variabilidade e suscetibilidade climÁtica: implicações … (7).pdf · climatológicas da área...

10
359 VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais 25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG ANÁLISE DA VULNERABILIDADE AO RISCO DE DESASTRES NATURAIS NA PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO DO RIO AQUIDAUANA NA CIDADE DE AQUIDAUANA-MS EMERSON PINHEIRO DOS SANTOS 1 KAROLAINE SANTOS DELEPRANI² VICENTINA SOCORRO DA ANUNCIAÇÃO³ RESUMO: As transformações do meio urbano na cidade de Aquidauana, desvinculada de gestão e planejamento eficiente, evidencia muitos problemas socioambientais na atualidade, representados principalmente pelas enchentes e inundações inerentes ao período sazonal de maior precipitação. Representar a área vulnerável ao risco de inundação, a partir da identificação, caracterização e delimitação do espaço estudado na perspectiva de contribuir com medidas preventivas e corretivas para serem efetuadas em áreas prioritárias, e elaboração de diretrizes para a gestão e gerenciamento de riscos, constitui-se na temática desse estudo, uma vez que os resultados apresentam evolução no histórico de desastres naturais, sobretudo, relacionados aos episódios pluviais extremos. PALAVRAS-CHAVES: 1) risco 2) mapeamento 3) cidade ABSTRACT: The transformation of the urban environment in the city of Aquidauana, independent management and efficient planning, shows many environmental problems today, mostly represented by the floods and floods inherent in the seasonal period of higher rainfall. Represent the area vulnerable to flood risk, from the identification, characterization and delineation of the study area in order to contribute to preventive and corrective measures to be carried out in priority areas, and development of guidelines for the management and risk management, constitutions is the subject of this study, since the results show the evolution history natural disasters, particularly related to extreme rainfall episodes. KEYWORDS: 1 ) Risk 2 ) mapping 3 ) City 1 Aluno do Curso de Geografia Bacharelado da UFMS-CPAQ. Bolsista de Iniciação Científica; e-mail de contato: [email protected] ² Aluna do Curso de Geografia Licenciatura da UFMS-CPAQ. Bolsista de Iniciação Científica; e-mail: [email protected] ³ Professora da UFMS, Curso de Geografia, Campus de Aquidauana; e-mail: [email protected]

Upload: trandiep

Post on 02-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

359

VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais

25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG

ANÁLISE DA VULNERABILIDADE AO RISCO DE DESASTRES NATURAIS NA PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO DO RIO AQUIDAUANA NA CIDADE DE

AQUIDAUANA-MS

EMERSON PINHEIRO DOS SANTOS1 KAROLAINE SANTOS DELEPRANI²

VICENTINA SOCORRO DA ANUNCIAÇÃO³

RESUMO: As transformações do meio urbano na cidade de Aquidauana, desvinculada de gestão e planejamento eficiente, evidencia muitos problemas socioambientais na atualidade, representados principalmente pelas enchentes e inundações inerentes ao período sazonal de maior precipitação. Representar a área vulnerável ao risco de inundação, a partir da identificação, caracterização e delimitação do espaço estudado na perspectiva de contribuir com medidas preventivas e corretivas para serem efetuadas em áreas prioritárias, e elaboração de diretrizes para a gestão e gerenciamento de riscos, constitui-se na temática desse estudo, uma vez que os resultados apresentam evolução no histórico de desastres naturais, sobretudo, relacionados aos episódios pluviais extremos.

PALAVRAS-CHAVES: 1) risco 2) mapeamento 3) cidade

ABSTRACT: The transformation of the urban environment in the city of Aquidauana, independent management and efficient planning, shows many environmental problems today, mostly represented by the floods and floods inherent in the seasonal period of higher rainfall. Represent the area vulnerable to flood risk, from the identification, characterization and delineation of the study area in order to contribute to preventive and corrective measures to be carried out in priority areas, and development of guidelines for the management and risk management, constitutions is the subject of this study, since the results show the evolution history natural disasters, particularly related to extreme rainfall episodes.

