universidade tecnolÓgica federal do...

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CURSO DE ESPECIALIZACAO EM PROJETO DE ESTRUTURAS JUCELEM RAZERA AVALIAÇÃO COMPARATIVA DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO E APLICAÇÃO DE CONCRETOS AUTOADENSÁVEL E CONVENCIONAL MONOGRAFIA TOLEDO 2012

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UNIVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute

CURSO DE ESPECIALIZACAO EM PROJETO DE ESTRUTURAS

JUCELEM RAZERA

AVALIACcedilAtildeO COMPARATIVA DOS CUSTOS DE PRODUCcedilAtildeO E

APLICACcedilAtildeO DE CONCRETOS AUTOADENSAacuteVEL E CONVENCIONAL

MONOGRAFIA

TOLEDO

2012

UNIVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute

CURSO DE ESPECIALIZACAO EM PROJETO DE ESTRUTURAS

AVALIACcedilAtildeO COMPARATIVA DOS CUSTOS DE PRODUCcedilAtildeO E

APLICACcedilAtildeO DE CONCRETOS AUTOADENSAacuteVEL E CONVENCIONAL

Monografia do curso de

Especializaccedilatildeo em Projeto de

Estruturas da Universidade

Tecnologia Federal do Paranaacute ndash

UTFPR como requisito parcial para

obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista

Orientador Profordf Dra Edna Possan

TOLEDO

2012

2

TERMO DE APROVACcedilAtildeO

Tiacutetulo da Monografia

AVALIACcedilAtildeO COMPARATIVA DOS CUSTOS DE PRODUCcedilAtildeO E

APLICACcedilAtildeO DE CONCRETOS AUTOADENSAacuteVEL E CONVENCIONAL

por

JUCELEM RAZERA

Esta monografia foi apresentada agraves dezesseis horas do dia dezoito de

dezembro de 2012 como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de

ESPECIALISTA EM PROJETO DE ESTRUTURAS Linha de Pesquisa

Concretos Especiais do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo da Universidade

Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute O candidato foi arguido pela Banca

Examinadora composta pelos professores abaixo assinados Apoacutes a

deliberaccedilatildeo a Banca Examinadora considerou o trabalho APROVADO

_______________________________

Profordf MSc Gladis Cristina Furlan (UTFPR)

_______________________________

Prof Dr Cristiano Poleto (UTFPR)

_______________________________

Profordf Dr Edna Possan (UTFPR)

Orientadora

Visto da Coordenaccedilatildeo

_______________________________

Prof Dr Lucas Boabaid Ibrahim Coordenador do Curso

- O Termo de Aprovaccedilatildeo assinado encontra-se na Coordenaccedilatildeo do Curso -

3

Dedico este trabalho aos meus pais

irmatildeos sobrinha meu marido Carlos

e agrave minha orientadora

4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus agrave minha famiacutelia ao meu marido que

sempre me apoiaram e incentivaram nesta nova empreitada

5

A experiecircncia sem a teoria eacute cega

e a teoria sem a experiecircncia eacute um puro jogo intelectual

Emmanuel Kant

6

RESUMO

RAZERA Jucelem Avaliaccedilatildeo comparativa dos custos de produccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo de concretos autoadensaacutevel e convencional 2012 Monografia

(Especializaccedilatildeo em Projeto de Estruturas) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Engenharia Civil ndash UTFPR Toledo

O concreto autoadensaacutevel (CAA) eacute um concreto que dispensa

o processo convencional de vibraccedilatildeo ou adensamento por ter capacidade de

fluir e preencher os espaccedilos da forma apenas atraveacutes de seu peso proacuteprio

sendo considerado uma evoluccedilatildeo da tecnologia do concreto No entanto sua

utilizaccedilatildeo ainda eacute muito pequena devido sobretudo agrave falta de normas e

meacutetodos de dosagem para determinaccedilatildeo da proporccedilatildeo dos materiais

constituintes da mistura levando em conta a economia e racionalidade e agrave

carecircncia de profissionais capacitados na aacuterea Nos uacuteltimos tempos vaacuterias

pesquisas vecircm sendo realizadas com o intuito de estabelecer meacutetodos de

dosagem para tornar o CAA um concreto de aplicaccedilatildeo comum Com o objetivo

de comparar os custos de aplicaccedilatildeo deste concreto com o concreto

convencional (CCV) esse estudo avaliou vaacuterios traccedilos de CAA e CCV

produzidos por Manuel (2005) e Tutikian (2007) Constatou-se que o CAA

apesar de apresentar um custo de produccedilatildeo mais elevado obteve um custo de

aplicaccedilatildeo em estrutura inferior ao CCV Isso se deve ao fato do CAA natildeo

necessitar de adensamento durante o lanccedilamento e de regularizaccedilatildeo para o

acabamento final da superfiacutecie concretada Quando comparado um concreto

convencional com mesmo teor de argamassa o concreto auto-adensaacutevel

apresentou qualidades similares poreacutem seu custo eacute superior Deste modo o

presente trabalho contribui para um conhecimento mais amplo do CAA para

que o mesmo possa ser aplicado com seguranccedila em edificaccedilotildees e obra

correntes de engenharia

Palavras-chave concreto autoadensaacutevel dosagem de concretos

concretos especiais aplicaccedilatildeo de concretos

7

ABSTRACT

RAZERA Jucelem Comparative assessment of the costs of production

and application of self-compacting concrete and conventional 2012

Monograph (Specialization in Structural Design) - Graduate Program in Civil

Engineering - UTFPR Toledo

The concrete autoadensaacutevel (SCC) is a concrete process that

eliminates the conventional vibration or compaction by having ability to flow and

fill the spaces of the form only through its own weight and is considered an

evolution of concrete technology Though its use is still very small owing

mainly to the lack of standards and measurement methods for determining the

proportion of the constituent materials of the mixture taking into account the

economy and rationality and the lack of trained professionals in the area

Recently several studies have been performed in order to establish

measurement methods to make the SCC a concrete common application With

the aim of comparing the costs of implementing this concrete with conventional

concrete (CCV) this study evaluated various traits SCC CCV and produced by

Manuel (2005) and Tutikian (2007) It was found that SCC although presenting

a higher production cost was obtained at a cost of implementation structure

below the CCV This is because the SCC does not require densification during

launch and regularization for the finishing of the surface concreted When

compared to a conventional concrete mortar with the same content the self-

compacting concrete had similar qualities but its cost is higher Thus this study

contributes to a broader knowledge of the SCC so that it can be safely applied

in buildings and work streams of engineering

Keywords self-compacting concrete batching of concrete special

concrete concrete application

8

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 9

LISTA DE TABELAS 10

SIGLAS 11

SIMBOLOS 12

1 INTRODUCcedilAtildeO 14

11 Objetivos 19

111 Objetivo Geral 19

112 Objetivos Especiacuteficos 19

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL 20

21 Definiccedilotildees 21

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo 22

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido 23

222 Fluidez 23

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo 24

224 Habilidade passante 25

225 Propriedades no estado endurecido 25

23 Ensaios no Estado Fresco 26

231 Espalhamento 27

232 Espalhamento T50cm 28

233 Funil ndash V 29

234 Caixa-L 30

235 Caixa-U 31

24 Meacutetodo de Dosagem 31

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004) 32

9

3 CONCRETO CONVENCIONAL 35

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 38

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos 38

42 Resistecircncias dos concretos 40

43 Custos dos concretos 45

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais 49

441 Volume de concreto 51

442 Forma de anaacutelise dos custos 51

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 52

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a resistecircncia) 52

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias 54

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura 60

6 CONCLUSOtildeES 64

REFEREcircNCIAS 62

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da

armadura formando um arco estaacutevel

25

Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA 27

Figura 3 Equipamento para o teste de espalhamento 28

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V 29

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees 30

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees 31

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004) 33

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA 33

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos 41

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores 50

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de

Manuel (2007)

52

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian 54

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 55

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 60

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

62

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

63

11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3 38

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3 39

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA 40

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA 40

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 41

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido 42

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido 43

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos 46

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

46

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano

transportado considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

48

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash

unidade msup3

48

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa

de cimento e areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

48

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005) 52

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007) 53

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 55

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 57

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra 60

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 61

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 62

12

SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CAA Concreto Autoadensaacutevel

CCV Concreto Convencional

IPT Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas

13

SIacuteMBOLOS

α teor de argamassa seca

ac relaccedilatildeo aacutegua-cimento em Kgkg

CAA concreto autoadensaacutevel (em inglecircs ldquoSelf-Compacting Concrete-SCCrdquo)

CAA-54 concreto autoadensaacutevel obtido com = 54

CCV concreto convencional

CCV-REF concreto convencional referencia (ou CCV-54)

CP IV-32 cimento Portland pozolacircnico cuja resistecircncia agrave compressatildeo aos 28

dias eacute de 32 MPa

Ec = moacutedulo de elasticidade do concreto

MPa mega Pascal

R$msup3 Reais por metro cuacutebico

Slump valor de abatimento do concreto pelo ensaio do cone de Abrams

SFT slump flow test (resultado do ensaio de espalhamento do concreto

autoadensaacutevel)

SP aditivo superplastificante

T traccedilo

14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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UNIVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute

CURSO DE ESPECIALIZACAO EM PROJETO DE ESTRUTURAS

AVALIACcedilAtildeO COMPARATIVA DOS CUSTOS DE PRODUCcedilAtildeO E

APLICACcedilAtildeO DE CONCRETOS AUTOADENSAacuteVEL E CONVENCIONAL

Monografia do curso de

Especializaccedilatildeo em Projeto de

Estruturas da Universidade

Tecnologia Federal do Paranaacute ndash

UTFPR como requisito parcial para

obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista

Orientador Profordf Dra Edna Possan

TOLEDO

2012

2

TERMO DE APROVACcedilAtildeO

Tiacutetulo da Monografia

AVALIACcedilAtildeO COMPARATIVA DOS CUSTOS DE PRODUCcedilAtildeO E

APLICACcedilAtildeO DE CONCRETOS AUTOADENSAacuteVEL E CONVENCIONAL

por

JUCELEM RAZERA

Esta monografia foi apresentada agraves dezesseis horas do dia dezoito de

dezembro de 2012 como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de

ESPECIALISTA EM PROJETO DE ESTRUTURAS Linha de Pesquisa

Concretos Especiais do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo da Universidade

Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute O candidato foi arguido pela Banca

Examinadora composta pelos professores abaixo assinados Apoacutes a

deliberaccedilatildeo a Banca Examinadora considerou o trabalho APROVADO

_______________________________

Profordf MSc Gladis Cristina Furlan (UTFPR)

_______________________________

Prof Dr Cristiano Poleto (UTFPR)

_______________________________

Profordf Dr Edna Possan (UTFPR)

Orientadora

Visto da Coordenaccedilatildeo

_______________________________

Prof Dr Lucas Boabaid Ibrahim Coordenador do Curso

- O Termo de Aprovaccedilatildeo assinado encontra-se na Coordenaccedilatildeo do Curso -

3

Dedico este trabalho aos meus pais

irmatildeos sobrinha meu marido Carlos

e agrave minha orientadora

4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus agrave minha famiacutelia ao meu marido que

sempre me apoiaram e incentivaram nesta nova empreitada

5

A experiecircncia sem a teoria eacute cega

e a teoria sem a experiecircncia eacute um puro jogo intelectual

Emmanuel Kant

6

RESUMO

RAZERA Jucelem Avaliaccedilatildeo comparativa dos custos de produccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo de concretos autoadensaacutevel e convencional 2012 Monografia

(Especializaccedilatildeo em Projeto de Estruturas) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Engenharia Civil ndash UTFPR Toledo

O concreto autoadensaacutevel (CAA) eacute um concreto que dispensa

o processo convencional de vibraccedilatildeo ou adensamento por ter capacidade de

fluir e preencher os espaccedilos da forma apenas atraveacutes de seu peso proacuteprio

sendo considerado uma evoluccedilatildeo da tecnologia do concreto No entanto sua

utilizaccedilatildeo ainda eacute muito pequena devido sobretudo agrave falta de normas e

meacutetodos de dosagem para determinaccedilatildeo da proporccedilatildeo dos materiais

constituintes da mistura levando em conta a economia e racionalidade e agrave

carecircncia de profissionais capacitados na aacuterea Nos uacuteltimos tempos vaacuterias

pesquisas vecircm sendo realizadas com o intuito de estabelecer meacutetodos de

dosagem para tornar o CAA um concreto de aplicaccedilatildeo comum Com o objetivo

de comparar os custos de aplicaccedilatildeo deste concreto com o concreto

convencional (CCV) esse estudo avaliou vaacuterios traccedilos de CAA e CCV

produzidos por Manuel (2005) e Tutikian (2007) Constatou-se que o CAA

apesar de apresentar um custo de produccedilatildeo mais elevado obteve um custo de

aplicaccedilatildeo em estrutura inferior ao CCV Isso se deve ao fato do CAA natildeo

necessitar de adensamento durante o lanccedilamento e de regularizaccedilatildeo para o

acabamento final da superfiacutecie concretada Quando comparado um concreto

convencional com mesmo teor de argamassa o concreto auto-adensaacutevel

apresentou qualidades similares poreacutem seu custo eacute superior Deste modo o

presente trabalho contribui para um conhecimento mais amplo do CAA para

que o mesmo possa ser aplicado com seguranccedila em edificaccedilotildees e obra

correntes de engenharia

Palavras-chave concreto autoadensaacutevel dosagem de concretos

concretos especiais aplicaccedilatildeo de concretos

7

ABSTRACT

RAZERA Jucelem Comparative assessment of the costs of production

and application of self-compacting concrete and conventional 2012

Monograph (Specialization in Structural Design) - Graduate Program in Civil

Engineering - UTFPR Toledo

The concrete autoadensaacutevel (SCC) is a concrete process that

eliminates the conventional vibration or compaction by having ability to flow and

fill the spaces of the form only through its own weight and is considered an

evolution of concrete technology Though its use is still very small owing

mainly to the lack of standards and measurement methods for determining the

proportion of the constituent materials of the mixture taking into account the

economy and rationality and the lack of trained professionals in the area

Recently several studies have been performed in order to establish

measurement methods to make the SCC a concrete common application With

the aim of comparing the costs of implementing this concrete with conventional

concrete (CCV) this study evaluated various traits SCC CCV and produced by

Manuel (2005) and Tutikian (2007) It was found that SCC although presenting

a higher production cost was obtained at a cost of implementation structure

below the CCV This is because the SCC does not require densification during

launch and regularization for the finishing of the surface concreted When

compared to a conventional concrete mortar with the same content the self-

compacting concrete had similar qualities but its cost is higher Thus this study

contributes to a broader knowledge of the SCC so that it can be safely applied

in buildings and work streams of engineering

Keywords self-compacting concrete batching of concrete special

concrete concrete application

8

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 9

LISTA DE TABELAS 10

SIGLAS 11

SIMBOLOS 12

1 INTRODUCcedilAtildeO 14

11 Objetivos 19

111 Objetivo Geral 19

112 Objetivos Especiacuteficos 19

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL 20

21 Definiccedilotildees 21

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo 22

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido 23

222 Fluidez 23

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo 24

224 Habilidade passante 25

225 Propriedades no estado endurecido 25

23 Ensaios no Estado Fresco 26

231 Espalhamento 27

232 Espalhamento T50cm 28

233 Funil ndash V 29

234 Caixa-L 30

235 Caixa-U 31

24 Meacutetodo de Dosagem 31

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004) 32

9

3 CONCRETO CONVENCIONAL 35

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 38

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos 38

42 Resistecircncias dos concretos 40

43 Custos dos concretos 45

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais 49

441 Volume de concreto 51

442 Forma de anaacutelise dos custos 51

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 52

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a resistecircncia) 52

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias 54

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura 60

6 CONCLUSOtildeES 64

REFEREcircNCIAS 62

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da

armadura formando um arco estaacutevel

25

Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA 27

Figura 3 Equipamento para o teste de espalhamento 28

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V 29

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees 30

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees 31

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004) 33

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA 33

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos 41

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores 50

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de

Manuel (2007)

52

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian 54

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 55

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 60

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

62

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

63

11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3 38

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3 39

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA 40

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA 40

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 41

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido 42

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido 43

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos 46

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

46

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano

transportado considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

48

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash

unidade msup3

48

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa

de cimento e areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

48

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005) 52

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007) 53

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 55

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 57

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra 60

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 61

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 62

12

SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CAA Concreto Autoadensaacutevel

CCV Concreto Convencional

IPT Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas

13

SIacuteMBOLOS

α teor de argamassa seca

ac relaccedilatildeo aacutegua-cimento em Kgkg

CAA concreto autoadensaacutevel (em inglecircs ldquoSelf-Compacting Concrete-SCCrdquo)

CAA-54 concreto autoadensaacutevel obtido com = 54

CCV concreto convencional

CCV-REF concreto convencional referencia (ou CCV-54)

CP IV-32 cimento Portland pozolacircnico cuja resistecircncia agrave compressatildeo aos 28

dias eacute de 32 MPa

Ec = moacutedulo de elasticidade do concreto

MPa mega Pascal

R$msup3 Reais por metro cuacutebico

Slump valor de abatimento do concreto pelo ensaio do cone de Abrams

SFT slump flow test (resultado do ensaio de espalhamento do concreto

autoadensaacutevel)

SP aditivo superplastificante

T traccedilo

14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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2

TERMO DE APROVACcedilAtildeO

Tiacutetulo da Monografia

AVALIACcedilAtildeO COMPARATIVA DOS CUSTOS DE PRODUCcedilAtildeO E

APLICACcedilAtildeO DE CONCRETOS AUTOADENSAacuteVEL E CONVENCIONAL

por

JUCELEM RAZERA

Esta monografia foi apresentada agraves dezesseis horas do dia dezoito de

dezembro de 2012 como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de

ESPECIALISTA EM PROJETO DE ESTRUTURAS Linha de Pesquisa

Concretos Especiais do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo da Universidade

Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute O candidato foi arguido pela Banca

Examinadora composta pelos professores abaixo assinados Apoacutes a

deliberaccedilatildeo a Banca Examinadora considerou o trabalho APROVADO

_______________________________

Profordf MSc Gladis Cristina Furlan (UTFPR)

_______________________________

Prof Dr Cristiano Poleto (UTFPR)

_______________________________

Profordf Dr Edna Possan (UTFPR)

Orientadora

Visto da Coordenaccedilatildeo

_______________________________

Prof Dr Lucas Boabaid Ibrahim Coordenador do Curso

- O Termo de Aprovaccedilatildeo assinado encontra-se na Coordenaccedilatildeo do Curso -

