vantobrax jisandro inicial trabalhista

42
ADVOCACIA CÍVELEMPRESARIALTRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 E-mail [email protected] Pg. 1 de 42 CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO TRABALHO DE PONTA GROSSA, PARANÁ. JISANDRO LUIZ FERREIRA, brasileiro, solteiro, motorista carreteiro, portador C.I. nº 83294957/PR devidamente inscrito no CPF/MF sob o n.º 032.760.759-97, CTPS nº 3423687, serie 003- 0/PR, PIS nº 127.28768.51-1, residente e domiciliado, na rua Arapoti, Nº 318, bairro sitio cercado, Curitiba, Paraná, CEP 81900-240, por seu Advogado adiante assinado Claudinei Dombroski, (OAB/PR 30.248), no endereço abaixo,onde recebe avisos e intimações vem, respeitosa e tempestivamente perante Vossa Excelência, com fulcro nas legislações federais pertinentes (jura novit curia), ajuizar a presente: RECLAMATÓRIA TRABALHISTA Em face da reclamada TRANSPORTADORA VANTROBA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPF/MF sob o n.º 78.147.105/0001-65, estabelecida na Rua Bento Ribeiro, n.º 900, Bairro Nova Rússia, Cidade Ponta Grossa, Estado: Paraná, CEP84070-350, e; a reclamada PONTUAL BRASIL PETROLEO LTDA, pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPF/MF sob o n.º 02.886.685/0001-40, estabelecida na Rua Luiz Franceschi, n.º 666, BairroThomaz Coelho, CidadeAraucári a, Estado Paraná, CEP 83.707-072, pelas razões de fato e de direito que adiante se expõem: 1) - JUSTIÇA GRATUITA (LEI Nº 1.060/50) Requerque seja deferido ao reclamante os benefícios da justiça gratuita (Lei nº 1.060/50), pois, o mesmo declara, sob as penas da Lei, que é pobre e que não tem condições de arcar com as custas, despesas e emolumentos processuais e honorários advocatícios, sem que isto lhe cause mais prejuízos ao próprio sustento e o de sua família. 2) - FOTOCÓPIAS SIMPLES

Upload: eliseu-koller

Post on 09-Jul-2015

1.491 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 1 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO TRABALHO DE PONTA

GROSSA, PARANÁ.

JISANDRO LUIZ FERREIRA, brasileiro, solteiro, motorista carreteiro, portador C.I. nº

83294957/PR devidamente inscrito no CPF/MF sob o n.º 032.760.759-97, CTPS nº 3423687, serie 003-

0/PR, PIS nº 127.28768.51-1, residente e domiciliado, na rua Arapoti, Nº 318, bairro sitio cercado, Curitiba,

Paraná, CEP 81900-240, por seu Advogado adiante assinado Claudinei Dombroski, (OAB/PR 30.248), no

endereço abaixo,onde recebe avisos e intimações vem, respeitosa e tempestivamente perante Vossa

Excelência, com fulcro nas legislações federais pertinentes (jura novit curia), ajuizar a presente:

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA

Em face da reclamada TRANSPORTADORA VANTROBA LTDA, pessoa jurídica de direito

privado, devidamente inscrita no CNPF/MF sob o n.º 78.147.105/0001-65, estabelecida na Rua Bento

Ribeiro, n.º 900, Bairro Nova Rússia, Cidade Ponta Grossa, Estado: Paraná, CEP84070-350, e;

a reclamada PONTUAL BRASIL PETROLEO LTDA, pessoa jurídica de direito privado,

devidamente inscrita no CNPF/MF sob o n.º 02.886.685/0001-40, estabelecida na Rua Luiz Franceschi, n.º

666, BairroThomaz Coelho, CidadeAraucária, Estado Paraná, CEP 83.707-072, pelas razões de fato e de

direito que adiante se expõem:

1) - JUSTIÇA GRATUITA (LEI Nº 1.060/50)

Requerque seja deferido ao reclamante os benefícios da justiça gratuita (Lei nº 1.060/50), pois,

o mesmo declara, sob as penas da Lei, que é pobre e que não tem condições de arcar com as custas,

despesas e emolumentos processuais e honorários advocatícios, sem que isto lhe cause mais prejuízos ao

próprio sustento e o de sua família.

2) - FOTOCÓPIAS SIMPLES

Page 2: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 2 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

O procurador que adiante assina esta exordial declara, sob sua responsabilidade pessoal e sob

as penas da Lei, que as fotocópias simples juntadas a estes autos pelo reclamante, que as mesmas e os

conteúdos nela existentes são autênticos dos originais, requerendo que sejam aceitas como documentos,

com fulcro no art. 795, da CLT, bem como, tendo em vista os princípios da veracidade, celeridade,

economia processual e analogia aos arts. 183, 372 caput e 544, § 1º, do CPC.

OJ Nº 36, DA SDI-1, DO TST - Instrumento normativo. Cópia não autenticada.

Documento comum às partes. Validade. (Inserida em 25.11.1996. Nova redação - Res.

129/2005, DJ. 20.04.2005)

O instrumento normativo em cópia não autenticada possui valor probante, desde que não

haja impugnação ao seu conteúdo, eis que se trata de documento comum às partes.

ERR 163153/95, Ac.381/97 - Min. Vantuil Abdala - DJ 21.03.97 - Decisão

unânimeAGERR 112136/94, Ac.52/97 - Min. Rider de Brito - DJ 14.03.97 - Decisão

unânime

ERR 110479/94, Ac.2228/96 - Min. Vantuil Abdala - DJ 08.11.96 - Decisão unânime

ERR 32188/91, Ac.2535/96 - Red. Min. Milton de Moura França - DJ 19.12.96 - Maioria

ROAR 184683/95, Ac.1319/96 - Min. Vantuil Abdala - DJ 13.12.96 - Decisão unânime

ERR 83241/93, Ac.2849/96 - Min. Manoel Mendes - DJ 14.06.96 - Decisão unânime

ERR 8256/90, Ac. 2658/93 - Min. José Carlos da Fonseca - DJ 20.05.94 - Unânime

Da exegese dos arts. 183 e 372, do CPC c/c o art. 830, da CLT, depreende-se que os

documentos apresentados em cópias não autenticadas (pelo cartório/tabelionato) são válidos quando não

há impugnação da parte contrária no momento oportuno (preclusão) (TST, RR 15.801/90.7, Ney Doyle, Ac.

2ª T. 2145/91).

3) – DO GRUPO ECONÔMICO

O reclamante foi contratado pela 1ª reclamada para laborar em Ponta Grossa/PR, porem

desde a contratualidade vem laborando em Araucária/PR, onde fica a sede da 2ª reclamada, onde o

reclamante efetua os carregamentos para a 1ª reclamada, tendo que o reclamante se submeta a ordens das

duas reclamadas, evidenciando que as duas reclamadas pertencem ao mesmo grupo econômico e

administradas pela mesma pessoa, onde devem ser condenadas solidariamente pelos débitos trabalhistas

oriundos do contrato de trabalho firmado com o Reclamante (CLT – art. 2º, § 2º), in vebis:

Page 3: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 3 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

"Art. 2º. (...)

§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade

jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo

grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da

relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das

subordinadas".

Assim se posiciona a jurisprudência:

TRT-PR-06-12-2013 GRUPO ECONÔMICO. CONFIGURAÇÃO. TRAÇOS COMUNS.

DIREÇÃO, CONTROLE E ADMINISTRAÇÃO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.

Evidenciada a existência de traços comuns entre as reclamadas quanto ao objeto fim de

prestação de serviços, estando, inclusive, estabelecidas no mesmo endereço, bem como

existindo prova que demonstre que uma das empresas esta estava sob direção, controle e

administração da outra, deve ser reconhecida a formação de grupo econômico nos termos do

artigo 2º, §2º, da CLT e declarada a responsabilidade solidária.TRT-PR-01406-2013-513-09-

00-0-ACO-48961-2013 - 6A. TURMA, Relator: FRANCISCO ROBERTO ERMEL, Publicado no

DEJT em 06-12-2013

Requer assim a condenação das reclamadas na forma de sucessão e solidaria, diante da

existência de grupo econômico.

4) DA CONTRATUALIDADE

A Reclamante foi contratada pela 1ª Reclamada em 13/01/2010, com registro em CTPS, para

exercer as funções de motorista carreteiro, onde vem requerer através desta exordial perante a egrégio

tribunal a dissolução do contrato entre as partes por meio de rescisão indireta na data de 18/02/2014. Tendo

o reclamante recebido como última remuneração o valor de R$ 2.447,77 pela contraprestação dos

serviçosem folha (recibo de pagamento em anexo), este laborou de forma exclusiva e diariamente (com

pessoalidade) com a promessa de uma escala de 6 x 1(seis por um) dias trabalhados e 36hs de folga.

Assim requer a condenação das reclamadas a uma correção conforme demonstrado nos

extratos de pagamento dos últimos 3 (três) meses (anexo) o valor de R$ 4.750,00 (Quatro mil setecentos e

cinquenta reais) paga pela reclamada, considerando valores de produtividade e salário extra folha,

conforme será demonstrado adiante.

Page 4: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 4 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

5) – DA JUSTA CAUSA COMETIDA PELA S RECLAMADA S - DO PEDIDO DE RESCISÃO

INDIRETA

A) – Do Salario Inferior ao que prevê a CCT da categoria.

Durante toda a contratualidade o reclamante laborou com salários inferiores a que prevê a CCT

de sua categoria, o mesmo tem sua carteira registrada com o valor de R$ 1.472,00 (Um mil quatrocentos e

setenta e dois reais) sendo que a CCT assegura o valor de R$ 1.550,00(Um mil quinhentos e cinquenta

reais) previsto e de acordo com o artigo 483 da CLT, ocorre falta grave pelo empregador ao exigir que o

empregado realize atividades não inerentes à sua função. É a situação, por exemplo, em que o empregado

com salário menor é obrigado a desempenhar a mesma função com igual desempenho que seus colegas e

recebe salário inferior aos seus colegas de profissão. Neste caso o empregador estará causando prejuízos

ao empregado, o que afronta o artigo 468 da CLT;

Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas

condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou

indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta

garantia.

Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para

que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o

exercício de função de confiança.

Caracteriza falta grave o empregador que descumpre o acordo bilateral pactuado na efetivação

do contrato de trabalho, ou seja, quando o empregador deixa de cumprir com suas obrigações contratuais

como o não pagamento correto dos salários dos funcionários, alterações unilaterais de funções ou de

cargos sem correção do valor salarial e descumprimentos de normas e leis que amparam o empregado,

como não respeitar as CCT da categoria.

CCT.

CLÁUSULA TERCEIRA - SALÁRIO NORMATIVO

Assegura-se a partir de 1º Agosto de 2013, os seguintes pisos salariais:

a) - Para Motoristas de "Jamanta, Carreta, Semi Reboques, Bitrem e Ônibus", R$ 1.550,00.

Assim entende a jurisprudência

Page 5: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 5 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

DESPEDIMENTO INDIRETO - CONFIGURAÇÃO – GRAVIDADE - Rescisão indireta do

contrato de trabalho. Equivalência de direitos e obrigações. Da mesma forma que a

configuração da justa causa disciplinada no artigo 482 consolidado exige falta de relevante

gravidade do empregado, a mesma situação há de ser exigida quando se trata de rescisão

indireta do contrato por descumprimento das obrigações pelo empregador (CLT, art. 483, letra

"d"). As infrações e as penas devem ser equivalentes. Nisso se assenta o princípio da

comutatividade dos direitos e das obrigações trabalhistas.TRT/SP - 03240200003202008 - RO

- Ac. 9ªT 20040192207 - Rel. LUIZ EDGAR FERRAZ DE OLIVEIRA - DOE 14/05/2004

Assim requer o deferimento do pedido de rescisão indireta conforme o fato narrado acima.

B) Do não Pagamento Correto do FGTS.

Outro falta grave que as reclamadas vem realizando com os pagamentos divergentes da CCT e

com salários extra folha “ por fora” deixando assim de realizar os depósitos corretos do FGTS, dessa

forma descumprem o contrato de trabalho (art. 483 alínea "d"), já que tal obrigação é prevista na legislação

como um direito do empregado, vem a somar na insatisfação do reclamante e afirmar o pedido de Rescisão

Indireta contra as reclamadas.

