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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA FERNANDA GUDOSKI CORRELAÇÃO DAS METODOLOGIAS DE MENSURAÇÃO DE PROBLEMAS LOCOMOTORES EM FRANGOS DE CORTE, VISANDO A VALIDAÇÃO DE UM NOVO MÉTODO (FOTOGRAMETRIA) TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DOIS VIZINHOS 2011

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA

FERNANDA GUDOSKI

CORRELAÇÃO DAS METODOLOGIAS DE MENSURAÇÃO DE

PROBLEMAS LOCOMOTORES EM FRANGOS DE CORTE, VISANDO

A VALIDAÇÃO DE UM NOVO MÉTODO (FOTOGRAMETRIA)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

DOIS VIZINHOS

2011

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FERNANDA GUDOSKI

CORRELAÇÃO DAS METODOLOGIAS DE MENSURAÇÃO DE

PROBLEMAS LOCOMOTORES EM FRANGOS DE CORTE, VISANDO

A VALIDAÇÃO DE UM NOVO MÉTODO (FOTOGRAMETRIA)

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação,

apresentado ao curso de Zootecnia, da Universidade

Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Dois

Vizinhos, como requisito parcial para obtenção do

Título de ZOOTECNISTA.

Orientadora: Prof. Dra Angélica Signor

Mendes

DOIS VIZINHOS

2011

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DEDICATÓRIA

Á Deus,

pois tudo acontece a sua vontade.

Ao meu amado pai, Valdir Gudoski,

alicerce da minha vida, moldes dos meus atos, fonte dos meus sentimentos de humildade em

todos os momentos difíceis que tive.

A minha amada mãe e amiga, Nilza Gudoski,

agradeço tuas preces e agradeço por estar sempre tão perto de mim, me dando conforto e

coragem nos momentos mais difíceis, “meu exemplo de vida”.

Aos meus irmãos Flaviane e Eduardo Gudoski,

por transmitirem tanto amor e carinho, fazendo de mim a pessoa mais feliz do mundo por ter

essa família maravilhosa.

Dedico

a vocês este sonho...

que é pouco para tanto amor

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente á Deus, por me iluminar durante esta caminhada.

À Universidade Tecnológica Federal do Paraná, pela oportunidade de realização dos estudos e

apoio concedido nesta fase.

Aos meus pais Valdir e Nilza Gudoski, e meus irmãos Eduardo e Flaviane Gudoski, por

serem a melhor família do mundo e me apoiarem sempre.

Ao meu querido amigo Sandro Jóse Paixão, que me ajudou até o ultimo instante me

auxiliando durante todo o experimento, agradeço de todo meu coração, pois sem você eu não

teria conseguido obrigado.

Às minhas amigas Crislaine da Costa, Juliana Reolon, Mardiori Souza e Priscila Refatti, por

me apoiarem sempre, me confortando nos momentos mais difíceis, e estando ao meu lado

compartilhando os melhores momentos da minha vida, sem duvida ficaram pra sempre em

minha memória.

Na hora em que mais necessitei de auxilio, uma grande amiga não me faltou. Agradeço a você

Jessica Ramon, por estar ao meu lado sempre, compartilhando os melhores e piores

momentos da minha caminhada. Obrigado pelas palavras de conforto e pela amizade dedicada

durante todo esse tempo. “A distância não acabará com uma amizade tão grande”.

À minha querida professora e orientadora Angélica Signor Mendes, agradeço pela orientação,

incentivo, amizade e ensinamentos durante todo o percurso.

À minha prima Daiane Gudoski, pelo apoio, e por me auxiliar durante o experimento,

obrigada de coração.

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“Tudo tem seu tempo,

Há um momento oportuno

Para cada empreendimento

De baixo do céu.

Tempo de nascer, e tempo de morrer;

Tempo de buscar, e tempo de perder;

Tempo de chorar, e tempo de rir;

Tempo de amar, e tempo de odiar;

Tempo de guerra, e tempo de paz;”

“Compreendi que tudo que Deus fez, permanece para sempre.”

Trecho da carta de Eclesiastes

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RESUMO

GUDOSKI, Fernanda. Correlação das metodologias de mensuração de problemas

locomotores em frangos de corte, visando a validação de um novo método (Fotogrametria).

2011. Trabalho (Conclusão de Curso) – Programa de Graduação em Bacharelado em

Zootecnia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Dois Vizinhos, 2011.

A avicultura de corte no Brasil está em constante crescimento conduzindo nosso país a liderar

as exportações mundiais e a ser considerado o terceiro maior produtor. Devido as grandes

perdas em lucratividade com os problemas locomotores, alguns métodos têm sido

implantados à campo para amenizar estes prejuízos, como o Gait Score (habilidade de

caminhar), Latency to Lie (retardo em descansar) e a fotogrametria computadorizada (análise

das imagens fotográficas e dos desvios esqueléticos). Outros métodos utilizados em

laboratório e abatedouro que podem ser citados é a análise histológica e a avaliação da

degeneração femural, respectivamente. Estas últimas metodologias necessitam do abate das

aves, não permitindo uma resposta imediata em campo da condição locomotora das aves.

