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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM
CURSO TÉCNICO EM GEOPROCESSAMENTO
USO DE SIG PARA ANÁLISE GEOAMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JAGUARI - RS
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
Vinicius Silveira dos Santos
Santa Maria, RS, Brasil 2015
USO DE SIG PARA ANÁLISE GEOAMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JAGUARI - RS
Vinicius Silveira dos Santos
Relatório de Estágio apresentado ao Curso Técnico em Geoprocessamento da Universidade Federal de Santa Maria - RS, como
requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Geoprocessamento
Orientador: Alessandro Carvalho Miola
Santa Maria, RS, Brasil 2015
Universidade Federal de Santa Maria Colégio Politécnico da UFSM
Curso Técnico em Geoprocessamento
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio
USO DE SIG PARA ANÁLISE GEOAMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JAGUARI - RS
Elaborado por Vinicius Silveira dos Santos
Como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Geoprocessamento
COMISSÃO EXAMINADORA:
Alessandro Carvalho Miola, Dr. (Presidente/Orientador)
Ana Caroline Paim Benedetti, Dra. (UFSM)
Diogo Belmonte Lippert, Dr. (UFSM)
Santa Maria, 10 de dezembro de 2015
Universidade Federal de Santa Maria Colégio Politécnico da UFSM
Curso Técnico em Geoprocessamento
USO DE SIG PARA ANÁLISE GEOAMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JAGUARI - RS
Relatório de Estágio realizado no LABORATÓRIO DE GEOLOGIA AMBIENTAL -LAGEOLAM
Elaborado por Vinicius Silveira dos Santos
Alessandro Carvalho Miola, Dr. (Presidente/Orientador)
Romario Trentin. (Supervisor do Laboratório)
Vinicius Silveira dos Santos (Estagiário)
Santa Maria, 10 de dezembro de 2015
RESUMO
Relatório de Estágio Colégio Politécnico da UFSM
Universidade Federal de Santa Maria
USO DE SIG PARA ANÁLISE GEOAMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JAGUARI - RS
AUTOR: VINICIUS SILVEIRA DOS SANTOS ORIENTADOR: ALESSANDRO CARVALHO MIOLA
Santa Maria, 10 de Dezembro de 2015
O Estágio Supervisionado, de 210 horas, como requisito parcial para a formação no curso de Técnico em Geoprocessamento do Colégio Politécnico da UFSM, foi desenvolvido no Laboratório de Geologia Ambiental - LAGEOLAM, localizado na Universidade Federal de Santa Maria. Foram desenvolvidas atividades que tiveram como objetivo, caracterizar os elementos físicos do relevo, utilizando as ferramentas de SIG, para realizar a análise geoambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Jaguari – RS. Após a obtenção e interpolação dos dados espaciais, foram elaborados mapas temáticos que descrevam os aspectos naturais do relevo, são eles: hierarquia fluvial, hipsometria, declividade, orientação de vertentes, curvatura de vertentes, geomorfológico, solos, litologia e o mapa geoambiental. Nessa perspectiva, o trabalho desenvolvido no LAGEOLAM, te a finalidade de utilizar o conhecimento adquirido no curso Técnico em Geoprocessamento para a manipulação de softwares de Geoprocessamento, bem como fornecer uma ferramenta para a comunidade acadêmica e para os órgãos públicos.
Palavras-chave: Técnico em Geoprocessamento Sistemas de Informação Geográfica. Estudos Geoambientais.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Mapa de Localização da BHRJ.. ........................................... 23
Figura 2 - Mapa hipsométrico BHRJ.. .................................................... 26
Figura 3 - Mapa de declividade da BHRJ .............................................. 28
Figura 4 - Mapa do Plano e Perfil de Curvatura da BHRJ.. ................... 30
Figura 5 - Mapa do Uso e Ocupação da BHRJ.. ................................... 32
Figura 6 - Mapa Geomorfológico da BHRJ. ........................................... 35
Figura 7 - Mapa Litológico da BHRJ.. .................................................... 37
Figura 8 - Mapa Simplificado de Solos da BHRJ.. ................................. 40
Figura 9 - Mapa Geoambiental da BHRJ.. ............................................. 44
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 8
1.1 Justificativa .................................................................................. 8
1.2 Apresentação do Laboratório de Geologia Ambiental .................... 9
1.2.1 Identificação do Laboratório ........................................................ 9
1.2.2 Histórico do Laboratório de Geologia Ambiental ......................... 9
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................... 12
2. 1 A importância de SIG para os Estudos Geoambientais .............. 12
2.2 Bacias Hidrográficas: unidades de planejamento ........................ 14
2.3 Cartografia Geoambiental: uma contribuição aos estudos
Geoambientais .............................................................................................. 16
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................... 19
4. RESULTADO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ....................... 22
4.1 Análise da rede de drenagem ...................................................... 22
4.2 Hipsometria .................................................................................. 24
4.3 Declividade .................................................................................. 27
4.5 Uso e ocupação da Bacia Hidrográfica do Rio Jaguari ................ 31
4.7 Litologia ........................................................................................ 36
4.8 Solos ............................................................................................ 38
4.9 Análise Geoambiental .................................................................. 41
4.9.1 Sistema Alto Jaguari ................................................................. 41
4.9.2 Sistema Baixo Jaguari .............................................................. 42
5 CONCLUSÃO ..................................................................................... 45
6 REFERÊNCIAS .................................................................................. 46
8
1 INTRODUÇÃO
Os estudos relacionados à interação do homem com a natureza, vêm
ganhando destaque nas pesquisas cientificas da ciência geográfica, sendo
esta, uma influenciadora na análise e interpretação do espaço geográfico.
No passar dos anos, a intensidade da intervenção antrópica no meio
natural vem crescendo consideravelmente, atendendo na maioria das vezes, as
necessidades econômicas e sociais do Brasil. A ocupação de áreas
inadequadas para habitação ou para a prática do comércio, por exemplo, é
extremamente visível na maioria das cidades brasileiras, onde nas mesmas há
ausência de estudos bem detalhados sobre as características naturais do
relevo.
A análise geoambiental, vem como ferramenta auxiliadora para a
interpretação de dados reais, com base em bancos de dados
georreferenciados, que caracterizarão os elementos físicos da paisagem
(hidrografia, litologia, relevo), resultando em detalhamentos riquíssimos das
formas naturais da área de estudo.
Os estudos geoambientais em bacias hidrográficas, auxiliam no
levantamento de informações referentes às características naturais e
elementos físicos, estabelecendo unidades homogêneas que os descrevam.
1.1 Justificativa
Atendendo as diretrizes curriculares do Curso Técnico em
Geoprocessamento da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o estágio
foi realizado no Laboratório de Geologia Ambiental - LAGEOLAM, localizado no
prédio 17, da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.
