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Marco Antonio Santos Vicente advogado
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO-SP.
SUELI LOPES, brasileira, casada, agente técnico de assistente de saúde, portadora da cédula de identidade RG n° 11.312.104-0, devidamente inscrita no CPF/MF sob n° 006.200.008-05, residente e domiciliada nesta Capital na Av. Min Petrônio Portela n° 1746 —São Paulo/SP - CEP: 02802-120, por seu advogado que ora subscreve (instrumento de mandato anexo), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, para propor:
AÇÃO DECLARATÓRL4
em face da FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAuw/sp, na pessoa de seu representante legal, pelos fatos e fundamentos a seguir articulados:
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DOS FATOS
I. A Autora, é servidora pública Estadual, dentre as parcelas de sua remuneração total recebe o prêmio de valorização ou de incentivo, vantagem instituída pela Lei n° 8975 de 25/11/1994 (Docs. 35/92), quando deixou de se estabelecer prazo final para o recebimento do beneficio.
I1. Ocorre que apesar de receber mensalmente o referido prêmio desde sua instituição, estando lotado no Hospital Geral Dr. J. Pangella — vila Penteado, conforme cópias dos comprovantes em anexos (Docs. 35 a 92), ele não era considerado para fins de pagamento do 13° (décimo terceiro) salário. A Autora sofre este prejuízo até o reconhecimento da administração pública de seu próprio erro, com a publicação da Lei n° 8975 de 25/11/1994, instituindo um novo plano geral de cargos, vencimentos e salário para os servidores das classes, onde houve a absorção de várias gratificações e prêmios no salário do quadro, dentre elas o prêmio incentivo.
111. A Autora, repetindo sofre até a presente data. os prejuízos causados, pela Ré, qual nunca efetuou o pagamento dos valores do 13" (décimo terceiro) e 1/3 ( um terço de férias), com incidência sobre o prêmio incentivo, desde a vigência da Lei Supra mencionada, qual instituiu o referido prêmio.
IV. A Autora, vem propor a presente demanda para que seja declarado o direito ao recebimento do prêmio incentivo no 13° (décimo terceiro salário) e 1/3 (um terço) de férias, pelo período de vigência. da Lei n" 8975 de 25/11/1994, considerando direito amparado na Constituição Federal e também na Constituição Estadual Paulista.
DO MÉRITO
Da Concessão do prêmio incentivo e o Flagrante Aumento Disfarçado
V. para demonstrar a verdadeira intenção do Governo do Estado em burlar a matéria Constitucional no que tange o conceito de remuneração, cabe avaliar o momento, exercício de 1996, em que foi instituída a Lei n° 8975/1994, qual concedeu o prêmio incentivo.
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Marco Antonio Santos Vicente
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VI. É sabido por que a remuneração do servidor público é multi-parcelar, composto por um salário base e vantagens incorporadas, não incorporadas e vantagens de caráter eventual.
Nesse sentido a lição de Diogenes Gasparini
"Vencimento e vencimentos são expressões próprias do regime estatutário e sempre estão referidas ao cargo — vencimento tem acepção estrita e correspondente a retribuição pecuniária a que faz jus o servidor pelo efetivo exercício do cargo. E igual ao padrão sou valor de referência é sempre indicada por essa palavra (vencimentos), grgfada no singular. Vencimentos tem sentido lato correspondente à retribuição pecuniária a que tem direito o servidor pelo efetivo exercício do cargo acrescida pelas vantagens pecuniárias (adicionais e gratificações) que lhe são incidentes. Compreende o padrão e as vantagens do cargo ou as pessoas "(grifo nosso)
VIL No caso em tela, tratamos de uma premiação, que efetuada mensalmente em caráter geral para todos os servidores Estaduais previsto em Lei, com valor fixo mensal, com variante conforme a carga horária (20, 30 e 40 horas semanais) e função, no caso da Autora cabe sobre 20 (vinte) horas semanais, inclusive tal parcela incide os descontos de Imposto de Renda, quando ultrapassado de sua cota mínima.
