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TURISMO E HOTELARIA INTERNACIONAL LICENCIATURA GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO HOTELEIRA 2º ANO TEMA 1: TURISMO – ENQUADRAMENTO TEÓRICO E CONCEPTUALIZAÇÃO Filipa Brandão [email protected]

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10/9/2015 1Filipa Brandão 2015/ 2016

TURISMO E HOTELARIA INTERNACIONALLICENCIATURA GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO HOTELEIRA

2º ANO

TEMA 1: TURISMO – ENQUADRAMENTO TEÓRICO E CONCEPTUALIZAÇÃO

Filipa Brandã[email protected]

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10/9/2015 2Filipa Brandão 2015/ 2016

1. Turismo: enquadramento teórico e conceptualização

1.1 Conceitos fundamentais associados ao Turismo e às Viagens

1.2 Classificações de Turismo

1.3 Tipos de turismo

1.4 A perspetiva sistémica do Turismo

[ 2 ]

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10/9/2015 3Filipa Brandão 2015/ 2016

RELAÇÃO ENTRE LAZER,

RECREIO E TURISMO

[ 3 ]

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Filipa Brandão 2015/ 2016

o LAZER é o tempo disponível que cada indivíduo possui após:

• trabalho;• estudo;• necessidades básicas (dormir, comer);• todas as outras obrigações profissionais, familiares e sociais.

“é a actividade à qual as pessoas se entregam livremente, fora das suas

necessidades e obrigações profissionais, familiares e sociais, para se

descontrair, divertir, aumentar os seus conhecimentos e a sua

espontânea participação social, livre exercício e capacidade criativa”

(Joffre Dumazdier, 1988, citado por Cunha, 2001)

CONCEITO DE LAZER, RECREIO E TURISMO

1.1 Conceitos fundamentais

[ 4 ]

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Filipa Brandão 2015/ 2016

LAZER é um conceito mais abrangente, que inclui inatividade auto-imposta.

RECREIO: conjunto de atividades exercidas durante o tempo livre; pressupõe arealização de alguma atividade e motivação com o objetivo de aumentar a auto-expressão e auto-estima.

TURISMO distingue-se do recreio porque implica necessariamente umadeslocação, enquanto o recreio pode ou não dar origem a uma viagem.

Assim o turismo pode ser considerado como uma forma

particular de lazer e recreio, distinguindo-se pela

componente da viagem e duração da mesma.

CONCEITO DE LAZER, RECREIO E TURISMO

[ 5 ]

1.1 Conceitos fundamentais

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Filipa Brandão 2015/ 2016

Tipo de Tempo Como o tempo é gasto

I. Tempo de Existência (43%)Tempo dedicado à satisfação de necessidades psicológicas

• Comer• Dormir• Cuidar do corpo/ necessidades físicas

II. Tempo de Subsistência (34%)Tempo dedicado a atividades remuneradas

• Trabalho

III. Lazer (23%)Tempo disponível após a satisfação das necessidades de existência e subsistência

• Recreio• Descanso• Obrigações sociais e familiares

Fonte: WTO, 1983, cit in Costa, 1996

CONCEITO DE LAZER, RECREIO E TURISMO

[ 7 ]

1.1 Conceitos fundamentais

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Filipa Brandão 2015/ 2016

Turismo

Recreio

Lazer (23%)

Existência (43%)

Subsistência (34%)

CONCEITO DE LAZER, RECREIO E TURISMO

[ 8 ]

1.1 Conceitos fundamentais

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Filipa Brandão 2015/ 2016

Fonte: Cooper etal., 1998)

Lazer

Lazer: Tempo disponível após a satisfaçãodas necessidades de trabalho, descanso,

alimentação, etc. (tempo que sobra).

Recreio: Pressupõe a realização de algodentro do tempo de lazer (realizar uma

actividade).

Recreio em casaLeitura, jardinagem,

ver tv, receberamigos.

Recreio fora de casaVisitar teatros,

exposições, ir aorestaurante,

desporto (participar/ assistir), visitar

amigos.

ExcursõesPassear,

piqueniques, etc.

TurismoMovimento temporário paraáreas fora do local habitual

de residência e trabalho; inclui as actividades

realizadas durante a estadia e as facilidades proporcionadas

aos visitantes; implica umadormida no local.

