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Sgeõo, á rua Duque de Caxias n- 50 l andar, ou árua Larga dc Rosário n. 24, 2* andar. f¦' A PROVÍNCIA ¦ Recife, 5 de Junho de 1878. Demonstrado como ficou, que o Sr. D. Vital foi inexacto e altamente in- .justo, quando chamou de assassino e 1 iconoclasta o povo de Pernambuco, podemos deixar em paz a infeliz pastoral de 19 de Maio, onde tudo é ferro, veneno e fogo. Para que insistir na cegueira, com que o nosso bispo diz, que o povo eseo- lhen de propósito o mez mariano, quan- do íoi o Sr. bispo quem, na sua alta sabedoria, escolheu esse mez para sus- pender o Deào Faria ? Para que refutar a insinuação ma- 1 igna que faz o Sr. bispo, em uma nota, quando lembra que o 14 de Maio era terceiro anniversario da •morte do nunca assaz pranteado bispo, de saudosa memória, que não respei- tou o cadáver de seu velho, e illustre patrício Abreu e Lima, quando todos sabem, que a reunião devia ter lugar nodia 13, e assim não aconteceu em razão da copiosa chuva ? Para que voltar a essa arteirice, com, que os jesuitas pretendem confundir a sua amaldiçoada causa com a cau- sa bemdita da religião do Calvário ? JCndeose o Sr. bispo á sua vontade os jesuitas, as dorothéas, as vieenti- nas, os lazaristas ; mas, por Deus! :np _ yiande esmagar pela planta d'es- ses estrangeiros mysteriosos os desceu- dentes de Vieira, Vidal, Dias e Ca- marão / Mysteriosos, sim. Como bem acaba de dizer no senado o illustre Sr. vis- conde de Souza Franco, mil vezes mais do que a maçonaria é o jesuitis- mo uma associação mysteriosa, se- cr et a. Prosiga o Sr. bispo excommungan- do, interdizendo, fechando igrejas; mas, por Deus / não se proclame bis- po exclusivo dos jesuitas e seus adhe- rentes / Monte em seu palácio uma impren- sa irritante e calumniadora; mas, por Deus/ não chame de vil e assassino o povo de Pernambuco / O povo tem uma consciência, Sr. bispo, tem um sexto sentido, que va- lem muito mais do que a sciencia ri- dicula e satânica de todos os jesuitas. Affrontai todas as autoridades e leis, escarnecei de todos, começando pelo imperador, menos do presidente'Luce- na, quando manda acutilar o povo, os vossos filhos, fazei o que quizerdes e po- derdes... não arrancareis da conscien- cia do povo pernambucano, que todo o nosso mal, que todo o desbarato e tu- multo de crenças vem do romanismo, vem do jesuitismo. ©primeiro bispo do collegio ame- ricano trouxe os jesuitas, e abrio luta com o clero nacional, marcando até chapéos ajesuita. O segundo bispo do collegio ameri- cano continuou a obra, tentou os ce- lebres exercidos espirituaes, e deu um grande golpe nòs fieis, coin os santos intentos da obediência passiva, decre- iando, vinte horas antes da moi-fce do general Abreu e Lima, que os seus restos fossem votados á execração pu- blica. O terceiro bispo do collegio ameri- cano vai a vante, e rompe o fogo con- tra a maçonaria. Attendei, porem, Sr. bispo, qne este horrível crescendo da acção determi- na igual incremento da reacção. A igreja invade os terrenos da poli- tica... De si se queixe. A reação irá crescendo, temos nos brios do povo brazileiro. Um Brazil jesuitico, um Brazil pa- raguayo, é cousa impossível. Iremos, até onde nos levarem os desatinos da politica da companhia de Jesus. E porque não iríamos! A causa não é somente nossa, é a causa da dignida- de humana e da civilisação, atacada pelo jesuitismo.•-:. Iremos...\x E se amanhã a tempestade agitar forte a Barca de Pedro, ai de vós / ti- moneiros cegos, que ireis todos ao fun- do, revoltos nos vórtices do furacão em justo castigo da vossa peccamino- sa temeridade! Mas, a Barca... essa bnscará, sem vós, o porte de salvação, que contra ella nem o inferno, nem vós, nem for- ça alguma humana, pode mettel-a a pique. Festes tempos áureos de Pio IX ha um milagre ; e é n'esse justamen- te, que o jesuíta não falia: o não ter ido a Barca ao fundo, governada, como ha sido, pelo jesuitismo. E' que o Mestre dorme na Barca ? Eleição directa VI *_/' ADO I ____tM_______3____læI &_£> w**V- ? *_.*•_»--fe_í. _?_^_3_S_n__S_.,**-****-, São mimoseados, com o epitheto de libcrticidas osquepngnampela eleição directa, como vimos, no artigo preee- dente ; e foi para escapar a essa pe- cha, que o actual ministro, manteve, no seu projecto de reforma eleitoral, a eleição indirecta, que é entre nós ba- seada no suffragio universal. O ministro não quiz restringir o di- reito politico, que a constituição con- cede a todos os cidadãos'nas assem- bléas parochiaes, maxime, em uma epocha em que tanto se empenham os povos em dilatar o voto politico ! Suffragio universal! Ha certamen- te nesta palavra uma magia, um certo que de imponente, que fascina e arras- ta tanto á tyrannia de coroa e scep- tre, como a tyrannia de blu3a e gorro phrigio aempregal-a como uma arma de aggressão contra seus inimigos* que nenhuma dellas o dispensam. Napoleão III, o homem de cujos la- bios, constantemente sabiam essas ex- pressões—o povo qm faz o meu direi- to, o exercito que faz a minha força, tambem morria de amores pelo suffra- gio universal! Elle o professava em todas as solemnidades publicas, in- vocando-o como legitima consequen- cia dos principios de 89; como coroa do edifício, como fundamento das imi- dades nacionaes, e por isso o escreveu econsagrou na sua constituição im- perial.v Ora, com o suffragio universal a França foi livre? suas eleições expri- miram o voto, a opinião do povo fran- cez, durante o império de Napoleão III ? Ninguém o dirá / Semelhantemente ninguém, de boa fé,poderáJsustentar que tenhamos liber- dade de voto, e verdadeira represen- tação nacional, porque temos, como base de nosso systema eleitoral, o suf- fragio universal, conferido aos cida- dãos brazileiros nas assembléas paro- chiaes. Não basta decretar, em uma consti- tuição, que a liberdade, o suffragio universal, ou o direito politico, confe- rido a todo o homem, que tiver cem mil reis de renda liquida, seja o espiri- to, que anime a sociedade brazileira, para que esta realmente seja animada por esse espirito de liberdade. E' mis- ter queo corpo social seja convenien- temente organisado, e adaptada as funeções do espirito de liberdade que o deve animar. ' E temos essa organisação ? Não seguramente. Logo, o paiz poderá, com rasão, responder a e?7"^, que hoje, com tanto afan teimam eio jman- ter o suffragio indirecto : os ver, \i- ros libcrticidas sois vós, e não nóFos que queremos a eleição directa, por- que illustrados pela verdadeira theo- ria, e ensinados pela triste historia do nosso regimen de voto duplo, so- mos duplamente sinceros. A que vem, portanto, fallar-se no espirito liberal da constituição por ter chamado a interferir no voto pri- mario todos os cidadãos brazileiros, a excepção dos meninos dos frades, e dos -bendigo.. ? 'Ah ! esse supérfluo em matéria de liberdade eleitoral é justamente a cau- sa de não possuirmos o necessário! De que serve chamar ao voto pri- mario, todos os democratas de cem mil reis de renda, se seus votos não ele- gem o representante^ são abafados pe- los votos de uma pequena porção de aristocratas de duzentos mil reis de ren- da, os quaes excluem da interferência na escolha directa do representante, não todos os democratas de cem mil reis de renda, como tambem o que é ain- da mais revoltante, excluem innume- ros cidadãos que, possuindo a,, mesma renda de duzentos mil reis, são'talvez por outros titulos muito mas dignos do eleitorado, de que o pequeno corpo dos selectos, únicos que tem.o voto ef- ficaz, porque é directo e pessoal! E será um systhema popular, ou ver- dadeiramente liberal, o que produz taes conseqüências ? chamar a mui- tidão, convocar as massas ignaras,^ dependentes, e investil-as do direito de eleger um pequeno numero de elek tores, e de affastar um maior numera de capacidades eleitoraes, iguaes òu melhoreB.pelos poucos previlegiados que enchem a lista eleitoral não é o di* reito de ordenar o mal, a sem rasão, a exclusão de muitos, o privilegio de al- guns ? Não basta conceder o voto indirec- to, e illusorio á multidão, é necessa- rio concedel-o directo,efficaz,pessoal a todos os cidadãos, artistas, operários, negociantes, e lavradores, a todos os homens de qualquer classe que seja uma vez que possuam as condiecões do eleitorado. Grande hypocrisia esta ! Concede- se o voto primário a multidão; mas te- mendo-se a grande força e perigo que o suffragio universal encerra em -seu seio, nullifica-se a grande concessão, fazendo-se passar a multidão dos votan- tes primários, pelo estreito filtro ão voto secundário ! Todas as fezes ficam fora e inertes; o liquido* é o pitgillo de eleitores. Isto éWio? A hypocri- sia e duplicidade emN algum tempo se poderão chamar verdade, ou liber- dade V A liberdade é o direito igual para todos que possuem as mesmas con- I dicções. E todos os .idadâos brazileiros que teem as condições do eleitorado são eleitores entre nós ? Proseguiremos. O que li co si A vozeria com que os defensores officiaes procuraram abafar os brados da opinião pu- blica á propósito dos tristes acontecimentos de 16 do passado, ja vae desapparecendo. Vae-se fazendo silencio nas columnas do' Diário. Gritou-se, insultou-se, mentio-se quanto se poude : mas, depois de tudo isto e ape- zar de tudo, alguma cousa ficouilleza. e de pó: foi a verdade,foi o testemunbo de toda a população d'esta cidade, que é quanto basta para a condemnação do Sr. Lucena e para confundir todos os seus defensores. O espaldeiramento para dissolver uma reunião licita e pacifica, as espadas da ca- vallaria varrendo o pateo de palácio e as ruas em perseguição de cidadãos inermes e no exercicio de um direito, o sangue derra- mado, são infelizmente uma realidade, e o argumento dos factos ó irrecusável. São acontecimentos que cahirani na ur- na severa da historia, Julgou o Sr. Lucena que fazia a sua de- feza mandando lançar á conta do partido li- bcral a authoria dos suecessos de 14 e 16. , Delírio de um espirito confuzo pela con- vicção do crime; porque em todo o caso não tiraria a responsabilidade do espaldeiramento de 16 de sobre aquelle que ordenou-o e foi impassível testemunha da execução de suas ordens! Accusai-nos, aceusai-nos como quizerdes, não nos importa muito; mas defendei-vos do que fizestes, se o podeis. Negai os factos de 16, se tanto vos parece possivel ante o testemunho, de toda esta ci- dade. Fosse a reunião, que tão violentamente dissolveste, promovida por quem o foi na rea- lidade, ou o fosse pelo partido liberal, provae que foi ella um ajuntamento illicito, provaô ." . ,,'?•* y ;... .<í." í-y /> . itn.^_pi-J4»ll*»M—«'F _tl I l'l llll I „_ 1 ' ' '... f 1; ¥ \ / / AMaaHBUIMÉnftW „^-.*__. ,

