Útil&agradável

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REPORTAGEM ESPECIAL ACESSIBILIDADE ACESSIBILIDADE ACESSIBILIDADE ACESSIBILIDADE MEIO AMBIENTE LAZER&CULTURA SAÚDE

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Revista Eletrônica

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Sua revista eletrônica de jonalismo e entretenimento

REPORTAGEM ESPECIAL

ACESSIBILIDADEACESSIBILIDADEACESSIBILIDADEACESSIBILIDADEACESSIBILIDADEGarantia de inclusãoe respeito ao cidadão

Edição 01 - Ano I - 25 de outubro de 2009 - Rio Branco/Acre

MEIO AMBIENTE LAZER&CULTURA SAÚDE

Chuva de granizo:como ocorre

Dicasde leitura

Influenza A H1N1A gripe que virou pandemia

UMA REVISTA...

PARA TODA FAMÍLIA.

Í N D I C E

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

Hoje se inicia uma nova jornada na estrada do jornalismo acreano. Está nascendo a Revista Eletrônica Útil & Agradável, uma publicação mensal exclusivamente para internet que vai trazer em suas um con teúdo diferenciado, com o simples objetivo de informar de maneira profissional focando a satisfação do leitor.A U & A dá seu passo inicial trazendo-lhe informação útil unida a um conteúdo agradável, sempre com assuntos ligados ao nosso estado, valorizando nossa região, nossa cultura e nossa sociedade. Trata-se de um projeto inovador elaborado por uma pequena equipe que, extremamente motivada, acredita que poder fazer deste,

paginas

EDITORIALainda novo meio de comunicação do Acre uma referência em jornalismo de qualidade e entretenimento social.Esperamos que curta este trabalho, feito especialmente pensando em você, nosso futuro leitor. Sempre no último domingo de cada mês uma nova edição, com novidades, informação e cultura para toda família. Fique ligado! Útil & Agradável: sua revista de jornalismo e entretenimento no Acre.

Uma excelente leitura! Obrigada pela visita e volte sempre!

Equipe Revista Útil & Agradávelwww.utileagradavel.com

Editor-chefe: Duaine Rodrigues.

Reportagens: Ana Paula Batalha, Duaine Rodrigues e Thiago Araújo.

Fotos matéria especial: Duaine Rodrigues, arquivo Infraero.

Ilustrações (capa, matéria especial e charge): Thaís Talline.

Projeto Gráfico e Diagramação: GCM Design - Gladson Cardoso.

Revisão ortográfica: Rossileny Santos.

Webmaster: Rodrigo Torres.

E X P E D I E N T E

Textos ou artigos assinados não correspondem a opinião da revista sobre o assunto, sendo tal de responsabilidade de seus próprios autores. A U & A é uma publicação mensal

exclusivamente para internet e de acesso gratuito, sendo proibida sua reprodução e posterior venda impressa sem o consentimento de seu proprietário. A utilização do

conteúdo da U & A para pesquisa e outras atividades benéficas a informação é permitida desde que a fonte seja citada corretamente.

Contato redação/comercial

E-mail: [email protected]

Celular: 8402-2078

Contato redação/comercial

E-mail: [email protected]

Celular: 8402-2078

Página 17

LAZER &CULTURA

Página 06

ESPECIAL:ACESSIBILIDADE

Página 19

NOONONONOO

Página 21

SAÚDE

Página 24

ENTENDENDOSOBRE...

Página 27

MEIOAMBIENTE

Página 30

ÁREALIVRE

Página 32

QUEBRA-CABEÇA

Página 34

CHARGE

AQUI VOCÊ ENCONTRA...

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ACESSIBILIDADEACESSIBILIDADEACESSIBILIDADEACESSIBILIDADEACESSIBILIDADEGarantia de inclusãoe respeito ao cidadão

Duaine RodriguesDuaine Rodrigues

Uma Lei criada em 2000, regulamentada por decreto há cinco anos, visa garantir a i n c l u s ã o s o c i a l d e portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida. Seu cumprimento integral depende da identificação das peculiaridades do município e quais as ações necessárias devem ser executadas, p reven indo p rováve i s brechas existentes. Pouca divulgação e escassas ações de conscientização motivam a falta de educação de parte da sociedade e atrasam a evolução da cidadania.

O termo “acessibilidade” é definido no dicionário como um substantivo que denota a qualidade de ser acessível. Em nosso cotidiano este substantivo está presente em diversas situações. Ao estar lendo esta reportagem, por exemplo, você se depara com ele – na internet o termo refere-se a recomendações do W3C (Wolrd Wide Web Consortium – www), que visam permitir que todos possam ter acesso aos web sites.

Mas a acessibilidade também está em nossa vida no simples ato de ir e vir. Ato este muitas vezes privado de parte da sociedade brasileira, principalmente a camada composta por idosos, gestantes, lactantes, pessoas com crianças de colo, portadores necessidades especiais (física permanente ou temporária, auditiva, visual, mental ou múltipla), obesos e pessoas com estatura abaixo ou acima da média convencional.

Segundo o último censo r ea l i z ado pe lo In s t i t u to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2000), o Brasil possui 14,5% de pessoas portadoras de necessidades especiais. Levando em conta uma população de 200 milhões de habitantes, são quase 30 milhões de pessoas.

Em seu dia a dia, se você não vive a realidade de um portador de necessidade especial ou com m o b i l i d a d e r e d u z i d a provavelmente não se preocupa e nem deve conhecer a Lei nº. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das p e s s o a s p o r t a d o r a s d e deficiência ou com mobilidade reduzida (da Norma Brasileira d a A B N T N B R 9 0 5 0 – Acessibilidade a edificações, m o b i l i á r i o , e s p a ç o s e equipamentos urbanos), e dá outras providências.

Você já ouviu falar ou conhece a Lei da Acessibilidade?

DIA DA ACESSIBILIDADEDIA DA ACESSIBILIDADE

05 DE DEZEMBRO05 DE DEZEMBRO

Assim como você milhares de pessoas ainda não conhecem a denominada Lei da Acessibilidade, fazendo parte deste grupo inclusive os seus principais beneficiados. Ela, assim como a Lei 10.048 de 08 de dezembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que específica, é regulamentada pelo Decreto 5.296 de 02 de dezembro de 2004 (que traz especificações detalhadas para sua execução), e

quando cumprida em sua integralidade, garante o direito da inclusão e mobilidade social, com autonomia e liberdade de ações, bem como deve ser a qualquer cidadão.

Empecilhos como a inviabilidade técnica (por custo beneficio) para adaptações de edificações e ambientes já existentes como obras de patrimônio histórico, a falta de planejamento estrutural das cidades para total adequação com problemas como ausência de passeio público e de espaços para estacionamento, unidos a pouca divulgação do assunto e sua importância para a sociedade resultam em uma cultura sem comprometimento e responsabilidade social que emperra e

atrasa em Rio Branco o processo de inclusão.

Uma lei municipal de 1994, criada na gestão do ex-prefeito Jorge Viana, já mostrava um inicio de preocupação com o assunto, quando foi determinado que devesse se garantir o livre acesso aos deficientes físicos a prédios públicos e privados comerciais, com detalhes arquitetônicos como rampas, largura das portas, largura de portas, corrimões, banheiros adequados, telefones, etc. Mas nada que se aproximasse da tão esmiuçada Lei da Acessibilidade.

Para explicar a importância do assunto para a sociedade a Revista U&A ouviu a opinião de c i d a d ã o s p o r t a d o r e s d e necessidade especial, gestores e responsáveis diretos pela aplicação e f i s ca l i z ação da Le i da Acessibilidade na capital. Por fim, listamos e avaliamos (critério U&A) os serviços públicos essenciais da capital com o objetivo de mostrar o trabalho que está sendo feito e o que também não está em relação à Lei.

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

ESPECIAL

Mapa em braile: guia fundamental paracegos e deficientes visuais

Rampas de acesso regular nas calçadas devem existir por toda a cidade

Rio Branco acessívelCom 290.639 habitantes –

segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2007) – a capital acreana ainda caminha a passos lentos quando se fala em c u m p r i m e n t o d a L e i d a Acessibilidade. Ainda poucas são as edificações e os serviços públicos essenciais como bancos, transporte coletivo e educação, entre outros, que oferecem as mínimas condições de acessibilidade.

As ruas e calçadas com 6

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

Assim que foi publicada a Lei 10.098 de 2000 e o Decreto 5.296 de 2004, prazos para o cumprimento das determinações foram estipulados, mas todos já expiraram e daquilo que está exposto na legislação pouco foi feito. O município tem como dever garantir a mobilidade social e a autonomia de ação

aos cidadãos, adequando as iniciativas em prol do tema à realidade da capital. Mas para isso é fundamental a análise das condições locais para as adaptações.

