradadas do Rio São Francisco

Fonte: Codevasf – 2009

A região depende, para melhorar seu desempenho econômico e social, entre outros fatores, da realização de novos investimentos. A expansão da capacidade produtiva por meio de investimentos, privados e públicos, com destaque para o melhoramento da infraestrutura econômica e social, constitui determinante essencial do desenvolvimento sustentável.

Ao tratar-se da atividade turística, alguns pontos devem ser avaliados no que diz respeito à exploração dos recursos naturais. Alguns exemplos podem ser citados para a região de estudo, como a extração de argila para fabricação de peças de cerâmica e a capacidade de suporte dos pontos turísticos, especificamente do cânion do São Francisco, no que diz respeito ao lançamento de esgoto gerado pelos visitantes.

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Apesar da intensa degradação que ocorre, em geral, pela ação do homem sobre o meio ambiente, existem apenas três unidades de conservação na região de estudo, de uso sustentável, descritas a seguir.

� Área de Proteção Ambiental Litoral Norte: Criada por meio do Decreto nº 22.995, de 9 de novembro de 2004, compreende uma superfície de aproximadamente 473,12km² e situa-se nos municípios de Pirambu, Japoatã, Pacatuba, Ilha das Flores e Brejo Grande, tendo como objetivo geral a promoção do desenvolvimento econômico-social da área, voltada às atividades que protejam e conservem os ecossistemas ou processos essenciais à biodiversidade, à manutenção de atributos ecológicos, e à melhoria da qualidade de vida da população.

� Monumento Natural Grota do Angico: unidade de conservação estadual criada pelo Decreto 24.922, de 21 de dezembro de 2007, está situada no Alto Sertão Sergipano, a cerca de 200 km de Aracaju, entre os municípios de Poço Redondo e Canindé de São Francisco, às margens do rio São Francisco. Possui uma área total de aproximadamente 2.183 hectares e guarda uma biodiversidade bastante significativa. Além da sua riqueza biológica, a Grota do Angico possui valor histórico e cultural para o sertão sergipano e para a Região Nordeste, uma vez que a área fez parte da rota do Cangaço e foi o cenário da morte do Lampião e Maria Bonita.

� Parque Natural Municipal Lagoa do Frio

A proteção desse sítio ecológico e histórico representa um grande avanço do Estado rumo à conservação da Caatinga, bioma historicamente pouco estudado, mas que hoje tem reconhecida sua riqueza, em especial por se tratar de um remanescente cercado de importância histórica para Sergipe, tornando-se um exercício único de conservação ambiental e valorização cultural.

Preocupado com a pequena quantidade de unidades de conservação na área de estudo, o Ministério do Meio Ambiente lançou, em 2007, um trabalho intitulado “Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade”, no qual são propostas as unidades de conservação, indicadas na Figura 79 e descritas na Tabela 26, todas com prioridade muito alta ou extremamente alta em função das suas características ecológicas.

Figura 79: Áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade nos municípios do Polo Velho Chico

Fonte: Technum Consultoria – 2009

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Tabela 26: Descrição das áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade nos municípios do Polo Velho Chico.

Área Nome UC proposta

Ações Características Oportunidades Ameaças

1 Xingó Proteção Integral

- Assentamento; cânions; áreas

de remanescente

s; sítios arqueológicos;

grande lago artificial.

Propostas de RPPNs; estudos para criação

de UC proteção integral;

potencial para turismo

histórico e

Projetos de irrigação;

destruição do patrimônio

arqueológico; introdução de

espécies exóticas; tensão

entre esferas 2 e 4 Calha do Rio São

Francisco

Proteção Integral

[Restauração

Florestal;] Implementar o Plano

de Revitalizaçã

o do SF com ênfase

na recuperação da mata

ciliar.

Região heterogênea do ponto de

vista fisionômico; criando uma

grande diversidade de

espécies animais e vegetais;

ampliando também os

Revitalização para o início

da transposição; Criação de

áreas de conservação e

proteção integral

(Cânions do São Francisco);

Piscicultura bem

Processos erosivos nas áreas mais baixas do rio;

Inexistência de mata ciliar na

maioria das áreas do rio; Início da

transposição sem ações devidas; Piscicultura mal

planejada; Proposta de

construção de 3 Guigó de Coimbra

Definir Posteriorme

nte

Maior ação do INCRA junto aos

Maior açude do Estado;

Terra Indígena.

- Introdução de espécies exóticas

Fonte: Ministério do Meio Ambiente – 2007

2.5.4. Aspectos Ambientais na Área Turística e Nível de Uso Potencial

2.5.4.1. Aspectos Ambientais

Conforme ilustrado nas Figuras 74 a 79, o grande impacto ambiental não é causado por atividades turísticas na região e sim pelo setor agropecuário, que predomina no quadro da economia local. As figuras expõem a intensidade da interferência desse setor no meio ambiente, revelando uma imensa superfície desmatada para uso de pastagens, incluindo as áreas de proteção permanente dos córregos e rios. Observa-se a ausência de faixa verde às margens dos rios Capivara e Jacaré, pertencentes à bacia do rio São Francisco, afora outros cursos d’água de menor porte, especialmente as localizadas no noroeste do Polo. A intensa exploração agropecuária sobre o solo do bioma da Caatinga e a falta de infraestrutura de saneamento ambiental nos municípios e áreas rurais pode ser identificada como os mais graves impactos ambientais na área do Polo. A economia do turismo gera impacto mais localizado, especialmente em áreas de banho, procuradas de forma ainda moderada, mas nem por isso o fato deixa de ter importância para o planejamento da atividade turística.

A atividade turística pode vir a ser utilizada como um meio de conscientização para a importância da preservação e de contribuição para a recuperação das áreas degradadas, especialmente as áreas previstas em lei como áreas de proteção permanente, como matas ciliares, de galeria e encostas.

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126

2.5.4.2. Definição do Nível de Uso ou Potencial

O respeito à capacidade de suporte dos recursos (capacidade de carga), é pressuposto fundamental para o desenvolvimento do turismo, considerando que esses recursos são base para a conquista de visitantes.

Não há no Polo Velho Chico estudos sistematizados e que armazenem série histórica com dados específicos da região que possam constituir indicadores de sustentabilidade confiáveis e reflitam os limites da atividade turística quanto à saturação dos equipamentos, à degradação do meio ambiente ou à redução da qualidade da experiência turística.

O Polo Velho Chico possui apenas um destino turístico em desenvolvimento e comercializado, no município de Canindé de São Francisco, que são os cânions e seria o principal parâmetro de avaliação do uso turístico na região se houvesse estudos sobre o público que a ele se dirige e as suas expectativas. No entanto, o município apresenta deficiências relacionadas a questões de infraestrutura urbana de saneamento, abastecimento de água e energia elétrica, qualidade do espaço urbano e sistema viário, aspectos importantes para a determinação da capacidade de carga da área turística. Algumas ações vêm sendo realizadas em Canindé, mas a solução de todas as questões de base e de infraestrutura do Polo devem ser um dos objetivos a ser perseguido para que se tenha uma elevação da capacidade de suporte do meio à atividade turística.

2.6. Análise do Quadro Institucional do Velho Chico

O direcionamento da descentralização de políticas públicas exige a aproximação e, ao mesmo tempo, a autonomia entre as diversas esferas federal, estadual e municipal. No modelo de planejamento participativo de Sergipe, onde os territórios de identidade são os espaços de ação e atuação pública, a decisão foi ajustar o ordenamento dos municípios que compõem os Polos Turísticos, definidos a partir do Programa de Regionalização e os territórios sergipanos. A natureza das divisões dos territórios de identidade e dos Polos ou regiões turísticas aparece como estratégia política de planejamento, fundamentada em:

� Identidade cultural;

� Organização das cadeias produtivas;

� Ampliação da infraestrutura econômica (transportes, energia, telecomunicações, recursos hídricos);

� Desenvolvimento social (educação, saúde, saneamento, moradia);

� Produção de informação e conhecimento (qualificação profissional, desenvolvimento tecnológico, difusão e acesso à informação);

� Gestão socioambiental;

� Diversificação das economias;

� Geração de postos de ocupação; e

� Situação do bem-estar da população.

Além de tal compreensão, é necessário salientar que o processo de desenvolvimento elaborado no presente PDITS fundamenta-se em diretrizes políticas e operacionais do Programa Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil que preveem a gestão política descentralizada, coordenada e integrada, baseada nos princípios da flexibilidade, articulação, mobilização, cooperação intersetorial e interinstitucional e sinergia nas decisões.

Nesse contexto, apresenta-se o quadro local da situação encontrada nos municípios quando da realização desse estudo.

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127

No que diz respeito aos instrumentos de planejamento urbano, somente quatro municípios do Velho Chico possuem Plano Diretor são eles: Canindé de São Francisco, Nossa Senhora da Glória, Poço Redondo e Porto da Folha. Os municípios de Japoatã, Neópolis e Propriá possuem programas de desenvolvimento urbano.

A partir de visita a campo, verificou-se que, mesmo os municípios que possuem setores administrativos diretamente voltados ao turismo, não há gestão efetiva ou orientação de ações para o fortalecimento da demanda turística.

Tabela 27: Capacidade Institucional dos Municípios do Polo Velho Chico/SE

MUNICÍPIO

Pla

no

Dire

tor

Ap

rova

do

Sem

Pla

no

Dire

tor

Pla

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Dire

tor

sem

a

pro

vaç

ão

Ad

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De

sen

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ão

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ão

Ca

da

stro

de

Fa

míli

as

Poss

ui P

roje

to

volta

do

pa

ra

Ha

bita

çã

o

TOTAL NO ESTADO 10 50 1 32 12 7 47 51

Amparo de São Francisco X X X X

Canhoba X X

Canindé de São Francisco X X X X X

Cedro de São João X X X X

Gararu X

Ilha das Flores X X X X

Itabi X X X X

Japoatã X X X X X

Monte Alegre de Sergipe X X X

Neópolis X X X

Nossa Senhora da Glória X X X

Nossa Senhora de Lourdes X X X

Poço Redondo X X

Porto da Folha X

Propriá X

Santana do São Francisco X X X X

Telha X X X

Fonte: Technum Consultoria – Tabela 36 - Final

A falta de instrumentos de planejamento que se revela na Tabela 27 é prejudicial para o desenvolvimento turístico na medida em que o acompanhamento e controle do desenvolvimento municipal não são efetuados de forma planejada.

Na maioria dos municípios do Polo, os aspectos socioespaciais e ambientais não se reflete na gestão, acarretando consequências negativas para o desenvolvimento do Polo.

Os municípios não apresentam iniciativas abrangentes e efetivas em planejamento turístico. São as inciativas de âmbito estadual que vêm promovendo as discussões e o planejamento.

Com a implantação do programa de Regionalização do Turismo, em 2004, o Ministério do Turismo apoiou as primeiras ações de sensibilização e mobilização nos Estados brasileiros. Este foi um processo que, em Sergipe, atingiu as cinco regiões turísticas, motivando-as a iniciar o processo de instalação das suas Instâncias de Governança Regionais, denominadas Conselhos dos Polos de Turismo.

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Entre as Instâncias de Governança do Turismo, destaca-se, em Sergipe, o Polo Costa dos Coqueirais, que atende os territórios da Grande Aracaju, leste e sul sergipanos. Instalado em abril de 2000, sob a Secretaria executiva do Banco do Nordeste, o Polo Costa dos Coqueirais foi ativado especialmente em função do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste do Brasil – PRODETUR/NE.

O processo não avançou nas demais regiões. Entre os vários motivos, destacam-se a centralização das atividades no governo estadual e a pouca organização das entidades de classe do turismo, denominadas trade, fato que deixa clara a importância da apropriação desses Conselhos de Turismo pelos agentes da atividade na região.

Os municípios do Velho Chico instituíram sua instância entre os anos 2004 e 2005, e, não se deu continuidade aos seus propósitos. Na atualidade, retomaram-se o debate e a reflexão em torno da integração das Instâncias de Governança dos Polos/regiões turísticas e dos Conselhos Territoriais.

A parceria com o Ministério do Turismo possibilitou a execução de importantes projetos de apoio ao turismo no Estado de Sergipe, citando como exemplos: a) Estudo de Competitividade do Destino Indutor do Turismo – Aracaju, desenvolvido em parceria com a Fundação Getúlio Vargas; b) Caravana BRASIL, em parceria com a Associação Brasileira dos Operadores Turísticos – BRAZTOA; c) Fortalecimentos das Instâncias de Governança do Turismo, Conselhos Regionais e Fóruns Estaduais, em parceria com o Instituto de Administração e Desenvolvimento Humano – IADH; d) Oficinas de segmentação do turismo; e) Seminários empresariais em parceria com a FGV.

A iniciativa privada, apesar de ativa e responsável por quantidade significativa de investimentos nos últimos anos, atua financeiramente de forma independente, mas com certa dependência em outras ações. A promoção dos produtos turísticos em Sergipe, por exemplo, se dá especialmente por força da iniciativa pública, por meio da criação de campanhas promocionais, divulgação na mídia, realização de famtour e fampress e da participação em feiras e eventos nacionais e internacionais. A iniciativa privada promove algumas ações, mas em parceria com o poder público, como a Caravana Sergipe, uma mostra dos produtos aos operadores da Região Nordeste. Daí a necessidade de maior articulação do setor privado para realizar a promoção do destino de forma integrada.

A necessária integração institucional, no entanto começa a se realizar. O Plano Estadual de Turismo, recentemente revisado e entregue pelo governo, incorpora as demandas do Planejamento Participativo – ajuste, metas e estratégias -, alinhando-as ao Plano Nacional de Turismo. O referido Plano procura estruturar o modelo de gestão, por meio das Instâncias de Governança Regional, de maneira que os agentes da cadeia produtiva do turismo se apropriem da execução das ações, evitando a centralização no poder público ou grupos minoritários.

Em relação ao contexto da região definida para este PDITS, é importante destacar o recente Protocolo para firmação do convênio entre o Estado de Sergipe e o Estado de Alagoas. Este convênio potencializa esforços conjuntos e colaborativos para elaborar e implantar o Plano Integrado de Desenvolvimento Sustentável para a região do Baixo São Francisco (área de abrangência do Polo Velho Chico), com ênfase na inclusão social e no desenvolvimento econômico com bases ambientalmente sustentáveis e compatibilização com os contextos culturais dos municípios ribeirinhos do rio São Francisco. Esta parceira tem justificativas segundo os seguintes princípios citados no protocolo de intenções firmado pelos dois governos:

O esforço conjunto dos dois Estados buscará reverter a situação de pobreza, exclusão social e baixa qualidade de vida das populações ribeirinhas, que apesar de viverem num espaço de grande potencial natural e diversas oportunidades de geração de renda, encontram-se ainda hoje em condições precárias de sobrevivência. Com essa iniciativa dos dois Estados e a intensificação da parceira com o Governo Federal, especialmente com a Superintendência de

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Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), pretende-se fazer convergir recursos humanos, culturais, naturais e os investimentos produtivos necessários à promoção do desenvolvimento econômico e social.” (BRASIL, Protocolo de Intenções, 2007).

A ação integrada entre os dois Estados potencializa a oferta dos destinos, aumenta o fluxo regional de turistas, integra roteiros, qualifica informação, estabelece parcerias, potencializa a satisfação (qualidade da experiência) do turista e movimenta o mercado com a diversificação da oferta e da demanda no destino.

A convergência da proposta de territorialização do governo do Estado com aquela formulada a partir das orientações do governo federal exige compreensão, ajustes, cooperação e gestão. Para que isso ocorra, a ação deve começar a partir do diálogo, das trocas e da construção coletiva e, também, de acordo com todos aqueles que compõem a cadeia produtiva: agentes do mercado, organizações sociais, instituições públicas e profissionais autônomos. Só assim faz-se possível um desenvolvimento harmônico e equânime.

As principais linhas de financiamento e investimentos no Velho Chico referentes ao turismo são aportes do Ministério do Turismo por meio do PRODETUR Nacional e do Programa de Regionalização do Turismo, e do Estado em apoio ao desenvolvimento turístico dos territórios.

O Estado desempenha papel estratégico no desenvolvimento da atividade turística, por ser a instituição responsável pela estabilidade política e pela segurança e estrutura legal e financeira que o turismo requer. Além disso, são os governos que fornecem os serviços essenciais e a infraestrutura necessários para o sucesso da atividade turística. As atribuições relacionadas ao turismo que os governos tomam para si, no geral, abrangem:

� Planejamento setorial — proposição, execução e avaliação de planos, programas e projetos;

� Promoção turística — divulgação do destino turístico junto aos mercados emissores;

� Infraestrutura urbana e de acesso;

� Fomento — incentivos, subvenções e financiamentos;

� Coleta e avaliação de informações turísticas;

� Captação de recursos e investimentos privados;

� Conscientização turística;

� Acompanhamento e controle — regulamentação e fiscalização do mercado turístico,

� Qualidade do produto turístico, capacitação de recursos humanos.

Apesar de o Estado contribuir em sua instância para manter a atividade turística avivada, os municípios do Polo devem engajar-se de forma efetiva e passar a atuar proativamente em busca de aperfeiçoamento do planejamento e das ações institucionais voltadas para o turismo. Esse engajamento é fundamental e desejável para que o objetivo do PDITS seja alcançado.

No entanto, deve partir do Estado a iniciativa de congregar os municípios do Polo, pois estes, em sua maioria, encontram-se fragilizados institucionalmente, sem terem, ainda, condições de serem os promotores da integração institucional do Polo.

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2.6.1. Processo de Planejamento Turístico

A Figura 80 representa o arranjo institucional da gestão do turismo na esfera Estadual.

Figura 80: Arranjo Institucional para a Gestão do Turismo.

Fonte: Setur/EMSETUR – 2012

2.6.2. Desenho Institucional para a Gestão do Turismo

Apresenta-se neste item o ambiente institucional das instâncias federal e estadual que contribuem com o planejamento turístico que reflete direta ou indiretamente no Polo Velho Chico.

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2.6.2.1. Instituições de Âmbito Federal

A Tabela 28 destaca os órgãos federais do turismo e suas atribuições.

Tabela 28: Esfera Federal

Órgão Atribuições

Ministério do Turismo Criado em janeiro de 2003.

Atribuições: desenvolver o turismo como uma atividade econômica sustentável que possui papel relevante na geração de empregos e divisas, proporcionando a inclusão social.

Secretaria Nacional de Políticas do Turismo.

Atribuições: executar a política nacional para o setor, orientada pelas diretrizes do Conselho Nacional do Turismo. Além disso, é responsável pela promoção interna e zela pela qualidade da prestação do serviço turístico brasileiro.

Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo.

Atribuições: promover o desenvolvimento da infraestrutura e a melhoria da qualidade dos serviços prestados. Subsidia a formulação dos planos, programas e ações destinados ao fortalecimento do turismo nacional.

Instituto Brasileiro de Turismo – EMBRATUR.

Criado em 18 de novembro de 1966 como Empresa Brasileira de Turismo.

Atribuições: fomentar a atividade turística ao viabilizar condições para a geração de emprego, renda e desenvolvimento em todo o País.

Desde janeiro de 2003, com a instituição do Ministério do Turismo, a atuação da EMBRATUR concentra-se na promoção, no marketing e no apoio à comercialização dos produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros no exterior.

Fonte: Technum Consultoria – 2012

A valorização do turismo foi reforçada com a sanção da Lei n.º 11.771, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, definindo as atribuições do governo federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico.

A Política Nacional do Turismo, segundo a lei, deve obedecer aos seguintes princípios:

� Livre iniciativa;

� Descentralização;

� Regionalização; e

� Desenvolvimento econômico justo e sustentável.

Através desta lei, que passou a ser conhecida Lei Geral do Turismo (LGT), demonstra-se o avanço das discussões referentes à importância do setor turismo no desenvolvimento nacional.

Esta lei conceitua turismo como sendo atividade realizada por pessoas físicas durante viagens e estadas e que gerem movimentação econômica, trabalho, emprego, renda e receitas públicas.

2.6.2.2. Instituições de Âmbito Estadual

Os estados do Brasil, em sua maioria, contam com instituições oficiais de turismo. Pode-se dizer, a respeito de sua organização, que podem ser centralizados ou combinam um órgão

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centralizado que são as secretarias com um órgão descentralizado que se configura como uma autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista.

No estado de Sergipe a organização segue a segunda opção citada acima, pois conta com uma secretaria e uma Unidade Executora Estadual do PRODETUR que corresponde a uma empresa de sociedade mista, além da Empresa Sergipana e do Fórum Estadual.

A estrutura de gestão para as estratégias de desenvolvimento no setor de turismo é composta pelas unidades relacionadas na Tabela 29 que apresenta os objetivos, missões e competências dentro do planejamento do turismo no Estado.

Tabela 29: Órgãos Federais

Órgão Objetivos, Competências, Missões.

SETUR – Secretaria do Estado de Turismo

A Lei n°. 7.116 de 25 de março de 2011, atribui à Setur como a instituição que faz parte da administração direta da política pública estadual e, a Lei n° 4.826, de 16 de maio de 2003, dispõe sobre a organização básica da Setur e suas competências. Compete à Setur a política estadual de governo na área de turismo, bem como:

• O desenvolvimento turístico e respectivos incentivos; • A ampliação e o melhoramento de espaços turísticos; • A realização e organização de exposições; • Feiras e outros eventos de divulgação de potencialidade turísticas do estado; • A capacitação de mão de obra do turismo; • Outras atividades necessárias ao cumprimento de suas finalidades.

A Setur não possui manuais específicos. O que existe são instrumentos utilizados pela administração pública estadual como um todo.

Unidade Executora Estadual do PRODETUR – UEE/SE-PRODETUR.

Criado pela lei ordinária nº 4.912, de 22 de agosto de 2003.

Tem por missão implantar as ações resultantes da celebração, aplicação e execução de convênios, contratos e outros acordos entre o Estado de Sergipe e instituições ou entidades públicas ou privadas, nacionais, internacionais ou estrangeiras, promovendo sua articulação com os programas, projetos e atividades desenvolvidos por outros órgãos e entidades públicas federais, estaduais e municipais, na realização do Programa de Desenvolvimento do Turismo - PRODETUR.

É um órgão operacional da Secretaria de Estado de Turismo - SETUR, integrante da Administração Direta do Poder Executivo do Estado de Sergipe.

O PRODETUR/Nacional é financiado com recursos do BID e tem o Banco do Nordeste como Órgão Executor.

O programa foi desenvolvido a partir de estudos encomendados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no começo da década de 1990, para identificar as atividades econômicas que apresentariam vantagens competitivas, caso desenvolvido na região Nordeste. A conclusão desses estudos identificou que uma das oportunidades mais viáveis para a região era o Turismo, pelo fato de a Região Nordeste apresentar recursos cênicos e culturais significativos, além de mão-de-obra em abundância e com custos relativamente baixos.

A UEE/SE tem por competência:

• A implantação e a articulação de todas as ações realizadas no âmbito do Prodetur, que incluem o Prodetur I e o Prodetur II.

A UEE também está sujeita às diretrizes e disciplinas da administração pública. Além disso, atende a exigências específicas consubstanciadas

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Órgão Objetivos, Competências, Missões. nos contratos e documentos do BID e do BNB. O principal deles é o Regulamento Operacional do Prodetur II. Quando cumprir as novas diretrizes do Prodetur/NE-II, estabelecidas pelo BID e pelo BNB, passará a ser uma estrutura formalizada.

Empresa Sergipana de Turismo – EMSETUR

A Emsetur é uma sociedade de economia mista, criada em 12 de maio de 1972. Chegou a ser extinta pela lei nº 5.417 de 26 de agosto de 2004, mas foi restituída durante o governo de Marcelo Déda.

Missão: “fazer de Sergipe um destino turístico sustentável de referência, fomentando sua cadeia produtiva, promovendo o desenvolvimento socioeconômico, a partir da valorização das potencialidades regionais” (Fonte: EMSETUR, 2010).

A Lei no 4.749, de 17 de janeiro de 2003, altera a estrutura organizacional da administração pública estadual, cria a Secretaria de Estado do Turismo, vincula a ela a Emsetur.

Compete a Emsetur:

• Implementar a política de promoção turística; • Desenvolver, avaliar e monitorar o produto turístico sergipano; • Implementar o Sistema de Informações Turísticas; • Implementar as políticas de formação profissional, inclusão social e de adensamento da cadeia produtiva do turismo.

A Emsetur, por ser uma sociedade de economia mista, segue alguns preceitos legais da administração pública direta, mas detém instrumentos próprios, como é o caso do estatuto social, do regimento interno e do manual de pessoal.

Fórum Estadual de Turismo de Sergipe – FORTUR/SE.

Criado pelo decreto n° 26432 de 02 de setembro de 2009, revogou o decreto nº 22.006, de 2003, considerando que o Plano Nacional de Turismo estabelece a instituição de Fóruns Estaduais de Turismo como canais de descentralização da execução do mesmo Plano.

Entidade que tem como principal objetivo acompanhar o desenvolvimento da Política Estadual do Turismo. Além de executar ações também avalia como elas estão sendo implementadas. A entidade cumpre o importante papel de descentralizar as estratégias das políticas públicas de turismo no Estado, definidas pelo Plano Nacional de Turismo.

Competências:

• Acompanhar a execução e o desenvolvimento da Política Estadual de Turismo;

• Expedir instruções normativas para orientação das atividades turísticas de empresas privadas;

• Opinar sobre a concessão de registros às atividades turísticas de empresas privadas;

• Opinar sobre as exigências relativas à concessão de estímulos e incentivos de qualquer natureza às empresas e atividades turísticas privadas, bem como a entidades públicas e afins;

• Opinar sobre a constituição de fundos especiais destinados a incrementar o desenvolvimento sustentável do turismo, bem como propostas de aplicação dos recursos desses fundos;

• Acompanhar a execução do Plano Estratégico de Turismo e de outros planos, programas e projetos integrantes da Política Estadual de Turismo.

Fonte: Technum Consultoria – 2012

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O arranjo institucional da gestão do turismo em Sergipe, demonstrando seus fluxos e competências é apresentado na Figura 81:

Figura 81: Organograma do arranjo institucional da gestão do turismo em Sergipe

Fonte: Setur/EMSETUR – 2012

Existem outros órgãos da administração pública e entidades (Tabelas 30 e 31) que não estão diretamente ligados à gestão do turismo, mas cujas atribuições e ações a impactam.

A concretização desta ligação com a gestão pública do turismo no Estado de Sergipe se dá pela participação destes órgãos e entidades no Fórum Estadual de Turismo de Sergipe. São eles:

Tabela 30: Órgãos da Administração Pública Estadual

Órgão Atribuições e Competências Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG

Órgão da administração direta responsável por centralizar o Sistema Estadual de Planejamento, o orçamento, o desenvolvimento institucional e estatística do Estado de Sergipe; elaborar, coordenar, controlar e avaliar planos, programas e projetos governamentais; além de ser responsável pelo orçamento anual e o plano plurianual do Estado, suas decisões e políticas tem claro impacto no desenvolvimento do turismo. Competência: “coordenar de forma participativa e inovadora o Planejamento do Desenvolvimento Sustentável de Sergipe, visando a Inclusão pelo Direito e pela Renda” (Fonte: SEPLAN, 2010).

Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH

Órgão da administração direta responsável por “formular e executar políticas de gestão ambiental com a participação da sociedade promovendo o desenvolvimento ecologicamente equilibrado de forma integrada, garantindo a proteção dos recursos naturais para as presentes e futuras gerações” (Fonte: SEMARH, 2010). Competências: • Formulação e gestão de políticas estaduais de Governo, relativas ao meio ambiente, recursos hídricos e educação ambiental; • Preservação, conservação e utilização sustentável de ecossistemas, biodiversidade e florestas; • Elaboração do Zoneamento Ecológico-Econômico; • Promoção do uso racional da água e gestão integrada do uso múltiplo sustentável dos recursos hídricos;

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Órgão Atribuições e Competências O potencial turístico do Polo Velho Chico está fortemente relacionado ao privilegiado meio ambiente deste território, sendo a proteção ambiental e a utilização ambientalmente sustentável destes recursos naturais essencial ao desenvolvimento do turismo no Polo.

Secretaria de Estado da Infraestrutura de Sergipe – SEINFRA

A missão da SEINFRA é “assegurar ao cidadão o cumprimento das políticas públicas de infraestrutura do Governo, através da gestão de qualidade das ações dos órgãos vinculados, contribuindo para o desenvolvimento e o bem-estar da sociedade” (SEINFRA, 2010). Competências: • Oferta de infraestrutura de qualidade, incluindo o abastecimento de água, a coleta e tratamento dos resíduos sólidos e do esgoto; • Drenagem urbana; • Pavimentação de vias. Os programas e projetos da SEINFRA voltados para a melhoria da infraestrutura dos municípios do Polo Velho Chico são essencialmente ligados à gestão do turismo.

Secretaria de Estado da Cultura – SECULT

Competências: • Fomento à cultura, às letras, às artes, à arte-educação, ao folclore e às manifestações artísticas e culturais populares; • A preservação, a guarda e a gestão do patrimônio histórico, artístico, cultural, arqueológico, paleontológico e ecológico; • A administração dos equipamentos culturais e artísticos; • Política estadual de cultura. Essas competências têm forte ligação com o desenvolvimento do turismo em Sergipe, já que as atividades culturais e manifestações artísticas do Estado fazem parte das atrações turísticas locais.

Secretaria de Estado do Esporte e do Lazer – SEEL

A SEEL tem por finalidade “programar, organizar, executar e acompanhar a política do Governo do Estado relativa ao desempenho, expansão e desenvolvimento das atividades de desporto em geral e de lazer; administração de espaços e equipamentos desportivos e de lazer, e outros similares” (SEEL, 2010). Competências: • Desenvolver a política estadual de esporte e de lazer; • O desenvolvimento do desporto em geral; • A administração de estádios esportivos, praças de esporte, espaços e equipamentos desportivos e de lazer, e outros similares; • Modernização, criação ou instalação de infraestrutura para o desenvolvimento de projetos desportivos e de lazer.

Fonte: Governo do Estado de Sergipe – 2012

Tabela 31: Entidades

Entidades IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Superintendência de Sergipe Banco do Nordeste do Brasil – BNB Banco do Estado de Sergipe – BANESE Universidade Federal de Sergipe – UFS Associação Brasileira da Indústria Hoteleira – ABIH Associação Brasileira dos Agentes de Viagens – ABAV Associação Brasileira dos Jornalistas Especializados em Turismo – ABRAJET Associação Brasileira dos Organizadores de Eventos – ABEOC Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Sergipe – SEBRAE/SE Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC/SE Aracaju Convention & Visitors Bureau Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – ABRASEL Associação Brasileira dos Locadores de Automóveis – ABLA Sindicato dos Guias de Turismo – SINGTUR Universidade Tiradentes – UNIT

Fonte: Technum Consultoria – 2012

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2.6.3. Instrumentos de Planejamento Turístico

O Estado de Sergipe conta com uma série de instrumentos de gestão do turismo (Tabela 32) elaborados pelo governo federal e estadual. Segue abaixo uma descrição breve dos principais instrumentos de planejamento turístico e o organograma dos macroprogramas do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do Turismo em Sergipe 2009 – 2014.

Tabela 32: .Instrumentos de Planejamento e Gestão

Instrumentos de Planejamento

Turístico/ORGÃO Atribuições e Competências

Plano Nacional de Turismo 2007 – 2010 (PNT)

Instrumento de planejamento e gestão que coloca o turismo como indutor do desenvolvimento e da geração de emprego e renda no País. O PNT 2007/2010 se baseia na perspectiva de expansão e fortalecimento do mercado interno, com especial ênfase na função social do turismo, buscando consolidar o Brasil como um dos principais destinos turísticos mundiais. É um instrumento de ação estratégica, estabelecendo macroprogramas e metas para quatro anos, para consolidar a Política Nacional de Turismo (MTUR, 2010). As principais metas são:

• Promover o desenvolvimento e a descentralização da atividade turística;

• Apoiar o planejamento, a estruturação e o desenvolvimento das regiões turísticas;

• Aumentar e variar a oferta de produtos turísticos de qualidade, considerando as diferenças culturais e regionais do país;

• Abrir espaço para a comercialização de novos destinos e roteiros; • Promover a produção associada ao turismo; • Multiplicar os benefícios do turismo para as comunidades locais; • Integrar e dinamizar os arranjos produtivos do turismo; • Aumentar o tempo de permanência do turista nos destinos e roteiros; • Dinamizar as economias regionais (SEDETEC/EMSETUR, 2009).

Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil no Estado de Sergipe

Consiste em um macroprograma que definiu as regiões turísticas como estratégicas na organização do turismo para fins de planejamento e gestão. Propôs a estruturação, o ordenamento e a diversificação da oferta turística no País e se constitui no referencial da base territorial do Plano Nacional de Turismo. O Programa de Regionalização do Turismo em Sergipe foi iniciado em 2004, quando foram estruturados os cinco polos do Estado, dentre eles o Polo Velho Chico. Também foram definidos nove roteiros prioritários, incluindo a foz do rio São Francisco. Atualmente, os esforços estão concentrados na estruturação do modelo de gestão baseado em instâncias de Governança Regionais (SEDETEC/EMSETUR, 2009).

Política Estadual de Turismo

Instituída pelo decreto nº 22.006, juntamente com o Fórum Estadual de Turismo. Compreende o conjunto de planos, programas, diretrizes e normas referentes ao planejamento e à execução das iniciativas públicas, particulares e da sociedade organizada, concernentes ao turismo, desde que interessem ao desenvolvimento econômico, social e cultural do Estado de Sergipe. Inspiram a Política Estadual de Turismo:

• A equidade social, com respeito aos valores e tradições locais, e a utilização do turismo como fator de desenvolvimento do Estado;

• A difusão e a acessibilidade aos bens culturais e naturais; • O desenvolvimento sustentável; • A Política Estadual de Turismo se fundamenta no Plano Nacional de

Turismo 2007-2010 e no Programa de Regionalização do Turismo (SEDETEC/EMSETUR, 2009).

Plano Estratégico de Desenvolvimento

O Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do Turismo em Sergipe 2009 - 2014, traz proposições e estratégias para a gestão da atividade, visando beneficiar a população sergipana pelo desenvolvimento sustentável do

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Sustentável do Turismo em Sergipe 2009-2014

turismo no Estado. O processo de elaboração deste plano se deu de forma participativa, o que o legitima como um instrumento de gestão do turismo que efetivamente representa as expectativas e necessidades dos atores do setor. O plano estratégico definiu ações executivas para quatro macroprogramas: planejamento e gestão, competitividade do turismo, infraestrutura básica e turística, e promoção e apoio à comercialização.

Plano de Desenvolvimento Territorial Participativo – PDTP

Criado em 2007 com o objetivo de definir macropolíticas públicas e ações prioritárias em várias áreas, inclusive para o turismo. Por meio de processos participativos de planejamento, o Estado foi dividido em oito territórios, que funcionam como unidades básicas de planejamento de acordo com suas características culturais, organização de cadeias produtivas, necessidade de ampliação de redes de infraestrutura, desenvolvimento social, produção de informação e conhecimento, gestão ambiental, diversificação das economias, geração de postos de trabalho, e situação do bem-estar da população. O Polo Velho Chico incorpora municípios de três destes territórios: Alto Sertão Sergipano, Médio Sertão Sergipano e Baixo São Francisco.

Fonte: Technum Consultoria - 2009

Figura 82: Macroprogramas do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do Turismo em Sergipe 2009 - 2014

Fonte: SEDETEC/EMSETUR, 2009.

2.6.4. Projetos Nacionais

Discriminam-se na Tabela 33 os principais programas, estudos e projetos nacionais direcionados para a região de estudo.

Tabela 33: Projetos

Órgão Características

Programa Xingó É uma iniciativa multidisciplinar que envolve a CHESF, o CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – e universidades federais de Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe. Tem também o apoio do Programa Comunidade Solidária.

Seu objetivo é a utilização da infraestrutura física e social montada para dar suporte à construção da Usina Hidrelétrica de Xingó como fator indutor do desenvolvimento regional.

