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Urbanismo 1 Urbanismo Favela em Pachuca, México. Vista aérea de um subúrbio perto de Markham, Ontário, Canadá. Urbanismo é a disciplina e a atividade relacionadas com o estudo, regulação, controle e planejamento da cidade (em seu sentido mais amplo) e da urbanização. Sua definição porém, sempre varia de acordo com a época e lugar. No entanto, costuma-se diferenciá-lo da simples ação urbanizadora por parte do homem, de forma a que o urbanismo esteja associado à idéia de que as cidades são objetos a serem estudados, mais do que simplesmente trabalhados. Também, entretanto, não é uma disciplina que se confunde com ramos de outras ciências mais amplas (como a geografia urbana ou a sociologia urbana, embora mantenha interfaces com elas). O Urbanismo mostra-se, portanto, como uma ciência humana (ciência aplicada), de caráter eminente multidisciplinar, inserida no contexto próprio de uma sociedade em processo de constante crescimento demográfico e respondendo a uma forte pressão de civilização e urbanidade, enfrentando suas demandas e problemas. Numa perspectiva simplista, o urbanismo corresponde à ação de projetar e ordenar as cidades. No entanto, sob um ponto de vista mais amplo, o urbanismo pode ser entendido tanto como um conjunto de práticas ou de idéias, quanto como uma forma ideológica que visa reproduzir as condições gerais do modo de produção capitalista. Segundo este ponto de vista, atualmente tanto o Capital quanto o Estado se apropriam da prática e teoria (entendendo-os como ideologia) do urbanismo como um mecanismo gerador de lucro. Portanto, o estudo do urbanismo deve ser uma atividade multidisciplinar e complexa que dialoga principalmente com a arquitetura (em seu sentido mais comum), com a arquitetura da paisagem, com o design e com a política. Ele necessita da contribuição de áreas do conhecimento como a ecologia, geologia, ciências sociais, geografia e outras ciências. A palavra deriva-se dos estudos do engenheiro catalão Ildefonso Cerdá, responsável pelo projeto de ampliação de Barcelona na década de 1850. Apesar de jamais ter usado o termo urbanismo, Cerdà cunhou o termo urbe para designar de modo geral os diferentes tipos de assentamento humano e o termo urbanização designando a ação sobre a urbe. Destes termos muito próximos surgirá o nome urbanismo no início do século XX. Cerdà publicou extensos estudos sobre as cidades de Barcelona e Madri, que versavam sobre os mais diversos aspectos da cidade indo desde questões técnicas (como a análise da rua e seus sistemas de infraestrutura) até questões teóricas e territoriais, (i.e.: como ligar as cidades em uma grande rede nacional?). Um compêndio expandido e revisado, a Teoria Geral da Urbanização, publicado em 1867, resulta de seus estudos anteriores e é a publicação mais notória de Cerdà.

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Urbanismo 1

Urbanismo

Favela em Pachuca, México.

Vista aérea de um subúrbio perto de Markham, Ontário, Canadá.

Urbanismo é a disciplina e a atividade relacionadascom o estudo, regulação, controle e planejamento dacidade (em seu sentido mais amplo) e da urbanização.Sua definição porém, sempre varia de acordo com aépoca e lugar. No entanto, costuma-se diferenciá-lo dasimples ação urbanizadora por parte do homem, deforma a que o urbanismo esteja associado à idéia deque as cidades são objetos a serem estudados, mais doque simplesmente trabalhados. Também, entretanto,não é uma disciplina que se confunde com ramos deoutras ciências mais amplas (como a geografia urbanaou a sociologia urbana, embora mantenha interfacescom elas).

O Urbanismo mostra-se, portanto, como uma ciênciahumana (ciência aplicada), de caráter eminentemultidisciplinar, inserida no contexto próprio de umasociedade em processo de constante crescimentodemográfico e respondendo a uma forte pressão decivilização e urbanidade, enfrentando suas demandas eproblemas. Numa perspectiva simplista, o urbanismocorresponde à ação de projetar e ordenar as cidades. Noentanto, sob um ponto de vista mais amplo, ourbanismo pode ser entendido tanto como um conjuntode práticas ou de idéias, quanto como uma formaideológica que visa reproduzir as condições gerais domodo de produção capitalista. Segundo este ponto devista, atualmente tanto o Capital quanto o Estado se apropriam da prática e teoria (entendendo-os como ideologia) dourbanismo como um mecanismo gerador de lucro.

Portanto, o estudo do urbanismo deve ser uma atividade multidisciplinar e complexa que dialoga principalmente coma arquitetura (em seu sentido mais comum), com a arquitetura da paisagem, com o design e com a política. Elenecessita da contribuição de áreas do conhecimento como a ecologia, geologia, ciências sociais, geografia e outrasciências.

