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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA GELSON PEREIRA RUBENS HELENO DE OLIVEIRA MONOGRAFIA ECONOMIA TRIBUTARIA: IMPACTO DO ICMS NO SIMPLES NACIONAL X LUCRO PRESUMIDO (Estudo de Caso: Empresa com Atividade de Fabricação de Premoldados de Concreto) BELO HORIZONTE - MG 2008

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

GELSON PEREIRA

RUBENS HELENO DE OLIVEIRA

MONOGRAFIA

ECONOMIA TRIBUTARIA:

IMPACTO DO ICMS NO SIMPLES NACIONAL X LUCRO

PRESUMIDO

(Estudo de Caso: Empresa com Atividade de Fabricação de Premoldados

de Concreto)

BELO HORIZONTE - MG 2008

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GELSON PEREIRA

RUBENS HELENO DE OLIVEIRA

ECONOMIA TRIBUTARIA:

IMPACTO DO ICMS NO SIMPLES NACIONAL x LUCRO

PRESUMIDO

(Estudo de Caso: Empresa com Atividade de Fabricação de Premoldados

de Concreto)

Monografia apresentada ao Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Planejamento Tributário, Gestão, Auditoria Tributária e Docência Superior da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito básico para obtenção do título de especialista. Área de Concentração: Contabilidade Tributária Orientador: Prof. César Alves de Almeida, Mestrando

BELO HORIZONTE, MG 2008

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................

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2 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ............................................................................................................................

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3 OBJETIVO ............................................................................................................................

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4 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................................................

10

4.1 EMPRESA ............................................................................................................................

10

4.2 TRIBUTOS ............................................................................................................................

12

4.3 REGIME DE TRIBUTAÇÃO ............................................................................................................................

17

4.4 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ............................................................................................................................

31

5 METODOLOGIA ............................................................................................................................

35

6 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................................

36

7 CONCLUSÃO ............................................................................................................................

38

8 CRONOGRAMA ............................................................................................................................

40

9 ORÇAMENTO ............................................................................................................................

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................

43

ANEXOS ............................................................................................................................

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1 INTRODUÇÃO

O novo panorama socioeconômico indica que as empresas deverão adequar-se

para obter maior rentabilidade e competitividade, buscando formas criativas e

inovadoras para atingir o diferencial de mercado.

O mercado é altamente exigente, trazendo como conseqüência a redução nos

preços com qualidade cada vez maior.

Cabe aos empresários buscar profissionais habilitados, atuar na formação de

equipe com o objetivo específico de maximizar suas riquezas.

O planejamento tributário é sem dúvida uma ferramenta que atinge toda a

organização, principalmente no que se diz a impactos financeiros, permitindo assim

uma direta redução nos custos, sobra em caixa e melhor gerenciar o empreendimento,

trazendo como conseqüência maior competitividade e rentabilidade, e solidez

empresarial.

O planejamento tributário é uma ferramenta utilizada que visa a economia de

tributos, objetiva alternativa legal não utilizada pela organização, mas permitidas pela

legislação.

È importante salientar que a tributação no Brasil é complexa e precisa de

profissionais habilitados, e estes; encontrar soluções que permita a elisão fiscal

evitando assim possíveis contingências fiscais.

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Neste trabalho venha esclarecer lacunas que impedem a tomada de decisão

distorcidas, quanto ao regime tributário, e também demonstrar para o empresário o

impacto financeiro provocado pelo icms (imposto sobre a circulação de mercadorias e

serviços) no que tange o simples nacional x lucro presumido.

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2 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

Necessidade de informações como a ferramenta do planejamento tributário

para definir a melhor economia tributária entre as modalidades do simples nacional x

lucro presumido em relação ao ICMS.

O cenário estudado será de uma empresa industrial que tem como objetivo

social à fabricação de pré-moldados no ramo da construção civil, com atendimento

direcionado a principalmente consumidores finais, e a construtoras de pequeno, médio

e grande porte.

A necessidade do estudo em relação ao cenário dar-se-á em virtude da

competitividade com empresas de grande porte, uma vez que, estas empresas

enquadradas no regime maior de tributação conseguem de alguma forma preços

competitivos em relação a empresas enquadradas em uma tributação menor.

Após avaliar toda estrutura empresarial, resta somente uma avaliação tributária

em relação ao ICMS, visto que, as modificações instituídas pela Lei Complementar

123/2006 e 127/2007 trouxeram alterações significativas para o estado de Minas

Gerais.

Toda a legislação que incentivava as pequenas e médias empresas foram

revogadas pelo Governo de Minas Gerais. Sendo assim faz necessária uma análise

especifica no que tange a escolha do débito e crédito x simples nacional.

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O que percebemos é que a competitividade e o objetivo de maximizar riquezas

obrigam-nos a utilizar a ferramenta Planejamento Tributário como parte da gestão

empresarial.

Demonstrando ainda a estrutura organizacional, a forma de gestão, de custeio

e a melhor adequação, enquadramento em regimes tributário, uma vez que; entende-se;

que a cada ramo de atividade existem brechas na legislação que é percebida pelos

profissionais especialista no tema planejamento tributário.

O Planejamento Tributário hoje é a mola mestra eficaz, que propicia a

eficiência ao empreendimento.

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3 OBJETIVOS

a) Objetivo Geral

Mostrar a importância da economia tributária mediante a aplicação da

ferramenta do planejamento tributário visando a melhor opção do regime de

tributação.

b) Objetivo Específico

• Apresentar a importância do planejamento tributário para atingir a melhor

opção tributaria;

• Discorrer sobre a melhor opção de tributação para economia tributária;

• Relatar os resultados obtidos em qualitativo de icms para economia de

recursos financeiros;

c) Delimitação

O presente trabalho está delimitado no estudo do melhor regime tributário para

indústria de pré-moldados em Minas gerais.