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Page 1: V!. ,' '¦ -# -— Recife,—Sexta-feira '-'• ; ©memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1873_00076.pdf · conde de Souza Franco, mil vezes mais do que a maçonaria é o jesuitis-mo

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Recife,—Sexta-feira © de Junho de 1873

ASSIGNATURAS

Semestre (Recife)$000• Anno....' 10$000

(Interior e Províncias)Seraestre 6$000Anno 12$000

As assignatufas come-¦ çam em qualquer tempo e¦terminam no ultimo de Fe-vereiro e Agosto. Paga-mento adiantado.—Publi-ca-se ha3 terças e sextas-feiras.

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ORGAO DÒ PARTIDO LIBERALVejo por toda a parte um syinptoma, que ine assusta

pela liberdade das nações"e da Igreja: a centralisação.Um dia os povos despertarão clamando:—Onde as nos-sas liberdades ?

r-.. Eiiix-Dtsc. no Congr. deMatinês, 1864.

CORRESPONDÊNCIA» "

A Redacção acceita ^agradece a collaboracáo. I

A correspondência e wfreclamações serão dirigida?:ao gerente

®ft._iew_ii» *%. àe SP. Sgeõo,á rua Duque de Caxias n-50 l andar, ou árua Largadc Rosário n. 24, 2* andar.

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Recife, 5 de Junho de 1878.Demonstrado como ficou, que o Sr.D. Vital foi inexacto e altamente in-

.justo, quando chamou de assassino e1 iconoclasta o povo de Pernambuco,já podemos deixar em paz a infelizpastoral de 19 de Maio, onde tudo éferro, veneno e fogo.

Para que insistir na cegueira, comque o nosso bispo diz, que o povo eseo-lhen de propósito o mez mariano, quan-do íoi o Sr. bispo quem, na sua altasabedoria, escolheu esse mez para sus-pender o Deào Faria ?

Para que refutar a insinuação ma-1 igna que faz o Sr. bispo, em umanota, quando lembra que o 14 deMaio era terceiro anniversario da•morte do nunca assaz pranteado bispo,de saudosa memória, que não respei-tou o cadáver de seu velho, e illustrepatrício Abreu e Lima, quando todossabem, que a reunião devia ter lugarnodia 13, e assim não aconteceu emrazão da copiosa chuva ?

Para que voltar a essa arteirice, com,que os jesuitas pretendem confundira sua amaldiçoada causa com a cau-sa bemdita da religião do Calvário ?

JCndeose o Sr. bispo á sua vontadeos jesuitas, as dorothéas, as vieenti-nas, os lazaristas ; mas, por Deus!:np _ yiande esmagar pela planta d'es-ses estrangeiros mysteriosos os desceu-dentes de Vieira, Vidal, Dias e Ca-marão /

Mysteriosos, sim. Como bem acabade dizer no senado o illustre Sr. vis-conde de Souza Franco, mil vezesmais do que a maçonaria é o jesuitis-mo uma associação mysteriosa, se-cr et a.

Prosiga o Sr. bispo excommungan-do, interdizendo, fechando igrejas;mas, por Deus / não se proclame bis-po exclusivo dos jesuitas e seus adhe-rentes /

Monte em seu palácio uma impren-sa irritante e calumniadora; mas, porDeus/ não chame de vil e assassinoo povo de Pernambuco /

O povo tem uma consciência, Sr.bispo, tem um sexto sentido, que va-lem muito mais do que a sciencia ri-dicula e satânica de todos os jesuitas.Affrontai todas as autoridades e leis,escarnecei de todos, começando peloimperador, menos do presidente'Luce-na, quando manda acutilar o povo, osvossos filhos, fazei o que quizerdes e po-derdes... não arrancareis da conscien-cia do povo pernambucano, que todo onosso mal, que todo o desbarato e tu-multo de crenças vem do romanismo,vem do jesuitismo.

©primeiro bispo do collegio ame-ricano trouxe os jesuitas, e abrio lutacom o clero nacional, marcando atéchapéos ajesuita.

O segundo bispo do collegio ameri-cano continuou a obra, tentou os ce-

lebres exercidos espirituaes, e deu umgrande golpe nòs fieis, coin os santosintentos da obediência passiva, decre-

iando, vinte horas antes da moi-fce dogeneral Abreu e Lima, que os seusrestos fossem votados á execração pu-blica.

O terceiro bispo do collegio ameri-cano vai a vante, e rompe o fogo con-tra a maçonaria.

Attendei, porem, Sr. bispo, qne estehorrível crescendo da acção determi-na igual incremento da reacção.

A igreja invade os terrenos da poli-tica... De si se queixe.A reação irá crescendo, temos fé

nos brios do povo brazileiro.Um Brazil jesuitico, um Brazil pa-raguayo, é cousa impossível.Iremos, até onde nos levarem os

desatinos da politica da companhia deJesus.

E porque não iríamos! A causa nãoé somente nossa, é a causa da dignida-de humana e da civilisação, atacadapelo jesuitismo. •-:.

Iremos... \xE se amanhã a tempestade agitar

forte a Barca de Pedro, ai de vós / ti-moneiros cegos, que ireis todos ao fun-do, revoltos nos vórtices do furacãoem justo castigo da vossa peccamino-sa temeridade!

Mas, a Barca... essa bnscará, semvós, o porte de salvação, que contraella nem o inferno, nem vós, nem for-ça alguma humana, pode mettel-a apique.

Festes tempos áureos de Pio IX sóha um milagre ; e é n'esse justamen-te, que o jesuíta não falia: o não terido a Barca ao fundo, governada,como ha sido, pelo jesuitismo.

E' que o Mestre dorme na Barca ?

Eleição directa

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São mimoseados, com o epitheto delibcrticidas osquepngnampela eleiçãodirecta, como vimos, no artigo preee-dente ; e foi para escapar a essa pe-cha, que o actual ministro, manteve,no seu projecto de reforma eleitoral, aeleição indirecta, que é entre nós ba-seada no suffragio universal.

O ministro não quiz restringir o di-reito politico, que a constituição con-cede a todos os cidadãos'nas assem-bléas parochiaes, maxime, em umaepocha em que tanto se empenham ospovos em dilatar o voto politico !

Suffragio universal! Ha certamen-te nesta palavra uma magia, um certoque de imponente, que fascina e arras-ta tanto á tyrannia de coroa e scep-tre, como a tyrannia de blu3a e gorrophrigio aempregal-a como uma armade aggressão contra seus inimigos*que nenhuma dellas o dispensam.

Napoleão III, o homem de cujos la-bios, constantemente sabiam essas ex-pressões—o povo qm faz o meu direi-

to, o exercito que faz a minha força,tambem morria de amores pelo suffra-gio universal! Elle o professava emtodas as solemnidades publicas, já in-vocando-o como legitima consequen-cia dos principios de 89; já como coroado edifício, como fundamento das imi-dades nacionaes, e por isso o escreveueconsagrou na sua constituição im-perial. v

Ora, com o suffragio universal aFrança foi livre? suas eleições expri-miram o voto, a opinião do povo fran-cez, durante o império de NapoleãoIII ? Ninguém o dirá /

Semelhantemente ninguém, de boafé,poderáJsustentar que tenhamos liber-dade de voto, e verdadeira represen-tação nacional, só porque temos, comobase de nosso systema eleitoral, o suf-fragio universal, conferido aos cida-dãos brazileiros nas assembléas paro-chiaes.

Não basta decretar, em uma consti-tuição, que a liberdade, o suffragiouniversal, ou o direito politico, confe-rido a todo o homem, que tiver cemmil reis de renda liquida, seja o espiri-to, que anime a sociedade brazileira,para que esta realmente seja animadapor esse espirito de liberdade. E' mis-ter queo corpo social seja convenien-temente organisado, e adaptada asfuneções do espirito de liberdade queo deve animar. '

E temos essa organisação ? Nãoseguramente. Logo, o paiz poderá,com rasão, responder a e?7"^, quehoje, com tanto afan teimam eio jman-ter o suffragio indirecto : os ver, \i-ros libcrticidas sois vós, e não nóFosque queremos a eleição directa, por-que illustrados pela verdadeira theo-ria, e ensinados pela triste historiado nosso regimen de voto duplo, so-mos duplamente sinceros.

A que vem, portanto, fallar-se noespirito liberal da constituição porter chamado a interferir no voto pri-mario todos os cidadãos brazileiros, aexcepção dos meninos dos frades, edos -bendigo.. ?'Ah ! esse supérfluo em matéria deliberdade eleitoral é justamente a cau-sa de não possuirmos o necessário!

De que serve chamar ao voto pri-mario, todos os democratas de cem milreis de renda, se seus votos não ele-gem o representante^ são abafados pe-los votos de uma pequena porção dearistocratas de duzentos mil reis de ren-da, os quaes excluem da interferênciana escolha directa do representante,não só todos os democratas de cem milreis de renda, como tambem o que é ain-da mais revoltante, excluem innume-ros cidadãos que, possuindo a,, mesmarenda de duzentos mil reis, são'talvezpor outros titulos muito mas dignosdo eleitorado, de que o pequeno corpodos selectos, únicos que tem.o voto ef-ficaz, porque é directo e pessoal!

E será um systhema popular, ou ver-dadeiramente liberal, o que produztaes conseqüências ? chamar a mui-

tidão, convocar as massas ignaras,^dependentes, e investil-as do direitode eleger um pequeno numero de elektores, e de affastar um maior numerade capacidades eleitoraes, iguaes òumelhoreB.pelos poucos previlegiados queenchem a lista eleitoral não é o di*reito de ordenar o mal, a sem rasão, aexclusão de muitos, o privilegio de al-guns ?

