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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CARLOS VICTOR VALENTE LINS MICHAEL TARKOWSKI NORMAS ABNT NBR 14037 E 15575: UM ESTUDO DE CASO SOBRE SUAS APLICAÇÕES EM MANUAIS DE OPERAÇÃO, USO E MANUTENÇÃO CURITIBA 2017

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

CARLOS VICTOR VALENTE LINS MICHAEL TARKOWSKI

NORMAS ABNT NBR 14037 E 15575: UM ESTUDO DE CASO SOBRE SUAS APLICAÇÕES EM MANUAIS DE OPERAÇÃO, USO E

MANUTENÇÃO

CURITIBA 2017

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

CARLOS VICTOR VALENTE LINS MICHAEL TARKOWSKI

NORMAS ABNT NBR 14037 E 15575: UM ESTUDO DE CASO SOBRE SUAS APLICAÇÕES EM MANUAIS DE OPERAÇÃO, USO E

MANUTENÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito para a obtenção parcial para obtenção de grau de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: M. Sc. Prof.ª Adriana Cristine Schwabe Linhares

CURITIBA 2017

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RESUMO

Com o advento de normas referentes a qualidade e durabilidade das edificações

habitacionais, as empresas de construção civil devem atentar para a confecção de um

manual do proprietário que atenda aos ditames de tais documentos. Contudo, o

panorama atual não condiz com tais circunstâncias. Isso porque, muitas vezes, o

consumidor final, para ter seu direito garantido, precisa decorrer ao sistema Judiciário

a fim de que as empresas sejam responsabilizadas por suas falhas. Assim, com o

intuito de analisar a situação atual da aplicação das normas e preenchimento de seus

requisitos, foram analisados onze manuais do proprietário de construtoras diversas. A

análise foi realizada através de verificação do atendimento da norma ABNT NBR

14037:2011 e, num segundo momento, se os requisitos da ABNT NBR 15575:2013 e

elencados por esta como de presença obrigatória no manual do proprietário foram

igualmente preenchidos. Após o respectivo estudo de caso, foi possível concluir que,

atualmente, as empresas se comportam de forma relapsa no que concerne ao

atendimento dos critérios exigidos pelas normas.

Palavras-chaves: manual do proprietário; qualidade e desempenho; ABNT NBR

14037; ABNT NBR 15575.

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Abstract

With constant updates of residential building quality and durability standards,

construction companies should now more than ever focus on the correct elaboration

and necessary requirements of owner manuals. However, current circumstances do

not support the stated above. To guarantee their rights, new property owners are often

obligated to take legal actions to make construction companies accountable for defects

and shortcomings. Therefore, with the intuition of analyzing the current situation of

construction companies fulfilling standards and requirements, eleven different owner

manuals were evaluated. The analysis was conducted on the implementation of the

Brazilian National Standard 14037 and afterwards on specific parts of the Brazilian

National Standard 15575 which should be integrated in owner manuals. The respective

case study concluded that construction companies as of today follow the standards

inadequately.

Keywords: Owner Manual; Quality and Performance; ABNT NBR 14037; ABNT NBR

15575.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Disposição dos conteúdos ....................................................................... 22

Tabela 2 - Disposição dos conteúdos, continuação. ................................................. 22

Tabela 3 - índice - item 5.1.1 ..................................................................................... 24

Tabela 4 - Introdução - item 5.1.2 ............................................................................. 25

Tabela 5 - Definições - item 5.1.3 .............................................................................. 26

Tabela 6 - Garantia assistência técnica - item 5.2.1 .................................................. 28

Tabela 7 – Exemplos de prazos de garantia ............................................................. 29

Tabela 8 - Perdas de garantia - item 5.2.2 ................................................................ 30

Tabela 9 - Assistência técnica - item 5.2.3 ................................................................ 31

Tabela 10 - Memorial descritivo – Item a .................................................................. 32

Tabela 11 - Memorial descritivo – Item b .................................................................. 33

Tabela 12 - Memorial descritivo – Item c ................................................................... 34

Tabela 13 - Memorial descritivo – Item d .................................................................. 35

Tabela 14 - Memorial descritivo – Item e .................................................................. 36

Tabela 15 - Memorial descritivo – Item f ................................................................... 37

Tabela 16 - Memorial descritivo – Item g .................................................................. 39

Tabela 17 - Memorial descritivo – Item h .................................................................. 40

Tabela 18 - Relação de fornecedores - item 5.4.1 .................................................... 41

Tabela 19 - Relação de projetistas - item 5.4.2 ......................................................... 42

Tabela 20 - Serviços de utilidade pública - item 5.4.3 ............................................... 43

Tabela 21 - Operação, uso e limpeza - item a........................................................... 44

Tabela 22 - Operação, uso e limpeza - item b........................................................... 45

Tabela 23 - Operação, uso e limpeza - item c ........................................................... 46

Tabela 24 - Operação, uso e limpeza - item d........................................................... 47

Tabela 25 - Operação, uso e limpeza - item e........................................................... 48

Tabela 26 - Operação, uso e limpeza - item f............................................................ 49

Tabela 27 - Programa de manutenção preventiva - item 5.6.1.1............................... 51

Tabela 28 - Exemplos de modelo não restritivo para a elaboração do programa de

manutenção preventiva de uma edificação hipotética ............................................... 52

Tabela 29 - Programa de manutenção preventiva - item 5.6.1.2............................... 53

Tabela 30 - Programa de manutenção preventiva - item 5.6.1.3............................... 54

Tabela 31 - Registros - item 5.6.2 ............................................................................. 55

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Tabela 32 - Modelo de livro de registro de manutenção ........................................... 56

Tabela 33 - Inspeções - item 5.6.3 ............................................................................ 57

Tabela 34 - Meio ambiente e sustentabilidade - item 5.7.1 ....................................... 58

Tabela 35 - Recomendações para situações de emergência ................................... 59

Tabela 36 - Recomendações para evacuação da edificação .................................... 60

Tabela 37 - Informações sobre modificações e limitações ........................................ 61

Tabela 38 - Operação dos equipamentos e suas ligações ........................................ 62

Tabela 39 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.1 ......................................... 64

Tabela 40 - Incumbência pelo fornecimento inicial e pela renovação ....................... 65

Tabela 41 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.2 ......................................... 66

Tabela 42 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.3 ......................................... 67

Tabela 43 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.4 ......................................... 68

Tabela 44 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.5 ......................................... 69

Tabela 45 - Elaboração e entrega do manual – item 5.7.5.1 ..................................... 70

Tabela 46 - Elaboração e entrega do manual – item 5.7.5.2 ..................................... 70

Tabela 47 - Elaboração e entrega do manual – item 5.7.5.3 ..................................... 71

Tabela 48 - Atualização do manual – item 5.7.6 ....................................................... 71

Tabela 49 - Exemplos de VUP aplicando os conceitos do Anexo C da NBR 15575 . 76

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Número de empresas ativas na indústria da construção com 1 ou mais

pessoas ocupadas – Brasil 2010 - 2014 ................................................................... 12

Gráfico 2 - índice - item 5.1.1 .................................................................................... 25

Gráfico 3 - Introdução - item 5.1.2 ............................................................................. 26

Gráfico 4 - Definições - item 5.1.3 ............................................................................. 27

Gráfico 5 - Garantia assistência técnica - item 5.2.1 ................................................. 28

Gráfico 6 - Perdas de garantia - item 5.2.2................................................................ 30

Gráfico 7 - Assistência técnica - item 5.2.3 ............................................................... 31

Gráfico 8 - Memorial descritivo – Item a .................................................................... 32

Gráfico 9 - Memorial descritivo – Item b .................................................................... 34

Gráfico 10 - Memorial descritivo – Item c .................................................................. 35

Gráfico 11 - Memorial descritivo – Item d .................................................................. 36

Gráfico 12 - Memorial descritivo – Item e .................................................................. 37

Gráfico 13 - Memorial descritivo – Item f ................................................................... 38

Gráfico 14 - Memorial descritivo – Item g .................................................................. 39

Gráfico 15 - Memorial descritivo – Item h .................................................................. 40

Gráfico 16 - Relação de fornecedores - item 5.4.1 .................................................... 41

Gráfico 17 - Relação de projetistas - item 5.4.2 ........................................................ 42

Gráfico 18 - Serviços de utilidade pública - item 5.4.3 .............................................. 43

Gráfico 19 - Operação, uso e limpeza - item a .......................................................... 44

Gráfico 20 - Operação, uso e limpeza - item b .......................................................... 45

Gráfico 21 - Operação, uso e limpeza - item c .......................................................... 46

Gráfico 22 - Operação, uso e limpeza - item d .......................................................... 47

Gráfico 23 - Operação, uso e limpeza - item e .......................................................... 48

Gráfico 24 - Operação, uso e limpeza - item f ........................................................... 50

Gráfico 25 - Programa de manutenção preventiva - item 5.6.1.1 .............................. 51

Gráfico 26 - Programa de manutenção preventiva - item 5.6.1.2 .............................. 53

Gráfico 27 - Programa de manutenção preventiva - item 5.6.1.3 .............................. 54

Gráfico 28 - Registros - item 5.6.2 ............................................................................. 56

Gráfico 29 - Inspeções - item 5.6.3 ........................................................................... 57

Gráfico 30 - Meio ambiente e sustentabilidade - item 5.7.1 ...................................... 58

Gráfico 31 - Recomendações para situações de emergência ................................... 60

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Gráfico 32 - Recomendações para evacuação da edificação ................................... 61

Gráfico 33 - Informações sobre modificações e limitações ....................................... 62

Gráfico 34 - Operação dos equipamentos e suas ligações ....................................... 63

Gráfico 35 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.1 ........................................ 64

Gráfico 36 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.2 ........................................ 66

Gráfico 37 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.3 ........................................ 67

Gráfico 38 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.4 ........................................ 68

Gráfico 39 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.5 ........................................ 69

Gráfico 40 - Atualização do manual – item 5.7.6 ....................................................... 72

Gráfico 41 - Resultado final ....................................................................................... 77

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 12

2. METODOLOGIA CIENTÍFICA E TIPOS DE PESQUISAS ....................... 16

2.1. METODOLOGIA APLICADA A PESQUISA ............................................. 16

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................... 18

3.1. ABNT NBR 15575 - EDIFICAÇÕES RESIDÊNCIAS - DESEMPENHO ... 18

3.2. NBR 14037 – DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE MANUAIS DE USO,

OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES – REQUISITOS

PARA ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS CONTEÚDOS ............ 20

4. COLETA DE DADOS ............................................................................... 23

5. ANÁLISE DE DADOS ............................................................................... 24

5.1. APRESENTAÇÃO .................................................................................... 24

5.1.1. Índice ........................................................................................................ 24

