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UNIVERSIDADE SALVADOR Engenharia Civil Materiais de Construção Cecília Guimarães Clarissa Ferraz Marcelo Calasans Marco Antonio Abreu Victor Souza Concreto de Alto Desempenho (C.A.D.)

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UNIVERSIDADE SALVADOR

Engenharia CivilMateriais de Construção

Cecília GuimarãesClarissa Ferraz

Marcelo CalasansMarco Antonio Abreu

Victor Souza

Concreto de Alto Desempenho(C.A.D.)

Salvador/BA2012

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Universidade SalvadorEngenharia CivilDisciplina: Materiais de ConstruçãoProfessor orientador: Carlos Henrique Gantois

Cecília GuimarãesClarissa Ferraz

Marcelo CalasansMarco Antonio Abreu

Victor Souza

Concreto de Alto Desempenho(C.A.D.)

Trabalho sobre Concreto de Alto Desempenho, da disciplina Materiais de Construção, apresentado ao professor Carlos Henrique Gantois, com resultados obtidos em práticas laboratoriais e estudos teóricos realizados em sala de aula e pesquisa.

Salvador/BA2012

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Sumário

INTRODUCÃO HISTÓRICA.................................................................................. 04

1.APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 062. PROPOSTA DO TRABALHO............................................................................ 063. PROCESSO DE PRODUÇÃO DO CAD........................................................... 07 3.1 PRODUÇÃO................................................................................................ 07 3.2 MISTURA.................................................................................................... 07 3.3 TRANSPORTE............................................................................................ 08 3.4 LANÇAMENTO............................................................................................ 09 3.5 ADENSAMENTO......................................................................................... 09 3.6 CURA.......................................................................................................... 09 3.7 SELEÇÃO DOS MATERIAIS....................................................................... 10 3.7.1 Agregados........................................................................................... 10 3.7.2 Materiais Cimentícios.......................................................................... 11 3.7.3 Aditivo.................................................................................................. 13 3.7.4 Água.................................................................................................... 13 3.8 METODOLOGIA.......................................................................................... 13 3.9 RELAÇÃO ÁGUA AGLOMERANTE............................................................ 14 3.10 TEOR DE ÁGUA....................................................................................... 15 3.11 DOSAGEM DO SUPERPLASTIFICANTE................................................. 16 3.12 TEOR DE AGRAGADO GRAÚDO............................................................ 16 3.13 TEOR DE AR INCORPORADO................................................................. 174. PRÁTICA NO LABORATÓRIO.......................................................................... 175. MEMORIAL DE CÁLCULOS............................................................................. 196. PLANILHA DE PROJETO DE TRAÇO.............................................................. 237. CÁLCULO DA UMIDADE.................................................................................. 248. DETERMINAÇÃO DO FCKest.......................................................................... 249. DETERMINAÇÃO DO SLUMP TEST................................................................ 2510. CONSUMO X CUSTO...................................................................................... 26CONCLUSÃO........................................................................................................ 28REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 29

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River Plaza (1976): 77MPa

INTRODUÇÃO TEÓRICA

Por muito tempo acreditou-se que o concreto só devia ser usado em

fundações, pisos de edifícios de grande altura, ou em caso de necessidade de

proteção ao fogo. Contudo, as décadas passaram e este paradigma foi

quebrado. Segundo Pierre-Claude Aïctin (1998), essa mudança só foi possível

devido a um excesso de “espírito pioneiro” de um pequeno grupo de projetistas

e produtores de concreto, em meados dos anos 60’s. Hoje, o Concreto de Alto

Desempenho (CAD) é de fundamental importância para a engenharia, pois

reduz o gasto espacial da obra e permite a construção de arranha-céus outrora

inimagináveis.

Entretanto, o conceito de concreto não seria mudado da noite para o dia, e este

grupo de pessoas sabia disso. É importante destacar que antes da “revolução”,

era comum o uso de concretos de 15MPa, resistência à compressão que hoje é

considerada muito baixa. Há 50 anos, um concreto que possuísse resistência

de 35MPa já era considerado muito mais

que satisfatório.

