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UNIVESIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA: CIÊNCIAS MÉDICAS AMANDA KIRCHNER PICCOLI EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS REGULADORAS DO COMPLEMENTO CD55/CD59/CD35/CD46 EM PACIENTES COM ARTRITE REUMATÓIDE Porto Alegre, 2011

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Page 1: UNIVESIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ......O sistema complemento é uma parte da imunidade inata capaz de remover patógenos invasores do organismo humano, sem exposição prévia;

UNIVESIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE MEDICINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA: CIÊNCIAS MÉDICAS

AMANDA KIRCHNER PICCOLI

EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS REGULADORAS DO COMPLEMENTO CD55/CD59/CD35/CD46 EM PACIENTES COM

ARTRITE REUMATÓIDE

Porto Alegre, 2011

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AMANDA KIRCHNER PICCOLI

EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS REGULADORAS DO COMPLEMENTO CD55/CD59/CD35/CD46 EM PACIENTES COM

ARTRITE REUMATÓIDE

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito final da obtenção do título de mestre em Ciências Médicas.

Orientador: Ricardo Machado Xavier

Porto Alegre, 2011

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 1. P591E    PICCOLI, AMANDA KIRCHNER 

Expressão de proteínas reguladoras do complemento CD55/CD59/CD35/CD46 em pacientes com artrite reumatóide / Piccoli ; orient. Ricardo Machado Xavier. – 2011. 

71 f. : il.     Dissertação (mestrado) ‐ Universidade Federal do Rio Grande do 

Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós‐Graduação em Medicina: Ciências Médicas. Porto Alegre, BR‐RS, 2011.  

1. Artrite reumatóide 2. Proteínas do sistema de complemento 3. Antígenos CD55 4. Antígenos CD59 5. Antígenos CD46 6. Receptores do complemento 3b I. Xavier, Ricardo Machado II. Título. 

 NLM: WE 346 

Catalogação Biblioteca FAMED/HCPA 

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Aos meus pais por seus

exemplos, e em especial

para Gregório, pela

compreensão, carinho e

amor.

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AGRADECIMENTOS

Ao professor Ricardo Machado Xavier pela orientação e confiança no

meu trabalho. Agradeço também a sua acolhida e dedicação em momentos

decisivos para realização deste.

À amiga e colega Ana Paula Alegretti, pelo carinho, apoio e valiosa

colaboração científica imprescindível para a realização deste.

À amiga Priscila Schmidt Lora pela amizade, companheirismo e auxílio

com a análise estatística deste trabalho.

À acadêmica de Biomedicina, Laiana Schneider pelo seu empenho e

trabalho.

A todos os colegas da unidade de Hematologia pela ajuda e

compreensão.

As acadêmicas de medicina, Laura Corso Cavalheiro e Priscilla Martinelli pela dedicação na busca de dados clínicos dos pacientes.

Ao meu amigo Felipe Carvalho, pela edição nos histogramas do

citômetro de fluxo.

A minha irmã Rafaela pelo auxílio durante a realização deste.

Aos meus pais pelos valores ensinados, pelo afeto, apoio, carinho e

compreensão de sempre.

Ao meu marido Gregório por seu carinho, compreensão e indispensável

estímulo nos momentos difíceis e na conclusão desta dissertação.

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“Ninguém é digno do oásis se não aprender a atravessar o deserto”.

Augusto Cury

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RESUMO

A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença autoimune associada a

poliartropatia inflamatória que acomete principalmente as articulações

periféricas. Cerca de 1% da população mundial é afetada, sendo duas a três

vezes mais prevalente em mulheres. Apresenta uma patogênese complexa e

multifatorial. A sinóvia das articulações afetadas é infiltrada por linfócitos T e B,

macrófagos e granulócitos. A sinóvia reumatóide adquire características

proliferativas, formando o pannus, e invade a cartilagem articular e o osso,

levando à destruição da arquitetura normal da articulação e perda de função.

Em vários modelos de doenças autoimunes, a ausência ou diminuição da

expressão de proteínas reguladoras do complemento tem sido observada,

associada com o agravamento dos sintomas clínicos, sendo que, muitos destes

casos, a superativação do sistema complemento pode ser a causa da

exacerbação da doença. O presente artigo tem por objetivo revisar os

principais aspectos relacionados à regulação do sistema complemento na

artrite reumatóide, a fim de propiciar uma melhor compreensão do potencial

papel desse sistema na fisiopatologia da doença.

Palavras-chave: Artrite Reumatóide, Sistema Complemento e Proteínas

Reguladoras do Complemento.

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ABSTRACT

Rheumatoid arthritis (RA) is an autoimmune disease associated with

polyarticular inflammatory synovitis that affects mainly the peripheral joints.

About 1% of the world population is affected, and it is two to three times more

prevalent in women. RA has a complex and multifactorial pathogenesis. The

rheumatoid synovium acquires proliferative characteristics, forming the pannus,

and invades cartilage and bone, leading to the destruction of normal

architecture and loss of function. In several models of autoimmune diseases,

the absence or decreased expression of complement regulatory proteins has

been observed, associated with worsening of the clinical symptoms, and many

of these cases the over-activation of the complement system is the cause of

disease exacerbation. This article aims to review the main aspects related to

regulation of the complement system in rheumatoid arthritis in order to provide a

better understanding of the potential role of this system in the pathophysiology

of the disease.

Keywords: Rheumatoid Arthritis, Complement System, Complement

Regulatory Protein.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Esquema da articulação normal e na artrite reumatóide (Adaptado de Smolen, 2003)...............................................................................................17 Figura 2 - Esquema das vias de ativação do sistema complemento e suas proteínas inibitórias. Adaptado de (Okroj, 2007)...............................................18

Figura 3 - Esquema das possíveis contribuições do sistema complemento no desenvolvimento da AR na articulação. (Adaptado de Okroj, 2007).................30

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LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Principais funções inibidoras das proteínas reguladoras do complemento CD55/CD59.................................................................................22

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LISTA DE ABREVIATURAS

ACR - Colégio Americano de Reumatologia

AHAI - Anemia Hemolítica Autoimune

AR - Artrite Reumatóide

CAA - Célula Apresentadora de Antígeno

CC - Cascata do Complemento

CD35 - Receptor do Complemento tipo - 1

CD46 - Proteína Cofator de Membrana

CD55 - Fator Acelerador de Degradação

CD59 - Inibidor da Lise de Membrana ou Protectina

CF - Citometria de Fluxo

CR - Receptor do Complemento

DAS28 - Escore da atividade da doença 28

EM - Esclerose Múltipla

EULAR – Liga Européia de Combate ao Reumatismo

FHA - fitohemaglutinina

FR - Fator Reumatóide

GPD - Glomerulonefrite Proliferativa Difusa

GPI – Glicofosfatidilinositol

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HCPA – Hospital de Clínicas de Porto Alegre

HIV - vírus da imunodeficiência humana

HLA-DR - Antígeno Leucocitário Humano - DR

HPN - Hemoglobinúria Paroxística Noturna

IC - Imunocomplexos

IFN- γ - Interferon – γ

Ig – Imunoglobulina

IgA – Imunoglobulina A

IgG - Imunoglobulina G

IL-10 – Interleucina -10

kDa - kilo Daltons

LES - Lúpus Eritematoso Sistêmico

LPS - lipopolissacarídeos

LS - Líquido Sinovial

MAC - Complexo de Ataque à Membrana

MBL - Lectina Ligadora de Manose

MFI - Intensidade Média de Fluorescência

MHC - complexo de histocompatibilidade maior

NK - Natural Killers ou matadoras naturais

PIG-A - Fosfatidilinositolglican-A

PRC - Proteínas Regulatórias do Complemento

RNA - receptores nicotínicos de acetilcolina

SC - Sistema Complemento

sCD35 - CD35 solúvel

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sCD46 - CD46 solúvel

sCD59 - CD59 recombinante solúvel

sCD59-APT542 - derivado de CD59 membrana-alvo

SF - Sinoviócitos tipo Fibroblastos

SMD - Síndrome Mielodisplásica

SNC - Sistema Nervoso Central

SP - Sangue Periférico

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 14 2. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................ 16

2.1. ARTRITE REUMATÓIDE ...................................................................... 16

2.2. SISTEMA COMPLEMENTO.................................................................. 18

2.2.1. Ativação inicial do complemento .................................................... 19

2.2.2. C3 convertase e amplificação ........................................................ 19

2.2.3. C5 convertase ................................................................................ 20

2.2.4. Formação do complexo de ataque à membrana ............................ 20

2.3. PROTEÍNAS REGULADORAS DO COMPLEMENTO CD55, CD59, CD46 E CD35 ............................................................................................... 21

2.4. PROTEÍNAS REGULADORAS DO COMPLEMENTO EM DOENÇAS AUTOIMUNES .............................................................................................. 26

2.5. PAPEL DO COMPLEMENTO E DAS PROTEÍNAS CD55/CD59/CD46/CD35 NA ARTRITE REUMATÓIDE (AR) ....................... 29

3. CONCLUSÃO ....................................................................................... 34 4. JUSTIFICATIVA DO TRABALHO......................................................... 35 5. OBJETIVOS .......................................................................................... 36 6. REFERÊNCIAS ..................................................................................... 37 7. ARTIGO CIENTÍFICO: "Expression of CD55, CD59, CD46 and CD35 in peripheral blood cells from Rheumatoid Arthritis patients"………………………47 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………………………………...67 9. ANEXOS………………………………………………………………………68

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2. INTRODUÇÃO A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica das

articulações com alterações na resposta imunológica, com presença de uma

ampla variedade de anticorpos dirigidos contra proteínas do próprio organismo.

É associada à sinovite poliarticular inflamatória persistente, e como resultado, a

articulação torna-se inflamada, deformada e instável. Tanto a cartilagem como

o osso são afetados, com consequente destruição da arquitetura normal e

perda de função.

Há uma forte evidência que ativação descontrolada do complemento

esteja envolvida no desenvolvimento e/ou aumento da artrite. Com base nos

dados disponíveis, o consumo acelerado e uma resposta de hiperprodução de

componentes do complemento são vistos no líquido sinovial de pacientes com

AR. Desta forma, proteínas que regulam o complemento desempenham

importante papel no controle de sua ativação.

