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Agosto de 2006

UPFJornal

UPF Jornal é uma publicação mensal da

Universidade de Passo Fundo e tem

distribuição gratuita.

Reitor: Rui Getúlio Soares

Vice-Reitora de Graduação:

Eliane Lucia Colussi

Vice-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação:

Carlos Alberto Forcelini

Vice-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários:

Cléa Bernadete Silveira Neto Nunes

Vice-Reitor Administrativo:

Nelson Germano Beck

Textos e edição: Cristiane Sossella

(MTb/RS 9594) e Maria Joana Chaise

Colaboração: Tiago Rigo e Lucas Oliveira

Revisão de textos: Liana Branco

Arte da Capa e Diagramação: Charles Pimentel

Impressão: Gráfica UPF

Tiragem: 5 000 exemplares

Assessoria de Comunicação Social

Campus I - Bairro São José

CEP 99001-970 - Passo Fundo - RS

Fone (54) 316-8142 / 316-8110

Home page www.upf.br

E-mail [email protected]

As opiniões expressas aqui não representam necessariamente o posicionamento da instituição.

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As descobertas

A 6 de maio de 1856, o vilarejo

de Pribor – Freiberg, em alemão – viu

nascer Sigmund Freud. A pequena

cidade, hoje com menos de 10.000

habitantes e situada na República

Checa, não imaginava que aquele

bebê se tornaria o homem mais

biografado do século XX e que dei-

xaria como herança a inestimável

riqueza de uma obra que transfor-

mou a concepção de homem e é hoje

patrimônio cultural da humanidade.

Médico de formação, Freud

tinha na pesquisa sua verdadeira

vocação. Em virtude de seu amor

pela verdade chegou a descobertas

sobre a alma humana e as enfermi-

dades nervosas que alteraram nossa

forma de ver o mundo. Entre essas

descobertas está a de que os pen-

samentos mais acessíveis à auto-

observação e à percepção

consciente não permitem entender

o sofrimento psíquico nem as neuro-

ses. Eles não nos levam muito além

de racionalizações defensivas que

estão muito longe da resolução e

esclarecimento do sofrimento. É

preciso, portanto, ter acesso a

níveis mais profundos do funciona-

mento psíquico. A esse nível, que

nos habita, mas que desconhece-

mos, Freud chamou “o incons-

ciente”.

Dedicado a escutar seus pacien-

tes de uma forma inédita até então

– já que solicitava que expressas-

sem seus pensamentos de forma

mais livre possível para então se pôr

a ouvi-los – Freud realizava com eles

uma viagem às profundezas do psi-

quismo. É uma jornada trabalhosa e

intensiva para a investigação dos

processos mentais ocultos por trás

das manifestações que estão na

superfície mental, razão e sentido

para o sofrimento, para os sintomas

e para os sonhos. A esse método de

investigação – que é também um

tratamento – Freud chamou “psica-

nálise”.

Principais contribuições

para a sociedade atual

Foi graças a ela que pode che-

gar a uma outra importante desco-

berta: a vida mental infantil, povoa-

da de desejos e fantasias comple-

xas, configuração muito diferente

do paraíso ingênuo que até então

se acreditava. Depois de Freud, a

idéia de que criança não pensa, não

deseja e não entende nada do que

se passa ao seu redor não é mais

possível sustentar. Não tenho dúvi-

da alguma em afirmar que parte da

“invenção de infância” se deve a

Freud, especialmente o reconheci-

mento do papel estruturante dos

vínculos precoces: as relações fami-

liares, relações entre pais e filhos e

relação mãe-bebê.

Trabalhando com pacientes,

Freud inventou aos poucos uma

disciplina psicológica que dá

coerência e orienta os fatos psíqui-

cos do desenvolvimento infantil.

Engana-se quem pensa que a psica-

nálise é uma disciplina do individual.

Ela é uma ciência do singular. Seus

conceitos são ferramentas para

entender e intervir nas mais diver-

sas formações da cultura: institui-

ções, comunidades e grupos, cuida-

dos de saúde, direito, arte, cinema,

literatura, música, poesia, história,

filosofia e religião, para citar algu-

mas. Não se pode imaginar o homem

moderno sem lançar mão da noção

de inconsciente. “O mal estar na

Cultura”, “Psicologia das massas”,

“Moisés e a religião monoteísta”

são textos que sustentam uma vigo-

rosa atualidade e transmitem a

força de um conhecimento vivo,

abrindo caminho para o estado

atual de compreensão da nossa

cultura – a cultura do espetáculo – e

das novas formações

psicopatológicas que dela derivam:

a violência, estados de pânico e

desamparo, as doenças

psicossomáticas, anorexias e o

abuso de drogas.

A psicanálise e a

universidade

A psicanálise não é uma ciência

convencional, mas uma ciência da

subjetividade humana que nasceu na

confluência da filosofia, das artes e da

medicina. Sua relação com a universi-

dade sempre foi bem vista por Freud,

que acreditava ser essa uma troca

enriquecedora. O ensino das princi-

pais descobertas da psicanálise tem

sido parte integrante dos cursos de

psicologia e nas cadeiras de psicologia

médica de alguns cursos de medicina

em nosso país. Programas de pós-

graduação foram sendo criados, como

o da Sorbonne, em Paris, no ano de

1968, e aqui no Brasil em São Paulo a

partir de 1976. Desde então essa rela-

ção só cresceu.

Aqui na UPF tenho trabalhado com

o “Laboratório de entrevista” onde os

alunos do curso de Psicologia tomam

contato pela primeira vez, através da

experiência prática, com o paciente,

com os processos psíquicos inconsci-

entes e aprendem a reconhecê-los,

adquirindo uma ferramenta fundamen-

tal para a compreensão de todas as

demais situações profissionais que

mais tarde irão enfrentar. Este traba-

lho aqui na UPF será apresentado no

Congresso da Federación

Psicoanalítica de América Latina,

FEPAL – afiliada da IPA (International

Psychoanalitycal Association), asso-

ciação mundial criada pelo próprio

Freud – a realizar-se no Peru, em outu-

bro esse ano, com o título “Conhecen-

do o inconsciente – relato de uma

experiência com ensino da psicanálise

na universidade com alunos do tercei-

ro ano de graduação em Psicologia”.

Essa me parece ser maneira honrada

de integrar as homenagens que se

espalham por todo o mundo em respei-

to ao legado deixado por Freud.

* Psicólogo, psicanalista e douto-

rando em Método Psicanalítico e

Formações da Cultura, pela PUCSP

Francisco Carlos dos Santos Filho (*)

Atualidade e força dopensamento de Freud150 anos depois deseu nascimento

Atualidade e força dopensamento de Freud150 anos depois deseu nascimento

Agosto de 2006

UPFJornal

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A volta às aulas destesegundo semestre na UPF aconte-

ceu em clima de cultura e descon-

tração. Os cerca de mil novos alu-

nos foram recepcionados, no dia 2

de agosto, no Centro de Eventos e

nos campi universitários, com a

Integração Acalorada. No Campus I,

uma performance do Grupo de

Teatro Viramundos e a apresenta-

ção da estrutura da instituição

foram as atrações.

Os acadêmicos aprovaram a

recepção. Estudante de Odonto-

logia, Gabriela Tonini, gostou

especialmente da performance do

Grupo Viramundos. “Muito melhor

do que o trote, a integração foi

diferente, divertida”, enfatizou. A

Integração Acalorada possibilitou

também a apresentação das unida-

des acadêmicas, laboratórios,

bibliotecas e entrega do Manual

de Orientações Acadêmicas.

Integração Acalorada

recepciona novos alunos

PProgramação

especial foi

desenvolvida em

toda a estrutura

multicampi

Boas-vindas no Campus I

Presente na Integração Acalo-

rada, o reitor Rui Getúlio Soares,

saudou a comunidade acadêmica,

destacando o esforço da UPF para

diferenciar-se de outras institui-

ções isoladas. “Ao longo dos últi-

mos anos temos dotado a universi-

dade de infra-estrutura adequada

e investimos em equipamentos,

bibliotecas e recursos humanos”,

lembrou, ressaltando que hoje

quase 65% do corpo docente da

instituição contam com a titulação

Com o objetivo desocializar conhecimentos e de-

bater aspectos éticos envolvidos

na atividade da pesquisa com

seres humanos, o Comitê de Éti-

ca em Pesquisa e a Vice-Reitoria

de Pesquisa e Pós-Graduação da

UPF promovem, de 15 a 17 de

agosto, o Seminário Ética na Pes-

quisa. O evento, que tem apoio

do Ministério da Saúde através

da Secretaria de Ciência, Tecno-

logia e Insumos Estratégicos e do

CNPq, é gratuito e aberto a pro-

fessores, pesquisadores, alunos

e demais interessados. A progra-

mação inclui palestras, apresen-

tação de filmes e debates. O

seminário terá início nos três

dias às 17h, e acontece no audi-

tório da Faculdade de Odontolo-

gia.

