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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO ATRIBUTOS DE ATRAÇÃO PARA CURSOS SUPERIORES: UM ESTUDO COM ALUNOS INGRESSANTES PRISCILA JANES MONDINI MENEGHELLI BLUMENAU 2011

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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

ATRIBUTOS DE ATRAÇÃO PARA CURSOS SUPERIORES: UM ESTUDO COM

ALUNOS INGRESSANTES

PRISCILA JANES MONDINI MENEGHELLI

BLUMENAU

2011

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PRISCILA JANES MONDINI MENEGHELLI

ATRIBUTOS DE ATRAÇÃO PARA CURSOS SUPERIORES: UM ESTUDO COM

ALUNOS INGRESSANTES

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Regional de Blumenau, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Administração.

Profa. Maria José Carvalho de Souza Domingues, Dra. – Orientadora

BLUMENAU

2011

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ATRIBUTOS DE ATRAÇÃO PARA CURSOS SUPERIORES: UM ESTUDO COM

ALUNOS INGRESSANTES

Por

PRISCILA JANES MONDINI MENEGHELLI

Dissertação apresentada à Universidade Regional de Blumenau, Programa de Pós-Graduação em Administração, para obtenção do grau de Mestre em Administração, aprovada pela banca examinadora formada por:

_______________________________________________________ Presidente: Profa. Maria José C. De Souza Domingues, Dra. – Orientadora, FURB _______________________________________________________ Membro: Prof. Irineu Manoel de Souza, Dr., UFSC ________________________________________________________ Membro: Profa. Silvana Anita Walter, Dra., FURB ____________________________________________________ Coord. PPGAd: Profa. Mohamed Amal, Dr., FURB

Blumenau, 20 de maio de 2011.

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Dedico este trabalho a todas as pessoas que fazem de sua vida algo tão especial quanto elas se consideram.

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AGRADECIMENTOS

A realização deste trabalho contou com o apoio de muitas pessoas, em especial meus familiares, amigos e colegas de trabalho.

Inicialmente agradeço a meus pais, Pascoal e Marli Mondini, por toda a educação que

me deram. Considero esta a maior riqueza que os pais podem dar para seus filhos e o maior triunfo para conquistarmos o que sempre almejamos.

À meu marido, Sérgio Luiz Meneghelli, parceiro, amante e amigo de todos os

momentos. Ao meu irmão, Sidemar Elias Mondini, sempre divertido, batalhador e com um grande

coração. Meu irmão querido, meu parceiro. À minha colega de trabalho e de Mestrado, mas fundamentalmente amiga de muitos

momentos, Neli Terezinha Ferreira. Neli, você é muito especial. À professora Maria José Carvalho de Souza Domingues, minha referência desde o

período em que realizei a especialização. Alguém especial, que respeito e admiro muito. À professora e amiga Silvana Anita Walter, pelo carinho, atenção e exemplo de

dedicação na conquista dos ideais. Ao professor Gerson Tontini, referência como grande pesquisador, de muita sabedoria

e simplicidade no jeito de conviver com as pessoas. Aos professores do PPGAD da FURB, Amélia Silveira, Denise Del Prá Netto

Machado, Edson Roberto Scharf, Margarita Barreto, Marianne Hoeltgebaum, Marialva Tomio Dreher, Oscar Dalfovo, Rosália Aldraci Barbosa Lavarda e aos demais professores do programa por todo o carinho e amizade que sempre tivemos.

A todos os meus familiares minha gratidão por todo o carinho, respeito e atenção. Aos meus amigos e amigas, pelo incentivo e por tantos momentos de apoio. À FURB, minha grande escola, que possibilitou toda a formação profissional que

possuo, oportunizou a transformação de muitas teorias em práticas. Aos professores e alunos das diversas escolas que sempre apoiaram na aplicação dos

questionários. Aos colaboradoras e amigos da Cecred, pela confiança e carinho. E, finalmente, a todas as pessoas que estiveram próximas de mim, seja

geograficamente ou espiritualmente, meu muito obrigado! Foi muito bom contar com todos vocês.

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RESUMO

O Brasil sofreu uma mudança na educação superior a partir dos anos 90, quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação flexibilizou a entrada de iniciativas privadas neste setor. A grande oferta de cursos para o mesmo público em diferentes Instituições de Ensino Superior (IES) teve um crescimento e a competitividade tornou-se cada vez mais acirrada. Esta competição forçou as IES a criarem estratégias para se destacar entre suas concorrentes. Estes fatos, ligados aos diversos fatores que influenciam os estudantes a escolherem por cursos de formação superior, formam a problemática deste estudo, que tem como objetivo geral analisar os atributos que influenciaram na decisão de escolha por Cursos Superiores da Universidade Regional de Blumenau (FURB), de acordo com a percepção de alunos ingressantes. Quanto à metodologia aplicada, a pesquisa caracterizou-se como descritiva, uma vez que descreveu características dos alunos enquanto concluintes do Ensino Médio e posteriormente como ingressantes em Cursos Superiores. A coleta de dados ocorreu por meio de levantamento, a partir de questionário composto por perguntas abertas e estruturadas, que foi aplicado com o mesmo público, a fim de analisar suas percepções sobre o tema em períodos distintos de suas vidas. O primeiro período consistiu na aplicação dos questionários com 3.706 concluintes do Ensino Médio em 2009. O outro período ocorreu em 2010 com os mesmos alunos que haviam preenchido o questionário em 2009 e que haviam ingressado nos Cursos Superiores da FURB, totalizando um universo de 425 alunos. A escolha da FURB justificou-se por ser a IES mais antiga do interior do Estado de Santa Catarina, possuir cursos em todas as áreas do conhecimento e ser a única Universidade do Médio Vale do Itajaí, composta por cursos de Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado. A análise dos dados ocorreu por meio de Estatística Descritiva e da Matriz de Importância versus Desempenho. Utilizou-se a Estatística Descritiva para organizar, resumir e descrever os aspectos importantes de um conjunto de características observadas em relação aos alunos pesquisados e também para comparar suas opiniões. Já a Matriz de Importância versus Desempenho permitiu uma visão sobre quais atributos eram considerados mais relevantes para os alunos. Como principais resultados verificou-se que 63% dos ingressantes provieram de escolas privadas. Em relação às cidades onde residiam, 78% eram pertencentes a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Blumenau, composta pelas cidades de Blumenau, Gaspar, Ilhota, Luiz Alves e Pomerode. O turno com mais alunos ingressantes foi o matutino, com 49%; seguido do noturno, com 46%. Quanto à realização de atividade remunerada, 59% trabalhavam e 41% não trabalhavam. Os atributos considerados mais relevantes para escolha de Cursos Superiores na FURB foram: reputação no mercado de trabalho; localização; infra-estrutura; nível dos professores; reputação sobre pesquisas científicas e tecnológicas realizadas e qualidade geral do curso. Para próximos estudos sugere-se que seja verificada a percepção dos mesmos estudantes, enquanto acadêmicos da FURB, após o primeiro ano de estudos. Com isso, será possível verificar as mudanças e estabelecer ações de retenção dos alunos, com base nos atributos que eles continuam considerando relevantes. Palavras-chave: Gestão de Instituições de Ensino Superior. Marketing em Instituições de Ensino Superior. Atributos de Atração. Estudantes de Ensino Médio. Escolha de Cursos Superiores.

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ABSTRACT Brazil has experienced a change in higher education in last 90 years, when the Law of Directives and Bases of National Education eased the entry of private initiatives in this sector. The wide range of courses for the same audience in different Higher Education Institutions (HEIs) had a growth and competitiveness becoming increasingly fierce. This competition has forced the HEIs to create strategies to stand out among their competitors. These facts, linked to several factors that influence students to choose courses in their higher education, form the problematic of this study, which aims at analyzing the attributes that influenced the decision of choosing courses for Regional University of Blumenau (FURB) according to the perception of new incoming students. As for the methodology applied, the survey characterized as descriptive, once as the described characteristics of students when graduating high school and later as a freshmen in Universities. The data collected through the survey from a questionnaire composed of open and structured questions were applied to the same audience, in order to examine their perceptions about the subject at different times of their lives. The first period was the application of questionnaires to 3,706 high school graduating students in 2009. The next time came in 2010 with the same students who had completed the questionnaire in 2009 and had joined the courses at FURB, totaling a universe of 425 students. Choosing FURB was justified because it is the oldest higher education institution in the state of Santa Catarina, has courses in several areas of knowledge and it is the only University of Itajai Middle Valley, composed of undergraduate, Specialization, Master's and PhD courses. The data analysis occurred through the Matrix and Descriptive Statistics of Importance versus Performance. We used descriptive statistics to organize, summarize and describe the important aspects of a set of characteristics observed in relation to the students surveyed and also to compare their opinions. Considering the Importance versus Performance Matrix allowed an insight into what attributes were considered more relevant for the students. The main results showed that 63% of the entrants were from private schools. In relation to cities where they lived, 78% belonged to the Secretary of Regional Development (SRD) of Blumenau, comprising the cities of Blumenau, Gaspar, lhota, Luiz Alves and Pomerode. The shift with more students entering was the morning, with 49% followed by the night shift, with 46%. As for the paid work performance, 59% worked and 41% did not work. The attributes considered the most relevant for choosing FURB's courses were: reputation in the market place, location, infrastructure, level of teachers; reputation on the scientific and technological research carried out and overall quality of the course. For future studies it is suggested that the students' perception be checked while academics of FURB, after their first year of studies. With this, one will be able to check the changes and actions to establish retention of students, based on the attributes that they still considered relevant. Key-Words: Management of Higher Education Institutions. Marketing in Higher Education Institutions. Attributes of Attraction. High School Students. Choosing Colleges.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Média das notas atribuídas pelo alunos quanto a sua expectativa sobre os atributos

pesquisados, de acordo com o tipo de escola e com as áreas de interesse em

realizar um Curso Superior. .................................................................................... 76

Tabela 2 - Média das notas atribuídas pelo alunos quanto a sua expectativa sobre os atributos

pesquisados, de acordo com o tipo de escola e com as áreas de interesse em

realizar um Curso Superior. .................................................................................... 80

Tabela 3 -Média das notas atribuídas pelos alunos quanto ao desempenho das Instituições de

Ensino escolhidas como primeira opção para estudarem no que refere aos atributos

pesquisados, de acordo com o tipo de escola. ........................................................ 85

Tabela 4 - Média das notas atribuídas pelos alunos quanto a importância dos atributos

pesquisados nas Instituições de Ensino escolhidas como primeira opção para

estudarem, de acordo com o tipo de escola. ........................................................... 89

Tabela 5 - Média, de acordo com o tipo de escola, das notas atribuídas pelos alunos

ingressantes na FURB quanto a sua expectativa em relação à FURB no que se

refere aos atributos pesquisados. ............................................................................ 96

Tabela 6 - Média das notas, de acordo com o tipo de escola, atribuídas pelos alunos

ingressantes na FURB quanto ao desempenho dos atributos pesquisados. ............ 99

Tabela 7 - Média das notas atribuídas pelos alunos ingressantes na FURB quanto a

importância dos atributos pesquisados, de acordo com o tipo de escola. ............. 103

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Marcos evolutivos do Ensino Superior Privado no Brasil ..................................... 20

Quadro 2 - Referenciais teóricos encontrados na área de Gestão de IES. ................................ 28

Quadro 3 - Sinopse da evolução das definições de marketing. ................................................ 30

Quadro 4 - Principais referenciais teóricos sobre Marketing de Instituições de Ensino

Superior. ................................................................................................................. 31

Quadro 5 - Atributos de atração de alunos. .............................................................................. 47

Quadro 6 -Estudos sobre os alunos concluintes do Ensino Médio e a escolha de uma

profissão. ................................................................................................................ 48

Quadro 7 -Interesse por um Curso Superior de acordo com a renda familiar dos alunos

pesquisados. ............................................................................................................ 77

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 -Caracterização geral do tipo de escola em que os questionários foram aplicados. . 62 Gráfico 2 -Localização das escolas cujos alunos preencheram os questionários, de acordo com

as regiões estabelecidas pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDR). ................................................. 64

Gráfico 3 -Turno em que os alunos pesquisados estudavam. ................................................... 65 Gráfico 4 -Identificação dos alunos que estudavam no período matutino e que trabalham. .... 66 Gráfico 5 -Identificação dos alunos que estudavam no período vespertino e que trabalham. . 66 Gráfico 6 - Identificação dos alunos que estudavam no período noturno e que trabalham. ..... 67 Gráfico 7 - Identificação dos alunos de escolas privadas que trabalham. ................................ 69 Gráfico 8 - Identificação dos alunos de escolas públicas que trabalham. ................................ 69 Gráfico 9 -Gênero dos alunos que foram pesquisados. ............................................................ 70 Gráfico 10 - Identificação dos alunos que eram mulheres e que trabalham. ............................ 71 Gráfico 11 - Identificação dos alunos que eram homens e que trabalham. .............................. 72 Gráfico 12 -Idade dos alunos que foram pesquisados. ............................................................. 74 Gráfico 13 -Renda familiar dos alunos que foram pesquisados. .............................................. 74 Gráfico 14 -Renda familiar dos alunos que foram pesquisados e o tipo de escola em que

estudavam. .............................................................................................................. 75 Gráfico 15 - Caracterização geral do tipo de escola que os alunos ingressantes na FURB

estudavam. .............................................................................................................. 92 Gráfico 16 - Localização das cidades dos alunos ingressantes na FURB, de acordo com as

regiões estabelecidas pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio das SDR’s. .................................................................................................................... 93

Gráfico 17 - Turno em que os alunos ingressantes na FURB estudavam. ............................... 94 Gráfico 18 - Verificação dos alunos matriculados na FURB em 2010 que trabalhavam

(segundo questionário) e que também participaram da pesquisa em 2009 (primeiro questionário). .......................................................................................................... 94

Gráfico 19 - Renda familiar dos alunos matriculados na FURB em 2010 (segundo questionário) e que participaram da pesquisa em 2009 (primeiro questionário). ... 95

Gráfico 20 - Média geral das notas atribuídas pelo alunos matriculados na FURB em 2010 (segundo questionário) e que participaram da pesquisa em 2009 (primeiro questionário) quanto a sua expectativa em relação à FURB no que se refere aos atributos pesquisados. ............................................................................................. 98

Gráfico 21 - Média geral das notas atribuídas pelo alunos ingressantes na FURB quanto ao desempenho dos atributos pesquisados. ............................................................... 101

Gráfico 22 - Média geral das notas atribuídas pelo alunos ingressantes na FURB quanto a importância dos atributos pesquisados. ................................................................ 104

Gráfico 23 - Matriz de importância e desempenho das médias das avaliações realizadas pelos alunos, enquanto concluintes do Ensino Médio. .................................................. 107

Gráfico 24 - Matriz de importância e desempenho das médias das avaliações realizadas pelos alunos, enquanto ingressantes nos Cursos Superiores da FURB.......................... 109

Gráfico 25 - Matriz de importância e desempenho das médias das avaliações realizadas pelos alunos em ambos os períodos de aplicação da pesquisa. ...................................... 110

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 14

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ................................................................................................. 14

1.2 QUESTÃO DE PESQUISA .................................................................................................... 17

1.3 OBJETIVOS ............................................................................................................................ 17

1.3.1 Geral ..................................................................................................................................... 18

1.3.2 Específicos ........................................................................................................................... 18

1.4 JUSTIFICATIVA PARA ESTUDO DO TEMA..................................................................... 18

2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................. 20

2.1 GESTÃO DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES) ........................................... 20

2.2 MARKETING EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR ............................................ 29

2.2.1 Conceitos de Marketing para Instituições de Ensino Superior ............................................. 31

2.2.2 Aplicações de Marketing para Instituições de Ensino Superior ........................................... 32

2.3 ATRIBUTOS DE ATRAÇÃO ................................................................................................ 39

2.4 O ESTUDANTE CONCLUINTE DO ENSINO MÉDIO E A ESCOLHA DE UMA

PROFISSÃO .................................................................................................................................. 47

3 MÉTODO DE PESQUISA ..................................................................................................... 53

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .................................................................................. 53

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ................................................................................................. 55

3.3 TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS ................................................................................. 55

3.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................. 59

4 ANÁLISE DOS DADOS ........................................................................................................ 61

4.1 PERFIL DOS ALUNOS PESQUISADOS ............................................................................. 61

4.1.1 Breve resumo do perfil dos alunos pesquisados ................................................................... 78

4.2 ATRIBUTOS CONSIDERADOS PELOS ALUNOS COM MAIOR AVALIAÇÃO PARA

ESCOLHA DE CURSOS SUPERIORES, ENQUANTO CONCLUINTES DO ENSINO MÉDIO79

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4.2.1 Avaliações quanto à expectativa dos alunos em relação aos atributos pesquisados ............ 79

4.2.2 Avaliações dos alunos quanto ao desempenho dos atributos pesquisados ........................... 84

4.1.3 Avaliações dos alunos quanto à importância dos atributos pesquisados .............................. 88

4.3 VERIFICAÇÃO DOS ALUNOS QUE INGRESSARAM EFETIVAMENTE NOS CURSOS

SUPERIORES DA FURB, NOS PROCESSOS SELETIVOS DO PRIMEIRO SEMESTRE DE

2010 ............................................................................................................................................... 92

4.4 ATRIBUTOS CONSIDERADOS PELOS ALUNOS COM MAIOR AVALIAÇÃO PARA

ESCOLHA DE CURSOS SUPERIORES, ENQUANTO INGRESSANTES NA FURB ............ 96

4.4.1 Avaliações dos alunos quanto às expectativas em relação aos atributos pesquisados ......... 96

4.4.2 Avaliações dos alunos quanto ao desempenho dos atributos pesquisados ........................... 99

4.4.3 Avaliações dos alunos quanto à importância dos atributos pesquisados ............................ 102

4.5 VERIFICAÇÃO DAS DIFERENÇAS EXISTENTES ENTRE AS PERCEPÇÕES DOS

ALUNOS ENQUANTO CONCLUINTES DO ENSINO MÉDIO E APÓS COMO

INGRESSANTES EM CURSOS SUPERIORES ................................................................... 105

4.5.1 Quanto às expectativas ....................................................................................................... 105

4.5.2 Quanto ao desempenho ....................................................................................................... 106

4.5.3 Quanto à importância.......................................................................................................... 106

4.6 ANÁLISE DA RELAÇÃO DA IMPORTÂNCIA VERSUS O DESEMPENHO DOS

ATRIBUTOS QUE INFLUENCIARAM NA DECISÃO DE ESCOLHA EFETIVA POR

CURSOS SUPERIORES NA FURB .......................................................................................... 106

4.5.1 Matriz de importância e desempenho das avaliações dos alunos enquanto concluintes do

Ensino Médio ............................................................................................................................... 107

4.5.2 Matriz de importância e desempenho das avaliações dos alunos enquanto ingressantes na

FURB ........................................................................................................................................... 108

4.5.3 Identificação dos atributos revelados em ambos os períodos ............................................. 110

5 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 113

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REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 117

APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO DE PESQUISA 2009 ..................................................... 130

APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO DE PESQUISA 2010 ..................................................... 133

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1 INTRODUÇÃO

Neste capítulo são abordados os principais tópicos que abordam o estudo deste tema

como: o problema encontrado para realização da pesquisa, as questões de pesquisa, os

objetivos e justificativas para o estudo do tema.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

O Brasil passou por uma mudança na Educação Superior a partir dos anos de 1990,

quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação flexibilizou a entrada de iniciativas privadas

neste setor. De acordo com o parâmetro divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) (2009) o país passou 893 Instituições de

Ensino Superior (IES) em 1991 para 2.314 em 2009.