– Produzir uma lei não significa resolver o problema. Deve-se entender que há custos, situações inadequadas para adaptação, necessidade de tempo para avaliação do passivo existente, problemas como loteamentos irregulares, o déficit da arborização, certas brechas que nãos estão previstas nem na Lei e nem no Decreto. O prefeito está muito empenhado no assunto, por isso seu projeto inicial logo que assumiu foi o de padronização das calçadas, mesmo existindo uma lei que obriga o cidadão a fazer a sua – comenta Leonardo Freire, diretor de planejamento da Secre ta r ia de Munic ipa l de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas .

Além de executar ações públicas que ofereçam qualidade de vida ao cidadão, principalmente no que diz respeito a um espaço físico urbano que atenda as necessidades de seus passantes, sendo essencial o direito a locomoção, o município deve ter como prioridade o comprometimento com a fiscalização e a execução da Lei de acordo com o determinado, atuando sempre com planejamento e consciência social.

(Sedop)

Adequações a realidade localAdequações a realidade local– Acessibilidade não é

somente criar rampas de acesso e banheiros adaptados. Os projetos devem atender ao desenho universal, mas ainda se encontram muito enlatados, inviabilizando adequações futuras. Promover acessibilidade não significa beneficiar somente o portador de deficiência física, mas sim a sociedade como um todo, seja portador de necessidade especial ou não. Não adianta ter uma edificação acessível se você não pode chegar até ela. O planejamento deve listar as prioridades e estabelecer índices para execução, o que não está acontecendo hoje – avalia Clinio Farias, arquiteto.

Atualmente, todo o projeto arquitetônico que chega para avaliação da gestão municipal deve atender ao desenho universal (concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável) e possuir a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) exigida pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea/AC) para registro do mesmo e identificação do profissional responsável, caso contrario não é aprovado.

Para Salomão Lamar, coordenador regional da Câmara de Arquitetura do Crea/AC, a criação da Lei da Acessibilidade causou uma certa dificuldade para os profissionais da área, p r i n c i p a l m e n t e e n t r e o s formados anteriormente a sua existência por causa da questão do desenho universal.

– O Acre ainda não possui nos cursos de Engenharia Civil e Arquitetura uma disciplina específica sobre a Lei da Acessibilidade. O que se passa atualmente é algo superficial, junto de outras disciplinas. O Decreto 5.296 determina que o poder público inclua o conteúdo nas diretrizes curriculares do ensino superior desses cursos para conhecimento aprofundado e entendimento sobre a

Falta conhecimento específicodo assunto entre os profissionais

importância de sua execução. Há também a necessidade de se realizarem cursos frequentes de reciclagem, com o foco principal nos profissionais da área que se formaram em período anterior a existência da Lei – opina.

O Crea/AC é responsável por divulgar e demonstrar a necessidade da adaptação a acessibilidade, além de fiscalizar os profissionais nele registrados. Em julho de 2007 o Conselho promoveu um curso sobre acessibilidade para profissionais da área e convidou os setores públicos para participar. O t r a b a l h o d e e d u c a ç ã o e divulgação, no entanto, ainda é insuficiente, segundo Lamar, não só por parte do Crea/AC, mas de todos os envolvidos nessa questão urbanística social.

– Se os órgãos interessados se reunissem para resolver rapidamente detectariam que os problemas maiores giram em torno do passivo existente, do mobiliário urbano, do transporte coletivo e do espaço público. É necessário debater com os setores

representantes da sociedade, resolver a questão das edificações particulares, inclusive dos prédios alugados ao município, que são adaptados para o atendimento administrativo e não para o atendimento público – expressa o arquiteto.

r ampas de acesso regu la r, sinalização tátil direcional ou de alerta, passagem livre de obstáculos como vegetação e buracos, entre outras determinações, de acordo com a Lei 10.098/2000, devem ser priorizadas, mas o crescimento desordenado da capital torna sua estrutura imprópria para a promoção da acessibilidade em diversos pontos, o que aumenta a dificuldade de aplicação da lei em sua totalidade.

7Pedestres dividem as calçadas da capital com

, carros, lixeiras e outros obstáculosahrvores

Banheiros com irregular de acessibilidade: acesso vai muito de uma barra de apoiopromocao alehm

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Mesmo estando em plena fase d e d e s e n v o l v i m e n t o e s t r u t u r a l c o m n o v a s edificações sendo construídas

a cada dia juntamente com a ampliação e alargamento de vias e avenidas para facilitar o trânsito de veículos, toda essa estruturação de nada vai adiantar se o beneficio não atingir a população em geral, inclusive os transeuntes. Sem planejamento dificilmente vai se conseguir atender as determinações e minimizar impacto social inevitável proveniente das ações.

A acessibilidade deve estar em todos os locais, desde o centro até a periferia, chegando até a zona rural. Ela não se resume na possibilidade de se entrar em determinado local ou veículo, mas na capacidade de se deslocar pela cidade, através da utilização dos vários meios existentes de transporte, organizados em uma rede de serviços e, por todos os espaços públicos, de maneira

independente e inclusiva.Na prefeitura de Rio Branco

uma Comissão de Acessibilidade existe, listou diretrizes que podem ser efetuadas, mas ainda peca pela

falta de exclusividade, pois os profissionais que a compõe têm que dividir suas atenções em outras tarefas. Emerson Simplício dos Santos, presidente da Comissão, diz

que a preocupação da Prefeitura sobre o assunto é constante, mas que a dificuldade de cumprimento da Lei deve ser levada em conta, principalmente por haver outras questões essenciais para a gestão.

– A prefeitura cuida da fiscalização do particular e do público municipal e da execução do municipal. A Comissão foi criada para gerir diretrizes para o c u m p r i m e n t o d a L e i d a Acessibilidade. São diretrizes para a divulgação do tema, para qualificação dos projetos, para conscientizar a população. Enfim, a vontade de se fazer um trabalho de acordo regular existe, mas é um problema urbanístico que depende de soluções com altos custos financeiros em um município pobre e com tantos outros problemas. Não podemos tirar recurso da saúde ou da educação, por exemplo, para tentar resolver um problema – detalha.

Experiência diária

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

A acessibilidade deve estar em todos os locais, desde o centro até a periferia, chegando até a zona rural. Ela não se resume na possibilidade de se entrar em determinado local ou veículo, mas na capacidade de se deslocar pela cidade, através da utilização dos vários meios existentes de

Eliminando barreirasEliminando barreiras

transporte, organizados em uma rede de serviços e, por todos os espaços públicos, de maneira independente e inclusiva.

A aplicação da lei não é um trabalho que pode ser resolvido da noite para o dia. É uma tarefa que exige respeito aos mínimos detalhes. Mas tão importante quanto

adequar os espaços públicos, eliminando barreiras existentes para garantir a circulação das pessoas, é evitar que se criem novas dificuldades. Ítalo Cehsar Soares, d i re to r de Transpor tes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans), afirma que os fiscais daquele órgão tem observado diversas infrações pe la c idade e au tuado os responsáveis pelo dolo.

– Estamos trabalhando em duas frentes que são o projeto 'calçada livre' e a renovação da frota do transporte coletivo. O calçada livre, iniciado em 2006, é primeiro trabalho da RBTrans de promoção da acessibilidade em Rio Branco. Já promovemos duas campanhas para conscientizar os donos de veículos sobre não estacionar na calçada, mas mesmo assim ainda encontramos infrações frequentemente. O transporte coletivo está recebendo novos v e í c u l o s a d e q u a d o s à acessibilidade que devem atender todas as linhas em breve – explica.

A l é m d e g a r a n t i r a mobilidade dos portadores de deficiência pela cidade, também deve ser prioridade o acesso a prédios públicos, estabelecimentos de comércio, serviços e áreas de

lazer. Setores e entidades da sociedade, gestores e órgãos responsáveis pela fiscalização devem trabalhar em conjunto para alcançar o resultado esperado por a q u e l e s q u e n e c e s s i t a m diretamente dos benefícios da Lei, fato que não acontece atualmente.

A RBTrans, segundo seu diretor de Transportes, se reúne f r e q u e n t e m e n t e c o m representantes das oito regionais do município, em busca de informações que possam colaborar com a resolução dos problemas.

