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UTILIZAÇÃO DE ADUBOS NK DE LENTA OU PROGRAMADA LIBERAÇÃO, PROTEGIDOS, ORGANOMINERAIS E ORGÂNICOS ASPECTOS GERAIS ROBERTO SANTINATO

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UTILIZAÇÃO DE ADUBOS NK DE LENTA OU PROGRAMADA LIBERAÇÃO, PROTEGIDOS,

ORGANOMINERAIS E ORGÂNICOS – ASPECTOS GERAIS

ROBERTO SANTINATO

ADUBAÇÃO TRADICIONAL NK

Fundamentada = Adubos solúveis

NITROGÊNIO POTÁSSIO

Ureia Sulfato de

amônio

Nitrato de

amônio

Cloreto de

potássio

Inconvenientes ou ressalvas

PARCELAMENTO PERDAS DEPENDÊNCIA DO MANEJO ADEQUADO

Redução de perdas do N

Lixiviação e volatilização

Umidade e textura

NÍVEIS

N: 1º em exigência: 250 a 500 kg/ha

K: 2º em exigência: 250 a 500 kg/ha

Deficiência de N

Deficiência de N

Deficiência de N

Deficiência de N

Deficiência de N

Deficiência de K

Deficiência de K

Deficiência de K

Deficiência de K

ALTERNATIVAS TÉCNICAS

Adubos de lenta ou programada liberação

1º estudo: IBC (1979) e retorno nos anos 2000

Consistem

Recobrimento de fertilizantes naturais por substâncias

Orgânicas Inorgânicas Resinas sintéticas

Poliamidas – enxofre elementar – polímeros - Diversos

EFICIÊNCIA DEPENDE

Processo de encapsulamento

Influi

Mecanismo e intensidade de liberação

Espessura e natureza química do recobrimento

(resina ou polímeros)

Quantidade de microfissuras na

superfície do grânulo

Tamanho do grânulo

Assim temos:

1 – Resina e polímeros: Liberação eficiente com: 2 – Taxa de liberação: Diretamente proporcional à temp. do solo pois promove Expansão da camada de resina 3 – Para recobertos com enxofre: Diferente das resinas

Sofre influência da umidade do solo e não há controle no processo

Água disponível Temp. do solo (21º)

Vantagens dos adubos de lenta ou programada liberação

Fornecimento regular e contínuo

Menor parcelam

ento

Redução de perdas

Menores danos às

raízes

< Volatilização < Lixiviação

< Imobilização

< Salinização < Acidificação

Outras Vantagens: Melhor manejo

Menor contaminação ambiental (lençol)

Redução do nível

Resultados atuais com NK de lenta ou programada liberação

1 – Ensaios – Lavoura em formação 2 – Ensaios – Café sequeiro 3 – Ensaios – Café irrigado

14,7

42,5 46,6 46,1

38,6 34,6

14,5

67,5

62,2 66,4

58

40,9

9,7

40,3 41,8 46,7

58,9

30,6

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10

20

30

40

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60

70

80

T AT P100 P80 P60 P40

Pro

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tivi

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be

n/h

a)

Doses crescentes de producote NKS (38-00-00+13S + 00-00-51+14S) de liberação controlada na fase de pós plantio à 3ª safra (formação) no cultivo do cafeeiro comparativamente com adubos solúveis (ureia; S.A e Kcl) – Araxá, MG

Fonte: Santinato et al., 2013 (39º CBPC)

12,9

50,1 50,2 52,7 51,9

35,6

0

10

20

30

40

50

60

T AT P100 P80 P60 P40

Pro

du

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n/h

a)

Média das produtividades

c

a a a a

b

Níveis utilizados no experimento: 0 a 6 meses: 90 Kg de N; 54 kg de S e 45 kg de K 7 a 18 meses: 170 kg de N; 96 kg de S e 72 kg de K (1ºano) 19 a 30 meses: 450 kg de N; 96 kg de S e 350 kg de K (2º ano) 31 a 42 meses: 550 kg de N; 96 kg de S e 450 kg de K (3º ano) 43 a 54 meses: 450 kg de N; 96 kg de S e 350 kg de K (4º ano) Adubos normais com 4 parcelamentos e Producote com apenas uma aplicação Cultivar Catuaí Vermelho IAC 144 Espaçamento 4,0 x 0,5 m Solo LVE

40,4

57,7 56,1 54,6

60,4

51,3

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20

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70

T AT C100 C80 C60 C40

Pro

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n/h

a)

Adubação com Ciclus formulado 19-00-10 em substituição à adubação NK com ureia e KCl na nutrição do cafeeiro – Araxá, MG

Fonte: Santinato et al., 2013 (39º CBPC)

c

a a a

a

b

SEQUEIRO: Níveis: 425 kg/ha de N e 375 kg/ha de K

32,9

55,5 53 52,6

58

41,6

0

10

20

30

40

50

60

70

T AT C100 C80 C60 C40

Pro

du

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saca

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e c

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be

n/h

a)