Na região Sul do país, em 2009, o número de IES era de 386 e representava 16% do

total existente em todo o Brasil. No Estado de Santa Catarina, o total era de 96 IES, sendo que

12 eram Universidades (13%), 6 eram Centros Universitários (6%); 76 eram Faculdades ou

Centros de Educação Tecnológica (79%) e 2 eram Institutos Federais (2%), de acordo com o

INEP (2009).

No que se refere ao número de alunos concluintes do Ensino Médio, houve no Brasil,

em 2009, um total de 2.146.547 matrículas. Somente na região Sul, registrou-se 12,7% deste

total, com 272.379 matrículas e no Estado de Santa Catarina este total foi de 63.348 (INEP,

2009).

Porém, todo o aumento na educação superior, ficou aquém de atingir o percentual

determinado pela Lei nº 10.172, assinada em 2001, que determinava que até o final de 2010, a

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educação superior brasileira fosse ocupada por no mínimo 30% dos jovens entre 18 e 24 anos,

uma vez que os dados de 2008 mostraram que apenas 9% destes jovens faziam o ensino

superior, conforme Plano Nacional de Educação (2009). Além disso, embora o número de

vagas em Cursos Superiores tenha aumentado 5,7% (passando de 2.823.942 em 2007 para

2.985.137 em 2008) o número de vagas ociosas também aumentou em 9%. Ou seja, em 2007

registrou-se 1.341.987 vagas ociosas e em 2008 registrou-se 1.479.318, sendo que os maiores

aumentos percentuais foram em Universidades e Centros Universitários (INEP, 2010).

Com todo este cenário, a oferta de cursos para em diferentes IES tende a crescer e a

competitividade torna-se cada vez mais acirrada, principalmente em instituições privadas que,

na maioria dos casos, são Faculdades. De acordo com o INEP (2010) em 2008, 75% das

matrículas em Cursos Superiores foram realizadas em instituições privadas, um aumento de

4,6% em comparação com 2007.

Esta competição força as IES a criarem estratégias para se destacar entre suas

concorrentes. Koc (2006) atenta para esta necessidade e afirma que é preciso elaborar ações

de captação, conquista e retenção de alunos para garantir este destaque. Seeman e O’Hara

(2006) afirmam que hoje os jovens têm uma grande variedade de escolha em Ensino Superior,

podendo optar entre instituições tradicionais, escolas de tecnologias ou instituições que

ofereçam ensino a distância. Também observam que as Instituições de Ensino Superior

necessitam pesquisar o que estes jovens buscam e cada vez mais criar estratégias de

comunicação (SEEMAN; O’HARA, 2006). Em seus estudos, Boas (2008) publica que a

melhor forma de realizar o marketing para Instituições de Ensino Superior ocorre por meio do

relacionamento.

Entretanto, nos processos de decisão por cursos de formação superior vividos por

jovens, existem muitos fatores que interferem em suas escolhas, tais como: sua trajetória de

vida; experiências na família; na escola e nos ambientes de convívio social; características

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pessoais e socioeconômicas; novas profissões cada vez mais frequentes ou profissões mais

tradicionais que se tornam obsoletas e exigem processos diferenciados; novas tecnologias;

grandes exigências por qualificação; alta competitividade no mercado, entre tantas outras

mudanças que acarretam dúvidas e ao mesmo tempo permitem ao jovem escolher

determinadas profissões, oportunidades de formação e mercado de trabalho (KOBER, 2008;

BRUNO; SORBELLO, 2008). Há que se destacar também atributos que interferem no

processo de escolha por estes jovens por um curso e de uma Instituição de Ensino Superior,

entre eles: boa reputação no mercado de trabalho; preço dos cursos oferecidos; localização;

infra-estrutura (instalações, laboratórios e biblioteca); professores qualificados; ofertas de

bolsas e outros auxílios financeiros; horário das aulas (MAINARDES; DESCHAMPS;

DOMINGUES, 2008).

De acordo com Müller (1988) a adolescência é uma fase intermediária entre a

infância e o início da maturidade, na qual ocorre uma entrada progressiva no mundo e no

papel adulto. O autor afirma que os jovens se deparam com uma variedade de profissões,

áreas de estudo, tipos de cursos e oportunidades de mercado, que, em conjunto com as

mudanças desta fase, lhes deixa bastante confusos. Quando chegam nesta etapa, precisam se

posicionar diante da sociedade e optar por uma carreira profissional. Para isso, é necessário

que se definam, conheçam-se e façam a escolha de sua profissão com base na realidade

pessoal e sociocultural (GOLIN, 2000).

Gomes (2009) destaca que as IES do sul do Brasil vivem uma nova realidade,

composta por novos desafios que estão ligados às diversas transformações sociais,

econômicas e tecnológicas. Segundo o autor, as instituições precisam subsidiar-se com

ferramentas gerenciais e informações devidamente transformadas em conhecimento, a fim de

direcionar suas ações conforme as tendências existentes.

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Em Santa Catarina, na região do Vale do Itajaí, as IES enfrentam um cenário de

grande concorrência. De acordo com o último senso de Educação Superior no Estado,

registrou-se 1.145 cursos de Graduação, que representam 5% do total existente no país. Desta

forma, é fundamental para os setores de Comunicação e Marketing da IES terem informações

atualizadas sobre esta área, que subsidiem suas decisões e estratégias.

Entretanto, a maioria dos estudos existentes sobre atributos atrativos na escolha por

um Curso Superior refere-se às opiniões de acadêmicos que já realizam cursos e convivem

com o ambiente universitário. Do ponto de vista de alunos de Ensino Médio, há poucas

referências existentes.

Nesse panorama, visando a obtenção de informações que possam ser aproveitadas

pelas IES de maneira estratégica para a captação e retenção de alunos, torna-se relevante

identificar os atributos avaliados pelos estudantes como atrativos para realização de Cursos

Superiores.

1.2 QUESTÃO DE PESQUISA

A questão de pesquisa que norteia este estudo é: Quais os atributos que influenciaram

os alunos ingressantes na decisão de escolha efetiva por Cursos Superiores?

1.3 OBJETIVOS

A seguir, enunciam-se os objetivos geral e específicos do trabalho.

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1.3.1 Geral

Analisar os atributos que influenciaram na decisão de escolha por Cursos Superiores,

na opinião de alunos ingressantes.

1.3.2 Específicos

a) Caracterizar os alunos que participaram da pesquisa;

b) Identificar os atributos considerados por estes alunos com maior desempenho para

escolha de Cursos Superiores, enquanto concluintes do Ensino Médio;

c) Verificar quais destes alunos ingressaram efetivamente nos Cursos Superiores da

FURB, por meio dos processos seletivos do primeiro semestre de 2010;

d) Identificar os atributos considerados por estes alunos com maior desempenho para

escolha de Cursos Superiores, enquanto ingressantes;

e) Verificar as diferenças existentes entre as percepções dos alunos enquanto

concluintes do Ensino Médio e após como ingressantes em Cursos Superiores;

f) Analisar a relação da importância versus o desempenho dos atributos que

influenciaram na decisão de escolha pelos Cursos Superiores.

1.4 JUSTIFICATIVA PARA ESTUDO DO TEMA

O desenvolvimento deste estudo justifica-se por dois motivos. O primeiro refere-se à

importância em dar continuidade aos estudos teóricos desta área. Sabe-se que os estudos sobre

os fatores de atração de alunos na escolha de uma IES vêm sendo realizados por autores como

Mund, Durieux e Tontini (2001); Froemming (2001); Fortes (2001); Corbucci (2002); Alfinito

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e Granemann (2003); Alves (2003); Queiroz (2003); Rowley (2003); Bronnemman e Silveira

(2004); Perfeito et al. (2004); Walter; Tontini; Domingues (2005); Mainardes (2007) e Alves

e Raposo (2010). Porém, a maioria das pesquisas aplicadas refere-se às percepções de

acadêmicos que realizam Cursos Superiores e convivem com o ambiente universitário. Em

estudo realizado por Bronnemman (2002) destacou-se a importância de realização de

pesquisas que identifiquem as percepções dos alunos e de suas necessidades, a fim de

oportunizar às IES mais subsídios para a tomada de decisões referente às ações de marketing

que devem ser realizadas para captação de novos alunos para cursos de Graduação. Para este

estudo, pretende-se identificar os atributos de atração para alunos, enquanto alunos do Ensino

Médio (que não tiveram contato com uma IES). Posteriormente, será identificado, com estes

mesmos alunos (que já terão ingressado na IES) quais destes atributos foram avaliados com

maior importância na escolha de Cursos Superiores, a fim de investigar se existem mudanças

nos critérios de escolha destes jovens.

O segundo grande motivo, justifica-se pelo aproveitamento prático que as IES terão

com os resultados da pesquisa aplicada. Nota-se que a percepção das pessoas, e,

principalmente dos jovens, muda com bastante frequência, o que denota grande necessidade

de estudos constantes nesta área. Os resultados desta pesquisa contribuirão fundamentalmente

em ações que as Universidades poderão desenvolver, com destaque para os setores de

Comunicação. As informações coletadas subsidiarão estes setores para orientar as agências de

publicidade a desenvolver campanhas que abordem temas considerados relevantes na opinião

dos jovens e que utilizem como argumentos os atributos identificados por eles com maior

importância tanto antes, quanto depois da escolha pelo Curso Superior.

Cabe ressaltar que este trabalho faz parte do grupo de pesquisa: Pesquisas em Gestão

Universitária e Ensino Superior da linha de pesquisa em Estratégia de Competitividade do

Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Regional de Blumenau.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

Neste capítulo, descreve-se a fundamentação teórica que contém estudos sobre a

Gestão de Instituições de Ensino Superior; Marketing em Instituições de Ensino Superior;

Atributos de Atração e também sobre o Estudante concluinte do Ensino Médio e a escolha de

uma profissão.

2.1 GESTÃO DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES)

A Gestão de uma IES caracteriza-se pela condução de todas as atividades que

ocorrem em sua estrutura, desde as atividades de ensino, de pesquisa e de extensão até as mais

administrativas, como financeiro, recursos humanos, entre outras.

De acordo com Senhoras, Takeuchi e Takeuchi (2006) os marcos evolutivos do

Ensino Superior Privado no Brasil marcaram duas épocas em que o Governo Federal criou

incentivos para a oferta de Cursos Superiores. Nestes períodos, o número de matrículas e o

crescimento do setor foram marcados por grandes percentuais de aumento, conforme

apresentado no Quadro 1:

Ano Cenário

1933-1960 As matrículas nas IES privadas não oscilaram muito em relação ao total de matrículas (em 1933, representavam cerca de 43,7% do total, em 1960, 44,3% do total).

1960-1980 Houve um aumento no número de matrículas privadas, estimuladas pelo governo federal, passando de 200 mil para 1,4 milhão.

1980-1994 Houve redução da participação das IES privadas no total de matrículas do ensino superior. De 200% de crescimento em matrículas entre 1975 e 1980, a taxa de crescimento torna-se negativa para o período 1980-85 e não chega a atingir 1% entre 1990 e 1994.

1994-2006 O setor voltou a crescer fortemente devido aos estímulos governamentais trazidos, além da concorrência que se formou.

Quadro 1 - Marcos evolutivos do Ensino Superior Privado no Brasil. Fonte: Senhoras, Takeuchi e Takeuchi (2006)

Kerr (1982) explica que a Universidade é uma instituição complexa em várias

dimensões: na variedade e quantidade de públicos ou stakeholders que atende; na

multiplicidade de objetivos; nas diversidades de serviços que oferece, formação de seus

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recursos humanos e tecnologias que deve dominar; além da extensão da infra-estrutura que

deve possuir. Quando é uma instituição pública, soma-se a profusão de normas determinadas

por poderes centrais; as pressões políticas; a escassez de recursos; a lentidão do processo

decisório burocrático; entre outras características.

Baldridge et al. (1983) observa que as universidades são organizações complexas,

portadoras de objetivos, sistemas hierárquicos e estruturas, diferenciadas das demais

organizações burocráticas. Elas, ao mesmo tempo, têm a função básica de promover a

educação superior, a pesquisa e a extensão, além de serem aglutinadoras do saber produzido

na humanidade. Como conseqüência, pode-se esperar que a gestão dessas instituições também

seja diferenciada considerando a singularidade que as mesmas encerram. A complexidade de

um sistema universitário pode ser constatada através de suas múltiplas funções, bem como

pela diversidade de interrelações com os ambientes interno e externo, transpondo fronteiras de

nações e servindo de elo aglutinador de uma linguagem universal e globalizada: o

conhecimento.

A estrutura organizacional de uma IES pode ser dividida em três níveis, segundo

Maiochi (1997): (1) alta administração, constituída pelo Reitor, Vice-Reitor, Pró-Reitores,

assessores e Conselhos Superiores (Curador, Universitário, Ensino, Pesquisa e Extensão); (2)

administrações acadêmicas (direção das faculdades, centros, departamentos, institutos); (3)

administração dos serviços auxiliares, tais como recursos humanos, finanças, compras e

outros serviços gerais. O autor também comenta que os professores costumam ocupar os

cargos mais importantes na hierarquia deste tipo de instituições.

Nos Estados Unidos, a administração da IES é considerada uma atividade

importante. Os autores Rhoades e Sporn (2002) afirmam que as principais lideranças das IES

são denominadas como Chefes Executivos e, mesmo em cargos intermediários, a

profissionalização dos gestores é alta. Na Europa, entretanto, ainda ocorre a tradição de

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professores eleitos para cargos de Reitoria e a administração em cargos intermediários

também é composta por professores. Ao comparar, os resultados das IES americanas são

superiores aos das IES européias, e isso se deve principalmente aos fatos das gestões das IES

dos EUA possuírem profissionais mais específicos e de trabalharem com o foco na

administração estratégica, uso eficaz dos recursos disponíveis e controle de qualidade no

serviço educacional (RHOADES; SPORN, 2002).

De acordo com Andrade (2003) as Universidades são organizações complexas. Elas

possuem uma hierarquia diferente das demais organizações, principalmente no que tange às

responsabilidades e funções de seus funcionários. Isso ocorre devido aos vários tipos de

clientes e suas diferentes necessidades, que exigem uma estrutura mais complexa e

diferenciada (KAST; ROSENZWEIG, 1994).

Esta estrutura, portanto, é formada por professores com altos graus de formação e

especialistas nas áreas em que atuam, o que lhes permitirá um grande poder e autonomia em

tudo o que fizerem (ROMERO, 1988).

De acordo com Andrade (2003) em uma organização profissional, onde estão

enquadradas as Universidades, cada profissional é especialista em sua área de atuação e

possui elevado grau de autonomia. Dependendo do tipo de problema, o aluno procura por um

determinado professor, com determinada especialidade. À gestão da IES cabe articular todas

as formas de trabalho que poderão ser desempenhadas por estes profissionais de acordo com a

proporção e tipo do conhecimento que cada um possui (MONCADA, 1971).

Outra característica importante das Universidades, de acordo com Andrade (2003), é

que seus professores costumam trabalhar de forma bastante individualizada e têm o poder de

controlar as decisões administrativas que os afetam. Isto porque a base da autoridade neste

tipo de organizações é caracterizada pelo poder dos conhecimentos técnicos que cada

professor possui e não por uma hierarquia de cargos, como ocorre em outras organizações.

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Davies, Douglas e Douglas (2007) reforçam as afirmações de Mintzberg (1991) e

Andrade (2003) quando afirmam que o ambiente universitário tradicionalmente é liderado por

professores, que estimam por sua própria liberdade em realizar os trabalhos, o que, por várias

vezes, lhes confere maior poder que os próprios administradores das IES, podendo ocasionar,

em alguns momentos, resistência às mudanças que as IES necessitam realizar para manter-se

neste cenário competitivo.

Noriller (2005) defende que na hierarquia das organizações profissionais, muitas

vezes os professores estão na cúpula de uma pirâmide, devido a sua autonomia e, os

administradores na base. Desta forma, o poder não fica nas mãos da cúpula administrativa. A

autora também reforça que os objetivos e metas de uma IES estão ligados às atividades de

ensino, pesquisa e extensão. Entretanto, por estas atividades possuírem objetivos muito

amplos e por serem desempenhadas por profissionais das mais variadas áreas e

especialidades, que possuem objetivos e posicionamentos diferentes, muitas vezes podem

ocorrer conflitos no alcance das metas definidas pela gestão (NORILER, 2005).

Para Davies, Douglas e Douglas (2007) esse é o principal desafio no comando de

uma IES: a cultura tradicionalista em que as decisões estão baseadas na opinião dos

professores. Birnbaum (2000) observa que o motivo do fracasso de muitas inovações

propostas para gerir uma IES pode estar nesta resistência que os professores (e então Gestores

da IES) têm em implantar novos sistemas e novas estratégias de mercado. Afinal, isto pode

ser contrário a tudo o que estudaram e ensinaram até o momento. Ou pode ser algo muito

novo que gera insegurança em realizar, devido ao fato de não terem estudado com a

profundidade que esperavam. Vale reforçar, que esta problemática também já foi discutida

por Peterson e Einarson (2001), Shattock (2000) e Keller (2000).