5.1.2. Introdução ................................................................................................ 25

5.1.3. Definições ................................................................................................. 26

5.2. GARANTIAS E ASSISTÊNCIA TÉCNICA ................................................ 27

5.2.1. Garantias .................................................................................................. 27

5.2.2. Perdas de garantia ................................................................................... 29

5.2.3. Assistência técnica ................................................................................... 30

5.3. MEMORIAL DESCRITIVO ....................................................................... 31

5.3.1. Memorial descritivo – Item a ..................................................................... 31

5.3.2. Memorial descritivo – Item b ..................................................................... 33

5.3.3. Memorial descritivo – Item c ..................................................................... 34

5.3.4. Memorial descritivo – Item d ..................................................................... 35

5.3.5. Memorial descritivo – Item e ..................................................................... 36

5.3.6. Memorial descritivo – Item f ...................................................................... 37

5.3.7. Memorial descritivo – Item g ..................................................................... 38

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5.3.8. Memorial descritivo – Item h ..................................................................... 39

5.4. FORNECEDORES ................................................................................... 40

5.4.1. Relação de fornecedores ......................................................................... 40

5.4.2. Relação de projetistas .............................................................................. 41

5.4.3. Serviços de utilidade pública .................................................................... 42

5.5. OPERAÇÃO, USO E LIMPEZA ................................................................ 43

5.5.1. Operação, uso e limpeza - Item a ............................................................. 44

5.5.2. Operação, uso e limpeza - Item b ................................................................... 45

5.5.3. Operação, uso e limpeza - Item c .................................................................... 46

5.5.4. Operação, uso e limpeza - item d .................................................................... 47

5.5.5. Operação, uso e limpeza - item e .................................................................... 48

5.5.6. Operação, uso e limpeza - item f ..................................................................... 49

5.6. MANUTENÇÃO ........................................................................................ 50

5.6.1. Programa de manutenção preventiva ....................................................... 50

5.6.1.1. Programa de manutenção preventiva ....................................................... 50

5.6.1.2. Programa de manutenção preventiva ....................................................... 52

5.6.1.3. Programa de manutenção preventiva ....................................................... 53

5.6.2. Registros .................................................................................................. 55

5.6.3. Inspeções ................................................................................................. 56

5.7. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ................................................... 57

5.7.1. Meio ambiente e sustentabilidade ............................................................ 57

5.7.2. Segurança ................................................................................................ 59

5.7.2.1. Recomendações para situações de emergência ...................................... 59

5.7.2.2. Recomendações para evacuação da edificação ...................................... 60

5.7.2.3. Informações sobre modificações e limitações .......................................... 61

5.7.3. Operação dos equipamentos e suas ligações .......................................... 62

5.7.4. Documentação técnica e legal.................................................................. 63

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5.7.4.1. Documentação técnica e legal – item 5.7.4.1 ........................................... 63

5.7.4.2. Documentação técnica e legal – item 5.7.4.2 ........................................... 65

5.7.4.3. Documentação técnica e legal – item 5.7.4.3 ........................................... 67

5.7.4.4. Documentação técnica e legal – item 5.7.4.4 ........................................... 68

5.7.4.5. Documentação técnica e legal – item 5.7.4.5 ........................................... 69

5.7.5. Elaboração e entrega do manual.............................................................. 70

5.7.6. Atualização do manual ............................................................................. 71

6. ITENS PREVISTOS PELA ABNT NBR 15575 ......................................... 73

6.1. SOLICITAÇÕES DE CARGAS PROVENIENTES DE PEÇAS SUSPENSAS

ATUANTES EM FORROS E NOS SISTEMAS DE VEDAÇÕES INTERNAS

E EXTERNAS ........................................................................................... 73

6.2. DESEMPENHO ACÚSTICO .................................................................... 73

6.3. VIDA ÚTIL E VIDA ÚTIL DE PROJETO ................................................... 74

7. ANÁLISE DE RESULTADOS ................................................................... 77

8. CONCLUSÃO ........................................................................................... 78

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12

1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas a construção civil no Brasil sofreu uma alavancagem

graças a investimentos públicos e privados, criação de leis, captação de recursos no

exterior e a implementação do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade –

PBQP H. Segundo os boletins informativos mensais do mês de dezembro da

Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP),

entre 2010 e 2011 houve um crescente de 42% nos financiamentos destinados à

construção e compra de imóveis, somando R$79,9 bilhões, sendo que grande parte

desse valor foi oriundo das 493 mil unidades financiadas, 17% a mais que no ano

anterior. E o crescimento imobiliário no pais continuou, em 2012 foi alcançado R$82,8

bilhões, crescimento de 3,6% em relação ao ano anterior, e em 2013 outro aumento,

R$109,2 bilhões, 32% de crescimento comparado a 2012 e um total de 529,8 mil

imóveis financiados.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o

número de empresas ativas na indústria da construção tem alcançado crescimento

ano após ano, chegando ao ano de 2014 com um total de 119,0 mil empresas.

Gráfico 1 – Número de empresas ativas na indústria da construção com 1 ou mais

pessoas ocupadas – Brasil 2010 - 2014

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Anual da Indústria de

Construção 2010-2014.

Mesmo apresentando crescimento quanto ao número de empresas ativas e

crescimento econômico de 1,6%, em 2014 o ramo da construção civil começou a

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13

desacelerar, quiçá pela supervalorização dos preços ou pelo estoque elevado. Já em

2015 houve um enfraquecimento da economia no país e incertezas políticas,

causando um abatimento no mercado imobiliário que se estende até os dias de hoje.

Com esse resfriamento, o setor foi forçado a refletir acerca do que poderia ser

feito para se reorganizar e retomar o panorama de crescimento. Uma das conclusões

desta análise foi a necessidade de aprimoramento dos processos até então utilizados.

Nos últimos anos houve uma grande revolução do modo de pensar dos

indivíduos da sociedade no que diz respeito à consciência ambiental, acarretando em

novas exigências relacionadas a um comportamento sustentável. Tal implementação

de tarefas com escopo ambiental resultou na criação de novas regulamentações e

requerimentos, que, somadas à premissa de redução de custos e desperdícios, forçou

as construtoras a se adequarem e modernizarem, através do emprego de elementos

pré-fabricados, realização de planejamento das etapas da obra, previsão de consumo

dos materiais e mão de obra, entre outras inovações. Seguindo nessa linha, e na

escassez de recursos e financiamentos, elas também começaram a tentar minimizar

os erros, introduzindo outra inovação no segmento da construção civil como por

exemplo a tecnologia da informação. A tecnologia de informação tem sido utilizada no

desenvolvimento de materiais e edificações, comunicação com clientes e usuários,

controle das atividades, equipamentos e materiais, desenvolvimento de projetos, entre

outros.

Outro fator que influencia o crescimento do setor da construção civil residencial,

é o emprego de normas técnicas. Quando as normas são aplicadas em uma obra, o

cliente se sente mais seguro em efetuar a compra do imóvel, pois uma edificação

habitacional é um dos bens mais valiosos e importantes a ser adquirido, e por solicitar

um alto valor de investimento, que muitas vezes é financiado e se estende por dez,

vinte ou até trinta anos, deve ser preservado não só por questões relacionadas ao

conforto, mas também como investimento patrimonial. Segundo Bezerra e Tubino

(2003), a aspiração pelo conforto e qualidade de vida favoreceu que fossem

empregados diversos equipamentos, sendo que estes devem funcionar sempre que

solicitados e sem interrupções, tornando imprescindíveis as manutenções que

garantam segurança, higiene e conforto, com o custo mais baixo possível.

Com o argumento que uma habitação, assim como outros bens, também

necessita de um manual. Em 1998 foi introduzida a primeira versão da ABNT NBR

14037 – Manual de Operação, Uso e Manutenção, que posteriormente, em 2011

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14

sofreu uma revisão e atualização. Ela tem como intuito oferecer um modelo de manual

a ser seguido pelas construtoras e incorporadoras, com critérios e recomendações a

serem atendidos, porém com o mesmo objetivo, disponibilizar um guia para o usuário

contendo todas as informações necessárias sobre o imóvel e sobre as manutenções

preventivas e corretivas que devem ser realizadas.

Todavia o proprietário, não satisfeito somente com a entrega do manual de

operação, uso e manutenção, começou a exigir a garantia da qualidade e durabilidade

da edificação habitacional que estava adquirindo. Entretanto apesar da vasta

disponibilidade de normas a serem utilizadas no setor de edificações habitacionais,

nenhuma abordava com aprofundamento sobre prazos de garantia, manutenções,

vida útil e obrigações e critérios de desempenho a serem atendidos, requisitos esses,

que são comumente atendidos em países da Europa. Então sabendo que países

considerados tecnologicamente mais avançados utilizam tais tipos de normas e com

o intuito de garantir a durabilidade das edificações e proporcionar conforto aos

usuários, em 2013 foi publicado a nova versão da ABNT NBR 15575, objetivando

estabelecer requisitos e critérios de desempenho que sejam aplicados às obras de

edificações. A norma foi baseada em modelos de normas internacionais de

desempenho, criando métodos de avaliação, requisitos e critérios de desempenho

para cada condição de exposição e necessidade do usuário. Por ser complexa, foi

dividida em seis partes distintas, sendo elas: parte 1: requisitos gerais; parte 2:

requisitos para os sistemas estruturais; parte 3: requisitos para os sistemas de pisos;

parte 4: requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas; parte

5: requisitos para os sistemas de coberturas; parte 6: requisitos para os sistemas

hidrossanitários.

O principal motivo da ABNT NBR 15575 é atribuir o fator qualidade e

durabilidade à edificação entregue ao cliente, pois ainda que a vida útil de projeto seja

estimada em 40 ou 50 anos, é importante que os custos de manutenções e operação

do imóvel sejam calculados o mais próximo da realidade. Para que o referido objetivo

se cumpra, o projeto deve ser elaborado através da preocupação com a expectativa

de vida útil, eficiência, sustentabilidade, desempenho e manutenções. Como exemplo,

tem-se os materiais a serem utilizados que não devem mais ser escolhidos somente

pela sua aparência estética, resistência e formatos, mas, também, por critérios antes

não considerados como limpabilidade, manchamento, durabilidade, destacamento,

permeabilidade e outros.

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15

Sabendo disso, foi realizado um estudo de caso entre onze manuais de

operação, uso e manutenção de diferentes empresas para constatar se os manuais

que estão sendo entregues aos clientes, estão realmente seguindo as exigências das

normas ABNT NBR 14037 e 15575.

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16

2. METODOLOGIA CIENTÍFICA E TIPOS DE PESQUISAS

Segundo Gil (2008), para que um conhecimento se torne científico, é

necessário reconhecer as operações mentais e técnicas que possibilitem a sua

verificação, ou seja, deve ser definido de modo exato o método que proporcionou

chegar a esse conhecimento. Sabendo disso, podemos dizer que a metodologia

científica é uma forma de descrever detalhes dos métodos, técnicas e processos

utilizados em determinada pesquisa e que são necessários para a correta elaboração

de um trabalho científico e para ganhar a confiança do leitor.

Deve ser escolhida a metodologia mais adequada ao objeto de estudo para que

seja possível comprovar cientificamente seus resultados. Ainda segundo Gil (2008),

são considerados dois métodos principais, o quantitativo, que visa apresentar seus

resultados de análise de dados através de números; e o qualitativo, que não tem o

intuito de exibir números nos seus resultados, ele está relacionado ao levantamento

de dados, visando compreender um comportamento.

