uso de plantas medicinais na gravidez: uma revisÃo … · 2019-02-25 · 2 quÉzia santos moreira...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA
QUÉZIA SANTOS MOREIRA DA SILVA
ELLEN BRITO SILVA
USO DE PLANTAS MEDICINAIS NA GRAVIDEZ: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA
SÃO CRISTÓVÃO-SE
2017
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QUÉZIA SANTOS MOREIRA DA SILVA
ELLEN BRITO SILVA
USO DE PLANTAS MEDICINAIS NA GRAVIDEZ: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA
SÃO CRISTÓVÃO-SE
2017
Trabalho de conclusão de curso apresentado para obtenção de diploma para farmacêutico. Curso: Farmácia Área de concentração: Ciências da Saúde. Orientação: Profª. Drª. Francilene Amaral da Silva.
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QUÉZIA SANTOS MOREIRA DA SILVA ELLEN BRITO SILVA
USO DE PLANTAS MEDICINAIS NA GRAVIDEZ: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Área de concentração: Ciências da Saúde/Farmácia.
Data da defesa: 16/03/2017
Resultado: _____________________
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________
ORIENTADORA: Profa. Dra. Francilene Amaral da Silva
Universidade Federal de Sergipe
_____________________________________________
1º Exam.: Prof. MsC. Anderson Ribeiro dos Santos
Universidade Federal de Sergipe
____________________________________________
2º Exam.: Fernando Henrique Oliveira de Almeida
Universidade Federal de Sergipe
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RESUMO
As plantas medicinais são consideradas seguras e eficazes pela população
devido à ideia de que é natural e não faz mal, o que pode trazer danos à saúde
por possuírem princípios tóxicos. Os maiores usuários de ervas medicinais são
as mulheres, devido à tradição, entre elas, as grávidas, que fazem uso na
maioria das vezes, para alívio dos sintomas na gravidez. Porém durante esse
período o uso de qualquer substância pode gerar dano para a mãe e para o
feto. Por isso, o conhecimento de plantas medicinais para mulheres grávidas
precisa ser mais aprofundado para garantir tratamento efetivo e avaliação dos
riscos. Foram realizadas buscas nas seguintes bases de dados: Pubmed,
Scopus, Web of Science, Lilacs e ScienceDirect. Adotando-se como critério de
inclusão: artigos originais, artigos nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola
e artigos estudos com gestantes, parteiras e profissionais ligados ao período
gestacional. E Como critério de exclusão: artigos que não disponibilizavam o
resumo na base de indexação, estudos feitos com animais, estudos que não
incluíam mulheres grávidas. Após 2227 artigos pré-selecionados, para
discussão do artigo, 61 artigos foram analisados servindo de base para fazer o
levantamento das patologias e as plantas medicinais mais recorrentes no
período gestacional. Após análise, sintomatologias ligadas à gravidez e
patologias diferentes foram citadas e inúmeras plantas medicinais para o
tratamento destas. A planta mais citada foi o Zingiber officinale, utilizado pelas
gestantes para tratar hiperemese gravídica, com vários estudos comprovando a
eficácia, e demonstrando ser seguro na gravidez. O conhecimento sobre
plantas medicinais é muito difundido na população, porém as utilizadas na
gravidez têm poucos estudos experimentais. Necessitando de mais estudos na
área, levando em conta efetividade e segurança da mãe e bebê.
Palavras-Chaves: Plantas Medicinais; Gravidez; Potenciais Teratogênicos.
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ABSTRACT
Medicinal plants are considered safe and effective by the population due to the
idea that it is natural and does not harm, which can cause damage to health by
having toxic principles. The biggest users of medicinal herbs are women, due to
tradition, among them, the pregnant women, who make use of most of the time,
to relieve the symptoms in pregnancy. But during this time the use of any
substance can cause harm to the mother and the fetus. Therefore, knowledge
of medicinal plants for pregnant women needs to be further developed to
ensure effective treatment and risk assessment. Searches were conducted in
the following databases: Pubmed, Scopus, Web of Science, Lilacs and
ScienceDirect. Adopting as inclusion criterion: original articles, articles in the
Portuguese, English and Spanish languages and articles studies with pregnant
women, midwives and professionals related to the gestational period. E As an
exclusion criterion: articles that did not provide the summary on the basis of
indexation, animal studies, studies that did not include pregnant women. After
2227 pre-selected articles, 61 articles were analyzed to serve as a basis for the
study of the most recurrent pathologies and medicinal plants in the gestational
period. After analysis, symptoms related to pregnancy and different pathologies
were cited and innumerable medicinal plants for the treatment of these. The
most cited plant was Zingiber officinale, used by pregnant women to treat
hyperemesis gravidarum, with several studies proving efficacy, and proving to
be safe in pregnancy. The knowledge about medicinal plants is very widespread
in the population, but those used in pregnancy have few experimental studies.
Needing more studies in the area, taking into account effectiveness and safety
of mother and baby.
Keywords: Medicinal Plants; Pregnancy; Potential Teratogenic.
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Fluxograma da seleção dos artigos
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SUMÁRIO
1. Introdução................................................................................................9
2. Material e Métodos................................................................................10
2.1. Estratégia de Pesquisa................................................................10
2.2. Seleção dos Estudos...................................................................10
2.3. Coleta de Dados..........................................................................11
2.4. Análise e Resultado dos dados....................................................11
3. Resultados e Discussão.......................................................................12
3.1. Sintomatologia..............................................................................13
3.1.1. Plantas Medicinais para Hiperemese gravídica......................13
3.1.2. Plantas Medicinais para o Parto.............................................14
3.1.3. Plantas Medicinais para Aumento do tônus muscular..........15
3.1.4. Plantas Medicinais para Aborto..............................................15
3.2. Patologias.....................................................................................16
3.2.1. Plantas Medicinais para Dor abdominal.................................16
3.2.2. Plantas Medicinais para Flatulência.......................................17
3.2.3. Plantas Medicinais para Infecções.........................................18
3.2.4. Plantas Medicinais para Insônia.............................................19
3.2.5. Plantas Medicinais para Relaxamento....................................19
3.2.6. Plantas Medicinais para Má digestão.....................................20
3.2.7. Plantas Medicinais para Stress...............................................21
3.2.8. Plantas Medicinais para Diurético...........................................22
3.2.9. Plantas Medicinais para Azia..................................................22
3.2.10. Plantas Medicinais para Hipotermia...................................23
3.2.11. Plantas Medicinais para Queixas gástricas.......................23
3.2.12. Plantas Medicinais para Gastrite.......................................24
3.2.13. Plantas Medicinais para Dor no peito................................25
3.2.14. Plantas Medicinais para Faringite......................................25
3.2.15. Plantas Medicinais para Comprometimento cognitivo.......26
3.2.16. Plantas Medicinais para Amebíase....................................26
3.2.17. Plantas Medicinais para Erupção cutânea........................27
3.2.18. Plantas Medicinais para Prurido........................................27
3.2.19. Plantas Medicinais para Cicatrização de feridas...............28
8
3.2.20. Plantas Medicinais para Trombose....................................28
3.2.21. Plantas Medicinais para Gripe e Tosse.............................29
3.2.22. Plantas Medicinais para Infecções do trato urinário.........31
3.2.23. Plantas Medicinais para Constipação................................32
3.2.24. Plantas Medicinais para Ansiedade...................................33
3.2.25. Plantas Medicinais para Cólicas intestinais.......................34
3.2.26. Plantas Medicinais para Laxante.......................................34
3.2.27. Plantas Medicinais para Dor de garganta..........................35
3.2.28. Plantas Medicinais para Hipertensão.................................36
3.2.29. Plantas Medicinais para Anemia........................................37
3.2.30. Plantas Medicinais para Hemorroidas...............................37
3.2.31. Plantas Medicinais para Astenia – Fadiga.........................38
3.2.32. Plantas Medicinais para Dor de dente...............................39
3.2.33. Plantas Medicinais para Estrias.........................................40
3.2.34. Plantas Medicinais para Infecções bucais.........................40
3.2.35. Plantas Medicinais para Estimulante.................................41
3.2.36. Plantas Medicinais para Inquietação.................................41
3.2.37. Plantas Medicinais para Distúrbios circulatórios................42
3.2.38. Plantas Medicinais para Sedativo......................................43
3.2.39. Plantas Medicinais para Sinusite.......................................44
3.2.40. Plantas Medicinais para Edema.........................................44
3.2.41. Plantas Medicinais para Depressão leve...........................45
4. Conclusão..............................................................................................46
5. Referências Bibliográficas...................................................................48
9
1. INTRODUÇÃO
Desde as civilizações mais antigas se têm conhecimento do uso de plantas
para tratamento de doenças e alívio de dores. Mas o uso de fitoterápicos com
finalidade profilática, curativa, paliativa ou com fins de diagnóstico só passou a
ser oficialmente reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em
1978, quando recomendou a difusão mundial dos conhecimentos necessários
para o seu uso. Em 2005, a OMS reforçou o estímulo a respeito das políticas
de Medicina Tradicional e fitoterápicos (SAÚDE, 2006).
Ainda nos dias de hoje as plantas medicinais são muito difundidas nas
populações quilombolas, indígenas e rurais, como tratamento para diversas
doenças. O saber sobre alternativa medicinal foi transmitido de pais para filhos,
do contato do homem com a natureza, passando de geração para geração.
Com o passar do tempo, com o advento das tecnologias, o uso de ervas para
tratamento das doenças sofreu uma diminuição por parte da sociedade. Por ser
natural, ultimamente as plantas vêm ganhando novamente um espaço na
população. (F. R. G. NETO, ALMEIDA, JESUS, & FONSECA, 2014)
As plantas medicinais são consideradas seguras e eficazes pela população.
Mas é bom lembrar, que as plantas possuem vários tipos de substâncias
diferentes, agindo não apenas em uma alteração fisiológica, mas em todo
organismo. (NASRI & SHIRZAD, 2013)
Por acharem que é natural e não faz mal, a população faz o uso das plantas
medicinais podendo trazer danos à saúde, por possuírem princípios tóxicos.
(PISANO, DE AZEVEDO PAIVA, DOS SANTOS PIZELLI, & FERREIRA, 2015)
No mundo, os maiores usuários de ervas medicinais, são as mulheres,
devido à tradição, entre elas, as grávidas, que fazem uso na maioria das vezes,
para alívio dos sintomas da gravidez, principalmente náuseas, vômitos e
constipação. Para preparação do parto e como abortivas. (TALOUBI ET AL.,
2013)
No caso particular de mulheres grávidas, o uso de qualquer medicamento ou
produto, natural ou sintético, deve sempre ter em conta a relação risco-
benefício. Durante esse período acontecem mudanças metabólicas e
fisiológicas para concentrar no desenvolvimento de um novo ser, e algumas
10
substâncias podem causar efeito danoso nesse processo. Mesmo com todas
essas restrições estudos mostram que o uso de medicamentos é elevado
nesse período. (CAMARGO, 2015)
O conhecimento de plantas medicinais para mulheres grávidas precisa ser
mais aprofundado para garantir efetividade e avaliação dos riscos para mãe e
bebê. (NERGARD ET AL., 2015)
O presente estudo enfoca uma revisão integrativa da literatura sobre plantas
medicinais utilizadas na gravidez, bem como as que devem ser evitadas por
apresentarem algum potencial teratogênico.
2. MATERIAL E MÈTODOS
2.1. Estratégia de Pesquisa
Foram buscados artigos observacionais e ensaios clínicos.
A estratégia envolve a pesquisa nos seguintes bases de dados:
Pubmed, Scopus, Web of Science, Lilacs e ScienceDirect. As palavras chaves
foram tiradas do Mesh.