– Esse contato, que inclui além de presidentes de bairros, os representantes de organizações e entidades de portadores de n e c e s s i d a d e e s p e c i a l , é fundamental, pois eles são nossos fiscais espalhados pela cidade e têm total conhecimento da situação. Acredito que a aplicação da Lei apesar de custosa, depende muito mais da questão cultural, do conhecimento e da educação social, do que qualquer outra coisa. A sociedade ainda não absorveu a importância do assunto. Por isso, todos os setores devem tomar iniciativas e estar unidos com o único objetivo de realmente promover a acessibilidade e mudar essa cultura – destaca Soares.

Ninguém melhor para falar sobre o assunto do que quem convive diariamente com situações relacionadas a ele. São os casos de Helinton Nascimento, Danielli Silva e Robervaldo Martins. O que os três têm em comum? São portadores de necessidades especiais, conhecedores da Lei e possuem a exata ideia do que representa o seu cumprimento para a sociedade.

...atualmente enxerga apenas 15% do que enxergava há quatro anos quando por uma inflamação no nervo óptico, localizado entre o cérebro e o globo ocular, tornou-se portador de baixa visão. Conhecedor da Lei crê que a execução dela por completo depende não só de recurso financeiro, mas também da sensibilidade dos gestores.

Helinton Nascimento...execução dessa lei existem,

mas quem não tem uma deficiência não possui síntese para dizer como é complicado, por exemplo, se andar de bengala em uma calçada onde um orelhão não está no lugar correto, onde há obstáculos imprevisíveis como buracos e outros. Acredito que falta mais sensibilidade da gestão em geral. É preciso ouvir e respeitar a opinião de quem vive essa situação – alerta.8

Edificacoes com mais de um pavimento devem possuir acesso aos pisos superioresEdificacoes com mais de um pavimento devem possuir acesso aos pisos superiores

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

Ele ressalta que o respeito aos portadores de deficiência tem melhorado, mas ainda é preciso maior conscientização social, pois t odos s ão s e r e s humanos , independente da condição física. Complementa alertando aqueles que pensam que portador de

deficiência visual é somente o cego.– Falta educação em direitos

humanos a sociedade. Qualquer cidadão obeso, considerado feio fisicamente, portador de deficiência, negro, por muitos da sociedade, ainda é tratado como raça inferior. Isso precisa ser desconstruído da mente do povo para se construir uma nova visão onde todos estejam em direito de igualdade. Muitos pensam que só cego é portador de necessidade especial e esquecem que existem outras insuficiências visuais, como a baixa visão, por exemplo – critica.

Nascimento lamenta ainda que as pessoas confundam a Lei da Acessibilidade, esquecendo que deficiente não é só aquele que utiliza cadeira de rodas.

– O símbolo internacional de acesso causa confusão e por conseqüência desconhecimento nas

pessoas. Muitos acham que acessibilidade é só para usuários de cadeiras de rodas e esquecem que há outros tipos de deficiência. É preciso a universalização do símbolo de uma forma que possa representar integralmente os portadores de qualquer deficiência e assim mudar a visão da sociedade sobre o assunto. Além disso, é necessário melhorar a divulgação – esclarece.

Ele comenta ainda sobre os ambientes coletivos e públicos, onde há necessidade da presença de profissionais capacitados para atender portadores necessidades

especiais.– Os bancos, por exemplo,

estão aplicando à lei, mas ainda fal ta melhor condição dos funcionários em saberem lidar com as situações. É preciso haver comunicação com o portador de deficiência, seja ela de qualquer natureza. Como um deficiente visual sabe se tem alguém sendo atendido no caixa quando chega ao banco? Se o funcionário não comunicar, ele tem que sair batendo a bengala em quem estiver pela frente para descobrir? – questiona.

Recentemente foi criado o Conselho Estadual dos Direitos

das Pessoas com Deficiência, onde 50% dos componentes

têm deficiência, inclusive a presidente.

...a comunicação também é o maior problema. Em conversa facilitada pela presença de uma intérprete, ela, que é deficiente aud i t i va e conhece a Le i 10.098/2000, indica a importância de todos buscarem opções para aprender a comunicar-se com os portadores de deficiência e saberem diferencias as necessidades de cada um.

– Vivemos em uma sociedade em que os deficientes precisam se adaptar a ela, quando deveria ser ao contrário. O deficiente auditivo, quando sai de casa, se não tem acompanhante passa por muitas dificuldades para ser comunicar, principalmente pela falta de conhecimento da minha linguagem (Língua Brasileira de Sinais – Libras) por parte das pessoas

Para Danielli Silva...'comuns'. Muitos ainda que acompanhados, necessitam de intérprete. A sociedade deve se preocupar mais com o assunto e precisa compreender que a minha voz sai das minhas mãos – enfatiza.

– Há diferença entre surdos e deficientes auditivos. O surdo não escuta nada, enquanto o deficiente auditivo ainda ouve algum ruído. Adoro teatro, cinema e todos os eventos que estimulam a cultura. São muito importantes para desenvolver e estabelecer minha comunicação através do principal canal que é o de imagens – admite.

Como perdeu a audição ainda bebê – sua mãe conta que começou a notar o problema após cinco meses do seu nascimento – ela precisou se adaptar desde cedo à comunicação através da imagem.

...é diretor financeiro da Associação Riobranquense dos Deficientes Físicos (Ardef). Detentor de uma prótese na perna direita, vítima de acidente com moto, pensa que a sociedade precisa c o n h e c e r s o b r e a L e i d a Acessibilidade. Segundo ele, somente desta forma se obterá êxito no cumprimento dela e no respeito ao portador de necessidade especial ou com mobilidade reduzida enquanto cidadão.

Robervaldo Martins...– Falta conhecimento, e por

c o n s e q u ê n c i a , e d u c a ç ã o d a sociedade. É um problema social que pouco se fala. Na associação a reclamação que mais ouvimos durante as reuniões é com relação a desrespeito ao estacionamento reservado, assim como acontece também nos assentos reservados nos transportes coletivos. A aplicação pode e deve ser melhor aqui em Rio Branco. É preciso olhar também para a periferia – aponta.

Martins relata que Ardef está sempre em contato com as autoridades que cuidam do assunto, buscando soluções, emitindo opiniões e ideias sobre opções para a aplicabilidade da lei.

– A nossa cobrança é feita junto ao Ministério Público Estadual. Tivemos reuniões com gerentes de bancos, com representantes dos transportes coletivos, sempre visando à melhoria das condições de acessibilidade e providências foram

tomadas. Também reivindicamos a a p l i c a ç ã o d a L e i n o s estabelecimentos comerciais da capital, houve recomendações do Ministério Público sobre o assunto e estamos aguardando a execução em breve – explica.

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Maioria social ainda desconhece o significadodo Símbolo Internacional de Acesso

Desrespeito aos lugares reservados em onibus e estacionamentos sao maioria entre as reclamacoes Desrespeito aos lugares reservados em e estacionamentos maioria entre as onibus sao reclamacoes

Interesse por Libras deve ser estimulado e disponibilizado a toda sociedade Interesse por Libras deve ser estimulado e disponibilizado a toda sociedade

JORNALISMO

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

Durante a produção desta reportagem, em visita ao Terminal Urbano de Rio Branco para observar o acesso naquele local, a reportagem de U&A encontrou Francisco de Souza. Ele, que é garçom, a época havia sofrido um acidente de trabalho que culminou com uma cirurgia no peh esquerdo e por isso estava se locomovendo com o auxílio de muletas.

Questionado sobre como se sentia quanto à falta de

Experiência momentâneamobilidade e liberdade de

ações em certos momentos, Cearah , como prefere ser chamado, foi enfático declarando que para ir e vir há sempre a necessidade da ajuda de terceiros.

– São degraus de escadas q u e a t r a p a l h a m , f a l t a d e pavimentação e exis tência obstáculos nas calçadas. Ainda bem que são só três meses de recuperação, porque não é fácil. Sempre dependemos da ajuda dos

outros – lastimou.Ele não conhece a Lei da

Acessibilidade nem de ouvir falar, por isso pede que a divulgação ocorra em massa para atingir a todos, destacando também o dever do cidadão.

– Não conheço essa Lei, mas parece ser fundamental para a sociedade e por isso acredito que deva ser mais divulgada. É preciso mostrar o que está sendo feito, para quem está sendo feito. É dever

n o s s o , e n q u a n t o cidadão, procurar conhecer nossos direitos e deveres, para assim podermos reivindicá-los quando necessário e cumpri-los sempre que possível – finalizou.

Hoje Cearah já deve estar recuperado (ou em fim de r e c u p e r a ç ã o ) d e s u a enfermidade e assim volta à vida longe das dificuldades de um p o r t a d o r d e m o b i l i d a d e reduzida.