Comitê de ÉticaCom o crescimento da ativi-

dade de pesquisa na UPF, a

atuação do Comitê de Ética em

Pesquisa tem se intensificado

nos últimos anos. De 50 projetos

submetidos em 2002, o número

alcançou 308 em

2005 e a expectativa

é de que neste ano

seja ainda

maior.”Buscamos salva-

guardar os direitos e a

dignidade dos sujeitos

da pesquisa. Além disso, o CEP

contribui para a qualidade das

pesquisas e para a discussão do

papel da pesquisa no desenvolvi-

mento institucional e no desen-

volvimento social da comunida-

de. O CEP contribui, ainda, para

a valorização do pesquisador,

que recebe o reconhecimento

de que a sua proposta é

éticamente adequada”, explica o

coordenador do comitê, profes-

sor Sérgio Machado Porto.

O comitê é registrado na

Comissão Nacional de Ética em

Pesquisa (Conep) desde 2001 e

funciona em conformidade com a

resolução 196/96, do Conselho

Nacional de Saúde. A função é

revisar todos os protocolos de

pesquisa envolvendo seres huma-

nos, animais e meio ambiente,

aprovados e/ou executados na

UPF.

Inscrições

As inscrições ao seminário são

gratuitas e podem ser feitas atra-

vés do site www.upf.br, no item

Inscrições/ Eventos. As vagas são

limitadas. Mais informações po-

dem ser obtidas através do tele-

fone (54) 3316 8370. Para saber

mais sobre o Comitê de Ética da

UPF, acesse http://www.upf.br/

pesquisa/cep/index.php.

Ética na pesquisa é

tema de seminário

Ética na pesquisa é

tema de seminário

de mestres e doutores, o que com

certeza tem conseqüências diretas na

formação e qualificação dos alunos.

Participaram igualmente da Inte-

gração Acalorada a vice-reitora de

Graduação, Eliane Lúcia Colussi, a vice-

reitora de Extensão e Assuntos Comu-

nitários, Cléa Bernadete Nunes, o vice-

reitor de Pesquisa e Pós-Graduação,

Carlos Alberto Forcelini, o vice-reitor

Administrativo, Nelson Germano Beck,

o presidente do DCE, Adriano da Silva;

além de professores, funcionários e

alunos.

FOTOS: MARIA JOANA CHAISE

Reitor Rui Getúlio Soares (E), vice-

reitores e presidente do DCE

recepcionaram os acadêmicos

do Campus I

Aproximadamente mil acadêmicos

foram recepcionados em Passo

Fundo e nos campi

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UPFJornal

Sonho, dedicação etrabalho. Esses foram os ideais

que nos anos sessenta nortearam as

ações de um grupo de pessoas com-

prometidas com a comunidade regional

no sentido de buscar soluções e gerar

conhecimento na área do agrone-

gócio. Passados 45 anos, em 2006, o

curso de Agronomia da UPF comemora

seu aniversário de fundação. Os tra-

balhos na área de ensino, pesquisa e

extensão, desenvolvidos ao longo

dessas quatro décadas e meia, resul-

tam na consolidação do curso, que

vislumbra um futuro muito próspero.

A idéia de criação de uma faculda-

de de agronomia nasceu da necessida-

de sentida pela comunidade da região

de Passo Fundo, que tinha como

desafio transformar os campos de

pecuária extensiva em lavoura inten-

Faculdade de

Odontologia

comemora

45 anos PProfissionais

formados na

UPF atuam no

mercado de

trabalho de toda

a região SulModernas instalações propiciam a vivência

práticas aos acadêmicos

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Agronomia: 45 anos gerando e

difundindo conhecimentossiva, mecanizada e tecnificada, cujo

processo já tinha iniciado na década

de 1950. Para atender a este anseio, a

Sociedade Pró-Universidade de Passo

Fundo iniciou estudos e, em setembro

de 1960, a Faculdade de Agronomia

era fundada, recebendo autorização

oficial do MEC em 1961.

Hoje, o curso de Agronomia está

consolidado na UPF. Ao longo da traje-

tória já foram formados 1.727 profis-

sionais, que atuam em empresas públi-

cas e privadas, entidades e institui-

ções de ensino, pesquisa e extensão

de todo o país e no exterior. As amplas

e modernas instalações, recém-remo-

deladas, proporcionam condições

adequadas para o desenvolvimento

das atividades.

Uma grande preocupação da UPF é

a de gerar conhecimentos que sejam

revertidos em bene-

fícios para a comuni-

dade local. Assim, o

curso de Agronomia conta com um corpo

docente privilegiado, sendo que mais de

90% dos professores têm a titulação de

mestres e doutores. Juntamente com

alunos e funcionários, os professores

são responsáveis por importantes pro-

jetos de pesquisa, destacando-se os

estudos das culturas de inverno e ve-

rão, solos, fitotecnia, biotecnologia e

melhoramento genético. A pesquisa é

impulsionada também pelo Programa de

Pós-Graduação em Agronomia, criado há

10 anos, que oferece cursos de Mestra-

do e Doutorado.

Curso realiza importan-

tes projetos, destacan-

do-se os estudos das

culturas de inverno e

verão, solos, fitotecnia,

biotecnologia e

melhoramento genético

Atividades aproximam FO da

comunidade

A Faculdade de Odontologia daUPF celebra em 2006 os seus 45 anos de fundação. A

história da unidade acadêmica iniciou em 1961,

quando foi autorizado seu funcionamento através

do decreto nº 50.579, publicado no Diário Oficial da

União. Inicialmente, as aulas eram ministradas no

subsolo do Hospital Universitário, hoje Hospital Muni-

cipal César Santos e, após, passaram a acontecer no

Campus II. O curso foi reconhecido em 1965 e inau-

gurou, em 1996, sua sede própria – considerada uma

das melhores infra-estruturas da América Latina.

Com o passar dos anos, muitas foram as conquis-

tas alcançadas através do trabalho coletivo de pro-

fessores, alunos e funcionários, especialmente rela-

cionadas à qualidade do ensino, da pesquisa e da

extensão, fatores que têm garantido altos índices de

desempenho nas avaliações institucionais do Ministé-

rio da Educação. Atualmente, a faculdade encontra-

se sediada no Campus I, num prédio moderno e

funcional. Desde sua criação, foram diplomadas 59

turmas de cirurgiões-dentistas, totalizando 1.618

profissionais que atuam no mercado de trabalho de

toda a região Sul. Na área da pós-graduação, a FO já

diplomou 254 especialistas, e oferece atualmente

cinco cursos de especialização lato sensu reconheci-

dos pelo Conselho Federal de Odontologia. Hoje, a

FO tem 44 professores, 34 funcionários e 448 alu-

nos matriculados.

ComemoraçãoUma solenidade com a presença de atuais e de

ex-professores e funcionários comemorou o aniver-

sário da FO. O jantar festivo também marcou a

outorga da medalha “Mário Ascânio Frediani” à

professora Waleska Voltolini de Azambuja pelos seus

25 anos de efetivos serviços prestados à faculdade.

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5

UPFJornalCombustível

do futuro

O que é o biodiesel e

por que o assunto

ganhou importância

nos últimos anos?Ao ocorrer a reação de qual-

quer tipo de gordura

(triglicerídeo), tanto o óleo vege-

tal, quanto a gordura animal com

um catalisador (básico ou ácido)

e um álcool (metanol ou etanol),

formá-se o biodiesel e um

subproduto, que é a glicerina.

Estudos na área iniciaram no Brasil

há cerca de 30 anos, entretanto,

em outros países como a Alema-

nha, o biodiesel já é vendido nas

bombas dos postos de gasolina

com preço inferior ao diesel. Lá,

não há nenhum tipo de imposto

sobre o biodiesel. Aqui no Brasil,

todavia, o governo está dando

incentivo fiscal através de isenção

parcial do PIS e do Cofins. Então,

quando da comercialização, a

previsão é de que o preço seja

igual ou superior ao do diesel. O

assunto tem ganhado importância

porque oferece vantagens ambien-

tais e econômicas, especialmente.

Quais são essas

vantagens econômicas?Hoje 57% do consumo da matriz

energética brasileira é de diesel,

seja nos caminhões, máquinas agrí-

colas, carros ou outros motores.

Então, se conseguirmos reduzir a

dependência do petróleo e substi-

tuí-lo por biodiesel, os ganhos se-

rão enormes. O biodiesel é um

combustível renovável – temos con-

dições de produzir o óleo vegetal

utilizado a partir de oleaginosas

como a soja, a canola, o girassol,

culturas que o Brasil pode ser

auto-suficiente. Além disso, nosso

país é uma potência mundial na

produção de álcool etílico, que,

apesar de hoje a reação não ser

favorecida neste sentido, há mui-

tas pesquisas na área. Também

temos outros recursos que podem

ser utilizados para a fabricação do

biodiesel, como as algas marinhas e

a gordura animal. Uma empresa em

São Paulo, por exemplo, está abrin-

do a maior indústria de biodiesel

de sebo bovino do mundo.