Sabendo do impacto que os problemas locomotores causam no resultado final do lote, este

trabalho tem como objetivo correlacionar resultados da incidência de lesões locomotoras em

frangos de corte obtidos pela metodologia de fotogrametria com a metodologia de Gait Score

e de degeneração femural, visando validar um método não invasivo e de aplicação ao longo

do crescimento das aves. Para tal, este estudo foi conduzido em um aviário comercial,

localizado na região Sudoeste do Paraná, no município de São Jorge D’Oeste, entre os meses

de setembro a outubro de 2011. Foram avaliados 20 frangos de corte fêmeas e 20 machos,

escolhidos aleatoriamente, desde que em bom estado de locomoção, e posteriormente foram

identificados com anéis. As aves foram avaliadas em campo pela fotogrametria e Gait Score,

semanalmente, a partir dos 21 dias de idades, totalizando quatro avaliações de problemas

locomotores (21, 28, 35 e 42 dias). Posteriormente, os resultados obtidos pela metodologia de

fotogrametria foram correlacionados com os resultados obtidos pelo pela metodologia de DF

(Degeneração Femoral e da tíbia) aplicada em abatedouro. Os dados foram analisados pelo

método de Pearson, utilizando-se o software estatístico Genes (2005). A metodologia de

fotogrametria mostrou-se confiável e aplicável por se correlacionar com metodologias já

existentes, como a metodologia de Gait Score e a Degeneração do Fêmur e da Tíbia.

Palavras-chave: Avicultura. Bem-estar animal. Degeneração femoral. Fotogrametria.

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ABSTRACT

GUDOSKI, Fernanda. Correlation of methodologies for measurement of locomotor problems

in broilers, in order to validate a new method (Photogrammetry). 14f. 2011. Trabalho

(Conclusão de Curso) – Programa de Graduação em Bacharelado em Zootecnia, Universidade

Tecnológica Federal do Paraná. Dois Vizinhos, 2011.

The poultry industry in Brazil is constantly growing leading our country to lead the world

exports and is considered the third largest producer. Due to the large losses in profitability

with locomotor problems, some methods have been deployed to the field to mitigate these

losses, as the Gait Score (ability to walk), Latency to Lie (delay at rest) and computerized

photogrammetry (analysis of photographic images and skeletal deviations). Other methods

used in laboratory and abattoir that can be cited like the histological analysis and evaluation of

femoral degeneration, respectively. These latter methods require the slaughter of birds, not

allowing an immediate response in the field of locomotor condition of the birds. Knowing the

impact of these problems have on locomotor outcome of the lot, this study aims to correlate

the methodology of Gait Score and femoral degeneration in order to validate e method

noninvasive and application throughout the growing birds. To this end, this study was

conducted in a commercial poultry farm, located in a region of Paraná, São Jorge D’Oeste,

between the months September-October 2011. It were assessed 20 broiler females and 20

males, randomly chosen, since in a good state of locomotion, and were later identified with

rings. The birds were evaluated in the field by photogrammetry and Gait Score, weekly, from

21 days of age, totalizing four evaluations of locomotor problems (21, 28, 35 and 42 days).

Subsequently, the results obtained by the method of photogrammetry were correlated with the

results obtained by the DF methodology (Femoral degeneration and tibia) applied in a

slaughterhouse. Data were analyzed using the Pearson method, using the statistical software

Genes (2005). The photogrammetry was reliable and applicable to correlate with existing

methodologies such as the methodology for Gait Score and degeneration of the femur and

tibia.

Keyword: Poultry production. Animal welfare. Femoral degeneration. Photogrammetry.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 8

1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 9

1.1 Bem-estar em Frangos de Corte.................................................................................9

1.2 Perdas Produtivas por Problemas Ósseos e locomotores em Frangos de Corte. 11

1.3 Medidas de mensuração de bem-estar á campo e em abatedouro.................. 12

1.3.1 Gait Score........................................................................................................................13

1.3.2 Lixiscópio........................................................................................................................13

1.3.3 Desintometria óptica radiográfica e tomográfica ....................................................... 13

1.3.4 Fotogrametria.................................................................................................................14

1.3.5 Degeneração Femural................................................................................................... 15

2. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................. 16

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 18

4. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 23

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 24

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INTRODUÇÃO

A avicultura de corte no Brasil está em constante crescimento conduzindo nosso país

a liderar as exportações mundiais e a ser considerado o terceiro maior produtor, ficando atrás

apenas dos Estados Unidos e da China (CAIRES et al., 2008).

A carne de frango é a mais consumida no Brasil, quando comparada à carne suína e

bovina. O consumo da carne de frango vem aumentando cerca de 5,6% ao ano desde os anos

80. Isso deve-se ao menor custo da carne de frango em relação às demais e por ser uma

alternativa na substituição da carne vermelha (OLIVEIRA, 2010).

No Brasil, a avicultura cresce constantemente a cada ano, chegando em 2007 a

produzir 10,2 milhões de toneladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China, com

produção de 16,2 e 11,5 milhões, respectivamente. Sendo que dessas 10,2 milhões de

toneladas produzidas no Brasil, 7,2 toneladas foram exportadas para outros países (ABEF,

2007). Na região sul do Brasil os três estados (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul),

responderam em 2004, por 98,4% da exportação nacional de carne de frango, e destes o

Paraná ficou em segundo lugar com 28,2% do cenário nacional. Sendo que no Paraná a região

centro sul é a que apresenta maior produção do estado, com 34,6%, seguido da região sudeste

com 28,6% da produção industrial de frango do estado (OLIVEIRA, 2010).

Segundo Oliveira (2010), o fator que levou ao aumento da cadeia produtiva do

frango em onze vezes nas ultima três décadas, foi o elevado nível de organização, destacando-

se as inovações tecnológicas, basicamente no melhoramento genético dessas aves, tendo

redução do ciclo, ganhos significativos nas taxas de conversão e maior rendimento de carcaça.

Devido ao ganho de peso acelerado em curto espaço de tempo, o tecido ósseo não

tem acompanhado o grande desenvolvimento fisiológico dos frangos, causando assim,

algumas patologias locomotoras (AMADORI et al., 2010). Pesquisas demonstram que cerca

de 10 a 40% da lucratividade do lote, é perdida devido aos problemas locomotores nas aves,

pois ao chegar no abatedouro a carcaça desses animais são condenadas (COOK, 2000).