Assim entende a Jurisprudência:

RECURSO DE REVISTA. RESCISÃO INDIRETA DO CONTRATO DE TRABALHO.

RECOLHIMENTO IRREGULAR DOS DEPÓSITOS DO FGTS . A jurisprudência desta Corte

Superior é pacífica no sentido de que o não recolhimento dos depósitos do FGTS, ou seu

recolhimento irregular, configura ato faltoso do empregador, cuja gravidade é suficiente a

ensejar a rescisão indireta do pacto laboral. Assim, incontroverso o recolhimento irregular dos

valores referentes ao FGTS, tem-se ocorrida falta grave, a dar ensejo à rescisão indireta e à

condenação dos reclamados aos consectários legais. Inteligência do art. 483, d, da CLT.

Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido.(TST - RR: 2865020115030109 286-

50.2011.5.03.0109, Relator: Hugo Carlos Scheuermann, Data de Julgamento: 07/08/2013, 1ª

Turma, Data de Publicação: DEJT 16/08/2013)

RESCISÃO INDIRETA - DESPEDIMENTO INDIRETO – CONFIGURAÇÃO, RESCISÃO

INDIRETA. PAGAMENTO "POR FORA". ILÍCITO PENAL E TRABALHISTA.

Page 6: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 6 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

O pagamento de salários por fora não lesa apenas o trabalhador, mas o Estado e a sociedade,

vez que implica a sonegação de recolhimentos previdenciários e fiscais. Se até mesmo

constitui crime (art. 337-A, CP, redação dada pela Lei 9.983/00), é forçoso concluir-se que tal

procedimento, ilegal e lesivo, caracteriza falta grave justificadora da rescisão indireta do

contrato de trabalho (art. 483, d, CLT). Ao deixar de lançar em folha o salário total, a empresa

subtrai do empregado o direito ao percebimento integral das verbas contratualmente devidas.

Não voga o argumento da concordância do obreiro: a uma porque as normas que velam pelo

salário são de ordem pública e indisponíveis; a duas porque se trata de lesão contratual

continuada, cuja expressão patrimonial vai aumentando no curso do contrato, a ponto de

tornar-se insuportável, legitimando a iniciativa do empregado de obter a rescisão pela via

judicial; a três, o estado de sujeição e dependência econômica viciam a livre manifestação de

vontade do trabalhador. Recurso a que se dá provimento parcial.TRT/SP -

01846200103202000 - RO - Ac. 4ªT 20040260440 - Rel. RICARDO ARTUR COSTA E

TRIGUEIROS - DOE 04/06/2004.

Assim requer o deferimento do pedido de rescisão indireta conforme o fato narrado acima.

C) Do Perigo do mal Considerável

Oempregador também cometeu falta grave quando, no exercício da gestão de sua atividade

econômica, ordenou que o reclamanteexecutasse uma atividade que colocou sua vida em riscoe

consequentemente à sua integridade física, pois obrigou o reclamante a conduzir um frota totalmente em

péssima condições de manutenção, o qual havia sido vendido pelas reclamadas a um ex-funcionáriodas

mesmas e algum tempo depois este funcionário sem condições de efetuar o pagamento, acabou por

devolver o frota para as reclamadas. Assim as reclamadas disponibilizaram este frota para o reclamante, o

qual sabendo das condições da frota negou-se no primeiro momento a trabalhar com a mesma alegando

falta de manutenção e que essa frota colocaria em risco sua vida, mas por imposição das reclamadas e com

receio de retaliação por parte das reclamadas se submeteu a viajar com a mesma. Foi quando no dia

02/01/2014 ao realizar uma viajem para São João do Ivaí/PR para efetuar uma entrega ao retornar próximo

a cidade de Ortigueira/PR por volta das 08:00hs da manhã o reclamanteao realizar uma curva acabou por

perder o controle do frota e colidir contra um canteiro vindo a tombar a frota e consequentemente a pegar

fogo, pois o reclamante sempre transportou produtos inflamáveis e completamente explosivos e neste dia

sobe risco acentuado com um frota em precária situação de manutenção e totalmente fora de condição

Page 7: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 7 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

rodagem , sendo que dias depois ao ser apurado as causas do acidente, constatouque a barra de direção

havia se quebrado ocasionando o acidente afrontando a CLT, art. 483, letra "c".

Para Maurício Godinho Delgado em seu livro Curso de Direito do Trabalho, 3ª edição, página

1217:

"... A infração ocorre se o empregador submeter o obreiro, pelas condições do ambiente

laborativo ou pelo exercício de certa atividade ou tarefa, a risco não previsto no contrato, ou

que poderia ser evitado (no caso manutenção dos frotas, por exemplo)..."

Como se pronuncia a Jurisprudência:

RESCISÃO INDIRETA DO CONTRATO DE TRABALHO. DEMISSÃO MOTIVADA PELOS

ACIDENTES OCORRIDOS NA RECLAMADA. FERIMENTO DE UM TRABALHADOR E A

MORTE DE OUTROS SEIS. DESPEDIDA INDIRETA. O Tribunal a quo registrou que, em

26/06/2007, ocorreram três acidentes na reclamada, que acarretou queimaduras de 1°, 2° e 3°

graus em um dos empregados e a morte de outros seis. Salientou, ainda, que, após os

acidentes, o autor laborou apenas quatro dias do mês de julho, tendo ficado afastado por

recomendação médica e sido encaminhado ao INSS para perícia e auxílio-doença e, quando

retornou, em 24/08/2007, pediu demissão. (...) Não há tese a respeito no acórdão regional. (...)

Recurso de revista não conhecido. (TST. RR-112400-79.2009.5.04.0203, 2ª Turma, Relator

José Roberto Freire Pimenta, Publicado em 04.05.2012)

DESPEDIDA IMOTIVADA. RUPTURA CONTRATUAL INDIRETA. A falta de medidas de

segurança do trabalho atrai a aplicação do artigo 483 da CLT, letra c - correr perigo de mal

considerável. Reconhece-se a despedida indireta ao reclamante que, após acidente que

resultou na morte de seis colegas de trabalho, pede demissão. Recurso provido. (...)

(TRT-4 - RO: 1124007920095040203 RS 0112400-79.2009.5.04.0203, Relator: RAUL

ZORATTO SANVICENTE, Data de Julgamento: 25/08/2011, 3ª Vara do Trabalho de Canoas)

Assim requer o deferimento do pedido de rescisão indireta conforme o fato narrado acima.

D) - Do Ato Lesivo À Honra

Page 8: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 8 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

O Reclamante foi ofendido na sua pessoa pelas Reclamadas, o Sr. Eduardo Vantroba sócio

gerente, logo depois que sofrerá o acidente conforme já narrado acima. Foi dito via telefone ao seu

cunhado, o qual ligou para o mesmo relatando o acidente, onde o Sr. Eduardo Vantroba, sócio das

reclamadas foi extremamente grosseiro e ríspido em relação ao acontecido e desejando que o reclamante,

o qual estava ferido no local do acidente e necessitando de socorro, indagou em alto e bom son ao cunhado

do reclamante “ que o reclamante tivesse morrido ” ,causando grande decepção e tristeza tal declarações

ao Reclamante, pois o mesmo já trabalha para as reclamadas há mais de 3 anos e esperava um mínimo de

reconhecimento e solidariedade, no que percebemos o sócio das reclamadas não demostra respeito e valor

por seus funcionários, onde vem a ferir o amago do reclamante e a dignidade do mesmo.

As reclamadase seus prepostos cometem faltas graves quando exigem que seus funcionários

coloquem suas vidas em risco e obrigam os mesmos através de coação que realizem serviços fora da

margem de segurança, mas falta maior ainda quando não os prestam auxilio e os tratam como objetos

descartáveis, ferindo sua honra e dignidade, não valorando nem reconhecendo seus esforços para com a

empresa tendo assim contribuído para o reclamante requerer sua rescisão indireta pelo reclamante.

Assim se pronuncia Délio de Maranhão conforme (art. 9º da C.L.T) quanto aos atos, considera:

“ os atos faltosos do empregador surgem da violação de três direitos fundamentais do

empregado: o direito ao respeito à sua pessoa física e moral, compreendendo nesta última o

decoro e o prestígio; à tutela das condições essenciais do contrato; e finalmente, à observância

pelo empregador das obrigações que constituem a contraprestação da prestação de

trabalho.”

Nos termos do artigo 483, alínea "e" da CLT, a prática de ato lesivo à honra e da dignidade da

pessoa humana pelo empregador contra o empregado, gera direito ao pedido de rescisão indireta do

contrato de trabalho. Portanto, de acordo com a legislação trabalhista, o ato cometido pela Reclamada

constitui modalidade de justa causa do empregador.

Assim vê a Jurisprudência:

Rescisão contratual por justa causa patronal. Descumprimento de obrigações contratuais pelo

empregador e assedio moral. Inteligência do artigo 483 alineas “ d” e “ e” , da CLT. De

acordo com o artigo 483, “ d” e “ e” , da CLT, há rescisão indireta do contrato de trabalho

Page 9: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 9 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

em caso de descumprimento, pelo “ empregador as obrigações do contrato” bem como, pela

pratica de ato lesivo a honra e boa fama do empregado, evidenciado pelo não recolhimento do

FGTS por 10 meses, aliado ao assedio moral, com tratamento ofensivo e discriminatório em

razão da idade, tem-se por não cumprida obrigação legal, apta a ensejar a extinção do contrato

por culpa do empregador. (TRT2 SP; Recurso ordinário; Acórdão nº 20120724043; Data

publicação: 06.07.2012; 4º Turma; Relatora: Ivani Contini Bramante).

Assim, diante da ofensa feita ao Reclamante pelo empregador, ora empresa Reclamada, e da

impossibilidade de convivência harmônica entre as partes, a única solução plausível é o término do contrato

de trabalho, com o pagamento de todas as verbas devidas ao Reclamante.

Diante do exposto, requer seja declarada judicialmente a rescisão indireta do contrato de

trabalho, bem como a condenação das Reclamadas ao pagamento de todas as verbas rescisórias

provenientes de uma dispensa sem justa causa, quais sejam: saldo de salário, aviso prévio, décimo terceiro

salário proporcional, férias proporcionais acrescidas do terço constitucional e multa de 40% do FGTS.

Ademais, requer a guia para levantamento do FGTS e a guia para percepção do seguro desemprego, tudo

com base no salario de R$ 4.750,00 (Quatro mil setecentos e cinquenta reais).

6) – DA DIFERENÇA SALARIAL CONFORME CCT DA CATEGORIA

Requer o reclamante a condenação das reclamadas que paguem a diferença conforme CCT

2013/2014 (anexo) com o valor de R$ 1.550,00 (Hum mil quinhentos e cinquenta reais) e não de R$

1.472,00 (Hum mil quatrocentos e setenta e dois reais) como vem sendo pago para o reclamante, a qual

deverá ser reconhecido e anotado em sua CTPS, como também deverá ser corrigido nos moldes da súmula

27 do TST, e com este em aviso prévio, décimo terceiro salário, férias acrescidas do terço constitucional e

FGTS (depósitos e multa de 40%).

7) – DA REMUNERAÇÃO EXTRA FOLHA “ POR FORA” .

O reclamante foi admitido pela reclamada em 13/01/2010 até 18/02/2014, conforme documento

anexo, sendo que laborou única e exclusivamente para as reclamada, mediante remuneração mensal de R$

1.472,00 (Um mil quatrocentos e setenta e dois reais), e a titulo de produtividade recebia R$ 740,00

(novecentos e cinquenta reais) utilizado pela reclamada para subtrair o valor de sua folha de pagamento,

utiliza o termo “ desconto de adiantamento de viagem” como subterfugiopara não caracterizar verba

Page 10: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 10 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

salarial aos empregados afrontando assim artigo 457 da CLT, ainda mais o valor de R$ 2.268,00 (Dois

duzentos e sessenta e oito reais), por fora a titulo depremiação, comissões, ajuda de custo e outros,

totalizando remuneração de R$ 4.750,00 (Quatro mil setecentos e cinquenta reais). No entanto, os valores

nunca repercutiram no pagamento das verbas legais e contratuais havidas no decorrer do pacto laboral, o

que pode ser facilmente comprovado no extrato de pagamento do requerente (anexo) e o extrato de seu

colega onde caracteriza as comissões paga pelas reclamadas .

