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.N.° 883 - 10-3-5512 REPORTAGENS

Assinadas por: Leunam Leite,Thomaz Mazzoni (OHmpieus),Norberto Valle, Sérgio Lopes, Car-los Sampaio, Jorge Miranda, Flá-vlo Sales, Luís Belini e ManuelEtiel.

Ilustrações fotográficas de: JoséSantos, Alberto Ferreira e VitoMoniz.

Gráficos de gols por: WilllamGuimarães.

Humorismo: M. Salles.Caricaturas: Vilmar.Desenhos: Alberto Lima.

EXPEDIENTEFundado em 12 de abril de 1938.Propriedade da Cia. EDITORA

AMERICANA —- Diretor: Gratulia-no Brito — Rua Visconde de Ma-ranguape, 15 — Rio — EndereçoTelegráfico: REVISTA — Tclefo-nea: Redação: 22-4447 — Publici-dade: 22-9570 — Administração":22-2550 —¦ PREÇOS: Número avul-so: No DIST. FEDERAL: Cr$ 4,00NOS ESTADOS: Cr$ 5,00 —PUBLICIDADE NO RIO: S. L. Glii-marães, A. Mendes, S. SantWnna eA. Nóbrega. EM SÃO PAULO: —Distribuição e Venda: AgênciaZambardino, Rua Capitão Salomão.89 — Tel.: 34-1509. Publicidade eReportagens: A. Ipiranga, 879, 3*

andar. Tel.: 35-0351.

CAPA: Babá, o extrema esquer-da do Flamengo, o menor jogadordo plantei, no dia da entrega dasfaixas. Junto as mascotes do clube.Não se mascarando, o que infeliz-mente está acontecendo, poderá vira se constituir num elemento degrande futuro. — (Foto de JoséSantos).

CONTRA-CAPA: O time do Ban-gu que tao bonita campanha rea-lizou no campeonato de 54, obten-do a terceira colocação. Na fotoem pé: Joel, Cabeção, Tórbis, Zó-zimo, Gavillán e Jorge. Agacha-dos: Mário, Lucas, Zizinho, Décioe Nívio, — (Foto de Alberto Fer-rélra).

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O BANQUETE AOS CAMPEÕES DE 54Depois da sensacional jornada do bicam-

peonato os jogadores rubro-negros foram alvode inúmeras e simpáticas homenagens, dasquais se destacou o banquete que os nossosconfrades de "Ultima Hora" ofereceram emsua sede, e que foi prestigiado pela presençade inúmeros desportistas, inclusive os presi-dentes do Fluminense e do Vasco, numa de-monstração de reconhecimento do brilhantefeito.

Nas fotos que publicamos" nesta página, ve-mos ao alto, aspecto geral do banquete — aocentro, diversos flagrantes em que aparecem,Bria, Jaime e Tomires — o extrema canhotoEsquerdinha num grupo em que aparece odiretor Aristeu Duarte. Outro grupo em quese notam Evaristo, Servílio, índio, d. Berta Du-arte, e Dima. Em baixo, Chamorro, Evaristo eServilio.

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CONSAGRAÇÃO AO BICAMPEONATOLEVY KLEIMAN

TVa próxima semana, comu acontece anualmente, ESPORTEILUSTRADO apresentará uma edição especial, com maior nú-mero de páginas, inteiramente dedicada ao clube campeão dacidade, o Clube de Regatas do Flamengo, que levantou o títulopela segunda vez consecutiva.

Árduo foi o trabalho da reportagem fotográfica desta revistaporque na última apresentação do campeão o tempo não fa-voreceu a parte técnica, assim como no dia em que o planteido rubro-negro posou especialmente para esta publicação. Es-forços foram desenvolvidos para que a silustrações apresentas-sem o máximo de perfeição.

Apresentaremos a marcha gloriosa do quadro dirigido porSolich, no turno e returno, assim como na etapa decisiva, comilustrações fotográficas de todas as 27 partidas de que o rubro-negro participou. Portanto uma documentação numérica e fo-tográficá completa da grande campanha.

Os leitores também reviverão todos os gols de todos os jogosdo campeão na sua campanha de 54, desenhadas por WilliamGuimarães, observados durante o campeonato pela grande equi-pe de observadores. Este trabalho foi revisto, gol por gol, a fimde que a reprodução dos tentos'obedecesse o mais que possívela realidade.

As biografias de todos os jogadores componentes do conjuntovencedor serão outra das inúmeras atrações que a Edição Es-pecial do ESPORTE ILUSTRADO apresentará na semana vin-doura.

(Continua na páe. ]8V;--¦- .-¦'-¦'¦- :-": '¦;.; S'v^'-:.!;ii'."' -':';; -J'¦¦"¦' ':¦'-.¦

ESPORTE ILUSTRADO — Pág. 3

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O SAPATEIROQUE CALCOUCHUTEIRAS!Reportagem de LEUNAM LEITE

Foto-seqüências de :ALBERTO FERREIRA

Nesta magnífica seqüência do flagrantes, podemos observar os movimentos do médio Gavillán,controlando com o pé...

trouxeram de Assunção, pela quantia irri-sória de CrS 200.000,00. Gavillán adaptou-seperfeitamente ao ambiente de Moça Boni-ta e destacou-se não só como uma das me-lhores figuras do seu quadro, como de to-dos os que disputaram o certame citadino.