E as vantagens

ambientais?Com a utilização do biodiesel,

não teremos mais a emissão de

poluentes como os óxidos de

enxofre. Haverá diminuição tam-

bém da emissão dos óxidos de ni-

trogênio e carbono, responsáveis

pela chuva ácida e pelo efeito es-

tufa. O biodiesel é considerado um

diesel premium, de melhor quali-

dade, pois não é um material con-

siderado inflamável, requer menos

cuidados no transporte e armaze-

namento; é biodegradável, ou seja,

é absorvido pelo meio ambiente; é

um lubrificante melhor que o die-

sel; é um poderoso solvente que

deixa o motor limpo (descarboniza)

e tem como uma de suas caracte-

rísticas a fumaça branca. Devemos

considerar também que, se as usi-

nas se estruturarem, com o tempo

poderão vender as cotas de carbo-

no, conforme determina o Tratado

de Kioto, ou seja, essas empresas

serão pagas pelo CO2 que lança-

rem a menos na atmosfera.

Como o governo tem

participado?O governo está apoiando diver-

sas pesquisas. O biodiesel, como o

petróleo, não se pode comercia-

lizar por conta própria. Então, as

empresas produzem e repassam

para as

distribuidoras e estas vão realizar a

mistura com o diesel, que a princí-

pio será de 2%, depois de 5% e

assim por diante. Isso pode aumen-

tar mais ainda porque já existem

pesquisas que comprovam que o

biodiesel 100% no carro não trás

problema algum. Tem outro fator a

ser considerado: o governo pode

controlar a venda, mas não o con-

sumo, então, se toda a empresa

que tem uma frota cativa de veí-

culos ou uma cooperativa de pro-

dutores quiser implantar uma mini-

usina e fabricar o biodiesel para

consumo próprio, pode. O que

não pode é comercializar.

O Brasil está muito

atrasado no

desenvolvimento e

produção do biodiesel?Agora nesta corrida, o Brasil

ganhou cinco, seis anos, porque a

idéia do governo era primeiro estru-

turar as indústrias. Hoje temos

indústrias em pleno funcionamento

e que produzem a quantidade ne-

cessária para uma mistura inicial de

2% de biodiesel no diesel. Já houve

inclusive os primeiros leilões do pro-

duto, ou seja, as indústrias já estão

entregando o produto para a

Petrobrás. O Rio Grande do Sul, a

partir do momento que tiver a

BSBIOS de Passo Fundo funcio-

nando, vai dar um passo à frente.

Na UPF, o que há de

pesquisas em relação

ao assunto?Estamos estruturando um grupo

de pesquisa para a verificação dos

percentuais de óleo de novas olea-

ginosas e já temos alguns projetos

neste sentido. Por outro lado, esta-

mos pesquisando também reagentes

que possam favorecer a reação

(catalisadores), especialmente es-

tudos relacionados ao álcool

etílico. Queremos fazer com que

haja reações eficientes e economi-

camente viáveis para a indústria.

Zan: “O biodiesel é

considerado um diesel

premium, de melhor

qualidade, que traz

resultados econômicos e

diminui o impacto

ambiental”

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SE

LLA

Um combustível consi-

derado limpo, derivado de fontes

renováveis de energia - óleos

vegetais ou gorduras animais - e

que promete grandes transforma-

ções na área econômica e

ambiental. O biodiesel tem ganha-

do, nos últimos anos, a atenção

de pesquisadores, governos e

população e apresenta-se como

uma alternativa para substituir

total ou parcialmente o óleo die-

sel de petróleo, utilizado pelos

diversos tipos de motores. Os

avanços na área foram grandes

nos últimos anos, entretanto, há

ainda muitos desafios. O profes-

sor da UPF, mestre em Química

Inorgânica, Renato André Zan, é

o entrevistado desta edição do

UPF Jornal.

BBiodiesel tem

ganhado a

atenção de

pesquisadores,

governos e

população nos

últimos anos

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UPFJornal

Obras da UPF Editora

são reconhecidas

pela FNLIJ

Grupos se

encontraram

na visita às

nascentes

e na UPF

Projeto une inclusão digital

e educação ambiental

Livros receberam a

indicação de “Altamente

recomendável”.

As obras reúnem artigos de

professores da UPF e

também de outras

instituições de ensino

nacionais e internacionais

Duas obras publicadaspela Editora da Universidade de

Passo Fundo – UPF Editora - Além

da plataforma nove e meia – Pen-

sando o fenômeno Harry Potter e

Questões de Literatura para Jovens

foram reconhecidas pela Fundação

Nacional do Livro Infantil e Juvenil

(FNLIJ) com o selo Altamente Reco-

mendável da instituição, mérito que

confirma a qualidade da produção

editorial da UPF.

Os livros reúnem artigos de pro-

fessores da UPF e também de outras

instituições de ensino nacionais e

internacionais. Além da plataforma

nove e meia – Pensando o fenômeno

Harry Potter, organizado por Sissa

Jacoby (PUCRS) e Miguel

Rettenmaier (UPF), foi lançado em

2005 e traz a contribuição de Alice

Martha (Universidade Estadual de

Maringá), Ana Cláudia Pelisoli

(PUCRS), Ana Maria Tramunt Ibaños

(PUCRS), Cris Gutkoski (PUCRS), João

Luís Ceccantini (Universidade Esta-

dual Paulista), Maria Lúcia Bandeira

Vargas (UPF), Maria Luiza Baethgen

Oliveira (PUCRS), Nelly Novaes

Coelho (USP) e Vera Teixeira de

Aguiar (PUCRS). A obra apresenta

resultados de pesquisas realizadas a

partir de estudos e entrevistas com

leitores da série, procurando refle-

tir tanto sobre a narrativa quanto

sobre a recepção do trabalho da

autora de Harry Potter, J.K. Rowling.

Já o livro Questões de Literatura

para Jovens é organizado pelos pro-

fessores Miguel Rettenmaier e Tania

Rösing (UPF), e reúne artigos de

Cida Golin (UFRGS), Cyana Leahy-

Dios (PhD Em Educação Literária

pela Universidade de Londres),

Eládio Weschenfelder (UPF), Eloy

Martos Nunes – Gloria García Rivera

(Universidad de Extremadura –

España), Fabiane Burlamaque (UPF),

Jaime García Padrino (Universidad

Complutense de Madrid – Esoaña),

Juracy Saraiva (Feevale), Miguel

Rettenmaier – Josemar de Matos

(UPF), Maria da Natividade Pires (Es-

cola Superior de Educação do Insti-

tuto Politécnico de Castelo Branco -

Portugal), Pedro Cerrillo (Universidad

de Castilla – Espanha), Regina

Zilberman (PUCRS), Tania Rösing –

Maria Lucia Vargas (UPF) e Zíla

Letícia Pereira Rego (Prefeitura Mu-

nicipal de Porto Alegre). O livro é

uma tentativa de repensar a questão

da leitura segundo um olhar menos

pessimista, refletindo sobre a multi-

plicidade das práticas de leitura

executadas pelos jovens leitores.

Além do reconhecimento às

obras, o título credencia a UPF Edito-

ra a usar um selo nas obras agracia-

das e auxilia sua distribuição nacio-

nal. Os livros podem ser adquiridos

através do site www.upf.br/editora

ou através do telefone (54) 3316-8373.

Um projeto-piloto reali-

zado entre a UPF e a Prefeitura de

Marau aliou inclusão digital e edu-

cação ambiental. Desde o início do

ano, um grupo de alunos da escola

Benoni Rosado, de Passo Fundo,

participa das oficinas de Informá-

tica e Cidadania oferecidas pelo

Mutirão pela Inclusão Digital, do

curso de Ciência da Computação

da UPF. Enquanto isso, em Marau,

sob responsabilidade da Coordena-

doria do Meio Ambiente, outro

grupo de estudantes se apropriou

das tecnologias da internet e pas-

sou a interagir com os alunos de

Passo Fundo. O tema motivador das

interações é a importância das

nascentes.

Cada grupo, a partir do reco-

nhecimento da realidade das nas-

centes dos rios de seus municípios

e do estudo do que seria uma

situação ideal, está elaborando um

relatório. O resultado deste estudo

será divulgado em um blog na inter-

net. Mas as atividades não se res-

tringem ao mundo virtual, já que os

alunos das duas escolas propuse-

ram ações práticas de melhoria das

condições das nascentes dos muni-

cípios.