O sistema complemento é uma parte da imunidade inata capaz de

remover patógenos invasores do organismo humano, sem exposição prévia;

contudo, a ativação exacerbada do complemento contribui para o processo

patológico de inúmeras doenças inflamatórias e autoimunes, como AR. Esta

ativação leva à formação do complexo de ataque à membrana (MAC) das

próprias células do organismo e a uma formação excessiva de mediadores da

inflamação.

As proteínas de membrana celular CD55, CD59, CD35 e CD46 são

proteínas responsáveis pela regulação da ação do complemento nas células. A

prevalência de alteração de expressão destas proteínas reguladoras do

complemento (PRC) não está elucidada ainda na literatura, principalmente em

pacientes com AR.

O projeto de pesquisa que originou este trabalho foi inicialmente

desenvolvido devido aos achados obtidos pelo nosso grupo de pesquisa, em

pacientes com Lupus Eritrematoso Sistêmico. Com o desenvolver do projeto,

buscou-se novas patologias que poderiam estar associadas às alterações

destas proteínas reguladoras do complemento nas membranas celulares.

Nesta ocasião, foram encontrados poucos estudos em pacientes com AR, que

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motivaram a realização deste trabalho; além do desenvolvimento de outro

projeto incluindo pacientes com AR tratados com Rituximabe – que

recentemente passou a ser utilizado em alguns pacientes. Com isso, estudar o

padrão de expressão destas proteínas se fez necessário para explorar a

possibilidade de se otimizar o uso dessa terapia.

Este projeto contou com o auxílio financeiro do FIPE [(Fundo de

Incentivo à Pesquisa e Eventos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

(HCPA)]. O estudo foi aprovado pelo comitê de Ética em pesquisa do HCPA,

sob o número 07-169.

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3. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. ARTRITE REUMATÓIDE

A AR é uma doença crônica de caráter inflamatório que acomete,

predominantemente, articulações diartrodiais e estruturas periarticulares,

podendo adquirir caráter sistêmico. A AR acomete cerca de 1% da população

mundial, afetando duas a três vezes mais frequentemente as mulheres [1].

A etiologia da doença não é ainda completamente esclarecida.

Entretanto, sabe-se que fatores ambientais e genéticos contribuem para o

desenvolvimento da AR. Nos estágios precoces da doença, há proliferação e

edema das células na camada sinovial, com infiltração de células B e T,

macrófagos e granulócitos. A sinóvia torna-se densa, tornando a articulação

edemaciada e dolorosa. Com a progressão, a proliferação sinovial leva à

formação do pannus, tecido com características invasivas da cartilagem

articular e do osso [2]. A destruição da articulação é irreversível. Osteoclastos

reabsorvem o osso, há liberação de enzimas proteolíticas, como

metaloproteinases, agrecanases e catepsinas, responsáveis pela destruição de

constituintes da matriz extracelular, incluindo proteoglicanos do osso e

cartilagem [3]. A neovascularização da camada sinovial circundante à

articulação e do pannus é evidente [4]. Como resultado, a cartilagem e o osso

perdem sua arquitetura normal e função, tornando a articulação deformada,

instável, dolorosa e inflamada (Figura 1) [5].

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Figura 1: Esquema da articulação normal (a) e na artrite reumatóide (b),

(Adaptado de Smolen, 2003) [6].

A hiperplasia sinovial é uma característica marcante destes pacientes,

com membranas proeminentes, projeções de vilosidades na sinóvia e edema

tecidual [7]. A presença de autoanticorpos como fator reumatóide (FR) e o

anticorpo contra proteínas citrulinadas no soro dos pacientes com AR é uma

das características do efeito sistêmico desta doença.

Certos genes do complexo de histocompatibilidade maior (MHC) estão

associados à predisposição para AR. A terceira região hipervariável da cadeia

DR beta, especialmente a sequência dos aminoácidos entre as posições 70 a

74, tem sido associada à doença. Esta sequência de aminoácidos é conhecida

como epítopo de susceptibilidade ou epítopo reumatóide e é encontrada nos

múltiplos genes HLA-DR associados com a doença, incluindo diversos genes

HLA-DR4, DR14, e DR1 [8, 9].

Tradicionalmente, o diagnóstico da AR baseia-se na presença de pelo

menos 4 de 7 critérios definidos pelo Colégio Americano de Reumatologia

(ACR) [10]. Estes critérios incluem a presença de rigidez matinal prolongada,

artrite de três ou mais articulações, artrite simétrica, artrite das articulações das

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mãos, nódulo reumatóide presente, FR positivo e alterações radiográficas.

Embora estes critérios auxiliem no diagnóstico, cada caso deve ser analisado

individualmente [11]. Mais recentemente, com objetivo de se permitir a

identificação da doença em estágios mais precoces, novos critérios foram

propostos por uma comissão conjunta do ACR e da Liga Européia de Combate

ao Reumatismo (EULAR) [12].

2.2. SISTEMA COMPLEMENTO

O sistema complemento (SC) é composto por receptores e reguladores

ligados à membrana celular e diversas proteínas plasmáticas que interagem

com várias células e mediadores do sistema imune (figura 2). Compreende

mais de 30 proteínas que agem em sinergia para promover inflamação e dano

direto a células, a microrganismos e a tecidos identificados como anormais por

um anticorpo específico [13]. A maioria das proteínas são sintetizadas no

fígado, entretanto células mielóides, fibroblastos, células epiteliais e endoteliais

podem produzi-las [14, 15].

Figura 2 - Esquema das vias de ativação do sistema complemento e suas proteínas inibitórias. Adaptado de (Okroj, 2007) [1]

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As funções do sistema complemento são essenciais e centrais para a

resposta imune inata, bem como para conexão da imunidade inata com a

adaptativa [16]. O complemento é visto como um sistema que orquestra e

conecta várias respostas durante reações imunes e inflamatórias, e não

apenas como um sistema bactericida, como considerado anteriormente [17,

18].

A cascata do complemento (CC) pode ser dividida em 4 fases principais:

ativação inicial do complemento; ativação e amplificação da C3 convertase;

ativação da C5 convertase; e formação do MAC. Uma vez ativada, a CC gera

moléculas efetoras que interagem com receptores celulares de uma maneira

indiscriminada. Entretanto a progressão da cascata é regulada por múltiplas

moléculas reguladoras e inibidoras em todos os níveis da cascata [19].

2.2.1. Ativação inicial do complemento

O complemento é ativado por 3 diferentes vias. A via alternativa é

espontaneamente e constantemente ativada na membrana celular, no plasma e

em outros fluídos. A via clássica é desencadeada por um anticorpo ligado ao

antígeno alvo. A via da lectina é iniciada através da ligação da lectina ligadora

de manose (MBL - mannose-binding lectin), um componente solúvel do

organismo, com carboidratos presentes na superfície do microrganismo alvo.

Huber-Lang e cols, em 2006, relataram uma via adicional de ativação do

complemento independente da ação da C3, mediada pela ação da trombina

sobre a C5 convertase [20]. Outras rotas de ativação do complemento ocorrem

através de proteases, como a plasmina, a calicreina plasmática e a elastase,

que clivam e ativam C3 [18]. A ativação de cada uma destas vias resulta na

primeira enzima da cascata, a C3 convertase.

2.2.2. C3 convertase e amplificação

A C3 convertase cliva o componente central do complemento C3 em

C3a, um peptídeo anafilático e antimicrobiano, e na opsonina C3b. Nas vias

clássica e da lectina, a C3 convertase é formada por um fragmento de C4b e

C2a (C4b2a), ao passo que na via alternativa, o C3b e fator Bb fazem parte

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desta enzima (C3bBb) [18]. A clivagem é seguida por uma reação de

amplificação que gera convertases de C3 adicionais, levando ao depósito de

mais C3b nas proximidades do local onde são geradas [18]. Os fragmentos de

C3b revestem superfícies microbianas ou de restos celulares em apoptose e

marcam essas partículas para rápida fagocitose. Na superfície de membrana

das células próprias intactas, sob condições normais, o depósito de C3b é

prevenido pelas proteínas reguladoras do complemento, impedindo a

progressão da cascata. Subsequentemente, o C3b é inativado e degradado.

Seus produtos de degradação intermedeiam outras importantes funções

efetoras [17-19].

2.2.3. C5 convertase

Se a ativação progride, uma nova enzima, a C5 convertase (C4b2a3b

para as vias clássica e da lectina e C3bBbC3b – para a via alternativa) é

gerada. Esta enzima cliva C5, liberando o poderoso peptídeo anafilático C5a e

o fragmento indutor da fase terminal, C5b [18, 19] .

2.2.4. Formação do complexo de ataque à membrana

O C5b recruta os componentes C6, C7, C8 e C9 para a superfície alvo.

A mudança de conformação destas proteínas solúveis e hidrofílicas e a sua

agregação induzem a formação de um complexo, onde a unidade funcional é

um poro inserido na bicamada fosfolipídica. Esse poro interfere na propriedade

de permeabilidade seletiva da membrana, permitindo a entrada de água, íons e

pequenas moléculas para o citosol da célula-alvo, levando à lise celular [21].

Estudos recentes tem reportado funções adicionais ao MAC, incluindo atividade

estimulatória sobre as células T helper e na ativação plaquetária [22-24].

Em uma reação inflamatória aguda o complemento atua em todas as

fases: através da ativação de mediadores pró-inflamatórios, produção de

peptídeos anafiláticos, componentes citolíticos e antimicrobianos, no

recrutamento de células efetoras e na indução de respostas efetoras [25].

Apresenta ainda outras atividades biológicas no organismo como: opsonização

e fagocitose, solubilização e remoção de imunocomplexos (IC) e células

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apoptóticas; ação como interface entre a imunidade inata e adaptativa.

Participa ainda da angiogênese, mobilização de células progenitoras

hematopoéticas, regeneração tecidual e no metabolismo de lipídeos. Estes

efeitos ocorrem através da ligação dos produtos de ativação com receptores de

membrana específicos presentes em diferentes tipos de células [18, 26-29].

A intensidade da resposta é moderada e auto-controlada, permitindo

uma resposta imune inata apropriada, necessária para o reconhecimento e

remoção dos agentes infecciosos e células próprias alteradas [30, 31]. Os

aspectos benéficos dessa resposta moderada inclui: vigilância imunológica,

remoção de debris celulares, regeneração de órgãos e neuroproteção [19].

Esta resposta moderada é fortemente regulada por substâncias solúveis ou

ligadas à membrana celular, denominadas PRC [32].