Levou cerca de 10 anos para que isso fosse mudado. O desenvolvimento do

CAD se deu de forma lenta e progressiva, fazendo, ao término desse período,

a resistência à compressão máxima da cidade de Chicago triplicar. Porém, na

década de 70 o Concreto de Alto Desempenho encontrou uma barreira técnica

em torno de 60MPa, podendo ser ultrapassada apenas com o uso de novos

materiais.

Foi quando, na década de 80, começou-se a reduzir o fator água/aglomerante,

e a usar aditivos para aumentar ainda mais a resistência do concreto, como a

microssílica e os superplastificantes.

“Além disso, objetivando minimizar o

problema da perda de abatimento, os fornecedores de concreto foram

substituindo uma certa qualidade de cimento Portland por cinza volante de alta

qualidade. Isso reduzia a demanda de água e a perda de abatimento, em

muitos casos permitindo à relação a/a diminuir mais do que o suficiente para

compensar as perdas de resistência inicial causadas pela substituição do

cimento” (AÏCTIN, 1998)

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O CAD ainda vem sofrendo algumas alterações com o passar do tempo e a

descoberta de novos materiais. Edificações que um dia não passavam de

35MPa hoje atingem a marca dos 155,5MPa, possibilitando a construção de

obras colossais, além de uma grande redução do volume de concreto

necessário para que a obra fique de pé.

PROPOSTA DO TRABALHO

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A proposta deste trabalho sobre concreto de alto desempenho é, que

através do método e da teoria adquiridos em sala, fazer o traço de um concreto

de alto desempenho corretamente e executá-lo na pratica realizando todas as

etapas que envolvem sua convecção, deste a escolha adequada dos materiais

a serem utilizados até a confecção de corpos de prova para após o processo

de cura realizar os rompimentos dos mesmos a averiguar se os resultados

obtidos conferem com o esperado, atentando-se para o caso de utilização

especificado para este trabalho. Determinações:

Resistência mecânica à compressão axial (fck) = maior ou igual a 45

MPa, aos 7 dias de moldado;

Materiais disponíveis: Cimento CPII – Z – 32, Areia de Camaçari da

Ottomar, Pedras britadas Gnaisse de 12,5mm e 19mm, Aditivo admenti

premium, Microssílica densificada da Ativa e Água potável.

Condições de mistura e manipulação: betoneira de eixo alternável,

transporte por bombeamento, lançamento convencional e adensamento

por vibração.

PROCESSO DE PRODUÇÃO DO CAD

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Condições técnicas do concreto:

Resistência (concreto esdurecido)

Trabalhabilidade (concreto fresco)

Durabilidade (vida útil)

Higiene (propriedade do concreto de não ser insalubre)

Condições econômicas:

O CAD tem que ser um concreto que atenda às condições de

trabalhabilidade e resistência com menor custo possível.

Etapas de produção:

1. Escolha dos materiais com a definição do traço unitário

2. Proporcionamento na betoneira

3. Mistura, para garantir a homogeneização do concreto

4. Transporte

5. Lançamento

6. Adensamento

7. Cura

1. Escolha dos materiais com a definição do traço unitário:

Para gerar o traço unitário de um concreto de alto desempenho, assim como

qualquer outro tipo de concreto, deve-se primeiramente escolher os materiais

a serem utilizados de acordo com as suas especificações e necessidades que

o concreto apresenta, como resistência aos sulfatos, alta resistência inicial etc.

O tamanho da brita e a areia também são definidas a partir das condições de

projeto e resistência pedidas.

A partir daí se defini o traço unitário seguindo as norma e especificações.

o traço unitário se apresenta da seguinte forma:

C.cimento/Ccimento : C.areia/C.cimento : C.brita/C.cimento :

C.água/C.cimento

A definição do traço do concreto é o fator primordial no trabalho prático

de Concreto de Alto Desempenho. Existem diversos métodos para dosagem de

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concreto, em sala de aula, para concretos convencionais utilizamos o método

de dosagem experimental. Para o trabalho, como orientado, utilizamos o

método baseado na norma ACI 211-1.

A metodologia consiste na definição dos materiais e análise das suas

características, fixação da relação água/cimento e determinação do consumo

de materiais.