As atividades foram desenvolvidas no LAGEOLAM, a partir do dia
15/09/2015 a 04/12/2015, perfazendo 6 horas diárias, resultando em 24 horas
semanais, e com carga horária total de 210 horas. O horário de trabalho no
grupo de pesquisa, decorria -se nos dias de Segunda-feira, Terça – feira e
Quarta- feira.
A escolha do LAGEOLAM se deu em função dos projetos que
desenvolvo desde o ano de 2012, referentes às temáticas no grupo
9
trabalhadas, sendo que o LAGEOLAM é um dos principais grupos de pesquisa
do curso de Geografia – Licenciatura e Bacharelado da UFSM.
A realização do estágio proporcionou o aprimoramento de algumas
técnicas no manuseio de SIG, e além disso, a oportunidade de aprender novos
métodos, referentes as análises geoambientais.
1.2 Apresentação do Laboratório de Geologia Ambiental
O Laboratório de Geologia Ambiental é vinculado ao curso de Geografia
da UFSM, coordenado pelo Professor Romário Trentin, o qual desenvolve
pesquisas referentes a questões ambientais, através de Sistemas de
Informação Geográfica (SIG), que auxiliam na obtenção de dados espaciais. O
LAGEOLAM, apresenta 40 filiados, entre estudantes de graduação, mestrado e
doutorado.
1.2.1 Identificação do Laboratório
Nome: Laboratório de Geologia Ambiental
Endereço: Av. Roraima, Prédio 17, sala 1113C, UFSM
CEP: 97105-900
Cidade: Santa Maria – Rio Grande do Sul
Contato: (54) 3220-8639
Horário de funcionamento: De segunda à sexta-feira
Manhã: das 8h00min às 12h30min
Tarde: das 13h30 às 17h30min
1.2.2 Histórico do Laboratório de Geologia Ambiental
O Laboratório de Geologia Ambiental iniciou suas atividades no ano de
1996, coordenado pelo prof. Luis Eduardo de Souza Robaina, com o objetivo
de agregar professores/pesquisadores que desenvolvem atividades nas áreas
de diagnóstico ambiental e geologia aplicada. Desde então, o laboratório tem
buscado se consolidar através da integração de trabalhos, qualificação de sua
infra- estrutura e estabelecimento de convênios.
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Na área de ensino o laboratório tem contribuído em várias áreas do
conhecimento através da docência para os cursos de Geografia Bacharelado e
Licenciatura, Química Industrial e Licenciatura, Agronomia, Engenharia Civil e
Engenharia Florestal.
Vários alunos desenvolvem trabalhos de final de curso de graduação e
de pós-graduação em nível de especialização e mestrado junto ao laboratório.
Trabalhos na área de extensão têm ocorrido junto às escolas da região central
do Rio Grande do Sul, onde são proferidas palestras e amostras de educação
ambiental. Além disso, dispõe de uma amostra permanente de rochas e
minerais, recebendo visitas de escolas de todo o Estado.
A pesquisa tem se constituído na prioridade do laboratório. Atualmente
estão sendo desenvolvidos vários trabalhos com apoio de diversas instituições
de fomento, como FAPERGS e CNPq. Conta atualmente com vários bolsistas
de iniciação científica FIPE/UFSM, FIEX/UFSM, PROLICEN/UFSM, FAPERGS
e PIBICIC/CNPq, executando trabalhos de campo e de laboratório. Os
primeiros alunos formados têm mostrado aspectos bastante positivos, pela
reconhecida qualificação no mercado de trabalho.
O resultado das pesquisas desenvolvidas são apresentados nos
encontros científicos. Os professores e alunos que desenvolvem atividades no
laboratório têm participado dos encontros nacionais e internacionais da área de
Geologia de Engenharia e Ambiental, de Geomorfologia e de Geografia Física.
As pesquisas desenvolvidas no LAGEOLAM concentram-se em duas
vertentes. A primeira está associada com o mapeamento geológico-
geomorfológico e à análise dos processos erosivos relacionados a dinâmica
superficial no Oeste do Estado do Rio Grande do Sul. Nesta linha de pesquisa,
os trabalhos desenvolvidos buscam, dentro da temática dos processos erosivos
e sua relação com a dinâmica superficial, a elaboração de um mapeamento
geoambiental da bacia hidrográfica do Rio Ibicuí.
11
1.2 Atividades desenvolvidas no LAGEOLAM
As atividades desenvolvidas no período de estágio, tiveram como objetivo
contribuir na construção de dados cartográficos e para a análise geoambiental
da bacia hidrográfica do Rio Jaguari (BHRJ), utilizando o software ArcGis®
10.0, sendo este uma ferramenta de geoprocessamento utilizada para análise
espacial dos elementos físicos da natureza. Sendo assim, abaixo segue as
atividades desenvolvidas:
Delimitação da área de estudo;
Utilização da Base vetorial contínua do RS (Hasenack e Weber, 2010);
Passagem dos dados cartográficos para um mesmo DATUM;
Utilização de imagem SRTM, resolução 30 metros;
Utilização de imagem de satélite LANDSAT 8;
Análise da Rede de drenagem (hierarquia fluvial, nº de canais, etc.);
Mapa de Hierarquia Fluvial da BHJ;
Mapa Hipsométrico da BHRJ;
Mapa de Declividade da BHRJ;
Mapa de Orientação de vertentes da BHRJ;
Mapa de Curvatura de vertentes da BHRJ;
Mapa de Uso e Ocupação da Terra da BHRJ;
Mapa Geomorfológico da BHRJ;
Mapa Litológico da BHRJ;
Mapa de Solos da BHRJ;
Mapa Geoambiental da BHRJ
Elaboração do Relatório final.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2. 1 A importância de SIG para os Estudos Geoambientais
O uso de geotecnologias para o monitoramento e planejamento do uso
sustentável dos recursos naturais tem se difundido cada vez mais e facilitando
o desenvolvimento de estudos ambientais. Uma ampla tecnologia existente
permite o uso de ferramentas e produtos capazes de facilitar e agilizar o
levantamento, mapeamento e análise dos recursos naturais existentes.
As geotecnologias são um conjunto de tecnologia para a coleta, o
processamento, a análise e a oferta de informações com referência geográfica,
as geotecnologias integram soluções em hardware e software como poderosas
ferramentas para tomadas de decisões (ROSA, 2005).
Entre os maiores desafios para a gestão de bacias hidrográficas, está a
organização de dados cartográficos de diferentes origens e natureza, para que
possam ser utilizados efetivamente por técnicos e gestores públicos, servindo
de base para a continuidade de futuros programas ou ações.
Além disso, muitos destes dados cartográficos são disponibilizados aos
gestores públicos em formatos inadequados a incorporação dos Sistemas de
Informação Geográfica (SIG) exigindo, portanto, diferentes processos de
transformação. Desta forma, os SIGs são ferramentas imprescindíveis para a
organização, análise e gerenciamento de dados em bacias hidrográficas
(OLIVEIRA et al., 2011).