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d) O problema

Qual a melhor opção de regime tributário para economia de impostos como

icms (imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços) estadual

e) Hipóteses

Havendo economia de icms estadual a empresa aumentará a competitividade.

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4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 EMPRESA

4.1.1 - Conceito de Empresa

Entidade jurídica, organizada pelos bens (capital), com o trabalho aliciado de

outros, com o objeto da exploração de uma atividade econômica, produção de bens ou

realização de trabalhos organizados, visando o retorno (remuneração) da atividade

econômica especifica.

Para Requião (1993, p. 54) “o conceito de empresas, é a repetição de atos,

uma organização de serviços, em que se explore o trabalho alheio, material ou

intelectual, objetivando a obtenção de um produto do trabalho consumido e o resultado

desse trabalho, com o intuito de obter lucro”.

Na Constituição Federal (CF) (1988, art. 218 § 4º), “A lei apoiará e estimulará

as empresas que invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País,

formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de

remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos

ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho”.

Onde tributo; é o valor pago pelo contribuinte por atividades administrativas

plenamente vinculadas ou entrelaçadas ao tributo pago para o Estado, que neste caso, é

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o agente arrecadador. Ou seja, o tributo é cobrado pelo estado, mas, tem que haver

algo em troca por essa cobrança. O Estado cobra do sujeito passivo, que é o

contribuinte, mas é necessário que tenha atividades administrativas vinculadas à

cobrança.

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4.2 TRIBUTOS

4.2.1 Conceito

No Art. 16 do Código Tributário Nacional (CTN). Imposto é o tributo cuja

obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade

estatal específica, relativa ao contribuinte.

Para Pinho (2002, p. 167) “os tributos são as receitas derivadas que o Estado

recolhe do patrimônio dos indivíduos, baseado no seu poder imposta por regulamento,

por normas de Direito Publico que constituem o Direito Tributário”.

De acordo com Fabretti (2003, p. 115), “tributo é toda prestação pecuniária

compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção

por ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa

plenamente vinculada”.

Na CF (1988, art. 145), “A União, os Estados e o Distrito Federal e os

Municípios poderão instituir os seguintes tributos”.

I – Impostos;

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II - Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização,

efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao

contribuinte ou postos a sua disposição;

III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas

§ 1º. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão

graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultando à

administração tributária especialmente para conferir efetividade a esses objetivos,

identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os

rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

De acordo com Fabretti (2003, p. 116) tributo é (gênero) e as espécies são:

impostos, taxas e contribuições. Conforme os incisos I e II do art. 4º do Código

Tributário Nacional, a natureza jurídica especifica do tributo, ou seja, se é imposto,

taxa ou contribuição, é determinada por seu fato gerador.

4.2.1.1 Impostos

Conforme Fabretti (2003, p. 116) imposto é aquele que, uma vez instituído

por lei é devido, independentemente de qualquer atividade estatal em relação ao

contribuinte. Portanto, não está vinculado a nenhuma prestação especifica do Estado

ao sujeito passivo.

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Conforme Pinho (2002, p. 167) “os impostos são tributos destinados a

atender indistintamente às necessidades de ordem geral da administração publica”.

De acordo com o CTN em seu artigo 16º o termo imposto é definido como

sendo: “art. 16º. Imposto é o tributo cuja à obrigação tem por fato gerador uma

situação independente de qualquer atividade estatal especifica relativa ao

contribuinte”.

Pinho (2002, p. 167), “Distinguem – se dos demais tributos pelo fim a que

se destinam que não é a necessidade ou o interesse de um indivíduo ou grupo de

indivíduos, mas o custeio dos serviços gerais da administração. São suas

Características”:

a) a generalidade;

b) inexistência de contraprestação correspondente à exigência; e

c) destinação do seu produto para as atividades todas da Administração”.

Ao ser analisado o conceito de imposto percebe-se que independe de uma

atividade vinculada ao contribuinte, pois uma vez constituído por lei é devido.

4.2..1.2 Taxa

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Está definido no art. 77 e 78 do CTN e tem como fato gerador o exercício

regular do poder de policia ou a utilização efetiva ou potencial de serviços publico,

especifico e divisível, prestado ou colocado à disposição do contribuinte.

De acordo com Fabretti (2003, p. 117) a taxa não pode ter base de calculo

ou fato gerador idêntico ao imposto, nem ser calculado em função do capital das

empresas.

Portanto a taxa é um tributo cobrado em função de uma atividade específica

do Estado, ou seja, é vinculada a uma contraprestação específica do Estado relativa ao

contribuinte.

A taxa tem a característica de estar ligado a uma contraprestação de um

serviço público, o que já não ocorre com os impostos e contribuições.

4.2.1.3 Contribuição de melhoria

O CTN trata a contribuição como diferente do imposto e taxa, portanto uma

terceira espécie do gênero tributo e dispõe que só podem ser cobradas se, em virtude

de obra publica decorrer valorização imobiliária para o contribuinte (conforme dispõe

art. 81):

A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito

Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é

instituída para fazer face ao custo de obras publicas de que decorrer

valorização imobiliária, tendo como limite individual o acréscimo de valor

que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

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Pelo que se pode entender a contribuição de melhoria é um tributo cujo fato

gerador é a valorização do imóvel do contribuinte, decorrente de obra pública. Ex.:

Calçamento, asfalto, serviço de abastecimento de água, esgoto, redes elétricas.

Depois de ter sido analisado os conceitos de tributo vêem hoje que a

obrigatoriedade existente acrescido de uma elevada carga tributaria como a atual,

impulsiona o contribuinte a buscar alternativa dentro da legalidade como forma de

alcançar o menor custo tributário possível ou ate mesmo a eliminação do mesmo.