Devido à grande perda em lucratividade com os problemas locomotores em frangos,

vários métodos têm sido implantados para amenizar este déficit, nesse sentido a fotogrametria

auxilia na visualização dos problemas ósseos e locomotores identificando possíveis

problemas. Segundo Aroeira (2009), a aplicação da fotogrametria computadorizada é possível

através dos princípios fotogramétricos das imagens fotográficas, obtida de movimentos

corporais.

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Outro método para mensuração de problemas locomotores em frangos é através do

exame de degeneração femural e Tíbial, sendo uma avaliação rápida e de fácil aplicação,

utilizado em abatedouro (ALMEIDA PAZ, 2008). Neste método observa-se a cabeça do osso

femural e tibial, no qual são analisados os diferentes tipos de lesões que a ave apresenta,

dificultando sua locomoção.

Desta forma, este trabalho tem como objetivo correlacionar resultados da incidência

de lesões locomotoras em frangos de corte obtidos pelas metodologias de fotogrametria e Gait

Score aplicadas à campo e pela metodologia do exame de degeneração femoral e Degeneração

da Tíbia, aplicada no abatedouro, visando validar um método não invasivo, rápido e de

aplicação ao longo do crescimento das aves.

1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 Bem-estar em Frangos de Corte

Segundo Silva (2003), há uma grande procura dos consumidores por produtos

diferenciados e com alta qualidade, devido a isso ocorrem mudanças nos sistemas utilizados

para a produção das aves, aumentando o bem-estar desses animais, garantindo a oferta desses

novos produtos para os consumidores. A saúde e o bem-estar das aves estão ligados à

produção, no entanto, deve haver uma evolução nos sistemas de criação para atender as

necessidades desses animais e, consequentemente, oferecerem um melhor produto ao

consumidor. Se tais necessidades não são conhecidas, a ave poderá apresentar quadros de

estresse, baixa imunidade e altos índices de mortalidade.

Para que a produção avícola tenha retorno economicamente, é de fundamental

importância que as aves sejam mantidas em local, no qual a temperatura se mantenha com

poucas variações, evitando que essas aves sofram por estresse térmico (CELLA, 2001). O

conforto térmico no interior de instalações avícolas é necessário para que as aves tenham um

bom desenvolvimento. O excesso de calor ou de frio interfere diretamente na produtividade,

afetando a saúde das aves. Dependendo do tempo de duração do estresse térmico sofrido pelas

aves, pode levar ao acréscimo da mortalidade desses animais e como consequência um menor

indicie produtivo (SALGADO, 2007).

Em estresse por excesso de calor, os mecanismos fisiológicos das aves são alterados,

fazendo com que o animal diminua a produção de calor internamente. Como consequência do

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estresse os animais alteram seus comportamentos naturais para tentar minimizar o problema,

abrindo as asas e mantendo-as afastadas do corpo, aumentando o fluxo sanguíneo para a

superfície corporal, facilitando assim a dissipação de calor para o ambiente, diminuindo o

calor internamente. Devido ao desconforto térmico sofrido pelas aves, estas diminuem a

ingestão de alimento e aumentam a ingestão de água, permanecendo maior parte do tempo

deitadas, ocasionando problemas de pernas e o aparecimento de calosidade de peito, na qual

essas aves estarão sujeitas a condenação de carcaça no abatedouro (CAIRES et al., 2008).

No verão o calor produzido pelas aves dentro dos galpões é retirado com a

ventilação, sendo que o grande desafio enfrentado pelos produtores de frangos de corte é

manter as aves resfriadas em períodos de estresse calórico, e fornecer uma boa renovação de

ar sem resfriar as aves, apenas retirar a umidade, poeira, gases e micotoxinas produzidas

internamente nos aviários. Além da preocupação com a qualidade do ar, existe um grande

interesse por meio dos mercados internacionais pelo bem-estar das aves, e pela busca de

meios mais econômicos de manejo na produção animal, garantindo alta produção, com baixo

custo e adequados às normas de bem-estar animal dos países importadores da carne de frango

brasileira (MENDES et al., 2008).

Vieira (2008) relata que alguns países importadores estão em busca de produtos

diferenciados, tendo a certeza de que o animal de produção foi criado de maneira apropriada,

com o mínimo de sofrimento. Esta preocupação com o bem-estar dos animais torna-se uma

questão de valor econômico, que certamente terá um impacto significativo na expansão de

mercados exportadores da carne e outros derivados.

As normas de bem-estar animal possuem cinco princípios básicos: não passar fome

ou sede; não passar medo; ter liberdade de expressar seu comportamento natural; ter acesso á

saúde e um ambiente confortável. Se todos esses princípios forem fornecidos as aves,

consequentemente haverá maior produtividade. No Brasil, existe um projeto de Lei Nº

215/07, no Congresso Nacional, é denominado Código Federal de Bem-Estar Animal. Sendo

que neste projeto, o art. 4º garantirá condições mínimas de temperatura, umidade e qualidade

do ar, de exposição solar, luminosidade, de espaço físico, ruídos e condições sanitárias aos

animais. Respeitando os hábitos dos animais e suas necessidades fisiológicas (SANTOS,

2008).

Segundo Cordeiro (2007), a partir do comportamento animal pode-se observar se a

ave está em condições confortáveis. A avaliação desses comportamentos era tradicionalmente

analisada por meio de observações visuais, sendo um método que gera decisões subjetivas,

com possíveis erros, além de consumir tempo. Sendo assim, novas tecnologias se fazem

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necessárias para a obtenção das respostas comportamentais dessas aves, com o objetivo de

avaliar o bem-estar das mesmas, obtendo resultados produtivos e mais satisfatórios. Uma das

tecnologias que vem se destacando é o uso de imagens digitais, sendo um método que está se

testando em laboratório, no qual tem por objetivo acompanhar o comportamento animal em

curto espaço de tempo, apresentando baixa possibilidade de erros, evitando com isso

posteriores prejuízos econômicos, que possivelmente só seriam detectados tardiamente.