Câmera e Medeiros (1993), em uma visão mais técnica, trazem os SIGs
como instrumentos computacionais que permitem a realização de análises
complexas ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados
georreferenciados. Nessa perspectiva, o SIG contribui na evolução da
tecnologia, abrangidas pelo Geoprocessamento, sendo está definida como
técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento de informações
geográficas.
O uso de geotecnologias ou SIG auxiliam na interpolação dos dados
reais extraídos em bases cartográficas e/ou trabalhos a campo, processados
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em softwares que aceleram o encontro dos resultados, podendo ser analisados
e interpretados através de mapas temáticos, ricos em detalhes. Desse modo, o
geoprocessamento torna-se uma ferramenta imprescindível nos estudos
ambientais, pois permite uma abordagem complexa e integradora das relações
entre natureza e sociedade, fundamental para a realização das práticas
eficientes na gestão ambiental.
A síntese dos mapas temáticos e a integração dos parâmetros para a
definição adequada dos limites de cada unidade são facilitadas pelas
ferramentas de Cartografia Digital e SIG (FIORI, 2004).
Segundo Robaina et al. (2009), ao discutir em seu trabalho o “Método e
Técnicas Geográficas Utilizadas na Análise e Zoneamento Ambiental”, aborda
a importância do geoprocessamento, sendo uma ferramenta imprescindível nos
estudos ambientais, principalmente aplicado ao Zoneamento Geoambiental,
porque permite uma abordagem complexa e integradora das relações entre a
natureza e a sociedade, fundamental para a realização de práticas eficientes
da gestão ambiental.
No mesmo sentido possibilita a realização de análises complexas ao
integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados
georreferenciados, tornando possível automatizar a produção de documentos
cartográficos e a tomada de decisão de maneira mais rápida e precisa.
O SIG pode ser considerado como um importante meio de apoio e
desenvolvimento de aplicações voltadas ao meio ambiente, facilitando a
integração de dados espaciais e permitindo propor alternativas para diminuir
impactos identificados no ambiente, inclusive no âmbito das bacias
hidrográficas (Menezes, 2011).
A utilização do SIG na geração de mapas temáticos, garante eficiência e
rapidez no processo de manipulação e tratamento de dados, assim como na
tomada de decisões.
É importante ressaltar a aplicabilidade dos dados, uma vez que os
mesmos estão disponibilizados em formatos que podem ser manipulados por
diversos softwares, apresentando-se como uma importante ferramenta para
análise em pequenas e médias escalas de trabalho.
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2.2 Bacias Hidrográficas: unidades de planejamento
A análise de bacias hidrográficas contribui a planejamentos ambientais
que servem de soluções a problemas que surgem em decorrência de ações
antrópicas e de fenômenos naturais.
Segundo Trentin (2007), quando se discute os problemas relacionados a
questões ambientais, as bacias hidrográficas se apresentam como unidades
relevantes para tal discussão por esta ser um sistema integrado e aberto com
entrada e saída continua de matéria e energia.
A Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei nº 9.433, de
8 de janeiro de 1997, incorpora princípios e normas para a gestão de recursos
hídricos adotando a definição de bacias hidrográficas como unidade de estudo
e gestão. Assim, é de grande importância para gestores e pesquisadores a
compreensão do conceito de bacia hidrográfica e de suas subdivisões.
Nos estudos que envolvem o manejo de bacias hidrográficas, surgem
autores com definições referentes a bacias hidrográficas ou rede de drenagem
diferentes, mas que mantém os conceitos básicos.
Segundo Viesmann et al. (1977), a bacia hidrográfica é uma área
definida topograficamente, drenada por um curso d’água ou um sistema
conectado de cursos d’água, dispondo de uma simples saída para que toda
vazão efluente seja descarregada.
Para Barrella (2001), bacia hidrográfica pode ser definida como um
conjunto de terras drenadas por um rio e seus afluentes, formada nas regiões
mais altas do relevo por divisores de água, onde as águas das chuvas, ou
escoam superficialmente formando os riachos e rios, ou infiltram no solo para
formação de nascentes e do lençol freático.
As águas superficiais escoam para as partes mais baixas do terreno,
formando riachos e rios, sendo que as cabeceiras são formadas por riachos
que fluem em terrenos íngremes das serras e montanhas e à medida que as
águas dos riachos descem, juntam-se a outros riachos, aumentando o volume
e formando os primeiros rios, esses pequenos rios continuam seus trajetos
recebendo água de outros tributários, formando rios maiores até
desembocarem no oceano.
Lima e Zakia (2000), em seus estudos sob a hidrologia florestal em
bacias hidrográficas, abordam a mesma como sistemas abertos, que recebem
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energia através de agentes climáticos e perdem energia através do deflúvio,
podendo ser descritas em termos de variáveis interdependentes, que oscilam
em torno de um padrão, e, desta forma, mesmo quando perturbadas por ações
antrópicas, encontram-se em equilíbrio dinâmico.
Para Attanasio (2004), o termo bacia hidrográfica refere-se a uma
compartimentação geográfica natural delimitada por divisores de água. Este
compartimento é drenado superficialmente por um curso d’água principal e
seus afluentes.
Borsato e Martoni (2004), define bacia hidrográfica como uma área
limitada por um divisor de águas, que a separa das bacias adjacentes e que
serve de captação natural da água de precipitação através de superfícies
vertentes. Por meio de uma rede de drenagem, formada por cursos d’água, ela
faz convergir os escoamentos para a seção de exutório, seu único ponto de
saída.
Para Pires (2000), a opção de trabalhar com a bacia hidrográfica, como
unidade de análise, permite introduzir um aspecto na conceituação que é o
planejamento integrado com a comunidade envolvida, ou seja, trabalhar a
relação homem/natureza no dia-a-dia de cada cidadão.
Lima et al. (2007), ao propor o zoneamento ambiental da bacia
hidrográfica do rio Taquari, no Estado do Rio Grande do Sul, traz a bacias
hidrográficas como excelentes unidades de planejamento e gerenciamento,
pois são sistemas ecológicos que abrangem todos os organismos que funcio-
nam em conjunto numa dada área. Os recursos naturais são interligados e
dependentes.
Para as Ciências Ambientais, a bacia hidrográfica apresenta-se como a
unidade da paisagem mais adequada para estudos de zoneamentos,
basicamente devido ao seu conceito de integração de fatores ecológicos,
socioeconômicos e culturais.
Para Cazula e Mirandola (2010), utilizar a bacia hidrográfica como
unidade de planejamento propicia um conjunto de indicadores, fornecedores de
índices de qualidade, que podem representar um passo importante na
consolidação e da descentralização e do gerenciamento, favorecendo a
conservação e preservação ambiental, estimulando a integração da
comunidade e de instituições.