Efeito do producote formulado 25-00-25 com os adubos 37-00-00+13S e 00-00-51+14S de lenta liberação na produção do cafeeiro

Fonte: Santinato et al., 2013 (39º CBPC)

b

a a a

a

ab

SEQUEIRO: Níveis: 385 kg/ha de N e 375 kg/ha de K

13,8

31,6

37,9

44,3 42

27,3

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5

10

15

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35

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45

50

T AT A100 A80 A60 A40

Pro

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n/h

a)

Efeito do adubo Agrocote 31-00-00+13S e 00-00-51+14S de lenta liberação na produção do cafeeiro irrigado no Cerrado de Araguari, MG

Fonte: Santinato et al., 2013 (39º CBPC)

b

a

a

a a

ab

IRRIGADO: Média de 4 safras

Níveis utilizados no experimento: N: 460 Kg/ha K: 354 kg/ha S: 120 kg/ha Adubos normais com 4 parcelamentos e Producote com apenas uma aplicação Cultivar Catuaí Vermelho IAC 51 Espaçamento 3,7 x 0,7 m 9/10 ANOS Solo LVA

Teores T AT A100 A80 A60 A40

N foliar (g/kg) 21.3 30 32.6 29.8 30.6 24.2

K foliar (g/kg) 14.7 21.2 20.8 22.2 20.1 16.8

K na CTC (%) 2.1 3.7 3.2 3.4 4.0 2.7

19,6

48,8

54,4 51,6

55,2

34,1

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20

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50

60

T AT A100 A80 A60 A40

Pro

du

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n/h

a)

Reduções dos níveis de NK na adubação do cafeeiro e número de parcelamentos com utilização do adubo de lenta liberação Ciclus 19-00-10 e 24-00-12 em lavoura irrigada – Araguari, MG

Fonte: Santinato et al., 2013 (39º CBPC)

b

a

a a

a

b

IRRIGADO: Média de 4 safras

Níveis utilizados no experimento: N: 405 Kg/ha K: 366 kg/ha Adubos normais com 4 parcelamentos e Producote com apenas uma aplicação Cultivar Catuaí Vermelho IAC 51 Espaçamento 3,7 x 0,7 m 9/10 ANOS Solo LVA

Teores T AT A100 A80 A60 A40

N foliar (g/kg) 19.8 29.9 31.4 30.0 29.7 22.4

K foliar (g/kg) 13.1 22.6 20.7 20.2 19.8 15.7

K na CTC (%) 1.7 3.2 3.6 3.2 3.0 2.2

Lavoura Carmo do Paranaíba, MG. 25 anos de idade, decotada à 2,8 m, produtividade de 94,0 sacas de café ben./ha

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES PARA O USO DE FERTILIZANTES DE LENTA LIBERAÇÃO

1 – No plantio: Não colocar no fundo do sulco ou coveta (queima as raízes) Em áreas inclinadas utilizar a Matraca lateralmente às mudas Em área plana aplicar em cima de forma contínua

2 – Na lavoura: Não mecanizável

Adensado = por cima Largo = Voltar o cisco

Mecanizável: Adubação normal

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES PARA O USO DE FERTILIZANTES DE LENTA LIBERAÇÃO

3 – Níveis: Redução média de 30%

4 – Erros comuns: Avaliação da produtividade (estimativa) Se superestimada = desperdício de insumo Se subestimada = perda de vigor e redução da produtividade

É importante reavaliar a produtividade esperada em janeiro para

correções nos próximos parcelamentos

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES PARA O USO DE FERTILIZANTES DE LENTA LIBERAÇÃO

5 – Doses: Doses embasadas na composição/extração química do cafeeiro (Santinato et al., 2007) N = 70 + (2,0 x PE) x f K = 50 + (2,5 x PE) x f Reduções em função do teor de M.O no solo

Alternativas para nitrogenados solúveis

Adubos nitrogenados protegidos

Conceito

Fontes protegidas que visam:

Redução da lixiviação

Redução da volatilização

Redução ou inibição da

acidez

Redução da imobilização

Inibição da urease

FERTILIZANTES

1 – NITRO MAIS = ureia protegida granulada (44.6% N + 0,4% B + 0,15% Cu). O recobrimento de Cu e B reduz a perda de N (parcelamento normal) 2 – NITRO GOLD = ureia protegida com capa de enxofre fundida (37% de N e 16% de S). O S reduz as perdas (parcelamento normal) 3 – DURAMAX = ureia com polímero (46% de N) (parcelamento normal) 4 – SUPER N = ureia protegida com NBTP (inibidor da urease) (45% de N). Inibe a enzima urease e reduz as perdas por volatilização