Na análise de Niskier (1996) assim como há IES mais preocupadas com as questões

burocráticas, outras preocupam-se com a valorização e investimento em estruturas, outras

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somente com a pesquisa e existem ainda aquelas que visam somente ao ensino. Para Sampaio

(1998) isto significa que as atividades desempenhadas pelas IES têm tido um crescimento de

maneira desordenada, assumindo um caráter mercantilista, distanciando-se, muitas vezes, da

qualidade de ensino.

Meyer Jr. e Murphy (2003) constatam que as improvisações e o amadorismo

gerencial são situações que ocorrem frequentemente em IES. Salientam que as transformações

são necessárias na estrutura, nos processos e no comportamento das IES, do contrário podem

perder a qualidade, a competitividade e a liderança desejadas e até comprometer seu próprio

futuro.

Meyer Jr., Sermann e Mangolim (2004) observam que a ausência de modelos

próprios de gestão para a organização educacional, também é um fator que pode comprometer

o futuro da IES, visto que os modelos adotados estão baseados na gestão de empresas.

Outra problemática evidenciada por Castro (2003) é que muitas IES acreditam

possuir conhecimentos suficientes sobre o que o mercado quer e não o consultam. Assim,

vivem em seu próprio “mundo”, ignorando as mudanças ocorridas no mercado de trabalho e,

consequentemente, as competências exigidas aos profissionais que concluem um curso na

Universidade.

Franco (2000) explica como surgem as IES, que pode contribuir no entendimento das

razões destas problemáticas citadas anteriormente. Em geral, as IES são criadas por

educadores que também possuem escolas de educação básica, muito bem sucedidas, o que

lhes desperta o interesse em atuar com ensino superior também. Podem ser criadas também

por professores que se reúnem para constituir uma IES ou profissionais de diversos tipos de

formação, caracterizados por serem empreendedores e agressivos em seu marketing, que

encontram sucesso neste tipo de negócio.

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Borges e Araújo (2001) mencionam as principais características da Universidade,

dentre elas: são necessários profissionais especializados e com autonomia de trabalho e

liberdade de supervisão; as decisões são descentralizadas e por isso as áreas podem progredir

em diferentes ritmos, obedecendo circunstâncias específicas; existem entre as pessoas

concepções distintas de Universidade trazendo dificuldades para definição única da missão,

objetivos e metas; o poder é ambíguo e disperso: as concepções distintas levam os indivíduos

a lutar para que prevaleça suas concepções; há reduzida coordenação de tarefas; os papéis da

Universidade são ambíguos e vagos, não havendo concordância em como alcançá-los; a

Universidade trabalha com múltiplas tecnologias pelo motivo de possui clientes com

necessidades variadas.

Friga, Bettis e Sullivan (2003) afirmam que a educação possui todas as

características de um negócio como qualquer outro. Haja vistas as taxas significativas de

crescimento do setor; o número cada vez maior de instituições de ensino que são criadas; a

consequente concorrência pelos alunos (clientes); os altos investimentos em mídia e a

constante dedicação em ter a marca diferenciada.

Cobra e Braga (2004) destacam que empresários de diversos segmentos passaram a

investir na constituição de IES, atraídos pela significativa rentabilidade e pelas altas taxas de

crescimento no ensino superior, que, movimenta 15 bilhões de reais ao ano e vislumbra uma

previsão de dobrar de faturamento nos próximos anos. Neste caso, Franco apud Cobra e

Braga (2004, p. 11) afirma: “No mundo só existem 85 empresas que foram fundadas há mais

de cinco séculos e que sobrevivem até hoje – 70 delas são Universidades”.

O fator qualidade é tratado por Tontini e Esteves (1996) como fundamental no

desempenho das IES, embora enfatizem que algumas situações peculiares na organização de

uma IES exerçam influências negativas para o desenvolvimento desta qualidade. Entre estas

situações citam-se a autonomia dos professores, que praticamente decidem sozinhos a

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condução de suas disciplinas; a departamentalização das IES, que dificultam a centralização

das ações e o esclarecimento das responsabilidades; o foco no tripé ensino, pesquisa e

extensão, que impede desdobramentos e planos de ação setoriais; além da utilização do medo

como influenciador de decisões, afinal, a discussão com um professor pode acarretar em

reprovação.

Minogue (2003) considera que as IES precisam desenvolver processos

administrativos flexíveis, bem estruturados, que sejam realizados com rapidez, a fim de

oferecer uma melhor prestação de seus serviços.

Trevisan (2002) observa que os fatores de sucesso de uma IES, perante o mercado

competitivo que se formou são a grande participação no mercado; baixos custos em

comparação com a concorrência; alta qualidade em comparação com as demais ofertas de

cursos no mercado; conhecimento e constante atualização do comportamento do consumidor,

de suas necessidades e de seus desejos; realização de ações de marketing que tenham

relevância diante do consumidor e vantagens competitivas que diferenciem a IES das

concorrentes.

Otero e Piñol (2004) afirmam ao elaborar seu planejamento e formas de atuação no

mercado, as IES precisam definir quem são seus clientes e quais necessidades eles possuem.

Tontini e Esteves (1996) lembram que as IES possuem dois tipos de clientes: o

interno e o externo. Os acadêmicos (clientes internos) esperam adquirir conhecimento e

formação, que os capacitem para a vida profissional. A sociedade (cliente externo) tem a

expectativa de que a IES lhe forneça profissionais, conhecimentos, tecnologias e extensão de

alta qualidade. Por isso, é fundamental que a IES se prepare para atender as expectativas

destes públicos, o que significa avaliar e monitorar constantemente os currículos, disciplinas e

formas de ensino, adaptando-as às mudanças constantes que ocorrem no mercado de trabalho.

Castro (2003) complementa que as IES devem monitorar o mercado de trabalho e perceber

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quais as competências habilidades exigidas, de maneira que possam preparar seus alunos para

atender estas necessidades.

Srikanthan e Dalrymple (2007) propuseram em seus estudos um modelo um modelo

de qualidade na Gestão de IES, onde fornece uma estrutura pensada para abordar as questões

de qualidade no Ensino Superior, tanto do ponto de vista da prestação de serviços como nos

valores existentes no processo de educação.

Mainardes e Domingues (2010) reforçam que é importante para os gestores de IES

medirem as expectativas de seus alunos quanto à gestão da instituição. Segundo eles, a visão

do aluno quanto às suas percepções do que seja uma administração de qualidade é muito

importante.

Pereira e Forte (2006) afirmam que na gestão estratégica de uma IES é muito

importante atrair e reter excelentes profissionais que entendem deste tipo de negócio; manter a

qualidade dos produtos e serviços; tomar decisões com base nas informações e necessidades

existentes entre os clientes internos e externos; compreender o mercado e posicionar-se;

realizar as atividades de maneira ambientalmente responsável; organizar e agilizar os

processos estrategicamente; além de inovar constantemente.

Ainda tratando sobre a retenção de profissionais, Rowe e Bastos (2010) verificaram

que quanto mais o docente investe tempo e dinheiro em sua carreira, maior será sua produção

acadêmica. Em consequência, maior será seu preparo para lecionar.

A inovação também é um fator citado por Apgaua, Berndt e Oliveira (2006) quando

citam ações estratégicas para as IES. Além disso, orientam as IES a possuírem mais alunos

com o mesmo perfil dos atuais; a reduzirem seus preços a partir da redução e otimização dos

custos em toda a suas estrutura; a ampliarem geograficamente seus câmpus com novas

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unidades; a desenvolverem novos formatos de produtos existentes para outros tipos de

clientes e a diversificarem sua cartela de produtos e serviços.

No que se refere ao fator humano, Mainardes (2007) destaca que os professores

precisam ser carismáticos e possuir didática; pessoas responsáveis pelo atendimento devem

possuir empatia e gostar do que fazem, gostar de trabalhar com o público; que os funcionários

de setores de apoio sejam proativos e se interessem em ajudar os outros, resolvendo seus

problemas. Afinal, tudo faz parte de um processo que, quando realizado por pessoas que não

gostam do que fazem, pode acarretar sérios problemas no seu desenvolvimento e em seu

resultado final.

O Quadro 2 apresenta os referenciais teóricos encontrados a partir do Portal da

Capes, em dissertações, teses e artigos publicados em eventos da área de Ciências Sociais

Aplicadas, nas bases de dados Emerald e Scielo.

Autor Título Resultados

Mainardes e Domingues (2010)

A qualidade da administração das instituições de ensino superior: um estudo multicaso em instituições privadas que oferecem cursos de graduação em Administração em Joinville, SC

A administração geral das IES e o compromisso da direção das IES com os serviços educacionais prestados pelas instituições pesquisadas são os atributos-chave para a percepção dos alunos quanto à qualidade da administração de uma IES.

Davies, Douglas e Douglas (2007)

The effect of academic culture on the implementation of the EFQM Excellence Model in UK universities.

Constatou-se que há necessidade de uma compreensão da cultura de uma organização, pois, foi considerada crucial para a implementação de programas de qualidade nas IES.

Srikanthan e Dalrymple (2007)

A conceptual overview of a holistic model for quality in higher education

Foi proposto o desenvolvimento de um modelo de qualidade na gestão de instituições de ensino superior abordando tanto o serviço e educação.

Apgaua, Berndt e Oliveira (2006).

Contribuições às estratégias competitivas das IES: a aprendizagem na visão de gestores e discentes de administração.

O foco dos alunos está no processo da aula e não no seu resultado. Para algumas escolas uma boa aula está relacionada à atuação dos professores e em outras escolas à atuação dos alunos. Foram constatados alguns fatores que representam ponto de partida para mudanças em estratégias competitivas das IES.

Senhoras, Takeuchi e Takeuchi (2006)

Análise Estrutural do Ensino Superior Privado sob Perspectiva

A expansão recente da oferta no ensino superior privado parece ocupar parcela significativa do mercado. Começam a aparecer os primeiros sinais de intensificação da concorrência.

Continua...

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29

...continuação.

Noriler e Andrade (2005)

A teoria dos recursos e capacidades na FURB e na Universidade do Vale do Itajaí, SC, Brasil

Para a formulação de estratégias em determinadas funções a teoria dos recursos e capacidades já vem sendo utilizada. Já em outras funções, o enfoque externo é mais utilizado pelas universidades pesquisadas.

Meyer, Sermann e Mangolin (2004)

Planejamento e gestão estratégica: viabilidade nas IES.

O planejamento estratégico é instrumento fundamental para que as IES possam sobreviver num ambiente de mudanças rápidas, intensa competição e desafios. Para tanto é preciso que o planejamento seja materializado nas diversas áreas que compõem estas instituições.

Andrade (2003)

Las instituciones universitarias como organizaciones complejas: análisis comparativo de instrumentos de planificación y gestión.

As estratégias globais das universidades são um ciclo "de influência" entre a gestão e suas diversas unidades. As orientações gerais ou mecanismos de controle provém da alta administração e cada unidade desenvolve seus próprios processos de formulação de estratégias e gestão descentralizada.

Palacio, Meneses e Pérez (2002)

The configuration of the university image and its relationship with the satisfaction of students.

As imagens cognitivas e afetivas influenciam significativamente e estatisticamente na satisfação dos alunos da Universidade.

Tontini e Esteves (1996)

A qualidade total nas universidades. Para terem sucesso no longo prazo, as IES devem administrar a qualidade de maneira estratégica, agregando valor para o cliente.

Quadro 2 - Referenciais teóricos encontrados na área de Gestão de IES Fonte: Dados da pesquisa (2010).

2.2 MARKETING EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

Os conceitos de Marketing serão apresentados a seguir bem como os conceitos a

aplicações voltados ao Marketing em Instituições de Ensino Superior.

Richers (1985) define que marketing também compreende as atividades sistemáticas

de uma organização humana voltada à busca e realização de trocas para com o seu meio

ambiente, visando benefícios específicos. A palavra Marketing é falada no Brasil com muita

facilidade e faz parte do vocabulário de muitas pessoas, chegando ao ponto de ser tão falada

quanto às palavras democracia e goiabada.

A definição de marketing, segundo Silveira (1989) é como um processo gerencial,

composto por ações planejadas pela organização, de forma a atender as necessidades e

interesses do mercado; criar uma relação de trocas voluntárias de valores com esse mercado e

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contribuir para que a organização tenha sua sobrevivência e desenvolvimento em longo prazo

garantidos.

Uma sinopse da evolução das definições de marketing apresenta-se no Quadro 3 a

seguir:

Ano Definição de marketing

1960 Marketing é o desempenho das atividades de negócios que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou utilizador

1965 Estrutura da demanda para bens econômicos e serviços que era antecipada ou abrangida e satisfeita através da concepção, promoção, troca e distribuição física de bens e serviços.

1969 Abrange também as instituições não lucrativas, que deveria levar em conta as mudanças verificadas nas relações sociais e em contrapartida, limitar-se às atividades que resultam em transações de mercado.

1974 Argumentava-se o reaparecimento breve da palavra Marketing com outro nome, considerando que este abrangia atividades econômicas e não econômicas.

1978 Processo de descoberta e interpretação das necessidades e desejos do consumidor para as especificações de produto e serviço.

1997 Definição do processo de planejamento e execução desde a concepção, preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos de pessoas e de organizações

Quadro 1 - Sinopse da evolução das definições de marketing. Fonte: COBRA, Marcos Henrique Nogueira. Marketing básico: uma perspectiva brasileira. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1997

Kotler (2003, p. 3) afirma que marketing é “um processo administrativo e social pelo

qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam, por meio da criação, oferta, troca

de produtos e valor com os outros”. O autor também ressalta que o Marketing não é a arte de

descobrir maneiras inteligentes de descartar-se do que foi produzido, mas sim de criar valor

genuíno para os clientes, de ajudá-los a tornarem-se melhores através de palavras-chave como

qualidade, serviços e valor.

No tocante às pesquisas sobre Marketing em Instituições de Ensino Superior verifica-

se que elas tiveram um crescimento significativo na década de 90, a partir da divulgação da

Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A seguir, apresenta-se Quadro 4 com estudos

encontrados por intermédio do Portal da Capes, em bases de dados na área de Ciências

Sociais Aplicadas como Emerald e Scielo para construção do referencial teórico sobre esta

área:

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Autor Título Resultados

Ramachandran (2010)

Marketing framework in higher education: addressing aspirations of students beyond conventional tenets of selling products

As estruturas de marketing não podem ser transplantadas para as IES, pois, elas caracterizam-se por um setor único, onde existem princípios de auto-governo e liberdade acadêmica.

Gomes (2009) Plano e Planejamento de Marketing em Instituições de Ensino Superior no Sul do Brasil

Das 42 IES do Sul do Brasil pesquisadas, apenas 13 (31%) utilizam o planejamento e o plano de marketing.

Ikeda e Veludo-de-Oliveira (2006)

A teoria de meios-fim: uma aplicação em marketing educacional.

O significado baseia-se nas interações com colegas e professores, diante da possibilidade de discutir conhecimentos, projetos profissionais e até mesmo a vida pessoal.

Seeman e O’hara (2006)

Customer relationship management in higher education using information systems to improve the student-school relationship

Visualizando alunos como clientes é possível conseguir uma vantagem competitiva e melhorar a capacidade de uma faculdade de atrair, reter e servir seus clientes.

Bronnemann e Silveira (2004)

Marketing em instituições de ensino superior: a promoção do processo seletivo

Alguns fatores são considerados preponderantes aos alunos, a exemplo de professores com mestrado e doutorado, além da própria estrutura física da instituição.

Becker (2004)

Marketing de instituições privadas de ensino superior: fatores influenciadores na atratividade dos cursos de administração na Região do Extremo-Oeste do Estado do Paraná, Brasil

As instituições preocupam-se com o planejamento formal das atividades de marketing e as propagandas são visualizadas pela grande maioria dos acadêmicos, porém representam pouca influência no momento da escolha da instituição.

Laux (2002) Estratégias de Marketing das IES do Sistema ACAFE

As estratégias das IES resumem-se a campanhas publicitárias e de relações públicas.

Shattock (2000) Strategic management in european universities in an age of increasing institutional self reliance.

As universidade precisam ter uma visão geral de suas atividades e o planejamento deve ser realizado de forma integrada, para que as forças institucionais sejam fortalecidas.

Hugstad (1997) Marketing the Marketing Major

O desenvolvimento de planos de marketing e de alianças estratégicas entre os departamentos de marketing e outros departamentos e unidades da IES, tanto no câmpus quanto fora da Universidade, são ações eficazes no mercado.

Quadro 2 - Principais referenciais teóricos sobre Marketing de Instituições de Ensino Superior. Fonte: Dados da pesquisa (2011).

2.2.1 Conceitos de Marketing para Instituições de Ensino Superior

Manes (1997, p. 45) esclarece que o marketing educacional é “O processo de

investigação das necessidades sociais de aprendizagem, de modo a orientar e desenvolver

programas educativos que as satisfaçam”.

Kotler e Fox (1994) destacam três questões importantes para definição da missão da

IES. A primeira refere-se aos grupos de consumidores, às pessoas a quem deve ser atendido

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na instituição; a segunda refere-se às necessidades destes consumidores e a terceira às

tecnologias que devem sem implantadas, a fim de atender as necessidades destes

consumidores. Para estes autores, em geral, a IES precisa oferecer recursos tangíveis e

intangíveis para sobreviver no mercado.

Carvalho e Berbel (2001) esclarecem que o marketing educacional é a aplicação de

conceitos e técnicas de marketing (como pesquisa e sistemas de informação, processos

estratégicos de segmentação e posicionamento e administração do composto de marketing)

que visam à manutenção e conquista de alunos nos mercados escolhidos. Reforçam ainda que

um dos papéis do marketing educacional seja estabelecer compromisso e ação responsáveis,

que estejam de acordo com os benefícios sociais que a gestão das IES deve promover.

De acordo com Bastos Filho (2004), o marketing é utilizado pela gestão da IES como

uma ferramenta para aproveitar seus recursos e possibilitar utilizá-los para atração e

atendimento dos desejos de seus clientes. O autor reforça que o papel do marketing é servir de

instrumento para que o administrador educacional trabalhe com o seu público-alvo por meio

de cursos e serviços, assim como descubra novos mercados e potenciais oportunidades de

investimentos (BASTOS FILHO, 2004).