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Sendo a bacia hidrográfica unidade básica de planejamento, o
entendimento das relações existentes entre o solo, a água e a cobertura
vegetal torna-se a arte e ciência pra manejar os recursos naturais na produção
de alimentos, em quantidade e qualidade.
Sendo assim, o termo bacia hidrográfica pode ser tratada como unidade
natural de estudo e análise da superfície terrestre, sendo unidade ideal para o
planejamento de uso das terras, onde é possível reconhecer e estudar as inter-
relações existentes entre os diversos elementos da paisagem e os processos
que atuam na sua esculturação.
2.3 Cartografia Geoambiental: uma contribuição aos estudos Geoambientais
O mapeamento geoambiental surge como instrumento para o
planejamento e regulação do uso e ocupação do meio físico, expandindo-se
pelo mundo através de diversas metodologias, sobretudo as desenvolvidas nos
países da Europa. Este tipo de mapeamento quando associado às questões
geomorfológicas trazem resultados mais precisos e satisfatórios (Robaina et
al., 2009). Segundo os autores, o processo de mapeamento geoambiental tem
como rotina fundamental a divisão da área em unidades, de acordo com a
variação de seus parâmetros. As unidades representam áreas com
heterogeneidade mínima quanto aos parâmetros e, em compartimentos com
respostas semelhantes frente aos processos de dinâmica superficial.
O mapeamento geoambiental, consiste numa metodologia centrada na
divisão da área em classes de terreno hierarquizadas, a partir de
características gerais Geológico-Geomorfológicas e de Uso e Ocupação do
solo. A união dessas informações possibilita a fragmentação de áreas
homogêneas, onde é possível indicar Potencialidades e Suscetibilidades
ambientais (SCCOTI, 2015).
O mapeamento geoambiental proporciona estudos detalhados das
características naturais da paisagem, e consequentemente a interação entre os
elementos físicos da área de estudo. Além disso, auxiliam os órgãos gestores
(prefeituras) no conhecimento aprofundado das áreas pertencentes aos seus
domínios, e em futuras decisões administrativas, que às vezes são tomadas,
sob falta de conhecimento sobre estudos ambientais em seus territórios.
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A análise geoambiental vem como ferramenta auxiliadora para a
interpretação de dados reais, com base em bancos de dados
georreferenciados, que caracterizarão os elementos físicos da paisagem
(hidrografia, litologia, relevo), resultando em detalhamentos riquíssimos das
formas naturais da área de estudo.
Os estudos geoambientais na análise de bacias hidrográficas auxiliam
no levantamento de informações referentes às características naturais e
elementos físicos, estabelecendo unidades homogêneas que os descrevam.
A cartografia geoambiental a partir da década de 1960, desenvolveu-se
intensamente no Brasil. Seu desenvolvimento metodológico vem se
aprimorando, com vários pesquisadores, de diversas instituições, produzindo
documentos de zoneamento geoambiental. Estes trabalhos utilizam,
predominantemente, as bacias hidrográficas como unidade de mapeamento e
tem tido aplicação intensa nos estudos ambientais de caráter mais amplo
(MACIEL FILHO et al., 2014).
Fiori (2004), descrevendo Cartografia Geoambiental, destaca que esta,
ocupa-se da elaboração de mapas e de informações que tratem de problemas
Geoambientais, frequentemente ocasionados por um desequilíbrio do meio
físico, ligados principalmente a fenômenos de erosão, escorregamento,
assoreamento, enchentes, inundações e circulação de água, associados ou
não à ocupação antrópica.
Segundo Vedovello (2004), a Cartografia Geoambiental pode ser
entendida, de forma ampla, como todo o processo envolvido na obtenção,
análise, representação, comunicação e aplicação de dados e informações do
meio físico, considerando-se as potencialidades e suscetibilidades naturais do
terreno, bem como os perigos, riscos, impactos e conflitos decorrentes da
interação entre a ação humana e o meio ambiente fisiográfico. Pode, por isso,
incorporar elementos bióticos, antrópicos e sócio- culturais em sua análise e
representação.
Menezes (2011), ao propor a elaboração do Atlas Geoambiental do
município de São Pedro do Sul-RS, aborda a importância de estudos referente
às características em estudos de natureza geoambiental:
Os estudos de natureza geoambiental possibilitam a caracterização de áreas quanto as suas aptidões e restrições às atividades já em desenvolvimento e/ou prováveis de serem implantadas, além de
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indicar porções do terreno com graus de fragilidade marcante, e zonas de uma maior qualidade ambiental que possam ser preservadas (Menezes, 2011, p.24).
Segundo o autor, os estudos geoambientais têm como objetivo o
planejamento, gestão e ordenamento do território, mas por formarem uma
grande gema de conhecimentos de um determinado território, disponibilizam
informações que podem atender a diversos usos e finalidades.
O planejamento busca a organização e ordenamento do espaço a partir
de ações lógicas e racionais, visando à melhoria das condições atuais da
sociedade presente naquele espaço. Este se dá a partir do conhecimento da
realidade, a avaliação das ações a serem tomadas e o posterior processo de
transformação, visando sempre melhoramentos futuros FLORENZANO (2008).
Schirmer (2012), ao realizar o mapeamento geoambiental dos
municípios de Agudo, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Nova Palma e
Pinhal Grande, todos situados no Estado do Rio Grande do Sul, destaca que
no planejamento ambiental, o foco de estudo está voltado aos recursos
naturais e as consequências da apropriação deste pelo homem, como por
exemplo, a própria vulnerabilidade humana. Conforme o autor, é necessário
adoção de sistemas de planejamento que identifiquem e integrem
componentes biofísicos, econômicos, sociais e institucionais, observando a
estrutura e a função dos sistemas naturais, ou antrópicos, de forma a
compreender os seus comportamentos diante das perturbações.
Neste sentido, ao avaliar que o meio ambiente é formado por elementos
interligados e interpendentes, a análise de sistemas compreende o método
mais adequado para estudar e explicar a estrutura e mudanças existentes na
paisagem.
Por fim, conforme Grecci (1998), os estudos de natureza geoambientais,
possibilitam a caracterização de áreas quanto as suas aptidões e restrições as
atividades já em desenvolvimento e/ou prováveis de serem implantadas, além
de indicar porções do terreno com uma maior qualidade ambiental que possam
ser preservadas.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
O levantamento do material cartográfico, contribuiu na construção de
mapas temáticos caracterizadores da área de estudo, auxiliando na análise dos
resultados obtidos na pesquisa. As informações como a rede de drenagem
foram extraídos na Base Vetorial Contínua do Estado do Rio Grande do Sul,
em escala 1: 50.000, organizadas por Hazenack e Weber no ano de 2010. No
mapa de localização, os limites dos municípios foram extraídos a partir da
Malha Digital do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na elaboração do mapa hipsométrico e do mapa de declividade, utilizou
a imagem SRTM (Shuttle Radar Topography Misson) com resolução espacial
de 30 metros, sendo a mesma trabalha em ambientes do software ArcGis 10.0,
onde os pixels nulos foram corrigidos, através da ferramenta “Fill”.