Casa Local Regional Nacional Internacional

[ 9 ]

1.1 Conceitos fundamentais

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Filipa Brandão 2015/ 2016

1.1 Conceitos fundamentais

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10/9/2015 10Filipa Brandão 2015/ 2016

DEFINIÇÕES DE TURISMO

1.1 Conceitos fundamentais

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DEFINIÇÕES PELO LADO DA PROCURA

o Organização Mundial do Turismo

o Peter Murphy

o Neil Leiper – Perspetiva Sistémica do Turismo

o Mathieson & Wall

1.1 Conceitos fundamentais

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Filipa Brandão 2015/ 2016

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO

o Turismo é definido como as atividades praticadas pelos

indivíduos durante as suas viagens e permanência em locais

situados fora do seu ambiente habitual, por um período

contínuo que não ultrapasse um ano, por motivos de lazer,

negócios e outros.

1.1 Conceitos fundamentais

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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO

Existem cinco elementos que se têm de ter em conta nesta definição:

o Deslocação

o Residência habitual

o Duração da permanência

o Remuneração

o Motivação

1.1 Conceitos fundamentais

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Filipa Brandão 2015/ 2016

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO

o Visitante: toda a pessoa que se

desloca para fora do seu ambiente

habitual de residência, por um

período inferior a 12 meses, com um

objetivo que não seja o de usufruir

uma atividade remunerada.

o Visitante internacional: local visitado encontra-se fora do país.

o Visitante nacional: local visitado está dentro do país da área de residênciahabitual

Critérios que distinguem

visitantes de outros viajantes:

- Ambiente habitual (frequência;

distância)

- Duração da permanência

- Motivo da viagem (atividade

não remunerada)

1.1 Conceitos fundamentais

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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO

Conceito de ambiente habitual:

o Tem como objetivo excluir do conceito de ‘visitante’ as pessoas que viajam diariamente ou semanalmente entre a sua residência e o local de trabalho ou estudo, ou outros locais visitados frequentemente. O conceito de ambiente habitual baseia-se nos seguintes critérios:

a) Distância mínima percorrida para considerar um indivíduo como visitante;

b) Duração mínima de ausência do local habitual de residência;

c) Mínima mudança entre localidades ou regiões administrativas.

1.1 Conceitos fundamentais

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Filipa Brandão 2015/ 2016

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO

o Turista: todo o visitante que fica pelo menos uma noite nolocal visitado.

o Turista internacional: local visitado encontra-se fora do país

o Turista nacional: local visitado está dentro do país da área deresidência habitual

1.1 Conceitos fundamentais

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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO

o Excursionista: todo o visitante que não pernoita no localvisitado

o Excursionista internacional: local visitado encontra-se fora dopaís

o Excursionista nacional: local visitado está dentro do país daárea de residência habitual

1.1 Conceitos fundamentais

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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO

VISITANTE

Turistas Excursionistas

Objetivo da visita

Lazer Profissional Outros Motivos

• Férias• Cultura• Atividades desportivas • VFR• Outros motivos turísticos

• Congressos• Reuniões• Negócios

• Estudos• Saúde• Trânsito• Outros

Fonte: UNWTO, 1995

• Passageiros em cruzeiros• Visitantes diários• Tripulantes

1.1 Conceitos fundamentais

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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO

Classificação dos Viajantes

Turistas Excursionistas

Residentes Não residentes

Lazer/ Recreio

QuestõesProfissionais

Outras

Visitantes Outros viajantes

Caixeiros-viajantes

MembrosForças

ArmadasDiplomatasRefugiados

Passageiros em trânsito

NómadasEmigrantesTrabalh.

fronteiras

Residentes Não residentes

Lazer/ Recreio

QuestõesProfissionais

Outras

1.1 Conceitos fundamentais

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PETER MURPHY (1985)

Turismo é uma atividade relacionada com a deslocação de

pessoas para fora das suas áreas de residência habitual

(turistas e excursionistas), desde que essas deslocações

não se traduzam em permanência definitiva na área

visitada.

1.1 Conceitos fundamentais

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Filipa Brandão 2015/ 2016

MATHIESON & WALL (1982)

O turismo é o movimento temporário de pessoas para fora da área de

residência e trabalho habituais, as actividades realizadas durante a estada

nessas áreas e as facilidades criadas para acolher e entreter os turistas. O

estudo do turismo inclui o estudo das pessoas que se deslocam para essas

áreas, os equipamentos e infraestruturas que são construídos para os

turistas, e o impacte económico, ambiental e sócio-cultural criado pelos

turistas nas comunidades receptoras.

1.1 Conceitos fundamentais

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DEFINIÇÕES PELO LADO DA PROCURA – LIMITAÇÕES:

o ‘Confundem’ turismo com turista.

o Torna-se ‘impossível’ circunscrever o sector do turismo.

o O Turismo emerge fundamentalmente como fenómeno sociológico e não económico.

o A ‘confusão’ instalada contribuí para que ‘todos’ saibam de turismo e para o pouco profissionalismo que impera no sector.