Não basta conceder o voto indirec-to, e illusorio á multidão, é necessa-rio concedel-o directo,efficaz,pessoal atodos os cidadãos, artistas, operários,negociantes, e lavradores, a todos oshomens de qualquer classe que sejauma vez que possuam as condiecõesdo eleitorado.

Grande hypocrisia esta ! Concede-se o voto primário a multidão; mas te-mendo-se a grande força e perigo queo suffragio universal encerra em -seuseio, nullifica-se a grande concessão,fazendo-se passar a multidão dos votan-tes primários, pelo estreito filtro ãovoto secundário ! Todas as fezes ficamfora e inertes; o liquido* é o pitgillode eleitores. Isto éWio? A hypocri-sia e duplicidade emN algum tempo sepoderão chamar verdade, ou liber-dade V

A liberdade é o direito igual paratodos que possuem as mesmas con-I dicções.

E todos os .idadâos brazileiros queteem as condições do eleitorado sãoeleitores entre nós ?

Proseguiremos.

O que li co siA vozeria com que os defensores officiaes

procuraram abafar os brados da opinião pu-blica á propósito dos tristes acontecimentosde 16 do passado, ja vae desapparecendo.

Vae-se fazendo silencio nas columnas do'Diário.

Gritou-se, insultou-se, mentio-se quantose poude : mas, depois de tudo isto e ape-zar de tudo, alguma cousa ficouilleza. e depó: foi a verdade,foi o testemunbo de toda apopulação d'esta cidade, que é quanto bastapara a condemnação do Sr. Lucena e paraconfundir todos os seus defensores.

O espaldeiramento para dissolver umareunião licita e pacifica, as espadas da ca-vallaria varrendo o pateo de palácio e asruas em perseguição de cidadãos inermes eno exercicio de um direito, o sangue derra-mado, são infelizmente uma realidade, e oargumento dos factos ó irrecusável.

São acontecimentos que já cahirani na ur-na severa da historia,

Julgou o Sr. Lucena que fazia a sua de-feza mandando lançar á conta do partido li-bcral a authoria dos suecessos de 14 e 16.

, Delírio de um espirito confuzo pela con-vicção do crime; porque em todo o caso nãotiraria a responsabilidade do espaldeiramentode 16 de sobre aquelle que ordenou-o e foiimpassível testemunha da execução de suasordens!

Accusai-nos, aceusai-nos como quizerdes,não nos importa muito; mas defendei-vosdo que fizestes, se o podeis.Negai os factos de 16, se tanto vos parecepossivel ante o testemunho, de toda esta ci-dade.

Fosse a reunião, que tão violentamentedissolveste, promovida por quem o foi na rea-lidade, ou o fosse pelo partido liberal, provaeque foi ella um ajuntamento illicito, provaô

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assim podereis de algum modo justificar-vos . ,% .. ...*¦ ' ...

Depois qne o fizerdes chainarernosadis-cuStio para outro terreno e iremos d|sgutiraiipa se o meio da dissolução foi o pr,èM;ip-to ha lei..,,{. .jjjg & .

péceiaveis ' que após á reunião sjp§jlbi-

disse nas scenas do dia 14 JaL , '.-'. .Esperasseis que isto suecedesséie-toneis':

o tfireífca de dissolver o ajuntamento.íjram' precisas medidas de prevenção ?Fossem postados meios- de defeza em to-

dos os-pontos que se julgassem ameaçados.Não Havia outra norma de condueta, ou-

tro. .procedimento legal para a autoridadeprudente e justa.

Porque não.se seguio este caminho ? Quemvos censuraria seo tivesseis seguido ?

Preferis dizer que tudo foi; obra dos libe-xaes, como se no caso de sel-p, não fosso pre-:ciso proceder legalmente.. ....-¦

fc* Tráhis.' assim' o vosso pensamento :. emtratándo-se de liberaes não ha' lei,' nem hajustiça: estamos furada lei!

Qiíereis cobrir, o crime de 16 com j p > véo.espesso das odiosidaçles politicas.

' fe.,,,Contra isto erguem-se os protestos .do

vosso próprio partido. _ ., Não podeis fazer da questão religiosa unia

questão politica. _¦-. yf* oSabeis das suas causas e origens.Os maçons excommungados pertencem a

todos os credos. '.".'"As confrarias interdictas não se compõem

somente- de liberaes. :.'. .Não são somente os.liberaes que conhecem

o que refere a historia acerca da-companhiade Jesus! -

A sobrexcitação que dominava não se viasomente nos adeptos do partido liberal. ,

Fundais vossa arguição no protesto quefez o directorio do partido liberal? -.,

Ainda não tendes razão. vOs factos de 16, importavam uma violen-

cia tão ousada sobre o direito de todos os ci-dadãos, que contra elles havíamos deprotes-tar não nos importando a, côr politica desuas victimas. ...

Crimes d'essa, ordem ferem á todos os ci-dãos, e profligal-os interessa á toda a nação.

Nos factos de 16 nãõ lia somente as-vic-tunas, ha a violação de garantias .sagradas,de direitos reconhecidos,.ha um perigo paraconservadores, liberaes e republicanos.

Tudo isto deixastes ficar de pé a despeitode todos os vossos manejos, de todas as

vossas intrigas,' de toda a vozeria' que le-,

vantastes' 'Tudo quanto deixamos escripto ficou e

está na consçiencia.publica,,'^Urv-ai-yos^éos cpnviptpsjAmepo. -M È Mh

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.y..l~- ]. ...1 i .7: ..-fe ¦ Wu/iâsíSA felicitação da illustre Assembléa provin-

ciai em adhesão, apoio,e confiança áadmi-;nistração do Br. Dr.' PI. de Lucena só pode--ria ter umaresposta . co;iivenient#gdigii.f:—^que llie deuS. Exc. , .,-,V.VM\ é.à.*r»aimJ'i .-.•¦ ¦

. :A resposta presidencial ;é uma -peça im-

portanto; dá-nos conta do pensamento da,administra ção,dos sens seYviços e porque razãomais não tem'ella feito.

O Sr. Dr. H. do Lucena nessa respostarevellpu-se de uma generosidade cavalheres-ca. A patriótica Assembléa provincial elo-sia-o, mas não levoú-o do ycncidal O Sr. Dr.

de Lucena, nesse pareô, elogia a Assem-Hbléa emesmo

não contente .ainda elogia-se a'si

Se diz a Assembléa -provincial.que « áíluzes e aos potentes recursos da* actiyidaçlè d(

is,

potentes recursos cia* activiciaue déS. Exc. deve a provincia & impulso intelli-gente e vigoroso dos seus piais importantes ¦ e-anhelados ¦mtdhoramentos,ús]}onãe-\}}e S. Exc.na"mesma" clave que é sobremaneira grato..v.ei\quanto a Assembléa legislativa tem-se desvel-lado '¦¦priftcipidmente na presente sessão jwr dotara província de melhoramentos quekUhão 4e4m-pellir poderQwmçpfc, na vivi ascendente .dqprp--gresso. ,;../,'%: u\V\<\m o ofeiljf) ,SÍ*

Que duo edificante!.', ,..,,,..., IO Br. Dr. H. de Lucena; hbinem

'de recur-

sos; antes de entrar ex-ábrupto no capitulodos próprios elogios, aplainou o terreno poruns proíegomenos ; de modéstia,-; que^uito |mal assentaram á.suca franqueza ordinária-mente selvagem,. Ao denominár-se dò admi-mstiador novel devia rir-so da credulidatle daillustre commissão tel da duetilidade L'da pa-lavra em prestar-se á exprimir os maiscon-trarios sentimentos! Foi isso, porém, ape-nasHün travo na colmeia dos, seryiços feitoso que revellam o pensamento da administra-ção. .

Esse pensamento •. da administração tem-sercvellado por diífentes formas, as quaes pre-tendemos apenss pôr em relevo. *..¦-.

Sãó ellas: *. .Dar tréguas á ¦politica, sem todavia deixar

de consideral-á um ponto .de raira.^ ,-j'j jí j]-í<

Dezeseãs de MaioNo anno do nascimentoDo Sonhor Jesus Christo,

Mil oitoceutos e setenta e trez,Um caso nunca visto,Um portentoso invento,

O presidente da provincia fez.

Cessem de todos presidentes machosAs decantadas, funeraes façanhas ;Venham maracatÇiSj marimba», tachos,Que eu pretendo contar cousas estranhas !Chocalhos, gaitas, berimbaus e guizos; .Assobios e gaitas são precisos ;

E nem se esqueça o estaloMuito malicioso, .

Para honrar esse vulto portentosoDe quem, principalmente, agora fallo:

'¦'U. Sim, venha, venha á scena,O bom Commendador Doutor Lucena. (1)Musa! o que me dirás d'aquelle diaBm que houve espaldeirada tào bravia ?

.. Triste, tu me recordasQue houve, em grandes enxames,'Os mosquitos por cordasE as moscas por arames!

Que o Costa e Sá mostrava bem zangado,Zanga das dores filha,O seu pescoço inchadoCo'uma grande estampilha!

O caso ú muito serioE.vae dar um balanço ao ministério..

Ardendo em fúrias por mostrar ao povotíer amigo dos lilhos de Loyola, .

Ser homem como Nero ;Espectaculo novo

D. Lucena prepara na cachola, .Bisonho o rosto, mas o peito fero.Dize, Vingança, porque assim puzesto!Tantas iras «'«»i animo celeste! ?

Dous dias antes do nefando dia, •

Por causa da vindicta episcopalO povo, no Gymnasio Provincial,Saudara o Begedor Dr. Faria.

Dada a demonstração,Que a D. Vital de raivas mil abala,

Oh! jà ninguém podiaConter a multidão!

Em vão procuram muitos dispersal-a,Como era de esperar ,como convinha;Mas 6 geral do povo a indignação

t'i .'¦¦ Que jà se não continha!Um grupo se encaminha

m

'6W. £>r.S. d"eL\i¥e^enganou-se redon-

damonto. O que entende |. •Exc por poli-

tica para poder dar-lhe tréguas ? Nãe seráa politica a sciencia do governo, como diímem'os-^ublicístasi?