O mapa hipsométrico foi gerado a partir da ferramenta ArcToolbox “topo
to raster”, onde são interpoladas as informações relacionadas aos parâmetros
altimétricos. As classes foram definidas através de quebras no relevo e
arredondadas a partir de procedimentos matemáticos: São elas: <100m; 100-
200m; 200-300m; 400-500m; >500m.
O mapa de declividade foi elaborado utilizando as classes proposta pelo
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), sendo: <2%; 2-5%; 5-15%; e >15%.
Para a análise de encostas, definiu-se a partir do Plano e Perfil de
curvatura. Quanto à forma das vertentes em curvatura Perfil - Plano, utilizou-se
a seguinte metodologia de classificação: Perfil de Curvatura: curvatura côncava
e curvatura convexa; Plano de Curvatura: curvatura divergente e curvatura
convergente.
Após a análise e geração do banco de dados relacionado às formas de
vertentes, realizou-se a combinação das feições com a ferramenta Combine do
software ArcGis 10.0, sendo classificadas conforme suas características:
Côncavo – Convergente (Cc.Ct), Convexo – Convergente (Cx. Ct), Côncavo –
Divergente (Cc. Dt), e Convexo – Divergente (Cx. Dt.).
Na elaboração da classificação do uso e ocupação da terra, optou-se por
uma imagem orbital recente. Sendo assim, a imagem utilizada no trabalho é do
mês de Fevereiro, no ano de 2015.
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A classificação da imagem, para a elaboração do mapa de uso e
ocupação da Terra, se deu através do software Envi 5.1 e para a edição dos
mapas e cálculo de área utilizou-se o software ArcGis 10.0. As imagens foram
obtidas através do portal online do Serviço Geológico dos Estados Unidos
(USGS, ANO).
Na classificação das imagens utilizou-se o algoritmo Maxver (máxima
verossimilhança), que é um algoritmo de classificação supervisionada, que usa
parâmetros estatísticos na classificação, visando áreas homogêneas ou de
mesmo valor numérico.
Na elaboração do mapa geomorfológico da bacia hidrográfica do Rio
Jaguari, seguiu-se a proposta de classificação de Robaina et al. (2010), o qual
propôs a classificação da compartimentação geomorfológica da bacia
hidrográfica do Rio Ibicuí, no Estado do Rio Grande do Sul, definindo 3 (três)
níveis de análise da compartimentação geomorfológica.
O primeiro nível da classificação, reflete as formas regionais (unidades
morfoestruturais), cuja escala permite a identificação dos efeitos da estrutura
no relevo.
A determinação das unidades do segundo nível (unidades
morfoesculturais) reflete os compartimentos que foram gerados pela ação
climática ao longo do tempo geológico.
No terceiro nível (unidades morfológicas) são estabelecidas pela
integração das variáveis do relevo e do substrato rochoso em um primeiro
momento e dos materiais e processos superficiais em segundo momento.
Segundo os autores, o primeiro nível de compartimentação
geomorfológica, é definido em duas unidades: Depressão Periférica do Rio
Grande do Sul e Planalto da Serra Geral.
No segundo nível de compartimentação geomorfológica, as unidades
foram definidas como Depressão do Ibicuí, Planalto das Missões e Planalto da
Campanha.
No terceiro nível de compartimentação geomorfológica, as unidades
foram resultantes da interação dos dados sobre formas do relevo
predominantes, substrato litológico, características físicas dos solos e feições
superficiais.
21
Para análise litológica da BHRJ, utilizou-se o método de classificação
proposto por Trentin et al. (2015), que descreveu a litologia da bacia
hidrográfica do Rio Ibicuí.
Para a interpretação da litologia, os autores utilizaram o Mapa Geológico
do Estado do Rio Grande do Sul, em escala 1:750.000, assim como trabalhos à
campo. A análise e processamento dos dados, para este trabalho de
graduação, foi dada pela interface do software ArcGis, o qual possibilitou a
intersecção dos dados referente a bacia hidrográfica do Rio Ibicuí, para a área
de estudo.
As litologias presentes na BHRJ, foram definidas da seguinte forma:
Arenito Eólico- Botucatu, Arenito fluvial com grânulos –Guará, Arenito fluvial
micáceo – Sanga do Cabral, Vulcânica e Vulcânica de Rebordo.
No processamento dos dados, para a execução e análise do mapa
simplificado de solos, utilizou-se a classificação proposta por Streck et al
(2002), o qual descreve os diferentes tipos de solos distribuídos pelo território
do Estado do Rio Grande do Sul.
Além disso, uso-se a base cartográfica de solos da Bacia Hidrográfica do
Rio Ibicuí, disponível no banco de dados do LAGEOLAM. Os tipos de solos
encontrados na BHRJ, são: Argissolos, Latossolos, Neossolos e Planossolos.
Os métodos adotados para a elaboração do mapa geoambiental da
BHRJ, utilizou o banco de dados da litologia, geomorfologia, unidades de
relevo, uso e ocupação da Terra e de solos, para a interpolação dos dados
obtidos, definindo consequentemente, as Unidades Geoambientais.
Para análise geoambiental da BHRJ, as Unidades Geoambientais
devem ser compartimentadas de forma homogêneas, que possam caracterizar
os elementos físicos da paisagem, servindo de suporte para possíveis
ocupações.
Na elaboração do mapa geoambiental, a partir de interpolação das
informações, definiu-se os seguintes Sistemas Geoambientais: Sistema Alto
Jaguari (correlacionando a unidade de rebordo e unidade do planalto
meridional), Sistema Baixo Jaguari (caracterizado por arenitos das colinas e
morrotes) e Sistema Ibicuí (caracterizados pela áreas planas).
22
4. RESULTADO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
4.1 Análise da rede de drenagem
A Bacia Hidrográfica do Rio Jaguari, possui uma área aproximada de
5.149,73 km², tendo seus canais de drenagem distribuídos por 11 (onze)
municípios do Estado do Rio Grande do Sul: Jaguari, Jari, Jóia, Mata, Nova
Esperança do Sul, Santiago, São Francisco de Assis, São Miguel das Missões,
São Vicente do Sul, Toropi e Tupanciretã (Figura 1).
24
O Rio Jaguari é afluente à margem direita do Rio Ibicuí, sendo este um dos
principais tributários do Rio Uruguai, o qual é o limite natural entre os países do
Brasil e da Argentina. O canal principal do Rio Jaguari, possui uma extensão de
539 km, estando à direção de fluxo, no sentido Norte-Sul.
A bacia hidrográfica conta com 2.451 canais de drenagem, que juntos
contabilizam 6.647,42 km de extensão, resultando como valor no parâmetro
densidade de drenagem 1,29 km/km².