Os descritores em inglês: medicinal Plants; pregnancy; abortifacient
agents; menstruation-Inducing agents; biologic products; adverts effects;
teratogenic potential. Os operadores boleanos foram utilizados entre as
palavras chaves.
2.2. Seleção dos estudos
Dois revisores avaliaram independentemente os títulos, descritores e os
resumos de todos os estudos identificados na busca eletrônica. A partir desta
ação, foi criada uma coleção de estudos para serem avaliados pelos revisores.
Os critérios de inclusão usados foram: (1) artigos originais, (2) artigos
nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola e (3) Estudos com gestantes,
parteiras e profissionais ligados ao período gestacional.
Foram excluídos da revisão os artigos que não disponibilizavam o
resumo na base de indexação, estudos feitos com animais, estudos que não
incluíam mulheres grávidas. Além disso, os artigos indexados repetidamente
em dois ou mais bancos de dados foram considerados apenas uma vez.
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A análise dos artigos selecionados foi realizada por dois revisores
independentes, com as discordâncias resolvidas por consenso. As divergências
de seleção foram resolvidas através de discussão com um terceiro revisor, e
pela obtenção de consenso entre os três revisores.
2.3. Coleta de dados
Os trabalhos resultantes da busca eletrônica foram revisados
manualmente de forma independente por dois revisores onde nesse momento
foram categorizados de acordo com o tipo de estudo, avaliado a qualidade dos
trabalhos e realizado coleta dos dados utilizando formulários padronizados
previamente.
Após reunião de consenso foram ser excluídos artigos que tinham
qualidade questionável ou que não possuíam dados que se enquadrarem ao
objetivo da revisão.
2.4. Análise e apresentação dos resultados
Os revisores se reúnem para fase de análise dos dados, tabulação dos
mesmos e interpretação dos resultados obtidos.
Dá se continuidade com a construção do texto da Revisão e produção
do artigo científico.
12
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A realização da busca individual feita por dois revisores Q.S.M.S. e
A.J.S.F se dá linha por linha do fluxograma (fig. 1).
Foram selecionados 61 artigos de estudos científicos sobre plantas
medicinais utilizadas na gravidez, para apresentação desse trabalho. A
avaliação desses estudos serviu de base para fazer o levantamento de
Artigos identificados através da pesquisa na base de dados
(n = 2227)
Artigos adicionais identificados através de outras fontes
(n = 0)
Artigos depois de duplicados removidos (n = 68)
Registros selecionados
(n = 2056) Registros excluídos
(n = 1995)
Artigos em texto completo avaliados para
elegibilidade (n = 61)
Artigos em texto completo excluídos, com
motivos (n = 57)
IDE
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13
patologias e sintomatologias associadas à gravidez e as plantas medicinais
utilizadas no período gestacional.
3.1. Sintomatologia
3.1.1. Hiperemese Gravídica
Náuseas e Vômitos são tão frequentes no início da gravidez que muitas
vezes são utilizados como símbolos que expressam a gestação. Ocorrem
principalmente no primeiro trimestre, sendo prevalente em mais de três quartos
de todas as gestantes. A patogênese ainda não é bem definida. Vários fatores
metabólicos e neuromusculares têm sido associados a essa condição, o nível
de HCG é uma delas. (CHAI ET AL., 2011)
Dos 61 estudos científicos analisados, 11 (18%) falavam de Zingiber
officinale (Gengibre) para tratar náuseas e vômitos. Sendo que, 5 eram
estudos randomizados com gestantes.
Fischer-Rasmussen, em um ensaio clínico duplo-randomizado com 30
mulheres grávidas usando pó da raiz do Zingiber officinale, após 4 dias de uso,
19 (63,4%) das mulheres que participaram do estudo, deram preferência ao
Zingiber officinale para diminuição ou eliminação da hiperemese gravídica
(FISCHER-RASMUSSEN, KJAER, DAHL, & ASPING, 1991).
Smith desenvolveu um ensaio de equivalência controlada e randomizado
com 291 mulheres gestantes, para avaliar se o Zingiber officinale era
equivalente ao cloridrato de piridoxina (vitamina B6). Ao final do estudo o
gengibre foi terapeuticamente equivalente à vitamina B6 para melhorar a
náusea, vômito seco e vômito (SMITH, CROWTHER, WILLSON, HOTHAM, &
MCMILLIAN, 2004).
No Memento Fitoterápico, o Zingiber officinale é indicado como
antiemético, antidispéptico, e nos casos de cinetose. Relata que é seguro na
gravidez, que um estudo para avaliar efeitos teratogênicos em crianças cuja
mãe fez uso de Zingiber officinale na gravidez, mas não foi observado
(BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).
Um Overview avaliou 6 estudos, com um total de 675 participantes, que
entraram no critério de inclusão, sendo duplamente cegos, controlados
aleatoriamente. Desses, 4 mostraram que o Zingiber officinale era superior ao
14
placebo e 2 eram estudos comparativos com a Vitamina B6, que se mostrou
eficaz na hiperemese gravídica. Não houve efeitos adversos, concluindo que o
Zingiber officinale, além de ser benéfico para náuseas e vômitos, é seguro para
ser usado na gravidez (WHITE, 2007).
Outras espécies como: Mentha s.p. (menta); Rubus idaeus (framboesa);
Citrus limon (limão) (KOC, TOPATAN, & SAGLAM, 2012); Echinacea s.p.
(TSUI, DENNEHY, & TSOUROUNIS, 2001); Pimpinella anisum L.; Salvia
officinalis L. (AL-RAMAHI ET AL., 2013), também foram citadas. E em um
estudo observacional as mulheres grávidas relataram substituir o Zingiber
officinale pela Matricaria chamomilla (camomila) (MAATS & CROWTHER,
2002).
3.1.2. Parto
A OMS define o parto como: “aquele cujo início é espontâneo e sem
risco identificado no início do trabalho, assim permanecendo até o parto. A
criança nasce espontaneamente, em posição de vértice, entre 37 e 42
semanas completas de gestação. Após o parto, mãe e filho estão em boas
condições”. Mas nem sempre trabalho de parto são tão fáceis, aumentando o
risco de morbidade e mortalidade para mãe e filho. Não há um consenso sobre
o melhor método para controle do parto prolongado (TRILLO ET AL., 2011).
Dos 61 estudos científicos analisados, 4 (6,5%) artigos citaram Rubus
idaeus (Framboesa) para facilitar o parto.
O chá das folhas de Rubus idaeus (framboesa) é utilizado popularmente
para o tratamento de feridas, diarreia, cólica, estomatite, amidaligte, conjuntivite
e como relaxante uterino. As mulheres tomam na gravidez devido à crença de
que encurta e facilita o trabalho de parto (TALLINI, 2014). Esta planta tem
capacidade uterotônica e liberadora de ocitocina (TRILLO ET AL., 2011).
Parsons e Simpson fizeram um estudo observacional descritivo com
mulheres grávidas, a amostra foi composta por 192 pacientes de baixo risco
em um hospital para avaliar a segurança do uso dessa planta na gravidez e
concluíram que as mulheres grávidas podem fazer o uso da planta para
encurtar o trabalho de parto e sem os riscos de efeitos colaterais (SIMPSON,
PARSONS, GREENWOOD, & WADE, 2001).
15
Outras plantas citadas em estudos transversais foram: Cinnamomum
verum J. Presl (Canela); Cuminum cyminum L.(Cominho); Carum carvi L.
(Alcaravia); Pimpinella anisum (Anis); Nigella ciliaris (Cominho-preto) (ALI-
SHTAYEH, JAMOUS, & JAMOUS, 2015A); Anethum Graveolens (Endro)
(HEKMATZADEH, BAZARGANIPOUR, MALEKZADEH, GOODARZI, &
ARAMESH, 2014); Óleo de Cocos nucifera (coco) (AB RAHMAN ET AL., 2007);
Calotropis procera (Flor-de-seda); Commelina africana (Commelino amarelo);
Duranta repens (Pingo-de-Ouro); Hyptis suaveolens (Cheirosa); Ocimum
gratissimum (Alfavaca-Cravo); Saba comorensis (Fole-de-elefante);
Sclerocarya birrea (Marula); Sida corymbosa (Malva-baixa); Vernonia
amygdalina (Molulu) (ATTAH ET AL., 2012); Phoenix dactylifera L.(Tâmara);
Mentha piperita L. (Hortelã-pimenta); Ricinus communis L. (Óleo de Castor)
(AL-RAMAHI, JARADAT, & ADAWI, 2013).
3.1.3. Aumentar tônus muscular
O artigo “Influence of Digitalis on Time of Onset and Duration of Labour
in Women with Cardiac Disease” avaliou o efeito de Digitalis purpurea em 86
pacientes com insuficiência cardíaca, desses 64 receberam Digitalis purpurea e
os outros 22 foram o controle. No final do estudo, acreditava-se que o início
mais cedo e os trabalhos muito mais curtos em pacientes digitalizados
observados podem ser consequentes ao efeito direto do Digitalis purpurea
sobre o miométrio exercido durante um período prolongado (WEAVER &
PEARSON, 1973).
Apenas 1 (1,64%) dos 61 artigos citou o Digitalis purpurea para
aumentar o tônus muscular.
3.1.4. Aborto
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define o aborto como a
interrupção da gravidez antes da viabilidade do produto da concepção,
correspondendo à perda do concepto até a 20ª e a 22ª semanas completas
e/ou com feto de até 500 g. É considerado espontâneo quando se inicia
independentemente de qualquer procedimento ou mecanismo externo,
geralmente devido a problemas de saúde da mulher ou do feto. É considerado
provocado quando resulta da utilização de qualquer processo abortivo externo,
16
químico ou mecânico. Este pode ter motivação voluntária ou involuntária da
gestante, e ser considerado legal ou ilegal. No Brasil ocorrem
aproximadamente um milhão e quinhentos mil abortos espontâneos e
inseguros com taxa de 3,7 para cada 100 mulheres e 4% das mulheres em
idade fértil recorrem ao aborto provocado no período de um ano (BORSARI ET
AL., 2013). Em 1 (1,64%) dos 61 artigos analisados, foi citado o uso de Cassia
occidentalis L. (Sene).
A Cassia occidentalis L. (sene) tem sido usada como medicina natural
em florestas tropicais e outras regiões tropicais para o tratamento de
inflamação, febre, distúrbios hepáticos, constipação, vermes, infecções
fúngicas, úlceras, infecções respiratórias, mordida de cobra e como um potente
abortivo. Três grupos de ratas grávidas foram tratadas oralmente do 1º ao 6º
dia e do 7º ao 14º dia da gravidez, com doses de 250 e 500 mg/kg resultando
na morte de fetos em ambas as doses. O artigo aconselha que sejam feitos
mais estudos dos efeitos tóxicos dessa espécie, cuja utilização não é
recomendada durante a gravidez (ARAGAO ET AL., 2009).
Outras plantas citadas pela população como abortiva foram:
Radermachera fenicis (Radermáquera) (ABE & OHTANI, 2013); Alangium
salvifolium (Ankol); Daucas carota (Cenoura Selvagem); Solanum surrattense
(Kandankathiri); Prosopis cinerária (Algaroba); Crateva nurvala (Varuna);
Saccharum bengalense (Junco); Euphorbia caducifólia (Leafless Milk Hedge)
(JAIN, KATEWA, CHAUDHARY, & GALAV, 2004); Radix Trichosanthis (Wang
Gua Gen) (KUO-FEN, 1982); Peumus boldus (boldo do Chile); Baccharis
trimera (carqueja); Luffa operculata L. (buchinha do norte), Artemisia vulgaris
(Artemísia); Hisbiscus sabdariffa (hibiscus) (SOUZA MARIA, TANGERINA,
SILVA, VILEGAS, & SANNOMIYA, 2013); Laminnaria digitatta (Laminaria)
(STUBBLEFIELD, NAFTOLIN, FRIGOLETTO, & RYAN, 1975).