A pesquisa é um método racional e sistemático que tem como objetivo

promover respostas aos problemas apresentados, quando se tem falta de informação,

ou quando a mesma está desorganizada (GIL, 2010). Uma pesquisa só começa a

partir do levantamento de uma dúvida, e para sanar essa dúvida e chegar a uma

conclusão, será preciso enfrentar um longo caminho de coleta e análise de dados.

Existem vários meios de percorrer este caminho, e o primeiro passo é definir qual o

tipo de pesquisa será utilizado, segundo Gil (2008), dentre os tipos mais usuais são a

pesquisa básica, pesquisa aplicada, pesquisa quantitativa, pesquisa qualitativa,

pesquisa exploratória, pesquisa descritiva, pesquisa explicativa, pesquisa

bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa experimental, levantamento, pesquisa

ex-post-facto, pesquisa ação, pesquisa participante, e o estudo de caso.

2.1. METODOLOGIA APLICADA A PESQUISA

O método de pesquisa utilizado deve preencher uma necessidade e ser

estruturado de maneira organizada e intuitiva (Yin, 2015). Para que este trabalho

satisfaça essas premissas, o método escolhido e que permite essa disposição é o

estudo de caso, pois envolve o aprofundamento em um ou mais objetos, permitindo o

seu detalhamento e conhecimento. A metodologia será quantitativa através da coleta

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17

e análise de dados de Manuais de Operação, Uso e Manutenção de onze diferentes

empreendimentos de edificações habitacionais. Procurou-se coletar, analisar e por fim

relatar os dados baseando-se nas três perguntas levantadas por Yin (2015) “a) como

definir o “caso” que está sendo estudado?; b) como determinar os dados relevantes a

serem coletados?; c) o que fazer com os dados coletados?”.

O caso foi escolhido através da leitura de reportagens e conversas informais

com clientes e proprietários de construtoras, que se mostraram preocupados quanto

ao atendimento das normas ABNT NBR 14037 - Manual de Operação, Uso e

Manutenção, e da ABNT NBR 15575 - Edificações residências desempenho. A

primeira norma foi atualizada em 2011, já a segunda em 2013. Entretanto ainda

restam dúvidas sobre quais critérios, limitações e exigências pertencem a cada uma

e quais são correlacionados. Sabendo disso, foi elegido a realização de um estudo de

caso para averiguar se as construtoras estavam implementando corretamente as duas

referidas normas.

Em posse de onze manuais do proprietário de diferentes empresas atuantes

em Curitiba-PR e região metropolitana, foram realizadas duas análises a respeito de

seus conteúdos. A primeira consideração concerne aos critérios da ABNT NBR 14037,

ou seja, será feita uma conferência quanto ao atendimento dos critérios de referida

norma. Num segundo momento, a análise será realizada para verificação de

preenchimento de requisitos exigidos pela ABNT NBR 15575 e elencados por esta

como de presença obrigatória no manual do proprietário. Após a análise e estudo dos

dados coletados, foram apresentados os resultados e conclusões.

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18

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. ABNT NBR 15575 - EDIFICAÇÕES RESIDÊNCIAS - DESEMPENHO

Ramos padronizados como o da indústria automotiva ou de aparelhos

eletrônicos conseguiram ter um alto padrão de qualidade, pois adotaram políticas mais

severas na linha de produção, gerando mais controle e garantindo a qualidade do

produto final. Em contrapartida, a construção civil não possui processos mecanizados

e padronizados e que podem ser repetidos, assim como em uma linha de produção

automotiva. Quase todos os serviços são executados manualmente, com mão de obra

que nem sempre é qualificada a ponto de garantir um mesmo padrão.

Sabendo disso, o foco da norma ABNT NBR 15575 é acrescentar o fator

desempenho nas edificações habitacionais, analisando o comportamento em

determinado período de tempo de uso dos sistemas e elementos que formam o edifício

no que diz respeito ao acolhimento dos requisitos e exigências dos usuários e não de

como os sistemas são construídos. Assim, a norma foi organizada considerando as

condições de implantação e as necessidades dos usuários, as quais devem ser

atendidas, estabelecendo-se critérios e formas de avaliações.

A norma é composta por seis partes, sendo que todas apresentam dezessete

itens, discriminados posteriormente, e as partes um e seis apresentam um último item,

dezoito, com o título de Adequação ambiental. O primeiro item da norma é uma breve

introdução sobre a mesma, no segundo é apresentado em formato de lista as normas

que serão referenciadas durante o decorrer do texto e o terceiro item são termos e

definições para palavras utilizadas durante o desenvolver da norma.

Os requisitos presentes no item quatro “Exigências do usuário”, abordam itens

a serem atendidos que estão inseridos em três grupos principais: segurança,

habitabilidade e sustentabilidade. Cada um dos grupos tem seus próprios tópicos com

solicitações particulares e todos devem ter, ao menos, os seus requisitos mínimos

atendidos, podendo chegar a uma classificação intermediária ou superior. Os

requisitos no grupo da segurança englobam a segurança estrutural; contra o fogo e

no uso e na operação. O segundo grupo, da habitabilidade, tem como requisitos a

estanqueidade; desempenho térmico; desempenho acústico; desempenho lumínico;

saúde, higiene e qualidade do ar; funcionalidade e acessibilidade; conforto tátil e

antropodinâmico. O terceiro e último grupo, que aborda assuntos referentes a

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sustentabilidade, inclui questões relacionadas com durabilidade, manutenibilidade e

impacto ambiental.

A incumbência dos intervenientes, sendo este o quinto item, é diretamente

relacionada à fase de projeto da obra. Na referida fase, é preciso que informações

importantes sejam colhidas em conjunto com os fornecedores. Tais informações são

referentes aos componentes e materiais, sendo que cabe ao fornecedor classificar o

desempenho dos seus produtos através de ensaios, simulações e outros tipos de

informações técnicas. É necessário que todas as fichas e laudos técnicos sejam

anexadas e entregues juntamente com os demais documentos e projetos para a

execução da obra. Esses documentos devem conter especificações para cada obra,

a fim de evitar interpretações errôneas ou dúvidas do construtor. Porém, ainda que

sejam de grande importância, atualmente muitas dessas informações ainda não são

disponibilizadas ao mercado. E, em diversas ocasiões, sequer os fabricantes dispõem

de tais dados. Logo, verifica-se uma clara necessidade de os fornecedores investirem

em pesquisa e coleta de dados, para assim desenvolver tabelas técnicas que

auxiliarão os clientes no momento da escolha de materiais e componentes a serem

utilizados nas obras.

A avaliação de desempenho cobrada no item seis, por sua vez, tem como

finalidade comprovar se os requisitos exigidos foram atendidos. Através de

investigação sistemática, que deve ser realizada após o término da obra, é possível

obter interpretações objetivas sobre o comportamento esperado de um sistema. Os

métodos de avaliação determinados pela norma permitem que sejam realizados

ensaios em campo, ensaios laboratoriais, ensaios de tipo, inspeções em protótipos ou

em campo, análise de projetos e simulações. O método escolhido deve atender as

exigências específicas da norma em que se baseia, e, na ausência de normas

brasileiras, podem ser utilizadas normas internacionais. A avaliação de desempenho

também pode ser feita através de pesquisa por amostragem, desde que a quantidade

dos dados utilizados seja representativa, como prevê a norma. Contudo, é preciso que

reste comprovado que a outra obra ou o sistema construtivo referenciado seja similar

à obra em avaliação. Os resultados desta investigação, por fim, devem reunir

informações sobre os edifícios ou sistemas construtivos analisados.

A norma recomendada que os ensaios de desempenho sejam realizados por

“instituições de ensino ou pesquisa, laboratórios especializados, empresas de

tecnologia, equipes multiprofissionais ou profissionais de reconhecida capacidade

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20

técnica” Fonte - ABNT NBR 15575 – Parte 1 – Requisitos Gerais, 2013, p. 13. Ou seja,

a norma não especifica se o profissional ou empresa devem ser credenciados ou

autorizados por alguma instituição, como por exemplo o Inmetro, o que possibilita

situações em que os ensaios sejam realizados sem a garantia do cumprimento das

exigências elencadas.

Segundo a própria norma,

os requisitos de desempenho derivados de todas as exigências dos usuários podem resultar em uma lista muito extensa; neste sentido é conveniente limitar o número de requisitos a serem considerados em um contexto de uso definido. Dessa forma, nas Seções 7 a 17 são estabelecidos os requisitos e critérios que devem ser atendidos por edificações habitacionais. (ABNT NBR 15.575 – Parte 1 – Requisitos Gerais, 2013, p. 12)

Com essa consideração, são relacionados a seguir os itens sete ao dezessete:

7 – Desempenho Estrutural; 8 – Segurança contra Incêndio; 9 – Segurança no uso e

na operação; 10 – Estanqueidade; 11 – Desempenho Térmico; 12 – Desempenho

Acústico; 13 – Desempenho Lumínico; 14 – Durabilidade e Manutenibilidade; 15 –

Saúde, higiene e qualidade do ar; 16 – Funcionalidade e acessibilidade; 17 – Conforto

tátil e antropodinâmico.

3.2. NBR 14037 – DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE MANUAIS DE USO,

OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES – REQUISITOS PARA

ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS CONTEÚDOS

O ato de receber as chaves de um imóvel habitacional é, por muitos,

considerado como o último passo a ser concluído e que o mais importante já

aconteceu. Contudo, percebeu-se que esse passo, na verdade, não é o último, e sim

o primeiro de muitos a serem dados durante toda a vida útil do imóvel. Foi entendido

que para que uma edificação habitacional mantenha o seu conforto e funcionalidade

ao longo dos anos de uso, devem ser realizadas uma série de manutenções

preventivas e corretivas. Segundo Bezerra e Tubino (2003)

A manutenção das edificações envolve também, conhecimentos técnicos e procedimentos administrativos com a finalidade de conservar as características de segurança, funcionalidade, confiabilidade, higiene e o mesmo padrão de conforto de quando o imóvel foi entregue para uso.

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21

Com essa percepção, em 1998 foi publicada a ABNT NBR 14037 - Diretrizes

para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das edificações –

Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos. A mesma foi atualizada

em 2011 para acompanhar as exigências do setor e é composta por 5 itens. Logo no

primeiro item, Escopo, o objetivo da mesma é detalhado como

esta norma estabelece os requisitos mínimos para elaboração e apresentação dos conteúdos a serem incluídos no manual de uso, operação e manutenção das edificações elaborado e entregue pelo construtor e/ou incorporador, conforme legislação vigente, de forma a: a) informar aos usuários e ao condomínio as características técnicas da edificação construída; b) descrever procedimentos recomendáveis e obrigatórios para a conservação, uso e manutenção da edificação, bem como para operação dos equipamentos; c) em linguagem didática, informar e orientar os proprietários e o condomínio com relação às suas obrigações no tocante à realização de atividades de manutenção e conservação, e de condições de utilização da edificação; d) prevenir a ocorrência de falhas e acidentes decorrentes de uso inadequado; e) contribuir para que a edificação atinja a vida útil de projeto.