E devido à inquietude do contribuinte houve a necessidade de fazer um

Planejamento Tributário sendo este uma parte integrante da gestão de tributos.

4.2.1.4 Contribuições Sociais

A Contribuição Social visa subsidiar o custeio das atividades

profissionais, ajustando a desigualdade existente entre as atividades e os indivíduos

que cada classe segrega, assegurando o controle econômico e social.

Na (CF) no artigo 149 “Compete exclusivamente a União instituir

contribuições, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias

profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,

observado nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, §6º,

relativamente às contribuições a que alude o dispositivo”.

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4.3. Regime de Tributação

Face às variedades de opções e de enquadramentos motivados pelo diversos

segmentos empresariais e as cargas tributária variadas, que se acha inseridos no fato

geradores de cada tributo.

Deu-se a oportunidade de avaliação de melhor enquadramento e as

variáveis obtidas nos aspectos visto ao ângulo; se optante pelo simples nacional, com

seus atributos e regimentos, se optante pelo lucro presumido, obedecido a cada

dispositivo a estes estabelecidos e os impeditivos que norteia a cada enquadramento.

4.3.1 Lucro Presumido

O Lucro Presumido é uma forma de tributação onde se usa como base de

calculo para o imposto, o valor apurado mediante a aplicação de um determinado

percentual sobre a receita bruta.

4.3.1.1 Empresas que Podem Optar pelo lucro Presumido

Podem optar as pessoas jurídicas cuja receita bruta total tenha sido igual ou

inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), no ano-calendário

anterior, ou a R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais), multiplicado pelo número de

meses em atividade no ano-calendário anterior (Lei nº 10.637, de 2002, art. 46); e que

não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real em função da atividade exercida ou

da sua constituição societária ou natureza jurídica.

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Compreende-se no conceito de receita bruta o produto da venda de bens nas

operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas

operações de conta alheia (RIR/1999, art. 224).

Neste caso, receita bruta total e a receita bruta de vendas somada aos

ganhos de capital e às demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas

não compreendidas na atividade.

4.3.1.2 Empresas Impedidas de Optar

De acordo com a lei n° 9.718, de 1998 e com o art. 246 do Regulamento do

Imposto de Renda, estão obrigadas à apuração do lucro real e por esse motivo,

impedidas de optarem pelo Lucro Presumido as atividades a seguir :

a) Pessoas jurídicas cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguro privado e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

b) Pessoas jurídicas que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior;

c) Pessoas jurídicas que, autorizadas pela legislação tributária, queiram usufruir benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto de renda;

d) Pessoas jurídicas que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado o recolhimento mensal com base em estimativa;

e) Pessoas jurídicas que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

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A obrigatoriedade a que se refere o item "b" acima não se aplica à pessoa

jurídica que auferir receita de exportação de mercadorias e da prestação direta de

serviços no exterior. Não se considera direta a prestação de serviços realizada no

exterior por intermédio de filiais, sucursais, agências, representações, coligadas,

controladas e outras unidades descentralizadas da pessoa jurídica que lhes sejam

assemelhadas (ADI SRF nº. 5, de 2001).

4.3.1.3 Manifestação da Opção

Via de regra, a opção é manifestada com o pagamento da primeira quota ou quota

única do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração, sendo considerada

definitiva para todo o ano-calendário (RIR/1999, art. 516, §§ 1o e 4o).

As pessoas jurídicas que tenham iniciado suas atividades ou que resultarem

de incorporação, fusão ou cisão, ocorrida a partir do segundo trimestre do ano-

calendário, poderão manifestar a sua opção por meio do pagamento da primeira ou

única quota relativa ao trimestre de apuração correspondente ao início de atividade

(RIR/1999, art. 517).

4.3.1.4 Base de Cálculo para Tributação das Pessoas Jurídicas que Optarem pelo Lucro Presumido

Conforme a Regulamento do Imposto de Renda de 1999, art. 518 e §§ 1º ao

6º do art. 519; a base de cálculo do imposto e adicional no regime do lucro presumido

será o montante determinado da seguinte forma:

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1- Valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção de lucro (variáveis conforme o tipo de atividade operacional exercida pela pessoa jurídica) sobre a receita bruta auferida nos trimestres encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário.

2- Ao resultado obtido na forma do item 1, anterior, deverá ser acrescido:

a) Os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras (renda fixa e variável);

b) As variações monetárias ativas;

c) Todos demais resultados positivos obtidos pela pessoa jurídica, inclusive os juros recebidos como remuneração do capital próprio, descontos financeiros obtidos e os juros ativos não decorrentes de aplicações, e outros como:

d) Os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizados entre pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligados;

e) Os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizados em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;

f) A receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica;

g) Os juros equivalentes à taxa Selic, para títulos federais, acumulados mensalmente, relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;

h) O valor correspondente ao lucro inflacionário realizado no período em conformidade com o disposto no art. 36 da IN SRF nº 93, de 1997;

i) Multas e outras vantagens por rescisão contratual;

j) Os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo se o contribuinte comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido à tributação com base no lucro real, ou que tais valores se refiram a períodos a que tenha se submetido ao lucro presumido ou arbitrado (RIR/1999, art. 521, § 3o);

l) A diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio.

A pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada

com base no lucro real, deverá adicionar à base de cálculo do imposto de renda,

correspondente ao primeiro período de apuração no qual houver optado pela tributação

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com base no lucro presumido ou for tributados com base no lucro arbitrado, os saldos

dos valores cuja tributação havia diferido, controlados na parte B do Lalur (Lei no

9.430, de 1996, art. 54).