3.2. Patologias
3.2.1. Dor abdominal
A dor abdominal é a causa mais frequente em prontos-socorros. É um
desafio para os médicos por abranger inúmeras patologias. E pode ser
classificada em três tipos quanto à duração: Aguda – Início súbito, a duração
17
costuma ser menor que 7 dias; Crônica intermitente – Episódios dolorosos de
minutos ou horas a dias alternados com período assintomático; Crônica
persistente – Duração de mais de 7 dias sem alívio dos sintomas. (DE SOUZA,
SANTO, & MORAES-FILHO, 2006)
Dos 61 artigos analisados, 2 (3,28%) citaram o uso de Pimpinella anisum
L. (Anis) para o tratamento da dor abdominal.
A Pimpinella anisum L. é popularmente usada para prisão de ventre, dor
de estômago, cólica intestinal, como antiespasmódico, carminativo,
expectorante, tônico estomacal, digestivo, e regularizador das funções
menstruais (TAMBOSI & ROGGE-RENNER, 2010).
Mohammed fez um estudo transversal com 372 mulheres de diferentes
faixas etárias, dessas 200 (53,8%) relataram o uso de Pimpinella anisum L.
para dor abdominal. (ALI-SHTAYEH ET AL., 2015A) Porém, não existam
estudos que comprovem sua atividade farmacológica. (TAMBOSI & ROGGE-
RENNER, 2010).
Outras plantas relatadas em outros estudos para tratar dores abdominais
foram: Matricaria chamomilla (camomila); Salvia officinalis (Sálvia); Mentha
piperita L. (hortelã-pimenta); Cinnamomum verum J. Presl (Canela); Cuminum
cyminum L. (Cominho); Capparis spinosa L. (Alcaparra) (AL-RAMAHI ET AL.,
2013); Nigella sativa L. (Cominho-preto) (ALI-SHTAYEH, JAMOUS, &
JAMOUS, 2015B).
3.2.2. Flatulência
Presença excessiva de gases no intestino que pode acumular gases por
fungos e bactérias (OLIVEIRA ET AL., 2001). Aumento de flatulência na
gestação pode ocorrer em vista diminuição da velocidade do trânsito no cólon e
compressão pelo útero em crescimento (KLUG, ORTIZ, AGUIDA, FANG, &
CAPELHUCHNIK, 2007).
Dos 61 estudos analisados, 2 (3,28%) haviam citado Pimpinella anisum
L. (Anis) para tratar flatulência.
Foi citado como uso popular, em um estudo transversal com 300
mulheres, das quais 120 relataram o uso de plantas medicinais durante a
gravidez, 74 (61,7%) relataram o uso de Pimpinella anisum L. para flatulência
(AL-RAMAHI ET AL., 2013). Outro estudo com 372 mulheres, 329 (88,4%)
18
relataram o uso de plantas medicinais durante a gravidez, dessas 200 (60,7%)
citaram Pimpinella anisum para flatulência (ALI-SHTAYEH ET AL., 2015A).
Outras plantas citadas pela população em estudos foram: Matricaria
chamomilla (Camomila); Mentha piperita L. (Hortelã-pimenta); Capparis spinosa
L. (Alcaparra); Cuminum cyminum L.(Alcaparra) (AL-RAMAHI ET AL., 2013)
3.2.3. Infecções
Uma infecção é a invasão de tecidos corporais por parte de
organismos microscópicos, como as bactérias, os vírus ou os fungos, por
exemplo. Normalmente, inúmeros agentes infecciosos vivem no corpo de um
indivíduo sem causar doenças porque estão contidos pelo sistema
imunológico da pessoa. No entanto, se esse equilíbrio for desfeito, sobrevêm
uma doença infecciosa. O sistema imunológico do hospedeiro reage, mas nem
sempre é capaz de vencer os agentes infecciosos sem a ajuda de vacinas e
medicações. Há mesmo alguns agentes infecciosos que desempenham papel
útil para os seres humanos, como algumas bactérias da flora intestinal
(ABCMED, 2014).
As infecções alteram a saúde da mulher, causando problemas na sua
função reprodutora. Na gravidez, as doenças infecciosas ganham uma atenção
especial. Devido à imunossupressão humoral e celular, vírus, bactérias e
protozoários, se aproveitam desse estado e se proliferam, podendo ter
potencial envolvimento com o feto, causando abortos, natimortos, má formação
congênita, entre outros (SAÚDE & DIVISÃO DE SAÚDE MATERNA, 2000;
ZANINI & PASCHOAL, 2004).
Dos 61 estudos analisados, 1(1,64%) artigo relatou o uso de duas
plantas para o tratamento de infecções, no entanto, a mais citada pela
população foi a Salvia officinalis L. (Sálvia).
A Salvia officinalis L. tem no óleo essencial a presença de 1,8-cineol que
tem atividade antimicrobiana e antifúngica. Para comprovar essa atividade
Pereira et al. (2004) avaliou a atividade antimicrobiana frente a diversas cepas
de microrganismos, a S. officinalis L. apresentou 79% de inibição, provando a
sua atividade satisfatória (PEREIRA, SUMITA, FURLAN, JORGE, & UENO,
2004).
19
Em um estudo descritivo com 300 mulheres, 120 relataram o uso de
plantas medicinais durante a gravidez e 55 (45,8%) relataram o uso de S.
officinalis L. para o tratamento de infecções (AL-RAMAHI ET AL., 2013).
Outras plantas citadas por uso popular foram: Pimpinella anisum L.
Matricaria chamomilla L.(Camomila); Trigonellafoenum-graecum L. (Feno-
Grego) e Foeniculum vulgare Mill (Funcho) (AL-RAMAHI ET AL., 2013).
3.2.4. Insônia
Durante o sono existe um balanço das atividades do sistema autônomo.
Uma ativação no sistema simpático por: nicotina, café, medo, ansiedade, fome,
etc., pode prejudicar o sono. A ativação do sistema simpático tem como
resposta reflexiva o aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos.
Sendo assim, insônia pode ser definida como dificuldade de dormi e/ou manter
o sono, ou presença de sono insuficiente para promover bem-estar e descanso
físico e mental, comprometendo atividades do dia-a-dia (POYARES ET AL.,
2003).
Dos 61 artigos analisados, 3 (4,92%) citaram o uso de Valeriana
officinalis (Valeriana) para o tratamento da Insônia.
De acordo com o memento fitoterápico, a Valeriana officinalis em
experimentos em animais, foram observadas: Ação depressora central,
sedativa, ansiolítica, espasmolítica e relaxante muscular. Em um estudo
randomizado com 121 pacientes mostraram resultados positivos durante 28
dias de tratamento. No entanto, apesar de ser usado por gestantes é
contraindicado o seu uso na gravidez, por provocar relaxamento muscular,
causando aborto (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).
Outras plantas citadas para essa finalidade foram: Matricaria chamomilla
(Camomila); Foeniculum vulgare Mill (Funcho); Equinacea (FACCHINETTI ET
AL., 2012); Salvia pratensis (Sábio) (KOC ET AL., 2012).
3.2.5. Relaxamento
Estado oposto ao stress, anulando os seus efeitos negativos. Dirigindo o
sistema corporal para o equilíbrio, melhorando respiração, reduzindo níveis de
hormônios ligados ao stress, equilibrando pressão sanguínea e batimentos
20
cardíacos, aumentando função imunológica e diminuição da tensão muscular
(DE SOUSA FILHO, 2009).
Dos 61 artigos analisados, 1 (1,69%) a população citou a Pimpinella
anisum L. (Anis) para o relaxamento.
A Pimpinella anisum tem sido relatada por uso popular como relaxante e
calmante. Em um estudo descritivo com 300 mulheres que 120 relataram o uso
de plantas medicinais durante a gravidez 74 (61,7%) dessas citaram o uso de
P. anisum para relaxamento (AL-RAMAHI ET AL., 2013). A Pimpinella anisum
possui ação terapêutica reconhecida como calmante e antiespasmódica (DE
FARIA, AYRES, & ALVIM, 2004).
Entretanto, o consumo é contraindicado durante a gestação por provocar
o relaxamento do útero, estimular o sangramento e o aborto espontâneo
(GORRIL ET AL., 2016).
Outras plantas citadas como calmante foram: Matricaria chamomilla
(Camomila); Thymus vulgaris L. (Tomilho); Mentha piperita (Alecrim-pimenta)
(AL-RAMAHI ET AL., 2013).
3.2.6. Má digestão
Ou dispepsia se refere à dor ou desconforto no abdômen superior. O
desconforto se refere a uma sensação subjetiva que o doente não vê como dor,
que pode incluir vários sintomas inespecíficos (SILVA, 2000). É muito comum
na gravidez alterações na digestão que está relacionado aos hormônios
progesterona e polipeptídios intestinais. Estudos demonstraram alteração no
tempo de trânsito do intestino delgado e alterações na absorção de sódio e
água no colón, diminuindo o tônus intestinal e o peristaltismo. A redução da
motilidade do cólon e tempo de absorção prolongado, aumenta absorção de
água, tornando as fezes menos volumosas, causando obstipação (KLUG ET
AL., 2007).
Dos 61 artigos analisados, 1 (1,64%) estudo descritivo-exploratório com
31 gestantes, foi citado o uso de Peumus boldus (Boldo) para tratar a má
digestão (DE FARIA ET AL., 2004).
Estudos in vitro e em órgãos isolados demonstraram atividades
colerética e antiespasmódica. Em estudos não-clínicos em ratos verificou-se a
ação colerética, medida pelo aumento da secreção de bile pela vesícula biliar.
21
Os preparados contendo Peumus boldus aumentam a secreção biliar e
fluidificam a bile sem alterar a sua composição. No entanto, apesar de ser
relatado o seu uso na gestação, o alcaloide boldina age como relaxante da
musculatura lisa, de acordo com estudos realizados em órgãos isolados,
podendo causar abortos (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).
Outras plantas citadas para má digestão foram: Mentha s.p. (Hortelã);
Baccharis trimera (Carqueja) e Foeniculum vulgare Mill (Funcho) (DE FARIA
ET AL., 2004).
3.2.7. Stress
Um estado de tensão que causa um desequilíbrio intenso no organismo,
conhecido como “Mal-do-século”, é um problema comum na sociedade atual,
atingindo uma boa parte da população. Por não saberem lidar com a tensão
devido às mudanças no estilo de vida às pessoas estão ficando mais
debilitadas e, com isso, vulneráveis ao stress, que tem assumido o status de
doença. De acordo com estudos, o stress é uma reação do organismo frente a
situações que exijam adaptações além do seu limite. O stress não afeta só o
corpo e a mente, mas também a qualidade de vida e o convívio com as
pessoas que estão ao redor (SADIR, BIGNOTTO, & LIPP, 2010).
1 (1,64%) dos 61 artigos analisados, tinha a Melissa officinalis (Melissa)
indicada para o combate ao stress.
Um estudo descritivo com 129 parteiras, 42 (32,56%) indicava o uso de
plantas medicinais na gravidez, dessas 14 (33,3%) indicaram Melissa officinalis
para o stress (KOC ET AL., 2012).
Em um ensaio clínico com 20 voluntários estressados que tinham
transtornos de ansiedade de leve a moderada e distúrbios do sono.
Apresentaram melhoras no quadro ao final do tratamento com Cyrakos um
extrato padronizado de Melissa officinalis (CASES, IBARRA, FEUILLERE,
ROLLER, & SUKKAR, 2011).