V111. De caráter geral o prêmio foi concedido em 1994, evidentemente para disfarçar um aumento aos servidores públicos Estaduais, já que naquele ano não foi concedido verdadeiro aumento, qual seria sobre o salário.
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Marco Antonio Santos Virente advogado
Do Direito ao Recebimento do 13" (décimo terceiro salário) e 1/3 (um terço) Constitucional de férias, com a parcela do prêmio incentivo, ressaltando que o 13" (décimo terceiro) salário e o adicional de 113 (um terço) sobre das férias, são direitos sociais garantidos pela Lei maior. Senão Vejamos:
Art. 7" "São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição social;
VJII --- décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
XVII --gozo de férias, anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal,-
IX. A Constituição Federal, ainda especifica sobre os direitos dos servidores, fixando em seu § 3", do artigo 39 o direito do 13" (décimo terceiro) salário, bem como o gozo das férias, nos mesmo termos do artigo T, V111. da CF/88, vejamos:
Artigo 39 "A união, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos poderes.
3 0 - Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7", IV, VII, VIII, IX, XII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a Lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir."
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Marco Antonio Santos Vicente
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X. O 13" (décimo terceiro) salário, tem natureza salarial, como uma gratificação compulsória por força de Lei, instituída no Brasil pela Lei 4090 de 13 de Julho de 1962, disciplinando o pagamento deste no mês costumeiramente de Dezembro.
XI. Para o servidor paulista está previsto no artigo 124, § 3° da Constituição Estadual Paulista, ainda regulamentada pela Lei n" 644 de 26/12/1989.
XII. Desta forma, como demonstrado acima, com base não só na Constituição Federal, bem como na Constituição Estadual Paulista, o pagamento do 13° (décimo terceiro) salário e 1/3 de férias, sobre o total da remuneração em acordo com a Constituição Federal, é devida a Autora.
XIII. Como pode verificar não há impedimentos aos recebimento do 13° (décimo terceiro) salário e 1/3 (um terço) de férias, sobre a parcela do prêmio incentivo, recebido mensalmente pela Autora, conforme faz prova, os últimos comprovantes de rendimentos em anexo (Docs. 05 a 70), pelo contrário, tendo em vista ser pagamento permanente da remuneração mensal entende-se obrigatório os pagamentos indicados no artigo 7° da CF. Resta claro, que por tratar de parcela que integra a remuneração do servidor, o prêmio incentivo, deveria ter sido pago em todos os 13" (décimo terceiro) salários e todos os períodos de férias, desde a sua instituição, ou seja, desde 1994.
XIV. Assim, como já demonstrado acima, o 1.3" (décimo terceiro) salário e 1/3 (um terço) de férias, devem serem devidamente pagos sobre o total da remuneração, consoante a norma Constitucional incluindo a parcela do prêmio incentivo, qual a Autora recebe mensalmente, desde o início de seu labor, conforme faz prova os documentos inclusos aos autos, nestas condições deverá a Ré, ressarcir os prejuízos acarretados a Autora.
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Marco Antonio Santos Vicente
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A Constituição federal em seu artigo 37 estabelece:
A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência...
Já no Código Civil Brasileiro no seu artigo 186 estabelece:
"Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito,
XV. Demonstrado, portanto, o autor que perfaz do direito a perceber as parcelas vencidas das vantagens em lide, sob pena de perpetuar-se o injusto enriquecimento da administração pública.