1 Precisa conhecer a Lei 2 Falta iniciativa 3 Está atento 4 Trabalho encaminhado

Situação da Acessibilidade em Rio Branco (Serviços Públicos/Avaliação Critério U&A)

A Revista U&A relata a seguir o que selecionou como prioridade dentro dos serviços essenciais para o cumprimento de uma Lei tão detalhista que atinge todos os setores da sociedade. O objetivo não é criticar, tampouco prejudicar os responsáveis pelos serviços listados, mas sim relatar de forma clara como a acessibilidade está sendo ou não aplicada em Rio Branco.

Recursos de comunicação em braile são raros. Pessoas capacitadas

para comunicar-se com deficientes auditivos também. Existem, mas não estão disponíveis em todos os locais.

A avaliação ao lado de cada serviço foi dada pela U&A e não corresponde a relatórios ou fiscalizações oficiais. Como dificilmente vai se encontrar o cumprimento da Lei em sua integralidade, o serviço que obtiver nível quatro de avaliação não significa que está totalmente de acordo com ela, mas sim que está bem avançado na aplicação da mesma.

*Um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) foi assinado entre Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e Ministério Público da União (MPU) para adequação das Agências e Postos de Atendimento Bancários (PABs) até 16/01/2010. O TAC abrange adaptação dos banheiros, sinalização (trilha tátil, mapa tátil, pictograma), reserva de 10% dos assentos aos idosos, portadores de necessidades especiais e gestantes e a instalação de guichê baixo.

*O cumprimento da Lei da

Serviços essenciais executores4 Bancos

Acessibilidade já pode ser percebida neste serviço, com algumas exceções. Funcionários habilitados em Libras e em atendimento de pessoas com deficiência, caixas de atendimento prioritários com acesso, bem como caixas eletrônicos acessíveis e devidamente sinalizados já estão disponíveis em algumas agências.

*Rampa de acesso na entrada da agência, piso tátil direcional, cadeiras reservadas devidamente sinalizadas e os banheiros adaptados são outros recursos disponíveis. Um dos bancos

execução que deve ser finalizado até meados de 2010.

*Agência que possui térreo e primeiro andar, mas ainda não promovem a acessibilidade em sua plenitude realiza o atendimento dos clientes considerados prioritários no térreo. A maioria dos bancos tem em seu quadro de funcionários portadores de necessidades especiais. A sinalização sonora com voz ainda não é utilizada por nenhuma das empresas.

* A l g u n s b a n c o s j á disponibilizam o serviço de ouvidoria para deficientes auditivos, calendários

em braile e página na internet adaptada para usuários com deficiência visual.

Correios 3

*Das 20 agências espalhadas pelo Estado, duas são em Rio Branco e nenhuma possui estrutura acessível, segundo João D'avila, diretor dos Correios no Acre. No entanto, de acordo com ele, as agências inauguradas recentemente nos municípios de Senador Guiomard, Assis

Brasil, Rodrigues Alves e Marechal Taumaturgo estão acessíveis com rampa, balcões e banheiros adaptados, mas sem a sinalização sonora com voz. Os Correios no Acre têm 28 funcionários são capacitados em Libras e nenhum portador de necessidade especial.

Comércio 1

* S e g u n d o A d e m A r a ú j o ,

p r e s i d e n t e d a A s s o c i a ç ã o C o m e r c i a l e

Industrial do Acre (Acisa), ainda há pouco conhecimento sobre o assunto no setor. Há sugestão

de seminários, debates, mas nada concreto. Para ele, ainda falta exemplo da união.

*No atual quadro do comércio é possível encontrar mínimos recursos de acesso: rampas, cadeiras de rodas para auxílio de usuários quando necessário e só. Araújo relata que ainda este ano deve ocorrer

alguma movimentação, mas não especifica detalhes.

*Quanto ao treinamento de funcionários na linguagem dos sinais, o presidente da Acisa afirma que não há trabalho focado nesse segmento, mas em breve será colocado em pauta.

*- Hoje tudo depende da vontade da empresa. O treinamento

em libras e qualquer outra adaptação passam a ser um diferencial que pode ser oferecido, mas todos os t r a b a l h o s p r e c i s a m d e a d e q u a ç õ e s . É p r e c i s o preocupar-se além da estrutura, com a necessidade de melhorias na cultura e na comunicação da sociedade-, finaliza.

11

Piso tátil: encontrado na maioria das agenciasbancarias de Rio BrancoPiso tátil: encontrado na maioria das

de Rio Brancoagencias

bancarias

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

12

* A Secretaria Estadual de Educacao (SEE) tem desde 2003 um programa padrão mínimo de acessibilidade nas escolas, tanto para estrutura quanto para qualidade do ensino. Somente este ano 26 escolas foram contempladas com o programa em todo o Estado. O trabalho feito pela Coordenação de Educação Especial da SEE atua em 56 escolas de Rio Branco (40 de 1ª a 4ª série e 16 de Ensino Médio). No Acre, 98 escolas já passaram por reforma para implantação de recursos acessíveis na infra-estrutura e estão incluídas no programa de educação especial.

*Os programas são disponíveis para os portadores de necessidade especial de qualquer natureza. Atualmente, 3.500 crianças e adolescentes (a té 17 anos) portadores de necessidade especial freqüentam escolas no Estado e 2.200 estão fora dela. O objetivo da coordenação de Ensino Especial,

é alcançar os 5.000 alunos inclusos na educação estadual até 2011, com o foco principal para os residentes em áreas de difícil acesso.

*A SEE disponibiliza um profissional qualificado em Libras para escola onde há aluno(s) de portador(es) de deficiência auditiva ou surdo(s), quando solicitado e desde que haja o conhecimento da linguagem pelo(s) aluno(s). Hoje a única instituição oferece curso de Libras é o Centro de Apoio ao Surdo, que prioriza o ensino aos professores da rede. - É preciso que instituições, órgãos públicos e empresas tomem a

segundo Claudia de Paoli,

Educação 4

profissionais. A inclusão depende dessas ações -, destaca Claudia De Paoli.

*Para alunos de 7ª e 8ª série portadores de deficiência visual são entregues notebooks com sistema de leitor de tela. A partir de 2010 os alunos de 5ª e 6ª série também serão beneficiados com o recurso. Também há fornecimento de bengalas e máquinas de datilografia adaptadas.

*De acordo com a coordenação de Ensino Especial da SEE, o

município possui 10 salas de recursos multifuncionais que servem de auxílio na educação de portadores de deficiência física, principalmente. Há computadores , tec lados , impressoras, scanners e material didático pedagógico adequado para atender as necessidades. Além disso, softwares áudio visuais que servem como comunicação alternativa e para o desenvolvimento de habilidades tanto na escrita quanto na leitura e para interação entre alunos e professores. Para 2010, em todo o

e s t a d o d e v e m s e r instaladas mais 74 salas.

*- As escolas ainda têm muitos desafios, mas uma estrutura já esta montada para atender com um padrão mínimo de qualidade possível sempre. A adaptação a realidade dos portadores de necessidades especiais é fundamental, porque escola inclusiva é aquela que aceita a todos, s e m d i s t i n ç ã o . H o j e t e m o s professores surdos, cegos e portador de deficiência física. Alguns trabalham na educação especial e outros não -, finaliza Claudia De Paoli.

*Em 2007 o Ministério da Educação e Cultura (MEC) começou a preparar as escolas para a inclusão. Professores e funcionários de apoio passaram por um curso de saberes e praticas da inclusao para poderem estar preparados a exercer a função. Na escola Clínio Brandão (Rio Branco), por exemplo, uma das beneficiadas pelo padrão de acessibilidade da SEE, há 15 alunos portadores de necessidade especial (11 de 1ª a 4ª série e quatro de 5ª a 8ª).

*Segundo Zoraide Cavalcante, professora da sala de recursos multifuncionais da Clinio Brandão, não há diferença de relacionamento entre os alunos, sobretudo quando se tratam de crianças. Entretanto quando se trata da convivência entre adolescentes, certas barreiras ainda precisam ser superadas. - Quando ocorre alguma divergência nós auxiliamos, conversamos com o aluno, com a família dele. Muitos são os questionamentos sobre a inclusão, dentro da família principalmente porque desconhecem as condições da educação e questionam se vale à pena -, explica a professora.

*A Revista U & A nao p e s q u i s o u a s i t u a c a o d a a c e s s i b i l i d a d e e m e s c o l a s particulares da capital.