E:se^do*ella^scieiicia do

gÒVernoy cujo fimjé o .aperfeiçoamento pro-gressivoie coütinudda sociedade, coiâ.o pode-aaa S. Exc. pr-íh#tre^as ? Poderia tordiavido fe^maÇ'solução de- continuidade naacção goVèrnamental ^^

Só poderemos comprehender as palavraspresidenejaes, sefjioí acaspi o Sr. Dr. H. doLucena aceitar a definição de politica dada

por Carlos YII. Disse esse -.•ei estpuvadò e

guerreiro da França: á politica é a minhaespada. E como

'o Sr. Dr. H. de Lucena

nem sempre tenha reuniões populares comoa de 16 de Maio para mandãl-as dispersarápata de cavallo e ii panno, de espada,_ sóassim' poderia'ter dado tréguas à politica,isto é • tá, pspada da soldadcsca desenfreada,posto, quo, seja isso para §rExq. umipoiitçde mira-. \t\ y, » 1 ,,

Velar sobro, a trauquillidadò publica e se-guraiiça individüali é a segunda manifesta-ção do pensamento, dandmimstr.açãoi ^Porqueproviejencias tem procurado isso attingir oSr. Dr. H. de Lucena, não o diz. Nãocre-mos que tivesse ficado essa vigilância noforo iiiterior, mas que se' tivesse' revelladopor, uma serie de.actos, pelos-quaes sepo-desse concluir a acção dicisiva ¦ do. governona prevenção . o punição dos. crimes. >.Teniisso feito S. Exc. ? Não se limitou porven-tura aquelles' celebres' offiéios que reconhe-coram que- os -edifícios pnblibps¦¦¦ e as ruas maisfreqüentados e yuardhdas pela força,não eramresguardadas dos ladrões?,, O Sr.I)r-. H» doLucena, quando;niiiií"o, será umVidock cari-cá&80"^ i)U.,r.mu m-;A _

- ¦

Não tolerar qite-a administríição dajusti-ca se desvie da estrada recta e larga que lhefoi traçada para.perporrer é o terceiro servi-ço do Sr. Dr'. H. de Lucena.

O que S.Exc; tem feito é mysterioso' osybihno. Já reconheceu S.: Exc.- no seu re-latoi-io com offensa á nobre classe da magis-tratura da provincia quo, a, impunidade doscriminosos é devida em gran de, parte a. negli-gtnciae tibie.-tadosqne.tem iVséu cargo a represrsão epunição dos crimes:. Se o Sr. Dr. H. deLucena não tolerou que os magistrados^odesviassem das estradas recitas teria, -feitocom que deixassem de ser tibios.e negligen-tes em punir os criminosos ? O quo fez en-tão Si Exc. ? Que providencias onorgicastomou? - Seria esso serviço, uma pretenção

ttí/i^UO ''Mil

t.j3:.- ÒÍ>'fci).Ú7'í.U

.ifiütiúíi yve-i

J Para a typographiaDa pobre da União,—Bealej o official

.Ji' Do martyr Fr. Vital,E ia a findar o dia

Quando em pedaços a infeliz ardia!—Lucros e perdas para a Caixa-PiaQúe tem de sustentar novo jornal!—

Qf \> grupo, levado^-.! ' < P

Nãf '

i porque terrivol inaleiiuio-, i •eguio por outro Edo,

-fí-'

líi'1

m

Ei foi logo abordadoO Collegio do Hospicio.Santa gente vivia,

or: •uu {.»'

IMu.v») ,'." i

¦'¦ ¦ l

-óéií-iAtuu.

Sauta gente morava íi gOfílíüitií^

inconsistente do S. Exc., uma simplos ba.forada de orgulho ? •

Não consentir qüe .'a arrecadação dosim-postos,se converta ein fontes ds' e^tr-soes evexames, para os 'contribuintes, nçm .dede-franci^çãp para a fazenda publica é iim gran-de servido que conquistou a immortalidadepara.Colbert, c a qual o. Sr. Dr. II. do Luce-na aínbipibnou. O que fez, porém, o S.v.-Dr.-H';';de*Lticena pára ser môsmô'Um pequenoe grotesco Colbert ?:' "Ntkh'iiig'!'no:hing!

Procurar' nas-circumâthuciiís criticas emque se acham as finanças da. prbVincia, esta-beleccr o mais jiossivti equWtbrio -eli tro'' a' receitae a despeza, scm-'desfcurar dò promover Ips .molhoramontos tíe- utilidade reconhecida' o-urgente, e olhar cohrmáxiir.o de velo paraa instrucção publica—são dous noviços, cadaum dos quaes pôde immortalisar um admi-niptrador, o primeiro que fez a reputação deTurgot e d Mtiiô a de Dufny;na França oStein -naTrüssia.

Mas o que o Sr. Dr. H. de Lucena teriafeito em bom do equilíbrio cias nossas finan-ças?' Protegendo os monopólios, psprivile-gios, desbaratando, assim a fazenda publica,e ainda em cima "elogiando á patrióticaAssembléa quo* só não tem-concedido da pro-vincia o.mar que, banha.-lhe a costa, porque-delle não ppdenaitòmar ppgsee esbu]hal-o ?

- Sobre 0 que tèmíçito. em bem dainstruç-cão o silencio só'pódé responder á S.Exc.

Se mais não tenho-feito, diz o Sr. Dr. H. dojLucena, é pela exiguidade do tempo, «porque-•só quizera poder cprn,um fiimples,/('«í' erguer .este bello torrão, ,berço de tantas glorias obsrbismô à'o apogêó cío sou engrandeci-mento;.»

Como o Sr. ,Dr. Hüde Luceaa ò fecundo,:iòio e pnlavroso !: , - -; , .-• ¦

Alie o leitor esses attestados de falta decritério com umas denominações adrede es-criptas tle.espiritos desvairados e cegos pelaspaixões qu.e procuram paralysar o progressoda provincia e uns certific.os prévios) de quea autoridade publica está vigilante,.que ellasaberá se collocár na sua verdadeira altura,enüo consentirá jamais que a turbulência im-pere e dicte /m—-tudo isso, como pequeninasinsinuações e defezas mascaradas de actoscio violência-—et, terá,, a resposta presiden-ciai!" '.'•

', ' ¦

Quetitulo' clé; gloria para .o Sr. Di;. íl. de-'Lucena'! : llíOSf;

W

Em prol deste cruel procedimento f.*,Com todos os pulmões l»rada õ Diário,

. (Vçlíio tliuribulario,... . > i7 l!Que àmesa do orçamento ..

'* Tciii 'sempre honroso assento); '

..>(., jDizendo ser um grande atrevimento -Sustentar-se o eontrario.

Aquillo para mim 6 um Breviario, '

Mas eu sempre direiQue só desejarei,

Para iilíráudar-lho os aiilicoã'ardores,Quo alguns seus rèdactores-, i

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Sem remorsos, sem abalos'' * '¦ Biam por ver os Cavallosc<'. j, j Pisar o povo no, chíiq 1

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Bem socegiida alli;Cochichava,Confessava,Dormia,Pregava,

E tambem ensinava...Doutrinas... do.Guiy.A'vista da VisitaOpovojtòfttfrt I •Não teve conta em, si;Como gatos pingados,

Iam galgando os muros, os telhados^ ICom tal presteza qual eu nunca vi \ j

E, alçadas as batinas, ;

Viram-sc müitasjjer/tas santth, finasComo de taquary!Pobres padres / coitados!

Purgaram nesse dia os seus peccados !No caso delles... ia-mc as viagens,E deixava este povo de selvagens! j

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(1/ Estylo do Roceira.do. Liihoeiro.'¦

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Tu tambem, Soriano, •Beceiando levar algum abanoDeste mostrasdq que eras valentão: , ¦•E, fazendo das tripas coração,',' '¦'

Para galgar um muro,Quando deste o pulão , ,'• :,,.Cahisto n'um monturo!

Cego, não vês, que n'este mundo inglório !E' tudotranátorio?

Pèrdeu-sé alli teu'santo polanfroiio,Tua pliilosojihia ficou raza! '

Bem fez o Zó Houorio, | £..Esse... ficou em casa "J ;"

;.. . :. :fe'7'fe! M*'-;-'feÍ fe'^-fe'7

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-;.fe7; . ¦'" . - fe'

agora o yereis! C]UNò dia dezeseis,.Mas..

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) 0'fe> i.. CM.i

üuiUmhl'.: /i'No Campo das1 PrincezasFez o'bom do Lucena gentile^, j |

Èmfiin—o diabo \ a quatro!'. J

Curiosos, que estavam reunidoâ, .È os oradores, que.iam ser ouvidos,Foram perversamente

'áccommetidos',

Por soldadesca infrene! espáldeirados ";j''

E, for.çadas,as.póvta^ do.theatrp, uí7, :Osqne la'sfavam foram maltratados!

9iliíjyft'.

I• ,.:-.•J = j ?.v»'

!ííí)

Jã como ouvintes, jà como oradores,Estejam' congregados

. E-- surja um 'Wanderley..."E

que logo os soldadosCumpram cVadura

"cí7'.i. ¦'Ah! depois de escovados,

Os escriptores assalariados'Hão de bradar com força: " Aqui d'El-Bei! "

Digam-me agora, digam sem üialicia:Que papejjíüa o Gheiò de Policia?

Por força hei, de saudar ó enthusiasmoDo invicto general /Do teu valor eu pasmo !

Meu bravo ! no Brazil niló tens Vivai! '.. r,.; - Ecduaiste a fatias ¦ -, * , siVPO ¦ •- >'''

Os feitos do Caxias-':»»•')': Aáfaçànhas d'Herval!

Dizem uns que o Lucena tal fizeraPor. dar satisfações a D.,Vital,Mostrando assim qne não interviera -

...: O governo na causa jcsuital;Outros que elle qiüzera r[,. . ¦, {' Esmagar ò partido liberal (!).'

Sendo assini, o bem triste'o'seu fadavioNada consegue á vista do Diário .'

Tambem o.telegrammaMuitas lu^es derrama

- ilfO-; Em tão grave questão...Mas mo se sabe ao certoQuem 6 qSie tem razão:

Sc,Oi Lucena, que passa por esperto,Se do,-Dtíirio n llectijkaçíto.

Eu penso que outras causas actuaram'Pai-a o Lucena fazer coiisa' assim :'¦•(¦'¦'•] Arranjos do famiiia- r

São a siia vigília,¦ ¦ E áeiairaujos tres acarretarani:..

Creiam, foi isto, sim... , n): .j V ] .:

síJ/r ¦': *',, 0LÍI7-

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Quanto mais espaldeiradíjs,Mais ruidosas gargalhadas!