2.3. PROTEÍNAS REGULADORAS DO COMPLEMENTO CD55,

CD59, CD46 E CD35

Para prevenir a injúria mediada pelo complemento, as células normais

possuem mecanismos regulatórios constituídos por proteínas categorizadas em

2 grandes classes: solúveis nos líquidos biológicos, como a properdina e o fator

H; e ancoradas à membrana celular, como o CD55 (ou Fator acelerador de

degradação - DAF – Decay Accelerating Factor), o CD59 (ou Inibidor da lise de

membrana ou protectina - MIRL – Membrane Inhibitor of Reactive Lysis) [32], o

CD46 (ou Proteína cofator de membrana - MCP – Membrane Cofactor Protein)

e o CD35 (ou Receptor do complemento tipo 1 - CR1 – Complement Receptor

type 1) (Tabela 1) [19, 33].

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Tabela 1. Principais funções inibidoras das proteínas reguladoras do

complemento CD55/CD59/CD46/CD35:

Proteína Função regulatória do complemento

CD55 Inibe a clivagem de C3 e C5 através da inibição da formação de novas

C3 e C5 convertases, além de acelerar a degradação destas enzimas

pré-formadas.

CD59 Interfere diretamente na estruturação do MAC através de sua

incorporação física ao complexo em formação, impedindo a ligação

das unidades de C9 ao complexo C5b-8.

CD46 Liga-se as opsoninas C3b e C4b, agindo como um cofator na sua

degradação proteolítica através da serino protease fator I.

CD35 Interage com o C3b e C4b para promover a fagocitose mediada por

neutrófilos. Atua como cofator para inativar o C3b e C4b a iC3b e iC4b

através do fator I. Auxilia na remoção de IC.

As proteínas reguladoras ancoradas à membrana celular controlam as 3

vias de ativação do complemento. Já os reguladores solúveis são mais

específicos e controlam ou a via alternativa ou a via clássica ou a da lectina,

agindo quase que exclusivamente sobre C3 ou C4. Nesta revisão

abordaremos, exclusivamente, as proteínas reguladoras ancoradas à

membrana celular.

O mecanismo de ação e a maneira como estas proteínas fixam-se na

membrana celular são diferentes entre si. O CD55 inibe a clivagem de C3 e C5

através da inibição da formação de novas convertases de C3 e C5, além de

acelerar a degradação destas enzimas pré-formadas [34]. A proteína CD59

interfere diretamente na estruturação do MAC através de sua incorporação

física no complexo em formação, impedindo a ligação das unidades de C9 ao

complexo C5b-8 [35]. Já o CD46 e CD35 atuam na inativação de C3b e C4b

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23

[33, 36, 37]. O CD35 atua também, no processamento e limpeza dos IC [33, 37]

.

O CD55 é uma glicoproteína globular de peso molecular que varia entre

50 a 100 kDa, sendo expressa em diferentes tipos celulares, ancorada à

membrana pelo glicosilfosfatidilinositol (GPI) [38]. É expressa em diferentes

tipos celulares e encontrada sob forma solúvel na lágrima, saliva, urina, líquido

sinovial, líquor e plasma [39]. Em adição a sua função de regulação do

complemento, o CD55 atua como um modulador negativo da resposta da célula

T [40, 41] e parece proteger as células contra a lise mediada por células

matadoras naturais (células NK - natural killers) [42]. Na mucosa epitelial, o

CD55 regula o movimento dos neutrófilos através das camadas do epitélio [43].

Atua ainda como um ligante de adesão intercelular, interagindo com CD97 nos

leucócitos [44] e como um receptor para certos vírus e microorganismos [45,

46].

O CD59 é uma glicoproteína globular pequena de aproximadamente 20

kDa, ancorada a membrana pela GPI [32]. Pelo fato de desempenhar papel

crucial na prevenção de danos as células próprias pela deposição inapropriada

do MAC, esta proteína é amplamente expressa na maioria dos tecidos e em

todas as células circulantes, como na sinóvia, nos eritrócitos e leucócitos [32,

47]. O papel do CD59 na regulação do complemento é bem definido.

Entretanto, tem-se evidenciado propriedades de sinalização celular devido a

sua localização dentro das camadas de lipídeos - centrais para a formação da

sinapse imunológica - e a sua âncora de GPI [32]. O CD59 parece estar

envolvido na adesão e ativação das células T [48], ativação de neutrófilos via

tirosina quinase [49, 50], interação entre monócitos e células T [51] e na

indução da morte celular [52]. Além do mais, Kimberley e cols [32] descreveram

que para a proliferação das células B de camundongos é necessário uma

interação do CD59 com um ligante desconhecido nas células B. Já Omidvar e

cols [53], avaliando o significado do CD59 nas células-alvo na modulação da

citotoxicidade, encontraram uma suscetibilidade aumentada das células-alvo

que expressavam CD59 à lise mediada por células NK.

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O MCP, ou CD46, é uma proteína transmembrana expressa em todas as

células, exceto nos eritrócitos [33]. Sua função primordial é proteger as células

autólogas do ataque do complemento, através da degradação de C3. O CD46

liga-se às opsoninas C3b e C4b, agindo como um cofator na sua degradação

proteolítica através da serina-protease fator I [33, 36, 54, 55]. Além de seu

papel na imunidade inata, o CD46 também regula a resposta imune adquirida.

A co-estimulação de células T CD4+ com CD46 induz à proliferação destas

células e a diferenciação a uma classe específica de células T reguladoras,

chamadas de Tr1 [55-58] e caracterizadas pela expressão de Interferon - γ (IFN

- γ), interleucina – 10 (IL – 10), granzima – B e outras moléculas [57, 59, 60].

Alterações nas moléculas de superfície durante a apoptose, pela perda

de CD46 e CD59, permitem a morte celular devido a ativação do complemento

e consequente opsonização por C3b e C4b, seguida pela fagocitose celular

[19, 61, 62]. CD46 é um receptor para uma lista crescente de patógenos

humanos, como o Herpes Vírus Humano 6, o vírus do sarampo, Streptococcus

pyogenes, adenovírus e a bactéria patogênica Neisseria sp [56, 63-68]. A

ubiquidade da expressão de superfície, a atividade regulatória e a sinalização

celular contribuem para o CD46 ser alvo de múltiplos patógenos [36].

A formação e acúmulo de IC é um dos mecanismos imunes que ocorrem

na AR e demais doenças autoimunes. Em condições fisiológicas estes

complexos podem ser removidos da corrente sanguínea através de receptores

do complemento (CR), como o CR1 ou CD35. O CD35 é uma glicoproteína

transmembrana de cadeia simples de aproximadamente 200 kDa [69]. Interage

com o C3b e C4b para promover a fagocitose mediada por neutrófilos e age

como um cofator para inativar o C3b e C4b a iC3b e iC4b através do fator I [70,

71]. É expresso em diferentes tipos celulares, tais como eritrócitos, células

mielóides e linfóides [72, 73]. Sua função biológica varia conforme a célula em

que é expresso [74].

Nas células fagocíticas, o CD35 medeia a adesão e ingestão de

partículas revestidas por C3b e C4b, enquanto nos linfócitos B e células

dendríticas foliculares promove a localização e processamento do antígeno

[73]. Em humanos, 90% do total de CD35 circulante é encontrado nos

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eritrócitos, onde liga-se a microrganismos ou IC opsonizados por C3b ou C4b,

processando e transportando-os, através de fagócitos, até o fígado e baço [74].

Microrganismos como Leishmania, micobactérias e o vírus da imunodeficiência

humana (HIV) ao tornarem-se revestidos por C3b, utilizam o CD35 para entrar

na célula hospedeira [75, 76]. Mais recentemente, o CD35 em eritrócitos não

infectados por Plasmodium falciparum foram identificados como sendo

receptores para os infectados [77]. O CD35 liga-se a adesina malárica major,

levando ao fenômeno chamado de “rosetting” em que eritrócitos parasitados

ligam-se aos não parasitados [78].

A relevância das PRC em humanos pode ser vista em estudos da

desordem hemolítica adquirida, hemoglobinúria paroxística noturna (HPN).

Inicialmente, a HPN foi descrita como uma forma de anemia hemolítica

associada à hemoglobinúria durante a noite [79]. Na HPN, mutações adquiridas

na célula tronco hematopoética dão origem a uma linhagem de células com

bloqueio precoce da síntese de âncoras de GPI - responsáveis por manter

dezenas de proteínas com funções específicas, aderidas à membrana

plasmática. A falência em sintetizar uma molécula madura de GPI gera

ausência de todas as proteínas de superfície normalmente ancoradas por ela

[80]. As mutações são do tipo deleções ou inserções no gene

fosfatidilinositolglicana classe A (PIG-A) do cromossomo X [81]. Como

resultado, eritrócitos e outras células sanguíneas derivadas destas células

clonais, perdem o CD55 e CD59. Consequentemente, estas células tornam-se

mais suscetíveis a lise mediada pelo complemento, resultando em

hemoglobinúria, anemia e ocasionalmente, trombose [32]. Pacientes com

deficiência isolada de CD55 não apresentam hemólise e eventos tromóticos,

indicando a perda de CD59 como um fator-chave na patogênese da HPN [82,

83].

Dentre as proteínas ancoradas pela GPI estão as regulatórias do

complemento, CD55, CD59 e CD46; e outras proteínas envolvidas na função

imune [84, 85] - como o receptor FC (CD16) em granulócitos e células NK,

receptor lipopolissacarídeo (CD14) em monócitos, molécula de adesão celular

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CD58 em todas as células hematopoéticas. e a molécula de adesão celular

CD24, nos linfócitos B e inúmeros tumores [86].

Há poucos relatos na literatura sobre o perfil de expressão normal

dessas proteínas nas células sangüíneas. Em 2001, Oelschlaegel e cols [87]

analisaram, por citometria de fluxo (CF) amostras de sangue de 52 doadores

de sangue saudáveis e obtiveram um valor de referência de 3% de deficiência

de CD55/CD59 nos eritrócitos e granulócitos normais. Christmas e cols

relataram alterações nos níveis de expressão das proteínas regulatórias CD46,

CD55 e CD59 em monócitos e subpopulações de linfócitos após ativação com

fitohemaglutinina (FHA) e lipopolissacarídeos (LPS). Apenas os monócitos

apresentaram uma elevação uniforme dos reguladores após ativação com FHA

e, com exceção do CD46, usando os LPS. Estes dados reforçam o conceito de

que a regulação da expressão destas proteínas regulatórias não é coordenada

e nem uniforme nas diferentes subpopulações leucocitárias [88].