1.1 Conceitos fundamentais

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DEFINIÇÕES PELO LADO DA OFERTA

o Stephen Smith

o Conta Satélite do Turismo – Organização Mundial do Turismo

Vantagens:

o Turismo é definido como actividade

o Torna-se possível quantificar o valor real do sector

o Permite definir, e trabalhar, sobre a base económica e as interrelações associadas ao sector do turismo

o O Turismo pode assumir o seu valor real em termos interministeriais

o Tendências: Conta Satélite do Turismo e PROINOV (Definição de ‘clusters’ de inovação e desenvolvimento)

1.1 Conceitos fundamentais

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Filipa Brandão 2015/ 2016

STEPHEN SMITH (1991)

O turismo é composto por um agregado de atividades de negócios que

direta ou indiretamente fornecem bens ou serviços que suportam as

atividades de lazer e negócio realizadas pelas pessoas fora dos locais de

residência habitual.

o Grupo I – bens e serviços fornecidos na sua quase totalidade para osturistas (e.g., linhas aéreas, hotéis, alguns restaurantes, operadoresturísticos, agências de viagens, etc.).

o Grupo II – bens e serviços fornecidos para a atividade do turismo e para aatividades não turísticas (e.g., atividades utilizadas pelos turistas e pelascomunidades locais, tais como certos restaurantes, táxis , supermercados,etc.).

1.1 Conceitos fundamentais

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Filipa Brandão 2015/ 2016

CONTA SATÉLITE DO TURISMO – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO

o “Ainda que, por definição, o turismo seja um fenómeno de procura, é

necessário, do ponto de vista económico, analisar como funciona a

relação entre a procura e a oferta e quais são as consequências que

essa oferta pode ter sobre as variáveis macroeconómicas fundamentais

da economia de compilação” (OMT, 1999:2).

1.1 Conceitos fundamentais

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Filipa Brandão 2015/ 2016

CONTA SATÉLITE DO TURISMO – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO

Conta Satélite do Turismo:

o Apresenta um quadro conceptual que identifica claramente quais asatividades do sector do turismo, usufruídas pelos visitantes, de modo aestimar qual o verdadeiro impacte económico do sector.

Em que consiste?

o Uma Conta Satélite é usada para medir a dimensão dos sectoreseconómicos que não estão definidos no Sistema de Contas Nacionais.

o O turismo foi a primeira atividade a usar os standards da Conta Satélitepara medir o seu impacte nas economias nacionais.

1.1 Conceitos fundamentais

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Filipa Brandão 2015/ 2016

CONTA SATÉLITE DO TURISMO – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO

Conta Satélite do Turismo:

o “A CST não é mais do que um conjunto de definições e classificações

integradas em quadros organizados de forma lógica e coerente, que

permite visualizar toda a magnitude económica do turismo, tanto sob o

ponto de vista da procura como da oferta.” (OMT, 1998:48).

1.1 Conceitos fundamentais

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Filipa Brandão 2015/ 2016

CONTA SATÉLITE DO TURISMO – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO

Bens e Serviços

Bens e Serviços

Específicos do

Turismo

Bens e Serviços Não

Específicos do

Turismo

Bens e Serviços

Caraterísticos

Bens e Serviços Conexos

São os que deixariam de

existir em quantidades

significativas, ou cujo

consumo reduziria

drasticamente na ausência

de turismo

São consumidos pelos

visitantes em volumes

significativos para o

visitante e/ou fornecedor,

mas não se incluem nos

característicos.Fonte: UNWTO, 2001

1.1 Conceitos fundamentais

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Filipa Brandão 2015/ 2016

PRODUTOS

CARATERÍSTICOS E

ATIVIDADES

CARATERÍSTICAS DO

TURISMO

Fonte: UNWTO, 2001

1. Serviços de Alojamento

1.1 Hotéis e outros serviços de alojamento

1.2 Residências secundárias por conta própria ou gratuitas

2. Serviços de Restauração e Bebidas

3. Serviços de Transporte de Passageiros

3.1 Transporte Ferroviário Interurbano

3.2 Transporte Rodoviário

3.3 Transporte Marítimo

3.4 Transporte Aéreo

3.5 Serviços de Apoio

3.6 Aluguer de Equipamentos de Transporte

3.7 Serviços de Manutenção e Reparação

4. Serviços de Agências de Viagem, Operadores Turísticos e

Guias-Intérpretes

4.1 Agências de Viagem

4.2 Operadores Turísticos

4.3 Serviços de Informação Turística e Guias-Intérpretes

5. Serviços Culturais

5.1 Espectáculos

5.2 Museus e Outros Serviços Culturais

6. Serviços Recreativos e Outros Serviços de Lazer

6.1 Desportos e Serviços Recreativos Desportivos

6.2 Outros Serviços de Lazer e Recreio

7. Outros Serviços Turísticos

7.1 Serviços Financeiros e de Seguros

7.2 Outros Serviços de Aluguer

7.3 Outros Serviços Turísticos

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10/9/2015 30Filipa Brandão 2015/ 2016