2.2.2 Aplicações de Marketing para Instituições de Ensino Superior

Em 1986, década anterior ao início da competição pelo mercado educacional,

Martins (1986) desenvolveu um estudo onde identificou a importância do marketing

educacional ser aplicado e das IES estarem preparadas para aproveitar as oportunidades de

mercado. Porém, também identificou algumas dificuldades das IES em aplicá-lo, seja pela

falta de profissionais capacitados, pela falta de ações mais planejadas ou até mesmo pela falta

de preparo para aplicação das estratégias criadas.

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Ávila (1990) percebe que tanto em IES públicas quanto em privadas, dificilmente

existiam departamentos de marketing. Desta forma, instituições que tivessem o interesse de

montar em sua estrutura este tipo de setor, seriam oportunistas, ao mesmo tempo em que se

tornariam dinâmicas, pois, estariam realizando ações mais próximas da comunidade.

Almeida (1994) pesquisa e detalha a importância de ações de marketing educacional

para conquista e manutenção de clientes, por meio da definição dos objetivos da instituição,

treinamento de funcionários, melhoria da comunicação tanto com o público interno quanto

com a comunidade, bem como a qualidade dos produtos a serem oferecidos pela IES.

Sob uma ótica mercadológica, Sirvanci (1996) esclarece diferenças entre clientes e

alunos. Segundo o autor, os clientes adquirem bens e serviços livremente e não possuem

restrições de venda baseadas em atributos pessoais. Nas IES, entretanto, há uma restrição na

admissão de alunos, ou seja, existem processos de seleção para as vagas determinadas, mesmo

que os candidatos concordem em pagar o preço solicitado. Os clientes geralmente fazem o

pagamento dos produtos que compram com seu próprio recurso. Os alunos, porém, nem

sempre usam seu próprio recurso para pagar sua educação superior, tendo em vista que podem

ter o custo subsidiado por outras formas como bolsas oportunizadas pelo governo ou pela

contribuição da própria família. Clientes não têm a necessidade de mostrar mérito e

elegibilidade diante do produto ou serviço que compram. Alunos são continuamente cobrados,

testados e certificados com notas, sendo que, uma vez reprovados, obrigam-se a repetir um

curso ou disciplina, ou impedidos de prosseguir, mesmo que tenham pago.

Cidral (1999) enfatiza o ambiente competitivo que se formou na área acadêmica e

apresenta uma proposta considerando a educação, o conhecimento e a tecnologia, como focos

de melhoria e de ações de marketing educacional para cada IES. O autor defende que

“Marketing Educacional é um conjunto de atividades que visam a utilizar a filosofia de

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marketing no meio educacional, satisfazendo o público-alvo que demanda por conhecimento”

(CIDRAL, 1999, p. 114).

Outros autores também se dedicaram a estudar o uso das ferramentas de marketing

pelas IES, considerando que o aluno é um cliente e pressupondo que as IES devem ter sua

atuação no mercado, baseada nas mesmas estratégias de outras empresas que atuam em

mercados altamente competitivos. Entre os autores brasileiros cita-se Werneck (2000); Fortes

(2001); Froemming (2001); Bronnemann (2002); Armoni (2004); Perfeito et al (2004);

Shimoyama (2006); e entre os autores estrangeiros cita-se Hugstad (1997); Klassen (2000);

Clayson; Haley (2005).

Albieri (1999) defende que uma organização bem sucedida deve realizar um trabalho

melhor que sua concorrência, principalmente quando se trata da satisfação dos clientes. Desta

forma, as estratégias de marketing devem ser planejadas de forma que atendam as

necessidades dos clientes e, ao mesmo tempo, estejam à frente das estratégias adotadas pelos

concorrentes. Neste último item, Kotler e Fox (1994) afirmam a IES deve comparar

frequentemente seus produtos, preços, canais de distribuição e promoções com o de seus

concorrentes mais próximos.

Cidral (1999) explica que as atividades de marketing podem ser direcionadas para o

lado estratégico ou para o lado operacional. Segundo seus estudos, o autor defende que na

maioria das vezes, o marketing é direcionado para o lado tático, colocando em prática as

estratégias de negociação da empresa e seus objetivos de acordo com cada negócio.

Fortes (2001) atribui grande importância ao planejamento de marketing como

estratégia de posicionamento no mercado, haja visto o cenário competitivo que cresce cada

vez entre as IES.

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Lovelock e Wright (2001) defendem que os serviços são produzidos e consumidos ao

mesmo tempo e por isso, não se pode separá-los da pessoa que os fornece. Na realização de

uma aula, onde se encontram professor e alunos, há uma interação que permite o bom

desenvolvimento do serviço educacional. Se o professor é carismático e consegue ensinar o

assunto, automaticamente os alunos terão interesse pela matéria, farão uma série de

intervenções e de questionamentos para saber mais sobre o assunto e, por conseqüência,

sairão satisfeitos com o aprendizado. Do ponto de vista do professor, também ocorrerá uma

satisfação, pois, ele conseguiu cumprir seu papel de educador.

Segundo Yanaze (2001) o ambiente das Instituições de Ensino é identificado como o

próprio aluno, sua família, a comunidade, as empresas que absorvem a mão-de-obra por elas

formada e órgãos governamentais ligados ao MEC (Ministério da Educação e Cultura) que

precisam ser atendidos em suas expectativas e demandas.

Em estudo realizado por Laux (2002) concluiu-se que as instituições pesquisadas

carecem de um planejamento voltado para o Marketing e acabam confundindo com produção

gráfica de propaganda. Exemplo disso é detalhado por Boas (2008) onde explica que quando

as IES conseguem adentrar nas estruturas escolares, onde se encontra a maior parte de seu

público-alvo para os cursos de Graduação, não exploram as oportunidades como deveriam.

Levam apenas um estande que prima pela pobreza, um balcão, material informativo e de

comunicação visuais (banner) e promotores que geralmente não estão preparados para dar as

informações que o público realmente quer saber.

Laux (2002) ainda afirma que as ações de marketing realizadas pelas IES, analisadas

em seu estudo, e que visam o desenvolvimento de mercados e produtos, tiveram um resultado

muito tímido, embora que aproximadamente 75% das IES afirmaram possuir um

departamento ou divisão de Marketing. Outro dado preocupante é que apenas 55% das IES

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estudadas realiza pesquisas de mercado para definir seu público-alvo e apenas 36% elabora

um plano estratégico de marketing anualmente.

Figueiredo (2002) aponta que no mercado de marketing educacional poucas

instituições incorporam a abordagem de marketing e utilizam planejamento estratégico para se

destacarem no mercado. Isso se comprova pelo fato de que apenas 20% do universo

pesquisado possui diretoria de marketing, 60% possui departamento de comunicação e 20%

não tem um setor responsável pela divulgação de seus cursos e serviços.

Trevisan (2002, p. 102) observa: “Por maior esforço e melhor trabalho que os

profissionais de marketing façam, pouco valerá, se a instituição não tiver programas e

serviços de qualidade e que atendam às necessidades do público-alvo”. A autora ainda afirma

que a eficácia do marketing educacional está diretamente ligada a satisfação das necessidades

e desejos de sua clientela. Assim como há instituições que se preocupam com o seu mercado,

há aquelas que sequer se sensibilizam com o cenário competitivo que faz parte da realidade

das IES. Estas, por sua vez, caracterizam-se por organizações extremamente burocráticas, cuja

sobrevivência no mercado está fadada ao insucesso. Enquanto isso, aquelas que estão

preocupadas com seu público-alvo voltam-se frequentemente ao estudo do consumidor para

descobrir informações que lhes levem ao sucesso de suas estratégias.

Vasconcelos (2001) considera que a desenvoltura dos professores em sala de aula e

em todas as demais atividades que desempenham, é decisiva para o sucesso das estratégias de

marketing e para o alcance dos resultados esperados pela IES. Isso porque à medida que eles

consigam formar profissionais com competência de acordo com o que o mercado necessita, a

organização ganha credibilidade.

Araújo (2003) menciona que, de acordo com o Censo da Educação Superior,

produzido pelo MEC, a cada dia quatro cursos são criados no país, em um total de 14,4 mil

opções de graduação. Em cinco anos, esse número cresceu 107% sobre os 6.950 cursos

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oferecidos. Nesse período, foram criadas 664 instituições e 7.449 cursos, gerando uma

diminuição na relação candidato/vaga de 3,7 inscritos para 2,9 em 2002. Enquanto a disputa

aumentou na rede pública (de 7,7 candidatos em 1998 para 9,4 em 2002), nas faculdades

particulares ocorreu o inverso: o índice baixou de 2,2 para 1,6 inscritos por vaga. Mesmo

assim o MEC autorizou a abertura de 50 instituições, que ainda não entraram em

funcionamento por falta de aluno.

Santos (2003, p. 38) afirma:

Marketing. Prefiro falar de marketing para escolas de forma conceitual por uma questão muito simples: ninguém pratica mais marketing no dia-a-dia do que os educadores e escolas particulares. Por uma razão óbvia: o aluno paga pela educação. E a concorrência é permanente e dura, o que resulta na constante melhoria do ensino. A escola crescente deve esta condição primeiramente à concorrência, em segundo lugar à qualificação e atualização de seus professores, depois à convivência diária com a família e com os educandos, em quarto, ao conteúdo e formas didáticas atualizadas e, por último, ao sonho e à ação permanente de criar cidadãos preparados para a vida no futuro profissional e pessoal. Quem atesta essa qualidade é a procura de alunos e a qualificação perante as demais escolas. E é exatamente isso que dá diferenciação à escola, sua contribuição particular e única, que deve sempre ser buscada e atualizada, que dá nome à instituição e forma sua identidade.

Rodrigues (2004) observa que a partir do momento em que a IES possui contatos

com um determinado mercado, deve comprometer-se com a realização do marketing para

atingir os seus objetivos quanto à satisfação do mercado e atendimento de suas expectativas.

Entretanto, Perfeito et al (2004) lembram que no contexto das IES, esta realidade de

marketing não possui total aceitação. “Por mais que se busque sistematizar a aplicação de

marketing em IES, ainda existem pessoas ligadas à área educacional que não aceitam e

mesmo rejeitam a idéia de adoção de marketing neste ambiente, afirmando que marketing é

incompatível com a missão educacional” (PERFEITO et al., 2004, p. 4).

Holanda Jr., Farias e Gomes (2006) realizaram um estudo e identificaram valores

mais importantes para os clientes de uma IES e que devem ser abordados em ações de

marketing. São eles: opinião do cliente; percepção das tendências de mercado ao tratar da

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profissão; exemplos de profissionais bem sucedidos; vocação profissional do aluno; estrutura

física oferecida; serviços que são prestados e a localização da IES.

Ikeda e Veludo-de-Oliveira (2006) defendem que os serviços educacionais são um

tipo especial de serviço e que administrá-los acarreta grandes desafios. Tanto a sociedade,

quanto o governo, as organizações, as famílias, os alunos, ex-alunos e também as pessoas que

procuram por vagas são públicos que realizam trocas com a instituição de ensino e que estão

ligadas a ela por interações de marketing. “Zelar pela troca estabelecida com cada um desses

públicos e pelo atendimento de suas necessidades e interesses é função da área de marketing”

(IKEDA; VELUDO-DE-OLIVEIRA, 2006, p. 23).

Seeman e O’Hara (2006) afirmam que hoje os jovens têm uma grande variedade de

escolha em ensino superior, podendo optar entre instituições tradicionais, escolas de

tecnologias ou instituições que ofereçam ensino a distância; e que as Instituições de Ensino

Superior devem pesquisar o que estes jovens buscam e cada vez mais criar estratégias de

comunicação.

Ramachandran (2010) divulga em seus estudos que o papel dos setores de Marketing

da IES tem mudado seu foco para a busca de produtos para os alunos. Neste esforço, o

marketing tem envolvido inclusive a orientação para o mercado, no sentido de reeducá-lo,

com as novas demandas que os estudantes têm apresentado. O autor ainda observa que o

Marketing em IES é bastante diferente do marketing na área comercial. Ou seja, os produtos

são altamente intangíveis e possuem características bastante específicas.

Boas (2008) publica que a melhor forma de realizar o marketing para Instituições de

Ensino Superior é relacionamento. “Educação vem do relacionamento. Há muito de

relacionamento em marketing para instituições de ensino. Fazer marketing para essas

empresas é, portanto, fazer educação em sua essência” (2008, p. 45).

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Mc.Kenna (1992) alerta para a importância do marketing de relacionamento, ao

afirmar: “Ao invés de coletar números, as empresas deveriam estar atentas às necessidades,

problemas, frustrações e desejos dos clientes. Seus comentários não se traduzem em gráficos,

mas a empresa que estiver atenta a eles terá uma melhor compreensão dos clientes e do

mercado” (1992, p.146).

Lanser (2004) define o marketing de relacionamento como uma área que elabora

estratégias para o desenvolvimento de relações com os clientes e demais públicos de uma

organização, o que permite desenvolver também produtos mais competitivos, que estejam de

acordo com a visão de qualidade dos clientes, e sustentem uma situação diferenciada para a

organização no mercado.

2.3 ATRIBUTOS DE ATRAÇÃO

O estudo sobre os fatores e atração de alunos na escolha de uma IES vem sendo

realizado no Brasil por alguns autores (CORBUCCI, 2002; QUEIROZ, 2003; PERFEITO et

al., 2004; FORTES, 2001; FROEMMING, 2001; MAINARDES, 2007; entre outros).

Valette-Florence e Rapachi (1991) e Gengler, Mulvey e Oglethorpe (1999) definem

atributos como características ou aspectos relativamente concretos que representam produtos

ou serviços, como aquilo que está no produto real.

Woodruff e Gardial (1996) e Botschen, Thelen e Pieters (1999) complementam que

atributos podem ser comportamentos preferidos, procurados e descritos pelos consumidores.

Lin (2002) defende que os atributos variam de questões concretas até abstratas, sendo

que esta defesa fora estudada por Valette-Florence e Rapacchi (1991) e muito utilizada para

explicar a diferença entre características que realmente fazem parte do produto e

características conferidas ao produto por conta de atributos concretos.

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Vriens e Hofstede (2000) esclarecem que os atributos concretos são características

físicas que se pode observar em um produto, como preço, cor, peso, etc.

Lin (2002) define atributos abstratos como características relativamente intangíveis,

como estilo e marca. Outros autores também citam a qualidade percebida como um atributo

abstrato (BOTSCHEN; THELEN; PIETERS, 1999; LEÃO, MELLO, 2001).

Ainda tratando de atributos abstratos, Stafford (1994) apud Carvalho (2001) estudou

a teoria de valores de consumo e concluiu que existem cinco valores específicos: (1) o valor

funcional, que gera expectativas nos alunos para o sucesso com futuros empregos; (2) o valor

social, onde as amizades e grupos de contatos possam ser mantidos; (3) o valor emocional

atribuído ao gosto pela área de estudo; (4) o valor epistêmico, representado por um novo e

interessante conteúdo do curso; (5) o valor condicional ou as condições impostas pela IES

para conquista do grau acadêmico.

Ihlanfelt apud Kotler e Fox (1994) descrevem as fontes de informação que

influenciam os jovens no momento da escolha por uma IES. Segundo o autor, algumas fontes

de influência direta são os amigos, professores e demais pessoas de convivência dentro da

escola de ensino médio e pessoas que já concluíram sua graduação e servem como referência

para estes jovens. Entre os fatores de influência indireta, encontram-se os ex-alunos da escola,

os setores e professores da Universidade e seus diversos tipos de atendimento, além dos

familiares.

Slack et al. (1999) atribuem o grau de participação e integração do cliente como fator

importante em sua tomada de decisão. Para os autores, a partir da interação com os

componentes situacionais, o consumidor percebe a utilidade ou a inutilidade dos serviços ou

dos elementos envolvidos. A construção das preferências e a tomada de decisão, portanto,

podem ser expressas por meio de critérios de abordagem e rejeição.

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Overby (2000) detalha as classificações científicas do conceito valor, com seus

respectivos autores, que podem ser utilizadas em vários momentos como atributo de atração.

Em seu estudo, identifica quatro classificações: (1) valor como transação-específica obtida em

uma transação; (2) qualidade condicionada ao preço; (3) valor que depende da utilidade, do

sacrifício desempenhado; (4) valor como experiência interativa, altamente influenciado pela

situação.

Mund, Durieux e Tontini (2001) elencam alguns fatores de atração de alunos como a

proximidade da IES trabalho ou à residência do candidato; o ensino de qualidade; as ações de

comunicação em campanhas; o preço da mensalidade; possibilidades de oportunidades

profissionais e facilidade no ingresso (vestibular). Os autores afirmam que a característica mais

valorizada de uma IES é o reconhecimento no mercado de trabalho e pela sociedade como uma

instituição de qualidade.

Palácio, Meneses e Pérez (2002) afirmam que a marca tem influência e deve ser

considerada como fator de decisão; a imagem externa que uma IES possui é importante e se

converte em vantagem competitiva; a imagem global é determinada por fatores cognitivos e,

principalmente fatores afetivos. Os autores ainda chamam atenção para as políticas de

comunicação e administração (PALÁCIO, MENESES e PÉREZ, 2002).

Neste sentido, Rowley (2003) observa que a imagem das IES transmitida pelos seus

próprios acadêmicos influencia na atração de novos alunos, em virtude de sua satisfação, da

reputação desta IES no mercado, do nível de comprometimento, entre outros fatores.

Alves (2003) complementa as considerações de Rowley (2003) afirmando que os

fatores que mais influenciam a imagem de uma IES são os professores; ementas do curso;

qualidade do ensino; reputação na região; preço; facilidade para concluir a Graduação;

preparação para o mercado e colocação no emprego; importância atribuída na realização de

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atividades extracurriculares; localização; ambiente acadêmico; atendimento pessoal atribuído

ao aluno; posicionamento; ética e responsabilidade social da IES.