A palavra deriva-se dos estudos do engenheiro catalão Ildefonso Cerdá, responsável pelo projeto de ampliação deBarcelona na década de 1850. Apesar de jamais ter usado o termo urbanismo, Cerdà cunhou o termo urbe paradesignar de modo geral os diferentes tipos de assentamento humano e o termo urbanização designando a ação sobrea urbe. Destes termos muito próximos surgirá o nome urbanismo no início do século XX. Cerdà publicou extensosestudos sobre as cidades de Barcelona e Madri, que versavam sobre os mais diversos aspectos da cidade indo desdequestões técnicas (como a análise da rua e seus sistemas de infraestrutura) até questões teóricas e territoriais, (i.e.:como ligar as cidades em uma grande rede nacional?). Um compêndio expandido e revisado, a Teoria Geral daUrbanização, publicado em 1867, resulta de seus estudos anteriores e é a publicação mais notória de Cerdà.

Urbanismo 2

Urbanismo no BrasilNo Brasil, o urbanismo só começou a ser efetivamente utilizado a partir do fim do [século XIX], quando foi fundadaa cidade de Belo Horizonte, cujo plano começou a ser elaborado em 1894, pelo engenheiro Aarão Reis, substituídodepois por Francisco Bicalho.Goiânia, construída para substituir como capital do Estado a antiga e colonial Vila Boa de Góias, foi fundada trêsdécadas mais tarde, obedecendo a plano do arquiteto Atílio Correia Lima, completado pelos irmãos Coimbra Bueno.Brasília é o terceiro grande exemplo brasileiro de cidade planejada. O projeto da atual capital brasileira, escolhidopor concurso nacional, é de autorias do arquiteto Lúcio Costa, cuja obra urbanística foi profundamente influenciadapelas idéias de Le Corbusier e do CIAM.

Planejamento urbanoPlanejamento urbano é, dentro da multidisciplinariedade do urbanismo, o campo que lida com o aspectos técnicos epolíticos relacionados ao uso da espaço, bem estar humano, desenho urbano e desenho ambiental em todas as suasaplicações (circulação, transporte, comunicações). Além disso um dos pontos mais relevantes do planejamentourbano, hoje, é a proteção e conservação do meio ambiente.[1]

Desenho urbanoO desenho urbano é um campo do planejamento urbano ligado às soluções que envolvem os aspectos físicos doespaço urbano, dando forma e caracterização aos distintos usos deste espaço, bem como estabelecendo a articulaçãoentre estes, levando também em conta o desenvolvimento das áreas ao longo do tempo.[2]

Urbanização

Região Metropolitana de São Paulo, a maior do Brasil[3] [4]

e sexta do mundo,[5] com cerca de 19,6 milhões dehabitantes.

Urbanização é o deslocamento de um grande contingente depessoas que saem da área rural (sitios,chácaras etc.) para oscentros urbanos (as cidades). Para que um país sejaconsiderado urbanizado, a quantidade de pessoas que vivemnas cidades deve ser maior a quantidade que vive do campo.

As cidades podem ser classificadas de acordo com seutamanho, atividade econômica, importância regional entreoutras características:

Municípios: são as menores divisões político-administrativas,todo município possui governo próprio, sua área de atuaçãocompreende a parte urbana e rural pertencente ao município.

Cidade: é a sede do município, independente do número dehabitantes que possa ter, as atividades econômicas nas cidadesdiferem das do campo, as atividades principais sãocentralizadas nos setor secundário(O setor secundário é osetor da economia que transforma produtos naturaisproduzidos pelo setor primário em produtos de consumo, ouem máquinas industriais/ produtos a serem utilizados por outros estabelecimentos do setor secundário). e terciário(Osetor terciário no contexto da economia, envolve a comercialização de produtos em geral, e o oferecimento deserviços comerciais, pessoais ou comunitários, a terceiros).

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Variação de tecidos urbanos no Rio de Janeiro, segundamaior área metropolitana do Brasil, e terceira da América do

Sul, com cerca de 11,8 milhões de habitantes.[3] [4]

Macrocefalia urbana: caracteriza-se pelo crescimentoacelerado dos centros urbanos, principalmente nas metrópoles,provocando o processo de marginalização das pessoas que porfalta de oportunidade e baixa renda residem em bairros quenão possuem os serviços públicos básicos, e com isso enfatizao desemprego, contribui para a formação de favelas,resultando na exclusão social de todas as formas.