3

Dedico este trabalho aos meus pais

irmatildeos sobrinha meu marido Carlos

e agrave minha orientadora

4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus agrave minha famiacutelia ao meu marido que

sempre me apoiaram e incentivaram nesta nova empreitada

5

A experiecircncia sem a teoria eacute cega

e a teoria sem a experiecircncia eacute um puro jogo intelectual

Emmanuel Kant

6

RESUMO

RAZERA Jucelem Avaliaccedilatildeo comparativa dos custos de produccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo de concretos autoadensaacutevel e convencional 2012 Monografia

(Especializaccedilatildeo em Projeto de Estruturas) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Engenharia Civil ndash UTFPR Toledo

O concreto autoadensaacutevel (CAA) eacute um concreto que dispensa

o processo convencional de vibraccedilatildeo ou adensamento por ter capacidade de

fluir e preencher os espaccedilos da forma apenas atraveacutes de seu peso proacuteprio

sendo considerado uma evoluccedilatildeo da tecnologia do concreto No entanto sua

utilizaccedilatildeo ainda eacute muito pequena devido sobretudo agrave falta de normas e

meacutetodos de dosagem para determinaccedilatildeo da proporccedilatildeo dos materiais

constituintes da mistura levando em conta a economia e racionalidade e agrave

carecircncia de profissionais capacitados na aacuterea Nos uacuteltimos tempos vaacuterias

pesquisas vecircm sendo realizadas com o intuito de estabelecer meacutetodos de

dosagem para tornar o CAA um concreto de aplicaccedilatildeo comum Com o objetivo

de comparar os custos de aplicaccedilatildeo deste concreto com o concreto

convencional (CCV) esse estudo avaliou vaacuterios traccedilos de CAA e CCV

produzidos por Manuel (2005) e Tutikian (2007) Constatou-se que o CAA

apesar de apresentar um custo de produccedilatildeo mais elevado obteve um custo de

aplicaccedilatildeo em estrutura inferior ao CCV Isso se deve ao fato do CAA natildeo

necessitar de adensamento durante o lanccedilamento e de regularizaccedilatildeo para o

acabamento final da superfiacutecie concretada Quando comparado um concreto

convencional com mesmo teor de argamassa o concreto auto-adensaacutevel

apresentou qualidades similares poreacutem seu custo eacute superior Deste modo o

presente trabalho contribui para um conhecimento mais amplo do CAA para

que o mesmo possa ser aplicado com seguranccedila em edificaccedilotildees e obra

correntes de engenharia

Palavras-chave concreto autoadensaacutevel dosagem de concretos

concretos especiais aplicaccedilatildeo de concretos

7

ABSTRACT

RAZERA Jucelem Comparative assessment of the costs of production

and application of self-compacting concrete and conventional 2012

Monograph (Specialization in Structural Design) - Graduate Program in Civil

Engineering - UTFPR Toledo

The concrete autoadensaacutevel (SCC) is a concrete process that

eliminates the conventional vibration or compaction by having ability to flow and

fill the spaces of the form only through its own weight and is considered an

evolution of concrete technology Though its use is still very small owing

mainly to the lack of standards and measurement methods for determining the

proportion of the constituent materials of the mixture taking into account the

economy and rationality and the lack of trained professionals in the area

Recently several studies have been performed in order to establish

measurement methods to make the SCC a concrete common application With

the aim of comparing the costs of implementing this concrete with conventional

concrete (CCV) this study evaluated various traits SCC CCV and produced by

Manuel (2005) and Tutikian (2007) It was found that SCC although presenting

a higher production cost was obtained at a cost of implementation structure

below the CCV This is because the SCC does not require densification during

launch and regularization for the finishing of the surface concreted When

compared to a conventional concrete mortar with the same content the self-

compacting concrete had similar qualities but its cost is higher Thus this study

contributes to a broader knowledge of the SCC so that it can be safely applied

in buildings and work streams of engineering

Keywords self-compacting concrete batching of concrete special

concrete concrete application

8

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 9

LISTA DE TABELAS 10

SIGLAS 11

SIMBOLOS 12

1 INTRODUCcedilAtildeO 14

11 Objetivos 19

111 Objetivo Geral 19

112 Objetivos Especiacuteficos 19

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL 20

21 Definiccedilotildees 21

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo 22

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido 23

222 Fluidez 23

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo 24

224 Habilidade passante 25

225 Propriedades no estado endurecido 25

23 Ensaios no Estado Fresco 26

231 Espalhamento 27

232 Espalhamento T50cm 28

233 Funil ndash V 29

234 Caixa-L 30

235 Caixa-U 31

24 Meacutetodo de Dosagem 31

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004) 32

9

3 CONCRETO CONVENCIONAL 35

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 38

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos 38

42 Resistecircncias dos concretos 40

43 Custos dos concretos 45

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais 49

441 Volume de concreto 51

442 Forma de anaacutelise dos custos 51

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 52

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a resistecircncia) 52

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias 54

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura 60

6 CONCLUSOtildeES 64

REFEREcircNCIAS 62

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da

armadura formando um arco estaacutevel

25

Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA 27

Figura 3 Equipamento para o teste de espalhamento 28

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V 29

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees 30

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees 31

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004) 33

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA 33

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos 41

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores 50

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de

Manuel (2007)

52

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian 54

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 55

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 60

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

62

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

63

11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3 38

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3 39

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA 40

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA 40

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 41

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido 42

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido 43

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos 46

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

46

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano

transportado considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

48

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash

unidade msup3

48

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa

de cimento e areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

48

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005) 52

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007) 53

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 55

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 57

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra 60

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 61

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 62

12

SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CAA Concreto Autoadensaacutevel

CCV Concreto Convencional

IPT Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas

13

SIacuteMBOLOS

α teor de argamassa seca

ac relaccedilatildeo aacutegua-cimento em Kgkg

CAA concreto autoadensaacutevel (em inglecircs ldquoSelf-Compacting Concrete-SCCrdquo)

CAA-54 concreto autoadensaacutevel obtido com = 54

CCV concreto convencional

CCV-REF concreto convencional referencia (ou CCV-54)

CP IV-32 cimento Portland pozolacircnico cuja resistecircncia agrave compressatildeo aos 28

dias eacute de 32 MPa

Ec = moacutedulo de elasticidade do concreto

MPa mega Pascal

R$msup3 Reais por metro cuacutebico

Slump valor de abatimento do concreto pelo ensaio do cone de Abrams

SFT slump flow test (resultado do ensaio de espalhamento do concreto

autoadensaacutevel)

SP aditivo superplastificante

T traccedilo

14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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3

Dedico este trabalho aos meus pais

irmatildeos sobrinha meu marido Carlos

e agrave minha orientadora

4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus agrave minha famiacutelia ao meu marido que

sempre me apoiaram e incentivaram nesta nova empreitada

5

A experiecircncia sem a teoria eacute cega

e a teoria sem a experiecircncia eacute um puro jogo intelectual

Emmanuel Kant

6

RESUMO

RAZERA Jucelem Avaliaccedilatildeo comparativa dos custos de produccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo de concretos autoadensaacutevel e convencional 2012 Monografia

(Especializaccedilatildeo em Projeto de Estruturas) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Engenharia Civil ndash UTFPR Toledo

O concreto autoadensaacutevel (CAA) eacute um concreto que dispensa

o processo convencional de vibraccedilatildeo ou adensamento por ter capacidade de

fluir e preencher os espaccedilos da forma apenas atraveacutes de seu peso proacuteprio

sendo considerado uma evoluccedilatildeo da tecnologia do concreto No entanto sua

utilizaccedilatildeo ainda eacute muito pequena devido sobretudo agrave falta de normas e

meacutetodos de dosagem para determinaccedilatildeo da proporccedilatildeo dos materiais

constituintes da mistura levando em conta a economia e racionalidade e agrave

carecircncia de profissionais capacitados na aacuterea Nos uacuteltimos tempos vaacuterias

pesquisas vecircm sendo realizadas com o intuito de estabelecer meacutetodos de

dosagem para tornar o CAA um concreto de aplicaccedilatildeo comum Com o objetivo

de comparar os custos de aplicaccedilatildeo deste concreto com o concreto

convencional (CCV) esse estudo avaliou vaacuterios traccedilos de CAA e CCV

produzidos por Manuel (2005) e Tutikian (2007) Constatou-se que o CAA

apesar de apresentar um custo de produccedilatildeo mais elevado obteve um custo de

aplicaccedilatildeo em estrutura inferior ao CCV Isso se deve ao fato do CAA natildeo

necessitar de adensamento durante o lanccedilamento e de regularizaccedilatildeo para o

acabamento final da superfiacutecie concretada Quando comparado um concreto

convencional com mesmo teor de argamassa o concreto auto-adensaacutevel

apresentou qualidades similares poreacutem seu custo eacute superior Deste modo o

presente trabalho contribui para um conhecimento mais amplo do CAA para

que o mesmo possa ser aplicado com seguranccedila em edificaccedilotildees e obra

correntes de engenharia

Palavras-chave concreto autoadensaacutevel dosagem de concretos

concretos especiais aplicaccedilatildeo de concretos

7

ABSTRACT

RAZERA Jucelem Comparative assessment of the costs of production

and application of self-compacting concrete and conventional 2012

Monograph (Specialization in Structural Design) - Graduate Program in Civil

Engineering - UTFPR Toledo

The concrete autoadensaacutevel (SCC) is a concrete process that

eliminates the conventional vibration or compaction by having ability to flow and

fill the spaces of the form only through its own weight and is considered an

evolution of concrete technology Though its use is still very small owing

mainly to the lack of standards and measurement methods for determining the

proportion of the constituent materials of the mixture taking into account the

economy and rationality and the lack of trained professionals in the area

Recently several studies have been performed in order to establish

measurement methods to make the SCC a concrete common application With

the aim of comparing the costs of implementing this concrete with conventional

concrete (CCV) this study evaluated various traits SCC CCV and produced by

Manuel (2005) and Tutikian (2007) It was found that SCC although presenting

a higher production cost was obtained at a cost of implementation structure

below the CCV This is because the SCC does not require densification during

launch and regularization for the finishing of the surface concreted When

compared to a conventional concrete mortar with the same content the self-

compacting concrete had similar qualities but its cost is higher Thus this study

contributes to a broader knowledge of the SCC so that it can be safely applied

in buildings and work streams of engineering

Keywords self-compacting concrete batching of concrete special

concrete concrete application

8

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 9

LISTA DE TABELAS 10

SIGLAS 11

SIMBOLOS 12

1 INTRODUCcedilAtildeO 14

11 Objetivos 19

111 Objetivo Geral 19

112 Objetivos Especiacuteficos 19

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL 20

21 Definiccedilotildees 21

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo 22

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido 23

222 Fluidez 23

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo 24

224 Habilidade passante 25

225 Propriedades no estado endurecido 25

23 Ensaios no Estado Fresco 26

231 Espalhamento 27

232 Espalhamento T50cm 28

233 Funil ndash V 29

234 Caixa-L 30

235 Caixa-U 31

24 Meacutetodo de Dosagem 31

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004) 32

9

3 CONCRETO CONVENCIONAL 35

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 38

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos 38

42 Resistecircncias dos concretos 40

43 Custos dos concretos 45

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais 49

441 Volume de concreto 51

442 Forma de anaacutelise dos custos 51

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 52

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a resistecircncia) 52

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias 54

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura 60

6 CONCLUSOtildeES 64

REFEREcircNCIAS 62

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da

armadura formando um arco estaacutevel

25

Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA 27

Figura 3 Equipamento para o teste de espalhamento 28

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V 29

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees 30

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees 31

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004) 33

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA 33

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos 41

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores 50

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de

Manuel (2007)

52

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian 54

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 55

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 60

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

62

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

63

11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3 38

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3 39

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA 40

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA 40

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 41

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido 42

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido 43

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos 46

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

46

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano

transportado considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

48

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash

unidade msup3

48

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa

de cimento e areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

48

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005) 52

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007) 53

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 55

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 57

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra 60

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 61

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 62

12

SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CAA Concreto Autoadensaacutevel

CCV Concreto Convencional

IPT Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas

13

SIacuteMBOLOS

α teor de argamassa seca

ac relaccedilatildeo aacutegua-cimento em Kgkg

CAA concreto autoadensaacutevel (em inglecircs ldquoSelf-Compacting Concrete-SCCrdquo)

CAA-54 concreto autoadensaacutevel obtido com = 54

CCV concreto convencional

CCV-REF concreto convencional referencia (ou CCV-54)

CP IV-32 cimento Portland pozolacircnico cuja resistecircncia agrave compressatildeo aos 28

dias eacute de 32 MPa

Ec = moacutedulo de elasticidade do concreto

MPa mega Pascal

R$msup3 Reais por metro cuacutebico

Slump valor de abatimento do concreto pelo ensaio do cone de Abrams

SFT slump flow test (resultado do ensaio de espalhamento do concreto

autoadensaacutevel)

SP aditivo superplastificante

T traccedilo

14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

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R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus agrave minha famiacutelia ao meu marido que

sempre me apoiaram e incentivaram nesta nova empreitada

5

A experiecircncia sem a teoria eacute cega

e a teoria sem a experiecircncia eacute um puro jogo intelectual

Emmanuel Kant

6

RESUMO

RAZERA Jucelem Avaliaccedilatildeo comparativa dos custos de produccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo de concretos autoadensaacutevel e convencional 2012 Monografia

(Especializaccedilatildeo em Projeto de Estruturas) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Engenharia Civil ndash UTFPR Toledo

O concreto autoadensaacutevel (CAA) eacute um concreto que dispensa

o processo convencional de vibraccedilatildeo ou adensamento por ter capacidade de

fluir e preencher os espaccedilos da forma apenas atraveacutes de seu peso proacuteprio

sendo considerado uma evoluccedilatildeo da tecnologia do concreto No entanto sua

utilizaccedilatildeo ainda eacute muito pequena devido sobretudo agrave falta de normas e

meacutetodos de dosagem para determinaccedilatildeo da proporccedilatildeo dos materiais

constituintes da mistura levando em conta a economia e racionalidade e agrave

carecircncia de profissionais capacitados na aacuterea Nos uacuteltimos tempos vaacuterias

pesquisas vecircm sendo realizadas com o intuito de estabelecer meacutetodos de

dosagem para tornar o CAA um concreto de aplicaccedilatildeo comum Com o objetivo

de comparar os custos de aplicaccedilatildeo deste concreto com o concreto

convencional (CCV) esse estudo avaliou vaacuterios traccedilos de CAA e CCV

produzidos por Manuel (2005) e Tutikian (2007) Constatou-se que o CAA

apesar de apresentar um custo de produccedilatildeo mais elevado obteve um custo de

aplicaccedilatildeo em estrutura inferior ao CCV Isso se deve ao fato do CAA natildeo

necessitar de adensamento durante o lanccedilamento e de regularizaccedilatildeo para o

acabamento final da superfiacutecie concretada Quando comparado um concreto

convencional com mesmo teor de argamassa o concreto auto-adensaacutevel

apresentou qualidades similares poreacutem seu custo eacute superior Deste modo o

presente trabalho contribui para um conhecimento mais amplo do CAA para

que o mesmo possa ser aplicado com seguranccedila em edificaccedilotildees e obra

correntes de engenharia

Palavras-chave concreto autoadensaacutevel dosagem de concretos

concretos especiais aplicaccedilatildeo de concretos

7

ABSTRACT

RAZERA Jucelem Comparative assessment of the costs of production

and application of self-compacting concrete and conventional 2012

Monograph (Specialization in Structural Design) - Graduate Program in Civil

Engineering - UTFPR Toledo

The concrete autoadensaacutevel (SCC) is a concrete process that

eliminates the conventional vibration or compaction by having ability to flow and

fill the spaces of the form only through its own weight and is considered an

evolution of concrete technology Though its use is still very small owing

mainly to the lack of standards and measurement methods for determining the

proportion of the constituent materials of the mixture taking into account the

economy and rationality and the lack of trained professionals in the area

Recently several studies have been performed in order to establish

measurement methods to make the SCC a concrete common application With

the aim of comparing the costs of implementing this concrete with conventional

concrete (CCV) this study evaluated various traits SCC CCV and produced by

Manuel (2005) and Tutikian (2007) It was found that SCC although presenting

a higher production cost was obtained at a cost of implementation structure

below the CCV This is because the SCC does not require densification during

launch and regularization for the finishing of the surface concreted When

compared to a conventional concrete mortar with the same content the self-

compacting concrete had similar qualities but its cost is higher Thus this study

contributes to a broader knowledge of the SCC so that it can be safely applied

in buildings and work streams of engineering

Keywords self-compacting concrete batching of concrete special

concrete concrete application

8

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 9

LISTA DE TABELAS 10

SIGLAS 11

SIMBOLOS 12

1 INTRODUCcedilAtildeO 14

11 Objetivos 19

111 Objetivo Geral 19

112 Objetivos Especiacuteficos 19

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL 20

21 Definiccedilotildees 21

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo 22

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido 23

222 Fluidez 23

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo 24

224 Habilidade passante 25

225 Propriedades no estado endurecido 25

23 Ensaios no Estado Fresco 26

231 Espalhamento 27

232 Espalhamento T50cm 28

233 Funil ndash V 29

234 Caixa-L 30

235 Caixa-U 31

24 Meacutetodo de Dosagem 31

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004) 32

9

3 CONCRETO CONVENCIONAL 35

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 38

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos 38

42 Resistecircncias dos concretos 40

43 Custos dos concretos 45

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais 49

441 Volume de concreto 51

442 Forma de anaacutelise dos custos 51

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 52

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a resistecircncia) 52

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias 54

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura 60

6 CONCLUSOtildeES 64

REFEREcircNCIAS 62

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da

armadura formando um arco estaacutevel

25

Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA 27

Figura 3 Equipamento para o teste de espalhamento 28

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V 29

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees 30

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees 31

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004) 33

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA 33

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos 41

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores 50

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de

Manuel (2007)

52

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian 54

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 55

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 60

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

62

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

63

11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3 38

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3 39

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA 40

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA 40

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 41

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido 42

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido 43

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos 46

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

46

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano

transportado considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

48

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash

unidade msup3

48

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa

de cimento e areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

48

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005) 52

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007) 53

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 55

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 57

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra 60

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 61

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 62

12

SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CAA Concreto Autoadensaacutevel

CCV Concreto Convencional

IPT Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas

13

SIacuteMBOLOS

α teor de argamassa seca

ac relaccedilatildeo aacutegua-cimento em Kgkg

CAA concreto autoadensaacutevel (em inglecircs ldquoSelf-Compacting Concrete-SCCrdquo)

CAA-54 concreto autoadensaacutevel obtido com = 54

CCV concreto convencional

CCV-REF concreto convencional referencia (ou CCV-54)

CP IV-32 cimento Portland pozolacircnico cuja resistecircncia agrave compressatildeo aos 28

dias eacute de 32 MPa

Ec = moacutedulo de elasticidade do concreto

MPa mega Pascal

R$msup3 Reais por metro cuacutebico

Slump valor de abatimento do concreto pelo ensaio do cone de Abrams

SFT slump flow test (resultado do ensaio de espalhamento do concreto

autoadensaacutevel)