Corbucci (2002) e Queiroz (2003) elaboraram um estudo sobre os cinco principais

motivos de escolha de cursos e IES:

(a) escolha da IES e curso por meio de questões subjetivas; como motivos culturais;

de tradição; identificação; por acharem que a carreira será promissora; que haverá boa

empregabilidade; que o curso está em alta no momento ou curso da “moda”; ou ainda pelo

fato de serem tradicionais, como é o caso de Direito, Medicina, Psicologia, Administração,

entre outros;

(b) a qualidade da IES, onde o fator mais importante é o estabelecimento da IES no

mercado, a tradição, número de professores com formações de alto nível, reputação, entre

outros fatores;

(c) a renda familiar e os custos que determinados cursos e IES possuem, fazem com

que muitas pessoas interessadas em adquirir serviços educacionais não tenham condições de

pagar por eles;

(d) as dificuldades geográficas, que limitam o acesso a cursos e instituições e fazem

com que o aluno interessado condicione-se a optar por uma IES de sua região;

(e) o fato dos custos de mensalidades serem muitas vezes altos, faz com que a

maioria dos interessados procure por cursos e IES públicas e somente após se esgotar esse

“serviço escasso” é que muitos demandantes de ensino superior procuram uma IES privada.

Alfinito e Granemann (2003) realizaram estudo com pessoas que prestavam

vestibular e identificaram que a infra-estrutura e instalações, tradição ou status da IES, cursos

oferecidos e proximidade de casa ou do trabalho são os atributos mais atrativos, do ponto de

vista dos respondentes.

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Bronnemann e Silveira (2004) identificaram que as possibilidades de empregos; a

imagem da IES; benefícios que os serviços educacionais oferecem; qualificação e titulação

dos professores; infra-estrutura e biblioteca; possibilidade de realização profissional;

reconhecimento da IES na região onde atua; localização; facilidade em realizar estágios;

recomendação de amigos, familiares e/ou profissionais da área, são fatores considerados

importantes e fundamentais na escolha de uma IES. Já as campanhas publicitárias da IES e os

valores de mensalidade não foram considerados fatores de influência na escolha por uma IES.

Perfeito et al. (2004) perceberam que poucas ações são realizadas com os

professores, coordenadores e funcionários das IES, a fim de informá-los sobre as estratégias

adotadas pelo setor de marketing na captação de alunos. Assim, este público, que está

diretamente envolvido em várias destas ações, não possui informações suficientes, o que pode

prejudicar na esperada colaboração deles para o êxito das ações de atratividade dos novos

acadêmicos.

Becker (2004) esclarece que os professores e funcionários de uma IES devem receber

orientações frequentes sobre a importância de seu envolvimento e de suas responsabilidades

diante das ações de marketing planejadas. Isto porque serão estas pessoas que terão contato

direto com os acadêmicos e com as demais pessoas que a IES pretende conquistar.

Cerchiaro e Mota (2010) verificaram que o desempenho dos professores em sala de

aula e a relação entre professor e aluno exercem grande influência na percepção da qualidade

dos serviços prestados pela IES, o que implica dizer que a qualificação dos professores é

apenas uma das questões que o aluno avalia quando está em sala de aula, porém, que deve

possuir grande atenção por parte dos gestores.

Voss, Gruber e Reppel (2010) verificaram que os docentes devem estar abertos a

sugestões e críticas e em abordar temas no currículo que são interessantes para que os alunos

se preparem para desempenhar suas profissões. Os professores podem, por exemplo, dar

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tarefas que são diretamente relevantes para o trabalho e usar estudos de casos que instiguem o

desenvolvimento de soluções para os problemas apresentados. Outra sugestão dada foi

incentivar que professores estabeleçam uma relação entre a teoria e a prática, convidando

profissionais que estejam dispostos a compartilhar experiências valiosas com os estudantes.

Perfeito et al. (2004, p.12) constataram que:

(...) a influência da família ou dos amigos tem peso praticamente igual na escolha pela IES, assim como a facilidade de acesso ou os equipamentos colocados à disposição dos alunos. A realização de um vestibular fácil e humanizado e o preço das mensalidades também se apresentou com pouco poder de influência, assim como a realização de trabalhos em prol da comunidade. Este último considerado importante pelos diretores surte pouca influencia na opinião dos acadêmicos, o que pode revelar que não há um aproveitamento efetivo dos trabalhos realizados, de modo a transformá-los em fatores de atratividade de acadêmicos.

Lanser (2004) cita três dimensões que podem ser caracterizadas como fatores de

atração: estrutura física, financeira e humana. A estrutura física da IES é composta pelo

espaço físico (salas, móveis), equipamentos (computadores, máquinas) e a tecnologia

(softwares disponíveis). A estrutura financeira envolve os recursos que a IES dispõe que

podem ser próprios ou oriundos de doações ou de outras fontes, tais como investimentos de

terceiros ou parcerias. A estrutura humana é formada pelas pessoas e, acima de tudo, pela

qualidade e motivação que desenvolvem suas atividades, pelo interesse que possuem por suas

responsabilidades, pelo conhecimento que dispõem para exercer sua função, e pela cultura

que predomina no ambiente de trabalho.

Becker (2004) verificou que o atributo mais importante na escolha de uma IES para

realização de um curso de Administração é a qualificação dos docentes.

Walter, Tontini e Domingues (2005) mencionam diversos atributos de atração de

alunos, mas observam que eles realmente serão relevantes a partir da comprovação da

qualidade nos diversos serviços prestados pela IES. Afirmam que a qualidade nos serviços de

uma IES, bem como sua imagem, é definida com o desempenho dos seus alunos no mercado

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de trabalho. Os autores lembram que “o mercado educacional aproxima-se cada vez mais de

um mercado onde a qualidade dos serviços e a satisfação dos clientes são fundamentais para a

sobrevivência das IES” (WALTER; TONTINI; DOMINGUES, 2005, p. 1).

Thies et al. (2005) identifica fatores de atração para Cursos Superiores de

Administração. Dentre os resultados, destacam-se a expectativa de conhecimento teórico a ser

adquirido durante o curso; as possibilidades de palestras e eventos do gênero; as amizades; a

estrutura da biblioteca; o relacionamento com professores; o conhecimento prático a ser

adquirido; a qualificação do corpo docente; a infra-estrutura; o incentivo à realização de

pesquisas e participação em seminários.

Seeman e O’Hara (2006) observam em seus estudos que a reputação da IES tem sido

o principal atributo de atração de alunos, seguidos por questões relativas à empregabilidade.

Holanda Jr., Farias e Gomes (2006) também identificaram em seu estudo a importância que os

respondentes atribuem à questão da empregabilidade na área de Administração. Para eles,

conquistar uma carreira de sucesso é muito importante e o diploma de nível superior é o meio

utilizado para esta conquista. Em seguida, os demais fatores envolvem as tendências

existentes no mercado; exemplos de profissionais bem-sucedidos; vocação do aluno em

determinada área e sua opinião quanto à escolha do curso e instituição. Entretanto, fatores

como estrutura física; serviços prestados pela IES; preços de mensalidade; qualificação do

corpo docente; reconhecimento dos cursos, por parte do MEC; e localização são considerados

atrativos, mas não decisivos.

Miranda e Domingues (2006, p. 9) verificaram que:

(...) a decisão por uma IES para se cursar administração não é motivada por uma característica isolada do serviço educacional. Se a motivação for preço, por exemplo, mas a instituição estiver a horas de distância da casa ou trabalho do interessado, esta possivelmente deixará de ser a sua opção. Por outro lado, se a IES estiver do lado do local de trabalho, mas não oferecer um preço adequado, também poderá não ser a escolhida.

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Além disso, Cerchiaro e Mota (2010) observam que a qualidade do ensino percebida

pelos alunos vai desde o desempenho dos docentes em sala de aula, passando pela relação

entre eles e os discentes e culminando na aplicação da teoria aprendida com a prática, através

do intercâmbio entre a IES e o mercado de trabalho. Se essa relação não ocorrer dentro das

expectativas dos alunos, existirá uma tendência deles manifestarem insatisfação e até mesmo

desistência do curso que escolheram.

Em se tratando da utilização de pesquisas científicas e tecnológicas como forma de

atrair estudantes, os autores Kobus e Liddy (2010) publicaram uma pesquisa realizada na

Austrália, onde defendem que o uso da ciência forense para divulgação das pesquisas

realizadas tem repercutido em resultados satisfatórios para a IES.

No tocante aos atributos estudados por autores nacionais e internacionais, elaborou-

se o Quadro 5, a partir do estudo de Mainardes (2007), acrescentando-se demais estudos na

área, a partir de dissertações, teses e artigos em revistas e eventos da área de Ciências Sociais

Aplicadas, encontrados por intermédio do Portal de Periódicos da Capes.

ATRIBUTOS DE ATRAÇÃO DE ALUNOS ATRIBUTOS IDENTIFICADOS AUTOR (ES)

Imagem e satisfação transmitida pelos alunos atuais

Parameswaran e Glowaka (1995); Yavas e Shemwell (1996); Landrum et al. (1998); Alves (1999); Alves (2000); Palácio, Meneses e Pérez (2002; Rowley (2003); Hides, Davies e Jackson (2004); Piñol (2004); Perfeito et al. (2004); Alves (2010); Mainardes (2007).

Reputação e visibilidade da IES no mercado

Alves (2000); Carvalho (2001); Mund, Duriex e Tontini (2001); Alves (2000); Rowley (2003); Bronnemann e Silveira (2004); Seemann e O’Hara (2006); Mainardes (2007); Meneghelli, Ferreira e Domingues (2009); Cerchiaro e Mota (2010); Mainardes e Domingues (2010); Voss, Gruber e Reppel (2010).

Resultados de pesquisa de opinião pública

Franco (2000); Palácio, Meneses e Pérez (2002; Holanda Jr; Farias e Gomes (2006).

Tradição ou status da IES Franco (2000); Carvalho (2001); Alfinito e Granemann (2003; Piñol (2004b); Holanda Jr; Farias e Gomes (2006); Mainardes (2007).

Qualidade no Ensino/Aprendizagem Franco (2000); Mund, Duriex e Tontini (2001); Alves (2000); Hides, Davies e Jackson (2004); Mainardes (2007); Cerchiaro e Mota (2010); Voss, Gruber e Reppel (2010).

Continua...

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47

...continuação.

Empregabilidade

Franco (2000); Carvalho (2001); Mund, Duriex e Tontini (2001); Alves (2000); Caetano e Silva (2004); Bronnemann e Silveira (2004); Silva (2005); Holanda Jr; Farias e Gomes (2006); Seemann e O’Hara (2006); Mainardes (2007); Meneghelli, Ferreira e Domingues (2009); Cerchiaro e Mota (2010); Voss, Gruber e Reppel (2010).

Equipe pedagógica

Carvalho (2001); Mund, Duriex e Tontini (2001); Palácio, Meneses e Pérez (2002; Alves (2003); Piñol (2004b); Perfeito et al. (2004); Bronnemann e Silveira (2004); Thies et al (2005); Lima (2006); Holanda Jr; Farias e Gomes (2006).

Imagem funcional (tangível) e emocional (sentimentos e atitudes)

Carvalho (2001); Palácio, Meneses e Pérez (2002; Trevisan (2002); Piñol (2004b); Bronnemann e Silveira (2004); Mainardes (2007).

Proximidade de casa ou do trabalho

Carvalho (2001); Mund, Duriex e Tontini (2001); Granemann (2003); Bronnemann e Silveira (2004); Perfeito et al. (2004); Holanda Jr; Farias e Gomes (2006); Mainardes (2007); Meneghelli, Ferreira e Domingues (2009).

Infra-estrutura e instalações Carvalho (2001); Mund, Duriex e Tontini (2001); Trevisan (2002); Alfinito e Granemann (2003); Caetano e Silva (2004); Perfeito et al. (2004); ); Bronnemann e Silveira (2004); Thies et al (2005); Holanda Jr; Farias e Gomes (2006); Mainardes (2007); Mainardes e Domingues (2010).

Práticas pedagógicas e administrativas Carvalho (2001); Mund, Duriex e Tontini (2001); Alves (2003); Alfinito e Granemann (2003); Hides, Davies e Jackson (2004); Piñol (2004b); Anderson (2005); Ciurana e Leal Filho (2006); Mainardes (2007); Cerchiaro e Mota (2010); V Mainardes e Domingues (2010); Voss, Gruber e Reppel (2010).

Custo da mensalidade Carvalho (2001); Mund, Duriex e Tontini (2001); Palácio, Meneses e Pérez (2002; Alves (2003); Alfinito e Granemann (2003); Hides, Davies e Jackson (2004); Piñol (2004b); Perfeito et al. (2004); Bronnemann e Silveira (2004); Holanda Jr; Farias e Gomes (2006); Mainardes (2007); Mainardes e Domingues (2010); Meneghelli, Ferreira e Domingues (2009).

Aceitação da IES no mercado de trabalho

Mund, Duriex e Tontini (2001); Alfinito e Granemann (2003); Bronnemann e Silveira (2004); Mainardes (2007); Meneghelli, Ferreira e Domingues (2009); Cerchiaro e Mota (2010); Mainardes e Domingues (2010); Voss, Gruber e Reppel (2010).

Quadro 3 - Atributos de atração de alunos. Fonte: Adaptado a partir de Mainardes (2007).

2.4 O ESTUDANTE CONCLUINTE DO ENSINO MÉDIO E A ESCOLHA DE UMA

PROFISSÃO

Para caracterizar os alunos concluintes do Ensino Médio e identificar os principais

atributos que influenciam na escolha de uma profissão e posteriormente na escolha de um

Curso Superior utilizou-se pesquisas encontradas por intermédio do Portal da Capes, em

dissertações, teses e eventos nas bases de dados das áreas de Psicologia e Educação, conforme

Quadro 6.

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Autor Título Resultados

Bruno e Sorbello (2008) Escolha profissional: realidade das escolas públicas e privadas

A metade dos alunos das escolas pesquisadas mostrou uma indecisão profissional e falta de conhecimento sobre as diversas profissões.

Kober (2008) Tempo de decidir: produção da escolha profissional entre jovens do ensino médio

A necessidade de um curso superior para a inserção no mercado de trabalho é de tal forma incorporada pelos jovens entrevistados que todos pretendiam cursar uma carreira universitária.

Gastoldon (2007)

Escolha de profissão no Ensino Superior: a relação entre educação e a teoria do capital humano nesse processo – estudo de caso na cidade de Criciúma – SC

O adolescente possui grande dificuldade em escolher o curso superior como forma de investir em seu capital humano para realização profissional ou econômica futura.

Soares (2002) A escolha profissional: do jovem ao adulto

A análise ressaltou aspectos sobre a realidade do trabalho, os limites e as possibilidades de escolhas profissionais, que refletem a situação dos jovens.

Gengler, Mulvey e Oglethorpe (1999)

A means-end analysis of mother’s infant feeding choices

Os resultados de seu estudo podem auxiliar as campanhas de marketing, no que diz respeito a tangibilizar conceitos e atributos de produtos e serviços.

Quadro 4 -Estudos sobre os alunos concluintes do Ensino Médio e a escolha de uma profissão. Fonte: Dados da pesquisa (2009).

Lemos (2001) relata que para muitos adolescentes enfrentar o vestibular e o mundo

do trabalho é o desligamento da infância e o início da caminhada em um mundo adulto e

bastante desconhecido. Estes jovens se sentem despreparados para assumir tamanha

responsabilidade e a escolha de uma profissão aumenta ainda mais suas dúvidas, ora porque

precisam optar por algo que lhes reconheça profissionalmente ou que permita uma boa

remuneração, ora porque a variedade de profissões acaba criando dúvidas ainda maiores sobre

qual delas escolher.

Kober (2008) explica que a fase final do terceiro ano do Ensino Médio é um

momento onde os jovens vislumbram grandes mudanças nas suas vidas, pois, deixam de lado

uma fase de proteção para iniciar uma fase no mundo adulto, com mais responsabilidades,

mais liberdade e consequentes possibilidades. A autora também ressalta que as escolhas

ocorrem de acordo com as condições de existência dos jovens que as fazem e não apenas

ancoradas em talentos, vocações, gostos individuais ou como forma de lidar com objetos

internos de cada um.

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Gastoldon (2007) lembra que o momento de escolher por uma profissão ainda é

motivo de um grande conflito entre os adolescentes que terminam o ensino médio. As dúvidas

com relação a esta escolha são muito frequentes, afinal, para muitos ela deverá seguir para

toda a sua vida e, considerando que a maioria destes jovens possui entre 15 e 18 anos de

idade, esta responsabilidade torna-se muito grande.

Soares (2002) complementa que a escolha profissional realizada de acordo com os

desejos do jovem pode se tornar motivo de frustração, devido às dificuldades que ele terá de

enfrentar. A autora também relata outros tipos de dificuldades que podem ocorrer com as

escolhas dos jovens como: a frustração diante dos fatores econômicos, que lhe impedem de

seguir determinada profissão em virtude dos altos custos de formação; a escolha mediante

imposição dos pais, onde, na verdade, não é o que realmente querem; ou ainda a escolha sem

procurar por informações a respeito, que pode acarretar em decepções posteriores. Conclui

afirmando: “É preciso ter claro, então, que não existe uma escolha profissional única e

definitiva. O que vai existir sempre é uma escolha possível, dentro de determinadas

possibilidades e contingências”. (SOARES, 2002, p. 95).

Bianchetti (1996) esclarece que a escolha do jovem está baseada em experiências que

vivenciou e interferências que recebeu por intermédio de meios de comunicação; da escola,

entre tantos outros agentes influenciadores. Além de Bianchetti (1996) outros autores

defendem que existem muitos elementos na sociedade que definem e até influenciam a

escolha profissional, entre eles a família, a escola, os amigos, pares e professores e a mídia

(BOHOSLAVSKY, 1998; FILOMENO, 1997; MACEDO, 1998; BOCK, 2002;

RAPPAPORT, 2001; SOARES, 2002).

Ao tratar dos meios de comunicação social e da mídia em geral, Bock (2002)

comenta que os adolescentes cada vez mais são seduzidos por profissões da moda, em

virtudes das inúmeras informações que possuem acesso. Gastoldon (2007) reforça que a mídia

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exerce grande influência na escolha da profissão e cita exemplos de seriados ou novelas, onde

determinados personagens exercem suas profissões de maneira bem sucedida.

Em Bock (2002) afirma-se que a escolha do jovem tem a ver com recordações de

experiências e influências passadas sobre este assunto. Ou seja, de alguma forma a

convivência com amigos, com a família, com meios de comunicação, com as leituras e

pesquisas que já desenvolveu e até o convívio com professores permitem que se identifique

com determinada área e, em consequência, realize a sua escolha.