Política Ambiental da Companhia Hidrelétrica do São Francisco –

Atualmente são desenvolvidos os seguintes programas ambientais: Monitoramento da Pesca e de Manejo e Conservação da Carcinofauna (camarão-pitu) no Baixo São Francisco; manejo e Conservação da Fauna e Flora de Xingó; monitoramento da qualidade da água; apoio à comunidade; e

INCLUSÃO

PLANEJAMENTO E GESTÃO

COMPETITIVIDADE DO TURISMO

INFRAESTRUTURA BÁSICA E TURÍSTICA

PROMOÇÃO APOIO A COMERCIALIZAÇÃO

M A C R O P R O G R A M A

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CHESF projetos culturais.

Polos de Desenvolvimento de Ecoturismo Nordeste – Sudeste

Implementado pela EMBRATUR, Instituto Brasileiro do Turismo, em conjunto com o IEB - Instituto de Ecoturismo do Brasil.

Tem como objetivo estabelecer a base sobre como o ecoturismo chegará aos mais variados pontos do território nacional.

Projetos CODEVASF

Dentre seus projetos seguem os que possuem relevância para o desenvolvimento turístico: � Projeto Amanhã: tem por finalidade fomentar a organização e capacitação dos jovens rurais dos Vales do São Francisco e Parnaíba, preparando-os para atuar com autonomia e competência em empreendimentos agropecuários e agroindustriais, em conformidade com os programas sociais do governo federal. � Plano de Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio São Francisco e do Semiárido Nordestino. � Programa de Aquicultura e de Fortalecimento do Setor Pesqueiro: Teve início com a construção das grandes barragens hidrelétricas no Rio São Francisco, fazendo com que a CODEVASF implantasse Estações de Piscicultura com vistas à produção de alevinos de espécies de peixes de importância econômica e ecológica, utilizados em peixamentos de rios, lagoas, açudes e reservatórios d’água e fornecidos a produtores rurais para o cultivo comercial, amenizando os impactos sofridos pela pesca profissional e incrementando a piscicultura comercial no Vale do São Francisco. � Programa de Promoção de Investimentos nos Vales do São Francisco e do Parnaíba: Tem por finalidade divulgar as oportunidades de investimento no Vale e as atividades desempenhadas pela Empresa na região, estimulando a participação da iniciativa privada em empreendimentos que conduzam ao desenvolvimento sustentável. � Polos de Desenvolvimento: Abrange áreas de várzeas marginais ao rio São Francisco, em Alagoas e Sergipe, a CODEVASF introduziu os projetos de proteção, drenagem e irrigação. � Apoio à Infraestrutura: Projetos na área de habitação, educação, Saúde, abastecimento de água, eletrificação rural e estradas vicinais.

Projeto de Revitalização do Rio São Francisco

Entre as atividades previstas estão a regularização do rio, o repovoamento de peixes, a despoluição e o tratamento de esgoto em todas as regiões, a recuperação de áreas degradadas, reflorestamentos e ações de educação ambiental.

Gestão Integrada de Bacias – Rio São Francisco – Ministério do Meio Ambiente

Tem como objetivo assegurar a disponibilidade e qualidade da água, sua utilização racional com preservação e a prevenção contra eventos hidrológicos críticos, através do planejamento, desenvolvimento de tecnologias, recuperação de áreas degradadas e controle de poluição.

Avança Brasil Corredor São Francisco: Um dos principais objetivos é o desenvolvimento de rotas alternativas para o escoamento da produção a baixos custos nos Estados da Bahia, Sergipe e no norte de Minas Gerais.

Projeto Alvorada Tem como objetivo reduzir as desigualdades regionais, por meio da melhoria das condições de vida das áreas mais carentes do Brasil. O indicador utilizado para medir o grau de desigualdades foi o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do PNUD.

Programa INC/IPHAN – Projeto Monumenta

Programa de revitalização de sítios urbanos, através da recuperação do patrimônio cultural, concebido pelo Ministério da Cultura e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID.

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2.6.5. Programas e Ações

Os programas e ações são definidos a partir do Planejamento Estratégico e com base nas diretrizes de governo associadas: modernização, democratização e transparência da gestão pública.

Os órgãos públicos estaduais assumem funções para atingirem objetivos e realizarem ações. O quadro abaixo demonstra os programas e ações de cada órgão estadual que tem influência sobre a economia do turismo no estado e consequentemente no Polo Velho Chico (Tabela 34).

Tabela 34: Programas e Ações

Órgão Programas e Ações EMSETUR

� Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Turismo Objetivo: promover o desenvolvimento da cadeia produtiva do turismo em Sergipe como forma de aumentar a competitividade dos produtos turísticos sergipanos. Projetos: Inserção e Desenvolvimento de Pequenos e Médios Negócios em Turismo.

� Inclusão pelo Turismo Objetivo: Este programa tem como propósito promover a inclusão social pelo turismo como forma de desenvolver a economia local. Projetos: Capacitação de Trabalhadores Informais do Setor Turístico e Formação Profissional.

� Promoção do Turismo Sergipano Objetivo: Compreende as diversas ações que visam promover e divulgar o Estado de Sergipe nacional e internacionalmente. Projetos: Sistema de Informações Turísticas e Reforma dos Postos de Informação.

Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH

� Programa de Educação Ambiental Objetivo: Ampliar o conhecimento e a participação da sociedade na gestão ambiental.

� Programa Estratégico de Construção e Recuperação de Infraestrutura para o Saneamento Ambiental: Objetivo: Planejar, projetar, construir e recuperar infraestrutura para o saneamento ambiental. Principais Projetos: Ampliação, Melhoria e Automação do Sistema Integrado de Adutoras do Alto Sertão e Sertaneja, de forma a restituir a plena capacidade operacional aos sistemas de adução da região e Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe.

Secretaria de Estado da Infraestrutura – SEINFRA

Ações: � Gerenciar políticas públicas de infraestrutura no Estado de Sergipe; � Estudos de impacto ambiental para a construção de aterros sanitários, que

irão mudar a fisionomia ambiental dos municípios sergipanos, dando o tratamento adequado aos resíduos sólidos.

Departamento Estadual de Infraestrutura Rodoviária de Sergipe – DER/SE

Ações: � Conservação e restauração de rodovias; � Reinício das obras da Rodovia SE-200 Própria/Neópolis com extensão de 24,4

km.

Administração Estadual do Meio Ambiente – ADEMA

Ações: � Elaboração e início de implantação do projeto para automação do

licenciamento ambiental, em parceria com o Centro de Recursos Ambientais – CRA, da Bahia;

� Fortalecimento da participação da ADEMA no Portal Nacional do Licenciamento Ambiental, mantido pelo Ministério do Meio Ambiente.

Secretaria de Estado de Planejamento e

Ações: � Elaboração de estudo (diagnóstico) sobre o Estado de Sergipe; � Integração Turística de Sergipe (carta apresentada ao BID).

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Órgão Programas e Ações Gestão – SEPLAN Companhia de Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais de Sergipe – CODISE

Ações: � Apoio à implantação do artesanato mineral, com a elaboração do

anteprojeto para a instalação do primeiro Núcleo de Artesanato Mineral, no território do Alto Sertão Sergipano, no município de Canindé de São Francisco.

Secretaria de Turismo – Setur

Ações: � Definição e acompanhamento das ações na promoção e divulgação do

Estado de Sergipe nas Feiras de Turismo; � Elaboração do material promocional enfatizando as riquezas ecológicas,

históricas e culturais, dando destaque ao rico artesanato sergipano: revistas, folders, lâminas, sacolas e CD-ROM;

� Elaboração de revista institucional, voltada para captação de investidores, enfocando nossa infraestrutura básica e turística, como também áreas com potencialidades para investimentos (versões em português, espanhol e inglês);

� Produção de banco de imagens do turismo sergipano, em parceria com a EMBRATUR (ação em andamento);

� Participação: no Conselho Nacional do Turismo; em reuniões da Comissão do Turismo Integrada do Nordeste – CTI/NE; e na Reunião da Macrorregião Nordeste;

� Realização das seguintes pesquisas: Demanda Turística na Alta Estação e Demanda Turística de Baixa Estação, para identificar o perfil dos turistas; Demanda Turística Hoteleira, para identificação do perfil do hóspede; dos Festejos Juninos, para identificar o grau de satisfação dos turistas com essas festas. Tais pesquisas servem de base para o cálculo dos indicadores do turismo em Sergipe;

� Atualização permanente do censo do parque hoteleiro de Sergipe; � Realização do projeto "Caminhos do Futuro”, com a formação de professores

multiplicadores, objetivando a promoção da educação para o turismo; � Restauração física e logística dos Postos de informações turísticas; � Realização de Treinamento em Atividade turística para taxistas. � Realização do curso de Formação de Gestores das Políticas Públicas de

Turismo, que integra o Programa de Qualificação a Distância para o Desenvolvimento do Turismo. A iniciativa promovida pelo Ministério do Turismo (MTur) em parceria com a Secretaria de Educação a Distância (SEaD) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio do governo de Sergipe por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia e do Turismo (Sedetec), com o objetivo de qualificar profissionais e acadêmicos de turismo no Estado, a partir de uma ação concreta para o fortalecimento da gestão das políticas públicas na área.

Fonte: Technum Consultoria - 2009

2.6.6. Incentivos para o Investimento Turístico

O Polo Velho Chico apresenta uma série de vantagens para novos investidores no setor de turismo. Merece destaque a beleza dos seus atrativos naturais e culturais, como descrito no Capítulo 2 deste diagnóstico e a posição geográfica privilegiada do Polo, próximo dos mercados europeu e americano, aliada a uma moderna infraestrutura portuária, representam enorme vantagem competitiva para quem deseja investir na região.

Existem alguns programas de apoio às atividades turísticas na região, oferecendo linhas de crédito especiais, e como as atividades turísticas no Polo ainda não se encontram totalmente estruturadas, a competitividade no setor é bastante baixa, o que representa um grande diferencial do Polo em relação a outras áreas.

A maioria das linhas de crédito no Estado de Sergipe está voltada para o setor industrial, não se direcionando ao desenvolvimento de atividades turísticas. No entanto, existem alguns

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programas de crédito para o turismo, majoritariamente financiados pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, criado em 1988. Esse fundo é um instrumento de política pública federal operado pelo Banco do Nordeste – BNB - que objetiva contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região por meio de programas de financiamento aos setores produtivos, em consonância com o plano regional de desenvolvimento possibilitando, assim, a redução da pobreza e das desigualdades (BNB, 2010).

O BNB disponibiliza algumas linhas de crédito voltadas para investimentos no setor turístico, principalmente por meio do Programa de Apoio ao Turismo Regional – PROATUR, único destinado especialmente ao setor turístico. Os programas de crédito do BNB destacam-se pela oferta de bônus de adimplência sobre os juros cobrados, sendo que este bônus varia conforma a área do investimento. Segue uma descrição dos programas de crédito do BNB e suas principais características (Tabelas 35 e 36). O Programa Nordeste Competitivo também aparece no cenário de linhas de crédito para o fomento a empreendimentos do setor turístico (Tabela 37).

Tabela 35: Programa de Apoio ao Turismo - PROATUR

Programa de Apoio ao Turismo Regional – PROATUR Objetivo Implantação, ampliação, modernização e reforma de empreendimentos do setor turístico. O que financia Investimentos e capital de giro associado, observadas as exceções normativas internas previstas, quanto a determinados itens e atividades excluídos de serem financiados por esse programa, a exemplo de aquisição de terrenos, transferências de edificações (exceto no caso de hospedagens já construídas ou em construção desde que atendidas as condições estabelecidas pela linha de crédito), flats, dentre outros. Público-alvo Pessoas jurídicas, inclusive empresárias registrados na junta comercial, cadastrados pelo Ministério do Turismo, cujo objetivo econômico principal seja a atividade turística, de médio e grande porte. Fonte dos recursos Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE. Prazos Máximo de 15 anos, já incluídos até 5 anos de carência. No financiamento para implantação de hotéis e outros meios de hospedagens, o prazo máximo poderá ser de 20 anos, inclusive até 5 anos de carência. O prazo de cada operação será determinado em função da capacidade de pagamento do projeto, observados os limites já mencionados. Encargos Tarifas de contratação, conforme a regulamentação vigente. Juros às taxas efetivas abaixo descritas: 9,5% a.a. para média empresa; 10% a.a. para grande empresa. As taxas de juros do FNE podem ser reajustadas pelo governo federal. Bônus de adimplência Sobre os juros incidirão bônus de adimplência de 25% para empreendimentos localizados no semiárido e de 15% para empreendimentos localizados fora do semiárido, concedido exclusivamente se o mutuário pagar as prestações (juros e principal) até as datas dos respectivos vencimentos.

Tabela 36: Programa de Financiamento às Microempresas de Pequeno Porte (FNE-MPE)

Programa de Financiamento às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (FNE-MPE) Objetivo Financiar a implantação, expansão, modernização e relocalização com modernização de empreendimentos de microempresas e empresas de pequeno porte dos setores industrial (inclusive mineração), agroindustrial, turismo, comercial e de prestação de serviços, inclusive empreendimentos culturais. O que financia Construção e ampliação de benfeitorias e instalações, aquisição de máquinas, equipamentos, veículos e capital de giro associado ao investimento fixo.

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Público-alvo Microempresas e empresas de pequeno porte dos setores industrial, agroindustrial, turismo, cultura e comercial e serviços. Fonte dos recursos Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE. Prazos Determinados em função do cronograma físico e financeiro do projeto e da capacidade de pagamento do mutuário, sendo o prazo máximo total permitido de 12 anos, já incluído um prazo máximo de 4 anos de carência. No caso de empreendimento do setor de turismo: a) financiamento para implantação de hotéis e outros meios de hospedagem – até 20 anos, inclusive até 05 anos de carência; b) demais finalidades - até 15 anos, incluídos até 05 anos de carência. Encargos Tarifas de contratação conforme a regulamentação vigente e juros às taxas efetivas anuais abaixo descritas: •6,75% para microempresa; •8,25% para pequena empresa. As taxas de juros do FNE podem ser reajustadas pelo Governo Federal. Bônus de adimplência Sobre os juros incidirão bônus de adimplência de 25% para empreendimentos localizados no semiárido e de 15% para empreendimentos localizados fora do semiárido, concedido exclusivamente se o mutuário pagar as prestações (juros e encargos) até as datas dos respectivos vencimentos.

Tabela 37: Programa Nordeste Competitivo (PNC) – BNDES Automático e FINEM

Programa Nordeste Competitivo (PNC) - BNDES Automático e FINEM Objetivo Financiar a implantação, ampliação, relocalização e modernização de empreendimentos econômicos nos setores rural, industrial, agroindustrial, comercial, de turismo e de prestação de serviços. Público-alvo Pessoas físicas que sejam produtores rurais, empresários individuais registrados na junta comercial, pessoas jurídicas privadas brasileiras de controle nacional e pessoas jurídicas privadas brasileiras de controle estrangeiro, observadas ainda as restrições normativas do programa para o caso de empresas cujo controle seja de estrangeiro. Prazos Os prazos das operações serão determinados em função do cronograma físico e financeiro do projeto e da capacidade de pagamento do empreendimento, da empresa ou do grupo econômico, conforme a seguir descritas, observadas ainda as exceções normativas previstas para determinadas atividades financiadas: Operações com o setor rural:

• Investimentos fixos: até 12 anos, inclusive até 4 anos de carência; • Investimentos semifixos: até 8 anos, inclusive até 3 anos de carência.

Operações com os demais setores: até 12 anos, inclusive carência de até 4 anos. Encargos Tarifas de contratação e IOF cobrados conforme a regulamentação, além dos seguintes encargos : • Custo Financeiro – TJLP ou UM-BNDES (Unidade Monetária do BNDES) acrescida dos encargos da Cesta de Moedas do BNDES ou variação do dólar dos Estados Unidos acrescida dos encargos da Cesta de Moedas do BNDES; • Encargos do BNDES (somatória das taxas de remuneração básica, remuneração de intermediação financeira e fatores de alteração) – mínimo de 1% a.a. e máxima de 4% a.a.; • Del credere - mínimo de 3% a.a. e máximo de 4% a.a.

A respeito de incentivos fiscais não foram encontradas informações sobre a existência de um programa específico voltado para o investimento turístico no Estado que promova benefícios para o Polo Velho Chico.

O que se apreende de crítico sobre a listagem de órgãos e intuições governamentais e não governamentais, suas atribuições, projetos e programas é que existe um ambiente configurado para a gestão do turismo nas esferas superiores de gestão, ou seja, no âmbito federal e estadual. Existem ainda entidades e linhas de crédito disponíveis para financiar

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ações para o desenvolvimento, no entanto, o que se encontra na base desta cadeia de gestão são os municípios enfraquecidos com capacidade para a gestão do turismo muito limitada.

Tanto se comprova esta realidade, que não há sequer dados sistematizados sobre as questões básicas do turismo na região do Polo por município, nem sobre a região. As informações disponíveis só revelam a situação sob a ótica das instâncias federal e estadual.

Pressupõe-se que aqueles que seriam os demandantes (os municípios), os fiscalizadores diretos e os articuladores das ações no âmbito do Polo carecem de total apoio das instituições nas esferas superiores de governo para iniciar qualquer ação integrada de melhoria da economia do turismo na região do Velho Chico.

2.7. Considerações do Diagnóstico Estratégico

Do Diagnóstico Estratégico realizado depreende-se um conjunto de pontos críticos principais que devem ser alvo de atenção e de investimentos, tendo em vista o desenvolvimento turístico do Polo Velho Chico. São eles:

- falta de saneamento nos municípios,

- ausência de sinalização e de informação turística,

- operação turística centralizada em poucas operadoras,

- ausência de informação sobre o fluxo turístico do Polo;

- ausência de inventário turístico,

- falta de identidade visual;

- falta de articulação regional,

- centralização de serviços,

- falta de definição de capacidade de carga para os atrativos;

- assoreamento do rio São Francisco;

- ausência de equipamentos de segurança;

- problemas ambientais relativos à falta de saneamento ambiental.

Ao mesmo tempo o Diagnóstico permitiu identificar no Polo Velho Chico:

� O Segmento Meta Principal;

� Os Segmentos Complementares;

� Os Roteiros e Atrativos Complementares Potenciais;

� O Mercados Meta.

Tabela 38: Identificação dos elementos principais para o Desenvolvimento do Turismo - Polo Velho Chico Região Turística do Velho Chico

Categoria de Interesse

Segmento Meta (Principal)

Ecoturismo Local, Regional, Nacional

Segmentos Complementares (especificas, voltadas aos diversos mercados)

Náutica; Histórico-cultural; Pesca; Sol e Praia; Aventura

Local, Regional, Nacional Local, Regional, Nacional Local, Regional, Local, Regional, Local, Regional, Nacional

Roteiros Roteiro do Cangaço, Rota do Imperador e Rota Local, Regional, Nacional

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Categoria de Interesse

Complementares potenciais

do Sertão*

Atrativos complementares potenciais

Artesanato/ Manifestações Culturais. Local, Regional, Nacional

Mercados meta Mercado emissor regional e nacional e destinos complementares. Turismo internacional e de interesse específico.

* A Rotas do Imperador e a Rota do Sertão são externas ao Polo; a primeira é interligada com o estado de Alagoas e a segunda liga Nossa Senhora da Glória ao município de Itabaiana.

Fonte: Technum Consultoria, oficinas participativas e pesquisa de campo – 2009/2010

As informações da tabela 38 auxiliam na compreensão de que o turismo é uma oportunidade de desenvolvimento regional sustentável, que a exploração dos bens naturais feita de forma incipiente pode causar impactos ambientais e gerar benefícios sociais e econômicos. O turismo pode e deve ser apropriado de forma adequada pela economia local e pelos habitantes da região.

A integração do território do Velho Chico deve partir de Canindé, para que o turismo nesse município possa se consolidar, gerando a permanência do turista, bem como as oportunidades almejadas pelo presente Plano.

No entorno dos cânions existem atrativos que poderiam receber investimentos maciços e tornarem-se atividades estruturadas, relacionadas ao produto principal do polo. O que se percebe, porém, é que diante da complexidade de ações necessárias para a melhoria do ambiente do Polo e da heterogeneidade socioambiental identificada, é muito mais produtivo basear-se o planejamento estratégico de forma focal, num alvo consolidado e visível e irradiar a partir desse alvo ações que possam alcançar todas as regiões do Polo contribuindo de forma abrangente e equilibrada com as mudanças. O risco de criar outros produtos a partir do que ainda é intangível e incerto é de multifacetar os esforços e enfraquecer as ações, o que pode colocar em risco a imprescindível integração regional. Neste cenário, ao invés de complementarem-se, os produtos podem gerar um ambiente competitivo e autodestrutivo.

Pode-se afirmar que no Polo Velho Chico a atividade turística ainda está em fase de desenvolvimento e o estágio atual de demanda e oferta de produtos está estruturado nos atrativos existentes. Neste sentido, após o Diagnóstico, valida-se o Objetivo Geral do PDITS, qual seja:

Preparar, organizar e consolidar o Polo como destino ecoturístico integrado e sustentável, num horizonte temporal de dez anos.

O produto turístico principal identificado pelo Polo são os cânions do São Francisco, localizado no município de Canindé de São Francisco, a montante da barragem de Xingó.

O diagnóstico identifica, ainda, o rio São Francisco como o recurso turístico principal e um arcabouço de potencialidades em atrativos históricos, culturais e naturais – o próprio ambiente da Caatinga – e a Grota do Angico (Trilha do Cangaço) como sendo um atrativo emergente de peso no contexto do Polo.

Entretanto o diagnóstico também revela uma área sócio ambientalmente frágil, que depende de uma política objetiva para que o desenvolvimento se instale na região e demonstra, pelas qualidades do recurso turístico, do produto e dos atrativos emergentes e potenciais que o turismo é um caminho promissor.

A partir desse quadro, ficam também confirmados os objetivos específicos definidos para o PDITS, visando para nortear estratégias e ações de desenvolvimento quais sejam:

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� Diversificar as atividades e estruturar o produto turístico existente, de forma integrada, ampliando a oferta turística e público alvo;

� Promover investimentos de forma articulada e convergente tendo em vista o desenvolvimento turístico;

� Promover o desenvolvimento sustentável pela preservação do patrimônio natural e cultural do Polo;

� Promover a capacitação continuada dos diversos atores sociais para o planejamento e a gestão compartilhada do desenvolvimento do turismo; e

� Aumentar o fluxo de turistas e o tempo de permanência media do turista no Polo.

Pelo Diagnóstico Estratégico conclui-se sobre a possibilidade de consolidação do produto principal centrado no segmento do Ecoturismo, cujo destino principal são os Cânions do São Francisco. Conclui-se ainda por criar roteiros integrados complementares que consubstanciem o turismo no Polo Velho Chico.

Assim, tem-se as seguintes definições:

1. Vocação do Polo Velho Chico: ecoturismo;

2. Destino Principal: cânions do São Francisco

3. Atrativos complementares potenciais:

a. Rio, ilhas e praias fluviais em municípios como Gararu, Cedro de São João e Neópolis, dentro do turismo de sol e praia, náutico, fluvial e de pesca.

b. Conjunto de atrativos relacionados ao cangaço, importante turisticamente e capaz de enriquecer o potencial natural da região, dentro do segmento de turismo histórico-cultural e de aventura.

c. Circuito de festas populares e religiosas, artesanato e culinária local, dentro do segmento de turismo histórico-cultural; e

d. Ambiente da Caatinga, parques e trilhas, dentro do segmento de ecoturismo e turismo de aventura.

Esse conjunto de atrativos complementares pode contribuir para aumentar o tempo de permanência do turista na região. Certamente, poderão aumentar o interesse por novos investimentos da iniciativa privada, gerar novos postos de trabalho e aumentar a autoestima da população. Tem-se a possibilidade de estruturar uma série de produtos turísticos complementares, que geram uma diversidade de atividades que permitem destacar o Polo Velho Chico em relação aos demais destinos turísticos de Sergipe.

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CAPÍTULO 3 – ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO

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3. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL

As Estratégias de Desenvolvimento Turístico do Polo Velho Chico/SE, compreendem o indicativo das ações prioritárias para atingir o objetivo principal, as diretrizes e as metas pretendidas para a estruturação do turismo na região.

Como conceito de estratégia, conforme Houaiss, tem-se: “arte de aplicar com eficácia os recursos de que se dispõe ou de explorar as condições favoráveis de que porventura se desfrute, visando ao alcance de determinados objetivos.” Assim, as estratégias possibilitam depreender as formas de condução da ação para que se possam alcançar satisfatoriamente os objetivos traçados, aproximando a situação real da situação desejada.

No sentido geral, a estratégia inclui a definição das grandes linhas de ação estabelecidas em planos governamentais ou empresariais em dada direção.

A concepção de estratégias como alternativa para viabilizar a superação das fragilidades e potencializar as forças da capacidade municipal para a gestão é um processo de construção multidisciplinar que visa identificar e estabelecer, a partir da compreensão da realidade atual, os meios mais efetivos, eficazes e eficientes para criar novas possibilidades.

As estratégias devem traduzir criatividade, inovação, novos padrões tecnológicos e de interação entre o poder público e a sociedade, tendo em vista o desenvolvimento e a gestão participativa do turismo, baseada no planejamento e no alcance de resultados efetivos, tendo em vista a qualidade de vida e o bem estar dos cidadãos.

O conhecimento da realidade da região, consubstanciado no diagnóstico realizado, bem como as diretrizes governamentais para o desenvolvimento do turismo representam a base para o estabelecimento das estratégias e a definição das ações propostas para o PDITS. Tais etapas de elaboração do Plano foram efetivadas com a participação e a contribuição de atores locais e ainda pela leitura técnica procedida por profissionais locais e consultores contratados, organizados em equipes multissetoriais.

As estratégias identificadas não consideram apenas o horizonte imediato à captação de recursos do Prodetur Nacional. Antes, buscam traduzir uma política estadual de desenvolvimento integrado do turismo para a região do Polo Costa dos Coqueirais/SE, considerando a realidade dos municípios que o compõem.

ESTRATÉGIAS

SITUAÇÃO DESEJADA SITUAÇÃO ATUAL

CAMINHOS PARA A AÇÃO

Onde estamos Onde queremos chegar

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3.1. Análise do Cenário Atual e Avaliação do Produto Turístico

A definição das estratégias exigiu a adoção de técnica específica, qual seja, a Matriz SWOT - Strengths /Weaknesses/ Opportunities / Threats) ou Matriz FOFA (Forças / Oportunidades / Fragilidades / Ameaças).- para análise das forças e fragilidades pertinentes à realidade atual, tidas como fatores internos inerentes ao Polo, bem como às oportunidades e ameaças, tidas fatores externos, que impactam desenvolvimento do turismo no território.

Da mesma forma, a análise do produto turístico existente frente ao desenvolvimento sustentável do Polo foi realizada por meio de uma Matriz Ponderada.

A seguir é apresentado, de forma resumida, o resultado das análises procedidas. O Volume III, Anexos 6 e 7, traz o detalhamento das técnicas utilizadas e das informações e resultados obtidos.

3.1.1. Análise SWOT

A análise das forças, fragilidades, oportunidades e ameaças detectadas com relação ao desenvolvimento do turismo no Polo Costa dos Coqueirais foi feita pelo cruzamento dessas variáveis, considerando o modelo expresso no quadro a seguir:

Figura 83: Análise SWOT

Quadrante 1: diante de um dado de realidade que representa Força identificada no ambiente interno tida como fator impulsor, em cruzamento com uma Oportunidade detectada no ambiente externo, tem-se a indicação de agir em função de capitalizar o que está acessível, obtendo assim respostas rápidas rumo ao DESENVOLVIMENTO;

Quadrante 2: igualmente, diante de um dado da realidade que representa Força identificada no ambiente interno, tida como fator impulsor, agora em cruzamento com uma Ameaça detectada no ambiente externo, tem-se a indicação de agir no sentido de manter as forças e de monitorar as ameaças, tendo como resultante a MANUTENÇÃO. Esta ação requer uma postura proativa e assertiva, na medida em que os atores do ambiente interno não podem interferir diretamente para superação das ameaças, que estão fora de seu controle;

AMBIENTE INTERNO

FORÇAS FRAGILIDADES

AM

BIE

NT

E E

XT

ER

NO

OP

OR

TU

NID

AD

ES

CAPITALIZAÇÃO/DESENVOLVIMENTO

CRESCIMENTO

FORÇAS x OPORTUNIDADES

FRAGILIDADES x OPORTUNIDADES

Desenvolvimento.

Resultado mais rápido - consolidação do desenvolvimento.

Campos mais acessíveis. Ambiente preparado – sinal aberto.

Eliminar ou minimizar os pontos fracos,

para aproveitar as oportunidades. Intervenções para não perder as

oportunidades presentes.

PRIORIDADE 1

PRIORIDADE 2

AM

EA

ÇÃ

S

MANUTENÇÃO

SOBREVIVÊNCIA

FORÇAS x AMEAÇAS

FRAGILIDADES x AMEAÇAS

Monitorar ameaças.

Exercer o controle sobre a situação. Manter ou aperfeiçoar as forças.

Gestão do ambiente interno.

Eliminar ou minimizar, ao máximo, as fragilidades e monitorar as ameaças.

PERIGO! INTERVIR COM URGÊNCIA!

PRIORIDADE 3

PRIORIDADE 4

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Quadrante 3: Neste caso, diante de um dado da realidade interna, que representa uma Fragilidade – uma barreira ao desenvolvimento , em cruzamento com uma Oportunidade, tem-se a indicação de ações que levem à reversão da fragilidade, de forma a não desperdiçar a Oportunidade apresentada pelo ambiente externo. Assim, ter-se-á como resultante o CRESCIMENTO, ainda que este possa vir de forma lenta, dependendo das dificuldades a serem enfrentadas para eliminação ou minimização da fragilidade em tela;

Quadrante 4: Neste caso, diante de um dado da realidade interna, que representa também uma Fragilidade - uma barreira ao desenvolvimento em cruzamento com uma Ameaça detectada no ambiente externo, tem-se a indicação clara de intervenções urgentes, prioritárias, para eliminar ou minimizar a fragilidade interna e, desta forma, com forças repostas, poder SOBREVIVER às ameaças externas.

Tabela 39: A Análise SWOT e a natureza das estratégias geradas

Ambiente Interno

Forças Fragilidades

Ambiente Externo

Oportunidade Estratégias de capitalização/desenvolvimento.

Estratégias de crescimento/correção.

Ameaças Estratégias de consolidação/diferenciação.

Estratégias de sobrevivência/recuperação.

Fonte: Technum Consultoria

Para a avaliação procedida a partir da Matriz SWOT foram estabelecidos cinco pontos focos de análise, quais sejam:

- Produto Turístico; - Comercialização; - Gestão Socioambiental; - Fortalecimento Institucional; e - Infraestrutura e Serviços Básicos.

Sobre esses pontos, tem-se que:

- Produto Turístico - relaciona-se diretamente com a motivação de viajar a um destino turístico. Tem como base os atrativos que originam o deslocamento do turista a um espaço geográfico determinado e inclui os equipamentos e serviços necessários para satisfazer a motivação de viagem e possibilitar o consumo turístico.

- Comercialização - contempla as ações destinadas a fortalecer a imagem dos destinos turísticos e a garantir a eficiência e eficácia dos meios de comercialização escolhidos.

- Fortalecimento Institucional - engloba ações orientadas a fortalecer as instituições do polo turístico, por meio de mecanismos de gestão e coordenação no âmbito federal, estadual e local e do setor privado, e de apoio da gestão turística estadual e municipal.

- Infraestrutura e Serviços Básicos - integra investimentos de infraestrutura e serviços não vinculados diretamente a produtos turísticos, mas necessários para gerar acessibilidade ao destino e dentro dele e para satisfazer as necessidades básicas do turista durante a sua estada, quanto a serviços de saneamento, energia, telecomunicações, saúde, segurança e transporte.

- Gestão Socioambiental - engloba a proteção dos recursos naturais e culturais, que constituem a base da atividade turística, além de prevenir e minimizar os impactos ambientais e sociais que os diversos investimentos turísticos possam gerar.

A análise a seguir apresentada refere-se a dois momentos complementares, quais sejam, a Leitura Técnica, baseada na visão dos técnicos envolvidos, a partir dos insumos coletados na realidade; (ii) a Leitura Comunitária, procedida por atores locais envolvidos, por meio de Oficina de Trabalho.

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Importa acrescentar que as tabelas contidas em cada componente apresentam as forças, fragilidades, oportunidades e ameaças bem como aponta os indicativos de ação depreendidos de cada quadrante da Matriz SWOT (Tabelas 39 a 43).

� PRODUTO TURÍSTICO

Conceitualmente, o produto turístico relaciona-se diretamente com a motivação de viajar até um destino, tendo como base os atrativos (naturais, culturais, tangíveis ou intangíveis). Pode-se afirmar, ainda, que os produtos turísticos definem a distinção e o caráter do destino.

No caso do Polo Velho Chico, conforme apresentado no diagnóstico estratégico, os cânions do São Francisco se destacam na região como produto turístico diferenciado, comercializado e em desenvolvimento. Apoiados pela Rota do Cangaço (roteiro turístico também comercializado) e pela grande diversidade de atrativos naturais e culturais da região, os cânions configuram o produto que melhor deverá consolidar a imagem do destino turístico Velho Chico, possibilitando gerar maior rentabilidade a curto, médio e longo prazos.

Na dimensão Produto, destacam-se como fragilidades que impedem ou dificultam o atendimento à demanda pelo turismo no Polo, como prioridade zero:

- falta de estruturação do Produto Principal conforme características do segmento do Ecoturismo, capitaneado pelo município de Canindé de São Francisco;

- falta de estruturação de atividades diversas nos demais municípios, relativas à oferta de opções de atrativos e atividades complementares oferecidas sob a forma de roteiros.

Outra fragilidade a ressaltar é a falta de incentivo ao desenvolvimento cultural de interesse turístico, relacionada à necessidade de melhoria da qualidade dos eventos, do desenho e da técnica artesanal para aproveitamento da potencialidade local.

Neste sentido, este componente deve promover a criação dos equipamentos e serviços necessários para satisfazer a motivação da viagem e possibilitar o consumo turístico. Por essa razão é importante desenvolver uma estratégia coerente onde se prioriza o produto.

A orientação para o componente Produto Turístico é de definir estratégias que apoiem investimentos em planejamento, recuperação e valorização dos atrativos turísticos, visando garantir a competitividade do Polo. Devem ainda orientar a integração das ações públicas e a captação de investimentos privados, segmentos ou nichos estratégicos e definir outras ações para melhorar a competitividade de empresas turísticas, por meio da formação profissional e da organização do setor, além da qualificação dos serviços existentes e incentivos à sua ampliação.

A análise SWOT do componente Produto Turístico pode ser verificada na tabela a seguir.

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Tabela 40: Análise SWOT - Produto Turístico

Produto Turístico

Ambiente Interno Forças

- Produto/roteiro Turístico sendo comercializado - Singularidade do atrativo cânion, Roteiro do

Cangaço; - Grande diversidade de atrativos

naturais/culturais: paisagem exuberante; paias e ilhas fluviais; caatinga; grutas; artesanato; feira de Nossa Senhora da Glória.

Fragilidades - Baixa qualificação profissional - Carência de roteiro turístico - Falta de capacitação para a produção e

melhoria da qualidade do artesanato - Baixa permanência do turista - Falta de Investimento

Ambiente Externo

Oportunidade - Investimentos no aeroporto - Aumento dos turistas nacionais que se

dirigem ao cânion - Proximidade a outros destinos turísticos

consolidados. - Linhas de crédito/Previsão de

investimentos governamentais para a promoção do turismo sustentável na região – PDITS

- Projetos de qualificação e divulgação em gastronomia hotelaria e guias de turismo

Diretrizes para capitalização/desenvolvimento (0) Aproveitamento dos fluxos turísticos dos atrativos dos Polos Turísticos de Sergipe e Estados vizinhos; (1) Integração entre os municípios do Polo - atrativos (novos roteiros/passeios) para ampliar o produto no Velho Chico.