1.2 Perdas Produtivas por Problemas Ósseos e Locomotores em Frangos de Corte

Problemas locomotores são um dos fatores que tem grande impacto na produção

avícola de corte no mundo. Animais que apresentam claudicações resultam em grandes perdas

na produção total. Pois com as pernas debilitadas, o animal tende a diminuir sua

movimentação e permanecer maior parte do tempo deitado, ou então se apoiando na cama do

aviário, devido a isso ocasiona calos e hematomas na região do peito, muitas vezes tendo que

ser condenadas essas carcaças. Ou então, se as aves apresentam dificuldade de locomoção,

consequentemente diminuirão a ingestão de alimento e água, pois terão dificuldade para

chegar ao comedouro e bebedouro, tornando-se mais leves e frágeis, e como consequência

apresentará piores resultados zootécnicos (AMADORI, 2010).

Lopes (2009) retrata que a produção da carne de frango mundial vem se expandindo

nos últimos tempos, este aumento na produção é influenciado basicamente pelos programas

de melhoramento genético, na qual permite que a indústria comercialize aves mais pesadas

em curto espaço de tempo. Nos últimos tempos o peso vivo aumentou e a idade de abate das

aves reduziu. Sendo assim, as aves têm um ganho de peso acelerado e um desenvolvimento

desproporcional do músculo do peito, causando um desbalanço esquelético, ocasionando

problemas de pernas e consequentemente resultando em aves com baixo desempenho,

havendo aumento da mortalidade, rejeição de carcaça no abatedouro, com redução na

eficiência da produção comercial.

Segundo Sbardella (2008), os defeitos nas pernas das aves estão relacionados aos

fatores genéticos e ambientais, no entanto esses problemas são decorrentes da alta taxa de

crescimento das aves no período inicial do desenvolvimento do animal sobre um suporte

esquelético imaturo, na qual a ave sustenta todo seu peso corporal sobre as pernas, ocasionado

problemas locomotores, diminuindo o desempenho zootécnico além de interferir no bem-estar

do animal. Lopes (2009) comenta que no Brasil, as perdas das aves por apresentarem

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problemas de pernas foram estimadas em 12 milhões de quilos de carne por ano nos

abatedouros.

Alguns fatores estão diretamente ligados ao desenvolvimento do tecido ósseo, e

consequentemente a resistência óssea. Dentre estes destaca-se: genética, nutrientes, sexo,

idade, infecções e estresses (COOK, 2000).

A genética é um fator exógeno (fatores externos), sendo essencial para o crescimento

dos animais, podendo ser alterados durante o desenvolvimento das aves. O fator genético está

relacionado ao alto ganho de massa e taxas de crescimento com diminuição no tempo de abate

das aves. Causando um desenvolvimento desproporcional, provocando disfunções na

estrutura do animal, comprometendo assim sua locomoção (LOPES, 2009).

A nutrição é essencial para se obter boa qualidade do tecido ósseo, sendo que o

cálcio e o fósforo são os principais nutrientes formadores da matriz mineral. Uma baixa

concentração de cálcio pode aumentar os níveis de reabsorção óssea, tendo diminuição da

resistência (RATH et al., 2000).

O sexo e a idade estão diretamente ligados a resistência óssea. O sexo influencia o

crescimento e a resistência do osso, devido diferenças hormonais entre machos e fêmeas, pois

fêmeas tem um menor crescimento e menor porosidade, consequentemente apresentam menor

incidência de problemas de pernas e maior resistência óssea (BARBOSA, 2005).

Infecções e estresse podem apresentar risco para a integridade óssea, deixando o

animal mais frágil. Infecções como a osteomielite e osteonecrose têm como consequência

perda do tecido ósseo, levando a fragilidade, expondo o animal à situação de desconforto e

dificuldade de locomoção (LOPES, 2009).

1.3 Medidas de mensuração de bem-estar á campo e em abatedouro

Existem diversas formas para a avaliação dos problemas locomotores em frangos de

corte. Porém para pesquisas os mais utilizados são os exames histopatológicos, que detectam

padrões de comportamento do tecido ósseo e adjacentes quando um problema se instala. Já

em campo, as metodologias mais utilizadas é o Gait Score (capacidade de caminhar), na qual

analisa a capacidade de locomoção das aves. Existem algumas técnicas que vem se instalando,

como a avaliação por meio de imagens radiográficas denominado lixiscópio, ou densitometria

Óptica de imagens radiográficas e a tomografia, as quais permitem rápido diagnóstico de má

formação óssea (ALMEIDA PAZ, 2008).

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1.3.1 Gait Score

Foi desenvolvido na Universidade de Bristol, na Inglaterra, é um método que

consiste na observação empírica de fatores locomotores das aves, por ser realizado

individualmente requer cuidado especial nas medidas (NAAS et al., 2008).

Na realização da metodologia Gaite Score é atribuída uma nota relacionada com a

capacidade de a ave caminhar sobre uma superfície. É uma medida que pode ser realizada em

aviários, sendo feito uma amostragem de certa quantidade de aves observando seu

deslocamento em uma distancia de 1m (ALMEIDA PAZ, 2008).

Conforme metodologia proposta por Kestin et al. (1992), os seguintes escores foram

definidos: 0 (aves que caminham normalmente), 1 (aves com leve dano ao caminhar) e 2

(aves com graves dificuldades de locomoção, ou que mal conseguem andar).