Foi com este craque consumado, campeãosul-americano, que estivemos palestrando,antes de um dos seus compromissos pelocampeonato carioca recém-findo. Gavillánteve, então, ocasião de nos relatar as prin-cipais passagens da sua vida esportiva.

co temporadas consecutivas (de 46 a 50).Integrando selecionados de minha pátria,participei de quatro campeonatos sul-ame-ricanos: em 45 (Santiago), 47 (Guaiaquil),49 (Rio de Janeiro) e 53 (Lima), além domundial de 50, quando atuei em Curitiba eSão Paulo. A minha maior emoção foi a delevantar o último sul-americano, em 53, in-victo.

"Em 1954, depois de disputar as elimina-tórias da V Copa do Mundo, em Santiago,Assunção e Rio de Janeiro, recebi sedutora

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em seguida exibindo as suas qualidades como exímio cabeceador, demonstrando que o Bangu possui um verdadeiro malabarista...

A importação de jogadores paraguaios,nestes últimos anos, tem sido intensa, sejapela facilidade de compra dos mesmos —em virtude dos preços acessíveis às bolsasdos clubes — seja pela qualidade dos "play-ers" guaranis que, via de regra, conseguemêxito em nossos gramados. Atualmente, vá-rias grandes equipes da capital da Repú-blica possuem elementos vindos do Para-guai, e quase todos eles agradam à torcida.

Entre estes, encontramos Gavillán, o ex-celente médio-direito que os bangüenses

"Nasci em Assunção, a 3 de julho de 1923.Meu nome é Manuel Gavillán, e nunca tiveapelidos. Comecei a praticar o "association"quando contava 16 anos, jogando nos juve-nis do Libertad. Em 1943, com 20 anos, por-tanto, fui promovido aos profissionais, per-manecendo dez anos a fio na defesa dascores do Libertad, sempre como titular daasa-média direita. Durante esse tempo, tiveoportunidade de conquistar duas vezes otítulo de campeão paraguaio, nos anos de1943 e 45. Fui, ainda, vice-campeão em cin-

proposta do Bangu, resolvendo deixar osmeus pagos para vir tentar a sorte no Bra-sil. Não me arrependi, absolutamente, daexperiência, e estou satisfeito pela campa-nha cumprida pelo meu novo clube, numcertame tão sensacional como este. É bemverdade que, em algumas ocasiões tive fal-ta de "chance", como naquele jogo frenteao Vasco, no returno, em que me contundiacidentalmente, tendo de deixar a "can-cha" logo nos primeiros minutos, e o meu

(Continua na pág. 18)

que teve os seus primeiros contados com as chuteiras quando ainda era um humilde sapateiro, em Assunção, no Paraguai.Sm-

ESP-QRTü: ILUSXRADO — Pág, 4-

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Glorioso foi o ano de 1908 para o ClubeAtlético Paulistano, pois agora contandonovamente com o seu quadro embaladovoltou a vencer o campeonato paulista so-frendo uma só derrota. Este ano deveriaser o marco inicial da famosa carreira deRubens Sales como craque do primeiro qua-dro, depois da seleção paulista e a seguirdo selecionado do Brasil da qual foi seucapitão em 1906. Rubens Sales vinha se des-tacando primeiro como jogador infantil ejuvenil e depois num segundo quadro até1907. Ao se iniciar o campeonato de 1908estava decidido que Rubens Sales seria lan-çado no primeiro quadro, efetivamente. Eassim aconteceu. Veio o campeonato de 1908,o jovem Rubens Sales figurava na linha mé-

HISTÓRICO do MAIORCLORE do PASSADO (6)

0 GRANDECAMPEONATOde 19 0 8dia e começou a chamar enorme atençãosobre si a ponto de se tornar a grande figu-ra daquele campeonato. No quarto jogo doprimeiro turno, Rubens fêz o seu primeirogol no primeiro quadro, o primeiro de umaenorme série, pois foi êle o centro-médioque mais gols deveria marcar entre todosos jogadores daquele posto no Brasil, emqualquer época.

O Paulistano de vitórias em vitórias che-gou ao título de campeão de 1908 e teve ape-nas um revés que lhe foi imposto na suaúltima partida pelo Americano o clube queagora era o maior rival, em vista do Pai-meiras se achar afastado da Liga por umaquestão de política interna. O Paulistano,aliás, nesse ano no seu quadro o.ontou com

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PELA PRIMEIRA VEZ CAMPEÃOSEU PRIMEIRO GOL E A ESTRtIAINTERNACIONAL — OS GO' CA

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outros extraordinários valores como Perez e Bibi, seus maioresartilheiros. O alvi-rubro começou vencendo o C. A. Internacional(1x0), depois empatou com o S. C. Internacional por (2x2), a se-guir venceu o São Paulo Atlétic (3x2) e depois o Americano, por(3x2), terminando o primeiro turno invicto, depois de vencer oGermânia por (2x1).

Veio depois o segundo turno empatou com o S. C. Internacionalpor (2x2) e a seguir goleou o São Paulo Atlétic por (9x3) . Umempate de (lxl) foi o resultado com o Germânia e, por fim perdeupara o Americano por 1x0. Seus principais valores durante ocampeonato foram: Perez, Pelaio, Fernão Sales (irmão de Rubens)Ribeiro, os irmãos Gonçalves, Jeffery Tommy, Joaquim, Tutu Mi-randa, além da revelação Rubens Sales. Com este campeonato oPaulistano criou mais força e tradições.

Em meados de 1908 chegou a grande notícia de que visitaria oBrasil um selecionado argentino constituído pelos melhores era-quês daquela época.