SP aditivo superplastificante

T traccedilo

14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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5

A experiecircncia sem a teoria eacute cega

e a teoria sem a experiecircncia eacute um puro jogo intelectual

Emmanuel Kant

6

RESUMO

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aplicaccedilatildeo de concretos autoadensaacutevel e convencional 2012 Monografia

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O concreto autoadensaacutevel (CAA) eacute um concreto que dispensa

o processo convencional de vibraccedilatildeo ou adensamento por ter capacidade de

fluir e preencher os espaccedilos da forma apenas atraveacutes de seu peso proacuteprio

sendo considerado uma evoluccedilatildeo da tecnologia do concreto No entanto sua

utilizaccedilatildeo ainda eacute muito pequena devido sobretudo agrave falta de normas e

meacutetodos de dosagem para determinaccedilatildeo da proporccedilatildeo dos materiais

constituintes da mistura levando em conta a economia e racionalidade e agrave

carecircncia de profissionais capacitados na aacuterea Nos uacuteltimos tempos vaacuterias

pesquisas vecircm sendo realizadas com o intuito de estabelecer meacutetodos de

dosagem para tornar o CAA um concreto de aplicaccedilatildeo comum Com o objetivo

de comparar os custos de aplicaccedilatildeo deste concreto com o concreto

convencional (CCV) esse estudo avaliou vaacuterios traccedilos de CAA e CCV

produzidos por Manuel (2005) e Tutikian (2007) Constatou-se que o CAA

apesar de apresentar um custo de produccedilatildeo mais elevado obteve um custo de

aplicaccedilatildeo em estrutura inferior ao CCV Isso se deve ao fato do CAA natildeo

necessitar de adensamento durante o lanccedilamento e de regularizaccedilatildeo para o

acabamento final da superfiacutecie concretada Quando comparado um concreto

convencional com mesmo teor de argamassa o concreto auto-adensaacutevel

apresentou qualidades similares poreacutem seu custo eacute superior Deste modo o

presente trabalho contribui para um conhecimento mais amplo do CAA para

que o mesmo possa ser aplicado com seguranccedila em edificaccedilotildees e obra

correntes de engenharia

Palavras-chave concreto autoadensaacutevel dosagem de concretos

concretos especiais aplicaccedilatildeo de concretos

7

ABSTRACT

RAZERA Jucelem Comparative assessment of the costs of production

and application of self-compacting concrete and conventional 2012

Monograph (Specialization in Structural Design) - Graduate Program in Civil

Engineering - UTFPR Toledo

The concrete autoadensaacutevel (SCC) is a concrete process that

eliminates the conventional vibration or compaction by having ability to flow and

fill the spaces of the form only through its own weight and is considered an

evolution of concrete technology Though its use is still very small owing

mainly to the lack of standards and measurement methods for determining the

proportion of the constituent materials of the mixture taking into account the

economy and rationality and the lack of trained professionals in the area

Recently several studies have been performed in order to establish

measurement methods to make the SCC a concrete common application With

the aim of comparing the costs of implementing this concrete with conventional

concrete (CCV) this study evaluated various traits SCC CCV and produced by

Manuel (2005) and Tutikian (2007) It was found that SCC although presenting

a higher production cost was obtained at a cost of implementation structure

below the CCV This is because the SCC does not require densification during

launch and regularization for the finishing of the surface concreted When

compared to a conventional concrete mortar with the same content the self-

compacting concrete had similar qualities but its cost is higher Thus this study

contributes to a broader knowledge of the SCC so that it can be safely applied

in buildings and work streams of engineering

Keywords self-compacting concrete batching of concrete special

concrete concrete application

8

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 9

LISTA DE TABELAS 10

SIGLAS 11

SIMBOLOS 12

1 INTRODUCcedilAtildeO 14

11 Objetivos 19

111 Objetivo Geral 19

112 Objetivos Especiacuteficos 19

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL 20

21 Definiccedilotildees 21

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo 22

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido 23

222 Fluidez 23

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo 24

224 Habilidade passante 25

225 Propriedades no estado endurecido 25

23 Ensaios no Estado Fresco 26

231 Espalhamento 27

232 Espalhamento T50cm 28

233 Funil ndash V 29

234 Caixa-L 30

235 Caixa-U 31

24 Meacutetodo de Dosagem 31

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004) 32

9

3 CONCRETO CONVENCIONAL 35

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 38

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos 38

42 Resistecircncias dos concretos 40

43 Custos dos concretos 45

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais 49

441 Volume de concreto 51

442 Forma de anaacutelise dos custos 51

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 52

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a resistecircncia) 52

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias 54

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura 60

6 CONCLUSOtildeES 64

REFEREcircNCIAS 62

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da

armadura formando um arco estaacutevel

25

Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA 27

Figura 3 Equipamento para o teste de espalhamento 28

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V 29

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees 30

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees 31

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004) 33

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA 33

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos 41

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores 50

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de

Manuel (2007)

52

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian 54

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 55

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 60

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

62

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

63

11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3 38

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3 39

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA 40

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA 40

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 41

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido 42

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido 43

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos 46

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

46

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano

transportado considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

48

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash

unidade msup3

48

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa

de cimento e areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

48

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005) 52

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007) 53

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 55

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 57

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra 60

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 61

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 62

12

SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CAA Concreto Autoadensaacutevel

CCV Concreto Convencional

IPT Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas

13

SIacuteMBOLOS

α teor de argamassa seca

ac relaccedilatildeo aacutegua-cimento em Kgkg

CAA concreto autoadensaacutevel (em inglecircs ldquoSelf-Compacting Concrete-SCCrdquo)

CAA-54 concreto autoadensaacutevel obtido com = 54

CCV concreto convencional

CCV-REF concreto convencional referencia (ou CCV-54)

CP IV-32 cimento Portland pozolacircnico cuja resistecircncia agrave compressatildeo aos 28

dias eacute de 32 MPa

Ec = moacutedulo de elasticidade do concreto

MPa mega Pascal

R$msup3 Reais por metro cuacutebico

Slump valor de abatimento do concreto pelo ensaio do cone de Abrams

SFT slump flow test (resultado do ensaio de espalhamento do concreto

autoadensaacutevel)

SP aditivo superplastificante

T traccedilo

14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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6

RESUMO

RAZERA Jucelem Avaliaccedilatildeo comparativa dos custos de produccedilatildeo e

aplicaccedilatildeo de concretos autoadensaacutevel e convencional 2012 Monografia

(Especializaccedilatildeo em Projeto de Estruturas) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em

Engenharia Civil ndash UTFPR Toledo

O concreto autoadensaacutevel (CAA) eacute um concreto que dispensa

o processo convencional de vibraccedilatildeo ou adensamento por ter capacidade de

fluir e preencher os espaccedilos da forma apenas atraveacutes de seu peso proacuteprio

sendo considerado uma evoluccedilatildeo da tecnologia do concreto No entanto sua

utilizaccedilatildeo ainda eacute muito pequena devido sobretudo agrave falta de normas e

meacutetodos de dosagem para determinaccedilatildeo da proporccedilatildeo dos materiais

constituintes da mistura levando em conta a economia e racionalidade e agrave

carecircncia de profissionais capacitados na aacuterea Nos uacuteltimos tempos vaacuterias

pesquisas vecircm sendo realizadas com o intuito de estabelecer meacutetodos de

dosagem para tornar o CAA um concreto de aplicaccedilatildeo comum Com o objetivo

de comparar os custos de aplicaccedilatildeo deste concreto com o concreto

convencional (CCV) esse estudo avaliou vaacuterios traccedilos de CAA e CCV

produzidos por Manuel (2005) e Tutikian (2007) Constatou-se que o CAA

apesar de apresentar um custo de produccedilatildeo mais elevado obteve um custo de

aplicaccedilatildeo em estrutura inferior ao CCV Isso se deve ao fato do CAA natildeo

necessitar de adensamento durante o lanccedilamento e de regularizaccedilatildeo para o

acabamento final da superfiacutecie concretada Quando comparado um concreto

convencional com mesmo teor de argamassa o concreto auto-adensaacutevel

apresentou qualidades similares poreacutem seu custo eacute superior Deste modo o

presente trabalho contribui para um conhecimento mais amplo do CAA para

que o mesmo possa ser aplicado com seguranccedila em edificaccedilotildees e obra

correntes de engenharia

Palavras-chave concreto autoadensaacutevel dosagem de concretos

concretos especiais aplicaccedilatildeo de concretos

7

ABSTRACT

RAZERA Jucelem Comparative assessment of the costs of production

and application of self-compacting concrete and conventional 2012

Monograph (Specialization in Structural Design) - Graduate Program in Civil

Engineering - UTFPR Toledo

The concrete autoadensaacutevel (SCC) is a concrete process that

eliminates the conventional vibration or compaction by having ability to flow and

fill the spaces of the form only through its own weight and is considered an

evolution of concrete technology Though its use is still very small owing

mainly to the lack of standards and measurement methods for determining the

proportion of the constituent materials of the mixture taking into account the

economy and rationality and the lack of trained professionals in the area

Recently several studies have been performed in order to establish

measurement methods to make the SCC a concrete common application With

the aim of comparing the costs of implementing this concrete with conventional

concrete (CCV) this study evaluated various traits SCC CCV and produced by

Manuel (2005) and Tutikian (2007) It was found that SCC although presenting

a higher production cost was obtained at a cost of implementation structure

below the CCV This is because the SCC does not require densification during

launch and regularization for the finishing of the surface concreted When

compared to a conventional concrete mortar with the same content the self-

compacting concrete had similar qualities but its cost is higher Thus this study

contributes to a broader knowledge of the SCC so that it can be safely applied

in buildings and work streams of engineering

Keywords self-compacting concrete batching of concrete special

concrete concrete application

8

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 9

LISTA DE TABELAS 10

SIGLAS 11

SIMBOLOS 12

1 INTRODUCcedilAtildeO 14

11 Objetivos 19

111 Objetivo Geral 19

112 Objetivos Especiacuteficos 19

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL 20

21 Definiccedilotildees 21

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo 22

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido 23

222 Fluidez 23

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo 24

224 Habilidade passante 25

225 Propriedades no estado endurecido 25

23 Ensaios no Estado Fresco 26

231 Espalhamento 27

232 Espalhamento T50cm 28

233 Funil ndash V 29

234 Caixa-L 30

235 Caixa-U 31

24 Meacutetodo de Dosagem 31

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004) 32

9

3 CONCRETO CONVENCIONAL 35

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 38

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos 38

42 Resistecircncias dos concretos 40

43 Custos dos concretos 45

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais 49

441 Volume de concreto 51

442 Forma de anaacutelise dos custos 51

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 52

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a resistecircncia) 52

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias 54

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura 60

6 CONCLUSOtildeES 64

REFEREcircNCIAS 62

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da

armadura formando um arco estaacutevel

25

Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA 27

Figura 3 Equipamento para o teste de espalhamento 28

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V 29

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees 30

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees 31

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004) 33

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA 33

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos 41

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores 50

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de

Manuel (2007)

52

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian 54

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 55

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 60

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

62

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

63

11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3 38

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3 39

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA 40

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA 40

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 41

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido 42

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido 43

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos 46

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

46

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano

transportado considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

48

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash

unidade msup3

48

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa

de cimento e areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

48

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005) 52

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007) 53

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 55

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 57

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra 60

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 61

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 62

12

SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CAA Concreto Autoadensaacutevel

CCV Concreto Convencional

IPT Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas

13

SIacuteMBOLOS

α teor de argamassa seca

ac relaccedilatildeo aacutegua-cimento em Kgkg

CAA concreto autoadensaacutevel (em inglecircs ldquoSelf-Compacting Concrete-SCCrdquo)

CAA-54 concreto autoadensaacutevel obtido com = 54

CCV concreto convencional

CCV-REF concreto convencional referencia (ou CCV-54)

CP IV-32 cimento Portland pozolacircnico cuja resistecircncia agrave compressatildeo aos 28

dias eacute de 32 MPa

Ec = moacutedulo de elasticidade do concreto

MPa mega Pascal

R$msup3 Reais por metro cuacutebico

Slump valor de abatimento do concreto pelo ensaio do cone de Abrams

SFT slump flow test (resultado do ensaio de espalhamento do concreto

autoadensaacutevel)

SP aditivo superplastificante

T traccedilo

14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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7

ABSTRACT

RAZERA Jucelem Comparative assessment of the costs of production

and application of self-compacting concrete and conventional 2012

Monograph (Specialization in Structural Design) - Graduate Program in Civil

Engineering - UTFPR Toledo

The concrete autoadensaacutevel (SCC) is a concrete process that

eliminates the conventional vibration or compaction by having ability to flow and

fill the spaces of the form only through its own weight and is considered an

evolution of concrete technology Though its use is still very small owing

mainly to the lack of standards and measurement methods for determining the

proportion of the constituent materials of the mixture taking into account the

economy and rationality and the lack of trained professionals in the area

Recently several studies have been performed in order to establish

measurement methods to make the SCC a concrete common application With

the aim of comparing the costs of implementing this concrete with conventional

concrete (CCV) this study evaluated various traits SCC CCV and produced by

Manuel (2005) and Tutikian (2007) It was found that SCC although presenting

a higher production cost was obtained at a cost of implementation structure

below the CCV This is because the SCC does not require densification during

launch and regularization for the finishing of the surface concreted When

compared to a conventional concrete mortar with the same content the self-

compacting concrete had similar qualities but its cost is higher Thus this study

contributes to a broader knowledge of the SCC so that it can be safely applied

in buildings and work streams of engineering

Keywords self-compacting concrete batching of concrete special

concrete concrete application

8

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 9

LISTA DE TABELAS 10

SIGLAS 11

SIMBOLOS 12

1 INTRODUCcedilAtildeO 14

11 Objetivos 19

111 Objetivo Geral 19

112 Objetivos Especiacuteficos 19

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL 20

21 Definiccedilotildees 21

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo 22

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido 23

222 Fluidez 23

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo 24

224 Habilidade passante 25

225 Propriedades no estado endurecido 25

23 Ensaios no Estado Fresco 26

231 Espalhamento 27

232 Espalhamento T50cm 28

233 Funil ndash V 29

234 Caixa-L 30

235 Caixa-U 31

24 Meacutetodo de Dosagem 31

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004) 32

9

3 CONCRETO CONVENCIONAL 35

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 38

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos 38

42 Resistecircncias dos concretos 40

43 Custos dos concretos 45

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais 49

441 Volume de concreto 51

442 Forma de anaacutelise dos custos 51

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 52

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a resistecircncia) 52

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias 54

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura 60

6 CONCLUSOtildeES 64

REFEREcircNCIAS 62

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da

armadura formando um arco estaacutevel

25

Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA 27

Figura 3 Equipamento para o teste de espalhamento 28

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V 29

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees 30

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees 31

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004) 33

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA 33

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos 41

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores 50

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de

Manuel (2007)

52

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian 54

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 55

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 60

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

62

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

63

11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3 38

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3 39

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA 40

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA 40

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 41

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido 42

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido 43

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos 46

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

46

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano

transportado considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

48

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash

unidade msup3

48

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa

de cimento e areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

48

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005) 52

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007) 53

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 55

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 57

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra 60

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 61

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 62

12

SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CAA Concreto Autoadensaacutevel

CCV Concreto Convencional

IPT Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas

13

SIacuteMBOLOS

α teor de argamassa seca

ac relaccedilatildeo aacutegua-cimento em Kgkg

CAA concreto autoadensaacutevel (em inglecircs ldquoSelf-Compacting Concrete-SCCrdquo)

CAA-54 concreto autoadensaacutevel obtido com = 54

CCV concreto convencional

CCV-REF concreto convencional referencia (ou CCV-54)

CP IV-32 cimento Portland pozolacircnico cuja resistecircncia agrave compressatildeo aos 28

dias eacute de 32 MPa

Ec = moacutedulo de elasticidade do concreto

MPa mega Pascal

R$msup3 Reais por metro cuacutebico

Slump valor de abatimento do concreto pelo ensaio do cone de Abrams

SFT slump flow test (resultado do ensaio de espalhamento do concreto

autoadensaacutevel)

SP aditivo superplastificante

T traccedilo

14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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8

SUMAacuteRIO

LISTA DE FIGURAS 9

LISTA DE TABELAS 10

SIGLAS 11

SIMBOLOS 12

1 INTRODUCcedilAtildeO 14

11 Objetivos 19

111 Objetivo Geral 19

112 Objetivos Especiacuteficos 19

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL 20

21 Definiccedilotildees 21

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo 22

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido 23

222 Fluidez 23

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo 24

224 Habilidade passante 25

225 Propriedades no estado endurecido 25

23 Ensaios no Estado Fresco 26

231 Espalhamento 27

232 Espalhamento T50cm 28

233 Funil ndash V 29

234 Caixa-L 30

235 Caixa-U 31

24 Meacutetodo de Dosagem 31

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004) 32

9

3 CONCRETO CONVENCIONAL 35

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 38

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos 38

42 Resistecircncias dos concretos 40

43 Custos dos concretos 45

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais 49

441 Volume de concreto 51

442 Forma de anaacutelise dos custos 51

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 52

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a resistecircncia) 52

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias 54

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura 60

6 CONCLUSOtildeES 64

REFEREcircNCIAS 62

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da

armadura formando um arco estaacutevel

25

Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA 27

Figura 3 Equipamento para o teste de espalhamento 28

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V 29

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees 30

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees 31

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004) 33

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA 33

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos 41

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores 50

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de

Manuel (2007)

52

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian 54

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 55

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 60

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

62

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

63

11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3 38

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3 39

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA 40

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA 40

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 41

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido 42

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido 43

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos 46

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

46

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano

transportado considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

48

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash

unidade msup3

48

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa

de cimento e areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

48

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005) 52

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007) 53

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 55

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 57

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra 60

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 61

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 62

12

SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CAA Concreto Autoadensaacutevel

CCV Concreto Convencional

IPT Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas

13

SIacuteMBOLOS

α teor de argamassa seca

ac relaccedilatildeo aacutegua-cimento em Kgkg

CAA concreto autoadensaacutevel (em inglecircs ldquoSelf-Compacting Concrete-SCCrdquo)

CAA-54 concreto autoadensaacutevel obtido com = 54

CCV concreto convencional

CCV-REF concreto convencional referencia (ou CCV-54)

CP IV-32 cimento Portland pozolacircnico cuja resistecircncia agrave compressatildeo aos 28

dias eacute de 32 MPa

Ec = moacutedulo de elasticidade do concreto

MPa mega Pascal

R$msup3 Reais por metro cuacutebico

Slump valor de abatimento do concreto pelo ensaio do cone de Abrams

SFT slump flow test (resultado do ensaio de espalhamento do concreto

autoadensaacutevel)