KEYWORDS: 1 ) Risk 2 ) mapping 3 ) City

1 Aluno do Curso de Geografia Bacharelado da UFMS-CPAQ. Bolsista de Iniciação Científica; e-mail de contato: [email protected] ² Aluna do Curso de Geografia Licenciatura da UFMS-CPAQ. Bolsista de Iniciação Científica; e-mail: [email protected] ³ Professora da UFMS, Curso de Geografia, Campus de Aquidauana; e-mail: [email protected]

360

VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais

25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG

1 - Introdução

As transformações no espaço urbano são constantes para atender as necessidades

humanas. No entanto, submetidas aos sistemas de produção capitalista, tais modificações

não consideram a integridade do geossistema. Assim a sociedade permanece vulnerável

diante dos eventos relacionados aos desastres naturais, uma vez que tem provocado

perturbações no equilíbrio do sistema natural, pois a medida que o processo de urbanização

avança, potencializa-se a complexidade entre atividades humanas e o meio ambiente.

Embora os desastres estejam relacionados a fenômenos de ordem natural, sabe-se que a

ação antrópica tem interferido no sistema.

Situada na porção sul do Estado de Mato Grosso do Sul, a cidade de Aquidauana

apresenta um quadro histórico relacionado aos desastres naturais, sobretudo aos episódios

pluviais extremos. Banhada pelo rio de mesmo nome, Aquidauana deu início ao processo de

formação do núcleo urbano as margens desse curso d’água, encontrando-se ocupada até

os dias de hoje. De acordo com Silva e Joia (2001) em Aquidauana o crescimento de forma

rápida e desordenada acarretou em mudanças profundas nos ambientes naturais.

Assim, pode-se inferir que a expansão do meio urbano na cidade de Aquidauana,

associado ao planejamento ineficiente, tem evidenciado muitos problemas socioambientais

na atualidade, representado principalmente pelas enchentes e inundações inerentes ao

período sazonal de maior precipitação, e têm causado reflexos profundos na qualidade de

vida dos moradores, sobretudo os que ocupam a várzea de inundação do rio Aquidauana,

posto que encontram-se vulneráveis ao risco relacionado aos desastres naturais.

De acordo com (ISDR, 2003), as inundações representam um dos fenômenos

naturais mais ocorrentes no mundo, afetando numerosas populações em todos os

continentes. Atualmente a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil trabalha com o

mesmo conceito da EIRD, o qual define o risco da seguinte maneira: O risco é a

probabilidade de que ocorram consequências prejudiciais e/ou danos, resultado da interação

entre as ameaças e a vulnerabilidade. Convencionalmente o risco é expresso pela equação:

RISCO = Ameaça x Vulnerabilidade.

(Veyret, 2007, p.24) conceitua risco como “percepção de um perigo possível, mais ou

menos previsível por um grupo social ou por um indivíduo que tenha sido exposto a ele”.

Cabe enfatizar que o evento não cria o risco, é necessário que o indivíduo ou grupo

social se encontre vulnerável á ele para a existência do perigo e, perceba o espaço como

perigoso. O risco se inscreve dentro de um contexto social, econômico, cultural, não é

possível, portanto, examinar as representações dos riscos sem considerar as práticas de

gestão. (Veyret, 2007, p.60). Nessa vertente de análise, observa-se que a avaliação de risco

361

VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais

25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG

é de fundamental importância para o planejamento e desenvolvimento das estratégias de

redução de desastres.

O zoneamento é uma ferramenta para que os riscos sejam exprimidos

espacialmente, conferindo-lhes um caráter objetivo. Ele define os espaços em que existem

riscos elevados, em que a ocupação deve ser regulamentada, e muitas vezes até mesmo

proibida, e outros em que o risco é menor ou mesmo até ausente. (Veyret, 2007, p. 60).

Deste modo, enfatiza-se que a gestão do risco enquadra-se no processo de

planejamento e gestão urbana que são atividades diferentes, mas segundo (Souza, 2004,

p,15), devem ser trabalhadas conjuntamente, como complementares. A diferença está na

sua temporalidade, enquanto o planejamento remete ao futuro, a gestão trata do presente.