Outras plantas como Salvia officinalis (Sálvia), Foeniculum vulgare Mill
(Funcho), Matricaria chamomilla (Camomila) também foram citadas como uso
popular para tratar o stress (KOC ET AL., 2012).
22
3.2.8. Diurético
São utilizados para tratamento de doenças associadas à retenção de sal
e água, formando edema, estando relacionado à insuficiência cardíaca e
cirrose. Então, o diurético é um agente que leva a uma excreção aumentada de
íons de Sódio e de água. Importante na terapêutica da insuficiência cardíaca
congestiva, do edema pulmonar, da ascite hepática e da hipertensão. Porém o
uso abusivo de diuréticos pode acarretar metabólicos desfavoráveis,
provocando eliminação demasiada de sódio e a queda do volume intravascular
(hipovolemia). Aumentando o nível de aldosterona devido ativação do sistema
de compensação, eliminando potássio, gerando alcalose (MARA Z. ET AL.,
2014).
Dos 61 artigos lidos, 1 (1,64%) relatou Equisteum arvense (Cavalinha)
como diurético.
Em um estudo transversal foram entrevistadas 400 mulheres, dessas,
224 (56%) relataram o uso de plantas medicinais na gravidez, dentro dessas, 8
citaram Equisteum arvense como diurético (NORDENG & HAVNEN, 2004).
O Equisteum arvense possui uma grande capacidade de eliminar a água
do corpo aumentando a micção até 30% a mais do que o habitual. Esta
propriedade é graças à equisetonina e potássio, presentes na planta
(SANDHU, KAUR, & CHOPRA, 2010).
Em outros estudos foram relatados uso de Taraxacum officinalis (Dente-
de-leão) (NORDENG & HAVNEN, 2005); Pimpinella anisum L. (Anis);
Matricaria chamomilla L. (Camomila) (AL-RAMAHI ET AL., 2013).
3.2.9. Azia
Um distúrbio funcional do esôfago, que tem como característica
queimação ou desconforto atrás do esterno que irradia para o epigástrico e
pescoço. A sensação de queimação é causada pela exposição do esôfago ao
conteúdo ácido do estômago (KAHRILAS & SMOUT, 2012).
Dos 61 artigos analisados, em 1 (1,64%) artigo a população citou o uso
de Salvia officinalis L. para tratar a azia.
Em um estudo descritivo com 300 mulheres, 120 relataram o uso de
plantas medicinais durante a gravidez e 55 (45,8%) relataram o uso de Salvia
officinalis L. (Sálvia) para tratar azia (AL-RAMAHI ET AL., 2013). Apesar de ter
23
sido relatado o uso de Salvia officinalis L. por gestantes, não tem estudo que
mostre a sua eficácia para o tratamento da azia. Porém, no Formulário
Fitoterápico brasileiro não é recomendado o uso dessa planta para mulheres
grávidas (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011).
Outras plantas foram citadas como uso popular Mentha piperita L.
(Alecrim-pimenta) e Prunus amygdalus (Amêndoa) (AL-RAMAHI ET AL., 2013).
3.2.10. Hipotermia
Diminuição da temperatura corporal, quando a temperatura desce abaixo
de 30°C, a capacidade do hipotálamo para regular a temperatura é perdida.
Inicialmente tem-se uma resposta mediada pelas catecolaminas que aumenta a
frequência cardíaca, débito cardíaco e da pressão arterial. Depois, essa
resposta é suplantada pelo ionotropismos e conotropismos negativos, que
culmina na diminuição do débito cardíaco e da perfusão tecidular.
(MAGALHÃES, ALBUQUERQUE, PINTO, & MOREIRA, 2001)
Dos 61 artigos analisados, em 2 (3,28%) artigos foi citado o uso de
Sambucus nigra (Sabugueiro) para tratamento do Frio.
Sambucus nigra usado popularmente como diaforéticas em quadros
febris. Foi relatado em um estudo com 600 mulheres grávidas, das quais, 238
(39,7%) relataram fazer uso de plantas medicinais na gravidez, dessas, 15
(2,5%) usaram Sambucus nigra para combater os sintomas do frio
(NORDENG, BAYNE, HAVNEN, & PAULSEN, 2011).
Supostamente, os farmacógenos aumenta a resposta das glândulas
sudoríparas estimulando a produção de calor corporal, tal efeito deva estar
relacionado aos seus constituintes (flavonoides e ácidos fenólicos) (SCOPEL,
2005).
Outras plantas também foram citadas como uso popular para tratamento
do frio Echinacea (NORDENG & HAVNEN, 2004); Glycyrrhiza glabra (Alcaçuz)
(CHOI ET AL., 2013).
3.2.11. Queixas gástricas
Os tipos de queixas mais frequentes são: queimação (Exposição do
esôfago ao ácido do estômago), regurgitação (Expulsão de alimentos vindo do
esôfago e do estômago, sem náuseas, nem contrações musculares violentas),
24
dores na região epigástrica, sensação de inchaço, saciedade precoce, enjoo e
vômito (MATTIJS NUMANS, NIEK DE WIT, JOS DIRVEN, CORIEN
HEEMSTRA-BORST, GERARD HURENKAMP, MIEKE SCHEELE, JAKO
BURGERS, JONGH, & COMAZZETTO, 2014).
Dos 61 artigos que foram analisados em 1 (1,64%) a população citou o
uso de Mentha s.p. (Hortelã) para tratar queixas gástricas.
Vários estudos sobre levantamento etnobotânico relatam o uso popular
da Mentha s.p. para queixas gástricas. Um estudo descritivo com 129 parteiras,
42 (32,56%) indicava o uso de plantas medicinais na gravidez, dessas, 2 (4,8)
indicaram o uso de Mentha s.p. para queixas gástricas (KOC ET AL., 2012).
De acordo com Cortez, o óleo essencial de Mentha sp. Tem
propriedades contra distúrbios gastrointestinais, analgésicas, antiespasmódica,
antisséptica, estimulante e sedativa (CORTEZ, JACOMOSSI, & CORTEZ,
1999).
Em um estudo com parteiras foi relatado o uso de Thymus vulgaris
(Tomilho) para queixas gástricas (KOC ET AL., 2012).
3.2.12. Gastrite
Para alguns estudiosos o termo gastrite é empregado de maneira
equivocada tanto por médicos, quanto por pacientes. De acordo com Zeitune
gastrite é quando ocorre inflamação da mucosa gástrica com lesão, como na
inflamação causada por Helicobacter pylori. Mas no caso de dano epitelial sem
inflamação como no caso do uso de anti-inflamatórios não-esteroidais (AIENS)
o termo correto seria gastropatia. Mas de modo grosseiro gastrite é a presença
de processo inflamatório no estômago (ZEITUNE & MONICI, 2000).
Dos 61 artigos analisados, em 1 (1,64%) foi relatado o uso de Baccaris
trimera (Carqueja) para tratar a gastrite.
Em um Diálogo com 31 gestantes elas relataram o uso de Baccharis
trimera para gastrite (de Faria et al., 2004). Porém estudos com ratas wister do
extrato da planta Baccharis trimera mostram ação abortiva, não sendo
recomendado o seu uso na gestação (PERON ET AL., 2008).
Outra planta citada como uso popular para gastrite é a Pimpinella
anisum L. (Anis) (Al-Ramahi et al., 2013), mas não tem nenhum estudo
comprovando a sua eficácia.
25
3.2.13. Dor no peito
É a expressão mais sintomatológica da emergência dos hospitais.
Estudos elegeram os principais fatores de risco, dislipidemia, hipertensão
arterial, diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo e consumo de álcool
(GOMES, DE QUEIROGA, DE ARAUJO, & DA SILVA BEZERRA, 2014). É
complexo saber diferenciar uma dor torácica relacionada a problemas
cardíacos ou outras causas, exigindo do profissional uma conduta rápida e um
diagnóstico preciso (MISSAGLIA, NERIS, & SILVA, 2013).
Dos 61 artigos analisados em 1 (1,64%) artigo citaram o uso de duas
plantas para tratar a dor no peito, no entanto, a Pimpinella anisum L. (Anis) foi
a mais citada no estudo.
Em um estudo transversal feito com 300 mulheres grávidas, dessas, 74
(61,7%) citaram o uso popular de Pimpinella anisum para dor no peito; Nesse
mesmo estudo 35 (29,2%) mulheres relataram também o uso de Thymus
vulgaris L. (Tomilho) para o tratamento (AL-RAMAHI ET AL., 2013). Não foram
encontrados estudos que comprovem a eficácia do uso popular das duas
plantas.
3.2.14. Faringite
Uma inflamação da faringe que pode ser causada por vírus ou bactérias.
As mais perigosas que devem ser tratadas para não haver complicações são
as estreptocócicas. Geralmente causa odinofagia e febre, linfadenopatia
cervical dolorosa ou não, eritema de faringe com ou sem exsudato
(FERNANDO SUAREZ ALVAREZ, MARCELO DOMINGUEZ CANETTI,
WILSON BRAZ CORRÊA FILHO, 2012).
Dos 61 estudos científicos analisados 1 (1,64%) citou Thymus vulgaris L.
(Tomilho) para tratar faringite.
Em um estudo transversal com 300 mulheres grávidas 35 (29,2%) delas
relataram o uso de Thymus vulgaris L. para o tratamento da faringite (AL-
RAMAHI ET AL., 2013). O óleo essencial de Thymus vulgaris L. é amplamente
usado como fitoterápico, usado na prevenção e tratamento de infecções. Seus
principais constituintes, timol, carvacrol, cimeno e pineno, têm sido
relacionados à atividade biológica da planta.
26
Martinez et al. avaliaram ação antimicrobiana de Thymus vulgaris frente
diversas cepas, apresentando ampla atividade antibacteriana (SANTOS ET
AL., 2010).
3.2.15. Comprometimento cognitivo
Quadro clínico que ocorre declínio em um ou mais domínios cognitivos,
o que pode levar a um prejuízo no desenvolvimento de atividades mais
complexas, mesmo que o paciente não apresente quadro de demência. O
diagnóstico tem por objetivo identificar causas tratáveis e se existe risco de
evolução para demência. Quando a causa do comprometimento é identificada,
o tratamento é direcionado a doença subjacente. Reabilitação cognitiva para
déficits específicos tem apresentado ótimos resultados (RADANOVIC, STELLA,
& FORLENZA, 2015).
O uso de Ginkgo biloba L. (Ginkgo) foi citado em 1 (1,64%) artigo dos 61
analisados para tratar o comprometimento cognitivo.
Em um estudo transversal com 860.215 mulheres grávidas, 787
relataram o uso de plantas medicinais na gravidez, 4 (0,5) citaram a Ginkgo
biloba L. para tratamento do comprometimento cognitivo (HOLST, NORDENG,
& HAAVIK, 2008).
O uso de Ginkgo biloba L. é ancestral e estende-se até os dias atuais
para tratamento e prevenção de afecções relacionadas ao envelhecimento e,
particularmente, de transtornos da memória (FORLENZA, 2003). O extrato de
Ginkgo biloba L. possui princípios ativos, que promove aumento do suprimento
sanguíneo cerebral por vasodilatação e redução da viscosidade sanguínea,
atividade antioxidante, além de diminuir radicais livres de oxigênio nos tecidos
nervosos. Além de ação preventiva contra oxidação dos tecidos nervosos
(PINTO ET AL., 2015).
3.2.16. Amebíase
As amebas de vida livre constituem um grupo de ampla dispersão
ambiental, como água, solo, ar e também na orofaringe de humanos saudáveis.
Elas não requerem um hospedeiro em seu ciclo, e as infecções são
consideradas acidentais ou oportunistas. Atualmente sabe-se que várias
27
espécies do gênero são causadoras de infecções extremamente graves que
podem levar à morte (PACHECO & MARTINS, 2008).