SP aditivo superplastificante

T traccedilo

14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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9

3 CONCRETO CONVENCIONAL 35

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS 38

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos 38

42 Resistecircncias dos concretos 40

43 Custos dos concretos 45

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais 49

441 Volume de concreto 51

442 Forma de anaacutelise dos custos 51

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 52

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a resistecircncia) 52

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias 54

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura 60

6 CONCLUSOtildeES 64

REFEREcircNCIAS 62

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da

armadura formando um arco estaacutevel

25

Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA 27

Figura 3 Equipamento para o teste de espalhamento 28

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V 29

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees 30

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees 31

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004) 33

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA 33

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos 41

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores 50

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de

Manuel (2007)

52

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian 54

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 55

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 60

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

62

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

63

11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3 38

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3 39

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA 40

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA 40

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 41

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido 42

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido 43

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos 46

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

46

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano

transportado considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

48

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash

unidade msup3

48

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa

de cimento e areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

48

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005) 52

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007) 53

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 55

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 57

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra 60

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 61

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 62

12

SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CAA Concreto Autoadensaacutevel

CCV Concreto Convencional

IPT Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas

13

SIacuteMBOLOS

α teor de argamassa seca

ac relaccedilatildeo aacutegua-cimento em Kgkg

CAA concreto autoadensaacutevel (em inglecircs ldquoSelf-Compacting Concrete-SCCrdquo)

CAA-54 concreto autoadensaacutevel obtido com = 54

CCV concreto convencional

CCV-REF concreto convencional referencia (ou CCV-54)

CP IV-32 cimento Portland pozolacircnico cuja resistecircncia agrave compressatildeo aos 28

dias eacute de 32 MPa

Ec = moacutedulo de elasticidade do concreto

MPa mega Pascal

R$msup3 Reais por metro cuacutebico

Slump valor de abatimento do concreto pelo ensaio do cone de Abrams

SFT slump flow test (resultado do ensaio de espalhamento do concreto

autoadensaacutevel)

SP aditivo superplastificante

T traccedilo

14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

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Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

REFEREcircNCIAS

AIumlTCIN P C Concreto de Alto Desempenho Satildeo Paulo PINI 2000

ALENCAR R S A Dosagem do concreto autoadensaacutevel produccedilatildeo de

preacute-fabricados 2008 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em engenharia civil) ndash Escola

Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2008 Acesso em

httpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis33146tde-19092008-161938pt-

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ALENCAR R S A HELENE P R L Concreto autoadensaacutevel de elevada

resistecircncia Inovaccedilatildeo tecnoloacutegica na induacutestria de preacute-fabricados In

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10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da

armadura formando um arco estaacutevel

25

Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA 27

Figura 3 Equipamento para o teste de espalhamento 28

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V 29

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees 30

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees 31

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004) 33

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA 33

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos 41

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis

ensaiados por Tutikian (2007)

44

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores 50

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de

Manuel (2007)

52

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian 54

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 55

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54 56

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 58

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 59

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA 60

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

62

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e

matildeo de obra

63

11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3 38

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3 39

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA 40

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA 40

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 41

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido 42

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido 43

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos 46

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

46

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano

transportado considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

48

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash

unidade msup3

48

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa

de cimento e areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

48

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005) 52

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007) 53

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 55

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 57

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra 60

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 61

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 62

12

SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CAA Concreto Autoadensaacutevel

CCV Concreto Convencional

IPT Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas

13

SIacuteMBOLOS

α teor de argamassa seca

ac relaccedilatildeo aacutegua-cimento em Kgkg

CAA concreto autoadensaacutevel (em inglecircs ldquoSelf-Compacting Concrete-SCCrdquo)

CAA-54 concreto autoadensaacutevel obtido com = 54

CCV concreto convencional

CCV-REF concreto convencional referencia (ou CCV-54)

CP IV-32 cimento Portland pozolacircnico cuja resistecircncia agrave compressatildeo aos 28

dias eacute de 32 MPa

Ec = moacutedulo de elasticidade do concreto

MPa mega Pascal

R$msup3 Reais por metro cuacutebico

Slump valor de abatimento do concreto pelo ensaio do cone de Abrams

SFT slump flow test (resultado do ensaio de espalhamento do concreto

autoadensaacutevel)

SP aditivo superplastificante

T traccedilo

14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3 38

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3 39

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA 40

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA 40

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 41

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido 42

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido 43

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais 45

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos 46

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

46

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos 47

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano

transportado considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

48

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3 48

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash

unidade msup3

48

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa

de cimento e areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

48

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005) 52

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007) 53

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 55

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo 57

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra 60

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 61

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura 62

12

SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CAA Concreto Autoadensaacutevel

CCV Concreto Convencional

IPT Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas

13

SIacuteMBOLOS

α teor de argamassa seca

ac relaccedilatildeo aacutegua-cimento em Kgkg

CAA concreto autoadensaacutevel (em inglecircs ldquoSelf-Compacting Concrete-SCCrdquo)

CAA-54 concreto autoadensaacutevel obtido com = 54

CCV concreto convencional

CCV-REF concreto convencional referencia (ou CCV-54)

CP IV-32 cimento Portland pozolacircnico cuja resistecircncia agrave compressatildeo aos 28

dias eacute de 32 MPa

Ec = moacutedulo de elasticidade do concreto

MPa mega Pascal

R$msup3 Reais por metro cuacutebico

Slump valor de abatimento do concreto pelo ensaio do cone de Abrams

SFT slump flow test (resultado do ensaio de espalhamento do concreto

autoadensaacutevel)

SP aditivo superplastificante

T traccedilo

14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

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R$

Matilde

o d

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R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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SIGLAS

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CAA Concreto Autoadensaacutevel

CCV Concreto Convencional

IPT Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas

13

SIacuteMBOLOS

α teor de argamassa seca

ac relaccedilatildeo aacutegua-cimento em Kgkg

CAA concreto autoadensaacutevel (em inglecircs ldquoSelf-Compacting Concrete-SCCrdquo)

CAA-54 concreto autoadensaacutevel obtido com = 54

CCV concreto convencional

CCV-REF concreto convencional referencia (ou CCV-54)

CP IV-32 cimento Portland pozolacircnico cuja resistecircncia agrave compressatildeo aos 28

dias eacute de 32 MPa

Ec = moacutedulo de elasticidade do concreto

MPa mega Pascal

R$msup3 Reais por metro cuacutebico

Slump valor de abatimento do concreto pelo ensaio do cone de Abrams

SFT slump flow test (resultado do ensaio de espalhamento do concreto

autoadensaacutevel)

SP aditivo superplastificante

T traccedilo

14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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13

SIacuteMBOLOS

α teor de argamassa seca

ac relaccedilatildeo aacutegua-cimento em Kgkg

CAA concreto autoadensaacutevel (em inglecircs ldquoSelf-Compacting Concrete-SCCrdquo)

CAA-54 concreto autoadensaacutevel obtido com = 54

CCV concreto convencional

CCV-REF concreto convencional referencia (ou CCV-54)

CP IV-32 cimento Portland pozolacircnico cuja resistecircncia agrave compressatildeo aos 28

dias eacute de 32 MPa

Ec = moacutedulo de elasticidade do concreto

MPa mega Pascal

R$msup3 Reais por metro cuacutebico

Slump valor de abatimento do concreto pelo ensaio do cone de Abrams

SFT slump flow test (resultado do ensaio de espalhamento do concreto

autoadensaacutevel)

SP aditivo superplastificante

T traccedilo

14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

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e O

bra

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Qu

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lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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14

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pedra a madeira e o barro eram os materiais de construccedilatildeo que o

homem utilizava nas civilizaccedilotildees primitivas aos poucos as exigecircncias humanas

aumentaram sendo necessaacuterios materiais de maior resistecircncia durabilidade e

melhor aparecircncia Assim surgiu o concreto resistente como a pedra e moldaacutevel

como o barro

Os produtos cimentiacutecios podem ser considerados como um dos

materiais mais importantes de todas as eacutepocas da civilizaccedilatildeo humana por

terem suprido as necessidades de edificaccedilotildees e obras de infraestrutura A

explicaccedilatildeo para esta constataccedilatildeo eacute simples a natureza forneceu mateacuterias-

primas abundantes e o homem pela sua inerente capacidade de elaborar

relaccedilotildees de causa e efeito estabeleceu interaccedilotildees entre as necessidades

existentes e as possibilidades de aplicaccedilatildeo que esses materiais

disponibilizaram para soluccedilatildeo de seus problemas imediatos (ISAIA 2005)

Um dos produtos cimentiacutecios mais importantes para a engenharia civil

eacute o cimento Portland o qual tem a propriedade de aglomerar partiacuteculas e

endurecer apoacutes o contato com a aacutegua sendo um dos principais componentes

do concreto

O concreto sempre foi utilizado como material de construccedilatildeo sua

utilizaccedilatildeo vem aumentando graccedilas ao desenvolvimento de novas tecnologias

O concreto pode ser empregado em ambientes de agressatildeo moderada e

fortemente agressivos devido agrave sua excelente resistecircncia agrave aacutegua Molda-se

facilmente em infinitas formas e dimensotildees

O surgimento do concreto vem da evoluccedilatildeo do uso de aglomerante de

gesso calcinado pelos egiacutepcios aos calcaacuterios calcinados pelos gregos e

romanos que aprenderam posteriormente a misturar cal e aacutegua areia e pedra

fragmentada tijolos ou telhas em cacos

Mas o concreto convencional que conhecemos hoje eacute basicamente

uma mistura entre dois componentes os agregados e a pasta Os agregados

podem ser divididos em miuacutedos e grauacutedos dependendo de sua granulometria

Jaacute a pasta engloba o cimento e a aacutegua sendo que materiais cimentiacutecios

suplementares e aditivos podem ser incluiacutedos neste grupo O endurecimento

15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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15

da pasta une os agregados em uma massa densa devido agraves reaccedilotildees quiacutemicas

do cimento com a aacutegua (PCA 2002)

Desde a antiguidade ateacute a atualidade as teacutecnicas de dosagem

produccedilatildeo e utilizaccedilatildeo do concreto passaram por incontaacuteveis inovaccedilotildees sendo

constante a evoluccedilatildeo tecnoloacutegica nesta aacuterea a fim de desenvolver concretos

que melhor atendam agraves necessidades de cada tipo de edificaccedilatildeo e nesta

evoluccedilatildeo os aditivos tem protagonismo destacado

Atualmente as teacutecnicas construtivas exigem concretos que apresentem

caracteriacutesticas particulares tais como concretos de alta resistecircncia de alto

desempenho autoadensaacuteveis com altos teores de adiccedilotildees e pozolanas

aparentes coloridos brancos sustentaacuteveis entre outros os quais satildeo

conhecidos como concretos especiais

Foi desenvolvido no Japatildeo no iniacutecio da deacutecada de 90 um concreto

capaz de fluir e preencher os espaccedilos vazios Entende-se como concreto

autoadensaacutevel o resultado obtido da mistura homogecircnea dos componentes

sem necessidade da vibraccedilatildeo para que haja o adensamento pois se obteacutem

uma massa de alta fluidez e estaacutevel ou seja sem segregaccedilatildeo e baixa

exsudaccedilatildeo

O entendimento de que as propriedades do concreto tanto no estado

fresco como no endurecido podem ser modificadas pela adiccedilatildeo de certos

materiais em especial aditivos ocasionou um enorme crescimento da

induacutestria de aditivos durante os uacuteltimos anos Entretanto foi no seacuteculo passado

que a tecnologia de fabricaccedilatildeo deste material se desenvolveu sendo

produzidos produtos que permitem a melhora consideraacutevel de certas

propriedades do concreto e seu emprego em produccedilotildees de larga escala (et al

2006) Em um curto periacuteodo de tempo a induacutestria de aditivos para concreto e

argamassa tem se transformado em uma induacutestria moderna que prepara

numerosos produtos que permitem obter concretos com as caracteriacutesticas

requeridas pelos usuaacuterios como a adensabilidade e resistecircncia elevada bem

como fabricar concretos mais duraacuteveis (MARTIN 2005)

O primeiro protoacutetipo de concreto autoadensaacutevel foi completado em

1988 usando materiais utilizados no mercado O desempenho do protoacutetipo foi

satisfatoacuterio com atenccedilatildeo especial para a retraccedilatildeo por secagem calor de

hidrataccedilatildeo densidade depois de endurecido e outras propriedades

16

Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

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Dentre o grupo dos aditivos para concreto estatildeo os aditivos do tipo

redutores de aacutegua que podem ser plastificantes polifuncionais ou

superplastificantes de acordo com sua forma de accedilatildeo Os aditivos

plastificantes quando satildeo aplicados nos concretos revestem os gratildeos de

cimento e provocam uma repulsatildeo entre os gratildeos essa repulsatildeo promove um

melhor deslizamento entre os gratildeos permitindo um fluidez com menor

quantidade de aacutegua jaacute os polifuncionais proporcionam uma reduccedilatildeo de 7 a

15 facilitando o acabamento superficial do concreto Os aditivos

superplastificantes satildeo aditivos desenvolvidos para reduzir a aacutegua acima de

12 proporcionam uma alta resistecircncia inicial miacutenima exsudaccedilatildeo e maior

facilidade no lanccedilamento eacute considerado uma parte muito importante de uma

mistura de concreto de Cimento Portland denominada concreto autoadensaacutevel

(CAA) autocompactaacutevel autonivelante ou ainda concreto reoplaacutestico que a

EFNARC (2002) destaca como o mais revolucionaacuterio desenvolvimento no setor

da construccedilatildeo nas uacuteltimas deacutecadas

O CAA eacute claramente uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem

o maior potencial de desenvolvimento (PETERSSEN e REKNES 2005) O

CAA natildeo eacute apenas um novo tipo de concreto senatildeo uma tecnologia que

quando aplicada corretamente proporciona propriedades diferentes e

principalmente novas oportunidades (SZECSY 2005) Com a utilizaccedilatildeo do

CAA a estrutura deve ser analisada atraveacutes de uma forma integral onde tanto

o processo construtivo como a concepccedilatildeo arquitetocircnica podem ser otimizados

(PACIOS 2005)

As duas propriedades mais importantes do CAA satildeo a trabalhabilidade

e a estabilidade As caracteriacutesticas deste concreto precisam ser determinadas

e mantidas assim as propriedades dos materiais e principalmente o

proporcionamento destes passam a ser os fatores mais importantes para a

otimizaccedilatildeo da mistura

O concreto autoadensaacutevel pode ser definido segundo Mehta e

Monteiro (2008) como um concreto fluido que pode ser moldado in loco sem o

uso de vibradores para formar um produto livre de vazios (isto eacute sem espaccedilos

natildeo preenchidos no interior da focircrma) e falhas (isto eacute sem ar aprisionado)

Segundo a EFNARC (2002) um concreto soacute eacute considerado autoadensaacutevel se

trecircs propriedades forem alcanccediladas simultaneamente fluidez coesatildeo

17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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17

necessaacuteria para que a mistura escoe intacta entre barras de accedilo (ou habilidade

passante) e resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Para obter um CAA que atenda simultaneamente a estas trecircs

propriedades eacute imprescindiacutevel o uso de aditivos plastificantes eou

superplastificantes que atuam principalmente sobre as partiacuteculas de cimento

afetando diretamente as propriedades no estado fresco e endurecido dos

concretos

Uma vez que a atuaccedilatildeo dos aditivos superplastificantes se daacute

independe do mecanismo de accedilatildeo durante a hidrataccedilatildeo do cimento e que a

hidrataccedilatildeo do cimento se manifesta atraveacutes da pega e do endurecimento aleacutem

do desenvolvimento da resistecircncia agrave compressatildeo da mistura eacute importante

avaliar a influecircncia do tipo de aditivo superplastificante no tempo de iniacutecio de

pega do CAA para que se possa empregaacute-lo em dosagem adequada de modo

que o concreto obtido natildeo apresente retardo excessivo de pega e diminuiccedilatildeo

de resistecircncia agrave compressatildeo

O CAA vem atraindo cada vez mais pesquisas no Brasil e vem sendo

utilizado em obras correntes e especiais podemos citar como exemplos a

superlaje do Metrocirc - SP o Edifiacutecio Parthenon Residence em Novo Hamburgo

(RS) neste foi utilizado CAA a partir do quinto pavimento-tipo unidade JK-Itaim

do Laboratoacuterio Fleury tambeacutem em Satildeo Paulo utilizado pela Perville Preacute-

fabricados de Joinville uma sala exclusiva de tratamento radioteraacutepico

oncoloacutegico do edifiacutecio Dr Ghelfon Diagnoacutestico Meacutedico Satildeo Bernardo do

Campo (SP) reservatoacuterio de aacutegua da Companhia de Saneamento de Minas

Gerais ndash COPASA em Belo Horizonte (MG) entre outras Poreacutem os principais

temas das pesquisas focam as propriedades mecacircnicas a durabilidade e a

possibilidade de utilizaccedilatildeo com determinados tipos de materiais locais A

dosagem que eacute um dos aspectos mais importantes deste concreto vem sendo

estudada superficialmente prejudicando assim todos os temas anteriores

Sabe-se no entanto que o CAA soacute pode ser diferente do CCV ateacute que

a mistura passe do estado fresco para o endurecido logo suas propriedades

mecacircnicas e de durabilidade seratildeo simplesmente o efeito da proporccedilatildeo dos

materiais constituintes Os materiais satildeo parecidos com os do CCV assim

como as propriedades no estado endurecido quando natildeo superiores

18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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18

Podem-se demonstrar as vantagens do concreto autoadensaacutevel

ressaltando alguns aspetos tecnoloacutegicos ambientais e econocircmicos de sua

utilizaccedilatildeo Em aspectos tecnoloacutegicos pode-se destacar como principal o

aumento da durabilidade das estruturas visto que a natildeo necessidade de

adensamento elimina as bolhas de ar decorrentes da maacute vibraccedilatildeo do concreto

grandes responsaacuteveis pela reduccedilatildeo da resistecircncia e consequente reduccedilatildeo da

durabilidade da estrutura Permite assim a concretagem de elementos de

seccedilotildees reduzidas lembrando-se que eacute cada vez mais frequente a opccedilatildeo pela

execuccedilatildeo de peccedilas esbeltas as quais apresentam por consequecircncia grande

densidade de armadura sendo portanto muito suscetiacuteveis aos defeitos acima

citados

Analisando-o pelo lado econocircmico encontram-se ganhos quantitativos

e qualitativos Como qualitativos temos a reduccedilatildeo do barulho de vibraccedilatildeo visto

que essa etapa natildeo se faz necessaacuteria permitindo assim concretagens agrave noite

ou proacuteximas a hospitais melhoria do acabamento final aumento da vida uacutetil

das focircrmas economia de energia eleacutetrica diminuiccedilatildeo dos riscos e acidentes

pela reduccedilatildeo do nuacutemero de trabalhadores no canteiro Jaacute entre ganhos

quantitativos citam-se a reduccedilatildeo do custo global devido agrave diminuiccedilatildeo da matildeo

de obra e o aumento da velocidade de construccedilatildeo

No entanto o CCA ainda eacute pouco utilizado no Brasil tanto por

desconhecimento da dosagem quanto pelo custo de produccedilatildeo que em funccedilatildeo

do maior consumo de cimento se analisado sem considerar o custo global

tende a ser superior ao concreto convencional

Existe uma lacuna muito grande nesta aacuterea a inexistecircncia de meacutetodos

experimentais de dosagem para CAA Hoje em dia para se dosar um CAA

pesquisadores se valem de meacutetodos baseados em tabelas prontas que foram

produzidas muitas vezes em outros paiacuteses com materiais diferentes dos

nossos Necessita-se fazer adaptaccedilotildees baseadas no meacutetodo da tentativa e

erro gasta-se tempo sem a certeza de que o concreto produzido seja um

concreto econocircmico e dosado de uma forma que minimize futuras

manifestaccedilotildees patoloacutegicas como por exemplo a retraccedilatildeo

De maneira sucinta pode-se afirmar que o concreto eacute uma pedra

artificial que se molda agrave inventividade construtiva do homem Este foi capaz de

desenvolver um material que depois de endurecido tem resistecircncia similar agraves