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A' vista de tal victoria,E do que' dirá a historiaSobre esta brilhante acção ;Vom depressa o galardão,Quo aos heroes todos attenda.Segundo ouvi iruma yeiida,O general, muito breve,Becelie a enniirnlflçãoDe"um titulo de baráo.

si HlO Autran, a quem muito deveNesta façanha o paiz, ,, - •Vae receber a commendaDa Eosa não, a de Aviz.O velho Queiroz e Barros,Dos chefes todos a ilor,Homem da imparcialidade,Que iuuich fio vio m:\ior; ' -

;Vai brilhar om novos jarros [fOJríí. ,-Como já brilha ua historia: 'm /\-1 ' Nas vágiis: primeiras ha de

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Entende ic-jlnançax...' Qíter ter boas fieraüças

"E dó paço nas'janellas,

Senhoras e;apauiguados,Uns'èm pé, outi*os sentados,Y.iraüi muito cnthnsiasmados

! A edificante funcção,,D. Luceua, elles e ellas,

- I ¦'.

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''.*.

-fefe«kioíjsaü iíiúXMú *. 'c>pui\i$wii0$r rm^A: '¦y-i-.i-Á- á»! rm

Ter a desembai*gatoria!

Besta-me agora o Lucena,Alma deste Folhetim,Que foi quem fez tudo istoPondo este povo om fatias'.;.

Ah ! este sim!r <'•) (i f (; ? 1

Elle foz com sua pennaAndar a policia a trote,E... vallia-me Jesus Christo !Suspendeu as garantiasA' moda do D. Quixoto!Homen; de tanto talento,Conhecido e denodado ;Som descançar um momento,Esgriinio como nm, damnadoContra moinhos do vento 1

• Mais que o próprio generalE' homem de execução! ., :Eil-o! deliuoiá a acçaoE acaba,« rebellíãoCo'a espaldeiiada fatal!E' um grande cidadão !!Oh! tu vaes contempladoNaímellior cotle.a do império ; ,E do novo ministérioSerás ministro de estado !Qual João Alfredo — agarradoDo governo & dignidade,— .*,Serás, Lucena adorado, íiiMinistro à perpetuidado. :.:>

Assim, pois, aqui ,te abraçoComo a gloria desta terra!)

. Continua nesse passo !Serás ministro... da guerra 1

v 0 Gíinko do General.: !.:¦ -MUfeUOO OlJ ÇqrJivJ -,i ;;l .

: -.fe- .üvi»:.:,.} ,"ií'Í$ò' ii ír-^fe-7

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Page 3: V!. ,' '¦ -# -— Recife,—Sexta-feira '-'• ; ©memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1873_00076.pdf · conde de Souza Franco, mil vezes mais do que a maçonaria é o jesuitis-mo

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i^^psiBatsweapfi "jj •.-.- »-; ~wi3S^BBWK«5W*r _.-'^Wíi«0!SS**!««5»'"«*'*^^'g-t* *&1^ ^3¦#¦ ., .\ ;•,. -.3

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A Província

Os defensores do Sa*. Xíiieensi¦ .• íl !;' l' _. n '¦

..' ' »««Da instrucção do processo instaurado pela .

imprensa sobre os acontecimentos dos dias14 e 16 do Maio transparece a verdado, deque;

1.- a invasão cio collegio closjesuitas e adestruição da typographia da União, foramtoleradas e permittiçlas pelas autoridadespoliciaes desta cidade ; .

¦2/ a trucidarão do- povo. no dia 16, emfrentpdo palácio da presidência da provin-cia foi um,.acto, illeg.&l,..'.viclento e.crimino-*so, commettido' pela,, autoridade.,'. :<_i*.e ^;cle-

.terminou ¦ ,.->./...j3.*;o presidente dá. provincia é, -o primei

ro responsa por todos esses factos .que;constituam um dos atténtados. mais cstupeij-

pelos depositários do poderi n asdos pratipublico.:. ,

A convicção publica sobre quem devo ca-ber a responsabilidade de taes .crimes estáfundada, e é indestructivel.

A sentença condemnatoria proferida contrao Sr.. Henrique Pereira de Lucena nã0,de-pci-demais de recurso, passou em julgado.

ji. 'E',

pois, dobalde que ainda.continua essa-grita levantada polo Sr. Pereira cie Lucenano. Diário para convencer o publico da le^galidade do sou procedimento, dc sua hino-cençio;. - \. ¦¦ .:.'.•¦ ¦¦ ¦ t

As manifestas contraçlicçõe'3, falsidades e;insultos, produzidos pelos defensores do S'.Exc.no Diário, concorrem.para,'a maiorevidencia dá sua criminalidade e da sua in-habilitação para-manter-se na cadeira de.presidente da provincia.. . ¦, ,; i-,.íi -du -

QíSxí Pereira cie Lucena-deve estar hojeconvencido de que nem sempre é efficaz ocelebre conselho que sé ¦ attribue á Voltai-re -.—Mcntez harcKincnt, il cn restergy.toujoursquelque chose. •

Nem sempre a calumnia e a mentira, porrnais repetidas que sejam, podem ofiusoara verdade.

E'já tempo do Sr. Pereira de-Lucena re,-signar-se coni a condenmação,que lhe. fulmi-nou a opinião publica o fazer calar esse Plío-eion do Diário, semelhante somente nonome, e antipoda em tudo o mais, á esse ee-lebre general atheniense, que prestava sin-ceso culto, a verdade,e.altivo•rcpellia osreaes, presentes. de Alexandre.-; e tambémde. impor silencio a esse Timon, que não sa-bemos so e o Sgllographo, que se dedicou a'arte da dança, ou se é o Misanthropo,-que,despr.osa.dò por suas loucuras, votou ódio ahumanidado, do que se ufanava com o cy-nismo de Diogenes.

Convença-se o Sr. Pereira,do Lucena queesses gregos teem coiüpromettido ainda mais

« a sua causa. Estrangeiros -, sem a interesses,nem affeição que os prendam a.este infeliz,paiz, indifferenfcos aos sous males.e as offeu-sas aos ,seus brios, só procuram fazer jus asboas graças, o, convencidos de que S; Exc-,não tem defesa possivel, entendem que ser-,vem bem, fantasiando e insultando, o povopernambucano em sua dignidade e pundo-

i nor. 'Uma voz que o Sr. Pereira de Lucena não

encontrou patrícios briosos, que se hicuin-bissem de sua defeza, S. Exc teria proce-dido melhor se deixasse a sua causa correrá revelia, do que confial-a a esses pane-nus. , • s

Felizmente não são, não podem ser bra-zileii'03'esses, que assim escrevem.

O Sr. Pereira de Lucena, que.-é magistra-do, não deve ignorar que. é manifestamenteimprocedente a defesa quando os defenso-res estão em flagrante contradicção com odefendido, a menos que este seja um ma-niaco.

Como, pois, consente S. ExC quo Timone Phocion o defendam, escrevendo que a reu-mão do dia 14 foi politica, que os distúrbios,foram premeditados,-quando S. Exc, emseu telegramma ao ministro do império, de-clara que—O acontecimento foi instantâneo,inesperado afilho da exaltação do momento !

Estará o Sr. Pereira de Lucena no casod'um desses infelizes que, comparecendo pe-rante o tribunal, o seu advogado produz asua defesa som ouvil-o, nem attendol-o, e,as vezes, allega a inépcia e a inconscienciade seu constituinte, quando este se compro-rnette em suas declarações ? .

Como pode S. Exc consentir que, em suaidefesa, se empreste caracter politico e hos-til a úma reunião [popular, a que concorre-ram cidadãos de todos os partidos e matizespoliticos, os empregados na secretariadapresidência, parentes é amigos Íntimos deS. Exc. ?

Não podendo, nòs aceitar a hypothese deque os parentes e amigos do Sr. Pereira deLucena tivessem comparecido á reunião dodia 14 como insidiosos' emissários de S.Exc, acreditamos, fazendo-lhes justiça, que

concorrerarn'4"á reunião,' em vista dó:séü ca-"ractei* pacifico.ellegitimóflm. 'r.ú rS."..:\UÁ\

¦ Elbsta a vçr<íádó..:qué implicitamente'confossa o Sr; Pereira'de Lucena om seu;'telegramma, e que os-seus defensores pro-curam inutilmente contestar e negar. Ç;

A causa,;doi Sr. Dr.-Pereira -deüLuconaó uma causa perdida; elle e seus,desasados-defensores jamais poderam i destruir a con-vicção publica de: que-r-a reunião, do dia 14não., foi um plano .politico executado .polopartido liberal, más , uma reunião sem côrpolitica alguma, sem. outro fim senão pisaoLido é conhecido,;—ile que uo dia l:6;b;Sr.Pereira -de Lucena mandou jdispersar' á gol-:pes.de. sabre, e á patasde cavallòs, uma reu-iiião pacifica .e. legal,, resultando..'de sua van-daliça arbitrariedade: I o derramambnto' Aesangue dos cidadãos reunidos". ':¦-.' ;,.;

•Convença-se, pois,';; SíòExop quo são-im--profícuos todos os saus; esforços -para dar côrpolitica aqn ellas.duas,reuniões ; para issoseria preciso que S. Exc. podesso .conver-'ter em questão: ciò-partido a 'questão reli-giqsa',1 que''agita actualmente'os espíritos,''einscrever na bandeira do partido liberal ¦ ivexpulsão.dosjesuitas do Brazil como prin-cipio ou idéia politica que so propõe aquellepartido a realisar.

Aconselhamos áò Sr...Pereira:de Lucena,qujaj a-.bem: de-sua :dofesa;.< despeça. ;de: sousou serviço¦-esses,que tão mal,o tem. servidoo procure outros quo ao menos.mostrem einseus arrasoados mais respeito a verdade sa-bicla cios factos; das circuinstancias"e dosprincípios* ,r.' . . . - .¦ .„'¦.¦¦•¦ ii..-

A defesa de S. Exc áté hoje tem ,sidoumairrisão,.que somente, mereceria o. 'des-

.-preso publico, se a insolencia e o cynismo dalinguagem não excitassem muitas vezes umajusta indignação, i it .wáo-tiíow

, '. 'Pois

bem':"o Sr. K "Fi*.;' Vitáí recrudesceem • furor contra1 ''qúéin

qiiér' quémeg-á-se áaconipá'nhál-b' nò;sérvilisnlo,! cóm' o•'qual ro-ja-se aos pés

'dá cííria''romana ;nè ò; Sr. Pe-reira:'de Lucena, beni longe db contêl-o. nosloucos e pueris Ímpetos, como, na autorisa-da opinião do illugtraclo • visconde de SouzaFranco, pudera e devera, sem nada sahirdanrbitá cia lei,' dá-lhé força;. ministra.:-lheauxiliO',!,rfórnece-lhor até meio^;" ora; mate-riass', ora nióraes,'para continuar nos des-'vários, cios quaes ha do infállivélmente bro-

¦ tar," óifuin sclíisma'' 'dp que' parecíamos' es-

•tarliVres.-oulimáguéiTaa-eligiosájCujotér-mino á i_i.inguem! -'élicito íassignálár. :;[' '

i ; E' feio,—é condemnavel, o procedimentocios dous' supremos agentee dás autoridadescivil e èçclèsiàstiçá entre nós : será- càufeápara que ambos venham a ser execrado.sno presente e no futuro.