DestaqueO pioneirismo do projeto ren-

deu destaque durante o V Congres-

so Ibero-Americano de Educação

Ambiental, onde, entre mais de

três mil projetos, era um dos úni-

cos que contemplava a inclusão

digital e a educação ambiental.

Neste segundo semestre as propos-

tas dos grupos devem ser imple-

mentadas.

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UPFJornal

Vinte e cinco anos de

celebração do livro, da leitura e do

autor. Vinte e cinco anos de manifes-

tações artístico-culturais,

conscientizando os leitores acerca de

uma concepção de leitura mais ampla,

capaz de aprimorar a sua sensibilida-

de. As Jornadas Literárias da Capital

Nacional da Literatura, Passo Fundo,

chegam em 2006 aos 25 anos.

O início acanhado em 1981, que

contou com o imprescindível apoio de

Josué Guimarães, deu lugar a uma

movimentação cultural que conquistou

primeiro o estado, depois o país e

hoje, é referência na América Latina.

O nobre objetivo se mantém e é a

base de todo o sucesso: formar leito-

res, despertar o gosto por textos

literários em um número cada vez

maior de pessoas de diferentes faixas

etárias, conscientizar grupos cada vez

mais numerosos acerca da amplitude da

leitura e da necessidade de se apropri-

arem de linguagens apresentadas em

diferentes suportes, peculiares a dis-

tintas manifestações culturais.

A proposta diferenciada de forma-

ção de leitores e envolvimento em

atividades artísticas apresenta resul-

tados concretos, entre eles a consoli-

dação do Programa de Pós-Graduação

em Letras – núcleo de diversas pesqui-

sas e contribuições para a área.

“Atendemos às imposições dos novos

tempos, onde as inovações tecnológi-

cas já conquistaram seu lugar, e às

necessidades e aos desejos dos leito-

res emergentes, portadores de um

Jornadas Literárias:

25 anos de sucessonovo perfil. Aprimorar o potencial do

ser humano, ajudando-o a conquistar

novos patamares em sua existência

pela leitura, não se constitui apenas

numa atividade profissional, mas é um

projeto de vida”, avalia a idealizadora

e coordenadora geral das Jornadas,

professora Dra. Tania Rösing.

ComemoraçãoE para marcar os 25 anos das Jor-

nadas Literárias, uma ampla e intensa

programação será desenvolvida entre

os dias 20 e 30 de agosto. As festivida-

des têm início no dia 20 de agosto, às

17h, com um Sarau Literário no Bella

Città Shopping Center. As atrações

serão o grupo de Chorinhos da UPF, o

Núcleo Suzuki, a apresentação de

poemas de Mário Quintana e um grupo

convidado do Festival Internacional do

Folclore, além de diversos escritores

passo-fundenses: Jorge Salton, Paulo

Monteiro, Paulo Becker, Gilberto

Cunha, Pablo Moreno e Gustavo Melo.

Um Café Literário com Ignácio de

Loyola Brandão, Alcione Araújo, Julio

Diniz, Márcio Vassallo e Mário Pirata é

a segunda ação. A atividade acontece

no dia 27 de agosto, às 18h, no

Bourbon Shopping e contará também

com o Coral do Creati, a equipe do

Mundo da Leitura e o Grupo de Percus-

são da UPF.

Atividades especiais

para alunosO dia 28 de agosto apresenta

ações especiais aos estudantes. Pela

manhã a programação inicia às

8h30min para os estudantes de 5ª a 8ª

séries e terá como atrações um encon-

tro com o escritor Márcio Vassallo

sobre o livro Mario Quintana, que tam-

bém será tema de apresentação de

poesias. O escritor Mário Pirata parti-

cipa realizando uma performance. Já

às 10h iniciam as atividades dedicadas

ao ensino médio. A programação se

repete, sendo acrescida pela partici-

pação de Ignácio de Loyola Brandão.

A tarde é dedicada a alunos de 1ª a

4ª séries. A partir das 14h, eles ouvi-

rão poesias de Mario Quintana, parti-

cipam da Animação Cultural com Mario

Pirata e de um encontro com o escri-

tor Márcio Vassallo, falando sobre o

livro O menino da chuva no cabelo. Ao

final de cada turno acontecem sessões

de autógrafos. Durante todo o dia as

atividades serão realizadas no Centro

de Eventos da UPF, no Campus I.

Sessão solene

A partir das 19h30min do dia 28,

autoridades civis, governamentais e

acadêmicas participam da sessão

solene de comemoração aos 25 anos

das Jornadas Literárias. Na ocasião

também será lançada a obra Jornadas

Literárias: 25 anos de história e os

escritores Alcione Araújo e Júlio Diniz

apresentarão o tema: “Sintonizando

Educação e Cultura na Escola”.

O Seminário Livro do Mês também

será realizado nesta data. Ignácio

Loyola Brandão é o autor convidado,

que estará debatendo com os leitores,

a partir das 21h, a obra O segredo da

nuvem. Ao final ele participa de uma

sessão de autógrafos.

Programação paralela

Seminários, exposições e um curso

sobre “Pragmática Literária e a Leitu-

ra” são ações que acontecem parale-

lamente às comemorações dos 25 anos

das Jornadas Literárias. O primeiro

seminário presta homenagem ao prin-

cipal incentivador das Jornadas, Josué

Guimarães, que também é tema de

uma exposição apresentada no perío-

do. Josué Guimarães: Vencendo os

tempos e as fronteiras. Atendendo a

um público diferenciado, um seminário

sobre o Livro do Mês será realizado no

bairro Integração, no dia 28 de agos-

to, às 9h, com a presença do autor

Ignácio de Loyola Brandão.

Mais informações sobre a progra-

mação em comemoração aos 25 anos

das Jornadas Literárias podem ser

encontradas no site da UPF –

www.upf.br, no link Eventos, ou atra-

vés do e-mail [email protected].

IIgnácio de Loyola

Brandão, Alcione

Araújo, Julio Diniz,

Márcio Vassallo e

Mário Pirata

participam das

festividades

I Jornada Nacional de Literatura Brasileira e

II Jornada de Literatura Sul-Rio-Grandense,

que contou com a presença de Josué

Guimarães, Millôr Fernandes e Antônio

Callado, entre outros escritores

Quinta edição da Jornada

Nacional de Literatura,

em junho de 1993

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8

UPFJornal

Carlos Alberto Forcelini; de Extensão e Assun-

tos Comunitários, Cléa Bernadete Nunes; e

Administrativo reeleito, Nelson Germano Beck.

Compromisso social, excelência e sustentabili-

dade são as propostas que devem nortear o

trabalho desta Reitoria.

Em pronunciamento, durante a posse, Rui

Getúlio Soares reafirmou o propósito de per-

manecer servindo a todos os segmentos da

comunidade universitária. “Temos o compromis-

so de continuar a trajetória ascendente da

instituição, fruto do trabalho e da abnegação

de diferentes gerações que consideraram e

consideram a causa da educação a garantia da

promoção do ser humano, do desenvolvimento

dos diferentes setores da comunidade e a cer-

teza de que a amplitude das ações de uma Uni-

versidade como a nossa provoca transforma-

ções singulares na sociedade”, enfatizou, agra-

decendo a todos os que acompanharam a cami-

nhada da UPF nos últimos anos. “Desejamos

contar novamente com o apoio para o desen-

volvimento de um trabalho sério e competen-

te”, afirmou.

A comunidade acadêmica daUPF escolheu democraticamente, no primei-

ro semestre deste ano, os dirigentes que vão

comandar os rumos da instituição no próximo

quadriênio. Nova Reitoria e diretores das 12

unidades acadêmicas foram diplomados e toma-

ram posse no dia 7 de julho, em solenidade no

Centro de Eventos, que contou com a presen-

ça de autoridades, convidados, professores,

funcionários e alunos.

Rui Getúlio Soares, reeleito reitor na maior

eleição da história da UPF, foi empossado pelo

presidente da Fundação UPF, Antônio Carlos de

Lima. O reitor vai trabalhar juntamente com os

vice-reitores de Graduação, Eliane Lúcia

Colussi; de Pesquisa e Pós-Graduação reeleito,

Reitoria e diretores de

unidade permanecem no

cargo durante o período

2006-2010

Graduação

A Reitoria eleita tem como metas me-

lhorar as condições de ensino e aprendiza-

gem dos cursos oferecidos, além de

estimular e dar suporte para a manutenção

da abrangência e da atualidade dos currí-

culos. Também está entre os objetivos a

implantação de cursos de graduação na

modalidade a distância. São propostas

ainda: ampliar as modalidades e oportuni-

dades de estágios e monitorias, os inter-

câmbios acadêmicos, aumentar a disponibi-

lidade dos recursos em tecnologia da infor-

mação e suas ferramentas didático-pedagó-

gicas e consolidação da avaliação institu-

cional como instrumento de melhoria e de

aprimoramento do ensino, da pesquisa, da

extensão e da gestão.