4.3.1.5 Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta para compor a base de cálculo do

lucro presumido

De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda de 1999 art. 223 os

percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta são variáveis de acordo com a

atividade da empresa, partindo de: 1,6% chegando até 32% , este percentual é

chamado de presunção, daí o porquê da forma de tributação lucro presumido, pois do

total das receitas bruta o fisco faz uma presunção de lucro, conforme tabela a seguir:

Tabela n° 01 – alíquotas do lucro presumido.

ATIVIDADES PERCENTUAIS (%)

Atividades em geral (RIR/1999, art. 518) 8,0

Revenda de combustíveis 1,6

Serviços de transporte (exceto o de carga) 16,0

Serviços de transporte de cargas 8,0

Serviços em geral (exceto serviços hospitalares) 32,0

Serviços hospitalares 8,0

Intermediação de negócios 32,0

Administração, locação ou cessão de bens e direitos de qualquer natureza (inclusive imóveis)

32,0

Fonte: www.receitafederal.com.br

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De acordo com a tabela acima, percebe-se que dependendo da atividade a

presunção do lucro é diferente, variado de 1,6% e 32% conforme atividade.

4.3.1.6 Alíquotas

Conforme o Regulamento do Imposto de Renda de 1999 arts 541 e 542, o

imposto de Renda trimestral será calculado mediante a aplicação:

a) Da alíquota de 15% sobre a totalidade do lucro presumido apurado no trimestre; b) Da alíquota adicional de 10% sobre a parcela do lucro presumido trimestral que exceder a R$ 60.000,00 ou, no caso de início ou encerramento de atividades no trimestre, ao limite equivalente ao resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração.

4.3.2 Simples Nacional

Tratamento diferenciado, simplificado e favorecido a micro e pequenas

empresas que tem como principal objetivo a simplificação tributária e fiscal, reduzindo

tributos e burocracias.

Regulamentado pela Lei Complementar nº 123/2006 e com alterações pela

Lei complementar nº 127/2007.

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4.3.2.1 O Simples Nacional

O Simples Nacional, é uma das formas de tributação das micro e pequenas

empresas brasileiras. O Simples Nacional unifica tributações federais, estaduais e

municipais e prevê isenções e reescalonamento de impostos, o que quer dizer

diminuição de valores para alguns e aumento para outros.

4.3.2.2 Micro e Pequena Empresa

De acordo com o art. 3o da Lei Complementar nº. 123, consideram-se

microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade

simples e o empresário devidamente registrado no Registro de Empresas Mercantil,

(junta comercial) ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, (Cartórios) conforme o

caso, desde que:

I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00; II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00.

4.3.2.3 Atividades que podem optar pelo Simples Nacional

De acordo com a Lei complementar nº. 123 de 2006 art. 17 do Simples

Nacional ou Simples Nacional ficam permitidas as seguintes atividades de optarem

pelo Simples:

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1 - creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental;

2 - agência terceirizada de correios;

3 - agência de viagem e turismo;

4 - centro de formação de condutores de veículos automotores de

transporte terrestre de passageiros e de carga;

5 - agência lotérica;

6 - serviços de manutenção e reparação de automóveis,

caminhões, ônibus, outros veículos pesados, tratores, máquinas e

equipamentos agrícolas;

7 - serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios

para veículos automotores;

8 - serviços de manutenção e reparação de motocicletas,

motonetas e bicicletas;

9 - serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas

de escritório e de informática;

10 - serviços de reparos hidráulicos, elétricos, pintura e

carpintaria em residências ou estabelecimentos civis ou

empresariais, bem como manutenção e reparação de aparelhos

eletrodomésticos;

11- serviços de instalação e manutenção de aparelhos e sistemas

de ar-condicionado, refrigeração, ventilação, aquecimento e

tratamento de ar em ambientes controlados;

12 - veículos de comunicação, de radiodifusão sonora e de sons e

imagens, e mídia externa;

13 - construção de imóveis e obras de engenharia em geral,

inclusive sob a forma de subempreitada;

14 - transporte municipal de passageiros;

15 - empresas montadoras de estandes para feiras;

16 - escolas livres, de línguas estrangeiras, artes, cursos técnicos

e gerenciais;

17 - produção cultural e artística;

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18 - produção cinematográfica e de artes cênicas;

19 - cumulativamente administração e locação de imóveis de

terceiros;

20 - academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes

marciais;

21 - academias de atividades físicas, desportivas, de natação e

escolas de esportes;

22 - elaboração de programas de computadores, inclusive jogos

eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do

optante;

23 - licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de

computação;

24 - planejamento, confecção, manutenção e atualização de

páginas eletrônicas; desde que realizados em estabelecimento do

optante;

25 - escritórios de serviços contábeis;

26 - serviço de vigilância, limpeza ou conservação.

4.3.2.4 Atividades impedidas de optarem pelo Simples Nacional

De acordo com o art. 17 da Lei complementar nº. 123 de 2006 do Simples

Nacional ou Simples Nacional ficam impedidas de optarem pelo Simples Nacional as

seguintes atividades:

1 - que explore atividade de prestação de serviços de assessoria

creditícia;

2 - que tenha sócio domiciliado no exterior;

3 - de cujo capital participe entidade da administração pública;

4 - que preste serviço de comunicação;

5 - que possua débito com o INSS, ou com as Fazendas Públicas

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26

Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja

suspensa;

6 - que preste serviço de transporte intermunicipal e

interestadual de passageiros;

7 - que seja geradora, transmissora ou distribuidora de energia

elétrica;

8 - que exerça atividade de importação ou fabricação de

automóveis e motocicletas;

9 - que exerça atividade de importação de combustíveis;

10 - que exerça atividade de produção ou venda no atacado, de

bebidas alcoólicas, cigarros, armas, bem como de outros

produtos tributados pelo IPI com alíquota maior que 20% ou

com alíquota específica;

11 - que preste serviços de cunho intelectual, de natureza

técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua

profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços

de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de

intermediação de negócios;

12 - que realize cessão ou locação de mão-de-obra;

13 - que realize atividade de consultoria;

14 - que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis.