O cio Sr. Pereira dei Lucena, porém, col-loca-o em situação peior do que'a:db Sr» D.Eri: Vital Maria.''

Este1,' se esquece• o's cleverés dè cidadãobrazileiro, ostenta-se fiel ao menos á com-panhia, de quem' recebeu commissão parare-

duzir Pei-nainbuco ab;,misero papel'do Pa-ragúay antes quo fossemos libertal-o.

Aquelle trálie 1 'escandalosamente o gover-noV cujo."delegado é!; e, para ser melhorsuecedidomo' plalio traiçoeiroJ ousa incul-,ear, por si e por mesquinhos emissários,com o concurso dotí quaes só íião;contam asadministrações qíie b 'não querem, epie temfeição partidária, e; tende a favorecer aspi-rações póliticas, o movimento espontâneo enatural da população quari que' - em.pesocontra o obscurantismo; é seus tão poucos,quão desacreditados1, apóstolos.

Dó afflictivoe.anormal estado,' no qualassim nos achamos,' só a Providencia Divi-

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Coiiiniíi- âsatllea^asal.—A julgar-mos pelas apparencias, 'deram-se as mãos osExms. S-rs.D. Fr. Vital Maria e Pereira de•Lucena para conflagrarem' esta -provincia,affrontaudo calculadaméiite os brios e a dig-nidade de quantos não querem de nenhummocTo' confundii' a sacro-santa religião, crea-da pelo Homem Deus, com o jesuitismo, que,contrariando-a, e havendo como instrumén-tos a cúria romana e os agentes d'ésta, tudoenvida por theooratisar o governo do-.mun-do, e, por conseguinte, o do Brazil.

Manifestam os degenerados discípulos deLoyola formal e decidida intonção de deixar-nos em paz, indo levar a outras terras ó jor-rusivo, veneno, que em,.tão' pouco tempo-in-noculararh--nas, veias dos poucos, quô nãosouberam evitar-lhps os ardis, e que, cómprof un da magoa, ahi Avemos transformadosem outros tantos fios conduetores'-da'ina-china satânica, á mercê da qual-os malditosroupétas buscam iniciar e manter entre oshabitantes d'este Pernambuco uma peren-ne luta fratricida, cujas perniciosas conse-quencias escapam á previsão humana.

Os Srs. D. Fr. Vital eiPereira de Lucenaos excitam a mudar de propósito e os indu-zem a levantar apenas o acampamento parapovoados próximos á capital, onde abundagente rústica, pouco.civilisada, e que fácil-mente pôde ser áffogada nas ondas do fa-natismo, o d'onde em .rápida 'communica-

ção com os seus pfotectores ofliciaes, parti-cularmente convertidos em submissos e obe-clientes subditos, proseguirão na obra ne-fanda, om que tão adiantados se acham.

In;;piranclo-se ua verdadeira' doutrinaconstitucional e na legislação patriaj o che-fe do gabinete de .7 de Maí'ço, estremecidoante os horríveis effeitos de seu criminosoindifferóntismo, rompe finalmente o. silen-cio, e revela disposições para conter nos cies-medidos excessos os bispos, que, ..titer.es doultramontanismo, ahi estão convulsionau-do o paiz do norte ao sul. - • '

As palavras de S. Exc são bem acolhi-das em todos os centros dè-civilisação,quaesquer que sejam os partidos.que ahi do-minem, visto como apadrinham-nas con-sorvador tão insuspeito^ como ' o Sr. Viei-ra da Silva, e democrata tão acreditadocomo o Sr. visconde de Souza. Franco, emcujíis rnâo's amestradas ainda hão deixou detremular o lábaro, á sombra dò qualtêeinmedrado, medram e hão de'medrar todas asliberdades.

Vai nisso prova irrefragavel de ser com-pletamente social, e nem de longe entendercom a politica, a pugna que se fere entre aquasi totalidade da nação de um lado e opugillo de fanáticos, senão especuladores,'deoutro lado.

na nos póderáliyrarv"se 'dignar-se de: dispor

as cousas a geito-,' qUe hão ¦ mais tenhamosde lutai-, braço a braço, corpo a corpo, comum presidente do quilate dó Sr. Lucena, ecom um bispo do jaez do Sr; D. Fr. Vital.

Dirigimos as mais fervorosas '-preceá' a

Deus, afim de que, amerciándò-se de nós,favoreça-nos com milagre tão portentoso*.

Ta-ÍMiMpIa© sí&Iire a Saassdãa.—Não foi sem flinchamento, que, nu chronica•de 30 de Maio ultimo, appellánios pára ossentimentos de dignidade 'e patriotismo .dos,Artistas Mechanicos e Liberaes, aó apreciar-mos a dèsle«aldade, com a qual um sócio *lio-cnorario seu,. empregado na secretaria dogoverno; ob e síilirepticiáme] ite arrancarade algun n '¦•{eus irmãos um voto de louvorao Sr. T J&nriqúe Péreir'a>je Lucena pelotrêdblittentáclo

rcíã tardrded?& do precitaic^Maio. _A ferida,

perfeita antitliese aos primitivos fins da so.rèi^cí/ücíppassl^-esti po'riÒ votos!-« E no eütàhto a Associação dos ArtistasMechan>e'o,Scompôe-s.e cie'mais de 140 mem-bros áctivós, e ó autor da feliz proposta foium-empregado cia,. Secretária do Governo !^

«Estas considerações; pois, que offerece-mos ¦ á opinião publica, bem poderão deci-clir so o voto de louvor, tracluzio o pensamen-tocla sociedade. '

«A Sociedade' dos Artisjíasi digamos" einhonra delia, não'tem*feição partidária;...ejáea politica, como scienciap que preside-áb,sdestinos :chi,'Jiumahidaclé,'deve influir nosmovimentos clélla, : sem duvida. c_ue os s.eusfins arrastam-na a render -culto á liber-clade': aqui está aísúá' garantia', a sua gio-na. .. .;,.,

« Eecife',,23 dé Maio.de 1873.

« Antônio Forreifa:Güèdes;'« JuvencioAureliano da Cunha Cosar.« Jacob'de Kork.'« Francisco de'Assis Monteiro"Pessoa.« Henrique C. cios Guimarães Peixoto.« Galdino José Feres Campello.«' Anselmo'Ayres de Azevedo.« Joãb Ferreira ViHéla.'« Manoel Martinho Alves Garcia.« João dé Barros Netto.« Hefmanii Watterb'?r; 'i:'d Francisco Eodrigues clo's Santos.« A. F. Moreau.« Carlos

'Walter.

« Jaymo Enéas Gomes da Silva,ii Rufiuô da Costa Pinto.

¦« Victor Ângelo Gregorio"Almeida Reis.« Benjfynin do Carmo Lopes,ii Antônio Francisco das Chagas.« Luiz de França Lins d"Albuquerque.ii Manoel José cTAssunipção. ' .« Antônio Joaquim de Lima.'« Francisco de Paula Neves Seixas.« Francelino Thebdoró' dos Prazeres.i Manoel Pereira .'de Hollanda.

Lnd_;ero Pereira de Hollanda.

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«« Manoel Sérgio cíe Hollanda.« Jovino Pereira de Hollanda.« Joaquim Theódoro Per« Thomaz Joaquim M. Eamos.« Juviniáno Xavier de.Souza.«Gabriel Narciso Aranha,(i Theofónió José de Souza.« Manoel dos Santos Viilaça.« Carlos Hoffmánn.i Eduardo Mohanpf:ii

eira da Silva.

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,-! iaberta ho coração, eminente-mente pernambucano,—eminentemente de-mocrata, dós Artistas Mechanicos é Liberaes,era por demais funda, para que deixassemelles de soltar um brádó de indignação con-tra quem ahi lh'á abrira, simulándò-seidentificado com a sua.sórte no presente ono futuro'.'

Tal brado erguèram-no elles bem alto nasessão de 3 do corrente, onde, após rehindae animada discussão, que prolongou-se' ateuma hora da manhãa seguinte, adoptaramenérgico protesto contra o procedimentome*"os,regular dos poucos consocios,.que setini-.um deixado embairpelos cantosdasereia,que sobre o descrédito dé uma classe, tãonumerosa, quanto respeitável, pretendeuassentai- as bases_do seu validismo ante aadministração da provincia. .cujo immediatqsubalterno e. ': ¦

Semelhante pi-otesto, por demais signifi-cativo, e sufficiente de per si para.réstabele-cer a reputação da Sociedade dos Artistas Me-chauicos e. Liberaes, foi!publicado nó Joriialdo Recife, n. 136, de hontem, e e assim cou-cebidó :

« Os abaixo assignados, membros tactivosda Sociedade dos Artistas Mechanicos e Li-beraes dePernambuco, protestam mui solem-nemente pela, imprensa contra a manifesta-ção de louvor, dada a S. Exc o Sr. Presiden-te da Próviucia pelo tristíssimo facto de 16do corrente.

« Expor ao público o oceorrido na sessãoda sociedade, onde a proposta da manifes-tação foi votada, é bastante pai;a aniquilal-a;porque se evidencia, que não foi o pensa-mento geral do corpo collectivo que talprocedimento autorisou.

« Em uma reunião de 15 membros, inclu-sive o director, foi a proposta apresentadapelo muito, illustre sócio honorário BacharelManoel Barbosa d'Araujo, distineto funecio-nario publico em exercicio de seu empregona secretaria da Presidência.

«Depois de alguma discussão, promovidapor alguns dòs signatários do presente pro-téstol ein qúe robustamente provaram a in-conveniência de semelhante proposta, em

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w'ífflo José Valentino do Nascimento.rinoelLinó daEo^a.'% debur que C <*' ^e :d;..|eSpi§í«í3-'

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¦<(( U-uillie« Claudino Izidoro' dos Santos« Wencesláo Henrique de Paiva,

Basilio José claiHóra. ,, '

Joaquim Francisco Collares.« José Manoel da Costa Gamito.