19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

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R$

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o d

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R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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19

das rochas naturais e quando no estado fresco eacute composto plaacutestico

possibilita sua modelagem em formas e tamanhos mais variados (PEDROSO

2009)

Diante disso o concreto autoadensaacutevel mostrou-se um objeto

interessante de estudo tendo em vista a necessidade de comparaccedilatildeo dos

custos de diferentes traccedilos de concreto autoadensaacutevel com traccedilos de concreto

convencional considerando natildeo soacute os custos de produccedilatildeo mas os custos

globais (matildeo de obra vibraccedilatildeo acabamento superficial entre outros) para os

dois tipos de concretos

11 Objetivos

111 Objetivo Geral

Avaliar comparativamente os custos de produccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de

concretos autoadensaacuteveis e convencionais para utilizaccedilatildeo em estruturas de

concreto armado

112 Objetivos Especiacuteficos

a Levantar os custos de produccedilatildeo por msup3 dos concretos convencional

e autoadensaacutevel

b Fazer um comparativo das resistecircncias alcanccediladas pelos concretos

aos 28 dias

c Conduzir o estudo comparativo considerando o concreto aplicado

em uma estrutura considerando o custo global de produccedilatildeo

20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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20

2 CONCRETO AUTOADENSAacuteVEL

O CAA eacute uma das grandes revoluccedilotildees ocorridas na evoluccedilatildeo do

concreto e por meio de sua utilizaccedilatildeo obteacutem-se ganhos diretos e indiretos

entre os quais destacam-se

a reduccedilatildeo da matildeo de obra no canteiro

b aumenta a durabilidade por adensar com maior facilidade

c aceleraccedilatildeo da construccedilatildeo

d melhora no acabamento final da superfiacutecie

e grande liberdade de formas e dimensotildees

f permite concretar peccedilas de seccedilotildees reduzidas

g natildeo precisa ser vibrado eliminando assim o ruiacutedo da vibraccedilatildeo

h pode-se obter um ganho ecoloacutegico

i pode-se reduzir o custo final do concreto eou da estrutura

Outra caracteriacutestica importante eacute que o concreto autoadensaacutevel pode

ser produzido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados

na produccedilatildeo do concreto convencional

Com tantas vantagens podemos esperar um crescimento no uso do

CAA nos proacuteximos anos mas eacute preciso que sua dosagem seja feita de uma

forma adequada O CAA se diferencia do concreto convencional (CCV) pelas

suas propriedades no estado fresco principalmente por sua elevada fluidez e

para que essa elevada fluidez ocorra eacute necessaacuterio o emprego de aditivos

superplastificantes em grandes quantidades (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Caso se obtenha uma resposta positiva com o experimento pode-se

promover economia seguranccedila rapidez e qualidade entre outras vantagens

nas edificaccedilotildees que utilizarem CAA nas suas estruturas uma vez que essa

nova tecnologia muito se difere das atuais utilizadas pelo mercado da

construccedilatildeo civil como seraacute mostrado nos itens seguintes deste trabalho

O CAA vem sendo objeto de diversas pesquisas no Brasil nos uacuteltimos

anos A maioria dessas pesquisas eacute realizada nas universidades fazendo com

que este material comece a ser testado e aprovado em diversas empresas

Segundo Tutikian (2007) a maioria das aplicaccedilotildees do CAA em empresas de

21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

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21

construccedilatildeo ocorreu por iniciativa ou no miacutenimo acompanhamento dos

profissionais das universidades envolvidas com os estudos Em empresas de

preacute-fabricados a utilizaccedilatildeo do CAA eacute mais usual

A utilizaccedilatildeo do CAA vem crescendo e se consolidando como o material

com maior potencial de desenvolvimento

21 Definiccedilotildees

O termo concreto autoadensaacutevel identifica uma categoria de material

cimentiacutecio que pode ser moldado nas formas e preencher cada espaccedilo

exclusivamente atraveacutes de seu peso proacuteprio sem necessidade de

compactaccedilatildeo ou vibraccedilatildeo externa

Um concreto soacute seraacute considerado autoadensaacutevel se trecircs propriedades

forem alcanccediladas simultaneamente (EFNARC 2002)

j fluidez

k coesatildeo ou habilidade passante necessaacuteria para que a mistura

escoe intacta entre barras de accedilo e

l resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Segundo a EFNARC (2002) Fluidez eacute a propriedade que caracteriza a

capacidade do concreto autoadensaacutevel de fluir dentro das formas preenchendo

os espaccedilos vazios Coesatildeo ou habilidade passante eacute a propriedade que

caracteriza a capacidade da mistura escoar pelas formas passando por

obstaacuteculos (entre as armaduras de accedilo) sem obstruccedilatildeo do fluxo ou

segregaccedilatildeo Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo eacute a propriedade que define a

capacidade do concreto autoadensaacutevel em se manter coeso ao fluir dentro das

formas passando ou natildeo por obstaacuteculos assim sendo o concreto

autoadensaacutevel teraacute que ser capaz de se moldar nas formas por conta proacutepria

sem a necessidade de fatores externos para vibrar ou compactar exceto a

accedilatildeo da gravidade para que ocorra seu perfeito acomodamento e

adensamento

As propriedades do estado fresco elevada fluidez e estabilidade da

mistura satildeo o que diferenciam o concreto autoadensaacutevel do concreto

convencional (REPETTE 2005) Qualquer auxiacutelio como adensamento ou

22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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22

vibraccedilatildeo para alcanccedilar a perfeita compactaccedilatildeo ou para preencher os espaccedilos

descaracterizara a capacidade de ser autoadensaacutevel

22 Vantagens da utilizaccedilatildeo

Segundo EFNARC (2002) o CAA foi o mais revolucionaacuterio

desenvolvimento em construccedilotildees de concreto ocorrido nas uacuteltimas deacutecadas

Embora tenha sido desenvolvido para compensar a escassez crescente de

matildeo de obra qualificada observam-se benefiacutecios econocircmicos e operacionais

atrelados a sua utilizaccedilatildeo

a maior liberdade nas formas arquitetocircnicas permite concretagem de

formas esbeltas com alta taxa de armadura obtendo melhor

acabamento na superfiacutecie final

b diminuiccedilatildeo dos riscos de acidentes pois despende de menor

nuacutemero de trabalhadores para os locais de concretagem e melhora

as condiccedilotildees de trabalho sem os ruiacutedos de vibraccedilatildeo

c prerrogativa ecoloacutegica pode-se usar adiccedilotildees provenientes de

resiacuteduos industriais como escoria de alto forno cinza da casca do

arroz e cinza volante

Com todas essas vantagens vinculadas Tutikian e Dal Molin (2008)

afirmam que o CAA eacute uma das aacutereas da tecnologia do concreto que tem maior

potencial de desenvolvimento Embora existam discussotildees a respeito do alto

custo dos materiais e do controle de qualidade de execuccedilatildeo Tutikian (2004)

afirma que em muitos casos de dosagem o CAA pode ser muito mais vantajoso

economicamente que o concreto convencional aleacutem do que carrega consigo

todas as vantagens citadas anteriormente

A possiacutevel diminuiccedilatildeo dos macros defeitos bolhas de ar e falhas de

concretagem devido a grande fluidez e grande resistecircncia agrave segregaccedilatildeo que

tem o material evitando assim graves diminuiccedilotildees no desempenho mecacircnico

e durabilidade do elemento estrutural de concreto (TUTIKIAN e DAL MOLIN

2008)

23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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23

221 Produccedilatildeo de CAA e Variantes no Estado Fresco e Endurecido

Vaacuterios autores destacam que o CAA quando comparado com o CCV

deve apresentar propriedades no estado fresco diferenciadas para garantir o

seu autoadensamento Apesar disso ele pode ser produzido nas mesmas

centrais dosadoras que o concreto convencional e utilizar os mesmos

materiais cimento brita areia aditivos e adiccedilotildees minerais o que muda satildeo os

conceitos de dosagem Na dosagem do concreto convencional empregam-se

maiores quantidades de agregados grauacutedos para ocupar um volume maior e

argamassa suficiente para garantir uniatildeo entre esses agregados grauacutedos e

proporcionar mobilidade e estabilidade para as partiacuteculas de maiores

dimensotildees No concreto autoadensaacutevel algumas alteraccedilotildees nos materiais

empregados e nos meacutetodos de dosagem podem ser necessaacuterias a fim de

garantir as propriedades que o diferenciam do concreto convencional ealeacutem

disso assegurar sua resistecircncia mecacircnica e sua durabilidade

As principais diferenccedilas na dosagem de um CAA em comparaccedilatildeo com

a dosagem de um concreto convencional satildeo utilizam-se maiores quantidades

de materiais finos (cimento areias e adiccedilotildees minerais) menores quantidades e

dimensotildees de agregado grauacutedo maiores doses de aditivos redutores de aacutegua

e eventualmente aditivos promotores de viscosidade (REPETTE 2005

HASTENPFLUG 2007)

Tendo em vista que as trecircs caracteriacutesticas baacutesicas necessaacuterias para

natildeo descaracterizar o autoadensamento do CAA satildeo capacidade de

preenchimento resistecircncia agrave segregaccedilatildeo e capacidade passante Na

sequecircncia seratildeo detalhadas estas propriedades com seus principais

promotores e atenuadores Seratildeo discutidas tambeacutem de forma sucinta as

propriedades do estado endurecido do CAA

222 Fluidez

Segundo Almeida (2005) existem duas propriedades intriacutensecas agrave

capacidade de preenchimento do CAA a capacidade de deformaccedilatildeo estando

esta relacionada agrave distacircncia que o concreto pode percorrer e a velocidade de

deformaccedilatildeo Para se conseguir uma capacidade de enchimento satisfatoacuteria o

24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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24

CAA deve apresentar um baixo atrito interno e uma pasta com boa

deformabilidade

Para conseguir um concreto deformaacutevel eacute necessaacuterio reduzir a fricccedilatildeo

entre as partiacuteculas soacutelidas Um modo de conseguir este efeito consiste na

diminuiccedilatildeo da dosagem de agregado aumentando o teor de pasta com a

incorporaccedilatildeo de adiccedilotildees como fiacuteler calcaacuterio cinza volante e siacutelica ativa

Outro ponto relevante eacute o fato de que natildeo eacute possiacutevel reduzir o atrito

interno dos materiais do concreto aumentando a dosagem de aacutegua na pasta

uma vez que a elevada dosagem de aacutegua pode conduzir a segregaccedilatildeo e

perda de resistecircncia no estado endurecido (ALMEIDA 2005)

223 Resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

A segregaccedilatildeo do CAA eacute caracterizada pela falta de homogeneidade da

distribuiccedilatildeo dos materiais constituintes sendo inadmissiacutevel a exsudaccedilatildeo a

segregaccedilatildeo da pasta e agregados e a segregaccedilatildeo do agregado grauacutedo

originando bloqueio e natildeo uniformidade da distribuiccedilatildeo dos poros

(ALMEIDA 2005)

Para se ter uma boa resistecircncia a segregaccedilatildeo pode ser considerada

no sentido de reduzir a exsudaccedilatildeo a diminuiccedilatildeo da dosagem de aacutegua e da

relaccedilatildeo aacuteguafinos bem como o uso de aditivos promotores de viscosidade

(ALMEIDA 2005 REPETTE 2005) No sentido de separaccedilatildeo da pasta de

cimento dos agregados grauacutedos pode-se promover uma distribuiccedilatildeo contiacutenua

(empacotamento) e restriccedilotildees do diacircmetro maacuteximo do agregado grauacutedo aleacutem

disso deve-se tambeacutem empregar mais finos ou adiccedilotildees mineraloacutegicas ao

cimento (ALMEIDA 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a princiacutepio todos os cimentos empregados na

produccedilatildeo do concreto convencional podem ser usados na produccedilatildeo de

concreto autoadensaacutevel entretanto cimentos com maior iacutendice de finos

possibilitam uma maior resistecircncia Variaccedilotildees no tipo de cimento e do

fabricante podem alterar diretamente as propriedades do concreto

autoadensaacutevel Entretanto Melo (2005) alerta para um limite na quantidade de

cimento para evitar a alta liberaccedilatildeo de calor por hidrataccedilatildeo e conseguinte

aumento de retraccedilatildeo plaacutestica e tambeacutem para baixar o custo do produto final

25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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25

uma vez que este insumo tem um alto valor comercial Para a EFNARC (2002)

devem ser controlados os teores de C3A e aacutelcalis do cimento a fim de evitar

uma perda de fluidez jaacute nos primeiros instantes

224 Habilidade passante

A capacidade do CAA de passar pelos espaccedilos entre armaduras e

destas com as paredes das formas eacute melhorada limitando o teor e a dimensatildeo

dos agregados grauacutedos na mistura aleacutem disso deve-se fazer uso de aditivo

promotor de viscosidade quando natildeo conseguir homogeneidade no

escoamento (REPETTE 2005)

Segundo Almeida (2005) a existecircncia de obstaacuteculos ao fluxo de

concreto provoca uma alteraccedilatildeo do percurso das partiacuteculas soacutelidas

provocando o contato entre elas crescendo a probabilidade de se formar um

arco estaacutevel ou seja um acomodamento firme dos agregados impedindo a

passagem do restante dos agregados como eacute possiacutevel ser visto na Figura 1

Figura 1 Comportamento do agregado grauacutedo na concretagem das barras da armadura formando um

arco estaacutevel

Fonte Manuel 2005

225 Propriedades no estado endurecido

As propriedades no estado endurecido do CAA natildeo diferem das do

concreto convencional ou seja depois de endurecido o CAA comporta-se igual

a um concreto convencional Os ensaios para avaliar o CAA no estado

26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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26

endurecido satildeo os mesmos empregados no concreto convencional (REPETTE

2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

No entanto quando se utiliza elevados teores de argamassa para

produccedilatildeo do CAA o moacutedulo de elasticidade tende a diminuir jaacute que os

agregados grauacutedos satildeo os principais responsaacuteveis por essa propriedade

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008) Quanto maior o moacutedulo de elasticidade maior

seraacute a rigidez da estrutura e por conseguinte menores seratildeo as deformaccedilotildees

para os mesmos esforccedilos

De maneira resumida na sequecircncia destacam-se os fatores que

influenciam as propriedades no estado endurecido do CAA (MEHTA e

MONTEIRO 2008)

a o CAA apresentaraacute fissuraccedilatildeo de secagem e alto calor de

hidrataccedilatildeo se for dosado com alto teor de cimento

b teraacute sua pega inicial retardada se tiver um consumo muito alto de

aditivo superplastificante

c teraacute afetado seu moacutedulo de elasticidade para baixo caso seja

dosado com baixo consumo de agregado grauacutedo

d o baixo consumo de agregado grauacutedo eacute tambeacutem responsaacutevel por

provaacuteveis retraccedilotildees plaacutesticas do concreto

e sua resistecircncia seraacute reduzida quanto maior for agrave relaccedilatildeo

aacuteguacimento

23 Ensaios no Estado Fresco

Para Repette (2005) os ensaios usados na avaliaccedilatildeo do concreto

autoadensaacutevel se diferem do concreto convencional apenas quando se quer

mensurar as caracteriacutesticas no estado fresco pois estatildeo no estado fresco as

maiores diferenccedilas entre estes concretos

Segundo The European Guidelines for Self-Compacting Concrete

(Guia Europeu para CAA) nenhum meacutetodo de teste do concreto convencional

pode ser aplicado ao CAA para avaliar suas propriedades fundamentais no

estado fresco Assim sendo foram executados ensaios chaves para definir a

capacidade de preenchimento e estabilidade do CAA teste do espalhamento e

espalhamento T50cm funil-V caixa-L Podendo ainda acrescer o teste da caixa-

27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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27

U anel-J e de tubo amoldado-U temperatura e anel Japonecircs

(HASTENPFLUG 2007 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Na Figura 2 satildeo apresentados os ensaios utilizados para avaliar as

propriedades do CAA no estado fresco e as respectivas caracteriacutesticas do

concreto avaliadas em cada ensaio com seus valores limites O CAA soacute seraacute

adequado quando satisfeito os valores limites dos ensaios descritos embora

que os ensaios e seus limites ainda natildeo sejam normatizados

(REPETTE 2005)

Propriedades avaliadas Meacutetodo de ensaio Valores limites

Fluidez Espalhamento

(Cone de Abrams) Entre 60 e 80 cm

Habilidade passagem

por restriccedilotildees e fluidez

Funil V Entre 5 e 10 segundos

Caixa L H2H1 entre 08 e 10

Resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo

Espalhamento (Cone de

Abrams) e Caixa L

Observaccedilotildees visuais Natildeo

pode haver separaccedilatildeo dos

materiais Figura 2 Ensaios e requisitos para CAA

Fonte REPETTE 2005

A seguir seratildeo exemplificados os ensaios e seus respectivos

equipamentos Todas as dimensotildees dos equipamentos estaratildeo detalhadas nas

figuras subsequentes ao ensaio Embora existam muitas divergecircncias a

respeito da dimensatildeo dos equipamentos optou-se pelas medidas publicas por

Repette (2005)

231 Espalhamento

O espalhamento ou slump flow test eacute utilizado para medir a

capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar ou seja a capacidade de

preenchimento ou deformabilidade do CAA sob accedilatildeo uacutenica e exclusiva do seu

peso proacuteprio (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 MELO 2005)