CLASSIFICAÇÕES DE TURISMO

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Filipa Brandão 2015/ 2016

CLASSIFICAÇÕES DE TURISMO

a) Origem dos visitantes

b) Repercussões na balança de pagamentos

c) Duração da permanência

TURISMO SEGUNDO…

g) Qualidade

e) Natureza dos meios de

viagem

d) Organização da viagem

f) Grau de liberdade

administrativa

1.2 Classificações de Turismo

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Filipa Brandão 2015/ 2016

a) Segundo a Origem dos Visitantes

Turismo Doméstico ou Interno

Viagens dos visitantes residentes no interior do

país de residência

Turismo RecetorInbound Tourism

Viagens dos visitantes não residentes para e no

interior do país de referência

Turismo EmissorOutbound Tourism

Viagens dos residentes para outros países que

não aqueles onde residem

Turismo Interior Turismo Nacional+

TurismoInternacional

+

+

1.2 Classificações de Turismo

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Filipa Brandão 2015/ 2016

Atendendo ao facto de se atravessar ou não uma fronteira, o turismo divide-se em diferentes classificações, adotadas pela OMT e pelo Eurostat (definidaspara fins estatísticos).

o Turismo doméstico ou interno: resulta das deslocações dos residentes deum país, quer tenham a nacionalidade ou não desse país, viajando apenasdentro do próprio país.

o Turismo recetor (inbound tourism): abrange as visitas a um país (país dereferência) por não residentes nesse país.

o Turismo emissor (outbound tourism): visitas de residentes de um país(país de referência) a outro(s) país(es).

a) Segundo a Origem dos Visitantes

1.2 Classificações de Turismo

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Filipa Brandão 2015/ 2016

Estas formas de turismo podem ser combinadas, resultando nas seguintescategorias:

o Turismo interior: turismo realizado dentro das fronteiras de um país.Compreende o turismo doméstico e o recetor.

o Turismo nacional: movimentos dos residentes de um país. Compreende oturismo interno e emissor.

o Turismo internacional: abrange apenas as deslocações que obrigam aatravessar fronteiras, logo, consiste no turismo emissor e recetor.

a) Segundo a Origem dos Visitantes

1.2 Classificações de Turismo

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b) Segundo a Repercussão na Balança de Pagamentos

o Turismo de Exportação: Vendemos bens e serviços turísticos a

turistas estrangeiros (entrada de divisas externas). “Incoming”

o Turismo de Importação: Os nossos turistas saem para o estrangeiro e

levam para lá divisas. “Outgoing”

As entradas de visitantes estrangeiros contribuem para o ativo da balança de

pagamentos, uma vez que entram divisas. As saídas de residentes contribuem

para o passivo da balança de pagamentos, pois provocam a saída de divisas.

1.2 Classificações de Turismo

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Filipa Brandão 2015/ 2016

b) Segundo a Repercussão na Balança de Pagamentos

Turismo Externo Ativo

Visitantesestrangeiros

Residentes

entramdivisas saem

divisas

Turismo Externo Passivo

1.2 Classificações de Turismo

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Filipa Brandão 2015/ 2016

c) Segundo a Duração da Permanência

o Turismo de Passagem: É efetuado apenas pelo período de temponecessário para se alcançar outra localidade ou país que constitui oobjetivo da viagem, isto é, o destino final.

o Turismo de Permanência: Realizado num país, objetivo da viagem, por umperíodo de tempo variável que exigirá, pelo menos, uma dormida.

A duração da permanência depende:

o Objetivo da viagem;

o Condições existentes no local visitado;

o País de Origem;

o Duração das férias;

o Motivações.

1.2 Classificações de Turismo

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Filipa Brandão 2015/ 2016

d) Segundo a Natureza dos Meios Utilizados

o Turismo Terrestre: automóvel, autocarro ou comboio;

o Turismo Náutico: Barco, navios de cruzeiro;

o Turismo Aéreo: Avião;

A maior parte dos turistas desloca-se através do automóvel ou do avião,

embora, relativamente aos países que possuem fronteiras terrestres

importantes, como Portugal, e no turismo interno, o automóvel seja mais

significativo.