Vejamos algumas jurisprudências sobre o tema:
" E inegável que a verba tem natureza remuneratória, e dessa fornia deve ser compreendida na base de cálculo do décimo terceiro salário. Isso porque o artigo 7", VIII, da Constituição Federal, aplicável aos servidores do Estado por . fiva do artigo 39, 3" da Carta e do artigo 124, 3", da Constituição Estadual, determina que o pagamento do décimo terceiro se fará com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria. Ademais, ao contrário do alegado pela Fazenda, a LC 644/89 prevê a incidência do 13 ° salário sobre a gratificação de produtividade (ar!, 1" 2", item 2). Incompatível, pois com os dispositivos constitucionais e a referida lei complementar estadual a determinação de exclusão da vantagem pelo art. 4", parágrafo único da Lei 8975/94. Da mesma forma considerando o seu caráter remuneratório, vantagem deve ser incluída para cômputo do terço constitucional das férias (art. 7", XVII e 39,,sC 3", da CF). Correto, portanto, a sentença que, diante das considerações expendidas, não violou os princípios da separação dos poderes e da legalidade (arts. 2", 5" 11 e 37, caput da CF), mas apenas cuidou de aplicar a legislação estadual de maneira compatível com os dispositivos constitucionais anteriormente mencionados (Apelação cível n" 670.974.5/400 rel. Dês. Antônio Carlos, Villen)
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Marco Antonio Santos Vicente
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"Servidores Públicos Prêmio de Incentivo à qualidade. Leis 8.975/94,
9.185/95 e 9.463/96. Integração aos vencimentos para fins de décimo terceiro
e acréscimo de 1/3 de férias. Admissibilidade. Art. 7", VIII, CF, no que tange ao valor da remuneração do décimo terceiro, não outorga poderes discricionários do legislador, pois o conceito teorético -integral - impõe o pagamento da remuneração havida no mês de dezembro de cada ano. A norma constitucional, portanto, não dá liberdade ao legislador para tal
redução. Reduzir- o valor da remuneração (vencimentos no plural), mesmo por Lei, ofende a referida garantia constitucional. E o mesmo raciocínio aplica-se ao acréscimo de 1/3 de .férias. Sentença de Improcedência, recurso provido".(Apelação Cível 730.595.5/0-00. reL Dês. Guerrieri Resende, LISP)
***SEGUE EM ANEXO PLANILHA DE CÁLCULO, DISCRIMINADO OS VALORES QUE PRETENDE RECEBER RETROATIVOS NÃO ALCANÇADOS PELA PRESCRIÇÃO
DO PEDIDO
Diante de todo Exposto Requer, a Vossa Excelência que:
a) Determine a citação da Ré, na pessoa do seu representante legal, para querendo, venha contestar a presente Ação Declaratória, sob as penas da Lei;
b) Ao final seja julgado PROCEDENTE, a presente, para que seja declarado e reconhecido o direito da Autora, afim de reconhecer do direito ao recebimento do prêmio incentivo, calculado sobre o
( .13.1,0écimo terceiro) salário, corno também a incidência de 1/3 (uni terço)_de férias, nos termos da norma, apostilando devidamente o direito que instituiu a parcela que se tornou permanente, para condenar a Ré ao pagamento retroativo dos valores não pagos a Autora, a saber o montante de R$ 5.766,00 (cinco mil setecentos e sessenta e seis reais), planilha em anexo, por toda a vigência da Lei n" 8.975/1994, que instituiu o prêmio incentivo;
c) Condenar a Ré ao apostilamento do direito e ao pagamento de todas as parcelas devidas a título de prêmio incentivo, no 13" (décimo terceiro) salário e 1/3 (um terço) sobre as férias ao Autor, com aplicação dos juros nos termos do artigo 406 do Código Civil e atualização monetária.
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d) Requer, seja a Ré, condenada ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios, estes sendo arbitrados conforme o entendimento de Vossa Excelência;
e) Requer os benefícios da Justiça Gratuita, por ser a Autora, pobre na concepção jurídica do termo, não podendo arcar, com a custas e despesas processuais, sem prejuízo do seu sustento e de sua família (Does. 02 , 54 e 55).
Protesta-se, por todos os meios de direitos admitidos, em especial pela juntada dos documentos, oitiva de testemunha caso necessário, expedição de ofícios, periciais em especial, depoimento pessoal do representante da Ré, o que desde já o requer.
Dá-se a causa o valor de R$ 7.419,00 (sete mil quatrocentos e dezenove reais), somente para fins de alçada.
Nestes Termos, Pede Deferimento.
São Paulo, 07 de março de 2015.
Marco Antonio Santos Vicente OAB/SP n" 140.527
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SENTENÇA
Processo n°: 1008078-79.2015.8.26.0053 Classe - Assunto Procedimento do Juizado Especial Cível - Gratificação Natalina/13°
Salário Requerente: Sueli Lopes Requerido: Fazenda Pública do Estado de São Paulo
Justiça Gratuita
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Luiza Barros Rozas
Vistos.