Considerada primordial para a excelên-

cia em ensino, a Rede de Bibliotecas será

redimensionada, inclusive intensificando a

aquisição de livros, periódicos e outros

meios de consulta bibliográfica.

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9

UPFJornal

Presidente da FUPF

deu posse ao reitor,

Rui Getúlio Soares

Pesquisa e

Pós-Graduação

A Reitoria eleita da UPF reconhece a impor-

tância da pesquisa e pós-graduação e está dis-

posta a incrementar ações. Os objetivos para o

próximo quadriênio incluem a criação de novos

cursos de pós-graduação; o aprimoramento da

estrutura de apoio à pesquisa e pós-graduação;

a busca de novas alternativas de financiamento

para acadêmicos de pós-graduação, o fomento

à pesquisa e à iniciação científica nos campi; a

manutenção do apoio à capacitação docente;

o fortalecimento dos grupos de pesquisa e

apoio à difusão dos produtos da pesquisa.

Os programas institucionais ligados à área,

como a Mostra de Iniciação Científica, a Mos-

tra do Conhecimento e a Feira de Ciências,

serão impulsionados. Outros projetos serão

colocados em prática a partir do incentivo à

captação de recursos e busca de parcerias

para financiamento de pesquisas. Além disso, a

Reitoria eleita trabalhará no sentido de incluir

a iniciação científica nos currículos de todos

os cursos de graduação.

Extensão e Assuntos

Comunitários

Nesta área, os gestores pretendem fortale-

cer e intensificar as atividades, assim como os

núcleos, centros e similares. Também têm o

objetivo de fomentar a inserção de atividades

sistemáticas de extensão nos projetos pedagó-

gicos dos cursos de graduação, buscando a

integração entre ensino, pesquisa e extensão

e uma maior aproximação com as entidades da

sociedade civil organizada.

Com o objetivo de viabilizar o acesso de

mais acadêmicos ao ensino superior, serão

estimulados convênios com prefeituras e em-

presas. Outro projeto a ser colocado em práti-

ca é a criação de uma entidade que congregue

professores aposentados e jubilados em torno

de ações comunitárias. A criação de um cadas-

tro de profissionais da UPF disponíveis para a

execução de serviços é outro plano da Reitoria

eleita, juntamente com o apoio especial às

iniciativas de caráter cultural, artístico,

desportivo e científico.

Sustentabilidade

financeira

A atenção dos dirigentes também

estará voltada à gestão financeira

da UPF. Assim, propõe-se capacitar

a instituição para a competitividade

e sustentabilidade. A modernização

e melhoria contínua da infra-estru-

tura é outro compromisso, que já

vem recebendo especial atenção

com a construção de novos

prédios, reformas e ampliações dos

já existentes.

Consolidar a cultura do planeja-

mento estratégico institucional fo-

cado no desenvolvimento da UPF a

médio e longo prazos, consolidar a

prática do planejamento anual das

atividades institucionais, manter e

atualizar o Plano de Desenvolvimento

Institucional e o Plano Pedagógico

Institucional são outras ações que

reforçam a questão da sustentabili-

dade.

Diretores de unidades

Os diretores de unidades diplomados, e que junta-

mente com a Reitoria cumprem o mandato 2006/2010

são:

• Instituto de Ciências Exatas e Geociên-

cias, Maria Tereza Friedrich;

• Faculdade de Direito, José Carlos Carles de

Souza;

• Faculdade de Engenharia e Arquitetura,

Dermeval Rosa dos Santos (reeleito);

• Faculdade de Educação Física e Fisiote-

rapia, Hugo Tourinho Filho;

• Faculdade de Medicina, Luiz Carlos Manzato

(reeleito);

• Faculdade de Odontologia, Maria Salete S.

Linden;

• Instituto de Filosofia e Ciências Humanas,

Neusa Rocha (reeleita);

• Instituto de Ciências Biológicas, Adil de

Oliveira Pacheco (reeleito);

• Faculdade de Agronomia e Medicina Vete-

rinária, Mauro Antônio Rizzardi (reeleito);

• Faculdade de Artes e Comunicação, César

Augusto Azevedo dos Santos (reeleito);

• Faculdade de Educação, Edemilson Jorge

Ramos Brandão;

• Faculdade de

Ciências Econômicas,

Administrativas e Contábeis,

Marco Antônio Montoya.

Autoridades civis,

acadêmicas e militares

participaram da posse

a-

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Agosto de 2006Pág

10

UPFJornal

Com o objetivo de res-gatar as antigas e tradicionais

festas juninas realizadas na cidade, a

UPF Sarandi promoveu no mês de julho a

segunda edição da Festa Universitária Ju-

nina. O evento, que já faz parte do calen-

dário oficial do município, foi organizado pe-

los acadêmicos do IV nível de Administração,

com apoio da direção.

O atrativo principal da festa foi o casamento caipira,

que, nesta edição, comemorou as “Bodas de Abóbora” do

Aulas práticas estimulam

criatividade dos alunos

Alunos criaram produtos,

analisaram a receptivi-

dade no mercado e

planejaram custos

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Carazinho

A UPF está constantementepreocupada em oferecer condições adequa-

das para a formação técnica e humana dos

profissionais que coloca no mercado de tra-

balho. Desta forma, os acadêmicos do sétimo

nível do curso de Administração - Campus

Carazinho, através da disciplina de Plano de

Negócios, exercitaram na prática o que

aprenderam na teoria. Durante todo o pri-

meiro semestre deste ano, eles formaram

grupos de trabalho para desenvolver e apre-

sentar produtos inéditos, analisar a receptivi-

dade no mercado e pla-

nejar os custos.

As atividades, que

tiveram encerramento

em noite festiva no

mês de julho, foram

coordenadas pelo

professor Me. Gervásio Jorge Diel. Foram

criados os seguintes produtos: Pratic Chair –

Cadeira Multiuso, Bi Fashion - Salto Ajustável

para Calçados, Sun Cutter Machine - Máquina

de Cortar Grama com Opcionais, Pratik Gara-

gem - Toldo para Automóveis, Vassoura Ecoló-

gica Multifuncional e Suporte Regulável para

Monitor de Computador.

Encontro de CorosO Centro de Estudos e Atividades para a

Terceira Idade (Creati) realizou no final de

junho o IV Encontro de Coros Luz e Vida. O

evento aconteceu no auditório do Campus

Carazinho e contou com a participação de

nove corais da cidade e região.

Novo diretorA partir deste segundo semestre de 2006,

a UPF Carazinho está sob coordenação de um

novo diretor. O professor Orguim da Rocha

que assumiu no dia 1º de agosto, conduz as

atividades.

Sarandi

casal de noivos. Para integrar ainda mais a comunidade

regional, a organização da festa contou com a colabora-

ção de grupos da terceira idade de Sarandi, que auxilia-

ram na cerimônia religiosa e no atendimento às bancas

de alimentação.

A direção da UPF Sarandi tem dado integral apoio

aos organizadores em função de entender a Feira

como atividade de extensão, que potencializa o ca-

ráter comunitário da instituição, consolida a imagem

e promove a UPF em nível regional.

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Casamento

caipira foi uma

das atrações da

Festa Universitá-

ria Junina

Festa já integra o

calendário oficial

de eventos do

município

Festa junina resgata

antigas tradições

Casca

Soledade

Agosto de 2006 Pág

11

UPFJornal

Um espaço para fomentar a pesquisa e o desenvolvi-

mento de novas técnicas na área, oferecer cursos de qualifica-

ção e aumentar a competitividade do setor de pedras preciosas

do Brasil no cenário mundial. Esta é a finalidade do Centro Tec-

nológico de Pedras, Gemas e Jóias, inaugurado no dia 30 de

junho, na área do futuro campus da UPF Soledade. O prédio, de

371,52 metros quadrados, rece-

beu um investimento de mais

de R$ 400 mil, incluindo recur-

sos do governo federal e do

município de Soledade.

O setor de pedras precio-

sas e semipreciosas gera 1,3 mil

empregos diretos e três mil

empregos indiretos em Soleda-

de. O Centro inaugurado tem

um conselho gestor composto

por 15 entidades, que defini-

ram como primeira meta de

trabalho a diminuição dos im-

pactos ambientais. Também

está prevista a realização de

cursos de qualificação e já foi

aprovado o mestrado interins-

titucional na área de geologia

e tecnologia de pedras, gemas

e jóias, uma parceria entre

UPF e UFRGS.