Metrópoles: são as cidades que sediam regiõesmetropolitanas. Exemplo: São Paulo, Rio de Janeiro, BeloHorizonte.

Conurbações: é o fenômeno em que um município ultrapassaseus limites por causa do crescimento e com isso encontra-secom os municípios vizinhos. Exemplo: Rio de Janeiro ou SãoPaulo, com os respectivos municípios das regiõesmetropolitanas.

Regiões metropolitanas: É a união de dois ou mais municípios formando uma grande malha urbana, é comum nascidades sedes de estados. Exemplo: Goiânia, Aparecida de Goiânia e cidades do entorno.

Megalópole: É a união de duas ou mais regiões metropolitanas.Tecnopólos: ou cidades-ciência, são cidades onde estão presentes centros de pesquisas, universidades, centros dedifusão de informações. Geralmente os tecnopólos estão alienados a universidades e indústrias.

Verticalização: é a transformação arquitetônica de uma cidade, ou seja, a mudança da forma horizontal dasconstruções (ex: casas), para a verticalização (construção de prédios).

Segregação espacial: é o foco do poder público às regiões onde a parcela da população possui melhor poderaquisitivo, e omissão às regiões periféricas desprovidas dos serviços públicos.

Cidades formais: são cidades planejadas, que comportam rede de saneamento básico e ruas planejadas com suporteao trânsito.Cidades informais: são compostas pelas regiões periféricas, regiões onde não existe infra-estrutura suficiente.

Formação do urbanistaA graduação em Arquitetura no Brasil, na maioria das faculdades, significa, na verdade, que o aluno é formadosimultaneamente em Arquitetura e Urbanismo.Na UNEB - Universidade do Estado da Bahia, existe o Curso de Bacharelado em Urbanismo, único do Brasil queforma especificamente urbanistas. Na UFRJ, existem programas de pós-graduação distintos de Arquitetura eUrbanismo, o que também é raro, além da pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional. Na UFRGS -Universidade Federal do Rio Grande do Sul também existe curso de pós-graduação a nível de mestrado e doutoradoem planejamento Urbano e Regional (PROPUR)

Urbanismo 4

Teóricos do urbanismo na história• Charles Fourier• Étienne Cabet• Ildefons Cerdà• Arturo Soria y Mata• Ebenezer Howard• Camillo Sitte• Raymond Unwin• Patrick Geddes• Eugène Hénard• Tony Garnier• Alfred Agache• Le Corbusier• Frank Lloyd Wright• Lewis Mumford• Lúcio Costa• Yona Friedman• Situacionistas• Archigram• Cristopher Alexander• Jane Jacobs• Milton Santos• Peter Hall

Associações de urbanistas• Conselho Europeu de Urbanistas CEU [6]

• Ordem Profissional dos Urbanistas do Québèc OUQ [7]

• International Society of City and Regional Planners ISOCARP [8]

• American Planning Association APA [9]

• Sociedad de Urbanistas del Perú SURP [10]

• Société Française des Urbanistes SFU [11]

• Asociación Española de Técnicos Urbanistas AETU [12]

• Associação Portuguesa de Planeadores do Território APPLA [13]

• Sociedade Brasileira de Urbanismo SBU [14]

• Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade ICVM [15]

Ligações externas• Cronologia do Pensamento Urbanístico [16] (em português)• Ministério das cidades - Brasil [17] (em português)• ViverCidades ONG [18] (em português)• Cidade ONG [19] (em português)• UrbanResources.net [20] (em inglês)• Arquitectura.pt - Portal de Arquitectura [21] . Urbanismo, Paisagismo e Eco-Arquitectura• A Dynamic Map of the World Cities' Growth [22] (em inglês)• Jornal Planeamento e Cidades [23] (em português)• Livro de Direito Urbanístico [24]

Urbanismo 5

Bibliografia• ASCHER, François, "Los nuevos principios del urbanismo", Madrid, Alianza Editorial, SA, 2004• ASCHER, François, "Métapolis ou l'avenir des villes", Paris, Éditions Odile-Jacob, 1995• CHOAY, Françoise; O Urbanismo: Utopia e realidades de uma antologia; São Paulo: Editora Perspectiva, 2003,

ISBN 85-273-0163-6• COSTA,Carlos Magno Miqueri. Direito Urbanístico Comparado - Planejamento Urbano - Das Constituições aos

Tribunais Luso-Brasileiros. Editora Juruá. 2009. ISBN 978-85-362-2474-9• LE CORBUSIER; Planejamento urbano; São Paulo: Editora Perspectiva, 2004, ISBN 85-273-0212-8• HALL, Peter; Cidades do amanhã: uma história intelectual do planejamento e do projeto urbanos no século XX;