A deficiência isolada de CD55, CD46 e CD35 em humanos não é

associada com hemólise intravascular ou com outra evidência de falha na

regulação do complemento [83, 89, 90]. Contudo, a deficiência isolada de CD59

é associada a sinais e sintomas semelhantes à HPN, pelo fato do CD59 ser um

inibidor mais efetivo do complemento, visto que bloqueia a formação do MAC

[82].

2.4. PROTEÍNAS REGULADORAS DO COMPLEMENTO EM

DOENÇAS AUTOIMUNES

Anticorpos produzidos nas doenças autoimunes ligam-se a antígenos de

superfície celular ou formam IC após a ligação com antígenos circulantes.

Estes IC tendem a se depositar em órgãos, com subsequente ativação do

sistema complemento, causando dano aos tecidos [26]. Apesar da reconhecida

ação efetora do complemento no dano aos órgãos em doenças autoimunes,

pouco se conhece sobre o mecanismo das PRC na modulação da gravidade

desse dano [33].

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Tem sido demonstrado o papel das PRC no Lúpus Eritematoso

Sistêmico (LES), uma doença autoimune sistêmica que acomete o tecido

conjuntivo. Kawano e cols [91] demonstraram níveis elevados de CD46 no soro

de pacientes com LES ativo. Uma possível fonte deste CD46 solúvel (sCD46)

são linfócitos e outras células sanguíneas que expressam CD46 nas suas

superfícies, pelo fato de estarem ativas nesta doença [91]. Estudos

demonstram uma redução na intensidade de expressão de CD55 e CD59 na

membrana de eritrócitos de pacientes lúpicos com anemia hemolítica

autoimune (AHAI) [92, 93]. O mesmo foi observado nos linfócitos T e B dos

pacientes com linfopenia quando comparados com os controles [94]. De

maneira interessante, pacientes com LES não linfopênicos apresentaram uma

maior intensidade dessas proteínas nos linfócitos em relação aos controles [94].

Miwa cols [95] demonstraram que a deleção do gene Daf-1, que codifica a

molécula CD55 em camundongos MRL/lpr - modelo experimental amplamente

utilizado para estudar LES - exacerbou a gravidade da doença autoimune.

Estes animais apresentaram linfadenopatia e esplenomegalia acentuada,

maiores níveis de anticorpos anticromatina e dermatite mais grave do que os

controles.

Arora cols [96] avaliaram a expressão de CD35, CD55 e CD59 em

eritrócitos e células do glomérulo de pacientes com LES que apresentam

glomerulonefrite proliferativa difusa (GPD); a expressão de CD35 estava

diminuída nos pacientes com LES e GPD tanto nos eritrócitos quanto nas

células do glomérulo e, de forma interessante, CD55 e CD59 estavam

aumentados nestas células. Os autores sugerem que este aumento de CD55 e

CD59 acontece por compensação da expressão reduzida de CD35,

característica do LES, e como uma tentativa da célula para se proteger contra a

ação do complemento.

Várias hipóteses são vistas na literatura sobre a baixa expressão de

CD35 nos eritrócitos. Estudos genéticos apontam para a perda adquirida desta

molécula, possivelmente devido a sua síntese na medula óssea e/ou aumento

do catabolismo intravascular [97-100]; entretanto, não há relação com a

presença de autoanticorpos contra epítopos do CD35 [101]. Também tem sido

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reportado baixos níveis desta molécula nos leucócitos [102-104]. Vale ressaltar

que níveis elevados de CD35 solúvel (sCD35) são vistos em diferentes

patologias devido a secreção direta ou clivagem proteolítica na superfície

celular [105].

Com o objetivo de avaliar a apoptose in vitro nas doenças autoimunes,

Tsunoda e cols [106] observaram uma expressão diminuída de CD59 nos

linfócitos T CD8+, mas não em linfócitos T CD4+ e de forma predominante nas

células T CD8+ ativadas expressando CD45RO+ e HLADR+, tanto nos

pacientes com LES quanto nos pacientes com síndrome de Sjögren. Neste

mesmo estudo, foi demonstrado que células T CD8+CD59dim (baixa

expressão) foram mais suscetíveis à apoptose in vitro. De acordo com os

dados encontrados nesse estudo, os autores sugerem que a diminuição da

expressão de CD59 em células T CD8+ ativadas poderia se relacionar com a

atividade da doença e a ativação ou indução da apoptose nesses pacientes.

A esclerose múltipla (EM), uma desordem neurodegenerativa

inflamatória crônica, possui etiologia ainda desconhecida, entretanto há fortes

evidências da formação de autoanticorpos contra antígenos presentes na

camada de mielina. A perda da mielina interfere na transmissão dos impulsos

nervosos, provocando sintomas variados na EM [107]. Alguns experimentos

com deficiência gênica de CD55 e CD59 [40, 108] em modelo de

encefalomielite autoimune experimental (modelo animal para estudos de EM)

tem demonstrado que esses animais apresentaram um grau mais grave da

doença quando comparado aos controles. Mead e cols [109] também

reportaram que camundongos deficientes de C6, incapazes de formar o MAC,

não apresentaram dano de axônio nem desmielinização e as manifestações

clínicas foram menos intensas.

A diferenciação das células Tr1 é defeituosa na EM devido à produção

diminuída de IL-10, sugerindo uma possível desregulação na transdução de

sinal a partir do receptor CD46 [110]. Adicionalmente, o CD46 nas células

dendríticas mielóides obtidas de pacientes com EM induz a produção de

interleucina-23 (IL-23) [111], responsável pela diferenciação e manutenção dos

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linfócitos proinflamatórios T CD4+ TH17, possíveis contribuintes no

desenvolvimento da autoimunidade [112-115].

Na miastenia gravis (MG), por exemplo, o sistema imune produz

autoanticorpos IgG contra os receptores nicotínicos de acetilcolina (RNA)

localizados na junção neuromuscular, causando a perda do receptor e

acelerando sua degradação pela ativação do complemento e,

consequentemente, impedindo a ativação muscular [116-118]. Kaminski e cols.

[119] demonstraram em estudos com camundongos que a expressão de CD55

e CD59 protege contra a perda de receptores de acetilcolina e diminui os

sintomas de fraqueza muscular. A maioria dos pacientes com MG possuem

anormalidades tímicas, como hiperplasia ou timoma [120]. O timo apresenta

um pequeno número de células mióides - células de expressão do receptor de

acetilcolina fora do músculo. Estas células são atacadas por células T

autoimunizadas, criando um centro germinativo infiltrado e a deposição de

complemento [121]. Um estudo caso-controle realizado por Leite cols [122]

avaliou a expressão de CD55, CD46, CD35 e CD59 nas células mióides do

timo. Os autores detectaram baixa expressão das PRC CD55, CD46 e CD35 e

nenhuma de CD59. Indicando vulnerabilidade ao dano mediado pelo

complemento, fato que pode ocasionar o desencadeamento das anormalidades

tímicas nestes pacientes.

2.5. PAPEL DO COMPLEMENTO E DAS PROTEÍNAS

CD55/CD59/CD46/CD35 NA ARTRITE REUMATÓIDE (AR)

À AR é uma doença inflamatória crônica que acomete principalmente as

articulações devido à resposta imunológica, com presença de anticorpos

dirigidos contra proteínas do próprio organismo. Sua patogênese envolve uma

ampla variedade de anticorpos reagindo com antígenos nas articulações e com

a potente habilidade de formar IC dentro da cartilagem e no tecido sinovial[1]

(Figura 3).

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Figura 3- Esquema das possíveis contribuições do sistema complemento no

desenvolvimento da AR na articulação. (Adaptado de Okroj, 2007) [1].

A ativação do complemento na AR ocorre inicialmente pela via clássica,

devido a presença de autoanticorpos, IC e células apoptóticas na articulação.

Entretanto, tem se evidenciado o envolvimento da via alternativa devido à

presença fragmentos de Bb no líquido sinovial [123]. Esta via pode tornar-se

ativa através do fator reumatóide tipo Imunoglobulina A (IgA), presente em

alguns pacientes com AR [124] e/ou colágeno tipo-II, específico para a

cartilagem, o qual é exposto como resultado da proteólise durante o curso da

doença [125]. Níveis elevados de produtos de ativação do complemento, como

o MAC [123], liberação de anafilotoxinas C3a e C5a [126, 127] e o aumento do

consumo de C3 e C4 pode ser detectado no líquido sinovial dos pacientes [123,

126-131]. Portanto, a superativação do sistema complemento e a ausência ou

diminuição na expressão de proteínas reguladoras do complemento fatores que

contribuem para a exacerbação da doença [132].

Possivelmente para controlar a excessiva ativação do complemento na

articulação, o tecido sinovial expressa as PRC. Análises da expressão das

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PRC na sinóvia reumatóide revelaram um aumento de CD55 [133, 134] e

diminuição do CD59 quando comparada com a sinóvia não inflamada [135].

Estes achados sugerem que o CD59 possa ser a chave da proteção da

membrana sinovial e a sua perda poderia estar associada à maior

suscetibilidade ao dano pelo MAC [136].

Williams e cols [137] investigaram o papel do CD59 na proteção do

tecido articular em modelo murino de artrite induzida por antígeno (AIA).

Camundongos deficientes em CD59 apresentaram uma maior deposição de

MAC e maior dano articular em relação aos controles CD59+. Para confirmar

se a exacerbação da doença foi devido à ausência de CD59 na articulação, a

expressão de CD59 foi reconstituída utilizando CD59 membrana–alvo

recombinante (sCD59-APT542). Foi observada melhora no grupo tratado com

sCD59-APT542 em relação ao grupo que recebeu CD59 recombinante não-

alvo (sCD59). Desta forma, os dados demonstram que o MAC é um dos

maiores efetores do dano articular no modelo AIA.

Hoeck e cols. [132] identificaram em camundongos com deficiência de

CD55, diferente do que ocorre em outras doenças, uma redução na atividade

da artrite. O CD55, presente nos sinoviócitos tipo fibroblastos (SF), liga-se ao

receptor helicoidal de adesão, CD97, presente nos macrófagos que estão

migrando para a articulação, exacerbando a inflamação [132]. Segundo os

autores, camundongos deficientes em CD55, CD97 ou o bloqueio da interação

utilizando um anticorpo anti-CD97, diminui a atividade da artrite [44, 132, 138-

141].