A bacia hidrográfica apresenta como ordem de hierarquia máxima,
conforme a classificação proposta por Strahler (1952), canal de 6ª ordem. A
Tabela 1, apresenta o número de canais e o comprimento total dos canais, por
ordem de hierarquia:
Ordem Nº de Canais Comprimento Total dos Canais (km)
1ª ordem 1.810 3.874,46
2ª ordem 453 1.083,45
3ª ordem 136 626,67
4ª ordem 49 436,07
5ª ordem 2 470,80
6ª ordem 1 155,97
Total 2.451 6.647,42
Tabela 1 - Variáveis morfométricas da rede de drenagem. Fonte: O autor.
4.2 Hipsometria
A análise da hipsometria, leva em consideração as diferentes altitudes
espacializadas na área de estudo, comparadas ao nível do mar. Para isso, é
necessário realizar a interpolação de dados altimétricos, para visualização das
regiões de baixa, média e de altas elevações.
A Bacia Hidrográfica do Rio Jaguari, apresenta uma amplitude
altimétrica de 468 metros, sendo a menor cota de 76 metros, localizada
próxima à foz do rio, e a maior cota é de 544 metros, localizada ao norte da
bacia hidrográfica.
As classes hipsométricas (Tabela 2) foram divididas no software ArcGis,
sendo definidas à partir de arredondamentos matemáticos:
25
Classes Área (km²) Porcentagem (%)
< 100m 430,98 8,36
100 – 200m 1020,43 19,81
200 – 300m 832,18 16,15
300 – 400m 2093,27 40,64
400 – 500m 745,30 14,47
> 500m 27,55 0,53
Tabela 2 - Resultados referentes à área e porcentagem de cada classe hipsométrica. Fonte: O autor.
Desse modo, percebe-se que há a predominância da classe 300 –
400m, ocupando 40,64% da área total da bacia hidrográfica. A classe que
representam altitudes maiores que 500 metros, são as que ocupam uma menor
área na bacia hidrográfica, estando esta situada no Planalto Meridional (Figura
2).
27
4.3 Declividade
A declividade de encostas é um elemento muito estudado, já que é um
dos fatores que contribuem em diversos processos de vertente, como os
movimentos de massa, e processos erosivos, além de interferirem nos
processos de uso e ocupação dos solos. Além disso, auxilia no entendimento
dos processos ligados à matéria e energia.
A bacia hidrográfica apresenta como classes predominantes de
declividade, conforme a Tabela 3, declives entre 5 - 15% (2.535,92 km²),
caracterizando o terreno como Colinas Fortemente Onduladas, e declives entre
2 – 5%, caracterizando Colinas Suaves. Essas declividades (Figura 3) são
comumente encontradas próximas às drenagens e topos de morros e morrotes.
Tabela 3- Resultados referentes à área e porcentagem das classes de declividade.
Classes Área (km²) Porcentagem
(%)
< 2% 709,67 13,78
2 – 5% 1222,82 23,74
5 – 15% 2535,92 49,24
> 15% 681,32 13,23
Fonte: O autor.
29
4.4 Curvatura de Vertentes
As vertentes são descritas como um elemento da superfície terrestre
inclinado em relação a horizontal, que apresenta uma gradiente e uma
orientação no espaço.
A feição Divergente - Convergente refere-se à curvatura no Plano,
enquanto que a feição Convexa - Côncava refere-se ao Perfil de curvatura. A
feição Divergente - Convergente está relacionada à direção ortogonal da
vertente, enquanto que a feição Convexa - Côncava refere-se à direção de
orientação, influenciando na velocidade escoamento.
As encostas Convergente – Côncava, apresentam-se com a maior área
1.677,13 km², representando 32,56% da área total, seguida das encostas
Convergente – Convexa, com área de 1.461,93 km², representando 28,38% da
área.
Na Tabela 4, podemos visualizar a distribuição das encostas em áreas
(km²), enquanto que na Figura 4, visualizamos sua representação na bacia
hidrográfica.
Fonte: O autor.
Classes Área (km²) Porcentagem (%)
Convergente - Côncava 1.677,13 32,56
Convergente - Convexa 1.461,93 28,38
Divergente - Convexa 1.452,43 28,20
Divergente - Côncava 558,23 10,84
31
4.5 Uso e ocupação da Bacia Hidrográfica do Rio Jaguari
Devido a grande extensão da bacia hidrográfica do Rio Jaguari,
podemos diferenciar os diferentes usos e formas da ocupação do solo,
levando-se as condições físicas do relevo.
A análise do uso e ocupação da área de estudo, percebe-se que a
presença de solo exposto é quase insignificante, compara as demais classes
destacadas no trabalho. A distribuição da vegetação dá-se em quase toda a
área da bacia hidrográfica.
O campo apresenta-se como maior área encontrada, cerca de 2.150,80
km², estando situados próximo aos canais de drenagem, e principalmente na
foz na bacia hidrográfica. Nesse ambiente, facilita a criação e o manejo de
gado.
A vegetação arbórea apresenta-se como a segunda maior área, cerca
de 1.116,13 km², estando esta junto aos canais de drenagem, e também em
regiões de transição do relevo, ou seja, entre o Planalto Meridional e a
Depressão Periférica.
A área urbana presente na área de estudo, com uma área aproximada
de 1.039,03 km², é encontrada em sua maior parte ao Noroeste da bacia
hidrográfica, sendo representando a área urbana do município de Santiago –
RS. Mais ao Sul, encontramos a área urbana do município de Nova Esperança
do Sul –RS, sendo estas as áreas as mais expressivas apresentadas no mapa
(Figura 5).
O uso do solo para à expansão das lavouras, encontramos na porção
Norte da bacia hidrográfica, sendo de forma expressiva a produção de grãos de
trigo, milho e principalmente de soja na região.
Os cursos d’água representam 1,92% da área total, sendo um
componente natural imprescindível para o desenvolvimento econômico para a
região. Além da utilização da água para o uso em atividades agropastoris,
utiliza-se a água para o abastecimento de água potável para a sociedade. Além
disso, as forças das águas do Rio Jaguari, geram energia na Hidrelétrica
Furnas do Segredo.
33
4.6 Geomorfologia
Na análise geomorfológica da BHRJ, baseando-se no terceiro nível
proposto na compartimentação geomorfológica da bacia hidrográfica do Rio
Ibicuí, definiu-se as seguintes unidades: Modelado de patamares do planalto
das missões, Modelado de patamares residuais em arenitos, Modelado de
relevo ondulado em rocha friável, Modelado de áreas planas aluviais e
Modelado de rebordo do planalto (Figura 6).