FERTILIZANTES

1 – NITRO MAIS = ureia protegida granulada (44.6% N + 0,4% B + 0,15% Cu). O recobrimento de Cu e B reduz a perda de N (parcelamento normal) 2 – NITRO GOLD = ureia protegida com capa de enxofre fundida (37% de N e 16% de S). O S reduz as perdas (parcelamento normal) 3 – DURAMAX = ureia com polímero (46% de N) (parcelamento normal) 4 – SUPER N = ureia protegida com NBTP (inibidor da urease) (45% de N). Inibe a enzima urease e reduz as perdas por volatilização (parcelamento normal)

FERTILIZANTES

5 – Ureia protegida Terrena: técnologia Kimcoat (camada de aditivos minerais e polímeros) (44% de N). Redução de perdas e melhor aproveitamento. (parcelamento normal) 6 – Sulfammo Meta: Dupla membrana de carbonatos de cálcio e magnésio (29% de N; 5% de Ca; 2% de Mg; 9% de S e 0,3% de B). Reduções de perdas do N, manutenção do pH, sem acidificação e fornecimento de N, Ca, Mg, S e B.

12,7

24,8 22,5

19,9

26,8

19,6

24,5 23,8 22,2

29,8

25,7

16,5

21,7 25,2

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ha)

Araguarí – ACA – Pós poda – 1 safra - 2014

Verde = Fontes de Lenta Liberação; Amarelo = Fontes protegidas; Vermelho = Fontes tradicionais

FONTES DE NITROGÊNIO TRADICIONAIS PROTEGIDAS E DE LENTA LIBERAÇÃO NA PRODUÇÃO DO CAFEEIRO IRRIGADO – Preliminares

12,7

22,4 24,45

22,27

0

10

20

30

40

T Lenta liberação Protegidos Convencionais

Pro

du

tivi

dad

e (s

ac./

ha)

Araguarí – ACA – Pós poda – 1 safra - 2014

Verde = Fontes de Lenta Liberação; Amarelo = Fontes protegidas; Vermelho = Fontes tradicionais

FONTES DE NITROGÊNIO TRADICIONAIS PROTEGIDAS E DE LENTA LIBERAÇÃO NA PRODUÇÃO DO CAFEEIRO IRRIGADO – Preliminares

ALTERNATIVA PARA ADUBAÇÃO ORGANOMINERAL

Conceito: Compostos de M.O ricos em carbono com adubos solúveis e

insolúveis

Palhadas, estercos e carbonos

TRATAMENTOS ESTUDADOS

1- TESTEMUNHA (Sem NPKS) 2- ADUBAÇÃO MINERAL NPKS Total- (AMT) 3- ADUBAÇÃO ORGÂNICA – 2,5 EG + 1,25 PC + AD. MINERAL REDUZIDA 2

( EG 2,5 + PC 1,25 + AMR 1) 4- ADUBAÇÃO ORGÂNICA 2,5EG+1,25PC + AD. MINERAL REDUZIDA 2 (EG 5

+ PC 2,5 + AMR 2) 5- ADUBAÇÃO ORGÂNICA 5,0 EG + 2,50 PC + AD. MINERAL REDUZIDA 3

(EG 7,5 + PC 3,75 + AMR 3) 6-ADUBAÇÃO ORGÃNICA 10,0 EG + 5,0 PC + AD. MINERAL REDUZIDA 4

(EG10 + PC5 + AMR4) 7- ADUBAÇÃO ORGÂNICA – 12,5 EG + 6,25 PC + AD. MINERAL REDUZIDA 5

(EG 12,5 + PC 6,25 + ARM 5)

38

23,6

45,4

56,7 58,8

50,4

55,6 56,3

10

20

30

40

50

60

T AMT 2,5 1,25

5,0 2,5

7,5 3,75

10 5

12,5 * 6,25 **

-22,6

+ 13

+ 5

+ 10

+ 11

PRODUTIVIDADE MÉDIA – 6 SAFRAS – ARAGUARI, MG

TRATAMENTOS

+ 11

40

5,5

4,9

5,6

6

6,2

6,2

6,3

4

4,5

5

5,5

6

6,5

T AMT 2,5 1,25

5,0 2,5

7,5 3,75

10 5

12,5 * 6,25 **

Média 6 safras

RESULTADOS AN. SOLO – ALTERAÇÕES PRINCIPAIS

Acidez Fisiológica

pH (CaCl2)

Tratamentos

41

60,2

52,2

63,7

74,7 77,2

74,2

78,2

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

T AMT 2,5 1,25

5,0 2,5

7,5 3,75

10 5

12,5 * 6,25 **

ACIDEZ

Média 6 safras

V% - INDÍCE DE SATURAÇÃO DE BASES

* E. Galinha ** P. café = t/ha / ano

OBRIGADO

ROBERTO SANTINATO 19-981755669

[email protected]