1.3.2 Lixiscópio

É realizado com as aves vivas, na qual permite rápido diagnóstico da doença. O

aparelho detecta a imagem do osso examinado, utiliza-se energia gama que é convertida em

elétrons e energia visível, sendo que a imagem detectada é ampliada 45 a 50.000 vezes,

aparecendo em um visor (BARTELS et al., 1989). Porem tem estudos que concluem que o

aparelho é eficiente em lesões graves, mas pode falhar nas lesões menores.

1.3.3 Densitometria óptica radiográfica e tomográfica

Na densitometria óptica radiográfica é feito uma comparação dos tons de cinza da

região óssea analisada com os tons de cinza de uma escala de alumínio com densidade pré-

definida, sendo radiografada simultaneamente ao animal. Essas radiografias são escaneadas,

emitindo um relatório com o valor da densidade mineral óssea, expressos em milímetros de

alumínio, no local avaliado. É utilizado o alumínio, pois este é o metal que apresenta

densidade semelhante á densidade da hidroxiapatita, forma pela qual o cálcio e o fósforo

ósseos são ligados (ALMEIDA PAZ, 2008).

Na tomografia pode-se observar a densidade óssea de forma tridimensional, no

entanto, torna-se possível a avaliação de estruturas ósseas específicas, como por exemplo, a

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cabeça ou colo do fêmur, epífises da tíbia e outras regiões. É um método que pode ser

utilizado para avaliação minuciosa e detalhada de deformidades ou descalsificações ósseas

(ALMEIDA PAZ, 2008).

1.3.4 Fotogrametria

A origem da palavra fotogrametria vem do grego “photon- luz, graphos- escrita,

metron- medição”, ou seja, medições executadas por meio de fotografias. Fotogrametria pode

ser explicada como a arte e tecnologia para se obter informações seguras sobre objetos físicos

e o meio ambiente através de medição, processos de gravações e análises de imagens

fotográficas. Teve inicio no século XIX, com o nome de fotogrametria cartográfica. Sendo

que seu maior avanço foi na década de 80, devido o advento de computadores de grande

memória. Sendo assim tornou-se mais fácil o arquivamento das fotografias, resultando em

redução de custos dessa tecnologia (AROEIRA, 2009).

Ainda segundo Aroeira (2009), ele comenta que pesquisadores pertencentes a

Universidade Técnica de Lisboa, desenvolveram um software para computadores, na qual este

software selecionava imagens obtidas por vídeos, e delimitava pontos calculando os ângulos

formados entre esses pontos. Esse processo ficou conhecido como Fotogrametria

Computadorizada. Após vários experimentos pode-se chegar á leituras angulares e lineares

dos movimentos corporais registrados por meio de fotografias digitais.

No entanto, para se obter resultados satisfatórios é necessário ter alguns cuidados no

momento da retirada das fotografias, como por exemplo: o treinamento do fotógrafo, tentando

trabalhar sempre com o mesmo fotógrafo, utilizar a mesma câmera durante todo o

procedimento, posicioná-la sempre á mesma distancia, usar tripé e marcas no chão para

posicionar o voluntário. Além disso, é recomendado ter cuidado com a qualidade da imagem,

estar livre de distorções tendo alta nitidez, para permitir observações de pequenos detalhes do

corpo, evitando que o examinador cometa equívocos no momento da análise (IUNES et al.,

2005).

Santos (2009) retrata que o uso da fotogrametria vem sendo defendida, pelo fato de

ser um método simples, pois o uso da fotografia como registro postural é fácil de ser realizado

e tem-se a possibilidade de gerar bancos de dados, além de apresentar baixo custo. Segundo

Patias (2002), uma vantagem da fotogrametria é a capacidade de explorar em imagens 3D,

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grandes quantidades de dados, tendo alta resolução da imagem facilitando a análise das

figuras.

1.3.5 Degeneração Femural

Uma das metodologias mais empregadas em abatedouro, para a avaliação de

problemas locomotores em frangos de corte é através do método de degeneração femural

(MAROSTEGA, 2009).

A discondroplasia tibial juntamente com a degeneração femoral, são as principais

anomalias associadas ás causas de fraquezas e problemas nas pernas. Ambas apresentam alta

incidência em lotes de frangos, afetando 50 a 80% das aves. Sendo que essa anomalia não é

influenciada por linhagem ou pelo sexo das aves (ALMEIDA PAZ, 2008).

A análise de lesões por degeneração femoral (Figura 1) pode ser avaliada tanto na

necropsia como em linhas de abate. Além de ser uma avaliação rápida é também de fácil

aplicação, sendo importantíssima para se verificar as condições e desempenho dos lotes. O

exame é realizado por meio de atribuições de notas á integridade da cabeça do fêmur, sendo

que o escore 0 equivale a um osso sem lesão, escore 1 osso com lesão inicial, na qual percebe-

se que o osso não apresenta revestimento com cartilagem articular, e escore 2 que equivale a

um osso com lesão grave, onde não existe mais contorno evidente na cabeça do fêmur

(ALMEIDA PAZ, 2008).

Figura 1: Degeneração da cabeça do fêmur. A: equivale a um osso sem lesão; B: osso com lesão inicial; e C:

osso com lesão grave.

Fonte: Ibiara Correia de Lima Almeida Paz, 2008.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado em um aviário comercial, localizado no município de

São Jorge do Oeste/PR. Foram analisados 40 frangos de corte da linhagem Cobb, sendo 20

machos e 20 fêmeas, todos da mesma idade escolhidos aleatoriamente e sem apresentar

problemas e deformidades muscoesqueléticos evidentes. Foram utilizadas duas metodologias

aplicadas á campo, fotogrametria (IUNES et al., 2005) e Gait Score (KESTIN et al., 1992) e

uma metodologia de degeneração femoral e tibial (ALMEIDA PAZ, 2008) aplicada em

abatedouro.