No segundo item são apresentadas as referências normativas e no terceiro item

são listados termos e definições para palavras utilizadas durante o desenvolver da

norma. O item quatro, descreve os requisitos para elaboração e apresentação do

manual, contendo critérios a serem seguidos a fim de que o manual seja de fácil

interpretação. Neste mesmo item, como recomendação é apresentado um modelo de

estrutura para o manual, sendo sugerido sete capítulos iniciais, mas que podem ser

adaptados, eles são: Apresentação; Garantias e assistência técnica; Memorial

descritivo; Fornecedores; Operação, uso e limpeza; Manutenção; e Informações

complementares. No quinto e último item, são apresentadas indicações do que deve

conter em cada um dos capítulos sugeridos no item quatro.

Em sua parte final, a norma apresenta um anexo normativo, relacionando toda

a documentação técnica e legal que um condomínio deve possuir, listando quais

documentos são entregues pela construtora ou incorporado e os demais que deverão

ser providenciados pelo condomínio.

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22

Tabela 1 - Disposição dos conteúdos

Fonte: ABNT NBR 14037:2011, p. 10.

Tabela 2 - Disposição dos conteúdos, continuação.

Fonte: ABNT NBR 14037:2011, p. 11.

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23

4. COLETA DE DADOS

Foram contatadas através de e-mail e ligação telefônica vinte e quatro

construtoras da cidade de Curitiba-PR e região metropolitana, sendo que somente

onze cederam seus manuais, três responderam que não poderiam ajudar, oito não

responderam os e-mails ou retornaram as ligações e duas ainda não entregam os

manuais para seus clientes.

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24

5. ANÁLISE DE DADOS

Os onze manuais de operação, uso e manutenção angariados foram analisados

primeiramente com base no requisito disposto no item 5, “Requisitos para os

conteúdos dos capítulos e subdivisões do manual” da ABNT NBR 14037. Inicialmente

foi verificado cada item e subitem individualmente e definido a marcação entre atende,

não atende, não possível de ser analisado. Após verificar o atendimento dos itens por

todas as onze empresas, foi elaborado um gráfico apontando os resultados e uma

breve explicação, e quando se julgou necessário, foram dispostos comentários

pertinentes ao item e em qual deles se aplica a ABNT NBR 15575. A numeração dos

itens abaixo, condizem com a numeração da norma ABNT NBR 14037.

5.1. APRESENTAÇÃO

O primeiro capítulo do manual deve conter um índice, uma introdução

apresentando o manual e a obra e uma lista com definições e termos técnicos que

estarão presentes nos textos.

5.1.1. Índice

Com o intuito de facilitar a localização dos conteúdos, o manual deve

apresentar um índice claro e de fácil interpretação.

Dos manuais analisados, 90,91%, ou dez de onze atendem este requisito.

Tabela 3 - índice - item 5.1.1

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atende Atende Atende Atende Atende Atende

G H I J K -

Atende Atende Atende Atende Atende -

Empresas

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25

Gráfico 2 - índice - item 5.1.1

Fonte: “os próprios autores”

5.1.2. Introdução

A introdução deve ser clara e objetiva, com uma breve apresentação do

empreendimento e do manual que o usuário está recebendo, explicando para que

serve e quando ele irá precisar ser utilizado.

Novamente, 90,91% ou dez de onze atendem este requisito.

Tabela 4 - Introdução - item 5.1.2

Fonte: “os próprios autores”

90,91

9,09

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

A B C D E FNão

atende Atende Atende Atende Atende Atende

G H I J K -

Atende Atende Atende Atende Atende -

Empresas

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26

Gráfico 3 - Introdução - item 5.1.2

Fonte: “os próprios autores”

5.1.3. Definições

Devem ser incluídas apenas termos e definições que serão abordados no

manual, sendo importante esclarecer principalmente os termos técnicos, pois alguns

leitores podem não entender do que se trata, gerando confusões e mal-entendidos.

Dos manuais analisados, 54,55% atenderam e 45,45% não atenderam, ou seja,

seis de onze empresas atendem.

Tabela 5 - Definições - item 5.1.3

Fonte: “os próprios autores”

90,91

9,09

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

A B C D E FNão

atende Atende Atende Não atende

Não atende

Não atende

G H I J K -

Atende Atende Não atende Atende Atende -

Empresas

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27

Gráfico 4 - Definições - item 5.1.3

Fonte: “os próprios autores”

5.2. GARANTIAS E ASSISTÊNCIA TÉCNICA

O manual deve informar sobre prazos de garantia, perda de garantia e

solicitação de assistência técnica.

5.2.1. Garantias

Neste item do manual devem ser descritos os prazos de garantia e também

indicar quem está garantindo, se é a construtora ou se é o fabricante.

O manual da empresa A estabelece prazos somente para alguns sistemas e

componentes, se mostrando incompleto e com falta de informações importantes, por

isso foi decidido que “não atende”.

Os manuais das empresas E e G usam modelos de tabelas extraídas do Manual

do Proprietário - 3ª edição (SECOVI/SINDUSCON), diferente da tabela recomendada

pela ABNT NBR 15575, porém, com mesma finalidade.

Dos manuais analisados, 81,82% atendem e 18,18% não atendem, ou seja,

nove de onze manuais atendem.

54,55

45,45

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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28

Tabela 6 - Garantia assistência técnica - item 5.2.1

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 5 - Garantia assistência técnica - item 5.2.1

Fonte: “os próprios autores”

Como descrito no item em análise, “recomenda-se que os prazos de garantia

sejam apresentados conforme ABNT NBR 15575-1”, a seguir está disposta uma

fração da tabela presente no anexo D da norma ABNT NBR 15575. Ela dispõe prazos

mínimos de garantia recomendado para cada sistema, elemento, componente e

instalações. Para atingir os níveis de desempenho intermediário ou superior, os

prazos devem se estender por mais 25% e 50% respectivamente.

A B C D E FNão

atende Atende Atende Não atende Atende Atende

G H I J K -

Atende Atende Atende Atende Atende -

Empresas

81,82

18,18

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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29

Tabela 7 – Exemplos de prazos de garantia

Sistemas, elementos,

componentes e Instalações

Prazos de garantia recomendados

1 ano 2 anos 3 anos 5 anos Equipamentos industrializados (aquecedores de passagem ou acumulação, motobombas, filtros, interfone, automação de portões, elevadores e outros) Sistemas de dados e voz, telefonia, vídeo e televisão

Instalação Equipamentos

Sistema de proteção contra descargas atmosféricas, sistema de combate a incêndio, pressurização das escadas, Iluminação de emergência, sistema de segurança patrimonial

Instalação Equipamentos

Porta corta-fogo Dobradiças e molas

Integridade de portas e batentes

Instalações elétricas tomadas/interruptores/disjuntores/ fios/cabos/eletrodutos/caixas e quadros

Equipamentos Instalação

Fonte: ABNT NBR 15.575 – Parte 1 – Requisitos Gerais, 2013, p. 50.

5.2.2. Perdas de garantia

Para que não ocorra a perda da garantia, se torna obrigatório que sejam

realizadas as inspeções e manutenções preventivas e corretivas, assim como são

descritas no Manual de Operação, Uso e Manutenção. Bem como devem ser

realizadas por empresas qualificadas, que apresentem laudos, notas fiscais e demais

comprovantes que assegurem que as exigências foram cumpridas.

Este item é de extrema importância, pois se não especificado no manual as

ações que podem ocasionar a perda de garantia, o usuário não poderá ser

responsabilizado.

Dos manuais analisados, oito de onze atendem, ou seja, 72,73% atendem e

27,27% não atendem.

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Tabela 8 - Perdas de garantia - item 5.2.2

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 6 - Perdas de garantia - item 5.2.2

Fonte: “os próprios autores”

5.2.3. Assistência técnica

Neste item são apresentados os procedimentos para solicitação de

manutenção ou simples esclarecimento de dúvidas referente a garantia, assistência

técnica e manutenção.

Todos os onze manuais analisados atendem este requisito.

A B C D E FNão

atende Atende Atende Não atende Atende Não

atendeG H I J K -

Atende Atende Atende Atende Atende -

Empresas

72,73

27,27

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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31

Tabela 9 - Assistência técnica - item 5.2.3

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 7 - Assistência técnica - item 5.2.3

Fonte: “os próprios autores”

5.3. MEMORIAL DESCRITIVO

O manual deve apresentar descrições escritas e ilustradas, no mínimo dos

dispostos entre os itens a ao h.

5.3.1. Memorial descritivo – Item a

Devem ser descritos propriedades especiais previstas em projeto e sistema

construtivo empregado.

A B C D E F

Atende Atende Atende Atende Atende Atende

G H I J K -

Atende Atende Atende Atende Atende -

Empresas

100

00

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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32

Propriedades especiais previstas em projeto não podem ser analisadas pois

não se tem acesso aos projetos. Então a análise é focada no tipo de sistema

construtivo utilizado, por exemplo se a obra foi realizada em alvenaria estrutural, steel

frame, wood frame, estre outros.

O manual da empresa I menciona que não podem ser alterados peças

estruturais, porém não informa qual o sistema construtivo utilizado.

Dos manuais analisados, 90,91%, ou dez de onze atendem este requisito.

Tabela 10 - Memorial descritivo – Item a

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 8 - Memorial descritivo – Item a

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E F

Atende Atende Atende Atende Atende Atende

G H I J K -

Atende Atende Não atende Atende Atende -

Empresas

90,91

9,09

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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33

5.3.2. Memorial descritivo – Item b

O manual deve conter desenhos esquemáticos com dimensões cotadas,

representando a posição das instalações. É importante o fornecimento desses

desenhos informando a localização das instalações de água fria, quente, pluvial,

esgoto, gás, ar-condicionado entre outros. Com essas informações em mãos,

minimiza as chances de ser realizado a furação em áreas não permitidas.

Foram analisados somente se são apresentados no manual desenhos

esquemáticos das instalações de água fria, quente e gás. As instalações referentes a

água pluvial, esgoto, ar-condicionado, ou outros sistemas específicos não serão

consideradas pois dependem de mais informações para serem analisadas.

Dos manuais analisados, 54,55% atenderam e 45,45% não atenderam, ou seja,

seis de onze empresas atendem.

O manual da empresa B apresenta desenho somente da instalação hidráulica

da cozinha e lavanderia, não apresenta desenho das instalações dos banheiros e nem

de instalações de gás.

Tabela 11 - Memorial descritivo – Item b

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atende Atende

G H I J K -Não

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atende Atende -

Empresas

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34

Gráfico 9 - Memorial descritivo – Item b

Fonte: “os próprios autores”

5.3.3. Memorial descritivo – Item c

O manual deve apresentar uma descrição de todos os sistemas, elementos e

equipamentos que compõe a edificação habitacional.

Nenhum manual analisado atende a esse requisito.

Tabela 12 - Memorial descritivo – Item c

Fonte: “os próprios autores”

54,55

45,45

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

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35

Gráfico 10 - Memorial descritivo – Item c

Fonte: “os próprios autores”

5.3.4. Memorial descritivo – Item d

O manual deve informar sobre as cargas máximas admissíveis nos circuitos

elétricos.