Diretrizes para crescimento/correção (0) Estruturação do produto integrado (2) Criação de novas opções de passeios, além dos atualmente comercializados; (1) Desenvolvimento de infraestrutura adequada de apoio ao turista; (3) Capacitação dos recursos humanos envolvidos.

Ameaças - Déficit de passageiros desembarcados

no aeroporto de Aracaju - Falta de ações em marketing das

empresas de turismo locais de forma integrada

- Inércia do Estado nas ações de Planejamento (falta de continuidade das ações)

- Comprometimento ambiental causado pela massificação do turismo

Diretrizes para consolidação/diferenciação (0) Comercialização do produto integrado como diferencial em relação aos concorrentes diretos; (1) Exploração de turismo em segmentos específicos, com o controle do número de visitantes (capacidade de carga).

Diretrizes para sobrevivência/recuperação (0) Implantação das ações de planejamento turístico; (1) Planejamento, fiscalização e controle para uso adequado das áreas ambientalmente frágeis; (2) Incentivo e promoção da continuidade, além da qualificação, das manifestações culturais de interesse turístico.

Observação: Os números entre parêntesis referem-se à prioridade atribuída, da prioridade máxima (zero) até a prioridade (3) em cada quadrante.

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� COMERCIALIZAÇÃO

Esta dimensão é voltada a diretrizes e ações destinadas a fortalecer a imagem do destino turístico e divulgá-lo. Deve ser estabelecido de modo a guardar a relação com a quantidade e qualidade das estruturas de apoio turístico existente (alojamentos, alimentação e entretenimento), bem como com os preços praticados. A promoção turística inerente a essa dimensão deve ser feita de forma a garantir a eficiência e eficácia na venda do produto ao seu mercado-alvo.

Como indicativa de prioridade máxima nesta dimensão cita-se a falta de um roteiro principal estruturado no segmento Ecoturismo. Destacam-se ainda a falta de uma estratégia geral de marketing turístico e a necessidade de aperfeiçoamento do marketing existente sobre o destino de Canindé de São Francisco.

A estruturação do turismo concentrado no destino Cânions, nem sempre adequada para atingir o mercado desejado e a ausência de reflexo deste segmento nos demais municípios do Polo, como potencial para atividades turísticas complementares são outros pontos críticos a considerar, tendo em vista o desenvolvimento integrado da área e o aumento da permanência do turista.

A iminência de instalação de um aeródromo em Canindé de São Francisco apresenta-se como oportunidade para o aproveitamento do potencial turístico da área e fortalecimento do Polo.

A potencialidade cultural e natural não explorada da região constitui fator impulsor do desenvolvimento do turismo, de forma planejada e sustentável. Para tanto, não são exigidos investimentos de grande monta para gerar reflexos resultados rápidos de incremento do turismo, de forma a gerar oportunidades de formação profissional e geração de emprego e renda.

A análise SWOT do componente Comercialização pode ser verificada na tabela a seguir.

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Tabela 41: Análise SWOT - Comercialização

Comercialização

Ambiente Interno Forças

- Preços competitivos - Mercado pouco explorado (potencial)

Fragilidades - Pequena oferta de estrutura de apoio turístico de qualidade e Incapacidade da estrutura atual de atender as necessidades de uma demanda crescente;

- Falta de integração para comercialização do destino Polo Velho Chico;

- Demanda efetiva atual com baixo poder aquisitivo;

- Baixa capacitação da mão de obra; - Mínima representação de agências

receptivas no Polo concentradas no produto cânions.

Ambiente Externo

Oportunidade - Incentivo governamental para a

atividade turística e consequente incremento do fluxo turístico

- Atração de investidores privados a partir dos investimentos públicos em infraestrutura básica

Diretrizes para capitalização/desenvolvimento (0) Marketing integrado com estratégias de comercialização de curto, médio e longo prazo priorizando atingir os grandes mercados emissores nacionais; (1) Comercialização de novos roteiros e empreendimentos turísticos implantados que garantam sua sustentabilidade ambiental e socioeconômica (2) Priorização de ações de atração de turistas dos grandes mercados emissores nacionais.

Diretrizes para crescimento/correção (0) Divulgação do Polo, em curto prazo e abertura de novos mercados consumidores com maior poder aquisitivo; (1) Captação de investidores para a implantação de empreendimentos de médio e grande porte, e desenvolver programas de inserção e capacitação turística tanto de mão de obra quanto de empreendimentos; (2) Estruturação de sistema de informações turísticas do Polo

Ameaças - Processo de concorrência predatória

entre destinos do Nordeste - Alta no preço do transporte aéreo

Excesso de oferta turística na mídia

Diretrizes para consolidação/diferenciação (0) Ampliação e diversificação da oferta turística (1) Promoção de parcerias entre o setor turístico local e empresas aéreas (2) Comunicação voltada para as mídias alternativas

Diretrizes para sobrevivência/recuperação (0) Incentivo à entrada de novos investidores no mercado (1) Incentivo à atuação de entidades privadas com finalidades promocionais.

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� GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

A dimensão ambiental pressupõe estratégias de recuperação e proteção dos recursos naturais e culturais, fatores significativos para a garantia da sustentabilidade do Polo. A dimensão ambiental, no caso do Velho Chico, constituí o cenário da atividade turística. As estratégias devem ainda contribuir para a prevenção dos impactos ambientais, para a recuperação das áreas impactadas e para melhorias sociais.

Nesta dimensão o planejamento de ações específicas para a educação ambiental, a definição e implantação de uma política setorial para o Polo e o envolvimento dos municípios e dos atores locais nas questões ambientais das áreas urbanas e rurais são condições que demandam prioridade máxima.

As lacunas existentes no monitoramento e fiscalização do meio ambiente, principalmente quanto ao desmatamento, à poluição do solo, da água e do ar e a destinação e tratamento de resíduos sólidos, com destaque para o Rio São Francisco também geram a necessidade de ações prioritárias.

Tendo em vista o Ecoturismo como segmento turístico considerado de maior potencialidade para o desenvolvimento do Polo, a Gestão Socioambiental assume alta relevância para desenvolvimento do turismo sustentável. Neste sentido, ressalta-se a importância de incentivar o surgimento de organizações populares - associações, cooperativas etc. para atuação em parceria com o poder público local.

A análise SWOT do componente Gestão Socioambiental pode ser verificada na tabela a seguir.

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Tabela 42: Análise SWOT - Gestão Socioambiental

Gestão Socioambiental

Ambiente Interno Forças

- Ações de fiscalização dos órgãos ambientais

- Presença de três unidades de conservação

Fragilidades - Assoreamento do rio São Francisco - Assistência técnica deficiente para a

produção rural - Processo de desertificação das áreas de

Caatinga/Degradação ambiental - Desmatamento das matas de galeria - Carência de mecanismos e instrumentos

de gestão socioambiental - Lançamento de esgoto sanitário no rio São

Francisco ou em seus afluentes

Ambiente Externo

Oportunidade - Programa de revitalização do rio São

Francisco

Diretrizes para capitalização/desenvolvimento (1) Desenvolvimento de instrumentos, planos e programas de Gestão Socioambiental para o Polo sensibilizando a população e convocando a participação popular (educação ambiental e agenda 21)

Diretrizes para crescimento/correção (1) Recuperação ambiental no bioma da Caatinga e rio São Francisco

Ameaças - Impactos ao longo do rio São Francisco

advindos de outros estados e grandes obras

- Falta de planejamento das atividades econômicas, falta de planejamento urbano e crescimento desordenado do turismo.

Diretrizes para consolidação/diferenciação (1) implantação de sistemas de gestão e controle no uso de áreas ambientalmente frágeis

Diretrizes para sobrevivência/recuperação (1) Estudos planos e projetos ambientais, inclusive estudo de capacidade de carga dos atrativos. Realização de estudos de impacto ambiental na implantação de novos empreendimentos para o desenvolvimento de ações mitigadoras o impacto das atividades turísticas; (2) Parceria com os órgãos de assistência rural nas ações de preservação ambiental e desenvolvimento turístico e fortalecimento dos órgãos e mecanismos de fiscalização ambiental (i)parceria com escola Agrotécnica; (ii) utilização das tecnologias sociais (fogão solar, biodigestores), como ferramenta estratégica de sobrevivência. (i) Programas de educação ambiental; (ii) incentivo para criação de ONG’s e Associações voltadas para temática ambiental.

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� FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Esse Componente refere-se ao fortalecimento e aperfeiçoamento do quadro de gestão do turismo no âmbito do Polo, da integração entre as esferas federal, estadual e local com o setor privado, incluindo a melhoria e reestruturação de processos internos, a formação profissional para a gestão do turismo, a melhoria em equipamentos, o desenvolvimento tecnológico e da assistência técnica.

O ambiente institucional relativo ao Polo apresenta-se fragilizado. A ausência de mecanismos de planejamento e gestão, tais como os Planos Diretores de Desenvolvimento Municipal na maioria das cidades, bem como de estruturas administrativas e de equipes preparadas para a gestão do turismo, são fatores restritivos relevantes. A inexistência ou a incipiência das condições de funcionamento das Secretarias Municipais de Turismo reforçam essa análise.

Impõe-se a necessidade do fortalecimento institucional no segmento do artesanato, principalmente quanto à capacitação do artesão e à melhoria da qualidade dos produtos, buscando uma arte representativa com valor agregado ao produto artesanal para valorização da cultura e atendimento ao turista. O apoio ao surgimento e à consolidação de organizações não governamentais neste segmento constitui ação importante nesse segmento.

A qualificação e a integração dos atrativos consolidados no segmento dos eventos religiosos e populares que hoje constituem ações necessárias, na medida em que a atração que hoje exercem tem alcance apenas regional, pouco induzindo a permanência dos visitantes e turistas na região do Polo.

A análise SWOT do componente Fortalecimento Institucional pode ser verificada na tabela a seguir.

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Tabela 43: Análise SWOT - Fortalecimento Institucional

Fortalecimento Institucional

Ambiente Interno Forças

- Interesse de atores locais no desenvolvimento turístico da região

- Exemplo de incentivo ao artesanato (cidade de Santana do São Francisco)

- Incentivo de prefeituras à realização de festas religiosas e populares

- Existência de estrutura de gestão municipal do turismo em Canindé de São Francisco e Propriá

- Parcerias entre setor hoteleiro e guias de turismo

Fragilidades - Enfraquecimento da Secretaria de Estado

de Turismo - Falta de estruturação de secretarias

municipais de turismo no Polo - Falta de Instrumentos de Gestão

municipais e de gestão regionais - Baixa mobilização comunitária para o

desenvolvimento turístico da região - Falta do apoio institucional às

manifestações culturais de interesse turístico em geral

- Baixa qualificação profissional - Falta de integração e articulação

intermunicipal e do trade.

Ambiente Externo

Oportunidade - O Estado como promotor do

PDITS - Presença do Ministério da

Integração Nacional por meio do Programa de Sustentabilidade de Espaços Sub-regionais

Diretrizes para capitalização/desenvolvimento (0) Integração entre os municípios de modo a realizar, trocar e disseminar experiências no âmbito institucional de incentivo ao artesanato e às demais manifestações culturais de interesse turístico.

Diretrizes para crescimento/correção (0) Fortalecimento institucional objetivando a capacitação dos municípios para a gestão integrada, para a sensibilização e envolvimento da população local no desenvolvimento da atividade econômica do turismo em bases sustentáveis; (1) Promoção do planejamento local e integrado pelo desenvolvimento de instrumentos de gestão municipal e regional tanto na área específica do turismo quanto em outras áreas, desde que gerem reflexos em desenvolvimento do turismo; (2) Incentivar a implementação de conselho intermunicipal de turismo.

Ameaças - Dificuldade de acesso às linhas de

crédito federal e estadual - Falta de estudos e pesquisas turísticas

em potencialidades, inventário e fluxo do Estado e da região.

- Risco de descontinuidade administrativa

Diretrizes para consolidação/diferenciação (0) Incentivos às parcerias com os órgãos responsáveis pela gestão do turismo no Estado e com outros órgãos e secretarias estaduais para o fortalecimento das prefeituras do Polo.

Diretrizes para sobrevivência/recuperação (0) Criação de sistema de informações do turismo da região (inventário, fluxo, demanda e oferta).

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� INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS

Este Componente deve abranger estratégias que integram investimentos necessários em infraestrutura e serviços, que reflitam na melhoria das condições do destino em acessibilidade, saneamento ambiental e fornecimento de energia, além de garantir o atendimento às necessidades básicas do turista durante sua estada no Polo, com saúde, mobilidade e segurança.

Os investimentos em infraestrutura e serviços básicos têm beneficiado, principalmente no campo do saneamento, apenas dois dos dezessete municípios, o que não é suficiente para o alcance de resultados mais amplos para todo o Polo. Da mesma forma, os investimentos na implantação e melhoria dos serviços de coleta, tratamento e disposição de resíduos sólidos têm sido restritos, refletindo negativamente no desenvolvimento socioambiental, na oferta de qualidade ambiental e na sustentabilidade da região.

As melhorias relativas à infraestrutura rodoviária para melhoria da acessibilidade regional, tais como a recuperação das rodovias estaduais têm sido significativas. Porém, a falta de planejamento integrado das intervenções, de forma a beneficiar o Polo como um todo, impede a conexão dos diferentes municípios e a definição de rotas turísticas. A implantação de um corredor viário interno ao Polo, integrado à rota do sertão, fortaleceria toda a região e a conectaria aos outros polos turísticos do Estado.

Nessa mesma linha, a construção prevista de um aeródromo em Canindé de São Francisco, ao norte do Polo, deverá beneficiar os dezessete municípios, desde que seja integrado a um corredor rodoviário e fluvial, e desde que se realizem ações de estruturação de produtos rotas, atrativos e atividades turísticas, bem como de atividades complementares ao turismo com ampla abrangência, de modo a criar um ambiente favorável à captação desse novo perfil de turista que se utiliza do sistema aeroviário para acessar a região.

A análise SWOT do componente Gestão Ambiental pode ser verificada na tabela a seguir.

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Tabela 44: Análise SWOT - Infraestrutura e Serviços Básicos

Infraestrutura e Serviços Básicos

Ambiente Interno Forças

- Ações em saneamento de esgotamento sanitário nas cidades de Propriá, Canindé, Poço da Folha, Porto da Folha, Santana do São Francisco, Neópolis, Ilha das Flores, Japoatã, Canhoba e N. S. de Lourdes;

- Áreas urbanas com melhorias em infraestrutura

- Fácil acesso a Canindé de São Francisco (rota do sertão);

- Melhoria dos índices de criminalidade; - Projeto de aeródromo em Canindé

Fragilidades - Falta de infraestrutura de saneamento de

esgotamento sanitário na maioria dos municípios do Polo

- Necessidade de estruturação de uma rota rodoviária que ligue os municípios do Polo

- Falta de infraestrutura de coleta, tratamento e disposição de resíduos sólidos nos municípios do Polo.

- Pequeno contingente de policiamento - Falta de estudos para aproveitamento

hidroviário do rio São Francisco - Carência de profissionais da área de

saúde

Ambiente Externo

Oportunidade - Obras de saneamento pela

CODEVASF, FUNASA E DESO - Programas governamentais de

saneamento ambiental, energia elétrica e construção e recuperação de rodovias.

Diretrizes para capitalização/desenvolvimento (0) Captação de recursos para investimento em infraestrutura e serviços básicos.

Diretrizes para crescimento/correção (0) Impulso às ações para o planejamento e a realização de saneamento ambiental em 100% das cidades do Polo, prever ações para adequar o fornecimento de energia elétrica na medida do desenvolvimento e ampliar as melhorias da malha rodoviária objetivando integrar rotas turísticas; (1) Ampliação dos sistemas de saneamento ambiental e fornecimento de energia elétrica.

Ameaças - Mudança da política governamental

de investimento em infraestrutura e serviços básicos

- Aumento excessivo de população fixa e flutuante

Diretrizes para consolidação/diferenciação (0) Planejamento em infraestrutura e elaboração de projetos prioritários para captação dos recursos disponíveis.

Diretrizes para sobrevivência/recuperação (1) Estruturação e fortalecimento de policiamento turístico como meio para a segurança e a informação

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3.1.2. Valoração Ponderada

Diante da avaliação do Diagnóstico Estratégico e frente à realidade de como se comporta hoje o mercado turístico do Polo, a valoração ponderada do Produto Turístico é feita sobre o único recurso identificado como estruturador do produto turístico na região e que reúne características mínimas para que se aplique a metodologia de forma a se obter um resultado prático.

O Polo Velho Chico difere de destinos turísticos mais consolidados que têm, normalmente, produtos distintos ou concorrentes, emergentes ou consolidados, em um ou diversos segmentos turísticos. No caso do Polo Velho Chico toda a cadeia potencial apoia-se sobre o Produto dos Cânions do São Francisco.

A matriz ponderada (Volume III, Anexo 7) avalia o produto ofertado no destino de Canindé de São Francisco, nos moldes como atualmente é estruturado, contextualizado no Polo e reafirma percepções extraídas da Matriz SWOT. A ponderação é feita sob uma valoração de 1 a 5, onde o valor 1 representa baixo grau de desenvolvimento e o valor 5 representa grau elevado de desenvolvimento (desejável).

O Gráfico 23 apresenta a síntese da matriz ponderada trabalhada tecnicamente com base nos insumos coletados no Diagnóstico Estratégico, sumarizando-se em seguida sua análise:

Gráfico 23: Valoração Ponderada – Cânions do São Francisco

Fonte: Technum Consultoria

Após a valoração ponderada dos itens relativos a cada produto turístico, foram sistematizados estes dados, sendo obtida uma pontuação em cada item. Essa pontuação segue uma escala de 1 a 40 pontos. Numa situação ótima a pontuação alcançada é de 40 pontos, onde todos os aspectos, tanto de qualidade como de sustentabilidade, são atendidos (Tabela 45).

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Tabela 45: Valoração Ponderada do Produto cânions do São Francisco

Polo Produto: Cânions do São Francisco Acessibilidade 3 Hospedagem 3 Alimentação 3 Segurança e informação 2 Pegada Ambiental* 2 Contribuição com a renda/posto de trabalho local 2 Valorização da cultura local 1 Cooperação Regional 1 Pontuação Total 17 Pontuação máxima 40 Valoração (%) 42,5

Fonte: TECHNUM Consultoria

Obs.: “pegada ambiental” foi o termo utilizado para indicação de abordagem do turismo de forma manter o equilíbrio e evitar conflitos com o meio ambiente.

Com esta sistematização, percebe-se o nível de qualificação geral do produto, e fazendo uma comparação proporcional é possível obter a pontuação de 0 a 100 pontos.

O produto conforme estruturado atualmente obteve uma pontuação mediana de 42,5%. Esse valor mediano se deve em grande parte à baixa contribuição que esse produto traz ao desenvolvimento socioeconômico e cultural, bem como à sua pouca relação de cooperação no âmbito do Polo.

Para a melhor visualização desta matriz ponderada, com o resultado formatado no Gráfico 23, observa-se o preenchimento de cada item em uma pétala. O grau de preenchimento das pétalas indica seu nível de qualificação. Uma característica desse gráfico é o fato das macrodimensões de qualidade e sustentabilidade estarem em extremidades opostas, facilitando o contraste das duas situações.

Com bases nos dados sistematizados, busca-se as diretrizes para encaminhamento das estratégias de planejamento. Assim buscou-se identificar as áreas críticas de intervenção e o cenário ou posição atual em relação ao potencial (Tabela 46).

Tabela 46: Análise Critica – Cânions do São Francisco

Produto Turístico Áreas críticas de Intervenção Posição atual X posicionamento potencial

Cânions do São Francisco

Investimento em infraestrutura básica. Investimento em infraestrutura turística com ampliação e melhoria de rede de hospedagem e alimentação. Melhor articulação institucional incluindo iniciativa pública, privada e terceiro setor. Valorização da cultura local em termos de desenvolvimento do artesanato e resgate de tradições locais.

A precariedade da rede de serviços demonstra que o fluxo, a capacidade de gerar pernoites e as opções de gasto turístico são baixos na região. Esta situação reflete a estruturação pouco profissionalizada da atividade turística na região. São necessárias modificações de base para alcance de seu máximo potencial.

Fonte: TECHNUM Consultoria

� CONCLUSÕES

• O produto comercializado nos aspectos “contribuição renda/postos de trabalho” atinge o nível (2), o que significa um baixo grau de desenvolvimento, confirmado pela limitação de toda a cadeia produtiva do turismo cujo foco isolado é a visitação dos cânions do São Francisco;

• Os aspectos de Valorização da Cultura Local e de Cooperação Regional, que são fundamentais para enriquecer e integrar o ambiente turístico, além de complementar e fortalecer o produto ofertado, atingem a marca de

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desenvolvimento mínima (1), retratando que não há integração entre o produto e o Polo e que os incentivos à recuperação da cultura da região e sua inserção como complemento ao atrativo principal não ocorre de forma efetiva.

• A contribuição em Pegada Ambiental, ou seja, os reflexos sobre o equilíbrio ambiental advindos da atividade econômica do turismo, também atinge um nível baixo (2), e contextualizando-se as ações em conservação e saneamento ambiental, estas refletem minimamente em melhoria para o Polo.

• Apesar de se considerar seguro e de haver marketing para o produto cânions do São Francisco, a segurança e os meios de informação do destino não geram contribuição para o desenvolvimento do Polo. Todas as ações na área de informação são voltadas para o produto dos cânions, não revelando outras riquezas naturais ou opções com potencialidade turística da região, o que rebaixa esses aspectos ao nível (2);

• Por outro lado este singular produto turístico apresenta o maior desenvolvimento em: hospedagem pela existência de hotéis de melhor qualidade; alimentação pela oferta de restaurantes com cardápio regional; e acessibilidade pela rota do sertão que facilita o acesso a Canindé, desde Aracaju através da SE-230. A existência destes três oitantes pode refletir benefícios ao Polo Velho Chico e, logo, elevam esses aspectos ao nível (3) de desenvolvimento, uma marca mediana, mas positiva.

3.2. Estratégias Estabelecidas para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável do Polo

Frente a tantas necessidades, e conforme os resultados das análises realizadas, buscou-se definir as estratégias para o desenvolvimento do turismo no Polo Velho Chico/SE, mediante as indicações obtidas por meio da Matriz SWOT e da Matriz Ponderada, derivadas do Diagnóstico Estratégico.

A definição das estratégias para o desenvolvimento setorial da área considerou os produtos turísticos já comercializados e em desenvolvimento, buscando indicar os caminhos para a consecução de intervenções necessárias e prioritárias para se atingir os objetivos deste PDITS.

As estratégias têm como pano de fundo a definição do Ecoturismo como segmento meta principal, apoiado em atividades complementares específicas (náutica, histórico-cultural, pesca, sol e praia e aventura) sendo o rio São Francisco o elemento estruturador do desenvolvimento turístico pretendido. Consideram a singularidade do atrativo principal, Cânions do São Francisco, como o maior cânion navegável do Brasil e um dos maiores do mundo, e a marcante história do Cangaço aliada às características locais das pequenas cidades e povoados com suas raízes culturais peculiares.

Como na etapa anterior de Diagnóstico, a definição das Estratégias também incluiu contribuições provenientes de análises técnicas e de contribuições dos atores da sociedade local, para posterior consolidação.

Considerando os objetivos deste Plano e as orientações para a sua elaboração, as estratégias de desenvolvimento do turismo no Polo são apresentadas a seguir, ordenadas por Componentes.

A. Estratégias relacionadas ao Produto Turístico:

• Estruturação integrada do turismo tendo como produtos principais o Cânion do São Francisco e o Roteiro do Cangaço, adotando o conceito de ecoturismo, de forma a beneficiar toda a região do Polo;

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• Desenvolvimento de roteiros turísticos complementares, de forma a promover a integração entre os municípios inseridos no Polo e ampliar a oferta de atrativos.

Indicativos para definição de ações voltadas ao Componente:

- Valorização do produto integrado;

- aproveitamento dos fluxos turísticos já direcionados aos Polos Turísticos de Sergipe e Estados vizinhos;

- Planejamento e controle do uso turístico das áreas ambientalmente frágeis, com exploração limitada ao número de visitantes adequado à capacidade de carga do atrativo;

- Melhoria e ampliação das estruturas turísticas existentes nos municípios em apoio à formatação do produto turístico;

- Captação de investidores para a implantação de empreendimentos de médio e grande porte;

- Promoção da valorização, da continuidade e da qualificação das manifestações culturais de interesse turístico, em específico das tradições culturais, com destaque para a culinária e o artesanato;

- Apoio e incentivo à capacitação profissional para ocupação dos postos de trabalho relativos ao mercado turístico.

B. Estratégias relacionadas à Comercialização:

• Melhoria do posicionamento turístico do Polo Velho Chico como resultado da adoção do princípio de integração do Produto Turístico e do foco no segmento do Ecoturismo;

• Divulgação e comercialização integrada do Produto Turístico Polo Velho Chico, tendo em vista o aumento de sua visibilidade regional e nacional.

Indicativos para definição de ações voltadas ao Componente:

- Adoção do marketing integrado para comercialização do produto turístico em curto, médio e longo prazos, priorizando atingir os grandes mercados emissores nacionais e os segmentos alvo desejados;

- Ordenamento da comercialização de novos roteiros e empreendimentos turísticos que garantam a sustentabilidade ambiental e socioeconômica do Polo;

- Abertura de novos mercados consumidores, priorizando ações de divulgação, no curto prazo, junto a mercados de maior poder aquisitivo;

- Incentivo à atuação de entidades privadas na promoção do turismo integrado no Polo.

C. Estratégias relacionadas ao Fortalecimento Institucional:

• Adoção de mecanismos de gestão integrada do turismo sustentável no Polo, com envolvimento do poder público e os diferentes segmentos da sociedade;

• Fortalecimento da gestão publica para atuação efetiva na gestão e no desenvolvimento integrado do turismo sustentável ;

Indicativos para definição de ações voltadas ao Componente:

- Desenvolvimento e implantação de sistemas integrados de informação para a gestão do turismo, nos âmbitos estadual e municipal;

- Promoção de parcerias entre o Estado e os Municípios, em específico com os órgãos públicos de gestão do turismo e com outros órgãos setoriais de interface;

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- Desenvolvimento e adoção de mecanismos e recursos tecnológicos inovadores para a gestão do turismo e de setores públicos de interface;

- integração dos municípios para realizar, trocar e disseminar experiências no âmbito institucional, notadamente para o incentivo ao artesanato e às demais manifestações culturais de interesse turístico;

- Mobilização dos atores locais e da população em geral no desenvolvimento da atividade econômica do turismo de bases sustentáveis.

D. Estratégia relacionada à Infraestrutura e aos Serviços Básicos:

• Implantação da infraestrutura e dos serviços básicos prioritários tendo em vista o desenvolvimento do turismo no Polo e da melhoria das condições socioambientais, com reflexo na qualidade de vida da população;

• Melhoria da acessibilidade na área do Polo, integrando os modos rodoviário e hidroviário.

Indicativos para definição de ações voltadas ao Componente:

- Implantação, expansão e melhoria dos recursos de infraestrutura nos campos do saneamento ambiental, fornecimento de energia e sistema rodoviário interno ao Polo, com criação de um eixo viário turístico entre os municípios;

- Desenvolvimento de projetos de infraestrutura para captação de recursos;

- Compatibilização da oferta de infraestrutura ao desenvolvimento turístico pretendido.

E. Estratégias relacionada à Gestão Socioambiental:

• Inserção da população local na cadeia do turismo;

• Incentivo e promoção do planejamento e gestão participativa das políticas públicas, com ênfase para a gestão integrada do turismo;

• apoio à preservação ambiental e à recuperação de pontos deteriorados do meio ambiente, visando o desenvolvimento integrado do turismo sustentável, tendo em vista a sua orientação para o ecoturismo.

Indicativos para definição de ações voltadas ao Componente:

• Preservação dos recursos naturais e perenização da qualidade de vida;

• Promoção da sustentabilidade ambiental a partir do respeito à capacidade de carga dos atrativos turísticos;

• Limitação da exploração turística em áreas ambientalmente frágeis;

• Desenvolvimento de instrumentos, planos e programas de Gestão Socioambiental para o Polo, com sensibilização da população e envolvimento em processo participativo (educação ambiental e agenda 21);

• Valorização do bioma da caatinga e da orla do rio São Francisco, coibindo a descaracterização das áreas e promovendo a recuperação e a preservação ambiental;

• Exigência de estudos de impacto ambiental para a implantação de novos empreendimentos turísticos e promoção das ações mitigadoras necessárias;

• Promoção do fortalecimento e atuação em parceria com os órgãos de assistência rural, tendo em vista a preservação ambiental como fator fundamental de desenvolvimento turístico.

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO

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4. PLANO DE AÇÃO: SELEÇÃO DE PROCEDIMENTOS, AÇÕES E PROJETOS

A partir das estratégias de desenvolvimento do turismo no Polo Velho Chico, constantes no Capítulo 3, indicam-se as ações necessárias consideradas prioritárias para o alcance dos objetivos do PDITS.

A metodologia utilizada para o desenvolvimento do PDITS Velho Chico considera que o planejamento em turismo é uma forma de promover as mudanças futuras por meio de ações ordenadas.

Segundo a OMT (Organização Mundial do Turismo), as ações ordenadas provenientes do processo de planejamento estratégico do turismo devem basear-se nos seguintes princípios de sustentabilidade:

a. Os recursos naturais, históricos, culturais e outros voltados ao turismo são conservados para que continuem a ser utilizados no futuro, sem deixar de trazer benefícios para a

sociedade atual; b. O desenvolvimento turístico é planejado e gerenciado de modo a não gerar sérios

problemas ambientais ou socioculturais para a área turística; c. A qualidade ambiental geral da área turística é mantida e melhorada onde

necessário; d. O alto nível de satisfação dos turistas é mantido para que os destinos turísticos

conservem seu valor de mercado e sua popularidade; e e. Os benefícios do turismo são estendidos a toda a sociedade.

Desse modo, além de respeitar o ambiente natural e construído onde se desenvolve a atividade turística, a preocupação com a melhoria, tanto da qualidade de vida quanto do produto turístico, em todos os seus níveis deve ser uma constante.

A garantia de qualidade em relação aos atrativos, instalações, serviços e infraestrutura devem permitir que ações sustentáveis realizadas hoje garantam, não apenas a manutenção física dos recursos necessários para a atividade no futuro, mas também a sua melhoria, visando gerar a satisfação dos usuários e a manutenção ou mesmo a ampliação dos mercados turísticos futuros.

4.1. Base das Proposições

DESTINO: ESTADO DE SERGIPE/ POLO VELHO CHICO

Tipo de Turismo: Ecoturismo, complementado por atividades de Sol e Praia e Náuticas, pelo turismo Histórico-Cultural e de Aventura e pela Pesca.

Estágio de desenvolvimento: destino emergente, em desenvolvimento

Meta: Posicionar o Polo Velho Chico como um destino de ecoturismo, apoiado nas condições naturais (cânions), cultura local e fatos históricos marcantes (cangaço) e singularidade do meio ambiente (rio São Francisco e Caatinga).

Conforme abordado no Capítulo 2 – Diagnóstico Estratégico, Item 2.3.6, os municípios pertencentes ao Polo foram classificados em Polarizadores Primários, Secundários e Terciários, conforme o grau de sua função indutora do turismo. São eles:

• Polarizadores Primários: Neópolis, Própria, Nossa Senhora da Gloria e Canindé do São Francisco;

• Polarizadores Secundários: Gararu, Porto da Folha e Poço Redondo; Santana do São Francisco;

• Polarizadores Terciários: Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora de Lourdes; Itabi, Canhoba, Amparo do São Francisco, Telha, Cedro de São João, Jaboatã, e Ilha das Flores.

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Figura 84: Municípios Polarizadores - Polo Velho Chico

Fonte: Technum Consultoria – 2009

O Diagnóstico Estratégico - Capítulo 2, revelou, também, o universo das questões que hoje que impedem ou dificultam o desenvolvimento turístico no Polo. O Capítulo 3 apresentou os indicativos de ações que podem alavancá-lo. Esses indicativos de ações foram avaliados por meio da metodologia da Análise SWOT, enquanto, por uma matriz ponderada, foi identificada a qualidade do produto turístico já consolidado – Cânions do São Francisco – e sua contribuição para o desenvolvimento do Polo.

Como forma de impulsionar o processo de desenvolvimento do turismo é necessário estruturar um Produto Principal e definir atividades turísticas complementares que diversifiquem as oportunidades para quem já se encontra no destino, de forma a destacar o Polo Velho Chico em relação aos demais destinos turísticos de Sergipe e dos Estados vizinhos.

O Polo Velho Chico constitui ambiente turístico apoiado no segmento do ecoturismo, por suas qualidades naturais, históricas, científicas e de balneabilidade relacionadas ao rio São Francisco e à cultura sergipana. As atividades turísticas no Polo visam o desenvolvimento sustentável da área, a preservação dos recursos naturais nela existentes e, em última instância, o bem estar e a qualidade de vida da população local.

Dadas essas premissas, as ações propostas neste Plano convergem para o objetivo geral deste PDITS, qual seja, preparar, organizar e consolidar o Polo como destino ecoturístico, integrado e sustentável, num horizonte temporal de 10 anos.

4.2. Visão Geral e Ações Previstas

As ações inerentes ao PDITS Polo Velho Chico são definidas no contexto de cinco Componentes, que se traduzem em eixos estratégicos para o desenvolvimento do turismo, quais sejam:

PT - Produto Turístico;

CM: Comercialização;

FI: Fortalecimento Institucional

IS: Infraestrutura e Serviços Básicos;

GA: Gestão Socioambiental.

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4.2.1. Componente Produto Turístico - PT

COMPONENTE PRODUTO TURÍSTICO PT

Estratégias

� Estruturação integrada do turismo tendo como produtos principais o Cânion do São Francisco e o Roteiro do Cangaço, adotando o conceito de ecoturismo, de forma a beneficiar toda a região do Polo;

� Desenvolvimento de roteiros turísticos complementares, de forma a promover a integração entre os municípios inseridos no Polo e ampliar a oferta de atrativos.

Indicativos para definição de ações voltadas ao Componente: - Valorização do produto integrado;

- Aproveitamento dos fluxos turísticos já direcionados aos Polos Turísticos de Sergipe e Estados vizinhos; Planejamento e controle do uso turístico das áreas ambientalmente frágeis, com exploração limitada ao número de visitantes adequado à capacidade de carga do atrativo;

- Melhoria e ampliação das estruturas turísticas existentes nos municípios em apoio à formatação do produto turístico;

- Captação de investidores para a implantação de empreendimentos de médio e grande porte;

- Promoção da valorização, da continuidade e da qualificação das manifestações culturais de interesse turístico, em específico das tradições culturais, com destaque para a culinária e o artesanato;

- Apoio e incentivo à capacitação profissional para ocupação dos postos de trabalho relativos ao mercado turístico.

Objetivos

a) Criar roteiros turísticos integrados entre os municípios do Polo destacando e valorizando potencialidades culturais e atributos físico-espaciais pouco explorados, como forma de criar alternativas de geração de emprego e de renda para a população local, tendo como condicionante a sustentabilidade;

b) Qualificar os espaços no que tange à oferta de infraestrutura, de equipamentos, serviços e tratamento da paisagem;

c) Melhorar a qualidade dos serviços e do atendimento em turismo no Polo;

d) Melhorar a oferta de estruturas de suporte à atividade turística e criar estruturas de apoio à inserção das comunidades na cadeia produtiva do turismo;

e) Promover o planejamento e a gestão integrada do turismo, visando a convergência e a harmonia das ações previstas para o Polo, em consonância com os objetivos do desenvolvimento sustentável, de modo que os recursos a serem aplicados se revertam em benefícios efetivos para a comunidade e para os visitantes

Justificativa

Os produtos atualmente comercializados são singulares e, se estruturados, podem ter grande poder de atração de visitantes. Há também uma vasta gama de atrativos complementares que dão suporte a atividades de diferentes naturezas, aumentando a potencialidade do Produto principal.