Análises da articulação reumatóide revelam um ambiente hipóxico [142,

143], relacionado com a proliferação das células sinoviais e aumento da

demanda metabólica, combinados a oclusões periódicas nos microvasos e

ciclos de hipóxia-reoxigenação. Kinderlerer e cols. [144] reportaram que as

estatinas têm, além de efeitos antiinflamatórios na AR, efeitos citoprotetores,

destacando a melhora na regulação da expressão das PRC nas células

endoteliais em situações de hipóxia após o uso de atorvastatina, prevenindo

assim a deposição de C3, C9 e a lise celular.

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Na AR, a inflamação não é restrita a articulação, mas ocorre de forma

sistêmica. Em 1992, Gadd e cols [145] publicaram um estudo que avaliou,

através da CF, a expressão de 16 diferentes moléculas de membrana,

incluindo CD35, nos monócitos do sangue periférico (SP) e do líquido sinovial

(LS) de 15 pacientes com AR, 9 com artrite reativa e 9 com doença articular

degenerativa. Foi observado significativo aumento na expressão de CD35 nos

monócitos do SP de pacientes com AR em relação aos controles. Em contraste

a estes dados, a expressão de CD35 nos monócitos do LS foi

significativamente menor a dos monócitos do SP. Segundo os autores, estes

dados indicam uma mudança sistêmica no imunofenótipo dos monócitos de

pacientes com AR permitindo, assim, o recrutamento aos locais de inflamação.

Torsteinsdóttir e cols. [146], ao avaliar a ativação dos monócitos do SP

em 22 pacientes com AR, identificaram, por CF, uma elevada expressão de

CD35 nessas células em relação aos controles, estando em concordância com

o encontrado nos trabalhos de Mc Carthy e cols. [147] e Gadd e cols. [145].

Após 4 – 6 semanas de tratamento com baixas doses de prednisolona a

expressão foi normalizada. Segundo os autores, os monócitos dos pacientes

com AR mostraram sinais de ativação na circulação periférica, relacionada com

adesão e fagocitose e conseqüente infiltração da sinóvia.

A infiltração da sinóvia por leucócitos envolve, além de células

mononucleares, neutrófilos. Jones e cols [148], com o objetivo verificar se

alterações na expressão de certas proteínas atuam na migração dos neutrófilos

para a articulação, e na sua subsequente ativação e capacidade de sobreviver

ao ataque do complemento, avaliaram a expressão de CD59, CD55, CD46 e

CD35 nos neutróflios do SP e LS em 18 pacientes com AR e indivíduos

saudáveis, através de CF. Os autores identificaram expressão diminuída nos

neutrófilos do SP dos pacientes em relação a dos controles de CD55, CD46 e

CD35 e nenhuma diferença significativa para CD59. Os neutrófilos do LS

expressaram significativamente mais CD55 e CD35 em comparação com

neutrófilos do SP, sendo a expressão de CD46 menor e CD59 sem diferença

entre os grupos. Segundo os autores, a diferença na expressão destas

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moléculas conduz ao aumento na adesividade, resistência ao complemento e

uma maior capacidade dos neutrófilos na remoção de IC.

Não está claro se estas alterações contribuem com a doença ou são

consequência do estado inflamatório crônico. Entretanto, os dados sugerem

que as PRC possam atuar sistematicamente para suprimir a atividade da

doença associada à descontrolada ativação do complemento na AR.

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4. CONCLUSÃO

Poucos estudos sobre o perfil de expressão de proteínas reguladoras do

complemento CD55, CD46, CD35 e CD59 em pacientes com AR são

encontrados na literatura, sendo alguns controversos. A deficiência adquirida

ou a superexpressão destas proteínas em algumas doenças autoimunes, não

parece estar associada a mutações genéticas como ocorre na HPN. E também

não se correlaciona com a produção de auto-anticorpos. Por outro lado, parece

haver uma associação com a atividade da doença. Na AR, a maioria dos

estudos mostraram que o CD35 está aumentado nos monócitos do sangue

periférico. Apenas um estudo descreveu uma redução de CD55, CD35 e CD46

nos neutrófilos do SP. As principais hipóteses descritas nestes estudos, com o

intuito de explicar as alterações na expressão destas moléculas, são ou estão

vinculadas a ação principal como inibidoras da ativação exacerbada do

complemento, como funções imunorregulatórias ou de adesão celular, fatores

estimulatórios ou inibitórios que regulam a sua expressão, ou até mesmo a

presença de enzimas específicas que clivam a ligação destas proteínas na

membrana da célula.

Entretanto mais estudos são necessários para confirmar estas hipóteses

e definir o real mecanismo pelos quais ocorrem estas alterações na AR.

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5. JUSTIFICATIVA DO TRABALHO

A justificativa para a realização deste trabalho é definir o perfil de

expressão das proteínas regulatórias do complemento CD55, CD59, CD35 e

CD46 em pacientes com AR e comparar com a expressão em indivíduos

saudáveis. O padrão de expressão destas proteínas na AR não está bem

estabelecido e definir o perfil de intensidade, superexpressão ou deficiência de

CD55, CD59, CD35 e CD46 é importante para estudos posteriores com a

finalidade de avaliar o significado clínico e tratamento.

Além disso, recentes estudos mostram que essas proteínas podem estar

correlacionadas com resistência em terapia com anticorpos monoclonais que

atuam via ativação do complemento, como por exemplo, o Rituximab (anti-

CD20), recentemente utilizada para tratar pacientes com AR. Este estudo pode

auxiliar, em médio prazo, a predizer a resposta a esse tipo de tratamento

através da medida dos níveis de expressão dessas proteínas.

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6. OBJETIVOS

Objetivo principal: 1. Comparar o perfil de expressão de proteínas reguladoras do

complemento CD55/CD59/CD35/CD46 na superfície de leucócitos por

citometria de fluxo em indivíduos saudáveis e em pacientes com Artrite

Reumatóide.

Objetivos secundários: 1. Determinar o percentual de células positivas para as proteínas de

membrana CD55/CD59/CD35/CD46 nos leucócitos de pacientes com AR .

2. Determinar a intensidade média de expressão (MFI) das proteínas de

membrana CD55/CD59/CD35/CD46.

3. Correlacionar o perfil de expressão destas proteínas regulatórias com

atividade da doença, utilizando o critério clínico Disease Activity Score 28

(DAS28).

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7. ARTIGO CIENTÍFICO

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“EXPRESSION OF CD55, CD59, CD46 AND CD35 IN PERIPHERAL BLOOD CELLS FROM RHEUMATOID ARTHRITIS PATIENTS”

Amanda Kirchner Piccolli(1), Ana Paula Alegretti(2), Laiana Schneider(3), Priscila Schmidt Lora(4), Laura Corso Cavalheiro(5), Priscilla Martinelli(5), Ricardo Machado Xavier(6).

1. Posgraduate student: Medical Sciences, Universidade Federal do Rio Grande

do Sul (UFRGS).

2. Msc, Divison of Clinical Pathology. Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

3. Graduate study, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.

4. Msc, Division of Rheumatology, Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

5. Graduate study, UFRGS.

6. PhD Associate Professor, Internal Medicine Department, UFRGS.

Correspondence to: Ricardo Machado Xavier, PhD, Hospital de Clínicas de Porto Alegre,

Serviço de Reumatologia, Rua Ramiro Barcelos, 2350, 645

Zip code 90035-003 - Porto Alegre, Brazil

Fone: +55 51 3359 8340

E-mail:[email protected]

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SUMMARY

Regulation of the complement system can be a useful strategy to control

inflammatory diseases, including rheumatoid arthritis (RA). Expression of the

complement regulatory (CReg) proteins CD35, CD46, CD55 and CD59 was

investigated on monocytes, lymphocytes and granulocytes from peripheral

blood of 30 patients with RA and 30 healthy controls. Using monoclonal

antibodies (anti-CD35, anti-CD46, anti-CD55 and anti-CD59) and

immunofluorescence flow cytometric analyses the percentages of positively

labeled cells and the relative fluorescence intensities (MFI) - as a measure of

receptor number - were determined. These CReg were found to be present in

the majority (>67.82%) of circulating leukocytes of normal subjects and RA

patients. We found that the CD59 MFI was increased in all the peripheral blood

cells from RA patients: in lymphocytes MFI was 36.8 and 27.07 (p=0.0054); in

monocytes, 32.0 and 21.37 (p<0.005); and in granulocytes, 84.6 and 66.1

(p<0.005), respectively in RA and controls. Interestingly, no difference was

observed on the MFI to CD55, CD46 and CD35 in these cells. This indicates

that there are differences in the patterns of expression of CD55, CD59, CD46,

and CD35 in the peripheral blood cells from RA patients. We found that all the

peripheral blood cells of RA patients showed a significant increase of CD59 MFI

than controls, perhaps due to an increased synthesis for compensatory

mechanisms because of complement activation, inflammatory status or other

factors associated with the disease.

Keywords: Rheumatoid Arthritis, complement system, CD55, CD59,

CD46 and CD35.

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8. INTRODUCTION

Rheumatoid Arthritis (RA) is an autoimmune disease that affects 1% of

the adult human population with females affected three times more than males

[1]. RA is associated with persistent inflammatory polyarticular synovitis

affecting mainly peripheral joints [2]. In addition to inflammation in the synovium,

which is the joint lining, the aggressive front of tissue called pannus invades and

destroys local articular structures [3].

The thin synovium is normally a delicate intimal lining. In RA, it becomes

thicker, resulting in swollen and tender joints because of the inflammatory

infiltration that consists of macrophages, CD4+ T cells, B cells, dendritic cells,

plasma cells, mast cells and granulocytes [4]. Many locally expressed

proteolytic enzymes, such as metalloproteinases, serine proteases and

aggrecanases, lead to the degradation of the extracellular matrix constituents

and destroy the articular structures [3]. As a result of these processes, the joint

becomes deformed, unstable, inflamed, and painful, leading to great disability

[4].

The pathogenesis of RA is not yet fully understood. RA is called a

complex genetic disease, which means that several genes, environmental

factors, and stochastic factors act in concert to cause pathological events [5].

Part of the disease development is contributed by HLA-DR alleles within the

major histocompatibility complex (MHC) [3].

The complement system, when not regulated, produces tissue damage.