A notícia foi confirmada logo depois, chegando os argentinosem julho para efetuar suas primeiras partidas, em São Paulo, em

(Continua na pág. 18)

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» de Solich noireita, flagrante do seu maiosa, em sensacional jogada. Exj

aixo» gráfico do espetacular tento do Jovem atacante bicampeao,executado pelo nosso desenhista Luk Uéo Sampaio.

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Por SÉRGIO LOPESUma das grandes figuras da ofensiva rubro-negra na espe-

tacular campanha que culminou com a conquista do bicampeo-nato foi, sem favor algum, o jovem atacante Evaristo. Atuandoem várias posições da vanguarda, de acordo com as necessidadesdo conjunto, o "player" olímpico valeu como uma autêntica arma-secreta da sua direção técnica para a obtenção de grandes tri-unfos.

Além de apresentar tanta utilidade como "homem dos sete ins-trumentos" da linha de "forwards", pontificou como segundomaior artilheiro da sua equipe no certame da cidade. Mas, apesarde ter contribuído com 14 tentos na jornada vitoriosa do bicam-peonato, o craque vindo do Madureira ainda se recorda do pri-meiro gol que assinalou vestindo a camiseta do "dragão negro",no torneio Rio-São Paulo de 1953. Perdia o Flamengo por 2x1 parao Santos, e a peleja estava próxima do seu desfecho, quando So-lich resolveu lançar o novato Evaristo em substituição a Adão-zinho, numa desesperada tentativa de fugir ao revés. E, fazendojús à oportunidade que lhe era oferecida, cinco minutos depois desua entrada, o novo atacante consignava o tento de empate. Es-querdinha avançou pelo seu setor e cruzou rasteiro para o centro;Evaristo entrou rapidamente, iludiu o zagueiro Pascoal e deslo-cou Manga com um arremate colocado no canto oposto. A con-

(Continua na pág. 18)

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1 —Breno consigna o 3.° gol dos gaúchos, baten-do o arqueiro Ivan; 2 — Nòzinho corta uma avança-da de Juarez, sob as vistas de Merci; 3 — Ivan ante-cipa-se a Breno, colhendo o couro no ar. Geraldo eMerci apreciam a pegada; 4 — Bonito salto deIvan, interceptando a pelota, observado por Geral-do e Juarez; 5 — Nova intervenção de Ivan, cor-tando um passe destinado a Breno e Juarez; 6 —Juarez e Merci empenham-se em interessante due-Io, na área do Ceará; 7 — Ivan rechaça de socouríia cabeçada de Breno, assistido por Geraldo eMerci; 8 — Breno disputa uma jogada alta com de-íensõres cearenses; » — ü 4T.° tento, assinalado por

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O ÚLTIMO ENSAIO DOS VICE-CAMPEÕESA seleção brasileira de basquetehpl, vice-campeã do mundo, preparou-se comafinco sob a orientação de Kanela, que no entanto não pôde acompanhá-laao II Pim-Araericano, no México. Eis os "scratchmen" que vão tentar otítulo máximo, com Simões Henrique no comando (que aparece em pe" àdireita). Seguiram para o México: Algodão, Almir, Leonardo, Pecente, Bom-

barda, VIamir, Amauri, Mair, Moacir, Edson, Marino e Willyy \

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AS CAMPEÃS, VOLTARAM INVICTAS DO PERU

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A equipe de vôlei do Flamengo, campeã carioca de- 54, realiaan uma tem-porada invicta no Peru. Ganharam 10 pelejas, perdendo apent* um "set".Foram estes os resultados dos jogos: Dia 6 — Flamengo 2 x Miraflores 0(15x7 — 15x11); Dia 9 —Flamengo 2 x Miraflores 0Trujillo 0 (15x8 — 15x6);(15x11 — 15x6); Dia 16 —17 — Flamengo 2 x Seleção2 x Seleção Pisco 0 (15x9

Flamengo 2 x Nilsei 0 (15x5 — 15x8); Dia 11 —(15x10 • 15x12); Dia 12 — Flamengo 2 x LigaDia 14 — Flamengo 2 x Hospital Chocose 0

Flamengo 2 x Seleção Ica 0 (15x5 — 15x7); Diade Lima 0 (15x10 — 15x8); Dia 18 — Flamengo— 15x7); Dia 19 — Flamengo 2 x C.I.M.P. 0

(15x0 — 15x11); e dia 25 — Flamengo 2 x Seleção de Lima 1 (12x15 — 15x12e 15x12). Na foto ao alto, o presidente Gilberto Cardoso recebendo no aero-porto as campeãs e seu técnico, e em baixo, algumas defensoras entre ;is

quais Pequenina de Azevedo

TREINAM OS CAMPEÕES BRASILEIROSOs paulistas estão dispostos, a todo custo, a manter a hegemonia do futebolbías f 5ro o estão treinando com afinco sob a supervisão de Aimoré Moreira.Unir "scratch" com a maioria de veteranos lutará pelo cetro. Ao alto oataque titular do primeiro ensaio constituído por Julinho, \ alter, Humberto.

Vasconcelos e Rodrigues.

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BELFNEes/creve:A VERDADE

MASSACREMÉXICO

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Dàuilo contido por um jogador doMarte na famosa confusão do

México.

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dios desconhecidos do público queeu pretende aqui discorrer, pedin-

se a minha indiscriçãouèm.

mundo sabe que naquelepancadaria foi total. Torce-

dores, reservas e policiais invadi-ram o campo e aumentaram asproporções do conflito. Resultado:batemos, apanhamos e, finalmen-te, recolhemo-nos ao vestiário.Quando tudo parecia terminado, opúblico local já convencido de quenão voltaríamos a campo, o sr. Flá-vio deu a ordem: «Voltem e mos-trem que vocês são homens».