A unidade Modelado de patamares do planalto das missões, localizada
ao norte da bacia hidrográfica do Rio Jaguari, pode ser caracterizada como
porções do relevo com altitudes situadas entre 400 e 500 metros. Esta unidade
traz como características principais o relevo levemente ondulado junto as
nascentes dos principais cursos d’água passando para um relevo mais
ondulado com associação de morros, morrotes e colinas. Os solos variam de
mal a bem desenvolvidos, de acordo com a posição do relevo e a porção do
derrame em decomposição.
A unidade Modelado de patamares residuais em arenitos, localizada ao
sudoeste da bacia hidrográfica, situa-se em porções do relevo com altitudes
entre 120 e 200 metros. Esta unidade é constituída por formas de relevo do tipo
colinas associadas a morrestes isolados de arenitos. Os solos, predominantes,
sobre as colinas são bem desenvolvidos e arenosos com pouca diferenciação
sobre os horizontes constituídos por Latossolos arenosos e, por vezes, devido
ao baixo teor de argila, podem ser classificados como Neossolos.
A unidade Modelado de relevo ondulado em rocha friável, situa-se em
porções do relevo com altitudes entre 40 a 60 metros, sendo definidas como
formas de colinas que ocorrem sobre sequencia de rochas sedimentares
friáveis de diferentes composições, com predomínios de arenitos finos. Os
solos são bem desenvolvidos, caracterizados como Argissolos vermelho-
amarelos. Concreções e nódulos de ferro são comuns formando lentes e
camadas no solo.
A unidade Modelado de áreas planas aluviais, situa-se em porções do
relevo com altitudes de 80 a 100 metros, sendo caracterizada por depósitos
sedimentares de canal, planície de inundação e terraços. A baixa declividade
34
desta unidade forma áreas planas sujeitas a inundações periódicas
favorecendo os processos de acumulação e deposição de sedimentos.
A unidade Modelado de rebordo do planalto está associada à transição
entre o Planalto das Missões e a Depressão do Ibicuí, estando situada nas
porções do relevo com altitudes que variam entre 180 a 400 metros. Sua
configuração acidentada testemunha a atual fase de evolução do Planalto da
Serra Geral, sendo o relevo é formado por escarpas abruptas associadas a
formas de morros e morrotes.
36
4.7 Litologia
As litologias obtidas na BHRJ (Figura 7), consiste na descrição dos tipos
de rochas presente na área de estudo. As litologias encontradas na BHRJ, são
definidas da seguinte forma: Vulcânica, Vulcânica de Rebordo, Arenito fluvial
micáceo – Sanga do Cabral, Arenito Fluvial com grânulos – Guará e Arenito
Eólico Botucatu.
O litótipo Vulcânica é encontrada no topo do planalto (ao Norte da
BHRJ), sendo rochas vulcânicas ácidas. Constituem a fácie Caxias
apresentando cores cinza claro, esverdeado e castanho. Sob observação
microscópica define-se textura micrográfica, glomeroporfirítica, constituída por
fenocristais de plagioclásio, piroxênio e minerais opacos envoltos em uma
matriz holocristalina (TRENTIN el al., 2015).
O litótipo Vulcânica – rebordo do planalto, são constituídos por basaltos
formadores da base dos derrames que forma a encosta do rebordo. Constituem
litótipos cinza escuros, maciços com arranjos intergranular. Forma segundo
CPRM (2006), a fácie Gramado, que corresponde a basaltos com baixo titânio.
O litótipo Arenito fluvial micáceo, pertencente à Formação Sanga do
Cabral, distribui-se ao sul da BHJ. Esta litologia caracteriza-se pela ocorrência
comum de micas, concreções carbonáticas e fósseis vegetais. O litótipo situa-
se ao Sul da BHJ, em contato com a litologia arenito fluvial com grânulos –
Guará.
O litótipo Arenito Fluvial com grânulos – Guará, caracteriza-se por sua
textura de areia com grânulos silicosos dispersos, estrutura, por vezes bem
definida, de estratos cruzados acanalados e planares. O alto conteúdo de
quartzo, a pouca ocorrência de ligantes gera uma rocha friável com material de
alteração muito susceptível a processos erosivos.
O litótipo localiza-se na BHRJ, entre as litologias arenito fluvial micáceo
e arenito eólico – Formação Botucatu.
O litótipo Arenito eólico – Formação Botucatu, caracteriza-se por
arenitos médios a finos, elevada esfericidade e aspecto fosco, róseos, exibindo
estratificação cruzada tangencial, de médio a grande porte, indicando um
ambiente eólico de deposição. Na BHRJ, situa-se no sentido Leste – Oeste,
próximo ao rebordo do planalto.
38
4.8 Solos
A BHRJ apresenta uma grande variação de tipos de solo em sua área,
influenciando os mesmos, nos tipos de vegetação, formas de ocupação, e
principalmente voltado à produção agrícola.
Na elaboração do mapa simplificado dos tipos de solos (Figura 8), foram
definidos os seguintes tipos: Argissolos, Latossolos, Neossolos e Planossolos.
O tipo Neossolo apresenta-se com a maior área na BHRJ (Tabela 5),
com 2.249,80 km² de extensão, representando 43,68 % da área total da área
de estudo. Os Neossolos caracterizam-se por solos rasos ou profundos, de
formações recentes e encontradas nas mais diversas condições de relevo,
refletindo assim, solos pouco desenvolvidos. Na BHRJ, o tipo Neossolos
encontra-se em regiões com declividades entre 5 – 15%, sendo visível a
predominância de campos para pastagens, influenciando na degradação do
solo.
O tipo Latossolo apresenta-se com uma área de 1.479,60 km² de
extensão, representando 28,73% da área total. Os Latossolos caracteriza-se
por serem solos bem desenvolvidos e profundos e altamente intemperizado. Na
BHRJ, os Latossolos localizam-se em maior parte da porção Norte, e uma
pequena parte da região Sudoeste da bacia hidrográfica. Solos bem
desenvolvidos acarretam na utilização para a implantação de lavouras, sendo
visível na BHRJ.
O tipo Argissolo apresenta-se com uma área de 1.162,80 km² de
extensão, representando 22,57 % da área total da BHRJ. Os Argissolos
caracteriza-se por solos profundos e bem drenados, mas com baixa fertilidade
natural. Na BHRJ, os Argissolos apresentam-se em declividades entre 2 – 5%,
ocorrendo em relevos suavemente ondulados, tendo os campos como
cobertura vegetal predominante.
O tipo Planossolo apresenta-se com uma área de 257,50 km² de
extensão, representando 5,0% da área total. Os Planossolos caracterizam-se
como solos mal drenados e textura arenosa. Na BHRJ, os Planossolos situam-
se ao Sul da bacia hidrográfica, próximo ao leito do rio, estando em
39
declividades menores que 2%. Os Planossolos são aptos para o cultivo do
arroz irrigado próximo às várzeas e para o cultivo de pastagens.