Santos (2005, p. 65) explica: “O processo de escolha de uma profissão é baseado na

realidade do adolescente, que vive em família e que convive com outros, seus pares; que

constrói a sua história sendo influenciado por seus pais e por terceiros; que tem que se decidir

e construir sua própria identidade”.

Galtoldon (2007) comenta sobre casos onde a família prefere não opinar e influenciar

o jovem em sua escolha. A autora reforça que o momento da escolha profissional acontece

muito cedo e que o fato do adolescente não possuir referências para sua escolha, pode

acarretar em dúvidas maiores ainda.

Cassiano (2007) e Gomes (2007) tratam dos professores como influenciadores no

processo de escolha de uma profissão. Em estudo realizado por Cassiano (2007) identificou-se

que 98% dos jovens de ensino médio pesquisados citaram seus professores como pessoas ou

instituições que mais confiavam. Além disso, neste mesmo estudo, a autora salienta a

importância de o professor mostrar suas experiências e a diversidade profissional que existe,

como fonte de informação e orientação aos jovens que ainda estão por descobrir estes

caminhos. Gomes (2007) diz que o compartilhamento de experiências garante aos alunos certa

tranquilidade e mostra que é possível atingir os objetivos e sonhos planejados.

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Bohoslavsky (1998) salienta que quando o jovem escolhe uma profissão, escolhe

também um sentido para sua vida, definindo com o quê pretende trabalhar; porque fazer

determinada atividade; como, quando e onde realizá-la. Lucchiari (1997) afirma que no fundo

o adolescente procura por uma profissão que permita realização pessoal e financeira, onde

alcançará todas as suas aspirações e sonhos.

Em pesquisa realizada por Kober (2008) distinguiu-se características entre alunos de

Ensino Médio de escolas privadas e de escolas públicas. Os alunos de escolas públicas

apresentaram maior independência e autonomia, quando questionados sobre a forma de se

deslocarem dentro da cidade. Esta independência mostrou que estes alunos também procuram

por empregos desde cedo e que este contato com o mercado de trabalho facilita suas escolhas.

Entretanto, a separação dos amigos mostrou-se para este público o fator mais difícil de ser

administrado nesta fase da vida, onde cada um seguirá seu caminho e dificilmente voltarão a

ser encontrar com tanta frequência.

Bruno e Sorbello (2008) constataram que há diferenças entre alunos de escolas

privadas e públicas, principalmente no tocante ao preparo para entrar na faculdade, apesar de

a forma para estar preparado para uma escolha profissional ser igual para ambos os públicos,

ou seja, procurando por informações. Entretanto 50% dos alunos de escolas privadas

apresentou um maior conhecimento das profissões, enquanto menos de 50% dos alunos de

escolas públicas mostrou este tipo de conhecimento.

Ehremberg e Smith (2000) apud MORETTO (2003) observam que a procura por um

Curso Superior que possibilite retornos favoráveis é cada vez mais analisada pelos alunos. Ou

seja, eles pesquisam os salários que profissionais recém-formados recebem; dados de

mercados e indicações de profissões mais rentáveis para seu futuro. Os autores também

defendem que a frequência à Universidade aumentará à medida que aumentar a diferença

entre os ganhos dos profissionais Graduados e os profissionais de nível técnico.

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Neste sentido, Kober (2008) considera que cada vez mais é preciso se qualificar e

que a carreira universitária é um dos caminhos para isto, daí a procura de ingressantes,

especialmente em IES privadas, nos últimos anos. Entretanto, a autora esclarece que

atualmente o diploma de Curso Superior não é suficiente para garantir a inserção dos jovens

no mercado de trabalho.

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3 MÉTODO DE PESQUISA

Para realização desse estudo, realizou-se uma busca nos principais eventos da área,

em dissertações e teses encontradas nas bases de dados Emerald e Scielo, do Portal de

Periódicos da Capes, com o foco nas seguintes palavras-chave: Gestão de Instituições de

Ensino Superior; Marketing Educacional; Atração de Alunos e Características dos alunos

concluintes do Ensino Médio. Como resultado, utilizou-se aproximadamente 35 estudos para

detalhar sobre Marketing em IES; 31 estudos sobre Gestão de Instituições de Ensino Superior;

15 estudos sobre Atração de Alunos e 17 estudos sobre Características dos alunos concluintes

do Ensino Médio.

No tocante ao método de pesquisa, aplicou-se os procedimentos metodológicos em

dois períodos distintos na vida dos estudantes: (a) enquanto concluintes do Ensino Médio e

posteriormente (b) como ingressantes nos Cursos de Graduação da FURB. Estas informações

são descritas nos itens subsequentes, que tratarão do delineamento da pesquisa e demais

detalhamentos sobre a descrição do método utilizado.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Como o objetivo deste estudo é analisar os atributos na decisão de escolha por

Cursos Superiores da FURB, na percepção de alunos ingressantes, optou-se por realizar uma

pesquisa quantitativa, que está diretamente ligada à abordagem do problema de pesquisa.

O método quantitativo, segundo Richardson (1999) caracteriza-se por empregar

quantificação tanto na coleta de informações, quanto no tratamento delas, por meio de

técnicas estatísticas, desde as mais simples, às mais complexas. Beuren et. al. (2009) destaca

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ainda que a pesquisa quantitativa tem a intensão de garantir a prescisão dos resultados e evitar

distorções de análise e interpretação.

No tocante aos objetivos, esta pesquisa pode ser caracterizada como descritiva uma

vez que se pretende descrever características dos alunos enquanto concluintes do Ensino

Médio e posteriormente como ingressantes em Cursos Superiores da FURB. Andrade (2002)

explica que a pesquisa descritiva preocupa-se em observar os fatos, registrá-los, análisá-los,

classificá-los e interpretá-los, sem a interferência do pesquisador.

Jung (2004) afirma que “o processo descritivo visa à identificação, registro e análise

das características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou processo”. Hair

et al. (2005) comenta que os estudos descritivos envolvem algumas atividades, como a criação

de dispositivos para coleta de dados, a própria coleta dados, a verificação dos erros, assim

como a codificação dos dados e seu armazenamento.

Quanto aos procedimentos a pesquisa são de levantamento ou survey, uma vez que se

caracterizam pela interrogação direta das pessoas que se deseja conhecer (GIL, 1999). O autor

complementa que neste tipo de pesquisa, realiza-se a solicitação de informações ao grupo de

pessoas que possui características e envolvimento com o problema estudado. Em seguida,

obtêm-se as conclusões conforme os dados coletados, por meio de métodos quantitativos de

análise.

Beuren et. al. (2009) afirma que na pesquisa feita por levantamento pode-se coletar

os dados com base numa amostra pertencente a um universo ou população que se pretende

investigar. Nesse caso, a autora observa que nenhuma amostra é perfeita, podendo variar o

grau de erro.

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3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

O presente estudo contou com a aplicação da pesquisa em dois períodos distintos da

vida dos estudantes, a fim de analisar suas percepções sobre o tema.

Na primeira aplicação da pesquisa o universo foi de 5.547 estudantes concluintes do

Ensino Médio do Vale do Itajaí no ano de 2009 e a amostra correspondeu a 3.706 deste total

de estudantes e foi definida a partir de um levantamento das principais escolas em que os

acadêmicos da FURB haviam concluído o Ensino Médio.

Na segunda aplicação da pesquisa o universo e também a amostra foram o total de

estudantes concluintes do Ensino Médio que haviam preenchido o questionário em 2009 e que

também haviam ingressado dos Cursos Superiores da FURB em 2010, perfazendo um total de

425 estudantes. Entretanto, apenas 209 participaram, em virtude dos demais não estarem

presentes na sala de aula, quando da aplicação dos questionários.

3.3 TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS

Para a coleta de dados utilizou-se um questionário estruturado com perguntas

qualitativas e também quantitativas, que foi aplicado com o mesmo público em dois períodos

conforme mencionado anteriormente.

O primeiro período consistiu na aplicação dos questionários com alunos concluintes

do Ensino Médio, durante o ano de 2009. O instrumento de coleta de dados foi um

questionário, conforme Apêndice A, composto por questões fechadas e abertas de

caracterização geral dos estudantes, escolha de Cursos Superiores e IES, assim como a

avaliação no que competia às suas expectativas, desempenho e importância de determinados

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atributos. Para aplicação dos questionários foram realizadas visitas em 51 escolas, de 13

cidades, do Vale do Itajaí. Os dados coletados a partir desse questionário foram utilizados

para responder ao primeiro e segundo objetivos específicos deste estudo, que diziam respeito

a:

a) Caracterizar os alunos que participaram da pesquisa.

b) Identificar os atributos considerados por estes alunos com maior avaliação para

escolha de Cursos Superiores na FURB, enquanto concluintes do Ensino Médio.

O outro período ocorreu entre os meses de maio e junho com os mesmos alunos que

haviam preenchido o questionário em 2009 e que também haviam ingressado dos Cursos

Superiores da FURB em 2010. O instrumento para coleta dos dados também foi um

questionário, com questões adaptadas para os ingressantes em Cursos Superiores da FURB,

conforme Apêndice B, cuja estrutura permaneceu igual a do primeiro período, porém, com

perguntas fechadas e focadas na escolha da FURB como Instituição de Ensino Superior para

estudar. Os dados coletados a partir desse questionário foram utilizados para responder aos

quatro últimos objetivos deste estudo, que diziam respeito a:

c) Verificar quais destes alunos ingressaram efetivamente nos Cursos Superiores da

FURB, nos processos seletivos do primeiro semestre de 2010.

d) Identificar os atributos considerados por estes alunos para escolha de Cursos

Superiores, enquanto ingressantes na FURB.

e) Verificar as diferenças existentes entre as percepções dos alunos enquanto

concluintes do Ensino Médio e após como ingressantes em Cursos Superiores;

f) Analisar a relação da importância versus o desempenho dos atributos que

influenciaram na decisão de escolha pelos Cursos Superiores da FURB.

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Abaixo segue Quadro 7 mapeando os atributos e perguntas utilizados nos

questionários, com base na literatura estudada, para responder aos objetivos do estudo.

OBJETIVOS ATRIBUTOS QUESTIONÁRIO 2009

QUESTIONÁRIO 2010

Caracterizar os alunos que participaram da pesquisa

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20.

13, 14, 15, 16

Identificar os atributos considerados por estes alunos com maior desempenho para escolha de Cursos Superiores da FURB, enquanto concluintes do Ensino Médio

Imagem e satisfação transmitida pelos alunos atuais; reputação no mercado; tradição ou status da IES; qualidade no Ensino/Aprendizagem; empregabilidade; equipe pedagógica; proximidade de casa ou do trabalho; infra-estrutura e instalações; práticas pedagógicas e administrativas; custo da mensalidade; aceitação da IES no mercado de trabalho.

28, 32, 33.

Verificar quais destes alunos ingressaram efetivamente nos Cursos Superiores da FURB, por meio dos processos seletivos de 2010/1;

1, 13, 15, 16. 1, 9, 11, 12

Identificar os atributos considerados por estes alunos para escolha de Cursos Superiores, enquanto ingressantes;

Imagem e satisfação transmitida pelos alunos atuais; reputação no mercado; tradição ou status da IES; qualidade no Ensino/Aprendizagem; empregabilidade; equipe pedagógica; proximidade de casa ou do trabalho; infra-estrutura e instalações; práticas pedagógicas e administrativas; custo da mensalidade; aceitação da IES no mercado de trabalho.

20, 21, 22

Verificar as diferenças existentes entre as percepções dos alunos enquanto concluintes do Ensino Médio e após como ingressantes em Cursos Superiores;

28, 32, 33. 20, 21, 22

Analisar a relação da importância versus o desempenho dos atributos que influenciaram na decisão de escolha pelos Cursos Superiores da FURB.

32, 33 21, 22

Quadro 7: apresentação dos atributos e perguntas utilizados nos questionários, com base na literatura estudada, para responder aos objetivos do estudo. Fonte: Dados da pesquisa (2010).

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A escolha da FURB justificou-se pelos motivos descritos a seguir. O primeiro refere-

se à esta IES ser a mais antiga do interior do Estado de Santa Catarina. O segundo por ela

possuir cursos em todas as áreas do conhecimento, sendo eles: Administração, Arquitetura e

Urbanismo, Artes, Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciências

Econômicas, Ciências da Religião, Ciências Sociais, Comunicação Social, Design, Direito,

Educação Física, Enfermagem, Enga. Civil, Enga. de Produção, Enga. de Telecomunicações,

Enga. Elétrica, Enga. Florestal, Enga. Química, Farmácia, Fisioterapia, História, Letras,

Licenciatura em Alemão, Matemática, Medicina, Medicina Veterinária, Moda, Nutrição,

Odontologia, Pedagogia, Psicologia, Química, Secretariado, Serviço Social, Sistemas de

Informação, Tecnologia em Comércio Exterior, Tecnologia em Marketing, Turismo e Lazer.

Além disso, a instituição é a única Universidade do Médio Vale do Itajaí, composta por cursos

de Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.

Abaixo apresenta-se a Figura 1 que mostra o design das pesquisas realizadas:

Figura 1: Design da pesquisa. Fonte: Dados da pesquisa (2010).

Descritivo e quantitativo

Quais os atributos mais relevantes na decisão de escolha por Cursos Superiores da FURB, na percepção de concluintes do Ensino Médio?

1ª etapa

2ª etapa

Quais são os atributos mais relevantes na decisão de escolha por Cursos Superiores, na percepção de alunos ingressantes na FURB?

425 ingressantes nos Cursos Superiores da FURB, que

preencheram o questionário enquanto concluintes no Ensino Médio em

2009.

5.547 alunos concluintes do Ensino Médio

no Vale do Itajaí.

3.706 alunos concluintes do Ensino Médio

no Vale do Itajaí.

3ª etapa Análise dos

resultados por meio de

Questões de pesquisa

Método de pesquisa

Descritivo e quantitativo

População

Amostra

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3.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DOS DADOS

A análise dos dados ocorreu por meio de Estatística Descritiva e da Matriz de

Importância e Desempenho.

Utilizou-se a Estatística Descritiva para organizar, resumir e descrever os aspectos

importantes de um conjunto de características observadas em relação aos alunos pesquisados

e também para comparar as opiniões desses estudantes, nos períodos em que os questionários

foram aplicados, ou seja, enquanto eles eram concluintes do Ensino Médio e posteriormente

como ingressantes nos Cursos Superiores da FURB. As ferramentas utilizadas foram gráficos

e tabelas, assim como medidas de síntese como porcentagens e médias.

Já a Matriz de Importância versus Desempenho permitiu uma visão sobre quais

atributos eram considerados mais relevantes para os alunos. Essa técnica foi introduzida

originalmente por Martilla e James (1977) e oportuniza a organização sobre quais atributos de

um produto ou serviço devem ser melhorados para proporcionar satisfação aos clientes. Para

que isso aconteça, os consumidores avaliam qual a importância e o desempenho da empresa

em relação ao atendimento de suas expectativas para cada atributo. Ambas avaliações são

colocadas em uma matriz, onde o eixo “x”corresponde às médias de importância e o eixo “y”

às médias de desempenho.

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Figura 2: Matriz de importância e desempenho Fonte: Adaptado de Garver (2003).

De acordo com a Figura 2 a matriz é dividida em quatro quadrantes. Um atributo que

estiver no quadrante I (pontos fortes) terá alta importância e alto desempenho; que estiver no

quadrante II (pontos fortes menores) terá alta importância, mas baixo desempenho; que estiver

no quadrante III (pontos fracos) terá baixa importância e baixo desempenho; e no quadrante

IV (pontos fracos menores) terá alto desempenho e baixa importância.

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4 ANÁLISE DOS DADOS

Neste capítulo são apresentados os resultados das pesquisas realizadas com os

estudantes enquanto alunos do Ensino Médio e posteriormente como ingressantes em Cursos

Superiores da FURB.

Estes dados seguem a ordem lógica dos objetivos do estudo, que iniciam com uma

caracterização geral dos alunos pesquisados em 2009, seguidos pelos atributos considerados

mais importantes na escolha de um Curso Superior, do ponto de vista de quem está

concluindo o Ensino Médio.

Após, são identificados e relacionados os alunos que ingressaram na FURB em 2010

e que haviam preenchido o questionário quando estavam concluindo o Ensino Médio. Neste

momento, na condição de ingressantes, realiza-se uma nova verificação dos atributos que

estes alunos consideraram mais importantes na escolha de um Curso Superior.

A partir dos resultados, é feita a comparação das opiniões em ambos os períodos de

aplicação da pesquisa.

4.1 PERFIL DOS ALUNOS PESQUISADOS

A caracterização geral dos alunos concluintes do Ensino Médio inicia-se com o

Gráfico 1, onde são identificados os percentuais dos que estudavam em escolas públicas e

privadas. Verifica-se que 78% deles provém de escolas da rede pública de ensino e apenas

22% da rede privada.

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83222%

287178% PRIVADA

PÚBLICA

Gráfico 1 -Caracterização geral do tipo de escola em que os questionários foram aplicados.

Fonte: Dados da pesquisa (2009).

De acordo com o Censo Escolar (SC) (2010) do total de alunos no terceiro ano do

Ensino Médio das escolas existentes no Vale do Itajaí, 86% eram de escolas públicas e 14%

de escolas privadas. Estes valores justificam o número maior de escolas da rede pública que

participaram da aplicação dos questionários, uma vez que elas contêm o maior percentual de

alunos no terceiro ano do Ensino Médio.

Dados do INEP (2004) revelam que a procura pela realização do ensino médio tem

crescido. Em 2004 havia no país 9 milhões de alunos matriculados e o maior desafio do

governo estava em incorporar novos alunos, com melhor aprendizado.

Outro incentivo que contribuiu na maior adesão dos alunos à conclusão do ensino

médio foi a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) em 1996, quando

regularizou a oferta do ensino. Nesta lei, uma das principais direções dadas à educação básica

teve por finalidades o desenvolvimento do educando, a garantia da formação comum necessária

para o exercício da cidadania e o fornecimento de meios para a progressão do jovem no trabalho e

em estudos posteriores.

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63

No que se refere à localização das escolas cujos alunos preencheram os questionários

em 2009 concentrou-se as cidades de acordo com as regiões estabelecidas pelo Governo do

Estado de Santa Catarina, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDR).