Os equipamentos necessaacuterios para o ensaio satildeo uma base quadrada

de 100 x 100 cm de preferecircncia metaacutelica e lisa e um tronco de cone com

materiais de mesmas caracteriacutesticas que a base Sobre o centro da base deve

haver um circulo inscrito na sua superfiacutecie de 20 cm de diacircmetro para

28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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28

colocaccedilatildeo do cone O cone deve atender as medidas de 30 cm de altura 10

cm para o menor diacircmetro e 20 cm para o de maior diacircmetro Um esquema do

equipamento eacute detalhado na Figura 3

Figura 3 ndash Equipamento para o teste de espalhamento

Fonte httpwwwpmccataloguecomKatalogdatapdf610110-1-3-1pdf

Apoacutes liberar o concreto eacute feita a medida do diacircmetro do espalhamento

em duas direccedilotildees diferentes (D1 e D2) de preferecircncia ortogonais a meacutedia

aritmeacutetica das duas mediccedilotildees seraacute o valor do ensaio Entretanto o meacutetodo natildeo

se resume num processo apenas quantitativo mas tambeacutem qualitativo Para

Almeida (2005) e Mello (2005) pode-se fazer uma anaacutelise visual do ensaio e

conferir se houve segregaccedilatildeo do concreto da seguinte maneira

a anaacutelise da distribuiccedilatildeo do agregado grauacutedo verificar se houve

acuacutemulo do agregado no centro do espalhamento

b anaacutelise da segregaccedilatildeo e exsudaccedilatildeo ater-se a possiacutevel formaccedilatildeo

de um ldquoanelrdquo em volta do espalhamento formado por uma fina

camada de pasta ou aacutegua de exsudaccedilatildeo respectivamente

c anaacutelise da forma adquirida pelo concreto apoacutes o espalhamento

verificando se haacute formaccedilatildeo de um diacircmetro regular

232 Espalhamento T50cm

Este ensaio eacute uma variaccedilatildeo do ensaio de espalhamento jaacute que o

procedimento e os equipamentos satildeo os mesmos As uacutenicas alteraccedilotildees satildeo a

29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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29

marcaccedilatildeo de um ciacuterculo de 50 cm de diacircmetro no centro da base e a

necessidade de um cronocircmetro (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Para Repette (2005) a variante deste ensaio consiste apenas em

marcar o tempo gasto para o concreto atingir a marca de 50 cm de diacircmetro no

espalhamento Doravante todas as vezes que for feito o espalhamento T50cm

estaraacute concomitantemente realizando o slump flow test acrescido da velocidade

de escoamento do concreto

233 Funil ndash V

Eacute composto de um funil de seccedilatildeo retangular ou circular e deve possuir

na extremidade inferior uma porta para quando preenchido mantenha o

concreto preso ateacute que seja aberta para iniciar o ensaio Mede-se a fluidez do

concreto sendo o resultado do ensaio o tempo que o concreto leva para

esvaziar o funil Suas dimensotildees geomeacutetricas estatildeo expostas na Figura 4

(TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

Figura 4 Vista frontal com as dimensotildees do funil-V

Fonte Melo 2005

O funilndashV eacute mais indicado para ensaios de concreto com agregados

grauacutedos com diacircmetro inferiores a 20 mm (REPETTE 2005)

Este ensaio tambeacutem estaacute relacionado com a resistecircncia agrave segregaccedilatildeo

Apoacutes a execuccedilatildeo do ensaio pode-se preencher novamente o funil e esperar 5

30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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30

minutos para repetir o teste Se o tempo gasto para escoar aumentar pode ser

indiacutecio que esta segregando o concreto (EFNARC 2002)

234 Caixa-L

A caixa-L consiste em uma caixa em forma de ldquoLrdquo com uma porta

moacutevel separando a parte vertical da horizontal e junto com a divisoacuteria barras

de accedilo que simulam a armadura real da estrutura criando um entrave agrave

passagem do concreto conforme Figura 5 O objetivo deste ensaio eacute medir a

capacidade do concreto escoar simultaneamente com a capacidade de passar

por obstaacuteculos e permanecer coeso (TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008)

As mediccedilotildees referentes a este ensaio satildeo as duas alturas extremas da

parte horizontal da caixa (H1 e H2) depois de realizada a intercomunicaccedilatildeo do

concreto entre as partes Outra consideraccedilatildeo que pode ser feita no ensaio

consiste em medir o tempo que o concreto leva para alcanccedilar as distacircncias

horizontais de 20 e 40 cm sendo essas distacircncias previamente marcadas na

caixa-L (ALENCAR 2008)

Figura 5 Vista superior da caixa-L com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

Pode-se fazer tambeacutem uma avaliaccedilatildeo visual nas barras de restriccedilatildeo e

observar se esta havendo acumulo de agregado grauacutedo junto a elas se estiver

comprova-se que o concreto tem baixa resistecircncia ao bloqueio e coesatildeo

31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

REFEREcircNCIAS

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31

insuficiente para mover-se homogeneamente ao redor dos obstaacuteculos

(REPETTE 2005)

235 Caixa-U

Trata-se de uma caixa em forma de ldquoUrdquo com dois compartimentos

isolados entre si por uma comporta onde um dos lados e preenchido pelo

concreto e entatildeo eacute permitida sua passagem para o outro lado Serve para

medir a fluidez e a capacidade do concreto de passar por obstaacuteculos sem

segregar (MELLO 2005 TUTIKIAN e DAL MOLIN 2008 REPETTE 2005)

Um esquema do equipamento e demonstrado na Figura 6

Segundo Melo (2005) o ensaio eacute bastante completo pois mede a

autocompatibilidade do concreto aleacutem de dar indicativos sobre a viscosidade

Sua anaacutelise consiste no princiacutepio dos vasos comunicantes uma vez

que seraacute feita a mediccedilatildeo da diferenccedila de altura nas duas partes do ldquoUrdquo

(REPETTE 2005)

Figura 6 Corte lateral da caixa-U com suas dimensotildees

Fonte Melo 2005

24 Meacutetodo de Dosagem

Para Tutikian e Dal Molin (2008) a dosagem dos CAA era apontada

como o principal empecilho para essa nova tecnologia uma vez que os

32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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32

modelos existentes baseavam-se em conceitos duvidosos e natildeo havia

tecnologia suficiente para dar suporte a tal avanccedilo

Para Repette (2005) a dificuldade em proporcionar adequadamente o

concreto autoadensaacutevel deve-se ao grande nuacutemero de quesitos a serem

satisfeitos fluidez resistecircncia durabilidade autoadensamento resistecircncia agrave

segregaccedilatildeo e capacidade passante

Mello (2005) e Kraus (2006) citam alguns meacutetodos de dosagem para o

concreto autoadensaacutevel

a) Okamura (1997)

b) Sedran (1996)

c) Gomes (2002)

d) Melo-Repette (2005)

Alem destes meacutetodos podem ser citados aqueles desenvolvidos por

Tutikian (2004) e Tutikian e Dal Molin (2008)

25 Meacutetodo de dosagem para CAA proposto por Tutikian (2004)

Entende-se por estudo de dosagem dos concretos os procedimentos

necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo da melhor proporccedilatildeo entre os materiais constitutivos

do concreto tambeacutem conhecida por traccedilo de concreto (HELENE 2005)

Neville (2000) define a dosagem do concreto como um processo de

apropriados ingredientes e sua proporccedilatildeo com o objetivo de produzir um

concreto tatildeo econocircmico quanto possiacutevel atendendo as propriedades

requeridas da consistecircncia resistecircncia e durabilidade

O princiacutepio baacutesico do meacutetodo simplificado na Figura 7 obteacutem-se um

CAA a partir de um CCV cujo teor ideal de argamassa deveraacute ser previamente

determinado (MANUEL 2005)

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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adensE1vel20avaliaE7E3o20da20aderEAncia20aE7o-

concreto20atravE9s20dos20ensaios20de20determinaE7E3o

20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

barras20de20aE7opdf acesso 30112012

httpwwwrevistatechnecombrengenharia-civil132artigo76078-1asp

acesso 30112012

33

1 ndash CCV com teor ideal de

argamassa

2 ndash Adiccedilatildeo de

superplastificante

ao CCV

3 ndash Segregaccedilatildeo do concreto

4 ndash Ajuste da viscosidade com adiccedilatildeo de material fino

5 ndash Obtenccedilatildeo do CAA

Figura 7 princiacutepio baacutesico do meacutetodo proposto por Tutikian (2004)

Fonte Manuel 2005

O meacutetodo proposto por Tutikian (2004) eacute baseado no meacutetodo da

dosagem para CCV IPTEPUSP (HELENE E TERZIAN 1992)

Figura 8 passo a passo para dosagem do CAA

Fonte Tutikian 2007

+

+

Determinaccedilatildeo do Esqueleto Granular

Determinaccedilatildeo da relaccedilatildeo ac ou

percentual de aditivo superplastificante

Mistura dos traccedilos ricos

intermediaacuterio e pobre

Determinaccedilatildeo das propriedades

mecacircnicas e de durabilidade

nas idades requeridas

Escolha dos materiais

Desenhos dos diagramas de dosagem e desempenho

34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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34

A escolha dos materiais pouco se difere do procedimento adotado para

o concreto convencional sendo os componentes praticamente os mesmos

acrescidos de um material fino com granulometria inferior ao agregado miuacutedo

e aditivo superplastificante Ocasionalmente eacute possiacutevel acrescentar outras

classes de agregados grauacutedos e aditivos promotores de viscosidade Deve-se

priorizar a escolha de agregados arredondados e com menor diacircmetro maacuteximo

possiacutevel e especificar todas as faixas granulomeacutetricas dos agregados

(TUTIKIAN 2007)

Outro ponto observado com a praacutetica por Tutikian (2007) onde o

meacutetodo estaacute sendo aperfeiccediloado eacute em relaccedilatildeo agrave dependecircncia de experiecircncia

do responsaacutevel pela dosagem pois o acerto da quantidade de aacutegua do aditivo

superplastificante e do percentual de finos eacute experimental na central de

concreto E este acerto deve ser aacutegil devido agrave possibilidade do aditivo perder o

efeito e ter de recomeccedilar todo o processo

35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

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35

3 CONCRETO CONVENCIONAL

O concreto de Cimento Portland eacute por definiccedilatildeo um material composto

de duas fases distintas a pasta de cimento constituiacuteda de cimento Portland e

aacutegua e os agregados O cimento ao entrar em contato com a aacutegua

desenvolve propriedades ligantes como resultado da hidrataccedilatildeo ou seja

reaccedilatildeo quiacutemica entre os minerais do cimento e a aacutegua e apoacutes algumas horas

a mistura se solidifica e endurece tornando-se uma massa resistente

(MARTINS 2005)

Entretanto o concreto moderno eacute mais do que uma simples mistura de

cimento aacutegua e agregados Cada vez mais satildeo utilizados componentes

minerais que conferem caracteriacutesticas especiacuteficas aos concretos como as

adiccedilotildees e aditivos quiacutemicos que tecircm efeitos ainda mais especiacuteficos

(AIumlTCIN 2000) Esses fatores transformam o concreto convencional em novos

concretos os quais satildeo chamados de concretos especiais dentre os quais estaacute

o concreto autoadensaacutevel

Assim define-se o concreto convencional como aquele material que eacute

produzido usando apenas cimento agregados miuacutedos e grauacutedos e aacutegua e

eventualmente aditivos plastificantes Em geral satildeo os produzidos em obra

mas podem ser produzidos em centrais dosadoras ou misturadoras de

concreto Sua resistecircncia em geral eacute baixa inferior a 40 MPa No Brasil a

maioria dos concretos utilizados em obra satildeo concretos convencionais

O Cimento Portland eacute o aglomerante hidraacuteulico utilizado em maior

quantidade na construccedilatildeo civil Tem importacircncia no desempenho custo

qualidade e durabilidade do concreto Apoacutes entrar em contato com a aacutegua o

cimento Portland eacute submetido a processos de transformaccedilotildees quiacutemico-

mineraloacutegicas que contribuem para agregar e consolidar os agregados

resultando em um compoacutesito o concreto de cimento Portland (CENTURIONE e

KIHARA 2005) Atualmente o uso do concreto estaacute ainda mais disseminado

podendo ser empregado nas mais variadas obras desde simples residecircncias

ateacute os edifiacutecios mais altos pontes pavimentos de rodovias plataformas

petroliacuteferas entre outros

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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httpwwwportaldoconcretocombrcimentoconcretocimentohtml acesso

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httpwwwppgecfeisunespbrproducao2004Concreto20auto-

adensE1vel20avaliaE7E3o20da20aderEAncia20aE7o-

concreto20atravE9s20dos20ensaios20de20determinaE7E3o

20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

barras20de20aE7opdf acesso 30112012

httpwwwrevistatechnecombrengenharia-civil132artigo76078-1asp

acesso 30112012

36

Mesmo natildeo sendo tatildeo duro e resistente como o accedilo o concreto possui

caracteriacutesticas que tornam sua utilizaccedilatildeo mais vantajosa em relaccedilatildeo aos

demais materiais de construccedilatildeo entre elas

a) excelente resistecircncia agrave aacutegua

b) consistecircncia plaacutestica

c) disponibilidade e baixo custo

O concreto desenvolve suas propriedades conforme a pasta de

cimento endurece O cimento Portland adquire a propriedade adesiva apenas

quando eacute misturado agrave aacutegua Isso se daacute porque a reaccedilatildeo quiacutemica do cimento

com a aacutegua comumente denominada hidrataccedilatildeo do cimento resulta em

caracteriacutesticas de pega e endurecimento (MEHTA e MONTEIRO 2008)

A aacutegua eacute claramente em dos ingredientes essenciais do concreto que

preenche duas funccedilotildees baacutesicas uma funccedilatildeo fiacutesica que consiste em dar ao

concreto as propriedades reoloacutegicas exigidas e uma funccedilatildeo quiacutemica que

consiste em produzir as reaccedilotildees de hidrataccedilatildeo do cimento O concreto ideal

deveria conter somente aacutegua suficiente para desenvolver a resistecircncia maacutexima

do cimento ao mesmo tempo provendo as propriedades reoloacutegicas

necessaacuterias ao seu lanccedilamento (GRZESZCZYK e KUCHARSKA apud AIumlTCIN

2000)

A hidrataccedilatildeo comeccedila tatildeo logo o cimento Portland entra em contato com

a aacutegua porque de um lado alguns componentes do cimento satildeo muito

reativos e de outro porque o cimento conteacutem partiacuteculas muito finas e dessa

forma uma grande superfiacutecie das fases reativas estaacute em contato com a aacutegua

(AIumlTCIN 2000)

A pasta formada pela mistura de aacutegua e cimento endurece com o

tempo adquirindo resistecircncia mecacircnica e aderindo as partiacuteculas do agregado

Dessa forma ela liga as partiacuteculas de agregado entre si e constitui um material

resistente que preenche os vazios entre essas partiacuteculas Forma-se assim o

concreto material monoliacutetico com caracteriacutesticas de pedra (GIAMUSSO 1992)

As reaccedilotildees quiacutemicas que envolvem a hidrataccedilatildeo do cimento Portland

satildeo bastante complexas e apesar da vasta literatura que existe sobre o

assunto seus pormenores ainda natildeo satildeo totalmente compreendidos

(MARTINS 2005)

37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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37

A hidrataccedilatildeo do cimento Portland para quando natildeo existe mais fase

anidra (concreto de alta relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante bem curado) ou quando a

aacutegua natildeo pode mais chegar agraves fases natildeo hidratadas (sistemas muito densos e

defloculados) ou ainda quando natildeo existe mais aacutegua disponiacutevel caso isso

aconteccedila (relaccedilatildeo aacuteguaaglomerante muito baixa) (TUTIKIAN 2007)

O concreto eacute um material estrutural assim depois de endurecido deve

ter resistecircncia mecacircnica e durabilidade Um aspecto importante e peculiar do

concreto eacute que essas propriedades podem ser modificadas de acordo com o

proporcionamento entre seus constituintes Aleacutem disso estas propriedades

dependem fundamentalmente das caracteriacutesticas do material no estado fresco

antes da ocorrecircncia da pega e endurecimento quando o concreto apresenta

consistecircncia plaacutestica (TUTIKIAN 2007)

Concretos com maior consumo de cimento ou o uso de cimentos de

maior finura apresentam maior velocidade de reaccedilatildeo e consequentemente um

enrijecimento mais raacutepido eacute observado (COLLEPARDI 1998 apud

SILVA 2010)

Mehta e Monteiro (2008) destacam que cimentos com maior

quantidade de C3A e aacutelcalis apresentam maior taxa de perda de

trabalhabilidade devido formaccedilatildeo de maior quantidade de etringita primaacuteria e C-

S-H

Em um concreto de cimento Portland convencional com um dado

consumo de aacutegua a reduccedilatildeo consideraacutevel do consumo de cimento tende a

produzir misturas aacutesperas com acabamento precaacuterio caso seja colocada muita

aacutegua na mistura o excesso migra para a superfiacutecie pelo processo de

exsudaccedilatildeo Deixa atraacutes de si vazios chamados de porosidade capilar Esta

porosidade prejudica a resistecircncia do concreto aumenta sua permeabilidade e

diminui a durabilidade da peccedila concretada As misturas de concreto com

consumo muito elevado de cimento ou alta proporccedilatildeo de finos apresentam

excelente coesatildeo mas tendem a ficar viscosas (MEHTA e MONTEIRO 2008)

Meacutetodos de dosagem ABCP IPTEPUSP satildeo os principais meacutetodos usados no

Brasil para a dosagem de concretos convencionais

38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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38

4 MATERIAIS E MEacuteTODOS

Satildeo descritos na sequecircncia os procedimentos necessaacuterios para o

cumprimento dos objetivos citados no item 11

41 Seleccedilatildeo dos traccedilos dos concretos

Para o estudo comparativo dos custos do concreto Convencional e o

Concreto auto Adensaacutevel cujos traccedilos satildeo apresentados nas Tabelas 1 e 2

foram selecionados diversos traccedilos de concreto oriundos da literatura

sobretudo de Manuel (2006) e Tutikian (2007)

O caacutelculo dos traccedilos dos concretos convencionais dosados por

Manoel (2006) foi realizado de acordo com o proposto no meacutetodo de dosagem

de Helene e Terzian (1992) e do concreto auto adensaacutevel pelo meacutetodo de

Tutikian (2004) para vaacuterios teores de argamassa das misturas (de 55 a 75)

os quais satildeo apresentados na Tabela 1

Tabela 1 consumo de materiais para cada concreto em kgmsup3

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

α

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

α

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

α

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65

α 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70

α 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75

α 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

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39

Na Tabela 2 estatildeo os traccedilos unitaacuterios para concretos autoadensaacuteveis

utilizados por Tutikian (2007) que foram calculados a partir do teor de

argamassa determinado em 53 da quantidade de aacutegua necessaacuteria para os

concretos atingirem o abatimento do tronco de cone de 100 plusmn 20 mm e de

caacutelculos posteriores realizados com base na massa especiacutefica no estado

fresco A relaccedilatildeo ac foi calculada e utilizada posteriormente como valor de

aproximaccedilatildeo para os CAA Nestes concretos natildeo foram utilizados aditivos

quiacutemicos Para tal foi empregado o meacutetodo de dosagem de Tutikian (2007)