Voltamos e diante de tanta au-dácia, o público compensou-noscom generosos aplausos. Na verda-de, porém, voltamos menos jogado-res de futebol e mais parecidoscom verdadeiros mutilados de guei-,ra.

Dentre os que mais sofreram no«massacre» figura o nosso conheci-do Mão de Pilão. Enquanto pôdeêlè «nocauteou» a valer. No final,

Policiais retiram de campo os joga-dores, vendo-se Alvinho consolan-

do um defensor do Marte.

porém, apresentava uma forte con-tusão na região frontal. O interes-sante, todavia (e que muita poucagente sabe), é que a arma do cri-me foi não. uma faca ou um «casse-tete» policial mas (acreditem) u'amáquina cinematográfica.

Quem desvendou a história foi oHaroldo, que conta o fato da se-guinte maneira: «A briga já haviaterminado e Mão de Pilão, com opeito estufado, tomou caminho donosso vestiário. Neste ínterim umcinegrafista dele se aproxima e as-sim falou: «Mui bien, morenito. Ud.pelea maravillosamente. Ya pue-do sacar una foto de usted?"

Pilão inconscientemente, fez umapose de loe Louis e esperou. O ei-neasta, entretanto, ao invés da foto,descarregou a máquina na cabeça,colocando-o «nocaute» e deixando-o no estaleiro durante seis dias.O pior, porém, é que não houvejeito da turma poder contar van-tagem depois da briga. Quandoum dos nossos iniciava o relato doconflito, naturalmente para relem-brar o quanto havia batido, eisque um mexicano surgia •para dizer

(Continua na pásr- 18*

é hoje ainda não consegui es-:er certos fatos que ocorreramido da nossa última excursãoMéxico. Alguns bastantes pito-

jos e que recordo com alegriasaudade. Outros, porém, algo

asagradáveis, embora perfeita-ente cabíveis numa crônica como;ta.O público esportivo brasileironda deve estar lembrado da gran-irriga registrada por ocasião de

¦-'•¦a peleja com o Marte, quandoò o quadro teve de brigar. A->rensa mexicana dedicou-nosa edição extra, com «manchetes»

n: «Los muchachos de Vascorama ganãran em Ia pelea y

futebol!». Aqui mesmo no Rioacontecimentos foram divulga-com focai de sensacionalismo.

retanto, nem lá nem aqui che-•am a noticiar tudo quanto acon-•u naquele dia.aita coisa passou despercebidajustamente sobre certos episó-

sita a Maria Antonieta Pons du-nte a temporada no México.

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O CAMPEÃO PERNAMBUCANOSURPREENDEU A SELEÇÃO CARIOCA!

Antes do "match-treino" os capitães Rubens, doselecionado carioca, e Gilberto, do Náutico Capíba-ribe trocam gentilezas, sob as vistas do juiz AI-

herto Malcher

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Inesperada derrota sofreu a representa-ção carioca que se prepara para intervirno campeonato brasileiro de futebol, ao en-frentar em "match-treino" realizado naprogressista cidade do Recife o quadro doNáutico Capiberibe, campeão pernambuca-no de 1954.

Atuando com extraordinária fibra e em-penhando-se com o máximo ardor na lutapelo triunfo, conseguiram os campeões lo-cais levar de vencida os "scratchmen" dacapital da República, numa peleja emocio-nante e disputada num clima de grandeexpectativa.

O selecionado metropolitano, apesar dosurpreendente revés sofrido, não impres-sionou desfavoràvelmente a seu treinadorMartim Francisco, que considerou como fru-to da falta de conjunto o insucesso verifi-cado.

A verdade é que em momento algum o"onze" alvi-celeste demonstrou perfeito en-trosamento, tendo mesmo falhado certos jo-gadores, em prejuizo da equipe. Assim, Pi-nheiro falhou na defensiva, proporcionan-do aos locais 2 tentos que poderiam ter sidoevitados. Por outro lado, a vanguarda mos-

(Continua na pág. 18)

•A esquerda, o conjunto do Náutico campeão pernambucano de 54, que derrotou o selecionado metropoli-tano por 2x1. Em pé: Antoninbo, Manoelzinho, Cido, Gago, Jaiminho e Gilberto. Agachados: Jorginbo,Hamilton, Ivson, Rubinho e Zeca. A direita, a representação guanabarina, que foi surpreendida pelafibra dos nordestinos. Km pé: Mirim, Hélio, Pinheiro, Osvaldinho, Dequinha e Edson. Agachados: Gar-

rlncha, Rubens, Ademir, Dldi e Nívio

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ESPORTE ILUSTRADO — Pâg. 15

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CAMPEÕES DARESTAURAÇÃO

Eis o quadro doNáutico, que con-quistou tão galhar-damente o título de1954. Bem.o mere-ceram. De pé: dr.Valter Sodré, técni-co Sílvio Pirilo, Gil-berto, Cuíca, Jami-nho, Manoelzinho,Lula e Gago. Aga-chados: I v a n i 1 d o(cap.), Hamilton, lv-

son, Rubinho eJorginho

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NÁUTICO CAPIBARIBE,PEÃO PERNAMBUCANO

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Depois de findar com uma trajetória semgrandes méritos, a primeira etapa do cam-peonato, veio no returno se firmar de ma-neira consagradaT-ipara ao final surgir cumuvencedor, assegurando o direito de disputarem condições de igualdade com o EsporteClube de Recife e na série de melhor detrês batê-lo de modo insofismável.