Assim, as cidades foram agrupadas da seguinte forma:

a) SDR de Blumenau - composta pelas cidades de Blumenau, Gaspar, Pomerode,

Luiz Alves e Ilhota;

b) SDR de Brusque - composta pelas cidades de Brusque, Botuverá, Canelinha,

Guabiruba, Major Gercino, Nova Trento, São João Batista e Tijucas;

c) SDR de Ibirama - composta pelas cidades de Ibirama, Apiúna, Dona Emma, José

Boiteux, Lontras, Presidente Getúlio, Presidente Nereu, Vitor Meirelles e Witmarsun;

d) SDR de Itajaí - composta pelas cidades de Itajaí, Balneário de Piçarras, Penha

Navegantes, Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Porto Belo e Bombinhas;

e) SDR de Jaraguá do Sul - composta pelas cidades de Jaraguá do Sul, Corupá,

Guaramirim, Massaranduba e Schroeder;

f) SDR de Rio do Sul - composta pelas cidades de Rio do Sul, Agrolândia,

Agronômica, Braço do Trombudo, Laurentino, Rio do Oeste e Trombudo Central.

É importante observar que em algumas destas cidades os questionários não foram

aplicados, em razão do foco deste estudo estar nas escolas e cidades com a maior quantidade

de alunos que ingressaram na FURB no ano de 2009. Porém, verificou-se casos de alunos de

escolas privadas que moravam em determinadas cidades e estudavam em outras.

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64

SDR BLUMENAU

SDR TIMBÓ

SDR JARAGUÁ …

SDR IBIRAMA

SDR BRUSQUE

SDR ITAJAÍ

SDR RIO DO SUL

2472 (67%)

97 (3%)

153 (4%)

89 (2%)

221 (6%)

82 (2%)

592 (16%)

Gráfico 2 -Localização das escolas cujos alunos preencheram os questionários, de acordo com as regiões estabelecidas pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio das Secretarias de Desenvolvimento

Regional (SDR). Fonte: Dados da pesquisa (2009).

De acordo com o Gráfico 2, a maior e mais significativa quantidade de alunos

encontrou-se na região da SDR de Blumenau, com 67%. Este resultado se explica pelo fato de

as cidades desta SDR compreenderem o maior percentual de alunos ingressantes na FURB,

razão pela qual foram priorizadas na aplicação desta pesquisa. Outro fator importante é que a

cidade de Blumenau é a terceira maior em população no Estado, com 309.214 pessoas (IBGE,

2010). Considerando que 9% da população brasileira possui entre 15 e 19 anos – faixa etária

em que os alunos estão concluindo o Ensino Médio (IBGE, 2010) – e que a localização é um

atributo de atração de alunos (MENEGHELLI, FERREIRA E DOMINGUES, 2009), verifica-

se que Blumenau e demais cidades de sua SRD possuem um público potencial para estudar na

FURB. Daí sua representatividade na amostra da pesquisa.

Vale destacar também os resultados nas demais regiões pesquisadas. Conforme o

Gráfico 2, a SDR de Timbó representou 16% dos alunos pesquisados; a SDR de Jaraguá do

Sul representou 6%; a SDR de Ibirama representou 4%, a SDR de Brusque representou 3% e

as SDR’s de Itajaí e Rio do Sul representaram 2%.

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65

180249%

1504%

173047%

MATUTINO

NOTURNO

VESPERTINO

Gráfico 3 -Turno em que os alunos pesquisados estudavam. Fonte: dados da pesquisa (2009).

No Gráfico 3 apresenta-se os turnos em que os alunos estudavam, sendo que o

período matutino foi o mais representativo, com 49% dos questionários aplicados. Isso pode

ser explicado pelo fato de que os alunos das escolas privadas estudam neste período, enquanto

os alunos de escolas públicas dividem-se entre os três períodos do dia, conforme sua

disponibilidade.

A quantidade de alunos no período noturno também mostrou-se bastante significativa

com 47% dos alunos pesquisados. Porém, estes números são diferentes dos publicados pelo

Censo Escolar 2010, que registrou no Brasil 8.357.675 alunos matriculados no Ensino Médio,

sendo que deste total, 34,4% estudavam no período diurno e 65,6% no período noturno

(INEP, 2010).

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101059%

69141%

NÃO TRABALHAM TRABALHAM

Gráfico 4 -Identificação dos alunos que estudavam no período matutino e que trabalham. Fonte: Dados da pesquisa (2009).

5134%

9866%

NÃO TRABALHAM TRABALHAM

Gráfico 5 -Identificação dos alunos que estudavam no período vespertino e que trabalham. Fonte: Dados da pesquisa (2009).

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132978%

38322%

TRABALHAM NÃO TRABALHAM

Gráfico 6 - Identificação dos alunos que estudavam no período noturno e que trabalham. Fonte: Dados da pesquisa (2009).

No que tange ao cruzamento entre os períodos de estudo e realização de atividades

remuneradas, verifica-se que 59% alunos que estudam no período matutino trabalham,

conforme Gráfico 4, enquanto que entre os alunos que estudam no período vespertino este

percentual é de apenas 34%, conforme Gráfico 5.

Já entre os alunos que estudam no período noturno, verifica-se que 78% exercem

uma atividade remunerada, conforme apresentado no Gráfico 6. Este fato pode ser uma das

razões de tantos alunos estudarem no período noturno, uma vez que jovens que exercem

atividades remuneradas no período do dia, têm apenas o período noturno para estudar.

Segundo dados do INEP (2004), 48% dos alunos matriculados no período noturno do terceiro

ano do Ensino Médio informaram conciliar trabalho e estudo.

Pochmann (2007) realizou estudo referente ao jovem brasileiro no mercado de

trabalho na década entre 1995 e 2005 e verificou o índice de desemprego é maior para os

jovens quando se compara com as demais faixas etárias. O autor lembra que em 2005 a

quantidade de jovens desempregados era 107% superior a de 1995, enquanto para a população

restante foi de 90,5%. Entre os jovens, a situação pior está com as mulheres, que nestes 10

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68

anos mostra a taxa de desemprego feminino passando de 14% para 25% (um aumento de

77,4%). A ocupação total do país aumentou em 29,5%, porém, para o jovem foi apenas de

11,1% (38% menor que o aumento geral de ocupação no país). O que tornou a situação menos

grave foi o fato da variação da População Juvenil Economicamente Ativa não ter sido tão

intensa como a do conjunto da população (32% população restante, contra 22,1% da

população juvenil). O estudo mostra então que a cada 100 jovens que ingressaram no mercado

de trabalho no período, apenas 45 deles conseguiram colocação, ficando 55 desempregados.

Realidade pior ocorreu para as mulheres que, a cada 100 delas, somente 40 encontraram

colocação, ficando de fora as 60 restantes. Além disso, o percentual de jovens entre 15 e 24

anos que estavam fora dos bancos escolares em 2005 era de 53,2%, índice menor quando se

avalia apenas as mulheres - 52,4% contra 53,6% dos homens (POCHMANN, 2007).

Em estudo recente efetuado pelo SINE SC (2010), porém, a mesorregião do Vale do

Itajaí é a que mais gera empregos em todo o Estado de Santa Catarina, com um saldo de

28.813 novos postos de empregos do total gerado, seguida pelas mesorregiões do Norte

Catarinense e da Grande Florianópolis, com 25.468 e 19.175, respectivamente. Em se tratando

de trabalho formal, em 2010, 426.908 postos de trabalho foram ocupados por jovens na idade

de 16 a 24 anos, o que representou 23% do estoque total de empregados no Estado. Os jovens

com idade até 17 anos corresponderam a 30,79% do saldo de movimentação no conjunto da

população (RAIS, 2009). O SINE SC (2010) ainda revela que na análise das faixas etárias em

relação ao trabalho desenvolvido no Brasil, a principal diferença foi registrada até 17 anos,

com 11,51% dos empregos gerados, enquanto em Santa Catarina o índice foi de 30,79%.

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58079%

15721%

NÃO TRABALHAM TRABALHAM

Gráfico 7 - Identificação dos alunos de escolas privadas que trabalham. Fonte: dados da pesquisa (2009).

191768%

91132%

TRABALHAM NÃO TRABALHAM

Gráfico 8 - Identificação dos alunos de escolas públicas que trabalham. Fonte: dados da pesquisa (2009).

No que se refere à comparação entre os tipos de escolas em que os alunos

pesquisados estudavam e se eles trabalhavam ou não, verificou-se, de acordo com os Gráficos

7 e 8, que em escolas da rede privada de ensino o maior percentual é de alunos que não

trabalham, com 79%, enquanto os que trabalham somam apenas 21%. Já em escolas públicas

esta realidade é totalmente contrária. Do total de alunos pesquisados, 68% trabalham e apenas

32% não trabalham.

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De acordo com estes resultados, vale reforçar o estudo desenvolvido pelo INEP

(2004) que divulgou algumas características dos alunos brasileiros. O instituto identificou na

avaliação da educação básica brasileira, que dos alunos com desempenho “muito crítico”, em

sua maioria, 76%, estavam matriculados no ensino noturno, 96% em escolas públicas, 48%

conciliavam trabalho e estudo, 84% tinham idade acima da considerada ideal para a série e

que estes alunos eram filhos de mães com baixa escolaridade. Entre o perfil dos alunos com

desempenho “adequado”, porém, os resultados foram bastante diferentes. A maioria, 76%,

estudava na rede privada de ensino, 89% frequentavam aulas no período diurno, 87% somente

estudavam e 84% não apresentavam distorção idade/série. Com relação ao grau de

escolaridade das mães, 80% delas tinham, no mínimo, o ensino médio, o que trouxe a

conclusão de que o ensino é mais ineficaz justamente para os alunos mais carentes.

205157%

157843%

FEMININO

MASCULINO

Gráfico 9 -Gênero dos alunos que foram pesquisados.

Fonte: dados da pesquisa (2009).

Quanto ao gênero 57% dos alunos que foram pesquisados são mulheres e 43%

homens, conforme Gráfico 9.

Pena, Correia e Van Boskhorst (2005) alertam, no que se refere aos índices de

educação, para que se tenham cuidados em garantir a continuidade dos estudos aos homens,

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que tendem a desistência dos bancos escolares mais cedo que as mulheres. Os autores ainda

observam que o nível de escolaridade das mulheres atualmente é superior ao dos homens e

estas preferem as áreas sociais e humanas enquanto os homens demonstram suas preferências

nas áreas exatas.

De acordo com o INEP (2007) o Censo da Educação Superior no Brasil contabilizou

4.880.331 matrículas em cursos de Graduação Presenciais, sendo 2.199.403 entre os homens e

2.680.978 entre as mulheres.

No Estado de Santa Catarina, especificamente, o total de matrículas foi de 864.264,

sendo 393.097 entre os homens e 471.167 entre as mulheres (INEP, 2007). Percebe-se, com

estes dados, que o ingresso ao Ensino Superior atualmente é maior pelo sexo feminino.

108855%

89645%

TRABALHAM NÃO TRABALHAM

Gráfico 10 - Identificação dos alunos que eram mulheres e que trabalham. Fonte: dados da pesquisa (2009).

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94962%

58238%

TRABALHAM NÃO TRABALHAM

Gráfico 11 - Identificação dos alunos que eram homens e que trabalham.

Fonte: dados da pesquisa (2009).

No que tange a realização de uma atividade remunerada, verifica-se que em ambos

os sexos os percentuais maiores são daqueles que trabalham, de acordo com os Gráficos 10 e

11. Porém, conforme Gráfico 9, o percentual das que trabalham, comparado com os dos

homens é menor. Ou seja, enquanto 55% das mulheres exercem um trabalho e 45% não

exercem - de um total de 2051 - entre os homens 62% exercem um trabalho e 38% não exerce

– de um total de 1578 pesquisados.

Bruschini (2000) menciona que a associação entre a escolaridade e o mercado de

trabalho propicia atividades mais gratificantes, o que é fundamental para as mulheres que,

para suprir sua saída do lar, têm necessidade de melhor remuneração.

Entre tantos motivos que explicam o ingresso cada vez maior das mulheres no

mercado de trabalho, nas últimas décadas percebe-se que elas entendem da necessidade de

formação para poder enfrentar a grande competitividade que se apresenta. Valencia e Lamolla

(2005) explicam que as mulheres têm menos experiência que os homens nas atividades

relacionadas ao gerenciamento e experiências técnicas em indústrias. Em contrapartida,

possuem características que levam ao sucesso nos negócios, como empatia em lidar com as

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pessoas e facilidades na apresentação oral e até motivacional. A formação superior pode

facilitar o acesso a vagas de trabalho que atendam as expectativas femininas em relação à sua

empregabilidade e torna-se fundamental para aquelas que pretendem não só ser inseridas no

mercado, mas ter uma ascensão social e melhores ocupações. No Brasil esta perspectiva

torna-se ainda mais relevante, já que a participação feminina nos processos decisórios ainda é

tímida (GUEDES, 2008).

Em pesquisa realizada pelo SINE SC (2010) observou-se a participação feminina no

ingresso de jovens com maior escolaridade no mercado de trabalho. Tanto em termos

absolutos quanto relativos, as mulheres representaram a maioria nos graus superiores de

escolaridade, com percentuais de 58,16% na categoria ‘superior incompleto’ e 68,80% na

categoria ‘superior completo’.

O gênero dos jovens trabalhadores com até 17 anos também foi analisado no estudo e

verificou-se que, em termos absolutos, os homens preencheram 26.741 e as mulheres 20.475

das novas vagas de emprego criadas (SINE SC, 2010). Porém, quando verificada a relação

entre escolaridade, média salarial e gênero, identificou-se uma desigualdade social entre os

gêneros, principalmente no tocante ao salário. Ou seja, em todos os graus de escolaridade a

mulher obteve renda mensal média inferior ao do homem. No que tange aos setores da

atividade econômica ocupados por estes jovens a Indústria de Transformação, seguida do

Comércio, foram os que mais empregos ofereceram (SINE SC, 2010).

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345897%

1243%

16 A 18 ANOS MAIS DE 19 ANOS

Gráfico 12 -Idade dos alunos que foram pesquisados.

Fonte: Dados da pesquisa (2009).

A idade dos alunos tanbém foi verificada na aplicação dos questionários e 97% dos

entrevistados tinha de 16 a 18 anos, conforme o Gráfico 12. Este fato se justifica em razão das

escolas de educação básica, objeto de estudo desta pesquisa, compreenderem alunos desta

faixa etária que estejam concluindo o Ensino Médio.

131835%

110930%

68919%

2878%

2376%

662%

DE R$1.396,00 A R$4.650,00

NÃO SEI

ATÉ R$1.395,00

DE R$4.651,00 A 11.625,00

NÃO RESPONDERAM

MAIS DE R$11.625,00

Gráfico 13 -Renda familiar dos alunos que foram pesquisados. Fonte: dados da pesquisa (2009).

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A renda familiar também foi verificada nos questionários aplicados. De acordo com

o Gráfico 13, 35% dos alunos possuem renda entre R$1.396,00 e R$4.650,00; 19% entre

R$4.651,00 e R$11.625,00; 8% possuem até R$1.395,00 e 6% mais de R$11.625,00. Entre os

alunos que não souberam responder ou não quiseram, o percentual foi de 36%. Segundo

dados da FIESC (2010), 26% da população catarinense possui rendimento médio mensal de

até 2 salários mínimos; 10,58% de 3 a 5 salários; 6,15% de 5 a 10 e 0,56% mais de 20

salários.

Em termos de economia local, o Vale do Itajaí possui grande consideração e

destaque, em razão de concentrar dois pólos econômicos importantíssimos no Estado:

têxtil/vestuário e indústria naval. O destaque maior é para o pólo têxtil e do vestuário, que

compreende um total de 8.659 indústrias e caracteriza-se como segundo maior empregador

nestas áreas do Brasil, empregando 162 mil trabalhadores (FIESC, 2010).

ATÉ R$1.395,00

DE R$1.396,00 A R$4.650,00

DE R$4.651,00 A 11.625,00

MAIS DE R$11.625,00

27

195

112

42

662

1123

175

24

PÚBLICA

PRIVADA

Gráfico 14 -Renda familiar dos alunos que foram pesquisados e o tipo de escola em que estudavam. Fonte: dados da pesquisa (2009).

No Gráfico 14 apresenta-se o cruzamento de informações entre o tipo de escola e a

renda dos alunos pesquisados. No geral, a faixa de renda familiar entre R$1.396,00 e

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R$4.650,00 concentrou a maior parte dos alunos, com 52% nas escolas privadas e 56% nas

escolas públicas.

CÓD. ÁREA 1ª OPÇÃO DE CURSO

ATÉ R$1

.395

,00

R$1

.396

,00 A R$4

.650

,00

R$4

.651

,00 A 11.62

5,00

MAIS DE R$1

1.62

5,00

NÃO SEI

1 CBIOSAÚ Ciências Biológicas 11 26 4 31

2 CBIOSAÚ Biotecnologia 1 1 2 4

3 CBIOSAÚ Educação Física 51 91 13 7 67 4 CBIOSAÚ Enfermagem 19 25 2 1 13 5 CBIOSAÚ Farmácia 12 7 2 17 6 CBIOSAÚ Fisioterapia 12 30 9 30 7 CBIOSAÚ Medicina 14 35 17 2 7 8 CBIOSAÚ Medicina Veterinária 22 29 6 1 29 9 CBIOSAÚ Nutrição 23 38 4 1 14 10 CBIOSAÚ Odontologia 6 12 4 1 12 11 CBIOSAÚ Química 7 15 1 8

12 CEXATECN Arquitetura e Urbanismo 27 48 11 2 45

13 CEXATECN Ciência da Computação 31 78 10 5 65 14 CEXATECN Engenharia Civil 11 54 12 3 29 15 CEXATECN Engenharia de Produção 3 10 6 9 16 CEXATECN Engenharia de Telecomunicações 16 7 2 6 17 CEXATECN Engenharia Florestal 9 17 5 2 16 18 CEXATECN Engenharia Elétrica 14 34 14 1 24 19 CEXATECN Engenharia Química 7 15 3 8 20 CEXATECN Engenharia Mecânica 30 64 18 2 53 21 CEXATECN Mecatrônica 3 8 1 5 22 CEXATECN Licenciatura em Computação 5 9 6 23 CEXATECN Matemática 1 7 2 12 24 CEXATECN Sistemas de Informação 9 30 6 1 20

25 CEXATECN Tecnologia em Processos Industriais 6 3 6

26 CSOCAPLIHUM Administração 56 134 36 14 88 27 CSOCAPLIHUM Artes 7 12 1 22 28 CSOCAPLIHUM Ciências Contábeis 24 38 4 1 19

29 CSOCAPLIHUM Ciências da Religião 1 1

30 CSOCAPLIHUM Ciências Econômicas 2 7 30 6 31 CSOCAPLIHUM Ciências Sociais 1 2 2 32 CSOCAPLIHUM Comércio Exterior 10 17 2 3 18

33 CSOCAPLIHUM Design 24 34 8 2 27

34 CSOCAPLIHUM Direito 23 44 19 3 46 35 CSOCAPLIHUM História 2 9 2 6 36 CSOCAPLIHUM Jornalismo 12 26 5 1 15 37 CSOCAPLIHUM Letras 6 9 5 38 CSOCAPLIHUM Moda 21 32 4 3 39

Continua...