Materiais utilizados

Cimento CPII-Z-32 – Cimento disponibilizado no laboratório de materiais.

Massa específica: 3100 kg/m³

Pedra britada Gnaisse de 19mm

Massa Específica: 2770 kg/m³

Massa Unitária compactada: 1510 kg/m³

Areia da Ottomar (RMS)

Massa Específica: 2630 kg/m³

Módulo de finura 1,8

Fixação da Relação Água/Cimento

O cimento utilizado foi o Cimento CPII – Z – 32, e interpolando a curva

de Abrams em busca de produzir um concreto com resistência a compressão

de 45Mpa em 7 dias, foi definido o fator água/cimento de 0,31.

Determinação do consumo de água

Para determinar o consume de água é necessário analisar a tabela dada,

levando em conta o tamanho máximo do agregado graúdo (19mm) e o

abatimento, neste caso de 80mm a 120mm por se tratar de concreto

bombeável.

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Logo, o consumo de água é de 205 litros por m³.

Consumo de Cimento

Para determinar o consumo de cimento utiliza-se a relação

Consumo de cimento = consumo de água ÷ fator a/c

Utilizando a relação, têm-se:

Consumo de Cimento = 205 ÷ 0,31

Consumo de Cimento = 661,29 kg/m³

Determinação do consumo de agregado graúdo

Para definir o consumo de agregado graúdo é necessário analisar a tabela,

levando em conta o módulo de finura (1,8) do agregado miúdo e da dimensão

máxima do agregado graúdo (19mm).

d

Neste caso o volume de agregado graúdo seco por m³ de concreto ficou

definido o valor de 0,770.

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Para determinar o consumo têm-se que:

Consumo de brita = volume do agregado graúdo por m³ X massa unitária

compactada

Logo,

Consumo de brita = 0,770 X 1510

Consumo de brita =1162,7

Consumo de agregado miúdo

Para definir o volume de agregado miúdo utiliza-se a relação:

Volume de agregado miúdo = 1 –{ ( Consumo de cimento ÷ massa específica)

+ (consumo de brita ÷ massa específica) + (consumo de água ÷ massa

específica)

Volume de agregado miúdo = 1 – {(661,29÷3100) + (1162,7÷2770) +

(205÷1000)}

Volume de agregado miúdo = 1 – {(0,2133)+(0,4197) +( 0,205)

Volume de agregado miúdo = 1 -0,803

Volume = 0,162

Multiplicando pela massa específica da areia temos:

0,162 X 2630 = 426,06

Apresentação do traço

Para se apresentar o traço é necessário proporcionar todos os materiais em

função do cimento, logo temos:

(661,29 ÷ 661,29) : (426,06 ÷ 661,29) : (1162,7 ÷ 661,29) : (205 ÷ 661,29)

TRAÇO

1 : 0,644 : 1,75 : 0,31

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Silica

A sílica ativa é um material pozolânico muito reativo devido basicamente a

três fatores: seu alto teor de SiO², sua extrema finura, e seu estado amorfo. Por

possuir tal característica, fornece ao concreto certa resistência aos sulfatos,

além elevar também a resistência à compressão do concreto, especialmente

entre 7 e 28 dias. Tal fenômeno acontece devido à sua alta finura, que

possibilita às suas partículas ocupar os espaços vazios deixados pelas

partículas maiores de cimento. No traco do CAD foi utilizado 9% de silica.

Super Plastificante

Aditivo Plastificante O aditivo disponibilizado é o Admenti Premium, não

possui cloretos na sua composição e é composto basicamente por

policarboxilatos. A utilização de aditivo superplastificante é necessário por

conto do baixo fator água/cimento, que compromete bastante a trabalhabilidade

do concreto. Por se ter como objetivo a produção de concreto bombeável é

necessário aumentar a trabalhabilidade/fluidez do concreto, o que pode ser

medido pelo slump test. Na produção do CAD utilizou-se 0,6% do Adment

Premium.

2. Proporcionamento na betoneira:

Depois de definidos os materiais e o traço é hora de adicionar todos os

materiais na betoneira para que seja então efetuada a mistura dos

componentes do concreto até que se torne uma massa homogênea.

