Utilização de controle biológico na Produção Agrícola Orgânica da Região Metropolitana de Porto Alegre

Curso de Graduação em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia

Orientadora: Drª Débora Vom Endt Acadêmicas: Aline Mocellin Conte, Leda Noele Burdzaki, Louise Thomé

O controle biológico é um fenômeno natural que consiste na regulação do número de insetos ou de doenças por inimigos naturais, os quais auxiliam beneficamente na redução dos danos às culturas de origem orgânica.

Os agentes de biocontrole são conhecidos como antagonistas, os quais utilizam mecanismos para reduzir a sobrevivência ou as atividades causadoras de doenças de fitopatógenos. Além disso, pode-se utilizar do parasitismo, da competi-

ção e da predação por inimigos naturais.

O controle biológico dos insetos pragas pode ser realizado por parasitoides, predador e por microrganismos entomopatogênicos. O parasitoide consiste normalmente de outro inseto que mata o hospedeiro para completar totalmente

seu desenvolvimento. Por outro lado, o predador é um organismo de vida livre durante todo o ciclo de vida e que mata a sua presa, normalmente requer mais do que individuo para completar seu desenvolvimento.

Microrganismos entomopatogênicos são fungos, vírus e bactérias que propiciam a manutenção da população das pragas em nível não prejudiciais, devido a ação de produtos microbianos como enzimas e metabólitos tóxicos que ma-

tam os insetos hospedeiros, porém não prejudicam a saúde humana.

Com o objetivo de verificar as possíveis espécies que atingem os produtos ecológicos foram entrevistadas 14 feiras em 2015 e 2016, com um total de 82 agricultores entrevistados em Porto Alegre e Novo Hamburgo. Diante disso, obte-

ve-se um número relevante de insetos pragas, total de 311 casos. Entre esses casos, a lagarta com 76 casos, a mosca da fruta com 41 casos e o pulgão com 40 casos foram os insetos com números expressivos de casos prejudiciais .

Os pulgões ou afídeos são insetos sugadores que podem causar danos diretos pelo efeito

tóxico da sua saliva, tais como: diminuir o crescimento de raízes, nanismo das plantas, necrose

do tecido e ressecamento de folhas.

Além disso, causam danos indiretos visto que são vetores de doenças virais.

As lepidópteras na sua fase larval possuem aparelho bucal mastigador que ocasiona danos diretos, pois

se alimentam de folhas. Ademais, podem perfurar talos, flores e frutos, como também minar as folhas e

causam danos às raízes.

Por outro lado, na fase adulta são caracterizadas por mariposas ou borboletas que não causam danos à

agricultura.

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As moscas das frutas são insetos

que causam elevados prejuízos aos

fruticultores.

Esses insetos apresentam um ciclo

de vida em que seu período larval se

desenvolve especialmente no interior

dos frutos, alimentando-se, em geral,

de sua polpa provocando muitas ve-

zes queda prematura do fruto e apo-

drecimento dos tecidos danificados.

Além disso, causam infecção se-

cundária por fungos e bactérias.