1.2 Classificações de Turismo

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Filipa Brandão 2015/ 2016

e) Segundo o Grau de Liberdade Administrativa

Depende das regulamentações existentes nos países, quer emissores, quer

recetores, que limitam a liberdade das deslocações dos turistas ou lhes concedem

inteira liberdade de movimentos

o Turismo Dirigido: Quando existem restrições à circulação dos turistas por

questões políticas ou económicas (ex.: Cuba; Bases militares; na União

Soviética, os turistas tinham viagens e visitas condicionadas e pré-

programadas).

o Turismo Livre: Não existem quaisquer limitações à liberdade de circulação.

1.2 Classificações de Turismo

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Filipa Brandão 2015/ 2016

e) Segundo o Grau de Liberdade Administrativa

o Os países emissores, em situações de dificuldade das respetivas

balanças de pagamentos ou por razões políticas, podem limitar as saídas

dos seus nacionais por vários meios:

o Limitações na aquisição de divisas;

o Lançamento de impostos;

o Obrigação de constituição de um depósito à saída;

o Obrigação de vistos;

o Restrições na concessão de passaportes

1.2 Classificações de Turismo

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e) Segundo o Grau de Liberdade Administrativa

o Os países recetores podem também por vezes limitar a entrada de

estrangeiros ou as suas deslocações no país, sobretudo por razões

políticas:

o Visto de entrada com indicação precisa das cidades de permanência (ex-União

Soviética);

o Proibição de visita a certas localidades;

o Condicionamento da passagem de visto ou entradas através de pesados

procedimentos administrativos.

1.2 Classificações de Turismo

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f) Segundo a Organização da Viagem

o Turismo Individual: Quando alguém faz uma viagem cujo programa é fixado

pelo viajante, podendo modificá-lo livremente, com ou sem intervenção de

uma agência de viagens.

o Turismo Coletivo/Grupo/ Package Tour/ à forfait: Quando uma agência de

viagens ou operador turístico oferece, contra um pagamento que cobre a

totalidade do programa oferecido, a participação numa viagem para um

destino segundo um programa previamente fixado para todo o grupo.

1.2 Classificações de Turismo

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f) Segundo a Organização da Viagem

o No Turismo Coletivo, as componentes da viagem são determinadas antes da sua

oferta ao público, integrando um destino, o meio de transporte, o alojamento, o

modo de acompanhamento (guia).

o Inclui a viagem de ida e volta, as transferências do ponto de chegada para o

alojamento e vice-versa, alojamento, alimentação, animação e ocupação dos

tempos livres, seguros, etc.

o O preço é determinado previamente e pago antes do início da viagem.

o Ganham importância a partir da década de 1970, com a massificação do

turismo.

1.2 Classificações de Turismo

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Turismo de MinoriasTurismo individual ou formado por pequenos gruposcaracterizando-se por um princípio de seleção económicaou cultural.

g) Segundo a Qualidade

Turismo de MassasRealizado por pessoas com menor nível de rendimentos,viajando, na maioria, em grupos. O turismo de massas émais barato porque se atingem economias de escala.

o Motivos da deslocação prendem-se com necessidade de evasão ao meio e efeito de imitação;

o Transportes mais usados: automóvel, autocarro, voos charter;

o Época de férias: Verão (Julho e Agosto);

o Alojamentos de categoria mais baixa e preços mais reduzidos;

o Centros de maior concentração turística;

o Fortemente condicionado pela situação económica e medidas de caráter restritivo.

1.2 Classificações de Turismo

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Turismo de Massas vs. Turismo de Minorias

Consequências e impactos do crescente grau de massificação do turismo :

o Intensificação da utilização das infraestruturas e equipamentos turísticos

o Excessiva utilização dos espaços destruição

o Perversão da calma e repouso

o Degradação dos monumentos e centros históricos

o Destruição do património natural mais sensível

1.2 Classificações de Turismo

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10/9/2015 46Filipa Brandão 2015/ 2016

TIPOS DE TURISMO

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1.3 Tipos de Turismo

TIPOS DE TURISMO

o A identificação dos tipos de turismo resulta das motivações e intenções dos

viajantes. Existe, assim, uma grande variedade de tipos de turismo,

traduzida pela diversidade de motivações.

o As regiões e os países de destino apresentam uma grande diversidade de

atrativos. A identificação dos tipos de turismo permite avaliar a adequação

da oferta existente ou a desenvolver às motivações da procura.

o Os tipos de turismo apresentados não esgotam todos os que se podem

identificar nem estabelecem uma barreira entre eles.