3. Mistura

É nessa etapa que todos os matérias se unem para formar então o concreto.

Existem dois tipos de mistura, a manual e a mecânica. A mistura manual, que

deve se ater à obras de pouco volume e nunca se deve misturar manualmente

um volume com mais de 100kg de cimento. Já a mistura mecânica utiliza-se de

betoneiras ou misturadores. Tempo e velocidade de mistura são influenciados

pelo tipo de eixo.

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Eixo inclinado - Tempo: 120√D

Velocidade: 20/√D, sendo D = diâmetro

Eixo vertical - Tempo: 30√D

Velocidade: 15/√D

Eixo horizontal - Tempo: 60√D

Velocidade: 18/√D

Os misturadores de mistura forçada são os melhores, por permitirem uma

homogeneização melhor e mais rápida.

4. Transporte

O transporte deve ser o mais rápido e direto possível, deve-se evitar que o

tempo comprometa a resistência.

Tipos de transporte: Horizontal, vertical e inclinado.

Horizontal: Gerica , carrinho-de-mão, caminhão, betoneira

Imagem 1 caminhão betoneira, fonte: http://www.br3000.com.br/fotos/mercedes01.jpg

Imagem 2 carrinho-de-mão, fonte:

http://images03.olx.com.br/ui/11/07/30/1306235507_89530730_4-Carrinho-de-mao-aco-com-

rolamentos-dir-fabrica-48x-cartao-bndes-Compra-Venda.jpg

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Inclinado: Calhas

Imagem 3 - Concreto caindo de uma calha

fonte: http://www.concretousinado.com.br/images/concreto/concreto1.jpg

Vertical: Elevadores, guindastes, gruas

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Imagem 4 - Grua

fonte: http://www.jblmaquinas.com.br/obras/produtos/grua01.jpg

Bombeamento é considerado transporte, mas é necessário cuidado com a

limpeza da tubulação. O concreto que vai se bombeado tem que ter um nível

de umidade crítico. Concretos muito secos ou muito úmidos tem baixa coesão,

facilitando a segregação.

5. Lançamento

O lançamento é a ação de despejar o concreto na forma de maneira que ele

preencha todo espaço delimitado. Essa etapa envolve também o preparo da

forma para receber o concreto. A forma deve estar estanque, para evitar

vazamentos, lisa, com armaduras bem dispostas e devidos espaçadores.

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Imagem 5 - Formas

Fonte: http://www.formasparaconcreto.com/imagens/prod_119_140209376.jpg

6. Adensamento

O adensamento é responsável pela retirada dos vazios que estão no concreto

e por garantir uma melhor distribuição do concreto em toda a forma. Nessa

fase, a trabalhabilidade é de fundamental importância.

Tipos de adensamento:

1. Manual - Deve ser evitado, só é utilizado em última opção

2. Mecânico - utilização de vibradores, são eles de imersão com agulha

vibrante (imagem 6), vibrador de forma, régua de superfície e mesa

vibratória.

Imagem 6

fonte: http://www.bosch.com.br/br/ferramentas-profissionais/produtos/vibrar-concreto/img/

destaque-gvc-20-ex.png

A falta ou o excesso de adensamento podem prejudicar o concreto, o excesso

gera segregação, e a falta deixa vazios.

Deve-se parar de adensar quando se observar predominância de finos com

umidade uniforme na camada superficial.

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7. Cura

A cura, é o processo que visa garantir a perfeita hidratação do concreto,

evitando assim as retrações e para que o concreto endureça corretamente e as

estruturas apresentem, após o processo completo, o desempenho esperado.

Tipos de cura:

Úmida - por irrigação, por submersão

De forma - Isolamento da forma

Por membrana - resina (química)

Por cloreto de cálcio - O sal absorve a umidade do ar e cria uma capa no

concreto

À vapor

Fatores que influenciam na resistência do concreto

Os fatores que influenciam na resistência do concreto são: a variabilidade do

cimento, dos agregados, da água, a proporção dos materiais, a mistura,

operação dos equipamentos e manuseio adequado do concreto nas etapas de

produção.