O artigo 457, § 1º da CLT assevera que o salário não é só a importância fixa estipulada, como

também toda a remuneração paga habitualmente pelo empregador, isto é, as comissões, premiações e

“ adiantamentos de viagem” integram o salário do empregado, pois nunca recebeu o valor das diárias que

deveriam ser pago pelas reclamadas sendo ainda descontado do mesmo.

Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além

do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as

gorjetas que receber.

§ 1º - Integram o salário, não só a importância fixa estipulada, como também as comissões,

percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagem e abonos pagos pelo empregador.

A jurisprudência é neste sentido como se vê:

“ EMENTA: PAGAMENTO DE SALÁRIO EXTRAFOLHA - NECESSIDADE DE SE

CONSIDERAR A DIFICULDADE DO OBREIRO DE SE DESINCUMBIR DO ÔNUS A SEU

CARGO. O ônus de provar a existência de pagamento de salário "por fora" compete ao obreiro,

ante a negativa específica da defesa, a par da presunção relativa de veracidade dos recibos de

pagamento por ele assinados. Todavia é de se ter em conta, quando da análise do acervo

probatório, a dificuldade do empregado em fazer prova relativamente a esse fato, considerando

sua própria natureza e visto que raramente a prova é feita através de documentos. A par disso,

fornecendo a prova oral indícios da existência de pagamento de comissão "por fora", há que se

acolher a tese obreira e deferir à reclamante as diferenças salariais decorrentes.” (00384-

2003-043-03-00-3 RO – 1ª T. Rel. Maurício José Godinho Delgado – Publ. “ MG”

31.10.03).

TRT-PR-05-11-2004 Adicional de periculosidade. Base de cálculo. Salário extra-folha por

produção. Demonstrado que o reclamante percebia, de forma habitual, salário produção por

fora, a parcela tem natureza salarial, devendo integrar a base de cálculo do adicional de

Page 11: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 11 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

periculosidade (artigo 1º da Lei nº 7.369-85). TRT-PR-01171-2003-069-09-00-9-ACO-24660-

2004. RELATOR: LUIZ EDUARDO GUNTHER. Publicado no DJPR em 05-11-2004. (grifos

nossos).

TRT-PR-03-09-2004 SALÁRIO EXTRA FOLHA-INÉRCIA DA RECLAMADA EM APRESENTAR

RECIBOS DE PAGAMENTO-POSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO COM BASE NA PROVA ORAL-O

Juizo a quo, conforme se constata, fixou uma média salarial para cada período do contrato de

trabalho do autor. Evidentemente, que isto não significa que as comissões auferidas

correspondessem exatamente aos valores estabelecidos pelo Juizo a quo. Contudo, diante da

inércia da reclamada em apresentar recibos dos valores pagos à margem da folha de

pagamento, reputo razoável a fixação na média determinada pela prova oral.TRT-PR-00600-

2003-068-09-00-4-ACO-19380-2004. RELATOR: SERGIO MURILO RODRIGUES LEMOS.

Publicado no DJPR em 03-09-2004.

TRT-PR-02-03-2007 COMISSÕES PAGAS "A LATERE". ÔNUS DA PROVA: Em se tratando

de comissões pagas por fora, não seria crível existir ajuste formalizado entre as partes,

necessário, sim, a comprovação do pagamento por prova robusta e insofismável. Logo, se a

Autora comprova realmente ter auferido valores extra folha, prova oral que corrobora os

documentos juntados, desvencilhou-se do encargo processual que detinha, a teor dos arts. 818

da CLT e 333, inciso I, do CPC, confirmando a alegação de pagamento, pelas Reclamadas, de

salário extra folha.TRT-PR-00545-2006-021-09-00-1-ACO-05200-2007 - 1A. TURMA.

Relator: UBIRAJARA CARLOS MENDES. Publicado no DJPR em 02-03-2007.

Diante do exposto, requer a integração e o reconhecimento do valor pago ao reclamante em R$

3.278,00 (Três mil duzentos e setenta e oito reais), recebidos extra folha “ por fora” , para restar

reconhecido para todos os efeitos legais a remuneração no valor de R$ 4.750,00 (Quatro mil setecentos e

cinquenta reais), bem como os devidos reflexos em descanso semanal remunerado, nos moldes da súmula

27 do TST, e com este em aviso prévio, décimo terceiro salário, férias acrescidas do terço constitucional e

FGTS (depósitos e multa de 40%).

Requerendo também que a reclamada apresente os comprovantes de pagamento a este título

(salario extra-folha), uma vez que não foram fornecidos ao reclamante, embora assinados, requerimento

realizado na forma e efeito do artigo 359 do CPC, sob pena de confesso.

Page 12: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 12 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

8) - HORAS À DISPOSIÇÃO

O reclamante laborava única e exclusivamente para as reclamadas, onde em suas viagens

para carga/descarga rodava o no período diurno erotineiramente por imposição das reclamadas precisava

virar noites no volante, e assim realizar as entregas nos horários estipulados pelas mesmas, por muitas

vezes o reclamante apesar de “ rodar” as suas horas de obrigação ao chegar nos clientes o mesmo

necessitava aguardar por horas e horas em filas para carga/descarga, tendo que ao invés gozar de sua

interjornada necessitava realizar manobras no pátio da empresa e dos clientes para efetuar a

carga/descarga e ainda costumeiramente era obrigado pelas reclamadas a seguir viajem para atender os

horários impostos de chegada nos clientes ou para carregar seu frota na base da 2 reclamada.

Assim por foça das reclamadas tinha virar noites e noites direto sem conseguir efetuar seu

descanso (interjornada), fato esteque ocorria habitualmente de 2 (duas) a 3 (três) vezes por semana, e para

espanto de Vossa Excelência mesmo querendo parar para realizar seu descanso, obrigava-se a seguir, pois

não havia um local apropriado para permanecer e descansar, pois as condições higiênicas eram

deploráveis para alimentar-se e efetuar sua higiene pessoal e suas necessidades fisiológicas, afrontando o

art 1º inciso III da CF.

Tal situação inibia o descanso e a disponibilidade de gozo da interjornada do reclamante,

caracterizando tempo à disposição das reclamadas, conforme pode ser confirmado pelas reclamadas e pela

oitiva das testemunhas e documentos assinados pelo reclamante em poder da reclamada.

Assim o reclamante tem direito, portanto, há receber como horas à disposição ou

extraordinárias esse tempo, em dias normais, considerando-se a redução da hora noturna, o adicional

noturno de 20%, conforme as cláusulas convencionais e o adicional de 50% e todas as horas dos sábados

e domingos, considerando-se a redução da hora noturna, o adicional noturno de 20% e o adicional de 100%

aos domingos e feriados.

A jurisprudência assim entende:

RECURSO DE REVISTA. MOTORISTA. INTERVALO INTRAJORNADA. TEMPO À

DISPOSIÇÃO. O TRT registrou que o reclamante usufruía de três intervalos diários que,

somados chegavam a 6horas e 50 minutos . O fato de o reclamante exercer a função de

motorista, por si só, não é suficiente para descaracterizar como tempo à disposição do

Page 13: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 13 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

empregador os intervalos fracionados durante a jornada diária de trabalho, ainda mais quando

não há previsão em acordo ou convenção coletiva. Recurso de revista conhecido e provido.

(TST - RR: 4427220115090658 442-72.2011.5.09.0658, Relator: Aloysio Corrêa da Veiga,

Data de Julgamento: 11/06/2013, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 14/06/2013).

MOTORISTA. JORNADA EXTENSIVA. TEMPO À DISPOSIÇAO. HORAS EXTRAS. Sendo

incontroverso que o reclamante, como motorista de fretamento, conduzia os empregados da

Ré envolvidos nos turnos de revezamento, sua jornada acompanhava esses mesmos turnos,

com expressivo tempo de trabalho direto e/ou à disposição, cuja remuneração é devida,

incluindo-se como de efetivo exercício, o tempo de deslocamento no veículo dirigido e bem

assim, o tempo de espera. O argumento de que normas coletivas autorizam tal elastério, sem

contraprestação, não merece guarida. A cláusula 29 da Norma Coletiva, a exemplo, ao admitir

jornada extensa aos envolvidos no fretamento, acaba por retirar-lhes a fruição dos intervalos

(arts. 71 e 66, CLT), além de negar a evidente prorrogação como sobre jornada, acabando por

ferir direitos indisponíveis constitucionalmente assegurados, além de atentar contra a saúde e

a dignidade dos trabalhadores, produzindo trabalho sem salário, em situação análoga à da

escravidão. A análise da questão tem por ponto de partida o próprio conceito de jornada de

trabalho. A doutrina do Direito do Trabalho, há muito tempo logrou transcender a visão restrita

da jornada enquanto mero tempo gasto diretamente na labuta, criando conceito moderno

embasado na idéia da alienação. Sob esse enfoque, considera-se no conceito de jornada, todo

o tempo alienado, ou seja, que o trabalhador tira de si e põe à disposição do empregador,

cumprindo ou aguardando ordens, ou ainda, deslocando-se de ou para o trabalho. Esse

conceito incorporou-se claramente no art. 4º da CLT, ao dispor que o tempo de serviço

(jornada) compreende o período em que o empregado esteja à disposição do empregador,

aguardando ou executando ordens. Agregando estes parâmetros interpretativos, prestigia-se a

sentença de origem que deferiu horas extras e reflexos.(TRT-2 - RO: 1630200846502004 SP

01630-2008-465-02-00-4, Relator: RICARDO ARTUR COSTA E TRIGUEIROS, Data de

Julgamento: 22/09/2009, 4ª TURMA, Data de Publicação: 09/10/2009).

Requer o reclamante reflexos de 22 (vinte e duas ) a33 (trinta e três) horas por semana de

horas à disposição ou extraordinárias, onde o reclamante se obrigava pelas circunstancias impostas por

seus encarregados e até mesmo os clientes a realizar as cargas/descarga nos horários, caso não o fizesse

seria demitido ou como retaliação perderia a sua vez na fila ou na doca para outro companheiro, podendo

assim ficar aguardado carregar/descarregar por dias como penalidade por não o fazer. Sendo assim vem

Page 14: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 14 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

através da justiça pleitear os reflexos em descansos semanais remunerados (sábados, domingos e

feriados), nas férias com o terço constitucional, no aviso prévio e no FGTS com a multa de 40%.

9) - JORNADA EFETIVAMENTE LABORADA PELO RECLAMANTE.

O reclamante foi contratado para laborar nas reclamadasdas 07:00hs as 18:00hs com uma

promessa de escala de 6x1, não acontecia, pois laborava continua e diariamente sem folga entre uma

viagem e outra, tendo que laborar continuamente nos dias que não viravam a noite das 07:00 hs até a

01:00hs do outro em media 3 vezes por semana.

CCT

CONTROLE DE FREQÜÊNCIA DE HORÁRIO: Nas empresas com mais de 10 (dez)

empregados será utilizado obrigatoriamente livro ou cartão-ponto, nos quais o

empregado pessoalmente deverá registrar sua frequência.

Com base na CCT, no art. 74, da CLT e na Súmula nº 338, do TST e, como a reclamada

possui mais de 10 empregados, requer o autor que a reclamada apresente, sob as penas do art. 359, do

CPC e também com fulcro no art. 355 e seguintes do CPC, todos os registros de controles de horários do

autor e assinados por este, sob pena de presumir verdadeira a jornada laborada narrada nesta inicial.

Assim requer a condenação das reclamadas ao pagamento correto da diferença de horas

extraordinárias realizados pelo reclamante.

10) - HORAS EXTRAS, ADICIONAL DE HORAS EXTRAS

O reclamante durante a contratualidade laborou para a Reclamada habitualmente em horas

extraordinárias, porém, sem a devida e correta contraprestação.

CCT

CLÁUSULA SÉTIMA - COMPROVANTES DE PAGAMENTO

As empresas fornecerão comprovante de pagamento, especificando as verbas pagas,

descontos efetuados e recolhimento do FGTS.