Por outro lado, a situação econômica atual do Polo Velho Chico justifica iniciativas para a criação de alternativas que garantam desenvolvimento econômico e melhoria da qualidade de vida da população local em bases sustentáveis.

A potencialidade da área e o produto comercializado – Cânions do São Francisco - reforça a vocação da região. Além disto, a orla do rio São Francisco guarda uma paisagem singular, em toda sua extensão. Ao

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COMPONENTE PRODUTO TURÍSTICO PT

longo do trajeto fluvial, as pequenas cidades ribeirinhas, algumas conformadas quase como vilarejos entremeados de pastagens e de caatinga, conferem ao Polo uma escala bucólica repleta de meandros a descobrir, como festas religiosas, artesanato e a trajetória de personagens marcantes, como Lampião e Maria Bonita, que ali encerraram sua passagem na história.

A exploração de todo este potencial depende, entretanto, da criação de roteiros turísticos integrados, além de estrutura adequada como meios de hospedagem, pontos de parada e de contemplação, ou mesmo de acesso ao rio. Falta estrutura turística de apoio, bem como iniciativas locais para incentivar empresários e população a se inserirem na cadeia do mercado turístico.

Diante desse retrato, é importante a criação de um roteiro central, bem como a estruturação e a melhoria de áreas de apoio às atividades turísticas, de forma a ordenar as atividades turísticas e incentivar a sua expansão.

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PT 1 Ação: Definição de Mecanismos, instrumentos e Ações Integradas com outros Polos Turísticos do Estado e de Estados Vizinhos

Descrição da Ação: Envolve a definição de mecanismos, instrumentos e projetos para inserção do Polo Velho Chico em roteiros turísticos pertinentes aos demais Polos Turísticos do Estado (Polos Costa dos Coqueirais, Serra Itabaiana e Parque dos Falcões)e dos Estados de Alagoas e Bahia, em regime de parceria, e a promoção da integração entre os Polos Turísticos.

Produto: Instrumentos de parceria, integrando o Polo a outras áreas regiões e estados.

PT 2 Ação: Realização de Estudos sobre a Navegabilidade do Rio São Francisco na Área do Polo para seu Aproveitamento Turístico

Descrição da Ação: Análise das condições de navegabilidade e da potencialidade do Rio São Francisco, de forma a promover a ampliação do produto turístico e permitir a criação de um eixo hidroviário de finalidade turística.

Produto: Estudo de navegabilidade do Rio São Francisco no trecho correspondente ao Polo Velho Chico, com enfoque da exploração turística.

PT 3 Ação: Elaboração e Execução de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa

Descrição da Ação: Elaboração de Projeto e Implantação de sinalização viária e rodoviária indicativa e interpretativa, voltada para principais atrativos e pontos de interesse turístico.

Produto: Implantação de placas de sinalização turística viária e rodoviária nos principais roteiros turísticos do Polo.

COMPONENTE PRODUTO TURÍSTICO PT

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PT 4 Ação: Mapeamento da Cadeia Produtiva do Turismo e Planejamento e Execução de Ações para seu Fortalecimento

Descrição da Ação: Trata-se de, em curto prazo, mapear a cadeia produtiva do turismo no Polo e planejar/ executar ações para o fortalecimento e expansão das atividades econômicas relacionadas ao setor, de acordo com as diretrizes e estratégias indicadas para o Polo. Em médio e longo prazo, dadas as perspectivas de desenvolvimento do setor, o mapeamento deverá ser atualizado, o que resultará em novas ações de fortalecimento e expansão, no horizonte de 5 e de 10 anos.

Busca-se, com esta ação, contribuir para a melhoria dos produtos e serviços turísticos ofertados e para a inserção da população nos benefícios econômicos advindos da exploração turística.

Produto: Mapeamento da Cadeia do Turismo do Polo Velho Chico e indicação de ações para o seu fortalecimento e expansão para curto, médio e longo prazo.

PT 5 Ação: Estudo de Potencial para Implantação de Empreendimentos Turísticos

Descrição da Ação: O estudo visa analisar os cenários de desenvolvimento do turismo no Polo em horizontes de 5 e 10 anos a partir do início de implantação do PDITS, e dimensionar o potencial então existente para a implantação de novos empreendimentos turísticos de médio e grande porte. O estudo deverá incluir a caracterização e o dimensionamento dos empreendimentos demandados, bem como a indicação de fontes de recursos para sua implantação, bases de financiamento e estratégias para catação de investidores.

Produto: Estudo de potencial para implantação de empreendimentos e indicativos de fontes de financiamento e de ações estratégicas para captação de empreendedores.

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PT 6 Ação: Execução de Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e do Programa de Capacitação Empresarial.

Descrição da Ação: O Plano é destinado à formação de profissionais para preenchimento de postos de trabalho específicos do mercado turístico, enquanto o Programa de Capacitação Empresarial volta-se para a criação e a gestão de empreendimentos turísticos, já instalados ou a serem instalados no Polo.

O Plano e o Programa citados considerarão as necessidades atuais da área de planejamento e as necessidades futuras, conforme modelo de desenvolvimento pretendido para o Polo Velho Chico. Ambos os investimentos caracterizam-se pela sua continuidade ao longo do tempo, diante do que os recursos financeiros demandados distribuem-se para aplicação em curto prazo, em médio prazo (até 5 anos a partir do início de implantação do PDITS) e em longo prazo, num horizonte de dez anos.

Produto: Execução de ações continuadas de Capacitação Profissional de Capacitação Empresarial, cujos resultados deverão ser monitorados e avaliado, para constante

PT 7 Ação: Elaboração e Implantação de Programa de Qualidade para os Equipamentos Turísticos.

Descrição da Ação: O Programa de Qualidade pretendido considera a tipologia dos equipamentos turísticos hoje existentes e daqueles que vierem a ser implantados nos próximos dez anos. Pressupõe a definição de parâmetros de qualidade, a criação de um sistema de avaliação e controle de qualidade permanente e a certificação dos empreendimentos e serviços turísticos relativos ao Polo Velho Chico.

A sua implantação tem como objetivo incentivar a qualidade dos empreendimentos, equipamentos e serviços turísticos e, ainda, a certificação dos empreendimentos e serviços turísticos.

Produto: Programa de Qualidade para Equipamentos Turísticos implantado.

PT 8 Ação: Qualificação da Produção Rural voltada para o Mercado Turístico

Descrição da Ação: Visa a melhoria da qualidade e a expansão da produção rural voltada para o mercado turístico no Polo, baseada na valorização da cultura local, das práticas artesanais e de técnicas tradicionais de produção.

Implica no planejamento e na execução de ações destinadas aos produtores rurais, diretamente ou por intermédio das entidades sociais que os representam ou de instituições de apoio e capacitação rural, governamentais ou não.

Produto: Planejamento e execução de ações de qualificação da produção rural voltada para o mercado turístico.

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COMPONENTE PRODUTO TURÍSTICO PT

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PT 9

Ação: Elaboração e Implantação de Roteiros Turísticos no Polo Velho Chico

Descrição da Ação: Identificação, caracterização, detalhamento e implementação de roteiros turísticos complementares ao Roteiro Principal (Cânions em Canindé do São Francisco) por meio de parcerias estabelecidas entre os Municípios do Polo, considerando o segmento meta Ecoturismo, complementado pelo turismo de aventura, atrativos culturais e históricos, recursos fluviais, festas populares e religiosas, culinária, artesanato, dentre outros.

Produto: Roteiros Turísticos Complementares implantados no Polo.

PT 10

Ação: Adequação da Trilha do Cangaço

Descrição da Ação: Elaboração de projeto de adequação da trilha; abertura, tratamento, sinalização, equipamentos turísticos de pequeno porte correlatos, conforme projeto elaborado.

Visa adequar a Trilha, no município de Poço Redondo, como atrativo turístico complementar, de forma a qualificá-lo para compor roteiros a serem criados. Poderá prever parcerias público privadas para sua operação e manutenção.

Produto: Plano de Adequação da Trilha do Cangaço implementado.

PT 11 Ação: Adequação de Áreas de Interesse Turístico na Orla do São Francisco

Descrição da Ação: Trata-se de recuperar e adequar a orla do Rio São Francisco tendo em vista a sua exploração turística e acessibilidade fluvial. Os investimentos serão prioritários nos municípios de Gararu, Propriá e Neópolis.

Nos demais municípios ribeirinhos a recuperação e adequação da orla também poderão ocorrer, mediante estudos prévios e priorização. Recuperação de Orlas para a exploração turística do rio São Francisco. Para tanto, estão previstos recursos financeiros para utilização em até cinco anos de implantação do PDITS e em até 10 anos.

Produto: Desenvolvimento de infraestrutura adequada de apoio para acessibilidade fluvial para uso turístico

PT 12 Elaboração do Projeto e Implantação do Centro de Referência do Cangaço

Descrição da Ação: Trata-se de planejar e implantar o Centro de Referência, em Poço Redondo, como equipamento turístico voltado para a exploração do cangaço como atrativo, de forma complementar à Trilha do Cangaço, no mesmo município.

Produto: Centro de Referência do Cangaço implantado

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COMPONENTE PRODUTO TURÍSTICO PT

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PT 13 Ação: Implantação de Outros Equipamentos Turísticos

Descrição da Ação: Elaboração de estudo e implantação, em médio e longo prazo, de outros equipamentos turísticos considerados prioritários para a exploração dos atrativos e roteiros turísticos do Polo, sejam eles relativos ao fortalecimento do Roteiro do Cangaço ou a outros, decorrentes dos estudos decorrentes do PDITS.

Produto: Equipamentos turísticos relativos a diferentes atrativos e roteiros implantados.

PT 14 Ação: Reforma e Restauração de Edificações de Interesse Histórico-Cultural e Turístico

Descrição da Ação: Restauração das edificações relacionadas ao aumento da atratividade do Polo e valorização da cultura local, sendo prioritária a Igreja Nossa Senhora do Rosário, de Neópolis.

Outras edificações do mesmo tipo a serem também alvo de reforma e restauração serão identificadas em decorrência do inventário de atrativos do Polo e de outros estudos previstos no âmbito do PDITS.

Produto: Reforma e restauração da Igreja Nossa senhora do Rosário de Neópolis e de outras edificações de interesse.

PT 15 Ação: Qualificação dos Produtos Artesanais e Apoio para sua Divulgação e Venda

Descrição da Ação: Melhoria da qualidade dos produtos artesanais existentes e abertura para novas criações, por meio do resgate de técnicas tradicionais, introdução de novas técnicas, com prioridade para:

• Nossa Senhora da Glória: reciclagem de coco, bordados, madeira;

• Cedro de São Francisco: bordados;

• Amparo de São Francisco: bordados e cerâmica;

• Santana do São Francisco: cerâmica;

• Poço Redondo: costura com motivos históricos, bordados, cerâmica.

Apoio para divulgação e venda dos produtos artesanais – orientação e capacitação dos artesãos. Formatação de entidades associativas e de parcerias, apoio à implantação de pontos de venda.

Produto: Melhoria da qualidade do artesanato produzido no Polo e organização do processo e meios para sua divulgação e venda.

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COMPONENTE PRODUTO TURÍSTICO PT

Resultados

Melhor posicionamento do Produto Velho Chico no mercado e aumento do fluxo de turistas.

Aumento das condições para exploração turística do rio.

Aumento da acessibilidade entre os municípios.

Melhoria da acessibilidade ao Polo e aos atrativos turísticos, resultando em aumento do fluxo de visitantes e na expansão da visitação a mais de um atrativo do Polo.

Fortalecimento da Cadeia do Turismo no Polo e consequente melhoria da qualidade de vida da população local.

Captação de novos investidores adequados ao perfil do turismo desejado para a região e aumento da oferta de equipamentos turísticos.

Aumento das oportunidades de capacitação profissional o mercado turístico no Polo.

Melhoria da qualidade dos serviços turísticos ofertados e fortalecimento do setor empresarial.

Qualificação e expansão da oferta de equipamentos turísticos adequados às características da área.

Melhoria do posicionamento do produto, aumento da atratividade do Polo, aumento do fluxo de visitantes, do tempo de permanência e dos gastos no polo

Ampliação da oferta turística e da diversidade de atividades, de forma integrada e sustentável – desenvolvimento dos segmentos turísticos identificados

Aumento da visitação interna aos diferentes municípios do Polo – distribuição dos benefícios e inserção da população local na cadeia do turismo

Aumento da oferta de atrativos turísticos relacionados aos aspectos histórico-culturais. Valorização da cultura local.

Aumento e qualificação da oferta de produtos artesanais.

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4.2.2. Componente Comercialização - CM

COMPONENTE 2 - COMERCIALIZAÇÃO

Estratégias

� Melhoria do posicionamento turístico do Polo Velho Chico como resultado da adoção do princípio de integração do Produto Turístico e do foco no segmento do Ecoturismo;

� Divulgação e comercialização integrada do Produto Turístico Polo Velho Chico, tendo em vista o aumento de sua visibilidade regional e nacional.

Indicativos para definição de ações voltadas ao Componente:

- Adoção do marketing integrado para comercialização do produto turístico em curto, médio e longo prazos, priorizando atingir os grandes mercados emissores nacionais e os segmentos alvo desejados;

- Ordenamento da comercialização de novos roteiros e empreendimentos turísticos que garantam a sustentabilidade ambiental e socioeconômica do Polo;

- Abertura de novos mercados consumidores, priorizando ações de divulgação, no curto prazo, junto a mercados de maior poder aquisitivo;

- Incentivo à atuação de entidades privadas na promoção do turismo integrado no Polo.

Objetivos

a) Promover nova imagem e a melhoria dos produtos atualmente ofertados, sem prejuízo para a atual dinâmica turística, considerando a) o produto - qualidade, preço, distância do polo emissor etc.); b) o mercado (capacidade de compra, estrutura, número de turistas reais e potenciais).

b) Desenvolver estratégias para divulgação do Polo, a partir do Plano de Marketing do Estado, adotando o conceito de produto turístico integrado e destacando o produto principal e os produtos complementares.

c) Fomentar a comercialização dos produtos turísticos (conjunto de atrações históricas, culturais e naturais) e dos serviços – facilidades e meios de acesso à disposição do turista, agregando valores aos produtos para atrair novos turistas e novos empreendimentos.

Justificativa

As estratégias de Comercialização são fundamentais para promoção do Polo, em especial a execução do Plano de Marketing desenvolvido para o Estado de Sergipe. O Plano volta-se para o estabelecimento do perfil do turista a ser captado, à divulgação dos produtos turísticos para captação de turistas e de empreendimentos. A integração entre as estratégias do PDITS - Produto, Posicionamento, Fortalecimento Institucional, Infraestrutura e Gestão Ambiental – é a base para a comercialização de um novo produto agregando atrativos e roteiros integrados, que não mais reflita exclusivamente a imagem dos “Cânions do São Francisco”, mas colabore com o fortalecimento das práticas sustentáveis e com a divulgação do Polo como um lugar que oferece outras belezas e interesses que incluem o artesanato, a história e as práticas tradicionais do sertão. Destacam-se no contexto dessa nova imagem as belezas naturais, o bioma da caatinga, e o rio São Francisco que pode ser considerado o principal atrativo pela sua grandiosidade e pela potencialidade de unificação do Polo na exploração turística do seu curso e suas margens.

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COMPONENTE 2 - COMERCIALIZAÇÃO D

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s CM 1 Ação:

Criação e Comercialização Conjunta de Roteiros Turísticos Interestaduais

Descrição da ação: Estabelecimento de parcerias, em especial com os estados de Alagoas, Pernambuco e Bahia, visando a criação, a divulgação e a comercialização conjunta de rotas turísticas interestaduais.

Produto: Roteiros turísticos interestaduais (Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Bahia) criados e acordo fechado para a sua comercialização conjunta.

CM 2 Ação: Execução do Plano de Marketing.

Descrição da ação: Execução do Plano de Marketing, conforme concebido, a partir de ações integradas entre os diversos agentes atuantes no setor, em consonância com a imagem desejada para o destino.

Implantação das ações definidas em função das estratégias de comercialização de curto, médio e longo prazo, priorizando os mercados alvo definidos, tendo como objetivo:

• a melhoria do posicionamento do Produto Velho Chico no mercado e aumento do fluxo de turistas;

• o apoio à consolidação da imagem do destino;

• o incremento da divulgação do Polo em nível nacional;

Monitoramento das ações e resultados do Plano de Marketing. Revisão, reajuste e complementação do Plano sempre que necessário. Produto: Ações previstas no Plano de Marketing realizado em curto, médio e longo prazo.

CM 3 Ação: Criação, Produção e Distribuição de Peças de Divulgação Turística

Descrição da ação: Criação, produção e distribuição de peças de divulgação turística com base em estratégias previamente definidas, orientadas pelo Plano de Marketing. Utilização de mídias convencionais e alternativas; estabelecimento de parceria com os empreendedores locais.

Produção, lançamento e distribuição de Catálogo de equipamentos, produtos e serviços, como “Catálogo Vitrine”.

Criação de peças publicitárias especiais para mídias complementares, tais como:

• Outdoor; busdoor; taxidoor;

• Frontlight;

• Internet; hotsite; e

• Aeroportos.

Produto: Peças de divulgação inseridas nos meios de publicidade com alvos diversificados.

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COMPONENTE 2 - COMERCIALIZAÇÃO D

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s CM 4 Ação:

Prospecção para Captação de Empreendimentos Turísticos

Descrição da Ação: A partir de estudos realizados no âmbito do PDITS e de acordo com os cenários turísticos previstos para médio e longo prazo no Polo, trata-se de planejar os meios e realizar atividades junto ao segmento empresarial para captação de empreendimentos turísticos que tragam o desenvolvimento setorial e gerem emprego e renda para a população local.

Produto: Planejamento e realização de ações para captação de empreendimentos turísticos para o Polo,

CM 5 Ação: Realização de Pesquisas do Fluxo, da Oferta e da Demanda Turística

Descrição da Ação: As pesquisas do fluxo, da oferta e da demanda turística relativas ao Polo serão realizadas periodicamente, prevendo-se recursos financeiros para tanto desde o início de implantação do PDITS e o seu prolongamento por dez anos. Os dados coletados e análises realizadas alimentarão o Sistema de Informações Turísticas previsto para o Polo e assegurarão a atualização contínua das informações pertinentes.

Produto: Pesquisa do Fluxo, da Oferta e da Demanda Turística realizada periodicamente.

Resultados

Fortalecimento do Produto e expansão do Mercado.

Expansão da comercialização de produtos e atrativos do Polo e incremento na atração de visitantes.

Roteiros integrados consolidados no mercado turístico.

Consolidação da imagem do Polo.

Aumento do interesse do empresariado pelo Polo.

Atração de investimentos conforme segmentos e mercados alvo desejados.

Aumento do fluxo turístico, do tempo de permanência e dos gastos na região.

Aumento do fluxo turístico de turistas de outros estados.

Aumento do interesse em investimentos no Polo – aumento da oferta de equipamentos turísticos. Atração de investidores para o Polo - resultado indireto.

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4.2.3. Componente Fortalecimento Institucional - FI

COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Estratégias

� Adoção de mecanismos de gestão integrada do turismo sustentável no Polo, com envolvimento do poder público e dos diferentes segmentos da sociedade;

� Fortalecimento da gestão publica para atuação efetiva na gestão e no desenvolvimento integrado do turismo sustentável;

Indicativos para definição de ações voltadas ao Componente: - Desenvolvimento e implantação de sistemas integrados de

informação para a gestão do turismo, nos âmbitos estadual e municipal;

- Promoção de parcerias entre o Estado e os Municípios, em específico com os órgãos públicos de gestão do turismo e com outros órgãos setoriais de interface;

- Desenvolvimento e adoção de mecanismos e recursos tecnológicos inovadores para a gestão do turismo e de setores públicos de interface;

- Integração dos municípios para realizar, trocar e disseminar experiências no âmbito institucional, notadamente para o incentivo ao artesanato e às demais manifestações culturais de interesse turístico;

- Mobilização dos atores locais e da população em geral no desenvolvimento da atividade econômica do turismo de bases sustentáveis.

Objetivos

a) Implementar instrumentos de planejamento e gestão municipal

b) Fortalecer a gestão sustentável do Polo, promovendo a convergência de esforços e investimentos do setor público e do setor privado, e incentivando a cooperação entre governo e iniciativa privada e mediante processos participativos.

c) Incentivar a cooperação entre empresários de forma a promover a integração das atividades turísticas nos diferentes municípios do Polo.

d) Promover a capacitação profissional de gestores públicos e empreendedores do setor privado, visando o desenvolvimento turístico do Polo e a oferta de produtos e serviços em base sustentável.

e) Criar e implantar sistema de informações turísticas para o Polo, como mecanismo fundamental para a gestão do turismo sustentável.

Justificativa

Para garantir o sucesso do desenvolvimento do Polo Velho Chico é fundamental o investimento em fortalecimento institucional, incluindo a melhoria das estruturas organizacionais e das condições de trabalho no setor público, a capacitação dos quadros da administração pública, a adoção de mecanismos de planejamento e controle e de modelos inovadores de gestão do turismo firmados em bases participativas e em parceria entre o poder público e a iniciativa privada. Neste conjunto de ações voltadas para a gestão político-administrativa, estão ainda incluídos o aparelhamento dos órgãos públicos em termos de

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COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

equipamentos, mobiliário e tecnologia de informação.

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FI 1

Ação: Elaboração e Implantação de Plano de Gestão de Destinos Turísticos do Polo

Descrição da Ação: Trata-se da concepção e detalhamento de estratégias, mecanismos e instrumentos de gestão específicos para destinos já consolidados no Polo Velho Chico.

Consolidados em um Plano de Gestão, tais conteúdos serão fundamentais para o desenvolvimento e o monitoramento do destino turístico e para a utilização racional e eficaz dos recursos disponíveis, em bases sustentáveis.

Dadas as condições atuais, na qual as atividades turísticas consolidadas se concentram em Canindé de São Francisco, será este o município prioritário para elaboração e implantação do Plano de Gestão do Destino. Posteriormente, com a expansão do turismo e a consolidação de outros destinos no Polo Velho Chico, o citado Plano será para eles replicado.

Produto: Plano de Gestão do Destino Turístico Cânions do São Francisco, em Canindé, elaborado e implantado.

FI 2 Ação: Fortalecimento de Instâncias Superiores de Governança do Turismo

Descrição da Ação: Promoção do fortalecimento institucional das instâncias superiores de governança do turismo, dentre os quais o Fórum Estadual de Turismo, o Conselho de Gestão do Polo e os Conselhos Municipais de Turismo, como forma de inserção de representantes da sociedade, em conjunto com a administração pública estadual e municipal, na gestão participativa do turismo. :

Produto: Ações de fortalecimento das instâncias superiores de governança do Estado de Sergipe e do Polo Velho Chico planejadas e executadas.

FI 3 Ação: Desenvolvimento e Implantação de Sistema de Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação do Turismo no Polo

Descrição da Ação: O sistema em questão constitui o meio pelo qual poderão ser continuamente acompanhados, monitorados e avaliados os Planos, Programas e Projetos implantados no Polo tendo em vista o desenvolvimento turístico e de setores correlatos, de forma a analisar os seus impactos positivos, seus pontos críticos e sua efetividade, e a estabelecer condições para ajustes tempestivos e correção de rumos. O sistema deverá envolver, solidariamente, os níveis estadual e municipais de governo, bem como os empreendedores da área e as entidades representativas da sociedade local.

Sistema de Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação do Turismo no Polo desenvolvido e em funcionamento.

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COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL D

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FI 4 Ação: Elaboração e Implantação de Plano de Fortalecimento da Gestão Municipal do Turismo

Descrição da Ação: Realização de Diagnóstico da Gestão Municipal do Turismo e elaboração e implantação de Plano de Fortalecimento abrangendo todos os municípios que compõem o Polo. O Plano englobará um amplo conjunto de ações de melhoria e de instalação das condições organizacionais, de tecnologia da informação, de recursos humanos, de informatização, de desenho e redesenho de processos e procedimentos de trabalho, e de instalações e equipamentos diversos, dentre outros, de acordo com as demandas de cada município e do Polo como um todo.

O Plano de Fortalecimento abrangerá ações de curto, médio e longo prazo.

Produto: Gestão Municipal do Turismo exercida a partir das condições necessárias para alcance de resultados efetivos.

FI 5 Ação: Criação e Implantação de Sistema de Informações Turísticas

Descrição da Ação: Criação e implantação de sistema de informações relativas ao desenvolvimento e à gestão do turismo no Polo Velho Chico, formado por módulos tais como:

• Inventário Turístico;

• Demanda Turística;

• Oferta Turística;

• Socioeconomia do turismo.

Para alimentação do sistema será necessária a compilação dos dados das pesquisas existentes e a realização de novas pesquisas, dentre as quais são prioritárias, nesta ação, as relativas ao Inventário Turístico e à Situação Socioeconômica do turismo no Polo, cujos recursos financeiros estão aqui incluídos.

O Sistema de Informações Turísticas, como proposto, incluirá dados integrados relativos aos municípios integrantes do Polo, ao Estado de Sergipe (para efeito comparativo) e será implantado em rede, de forma a ser alimentado diretamente pelo governo estadual, pelas administrações municipais e pela trade turístico estabelecido no Polo.

Produto: Sistema de Informações Turísticas Implementado no Polo

FI 6 Ação: Desenvolvimento/Revisão de Planos Diretores Municipais Participativos.

Descrição da Ação: Elaboração dos Planos Diretores Municipais Participativos nos municípios do Polo a partir da prática do planejamento participativo, de forma a gerar legislação de cunho estratégico trazendo diretrizes para a gestão das políticas publicas municipais, dentre as quais as relativas ao setor de turismo.

É considerada prioritária a elaboração dos Planos Diretores Municipais

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COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

para os municípios de Santana do São Francisco e Gararu, que ainda não dispõem de tal instrumento de planejamento.

Todos os demais municípios integrantes do Polo são alvo potencial de elaboração ou revisão dos respectivos Planos Diretores, na ocasião necessária.

Produto: Planos Diretores Municipais elaborados e legislação urbanística pertinente elaborada e implantada.

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es FI 7 Ação:

Elaboração e Implantação de Plano de Mobilização Social e Participação Comunitária na Gestão do Turismo

Descrição da Ação: Para efetivar os princípios e as práticas da participação da sociedade na gestão do turismo e para criação da cultura da gestão participativa entre os municípios componentes do Polo, faz-se necessário elaborar o Plano em questão, que irá apontar as diretrizes, as estratégias, os mecanismos e os instrumentos de envolvimento da população local. O Plano abrangerá em conjunto e de forma integrada a prática em mobilização nos municípios envolvidos, ainda que considere as necessidades e demandas específicas de cada um deles, em respeito aos ambientes e às culturas locais.

Produto: Plano de Mobilização Social e Participação Comunitária na Gestão do Turismo elaborado e implantado.

Resultados

Fortalecimento da gestão Integrada.

Planejamento continuado e integrado das políticas públicas municipais em parceria com a administração estadual no âmbito do Polo.

Prática sistematizada do acompanhamento, monitoramento e avaliação das atividades turísticas no Polo.

Consolidação da gestão integrada no Polo Velho Chico.

Consolidação dos Conselhos Municipais e do Polo e efetivação do Fórum Estadual de Turismo.

Consolidação das informações básicas necessárias ao planejamento e monitoramento do destino turístico.

Território dos municípios organizados e providos de legislação urbanística atualizada.

População mobilizada para participação na gestão ambiental e do turismo.

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4.2.4. Componente Infraestrutura e Serviços Básicos – IS

COMPONENTE 4 – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS

Estratégias

� Implantação da infraestrutura e dos serviços básicos prioritários tendo em vista o desenvolvimento do turismo no Polo e da melhoria das condições socioambientais, com reflexo na qualidade de vida da população;

� Melhoria da acessibilidade na área do Polo, integrando os modos rodoviário e hidroviário.

Indicativos para definição de ações voltadas ao Componente:

- Implantação, expansão e melhoria dos recursos de infraestrutura nos campos do saneamento ambiental, fornecimento de energia e sistema rodoviário interno ao Polo, com criação de um eixo viário turístico entre os municípios;

- Desenvolvimento de projetos de infraestrutura para captação de recursos;

- Compatibilização da oferta de infraestrutura ao desenvolvimento turístico pretendido.

Objetivos

a) Assegurar à população condições adequadas de salubridade e de preservação ambiental nos municípios do Polo, mediante a promoção de programas e ações voltadas para melhoria dos serviços públicos essenciais;

b) Prover a infraestrutura necessária para: saneamento ambiental, melhoria da acessibilidade e implantação de roteiros turísticos na área do Polo.

c) Assegurar a melhoria das condições de acessibilidade no Polo e a segurança de turistas em seu território.

Justificativa

A precariedade da infraestrutura de saneamento ambiental é um problema primário e abrangente na região do Velho Chico que deve ser resolvido para que se conquiste o desenvolvimento sustentável em termos gerais e, em especial, quando se aborda o desenvolvimento do turismo. Hoje, a situação do saneamento ambiental no Polo tem reflexos nocivos na saúde da população e na conservação ambiental, especialmente, quando se trata de recursos hídricos. As ações em infraestrutura de saneamento ambiental são urgentes para garantir a qualidade de vida da população local e a qualidade dos produtos e atrativos turísticos ofertados no Polo.

A oportunidade de se aproveitar o rio São Francisco como uma rota turística no Polo vem ao encontro da necessidade de criação de roteiros envolvendo os 17 municípios que dele fazem parte. A criação dessa rota demanda estudos de viabilidade específicos para sua implantação, além do desenvolvimento de projeto que defina a melhor locação de atracadouros. Devem, também, ser estabelecidas rotas em terra para beneficiar os municípios afastados da orla do São Francisco. Para que isso possa ocorrer com segurança e conforto, são necessárias intervenções em trechos de rodovias. Estas ações beneficiam não só a economia do turismo como a integração local e a qualidade de vida da população que depende do deslocamento intermunicipal para ter acesso a serviços de saúde, comércio e lazer.

A iminência da implantação de pista de pouso/decolagem em Canindé de São Francisco é grande oportunidade para a acessibilidade ao Polo, sendo a alocação de recursos para complementos a essa iniciativa, bem como

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COMPONENTE 4 – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS

Justificativa

para a implantação de terminal de passageiros, um oportuno de reforço de qualidade à obra e ao acesso do turista.

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IS 1 Ação: Construção de Orlas e Atracadouros

Descrição da Ação: Tratamento da orla e construção de atracadouros em:

• Canindé de São Francisco (integrado à orla urbana - Prainha);

• Santana do São Francisco (Povoado Saúde).

O objetivo é a criação de espaços e a instalação de equipamentos de interesse turístico para a qualificação do Polo, dando condições para a criação de roteiros, para o recebimento de turistas e realização de eventos, buscando:

• aumento da competitividade nos cenários turísticos estadual e nacional;

• atração de novos investimentos;

• geração de emprego e renda;

• constituição de espaço de referência e vitrine da cultura local.

Nesses espaços serão instalados os Centros de Atendimento ao Turista dos respectivos municípios.

Produto: Orlas tratadas e atracadouros construídos em Canindé de São Francisco e Santana de São Francisco.

IS 2 Ação: Construção e Recuperação de Atracadouros

Descrição da Ação

Construir e recuperar atracadouros em:

• Poço Redondo (Curralinho e Bom Sucesso);

• Gararu;

• Propriá; e

• Porto da Folha (Ilha do Ouro).

Produto: Atracadouros construídos conforme previsto.

IS 3 Ação: Criação/Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista

Descrição da Ação: Implantação ou qualificação de Centros de Atendimento ao Turista, tendo como prioritários os municípios de:

• Canindé de São Francisco;

• Poço Redondo;

• Neópolis;

• Propriá.

Outros municípios deverão ser priorizados para implantação de Centros de Atendimento a partir de estudos e planos elaborados no âmbito do PDITS.

Produto: Centros de Atendimentos ao Turista implantados em Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Neópolis, Propriá e em outros municípios

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COMPONENTE 4 – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS

conforme estudos a realizar.

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IS 4 Ação: Elaboração do Projeto Executivo e Pavimentação da Rodovia SE 405 –Curralinho - Poço Redondo Descrição da Ação: Elaboração de projeto e pavimentação da SE 405, rodovia entre Curralinho e Poço Redondo. Melhoria do sistema rodoviário para criar um eixo viário turístico integrado entre a sede de Poço Redondo e ao Povoado de Curralinho, por meio da Pavimentação da Rodovia SE-405.

A pavimentação dessa rodovia irá promover a melhoria de acessibilidade interna ao Polo, notadamente aos atrativos principais, tendo como foco o turismo e a dinamização da economia local.

Produto: Rodovia SE 405 –Curralinho - Poço Redondo pavimentada.

IS 5 Ação: Elaboração de Projeto e Implantação de Central de Tratamento de Resíduos Sólidos

Descrição da Ação: Criar e implantar central de tratamento de resíduos sólidos em Canindé de São Francisco

Produto: Central de tratamento de resíduos sólidos implantada em Canindé de São Francisco.

IS 6 Ação: Implantação de Sistema de Esgotamento Sanitário

Descrição da Ação: Planejar e implantar sistema de esgotamento sanitário nos municípios de Canindé de São Francisco (Prainha), Porto da Folha (Sede e Ilha do Ouro), Canhoba (Povoado Borda da Mata) e Monte Alegre de Sergipe.

Produto: Sistema de Esgotamento Sanitário implementado nos municípios e localidades priorizadas.

IS 7 Ação: Expansão e Melhoria do Policiamento Turístico

Descrição da Ação: Estruturação organizacional e ampliação da atuação da Companhia de Policiamento Turístico do Estado de Sergipe no Polo Velho Chico, visando maior segurança e acesso a informações pelo turista.

Produto: Aperfeiçoamento organizacional e expansão dos serviços prestados pela Companhia de Policiamento Turístico - CPTur

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COMPONENTE 4 – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS D

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IS 8 Ação: Elaboração de Estudos e Prospecção de Investimentos em Saneamento Ambiental e Fornecimento de Energia Elétrica

Descrição da Ação: Os estudos versarão sobre o comportamento da demanda por saneamento ambiental e pelo fornecimento de energia elétrica nos municípios Polo Velho Chico, tendo em vista o desenvolvimento e a expansão do turismo previstos para médio e longo prazo.

Tais estudos subsidiarão a prospecção de investimentos nesses setores, bem como a identificação de fontes para captação dos recursos financeiros para tais empreendimentos.

Produto: Instrumento e ações de captação de investimentos.

IS 9 Ação: Elaboração de Projetos e Execução de Obras de Acessibilidade

Descrição da Ação: Trata-se de, a partir de necessidades detectadas em estudos realizados no âmbito do PDITS e de demandas provocadas pelo desenvolvimento e expansão do turismo, elaborar e executar projetos de melhoria da acessibilidade na área interna do Polo, sejam elas relativas a vias urbanas, acessos aos atrativos principais, implantação de equipamentos para o turista portador de necessidades especiais, estacionamentos, dentre outros.

Os investimentos serão realizados em médio prazo (em até 5 anos do início da implantação do PDITS, até 10 anos)

Produto: Obras de melhoria de acessibilidade interna no Polo realizadas.

Resultados

Aumento da oferta de equipamentos turísticos qualificados.

Incentivo à exploração turística do Polo do Velho Chico - captação de novos empreendimentos.

Integração dos roteiros do Polo.

Aumento do fluxo de turistas e dos gastos turísticos na região.

Melhoria da distribuição de renda no Polo, proveniente das atividades turísticas.

Qualidade na orientação e atendimento ao turista.

Incentivo ao crescimento do turismo no Polo Velho Chico.