Assim a prática do zoneamento encontra-se inserida no planejamento. O zoneamento é

classificado por (Souza, 2004, p.73) como ‘’instrumento que pode ajudar a organizar e

planejar o desenvolvimento da cidade, assegurando conforto e bem-estar e a boa aplicação

dos recursos públicos’.

Assim representar e analisar a área vulnerável ao risco de inundação, a partir da

identificação, caracterização e delimitação do espaço estudado é foco desta pesquisa,

visando contribuir com medidas preventivas e corretivas a serem efetuadas em áreas

prioritárias, e elaboração de diretrizes para a gestão e gerenciamento de riscos.

2 – Material e métodos

Para a realização do estudo baseou-se no referencial teórico que direciona os

procedimentos abordados. Autores como Crepani et all (2001), Nunes (2015), Souza (2003),

ISDR (2003), Silva e Joia (2001), Veyret (2007), Jóia e Anunciação (2013), Instituto de

Pesquisas Tecnológicas – IPT-CPRM (2014). Foi realizada análise da variabilidade climática

regional e local, o levantamento de dados por meio de mapeamento das particularidades

físicas da área, mapas de hipsometria, declividade, uso e ocupação, geomorfologia,

pedologia, para auxiliar o trabalho final da setorização da área de estudo. As técnicas

utilizadas nesse procedimento foram à fotointerpretação e geoprocessamento. E usados os

seguintes software, Microsoft Excel, Autocad 14, ArcGIS 10.2.1, Global Mapper 15, para

obter o produto final.

362

VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais

25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG

3 – Resultados e Discussão

O espaço estudado localiza-se na região Centro-Oeste do Brasil, na porção Centro-Oeste

do Estado de Mato Grasso do Sul, no setor Sul do Município de Aquidauana, conforme

mostra Figura 1.

Figura 1. Área da planície de inundação do Rio Aquidauana.

Fonte de dados: Prefeitura Municipal de Aquidauana – Acessado em Janeiro 2016 Organizado por PINHEIRO e DELEPRANI (2016)

A dinâmica atmosférica do Estado de Mato Grosso do Sul é revelada pela

participação da massa Tropical Continental (TC) e massa Polar Atlântica (PA) na atuação

geral e na gênese das chuvas e na variação da temperatura, influenciando as

características climáticas locais em Aquidauana, configurando períodos sazonais definidos

pelo inverno seco e verão chuvoso e atuação das massas de ar Equatorial Continental (EC),

Tropical Continental (TC), Tropical Atlântica (TA) e Polar Atlântica (PA).

Dessa forma, o clima local para Aquidauana pode ser definido pela presença

predominante das massas de ar Tropical Atlântica (TA), Tropical Continental (TC),

Equatorial Continental (EC), principalmente no período de primavera e verão, que são

363

VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais

25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG

responsáveis pelas elevadas temperaturas e elevado índice de precipitação pluviométrica.

No outono e no inverno a penetração dos sistemas frontais (FPA) e a atuação da massa

Polar Atlântica (PA) são responsáveis pelo aumento da velocidade do vento, pela queda

brusca da temperatura e longos períodos de estiagens.

A fisionomia de tropicalidade como representado na tabela 1 das normais

climatológicas da área é evidente no ciclo sazonal da distribuição das temperaturas que se

resume em duas estações bem definidas. A primeira de abril a setembro em que as

temperaturas médias variam entre 20,71 °C e 24,54 °C, e a segunda de outubro a março em

que as temperaturas médias oscilam entre 25,87 °C e 26,98 °C, mantendo-se dentro dos

padrões de amplitudes modestas, características das regiões intertropicais. Pode-se verificar

que existe uma relação entre temperatura e precipitação na região de Aquidauana de

acordo com a sazonalidade. No outono e inverno as temperaturas são amenizadas pela

influencia da massa Polar Atlântica (PA), a continentalidade é responsável pelas massas de

ar com pouca umidade, portanto esse período corresponde à baixa pluviosidade e menores

temperaturas. Por outro lado, na primavera e no verão o clima regional sofre maior influencia

das massas de ar mais úmidas, como por exemplo a Tropical Atlântica (TA), nesses meses

as massas polares perdem força, logo ocorre índices de temperaturas e de precipitações

mais elevados.