Tendo perdido o seu técnico de então, JoséMariano Carneiro Pessoa, o popular Palmei-ra. a torcida do alvi-rubro ficou deverasapreensiva. Mas aí apareceu a figura dinâ-mica e capaz de Ivanildo Souto. Assumiua direção e em pouco tempo conseguiu arecuperação almejada. O resultado estamosvendo -— Campeão de Profissionais de 54

Foi uma campanha cheia de sacrifícios,mas que compensou. Não foi uma luta semresultados. Venceram e isto basta.

CAMPANHA DO NÁUTICO

1.° TURNOl.a Rodada — Venceu: Ferroviário (2x0);

Auto Esporte (3x0); íbis (6x1). Empatou:Sport (2x2). Perdeu: América (4x3); SantaCruz (1x0).

2.a Rodada — Venceu: Auto Esporte (3x1);América (4x2); Empatou: Santa Cruz (2x2).Perdeu: Sport (1x0). Campanha do 1.° tur-no: Pontos ganhos 12; Pontos perdidos 8.

2.° TURNOl.a Rodada — Venceu: Sport (1x0); Santa

Cruz (2x0); Auto Esporte (4x0); América(4x1).

2P- Rodada — Venceu: Auto Esporte (2x1);América (2x1). Empatou: Santa Cruz (0x0)Perdeu: Sport (3x0). Campanha do returno:Pontos ganhos 13; Perdidos 3.

Resumo total do campeonato — Vitórias11; Derrotas 4; Empates 3; Pontos ganhos25; Pontos perdidos 11; Tentos pró 40; Ten-tos contra 20; Saldo de tentos 20.

MELHOR DE TRÊS COM O SPORT

1.° jogo —- Empate (2x2) ; 2.° jogo — Vi-tória (3x2) e 3.° jogo — Empate (lxl).

ESPORTK ILUSTRADO Pá Cf. Ki

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O técnico índio dando instruções a Jorge cmtes de um matchdo São Cristóvão.

Entre os novos valores apresentados pela equipe «cadete» no certamemetropolitano de 1954, destacou-se sobremaneira o jovem zagueiro Jor-ge, como um elemento prometedor e possuidor de qualidades. Lançadocomocomo zagueiro central do conjunto sancristovense, o jogador «colored»evidenciou desde a sua primeira atuação que possuía condições paracorresponder inteiramente à responsabilidade que lhe pesavam sobreos ombros, tornando-se um verdadeiro baluarte da sua defensiva. Atual-mente, com o campeonato já encerrado, Jorge vem sendo pretendido porvários grandes clubes guanabarinos, que procuram reforçar o seu es-quadrão com o concurso desse dedicado e eficiente profissional.

Nascido a 17 de março de 1931, no subúrbio carioca da Penha, já aos13 anos de idade formava no quadro principal do Unidos de Braz dePina, onde permaneceu até o ano de 1948, quando ingressou no timede juvenis do Bonsucesso. No grêmio rubro-anil, galgou as divisões su-periores, tendo inclusive disputado uma peleja amistosa contra o SãoCristóvão, em 1950, marcando o ponteiro esquerdo adversário, acabandopor perder de 3x2 para o seu futuro clube. Depois disso, passou a de-fender o Ferreira Pinto, sagrando-se tri-campeão classista, nos anos de1951, 52 e 53. Durante curto período, esteve na equipe do Paissandu deBrusque, Santa Catarina, terminando por ser contratado pelo São Cris-tóváo, em meados de 1954. A sua estréia no conjunto alvo ocorreu du-rante a excursão efetuada pela Europa, na qual atuou em várias posi-ções da retaguarda. Disputou a maioria dos compromissos da sua agre-miação no certame citadino, tendo experimentado a maior emoção da.sua carreira desportiva ao empatar honrosamente com o Fluminense, emÁlvaro Chaves, por 0x0. A sua maior decepção teve como palco o majes-

Jorge, o sorridente zagueiro alvo, se sentiria feliz se vestissetambém a camisa da seleção.

toso estádio do Maracanã, no «match» do returno frente ao Flamengo, emque o São Cristóvão se viu batido por 2x1, tendo o árbitro invalidadoum tento dos «figueirinhas» sem que até hoje se saiba porquê.

Nos dias que correm, Jorge dedica-se inteiramente ao futebol profis-sional, percebendo o salário de Cr$ 4.000,00 mensais. Já exerceu, todavia,as funções de gráfico, numa companhia impressora. Na temporada rea-lizada pelo seu clube no exterior, teve oportunidade de conhecer váriospaíses da Europa, Ásia e África. Na sua opinião, os maiores craques do«soccer» brasileiro são, presentemente, Zizinho, Castilho, Pinheiro e índio,apontando Ambróis como o melhor estrangeiro que já viu atuar. Con-

(Continua na pág. 18)

Hélio a grande revelação dos ca-detes troca impressões com o

craque gráfico.

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ESPORTE ILUSTRADO — Pátr. 17

Quinta-feira, üla 3 de marçoArgentina 5 x Paraguai 3 (Arg/en-

tina 2x1) — Em Santiago do ChileMicheli (4) e Bonelli, da Argenti-

na — Rolón, Paródl e Segóvia, doParaguai — Juiz: Carlos Robles (Chi-le). Argentina — Mussimesi, Delia-cha e Vairo; Lombardo, Mourino eGutlerrez; Micheli, Cecconato, Bonelli,Urilh> (Labruna) e Cruz. Paraguai —Vargas, Maciel e Echague; SegóviaÁrce e Jovellanos (Villalba); Gonza-lez, Martinez, Paródi (Quinones), Ro-lón e Bedoya (Canete).