De acordo com o reitor da

UPF, Rui Getúlio Soares, a criação do Centro Tecnológico revela

a concretização da união de esforços entre o poder público, a

iniciativa privada e as universidades, com o objetivo de desen-

volver ações de pesquisa que levem ao aprimoramento de um

produto singular para a economia e o desenvolvimento social de

vários municípios, com reflexos para o Rio Grande do Sul e para

o Brasil. “A UPF cumpre o seu papel de transformar o seu entor-

no graças ao trabalho de seus pesquisadores, de seus alunos e

de seus funcionários”, salientou.

O prefeito de Soledade, Olavo Valendorff, afirmou que o

Centro, através de sua estrutura física, vai ser um marco decisi-

vo para o desenvolvimento, o crescimento e a consolidação da

indústria de pedras, gemas e jóias. Já o presidente do

Sindipedras, Ivanir Lodi, afirmou que a inauguração do Centro é

a consolidação de um sonho que a tantos mobilizou para se tor-

nar realidade. “Temos a certeza de que a partir de agora en-

contraremos novas técnicas para qualificar nossos profissionais,

criar novos empregos e agregar valor aos produtos”, garantiu.

Além do prédio na UPF Soledade, o projeto prevê em Guaporé

o Pólo de Jóias, em Lajeado o Pólo de Lapidação e em Ametista

do Sul o Pólo de Mineração. Todos os pólos são vinculados a insti-

tuições de ensino superior de suas respectivas regiões. Os inves-

timentos chegarão a R$ 780 mil nesta primeira etapa.

Centro Tecnológico

vai desenvolver

área de pedras,

gemas e jóias

Campus intensifica

aproximação com

comunidade regionalUma das principais

funções da UPF é estar constan-

temente preocupada com o de-

senvolvimento das comunidades

onde está inserida. A UPF Casca

coloca esta função em prática

permanentemente. Sua vincula-

ção com a cidade de Casca e as

cidades do entorno torna a insti-

tuição uma das responsáveis pelo

desenvolvimento gradual apre-

sentado.

Para marcar este envolvi-

mento, mais uma vez a UPF Cas-

ca esteve participando da

Expoparaí, realizada de 14 a 16

de julho. A segunda edição da

feira apresentou as potenciali-

dades do município, procedên-

cia de um significativo número

de alunos da UPF Casca. Foram

apresentados os cursos ofereci-

dos pela UPF e os serviços que

aproximam a instituição das

comunidades onde está inse-

rida.

Placa foi descerrada pelo reitor da UPF,

deputado Beto Albuquerque, presidente do

Sindipedras e prefeito de Soledade

Prédio, de 371,52 metros

quadrados, vai sediar cursos e

pesquisas na área de pedras,

gemas e jóias

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12

UPFJornal

Avaliar o perfil dosidosos depressivos e os significa-

dos das perdas comunicativas.

Esse é o enfoque da pesquisa

desenvolvida por um grupo de

professores e alunos da UPF, inti-

tulada “Comunicação e depres-

são – fundamentos sociais e

educacionais com idosos depres-

sivos”. O trabalho analisa as per-

das comunicativas no processo

do envelhecimento, tanto as

físicas quanto as sociais, e busca

entender se elas são significativas

nos sintomas depressivos ou são

causadoras da depressão.

A pesquisa está avaliando

pessoas que já possuem depres-

são, sendo que ao todo, o grupo

entrevistou 58 idosos com

idade entre 60 a 85

anos. De acordo

com um dos coor-

denadores da

pesquisa, pro-

fessor Agosti-

nho Both, é

através da

análise da

questão

social, do

nível de es-

Pesquisa avalia perdas

comunicativas em idosos

com depressãocolaridade e de outras condi-

ções de vida que haverá a

compreensão mais adequada

dos fatores que podem compro-

meter a saúde mental, poden-

do, assim, avaliar quais as causas

da depressão na terceira idade.

As perdas comunicativas

mencionadas na pesquisa apon-

tam, num levantamento inicial,

para a importância da linguagem

social e para a linguagem com o

próprio corpo, como, por

exemplo, quando o idoso não

caminha mais, ou quando a co-

municação física está compro-

metida. Todos esses elementos

podem causar o estado depres-

sivo, deteriorando a capacidade

vincular.

Both explica

que o estado

depressivo em

idosos, na

verdade,

se constitui pela perda do dese-

jo de manter relações com ou-

tras pessoas. O estudo verificou

ainda que a maioria dos entrevis-

tados perde o desejo de estabe-

lecer contatos em razão, muitas

vezes, de perdas físicas e perdas

sociais. “Por essa razão, verifica-

mos quais os desejos restavam

aos idosos depressivos, se eles

achavam importante estabelecer

contatos e onde, sendo que

uma das possibilidades seria a

utilização da linguagem digital”,

argumenta.

Conforme o professor, as

perdas físicas em idosos aconte-

cem pela incapacidade de se

comunicar com seu próprio cor-

po, no qual ocorre uma degra-

dação física que começa a fazer

com que essas pessoas desani-

mem ou entrem num estado de

morbidade psicológica

depressiva. “Os sintomas não

expressam somente a retirada

social, mas também um estado

afetivo de permanente baixa

afetividade, fazendo a pessoa

ficar numa situação de maior

vulnerabilidade”, observa, dizen-

do que o que também gera os

transtornos de humor são as

perdas sociais, que se caracteri-

IIdosos depressivos, com

idade entre 60 a 85 anos,

foram o público do estudo

realizado na UPF

zam por fatos como a distância ou

morte de filhos ou do cônjuge.

Durante as conversas mantidas

com os entrevistados, a equipe

de pesquisadores da UPF consta-

tou, em análise incipiente, que

há um desejo, na maioria dos ca-

sos, de poder de alguma forma

substituir essas perdas por outros

ganhos sociais, tendo uma

ocupação na qual possam interagir

de uma forma significativa com

apoios sociais interessantes. Both

garante que como dicas de ativi-

dades a serem praticadas pelos

idosos destaca-se a inserção a

grupos de convivência ou outra

atividade social, de lazer, de tra-

balho, pelas quais possam ter uma

interação mais vivificadora.

Como a pesquisa está sendo

feita principalmente na periferia

urbana de Passo Fundo, verificou-

se que, em função das limitações

relacionadas ao transporte ou

por outras dificuldades de loco-

moção, os idosos ficam restritos

às suas casas. Muitas vezes, de-

pendem de um cuidador, o que,

segundo Both, nem sempre se

constitui numa forma sistemática

de presença e apoio.

SugestõesAlém de pesquisar a realidade

dos idosos, o estudo busca tam-

bém verificar sugestões em torno

da interação social e se esse pú-

blico ainda aceitaria ser apoiado

para isso. O grupo de pesquisado-

res tem ainda a participação dos

professores Adriano Pasqualotti,

Júlio César Stobbe, Marilene

Portela, Mônica Matti, Carine

Medina e alguns acadêmicos do

curso de Psicologia.

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13

UPFJornal

O consumo de deriva-dos do leite, especialmente io-

gurtes, deve ser feito sob cons-

tante cuidado. Isso é o que indica

uma pesquisa desenvolvida pela

acadêmica Vanessa Rossato, do

nono nível de Ciências Biológicas

da UPF, que alerta para a expressi-

va contaminação dos iogurtes. O

objetivo da análise foi identificar a

presença de fungos nas amostras,

o que pela legislação vigente é

considerado uma contaminação.

Em seu estudo, foram analisa-

das nove marcas diferentes de

iogurtes, totalizando 24 amostras,

com as respectivas variações de

cada uma delas. As amostras foram

analisadas com o produto no prazo

Alerta: pesquisa aponta

contaminação de iogurtes

PPesquisa da UPF

detecta numerosa

presença de

fungos no produto

industrializado

de validade e também dez dias

após o vencimento. Dessa forma

pôde-se comparar a proliferação

dos fungos e a ação dos

conservantes, que também agem

como inibidores da proliferação

de microorganismos. O sabor es-

colhido para análise foi o de mo-

rango, que é o mais

consumido.

As amostras foram

adquiridas num super-

mercado e levadas

imediatamente ao

laboratório, para reproduzir os

hábitos dos consumidores. “Entre-

tanto, na maioria das vezes, os con-

sumidores adquirem o iogurte e

deixam fora da geladeira acima do

tempo recomendado, o que pode

certamente prejudicar a conserva-

ção e qualidade do produto”, diz

Fabiana.

Os resultados surpreenderam a

acadêmica. Entre as 24 amostras

analisadas, apenas quatro que esta-

vam dentro do prazo de validade

não apresentaram fungos, ou seja,

apenas 16% estavam isentas de con-

Aluna pesquisa melhoramento

de trigo para resistência à seca

O trigo constitui um dos alimentosmais importantes na dieta da população mundial. O Brasil

possui solo, clima, materiais genéticos, tradição agrícola

e tecnologias disponíveis para a auto-suficiência na pro-

dução, entretanto, os melhores ambientes para essa

cultura apresentam restrição à disponibilidade de água.