Carlos Eduardo Muhlert.José Simões de Magalhães.Antônio Martins Viaíma.Pedro Eatisde Borges.Antônio Tavares Catanho.Oapitulino. João da Eocha.Adolpho Naumann.Adolpho Dery.Manoel José dc Souza.

« Silvino Cardoso da Silva.« João Francisco Tavares e Lyra.« José Francisco do Carmo.« Silvino Cardoso da Silva.<( Ignacio do Ecgo Alencar. »

Cada um dos 59 nomes, que ahi ficam re-petidos, passará para as paginas da historiacomo o cie tantos outros homens do povoque.sabem prezar-se, e a quem sobrou bom-bridade para regeitar o opprobrioso papel deCuim, que Oiisaram-íittriboil'-illí!tí' quandoarrojaram-se a víctoriar., sôb^sua responsa-bilidade, a verdugo de populares--, pacíficos einermes no exercicio do indefectivèldireitode reunião, garantido pela carta constitucio-nal do paiz, cujos cidadãos válidos são. K-

Congratulamo-los por esse acto de ener-gia e civismo, no qual enchergamos espV*-rançoso prenuncio de infallivel triumpho.para a grande causa da democracia pacifi-":ca, sempre que, sorrateiramente ou ás cia-ras, tentem arcar contra ella seus inimigos,mais ou menos desfarçados,—mais ou menosdestemidos.

CllllbreS- — Temos á vista cartas deamigo nosso, alli residente', datadas alie13 de Maio ultimo, de cujo conteúdo só-mente agora nos foi possivel oecupar-nos.

A primeira ó assim concebida :« No districto da, subdelegacia do Olho

d'Agua dos Bredos acham-se sôb a protec-ção do subdelegado Virissimo José de Cou-to os seguintes criminosps, alguns dos quaessão tidos e havidos como autores de sueces-sivos homicídios, ate .em üuhiero de nove :Pedro Paes; —-Joaqujpi;G;om,es; —Mcinoel

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Page 4: V!. ,' '¦ -# -— Recife,—Sexta-feira '-'• ; ©memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1873_00076.pdf · conde de Souza Franco, mil vezes mais do que a maçonaria é o jesuitis-mo

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Francisco, entre cujas victimas figuram o^tenente-coronel Correia, da Imperatriz, bem

como Antônio Barboza e Jos. Manoel De-niz, da Pedra ;—José Negrão ;—Balão ;—José Moco, a cujas mãos succumbio o genrode Josó Victorianno Liberal;—Neco ;—Ge-raldo ;—dous filhos deste ; Outros, emfim,cujos nomes ignoro.

« Virissimo José de Couto nunca foi pro-tector de malfeitores e assassinos: ao con-trario, sempre os perseguio, e jamais lhesdeu guarida.

« Proprietário abastado, gozava dos forosde homem honesto, e era estimado por .todosos seus co-districtanos.

« Sua espantosa metamorphose é geral-mente attribuida a conselhos do juiz muni-cipal Ribeiro Vianna, que aliás acantona-seem sua fazenda Boi-Môrto, d'onde planejapara este termo a misera situação em que seelle acha, não sem a responsabilidade moral,que lhe imputam todos os seus habitantes,inclusive os Srs-. ürs.Brandão e Barros Bar-reto, os quaos, apezar dos bous desejos quenutrem, diíficilmente poderão removel-a.»

A segunda das indicadas missivas diz :« Continua o Dr. Vianna. a residir ern

Boi-Mòrto, onde, com parte de doente, e napercepção do ordenado de juiz municipal,está, ha dous mezes, a preparar cercados.

« A judicatura, cujo exercício lhe compe-te, anda á mercê de supplentes leigos, comdetrimento da justiça, e dos mais sagrados elegítimos interesses das partes.

« Buscou-lhe, e conseguio-lhe, a protecçãoo famigerado facínora Pedro Paes, de quelhe fallei na anterior. ,.

« Tão bem amparado, aquelle perversoprovoca em pleno dia o zelo das autoridades,não escravisadas ao Dr.Vianna, e insulta-ascom a sua presença.

« O juiz de direito, o promotor publico e odelegado têem procurado dar-lhe caça pelaforça publica; mas esta não se anima a pene-traí* o feudo do juiz municipal, precitadoDr. Vianna, onde se elle asyla. »

AgO a-Pa* Çía.—São tantas e tão acer-bas as queixas, que d'alli se nos dirigemcontra o inspector de quarteirão, IgnacioGomos Barbosa., que suppomo*nos obrigadosa chamar a attenção do Sr. Dr. chefe de po-licia interino para esse agente de subalternoseu.

Em Continua orgia (assegura o nosso in-formante) juntamente com um irmão e

pensamento, quando se pretende privar to-da uma raça do uso do seu: direito ? Succe-de què essa raça toma o seu livro religioso,embarca, atravessa os mares, eapporta.áAmerica; e ahi sob o céo que Deus concede atodas tís creatitras, funda ttin novo templopara sua nova fé.»

O illustre orador não se referira de certoao Brazil, onde uma igreja do Estado, su-bordinada ao despotismo de Roma, esmagaa consciência e atrophia o pensamento.

E esse despotismo desastrado afasta denós os homens laboriosos o úteis, e consti-tue esta terra uma extravagante excepção naAmerica livre.

Agora, mais do qne nunca, esta verdadese ostenta.

Neste ponto essencialmente o. Brazil rc-trograda.

Tal é a evidencia a que nos leva quantocom pezar presenciamos.

A arrogância dos prelados brazileiros, coi-ligados para, concitando o povo coutra aautoridade temporal, estabelecer sobre osdestroços da nação, o poder ultramontano,tem chegado ao escândalo.

Crimes previstos pelas nossas leis, vãosendo audaciosamente commettidos.

Impunemente os bispos, preprostos dacúria romana, proseguem era seus desman-dos !

E levam o seu arrojo a negarem obedien-cia até ás ordens emanadas do próprio pa-droado, aliás incontestavelmente attributodos altos poderes do Estado.

Felizmente não dispõe ainda da fogueira,o favorito argumento, com que costumamlevar a convicção ao espirito do povo.

Mas em falta dessa arma, que tantas vie-timas fez e com a qual tantos innocentes fo-ram imolados, elles se prevalecem do ana-thema ecclesiastico, e pro. igalisam interdic-ios, e excommunhões a quantos não se subor-dinam a seus caprichos.

Não faliam a ninguém da verdade e nemensinam a doutrina santa, de caridade e depaz, de Jesus Christo.

Proclamam como nas antigas Cruzadas, ex-citam como no Saint Barthelemy, açulam co-nio na revogação do Edicto de Nantcs.

O reihado de uma igreja do estado, po-rem, não perdurará. Vossa intolerância, pa-dres desnaturados, vosso orgulho, vossa semrazão, vossa pertinácia, vos precipitarão.^-O episcopado brazileiro, pretendendo sup-

alguns apanigoados, invade, em compaphip plantar a intelligencia e a verdade, em seu

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destes, casas de residência de cidadão0-*Lqos; e, cxpellip^ daquellas, par

bitai-lí-, -^__-Vo jt-.y :ttayp &i

as mulheres, com as qu.--s tflii depa.a.E, quando alguém tenta resistir-lhe, pu-

ne-o com immediata prisão, que só não rea-lisa, se ao perseguido sobra disposição paraembargar-lhe o desregramento.

Entre os poucos que hão sabido inutili-sar-lhe a trama, o nosso communicante citaCapitulino Francisco da Silva.

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(JORNAL DO COMMERCIO)A Igeja e o Estado •

Caveant cônsules.IX

« Sabeis, (disse o eloqüente Castellar, em, seuadmirável discurso sobre a separação entre aIgreja e o Estado), o que acontece quando sepersegue a consciência, quando se abafa o

mit *A.»A_ %\^A _A# «/*. w»>,iA.

- '-»§•'

Até aqui os homens áo Diário teem procuradomostrar.quo a visita aos filhos de Loyola, ua tar-d e de 14, foi obrajdo quartel-general dos liberaes,a sabe? : dos Srs. Villa-Bella, Brito, Aprigio, Teixeira^' Lopes Machado, Soares Brandão et reli-quai Está claro que corn esses nomes a visitaloi toda de liberaes.

Mas, já que querem enfeitar o prato da cangi-ca com pitadas de canella politica, porque nãodeclinam os nomes dos Srs. Antônio Carneiro,Cruz Ribeiro (autores da boa idéa), Fenelon,Pa-.bares, Estevam, Lemenha et cwtera o tal pon-tinhos... ? A quererem fallar' a verdade, a visi-ta também foi de conservadores. Para que nãovem a descripção da festa com o pessoal festeiro,e com os seus apanhados de festões ?

Pois os nomes conservadores só servem paraelogios oucos de prisões sem culpa formada,para graças por serviços não prestados á instruc-ção publica? Não senhores.

Liberaes, conservadores e republicanos esque-cendo—politica—foram todos em romaria aos6antos varões, aos ungidos do diocesano, e con-seguiram com suas palavras e conselhos, quenão fosse mais solemne a manifestação do amor,que elles tem sabido conquistar. • ' i-

Queriam os Phoficions.que Alcyone, a puxar a

desenvolvimento, não divinisa assim o Redemptor do mundo; bem ao coi, , "io ar-rasta a religião r-hri_tá íi ü abysmo.'

Os bispo*, aliramontauos entre os quaesse distingue como o mais Intrépido e audaz,o de Prrnumbuco, rasgam as vestes sagra-das sobre as quaes

'oocultavam a sua verdadeira natureza, e se fazom transparecer nasua mesquinha humanidade com todos os.seus vicios, ódios e vinganças, expondo-seaos olhos do povo como homens atrazados,de inveja, de intrigas, de fanatismo e vacil-lantes entre a vaidade e o sangue.

Como, porem, confundem elles a épocaque passou e em que puderão estabelecer opredomínio sobre a ignorância, com a actua-lidade que rociocina, que reflecte, que com-para e que decide com justeza ?

Aos antigos rujddos clericaes de colqi..,de carnificina, de loucura, e de mentira, opovo já não se curva cegamente.

«A origem, o movimento, diz um padreda igreja, que levou os povos a abraçuremo christianismo, foi essencialmente moral esublime. Era a abolição do captiveiro pro*

cbavasca, fechasse os olhos no Hospício paraabril-os no céo ?