Dos 61 artigos analisados, em 1 (1,64%) artigo citou-se Allium sativum L.
(Alho) pela população para tratar ameba.
Em um estudo com 300 mulheres, 120 (40%) relataram o uso de plantas
medicinais na gravidez. Dessas que relataram o uso de plantas medicinais, 3
(2,5%) usaram Allium sativum L. para Ameba (AL-RAMAHI ET AL., 2013). Em
um estudo descrito por Laguna, verificou-se que alicina uma substância
presente no alho inibe fortemente as proteases de cisteína, álcool
desidrogenases, bem como redutases tiorredoxina de que são fundamentais
para manter o correto estado redox dentro da ameba (LAGUNA & NORIS,
2016).
3.2.17. Erupção Cutânea
Uma alteração notável na textura ou cor da pele. A pele coça, apresenta
elevações e fica escamosa, rachada ou irritada. Erupções cutâneas são
causadas por muitos tipos de doenças, incluindo alergias, medicamentos,
cosméticos e vários distúrbios. As erupções cutâneas ocorrem quando uma
pessoa toca em algo que causa uma reação. A maior parte dessas erupções
cutâneas pode ser tratada sem a ajuda de um médico. As erupções cutâneas
podem provocar coceiras, mas coça-las pode piorar a situação e impedir a
cicatrização (PHILLIP, 2012).
Dos 61 artigos analisados, 1 (1,64%) fez referência ao uso do Aloe vera
L. (Babosa) para tratar erupções cutâneas.
Em um estudo transversal com 600 mulheres grávidas das quais 16
(2,7%) citaram o uso de Aloe vera L. para o tratamento de erupções cutâneas
(NORDENG ET AL., 2011).
Um estudo com crianças no Reino Unido comprovou a eficácia da Aloe
vera L. para dermatite cutânea (PANAHI ET AL., 2012).
3.2.18. Prurido
Ou comichão é uma sensação que instintivamente induz a coçar. A
coceira persistente pode causar avermelhamento e fissuras profundas na pele.
Coçar-se e esfregar a pele de forma prolongada pode provocar um aumento da
28
espessura da mesma e o aparecimento de uma crosta. Pode ser causada por
uma lesão cutânea ou por uma doença sistêmica. Entre as doenças cutâneas
que provocam comichão intensa encontram-se as infestações por parasitas
(sarna, pediculose), as picadas de insetos, a urticária, a dermatite atópica e as
dermatites alérgica e de contato.
Dos 61 artigos que foram analisados, em 1 (1,64%) foi citado o uso do
Aloe vera L. (Babosa) para tratar o comichão.
Em um estudo com 600 mulheres grávidas, 16 (2,7%) relataram o uso
de Aloe vera L. para o tratamento do comichão (NORDENG ET AL., 2011).
3.2.19. Cicatrização de feridas
Dos 61 artigos, 1 (1,64%) citou Aloe vera L. (Babosa) para cicatrização
de feridas.
Em um estudo descritivo com 400 mulheres, cerca de 39,7% relataram
uso de plantas durante a gravidez, entre as mais citadas está a Aloe vera L.
que é citada para problemas de pele (NORDENG & HAVNEN, 2004).
No memento Fitoterápico a Aloe vera L. é indicado para a cicatrização
de feridas e queimaduras. Estudos in vivo mostraram a cicatrização pelo gel de
Aloe vera L. através da estimulação direta de macrófagos e fibroblastos
(BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).
Em um estudo comparativo de um creme 0,5% de Aloe vera L. e
sulfadiazina de prata, o creme de Aloe vera L. foi superior nos resultados,
quanto à cicatrização e a reepitelização da pele (KHORASANI,
HOSSEINIMEHR, AZADBAKHT, ZAMANI, & MAHDAVI, 2009).
3.2.20. Trombose
Trombose, de acordo com Allen e col., é a oclusão completa ou parcial
de uma veia por um trombo, com reação inflamatória, primária ou secundária,
da parede da veia. Como denominação, é preferível a de trombose venosa,
proposta por Virchow (J. B. NETO, WOLOSKER, TOLEDO, & LEÃO, 1960). O
trombo venoso é um depósito intravascular composto de fibrina e glóbulos
vermelhos com uma quantidade variável de plaquetas e leucócitos, que se
forma, usualmente, em regiões de fluxo baixo ou anômalo dos seios valvares.
Além disso, pode apresentar-se em áreas de traumas diretos. Os fatores
29
tradicionalmente implicados na patogênese da trombose venosa são a ativação
da coagulação, a lesão endotelial e a estase venosa (tríade de Virchow)
(ORRA, 2008).
Dos 61 estudos científicos analisados, 1 (1,64%) fez referência ao Allium
sativum (Alho) como antitrombótico.
Um estudo na Suécia com 860.215 mulheres grávidas durante um
período de 9 anos, 787 (0,9%) mulheres relataram o uso de plantas medicinais
na gravidez, dentre as plantas, o Allium sativum foi citado por 4 (0,5%)
mulheres, para prevenção de trombose (HOLST ET AL., 2008).
No Memento Fitoterápico o Allium sativum tem como indicação
terapêutica para prevenção de alterações vasculares (BRASIL. MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2016).
Em uma revisão sobre a ação farmacológica do Allium sativum sobre o
sistema cardiovascular afirma que, as formas cruas, em algumas preparações
do alho, são largamente reconhecidas como agentes antiplaquetários que
podem contribuir na prevenção de doenças cardiovasculares, sendo a aliicina e
os tiossulfantes os responsáveis por esta resposta farmacológica (SCHULZ,
HANSEL, & TYLER, 2002) (Â. ALMEIDA & SUYENAGA, 2009).
BORDIA ET AL. (1996) verificaram a inibição da agregação plaquetária,
em ratos tratados com extrato aquoso de alho, na dose de 50mg/kg (via oral),
com a redução de tromboxano-2 (TBX-2) no plasma de ratos, após 4 semanas
de tratamento (BORDIA, MOHAMMED, THOMSON, & ALI, 1996).
3.2.21. Gripe e Tosse
A gripe é o resultado de uma infecção viral aguda por vírus da
família influenza, que normalmente podem contaminar aves e mamíferos.
Trata-se de uma infecção mais grave que a do resfriado comum, embora
muitas vezes seja confundida com ele. Seja por sua ação direta, seja pelas
complicações que pode acarretar. A gripe pode ser transmitida pessoa a
pessoa por gotículas de saliva expelidas quando a pessoa contaminada tosse,
espirra ou assoa o nariz, podendo ser transmitida também de forma direta pela
saliva, secreções nasais, sangue, fezes ou superfícies contaminadas
(ABCMED, 2013). Existem 3 tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus
influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto
30
na saúde pública e não está relacionado com epidemias. O vírus influenza A e
B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A
responsável pelas grandes pandemias (PORTAL SAÚDE, 2017). Os mais
comuns são: febre alta (superior a 38ºC), calafrios, dores pelo corpo,
especialmente nas articulações, dores de garganta, dores de cabeça, tosse,
espirros, irritação nos olhos, fadiga e mal-estar geral. Pode causar também dor
abdominal, náuseas e vômitos, sobretudo nas crianças (ABCMED, 2013).
A tosse é um dos sintomas da gripe sendo ela um reflexo natural na
tentativa de eliminar qualquer irritação pulmonar. O tipo da tosse, quantidade e
cor da secreção assim como o tempo que a pessoa está tossindo determinam
se a tosse é de origem infecciosa como uma virose, ou alérgica como no caso
da rinite (FRAZÃO ARTHUR, 2016).
Dos 61estudos analisados, 5 (8,1%) artigos citaram a Mentha piperita L.
(hortelã-pimenta) para gripe e tosse.
A Mentha piperita L. e o seu óleo têm sido utilizados na medicina
tradicional ocidental como: antiespasmódico, aromáticos e antissépticos no
tratamento de cancros, resfriados, cãibras, indigestão, náuseas, dor de
garganta e dores de dente. Os óleos essenciais têm demonstrado possuir
propriedades antibacterianas, antifúngicas, antivirais, propriedades inseticidas
e antioxidantes (BURT, 2004). Uma grande variedade de metabólitos
secundários tais como taninos, fenóis, esteróides, flavonóides e óleos voláteis,
que foram encontrados in vitro para ter propriedades antimicrobianas. Esta
revisão foi conduzida para avaliar a atividade antimicrobiana e os valores
medicinais de Óleo essencial de Mentha piperita. Extrato aquoso de folhas de
hortelã-pimenta foram antivirais Influenza A, herpes e outros vírus também foi
estudado (NEERAJ, PRAKASH, & SEEMA, 2013).
Outras plantas citadas em estudos sobre a gripe e tosse foram:; Salvia
pratensis (Sábio), Rosa canina L. (Rosa hip); Foeniculum vulgare (Funcho)
Thymus vulgaris L. (Tomilho); Trigonellafoenum-graecum L. (Feno-grego);
Psidium guajava L. (Goiabeira); Citrus limon (L.) Burm.f. (Limão);
Sambucus nigra (Elderberry); Pimpinella anisum (Anis) (AL-RAMAHI ET AL.,
2013); Matricaria chamomilla (Camomila); Salvia officinalis L. (Salva) (ALI-
SHTAYEH ET AL., 2015A); Punica granatum (Romã); Mentha pulegium
(Poejo); Dysphania ambrosioides (Mastruz); Mentha s.p. (Hortelã); Nasturtium
31
officinale (Agrião); Citrus aurantium L. (Laranja da Terra) (DE FARIA ET AL.,
2004); Piper nigrum (pimenta preta); Zingiber officinale Roscoe (Gengibre);
Glycyrrhiza glabra (Alcaçuz); Tilia Europaea L. (Linden) (KOC ET AL., 2012).
3.2.22. Infecções no Trato Urinário
Segundo a Anvisa, na infância, as infecções do trato urinário (ITU’s)
podem ser encontradas em qualquer idade, podendo ter início no período
neonatal, já na idade adulta, a prevalência de bactéria aumenta na população
feminina. A infecção do trato urinário pode afetar apenas o trato urinário
inferior ou superior, comprometendo um dos rins. O termo cistite tem sido
utilizado para descrever uma síndrome que compreende: disúria, polaciúria,
dificuldade de micção e, ocasionalmente, dor à palpação da região supra
púbica. A pielonefrite aguda é uma síndrome clínica que envolve o rim,
caracterizada por dor e/ou sensibilidade à palpação no flanco, febre e
frequentemente bacteriúria, sendo que, por vezes, ocorre disúria, polaciúria,
dificuldade à micção e elevação das proteínas de fase aguda (ANVISA, 2008)
Em 1 (1,64%) dos 61 artigos analisados, foi citado o uso de Allium
sativum L. (Alho) para infecções do trato urinário.
O alho é alvo de muitas pesquisas devido à sua rica composição,
tornando-o eficaz no tratamento de diversas patologias como, por exemplo:
doenças endócrinas, cardiovasculares, além de atingir como antineoplásico,
antimicrobiano, antifúngico e anti-helmíntico. Sua alta concentração de zinco,
selênio e outras substâncias favorecem o aumento da produção de células do
sistema humoral, melhorando assim o sistema imune (QUINTAES, 2001;
KATZUNG ET AL., 2003). Foram utilizados 15 bulbos de Allium sativum,
adquiridos no supermercado para obter o extrato bruto. Além disso, utilizou-se
cepas de bactérias Gram-positivas Staphylococcus aureus, Gram-negativas
Escherichia coli e também fungos Candida albicans. O alho (Allium sativum L.)
é utilizado como tratamento de diversas doenças desde a antiguidade e
estudos recentes confirmam sua ação antimicrobiana (VENTUROSO ET AL.,
2011; FONSECA ET AL., 2014).