É de grande importância informar no manual as cargas admissíveis nas

tomadas, para assim o usuário saber se o aparelho instalado não irá sobrecarregar a

capacidade elétrica da instalação ou irá queimar devido a um curto-circuito

Dos manuais analisados, 90,91%, ou dez de onze atendem este requisito.

Tabela 13 - Memorial descritivo – Item d

Fonte: “os próprios autores”

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

A B C D E F

Atende Atende Atende Não atende Atende Atende

G H I J K -

Atende Atende Atende Atende Atende -

Empresas

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36

Gráfico 11 - Memorial descritivo – Item d

Fonte: “os próprios autores”

5.3.5. Memorial descritivo – Item e

O manual deve informar sobre cargas estruturais máximas.

É de extrema importância a divulgação dos valores referentes as cargas

admissíveis nas lajes e demais elementos estruturais, pois o usuário precisa ter essa

informação para saber quais tipos de componentes e equipamentos ele poderá

instalar, por exemplo uma piscina em uma cobertura ou uma estante com muitos

livros.

Dos manuais analisados, oito de onze atendem, ou seja, 72,73% atendem e

27,27% não atendem.

Tabela 14 - Memorial descritivo – Item e

Fonte: “os próprios autores”

90,91

9,09

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

A B C D E F

Atende Atende Atende Não atende Atende Atende

G H I J K -

Atende Atende Atende Não atende

Não atende

-

Empresas

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37

Gráfico 12 - Memorial descritivo – Item e

Fonte: “os próprios autores”

5.3.6. Memorial descritivo – Item f

O manual deve descrever de forma sucinta todos os sistemas que compõe a

edificação habitacional, tais como sistemas hidráulicos, sistemas de vedações

verticais externas e internas, sistemas de combate a incêndio, entre outros.

Nenhum manual analisado atende a esse requisito.

Tabela 15 - Memorial descritivo – Item f

Fonte: “os próprios autores”

72,73

27,27

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

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38

Gráfico 13 - Memorial descritivo – Item f

Fonte: “os próprios autores”

5.3.7. Memorial descritivo – Item g

Relação de todos os componentes utilizados para acabamento, com suas

especificações.

A disponibilização das especificações técnicas dos componentes utilizados

durante a fase de obra garante que quando for necessária alguma manutenção, serão

utilizados os mesmos produtos. Por exemplo, segundo a ABNT NBR 14037, deve ser

descrito no manual a cor, linha e marca da tinta utilizada em cada ambiente. Já a

ABNT NBR 15575 pede que sejam utilizados componentes para acabamento que

ajudem a garantir o nível de desempenho mínimo, e para atender a esse requisito,

além de informações básicas, no manual também deverão ser descritos suas

características técnicas, como tipo e espessura do vidro utilizado, categoria de atrito

e permeabilidade para os revestimentos de pisos, entre outros.

Dos manuais analisados, 45,45% atenderam e 54,55% não atenderam, ou seja,

cinco de onze empresas atendem.

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

Page 39: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CARLOS VICTOR …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/10/NORMAS-ABNT-NBR-14037-E-15575.pdf · universidade tuiuti do paranÁ . carlos victor valente lins

39

Tabela 16 - Memorial descritivo – Item g

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 14 - Memorial descritivo – Item g

Fonte: “os próprios autores”

5.3.8. Memorial descritivo – Item h

Apresentar modelo de programa de manutenção preventiva.

Vide item 5.6.1.1, tratado mais adiante, pois complementa este item em análise.

Dos manuais analisados, 54,55% atenderam e 45,45% não atenderam, ou seja,

seis de onze empresas atendem.

A B C D E FNão

atende Atende Não atende

Não atende Atende Não

atendeG H I J K -

Atende Atende Atende Não atende

Não atende

-

Empresas

45,45

54,55

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

Page 40: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CARLOS VICTOR …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/10/NORMAS-ABNT-NBR-14037-E-15575.pdf · universidade tuiuti do paranÁ . carlos victor valente lins

40

Tabela 17 - Memorial descritivo – Item h

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 15 - Memorial descritivo – Item h

Fonte: “os próprios autores”

5.4. FORNECEDORES

Devem conter no manual, relação de todos os fornecedores envolvidos na obra.

5.4.1. Relação de fornecedores

Todo manual deve apresentar um item com a relação de todos os fornecedores

que participaram durante a fase de obra.

Dos manuais analisados, 81,82% atendem e 18,18% não atendem, ou seja,

nove dos onze manuais atendem.

A B C D E FNão

atende Atende Atende Não atende Atende Não

atendeG H I J K -

Atende Atende Não atende

Não atende Atende -

Empresas

54,55

45,45

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

Page 41: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CARLOS VICTOR …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/10/NORMAS-ABNT-NBR-14037-E-15575.pdf · universidade tuiuti do paranÁ . carlos victor valente lins

41

Tabela 18 - Relação de fornecedores - item 5.4.1

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 16 - Relação de fornecedores - item 5.4.1

Fonte: “os próprios autores”

5.4.2. Relação de projetistas

O manual deve fornecer informações referentes aos responsáveis pelos

projetos.

Dos manuais analisados, 54,55% atendem e 45,45% não atendem, ou seja, 6

dos 11 manuais atendem.

A B C D E F

Atende Atende Atende Atende Atende Atende

G H I J K -Não

atende Atende Não atende Atende Atende -

Empresas

81,82

18,18

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

Page 42: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CARLOS VICTOR …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/10/NORMAS-ABNT-NBR-14037-E-15575.pdf · universidade tuiuti do paranÁ . carlos victor valente lins

42

Tabela 19 - Relação de projetistas - item 5.4.2

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 17 - Relação de projetistas - item 5.4.2

Fonte: “os próprios autores”

5.4.3. Serviços de utilidade pública

Informações referente às concessionárias com os respectivos contatos.

Foram analisados se os manuais apresentam os contatos das concessionárias

de água, energia, gás e telefone.

Este subitem causa dúvidas em quem está desenvolvendo o manual, pois o

título é “Serviço de utilidade pública”, porem na sua descrição pede que sejam

indicados os meios de contato com as concessionárias. Por isso, alguns manuais

acabam indicando telefones de contato de outros órgãos, como corpo de bombeiro,

polícia, prefeitura, Ibama, entre outros.

A B C D E FNão

atende Atende Atende Não atende Atende Não

atendeG H I J K -

Não atende Atende Não

atende Atende Atende -

Empresas

54,55

45,45

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

Page 43: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CARLOS VICTOR …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/10/NORMAS-ABNT-NBR-14037-E-15575.pdf · universidade tuiuti do paranÁ . carlos victor valente lins

43

Dos manuais analisados, 36,36% atenderam e 63,64% não atenderam, ou seja,

quatro de onze empresas atendem.

Tabela 20 - Serviços de utilidade pública - item 5.4.3

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 18 - Serviços de utilidade pública - item 5.4.3

Fonte: “os próprios autores”

5.5. OPERAÇÃO, USO E LIMPEZA

A fim de prevenir possíveis danos para os mesmos ou para os usuários, são

abordados critérios entre os itens A ao F, referentes aos procedimentos para

operação, uso e limpeza dos componentes ou equipamentos de mais relevância na

edificação, como por exemplo os Sistemas de incêndio; Vedações e Revestimentos

internos e externos.

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atende Atende Não atende

G H I J K -Não

atende Atende Atende Não atende Atende -

Empresas

36,36

63,64

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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44

5.5.1. Operação, uso e limpeza - Item a

Todo manual deve apresentar os dados das concessionárias de água, energia,

telefone e gás. Indicando quais as formas para entrar em contato e quais documentos

são necessários para solicitar a ligação.

O manual da empesa C não explica o procedimento para solicitar ligação de

gás e o manual da empesa G não explica o procedimento para solicitar ligação de

telefone e de gás.

Dos manuais analisados, 27,27% atenderam e 72,73% não atenderam, ou seja,

três de onze empresas atendem.

Tabela 21 - Operação, uso e limpeza - item a

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 19 - Operação, uso e limpeza - item a

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atende Atende Não atende

G H I J K -Não

atendeNão

atende Atende Não atende Atende -

Empresas

27,27

72,73

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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45

5.5.2. Operação, uso e limpeza - Item b

Neste item do manual, devem ser mencionados como realizar a instalação de

aparelhos fornecidos pelo usuário, como por exemplo fogão, geladeira, telefone,

televisão, máquina de lavar roupas, luminárias, chuveiro, ar-condicionado.

Dos manuais analisados, 9,09% atendem e 90,91% não atendem, ou seja,

somente uma de onze empresas atende.

Tabela 22 - Operação, uso e limpeza - item b

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 20 - Operação, uso e limpeza - item b

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atende Atende Não atende

Não atende

G H I J K -Não

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atende-

Empresas

9,09

90,91

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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46

5.5.3. Operação, uso e limpeza - Item c

O manual deve informar graficamente os trajetos através das áreas comuns do

edifício até a porta de entrada do apartamento, assim como dimensões de largura das

portas, corredores, elevadores, entre outros. Com essas informações, o usuário não

corre o risco de, por exemplo, comprar um sofá muito grande e não conseguir passar

com ele pelos corredores, escadaria ou elevador. Também é preciso informar no

manual as cargas e dimensões máximas permitidas para os móveis dentro da

edificação.

Nenhum manual atendeu a esse requisito.

Tabela 23 - Operação, uso e limpeza - item c

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 21 - Operação, uso e limpeza - item c

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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47

5.5.4. Operação, uso e limpeza - item d

Os manuais devem apresentar instruções de uso para todos os sistemas que

compõe a edificação, como: Sistemas hidrossanitários; Sistemas eletroeletrônicos;

Sistema de proteção contra descargas atmosféricas; Sistemas de ar-condicionado,

ventilação e calefação; Sistemas de automação; Sistemas de comunicação; Sistemas

de incêndio; Sistemas de gás; Vedações; Revestimentos internos e externos; Pisos;

Coberturas; Jardins, paisagismo e áreas de lazer; Esquadrias e vidros; entre outros.

Nenhum manual atendeu a esse requisito.

Tabela 24 - Operação, uso e limpeza - item d

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 22 - Operação, uso e limpeza - item d

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

Page 48: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CARLOS VICTOR …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/10/NORMAS-ABNT-NBR-14037-E-15575.pdf · universidade tuiuti do paranÁ . carlos victor valente lins

48

5.5.5. Operação, uso e limpeza - item e

Neste item o manual deve abordar instruções de limpeza para os sistemas que

compõe a edificação e são entregues pela construtora, os sistemas analisados são os

mesmos citados no item anterior.

Dos manuais analisados, 72,73% atenderam e 27,27% não atenderam, ou seja,

oito de onze empresas atendem.