As avaliações foram realizadas semanalmente a partir dos 21 dias de idades das aves,

todas no mesmo dia, totalizando ao final do lote quatro avaliações (21, 29, 36 e 42 dias). As

aves foram aneladas e identificadas individualmente, para que as mesmas aves fossem

avaliadas ao longo do estudo.

Para a utilização da metodologia de fotogrametria, internamente nos aviários foi

instalado um painel preto, para facilitar o registro das imagens. As fotos foram tiradas com

uma câmera digital com resolução 1600 x 1200 pixels, posicionada sobre um tripé nivelado e

com altura de 0,20 m do chão, para fotografar o corpo inteiro da ave, desde a cabeça até os

pés. A câmera ficou a uma distância da ave de 2,4 m, e a ave permaneceu a 15 cm do painel

preto. Foram registradas três fotos de cada frango, nas posições frontal, lateral esquerda e

direita.

Foram marcados pontos anatômicos nas aves para servir como referência no

momento de traçar os ângulos como: Tarsometatarso, articulação tibiotarso, fêmur e eixo de

simetria do corpo da ave.

Os registros fotográficos digitais foram analisados por meio do programa Corel

Draw, pois o mesmo permite traçar digitalmente as retas que determinaram valores angulares

e posturais em graus.

Os seguintes ângulos foram traçados:

- nos registros do plano frontal, para análise da simetria da postura das aves em

estudo: avaliação de Valgus e Varus, que tem por objetivo avaliar a angulação das

articulações da perna, por meio do ângulo formado entre o tibiotarso e o dedo três nas pernas

direita e esquerda (Figura 2).

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Figura 2: Aves com deformidades angulares valgus-varus. Em A: ave com deformidade angular valgus na

perna direita e esquerda (angulação positiva). Em B: Ave com deformidade angular varus na perna direita e

esquerda (angulação negativa).

Fonte: Bernardi, 2011.

- nos planos lateral esquerdo e direito (Figura 3): inclinação do pé – formada pela intersecção

da reta que une o maléolo medial (extremidade distal da tíbia) e o bordo interno do pé (IP), sendo IPd

referente à inclinação do pé direito e IPe à inclinação do pé esquerdo; e angulação do fêmur direito

formado pela reta entre a tíbia e a base do peito do frango tanto nas pernas direita (FD), como na

esquerda (FE).

Figura 3: Plano lateral esquerdo (ângulo do maléolo esquerdo e ângulo do fêmur), figura A. Plano lateral direito

(ângulo do maléolo direito e ângulo do fêmur direito), figura B.

Fonte: Sandro paixão.

A metodologia de Gait Score foi avaliada logo após a aplicação da metodologia de

fotogrametria e nas mesmas aves.

Quando as aves atingiram a idade de 42 dias, além da fotogrametria e do Gait Score,

foram analisadas pelo método de DF no momento do abate. A metodologia de DF utilizada,

A B

IPe IPd

FD FE

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que observa a cabeça do fêmur e da tíbia macroscopicamente a olho nu, atribui escores que

podem variar de 0 a 2. Sendo o escore 0 quando o osso encontra-se normal, escore 1 indica

uma lesão em que a placa de crescimento apresenta um espessamento variando de 1 a 3mm, e

escore 2 representa uma lesão com espessamento de placa de crescimento maior que 6 mm

(ALMEIDA PAZ, 2008).

Os valores obtidos pela metodologia de degeneração femoral e tibial, foram

correlacionados com os resultados obtidos com as metodologias de fotogrametria e Gait Score

aplicadas à campo. Os valores foram comparados pela análise de correlação de Pearson,

utilizando p teste T, e o software Genes (2005).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através das Tabelas 1 e 2 pode-se observar as médias angulares do sistema

locomotor e postural das aves, para machos de 21 e 28 dias de idade, respectivamente,

Constatou-se que não houve correlação significativa entre os resultados obtidos pela

metodologia de Gait Score com os resultados obtidos pela metodologia de fotogrametria. Isto

significa que os escores de bem-estar obtidos com a metodologia de Gait Score são distintos

dos obtidos pela metodologia de fotogrametria, para estas idades e sexo.

Segundo Sacco (2007), em humanos também foi constatado resultados não

satisfatórios para algumas características, no entanto acredita-se que isto deve-se aos pontos

anatômicos de referência serem distantes entre si. No caso das aves, acredita-se que as asas e

penas podem ter influenciado os resultados finais da correlação entre a metodologia de Gait

Score com a metodologia de Fotogrametria.

Tabela 1: Correlação entre os ângulos obtidos pelo método de fotogrametria e a metodologia

de Gait Score, para machos de 21 dias de idade.

Fotogrametria Gait Score

Ângulo Direito Fêmur -34,1

Ângulo Direito Maléolo 28,4

Ângulo Esquerdo Fêmur -41,57

Ângulo Esquerdo Maléolo 43,41

Ângulo Frontal Fêmur 7,73

Ângulo Frontal Maléolo -18,03

** *: significativo a 1 e 5% de probabilidade pelo teste t.

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Tabela 2: Correlação entre os ângulos obtidos pelo método de fotogrametria e a metodologia

de Gait Score, para machos de 28 dias de idade.

Fotogrametria Gait Score

Ângulo Direito Fêmur -15,74

Ângulo Direito Maléolo 13,83

Ângulo Esquerdo Fêmur -1,49

Ângulo Esquerdo Maléolo -40,59

Ângulo Frontal Fêmur -1,11

Ângulo Frontal Maléolo -7,89

** *: significativo a 1 e 5% de probabilidade pelo teste t.

.