Domingo, dia 6 de marçoNáutico 2 x Seleção Carioca 1 (Náu-

tico 1x0) — Em Recife — Hamilton(2), do Náutico — Cido (contra), doscariocas — Juiz: Alberto da GamaMalcher, bom. CrS 482.240,00. Vi mi-co — Manoelzinho, Cido (Claudlonor)e Antonlnho; Gilberto (Ivanlldo),Gago e Jaiminho; Jorginho, Hamilton,Ivson, Rubinho e Zeca (Wllton).Cariocas — Hélio, Mirim e Pinheiro(Edson, do América); Dequinha, Os-valdinho e Edson (do Bangu); Gar-rlncha, Rubens, Ademir (índio), Didi(Vavá) e Nívio (Pinga).

Rio Grande do Sul 6 x Ceará 2 (R.G. do Sul 2x1) — Em Sâo JanuárioBreno (2), Ênio Andrade, Leo,Juarez e Joeici, do Rio Grande do Sul

Zeca e PIpiu do Ceará. — Juiz: Má-rio Viana — Cr$ 151.307,50. Kio G.do Sul — Valdir, Orlando o Paulisti-nha;Bonzo, Leo e Olavo; Pedrinho,Breno, Juarez, Ênio Andrade e Joeici.Ceará — Ivan, Nòzinho e Geraldo;Veras, Merci e Vicente (Cosmo); Nir-tô, Piplu, Cosmo (Vicente), Zeca eAntoninho.

Seleção mineira 1 x Seleção de Ara-guari 1 (Seleção mineira 1x0) — EmAraguari — Ralmundinho, para os mi-neiros — Paulo Borges, para Aragua-ri. — Juiz: Alceblades Diaz. CrS 180.000,00. Seleção mineira: — Chico,Afonso e Osvaldo; Geraldino, Teles(Paulinho) e Pampollni; Raimundi-nho, Gato, Genuíno, Paulinho (Gas-tão) e Sabu (109).

Chile 5 x Peru 4 (Chile 2x1) — EmSantiago do Chile — Jorge Robledo(2), Munoz, Hormazabal e Ramirez,do Chile — Felix Castillo, Barbadillo,Herédia e Gomes Sanchez, do Peru.Juiz: Dickens (Inglaterra). Chile

Escutti, Alvarez e Almeida; Cortez,Eduardo Robledo (Rojas) e Carrasco;Hormazabal (Ramirez), Melendez(Hormazabal), Jorge Robledo, Munoz(Melendez) e Diaz. Peru — Suarez,Bedoya e Delgado; Colunga, Herédiae Garrido; Felix Castillo (Navarrete),Barbadillo, Roberto Castillo, Mosque-ra e Gomes Sanchez.

HISTÓRICO DO MAIOR CLUBE...(Continuação da pág. 5)

número de três, contra três combinados locais dos quais fizeramparte os melhores jogadores do Paulistano, sendo que no terceiro eúltimo jogo, disputou sua primeira partida internacional RubensSales. Foi assim que êle começou a se destacar também contra osestrangeiros.

No terreno interestadual o Paulistano apareceu uma só vez du-rante aquele ano. Neste prélio, em São Paulo, empatou com o Bota-fogo. Já nesta altura o Paulistano dava o seu primeiro presidenteà Liga Paulista de Futebol, na pessoa do sr. Antônio Prado Júnior,que assim iniciou a sua carreira longa e benemérita de grandedirigente do futebol paulista.

CONSAGRAÇÃO AO BI. .(Continuação da pág. 3)

Os quadros do Flamengo com os jogadores apresentando asfaixas de bicampeões, e outro com a formação do plantei, emquatro cores, será uma grande lembrança desta inolvidável per-formance dos rubro-negros.

Esquerdinha, o craque-cronista, prometeu-nos um artigo es-pecial para -a edição especial contando peripécias e partícula-ridades inéditas da espetacular façanha, já que êle participandoapenas de duas pelejas, em virtude de uma operação, foi umobservador privilegiado.

Não percam, portanto, a Edição Especial do ESPORTE ILUS-TRADO uma verdadeira consagração ao bicampeonato.

O GRAFICO VIROU. . (Contlnaaçáo da pág. 17)

sidera Índio o centro-avante de mais difícil marcação pela.suer mobili-

dade no gramado. Apesar de todas as notícias que correm, referentes

ao seu ingresso num dos grandes quadros da metrópole °i>™™

que nada existe de concreto, muito embora nao esconda o seu desejo

de melhorar de situação, vestindo a camisa de uma dessas agremia-

cões de prestígio. Além dessa aspiração, alimenta o sonho de um dia

tornar-se defensor do .scratch, da cidade, quando se consideraria um

homem verdadeiramente feliz...