Tabela 1 – Normais Climatológicos da cidade de Aquidauana-MS Fonte: INMET – Instituto Nacional de Metereologia (2009)

364

VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais

25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG

Os solos predominantes nas margens dos rios e córregos são do tipo Glei Pouco

Húmico, caracterizado pela complexidade em absorver a precipitação, principalmente

quando estes já se encontram saturados no período chuvoso (outubro/março).

Figura 3. Área da planície de inundação do Rio Aquidauana. Fonte de dados: Imagem Basemap Arcgiz online 2016

Organizado por PINHEIRO (2016)

365

VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais

25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG

O perímetro urbano apresenta predomínio de inclinações de muito baixa fragilidade

que variam entre 0 a 4%, associado a relevos com formas praticamente planas em toda a

região da área urbana. Apresentam-se também declividades de 4 a 10%, classificadas de

baixa fragilidade, representas em áreas minoritárias distribuídas no perímetro urbano da

cidade.

Estes fatores associados a ocupação irregular da planície de inundação

potencializam a ocorrência dos episódios visto que, com a intensidade das precipitações

ocorre a elevação da descarga do canal, resultando no extravasamento do leito normal para

a faixa de inundação da enchente, significativamente refletido na zona ribeirinha da cidade

de Aquidauana.

De acordo com (Jóia e Anunciação, 2013, p 10.) os registros de enchentes no rio

Aquidauana, pela imprensa local, datam de 1965, quando as enchentes desabrigaram

centenas de pessoas. Isto significa que o fenômeno não é um fato novo, ao contrário é um

problema que se alastra há anos na cidade, sendo que o que se agrava é as suas

consequências sociais e econômicas principalmente quando associado ás quatros variações

– duração, tempo, intensidade, e quantidade das precipitações principalmente no contexto

regional, ocorrendo enchentes e inundações, como nos episódios de 1990, 2013 e 2016

representados na figura 4.

Figura 4. Área da planície de inundação do Rio Aquidauana. Fonte de dados: Prefeitura Municipal de Aquidauana e arquivo pessoal – Acessado em Janeiro 2016.

Organizado por PINHEIRO (2016).

366

VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais

25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG

(Nunes, 2015) ratifica que as consequências negativas desses desastres podem

estar mais relacionadas às formas como acontece a ocupação do espaço pela sociedade do

que à magnitude do fenômeno desencadeador. Deste modo, constata-se que a origem dos

efeitos adversos que se materializam nas inundações na cidade de Aquidauana é inerente a

gestão e planejamento.

(Nunes, 2015, p.22) salienta que nas últimas duas décadas, de cada cinco desastres

naturais no mundo dois foram inundações.

O Ministério das Cidades/Instituto de Pesquisa Tecnológica - IPT (2007) (BRASIL,

2007 p.26) conceitua risco como “Relação entre a possibilidade de ocorrência de um dado

processo ou fenômeno, e a magnitude de danos ou consequências sociais e/ou econômicas

sobre um dado elemento, grupo ou comunidade”.

Sabe-se que a gestão de risco implica, em primeiro lugar, no conhecimento do risco

sob a qual uma sociedade está exposta, por meio de seu mapeamento e avaliação. Etapa,

prevista no Art. 6º da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (Brasil, 2012), para

subsidiar o estabelecimento de medidas preventivas e corretivas nas áreas prioritárias.

Salienta-se que esse mapeamento contribui para o planejamento do uso e ocupação do

solo, controle da expansão urbana e avaliação de cenários potenciais de risco. Além disso,

ele pode auxiliar na elaboração de medidas de restrição à ocupação, de modo a evitar a

formação de novas áreas de risco (CPRM, 2014).

(Veyret, 2007, p.60) considera que assinalar o risco em um mapa equivale a ‘’afirmar

o risco’’ no espaço em questão. O zoneamento e a cartografia que o acompanham

constituem a base de uma política de prevenção.