This condition can be induced by pro-inflammatory mechanisms, such as

cytokines and chemokines. These are usually up-regulated in RA, indicating

that these patients are at increased risk to damage mediated by the

complement system. To counteract or contain self-damage, the complement

system has a variety of regulators which can be membrane-bound or secretory

proteins, which appear to be more or less efficient in distinct conditions. Normal

cells resist complement-mediated lysis by several mechanisms such as specific

membrane-bound proteins. Examples of these are the decay accelerating factor

(CD55), the membrane inhibitor of reactive lysis or protectin (CD59) and the

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membrane cofactor protein (CD46). The complement receptor type I (CD35) is

also involved in the regulation of C3 fragment deposition [6, 7].

Previous studies have analyzed only the expression of CD55, CD59,

CD46 and CD35 in peripheral blood granulocytes and synovial fluid

granulocytes [8-10], as well as CD35 expression in monocytes and lymphocytes

from the peripheral blood and synovial fluid of patients with RA [10-12]. The aim

of this study is to analyze the expression profile of CD55, CD59, CD46, and

CD35 complement regulatory (CReg) proteins on the surface of leukocytes by

flow cytometry in blood donors and patients with RA.

9. MATERIALS AND METHODS

2.1. SUBJECTS

Thirty consecutive patients that fulfilled the American College of

Rheumatology classification criteria [13] for RA were included. The controls

were blood donors and healthy individuals without history of autoimmune

disease, from the urban population of Porto Alegre/RS (Brazil), the same

geographic area of the patients. The RA patients were seen during their routine

follow-up visits in the RA clinics of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, a

large tertiary care university hospital. The exclusion criteria were concomitant

presence of leukaemia, primary lymphoproliferative diseases, overlap with an

autoimmune disease, and refusal to consent. Disease severity was measured

by the Disease Activity Score 28 (DAS28), calculated at the moment of blood

collection in all but 5 patients, in whom not all variables were available for the

calculation. The DAS28 was assessed on a scale of ≤ 2.6 (remission), ≤ 3.2

(low activity), ≤ 5.1 (moderate activity) and > 5.1 (high activity) [14].

Patients were receiving different treatments with corticosteroids; disease-

modifying antirheumatic drugs (DMARDs), such as: leflunomide, methotrexate,

sulphasalazine, chloroquine, hydroxychloroquine; non-steroidal anti-

inflammatory drugs (AINEs); and immunobiological medications such as:

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etanercept, adalimumab, infliximabe, tocilizumab and abatacept, as shown in

table I.

Peripheral blood samples were collected in Na-EDTA Vacutainer tubes.

A complete blood count was performed. Presence of leucopenia was defined as

<3500 cells/μL and leucocytosis as >10000cells/μL, lymphopenia as <1500

cells/μL, lymphocytosis as >4000 cells/μL, monocytopenia as <200cells/μL,

monocytosis as >1000 cells/μL, granulocytopenia as <1800 cells/μL,

granulocytocysis as >7500 cells/ μL.

This study was performed with approval of the ethics committee of the

Hospital de Clínicas de Porto Alegre/Brazil, and all subjects were informed

about the objectives and procedures of the study and gave their written

informed consent.

2.2. FLOW CYTOMETRIC ANALYSIS OF CD55, CD59, CD46 AND

CD35 MEMBRANE IN LEUKOCYTES

For leukocyte staining, 100 μL of whole blood with an optimal dilution to

achieve 5000 cells/μL was placed into polystyrene tubes and was subjected to

two-colour staining with 8 μL of each fluorochrome-conjugated monoclonal

antibody (MoAb) (FITC: Fluorescein isothiocyanate, PE: Phycoerythrin) against

CD55PE, CD59FITC, CD35PE and CD46FITC (BD Biosciences, San Diego,

CA, USA). After 15 min incubation at room temperature, 1.0 mL of FACSlyse

(BD Biosciences, San Diego, CA, USA) was added and lysis was allowed for 10

min at room temperature. Samples were washed once and re-suspended in 150

μL of PBS.

Cells were analyzed on a FACSCalibur flow cytometer using CellQuest

software (BD Biosciences, San Diego, CA, USA). Membrane fluorescence

intensity of CD55, CD59, CD46 and CD35, which is proportional to the number

of CD55, CD59, CD46 and CD35 epitopes on the membrane, was estimated in

the gated subpopulations by one-parameter histograms, and the relative mean

fluorescence intensity (MFI) was recorded. Thus, MFI is an estimate of the

number of receptors present on the cells. Absence of expression of CD55

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(CD55-), CD59 (CD59-), CD46 (CD46-) and CD35 (CD35-) was defined when

cells in the gated subpopulations had FITC and PE fluorescence lower than 101.

The definition of positive and negative cells was set when staining with isotype

control was performed, in order to set the gates and distinguish positive staining

from autofluorescence and non-specific antibody binding. Cells labeled with

isotype-controls were used to set the fluorescence thresholds for positivity such

that > 101 of cells labeled with isotype-control antibodies were positive.

2.3. STATISTICS

For all parameters under study, their mean and standard deviation,

median and percentiles were calculated. The statistical significance of the

differences observed between the distinct subsets of leukocytes was calculated

using Student´s t-test. P values < 0.05 were considered to be associated with

statistical significance. Correlation of disease activity (DAS28) and CReg

expression was evaluated using Spearman correlation coefficient.

10. RESULTS The description of the 30 patients and 30 healthy controls is summarized

on Table I. Twelve of the 30 RA patients (40%) had leukocytosis whereas seven

of the 30 RA patients (23.3%) had monocytosis, four (13.3%) had

granulocytosis and two (6.7%) had lymphocytosis. Seven of the 30 RA patients

(23.3%) showed lymphopenia.

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Table I: Description of RA patients and healthy controls

RA Patients

(n=30) Matched controls

(n=30) P value

Sex

Man (%; x/x) 16.7% (5/30) 16.7% (5/30)

Woman (%; x/x) 83.3% (25/30) 83.3% (25/30)

Age (year) ξ ± SD 53 ±12 53 ± 12 0.960

DAS-28a

Remission N 9/30 -

Low activity N 6/30 -

Moderate activity N 5/30 -

High activity N 5/30 -

Missed N 5/30 -

Treatments

BTb + DMARDsc N 4/30 - BT + DMARDs + Corticosteroids

N 1/30 -

BT + Corticosteroids N 1/30 - DMARDs + Corticosteroids + AINEsd

N 5/30 -

DMARDs + Corticosteroids N 8/30 -

DMARDs N 9/30 -

AINEs N 1/30 -

Leukocytes (x10^3/μL) ξ ± SD 8.102 ± 2.836 7.300 ± 1.858 0.201

Mono (x10^3/μL) ξ ± SD 0.769 ± 0.339 0.599 ± 0.180 0.020*

Granu (x10^3/μL) ξ ± SD 4.843 ± 2.119 4.185 ± 1.362 0.159

Lympho (x10^3/uL) ξ ± SD 2.262 ± 1.009 2.266 ± 0.756 0.989 *Statistically significance, p<0.05 a DAS28: Disease Activity Score 28 b BT: Biologic Therapy c DMARDs: Disease-Modifying Antirheumatic Drugs d AINEs: non-steroidal anti-inflammatory drugs

To evaluate the proportion and MFI of CD55+, CD59+, CD46+ and

CD35+ cells in RA patients and healthy controls, CellQuest software was used

and the histograms of the resultant analysis were obtained as shown in the

representative graphs (Figures 1 and 2).

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Figure 1: A pattern of flow cytometry assay from a control. The first histogram shows cells distribution by Forward Scatter (FSC) and Side Scatter (SSC). Red population: granulocytes cell; blue population: monocytes cells; pink population: lymphocytes cells. (a) Histogram CD55PE, CD59FITC, CD46FITC and CD35PE MFI expressions versus counted cells from granulocytes gate. (b) Histogram CD55PE, CD59FITC, CD46FITC and CD35PE MFI expressions versus counted cells from monocytes gate. (c) Histogram CD55PE, CD59FITC, CD46FITC and CD35PE MFI expressions versus counted cells from lymphocytes gate.

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Figure 2: Typical patterns of histogram MFI CD55 PE, CD59 FITC, CD46 FITC and CD35 PE expressions on specific peripheral blood cells versus counted cells from a control (green line) and RA patient (blue line). CD55, CD59, CD46 and CD35 expression on (a) granulocytes, (b) monocytes and (c) lymphocytes as indicated.

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3.1. GRANULOCYTE ANALYSES

The MFI of CD59+ granulocytes in the RA patients (84.60) was

significantly increased compared to controls (66.10). Meanwhile, the CD55,

CD46 and CD35 proportion and MFI on granulocytes showed no significant

differences between RA and controls, as summarized on Table II.

3.2. MONOCYTE ANALYSES

The MFI of CD59+ monocytes in the RA patients (32.00) was significantly

increased compared to controls (21.37). The proportions of CD59+ (91.84%),

CD46+ (99.78%), CD35+ (98.50%) monocytes were significantly increased

when compared to that of controls (p=0.0144; p=0.0046; p=0.0267,

respectively) (Table II).

3.3. LYMPHOCYTE ANALYSES

In RA patients, the proportion and the MFI of CD59+ in the lymphocytes

were significantly higher than those of healthy controls (88.25%, 27.07),

respectively. Nevertheless, the CD55, CD46 and CD35 proportion and MFI on

lymphocytes showed no significant differences between RA and controls

(p>0.05), as described on Table II.

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Table II: Expression of the CReg in the Patients and Controls.