Tabela 2 traccedilos unitaacuterios e caacutelculo de materiais por msup3

Co

nc

reto

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

(kg

msup3)

Traccedilo Consumo de materiais por kgmsup3

Cim

en

to

Are

ia

Bri

ta

Cim

en

to

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

CCV1 2420 1 112 188 553 620 1040 207 037 935

CCV2 2408 1 165 235 443 731 1042 192 043 864

CCV3 2367 1 218 282 364 794 1027 183 050 837

CCV4 2343 1 271 329 309 836 1015 183 059 849

CCV5 2312 1 324 376 265 859 997 191 072 901

Fonte Tutikian 2007

As Tabelas 3 e 4 mostram os traccedilos unitaacuterios e os caacutelculos posteriores

para o CAA com areia fina utilizados por Tutikian (2007) Observa-se que foi

mantido o teor de argamassa miacutenimo do CCV de 53 e foram utilizados os

valores de massas especificas determinadas no concreto no estado fresco para

cada traccedilo as quais foram similares agraves do CCV O aditivo superplastificante foi

ajustado experimentalmente em 047 em relaccedilatildeo agrave massa do cimento As

relaccedilotildees ac foram similares agraves do CCV para os mesmos traccedilos 1m enquanto

que o teor de umidade novamente variou dentro da normalidade

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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httpwwwuspbrfaucursosgraduacaoarq_urbanismodisciplinasaut0139Arti

gos_TecnicosConcreto_Auto_adensavelpdf 19102012

httpwwwcimentoitambecombrconcreto-auto-adensavel-em-pre-fabricados

acesso 19102012

httpconstrucaocivilpetwordpresscom20120311inovacoes-no-concreto-2-

concreto-auto-adensavel acesso 19102012

httpwwwabescorgbrassetsfilesjornal-26pdf acesso 19102012

httpdc974sharedcomdocWS-62T4Cpreviewhtml acesso 20102012

httpwwwcementorgtechfaq_sccasp acesso 20102012

httpwwwengineeringcivilcoman-experimental-study-on-synergic-effect-of-

sugar-cane-bagasse-ash-with-rice-husk-ash-on-self-compaction-concretehtml

acesso 20102012

70

httpwwwpmccataloguecomviewaspxProductId=610110-1-

3ampmenyCategory=18 acesso 21102012

httpwwwportaldoconcretocombrcimentoconcretocimentohtml acesso

22102012

httpwwwppgecfeisunespbrproducao2004Concreto20auto-

adensE1vel20avaliaE7E3o20da20aderEAncia20aE7o-

concreto20atravE9s20dos20ensaios20de20determinaE7E3o

20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

barras20de20aE7opdf acesso 30112012

httpwwwrevistatechnecombrengenharia-civil132artigo76078-1asp

acesso 30112012

40

Tabela 3 traccedilos unitaacuterios do CAA

Co

nc

reto

Traccedilo

ac

H (

Te

or

de

Um

ida

de

)

()

Ad

itiv

o (

)

Cim

en

to

Are

ia

fin

a

Are

ia

reg

ula

r

Bri

ta 1

9

mm

CAA 1 1 045 067 188 036 893 047

CAA 2 1 066 099 235 041 814 047

CAA 3 1 087 131 282 048 808 047

CAA 4 1 108 163 329 062 886 047

CAA 5 1 130 194 376 068 846 047 Fonte Tutikian 2007

Tabela 4 consumos de materiais calculados para o CAA

Co

nc

reto

Consumo de materiais por kgmsup3

Ma

ssa

Es

pec

iacutefic

a

Cim

en

to

Are

ia F

ina

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta 1

9

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CAA 1 2446 561 253 376 1055 200 264

CAA 2 2430 449 297 445 1056 183 211

CAA 3 2405 371 323 486 1046 180 174

CAA 4 2362 310 335 505 1020 192 146

CAA 5 2347 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

42 Resistecircncias dos concretos

A Tabela 5 apresenta-se as meacutedias das resistecircncias agrave compressatildeo

obtidas por Manuel (2005) sendo que os resultados das resistecircncias agrave

compressatildeo dos CAArsquos foram superiores agraves do CCV-REF como podemos

verificar na Figura 9

41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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41

Tabela 5 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

SP

cim

(

) Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417

000

247 271 389 494

145 0502 178 203 279 381

16 0630 114 146 212 275

CAA-54

13 0430

062

268 335 462 546

145 0504 164 207 369 428

16 0636 117 148 208 277

CAA-60

13 0418

068

- 325 461 -

145 0505 - 211 314 -

16 0684 - 150 216 -

CAA-65 145 0595 070 - 196 275

CAA-70 145 0570 097 - 196 288 -

CAA-75 145 0601 096 - 188 274 -

Fonte Manuel 2005

Figura 9 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos

Verifica-se que com o aumento do ter de argamassa dos concretos

ocorreu uma reduccedilatildeo na resistecircncia agrave compressatildeo Para o traccedilo m=45 o CAA-

54 foi superior aos demais concretos O CAA-60 que foi superado pelo CAA-54

em 175 foi o segundo melhor Os outros quatro apresentaram resistecircncias

bem similares No traccedilo 16 as resistecircncias dos CCV-REF CAA-54 e CAA-60

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Resis

tecircn

cia

agrave C

om

pre

ssatildeo

(M

Pa)

Traccedilo (m) em funccedilatildeo do teor de argamassa (α)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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concreto20atravE9s20dos20ensaios20de20determinaE7E3o

20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

barras20de20aE7opdf acesso 30112012

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acesso 30112012

42

foram similares e tiveram diferenccedila maacutexima abaixo dos 4 como podemos

verificar no graacutefico abaixo

Os resultados dos ensaios do concreto convencional feito por Tutikian

(2007) estatildeo representados na Tabela 6 Para a resistecircncia agrave compressatildeo nas

idades de 1 7 28 e 91 dias foi utilizado o resultado potencial ou seja aquele

que foi mais alto

Tabela 6 resultados das propriedades no estado endurecido

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037

346 487 535 641 3779

358 483 490 632 3539

- - - - 3544

CCV2 ndash 14 043

277 394 464 560 3431

279 400 456 539 3383

- - - - 3600

CCV3 ndash 15 050

195 316 389 449 3016

195 324 384 468 2535

- - - - 3128

CCV4 ndash 16 059

156 271 327 379 2309

158 281 311 371 2085

- - - - 2628

CCV5 ndash 17 072

96 212 264 279 1982

95 226 278 290 1787

- - - - 1150

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

A faixa de abrangecircncia da resistecircncia foi satisfatoacuteria jaacute que contemplou

de 278 ateacute 535 MPa aos 28 dias Considerando o desvio padratildeo na

resistecircncia agrave compressatildeo de projeto pode-se considerar o fck entre 20 e

45 MPa

O moacutedulo de elasticidade variou conforme a resistecircncia agrave compressatildeo

de acordo com o relatado na literatura Salienta-se que para o CCV dosado

atraveacutes do meacutetodo IPTEPUSP o teor de argamassa seca eacute constante sendo

assim natildeo depende de nenhuma variaacutevel adicional para ser calculado

43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

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43

A Tabela 7 detalha os resultados para todos os traccedilos com areia fina

dosado atraveacutes do meacutetodo proposto por Tutikian (2007) Foram utilizados os

valores potenciais para os ensaios

Tabela 7 resultados das propriedades no estado endurecido T

raccedil

o

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

Ec (

GP

a)

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CAA1 ndash 13 037

463 574 626 692 398

463 587 652 673 433

- - - - 408

CAA2 ndash 14 043

418 483 673 665 412

381 500 582 624 458

- - - - 411

CAA3 ndash 15 050

170 424 478 564 346

273 418 487 538 382

- - - - 336

CAA4 ndash 16 059

163 271 322 387 294

155 255 343 387 231

- - - - 251

CAA5 ndash 17 072

123 234 292 259 279

127 224 302 334 243

- - - - 266

Legenda Ec ndash moacutedulo de elasticidade

Fonte Tutikian 2007

Observa-se na Tabela 7 que o comportamento dos resultados foi

similar aos do CCV A relaccedilatildeo ac foi parecida entre estes dois concretos jaacute

que foram utilizadas as mesmas proporccedilotildees 1m e a quantidade de aacutegua do

CCV foi utilizada como paracircmetro para o CAA com areia fina

Nas Figuras 10 e 11 podemos observar que os moacutedulos de

elasticidade foram sempre superiores aos do CCV mostrando que CAA nem

sempre apresentam moacutedulos inferiores poreacutem ainda devem-se esperar as

comparaccedilotildees entre os mesmos valores das resistecircncias agrave compressatildeo apesar

de que os traccedilos 1m jaacute podem ser considerados como um indicativo do

resultado final Isto se deve provavelmente agrave propriedade da areia fina de

fechar os poros no concreto tornando-o menos deformaacutevel no estado

endurecido

44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

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44

Figura 10 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos convencionais ensaiados por Tutikian

(2007)

Figura 11 resistecircncias agrave compressatildeo aos 28 dias dos concretos autoadensaacuteveis ensaiados por Tutikian

(2007)

0

10

20

30

40

50

60

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos convencionais (m)

CCV1

CCV2

CCV3

CCV4

CCV5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

3 4 5 6 7

Fc (MPa)

Ec (Gpa)

Fc E

c a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Traccedilo dos concretos auto-adensaacuteveis (m)

CAA1

CAA2

CAA3

CAA4

CAA5

45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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45

43 Custos dos concretos

Nas Tabelas 8 e 9 apresentam-se os quadros resumo com as

quantidades de materiais para produzir 1 msup3 de concreto a partir dos traccedilos de

Manuel (2006) e Tutikian (2007) respectivamente

Tabela 8 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 532

000

617 978 222

000 145 397 782 1004 199

16 313 869 1007 196

CAA-55

13 530 246 369 975 228 328

145 398 314 471 1008 201 247

16 313 348 523 1009 199 194

CAA-60

13 532 298 447 851 222 362

145 397 365 548 873 201 270

16 308 394 591 862 211 209

CAA-65 145 383 394 591 736 228 268

CAA-70 145 385 439 659 636 220 373

CAA-75 145 380 475 712 522 229 364

Fonte Manuel 2005

Tabela 9 quadro resumo do consumo de materiais

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de concreto

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 553 - 620 1040 207 -

CCV2 ndash 14 443 - 731 1042 192 -

CCV3 ndash 15 364 - 794 1027 183 -

CCV4 ndash 16 309 - 836 1015 183 -

CCV5 ndash 17 265 - 859 997 191 -

CAA1 ndash 13 561 253 376 1055 200 264

CAA2 ndash 14 449 297 445 1056 183 211

CAA3 ndash 15 371 323 486 1046 180 174

CAA4 ndash 16 310 335 505 1020 192 146

CAA5 ndash 17 270 352 525 1017 183 127

Fonte Tutikian 2007

46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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46

Para o caacutelculo do custo de produccedilatildeo dos concretos foram empregados

os valores apresentados na Tabela 10 Na Tabela 11 apresentam-se os custos

por unidade de medida

Tabela 10 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos

Tipo de Concreto Unidade R$

Cimento CPV ARI - RS Saco de 50 kg 2443

Fiacuteler Calcaacuterio 1 msup3 7300

Areia Fina 1 msup3 7300

Areia Regular 1 msup3 7300

Seixo rolado 1 msup3 8300

Poacute de pedra 1 msup3 5562

Brita 19 mm 1 msup3 5562

Aditivo Anchormix 1000 200 litros 54438

Aacutegua 10 msup3 2210

Fonte R$ cimento areia e brita JD Home Center

Fonte R$ Aditivo httpwwwciadoimpermeabilizantecombranchormixhtml

Fonte R$ Aacutegua

httpsitesaneparcombrsitessitesaneparcombrfilestabela_tarifas_saneamento_

basicopdf

Tabela 11 preccedilo dos insumos constituintes dos concretos ajustados por unidade

utilizada

Tipo de Concreto Unidade R$kg ou L

Cimento CPV ARI - RS kg 04886

Fiacuteler Calcaacuterio kg 00456

Areia Fina kg 00456

Areia Regular kg 00487

Brita 19 mm kg 00445

Seixo Rolado kg 00664

Poacute de Pedra kg 00348

Aditivo Anchormix 1000 kg 27216

Aacutegua kg 00022

Nas Tabelas 12 e 13 apresentam-se os quadros resumo com os

custos de material por msup3 com os traccedilos utilizados por Manuel (2006) e

Tutikian (2007) respectivamente Os resultados destas tabelas advecircm dos

dados das Tabelas 8 9 e 11

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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adensE1vel20avaliaE7E3o20da20aderEAncia20aE7o-

concreto20atravE9s20dos20ensaios20de20determinaE7E3o

20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

barras20de20aE7opdf acesso 30112012

httpwwwrevistatechnecombrengenharia-civil132artigo76078-1asp

acesso 30112012

47

Tabela 12 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Tra

ccedilo

1m

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

msup3

Cim

en

to

Fiacutel

er

Ca

lcaacute

rio

Are

ia

Bri

ta

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

SP

CCV-REF

13 25994

000

3003 4352 049

000

33401

145 19397 3806 4467 044 27715

16 15293 4229 4481 043 24051

CAA-55

13 25896 1122 1796 4338 050 893 34100

145 19446 1433 2292 4485 044 672 28373

16 15293 1588 2545 4490 044 528 24492

CAA-60

13 25994 1360 2175 3787 049 985 34354

145 19397 1665 2667 3885 044 735 28394

16 15049 1798 2876 3836 047 569 24178

CAA-65 145 18713 1798 2876 3275 050 729 27442

CAA-70 145 18811 2003 3207 2830 049 1015 27915

CAA-75 145 18567 2167 3465 2323 051 991 27563

Fonte Manuel 2005

Tabela 13 quadro resumo aplicado os valores dos produtos

Tip

o d

e

Co

nc

reto

Quantidade de materiais (Kg) para produzir 1 msup3 de

concreto

R$

msup3

Cim

en

to

Are

ia

Fin

a

Are

ia

Re

gu

lar

Bri

ta

19

mm

Aacuteg

ua

Ad

itiv

o

CCV1 ndash 13 27020

000

3017 4628 046

000

34710

CCV2 ndash 14 21645 3558 4636 042 29881

CCV3 ndash 15 17785 3864 4570 040 26259

CCV4 ndash 16 15098 4069 4516 040 23723

CCV5 ndash 17 12948 4180 4436 042 21607

CAA1 ndash 13 27410 1154 1830 4694 044 719 35852

CAA2 ndash 14 21938 1355 2166 4699 040 574 30772

CAA3 ndash 15 18127 1474 2365 4654 040 474 27134

CAA4 ndash 16 15147 1528 2458 4539 042 397 24111

CAA5 ndash 17 13192 1606 2555 4525 040 040 22265

Fonte Tutikian 2007

Uma vez que o concreto por si soacute natildeo eacute representativo dos custos

globais de sua produccedilatildeo jaacute que o lanccedilamento adensamento acabamento

superficial e cura tecircm um custo significativo no valor da estrutura abaixo

48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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48

seguem as composiccedilotildees de matildeo de obra referentes agrave aplicaccedilatildeo dos concretos

em uma dada estrutura

Tabela 14 Composiccedilatildeo transporte em carrinho de matildeo em local plano transportado

considerando 5 m de distacircncia ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Servente h 015 404 061

Total da composiccedilatildeo 061 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 15 Composiccedilatildeo preparo mecacircnico do concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Betoneira h 030 018 005

Servente h 500 404 2020

Total da composiccedilatildeo 2025

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 16 Composiccedilatildeo Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 840 568 4771

Servente h 840 404 3394

Total da composiccedilatildeo 8165

Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Fonte httpwwwsinduscon-

prcombrprincipalhomesistema=conteudos|conteudoampid_conteudo=2332

Tabela 17 Composiccedilatildeo Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto ndash unidade msup3

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 420 568 2386

Servente h 840 404 3394

Vibrador h 190 0035 007

Total da composiccedilatildeo 6431 Fonte httpwwwufvbrdeaambiagroarquivosConstrucoespdf

Tabela 18 Composiccedilatildeo Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie sarrafeada com argamassa de cimento e

areia sem peneirar traccedilo 14 e= 3 cm ndash unidade msup2

Descriccedilatildeo Unidade Iacutendice Valor do Insumo Valor R$

Pedreiro h 025 568 142

Servente h 055 404 222

Areia lavada msup3 00366 00487 00018

49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

barras20de20aE7opdf acesso 30112012

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49

Cimento CP II-E-32 kg 1095 04886 535

Total da composiccedilatildeo 899

Fonte TCPO 13ordf Ediccedilatildeo pg 303 composiccedilatildeo unitaacuteria 0960581

Em relaccedilatildeo agraves termologias empregadas tem-se que o transporte do

concreto deve ser feito de modo a evitar a segregaccedilatildeo Utilizando carrinhos de

matildeo (com pneus de borracha) somente para pequenas distacircncias Prever

rampas de acesso agraves formas Iniciar a concretagem pela parte mais distante

O lanccedilamento do concreto deve ser realizado logo apoacutes o

amassamento nas focircrmas previamente molhadas Em nenhuma hipoacutetese

lanccedilar o concreto com pega jaacute iniciada A altura de lanccedilamento natildeo pode

ultrapassar conforme as normas 2 m Nas peccedilas com altura maiores que 3 m

o lanccedilamento do concreto deve ser feito em etapas por janelas abertas na

parte lateral das focircrmas Em alturas de quedas maiores usar tubos calhas ou

trombas

Jaacute o adensamento (vibraccedilatildeo) deve iniciar logo apoacutes o lanccedilamento do

concreto na estrutura Evitar vibrar a menos de 10 cm da parede da focircrma A

profundidade de vibraccedilatildeo natildeo deve ser maior do que o comprimento da agulha

de vibraccedilatildeo Evitar vibrar aleacutem do tempo recomendado para que o concreto

natildeo desande O processo de vibraccedilatildeo deve ser cuidadoso introduzindo e

retirando a agulha de forma que a cavidade formada se feche naturalmente

Vaacuterias incisotildees mais proacuteximas e por menos tempo produzem melhores

resultados

Por fim o acabamento eacute a atividade de sarrafear a superfiacutecie de lajes e

vigas com uma reacutegua de alumiacutenio posicionada entre as taliscas e desempenar

com desempenadeira de madeira formando as guias e mestras de

concretagem Em seguida deve-se verificar o niacutevel das mestras com aparelho

de niacutevel remover as taliscas sarrafear o concreto entre as mestras e executar

o acabamento final com desempenadeira de madeira

44 Estrutura padratildeo para caacutelculo dos Custos Globais

A fim de calcular os custos globais referentes agrave aplicaccedilatildeo de um dado

concreto selecionou-se a estrutura padratildeo abaixo (ver Figura 12) para fins de

comparaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo do concreto convencional e do concreto