Page 15: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 15 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

ADICIONAL DE HORA-EXTRA: As horas extraordinárias serão remuneradas com acréscimo

de 50% (cinquenta por cento) com sua integração no cálculo de férias, 13° salário, aviso prévio,

repousos remunerados e FGTS.

Assim requer, devido à habitualidade, que a reclamada seja condenada a pagar ao reclamante

as horas extras minuto a minuto, proporcionais excedentes, utilizando-se o divisor 220hs, sendo que as

horas extras extraordinárias serão remuneradas com acréscimo de 50% (cinquenta porcento) com sua

integração no cálculo de férias, 13° salário, aviso prévio, repousosremunerados e FGTS, sempre calculada

sobre a hora normal e, devido à habitualidade, que as horas extras gerem os respectivos reflexos em DSR

(domingos e feriados) e com estes, reflexos em 13º salário, férias + 1/3 constitucional, aviso prévio e FGTS

(11,2%).

11) - INTERVALO INTRAJORNADA, ART. 71, DA CLT

Durante toda a contratualidade, devido ao excesso de trabalho e por ordem da reclamada, o

reclamante não pôde gozar da sua hora legal (60 minutos) do intervalo intrajornada para descanso e

refeição (art. 71, caput, da CLT), tendo sido tal intervalo suprimido pela reclamada, já que, quando muito, o

autor gozava de 15 minutos de intervalo intrajornada, para descanso e refeições.

A concessão de intervalo intrajornada vem satisfazer norma de ordem pública, afeta à

preservação da saúde e segurança do(a) trabalhador(a) (art. 71, caput c/c o art. 383, ambos da CLT). Em

razão do seu caráter cogente, o direito ao gozo do intervalo intrajornada não é sequer renunciável pelo

trabalhador.

A experiência histórica demonstra que o exercício ininterrupto do trabalho por longos períodos

aumenta o risco de acidentes de trabalho, além de interferir negativamente na saúde do trabalhador.

Segundo a exegese do § 4º do artigo 71 da CLT, o intervalo intrajornada, quando não

concedido pelo empregador, deve ser remunerado com acréscimo de no mínimo 50% sobre a hora normal

de trabalho. O legislador ao usar o vocábulo remunerar deixa clara sua intenção de que a natureza é

salarial, e não indenizatória, sendo devidos os reflexos legais e convencionais garantidos.

A mais alta Corte Trabalhista já pacificou entendimento no sentido de que a inobservância do

intervalo intrajornada de 1 hora (60 minutos), para descanso e refeição neste caso, importa em pagamento

Page 16: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 16 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

de horas extras com o respectivo adicional, e não mera infração administrativa, conforme se verifica das

Orientações nº 307 e 354 da SBDI I.

OJ 307, do TST. INTERVALO INTRAJORNADA (PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO). NÃO

CONCESSÃO OU CONCESSÃO PARCIAL. LEI Nº 8.923/94. DJ 11.08.03

Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão total ou parcial do intervalo intrajornada

mínimo, para repouso e alimentação, implica o pagamento total do período correspondente,

com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho

(art. 71 da CLT).

OJ 354, do TST. Intervalo intrajornada. Art. 71, § 4º, da CLT. Não concessão ou redução.

Natureza jurídica salarial. (DJ 14.03.2008)

Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida

pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador

o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de

outras parcelas salariais.

ERR 639726/2000 - Min. João Batista Brito Pereira DJ 10.02.2006 - Decisão unânime

ERR 804/2002-016-02-00.3 - Min. Lelio Bentes Corrêa DJ 21.10.2005 - Decisão unânime

ERR 189/2002-658-09-00.8 - Min. Lelio Bentes Corrêa DJ 12.08.2005 - Decisão unânime

ERR 623838/2000 - Min. João Oreste Dalazen DJ 14.05.2004 - Decisão unânime.

Assim, requer que seja as reclamadascondenadas a pagar ao reclamante como hora extras

laboradas, a hora cheia (60 minutos) diária referentes ao intervalo intrajornada previsto no art. 71, caput e §

4º, da CLT, aplicando as OJ’ s 307 e 354, da SDI, do TST, bem como, gerando reflexos em DSR

(domingos e feriados) e com este, reflexos em 13º salário, férias + 1/3 constitucional, aviso prévio e FGTS

(11,2%).

Sucessiva ou alternadamente, seja a reclamada condenada no pagamento das horas extras

referente as diferenças entre os minutos gozados pelo autor o qual teria direito de (60 minutos) e gozava

apenas de (20 minutos) e seja indenizado em horas cheias (60 minutos) prevista no art. 71 caput e § 4º, da

CLT.

12) - ADICIONAL NOTURNOE DA SUA PRORROGAÇÃO ATÉ AS 06:00 HORAS

Page 17: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 17 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

O reclamante laborou em horas noturnas, entre as 22:00hs e as 05:00hs, em todo período

contratual. Não tendo havido a contraprestação correta e a incidência do mesmo sobre todas as horas em

prorrogação no horário noturno, e mais, no §1º do mesmo artigo deste códex, é determinado que a hora

noturna trabalhada seja diferenciada da diurna, ou seja, a hora noturna é computada não como 60 minutos,

mas sim como 52:30, (cinquenta e dois minutos e trinta segundo), para todos os efeitos legais.

No tocante ao adiciona noturno, cabe-nos reportar ao estabelecido na Constituição Federal, 7º

IX, a qual determina que seja o trabalho noturno remunerado diferenciado do trabalho diurno, ou seja,

aquele que laborar no período compreendido como noturno (22:00 às 05:00), deve ter seus rendimentos

diferenciados, essa diferença é ratificada pelo artigo 73º da CLT, onde determina pagamento de no mínimo

20% (vinte por cento) a mais aos trabalhadores noturno urbanos.

Diante da extensão da jornada de trabalho realizada pelo Reclamante, ou seja, até as 06:00

horas, requer que seja aplicada também a esta, o adicional noturno de no mínimo 20% (vinte por cento),

pois trata-se de horário continuo, onde dificilmente o organismo do trabalhador entenderá que trata-se de

hora diurna em virtude da continuidade do labor.

Ademais, a nossa Corte Maior já se pronunciou no sentido de sumular o entendimento de que,

uma vez ultrapassado o horário considerado como sendo noturno, ou seja, até as 05:00 horas, o

empregado faz jus ao recebimento destas horas excedentes (após as 05:00hs) como sendo noturna, com o

devido acréscimo legal, vejamos;

TST Enunciado nº 60 – Adicional Noturno – Salário

I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os

efeitos.

II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o

adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.

"EMBARGOS. ADICIONAL NOTURNO. JORNADA DE 12X36. HORÁRIO NOTURNO

CUMPRIDO INTEGRALMENTE E PRORROGADO NO PERÍODO DIURNO. Devido é o

adicional noturno relativamente às horas trabalhadas após às 5 horas, em prorrogação ao

horário noturno. Cumprida integralmente a jornada no período noturno, de 22 às 05 horas, e

prorrogada a jornada após essa hora, continua o empregado a fazer jus ao adicional noturno.

Page 18: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 18 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

Se este é devido para o trabalho realizada no período noturno, com muito mais razão ainda as

horas trabalhadas em prorrogação a esse horário, quando já cumprida integralmente a jornada

no período noturno. A lei não retira o direito ao adicional em virtude da adoção do regime de

trabalho de 12 horas de jornada por 36 horas de descanso. Embargos conhecidos e

desprovidos." (SBDI-1, E-RR-292/2004-026-04-00, Rel. Ministro Vantuil Abdala, DJ de

18.03.2008)

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA – CCT;

O trabalho noturno das empresas, assim considerado aquele prestado entre as 22 e 05

horas, será remunerado com acréscimo de 20% (vinte por cento) sobre a hora normal,

ficando certo que no referido período, cada hora corresponderá a 52 (cinquenta e dois)

minutos e 30 (trinta) segundos.

A propósito, cita as seguintes ementas jurisprudenciais:

O trabalho executado das 22 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte, enseja o direito à

percepção de adicional noturno (Art. 73, parágrafo 1º, da CLT). ACORDAM os Juízes da 3ª

Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região:

Por unanimidade, dar provimento parcial ao recurso do reclamante para deferir-lhe o

pagamento do adicional de horas extras sobre as horas irregularmente compensadas e

adicional noturno de 20/02/95 até o final do contrato, em valores a serem apurados em

liquidação de sentença. (Recurso Ordinário nº 01690.901/95-0, 3ª Turma do TRT da 4ª Região,

Pelotas, Rel. Antônio Johann. j. 02.07.1998)."

O inadimplemento do adicional devido por qualquer tempo de trabalho em horário considerado

noturno, que exsurge do exame dos cartões-ponto em confronto com os recibos salariais,

basta para ensejar a condenação da empregadora reclamada ao pagamento de diferença do

adicional.ACORDAM os Juízes da 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região:

POR UNANIMIDADE, EM NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.(Recurso Ordinário nº

96.006525-3, 3ª Turma do TRT da 4ª Região, Sant'ana do Livramento, Relª. Nires Maciel De

Oliveira. Recorrente: Associação Santanense Pró-Ensino Superior (ASPES). Recorrida: Ana

Lucia Boldrini Dutra. j. 02.10.1997)."

Como relatado, faz jus o Reclamante ao recebimento das horas que ultrapassavam o horário

noturno, qual seja, até as 06:00 horas da manhã, devendo esta ser computada como hora noturna, com seu

Page 19: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 19 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

redutor e com aplicação de no mínimo 20% do adicional noturno, por serem habituais, requer seus reflexos

nas verbas contratuais (13º salário, férias + 1/3, DSR e FGTS), bem como nas rescisórias (aviso prévio,

saldo de salários, 13º proporcional, férias proporcionais + 1/3, multa de 40% sobre o FGTS), incorporando

ossalários e o extra-folha no total deR$ 4.750,00 (Quatro mil setecentos e cinquenta reais).

13) DA CONVENÇÃO COLETIVA

Requer o reclamante a condenação das reclamadas para todos os efeitos legais que a

reclamada deixou de observar o salário base da COVENÇÃO COLETIVA, para realizar a rescisão do

Contrato de trabalho que deve ser corrigida, em todos os seus termos para o valor atual e reajustado;

14) - DA NONA HORA

Como é de conhecimento de todos, e conforme o §1º do artigo 73 da CLT, a hora noturna é

diferenciado da hora diurna, sendo sua duração de cinquenta e dois minutos e trinta segundo, assim

conforme o horário de labor do Reclamante, já declinado nesta preambular, o mesmo faz jus ao

recebimento da denominada “ nona hora” , vês que a cada noite de trabalho soma-se o tempo restante da

hora noturna, que ao final de cada dia trabalhado o empregado tem direito a uma hora extraordinária, a qual

é vulgarmente denominada de “ nona hora” .

Ademais, a mesma deve ser acrescida de adicional noturno não inferior a 20% (vinte por cento), art.

73 CLT, e adicional de hora extra não inferior a 50% (cinquenta por cento), art. 7º, XVI CF, a qual faz jus o

Reclamante por todo período laborado, devendo a Reclamada ser compelida ao pagamento desta com as

devidas integrações nas demais verbas.

15) - AJUDA ALIMENTAÇÃO

O reclamante faz jus ao recebimento dos valores de diárias mês a mês, pois não auferiu em

nenhum momento estes valores, nos termos das Convenções Coletivas anexas, cláusulas 9ª, paragrafo 1º,

respectivamente, reajustada semestralmente, inclusive nos DSR (Enunciado 291 do E. TST), em

decorrência de jornada extraordinária.

CCT - Auxílio Alimentação

Page 20: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 20 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

CLÁUSULA NONA - ALIMENTAÇÃO E ESTADIA

Os empregados serão reembolsados, quando em viagem a serviço fora do município sede das

empresas e que implique em necessidade de refeições e pernoites, das despesas devidas com

alimentação e estadia, em níveis adequados, ajustados com as empresas, não podendo em

hipótese nenhuma ser inferior ao aqui ajustado.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - Aos empregados, quando em viagem a serviço das empresas, fora

do seu domicílio sede, fica assegurada a percepção de alimentação e estadia paga pelas

empresas, nos seguintes valores: R$ 14, 00, (quatorze reais) para almoço; R$ 14, 00,

(quatorze reais) para jantar; R$ 5,50, (cinco reais e cinquenta centavos), para café; R$ 5,50,

(cinco reais e cinquenta centavos), para pernoite, totalizando R$ 39,00 (trinta e nove reais) de

despesas diárias comprovadas por documentos fiscais, sem natureza salarial.