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TURISMO DE RECREIO

o Praticado pelas pessoas que viajam para ‘mudar de ares’ (escapismo), por

curiosidade, ver coisas novas, disfrutar das paisagens, das distrações que

oferecem as grandes cidades ou grandes centros turísticos.

o O prazer de viajar está no simples facto de mudar de lugar, por espírito de

imitação, de imposição social.

o É um tipo de turismo particularmente heterogéneo porque a noção de

prazer muda de acordo com os gostos, o caráter, o temperamento ou o meio

em que cada um vive.

1.3 Tipos de Turismo

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TURISMO DE REPOUSO

o Principais motivações:

o Relaxamento físico e mental;

o Obtenção de benefícios para a saúde;

o Recuperação física dos desgastes provocados pelo stress;

o Recuperação dos desequilíbrios psicofisiológicos provocados pela agitação da vidamoderna ou intensidade do trabalho.

o Procuram locais calmos, contato com a natureza, estâncias termais, SPAS.

São um importante segmento de mercado, principalmente originário dos grandes centros urbanos. Apreciam também a animação, desportos e recreio.

1.3 Tipos de Turismo

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TURISMO CULTURAL

o As viagens são motivadas por:

o Desejo de ver coisas novas;

o Aumentar os conhecimentos;

o Conhecer as particularidades e os hábitos de outras populações;

o Conhecer civilizações e culturas diferentes;

o Participar em manifestações artísticas;

o Motivos religiosos.

1.3 Tipos de Turismo

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TURISMO CULTURAL

Locais preferidos por turistas com motivações culturais:

o Centros culturais

o Grande museus

o Locais onde se desenvolveram no passado as grandescivilizações

o Monumentos

o Grandes centros de peregrinação

o Fenómenos naturais ou geográficos

1.3 Tipos de Turismo

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TURISMO DESPORTIVO

o As motivações desportivas alargaram-se a camadas mais vastas das populaçõesde todas as idades e estratos sociais.

o Pode assumir-se uma atitude passiva ou ativa.

o Passiva: o objetivo é o de assistir às manifestações desportivas, como os jogosolímpicos, campeonatos de futebol, jogos de inverno;

o Ativa: o objetivo é o de participar ativamente em atividades desportivas, como acaça, a pesca, desportos náuticos, alpinismo, ski, scuba diving, etc.

o As novas motivações dos turistas, que passam pelo desejo/ necessidade deférias cada vez mais ativas, levam a que o desenvolvimento de um qualquerdestino turístico deva considerar a existência de meios apropriados à prática dedesportos, tendo em consideração as possibilidades de cada local.

1.3 Tipos de Turismo

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TURISMO DE NEGÓCIOS

o As profissões e o mundo dos negócios levam à existência de movimentosturísticos importantes e com grande significado económico, devido a:

o Crescente nível de internacionalização das empresas e das economias nacionais;

o Aumento exponencial de reuniões científicas (congressos, conferências);

o Aumento de manifestações de divulgação de produtos, como feiras e exposições;

o Visitas a grandes complexos industriais ou técnicos e a explorações agrícolas oupecuárias;

o No turismo de negócios, incluem-se as deslocações organizadas pelas empresaspara os seus colaboradores, quer como prémio, quer para participarem emreuniões de contacto com outros que trabalham em locais ou países diferentes.

1.3 Tipos de Turismo

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TURISMO DE NEGÓCIOS

o Este tipo de viagens assume uma importância fulcral para os países de destino,

uma vez que são normalmente organizadas fora da época de férias (época alta)

e pagas pela empresa/ instituição a que os viajantes pertencem (logo, têm

menos restrições em termos de orçamento e despesa).

Des-sazonalizar a procura.

Receitas mais elevadas.

Turi

smo

de

Neg

óci

os

Existência de equipamentos e serviços adequados (salas reuniões, centros de congressos, espaços exposições, facilidade de contactos internacionais).

Integra atividades lúdicas e de lazer, e não apenas as profissionais.

Utilização dos equipamentos e serviços turísticos

1.3 Tipos de Turismo

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TURISMO POLÍTICO

o Participação em acontecimentos ou reuniões políticas.

o Sejam esporádicos ou regulares, representam um movimento significativo de

pessoas.

o Ex.: Duplo centenário da Revolução Francesa (Paris); Casamentos reais;

coroação de monarcas.

o Tem caraterísticas semelhantes ao Turismo de Negócios e exige condições

idênticas, acrescidas de uma organização mais cuidada por motivos

diplomáticos e de segurança.

1.3 Tipos de Turismo

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TURISMO ÉTNICO E SOCIAL

o Viagens com os objetivos de:

o Visitar amigos, parentes e organizações;

o Participar na vida em comum com as populações locais;

o Viagens de núpcias ou por razões de prestígio social;

o Viagens realizadas ao país de origem por indivíduos que residem noutro país, e seus

descendentes.

o Uma parte significativa das pessoas que integra este grupo é formada por jovens

que pretendem aumentar os seus conhecimentos ou, temporariamente, se

integram em organizações ou manifestações juvenis.