Acesso de qualidade a todos os municípios do Polo com:

• melhoria das relações de troca institucional e comercial, entre os municípios, e facilidade de formação de parcerias e empreendimento de ações conjuntas;

• facilidade de acesso multimodal (rodoviário, fluvial e aeroviário);

• integração territorial;

• potencialização da competitividade do Polo no ambiente turístico.

Captação de recursos e implantação de melhorias para elevação da qualidade ambiental do Polo.

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4.2.5. Componente Gestão Socioambiental – GA

Componente 5 – Gestão Socioambiental

Estratégias

� Inserção da população local na cadeia do turismo;

� Incentivo e promoção do planejamento e gestão participativa das políticas públicas, com ênfase para a gestão integrada do turismo;

� Apoio à preservação ambiental e à recuperação de pontos deteriorados do meio ambiente, visando o desenvolvimento integrado do turismo sustentável, tendo em vista a sua orientação para o ecoturismo.

Indicativos para definição de ações voltadas ao Componente: - Preservação dos recursos naturais e perenização da qualidade de

vida;

- Promoção da sustentabilidade ambiental a partir do respeito à capacidade de carga dos atrativos turísticos;

- Limitação da exploração turística em áreas ambientalmente frágeis;

- Desenvolvimento de instrumentos, planos e programas de Gestão Socioambiental para o Polo, com sensibilização da população e envolvimento em processo participativo (educação ambiental e agenda 21);

- Valorização do bioma da caatinga e da orla do rio São Francisco, coibindo a descaracterização das áreas e promovendo a recuperação e a preservação ambiental;

- Exigência de estudos de impacto ambiental para a implantação de novos empreendimentos turísticos e promoção das ações mitigadoras necessárias;

- Promoção do fortalecimento e atuação em parceria com os órgãos de assistência rural, tendo em vista a preservação ambiental como fator fundamental de desenvolvimento turístico.

Objetivos

a) Promover o uso racional dos recursos naturais.

b) Proteger mananciais e áreas ambientalmente frágeis, para sustentação da qualidade de vida.

c) Identificar limitações e condicionantes ecológicos e ambientais para a ocupação e o uso do território no Polo.

d) Recuperar áreas degradadas e promover a recomposição de vegetação em áreas de preservação permanente, restabelecendo as suas funções ecológicas.

e) Adotar medidas de educação e de controle ambiental, de forma a evitar todas as formas de poluição e degradação ambiental no território do Polo.

f) Incentivar a gestão integrada dos espaços naturais.

g) Adotar instrumentos de gestão destinados à promoção, conservação, preservação e recuperação do patrimônio ambiental local.

h) Preservar os atributos naturais do Polo como base para o desenvolvimento do turismo e para a melhoria da qualidade de vida da população.

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Componente 5 – Gestão Socioambiental

Justificativa

A sustentabilidade é alcançada quando se estabelece o equilíbrio entre as necessidades básicas da população, o meio ambiente e o desenvolvimento econômico. As ações em gestão ambiental são imprescindíveis para essa conquista, com destaque para a elaboração e adoção de legislação ambiental apropriada e para a fiscalização de seu cumprimento.

O envolvimento das comunidades, dos órgãos locais de assistência rural (que têm facilidade de acesso às comunidades rurais) e os governos municipais é o meio adequado para a criação de caminhos alternativos para o desenvolvimento sustentável e para estabelecimento de metas relativas às intervenções ambientais.

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GA 1 Ação: Promoção de Parcerias para a Gestão Ambiental integrada do Turismo Rural

Descrição da Ação: Elaboração de instrumentos e promoção de parceria com os órgãos de assistência rural nas ações de preservação ambiental, desenvolvimento turístico, fortalecimento dos órgãos e mecanismos de fiscalização ambiental, visando:

• a promoção da integração e parceria com órgãos ambientais de assistência rural e governos municipais para a gestão ambiental integrada;

• a integração da cadeia produtiva das atividades agrosilvopastorís e do turismo e disseminação das práticas sustentáveis

• a fiscalização eficiente das atividades turísticas em áreas rurais.

• A ação proposta envolve:

• a identificação de atores estratégicos e potencialidade de implantação da estratégia;

• a definição e estruturação dos instrumentos para a formalização das parcerias;

• promoção das ações específicas de apoio a formatação das parcerias.

Produto: Subsídios para a formação de parcerias disponíveis e parcerias formalizadas.

GA 2 Ação: Provimento de Estrutura Turística para Empreendimentos de Pequeno Porte

Descrição da Ação: Buscando a inserção da população local na cadeia produtiva do turismo, trata esta Ação de prover estrutura turística para acolher empreendimentos de pequeno porte, tais como feiras, quiosques, quitandas, dentre outros, buscando apoiar a inserção da população na cadeia produtiva do turismo.

Produto: Estruturas específicas para incentivo à inserção da população na cadeia do turismo.

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Componente 5 – Gestão Socioambiental D

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GA 3 Ação: Implantação e adequação da Agenda 21 Local

Descrição da Ação: A Agenda 21 Local (por município), como instrumento de natureza participativa, por excelência, elaborada e assumida pela comunidade local com o apoio do poder público, busca conceber diretrizes e estratégias, elaborar e desenvolver planos e programas de Gestão Socioambiental.

Inclui o estabelecimento de fóruns de discussão das questões socioambientais, de metas para a utilização sustentável, recuperação e preservação dos recursos naturais e para o desenvolvimento econômico, e a fixação de normas para fiscalização e controle socioambiental.

A implantação adequada da Agenda 21 tem como objetivo:

• a prática de conservação dos recursos;

• adesão à coleta seletiva e reaproveitamento do lixo;

• fiscalização e controle de ações prejudiciais ao meio ambiente;

• participação na disseminação da consciência ecológica e práticas sustentáveis;

• garantia da implantação de empreendimentos e uso do solo dentro das leis e normas ambientais vigentes.

As questões a serem tratadas devem ter como objetivo a apropriação coletiva da importância das práticas sustentáveis.

A implementação da Agenda 21 Local é considerada prioritária nos municípios de:

• Canindé de São Francisco; Nossa Senhora da Glória; Gararu; Canhoba; Itabi; Amparo de São Francisco; Telha Cedro de São João; Neópolis; Ilha das Flores.

A adequação da Agenda 21 Local é recomendada para os demais municípios integrantes do Polo.

Produto: Agenda 21 Local elaborada/adequada em todos os municípios do Polo.

GA 4 Ação: Elaboração e Execução de Programa Integrado de Educação Ambiental

Descrição da Ação: Adequação e Execução do Programa Integrado de Educação Ambiental em ação conjunta entre a SEMARH e a SETUR, associado ao programa Coletivo Educador do Alto Sertão. As ações devem ser dirigidas para a sensibilização das comunidades urbanas e rurais do Polo quanto à importância do comportamento sustentável e sua relação com a cidadania, com a economia do turismo, a economia em geral e com a melhoria e garantia da qualidade de vida.

Produto: Plano Integrado de Educação Ambiental elaborado e executado.

Parceria entre SEMARH e a SETUR/UCP Prodetur firmada para potencializar os resultados da educação ambiental no Polo Velho Chico.

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Componente 5 – Gestão Socioambiental D

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GA 5 Ação: Elaboração de Avaliação Ambiental Estratégica

Descrição da Ação: A avaliação ambiental estratégica constitui a base para a criação e implantação do marco legal da gestão e do controle ambiental no âmbito dos municípios do Polo e deve ser elaborada com o concurso do estado e dos municípios, levando em conta a base legal federal do meio ambiente.

Produto: Avaliação Ambiental Estratégica do Polo elaborada e consolidada.

GA 6 Ação: Elaboração de Estudos de Capacidade de Carga de Destinos Turísticos

Descrição da Ação: Trata-se de avaliar a capacidade de suporte do meio ambiente frente aos impactos de empreendimentos turísticos de médio e grande porte concernentes ao Polo. Os estudos envolvem a elaboração de diagnóstico das áreas ambientalmente frágeis e dos atrativos turísticos pertinentes (atuais e potenciais), bem como a definição de fluxo de pessoas para cada atrativo (capacidade de carga) e indicação da forma de fiscalização e controle.

Os recursos ambientais do Monumento Natural da Grota do Angico constituem a área indicada como Piloto para o estudo de capacidade de carga.

Produto: Estudo de Capacidade de Carga Elaborado para os destinos turísticos principais do Polo.

GA 7 Ação: Realização de Zoneamento Ecológico Econômico Ambiental

Descrição da Ação: O Zoneamento Ecológico Econômico Ambiental constitui, assim como a Avaliação Ambiental Estratégica, a base para a implantação do marco legal do controle ambiental nos municípios do Polo.

Produto: Zoneamento ecológico e econômico ambiental do Polo Velho Chico realizado.

GA 8 Ação: Elaboração e Execução de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis ou Degradadas e Elaboração de Estudos Ambientais

Descrição da Ação: A elaboração e execução dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis ou Degradadas no território do Polo Velho Chico é condição necessária para a prática do ecoturismo de base sustentável.

Por outro lado, a captação e a implantação de empreendimentos turísticos de médio e grande porte, previstos para os cenários futuros da área turística, irão demandar dos empreendedores, em parceria com o poder público estadual e local, a realização dos estudos ambientais

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Componente 5 – Gestão Socioambiental

pertinentes, tais como o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA, como condição indispensável para o licenciamento da instalação de tais empreendimentos.

Produto: Estudos ambientais e planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis e degradas exigidos e desenvolvidos.

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GA 9 Ação: Elaboração de Plano Regional de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos

Descrição da Ação: Elaboração do Plano Regional de Gestão de Resíduos Sólidos para os municípios do Polo de forma integrada, buscando incorporar ações de aproveitamento e, reciclagem como forma de fortalecer a cadeia produtiva do turismo. .

O Plano constitui subsídio importante para estabelecimento da política estadual de saneamento ambiental aplicada ao Polo, bem como da concepção e implantação das políticas municipais específicas para o setor.

O Plano deverá conterá os elementos necessários para o planejamento e a gestão das ações em coleta, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos no Polo Velho Chico.

Produto: Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos do Polo elaborado.

GA10 Ação: Elaboração de Códigos Municipais de Meio Ambiente

Descrição da Ação: Estruturação da legislação municipal necessária ao planejamento do desenvolvimento sustentável dos municípios do Polo.

Os instrumentos legais, associados a outros concebidos para a gestão ambiental neste PDITS, refletirão a política municipal de meio ambiente e contribuirão para que as municipalidades possam assumir efetivamente a administração e o controle efetivo das questões ambientais em seu território, em parceria com o poder público estadual e mediante orientações da política nacional de meio ambiente.

Produto: Códigos Ambientais Municipais elaborados e em vigor.

GA 11 Ação: Elaboração de Planos de Manejo de Unidades de Conservação Ambiental

Descrição da Ação: Elaboração de Planos de Manejo de Unidades de Conservação - estabelecimento de diretrizes, ações e normas para fiscalização das atividades estabelecidas nas Unidades de Conservação, tendo em vista o controle de seu aproveitamento e garantia de perenização de seus recursos e atributos naturais, além de promoção de ações de proteção e recuperação ambiental no bioma da Caatinga e do rio São Francisco.

O Plano deve ser elaborado prioritariamente para o Monumento Natural da Grota do Angico e em seguida para as demais unidades de conservação ambiental pertinentes ao Polo Velho Chico.

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Componente 5 – Gestão Socioambiental

Produto: Planos de Manejo e Estudos para Usos Públicos de Unidades de Conservação Ambiental. Elaborados.

GA 12 Ação: Elaboração e Execução de Projetos de Revitalização de Parques Públicos com Áreas Verdes

Descrição da Ação: Elaboração de Projetos, desenvolvimento de Campanhas e de parcerias público-privadas para revitalização de parques públicos com áreas verdes no Polo Velho Chico.

Produto: Parques Públicos com áreas verdes revitalizados.

Resultados

Participação efetiva da população na recuperação e conservação dos recursos naturais do Polo.

Fiscalização das atividades turísticas nas áreas rurais.

Preservação dos recursos naturais.

Sustentabilidade do destino turístico.

Inserção da população na cadeia do turismo e geração de emprego e renda.

Participação efetiva da população na recuperação e conservação dos recursos naturais do Polo.

Desenvolvimento municipal e urbano sustentável e participativo.

Melhoria da gestão socioambiental do Polo.

Exploração dos atrativos de forma sustentável, – sustentabilidade do destino.

Áreas verdes recuperadas revertidas ao usufruto da população local e contribuindo para a melhoria do ambiente natural do Polo.

Apoio ao fortalecimento do interesse no ecoturismo do Polo.

Aumento do fluxo turístico.

Melhoria das condições de controle dos municípios sobre à ação do homem, especialmente sobre o meio ambiente.

Apoio a Fiscalização eficiente.

Resgate de áreas ambientais.

Aumento da atratividade turística.

Serviços básicos de saneamento ambiental abrangente e de qualidade.

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4.3. Espacialização do Plano de Ação

O Plano de Ação do PDITS Velho Chico pode, a partir da definição geral das ações, ser representado de forma visual, facilitando a compreensão da abrangência de suas principais ações. A Figura 85 sintetiza as ações estruturantes de curto, médio e longo prazos, no que concerne a ações locais, porém com reflexos positivos em todo o Polo.

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Figura 85: - Espacialização do Plano de Ação

Fonte: Technum Consultoria

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4.4. Dimensionamento do Investimento Total

A tabela a seguir apresenta o dimensionamento do Investimento total resultante da implantação das ações do PDITS do Polo Velho Chico. A tabela 48, em sequencia, identifica os investimentos previstos para o Prodetur em 18 meses até 05 anos.

Tabela 47: Dimensionamento do Investimento Total

Ações Área de Intervenção Custo

R$ 1.000,00 U$ 1.000,00*

Produto Turístico

PT 1 Definição de Mecanismos, Instrumentos e Ações Integradas com outros Polos Turísticos do Estado e de Estados Vizinhos Polo Velho Chico 220,00 124,20

PT 2 Realização de Estudos sobre a Navegabilidade do Rio São Francisco para seu Aproveitamento Turístico Polo Velho Chico 800,00 451,65

PT 3 *Elaboração e Execução de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa Polo Velho Chico 1.370,00 773,44

PT 4 Mapeamento da Cadeia Produtiva do Turismo e Execução de Ações para seu Fortalecimento Polo Velho Chico 4.300,00 2.427,60

PT 5 Estudo de Potencial para Implantação de Empreendimentos Turísticos Polo Velho Chico 200,00 112,91

PT 6 *Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e do Programa de Capacitação Empresarial Polo Velho Chico 3.250,00 1.834,81

PT 7 Elaboração e Implantação de Programa de Qualidade para os Equipamentos Turísticos Polo Velho Chico 100,00 56,46

PT 8 Qualificação da Produção Rural voltada para o Mercado Turístico Polo Velho Chico 800,00 451,65

PT 9 Elaboração e Implantação de Roteiros Turísticos no Polo Velho Chico Polo Velho Chico 1.000,00 564,56

PT 10 *Adequação da Trilha do Cangaço Poço Redondo 800,00 451,65

PT 11 Adequação de Áreas de Interesse Turístico na Orla do Rio São Francisco

Garuru

2.750,00 1.552,53 Propriá

Neópolis

Polo

PT 12 *Elaboração de Projeto e Implantação do Centro de Referência do Cangaço Poço Redondo 1.250,00 705,70

PT 13 Implantação de Outros Equipamentos Turísticos Polo Velho Chico 6.000,00 3.387,34

PT 14 Reforma e Restauração de Edificações de Interesse Histórico-Cultural e Turístico Neópolis

7.200,00 4.064,81 Polo Velho Chico

PT 15 Qualificação dos Produtos Artesanais e Apoio para sua Divulgação e Venda Polo Velho Chico 476,00 268,73

Total Produto Turístico 30.516,00 17.228,02

Comercialização

CM 1 Criação e Comercialização Conjunta de Roteiros Turísticos Interestaduais Polo Velho Chico 540,00 304,86

CM 2 *Execução do Plano de Marketing Polo Velho Chico 12.500,00 7.056,96

CM 3 Produção e Distribuição de Peças de Divulgação Turística Polo Velho Chico 750,00 423,42

CM 4 Prospecção para Captação de Empreendimentos Turísticos Polo Velho Chico 270,00 152,43

CM 5 Realização de Pesquisas do Fluxo, da Oferta e da Demanda Turística Polo Velho Chico 2.170,00 1.225,09

Total Comercialização 16.230,00 9.162,76

Fortalecimento Institucional

FI 1 *Elaboração e Implantação de Plano de Gestão de Destinos Turísticos do Polo Canindé de São Francisco

1.050,00 592,78 Polo Velho Chico

FI 2 Fortalecimento de Instâncias Superiores de Governança do Turismo Polo Velho Chico 600,00 338,73

FI 3 Desenvolvimento e Implantação de Sistema de Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação do Turismo no Polo Polo Velho Chico 700,00 395,19

FI 4 *Elaboração e Implantação de Plano de Fortalecimento da Gestão Municipal do Turismo Polo Velho Chico 930,00 525,04

FI 5 *Criação e Implantação de Sistema de Informações Turísticas Polo Velho Chico 2.600,00 1.467,85

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FI 6 *Desenvolvimento/Revisão de Planos Diretores Municipais Participativos

Gararu

3.400,00 1.919,49 Santana do São Francisco

Polo Velho Chico

FI 7 Elaboração e Implantação de Plano de Mobilização Social e Participação Comunitária na Gestão do Turismo Polo Velho Chico 240,00 135,49

Total Fortalecimento Institucional 9.520,00 5.374,58

Infraestrutura e Serviços Básicos

IS 1 *Construção de Orlas e Atracadouros Canindé de São Francisco

4.700,00 2.653,42 Santana do São Francisco

IS 2 Construção e Recuperação de Atracadouros

Poço Redondo

7.200,00 4.064,81 Gararu

Propriá

Ilha do Ouro

IS 3 Criação/Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista

Canindé de São Francisco

2.000,00 1.129,11

Poço Redondo

Nossa Senhora da Glória

Neópolis

Propriá

Polo Velho Chico

IS 4 *Elaboração do Projeto Executivo e Pavimentação da Rodovia SE 405 – Curralinho - Poço Redondo Polo Velho Chico 8.200,00 4.629,37

IS 5 Elaboração de Projeto e Implantação de Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Canindé de São Francisco 5.400,00 3.048,61

IS 6 *Implantação de Sistema de Esgotamento Sanitário

Canindé de São Francisco

24.890,00 14.051,83 Porto da Folha

Canhoba

Monte Alegre de Sergipe

IS 7 Expansão e Melhoria do Policiamento Turístico Polo Velho Chico 400,00 225,82

IS 8 Elaboração de Estudos e Prospecção de Investimentos em Saneamento Ambiental e Fornecimento de Energia Elétrica Polo Velho Chico 500,00 282,28

IS 9 Elaboração de Projetos e Execução de Obras de Acessibilidade Polo Velho Chico 5.000,00 2.822,79

Total Infraestrutura e Serviços Básicos 58.290,00 32.908,03

Gestão Socioambiental

GA 1 Promoção de Parcerias para Gestão Ambiental Integrada do Turismo Rural Polo Velho Chico 200,00 112,91

GA 2 Provimento de Estrutura Turística para Empreendimentos de Pequeno Porte Polo Velho Chico 850,00 479,87

GA 3 Implantação e Adequação da Agenda 21 Local Polo Velho Chico 680,00 383,90

GA 4 *Elaboração e Execução de Programa Integrado de Educação Ambiental Polo Velho Chico 750,00 423,42

GA 5 Elaboração de Avaliação Ambiental Estratégica Polo Velho Chico 500,00 282,28

GA 06 *Elaboração de Estudos de Capacidade de Carga de Destinos Turísticos Polo Velho Chico 450,00 254,05

GA 7 *Realização de Zoneamento Ecológico Econômico Ambiental Polo Velho Chico 1.600,00 903,29

GA 8 *Elaboração e Execução de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis ou Degradas e Elaboração de Estudos Ambientais Polo Velho Chico 7.400,00 4.177,72

GA 9 *Elaboração de Plano Regional de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Polo Velho Chico 1.200,00 677,47

GA 10 Elaboração de Códigos Municipais de Meio Ambiente Polo Velho Chico 400,00 225,82

GA 11 *Elaboração de Planos de Manejo de Unidades de Conservação Ambiental Poço Redondo 1.750,00 987,97

GA 12 Elaboração e Execução de Projetos de Revitalização de Parques Públicos com Áreas Verdes Polo Velho Chico 7.300,00 4.121,27

Total Gestão Socioambiental 23.080,00 13.029,98

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TOTAL GERAL 137.636,00 77.703,38

Taxa de Câmbio de 31/12/2007 - U$ 1,00 = R$ 1,7713

(*) Ações Conjugadas com a Matriz de Investimentos do Prodetur

Tabela 48: Investimentos do Prodetur - Primeiros 18 meses e 5 anos de Implantação do PDITS

Ações Área de Intervenção CUSTO 18 MESES CUSTO 5 ANOS

R$ 1.000,00 U$ 1.000,00 R$ 1.000,00 U$ 1.000,00

Produto Turístico

PT 3 *Elaboração e Execução de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa Polo Velho Chico 1.370,00 773,44 _ _

PT 4 Mapeamento da Cadeia Produtiva do Turismo e Execução de Ações para seu Fortalecimento Polo Velho Chico 300,00 169,37 _ _

PT 5 Estudo de Potencial para Implantação de Empreendimentos Turísticos Polo Velho Chico _ _ 100,00 56,46

PT 6 *Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e do Programa de Capacitação Empresarial

Polo Velho Chico 1.000,00 564,56 1.250,00 705,70

PT 7 Elaboração e Implantação de Programa de Qualidade para os Equipamentos Turísticos Polo Velho Chico _ _ 100,00 56,46

PT 9 Elaboração e Implantação de Roteiros Turísticos no Polo Velho Chico Polo Velho Chico 300,00 169,37 370,00 208,89

PT 10 *Adequação da Trilha do Cangaço Poço Redondo 300,00 169,37 500,00 282,28

PT 12 *Elaboração de Projeto e Implantação do Centro de Referência do Cangaço Poço Redondo 1.250,00 705,70 _ _

PT 13 Implantação de Outros Equipamentos Turísticos Polo Velho Chico _ _ 3.000,00 1.693,67

PT 14 Reforma e Restauração de Edificações de Interesse Histórico-Cultural e Turístico

Neópolis _ _ 800,00 451,65

Polo Velho Chico _ _ 3.200,00 1.806,58

PT 15 Qualificação dos Produtos Artesanais e Apoio para sua Divulgação e Venda Polo Velho Chico _ _ 238,00 134,36

Total Produto Turístico 4.520,00 2.551,80 9.558,00 5.396,04

Comercialização

CM 2 *Execução do Plano de Marketing Polo Velho Chico 2.500,00 1.411,39 _ _

CM 3 Produção e Distribuição de Peças de Divulgação Turística Polo Velho Chico 150,00 84,68 300,00 169,37

CM 4 Prospecção para Captação de Empreendimentos Turísticos Polo Velho Chico _ _ 90,00 50,81

CM 5 Realização de Pesquisas do Fluxo, da Oferta e da Demanda Turística Polo Velho Chico 400,00 225,82 885,00 499,63

Total Comercialização 3.050,00 1.721,90 1.275,00 719,81

Fortalecimento Institucional

FI 1 *Elaboração e Implantação de Plano de Gestão de Destinos Turísticos do Polo Canindé de São Francisco 250,00 141,14 _ _

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Polo Velho Chico _ _ 300,00 169,37

FI 2 Fortalecimento de Instâncias Superiores de Governança do Turismo Polo Velho Chico _ _ 200,00 112,91

FI 3 Desenvolvimento e Implantação de Sistema de Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação do Turismo no Polo

Polo Velho Chico _ _ 500,00 282,28

FI 4 *Elaboração e Implantação de Plano de Fortalecimento da Gestão Municipal do Turismo Polo Velho Chico 250,00 141,14 0,00

FI 5 *Criação e Implantação de Sistema de Informações Turísticas Polo Velho Chico 650,00 366,96 650,00 366,96

FI 6 *Desenvolvimento/Revisão de Planos Diretores Municipais Participativos

Gararu 200,00 112,91 _ _

Santana do São Francisco 200,00 112,91 _ _

Polo Velho Chico _ _ 3.000,00 1.693,67

FI 7 Elaboração e Implantação de Plano de Mobilização Social e Participação Comunitária na Gestão do Turismo

Polo Velho Chico _ _ 120,00 67,75

Total Fortalecimento Institucional 1.550,00 875,06 4.770,00 2.692,94

Infraestrutura e Serviços Básicos

IS 1 *Construção de Orlas e Atracadouros Canindé de São Francisco 2.700,00 1.524,30 _ _

Santana do São Francisco 2.000,00 1.129,11 _ _

IS 2 Construção e Recuperação de Atracadouros

Poço Redondo 3.200,00 1.806,58 _ _

Gararu 1.600,00 903,29 _ _

Propriá 1.600,00 903,29 _ _

Ilha do Ouro _ _ 800,00 451,65

IS 3 Criação/Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista

Canindé de São Francisco _ _ 250,00 141,14

Poço Redondo _ _ 250,00 141,14

Neópolis _ _ 250,00 141,14

Propriá _ _ 250,00 141,14

IS 5 Elaboração de Projeto e Implantação de Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Canindé de São Francisco 5.400,00 3.048,61 _ _

IS 6 *Implantação de Sistema de Esgotamento Sanitário

Canindé de São Francisco 2.000,00 1.129,11 9.390,00 5.301,19

Porto da Folha _ _ 2.000,00 1.129,11

Canhoba _ _ 2.000,00 1.129,11

Monte Alegre de Sergipe _ _ 5.500,00 3.105,06

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198

Total Infraestrutura e Serviços Básicos 18.500,00 10.444,31 20.690,00 11.680,69

Gestão Socioambiental

GA 1 Promoção de Parcerias para Gestão Ambiental Integrada do Turismo Rural Polo _ _ 200,00 112,91

GA 2 Provimento de Estrutura Turística para Empreendimentos de Pequeno Porte Polo Velho Chico _ _ 350,00 197,59

GA 3 Implantação e Adequação da Agenda 21 Local Polo Velho Chico 680,00 383,90 _ _

GA 4 *Elaboração e Execução de Programa Integrado de Educação Ambiental Polo Velho Chico 250,00 141,14 500,00 282,28

GA 5 Elaboração de Avaliação Ambiental Estratégica Polo Velho Chico 500,00 282,28 _ _

GA 06 *Elaboração de Estudos de Capacidade de Carga de Destinos Turísticos Polo Velho Chico 450,00 254,05 _ _

GA 7 *Realização de Zoneamento Ecológico Econômico Ambiental Polo Velho Chico 1.600,00 903,29 _ _

GA 8 *Elaboração e Execução de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis ou Degradas e Elaboração de Estudos Ambientais

Polo Velho Chico 2.000,00 1.129,11 2.700,00 1.524,30

GA 9 *Elaboração de Plano Regional de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Polo Velho Chico 1.200,00 677,47 _ _

GA 10 Elaboração de Códigos Municipais de Meio Ambiente Polo Velho Chico _ _ 200,00 112,91

GA 11 *Elaboração de Planos de Manejo de Unidades de Conservação Ambiental Poço Redondo 1.750,00 987,97 _ _

Total Gestão Socioambiental 8.430,00 4.759,22 3.950,00 2.230,00

TOTAL GERAL 36.050,00 20.352,28 40.243,00 22.719,47

Taxa de Câmbio de 31/12/2007 - U$ 1,00 = R$ 1,7713

(*) Ações Conjugadas com a Matriz de Investimentos do Prodetur

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199

4.5. Seleção e Priorização das Ações

Neste item encontram-se selecionadas as ações integrantes do PDITS Polo Velho Chico priorizadas para atendimento pelo Prodetur Nacional para os 18 (dezoito) primeiros meses de vigência do PDITS.

Tabela 49: Priorização das Ações

Ações Área de Intervenção CUSTO 18 MESES

R$ 1.000,00 U$ 1.000,00

Produto Turístico

PT 3 *Elaboração e Execução de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa Polo Velho Chico 1.370,00 773,44

PT 4 Mapeamento da Cadeia Produtiva do Turismo e Execução de Ações para seu Fortalecimento Polo Velho Chico 300,00 169,37

PT 6 *Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e do Programa de Capacitação Empresarial Polo Velho Chico 1.000,00 564,56

PT 9 Elaboração e Implantação de Roteiros Turísticos no Polo Velho Chico Polo Velho Chico 300,00 169,37

PT 10 *Adequação da Trilha do Cangaço Poço Redondo 300,00 169,37

PT 12 *Elaboração de Projeto e Implantação do Centro de Referência do Cangaço Poço Redondo 1.250,00 705,70

Total Produto Turístico 4.520,00 2.551,80

Comercialização

CM 2 *Execução do Plano de Marketing Polo Velho Chico 2.500,00 1.411,39

CM 3 Produção e Distribuição de Peças de Divulgação Turística Polo Velho Chico 150,00 84,68

CM 5 Realização de Pesquisas do Fluxo, da Oferta e da Demanda Turística Polo Velho Chico 400,00 225,82

Total Comercialização 3.050,00 1.721,90

Fortalecimento Institucional

FI 1 *Elaboração e Implantação de Plano de Gestão de Destinos Turísticos do Polo Canindé de São Francisco 250,00 141,14

FI 4 *Elaboração e Implantação de Plano de Fortalecimento da Gestão Municipal do Turismo Polo Velho Chico 250,00 141,14

FI 5 *Criação e Implantação de Sistema de Informações Turísticas Polo Velho Chico 650,00 366,96

FI 6 *Desenvolvimento/Revisão de Planos Diretores Municipais Participativos Gararu 200,00 112,91

Santana do São Francisco 200,00 112,91

Total Fortalecimento Institucional 1.550,00 875,06

Infraestrutura e Serviços Básicos

IS 1 *Construção de Orlas e Atracadouros Canindé de São Francisco 2.700,00 1.524,30

Santana do São Francisco 2.000,00 1.129,11

IS 2 Construção e Recuperação de Atracadouros

Poço Redondo 3.200,00 1.806,58

Gararu 1.600,00 903,29

Propriá 1.600,00 903,29

IS 5 Elaboração de Projeto e Implantação de Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Canindé de São Francisco 5.400,00 3.048,61

IS 6 *Implantação de Sistema de Esgotamento Sanitário Canindé de São Francisco 2.000,00 1.129,11

Total Infraestrutura e Serviços Básicos 18.500,00 10.444,31

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Gestão Socioambiental

GA 3 Implantação e Adequação da Agenda 21 Local Polo Velho Chico 680,00 383,90

GA 4 *Elaboração e Execução de Programa Integrado de Educação Ambiental Polo Velho Chico 250,00 141,14

GA 5 Elaboração de Avaliação Ambiental Estratégica Polo Velho Chico 500,00 282,28

GA 6 *Elaboração de Estudos de Capacidade de Carga de Destinos Turísticos Polo Velho Chico 450,00 254,05

GA 7 *Realização de Zoneamento Ecológico Econômico Ambiental Polo Velho Chico 1.600,00 903,29

GA 8 *Elaboração e Execução de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis ou Degradas e Elaboração de Estudos Ambientais

Polo Velho Chico 2.000,00 1.129,11

GA 9 *Elaboração de Plano Regional de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Polo Velho Chico 1.200,00 677,47

GA 11 *Elaboração de Planos de Manejo de Unidades de Conservação Ambiental Poço Redondo 1.750,00 987,97

Total Gestão Socioambiental 8.430,00 4.759,22

TOTAL GERAL 36.050,00 20.352,28

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201

4.6. Descrição das Ações a serem Realizadas Durante os 18 Primeiros Meses de Financiamento do Prodetur Nacional

As ações elegíveis para realização durante os dezoito primeiros meses de financiamento pelo PRODETUR NACIONAL encontram-se a seguir caracterizadas, contemplando os seguintes itens:

• Objetivo;

• Justificativa;

• Efeito esperado no desenvolvimento turístico;

• Benefícios e beneficiários;

• Descrição da ação;

• Responsáveis pela execução;

• Entidade responsável pela implantação/ operação/ manutenção da obra ou serviço

• Custo estimado e fonte de financiamento;

• Gastos estimados de operação;

• Mecanismos previstos de recuperação de custos;

• Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei;

• Indicadores de seguimento e fonte de verificação;

• Relação com outras ações quanto ao cronograma;

• Nível de avanço: indicação da existência de projetos básicos ou executivos ou termos de referência; indicação da necessidade de reconhecimento retroativo.

A seguir têm-se as fichas das ações priorizadas pelo Prodetur Nacional para os 18 meses.

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AÇÃO PT 3

Componente: Produto Turístico Ação: Elaboração e Execução de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa

Objetivo Qualificar os espaços no que tange à oferta de infraestrutura, inclusive viária, de equipamentos, serviços voltados para o turismo.

Justificativa A sinalização viária indicativa e interpretativa é relevante para orientação do turista no Polo, uma vez que facilita o seu deslocamento além de ser um elemento decisivo para a divulgação dos atrativos e dinamização do fluxo turísticos entre eles.

Efeito esperado Melhoria da acessibilidade aos atrativos turísticos.

Benefícios Promoção dos atrativos, facilidade de acesso e disponibilidade de informação turística.

Beneficiários Turistas, empresariado e população local.

Descrição Elaboração de Projeto e implantação de sinalização viária e rodoviária indicativa e interpretativa, voltada para principais atrativos e pontos de interesse turístico.

Responsáveis: Execução

SEINFRA Implantação SEINFRA Operação Secretarias Municipais e Estaduais de Turismo

Manutenção SEINFRA

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 1.370,00 Custo estimado operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Aumento do fluxo turístico e geração de emprego e renda.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Frequência de turistas que usufruem dos atrativos locais; Aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de turistas; Incremento dos recursos provenientes da taxa municipal de turismo verificado a partir de pesquisas e relatórios gerenciais do poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Posterior à realização do inventário da oferta turística e à elaboração e implantação de roteiros turísticos do Polo Velho Chico

Nível de avanço: Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento Retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

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AÇÃO PT 4

Componente: Produto Turístico Ação: Mapeamento da Cadeia Produtiva do Turismo e Planejamento e Execução de Ações para seu Fortalecimento

Objetivo Identificar os produtos, atrativos e serviços turísticos relativos ao Polo partindo da situação atual e prevendo cenários futuros e promover a sua expansão e aperfeiçoamento.

Justificativa O mapeamento dos produtos, atrativos e serviços levará ao conhecimento real da situação do Polo e a construção de cenários futuros no que diz respeito à sua cadeia produtiva e servirá de base para a elaboração de estratégias, planos e programas voltados para seu desenvolvimento.

Efeito esperado Melhoria e expansão de produtos e serviços turísticos; ampliação da circulação de recursos financeiros no Polo; aumento de emprego e renda;

Benefícios Maior visibilidade da cadeia produtiva do turismo no Polo e abertura de possibilidades para sua expansão e desenvolvimento.

Beneficiários Turistas, empresariado e população local.

Descrição

Trata-se de, em curto prazo, mapear a cadeia produtiva do turismo no Polo e planejar/ executar ações para o fortalecimento e expansão das atividades econômicas relacionadas ao setor, de acordo com as diretrizes e estratégias indicadas para o Polo. Em médio e longo prazo, dadas as perspectivas de desenvolvimento do setor, o mapeamento deverá ser atualizado, o que resultará em novas ações de fortalecimento e expansão, no horizonte de 5 e de 10 anos.

Responsáveis: Execução

SETUR /EMSETUR Implantação SETUR /EMSETUR Operação Não se aplica Manutenção SETUR /EMSETUR

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 300,00 Custo estimado operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Expansão e fortalecimento da cadeia produtiva do turismo.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica.

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Melhoria dos níveis de emprego e renda; aumento do fluxo turístico; dinamização da economia; Incremento na arrecadação de impostos verificados a partir de pesquisas e relatórios gerenciais do poder público e do setor produtivo.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço: Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento Retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

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AÇÃO PT 6

Componente: Produto Turístico Ação: * Execução de Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e do Programa de Capacitação Empresarial.