50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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50

autoadensaacutevel considerando custos de produccedilatildeo o material lanccedilamento

adensamento e acabamento superficial

51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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51

Figura 12 estrutura padratildeo a ser aplicada os valores

Na sequecircncia segue o levantamento de quantitativos para a estrutura

da Figura 12

441 Volume de concreto

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

442 Forma de anaacutelise dos custos

Os custos seratildeo avaliados quanto

- agrave produccedilatildeo do concreto

- transporte lanccedilamento e adensamento (quando necessaacuterio) do

concreto

- Regularizaccedilatildeo da superfiacutecie da laje (quando necessaacuterio) para

assentamento de ceracircmica

- Aplicaccedilatildeo em uma estrutura padratildeo

52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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52

5 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS

51 Custos de produccedilatildeo dos Concretos (sem considerar a

resistecircncia)

Os resultados dos custos dos concretos sem analisarmos as

resistecircncias estatildeo apresentados nas Tabelas 19 e 20 para a produccedilatildeo de 1

msup3 de concreto

Tabela 19 quadro resumo para os traccedilos de Manuel (2005)

Tipo de Concreto Traccedilo 1m R$msup3

CCV-REF

13 33401

145 27715

16 24051

CAA-54

13 34100

145 28373

16 24492

CAA-60

13 34354

145 28394

16 24178

CAA-65 145 27442

CAA-70 145 27915

CAA-75 145 27563

Fonte Manuel (2005)

Figura 13 custos para produccedilatildeo de 1 msup3 de concreto utilizando os traccedilos de Manuel (2007)

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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53

Observa-se pelo graacutefico apresentado na Figura 13 que o CAA com

melhor resultado em termos de custos em cada traccedilo foi o CAA-54 O CAA-60

teve custos superiores ao CAA-54 em ateacute 1 Para o traccedilo 145 verifica-se

que os concretos CAA-54 60 e 65 apresentaram custos bem similares entre si

sendo portanto os teores de argamassa mais indicados desde que sejam

atendidos os requisitos do CAA no estado fresco e endurecido

Portanto em termos de custos o CCV-REF apresenta-se como a opccedilatildeo

mais econocircmica de curto e meacutedio prazo pois numa estrutura real natildeo temos

certeza de que todo o concreto foi vibrado adequadamente mais tarde poderaacute

revelar problemas advindos de uma vibraccedilatildeo ou adensamento deficiente

Assim a opccedilatildeo do CAA apesar de ser mais cara inicialmente possui garantia

de que o produto final (a estrutura acabada) tem um concreto duraacutevel para as

condiccedilotildees a que se propotildee

Tabela 20 quadro resumo para os traccedilos de Tutikian (2007)

Tipo de Concreto R$msup3

CCV

13 34710

14 29881

15 26259

16 23723

17 21607

CAA

13 35852

14 30772

15 27134

16 24111

17 22265

Na Figura 14 apresenta-se o graacutefico comparativo de custos dos

concretos produzidos por Tutikian (2007)

54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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54

Figura 14 comparativo de custos dos concretos ensaiados por Tutikian

O custo de produccedilatildeo do CCV foi inferior em todos os traccedilos essa

diferenccedila chega aproximadamente a 3

Pelos graacuteficos produzidos com os dados da Tabela 19 e 20 do Manuel

(2006) e Tutikian (2007) pode-se perceber que os custos do CAA para 1 msup3 de

concreto satildeo mais elevados que os CCV cabe ressaltar poreacutem que eacute possiacutevel

a mistura de CAA dependendo dos materiais escolhidos e da forma de

dosagem com custos similares ou ateacute inferiores que o CCV

511 Comparaccedilatildeo das resistecircncias obtidas agrave compressatildeo aos 28 dias

Como a resistecircncia agrave compressatildeo aos 28 dias eacute a mais referendada

uma vez que eacute exigida no controle tecnoloacutegico do concreto logo a mais

importante para os profissionais da aacuterea estaacute seraacute a empregada para as

anaacutelises seguintes

Na Tabela 21 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Manuel (2005) iremos utilizar apenas o CCV-REF e o

CAA-54 como base para comparar os valores

0

50

100

150

200

250

300

350

400

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to p

or

msup3

(R$m

sup3)

Traccedilo dos concretos (m)

55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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55

Tabela 21 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Co

nc

reto

es

tud

ad

o

Tra

ccedilo

1m

Re

laccedil

atildeo

ac

Resistecircncia agrave Compressatildeo (MPA)

R$

msup3

3 d

ias

(4

dia

s)

7 d

ias

28

dia

s

56

dia

s

CCV-REF

13 0417 247 271 389 494 33401

145 0502 178 203 279 381 27715

16 0630 114 146 212 275 24051

CAA-54

13 0430 268 335 462 546 34100

145 0504 164 207 369 428 28373

16 0636 117 148 208 277 24492

Nas Figuras 15 16 e 17 apresentam-se o desenvolvimento das

resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional com teor de argamassa

igual a 54 (CCV-REF) e do seu correspondente concreto autoadensaacutevel

(CAA-54) Nota-se que o CAA-54 apesar de ter as maiores relaccedilotildees ac

apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 e 145 No traccedilo 16 os dois

concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo praticamente

iguais como ilustra a Figura 17

Figura 15 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

0

10

20

30

40

50

60

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0417

CAA-54 - ac = 0430

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+1580

m = 3

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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concreto20atravE9s20dos20ensaios20de20determinaE7E3o

20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

barras20de20aE7opdf acesso 30112012

httpwwwrevistatechnecombrengenharia-civil132artigo76078-1asp

acesso 30112012

56

Figura 16 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Figura 17 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV-REF e CAA-54

Na Tabela 22 satildeo apresentados os valores das resistecircncias agrave

compressatildeo obtidos por Tutikian (2007)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0502

CAA-54 - ac = 0504

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

+2439

m = 45

0

5

10

15

20

25

30

0 3 7 14 21 28 35 42 49 56

CCV-REF - ac = 0630

CAA-54 - ac = 0636

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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adensE1vel20avaliaE7E3o20da20aderEAncia20aE7o-

concreto20atravE9s20dos20ensaios20de20determinaE7E3o

20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

barras20de20aE7opdf acesso 30112012

httpwwwrevistatechnecombrengenharia-civil132artigo76078-1asp

acesso 30112012

57

Tabela 22 resultados das resistecircncias agrave compressatildeo

Tra

ccedilo

1m

ac

Resistecircncia agrave compressatildeo (MPa)

R$

msup3

1 d

ia

7 d

ias

28

dia

s

91

dia

s

CCV1 ndash 13 037 358 487 535 641 34710

CCV2 ndash 14 043 279 400 464 560 29881

CCV3 ndash 15 050 195 324 389 468 26259

CCV4 ndash 16 059 158 281 327 379 23723

CCV5 ndash 17 072 96 226 278 290 21607

CAA1 ndash 13 037 463 587 652 692 35852

CAA2 ndash 14 043 418 500 673 665 30772

CAA3 ndash 15 050 273 424 487 564 27134

CAA4 ndash 16 059 163 271 343 387 24111

CAA5 ndash 17 072 127 234 302 334 22265

Nas Figuras 18 19 20 21 e 22 apresentam-se os desenvolvimentos

das resistecircncias agrave compressatildeo do concreto convencional (CCV) e do seu

correspondente concreto autoadensaacutevel (CAA) Nota-se que o CAA aos 28

dias apresentou resistecircncias maiores nos traccedilos 13 14 e 15 No traccedilo 16 e

17 os dois concretos apresentam crescimentos da resistecircncia agrave compressatildeo

praticamente iguais como ilustra as Figuras 21 e 22

Tanto para os traccedilos de Manuel (2005) e Tutikian (2007) a resistecircncia

dos CAA foram superiores aos CCV nos 28 dias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 1 - ac = 037

CAA 1 - ac = 037

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 3

+1832

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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22102012

httpwwwppgecfeisunespbrproducao2004Concreto20auto-

adensE1vel20avaliaE7E3o20da20aderEAncia20aE7o-

concreto20atravE9s20dos20ensaios20de20determinaE7E3o

20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

barras20de20aE7opdf acesso 30112012

httpwwwrevistatechnecombrengenharia-civil132artigo76078-1asp

acesso 30112012

58

Figura 18 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 19 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 20 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 2 - ac = 043

CAA 2 - ac = 043

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 4

+3106

0

10

20

30

40

50

60

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 3 - ac = 050

CAA 3 - ac = 050

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 5

+2012

59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e O

bra

msup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

barras20de20aE7opdf acesso 30112012

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59

Figura 21 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

Figura 22 evoluccedilatildeo da resistecircncia agrave compressatildeo do CCV e CAA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 4 - ac = 059

CAA 4 - ac = 059

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 6

+467

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 1 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91

CCV 5 - ac = 072

CAA 5 - ac = 072

Fc a

os 2

8 d

ias (

MP

a)

Idade (dias)

m = 7

+795

60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

ram

sup3

Qu

an

tid

ad

e

R$

Ma

teri

al

R$

Matilde

o d

e O

bra

R$

Re

gu

lari

zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

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msup3

Qu

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e

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Ma

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gu

lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

al e

Ma

o d

e

ob

ra

R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

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60

512 Custos considerando Produccedilatildeo lanccedilamento adensamento e

acabamento superficial de uma estrutura

Na tabela 23 apresentamos os custos das composiccedilotildees unitaacuterias da

matildeo de obra por msup3 que seratildeo aplicados na estrutura padratildeo

Tabela 23 Valores unitaacuterios das composiccedilotildees de matildeo de obra

Composiccedilatildeo R$ Custo

Unitaacuteriomsup3

Transporte em carrinho de matildeo em local plano por msup3

transportado considerando 5 m de distacircncia 061

Preparo mecacircnico do concreto por msup3 2025

Lanccedilamento e aplicaccedilatildeo de concreto por msup3 8165

Lanccedilamento aplicaccedilatildeo e adensamento de concreto por msup3 1575

Regularizaccedilatildeo de superfiacutecie para aplicaccedilatildeo de revestimento 899

Para a estrutura apresentada temos os seguintes valores quantitativos

Aacuterea da laje = 12572 msup2

Volume de concreto total da estrutura = 1011 msup3

Volume de concreto da laje = 591 msup3

Volume de concreto das vigas = 422 msup3

Na tabela 24 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Manuel (2005)

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

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Ob

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sup3

Qu

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Ma

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zaccedil

atildeo

Ma

teri

al e

Ma

o d

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ra

R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

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6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

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to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

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To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

REFEREcircNCIAS

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20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

barras20de20aE7opdf acesso 30112012

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acesso 30112012

61

Tabela 24 Valores de materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s

es

tud

ad

os

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

alm

sup3

R$

Matilde

o d

e

Ob

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Re

gu

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zaccedil

atildeo

Ma

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Ma

o d

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ob

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R$

To

talm

sup3

CCV-REF - 13 33401 8517 1011 337688 86107 113022 536817

CCV-REF -145 27715 8517 1011 280195 86107 302963 669265

CCV-REF - 16 24051 8517 1011 243155 86107 302963 632225

CAA-55 - 13 34100 10251 1011 344750 103638 000 448387

CAA-55 - 145 28373 10251 1011 286852 103638 000 390490

CAA-55 - 16 24492 10251 1011 247619 103638 000 351256

CAA-60 - 13 34354 10251 1011 347318 103638 000 450956

CAA-60 - 145 28394 10251 1011 287059 103638 000 390697

CAA-60 - 16 24178 10251 1011 244443 103638 000 348081

CAA-65 - 145 27442 10251 1011 277439 103638 000 381077

CAA-70 - 145 27915 10251 1011 282221 103638 000 385859

CAA-75 - 145 27563 10251 1011 278664 103638 000 382302

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 23

Figura 23 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

3000

3400

3800

4200

4600

5000

5400

5800

6200

6600

3 45 6 3 45 6 3 45 6 45 45 45

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

CCV-REF

CAA-54

CAA-60

CAA- 65

CAA- 70

CAA- 75

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

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s e

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Consumo de materiais em kgmsup3

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Ma

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CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

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R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

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65

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concreto20atravE9s20dos20ensaios20de20determinaE7E3o

20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

barras20de20aE7opdf acesso 30112012

httpwwwrevistatechnecombrengenharia-civil132artigo76078-1asp

acesso 30112012

62

Na tabela 25 apresentamos os custos de materiais e matildeo de obra

aplicados na estrutura padratildeo considerando os traccedilos de Tutikian (2007)

Tabela 25 Valores dos materiais e matildeo de obra aplicados na estrutura

Co

nc

reto

s e

stu

da

do

s

Consumo de materiais em kgmsup3

R$

Ma

teri

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sup3

R$

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o d

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bra

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lari

za

ccedilatilde

o

Ma

teri

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Ma

o d

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ob

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R$

To

talm

sup3

CCV1 ndash 13 34710 8517 1011 350921 86107 113022 550050

CCV2 ndash 14 29881 8517 1011 302101 86107 113022 501230

CCV3 ndash 15 26259 8517 1011 265482 86107 113022 464611

CCV4 ndash 16 23723 8517 1011 239840 86107 113022 438969

CCV5 ndash 17 21607 8517 1011 218445 86107 113022 417574

CAA1 ndash 13 35852 10251 1011 362461 103638 - 466099

CAA2 ndash 14 30772 10251 1011 311109 103638 - 414747

CAA3 ndash 15 27134 10251 1011 274321 103638 - 377959

CAA4 ndash 16 24111 10251 1011 243763 103638 - 347401

CAA5 ndash 17 22265 10251 1011 225095 103638 - 328732

O graacutefico de custos considerando material e matildeo de obra estatildeo

representados na Figura 24

63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

REFEREcircNCIAS

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adensE1vel20avaliaE7E3o20da20aderEAncia20aE7o-

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63

Figura 24 custos dos concretos aplicados na estrutura considerando material e matildeo de obra

Observamos que quando os custos satildeo aplicados em uma estrutura o

CAA se mostra muito mais vantajoso do que o CCV isso se deve ao fato do

CAA natildeo precisar de vibraccedilatildeo e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie os custosmsup3 satildeo

praticamente o mesmo mas quando aplicamos a matildeo de obra vemos a

grande diferenccedila

0

1000

2000

3000

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6000

3 4 5 6 7

CCV

CAA

Cu

sto

do

co

ncre

to (

R$)

Traccedilo dos concretos (m)

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

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uso

65

REFEREcircNCIAS

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acesso 30112012

64

6 CONCLUSOtildeES

Este trabalho foi desenvolvido para verificar a diferenccedila de custo entre

concretos convencionais e concretos autoadensaacuteveis

O custo por metro cuacutebico de concreto para as classes de resistecircncias

avaliadas aumenta agrave medida que aumenta a resistecircncia do concreto para

todos os teores de argamassa

As resistecircncias agrave compressatildeo dos CAA abrangeram a mesma faixa e

ateacute superires agraves dos CCV nos traccedilos utilizados por Manuel (2006) para CAA o

aumento do teor de argamassa aumenta o custo do concreto e a diferenccedila

entre concretos com diferentes teores de argamassa tende a aumentar para

resistecircncias maiores o contraacuterio do que ocorre com o CCV em relaccedilatildeo ao

CAA

Pode-se perceber que o custo de produccedilatildeo do CCV eacute mais econocircmico

que o CAA poreacutem quando se aplica os mesmos custos em uma estrutura

temos que levar em consideraccedilatildeo o custo global ou seja custos de material e

matildeo de obra para aplicaccedilatildeo do concreto observa-se que o CAA pode ser bem

mais vantajoso que o CCV jaacute que o CCV demanda maior matildeo de obra pois

necessita que seja feito adensamento (vibraccedilatildeo) e regularizaccedilatildeo da superfiacutecie

sem contar que esteticamente o CAA fica com um aspecto satisfatoacuterio

podendo ateacute ser deixado aparente

Assim a aplicaccedilatildeo do CAA depende da anaacutelise global da estrutura

para que o mesmo tenha competitividade econocircmica em relaccedilatildeo ao CCV

Tambeacutem os profissionais e concreteiras pouco sabem sobre CAA natildeo

existindo competecircncias e natildeo tem domiacutenio nas teacutecnicas de dosagem deste

material cabendo estudos correlatos agrave aacuterea a fim de popularizar e difundir seu

uso

65

REFEREcircNCIAS

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Acesso em

httpwwwlumeufrgsbrbitstreamhandle1018311309000611153pdfsequen

ce=1 acesso em 20 set 2012

TUTIKIAN BF DAL MOLIN D Concreto Auto-adensaacutevel 1a Ediccedilatildeo Satildeo

Paulo ndash SP Editora PINI 2008

69

TUTIKIAN B F HELENE P Dosagem dos Concretos de Cimento

Portland Cap 12 IBRACON 2011 Acesso em

httpwwwconcretophdcombrimgsfilesDosagemCap12Concreto2011pdf

Acesso em 20 set 2012

WATANABE PS Concretos especiais ndash Propriedades materiais e

aplicaccedilotildees Relatoacuterio final de pesquisa (Bolsa de iniciaccedilatildeo cientiacutefica FAPESP)

ndash Universidade Estadual Paulista Bauru 2008

Sites visitados

httpwwwefnarcorgpdfSandGforSCCPDF acesso 15102012

httpwwwsitengenhariacombrdiversosaditivoshtm acesso 15102012

httppublicacoespccuspbrPDFBTs_PetrecheBT330-20HartmannPDF

acesso 16102012

httpwwwrevistatechnecombrengenharia-civil132artigo76078-1asp

acesso 19102012

httpwwwuspbrfaucursosgraduacaoarq_urbanismodisciplinasaut0139Arti

gos_TecnicosConcreto_Auto_adensavelpdf 19102012

httpwwwcimentoitambecombrconcreto-auto-adensavel-em-pre-fabricados

acesso 19102012

httpconstrucaocivilpetwordpresscom20120311inovacoes-no-concreto-2-

concreto-auto-adensavel acesso 19102012

httpwwwabescorgbrassetsfilesjornal-26pdf acesso 19102012

httpdc974sharedcomdocWS-62T4Cpreviewhtml acesso 20102012

httpwwwcementorgtechfaq_sccasp acesso 20102012

httpwwwengineeringcivilcoman-experimental-study-on-synergic-effect-of-

sugar-cane-bagasse-ash-with-rice-husk-ash-on-self-compaction-concretehtml

acesso 20102012

70

httpwwwpmccataloguecomviewaspxProductId=610110-1-

3ampmenyCategory=18 acesso 21102012

httpwwwportaldoconcretocombrcimentoconcretocimentohtml acesso

22102012

httpwwwppgecfeisunespbrproducao2004Concreto20auto-

adensE1vel20avaliaE7E3o20da20aderEAncia20aE7o-

concreto20atravE9s20dos20ensaios20de20determinaE7E3o

20do20coeficiente20de20conformaE7E3o20superficial20das20

barras20de20aE7opdf acesso 30112012

httpwwwrevistatechnecombrengenharia-civil132artigo76078-1asp

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