Relatório dispensado, nos termos do artigo 38 da Lei n° 9.099/95.
DECIDO.
O feito comporta o julgamento antecipado da lide, pois a questão de mérito é
unicamente de direito, prescindindo de instrução probatória, nos termos do art. 330, inciso I,
primeira parte, do Código de Processo Civil.
A leitura da Lei Estadual n° 8.975/94 - e alterações instituídas pelas promovidas
pelas leis n° 9.185/95 e 9.463/96 e o Decreto n° 42.955/98, especialmente o artigo 1° deste último -
autorizam a conclusão de que o Prêmio de Incentivo constitui vantagem mensal paga a todos os
servidores em exercício na Secretaria da Saúde, sem levar em conta qualquer circunstância
extraordinária ou anormal de execução do serviço (gratificação de serviço) ou mesmo qualquer
condição pessoal do servidor (gratificação pessoal).
E, se assim é, possível afirmar que o Prêmio de Incentivo representa retribuição
pecuniária que não pode ser qualificada como gratificação em face de sua generalidade, muito
embora a lei estadual em comento consigne que o Prêmio não se incorpora aos vencimentos para
nenhum efeito.
Considerando que o Prêmio é pago, desde sua instituição, em 1995, a todos os
profissionais da área da saúde, ativos ou inativos, e sem qualquer condição especial, possível
concluir que este prêmio nada mais é do que um reajuste disfarçado concedido aos servidores, de
caráter permanente e que tem natureza de vencimentos.
Deste modo, tratando-se de vantagem percebida pelo servidor em caráter
permanente, deve esta integrar o cálculo do décimo terceiro e do terço constitucional de férias.
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Outrossim, o dispositivo da Lei 8.975/94 que determina a exclusão de tal
vantagem do cálculo do décimo e do terço constitucional de férias, à vista do disposto nos incisos
VII e XVI do artigo 7° da CF, mostra-se flagrantemente inconstitucional.
Nesse sentido:
"O prêmio de incentivo foi criado pela Lei n° 8.975/94 para os servidores em
exercício pertencentes à Secretaria de Estado da Saúde.
Posteriormente, o beneficio passou a ser devido por prazo indeterminado em
razão do advento da Lei n° 9.463/96, e sua concessão foi regulamentada pelo Decreto Estadual n°
41.794/97.
Portanto, não se trata de uma gratificação "pro labore faciendo" e tampouco se
trata de vantagem eventual e transitória, mas sim de vantagem geral, verdadeiro aumento de
concessão definitiva aos servidores daquela Secretaria.
A verba em questão possui natureza remuneratória, devendo assim ser integrada à
base de cálculo do décimo terceiro salário e terço constitucional de férias, observada a
prescrição quinquenal. Entendimento esse em perfeita consonância com o art. 7°, VII, da
Constituição Federal, aplicável aos servidores estaduais por força do art. 39, § 3°, dessa Carta e
do art. 124, § 3°, da Constituição Estadual." (Apelação/Reexame necessário n°
004905-39.2012.8.26.0562, 30 Câmara de Direito Público, Rel. Des. Ronaldo Andrade, data do
julgamento: 16/09/2014).
Isto posto e pelo mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE aresente
ação e extinto o feito, com resolução de mérito, nos termos do art. 269, inciso 1, do Códi
Processo Civil, para condenar a ré a incluir no cálculo do décimo terceiro e do terço constitucional
de férias, a vantagem pecuniária denominada prêmio de incentivo, instituída pela Lei Estadual n°
8975/94 e alterações posteriores, mediante apostila, bem como ao pagamento das parcelas
vencidas no montante de R$ 7.419,00.
Para a atualização monetária e incidência dos juros moratórios, aplica-se, a partir
da vigência da Lei Federal n° 11.960, de 29 de junho de 2009, o disposto na atual redação do
artigo 1° - F da Lei n° 9.494/1997, bem como o disposto na Lei n° 12.703/12, a partir de sua
vigência.