Patients Controls (n=30) (n=30)

Mean +/-SD Mean +/-SD

T-Test (p<0.05)

CD55 Lymphocytes MFIa 353.43 ± 116.42 294.67 ±132.26 0.0730 Percentageb 97.09 ± 2.18 96.64 ± 1.84 0.3854 Monocytes MFI 1058.00 ± 321.80 1096.70 ±273.48 0.6177 Percentage 99.73 ± 0.27 99.66 ± 0.40 0.4178 Granulocytes MFI 605.33 ± 166.83 605.33 ±184.71 1.000 Percentage 99.92 ± 0.08 99.85 ± 0.20 0.0750 CD59 Lymphocytes MFI 36.80 ± 14.78 27.07 ± 10.90 0.0054* Percentual 91.84 ± 6.17 88.25 ± 4.42 0.0125* Monocytes MFI 32.00 ± 15.51 21.37 ± 12.42 0.0049* Percentage 77.81 ± 15.61 67.82 ± 15.04 0.0144* Granulocytes MFI 84.60 ± 26.65 66.10 ± 14.93 0.0018* Percentage 99.76 ± 0.33 99.67 ± 0.27 0.2566 CD46 Lymphocytes MFI 69.03 ± 13.23 69.87 ±16.38 0.8292 Percentage 98.50 ± 2.31 98.81 ± 1.26 0.5270 Monocytes MFI 67.07 ± 10.99 66.07 ± 10.69 0.7221 Percentage 99.73 ± 0.35 99.57 ± 0.31 0.0691 Granulocytes MFI 97.97 ±25.29 101.87 ± 16.75 0.4846 Percentage 99.97 ±0.02 99.94 ± 0.09 0.0593 CD35 Lymphocytes MFI 104.13 ± 115.22 96.43 ± 93.28 0.7771 Percentage 14.01 ± 5.16 14.33 ± 4.46 0.7985 Monocytes MFI 149.97 ± 98.72 127.37 ± 80.48 0.3353 Percentage 98.50 ± 0.66 97.89 ± 1.30 0.0267* Granulocytes MFI 128.23 ± 72.23 110.40 ± 58.82 0.2989 Percentage 99.97 ±0.04 99.93 ± 0.13 0.1172

Subtitle: aMFI: mean fluorescence intensity. bPercentage: percentage of positive cells for the studied marker.

Regarding association with disease activity (DAS28), we observed

increased CD59 expression on lymphocytes, monocytes and granulocytes from

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patients with higher activity (data not shown), however there was no

significance correlation (CD59MFI Lymphocytes, p=0.288; CD59MFI

Monocytes, p=0.757; CD59MFI Granulocytes, p=0.208).

11. DISCUSSION RA is considered to be an autoimmune disease that involves a wide

range of antibodies reacting with antigens in the joints and with the potential

ability to form immune complexes (IC) within cartilage and in the synovial

pannus tissue [2]. Several lines of evidence have implicated complement in

triggering or propagating the joint inflammation of RA. Complement activation

products, including C3 fragments and the Membrane Attack Complex (MAC),

are present in the synovium, and serum of patients at levels which correlate

with the severity of disease [15]. It is worth mentioning that the synovial

membrane is especially vulnerable not only to damage mediated by attracted

immune cells, but also by MAC formation and lysis of synovial cells [2].

Many autoimmune diseases such as RA course with exacerbated

activation of complement and the CReg acts to regulate the cell damage and

the complement overactivation [16]. We therefore set out to examine the

expression of CReg CD55, CD59, CD46 and CD35 on leukocytes isolated from

peripheral blood in RA. Our main finding was the increase of CD59 MFI in all

cells in the peripheral blood of patients with rheumatoid arthritis: on

lymphocytes, monocytes and granulocytes.

Our observation of CD59 upregulation in peripheral blood leukocytes is

controversial in relation to the only other study in the literature. Jones et al.[9]

observed no difference between MFI of CD59 on granulocytes from peripheral

blood of RA patients compared with healthy controls. However they evaluated a

rather small number of patients (n=18), and the study might not have had

enough power to detect a difference. These authors did not evaluated

monocytes and lymphocytes.

The mechanisms involved in the upregulation of CD59 expression are

still unclear. CD59, a 18 kDa glycoprotein anchored to the cell membrane by

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glycosylphosphatidylinositol (GPI) linkage, is constitutively expressed on

haematopoietic and resident tissue cells throughout the human body. The main

function of CD59 derives from its capacity to interact with the C8 and C9

components of the cytolytic MAC to block the conversion of C9 from a

hydrophilic to an amphipathic molecule, thus preventing insertion of C9 into the

membrane [17]. It is suggested that CD59 may be involved in several

immunological phenomena, such as: interaction with proteins of lymphocytes,

monocytes and granulocytes, necessary for activation of these cells [18, 19];

exert synergic function in T cell adhesive interactions [20]; plays a role in cell

interaction between monocytes and T cells [21]; and may suppress the

production of pathogenic antibodies [22].

Konttinen et al. [23] have described that RA synovial cells do not express

CD59, and that CD59 expression is weak in many synovial stromal and

endothelial cells. In addition, CD59 expression seems to be partially lost in

many acute arthritides in these cells. The finding of a lack of CD59 expression

in synovial cells in RA and acute arthritides implies an inefficient control of MAC

activation in synovial tissue. This could predispose to synovial cell damage or to

various stimulatory effects by MAC. Factors inducing this low expression are not

known. Several studies suggest that cytokines may be involved [24], and that

CD59 may be shed by exocytosis [25] or detached from its GPI anchor by GPI

specific phospholipase C [26], or by proteolytic enzymes [27], which might be

responsible for the observations on the aberrant expression of CD59 in

diseased synovium.

Corroborating these findings, Mizuno et al [28], studying the role of CD59

in the synovial tissue by neutralization of CD59 in normal rat synovium,

observed induction of acute arthritis. Later, when investigating changes in the

distribution patterns of CReg during the development of type II collagen-induced

arthritis, they found that the synovial expression of complement receptor 1-

related gene/protein y (Crry), CD55 and CD59 decreased in parallel to the

increased inflammation. Therefore the double suppression of Crry and CD59

worsened inflammation in rat collagen-induced arthritis much more than the

suppression of either single CReg. So the CD59 seem to play critical roles in

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the protection of synovial tissues against MAC-mediated injury and in

maintaining the normal integrity of the joint.

Similarly to our findings, Crockard et al. [8], when investigating the

expression of CD35 in granulocytes from peripheral blood and synovial fluid of

patients with inflammatory joint disease, including RA, found that it is present on

the majority (more than 85%) of circulating granulocytes from normal subjects

and RA patients, and no statistically significant difference in MFI between

patients and healthy controls was seen. In our study, we found that CD35 is

present in approximately 99% of circulating granulocytes, without difference in

the MFI between patients and controls. McCarthy et al. [10] studied leukocyte

integrins and CD35 expression on peripheral blood cells of patients with RA and

also showed no significant increase of CD35 expression in granulocytes from

the peripheral blood. In addition, Crockard et al [8] have noted that CD35

expression was upregulated on synovial fluid granulocytes compared with that

observed on the corresponding peripheral blood cells and they concluded that

upregulation of CD35, reflecting granulocytes activation within the inflamed

joint, is a consistent finding in patients with inflammatory arthropathies.

McCarthy et al. showed that when granulocytes are activated in vitro the

surface expression of CD35 increased. These results indicate that altered

expression is consistent with activation within the circulation.

On the other hand, Jones et al. [9], observed a significant reduction in the

expression of CD35 on peripheral blood granulocytes in RA patients in

comparison to healthy individuals, in addition to CD55 and CD46. However, on

SF granulocytes an increased expression of CD55 and CD35 was observed

compared with blood granulocytes from same patient. Similarly to Crockard et

al., they hypothesized that chemotactic agents can induce increased expression

of CD35 and CD55. According to the authors, the difference in the expression of

these molecules leads to increased adhesiveness, resistance to complement

and an increased capacity of neutrophils for removal of immune complexes. We

did not observe any difference in the proportion and MFI for CD55, CD46 and

CD35 in peripheral blood granulocytes.

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McCarthy et al. [10] showed a significant increase in the expression of

CD35 on lymphocytes and monocytes from the peripheral blood. We also found

an increased CD35 expression in these cells, but our data was not significantly

different. Torsteinsdóttir et al. [11] studying the activation of monocytes in RA,

reported that the expression of CD35 in peripheral blood monocytes was

elevated in patients in comparison to healthy controls, the same that our

findings, however the increase in our data was not significant. According to the

authors the data suggest that the monocytes from patients with RA showed

signs of activation in the peripheral circulation concerning adhesion and

phagocytosis. The priming of the blood monocytes in RA may be one of the

mechanisms behind the recruitment of mononuclear cells to the rheumatoid

synovium. Concerning these findings, Gadd et al. [12] analyzed CD35

expression on RA, reactive arthritis and health]y controls synovial fluid (SF)

monocytes and peripheral blood monocytes, and they also revealed significant

upmodulation of CD35 expression on peripheral blood monocytes of RA

patients compared to controls group. These indicate a systemic (peripheral

blood) change in the monocytes immunophenotype of the RA patient group.

Moreover, we found that the absolute value of monocytes with positive CD55,

CD59, CD46, and CD35 was significantly higher than controls (data not shown).

This increase of expression of this regulatory protein could be due with the

monocytosis present in RA patients (p=0.02, data not shown) and we do not

find any other report in the literature. The reason by which these CReg are

higher expressed in monocytes from RA patients, and the possible correlation

with monocytosis need to be further explored. We also found that the proportion

of CD59 and CD35 monocytes in RA patients showed increased significant

differences compared to controls. No difference was observed in the proportion

and MFI to CD55, CD46 and CD35 in lymphocytes.

We found no reports about on changes in the expression of CD55 in

blood leukocytes in RA, besides that of Jones et al. [9]. Otherwise, analyses of

the expression of CD55 in rheumatoid synovium have revealed it was

expressed in the synovial lining cell layer and on vascular endothelial cells of

synovial tissue, suggesting that CD55 may be induced during a local

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inflammatory response. In addition, C5b-9 terminal complement complexes

were found in several CD55-positive cases, suggesting that complement

activation might, in itself, induce CD55 expression. The authors propose that

the occurrence of CD55 may represent a physiological mechanism for local

complement regulation in synovial tissue [29].

For CD46 we did not observe any statistically significant difference in

CD46 expression in granulocytes, monocytes and lymphocytes from peripheral

blood of patients with RA compared with healthy controls. By contrast, Jones et

al. [9] found a statistically significant decrease in the expression of CD46 on

granulocytes from peripheral blood. We did not find another study for this

protein in peripheral blood leukocytes in RA to elucidate these opposite

findings. Recent work has suggested that CD46 can play a role in modifying

adaptative immunity. For example, CD46 suppressed immune responses with

stimulation of T-regulatory cells and was suggested to prevent chronic

inflammation [30]. CD46 also recognized apoptotic and necrotic cells and might

play roles to scavenge the damaged cells [31].