1.3 Tipos de Turismo

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NOVAS MOTIVAÇÕES – TIPOS DE TURISMO EMERGENTES

FlashpackingVersão mais recente do backpacking. Os flashpackers combinam viagens de baixo custo com alojamentos, actividades e alimentação de maior qualidade.

Slow TravelPermite conhecer o coração vida local de cada cidade e comunidade. São pessoas que gostam de passear tranquilamente pelas ruas e relacionar-se com as pessoas e o espaço, sem ter a preocupação de ver os pontos de referência assinalados previamente num mapa. Permanecem no mesmo destino no mínimo uma semana. Optam por alojamento que lhes permitam sentir-se como se estivessem em casa, o que implica ficar longe dos locais massificados e repletos de turistas. É desta forma que procuram ligar-se ao ambiente e, simultaneamente, desligar-se do resto do mundo.

1.3 Tipos de Turismo

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NOVAS MOTIVAÇÕES – TIPOS DE TURISMO EMERGENTES

Rough-luxeRelaciona-se com o luxo mas ao nível do enriquecimento pessoal e não da posse de objectos. São experiências destinadas a viajantes que têm acesso ao luxo, mas que gastam algum tempo para reflexão e para se relacionarem com as pessoas dos locais para onde viajam, bem como elementos como o ambiente, a cultura e a arquitectura. Estas experiências têm lugar em locais geograficamente deslumbrantes e o seu objectivo é o relaxamento.

StaycationModalidade de turismo com a finalidade de gastar pouco dinheiro em viagens e conhecer mais profundamente todos os locais da sua própria cidade ou região. Implica estadias curtas que permitem visitar exposições, assistir a espectáculos ou descobrir tesouros arquitectónicos.

1.3 Tipos de Turismo

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NOVAS MOTIVAÇÕES – TIPOS DE TURISMO EMERGENTES

Nano BreaksViagens de curta duração (maioritariamente de apenas uma noite) com a finalidade de conhecer o destino de forma rápida e económica.Este conceito significa que o simples acto de ir de férias, ainda que apenas por uma noite, é relaxante e um escape ao stress e problemas do dia a dia.

Geeky travelerAs principais caraterísticas deste tipo de viajante é a paixão pelas tecnologias, gadgets e a constante ligação à Internet. Implica algumas necessidades específicas a ter em consideração na altura de optar pelo local de alojamento da cidade para onde se viaja.

1.3 Tipos de Turismo

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Outros tipos de Turismo

o Turismo de Natureza

o Turismo Espacial

o Enoturismo

o Turismo de Saúde e Bem-Estar

o Turismo de Aventura

o Turismo de Sol e Praia

o Turismo Médico

o Turismo Ativo

o Turismo Sexual

o Turismo Comunitário

o Turismo Rural

o Turismo Literário

1.3 Tipos de Turismo

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10/9/2015 61Filipa Brandão 2015/ 2016

A Natureza Sistémica e

Multidisciplinar do Turismo

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1.4 A natureza sistémica e multidisciplinar do Turismo

NEIL LEIPER (1979) – TURISMO NUMA PERSPETIVA SISTÉMICA

O turismo compreende um sistema relacionado com a deslocação de pessoas

para fora da sua área habitual de residência, por uma ou mais noites, excepto

deslocações com o objectivo da obtenção de remunerações nas áreas

visitadas e/ou em trânsito. Os elementos do sistema são os turistas, as áreas

geradoras de turismo, as regiões de trânsito, as áreas de destino e uma

indústria do turismo que lhe está associada.

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NEIL LEIPER (1979) – TURISMO NUMA PERSPETIVA SISTÉMICA

Estes elementos estão interligados espacial e funcionalmente. Possuindo as

caraterísticas de um sistema aberto, a organização destes elementos

operacionaliza-se em ambientes amplos que interagem uns com os outros:

ambientais, culturais, sociais, económicos, políticos e tecnológicos.