Assim requer a condenação das reclamadas ao pagamento do auxilio alimentação ao

reclamantes mês a mês, conforme estipulado na CCT da categoria.

16) DO VALE TRANSPORTE

A reclamada nunca pagou ao Reclamante a quantia referente ao vale-transporte de todo o

período laboral, sendo que é certo que o Reclamante fazia uso de duas conduções diárias, pelo que, deverá

a Reclamada ser condenada ao pagamento de indenização equivalente aos vales-transportes não pagos de

todo o período laborado, o que desde já se requer.

17) - REMUNERAÇÃO E DA BASE DE CÁLCULO DAS HORAS EXTRAS

Integram a remuneração do reclamante e a base de cálculo de todas as horas extras e de

todas as demais verbas salariais proporcionais pleiteadas nesta inicial: o salário normal + salário extra-folha

+ 13º Salário + D.S.R. (domingos e feriados) e FGTS e da multa de 40% sobre o mesmo.

18) - DAS VERBAS RESCISÓRIAS DEVIDAS AO RECLAMANTE:

Conforme demonstrado acima a reclamante, tem o direito ao pedido de rescisão indireto, para

diante dos fatos narrados acima e adiante, sem prejuízo a projeção do aviso prévio, da baixa na CTPS do

reclamante, bem como devendo a reclamada ser condenada ao pagamento das seguintes verbas

rescisórias, a saber:

Page 21: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 21 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

Indenização de aviso prévio, nos termos da Lei 12.506 de 11 de outubro de 2011, que

alterou a CLT, na questão do aviso prévio, instituindo o aviso prévio proporcional ao

tempo de serviço, com a tabela, conforme nota técnica n.º 184/2012/CGRT/SRT/TEM:

Com o reconhecimento e pagamento do aviso prévio deve ser reconhecido sua

projeção e assim incidir as verbas trabalhistas decorrentes da projeção, tais como

férias + 1/3 de férias, aviso prévio, FGTS e multa e outros;

FGTS, com multa de 40%;

Multa do artigo 477, parágrafo 8.º da CLT, por infração ao parágrafo 6.º do Referido

artigo;

Multa de 50% sobre o valor das verbas rescisórias prevista no artigo 467 da CLT;

Multa da convenção coletiva, conforme em anexo por descumprimento de clausulas da

Convenção;

Seguro desemprego, conforme a legislação em vigor.

Assim requer sejam a reclamada condenada ao pagamento das verbas rescisórias acima.

Sem prejuízo ao pagamento das verbas rescisórias pretendidas acima, demonstra ainda

algumas particularidades das verbas rescisórias abaixo, com a necessidade de pagamento com

cumprimento de dispositivos legais específicos que se aplicam ao caso, a saber:

19) – DO AVISO PRÉVIO – INDENIZADO E PROJETADO:

A lei 12.506 de 11 de outubro de 2011, alterou a CLT, na questão do aviso prévio,

instituindo o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, com a seguinte tabela, abaixo transcrevemos,

conforme nota técnica n.º 184/2012/CGRT/SRT/TEM:

Tempo de Serviço Ano Completo

Aviso Prévio Dias

Até antes de 01 30

01 33

02 36

03 39

04 42

05 45

06 48

07 51

08 54

09 57

Page 22: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 22 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

Tempo de Serviço

Ano Completo

Aviso Prévio

Dias

10 60

11 63

12 66

13 69

14 72

15 75

16 78

17 81

18 84

19 87

20 90

Assim requer, para fins de aviso prévio, com observância da tabela acima transcrita diante da

aplicação da Lei n.º 12.506 de 11 de outubro de 2011, alterou a CLT, na questão do aviso prévio, instituindo

o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, uma vez considerado o pedido de rescisão indireta,

requerendo a projeção do aviso para todos os efeitos legais e de verbas rescisórias.

20) - FGTS

As reclamadas não recolheu o FGTS proporcional do reclamante, o que desde já requer,

monetariamente corrigido e com juros, conforme prevê a Constituição Federal de 1988 no seu art. 7º, III e a

Lei nº 8.036/90, nos seus arts. 15 caput e §§ 1º e 2º, 18 caput e §§ 1º, 3º, 22 caput, §§ e incisos, 23 caput,

§§, incisos e alíneas, 25 caput e parágrafo único, 26 caput e parágrafo único.

Assim, que seja condenada a reclamada no pagamento ao autor em única parcela, de todo o

valor monetariamente corrigido e com juros referente ao FGTS, acrescidos da multa de 40%.

21) - DO SEGURO DESEMPREGO.

Dispõe o artigo 3° da Lei n° 7.998 de 11 de janeiro de 1990, ipsis verbis:

“ Art. 3° - Terá direito a perceber o Seguro-Desemprego o trabalhador dispensado sem justa

causa, inclusive a indireta, que comprove:

Page 23: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 23 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

I – ter recebido salário de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, relativos a cada a

um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data da dispensa;

II – ter sido empregado de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada ou ter exercido

atividade legalmente reconhecida como autônoma, durante pelo menos 15 (quinze) meses nos

últimos 24 (vinte e quatro) meses;

III – não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto

no Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, excetuado o auxílio-acidente e o auxílio

suplementar previstos na Lei n° 6.367, de 19 de outubro de 1976, bem como, o abono de

permanência em serviço previsto na Lei n° 5.890, de 8 de junho de 1973;

IV – não estar em gozo de auxílio-desemprego;

V – não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua

família.”

Assim com o pedido de rescisão indireta as reclamadas devem ser condenadas a fornecer ao

Reclamante a guia CD – Comunicado de Dispensa – (formulário seguro-desemprego), é obrigação da

reclamada em fornecer as guias e no caso em questão diante da reversibilidade pretendida terá a

reclamada que fornecer as guias de seguro desemprego, ou ser condenada no pagamento do valor devido

a reclamante.

O Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região em casos análogos já se

manifestou a respeito, conforme recentíssima decisão in verbis:

RECURSO ORDINÁRIO. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE DISPENSA POR JUSTA CAUSA.

Insurge-se a reclamada contra a não caracterização de dispensa por justo motivo e a

condenação ao pagamento de indenização substitutiva do seguro-desemprego. Mantida.

SEGURO DESEMPREGO. Não fornecimento da guia dá origem ao direito à indenização

substitutiva, o que na hipótese dos autos se configura, já que a recorrente não entregou as

respectivas guias quando da dispensa imotivada do reclamante, causando-lhe prejuízo, OJ nº.

211 do E. TST. (TRT 2ª R.; RO 02473-2004-059-02-00-6; Ac. 2008/0573872; Décima Segunda

Page 24: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 24 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

Turma; Relª Desª Fed. Sônia Maria de Oliveira Prince Rodrigues Franzini; DOESP 11/07/2008;

Pág. 225)

Portanto, deverá as Reclamadas serem condenadas ao fornecimento das guias necessárias à

habilitação da Reclamante junto ao programa do seguro desemprego, tais como, comunicado de dispensa e

requerimento do seguro-desemprego.

Alternativamente, se por culpa da Reclamada não puder o Reclamante habilitar-se junto ao

programa, ou, se a Reclamada negar em fornecer as guias, requer então seja a Reclamada condenada no

pagamento da indenização substitutiva do seguro-desemprego, no valor equivalente a 06 (seis) parcelas,

calculadas na forma da legislação vigente.

22) - MULTA DO ART. 467, DA CLT

Requer que sejam as reclamadasa pagar ao reclamante, à data do comparecimento à Justiça

do Trabalho, a parte incontroversa de todas as verbas postuladas nesta reclamatória trabalhista, sob pena

de pagá-las acrescidas de 50%, conforme prevê o art. 467, da CLT.

23) - MULTA DO ART. 477, DA CLT

Requer que sejam as reclamadascondenadas a pagar ao reclamante, a multa prevista no art.

477, § 8º, das CLT, visto que negligenciou em não pagar nas verbas rescisórias os salario extra-folha e o

valor pago como “ produtividade” que não consta em sua CTPS.

CCT

RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO: Na rescisão do contrato de trabalho ficam os

empregadores obrigados a anotar as Carteiras de Trabalho e proceder a quitação das verbas

rescisórias e respectivos haveres, nos prazos constantes do Artigo 477 da C.L.T., sob pena da

multa legal. Na hipótese de não comparecimento do empregado ao ato homologatório, e

estando presente o empregador, a entidade dos trabalhadores atestará o fato, desde que

comprovada ciência do empregado de data, horário e local da homologação.

24) - IMPOSTO DE RENDA - REGIME DE COMPETÊNCIA

Page 25: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 25 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

As disposições dos arts. 46 da Lei nº 8.541/92 e 72 e de seu § 3° do Decreto nº 1.041/94, que

prevêem, em síntese, a retenção do imposto de renda no caso de rendimentos pagos em cumprimento de

decisão judicial no momento em que eles se tornam disponíveis para o credor e a sua incidência sobre o

total dos valores pagos, não obstam a apuração do valor devido do tributo pelo regime de competência, mês

a mês.

A expressão "total dos rendimentos pagos" não é sinônima de total de rendimentos

acumulados, de modo que é possível, sem afronta à lei, tributar o empregado exatamente como se ele

estivesse recebendo regularmente as parcelas trabalhistas, já que é esse precisamente o propósito da

Justiça do Trabalho quando decide compor o litígio e recompor o estado de justiça e de regularidade que

deveriam reger o contrato de trabalho.

231/43 – IMPOSTO DE RENDA - RESPONSABILIDADE - Se a empresa não paga as verbas

sujeitas à incidência do imposto de renda pessoa física, mês-a-mês, e em razão dessa omissão

eleva o percentual do tributo ao reunir, na rescisão do contrato, o pagamento de vários meses

de horas extras, deve arcar com a majoração imposta ao empregado contribuinte. Interpretação

contrária é um incentivo ao empregador inadimplente, ao arrepio do disposto no art. 186 e 927

do Código Civil de 2002.(TRT3ªR. - RO-923/03 00656-2002-033-03-00-7 - 7ª T - Rel. Juiz

Manoel Barbosa da Silva - DJMG 18.03.2003) (Fonte www.justicadotrabalho.com.br) (grifo e

negrito nosso).

DTZ2514223 - CONTRIBUIÇÕES FISCAIS - REGIME DE COMPETÊNCIA - A retenção do

imposto de renda na fonte pelo empregador fora da época própria provoca dano patrimonial ao

empregado pela incidência da alíquota mais elevada. Os descontos fiscais devem ser

realizados pelo regime de competência, ou seja, mês a mês, sob pena de justificar ação de

indenização pelo prejuízo causado com fundamento no art. 159 do Código Ciivil, a ser

apreciada por esta Justiça Especializada, de acordo com o preceituado no art. 114 da

Constituição Federal.(TRT12ª R. - AG-PET 7280/2001 - 03003/2002 - 1ª T. - Rel. Juiz C. A.

Godoy Ilha - J. 26.03.2002) (Fonte www.justicadotrabalho.com.br) (grifo e negrito nosso).

DTZ1066402 - EXECUÇÃO - DESCONTOS FISCAIS - ÔNUS - As parcelas de imposto de

renda e previdência social incidentes sobre créditos de natureza trabalhista devem ser

apuradas mês a mês, evitando que o trabalhador arque em juízo com ônus excessivo a que não

deu causa. Ao empregador caberá o recolhimento integral dos tributos, podendo deduzir do

Page 26: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 26 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

obreiro apenas a diferença que cabia a este na época própria (art. 46, da Lei nº 8.541/96, § 4º,

art. 68, do Decreto nº 2.173/97 e art. 159 do CC, subsidiário).(TRT15ªR. - Proc. 16264/00 - Ac.

15389/01 - SE - Rel. Juiz Fany Fajerstein - DOESP 19.04.2001) (Fonte

www.justicadotrabalho.com.br) (grifo e negrito nosso).