O alho apresentou uma ação antifúngica expressiva contra Candida
albicans, quando comparada à ação do Miconazol, como também frente às
culturas de Staphylococcus aureus e Escherichia coli, demonstrando assim, a
32
eficiência do alho como antimicrobiano (H. DE ARRUDA MILANI, TEIXEIRA,
DE SOUSA, DE ABREU, & NINAHUAMAN, 2016)
Outras plantas citadas como uso popular para (ITU’s) foram:
Equisetum giganteum L. (Cavalinha); Taraxacum officinale (Dente-de-leão);
Arctostaphylos uva-ursi (Bearberry) (NORDENG & HAVNEN, 2005);
Petroselinum crispum Mill. (Salsa); Vaccinium macrocarpon (Cranberry) (AL-
RAMAHI ET AL., 2013).
3.2.23. Constipação
A constipação é um problema digestivo muito comum, sendo bastante
frequente no período gestacional. Considera-se constipado o paciente que
apresentar dois ou mais desses sintomas por período mínimo de três meses ao
longo do ano. As manifestações clínicas das alterações funcionais do tubo
digestivo são frequentes na gestação, mas poucos trabalhos avançam além da
notificação dos sintomas e de quando eles ocorrem. As fezes tornam-se menos
volumosas, por menor concentração de água, contribuindo para a constipação.
A explicação para estes eventos relaciona-se com a diminuição da
concentração plasmática de motilina, por influência da progesterona na
gravidez, um polipeptídio intestinal que estimula a contração das fibras lisas do
intestino. Outros fatores devem ser considerados na gênese ou agravamento
dos sintomas. Entre eles inclui-se o programa alimentar, nível de atividade
física, ingestão de água e quantidade adequada de fibras, embora algumas
gestantes com constipação grave possam piorar os sintomas ingerindo fibras
em excesso (KAWAGUTI, KLUG, FANG, ORTIZ, & CAPELHUCNICK, 2008).
Matricaria chamomilla foi citada em 1 (1,64%) dos 61 artigos analisados,
como uso populacional para constipação.
O extrato aquoso-metanólico bruto de Matricaria chamomilla foi
estudado para seu efeito protetor em camundongos contra diarreia induzida por
óleo de mamona e acumulação de fluido intestinal, tendo como resultado suas
atividades antidiarreicas, antissecretórias e a antiespasmódicas que vai poder
relaxar a musculatura do tubo digestivo evitando cólicas e facilitando a saída
das fezes (MEHMOOD, MUNIR, KHALID, ASRAR, & GILANI, 2015).
33
Outras plantas citadas foram: Ribes nigrum (Cassis) (KOC ET AL.,
2012); (erva-doce); Valeriana officinalis (Valeriana); Echinacea (FACCHINETTI
ET AL., 2012).
3.2.24. Ansiedade
A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva
excitação do Sistema Nervoso Central que vem como uma forma de estimular
o nosso corpo para a luta ou para a fuga e consequente à interpretação de uma
situação de perigo. Esta excessiva excitação, na maioria das vezes, acaba
causando certa confusão, uma ineficiência da ação, um aumento do círculo
vicioso, pois esta sensação só faz aumentar ainda mais o estado ansioso. A
ansiedade é o grande sintoma de características psicológicas que mostra a
intersecção entre o físico e psíquico, uma vez que tem claros sintomas físicos,
como: taquicardia, sudorese, tremores, tensão muscular, aumento das
secreções (urinárias e fecais), aumento da motilidade intestinal, cefaleia e
quando recorrente e intensa também é chamada de Síndrome do Pânico
(EFRAIM, 2016).
Na gravidez a ansiedade é considerada um dos principais fatores de
risco, uma vez que o seu desenvolvimento durante a gestação pode
comprometer o feto, estando associado a resultados neonatais negativos como
a prematuridade, baixo peso ao nascer, escores inferiores de Apgar, déficit no
desenvolvimento fetal, além de efeitos duradouros sobre o desenvolvimento
físico e psicológico do filho e às complicações obstétricas como sangramento
vaginal e ameaça de abortamento, além de ser um dos principais fatores de
risco para a depressão pós-parto (M. DE JESUS SILVA, LEITE, NOGUEIRA, &
CLAPIS, 2015).
Em 2 (3,28%) dos 61 artigos oram citados o uso da Valeriana officinalis
L. (Valeriana) para ansiedade.
De acordo com o memento fitoterápico foram observadas em
experimentos animais feitos com a Valeriana officinalis L. ação depressora
central, sedativa, ansiolítica, espasmolítica e relaxante muscular. Nesses
experimentos houve aumento do GABA na fenda sináptica, podendo ser esse
um dos efeitos que causam a atividade sedativa. Esses estudos indicam altas
doses do extrato da raiz de Valeriana officinallis podem causar sedação leve
34
depois das primeiras horas da administração, mas, diferentemente dos
benzodiazepínicos, não reduz a vigília no dia seguinte (BRASIL. MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2016).
Outras plantas citadas foram Matricaria chamomilla (Camomila);
Foeniculum vulgare (Funcho); Equinacea (FACCHINETTI ET AL., 2012).
3.2.25. Cólicas Intestinais
Dor abdominal grave associada com mau funcionamento nos intestinos,
como um bloqueio ou bolha de ar o paciente não pode passar. Um episódio de
cólica intestinal pode começar com uma sensação de agitação
no abdômen. Dependendo da causa, pode haver um desejo de defecar
e constipação pode ocorrer. Os pacientes podem estar inclinados a deitar-se
ou agachamento para aliviar a dor, e ele vai se tornar cada vez mais doloroso
ao longo do tempo como o abdome torna-se rígida, quente e inchado
(WISEGEEK, 2007)
Matricaria chamomilla foi citada em 1 (1,64%) dos 61 artigos analisados
como uso populacional para cólicas intestinais.
O extrato aquoso-metanólico bruto de Matricaria chamomilla foi
estudado para seu efeito protetor em camundongos contra diarreia induzida por
óleo de mamona e acumulação de fluido intestinal, tendo como resultado suas
atividades antidiarreicas, antisecretoras e a antiespasmódicas que vai poder
relaxar a musculatura do tubo digestivo evitando essas cólicas e facilitando a
saída das fezes (MEHMOOD ET AL., 2015).
A Foeniculum vulgare (Funcho) e Melissa officinalis (Melissa) também
são plantas utilizadas para o tratamento da cólica intestinal (DE FARIA ET AL.,
2004).
3.2.26. Laxante
Os laxantes contêm substâncias químicas que ajudam a aumentar a
motilidade das fezes, volume e frequência aliviando a constipação
temporária. Mas quando usados em excesso, eles podem causar problemas,
incluindo constipação crônica. Uma dieta saudável cheia de frutas frescas,
legumes, produtos de grãos integrais, fazer exercícios e beber pelo menos oito
copos de água por dia pode ajudar a prevenir a constipação na maioria das
35
pessoas. Existem diferentes tipos de laxantes que vêm em pílulas, cápsulas,
líquidos, supositórios e enemas. Cada tipo de laxante tem benefícios
específicos e possíveis efeitos colaterais (WEBMD, 2017).
Em 1 (1,64%) dos 61 artigos analisados, foi citado o uso de Matricaria
chamomilla (camomila) como uso populacional para laxante.
O extrato aquoso-metanólico bruto de Matricaria chamomilla foi
estudado para seu efeito protetor em camundongos contra diarreia induzida por
óleo de mamona e acumulação de fluido intestinal, tendo como resultado suas
atividades antidiarreicas, antissecretoras e a antiespasmódicas que vai poder
relaxar a musculatura do tubo digestivo evitando cólicas e facilitando a saída
das fezes (MEHMOOD ET AL., 2015).
Outras plantas utilizadas são Pimpinella anisum L. (Anis); Phoenix
dactylifera L. (Tamareira); Cinnamomum verum J. Presl (Canela); Camellia
sinensis (L.) Kuntze (Chá-verde) (AL-RAMAHI ET AL., 2013).
3.2.27. Dor de garganta
A dor na garganta pode ser causada por infecção viral como no caso da
gripe, infecção bacteriana, fatores ambientais, Doença de refluxo
gastroesofágico (DRGE) condição digestiva onde o ácido do estômago atinge o
esôfago e outras causas muito raras onde pode ser um sinal de HIV ou câncer
de garganta. A dor de garganta pode envolver irritação, dor, coceira e
dificuldade em engolir alimentos ou líquidos podendo estar acompanhada por
sintomas como febre, garanta seca, glândulas inchadas no pescoço, manchas
brancas nas amígdalas, rouquidão, dor nas articulações ou dificuldade em
respirar (HIGUERA, 2016).
A Matricaria chamomilla foi citada em 1 (1,64%) dos 61 artigos
analisados como uso para dor de garganta.
De acordo com o memento fitoterápico estudos realizados com extrato
aquoso de camomila demonstrou atividade anti-inflamatória seletiva sobre a
COX- 2 além de apresentar ação neuroprotetora, antialérgica, antibacteriana e
antitumoral. Porém a Matricaria camomilla é contraindicada para gestantes
devido à atividade emenagoga (aumenta o fluxo menstrual ou provoca
menstruação) e relaxante da musculatura lisa (BRASIL. MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2016).
36
Outras plantas citadas foram: Tilia Europaea L.(Linden) e Rosa x
grandiflora (rosa) (KOC ET AL., 2012).
3.2.28. Hipertensão
É considerada a doença mundial mais comum, sendo um dos principais
problemas mundiais de saúde pública. A alerta se torna ainda maior, quando
atinge uma população específica, as grávidas, sendo a hipertensão a maior
causa de morte materna no país. O risco é tanto para a mãe quanto para o
feto, gerando muitas vezes uma gravidez de alto risco. A fisiopatologia ainda
não é bem definida, mas aponta para o sistema imune da mãe (G. B. S.
ALMEIDA & DE SOUZA, 2017). Estímulo antigênico originário no trofoblasto,
ocorrendo ativação endotelial generalizada, provavelmente mediada por sítios
antigênicos comuns em sua superfície. Provocando reatividade vascular e
vasoespasmo generalizado, típico da patologia, alterações na permeabilidade
capilar e ativação do sistema de coagulação (GUTIERREZ & MINAYO, 2010).
Dados do Ministério da Saúde afirmam que cerca de 40% dos óbitos, a partir
de uma taxa de 140-160 mortes maternas/100.000 nascidos vivos. As doenças
hipertensivas na gravidez são classificadas como: Hipertensão crônica,
previamente à gravidez, ou diagnosticada até a 20° semana da gravidez ou que
persista até 12 semanas após o parto; Pré-eclâmpsia forma de agravamento da
Hipertensão Arterial, Na pré-Eclâmpsia ligeira taxa de Pressão Arterial, 140/90
mmHg e Proteinúria ≥ 300 mg/dl. Pré-Eclâmpsia grave taxa da Pressão Arterial
160/110 mmHg e Proteinúria ≥ 500 mg/dl; Eclâmpsia agravamento da pré-
eclâmpsia, com quadros de convulsões, sem o paciente ter apresentado
epilepsia antes e Hipertensão gestacional diagnosticado após 20 semanas de
gestação podendo manter-se até 12 semanas pós-parto (CAMPOS, 2006).
Foram citados em 2 (3,28%) dos 61 artigos o uso populacional de Allium
sativum (alho) para hipertensão.