Custas e honorários indevidos na forma do artigo 54 da Lei n° 9.099/95.
P. R. I.
São Paulo, 29 de maio de 2015.
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I ma Colég io Recursal Central da Capital Fórum João Mendes Júnior - 18° Andar, sala 1806, Centro - CEP 01501-900, Fone: 2171-6315, São Paulo-SP
Processo n°: 1 O O 8 O 7 8- 79 . 2 O I 5 . 8 . 2 6 . 0053
Registro: 2015.0000080918
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso Inominado n°
1008078-79.2015.8.26.0053, da Comarca de São Paulo, em que é recorrente FAZENDA
PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, é recorrida SUELI LOPES.
ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 4a Turma - Fazenda Pública do
Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão:Negaram provimento ao recurso.
V. U., de conformidade com o voto do relator, que integra este acórdão.
O julgamento teve a participação dos Desembargadores SIDNEY DA SILVA
BRAGA (Presidente) e RODRIGO CESAR FERNANDES MARINHO.
São Paulo, 23 de setembro de 2015
Carlos Eduardo Borges Fantacini
Relator
Assinatura Eletrônica
Recurso Inominado n° 1008078-79.2015.8.26.0053
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Colégio Recursal Central da Capital Fórum João Mendes Júnior - 18° Andar, sala 1806, Centro - CEP 01501-900, Fone: 2171-6315, São Paulo-SP
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Processo n°: 1008078-79.2015.8.26.0053
Voto n° 318
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SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL PRÉMIO DE INCENTIVO A
QUALIDADE (PIC) (PIC) Instituído pela Lei Estadual n.° 8.975/94
Pretensão de incidência na base de cálculo do décimo terceiro salário e o
do terço constitucional de férias - Possibilidade o O décimo terceiro co o
salário, as férias e o terço constitucional devem ser calculados com base o
na integralidade da remuneração percebida, independente de natureza da
gratificação - Sentença mantida. Recurso improvido.
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Cuida-se de recurso inominado interposto pela ré contra sentença que
julgou procedente o pedido de inclusão do prêmio de incentivo à qualidade na base de
cálculo do décimo terceiro e terço constitucional de férias.
Intimada, a recorrida apresentou contrarrazões.
O recurso não merece provimento.
O prêmio de incentivo à qualidade foi instituído pela Lei Estadual n.°
8.975/94 pelo prazo de doze meses, com caráter experimental e transitório. Após, foram
editadas as Lei Estaduais n.° 9.185/95 e 9.463/96, que garantiram a continuidade do
pagamento da gratificação.
Por seu turno, o artigo 7°, incisos VIII e XVII, da Constituição da
República assegura aos trabalhadores rurais e urbanos "décimo terceiro salário com
base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria" e "gozo de férias anuais
remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal". Tais direitos
são igualmente garantidos aos servidores ocupantes de cargos públicos, nos termos do
artigo 39, § 3°, da Carta Magna.
Da simples leitura dos mencionados dispositivos constitucionais, é
possível concluir que é irrelevante a discussão quanto à natureza jurídico do prêmio de
Recurso Inominado n° 1008078-79.2015.8.26.0053
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Processo n°: 1008078-79.2015.8.26.0053
incentivo à qualidade, pois o décimo terceiro, as férias e o terço constitucional devem
ser calculados com base na integralidade da remuneração percebida.
Ressalto, por fim, que não se trata de incorporação da gratificação aos
vencimentos da recorrente, mas tão somente de sua incidência no cálculo de décimo
terceiro salário, férias e terço constitucional.
Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao recurso, mantendo a sentença
tal como lançada.
CARLOS EDUARDO BORGES FANTACINI
Juiz Relator
Recurso Inominado n° 1008078-79.2015.8.26.0053
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL
PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL N°. 1008078-79.2015.8.26.0053
REQUERENTE: SUELI LOPES
REQUERIDO: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Ante o trânsito em julgado da decisão que reconheceu à autora o direito ao cômputo do PIQ no cálculodas-,:féri e 13° salário, solicito a inauguração de PJF e posterior remessa à Secretaria da Sanae-,-- para apostilamento.