Editora Perspectiva, 2004, ISBN 85-273-0276-4• RYKWERT, Joseph, "A sedução do lugar - A história e o futuro da cidade", S. Paulo, Martins Fontes, 2004• VÁSQUEZ, Carlos García, "Ciudad hojaldre - Visiones urbanas del siglo XXI"; Barcelona: Editoral Gustavo Gili,

SA, 2004

Referências[1] Universidade McGill (http:/ / www. mcgill. ca/ urbanplanning/ planning/ ) What is urban planning?[2] Universidade McGill (http:/ / www. mcgill. ca/ urbandesign/ what/ ) What is Urban Design?[3] Tabela 793 – População residente, em 1º de abril de 2007: Publicação Completa (http:/ / www. sidra. ibge. gov. br/ bda/ tabela/ listabl.

asp?z=cd& o=17& i=P& c=793). Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) (14 de novembro de 2007). Página visitada em 30 demaio de 2008.

[4] Estimativas populacionais 2008 (http:/ / www. ibge. gov. br/ home/ estatistica/ populacao/ estimativa2008/ POP2008_DOU. pdf). InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de agosto de 2008). Página visitada em 1 de setembro de 2008.

[5] World Gazetteer – Welt: Ballungsräume (http:/ / bevoelkerungsstatistik. de/ wg. php?x=1132419689& men=gcis& lng=de& gln=xx&dat=32& srt=pnan& col=aohdq& pt=a& va=x). Página visitada em 10 de agosto de 2008.

[6] http:/ / www. ceu-ectp. org[7] http:/ / www. ouq. qc. ca[8] http:/ / www. isocarp. org[9] http:/ / www. planning. org[10] http:/ / www. urbanistasperu. org[11] http:/ / www. urbanistes. com[12] http:/ / www. aetu. es[13] http:/ / www. applaneadores. pt[14] http:/ / sburbanismo. vilabol. uol. com. br[15] http:/ / www. institutodemobilidade. org[16] http:/ / http:/ / www. cronologiadourbanismo. ufba. br/ /[17] http:/ / www. cidades. gov. br/[18] http:/ / www. vivercidades. org. br[19] http:/ / www. ongcidade. org[20] http:/ / www. urban-resources. net/[21] http:/ / www. arquitectura. pt/ forum/ urbanismo-paisagismo-eco-arquitectura. html[22] http:/ / www. openhistory. net/[23] http:/ / www. jornalplaneamento. org/[24] http:/ / direitourbanistico. blogspot. com/

Fontes e Editores da Página 6

Fontes e Editores da PáginaUrbanismo  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=24995119  Contribuidores: 555, Abrivio, Alchimista, Artur Diolindo, Asimplemind, Beria, Bioterra, Bisbis, Carlos MagnoMiqueri, Carlos forte, Carlosblau, Chico, Cimento.Org, Coelhoscoelho, CommonsDelinker, Dreispt, Eduardoferreira, FML, GRS73, Gabrielt4e, Gaf.arq, Gerbilo, Gunnex, Hamilton Furtado,Heitor C. Jorge, Inox, Jo Lorib, JoaoMiranda, Jorge, João Carvalho, Kandinsky, Lailas, Leslie, Lijealso, Lukinhaz, Lusitana, Maisonneuve, Malafaya, Maldras, Manuel Correia, Marcela Feriani,Mschlindwein, OS2Warp, Riverade urbanista, Rmx, Ruy Pugliesi, SallesNeto BR, Santana-freitas, Vieira, 92 edições anónimas

Fontes, Licenças e Editores da ImagemFicheiro:Houses in Pachuca.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Houses_in_Pachuca.jpg  Licença: Creative Commons Attribution-Sharealike 2.0  Contribuidores: govegan go from Defectuoso, MexicoFicheiro:Markham-suburbs aerial-edit2.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Markham-suburbs_aerial-edit2.jpg  Licença: Creative Commons Attribution-Sharealike2.5  Contribuidores: IDuke (this edited version: Sting)Ficheiro:São Paulo Landsat (fotografia de satélite).jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:São_Paulo_Landsat_(fotografia_de_satélite).jpg  Licença: Public Domain Contribuidores: Dantadd, Edward, FML, Gaf.arq, Heitor C. Jorge, Raphael.lorenzetoFicheiro:Rio-Aterro-Flamengo-Gloria.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Rio-Aterro-Flamengo-Gloria.jpg  Licença: Creative Commons Attribution 2.0 Contribuidores: Alicia Nijdam from Cordoba, Argentina

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