DTZ2520405 - ... . DOS DESCONTOS FISCAIS - Deve o empregador arcar sozinho com o imposto de

renda, uma vez que se fossem satisfeitos na época própria (mês de competência), os créditos do

empregado não estariam sujeitos à retenção do imposto de renda. ... . (TRT17ª R. - RO

00590.2000.141.17.00.0 - 4067/2002 - Rel. Juiz Hélio Mário de Arruda - DOES 10.05.2002) (Fonte

www.justicadotrabalho.com.br) (grifo e negrito nosso)

Assim, requer o reclamante que seja deferido que o desconto fiscal seja no regime de

competência (mês a mês) e não no regime de caixa, tendo em vista que o reclamante não poderá ser

penalizado por ato ilícito da reclamada.

25) - INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS - IMPOSTO DE RENDA

Por ocasião da procedência da presente ação e dos deferimentos dos respectivos pedidos, o

reclamante sofrerá, caso haja ordem para recolhimento do I.R. no regime de caixa (o que se admite

somente em hipótese), graves prejuízos financeiros por culpa exclusiva das reclamadas, tendo em vista o

excesso de retenção por parte destas.

Excelência, pela Lei nº 8.541/92, era e é atribuição das reclamadas a responsabilidade pelo

recolhimento do I.R. da parte reclamante, devendo este arcar com o encargo, mas não pode sofrer prejuízo

por culpa da reclamada, que deixou de efetuar o recolhimento oportunamente, ou seja, no vencimento

mensal das parcelas. Assim, incidirão sobre o crédito as alíquotas devidas às épocas dos vencimentos das

parcelas e não o do pagamento (regime de competência), sob pena de danos ao reclamante.

Caso as reclamadas tivessem pagado ao reclamante os valores deferidos nas épocas próprias,

a incidência do imposto de renda seria mês a mês, quando a parte reclamante se beneficiaria de alíquota

muito menor, de modo que pagaria quantia expressivamente inferior a que será paga agora, de uma só vez,

em regime de caixa, aumentando a carga tributária da parte reclamante face as alíquotas do imposto de

renda.

Page 27: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 27 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

Somente as reclamadas, única culpada pela inadimplência, deverá, por justiça e para evitar

danos e prejuízos à parte reclamante, arcar com a diferença, pois, ao receber tais valores de uma só vez,

estará o reclamante sofrendo um decréscimo dos valores a que fazia jus, conquanto, estará pagando muito

mais imposto de renda do que se tivesse recebido na época própria, bem como, o autor estaria sempre

isento do I.R.

Verifica-se na presente demanda que as reclamadas deixaram de cumprir com as obrigações

legais referentes ao I.R. (regime de competência). Assim, o não cumprimento da obrigação que competia às

reclamadas (regime de competência), acarretou e acarretará, via de conseqüência, prejuízo ao reclamante

(regime de caixa), gerando, assim, obrigação das reclamadas em indenizar (responsabilidade civil) o

reclamante por perdas e danos, conforme dispõe o NCC (Lei nº 10.406/2002), nos arts. 186, 187 e 389:

Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito

e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 187 - Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede

manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos

bons costumes.

Art. 389 – Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e

atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de

advogado.

Assim, busca-se o ressarcimento integral do valor devido pela reclamada ao reclamante. Nesse

mesmo caminho, seguem os artigos 402 e 404, todos do Código Civil de 2002:

Art. 402 - Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao

credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.

Art. 404 caput - As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas

com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo

juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.

Como bem disserta Izidoro Paniago (“ in” Revista LTr. 67-06/702, de junho/2003):

Page 28: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 28 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

“ As perdas e danos consistem no ressarcimento feito ao lesado destinado a produzir os

efeitos equivalentes ao cumprimento espontâneo da obrigação” .

De fato, Maria Helena Diniz escreve que:

“ Seriam as perdas e danos o equivalente do prejuízo suportado pelo credor em virtude de o

devedor não ter cumprido, total ou parcialmente, absoluta ou relativamente, a obrigação...”

Sílvio Rodrigues, cuidando do mesmo assunto, preceitua que:

“ Portanto, a idéia que se encontra na lei e a se impor ao culpado pelo inadimplemento, é o

dever de indenizar. Indenizar significa tornar indene, isto é, reparar prejuízo porventura

sofrido.”

Assim, no regime de caixa o reclamante nunca será ressarcido integralmente de seus direitos,

direitos estes decorrentes unicamente das violações perpetradas pela reclamada pelo não cumprimento de

suas obrigações legais, que foi o não recolhimento, mês a mês, do encargo do I.R. devido pela parte

reclamante, mas que, a reclamada deixou de efetuar tais recolhimentos nas épocas dos vencimentos,

causando danos ao reclamante.

DTZ2514223 - CONTRIBUIÇÕES FISCAIS - REGIME DE COMPETÊNCIA - A retenção do

imposto de renda na fonte pelo empregador fora da época própria provoca dano patrimonial ao

empregado pela incidência da alíquota mais elevada. Os descontos fiscais devem ser

realizados pelo regime de competência, ou seja, mês a mês, sob pena de justificar ação de

indenização pelo prejuízo causado com fundamento no art. 159 do Código Ciivil, a ser

apreciada por esta Justiça Especializada, de acordo com o preceituado no art. 114 da

Constituição Federal.(TRT12ª R. - AG-PET 7280/2001 - 03003/2002 - 1ª T. - Rel. Juiz C. A.

Godoy Ilha - J. 26.03.2002) (Fonte www.justicadotrabalho.com.br) (grifo e negrito nosso)

DTZ2520405 - .... DOS DESCONTOS FISCAIS - Deve o empregador arcar sozinho com o

imposto de renda, uma vez que se fossem satisfeitos na época própria (mês de competência),

os créditos do empregado não estariam sujeitos à retenção do imposto de renda. .... (TRT17ª R.

Page 29: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 29 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

- RO 00590.2000.141.17.00.0 - 4067/2002 - Rel. Juiz Hélio Mário de Arruda - DOES

10.05.2002) (Fonte www.justicadotrabalho.com.br) (grifo e negrito nosso)

Diante de todo o exposto e da inegável aplicação, por analogia, dos preceitos legais supra

citados no Direito do Trabalho, por força do art. 8º, da CLT, requer, caso haja condenação ao recolhimento

do I.R. no regime de caixa, que então seja as reclamadas condenada a pagar danos materiais ao

reclamante a ser arbitrado por Vossa Excelência referente ao pagamento da diferença que venha a ser

apurada no processo de liquidação de sentença, assim considerando, o valor a ser pago de uma só vez a

título de imposto de renda, devidamente compensado o que seria pago pelo reclamante mês a mês,

conforme tabelas vigentes e acaso tivesse recebido as verbas nas épocas próprias, considerando-se ainda,

os benefícios e descontos fiscais que teria obtido mediante declaração de imposto de renda pelo modo

simplificado ou pela declaração completa, qual venha a ser mais vantajosa e que deverá ser apurado em

liquidação de sentença.

26) – DESCONTO PREVIDENCIÁRIO – REGIME DE COMPETÊNCIA

Requer o reclamante que o desconto previdenciário seja no regime de competência (mês a

mês), devendo ser levado em conta as respectivas alíquotas e os limites de contribuição, conforme prevê o

item 18.1, da Ordem de Serviço Conjunta INSS/DAF/DSS nº 66/97 e a Lei nº 8.212/91.

27) - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ASSISTENCIAIS

O autor é pobre e não tem condições econômicas e financeiras para arcar com as custas,

despesas e emolumentos processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento e de sua

família.

ENUNCIADO Nº 219, DO TST- Res. 14/1985, DJ 19.09.1985 - Incorporada a Orientação

Jurisprudencial nº 27 da SBDI-2 - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005Justiça do Trabalho -

Condenação em Honorários Advocatícios

I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, nunca

superiores a 15% (quinze por cento), não decorre pura e simplesmente da sucumbência,

devendo a parte ...encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem

prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (ex-Súmula nº 219 - Res. 14/1985, DJ

26.09.1985)

Page 30: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 30 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

SÚMULA 450, DO STF - São devidos honorários de advogado sempre que vencedor o

beneficiário de justiça gratuita. (DJ 08.10.1964)

Assim requer, exclusivamente com base na Lei nº 1.060/50, na Súmula 219, I, do TST e na

Súmula nº 450, do E. STF, tendo em vista que o reclamante é hipossuficiente, que seja condenada a

reclamada ao pagamento de honorários advocatícios assistenciais no quantum de 20% do valor da

condenação ao procurador do reclamante.

28) - INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS, HONORÁRIOS

ADVOCATÍCIOSCONTRATUAIS

Diante de todo o exposto, verifica-se na presente demanda que a reclamada deixou de cumprir

com as obrigações decorrentes do contrato de trabalho celebrado com o reclamante. Diante disso, o não

cumprimento das obrigações que competiam à reclamada, acarretou, via de consequência, enriquecimento

ilícito desta gerando assim, obrigação da reclamada em indenizar o reclamante por perdas e danos,

conforme dispõe o NCC (Lei nº 10.406/2002):

Art. 389 – Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e

atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de

advogado.

Assim, com a atualização automática do débito e com a previsão do pagamento de honorários

de advogado, busca-se o ressarcimento integral do valor devido pela reclamada ao reclamante. Nesse

mesmo caminho, seguem os artigos 395, 402 e 404, todos do Código Civil de 2002:

Art. 395 - Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros,

atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos,

e honorários de advogado.

Art. 402 - Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos (aqui,

por força disposto no art. 404, estão incluídos os honorários advocatícios contratuais,

sendo que: parêntesis, negrito e grifo nosso, não constam no original) devidas ao credor

abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.

Page 31: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 31 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

Art. 404 caput - As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas

com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo

juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.

O novo Código Civil/2002 não está a tratar dos honorários advocatícios sucumbenciais, mas

sim, dos honorários advocatícios contratuais, despendidos por aquele que se viu obrigado a constituir um

advogado, neste caso, o reclamante, para compelir o inadimplente, neste caso, a reclamada, à satisfação

das perdas e danos decorrentes da inexecução das reclamadas de obrigações decorrentes do contrato de

trabalho com o reclamante.

Estabelecido que as perdas e danos dizem respeito aos danos sofridos pelo credor, no caso o

reclamante, o novo Código Civil de 2002, incluindo no art. 404 caput, na obrigação de ressarcimento o

pagamento de honorários advocatícios, só pode estar se referindo aos honorários advocatícios contratuais,

arcados pelo credor, no caso, o reclamante, afinal, os honorários advocatícios sucumbenciais, crédito

autônomo devido ao advogado pelo sucumbente (art. 23, da Lei nº 8.906/94), não foram desembolsados

pelo reclamante que, por isso mesmo, não poderia deles ser ressarcido.

A mudança em estudo, na verdade, diz respeito às perdas e danos, cujo conceito legal atual

engloba os honorários advocatícios contratuais, em nada afetando a disciplina dos honorários advocatícios

sucumbenciais, que segue em vigor no campo processual, na forma do CPC e da Lei nº 8.906/94.

Excelência, o que o Código Civil de 2002 veio a consagrar de modo expresso, é o direito à

plena reparação do dano, tido como tal, não só a perda ou dano provocado pela reclamada mas, como

também, o que o reclamante deixou de lucrar ao ter de constituir o advogado que adiante esta assina, para

obrigar as reclamadas a cumprirem com suas obrigações.

Como bem disserta Izidoro Paniago (“ in” Revista LTr. 67-06/702, de junho/2003):

“ Entendimento diverso, além de tornar inútil a inclusão dos honorários de advogado nos arts.

389 e 404, caput, do Código Civil/2002 (pois, o resultado será o mesmo que há muito

conhecemos pela aplicação do CPC),despreza o próprio conceito de indenização que envolve o

instituto das perdas e danos e que, no novo Código Civil, alcançou sua plenitude de forma

expressa” .

Page 32: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 32 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

“ As perdas e danos consistem no ressarcimento feito ao lesado destinado a produzir os

efeitos equivalentes ao cumprimento espontâneo da obrigação” .