De acordo com o memento fitoterápico em ensaios clínicos em uma
metanálise foram revisados 11 estudos randomizados e controlados, utilizando
entre 0,60 - 0,90 g/dia de comprimidos do pó seco, com duração média de 12
semanas. Em oito deles utilizaram 415 sujeitos de pesquisa e em três estudos
utilizaram sujeitos de pesquisa portadores de hipertensão arterial. Em sete
estudos compararam Allium sativum com placebo, em três deles houve um
37
decréscimo na pressão sistólica, e em quatro estudos houve redução na
pressão diastólica. Os resultados proporcionaram evidências para o uso de
Allium sativum na hipertensão arterial como também em ensaios não clínicos.
(BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).
Outras plantas citadas foram: Viscum album (Mistletoe); Lavandula
stoechas; Citrus limon (Limão) (KOC ET AL., 2012).
3.2.29. Anemia
Anemia e deficiência de ferro durante a gravidez são uma preocupação
mundial e são mais frequentes entre as mulheres em idade reprodutiva,
mulheres grávidas e crianças pequenas (GOMES DA COSTA, VARGAS,
CLODE, & M GRAÇA, 2016). A anemia é caracterizada por uma diminuição da
quantidade de glóbulos vermelhos, muitas vezes acompanhada por níveis de
hemoglobina diminuída ou alteração da morfologia dos glóbulos vermelhos.
Concentrações de Hemoglobina correspondentes às anemias moderada e
grave são associadas com aumento de mortalidade materno-fetal e doenças
infecciosas. Mesmo as concentrações em torno de 11 g/dL, próximas ao
nascimento a termo, podem acarretar consequências ao concepto, como baixo
peso e prematuridade (PESSOA ET AL., 2015). A anemia por deficiência de
ferro (IDA) foi encontrada correlacionada com a diminuição do desempenho
cognitivo em muitos estudos. Os sintomas resultam de um fornecimento
prejudicado de oxigênio nos tecidos e podem incluir fraqueza, fadiga,
dificuldade de concentração ou má produtividade do trabalho. As crianças
podem ter problemas com desenvolvimento mental e motor (SHET ET AL.,
2012).
As plantas citadas como uso populacional foram Morus nigra (Mulberry),
Cassia officinalis L. (Cássia) e Ficus carica L. (figo seco) (KOC ET AL., 2012),
porém não há estudos que comprovem suas atividades para anemia.
3.2.30. Hemorroidas
As hemorroidas são veias inchadas localizadas ao redor do ânus ou no
reto inferior. Existem dois tipos: Hemorroidas internas desenvolvem dentro do
ânus ou reto que normalmente você não consegue ver ou sentir e geralmente
não machucam porque você tem poucos nervos sensíveis à dor e hemorroidas
38
externas as quais desenvolvem fora do ânus onde pode haver dor além do
sangramento. Um acúmulo de pressão no seu reto inferior pode afetar o fluxo
sanguíneo e fazer as veias incharem, histórico familiar e ficar sentado por um
longo período de tempo são fatores que podem causar a hemorroida. Os
sintomas das hemorroidas são: coceira em torno do ânus, irritação e dor ao
redor do ânus, doloroso nódulo ou inchaço perto do seu ânus, evacuações
dolorosas e sangramento. Embora hemorroidas sejam dolorosas, não são
fatais e muitas vezes desaparecem por conta própria sem tratamento
(JEWELL, 2016).
Dos 61 artigos 1 (1,64%) citou o uso de Hisbiscus sabdariffa (Hibisco) e
1 (1,64%) dos 61 artigos citou Cassia occidentalis L. (Fedegoso-verdadeiro)
para tratamento das hemorroidas (KOC ET AL., 2012), mas não há artigos que
comprovem suas atividades.
3.2.31. Astenia-fadiga
Durante o primeiro trimestre de gravidez, uma enorme quantidade de
energia vai para a construção de um sistema de suporte de vida para o seu
bebê. Até o final do primeiro trimestre, o corpo terá completado a tarefa de
fabricar a placenta e cresceu um pouco mais acostumado com as mudanças
hormonais e emocionais que ocorreram, o que significa que o segundo
trimestre é geralmente um tempo de energia renovada. Mas cuidado, a fadiga
pode voltar com uma vingança no terceiro trimestre, quando seu feto crescente
coloca mais demandas em seu corpo e como o sono torna-se mais evasivo
porque você está lidando com azia, dor nas costas ou síndrome das pernas
inquietas (WHAT TO EXPECT, 2014). No final da gravidez, provavelmente vai
começar a sentir-se cansado novamente. Neste ponto, você estará carregando
peso extra do bebê, pode ter dificuldade para dormir e lidar com freqüente
urinar com mais freqüência. Embora você possa sentir que você não tem a
energia para exercer, se você incorporar atividade moderada, como uma
caminhada de 30 minutos, isso vai realmente fazer você se sentir mais
energizado. O exercício é benéfico na gravidez, a menos que o seu médico
tenha aconselhado o contrário (HARMS, 2017).
39
Em 1 (1,64%) dos 61 artigos foi citado o uso populacional Salvia
officinalis (Sálvia); Thymus vulgaris (Tomilho) para fadiga/astenia (KOC ET AL.,
2012).
As folhas de Thymus vulgaris L., Salvia officinalis L. foram coletadas
aleatoriamente e armazenadas a -20 ° C até o uso. Após filtração através de
papel de filtro, o resíduo foi reextraído duas vezes e depois os extratos
combinados de cada amostra foram evaporados à temperatura ambiente e
secos em dessecadores sob vácuo até um peso constante. Os resíduos finais
foram utilizados para estudar suas atividades antioxidantes (PIZZALE ET AL.,
2002). Os resultados obtidos mostraram que o Thymus vulgaris e Salvia
officinalis têm um potencial como antioxidantes naturais. O extrato de Thymus
vulgaris exibiu maior capacidade antioxidante que a Salvia officinalis (ROBY,
SARHAN, SELIM, & KHALEL, 2013)
3.2.32. Dor de dente
Dor de dente pode ser afiada, latejante ou constante. Em algumas
pessoas, a dor resulta somente quando a pressão é aplicada ao dente. As
causas comuns incluem inflamação da polpa, geralmente em resposta à cárie
dentária, traumatismo dentário ou outros fatores, hipersensibilidade da dentina
(dor curta e aguda, geralmente associada com superfícies radiculares
expostas), periodontite apical (inflamação do ligamento periodontal e osso
alveolar ao redor (Abscesso apical, abscesso pericoronal e abscesso
periodontal), osteíte alveolar ("soquete seco", possível complicação da
extração dentária, com perda do coágulo sanguíneo e Osso), gengivite
ulcerativa necrotizante aguda (uma infecção da gengiva, também chamada de
"trenchmouth") e outras. O tratamento de uma dor de dente depende da causa.
Se uma cavidade está causando a dor de dente, o dentista irá preencher a
cavidade ou possivelmente extrair o dente, se necessário. Um canal de raiz
pode ser necessário se a causa da dor de dente é determinada a ser uma
infecção do nervo do dente. As bactérias que têm trabalhado sua maneira nos
aspectos internos do dente causam tal infecção. Um antibiótico pode ser
prescrito se houver febre ou inchaço da mandíbula (FRIEDMAN, 2015).
Em 1 (1,64%) dos 61 artigos foi citado o uso populacional Syzygium
aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry para dor de dente.
40
O fruto de Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry é uma
importante planta medicinal submetida ao rastreio fitoquímico e efeito
antimicrobiano de metanol, acetato de etila e extratos de acetona. A atividade
antimicrobiana foi analisada por meio de um método de difusão em ágar-agar
contra bactérias gram-positivas e gram-negativas. Os resultados
estabeleceram que todo o extrato tem atividade antimicrobiana contra
microrganismos selecionados. Justificativa o uso popular dessa planta para
tratar várias doenças infecciosas (VIZHI, IRULANDI, MEHALINGAM, &
KUMAR, 2016).
A Salvia officinalis L. também foi citada 1 (1,64%) vez entre os 61 artigos
como planta utilizada para dor de dente (AL-RAMAHI ET AL., 2013).
3.2.33. Estrias
As estrias ocorrem mais nas mulheres, podendo ser discretas ou
exuberantes, lineares rosadas ou da cor da pele, deprimidas ou discretamente
elevadas na fase inicial e brancas quando tardias, com espessura e/ou largura
variáveis e mais frequentes nas nádegas, coxas, abdômen e costas. Geralmente
aparecem após a distensão excessiva ou abrupta da pele, que desencadeia uma
inflamação e depois rompimento das fibras elásticas e colágenas. Podem ocorrer
em situações como: crescimento, aumento excessivo dos músculos por
exercícios físicos exagerados, colocação de expansores sob a pele ou próteses
(de mamas, por exemplo), gravidez, obesidade, uso prolongado de
corticosteroides tópicos, orais ou injetáveis e anorexia nervosa. É importante o
uso de hidratantes que melhoram a qualidade da pele já que nem sempre o
resultado dos tratamentos é satisfatório (EDILÉIA BAGATIN, 2016).
Em 1 (1,64%) dos 61 artigos foi citado o uso populacional de óleo de
Prunus dulci (Amêndoa) (FACCHINETTI ET AL., 2012) e óleo de Triticum spp.
(Gérmen de trigo) (HOLST ET AL., 2008). Apesar do seu uso populacional, não
há estudos referente a esses dois óleos.
3.2.34. Infecções bucais
A maior parte dos processos patológicos que afetam a cavidade oral
apresenta algum agente infeccioso. Estima-se que mais de 700 espécies de
microrganismos podem ser identificadas na cavidade bucal, das quais, metade
41
pertence ao periodonto, e as demais ocupariam outros microambientes, como
língua, mucosas lisas e superfície dental (PASTER ET AL., 2006). Na cavidade
bucal, estes microrganismos aderem especificamente às células e
componentes teciduais do hospedeiro ou em outros microrganismos,
constituindo a coagregação, levando ao desenvolvimento de comunidades
complexas denominadas de biofilmes, onde a transferência de genes
associados à virulência microbiana e à resistência a antimicrobianos é
frequente, e os mecanismos de defesa do hospedeiro têm eficácia limitada
(AVILA-CAMPOS, N.D.)
Em 1 (1,64%) dos 61 artigos foi citado o uso populacional de Salvia
officinalis L. (Salvia). Porém não há estudos que comprovem sua atividade
antimicrobiana para as infecções bucais (AL-RAMAHI ET AL., 2013).
3.2.35. Estimulante
Os estimulantes aumentam o estado de alerta, atenção e energia, bem
como elevar a pressão arterial, frequência cardíaca e respiração.
Historicamente foram usados para tratar asma e outros problemas
respiratórios, obesidade, distúrbios neurológicos e uma variedade de outras
doenças. Mas como seu potencial para abuso e vício tornou-se aparente, o uso
médico de estimulantes começou a diminuir (National Institute on Drug Abuse,
2016). O fato do uso das substâncias estimulantes para afastar o sono podem
levar à dependência química. Essa pode causar efeitos negativos para os
estudantes, como modificação do raciocínio, humor e comportamento,
diminuição da percepção e estresse (MENDES, Y TRONCOSO, DO
NASCIMENTO, & MÜHLBAUER, 2015).
Em 1 (1,64%) dos 61 artigos foi citado o uso de Panax ginseng L.
(Ginseng) como estimulante, mas ainda não há estudos que comprovem a
eficácia (HOLST ET AL., 2008).
3.2.36. Inquietação
Inquietação antes de grandes situações como entrevistas de emprego
ou grandes decisões é normal, mas constante inquietação não é. A inquietação
constante mantém seu corpo no estado perpétuo do modo "luta ou fuga". A
noite tende a amplificar tudo e a inquietação à noite tende a ser pior para sua
42
mente e corpo especialmente quando combinado com ansiedade. As principais
causas de inquietação são geralmente condições secundárias, como uma
condição física ou um distúrbio psicológico. Principais distúrbios podem incluir:
ansiedade, ataques de pânico, transtorno obsessivo compulsivo, nervosismo,
insônia, tédio, transtorno de déficit de atenção, entre outros (MALONE, N.D.).