Tabela 5- Tipos de solos e sua distribuição na Bacia Hidrográfica do Rio
Jaguari.
Tipo de Solo Área (km²) Porcentagem (%)
Neossolo 2.249,80 43,68
Latossolo 1.479,60 28,73
Argissolo 1.162,80 22,57
Planossolo 257,50 5,0
Fonte: O autor.
A Figura 8 descreve a distribuição dos tipos de solos na BHRJ:
41
4.9 Análise Geoambiental
A análise geoambiental da BHRJ propicia o entendimento e
interpretação dos sistemas geoambientais a partir das características físicas
dos elementos naturais componentes da paisagem.
Após as análises da litologia, geomorfologia, unidades de relevo, uso e
ocupação da Terra e de solos, definiu-se os 3 (três) sistemas geoambientais da
BHRJ: Sistema Alto Jaguari, Sistema Baixo Jaguari e Sistema Ibicuí (Figura 9).
4.9.1 Sistema Alto Jaguari
O Sistema Alto Jaguari caracteriza-se por estar em porções de grandes
altitudes, na porção geomorfológica Planalto Serra Geral. Este sistema
geoambiental, distribui-se em declividades que vão de 5 – 15% (Unidade do
Planalto Meridional) e maiores que 15% (Unidade de Rebordo), influenciando
em diferentes usos e manejos do solo.
Apresentam solos desenvolvidos como os Latossolos e os Neossolos,
que facilitam a produção agrícola no Planalto Meridional e o desenvolvimento
de vegetação arbórea, em decorrência da fertilidade do solo, nas porções de
rebordo. Predominam-se colinas de altitudes na porção ao norte da BHRJ,
enquanto que na região de rebordo, há presença de associações de morros e
morrotes.
A Unidade do Planalto localiza-se ao norte da BHRJ, apresentando
declividades entre 5-15%, que facilitam produção em lavouras, e o
desenvolvimento de campos para a criação de gados. A execução dessas
atividades agropastoris está ligada aos tipos de solos, sendo caracterizado
pelos Latossolos e os Neossolos.
A Unidade de Rebordo localiza-se ao sul da Unidade do Planalto,
apresentando declives maiores que 15%, que caracteriza- se pela presença de
vegetação arbórea na região de rebordo. Dessa forma, o uso do solo para a
produção agrícola não se intensifica, devido ao tipo de solo presente na região,
sendo o solo pouco desenvolvido, sendo estas características dos Neossolos.
Em geral, as rochas vulcânicas predominam-se no Sistema Alto Jaguari,
caracterizadas por sua forma ácida, formadas por basaltos escuros, cinza e
42
claros. Nessas características, a rede de drenagem tende a aparece
rencaixada nos vales, influenciando no escoamento da água maior energia.
4.9.2 Sistema Baixo Jaguari
O Sistema Baixo Jaguari caracteriza-se por estar em porções de médias
altitudes, na porção geomorfológica da Depressão Periférica do RS. Este
sistema geoambiental, distribui-se em declividades entre 2 – 5% (Unidade
Arenitos Botucatu e Guará e Unidade Sanga do Cabral), e maiores que 15%
(Unidades Morrotes). Predominam-se colinas suavemente onduladas, com a
presença de Morrotes, que caracterizam os morros testemunhos.
O Sistema Baixo Jaguari apresenta a predominância de solos bem
drenados e profundos, mas que apresentam baixa fertilidade natural
(Argissolos), influenciando na produção agrícola e consequentemente refletindo
na predominância dos campos. Além dos Argissolos, os Latossolos também
estão inseridos nesse sistema geoambiental, mas em menor proporção de
área.
A Unidade Arenitos Botucatu e Guará, situada próximo ao rebordo,
caracterizam-se pelos processos e formas semelhantes. Devido às estruturas e
a textura dos grãos médios, esta unidade é susceptível aos processos
erosivos, de maneira acelerada. Com isso, os canais de drenagem transportam
mais sedimentos em seus leitos, acarretando em depósitos de sedimentos em
áreas mais planas do canal principal.
A Unidade Sanga do Cabral, caracteriza-se pela presença de arenitos
finos, com intrusões de micas. Esta unidade situa-se em declividades entre 2 –
5%, influenciando na velocidade de fluxo do canal principal. O tipo de solos
influencia do uso e ocupação do relevo, sendo que os Argissolos apresentando
baixo índice de fertilidade conforme Streck et al, 2002, resultam na grande
extensão de campos pela unidade geoambiental.
Vale ressaltar, que em menos proporção, há cultivo da plantação de
arroz, próximo ao leito do rio principal, aproveitando regiões de várzea do canal
de drenagem.
A Unidade Morrotes, situada em pequenas áreas ao sul da BHRJ,
caracteriza- se por declividades acima de 15%, descrevendo a presença de
Morrotes isolados. Esses Morrotes isolados caracterizam o recuo do Planalto.
43
Nesta unidade geoambiental, distribui-se vegetação arbórea, caracterizando as
mesmas condições físicas do rebordo do planalto, que também apresenta
vegetação arbórea em sua superfície.
4.9.3 Sistema Ibicuí
O Sistema Ibicuí caracteriza-se por estar em porções de baixas
altitudes, na porção geomorfológica da Depressão Central do RS. Este sistema
geoambiental distribui-se em declividades menores que 2%, caracterizando a
Unidade Áreas Planas.
O Sistema Ibicuí a predominância de solos profundos e bem drenados
(Argissolos), e solos mal drenados encontrado em área de várzea, com relevo
plano e suave (Planossolos). O relevo nessas condições, apresenta fatores
favoráveis a cultura de plantação de arroz, nas áreas de várzea do Rio Jaguari.
As rochas sedimentares encontradas nesse sistema, estão associadas à áreas
de depósito de sedimentos próximo a foz do Rio Jaguari.
5. CONCLUSÃO
A realização do estágio foi importante por possibilitar, aplicar na prática,
muito dos conceitos estudados em sala de aula durante o curso Técnico em
Geoprocessamento, assim solidificando o conhecimento adquirido.
Na realização das atividades de estágio, o aluno intensifica os estudos
relacionados a temática que está trabalhando, refletindo assim, em um melhor
preparo para o mercado de trabalho.
O Geoprocessamento surge neste momento, em que o aumento da
exploração dos recursos naturais está intenso, trazendo ferramentas que
possam minimizar esses impactos negativos, através de dados
georreferenciados.
Ao definir os sistemas geoambientais, podem-se entender os processos
naturais a partir das correlações entre geomorfologia, litologia, tipos de solos,
uso e ocupação da terra e a hidrografia, sendo essas temáticas abordadas e
discutidas no decorrer do trabalho.
Portanto, a Análise Geoambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Jaguari
cumpriu o objetivo de caracterizar os elementos físicos do relevo, para
entender os processos naturais existentes na bacia hidrográfica, e caracterizá-
los de forma clara e objetiva.
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