4.3.2.5 Impostos aglutinados no Simples Nacional

Conforme a Lei Complementar nº. 123 de 14 de Dezembro 2006 art. 13 o

Simples Nacional unifica oito impostos a saber: IRPJ, IPI, CSLL, PIS/PASEP,

COFINS, INSS, ISS e ICMS.

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Quem estiver enquadrado no sistema ficam dispensadas do pagamento das

demais contribuições instituídas pela União, inclusive as contribuições para as

entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema

sindical, de que trata o art. 240 da Constituição Federal, e demais entidades de serviço

social autônoma.

Outros impostos, no entanto, vão continuar a ser cobrados a parte, entre

eles: Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF), Imposto de

Importação (II) PIS, Cofins e IPI na importação, Imposto de Exportação (IE), Imposto

Sobre a Propriedade Territorial Rural (IPTR), INSS relativo à retenção do empregado

e empresário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para os empregados,

ICMS e ISS em regime de substituição tributária e na importação.

4.3.2.6 Alíquotas Aplicáveis ao Simples Nacional para a indústria

De acordo com a Lei complementar nº. 123/2006, segue tabela nº 1 com as

alíquotas do Simples Nacional aplicada para a indústria que varia de 4,5% até 12,11%

conforme o faturamento anual acumulado.

Anexo II – Partilha do Simples Nacional - Indústria Seção I: Receitas decorrentes da venda de mercadorias por elas industrializadas não sujeitas a substituição tributária, exceto as receitas decorrentes da venda de mercadorias por elas industrializadas para exportação

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Tabela 1 – Sem substituição tributária Receita Bruta Total em 12 meses (em

R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS Pis/Pasep INSS ICMS IPI

Até 120.000,00 4,50% 0,00% 0,21% 0,74% 0,00% 1,80% 1,25% 0,50%

De 120.000,01 a 240.000,00 5,97% 0,00% 0,36% 1,08% 0,00% 2,17% 1,86% 0,50%

De 240.000,01 a 360.000,00 7,34% 0,31% 0,31% 0,95% 0,23% 2,71% 2,33% 0,50%

De 360.000,01 a 480.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50%

De 480.000,01 a 600.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50%

De 600.000,01 a 720.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50%

De 720.000,01 a 840.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50%

De 840.000,01 a 960.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50%

De 960.000,01 a 1.080.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50%

De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50%

De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50%

De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50%

De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50%

De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50%

De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50%

De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50%

De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50%

De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50%

De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50%

De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50%

Fonte: www.peritocontador.com

Percebe-se que as alíquotas variam de acordo com o faturamento

acumulado da empresa, partindo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) ate

2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais), lembrando que se o faturamento

da empresa for de até 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) a empresa estará

enquadrada como ME.

Logo se ela ultrapassar desta faixa de faturamento anual acima, ou seja, de

240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) passara para EPP que vai de 240.000,01

(duzentos e quarenta e um reais) até 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil

reais).

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4.3.2.7 Do Recolhimento dos Tributos Devidos

De acordo com o art. 21 da lei complementar nº. 123 de 2006 os tributos

devidos, apurados na forma dos arts. 18 a 20 desta Lei Complementar, deverão ser

pagos:

I – por meio de documento único de arrecadação, instituído pelo Comitê

Gestor;

II – (Revogado pela Lei Complementar nº 127, de 2007)

III – enquanto não regulamentado pelo Comitê Gestor, até o último dia útil

da primeira quinzena do mês subseqüente àquele a que se referir;

IV - em banco integrante da rede arrecadadora do Simples Nacional, na

forma regulamentada pelo Comitê Gestor. (Redação dada pela Lei

Complementar nº 127, de 2007).

§ 1o Na hipótese de a microempresa ou a empresa de pequeno porte possuir

filial, o recolhimento dos tributos do Simples Nacional dar-se-á por

intermédio da matriz.

§ 2o Poderá ser adotado sistema simplificado de arrecadação do Simples

Nacional, inclusive sem utilização da rede bancária, mediante requerimento

do Estado, Distrito Federal ou Município ao Comitê Gestor.

§ 3o O valor não pago até a data do vencimento sujeitar-se-á à incidência de

encargos legais na forma prevista na legislação do imposto sobre a renda.

§ 4o Caso tenha havido a retenção na fonte do ISS, ele será definitivo e

deverá ser deduzida a parcela do Simples Nacional a ele correspondente, que

será apurada, tomando-se por base as receitas de prestação de serviços que

sofreram tal retenção, na forma prevista nos §§ 12 a 14 do art. 18 desta Lei

Complementar, não sendo o montante recolhido na forma do Simples

Nacional objeto de partilha com os municípios.

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§ 5o O Comitê Gestor regulará o modo pelo qual será solicitado o pedido de

restituição ou compensação dos valores do Simples Nacional recolhido

indevidamente ou em montante superior ao devido.

Pode-se perceber que o recolhimento dos tributos, pelo sistema de

tributação do simples nacional é bem simplificado abrangendo os tributos federais,

estaduais e municipais, fazenda uma guia única para pagamento dos mesmos,

facilitando a assim para o micro e pequeno empresário o seu cotidiano. Por exemplo,

uma empresa optante do lucro presumido, paga seus tributos e encargos sociais cada

um com códigos e guias diferentes, como PIS, COFINS, CSLL, IRPJ, INSS e ICMS,

enquanto como simples faz os mesmos recolhimentos em guia única.