Objetivo Capacitar profissionais para a cadeia produtiva do turismo e propiciar o desenvolvimento do empreendedorismo na oferta de serviços turísticos de qualidade.

Justificativa A capacitação profissional para o turismo constitui a base para a oferta de serviços de qualidade aos turistas.

Efeito esperado Aumento do numero de empreendimentos qualificados; aumento da oferta de profissionais para ocupação de postos de trabalho.

Benefícios Dinamização da economia local e expansão das atividades turísticas. Beneficiários Profissionais e empresários do setor turístico (imediatos); população local.

Descrição

O Plano é destinado à formação de profissionais para preenchimento de postos de trabalho específicos do mercado turístico, enquanto o Programa de Capacitação Empresarial volta-se para a criação e a gestão de empreendimentos turísticos, já instalados ou a serem instalados no Polo. O Plano e o Programa citados considerarão as necessidades atuais da área de planejamento e as necessidades futuras, conforme modelo de desenvolvimento pretendido para o Polo Velho Chico. Ambos os investimentos caracterizam-se pela sua continuidade ao longo do tempo, diante do que os recursos financeiros demandados distribuem-se para aplicação em curto prazo, em médio prazo (até 5 anos a partir do início de implantação do PDITS) e em longo prazo, num horizonte de dez anos.

Responsáveis: Execução

SETUR /EMSETUR Implantação SETUR /EMSETUR Operação SETUR /EMSETUR Manutenção SETUR /EMSETUR

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 1.000,00 Custo estimado operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Expansão do mercado-alvo; aumento do número de turistas, geração de empregos e renda e aumento da arrecadação pública.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica.

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Frequência de turistas no Polo; Aumento de investimentos em empreendimentos; Aumento do número de postos de emprego ligados ao turismo; Incremento na arrecadação de impostos, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Posterior ao Mapeamento da Cadeia Produtiva do Turismo

Nível de avanço: Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento Retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

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AÇÃO PT 9

Componente: Produto Turístico Ação: Elaboração e Implantação de Roteiros Turísticos no Polo Velho Chico

Objetivo Criar roteiros turísticos que contemplem atrações turísticas principal e complementares existentes no Polo; criar novas opções para os turistas

Justificativa Por meio da roteirização coloca-se à disposição dos turistas um conjunto de atrativos organizados, aumentando as opções para o turista e o fluxo turístico, de forma a beneficiar o em conjunto os municípios que compõem o Polo. A roteirização permite a criação e comercialização de pacotes e serviços que movimentam a economia, refletindo em melhorias socioambientais.

Efeito esperado Organização e sistematização dos produtos turísticos ofertados e ampliar do fluxo turístico.

Benefícios Ampliação da visibilidade do Polo no cenário turístico Nacional. Captação de investimento e dinamização da economia do turismo.

Beneficiários Turistas, empresariado e população local.

Descrição

Identificação, caracterização, detalhamento e implementação de roteiros turísticos complementares ao Roteiro Principal (Cânions em Canindé do São Francisco) por meio de parcerias estabelecidas entre os Municípios do Polo, considerando o segmento meta Ecoturismo, complementado pelo turismo de aventura, atrativos culturais e históricos, recursos fluviais, festas populares e religiosas, culinária, artesanato, dentre outros.

Responsáveis: Execução

SETUR /EMSETUR Implantação SETUR /EMSETUR Operação SETUR /EMSETUR Manutenção SETUR /EMSETUR

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 300,00 Custo estimado operação

Não se aplica.

Mecanismos de recuperação de custos

Aumento do fluxo turístico; dinamização da economia geração de empregos e renda e aumento da arrecadação pública.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica.

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Número de turistas; Investimentos em novos empreendimentos; Número de empregos ofertados e Valores arrecadados e impostos, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Posterior ao Inventário da Oferta Turística e aos Estudos da Navegabilidade do Rio São Francisco para efeito turístico.

Nível de avanço:

Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento Retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

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AÇÃO PT 10

Componente: Produto Turístico Ação: * Adequação da Trilha do Cangaço

Objetivo Estruturar e aperfeiçoar a Trilha do Cangaço como atrativo turístico importante no Polo.

Justificativa A Trilha do Cangaço se configura como importante atrativo turístico do Polo e oportunidade de diversificação do produto turístico. Busca-se a sua qualificação para que possa adquirir visibilidade no mercado e integrar roteiros a serem comercializados.

Efeito esperado Diversificação dos produtos ofertados no Polo e incorporação a roteiros integrados.

Benefícios Aumento da atratividade do Polo Beneficiários Turistas, empresariado e população local.

Descrição Elaboração de projeto de adequação da trilha; abertura, tratamento, sinalização, equipamentos turísticos de pequeno porte correlatos, conforme projeto elaborado. Visa adequar a Trilha, no município de Poço Redondo, como atrativo turístico complementar, de forma a qualificá-lo para compor roteiros a serem criados. Poderá prever parcerias público privadas para sua operação e manutenção.

Responsáveis: Execução

SETUR /EMSETUR Implantação SETUR /EMSETUR Operação SETUR /EMSETUR Manutenção SETUR /EMSETUR

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 300,00 Custo estimado operação

Sem informações

Mecanismos de recuperação de custos

Aumento do fluxo turístico; geração de emprego e renda e aumento da arrecadação pública.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Aumento do número de turistas; Aumento dos postos de trabalho; Número de empregos ofertados e Valores arrecadados e impostos, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço:

Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento Retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

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AÇÃO PT 11

Componente: Produto Turístico Ação: Elaboração do Projeto e Implantação do Centro de Referência do Cangaço

Objetivo Criar um novo atrativo turístico que comporá a Trilha do Cangaço de forma a despertar o interesse dos turistas e a captação de novos empreendimentos turísticos.

Justificativa A implantação do Museu do Cangaço cria uma nova opção de atração turística voltada à cultura do sertão nordestino.

Efeito esperado Expansão do turismo cultural; Aumento da visibilidade dos produtos turísticos no Polo.

Benefícios Criação da visibilidade do Polo no cenário turístico Nacional. Beneficiários Turistas, empresariado e população local.

Descrição Trata-se de planejar e implantar o Centro de Referência, em Poço Redondo, como equipamento turístico voltado para a exploração do cangaço como atrativo, de forma complementar a Trilha do Cangaço, no mesmo município.

Responsáveis: Execução

CEHOP Implantação CEHOP Operação CEHOP Manutenção CEHOP

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1.000,00)

R$ 1.250,00 Custo estimado operação Custos a serem absorvidos por meio de parcerias público-privadas

Mecanismos de recuperação de custos

Aumento do fluxo turístico; geração de emprego e renda e aumento da arrecadação pública.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Aumento do número de turistas; Aumento dos postos de trabalho; Número de empregos ofertados e Valores arrecadados e impostos, verificados por meio do monitoramento do funcionamento do Centro de Referência do Cangaço.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Posterior à Adequação da Trilha do Cangaço.

Nível de avanço:

Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

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AÇÃO CM 2

Componente: Comercialização Ação: * Execução do Plano de Marketing

Objetivo Implantar formas de divulgação e promoção do turismo no Polo por meio de ações previstas no Plano de Marketing no Estado de Sergipe

Justificativa O Plano de Marketing do Estado, já elaborado, virá comtemplar as necessidades de divulgação e promoção dos atrativos do Polo de forma integrada com os demais Polo Turísticos implantados em Sergipe.

Efeito esperado Maior visibilidade do Polo perante o mercado turístico regional, estadual e nacional.

Benefícios Incremento do turismo no Polo Beneficiários Turistas, empresariado e população local.

Descrição

Execução do Plano de Marketing, conforme concebido, a partir de ações integradas entre os diversos agentes atuantes no setor, em consonância com a imagem desejada para o destino. Implantação das ações definidas em função das estratégias de comercialização de curto, médio e longo prazo, priorizando os mercados alvo definidos, tendo como objetivo: • a melhoria do posicionamento do Produto Velho Chico no mercado e aumento do fluxo de turistas; • o apoio à consolidação da imagem do destino; • o incremento da divulgação do Polo em nível nacional; Monitoramento das ações e resultados do Plano de Marketing. Revisão, reajuste e complementação do Plano sempre que necessário.

Responsáveis: Execução

SETUR/EMSETUR com a colaboração do Órgão de Comunicação do Estado

Implantação

SETUR/EMSETUR com a colaboração do Órgão de Comunicação do Estado

Operação

SETUR/EMSETUR com a colaboração do Órgão de Comunicação do Estado

Manutenção

SETUR/EMSETUR com a colaboração do Órgão de Comunicação do Estado

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 2.500,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Crescimento do fluxo turístico e dos investimentos no setor, gerando emprego e renda, aumentando a arrecadação.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Conquista de novos mercados; Aumento do número de turistas; Crescimento dos investimentos de grupos do mercado interno e externo ao Polo, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

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Relação com outras ações quanto ao cronograma

Concomitante à elaboração e implantação de roteiros turísticos principal e complementares do Polo.

Nível de avanço: Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim X

Termo Referencia Sim

Reconhecimento Retroativo Sim

Não X Não Não X Não X

AÇÃO CM 3

Componente: Comercialização Ação: Criação, Produção e Distribuição de Peças de Divulgação Turística

Objetivo Divulgar os equipamentos, produtos e serviços turísticos do Polo em mídias convencionais e complementares.

Justificativa Na medida em que o Plano de Marketing beneficia o Polo Velho Chico, bem como o desenvolvimento turístico, torna-se necessária a utilização de peças publicitárias para divulgação dos equipamentos, produtos e serviços existentes no Polo tendo em vista a captação de turistas e de empreendimentos turísticos.

Efeito esperado Conquistar o mercado turístico regional e nacional. ,

Benefícios Aumento da visibilidade do Polo, do número de turistas e de empreendimentos turísticos.

Beneficiários Turistas, empresariado e população local.

Descrição

Criação, produção e distribuição de peças de divulgação turística com base em estratégias previamente definidas, orientadas pelo Plano de Marketing. Utilização de mídias convencionais e alternativas; estabelecimento de parceria com os empreendedores locais. Produção, lançamento e distribuição de Catálogo de equipamentos, produtos e serviços, como “Catálogo Vitrine”. Criação de peças publicitárias especiais para mídias complementares, tais como: • Outdoor; busdoor; taxidoor; • Frontlight; • Internet; hotsite; e • Aeroportos.

Responsáveis: Execução

SETUR/EMSETUR com a colaboração do Órgão de Comunicação do Estado

Implantação

SETUR/EMSETUR com a colaboração do Órgão de Comunicação do Estado

Operação Não se aplica Manutenção Não se aplica

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 150,00 Custo estimado operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Crescimento do fluxo turístico e dos investimentos no setor, gerando emprego e renda e aumento da arrecadação.

Normas de licenciamento ambiental

Não se aplica

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exigidas

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Conquista de novos mercados; Aumento do número de turistas; Crescimento dos investimentos de grupos do mercado interno e externo ao Polo, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Posterior ao inventário e à elaboração de Roteiros Turístico do Polo Velho Chico.

Nível de avanço:

Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento Retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

AÇÃO CM 5

Componente: Comercialização Ação: Realização de Pesquisas do Fluxo, da Oferta e da Demanda Turística

Objetivo Consolidação de dados e informações confiáveis tendo em vista o planejamento do turismo e à tomada de decisões para a gestão do turismo.

Justificativa Os dados hoje existentes não são suficientes para o planejamento e gestão do turismo dificultando a elaboração de novos projetos para o desenvolvimento do Polo. A expansão do turismo prevista para a próxima década exige que tais pesquisas sejam realizadas periodicamente para a formação de um banco de dados baseado em séries históricas.

Efeito esperado Acesso a dados e informações que possibilitem o adequado planejamento e a gestão efetiva do turismo. Disponibilidade de informações para a orientação do turista.

Benefícios Instalação das condições necessárias para a gestão eficaz e integrada do turismo no Polo.

Beneficiários Turistas, empresariado, poder público federal, estadual e municipal ligados à gestão e planejamento do setor do turismo.

Descrição As pesquisas do fluxo, da oferta e da demanda turística relativas ao Polo serão realizadas periodicamente, prevendo-se recursos financeiros para tanto desde o início de implantação do PDITS e o seu prolongamento por dez anos. Os dados coletados e análises realizadas alimentarão o Sistema de Informações Turísticas previsto para o Polo e assegurarão a atualização contínua das informações pertinentes.

Responsáveis: Execução

SETUR /EMSETUR Implantação SETUR /EMSETUR Operação SETUR /EMSETUR Manutenção SETUR /EMSETUR

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 400,00 Custo estimado operação

Incluído no custo estimado

Mecanismos de recuperação de custos

Incremento do mercado turístico resultante do planejamento e gestão efetivos.

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Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica.

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Otimização da gestão do turismo pelo poder publico e iniciativa privada, verificadas por meio das estatísticas setoriais e de relatórios de pesquisa e dados inseridos no sistema integrado de informações turísticas do Polo.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço:

Projeto Básico

Sim X Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento Retroativo

Sim Não Não X Não X Não X

AÇÃO FI 1

Componente: Fortalecimento Institucional Ação: * Elaboração e Implantação de Plano de Gestão de Destinos Turísticos do Polo

Objetivo Definir diretrizes, processos e procedimentos para a gestão de destinos turísticos consolidados do Polo.

Justificativa A criação de destinos turísticos sustentáveis só é possível por meio do planejamento e da gestão integrados, a partir de modelos de específicos adequados à realidade da área de planejamento.

Efeito esperado Desenvolver o turismo sustentável transformando potenciais atrativos em destinos turísticos consolidados.

Benefícios Gestão adequada dos destinos turísticos consolidados aumento do fluxo turístico.

Beneficiários Turistas, empresariado e poder público municipal.

Descrição

Trata-se da concepção e detalhamento de estratégias, mecanismos e instrumentos de gestão específicos para Canindé de São Francisco, município prioritário. Posteriormente, com a expansão do turismo e a consolidação de outros destinos no Polo Velho Chico, o citado Plano será para eles replicado. Consolidados em um Plano de Gestão, tais conteúdos serão fundamentais para o desenvolvimento e o monitoramento do destino turístico e para a utilização racional e eficaz dos recursos disponíveis, em bases sustentáveis.

Responsáveis: Execução

Poder público estadual com a participação dos atores locais envolvidos.

Implantação

Poder público estadual com a participação dos atores locais envolvidos.

Operação Poder público estadual com a participação dos atores locais envolvidos.

Manutenção

Poder público estadual com a participação dos atores locais envolvidos.

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Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 250,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Crescimento do fluxo turístico e dos investimentos no setor, aumento da arrecadação.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Aumento do número de turistas; Crescimento dos investimentos; Preservação do meio ambiente nos destinos turísticos consolidados, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização. Para a elaboração e implantação do modelo relativamente a Canindé de São Francisco, para os demais destinos modelo de gestão aplicar-se-á após a sua consolidação.

Nível de avanço:

Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento Retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

AÇÃO FI 4

Componente: Fortalecimento Institucional Ação: Elaboração e Implantação de Plano de Fortalecimento da Gestão Municipal do Turismo

Objetivo Aperfeiçoar a capacidade de Gestão Pública do Turismo mediante a adoção (i) de bases participativas, envolvendo os setores público e privado, (ii) da prática do planejamento e de inovações tecnológicas e gerenciais, tendo em vista a melhoria da qualidade dos produtos e serviços turísticos, em busca de resultados que promovam o desenvolvimento sustentável e beneficiem a população local.

Justificativa A estrutura vigente no poder público municipal e as condições ali instaladas para a gestão do turismo não correspondem a necessidade ao exigido para a gestão efetiva do turismo, exigindo investimentos significativos e continuados para o alcance dos padrões desejados.

Efeito esperado Melhoria das condições para o exercício da gestão do turismo nos padrões de qualidade exigidos para a consolidação do Polo.

Benefícios Gestão eficaz do turismo no âmbito municipal com a adoção de bases participativas.

Beneficiários Turistas, empresariado e poder público municipal.

Descrição

Realização de Diagnóstico da Gestão Municipal do Turismo e elaboração e implantação de Plano de Fortalecimento abrangendo todos os municípios que compõem o Polo. O Plano englobará um amplo conjunto de ações de melhoria e de instalação das condições organizacionais, de tecnologia da informação, de recursos humanos, de informatização, de desenho e redesenho de processos e procedimentos de trabalho, e de instalações e equipamentos diversos, dentre outros, de acordo com as demandas de cada município e

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213

do Polo como um todo. O Plano de Fortalecimento abrangerá ações de curto, médio e longo prazos.

Responsáveis: Execução

SETUR/EMSETUR e Municípios do Polo

Implantação SETUR/EMSETUR e Municípios do Polo

Operação Não se aplica Manutenção Não se aplica

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 250,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Aumento do fluxo turístico; Incremento dos empreendimentos; Reforço da arrecadação municipal.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Aumento do número de turistas; Crescimento dos investimentos, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Concomitante ao Fortalecimento das Instâncias de Governança.

Nível de avanço:

Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento Retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

AÇÃO FI 5

Componente: Fortalecimento Institucional Ação: Criação e Implantação de Sistema de Informações Turísticas

Objetivo Formar banco de dados confiáveis e continuamente atualizados tendo em vista o planejamento e a gestão eficaz do turismo, bem como a produção de informações para o turista.

Justificativa Inexistência de um sistema de informações turísticas consolidado.

Efeito esperado Fortalecimento institucional da gestão do turismo no Polo Velho Chico nos âmbitos público e privado

Benefícios Estado, municípios, empreendedores locais e turistas providos de informações turísticas confiáveis e atualizados.

Beneficiários Administração pública municipal, cadeia produtiva do turismo e turista.

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Descrição

Criação e implantação de sistema de informações relativas ao desenvolvimento e à gestão do turismo no Polo Velho Chico, formado por módulos tais como: • Inventário Turístico; • Demanda Turística; • Oferta Turística; • Socioeconomia do turismo. Para alimentação do sistema será necessária a compilação dos dados das pesquisas existentes e a realização de novas pesquisas, dentre as quais são prioritárias, nesta ação, as relativas ao Inventário Turístico e à Situação Socioeconômica do turismo no Polo, cujos recursos financeiros estão aqui incluídos. O Sistema de Informações Turísticas, como proposto, incluirá dados integrados relativos aos municípios integrantes do Polo, ao Estado de Sergipe (para efeito comparativo) e será implantado em rede, de forma a ser alimentado diretamente pelo governo estadual, pelas administrações municipais e pela trade turístico estabelecido no Polo.

Responsáveis: Execução

SETUR/EMSETUR Implantação SETUR/EMSETUR Operação SETUR/EMSETUR Manutenção SETUR/EMSETUR

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 650,00 Custo estimado operação Informação não disponível

Mecanismos de recuperação de custos

Incremento das atividades turísticas; Aumento dos investimentos no setor; Dinamização da economia local.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Aumento da confiabilidade das informações prestadas ao turista; Melhoria da qualidade e adequação das informações; Acessibilidade do Sistema de Informações, verificadas por meio do monitoramento do sistema de informações turísticas e Centros de Atendimento ao Turista.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço:

Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento Retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

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AÇÃO FI 5

Componente: Fortalecimento Institucional Ação: Desenvolvimento/Revisão de Planos Diretores Municipais Participativos.

Objetivo Nortear a ordenação dos espaços urbanos e rurais l e o desenvolvimento de cada município integrante do Polo

Justificativa O Plano Diretor, como orientador da formulação e da implementação das políticas públicas municipais é base para a prática do planejamento e da avaliação de resultados na administração pública local. Sua elaboração, implantação e monitoramento de seu emprego efetivo mobiliza a população local, em um processo de envolvimento e prática cidadã.

Efeito esperado Direcionamento do desenvolvimento municipal com base em instrumento legal reconhecido e eficaz.

Benefícios Formulação de políticas públicas coerentes com as necessidades e características da área de planejamento.

Beneficiários População, administração pública municipal, com ênfase para o setor de turismo

Descrição

Elaboração dos Planos Diretores Municipais Participativos nos municípios do Polo a partir da prática do planejamento participativo, de forma a gerar legislação de cunho estratégico trazendo diretrizes para a gestão das políticas publicas municipais, dentre as quais as relativas ao setor de turismo. É considerada prioritária a elaboração dos Planos Diretores Municipais para os municípios de Santana do São Francisco e Gararu, que ainda não dispõem de tal instrumento de planejamento. Todos os demais municípios integrantes do Polo são alvo potencial de elaboração ou revisão dos respectivos Planos Diretores, na ocasião necessária.

Responsáveis: Execução

Administração pública municipal, com participação da sociedade.

Implantação Administração pública municipal e sociedade.

Operação Não se aplica Manutenção Não se aplica

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 200,00 (Por Município) Custo estimado operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Políticas públicas adequadas; Controle dos gastos públicos; Geração de emprego e renda; Aumento da arrecadação

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Melhoria dos índices de desenvolvimento local; incremento do turismo e do número de turistas; preservação e controle ambiental, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

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cronograma

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento Retroativo

Sim Não X Não X Não X Não X

AÇÃO IS 1

Componente: Infraestrutura e Serviços Básicos Ação: Construção de Orlas e Atracadouros

Objetivo Promover a melhoria da infraestrutura de acesso ao Rio São Francisco integrando os municípios ribeirinhos e dinamizando os roteiros turísticos.

Justificativa A construção de orlas e de atracadouros abre a possibilidade para consolidação de atrações e roteiros ampliando as condições de atendimento aos turistas e incrementando a renda da população local.

Efeito esperado Melhoria das condições de acessibilidade ao Rio São Francisco; Aumento do numero de turistas; Arrecadação de impostos e da captação de empreendimentos turísticos.

Benefícios Ampliação da visibilidade do Polo no cenário turístico nacional; Incremento do número de turistas; dinamização da economia do turismo.

Beneficiários Turistas, empresariado e população local.

Descrição

Tratamento da orla e construção de atracadouros em: • Canindé de São Francisco (integrado à orla urbana - Prainha); • Santana do São Francisco (Povoado Saúde). O objetivo é a criação de espaços e a instalação de equipamentos de interesse turístico para a qualificação do Polo, dando condições para a criação de roteiros, para o recebimento de turistas e realização de eventos, buscando: • aumento da competitividade nos cenários turísticos estadual e nacional; • atração de novos investimentos; • geração de emprego e renda;

Responsáveis: Execução

CEHOP Implantação CEHOP Operação CEHOP Manutenção CEHOP

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 2.700,00 (Canindé de São Francisco) R$ 2.000,00 (Santana de São Francisco)

Custo estimado operação

Custos assumidos por meio de parcerias público-privadas

Mecanismos de recuperação de custos

Aumento no interesse do mercado-alvo; Aumento do número de turistas no Polo, Aumento do interesse em investimentos; Geração de empregos e renda e da arrecadação municipal.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

EIA/RIMA, Estudo Hidrodinâmico e documentos exigidos conforme Art. 8º da Resolução CONAMA nº 237/97.

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Indicadores de resultado e fontes de verificação

Frequência de turistas; Aumento de investimentos; Geração de emprego e renda; Incremento na arrecadação de impostos, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento Retroativo

Sim Não X Não X Não X Não X

AÇÃO IS 2

Componente: Infraestrutura e Serviços Básicos Ação: Construção e Recuperação de Atracadouros

Objetivo Promover a melhoria da infraestrutura de acesso ao Rio São Francisco integrando os municípios ribeirinhos e dinamizando os roteiros turísticos.

Justificativa A construção e a recuperação dos atracadouros cria uma integração das rotas náuticas dos municípios ribeirinhos do Polo Velho Chico, disponibiliza novas possibilidades de atrações e roteiros, fortalecendo o setor turístico, melhorando e ampliando o atendimento aos turistas e incrementando a renda da população local.

Efeito esperado Melhoria das condições de acessibilidade ao Rio São Francisco.

Benefícios

Ampliação da visibilidade do Polo no cenário turístico Nacional; Aumento do interesse dos mercados-alvo pela região; Incremento do número de turistas; dinamização da economia do turismo.

Beneficiários Turistas, empresariado e população local.

Descrição Construir e recuperar atracadouros em: Poço Redondo (Curralinho e Bom Sucesso); Propriá; e Ilha das Flores (Ilha do Ouro.)

Responsáveis: Execução

CEHOP Implantação CEHOP Operação CEHOP Manutenção CEHOP

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 3.200,00 (Poço Redondo) R$ 1.600,00 (Gararu) R$ 1.600,00 (Propriá)

Custo estimado operação

Custos incorporados assumidos por parcerias público-privadas

Mecanismos de recuperação de custos

Aumento do número de turistas; Aumento dos investimentos; Geração de empregos e renda.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

EIA/RIMA, Estudo Hidrodinâmico e documentos exigidos conforme Art. 8º da Resolução CONAMA nº 237/97.

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Indicadores de resultado e fontes de verificação

Frequência de turistas; Aumento de investimentos; Geração de emprego e renda; Incremento na arrecadação de impostos, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço: Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento Retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

AÇÃO IS 5

Componente: Infraestrutura e Serviços Básicos Ação: Elaboração de Projeto e Implantação de Central de Tratamento de Resíduos Sólidos

Objetivo Prover meios para o destino e tratamento adequados dos resíduos sólidos em Canindé de São Francisco eliminando os transtornos causados pelos lixões a céu aberto.

Justificativa A implantação de central de tratamento constitui fator prioritário para minimizar os impactos negativos da disposição inadequada dos resíduos sólidos que impactam negativamente a atividade turística local e prejudica a saúde da população residente.

Efeito esperado Minimizar a degradação ambiental; Criar condições propícias ao turismo; Promover melhoria da condição de vida da população local.

Benefícios Melhoria da qualidade de vida da população local e redução da poluição do meio ambiente.

Beneficiários Turistas e população local.

Descrição Criar e implantar central de tratamento de resíduos sólidos em Canindé de São Francisco.

Responsáveis: Execução

EMSETUR/ADEMA Implantação EMSETUR/ADEMA Operação ADEMA Manutenção ADEMA

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado R$ 5.400,00 Custo estimado operação Pertinentes à concessionária de serviços

Mecanismos de recuperação de custos

Geração de emprego e renda; Melhoria da saúde e da qualidade de vida da população.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

De acordo com o Art. 8º da Resolução CONAMA nº 237/97, Licenciamento prévio; Licença de Instalação; Licença de Operação.

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Indicadores de resultado e fontes de verificação

Melhoria dos índices de desenvolvimento humano; aumento do número de turistas; preservação e controle ambiental, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço:

Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim Reconhecimento

Retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

AÇÃO IS 6

Componente: Infraestrutura e Serviços Básicos Ação: Implantação de Sistema de Esgotamento Sanitário

Objetivo Prover o município de Canindé de São Francisco das instalações e normas de operação de sistema de esgotamento sanitário.

Justificativa A implantação de central de tratamento de resíduos em Canindé de São Francisco traz benefícios para os visitantes e para a população local uma vez que evita impactos negativos à atividade turística da região; A implantação evita também a poluição do solo e a proliferação de doenças, inibe-se o surgimento de catadores além de evitar o espalhamento de lixo pela ação dos ventos.

Efeito esperado Evitar a perda de turistas, melhorar a condição de vida da população local e diminuir a degradação do meio ambiente.

Benefícios Melhoria da qualidade de vida da população local e redução da poluição do meio ambiente.

Beneficiários Empresários do setor turístico e população local.

Descrição Planejar e implantar sistema de esgotamento sanitário no município de Canindé de São Francisco. Projetos existentes na FUNASA (2008).

Responsáveis: Execução

DESO Implantação DESO Operação DESO Manutenção DESO

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 2.000,00 Custo estimado operação

Pertinentes à concessionária de serviços

Mecanismos de recuperação de custos

Geração de emprego e renda; Melhoria da saúde e da qualidade de vida da população.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

EIA/RIMA

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Indicadores de resultado e fontes de verificação

Redução do despejo de resíduos poluentes; Melhoria da qualidade ambiental; Melhoria da saúde pública, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço:

Projeto Básico

Sim X Projeto Executivo

Sim X Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim X Não Não Não X Não

AÇÃO GA 3

Componente: Gestão Socioambiental Ação: Implantação e adequação da Agenda 21 Local

Objetivo Dotar os municípios de mecanismos, instrumentos e ações voltados para a gestão socioambiental.

Justificativa A mobilização do poder público e da comunidade residente para tratamento das questões socioambientais dos municípios passa a ser realizada por meio de um plano local – Agenda 21 -, elaborado em bases participativas e em metas pré-definidas.

Efeito esperado Mobilização da população para a preservação ambiental e para o processo educativo para o tratamento das questões socioambientais.

Benefícios Garantia da participação das comunidades locais no desenvolvimento sustentável; Preservação do meio-ambiente; Melhoria da qualidade de vida local.

Beneficiários População local

Descrição

A Agenda 21 Local (por município), como instrumento de natureza participativa, por excelência, elaborada e assumida pela comunidade local com o apoio do poder público, busca conceber diretrizes e estratégias, elaborar e desenvolver planos e programas de Gestão Socioambiental. Inclui o estabelecimento de fóruns de discussão das questões socioambientais, de metas para a utilização sustentável, recuperação e preservação dos recursos naturais e para o desenvolvimento econômico, e a fixação de normas para fiscalização e controle socioambiental.

A implantação adequada da Agenda 21 tem como objetivo: • a prática de conservação dos recursos; • adesão à coleta seletiva e reaproveitamento do lixo; • fiscalização e controle de ações prejudiciais ao meio ambiente; • participação na disseminação da consciência ecológica e práticas sustentáveis; • garantia da implantação de empreendimentos e uso do solo dentro das leis e normas ambientais vigentes. As questões a serem tratadas devem ter como objetivo a apropriação coletiva da importância das práticas sustentáveis. A implementação da Agenda 21 Local é considerada prioritária nos municípios de:

• Canindé de São Francisco; Nossa Senhora da Glória; Gararu; Canhoba; Itabi; Amparo de São Francisco; Telha Cedro de São João;

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Neópolis; Ilha das Flores. A adequação da Agenda 21 Local é recomendada para os demais municípios integrantes do Polo.

Responsáveis: Execução

SEMARH Implantação SEMARH Operação SEMARH Manutenção SEMARH

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 450,00 Custo estimado operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Melhoria da qualidade de vida da população.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Aumento do índice de desenvolvimento humano; Preservação da fauna, flora e recursos hídricos, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço: Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento Retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

AÇÃO GA 4

Componente: Gestão Socioambiental Ação: Elaboração e Execução de Programa Integrado de Educação Ambiental

Objetivo Mobilizar e capacitar a população local, em todos os seus segmentos, em função da importância da preservação ambiental para a manutenção da qualidade de vida e para o desenvolvimento do turismo no Polo.

Justificativa As ações educativas, planejadas e executadas continuadamente, constituem o caminho mais eficaz para o envolvimento social no tratamento das questões ambientais.

Efeito esperado Capacitação e envolvimento da população na preservação da fauna, flora e recursos hídricos.

Benefícios Preservação do meio-ambiente; Melhoria da qualidade de vida; Instalação de condições favoráveis ao desenvolvimento turístico.

Beneficiários População local e turistas

Descrição Adequação e Execução do Programa Integrado de Educação Ambiental em ação conjunta entre a SEMARH e a SETUR, associado ao programa Coletivo Educador do Alto Sertão. As ações devem ser dirigidas para a sensibilização das comunidades urbanas e rurais do Polo quanto à importância do comportamento sustentável e sua relação com a cidadania, com a economia do turismo, a economia

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em geral e com a melhoria e garantia da qualidade de vida.

Responsáveis: Execução

SEED/ EMSETUR/ADEMA

Implantação SEED/ EMSETUR/ADEMA Operação Não se aplica Manutenção Não se aplica

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 250,00 Custo estimado operação

Incluído no custo estimado

Mecanismos de recuperação de custos

Melhoria da qualidade de vida da população; Preservação Ambiental.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Preservação da flora, fauna e recursos hídricos; Melhoria da qualidade de vida; Aumento do número de turistas, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim

Projeto Executivo

Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento retroativo

Sim

Não X Não X Não X Não X

AÇÃO GA 5

Componente: Gestão Socioambiental Ação: Elaboração de Avaliação Ambiental Estratégica

Objetivo Criação de base para a avaliação dos impactos ambientais diretos e indiretos, cumulativos e sinérgicos, dos investimentos para o desenvolvimento do turismo no Polo.

Justificativa

A AAE permite o diagnóstico e o prognóstico da área do Polo como fundamentação para a implantação de políticas, planos e programas. Pode se converter em instrumento para implantação da política ambiental. Além disto, fornece subsídios para a implantação de políticas ambientais e orienta a viabilização econômica, social e ambiental. No Polo Velho Chico a AAE contribuirá para a análise das atividades turísticas geradoras de impactos no meio ambiente e no meio social.

Efeito esperado Gestão adequada de impactos socioambientais gerados pelas políticas locais do turismo e de setores correlatos.

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Benefícios Aperfeiçoamento da administração pública; Políticas públicas coerentes com a realidade local; Aumento da qualidade ambiental; Desenvolvimento do turismo sustentável.

Beneficiários Poder público, turista e população local.

Descrição Trata-se de mecanismo importante para a gestão do meio ambiente, tendo em vista a conservação e a recuperação de áreas ambientais e a utilização sustentável dos recursos naturais para o desenvolvimento do turismo. A AAE é recomendada pelo Prodetur Nacional em seu manual de gestão socioambiental em respeito à Política Nacional do Meio Ambiente e cumprimento de salvaguardas do BID.

Responsáveis: Execução

SEMARH/ADEMA Implantação SEMARH/ADEMA Operação Não se aplica Manutenção Não se aplica

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 500,00 Custo estimado operação Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Recuperação do passivo ambiental do Polo.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Aumento das áreas preservadas e recuperadas e dos investimentos em preservação da fauna, flora e recursos hídricos, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço:

Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

AÇÃO GA 6

Componente: Gestão Socioambiental Ação: Elaboração de Estudos de Capacidade de Carga de Destinos Turísticos

Objetivo Identificar a capacidade de suporte do meio ambiente frente aos impactos de empreendimentos turísticos de médio e grande porte por meio do afluxo de turistas aos atrativos do Polo.

Justificativa A análise da capacidade de carga tem a função de evitar que um grande fluxo de turistas possa gerar danos ao ambiente natural do Polo buscando conservar suas características e belezas naturais e prevenindo as perdas com reparações futuras.

Efeito esperado Perpetuação do produto turístico; Preservação do meio ambiente.

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Benefícios Aumento da atividade turística sustentável; Preservação do meio-ambiente.

Beneficiários Turistas e empresários do setor turístico.

Descrição

Trata-se de avaliar a capacidade de suporte do meio ambiente frente aos impactos de empreendimentos turísticos de médio e grande porte concernentes ao Polo. Os estudos envolvem a elaboração de diagnóstico das áreas ambientalmente frágeis e dos atrativos turísticos pertinentes (atuais e potenciais), bem como a definição de fluxo de pessoas para cada atrativo (capacidade de carga) e indicação da forma de fiscalização e controle. Os recursos ambientais do Monumento Natural da Grota do Angico constituem a área indicada como Piloto para o estudo de capacidade de carga.

Responsáveis: Execução

EMSETUR/ ADEMA Implantação EMSETUR/ ADEMA Operação Não se aplica Manutenção Não se aplica

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 450,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Manutenção da preservação ambiental; Geração e desenvolvimento econômico por meio do turismo.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Crescimento dos investimentos; Preservação da fauna, flora e recursos hídricos; Controle do afluxo de turistas, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço: Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim Não X Não X Não X Não X

AÇÃO GA 7

Componente: Gestão Socioambiental Ação: Realização de Zoneamento Ecológico Econômico Ambiental

Objetivo Identificar as zonas ecológicas, econômicas e ambientais de acordo com as vocações da área de planejamento de forma a orientar o desenvolvimento da economia local e garantir o desenvolvimento sustentável do Polo.