Variabilidade do cimento, a escolha dentre os variados tipos de cimento,

que apresentam finura e composição diferentes, por suas propriedades

diversas exercem grande influencia na resistência final do concreto.

Variabilidade dos agregados, por apresentarem propriedades diversas,

finura, massa especifica; torna-se essencial a escolha adequada dos

mesmos.

Variabilidade da água, o principal fator na resistência do concreto é o

fator água-cimento.

Proporção dos materiais, para alcançar a resistência desejada à correta

realização do traço seguindo as normas e técnicas adequadas é

indispensável.

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Mistura, deve-se realizar uma mistura homogenea do concreto afim de

adquirir um traço equivalente por todo seu volume.

Operação dos equipamentos.

Manuseio adequado do concreto nas etapas de produção, isso envolve

toda a parte pratica da convecção do concreto, desde o peneiramento

dos agregados até o adensamento e processo de cura; O manuseio

adequado é de extrema importância para que o calculado e esperado na

teoria seja alcançado na pratica.

Trabalhabilidade e consistência

A trabalhabilidade é um conceito subjetivo e envolve as características do

concreto, condições de projeto e condições de manipulação. O concreto é dito

trabalhável quando se é obtido equilíbrio entre essas três condições e o menor

custo possível. A trabalhablidade envolve o tamanho máximo do agregado e a

consistência.

A consistência de um concreto fresco pode ser aferida de várias formas.

O método mais usual para os concretos que não sejam auto adensáveis é

chamado de Abatimento do cone de Abrams (slump test).

Prática no laboratórioDepois de feito e proporcionado o traço, foi necessário peneirar-se os agregados, a fim de excluir do nosso concreto aqueles que possuíssem um diâmetro maior que o recomendado, ou impurezas, como galhos e pedras.

Os materiais foram colocados na betoneira (primeiramente a água e a brita, seguidos do cimento e da areia).

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Após obter-se uma certa homogeneidade do concreto, tornou-se necessário fazer o “slump test” para medir a consistência do mesmo.

Slump Test O Slump Test, também conhecido como teste do abatimento, é usado para se medir a consistência do concreto, e consiste em colocar-se o concreto em um molde em forma de tronco de cone, com as medidas especificadas pela ABNT, tendo o cuidado de adensá-lo bem para minimizar os vazios colocando três camadas de concreto retirado da betoneira, cada camada recebe 25 golpes feitos com uma barra de aço de 600mm e comprimento e 16mm de diâmetro, sendo que os golpes devem ser dados de maneira distribuída de fora para dentro, não permitindo que a barra ultrapasse a camada que está sendo adensada. Feito isso, o molde é retirado cuidadosamente, e observa-se uma redução na altura do concreto, em comparação com o mesmo no interior do molde. Esta diferença é chamada de Slump, e deve pertencer a um determinado intervalo especificado por tabela.

Foi usado o adensamento manual com o auxílio de uma barra de metal, e dando-se 25 golpes a cada camada de concreto colocado. No total são 3 camadas colocadas, até atingir-se o topo do tronco de cone.

Algumas tentativas e correções no traço foram feitas até que o slump encontrado fosse aceitável.

Com este traço foram feitos quatro corpos de prova.

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Os corpos de prova foram colocados submersos para sofrer o processo de cura por imersão.

Passados cinco dias retornamos ao laboratório para retirar os corpos de prova de seus respectivos moldes testar a resistência dos corpos de prova.

Por fim, testamos a resistência à compressão dos corpos de prova.

Fator Água/Cimento

O Fator água/cimento são as proporções de água e de cimento a serem utilizadas

no traço concreto.Esta proporção interfere diretamente na resistência final do concreto.

Quanto menor o fator água/cimento, maior a resistência do concreto. Caso a quantidade

de água seja inferior à ideal a reação com o cimento não ocorrera completamente e caso

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a quantidade de água seja superior à ideal a resistência do concreto diminuirá por conta

dos poros no concreto apos a evaporação da água.

Por definição o fator água/cimento é dado pela formula:

X = Pag/Pc

Sendo:

X= Fator água/cimento

Pag= Peso da água

Pc= Peso do cimento

Curva de Abrams

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