Tabela 25 - Operação, uso e limpeza - item e

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 23 - Operação, uso e limpeza - item e

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atende Atende Atende Não atende Atende Atende

G H I J K -

Atende Atende Não atende Atende Atende -

Empresas

72,73

27,27

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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49

5.5.6. Operação, uso e limpeza - item f

O manual deve fazer referência às recomendações da ABNT NBR 15575, no

que diz respeito ao acesso de pessoas e manutenção de coberturas. Segundo a

norma, o manual deve conter informações sobre os meios de acesso e procedimentos

para inspeção e manutenção das áreas de cobertura, sem esquecer de mencionar as

cargas admissíveis em telhados e os itens de segurança necessários para realizar tais

procedimentos.

Também deve fornecer um croqui com as disposições dos pontos de

ancoragem definitivos, em inox ou material equivalente, onde serão fixadas cordas ou

cabos de aço a serem utilizados em cadeirinhas, balancins, entre outros. Portanto

“Nas edificações com, no mínimo, quatro pavimentos ou altura de 12m (doze metros) a partir do nível do térreo devem ser instalados dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual a serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas.” Fonte: NR-18, Item 18.15.56.1.

Os pontos de ancoragem devem ser em inox ou material equivalente, sendo

fixados em elementos estruturais e apresentar projeto, art e ensaio de arrancamento

a fim de garantir carga mínima resistente de 1.500kgf.

Nenhum manual analisado atende a esse requisito.

Tabela 26 - Operação, uso e limpeza - item f

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

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50

Gráfico 24 - Operação, uso e limpeza - item f

Fonte: “os próprios autores”

5.6. MANUTENÇÃO

Os manuais de operação, uso e manutenção devem seguir as recomendações

da ABNT NBR 5674 – Manutenção de edificações – Requisitos para o sistema de

gestão de manutenção, que teve sua primeira versão disponibilizada em 1977, sendo

atualizada nos anos de 1980, 1999 e por último em 2012.

5.6.1. Programa de manutenção preventiva

O manual deve trazer informações sobre a importância da realização de

manutenções preventivas bem como apresentar um modelo a ser seguido.

5.6.1.1. Programa de manutenção preventiva

É importante que o manual de operação, uso e manutenção apresente um

modelo de programa de manutenção preventiva baseado no Anexo A da ABNT NBR

5674. Nele devem ser apresentadas as manutenções a serem realizada em todos os

elementos, componentes e equipamentos que compõem a edificação. Com posse

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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51

dessa informação, o usuário saberá quando realizar manutenções nas áreas

privativas e nas áreas comuns.

Dos manuais analisados, 54,55% atenderam e 45,45% não atenderam, ou seja,

seis de onze empresas atendem.

Para fácil compreensão, após o gráfico, uma amostra do modelo exibido na

ABNT NBR 5674.

Tabela 27 - Programa de manutenção preventiva - item 5.6.1.1

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 25 - Programa de manutenção preventiva - item 5.6.1.1

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atende Atende Atende Não atende Atende Não

atendeG H I J K -

Atende Atende Não atende

Não atende Atende -

Empresas

54,55

45,45

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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52

Tabela 28 - Exemplos de modelo não restritivo para a elaboração do programa de

manutenção preventiva de uma edificação hipotética Periodi cidade

Sistema Elemento/ componente

Atividade Responsável

A ca

da se

man

a

Equipamentos industrializados

Sauna úmida

Fazer a drenagem de água no equipamento

Equipe de manutenção local

Grupo gerador

Verificar, após o uso do equipamento, o nível de

óleo combustível e se há obstrução nas entradas e saídas de ventilação

Equipe de

manutenção local

Sistemas

hidrossanitários

Reservatórios de água

potável

Verificar o nível dos reservatórios e o funcionamento

das boias

Equipe de manutenção local

Sistema de irrigação

Verificar o funcionamento dos dispositivos

Equipe de manutenção local

A ca

da 15

dias

Sistemas hidrossanitários

Bombas de água potável, água servida e piscinas

Verificar o funcionamento e alternar a chave no

painel elétrico para utilizá-las em sistema de rodízio, quando aplicável

Equipe de

manutenção local

Equipamentos industrializados

Iluminação de emergência

Efetuar teste de funcionamento dos sistemas,

conforme instruções do fornecedor

Equipe de manutenção local

Grupo gerador

Efetuar teste de funcionamento dos sistemas,

conforme instruções do fornecedor

Equipe de manutenção local

Fonte: ABNT NBR 5674:2012, p. 15.

5.6.1.2. Programa de manutenção preventiva

O disposto no item anterior deve mencionar a periodicidade das manutenções.

As periodicidades de manutenção dependem do tipo do elemento, componente

ou sistema, sendo importante o seu cumprimento para garantir a funcionalidade do

mesmo e não acarretar na perda da garantia.

Os manuais que seguem como exemplo a tabela disposta no Anexo A da ABNT

NBR 5674 atendem esse item, pois a tabela menciona prazos de periodicidade para

a realização de manutenções.

Dos manuais analisados, 63,64% atenderam e 36,36% não atenderam, ou seja,

sete de onze empresas atendem.

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53

Tabela 29 - Programa de manutenção preventiva - item 5.6.1.2

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 26 - Programa de manutenção preventiva - item 5.6.1.2

Fonte: “os próprios autores”

5.6.1.3. Programa de manutenção preventiva

O disposto em 5.6.1.1 deve apresentar informações sobre procedimentos

recomendáveis para a manutenção da edificação e recomendar que as manutenções

sejam efetuadas por pessoal qualificado ou empresa especializada, conforme ABNT

NBR 5674.

Os manuais que seguem como exemplo a tabela disposta no Anexo A da ABNT

NBR 5674 atendem esse item, pois a tabela menciona procedimentos recomendáveis

para a realização de manutenções.

A B C D E FNão

atende Atende Atende Não atende Atende Não

atendeG H I J K -

Atende Atende Não atende Atende Atende -

Empresas

63,64

36,36

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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54

No item quatorze, “Durabilidade e Manutenibilidade”, presente em todas as seis

partes da ABNT NBR 15575, é disposto sobre recomendações de manutenibilidade

que devem ser previstas na fase de projeto para todos os elementos, componentes

ou sistemas. A norma justifica que é importante analisar durante a fase de projeto

formas de propiciar condições de inspeção e manutenção em todos os sistemas e

componentes ao longo de suas vidas úteis. Isto se torna importante, visto que

ocorrendo as manutenções preventivas e corretivas, é possível assegurar que a vida

útil dos componentes e sistemas serão condizentes com a vida útil de projeto.

Dos manuais analisados, 54,55% atenderam e 45,45% não atenderam, ou seja,

seis de onze empresas atendem.

Tabela 30 - Programa de manutenção preventiva - item 5.6.1.3

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 27 - Programa de manutenção preventiva - item 5.6.1.3

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atende Atende Atende Não atende Atende Não

atendeG H I J K -

Atende Atende Não atende Atende Não

atende-

Empresas

54,55

45,45

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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55

5.6.2. Registros

O manual deve explicar a importância de realizar o registro de manutenções.

Elucidando que sem ele o usuário pode esquecer quando foi realizada a última

manutenção, e por consequência não saberá quando realizar a próxima. Caso as

manutenções não sejam realizadas nos prazos indicados no manual, o elemento,

componente ou sistema pode apresentar defeitos, acarretando na perda de garantia

para o usuário ou o condomínio. Com o intuito de facilitar os registros, também deve

ser disposto no manual um modelo a ser seguido. A ABNT NBR 5674 apresenta um

exemplo no seu Anexo C, que será exibido após o gráfico. Para maior controle e

proteção, devem ser anexados notas fiscais que comprovem o serviço realizado junto

com o registro de manutenção.

Dos manuais analisados, 27,27% atendem e 72,73% não atendem, ou seja,

somente três de onze empresas atende.

Tabela 31 - Registros - item 5.6.2

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atende Atende Não atende

Não atende Atende Não

atendeG H I J K -

Não atende Atende Não

atendeNão

atendeNão

atende-

Empresas

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56

Gráfico 28 - Registros - item 5.6.2

Fonte: “os próprios autores”

Tabela 32 - Modelo de livro de registro de manutenção

Sistema / subsistema

Atividade Data da realização

Responsável pela atividade

Prazo Custos

Fonte: Tabela C.1, ABNT NBR 5674:2012, p. 23.

5.6.3. Inspeções

O manual deve conter orientações para a realização de inspeções. Também

necessita informar que devem ser produzidos laudos por profissional capacitado e

credenciado, informando a necessidade da realização da manutenção, seja ela

preventiva ou corretiva. Os laudos gerados pelas inspeções devem ser anexados com

os registros de manutenções da edificação.

Nenhum dos manuais atendem a este item.

27,27

72,73

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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57

Tabela 33 - Inspeções - item 5.6.3

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 29 - Inspeções - item 5.6.3

Fonte: “os próprios autores”

5.7. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

O manual deve trazer informações sobre meio ambiente e sustentabilidade,

segurança, operação dos equipamentos e suas ligações, documentação técnica e

legal, elaboração e entrega do manual e atualização do manual.

5.7.1. Meio ambiente e sustentabilidade

O manual deve dispor informações para ajudar o usuário a manter uma

consciência ambiental e de sustentabilidade, apresentando recomendações sobre o

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

Page 58: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CARLOS VICTOR …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/10/NORMAS-ABNT-NBR-14037-E-15575.pdf · universidade tuiuti do paranÁ . carlos victor valente lins

58

uso racional de água, energia, gás, separação de lixo orgânico e reciclável, destinação

de resíduos oriundos de reforma, entre outros. Também deve informar sobre possíveis

penalidades e consequências para o não cumprimento às recomendações

estabelecidas em projeto.

O manual da empresa B e E não apresentam informações referente ao uso

racional de gás e o manual da empresa C não especifica qual a destinação dos

resíduos gerados em reformas.

Nenhum dos manuais atendem a este item.

Tabela 34 - Meio ambiente e sustentabilidade - item 5.7.1

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 30 - Meio ambiente e sustentabilidade - item 5.7.1

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

Page 59: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CARLOS VICTOR …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/10/NORMAS-ABNT-NBR-14037-E-15575.pdf · universidade tuiuti do paranÁ . carlos victor valente lins

59

5.7.2. Segurança

Nas informações sobre segurança, devem ser dispostos recomendações para

situações de emergência, para evacuação e sobre modificações e limitações.

5.7.2.1. Recomendações para situações de emergência

O manual deve apresentar os procedimentos de emergência, informando o que

deve ser feito em situações típicas de: vazamento de gás e água, curto-circuito em

sistemas elétricos, prevenção e combate a incêndio, entre outros. Ele também deve

apresentar descrição e localização dos controles de operação da edificação, tais como

disjuntores e registros, e indicar a localização de extintores, hidrantes ou outras

formas de combater incêndio. Além de alertar aos usuários sobre os riscos de

negligenciar situações de emergência. Nenhum manual analisado atende a esse requisito.

Tabela 35 - Recomendações para situações de emergência

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

Page 60: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CARLOS VICTOR …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/10/NORMAS-ABNT-NBR-14037-E-15575.pdf · universidade tuiuti do paranÁ . carlos victor valente lins

60

Gráfico 31 - Recomendações para situações de emergência

Fonte: “os próprios autores”

5.7.2.2. Recomendações para evacuação da edificação

O manual deve informar como se comportar em casos de emergências e exibir

um mapa com rotas de fuga.