Justificativa A proteção e recuperação das áreas ambientais devem ser realizadas de acordo com o desenvolvimento econômico, para tanto o planejamento deve identificar e orientar a utilização do solo de forma equilibrada e sustentável.

Efeito esperado Orientação do setor econômico para o desenvolvimento sustentável.

Benefícios Aumento da atividade turística sustentável; Preservação do meio-ambiente; Melhoria da qualidade de vida.

Beneficiários População local e setor produtivo

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Descrição O Zoneamento Ecológico Econômico Ambiental constitui, assim como a Avaliação Ambiental Estratégica, a base para a implantação do marco legal do controle ambiental nos municípios do Polo.

Responsáveis: Execução

SEMARH /ADEMA. Implantação SEMARH /ADEMA. Operação Não se aplica Manutenção Não se aplica

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 1.600,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Crescimento dos investimentos nos diversos setores da economia (inclusive no setor turístico); Preservação no meio ambiente; Geração de emprego e renda; Aumento da arrecadação e melhoria da aplicação de recursos para preservação ambiental; Melhoria da qualidade de vida da população.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Melhoria dos índices de desenvolvimento econômico do Polo; Aumento das áreas ambientais recuperadas e preservadas; Melhoria da qualidade de vida da população local, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço:

Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim Não X Não X Não X Não X

AÇÃO GA 8

Componente: Gestão Socioambiental Ação: Elaboração e Execução de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis ou Degradadas e Elaboração de Estudos Ambientais

Objetivo Instalar condições para a prática do ecoturismo em bases sustentáveis .

Justificativa Quando se planeja a atividade turística em áreas naturais frágeis ou degradadas, a primeira preocupação deve estar relacionada à conservação de tais áreas para a manutenção da qualidade e da atratividade do turismo.

Efeito esperado Desenvolvimento turístico pautado na sustentabilidade.

Benefícios Aumento das atividades turísticas sustentáveis; Preservação do meio-ambiente; Aumento do fluxo turístico e da qualidade de vida da população.

Beneficiários Pode público, empresários do setor turístico e população local.

Descrição A elaboração e execução dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis ou Degradadas no território do Polo Velho Chico é condição necessária para a prática do ecoturismo de base sustentável.

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Por outro lado, a captação e a implantação de empreendimentos turísticos de médio e grande porte, previstos para os cenários futuros da área turística, irão demandar dos empreendedores, em parceria com o poder público estadual e local, a realização dos estudos ambientais pertinentes, tais como o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA, como condição indispensável para o licenciamento da instalação de tais empreendimentos.

Responsáveis: Execução

SEMARH /ADEMA Implantação SEMARH /ADEMA Operação Não se aplica Manutenção Não se aplica

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 2.000,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Crescimento do fluxo turístico e dos investimentos no setor; Geração de emprego e renda; Aumento da arrecadação; Melhoria da qualidade de vida da população.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Aumento do número de turistas e de investimentos no setor; Preservação da fauna, flora e recursos hídricos, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço:

Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim Não X Não X Não X Não X

AÇÃO GA 9

Componente: Gestão Socioambiental Ação: Elaboração de Plano Regional de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos

Objetivo Criar diretrizes, mecanismos e ações que permitam a gestão dos resíduos sólidos no Polo integrando todos os municípios que o compõem.

Justificativa

Um plano integrado de gestão de resíduos sólidos para região do Polo que contemple as ações e etapas de separação, reutilização, reciclagem, coleta seletiva e destinação adequadas dos resíduos sólidos, bem como a promoção de educação ambiental para a população residente e flutuante é meio para garantir a sustentabilidade ambiental e do turismo e a promoção da qualidade de vida da população local.

Efeito esperado Fortalecimento das estruturas municipais; Sensibilização da população local para a gestão integrada de resíduos sólidos.

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Benefícios Fortalecimento da atividade turística sustentável; Preservação ambiental e da qualidade de vida da população local.

Beneficiários População local., empresários do setor local e turistas

Descrição

Elaboração do Plano Regional de Gestão de Resíduos Sólidos para os municípios do Polo de forma integrada, buscando incorporar ações de aproveitamento e, reciclagem como forma de fortalecer a cadeia produtiva do turismo. . O Plano constitui subsídio importante para estabelecimento da política estadual de saneamento ambiental aplicada ao Polo, bem como da concepção e implantação das políticas municipais específicas para o setor. O Plano deverá conterá os elementos necessários para o planejamento e a gestão das ações em coleta, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos no Polo Velho Chico.

Responsáveis: Execução

SEMARH /ADEMA e Administração Pública Municipal

Implantação SEMARH /ADEMA e Administração Pública Municipal

Operação Não se aplica Manutenção Não se aplica

Fonte de financiamento

BID / Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 1.200,00 Custo estimado operação

Não se aplica

Mecanismos de recuperação de custos

Melhoria dos índices de desenvolvimento humano; Aumento dos investimento no setor de turismo; Crescimento do fluxo turístico.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

Não se aplica

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Aumento do número de turistas e dos investimentos setoriais; Preservação ambiental, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço:

Projeto Básico

Sim Projeto Executivo

Sim Termo Referencia

Sim Reconhecimento retroativo

Sim Não X Não X Não X Não X

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AÇÃO GA 11

Componente: Gestão Socioambiental Ação: Elaboração de Planos de Manejo de Unidades de Conservação Ambiental

Objetivo Otimização da gestão das unidades de conservação ambiental existentes no Polo.

Justificativa Os planos de manejo das unidades de conservação do Polo constituem instrumento de base para sua preservação em uma área para qual se prevê o ecoturismo como segmento principal do desenvolvimento turístico. Previne-se, assim, danos ao meio ambiente e define parâmetros para o uso e ocupação da área garantindo a sustentabilidade.

Efeito esperado Aperfeiçoamento da gestão das unidades de conservação existentes no Polo.

Benefícios Diversificação do produto turístico; Gestão ambiental responsável e sustentável; Desenvolvimento do turismo.

Beneficiários Poder público, empresários, turistas e população local.

Descrição

A Elaboração de Planos de Manejo versa sobre o estabelecimento de diretrizes, ações e normas para fiscalização das atividades nas Unidades de Conservação, tendo em vista o controle de seu aproveitamento e garantia de perenização de seus recursos e atributos naturais, além de promoção de ações de proteção e recuperação ambiental no bioma da Caatinga e do rio São Francisco. O Plano será elaborado prioritariamente para o Monumento Natural da Grota do Angico em Poço Redondo.

Responsáveis: Execução

SEMARH /ADEMA Implantação SEMARH /ADEMA Operação ADEMA Manutenção ADEMA

Fonte de financiamento

BID/ Contrapartida Custo estimado (R$ 1000,00)

R$ 1.750,00 Custo estimado operação Custeio administrativo à cargo do Estado ou dos municípios

Mecanismos de recuperação de custos

Crescimento do fluxo turístico e dos investimentos no setor; Geração de emprego e renda; Aumento da arrecadação; Melhoria da qualidade de vida da população.

Normas de licenciamento ambiental exigidas

A cargo da SEMARH – Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado.

Indicadores de resultado e fontes de verificação

Aumento do número de turistas e dos investimentos setoriais; Preservação ambiental, verificados por meio das estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.

Relação com outras ações quanto ao cronograma

Nenhuma relação com outras ações quanto ao cronograma, sem impedimentos para o início de sua realização.

Nível de avanço:

Projeto Básico Sim

Projeto Executivo Sim

Termo Referencia Sim

Reconhecimento retroativo Sim

Não X Não X Não X Não X

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4.7. Avaliação dos Impactos Socioambientais

A avaliação procedida considera os impactos socioambientais positivos e negativos das ações do PDITS e indica as medidas mitigadoras para minimizar os possíveis impactos negativos e/ou potencializar os impactos positivos.

Sempre que possível, as ações relacionadas a um mesmo tema foram agrupadas para evitar repetições, buscando maior clareza do conteúdo.

Ainda nesse sentido, são destacadas palavras-chave para a compreensão do benefício dos impactos positivos. Foram também considerados os impactos da implementação das ações previstas no PDITS sobre a qualidade de vida da população, nos aspectos sociais, ambientais e econômicos vinculados ao desenvolvimento do turismo (Tabelas 50 a 69).

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Tabela 50: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico -

Grupo 1 - Palavra Chave - INSERÇÃO

PT 1 – Definição de Mecanismos, Instrumentos e Ações Integradas com outros Polos Turísticos do Estado e de Estados Vizinhos - Fortalecimento das parcerias interestaduais para as rotas turísticas pela integração de roteiros entre os Estados, divulgação e comercialização conjunta, em especial com os estados de Alagoas, Pernambuco e Bahia; PT 2 – Realização de Estudos sobre a Navegabilidade do rio São Francisco para seu Aproveitamento Turístico PT 3 – Elaboração e Execução de Projeto de Sinalização viária Indicativa e Interpretativa PT 5 – Estudo de Potencial para Implantação de Empreendimentos Turísticos PT 9 – Elaboração e Implantação de Roteiros Turísticos no Polo Velho Chico

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras � Destaque e valorização das potencialidades

culturais e atributos físico-espaciais pouco explorados no Polo;

� Criação de nova imagem para a região; � Fomento à divulgação e comercialização

conjunta dos produtos turísticos na região; � Opções variadas de passeios; � Alternativas de geração de emprego e de

renda para a população local; � Maior captação de empreendimentos turísticos

para a região; � Fortalecimento de rotas turísticas interestadual; � Aumento de investimentos em estrutura

turística, criação de empreendimentos de pequeno, médio e grande porte;

� Expansão do mercado em curto e médio prazo.

� Falta de interesse dos Estados e municípios inseridos no contexto do Polo;

� Falta de divulgação dos roteiros integrados.

� Ampla divulgação por meio de propagandas a respeito dos roteiros integrados;

� Participação de representantes do governo e empresários locais na definição dos roteiros;

� Capacitação da mão-de-obra local para atendimento ao turista;

� Incentivos aos empresários para instalação de atividades econômicas relacionadas ao turismo;

� Buscar de parcerias na divulgação regional, nacional e internacional do polo;

� Fortalecer a gestão do turismo com aplicação do plano estratégico de marketing;

� Elaboração de planos e projetos de fortalecimento do turismo por meio da melhoria de infraestrutura e requalificação dos produtos;

� Identificação dos mercados emissores com maior potencial de geração de fluxo de turistas;

� Criação de CAT com pessoal treinado.

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Tabela 51: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 2 - Palavra Chave - ADEQUAÇÃO

PT 11 – Adequação de Áreas de Interesse Turístico na Orla do Rio São Francisco PT 13 – Implantação de Outros Equipamentos Turísticos PT 14 – Reforma e Restauração de Edificações de Interesse Histórico-Cultural e Turístico GA 2 – Provimento de Estrutura turística para Empreendimentos de Pequeno Porte

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras � Criação de ambientes urbanos agradáveis e

propícios para o convívio e atividades de lazer a população local e para os turistas;

� Aumento da permanência do turista nas áreas urbanas;

� Incremento do comércio local; � Aumento do gasto médio diário do turista; � Diversificação dos atrativos turísticos urbanos; � Estruturação espacial das áreas de acesso ao

rio; � Criação de novas alternativas de geração de

emprego e de renda para a população local; � Melhoria da infraestrutura de suporte à

atividade turística; � Criação de lugares de parada, contemplação

e acesso ao rio; � Aumento nos investimentos privados pela

implantação de novos equipamentos urbanos.

� Marginalização de populações locais por falta de acesso aos benefícios;

� Falta de ponto de apoio para receber e encaminhar os visitantes;

� Abandono e degradação; � Falta de incentivos a investimentos no

mercado do turismo.

� Campanhas incentivando a população local para utilização dos ambientes urbanos;

� Incentivo à instalação de comércio para atender a demanda do turista;

� Priorização de mão de obra local quando possível;

� Propaganda dos atrativos turísticos urbanos; � Promoção de parcerias e/ou incentivos entre o

setor público e privado com a finalidade de melhorar as condições para a instalação de estruturas turísticas pela iniciativa privada;

� Criação de Centros de Atendimento ao Turista para a divulgação e orientação do turista;

� Desenvolvimento e realização de um programa de capacitação de mão de obra para o turismo, bem como do empresariado local.

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Tabela 52: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 3 - Palavra Chave - ROTEIRIZAÇÃO

PT 9 – Elaboração e Implantação de Roteiros Turísticos no Polo Velho Chico PT 10 – Adequação da Trilha do Cangaço CM 1 – Criação e Comercialização Conjunta de Roteiros Turísticos Interestaduais

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras � Fortalecimento de parcerias interestaduais; � Criação de roteiros que associam a parte

terrestre e a fluvial; � Fortalecimento de roteiros alternativos como o

“Roteiro do Cangaço”; � Valorização das potencialidades culturais e

atributos físico-espaciais pouco explorados; � Criação de novas alternativas de geração de

emprego e de renda para a população local; � Melhoria na qualidade dos serviços turísticos

ofertados; � Diversificação do produto turístico do Polo; � Aumento da permanência do turista no Polo; � Beneficiamento de todos os municípios

integrantes do Polo; � Desenvolvimento de diferentes segmentos

turísticos.

� Definição de roteiro não adequando às características do Polo e seus visitantes;

� Falta de apoio ao turista nos atrativos; � Falta de infraestrutura nos atrativos turísticos; � Falta de preparo da mão de obra local para

receber os turistas.

� Instalação e equipagem de Centros de Atendimento ao Turista;

� Incentivos a parcerias público-privadas; � Capacitação de mão de obra para o turismo,

bem como do empresariado local; � Levantamento dos atrativos existentes e

potenciais para melhor definição de um roteiro turístico para o Polo.

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Tabela 53: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 4 - Palavra Chave - QUALIFICAÇÃO

PT 6 – Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e do Programa de Capacitação Empresarial PT 15 – Qualificação dos Produtos Artesanais e Apoio para sua Divulgação e Venda PT 8 – Qualificação da Produção Rural voltada para o Mercado Turístico PT 7 – Elaboração e Implantação de Programa de Qualidade para os Equipamentos Turísticos

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras � Inserção das comunidades locais na

atividade turística; � Criação de novas alternativas de geração de

emprego e de renda para a população local; � Melhoria da qualidade dos serviços

relacionados às atividades da cadeia produtiva do turismo (hotelaria, alimentação, vendas, transportes, administração, entre outras);

� Aumento do tempo de permanência do turista;

� Melhoria na qualidade de atendimento ao turista e na divulgação das atividades e roteiros existentes;

� Existência de profissionais preparados para receber a futura demanda turística.

� Falta de interesse da população local e do empresariado para capacitação em turismo.

� Campanhas de esclarecimento da importância da capacitação para o turismo;

� Oferta de cursos profissionalizantes voltados para a formação de mão de obra para as atividades da cadeia produtiva do turismo (hotelaria, alimentação, vendas, transportes, administração, dentre outras).

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Tabela 54: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 5 - Palavra Chave - CONTEXTUALIZAÇÃO

PT 1 – Definição de Mecanismos, Instrumentos e Ações Integradas com outros Polos Turísticos do Estado e de Estados Vizinhos - Fortalecimento das parcerias interestaduais para as rotas turísticas pela integração de roteiros entre os Estados, divulgação e comercialização conjunta, em especial com os estados de Alagoas, Pernambuco e Bahia; CM 5 – Realização de Pesquisas de Fluxo, da Oferta e da demanda Turística. FI 5 – Criação e implantação de sistema de Informações Turísticas

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras � Caracterização dos atrativos turísticos

disponíveis; � Identificação e catalogação dos bens

histórico-culturais e naturais, manifestações folclóricas e religiosas, estruturas turísticas potenciais e existentes no Polo;

� Criação de novas alternativas de produtos turísticos sustentáveis;

� Identificação de áreas propícias ao desenvolvimento das atividades turísticas com conforto, segurança e sustentabilidade;

� Informações sistematizadas; � Conquista de novos mercados; � Possibilidade de captação de novos

investimentos; � Desenvolvimento de estratégia de divulgação

do Polo; � Fortalecimento das parcerias interestaduais; � Direcionamento dos turistas aos atrativos do

Polo.

� Uma metodologia de levantamento de dados errônea pode levar a resultados tendenciosos da situação atual.

� Definição de metodologia de trabalho adequada para o levantamento das informações;

� Elaboração de projetos de gestão do turismo baseados no mapeamento, inventário e diagnóstico da situação atual, com o objetivo de potencializar os atrativos turísticos;

� Capacitação da mão de obra local para atendimento ao turista;

� Incentivos aos empresários para instalação de atividades econômicas relacionadas ao turismo.

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Tabela 55: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 6 - Palavra Chave - DIVULGAÇÃO

CM 2 – Execução do Plano de Marketing CM 3 – Produção e Distribuição de Peças de Divulgação Turística

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras � Divulgação de roteiros e atrativos alternativos

do Polo; � Alcance de destaque no mercado nacional e

internacional; � Captação de maior número de eventos; � Aumento do número de turistas; � Aumento na arrecadação de impostos; � Aumento do número de postos de trabalho

ligados ao turismo; � Integração dos dezessete municípios do Polo

coadunada à divulgação de um roteiro integrado;

� Aumento de investimentos em estrutura turística e criação de empreendimentos de pequeno, médio e grande porte;

� Aumento das vendas e direcionamento dos turistas a todos os atrativos do Polo;

� Expansão do mercado em curto e médio prazo.

� A divulgação enfraquecida e a comercialização pouco eficiente contribuem para que a infraestrutura turística instalada se torne subutilizada;

� Falta de estrutura para atender o aumento do número de turistas.

� Buscar parcerias na divulgação regional, nacional e internacional do polo;

� Fortalecer a gestão do turismo com aplicação do plano estratégico de marketing;

� Elaboração de planos e projetos de fortalecimento do turismo por meio da melhoria de infraestrutura e requalificação dos produtos;

� Identificação dos mercados emissores com maior potencial de geração de fluxo de turistas;

� Capacitação de mão de obra local para atendimento ao turista;

� Criação de CAT com pessoal treinado.

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Tabela 56: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 7 - Palavra Chave - FORTALECIMENTO

FI 1 – Elaboração e implantação de Plano de Gestão de Destinos Turísticos do Polo FI 2 – Fortalecimento de Instâncias Superiores de Governança do Turismo FI 4 – Elaboração e Implantação de Plano de fortalecimento da Gestão Municipal do Turismo FI 6 – Desenvolvimento/Revisão de Planos Diretores Municipais Participativos FI 3 – Desenvolvimento e Implantação de sistema de Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação do Turismo no Polo IS 7 – Expansão e Melhoria do Policiamento Turístico

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras • Capacidade de Gestão municipal e regional

fortalecida; • Profissionais mais capacitados nos órgãos

gestores do turismo no Polo; • Melhor utilização de instrumentos de

planejamento e gestão; • Aparelhamento dos órgãos com equipamento e

mobiliário atualizado e adequado; • Possibilidade de investimentos no âmbito

governamental e da iniciativa privada; • Consolidação do Conselho Intermunicipal de

Turismo; • Desenvolvimento de um sistema de informação

turística; • Garantia de fiscalização e controle da

realização das ações do PDITS e da gestão do turismo em bases sustentáveis.

• Maior segurança no Polo.

• Promover a contínua qualificação profissional de gestores públicos e privados;

• Considerar a preferência de treinamento para os funcionários de carreira de modo a perenizar o conhecimento para a gestão turística do Polo;

• Acompanhamento e controle do crescimento da economia do turismo;

• Fiscalização e controle da realização das ações do PDITS e da gestão do turismo em bases sustentáveis.

• Melhora das condições de segurança para o turista no Polo.

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Tabela 57: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 8 - Palavra Chave - INTEGRAÇÃO

FI 7 – Elaboração e implantação de Plano de Mobilização Social e Participação Comunitária na Gestão do Turismo. FI 4 – Elaboração e Implantação de Plano de Fortalecimento da Gestão Municipal do Turismo

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras � Regulação da atividade turística por meio de

instrumentos de gestão; � Fortalecimento da gestão integrada, inclusive

com incentivo à participação da iniciativa privada e sociedade civil no processo de planejamento;

� Aumento das condições de exploração sustentável do produto turístico;

� Adequação do ordenamento da atividade turística às diretrizes de desenvolvimento urbano e padrões de uso e ocupação do solo dos municípios;

� Compatibilização do desenvolvimento econômico baseado na atividade turística e sua cadeia produtiva com a conservação dos recursos naturais do Polo;

� Aproximação dos processos de gestão da atividade turística nos municípios do Polo;

� Conscientização da importância do planejamento e da capacitação empresarial;

� Aumento das condições de exploração sustentável do produto turístico;

� Aumento da eficiência na gestão público-privada da atividade turística, otimizando os ganhos financeiros, sociais e ambientais.

� Falta de interesse do governo municipal e população local em utilizar as diretrizes especificadas no plano de gestão;

� Dificuldade de compreensão na definição dos papéis de cada um na efetivação do plano.

� Participação da sociedade na elaboração dos planos;

� Conscientização dos gestores governamentais e sociedade civil sobre a importância do planejamento;

� Capacitação empresarial e do poder público, para melhor implementação dos planos;

� Fiscalização por parte de todos os envolvidos (governos, iniciativa privada, sociedade civil, ONGs) no cumprimento das diretrizes dos planos elaborados;

� Definição das competências de autoridades turísticas;

� Maior participação dos conselhos de turismo, quando houver;

� Aperfeiçoamento dos sistemas de informação turístico.

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Tabela 58: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 9 - Palavra Chave - INFORMAÇÃO

CM 5 – Realização de Pesquisas do Fluxo, da Oferta e da Demanda Turística FI 5 – Criação e implantação de Sistema de Informações Turísticas

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os possíveis impactos negativos e/ou melhorar os possíveis

impactos positivos � Disponibilização de informações sobre turismo,

permitindo a tomada de decisões e a formulação de estratégias acertadas;

� Disseminação das informações sobre turismo; � Aumento dos investimentos privados em

turismo; � Fortalecimento da gestão sustentável do

turismo no Polo; � Instituição do Conselho Interfederativo de

Turismo do Polo Velho Chico; � Melhoria no posicionamento do turista e do

investidor quanto aos produtos e atrativos existentes, quanto às informações relevantes para sua estada com segurança e para seu envolvimento nas práticas do turismo sustentável;

� Profissionais mais capacitados para gestão integrada do turismo;

� Base de dados integrada sobre o turismo (mercado, inventário, atividades etc.).

� Subutilização dos dados armazenados; � Falta de diálogo entre os municípios e o

Estado; � Falta de pessoal treinado para elaboração de

análises consistentes e avaliações pertinentes ao desenvolvimento de projetos relacionados ao turismo;

� Dados atualizados sobre os aspectos relevantes para o turismo de todo o Polo para o seu posicionamento e planejamento sustentável.

� Efetiva utilização dos dados em pesquisas, planos e projetos integrados de gestão do turismo no Polo;

� Integração dos municípios do Polo com o Estado para uma melhor gestão do turismo;

� Formação de grupo de analistas treinados para manipulação e desenvolvimento de produtos a partir da utilização adequada dos dados gerados em pesquisas e levantamentos;

� Capacitação para a gestão integrada do turismo em todos os níveis institucionais, da gestão pública e privada;

� Cursos, Programas e Projetos de Capacitação de empresários da iniciativa privada gestores públicos e gestores institucionais para a gestão de práticas sustentáveis do turismo.

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Tabela 59: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 10 - Palavra Chave - CAPACITAÇÃO DOS MUNICÍPIOS PARA A GESTÃO INTEGRADA

FI 2 – Fortalecimento de Instâncias Superiores de Governança do Turismo FI 4 – Elaboração e implantação de Plano de Fortalecimento da Gestão Municipal do Turismo FI 7 – Elaboração e Implantação de Plano de Mobilização Social e Participação comunitária na Gestão do Turismo

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os possíveis

impactos negativos e/ou potencializar os possíveis impactos positivos

� Maior articulação entre governo e entidades de classe na gestão do turismo;

� Profissionais capacitados em todos os níveis institucionais;

� Fortalecimento institucional; � Melhor acompanhamento e controle do

crescimento da economia do turismo; � Garantia da fiscalização e controle da

realização das ações do PDITS e da gestão do turismo em bases sustentáveis;

� Maior participação de empresários, gestores e entidades de classe no desenvolvimento da atividade turística no Polo;

� Aumento da qualidade e eficiência na gestão do turismo do Polo.

� Falta de interesse em colocar em prática os conhecimentos adquiridos em treinamentos de capacitação.

� Cursos de reciclagem periódicos; � Oferta de cursos, programas e projetos de

capacitação de empresários da iniciativa privada, gestores públicos e gestores institucionais para a gestão de práticas sustentáveis do turismo.

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Tabela 60: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 11 - Palavra Chave SANEAMENTO

IS 5 – Elaboração de Projeto e Implantação de Central de Tratamento de Resíduos Sólidos

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os possíveis

impactos negativos e/ou potencializar os possíveis impactos positivos

� Melhoria na coleta do lixo e disposição final dos resíduos sólidos urbanos;

� Minimização do risco de contaminação e poluição do ar, do solo e dos recursos hídricos;

� Minimização da incidência de doenças na população local;

� Sistematização da atividade de reciclagem; � Elevação da qualidade ambiental do Polo,

dos níveis de saúde da população e da qualidade de vida local;

� Melhoria na qualidade ambiental e condições de saúde da população local.

� Geração de cheiros, ruído e degradação da qualidade do ar durante a operação do aterro sanitário;

� Perda de renda pelos catadores com o fechamento dos lixões;

� Falta de incentivo ao trabalho organizado dos catadores de material reciclado

� Degradação ambiental por causa da implantação das obras (erosão, sedimentação, destruição de habitat, desmatamento, etc.).

� Programas de capacitação dos catadores de material reciclado;

� Fiscalização do funcionamento do aterro; � Programas de educação ambiental com

objetivo de incentivar a separação do lixo reciclável;

� Acompanhamento e supervisão das obras; � Respeito aos planos de gestão; � Ampla consulta pública para construção das

obras; � Priorização de mão de obra local quando

possível; � Exigência de estudos de impacto ambiental e

licenciamento ambiental; � Estabelecer programa de zoneamento

territorial ao redor o aterro; � Estabelecer programa alternativo de

emprego (possivelmente um trabalho de separação de lixo ou uma usina de reciclagem com segurança e higiene pessoal).

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Tabela 61: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 12 - Palavra Chave - SANEAMENTO

IS 6 – Implantação de Sistema de Esgotamento Sanitário

Impactos positivos Impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar impactos

negativos e/ou melhorar impactos positivos � Melhoria da qualidade ambiental e qualidade

de vida da população local; � Criação de postos de trabalho na construção

das obras; � Minimização do risco de contaminação das

águas superficiais e subterrâneas devido ao esgoto não tratado ou a infiltração por meio de fossas negras;

� Minimização da incidência de doenças de veiculação hídrica;

� Aumento na arrecadação de impostos; � Melhoria de áreas de interesse turístico na

cidade, em especial na orla do rio São Francisco.

� Degradação da qualidade das águas superficiais e subterrâneas por falta de uma ETE;

� Degradação ambiental devido ao continuado uso de fossas negras e a falta de fiscalização;

� Impactos ambientais decorrentes da implantação das obras, como: erosão, sedimentação, destruição de habitat, desmatamento, poluição sonora e atmosférica (particulados).

� Caracterização e monitoramento da qualidade dos efluentes e dos corpos receptores;

� Fiscalização das ligações na rede de esgoto; � Programas de educação ambiental com

objetivo de incentivar a ligação das casas à rede de esgoto;

� Apoio às famílias de baixa renda sem recursos para se conectar em rede ou sem banheiros em casa;

� Acompanhamento e supervisão das obras; � Priorização de mão de obra local quando

possível; � Elaboração de plano diretor de drenagem

urbana.

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242

Tabela 62: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 13 - Palavra Chave - ACESSIBILIDADE

IS 9 – Elaboração de Projetos e Execução de Obras de Acessibilidade IS 4 – Elaboração de Projeto Executivo e Pavimentação da Rodovia SE 405 – Curralinho – Poço Redondo IS 1 – Construção de Orlas e Atracadouros IS 2 – Construção e Recuperação de Atracadouros

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os possíveis

impactos negativos e/ou potencializar os possíveis impactos positivos

� Incremento no transporte de passageiros (população local e turista);

� Possibilidade de utilização de lanchas, barcos a vela e barcas com motor diesel;

� Melhoria no deslocamento entre as localidades ribeirinhas;

� Implantação de roteiros turísticos terrestres e fluviais integrados;

� Melhoria das áreas de interesse turístico nas cidades, em especial na orla do rio São Francisco;

� Criação de rota navegável no rio São Francisco inserido no Polo;

� Aumento do leque de possibilidades de exploração turística do Polo Velho Chico;

� Integração dos roteiros existentes no Polo; � Aumento da competitividade no cenário

turístico estadual e nacional; � Atração de novos investimentos; � Geração de emprego e renda para a

população local.

� Estudos de viabilidade econômica para pequenos empreendimentos como forma de parceria público-privada, privilegiando os empreendedores locais, de modo a dar segurança ao pequeno investidor na implantação de seu negócio;

� Estudos de viabilidade econômica para negócios de pequeno porte.

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243

Tabela 63: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 14 - Palavra Chave - CRIAÇÃO

PT 12 – Elaboração de Projeto e Implantação do Centro de Referência do Cangaço

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os possíveis

impactos negativos e/ou potencializar os possíveis impactos positivos

� Instalação de novos equipamentos culturais no Polo;

� Aumento do poder de atração dos turistas; � Opção de lazer para a população local; � Ampliação da estadia de turistas; � Aumento do número de atrativos culturais no

Polo; � Aumento do número de postos de emprego

ligados ao turismo; � Fortalecimento do turismo cultural no Polo; � Aumento do leque de possibilidades de

exploração turística do Polo Velho Chico; � Possibilidade de integração de roteiros

turísticos no Polo.

� Subutilização da infraestrutura instalada. � Campanhas de incentivo à população local para visitação ao museu e centro de referência;

� Incentivo à instalação de comércio para atender a demanda do turista;

� Capacitação profissional da população local; � Priorização de mão de obra local quando

possível; � Ampla divulgação dos atrativos turísticos; � Elaboração de roteiros integrados.

Page 260: VC PDITS VOLUME II DOC TEC 15042013

244

Tabela 64: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 15 - Palavra Chave – ATENDIMENTO AO TURISTA

IS 3 – Criação / Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os possíveis

impactos negativos e/ou potencializar os possíveis impactos positivos

� Melhoria do atendimento aos turistas que visitam o Polo;

� Melhoria da gestão do turismo, � Geração de emprego; � Aumento do nível de satisfação dos turistas; � Melhor orientação ao turista em relação ao

aproveitamento de forma integrada dos atrativos existentes no Polo;

� Criação de um entreposto de comercialização do artesanato, arte e produtos turísticos do Polo.

� A falta de divulgação da existência do CAT pode resultar em subutilização dos mesmos;

� Falta de pessoal treinado para atendimento ao turista;

� Localização imprópria do CAT para seu funcionamento adequado no atendimento turístico.

� Elaboração de estudo para melhor localização dos CAT;

� Cursos de capacitação para pessoal de atendimento;

� Priorização de pessoal proveniente da própria comunidade para atendimento aos turistas.

Page 261: VC PDITS VOLUME II DOC TEC 15042013

245

Tabela 65: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 16 - Palavra Chave - SUSTENTABILIDADE

GA 10 – Elaboração de Códigos Municipais de Meio Ambiente GA 8 – Elaboração e Execução de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis ou Degradadas e Elaboração de Estudos Ambientais GA 5 – Elaboração de Avaliação Ambiental Estratégica GA 7 – Realização de Zoneamento Ecológico Econômico Ambiental

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os possíveis

impactos negativos e/ou potencializar os possíveis impactos positivos

� Definição de limitações e condicionantes ecológicos e ambientais para a ocupação e o uso do solo da região;

� Recomposição de vegetação em áreas de preservação permanente, restabelecendo as suas funções ecológicas;

� Preservação dos atributos naturais do Polo como base para o desenvolvimento do turismo;

� Melhoria e manutenção da qualidade de vida da população;

� Conscientização ambiental da população rural e urbana;

� � Integração entre atividades agrosilvopastorís e

turismo; � Adoção de práticas sustentáveis no campo e nas

cidades; � Promoção de ações que contribuam para a

revitalização do rio São Francisco; � Garantia da implantação de empreendimentos e

uso do solo dentro das leis e normas ambientais vigentes.

� Subutilização dos planos de gestão. � Programas de educação ambiental para a

população local e para turistas que visitam a região;

� Criação de instrumentos de gestão destinados à promoção, conservação, preservação e recuperação do patrimônio ambiental local;

� Participação da população na recuperação e conservação dos recursos naturais;

� Efetivo controle dos municípios sobre as ações antrópicas por meio da aplicação da legislação existente e fiscalização eficiente;

� Comprometimento de todos os envolvidos no que diz respeito às denúncias e fiscalização;

� Elaboração e adequação das Agendas 21 locais desenvolvidas no Polo;

� � Dotar os municípios do Polo de instrumentos legais e

condições para assumir o controle efetivo das questões;

� Elaboração de estudos e projetos ambientais para obras que beneficiem a cadeia do turismo;

� Criação de fóruns de discussão das questões socioambientais;

� Estudos ambientais e projetos necessários para a realização de intervenções, obras, recuperação, relocação e readequação em áreas do território do Polo Velho Chico;

Page 262: VC PDITS VOLUME II DOC TEC 15042013

246

Tabela 66: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 17 - Palavra Chave - SUSTENTABILIDADE

GA 9 – Elaboração de Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os possíveis

impactos negativos e/ou potencializar os possíveis impactos positivos

� Melhoria na qualidade ambiental e condições de saúde da população local;

� Alternativa de trabalho para catadores de materiais recicláveis;

� Proteção de mananciais e áreas ambientalmente frágeis,

� Adoção de medidas de educação e de controle ambiental, evitando poluição por resíduos sólidos;

� Conscientização da população local e turistas no que diz respeito aos resíduos sólidos;

� Incentivo a ações de aproveitamento e reciclagem;

� Melhoria nas ações de coleta, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos.

� Subutilização do plano de gestão. � Participação efetiva da população na implementação do plano

� Projetos de educação ambiental com a população local e de turistas

� Participação da população local na disseminação da consciência ecológica e práticas sustentáveis – multiplicadores;

� Implantar sistema e programa de monitoramento ambiental do ar, chorume tratado, água superficial, e água subterrânea;

� Adoção de padrões para localização de aterros sanitários.

Page 263: VC PDITS VOLUME II DOC TEC 15042013

247

Tabela 67: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 18 - Palavra Chave - SUSTENTABILIDADE

GA 11 – Elaboração de Planos de Manejo de Unidades de Conservação Ambiental

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os possíveis

impactos negativos e/ou potencializar os possíveis impactos positivos

� Proteção e restauração de ecossistemas frágeis no interior das unidades de conservação;

� Melhoria das condições de controle e gestão ambiental das unidades de conservação;

� Aumento da conscientização ambiental dos usuários e residentes no entorno das unidades de conservação;

� Incentivo à utilização das unidades de conservação para atividades de ecoturismo;

� Compatibilização das normas de gestão à utilização das unidades de conservação como atrativos turísticos;

� Oportunidade de diversificação do produto turístico do Polo, por meio da integração das unidades de conservação a roteiros integrados;

� Gestão responsável e sustentável das unidades de conservação;

� Geração de empregos para guias de turismo ecológico dentro das unidades de conservação;

� Melhor e maior utilização das unidades de conservação pela população local e turistas;

� Criação de postos empregos para construção das obras;

� Melhoria nas condições de infraestrutura de visitação das unidades de conservação;

� Demarcação de trilhas, criação de estruturas no acesso de visitantes – pórticos de entrada e portarias de controle e acesso;

� Aumento na capacidade de receber eventos acadêmicos relacionados ao meio ambiente;

� Fortalecimento do turismo ecológico na região; � Ampliação da estadia de turistas; � Geração de empregos diretos e indiretos. � Opção de lazer para a população local; � Promoção do uso racional dos recursos naturais.