1.4 A natureza sistémica e multidisciplinar do Turismo

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NEIL LEIPER (1979) – TURISMO NUMA PERSPETIVA SISTÉMICA

Turistas que partem

Turistas que regressam

Turistas que chegam e permanecem

REGIÕES GERADORASDE TURISTAS

REGIÕES RECEPTORAS DE

TURISTAS

REGIÕES DE

TRÂNSITO

Ambientes mais vastos: físico, cultural, económico, político, tecnológico

Representa a Indústria do Turismo

O Sistema Turístico de Leiper

1.4 A natureza sistémica e multidisciplinar do Turismo

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NEIL LEIPER (1979) – TURISMO NUMA PERSPETIVA SISTÉMICA

o Regiões geradoras de turistas: definem-se como os locais de residência

permanente dos turistas. Aqui, localiza-se o mercado da indústria turística,

nomeadamente, o marketing e promoção, os operadores turísticos (grossistas) e as

agências de viagens (retalhistas).

o Regiões recetoras de turistas: locais que atraem turistas para permanência

temporária. É onde se localizam a maioria das empresas turísticas (alojamento,

restauração, serviços, entretenimento, equipamentos de recreio).

o Regiões de trânsito: constituem a ligação entre as regiões geradoras e recetoras.

As suas características influenciam a qualidade do acesso aos destinos e, desta

forma, influenciam o tamanho e direção dos fluxos turísticos. São a localização da

componente dos transportes da indústria turística.

1.4 A natureza sistémica e multidisciplinar do Turismo

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NEIL LEIPER (1979) – TURISMO NUMA PERSPETIVA SISTÉMICA

o Indústria do Turismo:

Marketing Turístico

Transportes

Restauração

Atrações e recursos turísticos

Alojamento

Serviços turísticos em geral

1.4 A natureza sistémica e multidisciplinar do Turismo

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NEIL LEIPER (1979) – TURISMO NUMA PERSPETIVA SISTÉMICA

Turistas que partem

Turistas que regressam

Turistas que chegam e permanecem

REGIÕES GERADORASDE TURISTAS

REGIÕES RECEPTORAS DE

TURISTAS

REGIÕES DE

TRÂNSITO

Ambientes mais vastos: físico, cultural, económico, político, tecnológico

Representa a Indústria do Turismo

Marketing e promoção

Operadores turísticos

Agências de Viagens

Transportes

Alojamento

Restauração

Entretenimento e animação

Atrações turísticas/Recursos

Serviços turísticos

1.4 A natureza sistémica e multidisciplinar do Turismo

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Filipa Brandão 2015/ 2016

O Sistema Turístico

O Sistema de Turismo de Gunn & Var

Fonte: Adaptado de Gunn e Var, 2002

1.4 A natureza sistémica e multidisciplinar do Turismo

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Filipa Brandão 2015/ 2016

O Sistema Turístico

O Sistema Turístico de Mill & Morrison

Fonte: Adaptado de Mill e Morrison, 1985

1.4 A natureza sistémica e multidisciplinar do Turismo

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Modelo Multidisciplinar da OMT

1. Psicologia Compreensão das motivações, preferências e comportamentos dos turistas, elementos indispensáveis para conceber a oferta, promovê-la, comercializá-la e usar as melhores estratégias.

2. Antropologia Condições socioeconómicas e culturais subjacentes à necessidade de viajar. Efeito destas condições no comportamento dos viajantes, residentes e interação entre ambos.

3. Sociologia Turismo enquanto fenómeno social; turismo de massas, alterações nas preferências de destinos devido à moda, estudo de variáveis como a nacionalidade, formação, idade, género, etc.

4. Economia Estudo dos impactos económicos da atividade turística (balança de pagamentos, rendimento, emprego, etc)

5. Gestão Aquisição de competências em contabilidade, marketing, tomada de decisões, vendas, etc. são fundamentais para a atividade turística.

1.4 A natureza sistémica do Turismo

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Modelo Multidisciplinar da OMT

6. Geografia Análise do turismo numa perspetiva espacial: distribuição regional, nacional ou internacional dos mercados e dos centros turísticos, fluxos, etc.

7. Direito Aproximação das legislações dos países; maior proteção dos turistas enquanto consumidores.

8. Ecologia Capacidade de regeneração dos recursos, esgotamento dos recursos,conveniência da sua utilização para o turismo, capacidade de carga.

9. Estatística Apoio à pesquisa e estudo de outras matérias como economia, psicologia, sociologia. Permite monitorizar a evolução, situação e tendências do sector nos diversos países e em termos internacionais.

10. Educação Identificação das noções e áreas fundamentais, para a formação de base do turismo, da conceção do grau de especialização necessária, ajustamento dos cursos e planos de estudos, etc.

1.4 A natureza sistémica do Turismo

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10/9/2015 72Filipa Brandão 2015/ 2016

TURISMO E HOTELARIA INTERNACIONALLICENCIATURA GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO HOTELEIRA

2º ANO

TEMA 1: TURISMO – ENQUADRAMENTO TEÓRICO E CONCEPTUALIZAÇÃO

Filipa Brandã[email protected]