EVARISTO CONTA: ' A ¦

nv(Continuaçáo da pág. 0)

quista inesperada e sensacional desse gol inflamou todo ç["onze"carioca, que atirou-se ao ataque com todas as forças, lograndoalcançar o tento da vitória ainda nos últimos minutos. A vibra-ção da torcida do "mais querido'' foi intensa trazendo grandesatisfação aos fãs do grêmio da Gávea a brilhante estréia de'Eva-risto no seu esquadrão de profissionais. .

pressionar, em busca de um empate,

3ue poderia modificar o andamento

a partida. O goleiro Valdir teve, en-tão, oportunidade de exibir as suasesplendidas virtudes técnicas, com umpunhado de intervenções arrojadas esalvadoras. Aos 33 minutos, porém,num contra-ataque rápido, Breno assi-nalou o quarto ponto da sua equipe,pondo por água abaixo as últimasesperanças dos cearenses. Dal por di-ante, decaíram sensivelmente os jo-gadores da camisa esmeraldina, doque se aproveitaram os gaúchos paraaumentar a vantagem que já pos-sulam, construindo um marcador dila-tado, com o qual deram mostras doseu poderio.Individualmente, destacamos entreos vencedores as figuras do arqueiroValdir e do atacante Breno como osque melhor impressão deixaram, pa-recendo-nos ambos craques de grandefuturo, pelas qualidades evidenciadas.O zagueiro Geraldo, o centro-médlocomo elementos de bons predicados.Leo e os atacantes Pedrinho e ÊnioAndrade impressionaram tambémMas todo o conjunto, a rigor, agra-dou e fôz jus ao cartaz de que veioprecedido.

No quadro da terra de Iracema, ogoleiro Ivan praticou defesas de cias-se. mas demonstrou insegurança emvários momentos, além de ter falha-do no lance do sexto gol do adversa-rio. Os zagueiros Nòzinho e Geraldoagradaram pela combatividade e pelafibra demonstradas na maioria das Jo-gadas de que participaram. Na ofensi-va, Zeca foi o mais eficiente, seguidopelo ponteiro Nirtô, que preparouboas avançadas, mas não soube con-cluí-las. Os demais lutaram bastante,porém não alcançaram um nível téc-nico apreciável, sendo batidos comfreqüência.

A arbitragem do encontro pertenceua Mário Viana, que atuou com a efi-ciência costumeira, sendo auxiliadopelos litigantes, que se portaramexemplarmente, dando uma alta de-monstração de desportividade e disci-plina, apesar de todo o ardor com quese lançaram à luta.

BELINI ESCREVE :(Continuação da pág. 13)

que vira o filme da luta e os so-papos levados pelo «valiente». E'que durante muito tempo os cine-mas exibiram o referido filme edesta forma, Beto, Vavá, Fantoni,Amauri, Alvinho, etc, tiveram derecolher a sua valentia. Pelo me-nos até chegarem ao Brasil.

CORRESPONDÊNCIARaimundo Nonato de Lima (Par-

naíba — Piauí) — Seguiram as fo-tografias — Aguarde carta. Obri-gado.

CLASSIFICARAM-SE OS ..(Continuação da pág. 7)

rante os últimos 15 minutos, quandoo cansaço pareceu tomar conta doscearenses, o que permitiu aos seusadversários a marcação de três ten-tos quase seguidos, estabelecendo umavantagem elástica.

Os 20 minutos iniciais do préliopertenceram inteiramente à seleçãoriograndense, que soube espelhar essasuperioridade com a obtenção de 2gols, por intermédio de Ênio Andradee do centro-médio Leo, este com umforte pelotaço desferido de fora daárea. Acomodaram-se no gramado ossulistas, dando margem a que reagis-sem os seus rivais, surgindo o tentode Zeca, que veio fixar o escore doprimeiro período em 2x1.

No início da fase complementar, re-gistraram os representantes dos pam-pas um belo gol, de autoria de Breno,dando a impressço de que haviam li-quidado definitivamente o "match".Novamente, entretanto, reacionaramos nordestinos, diminuindo a diferen-ça com vim tento de Pipiu. Os minu-tos que se seguiram foram, talvez, osmelhores da pugna, pois os alenca-rinos se inflamaram e passaram a

O CAMPEÃO PERNAMBUCANO...(Continuação da pág. 15)

trou-se inoperante, não sabendo furar obloqueio estabelecido pela defesa adversária,perdeiidp-se fim tramas senrõbTetividade.

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O marcador do primeiro período foi de1x0 para o quadro alvi-rubro, graças a umtento consignado por Hamilton, aos 2 mi-nutos. Na fase final, empataram os cario-cas aos 13 minutos, quando Cido, tentandodesarmar Índio, cabeceou defeituosamentecolocando o balão dentro de sua própriameta. Aos 17 minutos, entretanto, Hamil-ton assinalou ò gol da vitória dos pernam-bucanos, desferindo um chute inesperadocontra a cidadela guarnecida por Hélio.

Não obstante o resultado adverso colhi-do pelo nosso selecionado, alguns elemen-tos, individualmente, confirmaram dianteda "aficion" nordestina as suas qualidades.Dêste modo, o goleiro Hélio não apresentoufalhas, sendo batido por 2 gols indefensá-veis e efetuando bonitas intervenções. Mi-rim cumpriu acertadamente a sua missão,vigiando com eficiência o seu setor, poronde pouquíssimas vezes incursionaram osadversários. Dequinha e Osvaldinho estive-ram regulares, com algumas jogadas devulto. Rubens foi o melhor atacante, reali-zando grandes incursões à meta contrária,mas não contou com a cooperação dos seuscompanheiros. Os restantes, todavia, res-B-ft:itindo-se da falta de entrosamento dotime estiveram aquém de suas possibilida-dos. atuando discretamente.