� Aumento da pressão sobre o meio ambiente natural, com degradação ou destruição de ecossistemas, em consequência do aumento do número de visitantes;

� Pequenos impactos de curto prazo devido à execução de obras.

� Adoção das normas técnicas vigentes e respeito à legislação pertinente;

� Implantação de processo participativo no planejamento;

� Programas e campanhas de conscientização e educação ambiental;

� Efetiva coordenação do órgão ambiental responsável na elaboração do Plano de Manejo.

� Participação efetiva das prefeituras; � Elaboração de planos de gestão e incentivos

financeiros para implantação e eficiente fiscalização da unidade;

� Programas e campanhas de conscientização e educação ambiental

� Incentivo a participação comunitária e ONGs na fiscalização das unidades de conservação.

� Utilização de boas práticas nas obras de implantação;

� Acompanhamento e supervisão das obras; � Priorização de mão de obra local quando possível; � Criação de programas de formação de guias

ecológicos.

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248

Tabela 68: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 19 - Palavra Chave - SUSTENTABILIDADE

GA 3 – Implantação e Adequação da Agenda 21 Local GA 12 – Elaboração e Execução de Projetos de Revitalização de Parques Públicos com Áreas Verdes GA 4 – Elaboração e Execução de Programa Integrado de Educação Ambiental

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os possíveis

impactos negativos e/ou potencializar os possíveis impactos positivos

� Aumento da conscientização ambiental da população local;

� Minimização de formas de poluição e degradação ambiental;

� Incentivo à gestão integrada dos espaços naturais;

� Melhoria e manutenção da qualidade de vida da população;

� Melhoria da gestão ambiental integrada; � Promoção do uso racional dos recursos

naturais; � Promoção de parceria com o programa

Coletivo Educador do Alto Sertão para unificar as ações em educação ambiental otimizando, aumentando seu alcance e potencializando seus resultados;

� Promover ações que contribuam para a revitalização do rio São Francisco;

� Adequação e desenvolvimento das Agendas 21 locais desenvolvidas no Polo.

� Subutilização do plano. � Aplicação do plano em escolas; � Ações e programas de educação ambiental

e Integração econômico-social dirigida para a conscientização das comunidades urbanas e rurais;

� Apropriação coletiva da significação da importância das práticas sustentáveis, integração das comunidades para o estabelecimento de metas de recuperação e preservação ambientais e definição das responsabilidades dos atores locais no processo do desenvolvimento sustentável do Polo Velho Chico.

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249

Tabela 69: Avaliação Socioambiental das Ações do PDITS Velho Chico

Grupo 20 - Palavra Chave - SUSTENTABILIDADE

GA 6 – Elaboração de Estudos de Capacidade de Carga de Destinos Turísticos GA 01 – Promoção de Parcerias para Gestão Ambiental Integrada do Turismo Rural

Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos Medidas mitigadoras para minimizar os possíveis

impactos negativos e/ou potencializar os possíveis impactos positivos

� Proteção de áreas ambientais utilizadas como produto turístico;

� Definição de limitações dos condicionantes ecológicos e ambientais para a ocupação e o uso como produto turístico;

� Evitar poluição e degradação ambiental nos produtos turísticos existentes e potenciais;

� Preservação dos atributos naturais do Polo como base para o desenvolvimento do turismo;

� Maior controle na implantação de empreendimentos turísticos;

� Definição de diretrizes, suporte ambiental, condicionantes e ações mitigadoras para a exploração turística dos atrativos;

� Consideração dos limites de sustentabilidade dos atrativos do Polo;

� Utilização adequada, controlada e sustentável dos atrativos turísticos;

� Garantia da implantação de empreendimentos dentro das leis e normas ambientais vigentes.

� Não cumprimento dos números estabelecidos por parte dos empreendimentos/atrativos;

� Capacidade de carga subestimada ou superestimada.

� Fiscalização eficiente; � Conscientização dos empreendedores de

turismo; � Palestras de esclarecimento a respeito da

sustentabilidade dos empreendimentos turísticos;

Page 266: VC PDITS VOLUME II DOC TEC 15042013

250

4.8. Diretrizes Estratégicas para Gestão Socioambiental

� Planejamento e elaboração de estudos (ambientais, sociais e econômicos) adequados para implementação das ações propostas;

� Implantação de boas práticas para construção, acompanhamento e supervisão das obras necessárias;

� Respeito aos Planos Diretores Municipais e demais instrumentos de gestão do território;

� Incremento das ações de educação ambiental e mobilização da população e dos empreendedores para o planejamento integrado e participativo;

� Ampla consulta pública;

� Adoção das normas técnicas e respeito à legislação vigente;

� Fortalecimento institucional dos órgãos envolvidos;

� Priorização da população local para ocupação de postos de trabalho do mercado turístico e ambiental

� Incentivo à integração dos municípios por meio de obras, incentivos fiscais e planos;

� Incentivos para novos empreendimentos turísticos e de comércio local;

� Capacitação profissional da população local e para empreendedores;

� Fortalecimento da fiscalização ambiental em todo o Polo, em áreas rurais e urbanas;

Na Tabela a seguir estão apresentadas, de forma resumida, as diretrizes estratégicas relacionadas aos aspectos socioambientais, incluindo os indicadores mais relevantes de cada ação, a linha de base de acordo com dados oficiais, além das vantagens socioambientais dos investimentos.

Page 267: VC PDITS VOLUME II DOC TEC 15042013

251

Tabela 70: Acompanhamento e Avaliação das Vantagens Socioambientais das Ações Iniciais do PDITS

Componentes Ações Principais Indicadores

específicos Linha de base

(baseline) 2012 Vantagens socioambientais

Pro

du

to T

urís

tico

Recuperação e manutenção de orlas urbanas.

Número de turistas. Tempo de permanência dos

visitantes.

Orlas degradadas

Melhoria da qualidade das áreas urbanas (qualidade de vida)

Mapeamento da Cadeia Produtiva do Turismo

Levantamento da cadeia produtiva do turismo.

Inventário da oferta turística. Diagnóstico dos

empreendimentos turísticos.

Inexistência de dados

Subsídios ao planejamento sustentável

Roteirização turística do Polo Velho Chico.

Número de turistas. Inexistência de

roteiro Roteiro turístico abrangente e sustentável

Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e do Programa de Capacitação Empresarial.

Número de pessoas capacitadas para o mercado

de turismo.

Existência de plano

Melhoria da capacitação profissional absorção de mão de obra local.

Estudos sobre a Navegabilidade do rio São Francisco para seu aproveitamento turístico

Numero de empreendimentos Inexistência de

projetos

(i) Roteiro turístico abrangente e sustentável; (ii) aumento de empreendimentos turísticos; (iii) geração de emprego e renda

Sinalização Viária Indicativa e Turística Numero de turistas Inexistência de

dados Roteiro turístico abrangente e sustentável

Co

me

rcia

liza

çã

o Execução do Plano de Marketing

Número de visitantes. Frequência de eventos.

Porte de eventos.

Existência do Plano

(i) Divulgação do Polo; (I) melhoria do desempenho econômico

Parcerias interestaduais para estabelecimento de roteiros turísticos integrados

Existência de roteiros integrados. Número de turistas.

Inexistência de parcerias

Existência de roteiros turísticos integrados.

Prospecção para captação de empreendimentos turísticos

Número de empreendimentos Inexistência de

dados (i) Aumento de empreendimentos turísticos; (ii) geração de emprego e renda

Realização de pesquisas de fluxo, oferta e demanda turística.

Levantamento do fluxo de turistas no Polo durante as

estações turísticas

Inexistência de dados

Subsídios ao planejamento sustentável

Page 268: VC PDITS VOLUME II DOC TEC 15042013

252

Fo

rta

lec

ime

nto

Inst

ituc

ion

al

Fortalecimento institucional das instâncias de governança do turismo.

Instituições ligadas à gestão do turismo com condições de

atuação eficiente Inexistência de dados

(i) Melhoria da eficiência da gestão do turismo; (ii) melhoria do desempenho econômico

Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos

Existência de planos de gestão Inexistência de Planos Consolidação do Polo Turístico

Elaboração de Planos Diretores Municipais Existência de planos de gestão Inexistência de Planos Aplicação de instrumentos de planejamento sustentável do desenvolvimento dos municípios

Desenvolvimento e Implantação de Sistema Integrado de Gestão do Turismo.

Existência de Sistema Integrado de Gestão do Turismo

Inexistência de Sistema integrado

Melhoria na gestão do turismo.

Capacitação de gestores públicos de lideranças locais

Eficiência na gestão do Polo Baixo índice de

profissionais capacitados

Capacidade de captação, articulação, gerenciamento e aplicação dos recursos públicos em benefício da população e do Polo.

Fortalecimento da gestão municipal do Turismo

Existência de órgãos, departamentos ou divisões de gestão de turismo em todos os

municípios do Polo

Baixo índice de estruturação

Capacidade de captação, articulação, gerenciamento e aplicação dos recursos públicos em benefício da população e do Polo.

Elaboração do Inventário da Oferta Turística

Levantamento dos bens de interesse turístico

Inexistência de dados Resgate cultural e subsídios ao planejamento sustentável.

Fortalecimento dos órgãos gestores de turismo

Existência de Instrumento de planejamento das ações em fortalecimento institucional

Inexistência de projeto Planejamento das ações em fortalecimento Institucional e alocação de recursos.

Infr

ae

stru

tura

e S

erv

iço

s B

ási

co

s

Implantação de central de tratamento de resíduos em Canindé de São Francisco.

Existência de central de tratamento.

Não existe central de tratamento

Controle da poluição do solo, lençol freático e águas de superfície; reciclagem de lixo; geração de economia, emprego e renda; Sustentabilidade do Polo.

Implantação do sistema de esgotamento sanitário

Existência de sistema de esgotamento sanitário.

Não existe sistema de esgotamento sanitário

Aumento do número de pessoas atendidas. Controle da poluição do solo, lençol freático e águas de superfície.

Construção de orlas e atracadouros. Existência de orlas e

atracadouros.

Inexistência de orlas e atracadouros nas cidades definidas

(i) Existência de marinas e atracadouros viabilizando a aumento do fluxo de turistas; (ii) surgimento de novos empreendimentos; (iii) geração de emprego e renda.

Criação e implantação do Centro de Referência do Cangaço

Número de turistas em Poço Redondo.

Inexistência de dados Inserção de Poço Redondo como parte do roteiro do Polo.

Criação e/ou ampliação de Centros de Nível de satisfação dos turistas. Inexistência de dados (i) Aumento da satisfação do turista; (ii)

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253

Atendimento ao Turista Número de turistas atendidos. aumento da permanência; (iii) aumento do gasto; (iv) melhoria da economia.

Pavimentação da Rodovia SE 405 Existência de acesso em toda as regiões do Polo

Inexistência de rodovia pavimentada

(i) Existência de roteiros turísticos integrados; (ii) benefícios em acessibilidade estendidos à população.

Ge

stã

o A

mb

ien

tal

Elaboração de estudos de capacidade de carga de destinos turísticos.

Capacidade de carga dos atrativos.

Inexistência de dados (i) Capacidade de carga dos atrativos turísticos definida; (ii) sustentabilidade do Polo.

Elaboração e execução do Plano Integrado de Educação Ambiental e Agendas 21 locais

Existência de Plano Integrado de Educação Ambiental.

Inexistência de plano População engajada na preservação Ambiental e nos projetos de gestão.

Elaboração e execução de planos de manejo e usos públicos de unidades de conservação ambiental.

Existência de Planos de manejo e usos públicos de unidades de

conservação ambiental. Inexistência de plano

(i) usos públicos adequados em unidades de conservação ambiental; (ii) sustentabilidade do Polo.

Elaboração do Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos.

Existência do Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos.

Inexistência de plano Aplicação do Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos.

Elaboração e execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e Zoneamento Econômico Ambiental

Existência de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou

degradadas.

Inexistência de plano

(i) Áreas ambientais frágeis preservadas e recuperadas (ii) sustentabilidade do Polo (iii) Usos adequados à capacidade de carga das áreas municipais.

Elaboração e execução de projetos de revitalização de parques públicos e áreas verdes

Parques públicos e áreas verdes revitalizados

Parques públicos e áreas verdes degradadas

(i) Parques públicos recuperados revertidos ao uso turístico e de lazer da população local(ii) sustentabilidade e qualidade de vida no Polo.

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254

CAPÍTULO 5 – FEEDBACK: ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

Page 271: VC PDITS VOLUME II DOC TEC 15042013

255

5. FEEDBACK: ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

A implantação das diretrizes de desenvolvimento e das ações prioritárias definidas no PDITS requer acompanhamento e avaliação para que seja possível verificar o retorno dos investimentos e o alcance dos resultados esperados. O monitoramento da execução do Plano e da evolução do turismo na área de planejamento presta-se também para embasar a revisão e a adequação de seu conteúdo, permitindo a correção de rumos e a retroalimentação do processo.

Desta forma, o processo de acompanhamento, monitoramento e avaliação do PDITS, ao acompanhar o desenvolvimento turístico da área, contribui também para avaliação e revisão das políticas públicas municipais e estaduais, com destaque para aquelas voltadas para o turismo e para o meio ambiente.

O monitoramento e avaliação do desenvolvimento do turismo no Polo a partir da implantação do PDITS deve basear-se em indicadores de resultados previamente concebidos, de forma a servir de base para a tomada de decisões pelos gestores públicos e pela sociedade, incluindo os empreendedores ligados ao setor.

Neste processo, o resultado das intervenções previstas deve ser analisado periodicamente, considerando o todo dos investimentos e comparados entre si.

Considerando a paulatina implantação das ações previstas neste Plano, são propostos três indicadores de resultados, de aplicação mais imediata, que se baseiam na coleta de dados e informações periódicas:

1. Número de pernoites em Canindé de São Francisco, Propriá e Poço Redondo;

2. Taxa de ocupação hoteleira em Canindé de São Francisco, Propriá e Poço Redondo;

3. Número de visitas aos demais municípios do Polo.

A administração pública estadual, em conjunto com os órgãos municipais de turismo, deve expandir, paulatinamente, a coleta, o acompanhamento e o tratamento dos dados relativos aos dezessete municípios do Polo, considerando a progressiva implantação das intervenções e ações propostas para cada localidade a partir dos primeiros dezoito meses, estendendo-se para o período de vigência deste Plano. A aferição e a análise comparativa dos resultados poderão ser realizadas com base em dados históricos já existentes para os indicadores selecionados (nos casos de Canindé de São Francisco e Propriá), mas, também, a partir de informações relativas ao Estado de Sergipe e à região do Alto São Francisco.

� Número de pernoites e taxa de ocupação hoteleira nos municípios de Canindé de São Francisco, Propriá e Poço Redondo.

As estratégias e ações referentes ao mercado turístico, tanto para estruturação de produtos como para divulgação e comercialização, são direcionadas no sentido de aumentar a competitividade e incrementar o fluxo de turistas. Podem identificar o sucesso destas ações, indicadores como o número de pernoites e a taxa de ocupação hoteleira.

O aumento desses números indica o efeito positivo das ações voltadas para a qualificação e diversificação da oferta turística e da comercialização, divulgação e marketing mais eficientes.

� Número de visitas aos demais municípios do Polo.

A diversificação e aumento das opções de lazer e de outras atividades complementares e integradas no Polo, a melhoria das infraestruturas turísticas e urbanas, assim como a

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256

melhoria dos acessos aos municípios do Polo, devem ter como resultado o aumento no número de visitas aos demais atrativos turísticos da região, permitindo a captação de turistas que, anteriormente, se deslocavam apenas para aquelas localidades já consagradas no Polo.

À medida que se consolide o banco de dados a ser constituído para o monitoramento das ações de desenvolvimento turístico do Polo, outros indicadores que identificam os benefícios e o retorno socioambiental esperado para as ações planejadas deverão ser investigados e adotados, se for o caso, dentre eles: (i) número de turistas; (ii) tempo de permanência dos visitantes; (iii) número de pessoas capacitadas para o mercado de turismo; (iv) gasto médio por visitante; (v) nível de satisfação do turista.

Quanto aos indicadores para avaliar a capacidade de suporte dos recursos turísticos, além dos já citados, devem se juntar aqueles normalmente utilizados para avaliar a qualidade de vida da população, relacionados em geral às políticas urbanas, tais como: qualidade e capacidade das infraestruturas e dos serviços públicos; acessibilidade e mobilidade relacionada ao transporte público e a qualidade dos espaços públicos, entre outros.

As análises efetuadas a partir dos indicadores de resultados, pertinentes ao processo de acompanhamento e avaliação da implementação da política de turismo no Polo possibilitarão a obtenção de parâmetros de comparação para embasar suas futuras revisões e adequações, bem como, como avaliar os limites da capacidade de suporte dos recursos turísticos da região.

A Tabela a seguir traz a síntese dos indicadores de resultados para acompanhamento e avaliação das ações prioritárias iniciais do PDITS.

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257

Tabela 71: Acompanhamento e Avaliação do Desenvolvimento do Polo a Partir das Ações Iniciais do PDITS

Componentes Ações Principais indicadores

específicos Linha de base (baseline)

2012 Cenário desejável

Pro

du

to T

urís

tico

Recuperação e manutenção de orlas urbanas.

Número de turistas. Tempo de permanência dos

visitantes. Turismo de 1 dia

Aumento do número e tempo de permanência do turista (taxa de ocupação/pernoites)

Mapeamento da Cadeia Produtiva do Turismo

Levantamento da cadeia produtiva do turismo.

Inventário da oferta turística. Diagnóstico dos

empreendimentos turísticos.

Inexistência de dados Aumento do planejamento de novos empreendimentos

Roteirização turística do Polo Velho Chico.

Número de turistas. Inexistência de roteiro

Roteiro turístico abrangente e sustentável - Aumento do número e tempo de permanência do turista (taxa. de ocupação/pernoites).

Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e do Programa de Capacitação Empresarial.

Número de pessoas capacitadas para o mercado

de turismo.

Deficiência em oferta de mão-de-obra qualificada

Número adequado de profissionais capacitados para atender as demandas do turismo-Aumento da oferta de emprego para a população local.

Estudos sobre a Navegabilidade do rio São Francisco para seu aproveitamento turístico

Numero de empreendimentos Ausência de roteiro fluvial

integrado

Roteiro turístico abrangente e sustentável - Aumento do número e tempo de permanência do turista (taxa de ocupação/pernoites).

Sinalização Viária Indicativa e Turística

Numero de turistas Deficiência em

sinalização turística

Deslocamento orientado e facilitado através dos roteiros do Polo - Aumento do Fluxo turístico.

Co

me

rcia

liza

çã

o

Execução do Plano de Marketing

Número de visitantes. Frequência de eventos.

Porte de eventos. Existência do Plano

Conhecimento em nível nacional e internacional do roteiro turístico do Polo.

Parcerias interestaduais para estabelecimento de roteiros turísticos integrados

Existência de roteiros integrados. Número de turistas.

Inexistência de parcerias Ampliação do mercado

Prospecção para captação de empreendimentos turísticos

Número de empreendimentos Deficiência em oferta de

empreendimentos turísticos de qualidade

Aumento da oferta de empreendimentos e atrativos turísticos inseridos nos roteiros do Velho Chico

Realização de pesquisas de fluxo, oferta e demanda turística.

Levantamento do fluxo de turistas no Polo durante as

estações turísticas Inexistência de dados Aumento dos empreendimentos turísticos

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258

Fort

ale

cim

en

to In

stitu

cio

na

l

Fortalecimento institucional das instâncias de governança do turismo.

Instituições ligadas à gestão do turismo com condições de

atuação eficiente

Inexistência de gestão voltada para o Polo

Gestão atuante, autônoma e responsável.

Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos

Existência de planos de gestão Inexistência de Planos Integração de todos os municípios na economia do turismo do Polo

Elaboração de Planos Diretores Municipais

Existência de planos de gestão Inexistência de Planos

Aumento da qualidade sócioespacial dos municípios – aumento dar atração e permanência de turistas (taxa de ocupação/pernoites)

Desenvolvimento e Implantação de Sistema Integrado de Gestão do Turismo.

Existência de Sistema Integrado de Gestão do Turismo

Inexistência de Sistema integrado

Aumento da eficiência da gestão

Capacitação de gestores públicos de lideranças locais

Eficiência na gestão do Polo Baixa eficiência da

gestão Aumento da eficiência da gestão e na integração dos atores

Fortalecimento da gestão municipal do Turismo

Existência de órgãos, departamentos ou divisões de gestão de turismo em todos os

municípios do Polo.

Baixa eficiência da gestão

Aumento da eficiência da gestão e na integração dos atores.

Elaboração do Inventário da Oferta Turística

Levantamento dos bens de interesse turístico

Inexistência de dados Aumento da oferta de atrativos turísticos integrados

Fortalecimento dos órgãos gestores de turismo

Existência de Instrumento de planejamento das ações em fortalecimento institucional

Baixa eficiência da gestão

Aumento da eficiência da gestão e na integração dos atores

Infr

ae

stru

tura

e S

erv

iço

s B

ási

co

s Implantação de central de tratamento de resíduos em Canindé de São Francisco.

Existência de central de tratamento.

Não existe central de tratamento

Aumento da qualidade da saúde da população, Sustentabilidade do Polo incrementada pela Reciclagem de materiais.

Implantação do sistema de esgotamento sanitário

Existência de sistema de esgotamento sanitário.

Não existe sistema de esgotamento sanitário

(i) Aumento da qualidade da saúde da população; (ii) aumento da satisfação do turista

Construção de orlas e atracadouros.

Existência de orlas e atracadouros.

Inexistência de orlas e atracadouros nas cidades

definidas

Aumento do número e tempo de permanência do turista

Criação e implantação do Centro de Referência do Cangaço

Número de turistas em Poço Redondo.

Inexistência de dados Aumento do número, satisfação e tempo de permanência do turista

Criação e/ou ampliação de Centros de Atendimento ao

Nível de satisfação dos turistas. Número de turistas atendidos.

Inexistência de dados Aumento da satisfação do turista

Page 275: VC PDITS VOLUME II DOC TEC 15042013

259

Turista Pavimentação da Rodovia SE 405

Existência de acesso em todas as regiões do Polo

Inexistência de rodovia pavimentada

Aumento da satisfação do turista

Ge

stã

o A

mb

ien

tal

Elaboração de estudos de capacidade de carga de destinos turísticos.

Capacidade de carga dos atrativos identificada

Inexistência de dados

Aumento da qualidade e sustentabilidade dos novos empreendimentos turísticos (adequação ao segmento principal do Ecoturismo)

Elaboração e execução do Plano Integrado de Educação Ambiental e Agendas 21 locais

Existência de Plano Integrado de Educação Ambiental.

Inexistência de plano Aumento da participação da pulação nas ações de preservação Ambiental e nos projetos de gestão.

Elaboração e execução de planos de manejo e usos públicos de unidades de conservação ambiental.

Existência de Planos de manejo e usos públicos de unidades de

conservação ambiental. Inexistência de plano

(i) Melhoria da qualidade ambiental do Polo;(ii) potencialização do segmento principal

Elaboração do Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos.

Existência do Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos.

Inexistência de plano (i) Melhoria da qualidade ambiental do Polo (ii) potencialização do segmento principal

Elaboração e execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e Zoneamento Econômico Ambiental

Existência de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou

degradadas.

Inexistência de plano

(i) Aumento da qualidade ambiental do Polo;(ii) potencialização do segmento principal; (iii) Aumento da qualidade de vida da população

Elaboração e execução de projetos de revitalização de parques públicos e áreas verdes

Parques públicos e áreas verdes revitalizados

Parques públicos e áreas verdes degradadas

(i) Aumento da qualidade ambiental do Polo;(ii) potencialização do segmento principal; (iv) Aumento da qualidade de vida da população

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260

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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_______. Relatório da demanda turística 2006. Aracaju: Empresa Sergipana de Turismo, 2007.

_______. Relatório da demanda turística 2007. Aracaju: Empresa Sergipana de Turismo, 2008

_______. Relatório da demanda turística 2008. Aracaju: Empresa Sergipana de Turismo, 2009.

_______. Sergipe, um Estado. Vários destinos. Aracaju: Secretaria de Estado do Turismo, 2007.

_______. Plano de desenvolvimento integrado do turismo sustentável – PDITS do Polo Costa dos Coqueirais. Aracaju: Secretaria de Estado do Turismo, 2005.

BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Plano de ações integradas para o desenvolvimento do turismo sustentável na bacia do São Francisco. Brasília: Ministério do Meio Ambiente. Secretaria Executiva, 2006.

_______. PRODETUR Nacional Sergipe, Carta Consulta. Secretaria de Estado do Turismo e Secretaria de Estado do Planejamento, 2008.

_______. Sergipe, Governo de todos - desenvolver e incluir: Planejamento estratégico 2007-2010. Aracaju: Secretaria de Estado do Planejamento, 2007. 54p

_______. Plano Nacional do Turismo: diretrizes, metas e programas 2003

_______. Plano de desenvolvimento econômico de Sergipe Desenvolver-se. Aracaju: Secretaria de Estado do Planejamento, 2007. 50p.

_______, Ministério do Turismo. Plano Nacional do Turismo 2007/2010: uma viagem de inclusão. Brasília, 2007.

_______. Programa de Regionalização do Turismo – roteiros do Brasil: Módulo Operacional 9 – Monitoria e Avaliação do Turismo. Brasília: Ministério do Turismo, 2007.

_______. Programa de Regionalização do Turismo – roteiros do Brasil: formação de redes. Brasília: Ministério do Turismo, 2005.

_______. Programa de Regionalização do Turismo – roteiros do Brasil: turismo e sustentabilidade – conteúdo fundamental. Brasília: Ministério do Turismo, 2006.

Brasil. Programa de Regionalização do Turismo – roteiros do Brasil: ação municipal para a regionalização do turismo. Brasília: Ministério do Turismo, 2006.

3-2007. 2. ed. Brasília, 2003.

_______. Programa de Regionalização do Turismo – roteiros do Brasil: diretrizes políticas. Brasília: Ministério do Turismo, 2004. 32 p.

_______. Programa de Regionalização do Turismo – roteiros do Brasil. diretrizes operacionais. Brasília: Ministério do Turismo, 2004.

_______. Programa de Regionalização do Turismo – roteiros do Brasil. introdução a regionalização do turismo. Brasília: Ministério do Turismo, 2004.

_______. Plano de Ações Estratégicas e Integradas para Desenvolvimento do Turismo Sustentável na Bacia do Rio São Francisco, 2005.

_______.Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil em Sergipe, Brasília: Ministério do Turismo, 2009.

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PARTICIPANTES NA CONSTRUÇÃO DO DOCUMENTO

NOME INSTITUIÇÃO

Adalmir Medeiros Filho Secretaria - Gararu

Ademir Ribeiro Junior IPHAN

Ailton Júnior ABAX-SE

Aislan Borges Technum Consultoria

Alfredo Fred Ferreira Multeventos

Aline Andrade Oliveira SEDETEC

Aline Maria da Silva Sociedade Civil (Artesã)- Nossa Senhora da Glória

Aline Paixão B. Nascimento SEMARH

Ana Cristina C. Prado Dias SEPLAG

Ana Cristina de Jesus Andrade Secretaria de Turismo - Nossa Senhora do Socorro

Ana Laura de Almeida SETRAPIS

Ana Paula S. Costa SEPLAN

Anderson Goes Secretaria de Turismo - Pirambú

Antônio Alves do Amaral SECULT

Antônio Carlos dos Santos Secretaria de Cultura e Turismo - Porto da Folha

Areovaldo de Souza Lima BANESE - Canindé de São Francisco

Beijanine Ferreira Abadia UFS

Bianca Esperidião de Faria SEBRAE

Braulio Lima Secretaria de Turismo - Itaporanga

Bruna M. B. de Alcantara Sociedade Civil (Colonia de Pescadores) - Propriá

Cacilda Campos SINGTUR-SE

Carla da Silva Santos IFS - Lagarto

Carlos Alberto de Paiva Campos Secretaria de Planejamento - Laranjeiras

Carlos José Hora Dantas Secretaria de Turismo - Gararu

Carlos Nascimento EMSETUR

Cassandra C. dos Passos CEEP Jose Rollemberg - Aracaju

Cassia Regina Alves Silva SENAC

Célia do Nascimento SENAC

Celso A. de Oliveira Sociedade Civil - Nossa Senhora da Glória

Cicero Alves dos Santos Sociedade Civil - Nossa Senhora da Glória

Cleberson S. Souza IFS - Lagarto

Clesia Silva Santos FASE

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263

Clewerton Oliveira Santos Prefeitura de Nossa Senhora de Socorro

Cris Abreu EMSETUR

Crislane Santos Moreira SENAC

Cristiane Alcântara UFS

Cristiane Barreto Andrade SEMARH

Daniella Lima Rezende FASE

Dayane Gomes de Souza Secretaria de Turismo - Canindé de São Francisco

Diego Gabriel Ferreira da Costa EMSETUR

Eclison Vasconselos BANESE

Edivaldo Santos Fontes SENAC - Aracaju

Edmilson M. Gois BANESE

Edson Bonfim de S. Junior SEINFRA

Eduardo Santos Silva SEDETEC

Elber Andrade Batalha de Goes SETUR

Eliana Faria e Silva Teleférico de Aracaju

Eliel Felipe de Oliveira Secretaria Municipal de Esp., Lazer e Turismo - N S de Socorro

Elinalva Eloi N. Oliveira CEEP José Figueiredo Barreto

Elisangela dos Santos Souza Hotel a Agência Xique-Xique

Elivaldo S. Simões SEDETEC

Emanuella Carvelho IFS - Aracaju

Erivaldo Vieira dos Santos SINGTUR-SE

Evaldo Santos Moura Sociedade Civil (fotógrafo) - Laranjeiras

Fábio Araújo de Andrade Ind. Com. e Tur. de Aracaju.

Fabricia V. dos Santos Prefeitura - Propriá

Fátima Costa Santos BNB

Fernando Cabral Prefeitura - Santana de São Francisco

Flavia Silva Brandão SEDETEC

Francisco de Assis Pereira Secretaria de Turismo - Pacatuba

Francisco Oliveira da Paixão Secretaria de Cultura e Turismo - Nossa Senhora da Glória

Géil dos Santos Sociedade Civil (Artesão) - Nossa Senhora da Glória

Genilda Vieira do Couto Secretaria de Turismo - Carmópolis

Genivaldo Vieira dos Santos Secretaria de Turismo - Pacatuba

Gicelmo de Oliverira Sá Sociedade Civil (Artesão) - - Nossa Senhora da Glória

Gleicy Pereira CEEP Jose Rollemberg - Aracaju

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264

Grazielle Barbosa Ramos EMSETUR

Helcio Eduardo L. Gomes Canindé de São Francisco

Irineu Fontes Secretaria de Turismo - Laranjeiras

Ivanildo da Conceição Santos CEEP Jose Rollemberg - Aracaju

Izabel Souza Agencia Treze - Aracaju

Jairo Oliveira Angico Tour - Rota do Cangaço

Jane Silva FASE

Jania Maria FASE

Jesse Souza Secretaria de Turismo - Estância

Joab Almeida Silva SEDETEC/ PRODETUR

Joana Melo Oliveira Palácio das Artes - Nossa Senhora da Glória

João Fernandes Prefeitura - Propriá

José Adilson Lima Santos FASE

José Américo Lima Prefeitura de Propriá

Jose Cleuso de Freitas Secretaria de Turismo - Monte Alegre

José Heleno da Silva Canindé de São Francisco

José Roberto de Lima Andrade SETUR

José Wiliam Nunes dos Santos Propriá

Josenilde S. Nascimento Prodetur

Josilene dos Santos Lima Prefeitura de Propriá

Josivania Domingos AVP Comercial

Juliana Vieira de Rezende Porto da Folha

Junior Leonir da Silva Nossa Senhora da Glória

Kassia Cristina S. Matos FASE

Kátia Sandra M. Pimentel ABIH/ ABAV

Kim Moura Costa EMSETUR

Luciana Gomes Alves SEDETEC

Luciana Maria da Silva SENAC

Manoel Resende Neto Superintendente do IBAMA

Manoel Souza Defesa Civil - Propriá

Mara Cassimira FASE

Marcelo Paz Oficina alternativa - Aperipê

Marcia Nair Montes Sociedade Civil (Artesã) - Nossa Senhora da Glória

Marcilio de M. Brito PRODETUR

Marco Antônio Domingues SETUR/PRODETUR

Marco Antônio Menezes Sobral Secretaria de Turismo - Pacatuba

Marcos Antônio B. Barreto SENAC

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265

Margareth Teixeira de Oliveira PRODETUR

Maria Almira M. Leite Secretaria de Turismo - Carmópolis

Maria Andrade das S. Martins Sociedade Civil (Artesã) - Nossa Senhora da Glória

Maria Aparecida de Sousa Santos Sociedade Civil (Artesã) - Nossa Senhora da Glória

Maria Aparecida dos Santos FASE

Maria Aparecida dos Santos Secretaria de Turismo - Nossa Senhora da Glória

Maria de Fatima S. Santos Sociedade Civil (Ação Social B. Fatima) - Propriá

Maria do Socorro Pires SENAC

Maria Jose Sociedade Civil (Doceira) - Nossa Senhora da Glória

Maria Julia Vasconcelos SEBRAE

Maria Lúcia Souza Prazeres OCTEVENTOS

Marisa Adriana S. Dantas Prefeitura - Nossa Senhora da Glória

Mayana Barbosa Aperipê FM/AM

Maykon Christian R. da Silva Prefeitura - Propriá

Miranice Lima Santos MTUR

Nairson Souza ABBTUR

Neide Roque Ferreira Sociedade Civil - Propriá

Oscar Borja UFS

Paloma Rochelle A. Rezende IFS

Patricia Amor D. Andrade SETUR

Patricia Prado C. Souza SEMARH

Patricia Regina S. Matos FASE

Patricia Von Technum Consultoria

Paula Roberto de Amorim Cerâmica Amorim - Propriá

Paulo Alendes Nossa Senhora da Glória

Renato Luiz de Araujo ABRASEL

Ricardo Mendes MTUR

Ricardo Soares F. da Costa EMSETUR

Rivaldo Lima da Silva Secretaria de Turismo - Nossa Senhora da Glória

Roberlania Leite Silva SENAC

Roberta Ariane C. Rabelo SETUR

Roberto Silva Prefeitura - Porto das Folhas

Rogéria Gomes Dantas Secretaria de Turismo - Poço Redondo

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Rogerio dos Santos Secretaria de Turismo - Canindé de São Francisco

Rossemagne Alves Secretaria de Turismo - Propriá

Silene Nazarito Alves Secretaria de Cultura e Turismo – São Cristóvão

Sérgio Araújo Estância

Silvaneide Santos Silva SENAC

Silvio Roberto Araújo Secretaria de Turismo - Canindé de São Francisco

Simone Amorim SEDETEC

Tanit Alvares Bezerra FUNCAJU

Terezinha A. Olivia IPHAN

Theméstocles de A. Bueno Filho BANESE

Valdson da Silva Costa Prefeitura - Santana de São Francisco

Vera Núbia Avelino Santana Agente Cultural - Canindé de São Francisco

Viviana Alves CEEP Jose Rollemberg - Aracaju

Wagner A. de Souza SEINFRA

Waldete Maria Zampiere S e Z Comunicação

Welligton Rodrigues Santos Palácio das Artes - Nossa Senhora da Glória

Wellington Nogueira Amarante SEDETEC

Wellington Teixeira Nunes Prefeitura de Propriá

Wellinton Rodrigues EMSETUR

Wirlan Bernardo SEINFRA

Wittz Santa Rosa dos Santos Semear - Propriá

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267

TECHNUM Consultoria SS

SHIS QI 9 – Bloco D – Sala 203 – Comércio Local Lago Sul – Brasília

CEP 71.625-009 DF [61] 3364.0087 CREA 5307/RF

CAU-DF 16821-1

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