Transporte Coletivo

*Em 2004 foi implantado o Programa de Acessibilidade na Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). A empresa implementa melhorias na infra-estrutura aeroportuária, sustentada em uma política de acessibilidade que busca a igualdade de oportunidades e o respeito às diferenças, sempre consciente de que todos os passageiros e usuários em geral têm direitos iguais.

*Em junho deste ano o Comitê Nacional de Acessibilidade da Infraero promoveu em Rio Branco, para todos

que atuam (leia-s e ó r g ã o s regulamentadores, l o j i s t a s e concessionários) n o A e r o p o r t o Plácido de Castro, o C u r s o d e Atendimento a P e s s o a c o m Deficiência ou

Aéreo 4

com Mobilidade Reduzida. No conteúdo programático da atividade t ó p i c o s c o m o : p o l í t i c a d e acessibilidade, sensibilização, direitos humanos, perfil dos c o n s u m i d o r e s , t é c n i c a s d e atendimento (para portadores de deficiência visual, auditiva, física ou mental), facilidades, segurança e equipamentos. Além disso, uma simulação na qual os participantes entenderam melhor as necessidades de cada cidadão portador de necessidade especial foi realizada.

*A adaptação a acessibilidade no aeroporto de Rio Branco começou no ano de 2006, segundo Dieny Barros, técnica em Segurança e Saúde no Trabalho da Infraero. A estrutura possui vagas reservadas regulares no estacionamento, piso tátil direcional e de alerta, caixas eletrônicos acessíveis, dois banheiros e bebedouros adaptados, mesas reservadas no restaurante e na

lanchonete (é aguardada a c h e g a d a d e c a r d á p i o s e s c r i t o s e m brai le) , dois t e l e f o n e s públicos para d e f i c i e n t e s a u d i t i v o s e surdos (um na sala de embarque e outro na de desembarque).

*O embarque e desembarque de passageiros usuários de

cadeiras de rodas é feito através de

u m a c a d e i r a mecân ica

com esteira que é acoplada a escada do avião.

Dieny Barros diz que há passageiros que não autorizam

utilizar o recurso, recusando-se a sair de sua cadeira de rodas. - Quando isso acontece temos que levá-lo em sua própria cadeira. Deixamos disponível uma cadeira d e r o d a s p a r a l o c o m o v e r passageiros de aviões de pequeno porte quando necessário -, conta.

*O cão-guia, que é utilizado por cegos para auxílio na locomoção, é autorizado a viajar junto com os passageiros, desde que e s t e j a d e v i d a m e n t e registrado e vacinado. A I n f r a e r o p o s s u i u m funcionário capacitado em Libras no Acre, assim como as duas empresas r e sp o n s á v e i s p e l o s v o o s interestaduais. A partir de 2010 o aeroporto de Rio Branco vai passar por uma reforma que deve executar um projeto para melhoria da e s t r u t u r a e a d e q u a ç ã o a acessibilidade.

Rio Branco tem 56 escolas incluídas no programa de especialeducacao

4

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

RodoviárioPONTO DE PARADA

*Pelo menos 50 mil passageiros freqüentam, em dias úteis, o terminal Urbano da capital, de acordo com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans). A

t rans ição no s i s tema de transporte coletivo de Rio Branco começou com a reforma do terminal u r b a n o , o n d e f o r a m disponibilizados os primeiros

aos usuários. A implantação da bilhetagem eletrônica é sequência desse trabalho que tem continuidade com a chegada dos veículos acessíveis.

* De acordo com Ítalo Soares ( R B Tr a n s ) l o g o d e v e m s e r executadas melhorias na linguagem visual e tátil do terminal urbano. Ele

confirma para breve a instalação de um Centro de Controle Operacional de Transporte Coletivo, que vai monitorar o sistema através de câmeras, e a construção de abrigos em alguns pontos de parada na cidade. – Em pontos de chegada não se faz a necessidade de abrigo, já em pontos de saída sim, pois os

passageiros esperam certo tempo no local. Não há necessidade de todos os pontos terem abrigo, até porque falta espaço na cidade para isso. Nós temos um planejamento sobre isso e vamos trabalhar com ele - explica.

*Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Acre (Sindcol), são 134 veículos em operação para as 32 linhas que atendem a cidade. Destes, seis (quatro na linha Calafate, um na Esperança e um na Norte/Sul) possuem rampa de acesso para

mobilidade reduzida, mas o recurso nunca foi utilizado por conta da existência do Serviço de A t e n d i m e n t o a o s U s u á r i o s Portadores de Deficiências Severas para Locomoção – Saud –, conforme informações de Arthur Pacífico, presidente do Sindcol.

*Pacífico confirma que a estrutura do transporte coletivo ainda está muito aquém da real necessidade da população. Segundo ele, a intenção do sistema é a qualidade total, que não é um processo rápido, mas é a meta a ser atingida.

*Todas as empresas hoje dispõem de mais de 10% de seus assuntos reservados aos portadores de deficiência ou mobilidade reduzida. O s f u n c i o n á r i o s r e c e b e m treinamento, a cada três ou seis meses, de relações humanas, atendimento ao cliente.

*Antes do fechamento desta matéria era prevista, atem meados de novembro, a chegada de 34 veículos t o t a l m e n t e a d a p t a d o s a acessibilidade para integrar a frota atual. A intenção é incluir até o fim de 2009 um carro acessível para cada linha da cidade e com isso iniciar automaticamente a renovação da frota. O prazo limite para renovação da frota, segundo a RBTRans, era estipulado em 07 de outubro.

*A chegada dos veículos vai ser divulgada em massa para que a população tenha conhecimento da alternativa. O presidente do Sindcol afirma que até o fim de 2010 pelo menos 60%, 70% da frota devem estar adaptadas.

*Segundo ele, a média de idade dos veículos varia entre 07 e 10 anos e essa renovação já era planejada, apesar de acontecer com um atraso de dois anos. No decorrer de 2010, pelo menos mais 20 carros acessíveis devem chegar a Rio Branco.

*A nova situação do transporte coletivo, com a inclusão de passageiros usuários de cadeiras de rodas, deve fazer com que seja necessária uma adaptação da população ao novo modelo do

sistema e mais paciência, já que inicialmente deve haver algum transtorno.

*Arthur Pacífico explica que hoje, se um ônibus leva meia hora no trecho entre o terminal urbano e uma parada final qualquer, com a chegada dos veículos acessíveis e a inclusão dos “novos” usuários, a mesma viagem deve durar 40, 45 minutos. E esclarece: - Há a

necessidade de assistência no embarque e desembarque do portador de deficiência ou com mobilidade reduzida, que deve ser feito com cautela, pois estamos lidando com seres humanos. Por isso, será preciso sensibilidade e paciência daqueles que não enfrentam essas dificuldades diárias para acostumar-ser com ao novo sistema -, ilustra.

13Espaco destinado ao passageiro usuário de cadeira de rodas ou com cao-guia

14

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

Jean Carlos de Almeida Aquino é usuário do transporte coletivo rodoviário de Rio Branco. Há 10 anos portador de deficiência visual completa, vítima de tiro, ele afirma que as dificuldades nesse serviço existem principalmente porque é necessário de auxílio de terceiros e em certos momentos falta educação e paciência aos cidadãos. Aproveita ainda para opinar sobre recursos que podem dar melhorias ao serviço.

- Um ponto próprio para portadores de deficiência no terminal urbanos seria ideal, já que não há serviço indicador de qual coletivo está chegando ou saindo. Desta forma nós, deficientes visuais, saberíamos que naqueles pontos parariam os ônibus que e s t a r í a m o s e s p e r a n d o s e m necessitar do auxílio de terceiros. Sabemos que educação e paciência não são virtudes de todos, infelizmente. Outra opção seria um

Falando nisso...serviço sonoro citando os

pontos de parada, partidas e chegadas, bem como é utilizado em rodoviárias e estações de metrôs e trens de grandes cidades.

Carlos destaca a atitude dos cidadãos dentro do coletivo. Segundo ele, muitos ainda não têm o bom senso de ceder o lugar aos portadores de deficiência, quando necessário. E fala também sobre os motoristas e suas atitudes ao volante.

- A gente se acostuma. Tem quem que cede o lugar e outros que não. Acredito que falta bom senso. Quanto aos co le t ivos , os funcionários são bem humanos, nos auxiliam se necessário, mas sempre há exceções. Tem aquele motorista que não para no ponto, aquele que coloca o carro em m o v i m e n t o a n t e s d e n o s acomodarmos. São algumas atitudes que prejudicam o serviço e às vezes nos causam transtornos.