Dos manuais analisados, 9,09% atendem e 90,91% não atendem, ou seja,

somente uma de onze empresas atende.

Tabela 36 - Recomendações para evacuação da edificação

Fonte: “os próprios autores”

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

A B C D E FNão

atende Atende Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

G H I J K -Não

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atende-

Empresas

Page 61: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CARLOS VICTOR …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/10/NORMAS-ABNT-NBR-14037-E-15575.pdf · universidade tuiuti do paranÁ . carlos victor valente lins

61

Gráfico 32 - Recomendações para evacuação da edificação

Fonte: “os próprios autores”

5.7.2.3. Informações sobre modificações e limitações

O manual deve ser bem claro e direto quanto as responsabilidades que o

usuário está assumindo ao realizar uma alteração, pois a construtora fornece garantia

somente para os sistemas que se mantenham nas condições originais de entrega.

Então, para que não ocorra a perda de garantia ou comprometimento do desempenho

do sistema, antes de realizar qualquer alteração deve-se consultar a incorporadora,

construtora ou projetista, e na ausência deles um responsável técnico. Quando for

realizado qualquer tipo de alteração deve ser emitido projeto e memorial específicos

e um novo manual contendo as alterações.

Nenhum manual analisado atende a esse requisito.

Tabela 37 - Informações sobre modificações e limitações

Fonte: “os próprios autores”

9,09

90,91

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

Page 62: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CARLOS VICTOR …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/10/NORMAS-ABNT-NBR-14037-E-15575.pdf · universidade tuiuti do paranÁ . carlos victor valente lins

62

Gráfico 33 - Informações sobre modificações e limitações

Fonte: “os próprios autores”

5.7.3. Operação dos equipamentos e suas ligações

Todas as informações referentes a equipamentos e sistemas dispostas no

manual, devem ser referenciadas aos seus manuais específicos, a fim de fornecer

informações técnicas sobre operação e manutenção.

Nenhum manual analisado atende a esse requisito.

Tabela 38 - Operação dos equipamentos e suas ligações

Fonte: “os próprios autores”

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

Page 63: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CARLOS VICTOR …tcconline.utp.br/media/tcc/2017/10/NORMAS-ABNT-NBR-14037-E-15575.pdf · universidade tuiuti do paranÁ . carlos victor valente lins

63

Gráfico 34 - Operação dos equipamentos e suas ligações

Fonte: “os próprios autores”

5.7.4. Documentação técnica e legal

O manual deve trazer informações sobre a documentação técnica e legal da

obra, como projetos estruturais, arquitetônicos, de instalações elétricas e hidráulicas,

entre outros.

5.7.4.1. Documentação técnica e legal – item 5.7.4.1

O manual deve apresentar em anexo uma relação dos documentos técnicos e

legais gerados durante a fase de projeto e de obra, indicando quem foi o responsável

pelo fornecimento inicial e quem será o responsável pela renovação e qual a

periodicidade da mesma.

A ABNT NBR 14037, dispõe em seu Anexo A, uma tabela relacionando os

documentos que deverão ser entregues pela construtora ou incorporadora e os

demais que devem ser providenciados pelo proprietário ou condomínio. Após o

gráfico, será exigido uma amostra de parte desta tabela.

Nenhum manual analisado atende a esse requisito.

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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64

Tabela 39 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.1

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 35 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.1

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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65

Tabela 40 - Incumbência pelo fornecimento inicial e pela renovação

Fonte: ABNT NBR 14037, p18.

5.7.4.2. Documentação técnica e legal – item 5.7.4.2

A relação de documentos descrita no item anterior, deve ao menos apresentar

nove documentos técnicos e legais, tais como: Arquitetura, Estrutura, Instalações

elétricas, Instalações hidráulicas, Sistema de proteção de descarga atmosférica,

Paisagismo, Elevadores, Projetos específicos (luminotécnico, drenagem, ar-

condicionado, etc) e Memoriais descritivos.

Segundo a ABNT NBR 15575, os projetos mencionados acima devem

descrever todos os componentes utilizados, o sistema construtivo adotado e demais

informações para caso seja necessária uma manutenção ou reforma, esta siga as

mesmas características utilizadas durante a obra. Por exemplo, as vedações verticais

internas e externas devem garantir o nível mínimo de desempenho acústico e térmico,

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66

e para ele seja atingido, em uma reforma são necessárias seguir as mesmas

especificações técnicas utilizadas na fase de obra Então para reconstruir uma parede

de alvenaria com tijolos cerâmicos por exemplo, deve-se utilizar o mesmo modelo de

tijolo, espessura de argamassa, sistema construtivo, e demais componentes que a

compõem.

Nenhum manual analisado atende a esse requisito.

Tabela 41 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.2

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 36 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.2

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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67

5.7.4.3. Documentação técnica e legal – item 5.7.4.3

A fim de tornar o manual mais compacto e simples, as documentações

descritas no item anterior podem ser entregues via mídia digital como CD, DVD, Pen

Drive, Site, Email. Porém, deve ser descrito no manual aonde a documentação estará

disponível e qual foi o método de entrega escolhido.

Nenhum manual analisado atende a esse requisito.

Tabela 42 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.3

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 37 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.3

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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68

5.7.4.4. Documentação técnica e legal – item 5.7.4.4

A tabela exibida no item 5.7.4.1 e que é presente no Anexo A da ABNT NBR

14037, deve ser seguida como modelo, nela são dispostas a documentação entregue

ao condomínio ou usuário, o responsável pelo fornecimento inicial, o responsável pela

renovação e a periodicidade da renovação.

Nenhum manual analisado atende a esse requisito.

Tabela 43 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.4

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 38 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.4

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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69

5.7.4.5. Documentação técnica e legal – item 5.7.4.5

O manual deve informar claramente que o proprietário ou condomínio são

responsáveis pelo arquivamento dos documentos e que devem entregar a quem vir o

substituir, e que o proprietário ou condomínio são responsáveis pela guarda da

documentação legal e fiscal e que são responsáveis pela renovação dos documentos.

Dos manuais analisados, 9,09% atendem e 90,91% não atendem, ou seja,

somente uma de onze empresas atende.

Tabela 44 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.5

Fonte: “os próprios autores”

Gráfico 39 - Documentação técnica e legal – item 5.7.4.5

Fonte: “os próprios autores”

A B C D E FNão

atende Atende Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

G H I J K -Não

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atende-

Empresas

9,09

90,91

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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70

5.7.5. Elaboração e entrega do manual

O manual deve trazer informações sobre como ele foi confeccionado e entregue

para os seus proprietários. Estes itens não foram possíveis de serem analisados pois

as empresas que cederam seus manuais não forneceram informações a respeito.

5.7.5.1. Elaboração e entrega do manual – item 5.7.5.1

Tabela 45 - Elaboração e entrega do manual – item 5.7.5.1

Fonte: “os próprios autores”

5.7.5.2. Elaboração e entrega do manual – item 5.7.5.2

Tabela 46 - Elaboração e entrega do manual – item 5.7.5.2

Fonte: “os próprios autores”

Empresas

Não possível de ser analisado

A elaboração do manual, objeto desta Norma, deve ser feita por empresa ou responsável

técnico. A entrega do manual deve ser feita pela incorporadora ou construtora.

Descrição

Não possível de ser analisado

Em edificações condominiais devem ser entregues, no ato da entrega das chaves: a) aos primeiros proprietários, um exemplar do manual

com informações sobre cada área de uso privativo, incluindo também informações julgadas

necessárias sobre sistemas, elementos e componentes, instalações e equipamentos de áreas comuns; ao primeiro representante legal

do condomínio, um exemplar do manual específico às áreas comuns e seus

equipamentos, incluindo o conjunto completo de projetos atualizados "como construídos" e

especificações técnicas, indicados no Anexo A.

Descrição Empresas

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71

5.7.5.3. Elaboração e entrega do manual – item 5.7.5.3

Tabela 47 - Elaboração e entrega do manual – item 5.7.5.3

Fonte: “os próprios autores”

5.7.6. Atualização do manual

O manual deve conter uma advertência ao proprietário ou condomínio a

respeito das causas que vão exigir uma atualização do manual, tais como

modificações ou reformas que alterem elementos, componentes ou sistemas

entregues pela construtora. Também precisa informar que a atualização do manual

deve conter revisão e correção do projeto e das discriminações técnicas, informações

que a atualização pode ser realizada em partes específicas e não em todo o manual,

que por ser um serviço técnico deve ser realizado por profissional habilitado e que as

versões desatualizadas devem ser guardadas para futura consulta de informações.

Nenhum manual analisado atende a esse requisito.

Tabela 48 - Atualização do manual – item 5.7.6

Fonte: “os próprios autores”

Caso o proprietário não seja ocupante efetivo da edificação, ele deve entregar cópia do manual para o usuário, de forma que este atenda às instruções e prescrições contidas no manual.

Descrição Empresas

Não possível de ser analisado

A B C D E FNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeNão

atendeG H I J K -

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

Não atende

-

Empresas

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72

Gráfico 40 - Atualização do manual – item 5.7.6

Fonte: “os próprios autores”

0

100

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Atende Não Atende

%

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73

6. ITENS PREVISTOS PELA ABNT NBR 15575

O manual de operação, uso e manutenção deve destacar logo nas suas

primeiras páginas que a edificação foi construída seguindo os critérios da norma de

desempenho ABNT NBR 15575, porém, não precisa descrever todos os itens

cobrados pela norma, somente alguns devem estar presentes no manual.

Cronologicamente a norma do manual do proprietário, ABNT NBR 14037, foi

atualizada antes da norma de desempenho, ABNT NBR 15575, 2011 e 2013

respectivamente, causando uma falta de sintonia entre as normas. Sabendo disso,

abaixo serão listados itens que a ABNT NBR 15575 prevê que sejam incluídos no

manual do proprietário.

6.1. SOLICITAÇÕES DE CARGAS PROVENIENTES DE PEÇAS SUSPENSAS

ATUANTES EM FORROS E NOS SISTEMAS DE VEDAÇÕES INTERNAS

E EXTERNAS

Segundo a norma ABNT NBR 15575, tanto as vedações internas e externas

como os forros devem resistir a fixação de peças tais como prateleiras, quadros,

lustres e armários, sem apresentar fissuras, deslocamentos e rupturas. Algumas

informações devem ser indicadas no Manual de operação, uso e manutenção, tais

como as cargas de uso, detalhes e tipos de dispositivos e sistemas de fixação, como

medidas de parafusos e mãos francesas, os locais onde não são permitidos a fixação

de peças suspensas e as limitações e recomendações de uso.

Os valores referentes as cargas de uso devem ser garantidas por cálculos

durante a fase de projeto ou pelos fabricantes das peças a serem usadas, caso se

acha necessário, poderá ser realizado ensaio em laboratório ou em protótipo seguindo

os requisitos do Anexo A da parte 4 da mesma norma.