Neste contexto, a acadêmica do curso de Ciências

Biológicas da UPF, Fabiana Bernieri Gaiato, está desen-

volvendo um trabalho na Embrapa Trigo que visa dispo-

nibilizar metodologias que permitam maior eficácia na

criação de material resistente à seca, o que represen-

taria significativos ganhos aos agricultores.

Orientada pela pesquisadora Ana Christina Sagebin

Albuquerque, da Embrapa Trigo, Fabiana selecionou

oito cultivares de trigo para uso nos cruzamentos, os

quais foram submetidos ao tratamento com agentes

simuladores de seca. Os estudos estão em fase de

conclusão, no campo experimental e casa de vegeta-

ção (ambiente controlado) da Embrapa Trigo de Passo

Fundo.

“A resistência à seca favorece a agricultura e o

meio ambiente, pois a produtividade das plantas é

limitada pela água, portanto, a planta que possui mais

água ou que tem maior eficiência no seu uso resistirá

melhor à seca”, explica Fabiana. O melhoramento da

resistência à seca busca aumento na eficiência do uso

de água pelas plantas, com vista à otimização de práti-

cas de manejo.

tamina-

ção. Ao verificar as

amostras que estavam com

o prazo de validade vencido,

apenas duas não apresentaram

fungos, 91,6% de contaminação. “A

pesquisa, que levou dez meses para

ficar pronta, é um alerta para o con-

sumidor, que deve observar atenta-

mente o prazo de validade e a ma-

neira como conserva o alimento”,

enfatiza.

O levantamento apontou também

a responsabilidade da indústria. Eta-

pas de manipulação direta do iogurte

são “portas abertas” para os fungos,

como no momento de adicionar o

sabor (polpa do morango, no caso da

pesquisa), ou mesmo no transporte.

Nos supermercados, a atenção deve

ser para o armazenamento e a reposi-

ção do iogurte.

A pesquisa teve orientação do

professor da UPF, Sergio Benvegnú,

que alerta a respeito das toxinas

liberadas pelos fungos, que não

possuem gosto ou cheiro, dificilmen-

te perceptíveis no momento da

ingestão, podendo causar danos ao

fígado ou ao rim que podem evoluir

até mesmo para tumores. “A prolife-

ração de fungos acontece, na

maioria das vezes, após o produto ser

aberto. Se consumido dentro do pra-

zo de validade não há possibilidade

de desenvolver doenças. As toxinas

têm efeito cumulativo, por isso o

cuidado”, aponta Benvegnú.

Vanessa motivou-se a

pesquisar após sofrer

intoxicação pelo

consumo de iogurte

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Estudo desenvolvido

na UPF analisou

nove marcas de

iogurte

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14Agosto de 2006

Treinamento técnico nas

posições táticas do futsal

Autor: Ben-Hur Soares

110 p.

A obra destaca que cada indivíduo se adapta

de forma e com presteza diferente aos estímulos

aplicados no processo de treinamento e que,

dentro de um mesmo esporte, cada atleta apre-

senta características diferentes, relacionando

seu tipo de jogo e função tática exercida durante

uma partida de futsal. Assim, poderá apresentar um ren-

dimento diferenciado se a qualidade e a quantidade de treina-

mento forem adequadas para cada aluno/atleta. O autor foi convo-

cado para ser o preparador físico da Seleção Gaúcha de Futsal nos

anos de 2003 e 2005, conquistando o título nas duas edições do

Campeonato Brasileiro de Seleções.

As ciências criminais em debate

Organizadores: Luiz Fernando Pereira Neto, Renata

Almeida da Costa

147 p.

Resultado do I Encontro Gaúcho de Ciências

Criminais, os textos reproduzidos nesta obra tra-

duzem a crença numa ideologia humanitária e igua-

litária e refletem uma mesma devoção: a paixão

pelo direito penal. A coletânea de artigos que ora se

apresenta ao leitor é a definitiva inserção da Faculdade de

Direito da Universidade de Passo Fundo no contexto transdiscipli-

nar como foco fundamental de pesquisa e onde se busca entender a

macrofenomenologia da violência.

Policultivo de jundiás, tilápias e

carpas: uma alternativa de produção para a

piscicultura rio-grandense

Organizador: Leonardo José Gil Barcellos

127 p.

A piscicultura é uma atividade que se adapta bem à

realidade do sul do Brasil. A cadeia produtiva mais de-

senvolvida é a da carpa, tendo seu policultivo o modelo

mais difundido. Objetivando a introdução de novas espé-

cies com maior aceitação e valor de mercado no tradicional

policultivo de carpas, o Setor de Piscicultura da Universidade de

Passo Fundo empreendeu uma série de pesquisas que culminaram com o

lançamento desta obra, que propõe um modelo alternativo com o culti-

vo conjunto das quatro espécies de carpas tradicionalmente emprega-

das com o jundiá e a tilápia. Este livro aborda aspectos referentes aos

princípios do sistema, à fisiologia das espécies, à qualidade da água, à

construção das instalações e ao manejo geral, nutricional e sanitário

do cultivo. O livro ainda traz dezenas de receitas elaboradas com as

espécies integrantes do policultivo.

A ocupação do território: da luta pelo

território à instalação da economia pastoril-

charqueadora escravista

Autor: Mário Maestri

157 p.

Esta obra se destina a professores, estudantes e

interessados pela área de história, mais especificada-

mente história do Rio Grande do Sul. O livro é o primeiro

volume da coleção “Uma história do Rio Grande do Sul”,

abrangendo o período da ocupação luso-brasileira do

território sulino até meados de 1890, quando registra-se a

chegada do transporte ferroviário à região da Depressão Central.

Manual de demonstrações práticas

em farmacologia experimental

Organizadores: Eduardo Wannmacher, Lenita

Wannmacher, Maria Beatriz Cardoso Ferreira, Solange

Maria Dietrich

103 p.

Este manual destina-se, fundamentalmente, à pre-

paração e à realização de demonstrações de farmaco-

logia experimental empregadas como recurso didático

em disciplinas de farmacologia básica. Serve, também,

de orientação para quem desejar fazer experimentos de

pesquisa com os modelos apresentados. Descreve detalhada-

mente a preparação das aulas práticas, oportunizando a utilização

dos modelos experimentais em atividades de investigação.

Pesquisa em educação

matemática: contribuições para o

processo ensino-aprendizagem

Organizadora: Neiva Ignês Grando

156 p.

A obra compõe-se de resultados de pesquisas

de mestrado e doutorado e é indicada principal-

mente aos professores e pesquisadores que se

dedicam à educação matemática. Dentre as temá-

ticas apresentadas, destaca-se a relação entre os

conhecimentos da escola e os de outros contextos,

incluindo conceitos aritméticos, geométricos e algébricos.

Buscou-se fundamentação na teoria histórico-cultural, na didática da

matemática, na teoria dos registros de representação e em idéias de

autores que discutem temas relacionados à especificidade de cada obje-

to de pesquisa. O livro tem como preocupação básica a sala de aula,

mais especificamente, os processos de ensino, aprendizagem e desen-

volvimento mental.

Informações sobre estas obras ou outras publicações da UPF Editora podem ser obtidas pelo telefone (54) 316 8373, pelo e-mail [email protected] ou no site www.upf.br/editora.

UPFJornal

Lançamentos UPF EditoraLançamentos UPF Editora

Pág

15Agosto de 2006

UPFJornalAlunos embarcam para intercâmbio

na Espanha e Argentina

Educação

em debate

no 8º Fórum

Leituras de

Paulo Freire

Um dos diferenciais daUPF é o incentivo à qualificaçãode seus alunos, através de expe-riências realizadas no exterior.Neste semestre mais um grupo deoito acadêmicos embarca para aEspanha e a Argentina a fim derealizar intercâmbios em universi-dades parceiras. Ao todo, de 2005até o momento, já viajaram 17alunos através dos intercâmbios.

Entre os selecionados parapermanecer um semestre na Uni-versidade de Santiago deCompostela, na Espanha, estãoGraziela Lenzi, do curso de Direi-to; Leonardo Flores Luthi e Simo-ne Guntzel, da Odontologia;Eduardo Haendchen Vidal, da Edu-cação Física; Flávia HorodeskiCorrêa, da Medicina; e GrazieleSlavieiro, do curso de Psicologia.Já Aline W. Rocha, do curso de

Letras, e Cleriston Feldkircher daAgronomia, estudam um semestrena Universidade Nacional do Lito-ral, em Santa Fé, na Argentina.

A UPF também deve receber,neste semestre, acadêmicos das

Fórum sobre ensino de

engenharia acontece na UPF

Grupo permanece um semestre nas universidades conveniadas

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A UPF realiza, de 24 a 26 de agosto,o 8º Fórum Leituras de Paulo Freire, no Centro deEventos da instituição. O objetivo do encontro éproporcionar aos movimentos de educação popu-lar um espaço para socialização de suas expe-riências e para a manifestação de suas necessida-des educativas, além de criar um espaço para areflexão que contemple o diálogo e lance um“olhar crítico” acerca dos grandes problemas daeducação no atual momento histórico.