Através da Tabela 3 pode-se observar as médias angulares do sistema locomotor e

postural das aves, para machos de 35 dias de idade.

Tabela 3: Correlação entre os ângulos obtidos pelo método de fotogrametria e a metodologia

de Gait Score, para machos de 35 dias de idade.

Fotogrametria Gait Score

Ângulo Direito Fêmur 16,44

Ângulo Direito Maléolo -7,13

Ângulo Esquerdo Fêmur 32,16

Ângulo Esquerdo Maléolo -10,47

Ângulo Frontal Fêmur 52,06*

Ângulo Frontal Maléolo 47,24*

** *: significativo a 1 e 5% de probabilidade pelo teste t.

Conforme observa-se na Tabela 3, houve correlação significativa entre o Gait Score

com o Ângulo Frontal do Fêmur e com o Ângulo Frontal do Maléolo. Isso significa que em

machos com 35 dias de idade, o nível de bem-estar indicado pela fotogrametria é semelhante

ao nível de bem-estar indicado pelo Gait Score, tornando o método de fotogrametria aplicável

à campo da mesma forma que o método de Gait Score.

Através da Tabela 4 pode-se observar as médias angulares do sistema

locomotor e postural das aves, para machos de 42 dias de idade.

Tabela 4: Correlação entre os ângulos obtidos pelo método de fotogrametria, metodologia de

Gait Score, e a metodologia de degeneração do Fêmur e da Tíbia para machos de 42 dias de

idade.

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Fotogrametria

Gait

Score

Deg. Direita

Tíbia

Deg. Esq.

Tíbia

Deg. Direita

Fêmur

Deg. Esq.

Fêmur

Âng. Direito Fêmur 40,06 29,19 7,94 7,12 -40,84

Âng. Direito Maléolo 75,56* -11,28 12,44 -64,49 -58,58

Âng. Esquerdo Fêmur 54,68 40,17 12,55 0,28 -68,7

Âng. Esquerdo Maléolo 71,49* -2,58 -47,34 -59,16 -89,59**

Âng. Frontal Fêmur 59,23 32,83 -24,71 -20,17 -95,76**

Âng. Frontal Maléolo 73,21* 29,01 -24,56 -34,17 -94,34**

Gait Score 10,37 4,64 -74,67* -74,67*

Deg. Direita Tíbia 10,37 44,72 -21,82 -21,82

Deg. Esquerda Tíbia 4,64 44,72 -9,76 29,28

Deg. Direita Fêmur -74,67* -21,82 -9,76 42,86

Deg. Esquerda Fêmur -74,67* -21,82 29,28 42,86

** *: significativo a 1 e 5% de probabilidade pelo teste t.

Observa-se na Tabela 4 que houve correlação significativa entre a metodologia de

Gait Score com o Ângulo direito, esquerdo e frontal do Maléolo. Estes resultados

fundamentam o uso da ferramenta de fotogrametria, pois os níveis de angulações (bem-estar)

obtidos pela fotogrametria igualmente foram obtidos pelo Gait Score.

A idade de 42 dias foi correlacionada também com a metodologia de degeneração

femoral (DF), aplicada no momento do abate, pois constatou-se correlação significativa para a

degeneração esquerda do fêmur com o angulo esquerdo do maléolo, com o ângulo frontal do

fêmur e com o ângulo frontal do maléolo. Isto indica que a fotogrametria também obtém

resultados de nível de bem-estar compatíveis com os obtidos pela metodologia de DF.

Além disso, a metodologia de Gait Score apresentou correlação com a degeneração

direita e esquerda do fêmur, afirmando que as três metodologias avaliadas (fotogrametria,

Gait Score e DF) apresentam correlações em seus escores de bem-estar para frangos de corte

machos.

Conforme Bernardi (2011), a correlação entre Gait Score e Degeneração Femoral foi

baixa, diferenciando dos resultados obtidos neste estudo que foi de -74,67%, tanto para

Degeneração Esquerda quanto para a Direita do Fêmur. Para Fernandes et al, nem sempre há

uma boa correlação entre as medidas de Gait Score e Degeneração Femoral, ou seja, nem

sempre uma ave que apresenta um maior escore de Degeneração Femoral e Degeneração da

Tíbia, terá dificuldades para caminhar. Isto confirma a necessidade de se utilizar um método

de mensuração de problemas locomotores que seja objetivo e preciso.

Segundo Webster et al. (2008), a metodologia de Gait Score desenvolvida por Kestin

et al. (1992), pode ser considerada empírica, ou seja, imprecisa, pois o medo ou a novidade

leva o frango a andar ou correr normalmente, ignorando a condição de dor, podendo

comprometer a avaliação do Gait Score. No entanto, aves que são estimuladas a andar podem

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esforçar-se acima do normal e andar a uma distância maior do que andaria se não houvesse o

estímulo, mesmo estando com dor ou desconforto.

Quando comparado a tabela 4 com a tabela 8, pode-se observar que machos

apresentam mais susceptibilidade a problemas locomotores devido apresentarem maior ganho

de peso, tendo maior deposição de musculo e gordura, estando mais pesados aumenta a

incidência de problemas nas pernas. Conforme a tabela 8 os machos com problemas ao

caminhar apresentaram também degeneração no fêmur.

Através da Tabela 5 pode-se observar as médias angulares do sistema

locomotor e postural das aves, para fêmeas de 21 dias de idade.

Tabela 5: Correlação entre os ângulos obtidos pelo método de fotogrametria e a metodologia

de Gait Score, para fêmeas de 21 dias de idade.

