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Uveítes na Infância Residente em Pediatria RENATA BARCELOS BARRA JEFFERSON A. P. PINHEIRO Orientador Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF www.paulomargotto.com.br - 4/11/2009 Monografia apresentada ao Supervisor do Monografia apresentada ao Supervisor do Programa de Residência Médica da Secretaria Programa de Residência Médica da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, como de Estado de Saúde do Distrito Federal, como requisito parcial para obtenção do título de requisito parcial para obtenção do título de especialista em Pediatria especialista em Pediatria

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Page 1: Uveítes na Infância Residente em Pediatria RENATA BARCELOS BARRA JEFFERSON A. P. PINHEIRO Orientador Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF

Uveítes na Infância

Residente em Pediatria RENATA BARCELOS BARRA

JEFFERSON A. P. PINHEIROOrientador

Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF

www.paulomargotto.com.br - 4/11/2009

Monografia apresentada ao Supervisor do Programa de Monografia apresentada ao Supervisor do Programa de Residência Médica da Secretaria de Estado de Saúde do Residência Médica da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, como requisito parcial para obtenção do Distrito Federal, como requisito parcial para obtenção do

título de especialista em Pediatriatítulo de especialista em Pediatria

Page 2: Uveítes na Infância Residente em Pediatria RENATA BARCELOS BARRA JEFFERSON A. P. PINHEIRO Orientador Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Uveítes estão associadas a mais de 25% das causas de cegueira ◦ 30 casos /100.000 ◦ 4,3 a 6,9 casos / 100.000 crianças por ano◦ Crianças representam 5 a 10% dos atendimentos em centros

terciários

Na infância a doença é insidiosa, diagnóstico geralmente tardio, as complicações são mais graves do que nos adultos◦ 25% evoluem com perda grave da acuidade visual◦ Catarata, sinéquias, ceratopatia em faixa, glaucoma

Etiologia infecciosa ou imunológica, podendo ser a primeira manifestação de uma síndrome clínica.

Cunningham ET. Uveitis in children. Ocul Immunol Inflamm 2000;8:251-61.

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OBJETIVOOBJETIVO

Realizar revisão da literatura sobre uveítes na infância visando atualizar as informações aos profissionais de saúde, a fim de melhorar o diagnóstico da doença e

conseqüentemente diminuir suas complicações

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MATERIAL E MÉTODOMATERIAL E MÉTODO

Revisão da literatura nacional e internacional utilizando bancos de dados MEDLINE, LILACS-BIREME e COCHRANE;

Selecionado artigos publicados abordando as uveítes na infância

Utilizadas palavras-chave em várias combinações: uveítes; crianças; infecções oculares; inflamação ocular.

A pesquisa incluiu artigos originais, artigos de revisão, editoriais e diretrizes nas línguas inglesa e portuguesa, sendo selecionados de acordo com os critérios do Centro Oxford de Evidência.

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• Classificação: • Uveíte anterior íris e corpo ciliar• Uveíte intermediária corpo ciliar e coróide • Uveíte posterior inflamação primária da coróide• Uveíte difusa íris, corpo ciliar e coróide

REVISÃO DA LITERATURAREVISÃO DA LITERATURA

• Definição: Uveíte é um processo inflamatório que acomete a

úvea, região composta pela íris, corpo ciliar e coróide

Bloch-Michel E, Nussenblatt RB. International Uveitis Study Group recommendations for the evaluation of intraocular inflammatory disease. Am J Ophthalmol 1987; 103:234-5.

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REVISÃO DA LITERATURAREVISÃO DA LITERATURA

Epidemiologia◦ Meninas são mais acometidas

Uveíte anterior 30 a 40% Posterior 40 a 50% Intermediária 10 a 20% Difusas 5 a 10%

Associação com polimorfismo de moléculas do HLA e citocinas◦ Afinidade da molécula HLA pelo peptídeo causador da doença◦ Influência do HLA sobre a seleção tímica de linfócitos◦ Mimetismo molecular entre antígenos de microorganismos infecciosos e

antígenos do hospedeiro◦ Expressão anormal de moléculas HLA apresentando aos linfócitos T antígenos

derivados do próprio tecido

Alves C, Meyer I, Toralles MB, Marback RL. Association of human histocompatibility antigens with ophthalmological disorders. Arq Bras Oftalmol 2006;69:273-8

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REVISÃO DA LITERATURAREVISÃO DA LITERATURADIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS UVEÍTES

LOCALIZAÇÃO NÃO GRANULOMATOSA GRANULOMATOSAIdiopática Sarcoidose

ANTERIOR Artrite Idiopática Juvenil OncocercoseHerpes Vírus Sífilis

Kawasaki Doença de Lyme

Leucemias ToxocaríasePós-infecções bacterianasEspondiloartropatiasDoença deBehçetTINU

INTERMÉDIARIA Pars Planite Pars Planite Sarcoidose

POSTERIOR Síndrome Necrose Retiniana Aguda

Toxoplasmose

Citomegalovírus Tuberculose DIFUSA Síndromes Mascaradas Oftalmia Simpática

Sind. Vogt-Koyanagi-Harada

Madigan WP, Raymond WR, Wroblewski KJ, Thebpatiphat N, Birdsong RH, Jaafar MS. A review of pediatric uveitis: part II. Autoimmune diseases and treatment modalities. J Pediatr Ophthalmol Strabismus 2008;45:202-19.