6.2. DESEMPENHO ACÚSTICO

Um dos temas mais importante da norma de desempenho é o isolamento

acústico. As construtoras de edificações habitacionais devem garantir o isolamento

acústico interno e externo entre paredes, janelas, vedações, sistemas de coberturas,

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74

sistemas de pisos, entre outros. Tal isolamento diz respeito às áreas comuns e áreas

privativas, levando em consideração ruídos provenientes de queda de objetos,

caminhamento, impactos, conversas, som proveniente de TV, entre outros,

proporcionando um ambiente confortável e protegido de ruídos para os seus

ocupantes.

Os ruídos gerados por equipamentos individuais, cujo o acionamento ocorre

por ação do próprio usuário, por exemplo: persianas elétricas, trituradores de

alimentos, exaustão de lavabos e banheiros, não são avaliados. Desta forma, o

requisito de desempenho acústico só trata de equipamentos de uso coletivo ou que

sejam acionados por terceiros e não pelo usuário da unidade habitacional. Segundo a

ABNT NBR 15575, sirenes, bombas de incêndio, geradores de emergência e outros

dispositivos acionados em situações de emergência não podem ser considerados

neste requisito.

Para cumprir todas essas exigências é imprescindível a realização de uma

avaliação das condições do entorno na fase de projeto, para assim, garantir que os

componentes e sistemas construtivos escolhidos atendam aos requisitos de

desempenho. Pois cabe dizer que cada elemento contribui de alguma forma para este

quesito. Testes com todas as variações possíveis devem ser realizados em

laboratórios por encomenda de construtoras e de fabricantes e fornecedores de

materiais, o que, consequentemente, desenvolve um banco de dados técnicos, que

poderá ser utilizado na determinação da melhor combinação de elementos para

atender os requisitos solicitados.

Devem ser informados no manual de operação, uso e manutenção os valores

de ruído toleráveis em decibéis, assim como detalhes construtivos dos sistemas de

vedações internos e externos, para que se necessário alguma reforma ou

manutenção, os critérios construtivos sejam seguidos conforme foi na fase de obra.

6.3. VIDA ÚTIL E VIDA ÚTIL DE PROJETO

Segundo disposição da ABNT NBR 15575, Vida Útil é o

período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas, elementos e componentes se prestam às atividades para as quais foram projetados e construídos considerando a periodicidade e correta execução dos processos

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de manutenção especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção. (ABNT NBR 15.575 – Parte 1 – Requisitos Gerais, 2013, p. 10).

A partir do Auto de Conclusão da obra ou habite-se, inicia-se o prazo da vida

útil do edifício e dos seus componentes e sistemas, e o cumprimento do prazo

estipulado depende da dedicação e seriedade de todos os envolvidos na construção

e dos futuros moradores. A vida útil não pode ser confundida com a garantia legal de

5 anos prevista no Código Civil Brasileiro, em seu artigo 618, tampouco com a garantia

contratual, a qual se trata do período de tempo concedido pelo incorporador ou

construtor ao comprador para reclamação de defeitos ou vícios do imóvel adquirido.

E segundo a mesma norma, Vida Útil de Projeto, ou somente VUP, é

período estimado de tempo para o qual um sistema é projetado a fim de atender aos requisitos de desempenho estabelecidos nesta norma, considerando o atendimento aos requisitos das normas aplicáveis, o estágio do conhecimento no momento do projeto e supondo o cumprimento da periodicidade e correta execução dos processos de manutenção especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção. (ABNT NBR 15.575 – Parte 1 – Requisitos Gerais, 2013, p. 10)

Em outras palavras, a vida útil de projeto é uma estimativa teórica que deve ser

especificada em projeto para cada um dos componentes e sistemas que compõem a

edificação, ela é definida pelo incorporador e demais envolvidos no projeto e tem como

objetivo orientar na escolha de métodos construtivos, componentes, sistemas e

demais ações que influenciarão no tempo de vida útil da habitação.

É de suma importância a correta análise e registro das condições de exposição

em seu entorno durante a fase de projeto e riscos que a edificação será submetida,

como intempéries e outros agentes externos atuantes. Devem também ser

considerados efeitos de falha no desempenho do elemento ou sistema, dificuldade ou

facilidade de manutenção e reparação, e custos dos mesmos. Após os devidos

levantamentos, o projeto deve explicitar valores teóricos para a vida útil de projeto de

cada um dos sistemas que o compõem.

Esses valores devem ser divulgados no Manual de Uso, Operação e

Manutenção e não podem ser inferiores aos exigidos pela ABNT NBR 15575. Segue

abaixo, como exemplo, uma parte da tabela disposta no Anexo C da norma com os

valores mínimos a serem atendidos.

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Tabela 49 - Exemplos de VUP aplicando os conceitos do Anexo C da NBR 15575 Parte da edificação

Exemplos VUP

anos Mínimo Superior Cobertura Estrutura da cobertura e coletores de águas pluviais embutidos

Telhamento

Calhas de beiral e coletores de águas pluviais aparentes, subcoberturas facilmente substituíveis

Rufos, calhas internas e demais complementos (de ventilação, iluminação, vedação)

≥ 20

≥ 13

≥ 4

≥ 8

≥ 30

≥ 20

≥ 6

≥ 12

Revestimento interno aderido

Revestimento de piso, parede e teto: de argamassa, de gesso, cerâmicos, pétreos, de tacos e assoalhos e sintéticos

≥ 13 ≥ 20

Pintura Pinturas internas e papel de parede

Pinturas de fachada, pinturas e revestimentos sintéticos texturizados

≥ 3

≥ 8 ≥ 4

≥ 12

Esquadrias externas (de fachada)

Janelas (componentes fixos e móveis), portas-balcão, gradis, grades de proteção, cobogós, brises. Inclusos complementos de acabamento como peitoris, soleiras, pingadeiras e ferragens de manobra e fechamento

≥ 20 ≥ 30

Instalações aparentes ou em espaços de fácil acesso

Tubulações e demais componentes

Aparelhos e componentes de instalações facilmente substituíveis como louças, torneiras, sifões, engates flexíveis e demais metais sanitários, sprinklers, mangueiras, interruptores, tomadas, disjuntores, luminárias, tampas de caixas, fiação e outros

Reservatórios de água

≥ 4

≥ 3

≥ 8

≥ 6

≥ 4

≥ 12

Fonte: ABNT NBR 15.575 – Parte 1 – Requisitos Gerais, 2013 (p. 48).

O manual também deve informar se os valores de VUP divulgados serão

garantidos pela própria construtora ou incorporadora ou por uma terceira parte, como

por exemplo uma companhia de seguros. Transcorridos 50% do prazo estabelecido

de VUP sem histórico de significativas intervenções, a VUP será considerada

atendida.

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7. ANÁLISE DE RESULTADOS

Com a conclusão do referido estudo realizado neste presente trabalho, foi

possível observar que nenhum dos documentos analisados atende fielmente as

normas ABNT NBR 15575 e a ABNT NBR 14037.

Abaixo é apresentado o gráfico final com percentual de atendimento de cada

empresa a todos os itens analisados.

Gráfico 41 - Resultado final

Fonte: “os próprios autores”

13

5144

15

51

26

4149

26

3644

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

%

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8. CONCLUSÃO No ramo da construção civil é possível perceber um cenário de

descontentamento dos consumidores em decorrência da ausência de regulamentação

da qualidade das edificações construídas. Para garantir maior segurança no momento

da compra de um imóvel residencial, foram criadas as normas ABNT NBR 15575 e a

ABNT NBR 14037, as quais preveem requisitos a serem preenchidos pelas empresas

e que devem estar descritos no manual do proprietário.

Diante desta situação, foi realizado um estudo de caso com onze manuais do

proprietário de empresas diversas de Curitiba/PR e região metropolitana, a fim de

obter informações acerca da aplicação das referidas normas atualmente pelas

construtoras. Como conclusão do referido estudo realizado neste presente trabalho,

foi possível observar que nenhum dos documentos analisados atende fielmente as

normas ABNT NBR 15575 e a ABNT NBR 14037. O não atendimento de diversos itens

das referidas normas pelas empresas do ramo da construção civil ocorre por

negligência e ausência de interesse acerca do conteúdo dos documentos propostos

pela ABNT.

Pelo fato de que os consumidores se encontram desassistidos pelas empresas,

muitos recorrem a soluções jurídicas. Para tanto, o ordenamento jurídico dispõe de

diversas leis e regulamentações, visando a responsabilidade da pessoa jurídica que

construiu uma edificação em casos em que não foi mantido o padrão de qualidade

exigido. Tais circunstâncias são previstas tanto pelo Código de Defesa do

Consumidor, como pelo Código Civil Brasileiro. Assim, através das referidas leis, o

consumidor final poderá ajuizar uma ação visando responsabilizar a construtora ou

incorporadora. Durante a instrução processual, para que o juízo tenha maior

conhecimento da causa, algumas diretrizes são utilizadas, em especial ABNT NBR

15575 e a ABNT NBR 14037.

Entretanto, a fim de evitar processos judiciais, aumentar a credibilidade perante

as instituições financeiras, participação em licitações e, principalmente, ganhar

confiança de seus clientes, faz-se necessário que as construtoras e incorporadoras

sigam rigorosamente as normas abordadas neste trabalho. Ao implementarem as

normas, as empresas têm, ao seu favor, a segurança de que, caso haja eventual

reclamação ou confronto de informações, não serão penalizadas por terem se

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garantido de que a qualidade e a durabilidade foram pontos devidamente abordados

durante a confecção e execução do projeto da edificação.

Logo, o que se vê é que, em que pese a publicação de normas publicadas pela

ABNT que visam maior controle de qualidade e durabilidade das edificações

habitacionais, as empresas continuam atuando de forma a negligenciar tais

considerações. Este comportamento empresarial dificulta uma relação sã entre

fornecedor e consumidor, circunstância esta que poderia ser contornada através da

correta aplicação dos requisitos das normas supracitadas nos manuais do proprietário.

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REFERÊNCIAS

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<https://www.abecip.org.br/download?file=data-abecip-2010-12.pdf>. Acesso em 04

de abril de 2017.

- Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP).

Boletim informativo mensal do mês de dezembro de 2011

https://www.abecip.org.br/download?file=data-abecip-2011-12.pdf.

- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5674: Manutenção de

edificações — Requisitos para o sistema de gestão de manutenção: terminologia. Rio

de Janeiro, 2012.

- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14037: Diretrizes para

elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das edificações – Requisitos

para elaboração e apresentação dos conteúdos: terminologia. Rio de Janeiro, 2011.

- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Edificações

habitacionais — Desempenho: terminologia. Rio de Janeiro, 2013

- BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO

AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Brasília: Ministério

do Trabalho e Emprego, 2015. Disponível em:

<http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080814CD7273D014D350CBF47016D/NR-

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- BEZERRA, J. E. A.; TUBINO, D. F. A Manutenção de Condomínios em Edifícios,

TPM, Terceirização e o JIT/TQC. 2003.

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- CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 2 ed. São Paulo:

Cortez, 1995. 164p.

- GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008. 220p.

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