Fotogrametria Gait Score

Ângulo Direito Fêmur 28,18

Ângulo Direito Maléolo -34,91

Ângulo Esquerdo Fêmur 15,94

Ângulo Esquerdo Maléolo -12,38

Ângulo Frontal Fêmur -6,86

Ângulo Frontal Maléolo -10,64

** *: significativo a 1 e 5% de probabilidade pelo teste t.

Conforme observa-se na Tabela 5, não houve correlação significativa entre a

metodologia de Gait Score com a metodologia de Fotogrametria. Isso significa que os escores

de bem-estar obtidos pelas duas metodologias são diferentes, para fêmeas de 21 dias.

Através da Tabela 6 pode-se observar as médias angulares do sistema locomotor e

postural das aves, para fêmeas de 28 dias de idade.

Tabela 6: Correlação entre os ângulos obtidos pelo método de fotogrametria e a metodologia

de Gait Score, para fêmeas de 28 dias de idade.

Fotogrametria Gait Score

Ângulo Direito Fêmur 29,79

Ângulo Direito Maléolo -62,47**

Ângulo Esquerdo Fêmur 47,62*

Ângulo Esquerdo Maléolo -25,99

Ângulo Frontal Fêmur -11,74

Ângulo Frontal Maléolo 11,59

** *: significativo a 1 e 5% de probabilidade pelo teste t.

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Nota-se na Tabela 6 que houve correlação significativa entre a metodologia de Gait

Score com o Ângulo Direito do Maléolo e com o Ângulo Esquerdo do Fêmur. A correlação

negativa entre a metodologia de Gait Score com o Ângulo Direito do Maléolo, significa que

quanto maior a angulação no lado direito do maléolo, menor será a incidência de problemas

locomotores. No entanto, quanto maior a angulação do lado esquerdo do fêmur, maior será a

dificuldade de locomoção de fêmeas aos 28 dias.

Através das Tabelas 7 e 8 pode-se observar as médias angulares do sistema

locomotor e postural das aves, para fêmeas de 35 e 42 dias de idade respectivamente.

Observa-se nas Tabelas 7 e 8 que não houve correlação significativa entre a

metodologia de Gait Score com a metodologia de fotogrametria. Isso significa que os escores

de bem-estar entre as duas metodologias são distintos nas referidas idades e sexo.

Tabela 7: Correlação entre os ângulos obtidos pelo método de fotogrametria e a metodologia

de Gait Score, para fêmeas de 35 dias de idade.

Fotogrametria Gait Score

Ângulo Direito Fêmur -28,49

Ângulo Direito Maléolo 19,1

Ângulo Esquerdo Fêmur -28,93

Ângulo Esquerdo Maléolo 8,51

Ângulo Frontal Fêmur 22,26

Ângulo Frontal Maléolo -1,79

** *: significativo a 1 e 5% de probabilidade pelo teste t.

Tabela 8: Correlação entre os ângulos obtidos pelo método de fotogrametria, metodologia de

Gait Score, e a metodologia de Degeneração do Fêmur e da Tíbia para fêmeas de 42 dias de

idade.

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Fotogrametria

Gait

Score

Deg. Direita

Tíbia

Deg. Esq.

Tíbia

Deg. Direita

Fêmur

Deg. Esq.

Fêmur

Âng. Direito do Fêmur 53,42 8,64 -18,32 -8,31 1,09

Âng. Direito Maléolo 8,07 49,77 86,03** -3,19 14,63

Âng. Esquerdo Fêmur 9,49 -14,12 -41,05 -55,25 -16,01

Âng. Esquerdo Maléolo -31,35 -1,2 55,29 14,58 30,46

Âng. Frontal Fêmur -51,06 0,2 25,67 -11,04 45,57

Âng. Frontal Maléolo -21,52 10,09 28,88 31,06 76,52*

Gait Score 62,55 44,23 60,19 -7,88

Deg. Direita Tíbia 62,55 70,71* 57,74 37,8

Deg. Esquerda Tíbia 44,23 70,71* 40,82 26,73

Deg. Direita Fêmur 60,19 57,74 40,82 21,82

Deg. Esquerda Fêmur -7,88 37,8 26,73 21,82

** *: significativo a 1 e 5% de probabilidade pelo teste t.

A idade de 42 dias foi correlacionada também com a metodologia de Degeneração

femoral (DF), aplicada no momento do abate. Constatou-se correlação significativa para a

Degeneração Esquerda da Tíbia com a Degeneração Direita da Tíbia e o Ângulo Direito do

Maléolo, da Degeneração Esquerda do Fêmur com o Ângulo Frontal do Maléolo. Isto indica,

que a fotogrametria obtém resultados de nível de bem-estar compatíveis com os obtidos pela

metodologia de DF para fêmeas de 42 dias de idade.

Estudos realizados por Pértile (2011) constataram que as aves que apresentaram

lesões na tíbia, 62% apresentaram também dificuldades ao caminhar, diferenciando do

presente estudo. No entanto, o mesmo trabalho confirma que aves com lesões na tíbia direita,

consequentemente terão lesões na tíbia esquerda, e vice-versa. O estudo evidenciou a

diferença de degeneração na tíbia entre machos e fêmeas, nas qual os machos apresentam

mais problemas quando comparado com as fêmeas.

Por meio dos resultados obtidos para machos e fêmeas e durante as idades avaliadas,

pode-se concluir que, no geral, a metodologia de fotogrametria apresenta similaridade entre os

escores de lesões locomotoras e posturais obtidas em comparação com metodologias já

utilizadas, como o Gait Score e a Degeneração Femoral.

4. CONCLUSÃO

A metodologia de fotogrametria é confiável, pois obteve correlação significativa com

metodologias já existentes, como a metodologia de Gait Score e a Degeneração do Fêmur e

da Tíbia.

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