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31

4.4. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Com o mundo sem fronteira, mercado competitivo, globalização, livre

concorrência, pesados impostos, para administrar um empreendimento é necessário

conhecimento das praticas contábeis, institutos jurídicos e um profissional polivalente para o

gerenciamento eficaz e para dar continuidade ao empreendimento. Procurar formula licitas de

reduzir o pagamento de tributos e ao mesmo tempo estar enquadrado à Legalidade não é

tarefa fácil, entretanto para a manutenção do negócio deve-se conhecer a ferramenta

planejamento tributário.

4.4.1 Conceito

De acordo com Borges (2002, p. 29) o Planejamento tributário é uma

técnica de economizar imposto, e essa idéia e planos fundamentam-se no direito de à

economia de impostos, cuja órbita respalda os contribuintes na adoção de ações que

resultem em conseqüências fiscais menos onerosas.

Conforme Fabretti (2003, p. 32) define o planejamento tributário da

seguinte forma: “O estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato

administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas

legais menos onerosas, denomina-se Planejamento Tributário”.

Ou seja, o contribuinte tem o direito de estruturar o seu negocio de maneira

que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos encargos de seu negocio inclusive

a diminuição dos impostos.

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De acordo com Borges (2002, p. 65) traduz o significado do mesmo

conceito e a que se destina o Planejamento Tributário:

[...] correto conceituar o Planejamento Tributário como uma técnica gerencial que visa projetar as operações industriais, os negócios mercantis e as prestações de serviços, visando conhecer as obrigações e os encargos fiscais inseridos em cada uma das respectivas alternativas legais pertinentes para, mediante meios e instrumentos legítimos, adotar aquela que possibilite a anulação, redução ou adiamento do ônus fiscal.

Desta forma fica entendido que o Planejamento Tributário é um processo de

busca de conhecimentos e instrumentos capazes de visar a economia de tributos por

meio da exclusão, redução ou postergação do ônus tributário.

Apesar de sabermos que existe uma elevada carga tributaria não justifica,

contudo a adoção de formas indiscriminadas como meio de minimizar o custo

tributaria, pois o Planejamento Tributário somente será valido se utilizar estrutura e

forma jurídica adequada, normal e tipicamente correspondente aos negócios e

atividades da empresa.

A respeito disto, Borges (2002, p. 30) sugere:

[...] importante regras praticas que outorgam juridicamente a qualquer planejamento [...]: verificar se a economia de impostos é oriunda de ação ou omissão anterior à concretização da hipótese normativa de incidência; - Examinar se a economia de impostos é decorrente de ação ou omissão legitimas; - Analisar se a economia de impostos é proveniente de ação realizada por meio de formas de direito privado normal, típicas e adequada; - Investigar se a economia de impostos resultou de ação ou conduta realizada igualmente a suas formulações nos correspondentes documentos e registros fiscais.

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Podemos observar no que se refere à juridicidade ou legalidade devemos

atentar que é cabível o Planejamento Tributário fazendo uso da prática da elisão fiscal,

sendo porem impossível à possibilidade de evasão fiscal. Vale distinguir a diferença de

Elisão Fiscal e Evasão Fiscal sendo que a primeira impede-se a ocorrência da

obrigação tributaria, ao fazer uso do Planejamento Tributário que não permite que o

agente econômico entre nessa relação fiscal, evitando o fato gerador legal. Já a pratica

da evasão fiscal tem-se a intenção de burlar a obrigação tributaria apesar da ocorrência

do fato gerador, ou seja, busca-se sair da relação fiscal mesmo depois de estar-se

inserido na mesma.

4.4.2 Tipos de Planejamento Tributário

De acordo com Borges (2002, p. 71) há três tipos de planejamento

tributário:

- Planejamento que tem por objetivo a anulação do ônus fiscal: para alcançar este objetivo, o planejamento tributário deve articular o empreendimento ou a atividade econômico-mercantil, mediante o emprego de estrutura e formas-jurídicas ― que sejam capazes de impedir a concretização das hipóteses legais de incidências tributarias.

- Planejamento que tem por objetivo a redução do ônus fiscal: para atingir este objetivo, o planejamento tributário deve organizar o empreendimento ou atividade econômico-mercantil, mediante a utilização de estrutura e formas-jurídicas ― que venham a possibilitar a concretização de hipóteses legais de incidências tributarias cujas conseqüências resultem num ônus fiscal menor.

- Planejamento que tem por objetivo o adiamento do ônus fiscal: para alcançar este objetivo, o planejamento tributário deve arquitetar o empreendimento ou a atividade econômico-mercantil, mediante a adoção de estrutura e forma-jurídica ― que venham a possibilitar uma das seguintes situações: Deslocamento da ocorrência do fato gerador; Procrastinação do lançamento ou pagamento do imposto.

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34

4.4.3 Pesquisa do Fato Objeto do Planejamento Tributário

O planejamento tributário inicia-se com a necessidade e levantamento de

dados pertinentes as operações realizadas que estejam relacionadas com as questões

fiscais que envolverem o planejamento tributário.

De acordo com Borges (2002, p. 72) diz que ”o levantamento deverá obter

dados sobre os seguintes itens”:

- Estrutura e atividades operacionais da empresa; - Qualificação fiscal de seus estabelecimentos, em face do IPI, ICMS e ISS; - Particularidades das operações industriais, negócios mercantis e prestação de serviços abrangidos pelo planejamento tributário.

4.4.4 Finalidades do Planejamento Tributário

O planejamento tributário tem entre outras finalidades, economizar de

forma legal a quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo, os tributos que

genericamente são: (impostos, taxas e contribuições) representam uma parcela

importantíssima dos custos das empresas ou quem sabe a maior dela.

Devido ao exposto logo acima são três as finalidades de fazer um

planejamento tributário:

a) evitar a incidência do fato gerador do tributo

b) reduzir o montante do tributo, sua alíquota ou reduzir a base de cálculo do tributo

c) retardar o pagamento do tributo, postergando o seu pagamento, sem a ocorrência da

multa.