O eco ó muito boa cousa, mas a viagemtem a sua oceasião, isso de quero porque quero,é—desterro, e o desterro ó uma insupportavelviolência.

Não Srs., demos graças á Deus por teremaquelles nomes poupado á festa maiores mo-mentos de desgosto ao serviçal Diario.

O que não posso comprehender, e.ninguémpor certo comprehende foi, como appareceu o es-terico de palácio, com as conseqüências desas-tiradas que teve!

Arrombar uma casa para se dar pranchadasem tres homens que estavam na* Varanda, não óo mesmo que mandar esbordoar a tres homensdesignados, conhecidos, contra os que se deseja-va tomar vingança ?• O que se fez depois disso? O executor da em-preza disse-lhes : vão agora para casa tomar cal-dos de gallinha!

Isto é o que não está muito de accordo cora oséculo, com o pregresso, com a libertação do ven-tre, e eleições de pluralidade singular, ha nissouns cheiros de Fernando, de absolutismo de ga-melleira, porém então sejam francos ; ou digamque' estamos naquelle presidio, ou nuo façamtanta bulha; pois a verdade é que as portas fo-ram arrombadas para serem castigados os queestavam na varanda. ' i '"' ; •

Deixemos os jesuitas irem para S. Lourenço,

'

clamada, era a fraternidade annunciada,era a igualdade reconhecida pór esse heroeque, na primavera da vida, sagrava comseu sangue as reformas que o mundo no-cessitava.»

Entretanto os padres de Roma, seguindorota diversa da dos verdadeiros discípulosde Jesus, tem convertido essa magnífica re-volução em seu sórdido interesee !

-Eludiram em quanto puderam, mas, nocorrer dos séculos, o progresso da intelli-gencia não mais consentio que o calculomesquinho do egoísmo dos padres pudesseconseguir os desejados effeitos. E cada umanação conforme se illustra e distingue nocultivo das sciencias, vai reduzindo Romaao seu valor real; e, libertando-se do jugoinsupportavel da Cúria, se constituo indo-pendente, sem que com 'isso offenda as suaslegitimas crenças religiosas.

Está provado qae o predomínio de Romanão é essencial.

E como se faz ollç sentir actualmente ?Privado o chefe da Igreja do poder tem-

poral, ao qual sacrificara a preciosa humil-dade do pescador á magnificência das côr-tes mundanas, procura terra em que se res-tabeleça no orgulho dos reis e açula o mundocontra'as instituições livres, promovendo adesordem e a anarchia entre os povos, comose a época comportasse os presentes de rei-nados quo os antigos pontífices distribuíama seus comparsas.Falta-lhe a inquisição e recorre ao anathema!

E os seus ajudantes de campos prevalecem-se da peua ecclesiastica de excorumunhões,em falta de outra arma, e contam assim re-surgir no velho e esphacelado predomínio.

A excommunhão foi profícua quando opovo a desconhecia. , Omne ignotum proterribile. »

O que é ella hoje ,E' arma embotada e já ridícula!Tal foi ouso desastrado que os padres della

fizeram,que chegaram a tornaba inoffensiva.A origem da excommunhão é de remota au-

tiguidade. Já ella, de ha muito, existia an-tes do christianismo.

Os padres de Roma della se aproveita*ram, como terrivel que era, então, no espi-rito do povo.

Elles mesmos, porém, se feriram recipro-camente com esse projectil imaginário : ap-plicam-o sem critério e conforme para seusnefandos fins necessitavam.'

Cardeaes, prelados e igrejas se tem mimo-seado com esto fatal presente.

Os ratos e animaes damninhosnão escapa-ram taníbem della, sem que com tal imposi-cão soffressem ou fossem privados de seusinstinetos naturaes.

No reinado de S. Luiz, em França, osprelados sentindo-se já sem forças paramanterem as excommunhõcs que elles pro-digalisavam, recorreram ao santo rei, pe-dindo-lhe coadjuvação,secular para tornal-aproveitosas.

O deferimento, porém, desse insidioso rc-querimento foi que ficaria»i os juizes secula-res investidos nã autoridade de julgarem da jus-siça da imposição.

0 abuso dos padres de Roma se tornavatão escandaloso que, por decreto do 10 deMarço de 1764, o rei de Portugal reservoua« sea immediato conhecimonto todos os ca-sos de excommunhão, para que nenhum ti-vesse effeito com o seu consentimento.

Ainda por alvará de 28 de Maio de 1814D. João VI declarou capiosm, índias', irritas,vãse de nenhum efeito, excommunhões queentão foram lançadas; e ameaçou com severas

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penas a qualquer de seus subditos quo a ei-las se curvasse.

0 abuso, portanto, dessa arma da cúriaromana desacreditou-a para sempre.; Os pa-dres de Roma a perderam.

O terror que antes elle causava, conver-teu-ce em irrisão, como o próprio o iusus-peito abbade Bergier o confessa.'

E se se attender com critério e acuradoexame ao que ora praticam os bispos ul-tramontanos, se comprehendorá quo nem aomenos elles são còheréhtes ó honestos emseu inqualificável procedimento.

Pelas bullas caducas que elles agoia re-suscitarão para seus fins nefandos, é ana-thematisada toda a maçonaria.

Entretanto, entre os assim excommun-gados, o Exm. bispo de Pernambuco escolheas suas victimas, deixando incólumes _ os desua afeição, com quem convivo, e cuja p.e-seüçá aos ojffkios divinos não o assusta !

(Godtiniiação)Oh siiceesi-o* «le Perna. mImico

Os doctrinarios da eschola dos chouriçosdevem a esta hora estar esfregando as mãos'de contentes e nós esperamos com algumaanciedade pelo discurso apolofçetico com quoo Sr. ministro da justiça vae, sem duvida,glorificar a justiça popular.

Em verdade'estamos assombrados por nãotermos lido ainda no Diário Oj/lcialzi no-meação dos majores Marques Sobrinho eAbdôral para lentes cathodraticos das facul-dades do Recife e de S. Paulo.

Com effeito, na ausência do illustre pro-fessor que oecupa a pasta da justiça, essesdous cidadãos fazem grande falta ao ensinoda mocidade.

Nós, porém, que não temos fé na lógicado cacete e das pedradas, reprovamos se-

¦lemnemente os excessos a que se deixou ar-rastar uma parte do povo do Recife, porquepor maiores que tenham sido us provocaçõeso os attentados do clero ultramontano, nun-ca legitimaremos o abuso da. força materialcom damno e ofensa da propriedade e dodireito alheio.

Reconhecemos que o povo do Pcrnambu-co foi systematicâmente levado ao desespe»*ro, reconhecemos que a culpa desse lamen-tayel acontecimento recáhe toda sobre o go-vorno que se tem conservado indifferente aessa questão- a mais grave de quantas tenivindo perturbar a sociedade brazileira.

Mas nem por isso attenuaremos o facto,e esperamos que o governo, advertido poresse desagradável acontecimento, se apresseom expedir as providencia s que anda pro-metteudo, mas que ainda se conservam nobom desejo do Sr. presidente do conselho.

A situação creada pela propaganda ultra-montana e pelos suecessos e descomedimen-tos do alto clero nos parece grave e cheiade reaes perigos.

E como não estamos dispostos a deixar-nos influenciar pelas nossas paixões mas simqueremos estabelecer o regimen da liber-dade para todas as crenças e para todos oscultos, entendemos que o meio de superaros obstáculos que á sociedade oppõe o cleroultramontano não está no arbítrio e na vio-lencia mas sim no direito commum, na am-pia liberdade que só pode encontrar garan-tia na separação completa do Estado e daIgreja.

A milícia romana espalhada pela super-ficie do globo, obedecendo ás inspirações deRoma, segue -em todo a parte o mesmo sys-tema e emprega os mesmos meios.

louvemos a Deus não ter havido dsfuutos a va-ler, e oremos para que o capitao-mór não sejamais atacado de esterico.

*. ** *A historia antiga falia de dois Timons, um de

vida alegre, poeta, satyrico, o outro misanthro-po, meio amalucado, espécie do nosso ex-chefe,amigo das brenhas. O primeiro passou vidaalegre, o segundo subindo a uma arvore, cabio,quebrou uma perna, deu-lhe a carépa e foi-sepor uma vez por nuo ter quem o tratasse.

O Timon^ do Diário, que já se confessou mi-santhropo. devo descender do segundo, e nãoconsta que o primeiro deixasse suecessor. Ah !se deixasse 1... que largo assumpto u|Lo encon-traria actualmente para o genero !... 5l

Esse esforço, essa seriedade de angure romã-no com que se reveste aquelle Illm. Sr. ao de-nunciar que, Catüina bate ás portas de Roma, fa-zendo sobresabir ao mesmo tempo um heroe, ácujo assignalado valor devem os cidadüoB destaterra de Tabocas socego, propriedade e vida, ómuito para rir.,

Timoii assevera com a maior bôa fé (cruzes!...)que diz a verdade pura, que refere os factos mise crus, como a mãisinha o pario.

Sim, Srs. Mas, vivendo Timon em outro mun-do, arredio da sociedade, ignorante dos factosque se passam por cá, parece que não pôde ajui-zar dos homens e das cousas senão por umóculo.

Timoii mora nos confins..., da terra, em latitu*de muiaffastada; quando láónoito, já odia vemraiando para nós, descendentes dos Vieiras, Ne-greiros e Camarões, e isto explica o facto de dei-xar-so ficar sosinho em scena á recitar çom em-phase o seu papei, quando todos os compa. .ás áabandonaram o palco, e roncam como porco emxiqueiro.

Com effeito já as baterias ào Diário calam ofogo, as nuvens de fumo se dissipam e deixam*ver ás claras os destroços do combate, e Timonainda tosse!

A figura da verdade ergue-se illesa e a seu ladoa opinião publica revestindo para o caso as for-mas cômicas com que a representam no Orphéeaux JEnfevs, dirige aos artilheiros sorrisos* desarcasmo.

Finalmente, ao que parece, o nosso Timon nãoteve fracturada a perna. O exemplo do seu his-torico ascendente devo-lhe sempre estar na me-moria.

Mas cuidado! se Timon tenta colher fruetospelos galbos da Pereira, olhe que não venha aochão. As raizes estão podres, e a terra ó frou-xa. Fuja de algum accidente que bem pôde per-der os olhinlios fiseafis, e depois... adeus amo-res!».. • ,

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