Assim, no mapeamento da área relacionando a ameaça que interfere a vida dos

atores sociais que ocupam a área vulnerável ao risco de inundação nesse estudo, foram

seguidas as classificações em R1–Baixo, R2–Médio, R3– Alto, como critério para

determinação do grau de risco as recomendações do Ministério das Cidades.

367

VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais

25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG

Figura 2. Mapa de Risco à Inundação da área estudada. Fonte: Deleprani, 2016.

O mapa de risco à inundação, indicou, conforme Figura 2, que a faixa de R3 (alto),

localiza-se na planície de inundação sendo área de preservação permanente, atingindo

declividade máxima de 141,00m, abrangendo a Zona para passagem de enchentes. Nesta

faixa se encontram construções que variam entre o padrão proletário e popular.

A porção de área estabelecida em R2 (médio) se relaciona a Zona com restrições,

com topografia variando entre 141,00m e 142,50m. Com construções de padrões

econômicos simples e médio, mais afastadas da barranca do rio.

O setor que envolve R1 (baixo) apresenta topografia aproximada de 143,40m,

caracterizada como área mista residencial e comercial, classificado como Zona de baixo

risco, com probabilidade efêmera de ocorrência de inundação, salvo os episódios

excepcionais.

368

VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais

25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG

4 – Considerações Finais

O mapeamento da área vulnerável ao risco de inundação revelou que a

materialização dos episódios de desastres naturais, associa-se aos aspectos físicos

geográficos do espaço, aos índices pluviométricos regionais e ao uso e ocupação no local.

Configurando-se como um instrumento de contribuição na elaboração de diretrizes para o

plano de gestão de desastres naturais com base na realidade local, possibilitando o

estabelecimento de comunicação sobre eventos climáticos extremos e risco potencial na

área da planície de inundação do rio Aquidauana, na cidade de Aquidauana.

5 – Referências BRASIL. Ministério das Cidades / Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT. Mapeamento de Riscos em Encostas e Margem de Rios – Brasília: Ministério das Cidades; Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT, 2007. BRASIL. Lei Nº 12.608, de 10 de abril de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – PNPDEC; dispõe sobre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil – SINPDEC e o Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil – CONPDEC; e dá outras providências. Brasília, 2012. CPRM 2014 file:///C:/Users/ADM/Documents/Downloads/1096-Nota_Tecnica_Explicativa_CPRM_IPT_Publicacao_3016_EDICAO_1.pdf INTERNATIONAL STRATEGY FOR DISASTER REDUCTION - ISDR - UN. Secretariat. United Nations documents related to disaster reduction 2000-2007: Advance copy. Geneva, UN. International Strategy for Disaster Reduction (ISDR). Secretariat, 2007. JOIA, P. R. . Origem e evolução da cidade de Aquidauana-MS. Revista Pantaneira , v. 7, p. 34-49, 2005. JOIA, P. R. ; ANUNCIAÇÃO, Vicentina Socorro da . Inundações urbanas e vulnerabilidade socioespacial na cidade de Aquidauana. Geografia (Londrina) , v. 22, p. 5-23, 2013. NUNES, LUCÍ HIDALGO. Urbanização e desastres naturais. São Paulo: Oficina de Textos, 2015. SILVA, J. F. da.; JOIA, R. P. Territorialização e Impacto Ambiental: Um estudo da Zona Ribeirinha de Aquidauana-MS. Revista Pantaneira, Aquidauana, volume 3, nº 1 p17-30, 2001. SOUZA, M, L. de; RODRIGUES, G, B. Planejamento urbano e ativismos sociais. São Paulo: UNESP, 2004. SILVEIRA, C. T.; OKA-FIORI, C; FIORI, A. P.; ZAI, C.. Mapeamento de declividade de vertentes: aplicação na APA de Guaratuba / Paraná. In: VI Simpósio Nacional de Geomorfologia / Regional Conference on Geomorphology. Anais. 2006, Goiânia. VEYRET, Y. (org). Os riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 2007.