O Serviço de Atendimento aos U s u á r i o s P o r t a d o r e s d e D e f i c i ê n c i a s S e v e r a s p a r a Locomoção – Saud – existe há quatro anos. Gratuito, o serviço atende somente uma parcela dos portadores de deficiência ou mobilidade reduzida. São apenas 240 cadastrados que devem agendar com antecedência a data de l ocomoção , com d i r e i t o a acompanhante.

A chegada dos novos veículos vai culminar com o fim do serviço, mas segundo o presidente do Sindcol, não vai prejudicar os beneficiados por ele nem deixar seus funcionários desempregados.

- Não tem just i f icat iva mantermos o Saud e seus custos quando possuirmos veículos

Saud

Com duas vagas por viagem, o serviço funciona das 6h às 23h, todos os dias da semana. Para requerê-lo o usuário deve procurar o atendimento da RBTrans, localizada a Rua ICÓ, nº. 180 – bairro Estação Experimental –, das 8h às 13h, portando os seguintes documentos:

adaptados em todas as linhas da cidade. Ele vai acabar sim, mas não de uma hora para outra. Vamos retirar de circulação aos poucos, até porque é um serviço essencial para muitos e estes deverão levar algum tempo até se adaptarem a nova realidade de transporte. Pretendemos utilizar os func ionár ios do Saud como multiplicadores do serviço, uma vez que já possuem preparo, experiência e um conhecimento aprimorado nesse trabalho de auxilio aos usuários.

- Duas fotos 3x4 recentes- Cópia de documento de identidade válido

- Laudo médico- Cópia do comprovante de residência

Agendamento de viagens: 0800-6473444.

TáxisTÁXI

2

*Ainda não há em Rio Branco, segundo o Sindicato dos Taxistas e Condutores Autônomos do Acre (Sintcac), nenhum veículo des t e se rv iço adap tado a acessibilidade. O presidente do S in t cac , Te ln í z io Bon f im Machado, afirma que já existe

e n t r e a c a t e g o r i a a preocupação com o assunto, principalmente quanto a melhoria no atendimento dos passageiros portadores de necessidades especiais.

*Machado conta que já se cogitou para 2010 a aquisição, por

(Vans) adaptados, mas cita a necessidade de que as autoridades possibilitem a amenização de algumas taxas para facilitar a ação, já que os custos são extremamente elevados.

*Os motoristas de táxis ainda não têm capacitação em Libras,

mas par t ic ipam com regularidade de cursos de relacionamento e atendimento ao cliente. O presidente do S i n t c a c d i z q u e u m planejamento deve ser iniciado em 2010 para inclusão da acessibilidade no serviço.

Telefonia móvel e fixa 3

*Nas empresas responsáveis pela telefonia móvel em Rio Branco é possível notar algum investimento para promoção da acessibilidade. Planos facilitados para envio de mensagens, muito úti l para comunicação de deficientes auditivos, e treinamento para funcionários, capacitando-o s p a r a o relacionament o c o m c l i e n t e s portadores de necessidade e s p e c i a l , principalmente com o curso de Libras são iniciativas.

*Falta atenção ainda para as deficiências visuais, pois apenas uma loja, entre as operadoras visitadas, possui serviço de som com voz para indicação de senha.

*Durante a elaboração desta reportagem foi descoberto que duas das operadoras, entre elas a responsável pela telefonia fixa da capital, apesar de prestarem

serviço nesta cidade, não possuem um profissional com responsabilidade para conversar com a imprensa. Para conseguir alguma informação é preciso telefonar para outro estado. Desta forma não foi possível conhecer a fundo a situação do serviço de

telefonia fixa, mas pelo que s e n o t a a promoção da acessibilidade ainda está l o n g e d o ideal.

*Apesar d i s s o , observando a e s t r u t u r a

oferecida pode-se perceber que não há, além de telefones adaptados para usuários de cadeira de rodas, nenhum outro recurso acessível à vista. Segundo informações de funcionários, apenas em alguns locais específicos existem telefones para deficientes visuais (Centro de Atendimento ao Deficiente Visual) e para deficientes auditivos (Aeroporto de Rio Branco).

Outros

Lotéricas *As instalações são de responsabilidade dos proprietários desses

estabelecimentos e pelo que pode ser visualizado em visita a algumas casas não há preocupação sobre o assunto.

Procon*O prédio do Serviço de Proteção e Defesa do Consumidor não

está totalmente acessível. Possui uma rampa de acesso (irregular), mas não possui sinalização sonora com voz no serviço de atendimento. Não há piso tátil indicador nem direcional, não possui funcionário treinado em Libras e o acesso ao pavimento superior só pode ser feito pela escada. Há sinalização de banheiro adaptado, mas se o mesmo está de acordo com a Lei só uma fiscalização poderá dizer.

Saúde*Todos os estabelecimentos de saúde devem ser acessíveis, mas

nesse caso o atendimento prioritário vai depender da condição do paciente, sendo levada em conta a complexidade de cada situação.

1

2

3

Telefones sao escassospublicos acessiveis

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

*O prédio do Crea/AC tem mínimas condições acessíveis. Apesar de possuir rampa na entrada e, após uma reforma, ter sua recepção melhorada para o atendimento ao público, sua estrutura não dá acesso ao

Se rviços essenciais Fiscalizadores

Conselho Regional de Engenharia,Arquitetura e Agronomia do Acre (Crea/AC)

primeiro pavimento do edifício e o ingresso ao subsolo somente pode ser feito pelo exterior. Também não há banheiro adaptado e nenhum outro recurso disponível.

2

MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL 3

*O prédio onde está instalada a sede do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Rio Branco não possui nenhum recurso acessível, tanto na estrutura quanto no serviço de atendimento pessoal. Eh a única sede do Brasil que esta fora dos padrões.

*De acordo com Maria Andrade Souza, da Comissao Reg iona l de Igua ldade , de Oportunidade, de Genero, Raca e

Ministério do Trabalho e Emprego 2

Etnia , de Pessoas com D e f i c i e n c i a e C o m b a t e a Discriminacao do MTE, a execução de um projeto para iniciar as adequações deve acontecer ainda este ano.

*- Vai haver uma reforma no térreo onde serão instaladas as primeiras adequações. O recurso financeiro já está disponível e até dezembro o projeto vai ser executado. Estamos aguardando.

A maioria dos prédios de propriedade da Prefeitura de Rio Branco, assim como aqueles alugados por ela não possuem acessibilidade total. Alguns órgãos instalados em prédios do município estão começando a projetar a promoção da acessibilidade, mas aqueles que estão instalados em prédios particulares (alugados) dificilmente serão adaptados pela gestão. Em alguns órgãos existem funcionários treinados em libras, mas são poucos.

INSS

Prefeitura Municipal

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LAZER & CULTURA

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Dicas de LeituraLAZER / CULTURA

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

O VencedorAutor: Frei Betto

Editora: Ática

Classificação indicativa: 16 anos

Obra de um dos mais destacados intelectuais da atualidade, 'O Vencedor' traz em suas páginas o mundo daqueles que a sociedade marginaliza. Uma ficção de alta qualidade revelando a vida por inteiro.

Frei Betto vai lhe apresentar Mário, Mônica (esposa de Mário) e Pedro, jovem filho do casal. Com eles você vai mergulhar na trajetória de uma família, igual a outras tantas Brasil afora, que vive num emaranhado cruel de interesse, verdades e mentiras em que ainda há lugar para a solidariedade, a força e a esperança daqueles que acreditam em um mundo melhor.

De um lado, um bem-sucedido empresário disposto a tudo – até mesmo a se arruinar nos negócios – para afastar o filho viciado de um perigosíssimo abismo. De outro, a poderosa engrenagem do crime organizado, com todas as armas de que dispõe: tráfico, corrupção, impunidade, lei do silêncio e a forca de muitos milhões de dólares. Nessa luta desigual, de regras quase sempre cruéis, quem será o vencedor?

De papai e mamãeAutor: Lidia Riba

Editora: V & R Editoras

Classificação Indicativa: Livre

É um livro simples, de fácil leitura que todos os pais poderiam escrever seu próprio exemplar e apresentar aos seus filhos. Para um aniversário, para viverem juntos, um dia importante, ou simplesmente para lhes dizer quanto os amam.

Pode ser um presente muito especial, composto de palavras para guardar temperadas com amor e sentimentos verdadeiros que deixam de ser expostos no dia a dia. Conselhos e idéias que devem ajudar os filhos a serem e viverem muito melhor.