Novamente reportando à Maria Helena Diniz que escreveu:

“ Seriam as perdas e danos o equivalente do prejuízo suportado pelo credor em virtude de o

devedor não ter cumprido, total ou parcialmente, absoluta ou relativamente, a obrigação...”

Também, novamente reportando a Silvio Rodrigues, este preceitua que:

“ Portanto, a idéia que se encontra na lei e a se impor ao culpado pelo inadimplemento, é o

dever de indenizar. Indenizar significa tornar indene, isto é, reparar prejuízo porventura

sofrido.”

Excelência, se do valor de seu crédito o reclamante tiver que dar parte como pagamento de

honorários advocatícios contratuais ao advogado que esta adiante assina, verificar-se-á que o seu

ressarcimento não foi integral, permanecendo ainda o reclamante com prejuízos.

Assim, o reclamante nunca será ressarcido integralmente de seus direitos, direitos estes

decorrentes unicamente das violações perpetradas pela reclamada pelo não cumprimento de suas

obrigações legais e contratuais, favorecendo sobremaneira a devedora, no caso, a reclamada que, além de

não adimplir a parte que lhe cabia no contrato de trabalho, ainda levará vantagem sobre o reclamante,

causando ao mesmo, danos materiais.

Diante de todo o exposto do princípio da restitutio in integrum e da inegável aplicação, por

analogia, dos preceitos legais supra citados no Direito do Trabalho, por força do art. 8º, parágrafo único da

CLT, requer assim que seja as reclamadascondenadas ao pagamento de indenização ao reclamante por

perdas e danos referente aos honorários advocatícios contratuais no equivalente a 30%, do montante bruto

total do crédito que fará jus o reclamante, conforme contrato de honorários juntados a estes autos,

esclarecendo que nada tem a ver este pedido com os ditames da Lei nº 1.060/50 e da Súmula nº 219, I, do

TST, até porque, a matéria é diversamente tratada. Sucessivamente, seja arbitrado outro valor ou

porcentagem por Vossa Excelência.

29) - DO DANO

Page 33: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 33 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

29.1) - DO ASSEDIO MORAL

O reclamante durante toda a contratualidade com a reclamada foi submetido à pesada

opressão, maus-tratos psíquicos e morais, ataques à sua competência profissional, através de comentários

antiéticos e depreciativos como, sendo por diversas vez humilhado na frente de seus colegas como “ uma

pessoa lenta e ignorante” que era “ sem vontade e desmotivada” ,comentários estes que ao passar dos

meses reverteram-se em torturas psicológicas ao reclamante, onde inúmeras vezes foi coagido a realizar

viagens com frotas em situações péssimas de manutenção, colocando em risco a sua vida e podendo

desamparar sua família.

Era submetido a viajar por vários dias sem poder retornar para casa e gozar sua folga que

possuía por direito, caracterizado uma retaliação a sua pessoa por demonstrar a insatisfação em trabalhar

na empresa sobe a forma que vinha sendo tratado, e assim deverá ter o entendimento Vossa

Excelênciacomo do caso em tela que se tratava de assédio moral por parte das reclamadas na pessoa de

seus prepostos.

Por ultimo e trágico foi obrigado a realizar uma viagem com um frota totalmente em péssimas

condições, onde acabou sofrendo um acidente, tombando e por fim este frota acabou pegando fogo no local

do acidente, pois o reclamante sempre transportou produto inflamável e perigo para as reclamadas,

situação esta que comprova o descaso com seus funcionários, pois nunca preocupou-se em manter um os

frotas revisados e em boas condições de manutenção.

Não o bastante seus superior ao saber do acidente por meio de uns de seus colegas foi

ríspido, grosseiro e porque não dizer cruel com seu colega na hora que noticiou o fato, falando para o

mesmo – “ que o reclamante deveria ter morrido antes de dar tal prejuízo a ele” .

Tal situação veio a ferir sua dignidade, pois é muito desolador sair de um acidente onde não

teve culpa e saber que seu superior lhe deseja a morte, se sentiu humilhado perante seus companheiros,

fato este que serviu e serve de motivo de pilhéria entre seus colegas de trabalho até a presente data onde

requer sua rescisão indireta, não o bastante vem realizando retaliações para com o reclamante como não

deixando o mesmo viajar sozinho e realizar manobras com os frotas sobe pretexto de o reclamante não

saber dirigir.

Para evidenciar para vossa excelência a tortura e caracterizar o assédio moral sofrido pelo

reclamante durante suas viagem o reclamante por inúmeras vezes era torturado pelos controladores de

frota (funcionários das reclamadas)através do telefone celular de alarmes sonoros, os quais ficavam dentro

da cabine do caminhão, afim de fazer com que o reclamante não parasse e assim realizar a sua viagem

dentro do tempoem que as rés determinassem, sendo que por inúmeras vezes não conseguia nem ao

Page 34: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 34 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

menos efetuar sua refeição e seu descanso de direito durante a viagem ferindo assim o artigo 5º, inciso III

da CF.

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,

à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

(...)

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

Bem como os art. 927 do CC:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a

repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos

especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano

implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Onde a jurisprudência tem o entendimento, que:

Assédio moral – Contrato de inação – Indenização por dano moral. A tortura psicológica,

destinada a golpear a auto-estima do empregado, visando forçar sua demissão ou apressar a

sua dispensa através de métodos que resultem em sobrecarregar o empregado de tarefas

inúteis, sonegar-lhe informações e fingir que não o vê, resultam em assédio moral, cujo efeito é

o direito à indenização por dano moral, porque ultrapassada o âmbito profissional, eis que

minam a saúde física e mental da vítima e corrói a sua auto-estima. No caso dos autos, o

assédio foi além, porque a empresa transformou o contrato de atividade em contrato de inação,

quebrando o caráter sinalagmático do contrato de trabalho, e por conseqüência, descumprindo

a sua principal obrigação que é a de fornecer o trabalho, fonte de dignidade do empregado.

Recurso improvido" (TRT – 17ª R – RO nº 1315.2000.00.17.00-1 – Relª. Sônia das Dores

Dionísa).

I – Dinâmica grupal – Desvirtuamento – Violação ao patrimônio moral do

empregado – Assédio moral – Indenização. A dinâmica grupal na área de Recursos

Humanos objetiva testar a capacidade do indivíduo, compreensão das normas do empregador

Page 35: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 35 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

e gerar a sua socialização. Entretanto, sua aplicação inconseqüente produz efeitos danosos ao

equilíbrio emocional do empregado. Ao manipular tanto a emoção, como o íntimo do indivíduo,

a dinâmica pode levá-lo a se sentir humilhado e menos capaz que os demais. Impor

pagamentos de prendas publicamente, tais como, ‘ dançar a dança da boquinha da garrafa’ ,

àquele que não cumpre sua tarefa a tempo e modo, configura assédio moral, pois, o objetivo

passa a ser o de inferiorizá-lo e torná-lo ‘ diferente’ do grupo. Por isso, golpeia a sua auto-

estima e fere o seu decoro e prestígio profissional. A relação de emprego cuja matriz filosófica

está assentada no respeito e confiança mútua das partes contratantes, impõe ao empregador o

dever de zelar pela dignidade do trabalhador. A CLT, maior fonte estatal dos direitos e deveres

do empregado e empregador, impõe a obrigação de o empregador abster-se de praticar lesão

à honra e boa fama do seu empregado (art. 483). Se o empregador age contrário à norma,

deve responder pelo ato antijurídico que praticou, nos termos do art. 5º, X, da CF/88. (Recurso

provido)..." (TRT – 17ª R – RO n. 1294.2002.007.17.00.9 – Relª. Juíza Sônia das Dores

Dionísio).

Dano moral – Empregado submetido a constrangimentos e agressão física, em

decorrência de sua orientação sexual, praticados por empregados outros no ambiente de

trabalho e com a ciência da gerência da empresa demandada – Imputabilidade de culpa ao

empregador. Se a prova colhida nos autos revela, inequivocamente, que o autor sofrera no

ambiente de trabalho discriminação, agressões verbais e mesmo físicas por sua orientação

homossexual, mesmo que não pudesse o empregador impedir que parte de seus empregados

desaprovasse o comportamento do reclamante e evitassem contato para com ele, não poderia

permitir a materialização de comportamento discriminatório grave para com o autor, e menos

ainda omitir-se diante de agressão física sofrida pelo reclamante no ambiente de trabalho;

mormente se esta agressão fora presenciada por agentes de segurança do reclamado, os

quais não esboçaram qualquer tentativa de coibi-la. Se o reclamante, como empregado do

demandado, estando no estabelecimento do réu, sofre, por parte de seus colegas de trabalho,

deboches e até chega a sofrer agressão física, e se delas tem pleno conhecimento a gerência

constituída pelo empregador, este último responderá, por omissão, pelos danos morais

causados ao reclamante (CCB então vigente, art. 159 c/c art. 5º, X, da CF). Sendo o

empregador pessoa jurídica (e não física), por óbvio os atos de violação a direitos alheios

imputáveis a ele serão necessariamente praticados, em sentido físico, pelos obreiros e

dirigentes que integram seus quadros. Recurso ordinário do reclamado conhecido e

Page 36: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 36 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

desprovido" (TRT – 10ª R – 3ª T – RO n. 919/2002.005.10.00-0 – Rel. Paulo Henrique Blair

– DJDF 23.5.2003 – p. 51).

Como ficou bem caracterizado pela descrição já realizada dos fatos, que os acontecimentos em

tela repercutiu e repercute enormes danos morais ao reclamante refletindo o exposto e percebido por seus

familiares e amigos como uma devida tortura mental e psicológica sofrida pelo reclamante, assim entende o

mesmo que, como forma de compensar o assedio moral sofrido que a indenização seja fixadas na quantia

correspondente a 100 (cem) vezes o seu último salário (tendo como ultimo salário a quantia mensal de R$

4.750,00 (Quatro mil setecentos e cinquentareais)ou em outro valor que Vossa Excelência assim entender,

que recompense o assedio e o dano moral sofrido pelo reclamante.

30) - DOS PEDIDOS

Excelência, diante de todo o exposto o reclamante requer:

a) que seja julgada procedente a presente ação trabalhista e os pedidos nela formulados;

b) que seja deferido ao reclamante os benefícios da justiça gratuita (Lei nº 1.060/50),

conforme narrado no item nº 1 da causa de pedir;

c) que sob a responsabilidade pessoal do procurador que esta adiante assina e sob as penas

da Lei, que as fotocópias simples juntadas a estes autos pelo reclamante são declaradas autênticas dos

originais, requerendo que as mesmas e os seus conteúdos sejam aceitos como documentos, com fulcro no

art. 795, da CLT, bem como, tendo em vista os princípios da veracidade, celeridade, economia processual e

analogia aos arts. 183, 372 caput e 544, § 1º, do CPC, conforme narrado no item nº 2 da causa de pedir;

d) Requer o reclamante que Vossa Excelência em declare a solidariedade e/ou

subsidiariedade da 2º Reclamada, fazendo assim que a mesma, passe a fazer parte do pólo passivo da

presente demanda, assegurando assim o que é de legítimo direito ao reclamante, conforme narrado no item

nº 3 da causa de pedir;

e) Seja deferido que o vinculo de contratualidade entre o reclamante e as reclamadas no

período de 13/01/2010e demitido em 10/02/2014, conforme narrado no item nº 4 da causa de pedir, com o

valor devido das verbas rescisórias, igualmente apontadas, em sua proporcionalidade.