São Paulo, qu'nta-feira, 07 de julho de 2016.
RODRIGO LEMOS CURADO
Procurador do Estado de São Paulo - OAB/SP N° 301.496
Rua Maria Paula, 67, lo Andar, Bela Vista, São Paulo-SP 2015. 01. 100010
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL
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OBRIGAÇÃO DE FAZER URGENTE PJF nr. 2015.01.100010
( ) Assembléia Legislativa ( ) Casa Civil ( ) CEETPS ( ) DAEE ( ) Ministério Público ( ) Procuradoria Geral do Estado ( ) Secretaria da Administração Penitenciária ( ) Secretaria da Agricultura e Abastecimento ( ) Secretaria da Cultura ( ) Secretaria da Educação ( ) Secretaria da Fazenda ( ) Secretaria da Habitação ( ) Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania ( ) Secretaria da Policia Militar (X) Secretaria da Saúde ( ) Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia ( ) Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano ( ) Secretaria de Desenvolvimento Social ( ) Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho ( ) Secretaria de Energia ( ) Secretaria de Esporte Lazer e Juventude ( ) Secretaria de Gestão Publica ( ) Secretaria de Gestão Pública ( ) Secretaria de Logistica e Transportes ( ) Secretaria de Saneamento e Recursos Hidricos ( ) Secretaria de Segurança Publica ( ) Secretaria de Turismo ( ) Secretaria do Meio Ambiente ( ) Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento Regional (DETRAN)
(X) Encaminhe-se à Secretaria/Orgão/Entidade supra-mencionado(a)- com tramitação pela respectiva Consultoria Juridica, se necessário solicitando a adoção das providências para cumprimento da obrigação de fazer, nos termos da representação formulada pelo Sr. Procurador do Estado oficiante, e em consonância com o disposto no Decreto Estadual n° 28.055, de 29 de dezembro de 1987.
( ) Para apresentação de planilhas.
( ) Para apresentar os esclarecimentos solicitados pelo Procurador, nos termos da manifestação anterior.
São Paulo, quinta- eira, 07 de julho de 2016.
RO IGO LEMOS CURADO
ocurador do Estado de São Paulo - OAB/SP N° 301.496
3 SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO
CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO
TERMO DE APENSAMENTO
Nesta data, atendendo à solicitação da CRH/GGP/Centro de
Legislação de Pessoal, apensamos ao processo n° 001/0941/100.010/2015
o processo n° 001/0001/003.020/2016.
Devidamente providenciado, encaminhe-se a unidade supra.
CGA/CPEA/PROTOCOLO
14/07/2016
Joadinna de\frtowta 3etteni Diretor-I
CGA/CPEA/PROTOCOLO
Fls.
SECRETARIA DE ESTADO DA
PORTARIA DA DIRETORA DE 02 AGO 2016
(C:E 03 AGO 2t,ií
•
‘ 771
A DIRETORA DO CENTRO DE CONTROLE DE RECURSOS
HUMANOS, DO GRUPO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL, DA
COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS, no uso de suas atribuições legais.
DECLARA, à vista de decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo n°
1008078-79.2015.8.26.0053, da 1' Vara do Juizado Especial da Fazenda Pública - Foro
Central, PJ/F n° 2015.01.100010 e SS n° 001/0001/003.020/2016, que SUELI LOPES.
RG. 11312104, do Hospital Geral "Dr. José Pangella" em Vila Penteado, faz jus a inclusão
do valor do Prêmio de Incentivo, instituído pela Lei n° 8.975/94 e alterações posteriores, na
base de cálculo do DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO e do acréscimo de 1/3
constitucional de FÉRIAS percebidos, com o pagamento das diferenças devidas.
observada a prescrição quinquenal (o ajuizamento da ação ocorreu em 09/03/20151.
CENTRO DE CONTROLE DE RECURSOS HUMANOS, DO GRUPO
DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL, aos
MÁRCIA ALVES DE BARROS Diretor Técnico II
Mf/1548
CÓPIA Assinado n O witnal