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35

5 METODOLOGIA

Classificação da pesquisa

Metodologia aplicada na pesquisa é descritiva comparativa com uso de

material bibliográfico avaliando estudo de caso para levantamento do melhor regime

tributário.

Coleta, análise e interpretação dos dados.

Diante dos estudos (coleta de dados) e os testes apresentados (estudo de

casos), formulamos rotinas e controles afim de que se aplicado os assentamentos nas

planilhas se obteria o controle da informação desejada e as variáveis a serem

consideradas como objeto de estudo e direcionamento ao que se deseja; economia

tributária usando a ferramenta Planejamento Tributário, na identificação do melhor

opção, entre o Lucro Presumido (x) Simples Nacional ao enfoque do Imposto ICMS.

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6 ESTUDO DE CASO

Empresa enquadrada no regime de tributação do simples nacional com

recolhimento unificado dos tributos federais e estaduais, dos quais aqui tem relevância

à análise do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços em comparação do

regime tributário; Simples Nacional (x) Lucro Presumido.

6.1 Coleta de Dados

Os dados relativos às receitas mensais de vendas (vide quadro I) foram

obtidas através dos livros de registro de saídas escriturados no ano de 2008 e o valor

de diferencial de alíquotas foram obtidas mediante análise direta nas notas fiscais de

entradas de insumos no ano de 2008, os dados relativos a base de cálculo dos débitos e

dos créditos de ICMS, bem como seus créditos apropriados mensalmente sobre as

entradas (vide quadro II) foram obtidas através do livro de registro de apuração de

ICMS.

6.2 Dos Resultados

Os resultados apurados no regime de tributação simples nacional no que

tange somente o ICMS, no montante de R$ 84.825,84 (oitenta e quatro mil oitocentos

e vinte cinco reais e oitenta quatro centavos). Vide; quadro I da planilha em anexa.

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E ainda o montante de R$ 52.786,27 (cinqüenta e dois mil setecentos e

oitenta seis reais e vinte sete centavos). Vide quadro I da planilha em anexo;

Correspondendo ao diferencial de alíquotas calculado sobre as entradas de outros

estados diferentes de onde está estabelecida a empresa em estudo, totalizando assim o

montante de R$137.612,11 (cento e trinta e sete mil, seiscentos e doze reais e onze

centavos), conforme quadro I, coluna total recolhido da planilha em anexo.

O resultado apurado no regime de tributação lucro presumido, sistema de

débito e crédito para o ICMS totaliza o valor a pagar de R$ 112.436,25 (cento e doze

mil quatrocentos e trinta seis reais e vinte cinco centavos). Vide; quadro II da planilha

em anexo.

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7 CONCLUSÃO

Em comparação com os dois regimes de tributação foi identificado que: o

ICMS, no regime de tributação simples nacional apresenta um recolhimento a maior

no valor de R$ 25.175,86 (vinte e cinco mil, cento e setenta cinco reais e oitenta seis

centavos), assim podemos perceber que para o estado de Minas Gerais em relação à

empresa aqui mencionada teve uma arrecadação maior em 22,3912%, uma vez que a

empresa teve o tratamento tributário em 2008 como optante pelo simples nacional. Os

quais podem identificar que a empresa terá uma economia tributária em relação ao

ICMS, visto que, nas planilhas em anexo em seus quadros I e II identificamos está

economia.

Se a empresa enquadrar no regime tributário de débito e crédito no ICMS, e

sendo estes valores, ainda que maiores se houver uma administração das compras para

apropriação e aproveitamento dos créditos.

Por fim vislumbramos que o impacto do ICMS no simples nacional é maior

em 22,3912% em relação a opção pelo lucro presumido.

Contudo, imperceptível de maneira unificada, pois a alíquota do simples

nacional contempla todos os tributos com alíquotas especificas de cada um, porem

induzindo o contribuinte a acreditar que aquela alíquota reduzida produz menor efeito

tributário que a alíquota de ICMS que é maior, mas com apropriação de créditos sobre

as entradas.

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Em síntese, de forma isolada do ICMS, a empresa terá maior rentabilidade

ao optar pelo sistema de débito e crédito sobre as saídas e entradas de produtos,

aumentando assim à competitividade, sendo uma ilusão tributária a alíquota unificada

do simples nacional, uma vez que, neste caso a tributação ocorre de forma cumulativa

sem a apropriação de créditos.

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8 CRONOGRAMA

Etapa ATIVIDADES PERIODO

1ª Consulta do Cliente, sobre o assunto e as variáveis

possíveis de aplicação no universo de Opção;

Desejo x Conflito.

0:45 mim

“Reunião”

2ª Busca Entendimento da Atividade Fim da Entidade

pesquisada, “Processo Fabril”

1(um) Dia

“Fábrica”

3ª Desenvolvimento do estudo das opções diante de

material colhido no processo fabril, variáveis e não

variáveis, dados coletados.

1(uma) Semana

Escritório/Cliente

4ª Apresentação prévia do modelo achado, e sujeito a

mudanças, frente a possíveis distorções e não

conformidade.

1(um) mês

Escritório/Cliente

5ª Conclusão do modelo desejado e treinamento de

pessoal quando da aplicação de métodos e

formulação de padronização

1(um) ano

Escritório/Cliente

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9 ORÇAMENTO

Etapa DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES POR

ETAPAS

CUSTEIO

1ª Consulta do Cliente, sobre o assunto e as

variáveis possíveis de aplicação no universo de

Opção; Desejo x Conflito.

Prejudicado

2ª Visita ao Cliente - Busca Entendimento da

Atividade Fim da Entidade pesquisada, (coleta de

Dados),“Processo Fabril”

R$ 150,00

Combustível/Refeições

3ª Desenvolvimento do estudo das opções diante de

material colhido no processo fabril, variáveis e

não variáveis, dados coletados.