In summary, we believe that our findings may contribute to elucidate the

mechanisms of change CReg expression in RA and we not found any other

report at the literature showing CD59 increase in all peripheral blood cells in

RA. Several explanations can be proposed to explain to the CD59 increased

expression in leukocytes in RA: (i) increased synthesis for compensatory

mechanisms because of complement activation; (ii) leukocytes activation and/or

(iii) disease activity. In our study we found a trend to increased expression of

CD59 with increased disease activity, however we believe that a higher number

of patients must be studied to find a statistically significant result. Whether these

changes are contributory to the disease or merely a consequence of the chronic

inflammatory state remains unclear. However, the data suggest that CReg

might be working systemically to suppress the disease activity associated with

uncontrolled complement activation in RA.

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12. REFERENCES [1] Smith CA, Arnett FC. Epidemiologic aspects of rheumatoid arthritis. Current immunogenetic approach. Clinical orthopaedics and related research. 1991 Apr(265):23-35. [2] Okroj M, Heinegard D, Holmdahl R, Blom AM. Rheumatoid arthritis and the complement system. Annals of medicine. 2007;39(7):517-30. [3] Firestein GS. Evolving concepts of rheumatoid arthritis. Nature. 2003 May 15;423(6937):356-61. [4] Goronzy JJ, Weyand CM. Rheumatoid arthritis. Immunol Rev. 2005 Apr;204:55-73. [5] Klareskog L, Catrina AI, Paget S. Rheumatoid arthritis. Lancet. 2009 Feb 21;373(9664):659-72. [6] Zipfel PF, Skerka C. Complement regulators and inhibitory proteins. Nat Rev Immunol. 2009 Oct;9(10):729-40. [7] Wagner E, Frank MM. Therapeutic potential of complement modulation. Nature reviews. 2010 Jan;9(1):43-56. [8] Crockard AD, Thompson JM, McBride SJ, Edgar JD, McNeill TA, Bell AL. Markers of inflammatory activation: upregulation of complement receptors CR1 and CR3 on synovial fluid neutrophils from patients with inflammatory joint disease. Clinical immunology and immunopathology. 1992 Nov;65(2):135-42. [9] Jones J, Laffafian I, Cooper AM, Williams BD, Morgan BP. Expression of complement regulatory molecules and other surface markers on neutrophils from synovial fluid and blood of patients with rheumatoid arthritis. British journal of rheumatology. 1994 Aug;33(8):707-12. [10] McCarthy D, Taylor MJ, Bernhagen J, Perry JD, Hamblin AS. Leucocyte integrin and CR1 expression on peripheral blood leucocytes of patients with rheumatoid arthritis. Ann Rheum Dis. 1992 Mar;51(3):307-12. [11] Torsteinsdottir I, Arvidson NG, Hallgren R, Hakansson L. Monocyte activation in rheumatoid arthritis (RA): increased integrin, Fc gamma and complement receptor expression and the effect of glucocorticoids. Clin Exp Immunol. 1999 Mar;115(3):554-60. [12] Gadd SJ, Felzmann T, Majdic O, Maurer D, Petera P, Chen WJ, et al. Phenotypic analysis of functionally associated molecules on peripheral blood and synovial fluid monocytes from arthritis patients. Rheumatology international. 1992;12(4):153-7. [13] Arnett FC, Edworthy SM, Bloch DA, McShane DJ, Fries JF, Cooper NS, et al. The American Rheumatism Association 1987 revised criteria for the classification of rheumatoid arthritis. Arthritis Rheum. 1988 Mar;31(3):315-24. [14] Aletaha D, Smolen J. The Simplified Disease Activity Index (SDAI) and the Clinical Disease Activity Index (CDAI): a review of their usefulness and validity in rheumatoid arthritis. Clinical and experimental rheumatology. 2005 Sep-Oct;23(5 Suppl 39):S100-8. [15] Brodeur JP, Ruddy S, Schwartz LB, Moxley G. Synovial fluid levels of complement SC5b-9 and fragment Bb are elevated in patients with rheumatoid arthritis. Arthritis Rheum. 1991 Dec;34(12):1531-7.

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nosso principal achado foi o aumento da expressão da proteína

reguladora do complemento CD59 nos granulócitos, monócitos e linfócitos do

sangue periférico em pacientes com artrite reumatóide (AR). Entretanto, não

encontramos outro artigo na literatura mostrando esta alteração na AR. Várias

explicações podem ser propostas para elucidar o aumento da expressão de

CD59 em leucócitos na AR: (i) aumento da síntese por mecanismos

compensatórios devido à ativação do complemento, (ii) ativação de leucócitos

e/ou (iii) atividade da doença. Nós observamos uma tendência de aumento da

expressão de CD59, com aumento da atividade da doença, no entanto,

acreditamos que um maior número de pacientes deve ser estudado para

encontrar um resultado estatisticamente significativo. Se estas mudanças são

contributivas para a doença ou apenas uma conseqüência do estado

inflamatório crônico permanece obscuro. No entanto, os dados sugerem que

estas proteínas podem estar trabalhando sistematicamente para suprimir a

atividade da doença associada à ativação descontrolada do complemento na

AR. Desta forma, mais estudos são necessários para confirmar estes achados

e definir o real mecanismo pelos quais ocorrem estas alterações na AR.

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ANEXOS

Anexo 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário em uma

pesquisa. Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no caso de

aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em

duas vias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso

de dúvida você pode procurar o Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de

Clínicas de Porto Alegre pelo telefone 3359-8304.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:

Título do Projeto: “Expressão de proteínas reguladoras do complemento

CD55/CD59/CD35/CD46 em pacientes com Artrite Reumatóide”.

Pesquisador Responsável: Prof. Dr. Ricardo Machado Xavier

Telefone para contato: (51) 3359-8340

Objetivo do estudo:

Comparar as estruturas celulares de pacientes com Artrite e pacientes

sem Artrite. Essa informação pode ser bastante importante para o cuidado dos

pacientes com Artrite. Em primeiro lugar, se poderiam identificar pacientes com

maior risco de desenvolver certas complicações da doença, permitindo a

tomada de medidas preventivas ou tratamento em fases bem iniciais. Essa

informação também pode ter impacto na escolha de medicações que sejam

mais apropriadas para cada paciente.

Vantagens em participar do estudo:

Não podemos assegurar que você se beneficie diretamente com o

estudo. Entretanto, as informações obtidas neste estudo poderão contribuir

maior conhecimento sobre a doença.

Procedimentos:

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Os pesquisadores poderão buscar uma série de informações sobre a

sua doença no seu prontuário do hospital. A sua concordância em participar

desse estudo inclui a permissão para buscar essas informações. Em relação à

coleta de sangue, não haverá uma coleta especial para o estudo, pois será

utilizada uma pequena parte da sua amostra de sangue (que restar) quando o

seu médico solicitar seus exames laboratoriais como parte de seu

acompanhamento no hospital. Alem desta coleta, não será feito nenhum outro

procedimento que lhe traga qualquer desconforto ou risco à sua vida.

Você poderá ter todas as informações que desejar e poderá não

participar da pesquisa ou retirar seu consentimento a qualquer momento, sem

prejuízo no seu atendimento e acompanhamento ambulatorial, na Emergência

nem na Internação do Hospital de Clínicas. Os dados coletados neste estudo

são confidenciais, e não serão revelados dados que permitam identificar os

pacientes em hipótese nenhuma.

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Anexo 2

CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO

Eu, _____________________________________, n.º de

prontuário_________________, abaixo assinado, concordo em participar do

estudo “Expressão de proteínas reguladoras do complemento

CD55/CD59/CD35/CD46 em pacientes com Artrite Reumatóide”. Fui

devidamente informado e esclarecido pelo pesquisador sobre a pesquisa, os

procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios

decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso retirar meu

consentimento a qualquer momento, sem que isto leve à qualquer penalidade

ou interrupção de meu acompanhamento/ assistência/tratamento.

Porto Alegre,___ de ___________ de 20__.

Nome e Assinatura do paciente ou responsável:

_______________________________________

Nome e Assinatura do pesquisador:

_________________________________________

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Anexo 3

Table III: Description of treatments and DAS28 from RA patients:

Patient Drugs DAS28

1 Etanercept 50 mg/week; Leflunomid 20/day 3.8

2 Methotrexate (MTX) 15 mg/week; Prednisone 10 mg/week; Infliximab (IFX) 3 mg/kg 3.1

3 MTX 25 mg/week 5.6

4 Hidroxicloroquine 400mg/Day No data

5 Prednisone 10mg/day; MTX 15mg/week 5.7

6 MTX 10 mg/week; Prednisone 10mg/day 4.8

7 MTX 10 mg/week No data

8 Ibuprofen 1200mg/Day 3.2

9 MTX 1ml/week; Hydroxychloroquine 400mg/day 3

10 MTX 20mg/week, Sulphasalazine (SSZ) 2000mg/day; Prednisone 5mg/day 3.2

11 Leflunomide 20mg/day , MTX 20mg/week; Prednisone 5mg/day ≤ 2.6

12 MTX 20mg/week; Prednisone 5mg/day 2.5

13 MTX 25 mg/week; Abatacept 3.2

14 MTX 15mg/week; Tocilizumab ≤ 2.6

15 MTX 25 mg/week; Leflunomide 20mg/day. No data

16 MTX 20mg/week; SSZ 1000mg/day; Hydroxychloroquine 400mg/day; Diclofenac 5.4

17 Prednisone 5mg/day; Tocilizumab No data

18 Leflunomide 230mg/day; Ibuprofen 600mg/day; Prednisone 10mg/day 4

19 Leflunomide 20mg/Day ≤ 2.6

20 MTX 20mg/week ≤ 2.6

21 MTX 25mg/week; Leflunomide 20mg/day ≤ 2.6

22 MTX 15mg/week ≤ 2.6

23 Leflunomide 20mg/day; MTX 25mg/week; Prednisone 5mg/day 2.7

24 Prednisone 5mg/Day No data

25 MTX 15mg/week; Prednisone 7.5mg/day 5.3

26 MTX 20mg/week; Leflunomide 20mg/day; Prednisone 10mg/day; Ibuprofen 1200mg/day 4.1

27 MTX 10mg/week; Prednisone 10mg/day 4.9

28 MTX 12.5mg/week; Prednisone 5mg/day; Ibuprofen 1200mg/day 2.4

29 Ibuprofen 1200mg/day; MTX 17.5mg/week; Prednisone 10mg/day 5.8

30 Prednisone 7.5mg/day; Hydroxychloroquine 400mg/day ≤ 2.6