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REVISÃO DA LITERATURAREVISÃO DA LITERATURA

UVEÍTE ANTERIOR

Artrite Idiopática Juvenil: causa não infecciosa mais comum de uveíte anterior na infância◦ Oligoarticular:21% casos apresentam uveíte◦ Poliarticular:10% dos casos◦ Entesite:27% dos casos◦ Artrite psoriática: 17% dos casos◦ Sistêmica: raramente desenvolverá uveíte

# uveíte se desenvolve dentro de 4 anos do diagnóstico e é mais freqüente no sexo feminino(4:1) com o anticorpo anti-nuclear positivo. Sendo que a uveíte pode preceder em 3 a 10 anos.

Madigan WP, Raymond WR, Wroblewski KJ, Thebpatiphat N, Birdsong RH, Jaafar MS. A review of pediatric uveitis: part II. Autoimmune diseases and treatment modalities. J Pediatr Ophthalmol Strabismus 2008;45:202-19.

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REVISÃO DA LITERATURAREVISÃO DA LITERATURA

UVEÍTE ANTERIOR

Herpes simples vírus: causa infecciosa mais frequente de uveíte anterior na infância◦ HSV 1: iridociclite◦ HSV 2: necrose aguda de retina

Patogênese: proliferação viral, estimulo antigênico , resposta inflamatória e imune do hospedeiro

Recorrente;Precipitados ceráticos, hipópio, atrofia da íris Causa comum de glaucoma

Madigan WP, Raymond WR, Wroblewski KJ, Thebpatiphat N, Birdsong RH, Jaafar MS. A review of pediatric uveitis: part II. Autoimmune diseases and treatment modalities. J Pediatr Ophthalmol Strabismus 2008;45:202-19

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REVISÃO DA LITERATURAREVISÃO DA LITERATURAUVEÍTE ANTERIOR:

NÓDULO DE KOEPPE

HIPÓPIO

BUSACCA

PRECIPITADOS CERÁTICOS

SINÉQUIA POSTERIOR

www.oftalmonews.com.br

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REVISÃO DA LITERATURAREVISÃO DA LITERATURA

UVEÍTE POSTERIOR

TOXOPLASMOSE: retinocoroidite toxoplasmática é a 2ª principal causa de uveíte posterior na maioria dos estudos. A causa mais comum ainda é idiopática.

• Infecção congênita maioria dos casos • 20 a 30% dos casos de infecção congênita coriorretinite

• 18% das lesões no 1º mês• 43% até os 6 meses de idade• 97% até os 7 anos

• Geralmente bilateral com lesão próxima à mácula

• Infecção congênita maioria dos casos • 20 a 30% dos casos de infecção congênita coriorretinite

• 18% das lesões no 1º mês• 43% até os 6 meses de idade• 97% até os 7 anos

• Geralmente bilateral com lesão próxima à mácula

Madigan WP, Raymond WR, Wroblewski KJ, Thebpatiphat N, Birdsong RH, Jaafar MS. A review of pediatric uveitis: Part I. Infectious causes and the masquerade syndromes. J Pediatr Ophthalmol Strabismus 2008;45:140-9.13

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REVISÃO DA LITERATURAREVISÃO DA LITERATURAUVEÍTE INTERMEDIÁRIA

ETIOLOGIA IDIOPÁTICA ◦ Pars planite e esclerose multipla associado ao HLA-DR15

UVEÍTE DIFUSA

SÍNDROME VOGT-KOYANAGI-HARADA Inflamação ocular,meningite asséptica,vitiligo, ouvido

interno,alopécia. Envolvimento ocular bilateral, sendo o 2º olho lesado após 2 sem. de

doença.

SÍNDROMES MASCARADAS Neoplásicas (retinoblastoma;leucemia e linfomas) Não neoplásicas (xantogranuloma, pseudotumor orbital, corpo

estranho)Madigan WP, Raymond WR, Wroblewski KJ, Thebpatiphat N, Birdsong RH, Jaafar MS. A review of pediatric uveitis: Part I. Infectious causes and the masquerade syndromes. J Pediatr Ophthalmol

Strabismus 2008;45:140-9.

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CONCLUSÃOCONCLUSÃO

Tema pouco conhecido dos profissionais de saúde

Dificuldade em se estabelecer o diagnóstico e com grandes conseqüências, principalmente na infância;

Está associada a várias doenças sistêmicas e síndromes

mascaradas; Podendo surgir como a primeira manifestação de uma

síndrome clínica.

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CONCLUSÃOCONCLUSÃO

OBRIGADA !