Page 37: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 37 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

f) Seja reconhecida acausa cometida pelas Reclamadas, com posterior reconhecimento do

pedido de rescisão indireta do contrato de trabalho, determinando-se que as Reclamadas realize a anotação

da CTPS do Reclamante decorrente da projeção do aviso prévio, nos termos do art. 29 da CLT, sob pena

de ser efetuada pela Secretaria da Vara do Trabalho, nos termos do art. 39 da CLT, conforme narrado no

item nº 5 da causa de pedir e apensos, com o valor devido das verbas rescisórias, igualmente apontadas,

em sua proporcionalidade;

g) Requer o reclamante a condenação das reclamadas que paguem a diferença conforme CCT

2013/2014 (anexo) com o valor de R$ 1.550,00 (Hum mil quinhentos e cinquenta reais) e não de R$

1.472,00 (Hum mil quatrocentos e setenta e dois reais) como vem sendo pago para o reclamante, a qual

deverá ser reconhecido e anotado em sua CTPS, como também deverá ser corrigido nos moldes da súmula

27 do TST, e com este em aviso prévio, décimo terceiro salário, férias acrescidas do terço constitucional e

FGTS (depósitos e multa de 40%), conforme narrado no item nº 6 da causa de pedir, com o valor devido

das verbas rescisórias, igualmente apontadas, em sua proporcionalidade;

h) Requer a integração do valor pagamento em “ em adiantamento de viagem e comissões e

demais” , como o salario pago extra-folha (por fora) e as demais remunerações pagas pelas reclamadas no

decorrer do contrato de trabalho, bem como os devidos reflexos em descanso semanal remunerado, nos

moldes da súmula 27 do TST, e com este em aviso prévio, décimo terceiro salário, férias acrescidas do

terço constitucional e FGTS (depósitos e multa de 40%),conforme narrado no item nº 7 da causa de pedir,

com o valor devido das verbas rescisórias, igualmente apontadas, em sua proporcionalidade.

i) Requer também que a reclamada apresente os comprovantes de pagamento a este título

(comissão e outros nomenclaturas), uma vez que não foram fornecidos ao reclamante, embora assinados,

requerimento realizado na forma e efeito do artigo 359 do CPC, sob pena de confesso.

j) Requer o reclamante reflexo de 22 a 33 horas por semana das horas à disposição ou

extraordinárias, nos dias em que precisava carregar ou descarregar nos clientes a pós o seu horário de

jornada, reflexos este sobre os descansos semanais remunerados (sábados, domingos e feriados), nas

férias com o terço constitucional, no aviso prévio e no FGTS com a multa de 40%; conforme narrado no item

nº 8 da causa de pedir;

Page 38: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 38 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

k) Que seja deferido que o reclamante laborou na reclamada, durante a contratualidade das

07:hs as 18:00hs do dia seguinte, em escala de 6x1, com uma promessa de intervalo para descanso de

36hs, o que não acontecia, pois laborava continua e diariamente sem folga entre uma viagem e outra,

conforme narrado no item nº 9 da causa de pedir;

l) Com base na CCT, no art. 74, da CLT e na Súmula nº 338, do TST e, como a reclamada

possui mais de 10 empregados, requer o autor que a reclamada apresente, sob as penas do art. 359, do

CPC e também com fulcro no art. 355 e seguintes do CPC, todos os registros de controles de horários do

autor e assinados por este, sob pena de presumir verdadeira a jornada laborada narrada nesta inicial.

m) requer, devido à habitualidade, que a reclamada seja condenada a pagar ao reclamante as

horas extras corretas minuto a minuto, proporcionais excedentes, como o seu adicional de horas extras

utilizando-se o divisor 220 hs, sendo que as horas extras extraordinárias serão remuneradas com acréscimo

de 50% (cinquenta por cento) com sua integração no cálculo de férias, 13° salário, aviso prévio, repousos

remunerados e FGTS, sempre calculada sobre a hora normal e, devido à habitualidade, que as horas extras

gerem os respectivos reflexos em DSR (domingos e feriados) e com estes, reflexos em 13º salário, férias +

1/3 constitucional, aviso prévio e FGTS (11,2%), conforme narrado no item nº 10 da causa de pedir;

n) Sucessiva ou alternadamente, seja a reclamada condenada no pagamento das horas extras

referente as diferenças entre os minutos gozados pelo autor o qual teria direito de (60 minutos) e gozava

apenas de (15 minutos) e seja indenizado em horas cheias (60 minutos) prevista no art. 71 caput e § 4º, da

CLT, tudo conforme narrado no item nº 11 da causa de pedir;

o) requer o reclamante a condenação da reclamada ao pagamento do adicional noturno de

20% e ao recebimento das horas que ultrapassavam o horário noturno, qual seja, até as 06:00 horas da

manhã, devendo esta ser computada como hora noturna, com seu redutor e com aplicação de no mínimo

20% do adicional noturno, por serem habituais, bem como os seus reflexos em aviso prévio, 13º salário,

férias acrescidas do terço constitucional, FGTS (depósitos e multa), horas extras e DSR. Requer seja

utilizada como base de cálculo maior e real remuneração do Reclamante, considerando o salário extra-

folha, conforme narrado no item nº 12 da causa de pedir;

p) Requer o reclamante a condenação das reclamadas para todos os efeitos legais que a

reclamada deixou de observar o salário base da COVENÇÃO COLETIVA, para realizar a rescisão do

Page 39: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 39 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

Contrato de trabalho que deve ser corrigida, em todos os seus termos para o valor atual e reajustado,

conforme narrado no item nº 13 da causa de pedir;

q) Requer o reclamante que as reclamadas seja condenadas ao pagamento da “ nona

horas” , conforme narrado no item nº 14 da causa de pedir;

r) Requer o reclamante que as reclamadas seja condenadas ao pagamento do vale

alimentação, conforme narrado no item nº 15 da causa de pedir;

s) A reclamada não pagou ao Reclamante a quantia referente ao vale-transporte de todo o

período laboral, sendo que é certo que o Reclamante fazia uso de duas conduções diárias, pelo que, deverá

a Reclamada ser condenada ao pagamento de indenização equivalente aos vales-transportes não pagos de

todo o período laborado, o que desde já se requer, conforme narrado no item nº 16 da causa de pedir;

t) Integram a remuneração do reclamante e a base de cálculo de todas as horas extras e de

todas as demais verbas salariais proporcionais pleiteadas nesta inicial: o salário normal + salário extra-folha

+ 13º Salário + D.S.R. (domingos e feriados) e FGTS e da multa de 40% sobre o mesmo, conforme narrado

no item nº 17 da causa de pedir.

u) Requer sejam a reclamada condenada ao pagamento das verbas rescisórias, conforme

narrado no item nº 18 da causa de pedir.

v) Assim requer, para fins de aviso prévio, com observância da tabela acima transcrita diante

da aplicação da Lei n.º 12.506 de 11 de outubro de 2011, alterou a CLT, na questão do aviso prévio,

instituindo o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, uma vez considerado o pedido de rescisão

indireta, requerendo a projeção do aviso para todos os efeitos legais e de verbas rescisórias, conforme

narrado no item nº 19 da causa de pedir.

w) Assim, que seja condenada a reclamada no pagamento ao autor em única parcela, de todo

o valor monetariamente corrigido e com juros referente ao FGTS, acrescidos da multa de 40%, conforme

narrado no item nº 20 da causa de pedir.

x) Portanto, deverá as Reclamadas serem condenadas ao fornecimento das guias necessárias

à habilitação da Reclamante junto ao programa do seguro desemprego, tais como, comunicado de dispensa

Page 40: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 40 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

e requerimento do seguro-desemprego.Alternativamente, se por culpa da Reclamada não puder o

Reclamante habilitar-se junto ao programa, ou, se a Reclamada negar em fornecer as guias, requer então

seja a Reclamada condenada no pagamento da indenização substitutiva do seguro-desemprego, no valor

equivalente a 06 (seis) parcelas, calculadas na forma da legislação vigente, conforme narrado no item nº 21

da causa de pedir.

y) que seja a reclamada condenada a pagar ao reclamante, à data do comparecimento à

Justiça do Trabalho, a parte incontroversa de todas as verbas postuladas nesta reclamatória trabalhista, sob

pena de pagá-las acrescidas de 50%, conforme prevê o art. 467, da CLT, conforme narrado no item nº22 da

causa de pedir;

z) que seja a reclamada condenada a pagar ao reclamante, a multa prevista no art. 477, § 8º,

das CLT, conforme narrado no item nº23 da causa de pedir;

aa) que seja deferido que o desconto fiscal seja no regime de competência (mês a

mês) e não no regime de caixa, tendo em vista que, a reclamante não poderá ser penalizada por ato ilícito

da reclamada, conforme narrado no item nº 24 da causa de pedir;

bb) que, caso haja condenação ao recolhimento do I.R. no regime de caixa, que então

seja a reclamada condenada a pagar danos materiais ao reclamante a ser arbitrado por Vossa Excelência

referente ao pagamento da diferença que venha a ser apurada no processo de liquidação de sentença,

assim considerando, o valor a ser pago de uma só vez a título de imposto de renda, devidamente

compensado o que seria pago pelo reclamante mês a mês, conforme tabelas vigentes e acaso tivesse

recebido as verbas nas épocas próprias, considerando-se ainda, os benefícios e descontos fiscais que teria

obtido mediante declaração de imposto de renda pelo modo simplificado ou pela declaração completa, qual

venha a ser mais vantajosa e que deverá ser apurado em liquidação de sentença, conforme narrado no item

nº25 da causa de pedir;

cc) que o desconto previdenciário seja no regime de competência (mês a mês), devendo ser

levado em conta as respectivas alíquotas e os limites de contribuição, conforme narrado no item nº26 da

causa de pedir;

dd) exclusivamente com base na Lei nº 1.060/50, na Súmula 219, I, do TST e na

Súmula nº 450, do E. STF, tendo em vista que o reclamante é hipossuficiente, que seja condenada a

Page 41: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 41 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

reclamada ao pagamento de honorários advocatícios assistenciais no quantum de 20% do valor da

condenação ao procurador do reclamante, conforme narrado no item nº 27 da causa de pedir;

ee) que seja a reclamadacondenada ao pagamento de indenização ao reclamante por

perdas e danos referente aos honorários advocatícios contratuais no equivalente a 30% do montante bruto

total do crédito que fará jus o reclamante, conforme contrato de honorários juntados a estes autos,

esclarecendo que nada tem a ver este pedido com os ditames da Lei nº 1.060/50 e da Súmula nº 219, I, do

TST, até porque, a matéria é diversamente tratada. Sucessivamente, seja arbitrado outro valor ou

porcentagem por Vossa Excelência, conforme narrado no item nº28 da causa de pedir;

ff) que seja as reclamadascondenada ao pagamento de indenização ao reclamante pelos

danos causados através do assédio moral conforme os fatos narrados no item nº 29e apensos da causa de

pedir;

gg) A citação/notificação das reclamadasTRANSPORTADORA VANTROBA LTDA,

pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPF/MF sob o n.º 78.147.105/0001-65,

estabelecida na Rua Bento Ribeiro, n.º 900, Bairro Nova Rússia, Cidade Ponta Grossa, Estado: Paraná,

CEP84070-350, e; a reclamada PONTUAL BRASIL PETROLEO LTDA, pessoa jurídica de direito privado,

devidamente inscrita no CNPF/MF sob o n.º 02.886.685/0001-40, estabelecida na Rua Luiz Franceschi, n.º

666, Bairro Thomaz Coelho, Cidade Araucária, Estado Paraná, CEP 83.707-072, na pessoa de seu

representante legal para que, querendo e no prazo legal, apresente contestação, sob pena de revelia e seus

efeitos e confissão quanto às matérias de fato, valores e datas narradas nesta exordial, presumindo-se as

mesmas verdadeiras;

hh) provar o alegado por todos os meios de provas em Direito admitidos, entre os quais

documental, testemunhal e pericial, bem como, o depoimento pessoal dos representantes legais das

reclamadas sob pena de confissão;

ii) que todas as verbas deferidas sejam monetariamente corrigidas e aplicados juros.

Dá à causa o valor de 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), meramente para efeitos de alçada.

Nestes termos, pede deferimento.

Page 42: Vantobrax jisandro  inicial trabalhista

ADVOCACIA CÍVEL–EMPRESARIAL–TRIBUTÁRIA-TRABALHISTA-CRIMINAL

R. Mal. Floriano Peixoto,n.º 170, 2º and , cjs .209/210, ed. Bantiba,Curitiba,Paraná,CEP80020-916 Fone/Fax: (041) 3078-6020 - 3078-6080 - 9104-0704 – E-mail [email protected]

Pg. 42 de 42

CLAUDINEI DOMBROSKI ADVOGADOS ASSOCIADOS

De Curitiba/Pr, 28 de fevereiro de 2014

Claudinei Dombroski

OAB/Pr nº 30.248