De qualquer modo, amigos, devemos levarom ^onta a condição de "match-treino" emque foi realizado o" embate, fazendo votos

para que a seleção da metrópole em seuspróximos compromissos, principalmente osoficiais, consiga atingir o seu rendimentonormal, para gáudio dos desportistas cario-cas, que esperam a reconquista do cetro do"soecer" nacional, que durante 10 anos nos\:. esv e foi levado para São Paulo nocertame de 1952. Elementos morais e hu-manos não faltam para que esse "scratch"se reabilite e represente o seu justo papelna jornada a ser iniciada domingo próxi-mo, em Belo Horizonte.

O SAPATEIRO QUE...(Continuação da pág. 4)

conjunto perdeu fragorosamente por 4x1.De qualquer maneira, porém, creio estar vi-vendo uma das épocas mais felizes da mi-nha existência e, quando abandonar defi-nitivamente o futebol, estarei com o futurogarantido, sem precisar voltar ao meu an-tigo "ganha-pão" como sapateiro, ofício queeu exercia em meu país, antes de me tornarprofissional. Percebo Cr$ 12.000,00 mensaise estou disposto a renovar meu contrato emabril próximo. Admiro muito o "soecer"brasileiro, destacando três grandes craques:Zizmho, Nivio e Ademir. Meu maior desejo,no momento, é o de alcançar o título decampeão carioca, pelo Bangu. E, segundoespero, conseguirei o meu intento o maisbreve poss»vpi »

ESPORTE ILUSTRADO Pág. 18

O Olaria é que sabe fazer negócio: vendeu o Canário por bom dinheiro

para o América e arranjou, de graça, para o seu lugar, um Pombo...

ERA O OUTRO

Numa pequena confusão sur-gida no Maracanã, um soldadoda Policia Militar deixou o seu

companheiro e foi acabar como mal-entendido. Agarrou o cre-oulão que estava querendo tu-multuar o ambiente para bota-Io p'ra fora do Estádio.

Seu Cosme (protestava ocreoulão), deixa eu fica. Queroacaba de vê o jogo do Mengo,seu Cosme! Não faça isso comi-go, seu Cosme! Me solta, seuCosme!

O soldado não deu bola e cor-tou as esperanças do creoulão:

Pare com isso, rapaz! Eusou o Damião!

SITUAÇÃO CRÍTICA

A noticia veio nos jornais da última segunda-feira: a situação no Paraguai não

" Tedia^meíte' pusemo-nos em campo, querendo saber o que havia na terra de

Don Fleitas. Fomos direto ao Paródi, lá om Sao Januário.Que é que há com os guaranis. Paródi?

Oiga. Salles. Ia situación no és buena por culpa exclusiva de Flamengo e Vasco.

~ És°laÍ9vaerdad Por causa dos dois clubes contratarem tantos jogadores para-

gu"aiJs é que Assunción és hoie una ciudad barulhenta. igualzinha ao Rio: esta

cheia de torcedores vascaínos e rubro-negros...

INFLUÊNCIA.

Depois da goleada que os gaúchos deram nos cearenses devido às lamentáveis

ialhas do arqueiro da terra de Iracema, um carioca disse para outro.— Não Íoi surpresa o Ivan ter engolido três irangos, sabe.

E outro:

I Ora qco°m

um Pipiu na equipe, êle tinha que sofrer a influência do nome

O SISTEMA

Quando acabou o iôgo Náutico 2 x Seleção Carioca 1. o presidente Abelard Fran-

-Jis.Tqí.íír'.0 ot2sítj.í£-f_*«p_. -.*.. P-- - o- *°provincianos

Martim não se alterou: n«r,nic dela ninauém poderá dizei_ Até que foi boa essa derrota, presidente. Depois dela ninguém v

coisa alguma quando eu lançar o meu sistema._ Que sistema é esse? - quis saber o dirigente da F.M.t.

E o Martim:_ E o Leônidas q_

^ NOR__

Também tem aquela história do amigo que perguntou ao outro, em São Januário.

por ocasião do jogo Gaúcho, ^^f^ com a bola no chão Por que será

Rapaz, veja só como os cearenses iuyul"que eles não gostam de cabecear?

— Acho que é por que têm a cabeça chata

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NãSTA ^BOIA otMWVAl £ TiUKfACONTECEU NO MARACANÃ

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Minha sogra jamais tinha ido a umampo de futebol. Em matéria de

gramado, só conhecia o da Quinta daBoa Vista e o do seu jardim. Massempre desejou conhecer o Maracanã,

por ouvir dizer que era o maior está-dlo do mundo, que suas instalaçõeseram espetaculares, etc. Pois bem,para satisfazer sua curiosidade, le-vei-a ao gigante do Derbi por ocasiãodo jogo Vasco x Flamengo. Quandoviu aquilo tudo apinhado de gente,minha sogra ficou boquiaberta e disseum "Nossa!" deste tamanho. Depois,vendo a barulhelra que a turma fazia,gritando, sambando, xingando, pulan-do e fazendo outras coisas terminadasem ando, ela não pôde deixar de fazera pergunta:

Que é que eles estão fazendo?Estão torcendo — esclareci.Mas que gente mal educada. Por

que eles não torcem como aquelesdois? — e apontou para os Cosme eDamião...

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fc ^^S-ii -!>SSSSS——.

RINCÃO DAS TORMENTAS - Federação Paulista de Futebol.

ULTIMA CHANCE - Eli.

O HOMEM QUE O MUNDO ESQUECEU - Carlito Rocha.

CRUEL DESENGANO - Gradim.

ROMANCE PROIBIDO - Didi e Guiomar.

NADANDO EM DINHEIRO - Zizinho.

Na boca do túnel, Flávio Costa cantouo jogo para os craques vascainos...

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