R$ 750,00

Maquinas/Papelaria

4ª Visita ao Cliente p/Apresentação prévia do

modelo achado, e sujeito a mudanças, frente a

possíveis distorções e não conformidade.

R$ 600,00

Maquinas/Papelaria

5ª Conclusão do modelo desejado e treinamento de

pessoal quando da aplicação de métodos e

formulação de padronização

R$ 7.200,00 anual

Rotina Normal

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Orçamento Total R$ 8.700,00 Totalizando o projeto no Valor R$ 8.700,00 (Oito Mil e Setecentos Reais), a ser custeado em parte pelo idealizador (consultor) e o restante pelo interessado (cliente), no desenvolvimento deste.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Constituição Federativa do Brasil, Coleção Saraiva de Legislação atualizada até a Emenda Constitucional n. 9 de 9-11-1995, Ed. Saraiva – 13º edição atualizada e ampliada 1996.

BORGES, Humberto Bonavides. Planejamento Tributário

BEUREN, Ilze Maria. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2ª edição

HIGUCHI, Hiromi. Imposto de Renda das Empresas, Interpretação e prática. Atualizado até 10-01-2008 33ª edição 2008 0 – IR Publicações Ltda.

Brasil. Lei das S A, Manuais de Legislação Atlas. São Paulo, Ed Atlas – 1995

BRASIL, Imposto de Renda Contribuições Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples- Editoria/Coordenação da edição Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul – 2007

BRASIL, Legislação Brasileira – Código Tributário Nacional –25ª Edição – 1996 – São Paulo – Editora Saraiva

Edição atualizada 1993

REQUIÃO, Rubens,Curso de Direito Comercial – 1º e 2º Volume – Editora Saraiva 1993

IUDÍCIBUS, Sergio de. Manual de Contabilidade das Sociedades por ações – 4ª edição editora Atlas – FIPECAFI – São Paulo – 1995.

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ANEXOS

ANEXO I LEVANTAMENTO DE DADOS - SIMPLES NACIONAL

ANEXO II - PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL - INDÚSTRIA SEÇÃO I – TABELA 1 - SEM SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

FAIXA DE TRIBUTAÇÃO = 2.280.000,01 À 2.400.000,00

ALÍQUOTA DO SIMPLES NACIONAL - 12,11%

QUADRO I

RECEITAS ÍTEM ICMS DIFERENCIAL TOTAL

ANO: 2008 ( R$ ) ALÍQUOTA ( R$ )

DE ALÍQUOTA

( R$ )

ICMS RECOLHIDO

( R$ )

JANEIRO 162.078,38 3,95% 6.402,10 2.780,88 9.182,98

FEVEREIRO 76.158,33 3,95% 3.008,25 2.487,35 5.495,60

MARÇO 111.813,63 3,95% 4.416,64 2.112,85 6.529,49

ABRIL 146.247,83 3,95% 5.776,79 4.024,34 9.801,13

MAIO 162.069,81 3,95% 6.401,76 6.227,66 12.629,42

JUNHO 122.747,96 3,95% 4.848,54 2.882,10 7.730,64

JULHO 180.727,38 3,95% 7.138,73 3.377,40 10.516,13

AGOSTO 241.547,33 3,95% 9.541,12 9.727,34 19.268,46

SETEMBRO 207.123,24 3,95% 8.181,37 5.110,16 13.291,53

OUTUBRO 319.733,23 3,95% 12.629,46 3.175,40 15.804,86

NOVEMBRO 212.072,73 3,95% 8.376,87 8.049,16 16.426,03

DEZEMBRO 205.169,72 3,95% 8.104,20 2.831,63 10.935,83

TOTAL 2.147.489,57 84.825,84 52.786,27 137.612,11 Os valores da Coluna: “diferencial de alíquota” corresponde a compras fora do estado de Minas Gerais, e que estão sujeitas ao recolhimento do diferencial conforme legislação do simples nacional.

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ANEXO II

LEVANTAMENTO DE DADOS – LUCRO PRESUMIDO TRIBUTAÇÃO DO ICMS - DÉBITO E CRÉDITO

QUADRO II

ANO: DÉBITO CRÉDITO RESULTADO

2008 BASE DE CÁLCULO

VALOR ICMS

BASE DE CÁLCULO

VALOR ICMS

DÉBITO (x) CRÉDITO

MESES ( R$ ) ( R$ ) ( R$ ) ( R$ )

ICMS A PAGAR

JANEIRO 162.078,38 19.449,41 67.528,39 8.420,06 11.029,35

FEVEREIRO 76.158,33 9.827,77 63.658,02 7.801,00 2.026,77

MARÇO 111.813,63 15.852,52 61.359,47 7.356,09 8.496,43

ABRIL 146.247,83 19.817,55 103.790,41 13.001,58 6.815,97

MAIO 162.069,81 20.062,02 121.176,59 14.846,05 5.215,97

JUNHO 122.747,96 15.257,85 61.303,65 7.661,34 7.596,51

JULHO 180.727,38 23.425,05 180.727,38 23.425,05 -

AGOSTO 241.547,33 31.287,31 202.249,52 23.868,24 7.419,07

SETEMBRO 207.123,24 26.187,63 165.740,70 18.291,68 7.895,95

OUTUBRO 319.733,23 45.881,05 132.921,94 12.803,40 33.077,65

NOVEMBRO 212.072,73 28.676,95 203.466,28 20.050,21 8.626,74

DEZEMBRO 205.169,72 23.222,07 81.416,52 8.986,23 14.235,84

TOTAIS 2.147.489,57 278.947,18 1.445.338,87 166.510,93 112.436,25