Maria

A Bolsa AmarelaAutor: Ligia Bojunga

Editora: AGIR

Classificação Indicativa: Livre

Trata-se de um clássico da literatura infanto-juvenil. o romance de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que ela esconde em uma bolsa amarela) – a vontade de crescer, a de ser um garoto e a de se tornar escritora. A partir dessa revelação – por si mesma uma contestação a estrutura familiar tradicional em cujo meio “criança não tem vontade” – essa menina sensível e imaginativa nos conta seu dia a dia, juntando o mundo real da família ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de amigos secretos e fantasias.

Ao mesmo tempo em que se sucedem episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa, e a menina segue rumo a sua afirmação com pessoa.A Bolsa Amarela recebeu o selo de ouro da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, dado anualmente ao livro considerado “o melhor para a criança”.

Eh

INTERESSE PUHBLICO

19

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

SAÚDE

A gripe que virou pandemia

Ana Paula Batalha

A Influenza A H1N1 se manifestou para o mundo no México, onde uma mulher de 39 anos foi internada no dia 08 de abril deste ano, com e problemas respiratórios, mas cinco dias após ser cuidada com os tratamentos convencionais, faleceu.

Desde o início de sua proliferação planeta afora, o Brasil preparou várias barreiras de fiscalização, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Portos, fronteiras, rodoviárias e aeroportos foram fiscalizados 24 horas para impedir a entrada do vírus no país. Mas o esforço, apesar de eficaz, não foi forte o suficiente.

Em todos os estados há casos confirmados da doença e inúmeras pessoas perderam a vida vitimas da Influenza A H1N1. Até o fechamento desta e d i ç ã o , d a d o s d o s i t i o e l e t r ô n i c o www.h1n1online.com demonstravam 1.151 mortes no Brasil, tendo o estado de São Paulo o maior número de vítimas fatais (327). O mesmo site, em pesquisa anterior relatava em 10 de outubro mais de 378.223 casos laboratorialmente confirmados, com 4.525 óbitos, em 191 países e territórios, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Ministério da Saúde do Brasil informou no início de outubro a liberação da Medida Provisória de R$ 2,1 bilhões, recursos que serão utilizados para a compra de vacinas e medicamentos contra a nova gripe, além de equipamentos e material de diagnostico, ampliação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), capacitação profissional e pesquisas sobre o vírus. O Instituto Butantã, em São Paulo, deve começar a produzir, a partir de janeiro de 2010, uma vacina para combater o agente transmissor da Influenza A H1N1.

diarréia

Os casos de Influenza A, popularmente conhecida como 'Gripe Suína', aumentando consideravelmente, assim como no restante do mundo,

também no estado do Acre. Dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) até o fechamento desta reportagem apontam 108 casos confirmados de pessoas que contraíram a enfermidade em todo o estado, sendo registrados dois óbitos, um no município de Cruzeiro do Sul e outro .

O primeiro caso foi confirmado no estado no mês de junho, quando uma acreana, estudante de medicina da cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, veio passar férias com os familiares. Ela, ao chegar a terras brasileiras, não apresentava nenhum dos sintomas, que se manifestaram três dias após iniciar sua estadia. Desde então os casos não pararam mais de aparecer.

Várias capacitações foram promovidas para os profissionais de saúde do estado, porém ainda há certo preconceito no momento de atender os pacientes com sintomas da doença. No Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco

vem

em Brasileia

No Acre mais de 100 casos confirmados(Huerb), que serve como referência para os cidadãos com suspeita da doença no estado, por exemplo, familiares reclamam que os profissionais abandonam o paciente na sala de isolamento. A justificativa, segundo eles, é de que os funcionários têm medo de contrair a doença.

Osvaldo Leal, secretário Estadual de Saúde, ressalta que apesar do Huerb ser uma unidade de referência com apenas duas salas de isolamento, não pode ser considerado insuficiente e despreparado.

– O Huerb é para os pacientes terem os primeiros contatos com os médicos e colher o exame. Na maioria dos casos, os pacientes são medicados em casa – comentou.

De acordo com o secretário, em 99% dos casos a Influenza A evolui com melhor resolução do que nos casos da gripe sazonal, e por esse motivo o Governo do Estado não faz distinção quanto aos casos suspeitos de H1N1 ou de outra virose.

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Influenza A A H1N1H1N1

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

SAÚDE

Ilustração: folha.com.br

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

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(ou Gripe Suína)

Entendendo a Influenza

Como ela se propaga? O novo vírus da gripe suína espalha-se de maneira semelhante à gripe comum. O contagio pode ocorrer por

contato direto com uma pessoa doente ou após coçar os olhos, boca e nariz depois de tocar algum objeto que o

enfermo tenha tocado recentemente, por exemplo. Por isso, lavar as mãos deve se tornar um hábito, mesmo entre

quem não está doente.

Pessoas infectadas podem começar a propagar o vírus um dia após o aparecimento dos sintomas, e por sete

dias após ficar doente, de acordo com o Centers for Disease Control (CDC). O vírus da gripe suína pode se

espalhar pelo ar se uma pessoa infectada tossir ou espirrar sem cobrir o nariz e a boca.

Quais são os sintomas?São semelhantes aos de uma gripe comum, e inclui febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dores de cabeça, calafrios e fadiga. Algumas pessoas infectadas têm relatado diarréia e vômitos. Estes sinais podem também ser causados por muitas outras doenças, logo, apenas a análise dos sintomas não pode diagnosticar a gripe suína, o que é possível através de exames laboratoriais.

A A H1N1H1N1

Diferença entre gripe comum e Influenza A H1N1

A H1N1

O que é?Como as pessoas, os porcos podem pegar influenza (gripe), mas os vírus que os atacam não são os

mesmos que adoecem os seres humanos. Gripe suína, geralmente, não afeta as pessoas, e os raros casos

que aconteceram no passado foram com aqueles que tiveram contato direto com suínos.

Porém, o surto atual é diferente. É causada por um novo vírus da gripe suína (H1N1), uma espécie

de mutação que se propagou a partir de pessoa para pessoa, atingindo até mesmo quem não teve qualquer

contato com suínos.

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CURIOSIDADES

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ENTENDENDO SOBRE...

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

Método PilatesElaborado no ano de 1920 por

Joseph Pilates, trata-se de um método de alongamentos e exercícios físicos que se utilizam do próprio corpo em sua prática.

Pilates, como é conhecida a técnica,

t r a b a l h a a r e e d u c a ç ã o d o movimento, através de exercícios basicamente estruturados na anatomia humana e fundamentados em seis princípios capitais: respiração, concentração, controle, alinhamento, centralização e integração de movimentos.

Baseado no paradigma Mente sã, corpo são , Joseph Pilates desenvolveu o método influenciado por atividades como o yoga, o zen budismo, as artes marciais e exercícios praticados pelos povos antigos de Grécia e Roma, tendo como foco principal a qualidade de vida, a consciência corporal e o respeito e integração plena corpo-mente são.

A sua prática possibilita o restabelecimento a aumento da flexibilidade e da força muscular e é

“”

benéfica para a melhoria da respiração, correção da postura e p revenção de lesões . Seus exercícios podem ser executados em aparelhos próprios, criados por Joseph Pilates, ou mesmo no solo, sendo aplicado usualmente por educadores físicos e fisioterapeutas em aulas com duração de uma hora.

A Revista Útil & Agradável conversou com Jihane Barros, instrutora de Pilates certificada com pós-graduação pelo Instituto de Medicina do Esporte de Santa Catarina (TAO Pilates), sobre o funcionamento e a eficácia do método.

Ela, que há três anos entrou para o rol dos seguidores de Joseph Pilates, diz ter encontrado na prática uma oportunidade de melhorar a postura.

Revista U&A: Por que escolheu essa área de atuação?

Jihane Barros: Sempre fui meio corcunda por causa de meus seios serem grandes. Acabei encontrando no método a oportunidade de melhorar minha postura e me encantei. Hoje é um projeto de vida onde busco a realização profissional e o bem estar físico, mental, enfim uma vida com qualidade e saúde.

U&A: A atividade pode ser praticada por qualquer um, independente de peso, altura ou idade?

JB: Sim, em geral é uma atividade para todos englobando do idoso ao obeso, passando pelos sedentários, isso porque trabalha não só a parte física como também a parte de reabilitação, podendo exercitar e cuidar das patologias musculares.

U&A: Quais os critérios para definir o tipo de exercício a ser adotado para cada indivíduo?

JB: Inicialmente é feita uma avaliação física geral, a pessoa fica à vontade para esclarecer sobre o que procura, qual tipo de grupo muscular quer trabalhar. No caso de patologia é muito pessoal, para cada uma um tipo de programa de reabilitação e reeducação postural.