Em 2 (3,28%) dos 61 artigos foi citado o uso de Valeriana officinalis
(valeriana) para inquietação (HOLST ET AL., 2008) (NORDENG ET AL., 2011).
De acordo com o memento fitoterápico em experimentos em animais,
foram observadas: Ação depressora central, sedativa, ansiolítica, espasmolítica
e relaxante muscular. Houve aumento do GABA na fenda sináptica via inibição
da recaptação e aumento da secreção do neurotransmissor, podendo ser esse
um dos efeitos que causam a atividade sedativa que pode estar ligada no seu
uso popular em relação a inquietação. Porém, é contraindicada para grávidas.
(BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).
3.2.37. Distúrbios circulatórios
Os problemas começam uma vez que o fluxo
sanguíneo se restringe a certas partes do corpo. Muitas vezes as pessoas
percebem isso nas extremidades do corpo, como os dedos dos pés, mas pode
afetar todos os lugares. Uma causa comum é uma acumulação de placa no
interior dos vasos sanguíneos e capilares, geralmente causada pela
acumulação de gordura nas paredes celulares internas. Condições mais graves
podem ser hipertensão arterial, problemas cardíacos, hipertensão, dano de
órgãos, derrames, varizes, problemas renais e outras dificuldades de restrição
de sangue que podem surgir. No caso das grávidas uma maneira popular de
apoiar o bom fluxo sanguíneo para a mãe e o bebê durante a gravidez é
alguma natação suave e exercícios subaquáticos. A água da piscina pode
ajudar a manter o excesso de peso fora das articulações e pode ajudar a mãe a
ser para relaxar enquanto recebendo necessário exercício (POOR
CIRCULATION, 2016).
Em 1 (1,69%) dos 61 artigos foi citado o uso de Ginkgo biloba L. fraca
circulação (HOLST ET AL., 2008).
O extrato de Ginkgo biloba L. possui princípios ativos, que promove
aumento do suprimento sanguíneo cerebral por vasodilatação e redução da
43
viscosidade sanguínea, atividade antioxidante, além de diminuir radicais livres
de oxigênio nos tecidos nervosos. Além de ação preventiva contra oxidação
dos tecidos nervosos (A. DA ROSA, ZANATTA, & DAVID, 2016).
3.2.38. Sedativo
Sedativos são geralmente classificados de acordo com a forma como
eles afetam o corpo humano. Eles representam um grupo diversificado de
drogas que compartilham uma capacidade de reduzir a atividade do SNC e
diminuir o nível de consciência do cérebro. A falta de similaridade entre as
estruturas de fármacos que pertencem a diferentes classes tornou difícil propor
um receptor comum ou mecanismo de ação. Também conhecidos como
tranquilizantes ou depressores do sistema nervoso central (SNC), eles
abrangem classes de fármacos tais como barbitúricos, benzodiazepinas,
sedativos-hipnóticos não benzodiazepínicos, anestésicos, anti-histamínicos e
narcóticos opióides, bem como compostos à base de plantas (MEŠTROVIĆ,
N.D.)
Em 1 (1,64%) dos 61 artigos foi citado o uso Bryophyllum pinnatum
(Coirama) como sedativo (LAMBRIGGER-STEINER ET AL., 2014).
Práticas privadas e clínicas de obstetrícia e ginecologia foram
convidadas a documentar cada prescrição de Bryophyllum pinnatum para suas
pacientes do sexo feminino durante 31 meses com um questionário on-line.
foram registadas 174 mulheres e 208 prescrições de B. Pinnatum sendo a
maioria dos pacientes grávidas. Bryophyllum pinnatum foi prescrito como
agente tocolítico a 83% de todos os pacientes e a 95% de todas as gestantes e
mostrou uma eficácia boa ou muito boa. Além disso, 14% dos pacientes
receberam Bryophyllum pinnatum para sedação contra a sua agitação durante
o dia e 5% para sedação contra problemas de sono. Foi obtida uma diminuição
da inquietação para estas duas indicações. 13% dos pacientes sofriam de
bexiga hiperativa e em dois terços a eficácia do tratamento com B. pinnatum foi
classificada como muito boa. Em 92% dos casos, Bryophyllum pinnatum 50%
comprimidos mastigáveis foram prescritos Bryophyllum pinnatum mostrou uma
boa eficácia com um elevado benefício no tratamento de problemas de saúde
associados à hiperatividade (FÜRER ET AL., 2014).
44
Outras plantas citadas em estudos foram: Matricaria camomilla
(Camomila) (NORDENG ET AL., 2011); Hypericum perforatum (Erva de São
João); Humulus lupulus (Lúpulo); Citrus limon (Limão) (NORDENG & HAVNEN,
2005).
3.2.39. Sinusite
As inflamações da mucosa sinusal (sinusite) são consideradas de
origem ocupacional quando o exercício da atividade laboral de seu portador
teve um papel contributivo ou adicional em seu desenvolvimento, pois sua
etiologia geralmente é multicausal. Elas podem ser agudas ou crônicas, estas
quando duram mais de quatro semanas. Por sua natureza, podem ser de
origem alérgica ou provocada pela inalação de agentes irritantes ou
contaminantes (vírus, bactérias e fungos). Podem ainda atingir cavidades
sinusais isoladas ou grupamentos delas. É comum que as sinusites
ocupacionais sejam acompanhadas de rinites. Os principais sintomas locais
são a secreção nasal ou pós-nasal, cefaleia frontomalar, odontalgias de arcada
superior, peso ou pressão malar, congestão nasal, hiposmias ou cacosmias,
halitose, pigarro e pressão nos ouvidos. Alguns sintomas gerais podem ocorrer,
tais como mal-estar, fadiga e febre (ERICSON BAGATIN & COSTA, 2006)
Em um 1 (1,64%) dos 61 artigos foi citado Glycyrrhiza glabra (Alcaçuz)
como uso populacional para sinusite, mas não foi encontrado artigo que
confirmasse sua eficácia contra a sinusite (KOC ET AL., 2012).
O alcaçuz é muito utilizado popularmente para gastrite, úlceras pépticas,
infecções respiratórias, tremores e ajuda a melhorar a memória, desempenha
um papel antidepressivo, e reduz os níveis de colesterol no sangue. Além
disso, o alcaçuz é um bom agente antioxidante e trabalhos recentes mostram
que a alcaçuz tem propriedades antivirais (BAHMANI ET AL., 2014).
3.2.40. Edema
Edema é o acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo,
especialmente no tecido conjuntivo, tornando-os inchados. O edema pode
ocorrer em qualquer lugar do corpo, mas é mais comum nos pés e tornozelos,
o que é conhecido como edema periférico. Outros tipos
de edema são edema cerebral, edema pulmonar e edema macular, que afeta
45
a mácula dos olhos. Geralmente ocorre quando os pequenos vasos
sanguíneos do corpo extravasam líquidos e o fluido acumula-se nos tecidos,
outras vezes o edema se deve a uma obstrução mecânica
da circulação venosa ou linfática. Para diagnosticar o edema solicitar alguns
exames, como radiografias, ultrassonografias, tomografia
computadorizada, ressonância magnética e exames de sangue e urina. Se não
for adequadamente tratado, o edema pode causar um inchaço cada vez mais
doloroso, rigidez muscular ou articular, estiramento da pele, que pode tornar-se
pruriginosa e desconfortável, aumento do risco de infecção na área inchada,
diminuição da circulação sanguínea e
da elasticidade das artérias, veias, músculos e articulações e aumento do risco
de úlceras de pele (ABCMED, 2016).
A partir de 61 artigos analisados 1 (1,64%) deles citou Equisteum
arvense (Cavalinha) para tratar o edema (NORDENG & HAVNEN, 2004).
De acordo com o memento fitoterápico em ensaio clínico randomizado,
duplo-cego, com 36 voluntários do sexo masculino foi administrado, extrato
seco padronizado de Equisetum arvense (EADE, 900 mg/ dia) e placebo
(amido de milho, 900 mg/dia), ou hidroclorotiazida (25 mg/dia), por um período
de 10 dias. O extrato de Equitesum arvense causou efeito diurético mais
pronunciado, sem causar mudanças significativas na excreção de eletrólitos.
No entanto, é contraindicado para grávidas (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2016).
3.2.41. Depressão Leve
Ao vivenciar as transformações físicas, hormonais, de inserção social e
psíquica inerente à gravidez, a mulher torna-se vulnerável à ocorrência de
transtornos mentais durante o período pré-natal. Durante a gravidez, os
transtornos mentais apresentam-se como condições psicopatológicas que
comprometem o desenvolvimento da gestação tanto para a mãe quanto para o
feto, a curto e longo prazo, revestindo-se de grande importância pelas graves
consequências materno-fetais. Os efeitos deletérios da depressão também
acarretarem graves consequências para a saúde materna e fetal como baixo
peso ao nascer, diminuição do escore do Apgar, prematuridade, diminuição da
circunferência cefálica; desenvolvimento deficiente no primeiro ano de vida e
46
ideação suicida com tentativas de autoextermínio (FIGUEIREDO, DIAS,
BRANDÃO, CANÁRIO, & NUNES-COSTA, 2013). Alguns estudos têm
demonstrado que a depressão pós-parto surge após a interrupção da
amamentação ou pode resultar dela, sugerindo que a descontinuação precoce
da amamentação pode estar envolvida entre as causas de depressão pós-parto
(M. DE JESUS SILVA ET AL., 2015).
Foram citados em 2 (%) dos 61 artigos a planta Hypericum perforatum
(Erva de São João) para o tratamento da depressão (MORETTI, MAXSON,
HANNA, & KOREN, 2009) (NORDENG & HAVNEN, 2005).
Dentre as plantas com alto potencial medicinal, se destaca o Hypericum
perforatum L. (HP). Extratos orgânicos e aquosos de HP têm sido utilizados
para o tratamento de diversas doenças na medicina popular, depressão
unipolar leve, moderada e grave. O Hypericum perforatum L. (HP) é um dos
poucos antidepressivos naturais, sendo considerado como uma alternativa
eficaz a outros agentes terapêuticos no tratamento da depressão (BACH-
ROJECKY ET AL., 2004). Em estudo realizado por RAHIMI ET AL. (2009), foi
possível comparar a eficácia e a tolerabilidade do HP com os antidepressivos
inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS). Em estudos realizados
por BEHNKE ET AL. (2002), a atividade do extrato de HP foi comparada à da
fluoxetina em pacientes com depressão. Não ocorreu diferença significativa na
resposta aos tratamentos. Em pesquisa semelhante desenvolvida por VAN
GURP ET AL. (2002), o extrato do HP nas doses de 900 a 1.800 mg/dia foi
comparado à sertralina nas doses de 50 a 100 mg/dia, em pacientes com
depressão. Neste estudo também não foram observadas diferenças estatísticas
nas taxas de resposta terapêutica (ALVES, MORAES, DE FREITAS, &
ALMEIDA, 2014).
4. CONCLUSÃO
Com esse trabalho podemos ver que ainda faltam conhecimentos sobre
plantas medicinais usadas na gravidez, que a quantidade de estudos ainda não
é suficiente para garantir tratamento efetivo e que não ponha em risco a vida
da mãe e do bebê. A falta de orientação por profissionais de saúde e a ideia do
natural não faz mal, pode elevar ainda mais os riscos. Sendo assim, é
47
importante que os profissionais da saúde, principalmente os farmacêuticos,
oriente sobre o uso de plantas medicinais, sobre os perigos da automedicação.
E que estudos possam ser desenvolvidos para garantir efetividade e segurança
no tratamento com plantas medicinais.
48
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