Variantes linguísticas: desfazendo equívocos Prof. Ewerton R. Gindri

Você concorda com a afirmação abaixo?

“Os dialetos socioculturais são basicamente dois: o popular e o culto.” (GESTAR II, TP01, página 58)

Lembrando alguns conceitos: • Dialeto: são as variantes comuns a cada

grupo.

• Norma: pode ser entendida como ordenança, mas no TP 01 é abordada no sentido de regularidade, o que é normal.

• Gramática: é o próprio funcionamento do sistema chamado língua, sendo então possível haver uma gramática para cada sistema socialmente aceito.

• Gramática normativa: dá-se esse nome ao conjunto de prescrições que visam padronizar a fala e a escrita de uma língua, menosprezando a importância das demais variantes.

Vejamos a afirmação abaixo, retirada do TP 01:

Agora responda...

Observemos que o próprio TP 01

diferencia norma padrão de norma culta.

Em resumo, a norma padrão/culta é a que usa certas camadas privilegiadas de sujeitos adultos, normalmente habitantes das grandes cidades.

No Brasil, também, a norma-padrão é a norma culta.

Página 60.

“...a própria norma culta é flexível e “incompleta”, na medida em que a língua do sujeito está sempre em construção. Como qualquer dialeto, ela sofre mudanças no tempo e no espaço, mostra interseções, da mesma forma que se apresenta diferentemente em cada modalidade da língua: oral e escrita.”

(TP01, página 60)

Tendências... Há duas fortes tendências entre os professores de

língua portuguesa, a saber:

1. Um primeiro grupo de professores considera que o domínio da norma culta é o principal objetivo do ensino da língua na escola. esse grupo (que em geral cultua apenas a gramática normativa) despeja nas aulas de Português as regras de uma “língua” que quase parece estrangeira e que não tem qualquer contexto para ser aprendida.

2. Outros que, considerando que o aluno já domina a verdadeira língua (a oral), e na qual ele se expressa com (toda?) eficiência; considerando também que o ensino da norma culta é uma arbitrariedade, dão pouca ou nenhuma importância ao ensino da língua padrão.

Que posição tomar?

OS EXTREMOS SÃO SEMPRE PERIGOSOS