Acabei encontrando

no método a oportunidade

de melhorar minha postura

e me encantei.

U&A: Em média, quanto se paga pela hora/aula?

JB: Dezoito reais.

U&A: Há um local específico para realização das aulas?

JB: Comercialmente é conhecido como Studio de Pilates. Deve ser um lugar tranqüilo, sem barulho e arejado, pois se trata de um trabalho de corpo e mente que é baseado muito na concentração e na respiração. Por conta disso é preciso de silêncio para praticá-lo!

thepilatesflow.com.sg

Duaine Rodrigues

É formidável para aqueles

que desejamperder aquela

'barriguinha'.

Rio Branco - Acre, Outubro de 2009

U&A: Que benefícios a prática pode propiciar?JB: Como em qualquer atividade física, de cara

posso garantir longevidade. Podem-se trabalhar grupos musculares profundos, tonificar todo o corpo, reabilitar e reeducar a postura, aumentar a capacidade respiratória e a concentração, fortalecer a musculatura do assoalho pélvico, prevenindo a incontinência urinaria e fecal. Tem um trabalho bem intenso nessa área também. Entre todas as atividades, Pilates é a que tem uma concentração muito precisa na área abdominal que chamamos de core, o centro de fo rça do corpo . É formidável para aqueles que desejam perder aquela 'barriguinha'.

U&A: Em quanto tempo é possível notar resultados?

JB: Como não trabalhamos com mágica (risos), podemos dizer que dois meses são mais do que suficiente para você se decidir se deseja ou não praticar Pilates pelo resto da vida!

U&A: Um método criado no início do século passado pode ser considerado atual? Houve evolução da prática?

JB: Houve uma evolução na parte dos equipamentos, falando em qualidade de material e avanços tecnológicos que permitem aparelhos mais duradouros, com designs modernos. Mas a essência da

c o n t r o l o g i a , c o m o J o s e p h denominava, continua atual. Os princípios que traduzem Pilates – respiração, fluidez, concentração, centro, precisão, controle – foram perpetuados, sendo a verdade deste método revolucionário.

U&A: Os instrutores de Pilates passam por atualizações constantes sobre a prática?

JB: Sim, ou pelo menos deveriam! No meu caso, que tenho minha profissão como inspiração de vida, sim! Participei (no início de outubro) de uma conferência internacional de Pilates onde pude ter acesso a workshops com os profissionais da Internacional Polestar, uma das três melhores formações mundiais no método. Foi muito bom, extremamente produtivo e recompensador.

Nascido em 1880, em Dusselfort/Alemanha, Joseph Humbertus Pilates era um h o m e m e x t r e m a m e n t e inteligente e intuitivo. De uma infância difícil e grande debilidade física, lutou pela sua sobrevivência.

Provavelmente por conta de sua fragilidade, acabou dedicando um esforço suplementar para melhorar a sua condição física. Na j u v e n t u d e , e s t u d o u e e s p e c i a l i z o u - s e e m musculação, mergulho, esqui

Joseph Pilates ( 1880 - 1967 )

e ginástica.M u d o u - s e p a r a

Inglaterra em 1912, onde começou a ganhar a vida como pugilista e artista de circo. No início da Primeira Guerra Mundial, esteve num campo e m L a n c a s t e r e , posteriormente, na Ilha de Man, local onde trabalhou como enfermeiro.

Após a guerra, Pilates voltou para a Alemanha, na cidade de Hamburgo, onde permaneceu até 1926. Neste ano, desiludido com o exército

Estados Unidos.Em Nova Iorque, fundou

os seus primeiros estúdios americanos. Sagaz, conseguiu impor o seu método de exercício, tendo rapidamente conquistado o mundo da dança: ba i la r inos e ind iv íduos famosos dos espetáculos musicais e cinematográficos.

Apesar de o método Pilates estar tão ligado à dança,

Pilates nunca foi bailarino. Era antes um adepto de atividades “duras”, ditas de força pura e explosiva. Por outro lado, o seu rol de exercícios faz uso de outro tipo de força – uma força fundamentalmente estática e excêntrica, a qual permite o fortalecimento do corpo sem geração de tensões e/ou desequilíbrios musculares.

Photographed By Michael Rougier

pilatesofgreenwich.com

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MEIO AMBIENTE

Thiago Araujo

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MEIO AMBIENTE

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OPINIÃO

Os motoristas serão tão mal educados? Fico impressionado, as vezes até comigo mesmo, pela falta de educação no trânsito. É lógico que se venho expor esse assunto, tenho algum conhecimento sobre ele. Não muito, altas dirijo somente há cinco anos , mas já tempo suficiente para entender que precisamos ser mais educados, mais cidadão.

N ã o q u e r o a q u i c r i t i c a r , a p e s a r d e merecido, aqueles (de ambos os sexos) que vez ou outra mandam um ou uma para aquele lugar, falam palavras de 'carinho' sobre a mãe de alguém, mas sim tentar fazer com que reflitam antes de falar, de agir. Sei como eh difícil, não me 'incluo fora' dessa

É o que a Igreja Batista do Bosque precisa ter. Em um de seus serviços, um local onde deveria ser um centro de recuperação de dependentes químicos pode estar se t o r n a n d o u m c e n t r o p a r a aprimoramento da prática de se usar entoprcentes. Isso porque em certo dia (quinta-feira quando ocorre a

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ÁREA LIVRE

Até quando?

maioria, mas estou tentando melhorar.

R e s p i r a r f u n d o quando o motorista da frente entra (ou sai) em uma rua, ou de um local, sem sinalizar pode ser uma das alternativas. Pensar em nosso filho ou na filha, em nossa mãe ou no pai, pensar em algo sem rancor também deve ajudar.

Listar os 'defeitos' de

c a d a u m e n q u a n t o motorista é muito fácil, mas e reconhecer os próprios defeitos, será tão fácil assim? Eu poderia aqui citar inúmeros problemas que presencio diariamente n o t r â n s i t o . C a r r o estacionado em fila dupla, estacionado em cima de calçada, motorista que não respeita faixa de pedestre, a impaciência como inimiga do ser humano, a pressa, os motoqueiros irresponsáveis que acham que ciclovia é rua, que ultrapassam pela direita e depois não sabem porque grande quantidade dos acidentes ocorrem com eles.

Mas antes de qualquer problema que os outros causem, preciso ficar atento aos que eu proporciono. Já é sabido, isso se aprende na

triagem) um esquema facilita a saída de interno para vir à cidade buscar o produto desejado e, no horário marcado, o mesmo retorna a sede com a encomenda em mãos. Caso sintam a falta do interno no tempo em que ficou fora a justificativa é de que estava trabalhando no roçado.

É preciso averiguar, porque o

auto escola, que devemos dirigir por nos e pelos outros. Por isso pensemos nisso. Deixem o defeito dos outros de lado e olhem para os seus primeiros.

Acredito que dentro das auto escolas deveriam focar mais um trabalho de cidadania no porque do jeito que está qualquer um dirige e a situação só pioar, mas sao poucos os que realmente sabem.

Alber to Afran io , autônomo.

transito,

Atenção

centro deve servir para recuperar o cidadão, como seu nome já diz, e não para torná-lo ainda mais dependente. Por isso muitos dizem por aih que melhor é estar na rua. E tem gente com dinheiro no meio do rodeio.

Evanilsom Morais, caminhoneiro.

Espaço dedicado aos cidadãosque desejem emitir opinião sobre

assuntos de interesse público e social,bem como sobre o conteúdo da Revista U&A.

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ENTRETENIMENTO

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É o nome dado aos insetos da ordem Phasmatodea que são semelhantes a um pedaço de madeira ou graveto.

Em algumas regiões os ortópteros da família Proscopiidae são também chamados por este nome.

É um insecto herbivoro e totalmente inofensivo. Nas cidades, pode ser encontrado em goiabeiras. Sua aparencia eh um ótimo disfarce contra predadores.

Uma curiosidade sobre o bicho pau é o seu andar: ele anda devagar e se balançando, movimento que simula um galho (ou folha) acariciado pelo vento.

Quando adulto, os machos diferenciam-se das fêmeas por serem menores, mais finos e possuírem pequenas asas que lhe permitem realizar pequenos vôos. Sua reprodução pode ser sexuada ou assexuada (partenogênese).

FONTE: WIKIPEDIA

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QUEBRA-CABEÇA

BrainsBreaker

CHARGES

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Thaís TallineCHARGE

ACESSE E COMPROVE!

A PARTIR DE 25 DE OUTUBRO EM UMA INTERNET PERTO DE VOCÊ.