O Fórum é voltado para agentes sociais e edu-cadores atuantes na educação básica, educaçãopopular e educação superior, em movimentos eorganizações sociais e demais interessados. Duranteos três dias do encontro estão programadas mostrasde materiais pedagógicos, conferências, painéis,lançamento de livros e oficinas. Na noite de abertu-ra, será realizada a conferência “O pensamentofreiriano e o contexto atual”, proferida pelo profes-sor Afonso Celso Scocuglia, da Universidade Federalda Paraíba (UFPB/Instituto Paulo Freire). Outrasinformações podem ser obtidas através dos telefo-nes (54) 3316 8290 e (54) 3316 8296.

PPrograma de

Intercâmbio

Acadêmico é

uma forma de

qualificar os

alunos e

valorizar o

ensino oferecido

pela UPF

universidades conveniadas. Outrasinformações podem ser obtidasjunto à Assessoria para Assuntos

Internacionais e Interinstitu-cionais, pelo e-mail [email protected] outelefone (54) 3316-8100 ramal 8004.

O mais importante fórumde reflexão sobre o ensino de engenha-ria no Brasil acontece de 12 a 15 desetembro na UPF. O XXXIV CongressoBrasileiro de Ensino de Engenharia(Cobenge) reúne representantes deórgãos oficiais ligados ao setor e institui-ções de ensino, além de empresas eprofissionais interessados na melhoria eno desenvolvimento da engenharianacional. Esta é a primeira vez que oevento é realizado na UPF.

O Cobenge é promovido anualmentepela Associação Brasileira de Ensino deEngenharia (Abenge), que congrega maisde 150 instituições de ensino de todo oBrasil, e nesta edição, conta com oapoio da Faculdade de Engenharia eArquitetura da UPF. Entre os convidados,estarão o presidente da Financiadora deEstudos e Projetos (Finep), do Ministérioda Ciência e Tecnologia, Odilon

Marcuzzo; o presidente do ConselhoFederal de Engenharia e Arquitetura(Confea), engenheiro civil Marcos Túliode Melo; o presidente da Coordenaçãode Aperfeiçoamento de Pessoal de NívelSuperior (Capes), Jorge Almeida Guima-rães, além de outros profissionais detoda a América Latina.

A programação é constituída pormesas-redondas com temáticas referen-tes à formação do professor e do profis-sional de engenharia, a importância doempreendedorismo e a pós-graduaçãoem engenharia no Brasil. Também haveráa apresentação oral de 180 trabalhos ede outros 58 na forma de pôster.

O XXXIV Congresso Brasileiro de Ensi-no de Engenharia tem como coordena-dores o professor Zacarias Chamberlain(UPF) e o presidente da Abenge, JoãoSérgio Cordeiro. Outras informaçõespodem ser obtidas no site www.upf.br/cobenge2006.

UPFJornalAAluna da UPF constata que entre as dez plantas

mais utilizadas, oito são contra-indicadas e

algumas delas possuem efeito abortivo

A utilização de plantasmedicinais para o tratamento de indis-

posições e doenças é uma prática

muito freqüente. Do senso comum,

fórmulas e chás são preparados de

geração em geração, sem indicações

médicas ou estudos que constatem a

real ação dos componentes de cada

planta. O uso deliberado de medicinais

toma outra proporção quando reali-

zado no período da gestação. Algumas

das plantas utilizadas pelas mulheres

grávidas possuem ação abortiva, o

que coloca em risco a saúde da ges-

tante e do bebê.

Esse assunto foi abordado de for-

ma inédita e interdisciplinar pela aca-

dêmica Renata Feltrin, do curso de

Enfermagem da UPF, que desenvolveu

uma pesquisa. A constatação: das dez

plantas mais utilizadas pelas gestantes

entrevistadas, oito delas são contra-

indicadas pela literatura existente,

sendo que as duas primeiras colocadas

possuem ação abortiva.

Os dados foram coletados nos

meses de março e abril de 2006 num

grupo de 70 gestantes freqüentadoras

de um Centro de Atendimento Integra-

do à Saúde (Cais) de Passo Fundo. Cons-

tatou-se que 85,3% das gestantes utili-

zaram chás na gestação, sendo identifi-

cadas um total de 23 espécies.

Segundo a acadêmica, as plantas

podem, de fato, trazer uma série de

benefícios. O que preocupa é o uso indis-

criminado. Das 23 espécies utilizadas,

quase 74% podem causar riscos. A mesma

pesquisa apurou que o período da

organogênese, que vai da terceira a

oitava semana da gestação, é o mais

crítico devido à intensa proliferação

celular.

Simone Almeida dos Santos tem 22

anos e dois filhos, um de cinco anos e

outro com menos de um mês de idade.

Durante as duas gestações, ela diz ter

feito uso de chás. “Já tomei de

pacotinho e com ervas da minha horta.

Nunca tive orientação sobre isso. Geral-

mente dizem que chá forte não pode

tomar, mas se for fraquinho acho que

serve até de calmante, tipo camomila e

hortelã”, diz Simone que afirma não co-

nhecer exatamente as propriedades

destas plantas.

Ranking das plantas

utilizadas

A pesquisa aponta

que a planta mais utili-

zada pelas gestantes

é justamente a

camomila, que,

segundo as refe-

rências biblio-

gráficas, tem

uso contra-

indicado

durante a

lactação e

gestação,

por possuir

ação

abortiva e

ser um rela-

xante uteri-

no. Em segun-

do lugar, apare-

ce a hortelã, que

também apresenta

efeito abortivo, e

em seguida, a melissa,

que não deve ser admi-

nistrada na gravidez e lactação. Em

quarto lugar, aparece o boldo, que

pode acarretar redução do peso

fetal e apresenta ação abortiva,

contra-indicado no primeiro trimes-

tre de gestação.

Na quinta posição, o sene, planta

que pode causar aborto e diarréia

no lactente. Seus princípios ativos

passam para o leite materno, além de

atuar sobre o útero, provocando

dores abdominais. Também de uso

recorrente encontram-se a marcela

e a cidreira, que não apresentam

contra-indicações. Entretanto, o

guaco, a alcachofra e a carqueja

(8º, 9º e 10º plantas mais utilizadas),

são contra-indicados.

O trabalho, que teve orientação

da professora Marilene Rodrigues e

do professor Delvino Nolla, abordou

também a satisfação das gestantes

em relação ao uso dos chás. Do to-

tal, 52,86% das gestantes avaliam o

uso como bom, 40% como muito bom

e 4,28% como regular.

Nolla enfatiza que no Brasil, em

razão de 50 milhões de pessoas vive-

ram abaixo da linha de miséria, o uso

de plantas medicinais é uma alterna-

tiva de acesso ao tratamento. “Com

a aprovação da Política Brasileira de

Plantas Medicinais, pelo presidente

da República em 22 de junho deste

ano, cresce a importância desse tipo

de trabalho”, salienta. O decreto

federal garante à população brasilei-

ra o acesso seguro e o uso racional

de plantas medicinais e fitoterápicos

(medicamentos que provêm de plan-

tas medicinais), promovendo o uso

sustentável da biodiversidade, o

desenvolvimento da cadeia produti-

va e da indústria nacional.

Alerta

Os dados obtidos na pesquisa

servem de alerta. Elisandra de Fáti-

ma Fernandes de Camargo, 19 anos,

está no sétimo mês de gestação e,

conforme ela, não fez uso de chás

até o momento. “Minha sogra diz

que não pode de nenhum tipo, daí

segui o conselho dela, mas o médico

nunca me falou nada. Eu não tomo,

nem que indiquem que possa”, afir-

ma.

A acadêmica da UPF que realizou

a pesquisa lembra que, na verdade,

foi estudado o uso indiscriminado

dos chás. Entretanto, quando utili-

zados de forma consciente e com a

preparação da forma correta, ga-

rantem bons resultados.

Grávidas devem obter

orientações precisas antes

de fazer uso de plantas

medicinais

Camomila é

uma das

plantas mais

utilizadas

pelas

gestantes

Melissa não

deve ser

administra-

da na

gravidez e

lactação

Hortelã

apresenta

efeito

abortivoF

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Plantas mais

utilizadas

Nome comum Observação

Camomila ........ Contra-indicada

Hortelã ........... Contra-indicada

Melissa ........... Contra-indicada

Boldo ............. Contra-indicada

Sene ............... Contra-indicada

Marcela .......... Indicada

Cidreira .......... Indicada

Guaco ............. Contra-indicada

Alcachofra ...... Contra-indicada

Carqueja ......... Contra-indicada

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