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77

...continuação. 39 CSOCAPLIHUM Marketing 14 11 2 10 40 CSOCAPLIHUM Pedagogia 16 9 4 13 41 CSOCAPLIHUM Psicologia 23 48 8 40 42 CSOCAPLIHUM Publicidade e Propaganda 24 35 11 1 30 43 CSOCAPLIHUM Secretariado Executivo Bilíngüe 4 7 6 44 CSOCAPLIHUM Serviço Social 2 1 2 45 CSOCAPLIHUM Turismo e Lazer 8 15 5 11 46 OUTRO 14 25 5 23

Não responderam 63 105 13 7 107

Total 704 1315 314 66 1070 Tabela 1 -Interesse por um Curso Superior de acordo com a renda familiar dos alunos pesquisados. Fonte: Dados da pesquisa (2009).

A tabela 1 apresenta um cruzamento de dados entre a renda familiar dos alunos

pesquisados e o curso de Graduação de interesse de cada aluno que foi pesquisado. Verificou-

se que para a maioria dos alunos pesquisados, cujas rendas familiares eram de até R$1.395,00,

de R$1.396,00 até R$4.650,00 e mais de R$11.625,00, os cursos de maior interesse foram

Administração, Educação Física e Ciência da Computação. De acordo com o INEP (2009) o

curso de Administração está em primeiro lugar entre os dez cursos com mais matrículas no

país, com 1.102.579 matrículas. No Estado de Santa Catarina, as estatísticas informam que

dos 55.950 ingressos realizados em 2007, 7.158 (13%) foram em cursos de Gerenciamento e

Administração, oferecidos pelos diversos tipos de Instituições de Ensino Superior existentes

(INEP, 2007). Além disso, como o Vale do Itajaí é uma região considerada pólo industrial, é

natural que estes alunos almejem atuar em grandes empresas e desempenhar os mais

diversificados cargos nas áreas administrativas. No relatório da FIESC (2010), divulgou-se

que somente na área Têxtil e do Vestuário há, no Vale do Itajaí, 8.659 indústrias. Sem contar

as demais empresas existentes, que também surgem como grandes incentivadoras para os

jovens formarem-se no curso de Administração. Já a razão do curso de Educação Física

também ser um dos mais procurados pode ser a preocupação cada vez maior que as pessoas

têm com sua qualidade de vida, que gera uma demanda a ser atendida por profissionais desta

área, cujo principal objetivo atende esta necessidade eminente. De acordo com o Conselho

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Federal de Educação Física (2008), o esporte e atividade física, orientados com qualidade e

segurança e ministrados por Profissional de Educação Física, são direitos constitucionais e

devem ser oferecidos pelos gestores públicos de todas as esferas. Isso demonstra a

preocupação cada vez maior da entidade em incentivar que mais profissionais procurem por

esta formação, dada a demanda apresentada. Outro fator que pode ser considerado é que

muitas vezes esses jovens gostam de esporte e os cursos de Educação Física possibilitam a

prática dos mesmos. Por último, o interesse pelo curso de Ciências da Computação pode ser

justificado pelo fato de a cidade de Blumenau concentrar muitas empresas de software e de

fazer parte de um pólo de informática (com sede no Vale do Itajaí) reconhecido em todo o

Brasil. De acordo com a FIESC (2010) as regiões do Vale do Itajaí e Sudeste de SC são

reconhecidas por serem referência em Tecnologia e Informática. A maior concentração delas

está nas cidades de Florianópolis, São José, Blumenau, Chapecó, Criciúma e Joinville, que,

em conjunto, possuem um total de 1.600 empresas, geram 25 mil empregos e faturam R$ 2,5

bilhões. Além disso, essa geração está habituada e tem muito interesse pela informática.

4.1.1 Breve resumo do perfil dos alunos pesquisados

De um modo geral, 97% dos alunos concluintes do Ensino Médio que foram

pesquisados tinham entre 16 e 18 anos; 57% eram mulheres; 78% estudavam em escolas

públicas; 49% estudavam no período matutino e 67% das escolas eram de cidades

pertencentes à SDR de Blumenau.

Quanto a realização de atividades remuneradas, trabalhavam 62% do total de

homens; 78% do total de alunos que estudavam no período noturno, assim como 78% que

estudavam em escolas públicas. Em seguida, no tocante a renda familiar, 35% possuía entre

R$1.318,00 e R$4.650,00 sendo que deste percentual, 85% eram de escolas públicas.

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Por último, os cursos apontados como de maior interesse por todos os alunos

pesquisados foram Administração, Educação Física e Ciências da Computação.

4.2 ATRIBUTOS CONSIDERADOS PELOS ALUNOS COM MAIOR AVALIAÇÃO

PARA ESCOLHA DE CURSOS SUPERIORES, ENQUANTO CONCLUINTES DO

ENSINO MÉDIO

O segundo objetivo deste estudo relaciona-se a identificação dos atributos

considerados por estes alunos com maior avaliação para escolha de Cursos Superiores,

enquanto concluintes do Ensino Médio. Para isso, analisou-se três perguntas do questionário,

onde os alunos atribuíram notas quanto a expectativa, desempenho e importância dos

atributos.

4.2.1 Avaliações quanto à expectativa dos alunos em relação aos atributos pesquisados

Na Tabela 2 apresenta-se as médias das notas, quanto a expectativa dos alunos de

acordo como o tipo de escola e com as áreas de interesse em realizar um Curso Superior.

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PRIV

ADA

PÚBLIC

A

CIÊ

NCIA

S

BIO

LÓGIC

AS E DA

SAÚDE

CIÊ

NCIA

S EXTAS E

TECNOLÓGIC

AS

CIÊ

NCIA

S SOCIA

IS

APLIC

ADAS E

HUMANAS

Ter boas possibilidades de emprego. 9,33 9,33 9,35 9,35 9,34 Progredir no emprego atual. 6,98 7,02 6,64 7,06 7,13 Exigência do curso quanto estudo e dedicação. 8,52 8,41 8,53 8,45 8,41 Alta qualidade de infra-estrutura e laboratórios. 9,21 9,02 9,23 9,17 8,91 Ter possibilidade intercâmbio no exterior. 7,78 7,7 7,54 7,7 7,84 Ter curta duração. 5,34 6,18 5,91 5,8 6,08 Ter horário das aulas adequado. 8,13 8,95 8,57 8,78 8,93 Fazer amigos e ampliar rede de relacionamentos 7,73 7,74 7,84 7,54 7,8 Oferecer formação específica e técnica, voltada para a prática. 8,82 9,09 9,02 9,05 9,06 Oferecer formação ampla, para trabalhar em vários setores. 8,67 8,63 8,51 8,64 8,73 Oferecer formação filosófica, que traga crescimento como pessoa. 7,53 8,74 8,29 8,2 8,92 Aplicar rapidamente os conhecimentos no trabalho. 8,76 8,75 8,73 8,67 8,82 Participar de trabalhos de pesquisa durante o curso. 8,46 8,59 8,75 8,38 8,59 Conseguir bolsa para cursar a faculdade. 7,88 9,1 9,08 8,69 8,87 Ter professores amigos, que passem entusiasmo pelo curso. 9,09 9,35 9,35 9,22 9,37 Ter oportunidades de estágios durante o curso. 9,18 9,1 9,25 9,04 9,14

Ter ambiente das aulas e do curso organizados. 9,5 9,56 9,32 9,5 9,59 Tabela 2 - Média das notas atribuídas pelo alunos quanto a sua expectativa sobre os atributos pesquisados, de acordo com o tipo de escola e com as áreas de interesse em realizar um Curso Superior. Fonte: Dados da pesquisa (2009).

Em relação à expectativa de que o curso proporcione boas possibilidades de emprego

depois de formado, a média de notas dos alunos de acordo com os tipos de escolas em que

estudavam permaneceu a mesma, com 9,33. Já as médias de notas por área de interesse as

maiores foram dos alunos interessados em cursos das áreas de Ciências Biológicas e da Saúde

e Ciências Exatas e Tecnológicas, com 9,35.

A expectativa de que o curso possa progredir o aluno em seu emprego atual recebeu

média maior entre alunos de escolas públicas, com 7,02. Esse resultado se justifica pelo fato

de a maior parte dos alunos que trabalham (68%) estar concentrada entre as escolas públicas,

de acordo com a pesquisa aplicada. Entre as áreas de conhecimento, os alunos interessados

em realizar cursos na área de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas atribuíram nota maior

para este atributo, com 7,13.

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A expectativa de que o curso seja exigente quanto à necessidade de estudo e

dedicação recebeu média maior entre alunos de escolas privadas – 8,52 - e interessados em

cursos da área de Ciências Biológicas e da Saúde – 8,53. Nesse caso, as cobranças no tocante

ao conhecimento no momento da atuação profissional são elevadas, o que justifica os

resultados.

A expectativa de que o curso tenha alta qualidade de instalações e laboratórios

recebeu média maior entre alunos de escolas privadas – 9,21 – e interessados em cursos da

área de Ciências Biológicas e da Saúde – 9,23. A justificativa para esse resultado pode estar

no fato de os laboratórios serem essenciais nesta área.

A expectativa de que o curso ofereça possibilidade de intercâmbio no exterior

recebeu média maior entre alunos de escolas privadas – 7,78 – e interessados em cursos da

área de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas – 7,84.

A expectativa de que o curso tenha uma curta duração, para que o aluno possa

progredir rapidamente na profissão recebeu média maior entre alunos de escolas públicas –

6,18 – e interessados em cursos da área de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas – 6,08.

A expectativa de que o horário das aulas seja adequado às necessidades do aluno

recebeu média maior entre alunos de escolas públicas – 8,95 – e interessados em cursos da

área de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas – 8,93.

A expectativa de que o curso possibilite que o aluno consiga fazer amigos e ampliar

sua rede de relacionamentos recebeu média maior entre alunos de escolas públicas – 7,74 – e

interessados em cursos da área de Ciências Biológicas e da Saúde – 7,84.

A expectativa de que o curso proporcione uma formação específica e técnica, voltada

para a prática recebeu média maior entre alunos de escolas privadas – 9,09 – e interessados

em cursos da área de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas – 9,06.

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A expectativa de que o curso proporcione uma formação ampla, para que o aluno

possa trabalhar em vários setores recebeu média maior entre alunos de escolas privadas – 8,67

– e interessados em cursos da área de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas – 8,73.

A expectativa de que o curso proporcione uma formação filosófica, que traga ao

aluno um crescimento como pessoa recebeu média maior entre alunos de escolas públicas –

8,74 – e interessados em cursos da área de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas – 8,92.

A expectativa de que o aluno possa rapidamente aplicar os conhecimentos ensinados

em seu trabalho recebeu média maior entre alunos de escolas privadas – 8,76 – e interessados

em cursos da área de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas – 8,82.

A expectativa de que o aluno possa participar de trabalhos de pesquisa durante o

curso recebeu média maior entre alunos de escolas públicas – 8,59 – e interessados em cursos

da área de Ciências Biológicas e da Saúde – 8,75.

A expectativa de que o aluno possa conseguir uma bolsa para poder cursar a

faculdade recebeu média maior entre alunos de escolas públicas – 9,1 – e interessados em

cursos da área de Ciências Biológicas e da Saúde – 9,08.

A expectativa de que os professores sejam amigos e passem entusiasmo pelo curso

recebeu média maior entre alunos de escolas privadas – 9,09 – e interessados em cursos da

área de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas – 9,37.

A expectativa de que o curso ofereça oportunidades de estágios recebeu média maior

entre alunos de escolas privadas – 9,18 – e interessados em cursos da área de Ciências

Biológicas e da Saúde – 9,25.

A expectativa de que o ambiente das aulas e do curso seja organizado recebeu média

maior entre alunos de escolas públicas – 9,56 – e interessados em cursos da área de Ciências

Sociais Aplicadas e Humanas – 9,59.

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Ao realizar a análise de acordo com cada tipo de escola, entretanto, percebe-se que a

expectativa com média maior entre os alunos de escolas privadas e também de escolas

públicas é de que o ambiente das aulas e do curso seja organizado. Porém, na análise por área

de interesse os resultados foram diferentes. Para alunos interessados na área de Ciências

Biológicas e da Saúde as expectativas maiores eram de que o curso proporcione boas

possibilidades de emprego depois de formados como também que os professores sejam

amigos e passem entusiasmo pelo curso, ambos com média 9,35. Já para alunos interessados

nas áreas de Ciências Exatas e Tecnológicas, assim como Ciências Sociais Aplicadas e

Humanas, a maior expectativa é de que o ambiente das aulas e do curso seja organizado, com

médias 9,5 e 9,59, respectivamente.

A partir desses resultados é importante lembrar o estudo de Tontini e Esteves (1996),

no qual lembram que é fundamental que a IES se prepare para atender as expectativas destes

públicos, o que significa avaliar e monitorar constantemente os currículos, disciplinas e

formas de ensino, adaptando-as às mudanças constantes que ocorrem no mercado de trabalho.

Outra questão importante e que explica, de certa forma, a diferença entre as opiniões

dos estudantes, foi verificada por Thies et al. (2005) onde identificaram que expectativa de

conhecimento teórico a ser adquirido durante o curso; as possibilidades de palestras e eventos

do gênero; as amizades; a estrutura da biblioteca; o relacionamento com professores; o

conhecimento prático a ser adquirido; a qualificação do corpo docente; a infra-estrutura; o

incentivo à realização de pesquisas e participação em seminários, são atributos muito

relevantes na avaliação de alunos ingressantes em Cursos Superiores.

Diante do exposto, Mainardes e Domingues (2010) reforçam que é importante para

os gestores de IES mensurar as expectativas de seus alunos quanto à gestão da instituição.

Segundo eles, a visão do aluno quanto às suas percepções do que seja uma administração de

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qualidade é muito importante e pode contribuir no levantamento das principais iniciativas a

serem desenvolvidas para o atendimento de suas necessidades.

4.2.2 Avaliações dos alunos quanto ao desempenho dos atributos pesquisados

No questionário também foi verificado junto aos alunos a sua percepção sobre o

desempenho das IES que eles marcaram como primeira opção para realização de um Curso

Superior. No total, sete instituições foram escolhidas em primeira opção e os atributos

avaliados foram: reputação no mercado de trabalho; o preço dos cursos; sua localização; a

infra-estrutura - instalações, laboratórios e biblioteca; nível de professores; possibilidade de

bolsas e outros auxílios financeiros aos seus alunos; opinião de amigos e familiares;

possibilidade de realizar intercâmbio no exterior; horários das aulas do curso; ações sociais e

comunitárias realizadas pela instituição; reputação sobre as pesquisas científicas e

tecnológicas realizadas; avaliação de professores sobre a instituição e qualidade geral do

curso que o aluno pretendia fazer.

Na Tabela 3, apresenta-se os resultados, divididos entre as opiniões de alunos de

escolas públicas e privadas, de acordo com cada IES que eles escolheram como primeira

opção para realizar um Curso Superior. Como, na maior parte das avaliações, as escolas

públicas foram as que atribuíram médias maiores dos atributos, na análise a seguir, foram

comparadas as médias de cada atributo entre as sete Instituições de Ensino mais escolhidas.

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FURB SENAI UDESC UFSC UNIASSELVI UNIVALI OUTRAS

ATRIBUTOS PRIV PÚB PRIV PÚB PRIV PÚB PRIV PÚB PRIV PÚB PRIV PÚB PRIV PÚB Reputação no mercado 8,6 9,3 9,27 9,37 9,42 9,62 8,53 6,78 8,6 8,76 9,15 9,02 9,02 Preço dos cursos 7,72 7,52 8,17 9,7 9,77 9,35 9,52 7,73 8,91 7,97 8,27 9,03 8,94 Localização 9,15 9,61 8,55 7,37 8,79 7,93 6,74 8,55 8,63 7,88 8,05 8,02 8,53 Infra-estrutura 9,04 9,48 9,08 8,91 9,32 8,65 9,45 7,8 8,69 8,94 9,4 8,78 8,84 Professores 8,81 9,41 9,14 9,36 9,58 9,63 9,53 7,9 9,02 8,76 9,55 9,24 9,24 Bolsas e outros auxílios financeiros 7,98 8,52 7,95 8,87 9,63 9,04 9,43 7,63 8,5 8,31 8,7 8,42 8,79 Opinião de amigos e familiares 8,63 9,16 8,96 9,5 9,71 9,52 9,41 7,33 8,86 8,85 9 7,85 8,94 Possibilidade de realizar intercâmbio no exterior

7,76 8,37 7,53 7,14 8,05 8,44 8,58 5,67 7,65 8,29 8,49 7,7 7,76

Horário das aulas 8,68 8,89 8,82 8,55 8,96 8,62 8,46 8,25 9,05 8,39 8,98 8,68 8,98 Ações sociais e comunitárias realizadas pela IES

8,21 8,88 8,67 8 8,08 8,45 8,57 7,5 8,69 7,91 8,38 7,92 8,31

Reputação sobre pesquisas científicas e tecnológicas

8,48 9,2 8,97 9 9,35 9,31 9,53 7,5 8,38 8,24 8,8 8,48 8,97

Avaliação de meus professores sobre a IES

8,47 9,26 9,06 9,54 9,78 9,66 9,67 7,71 8,86 8,82 9,31 8,84 9,14

Qualidade geral do curso 8,98 9,39 8,12 9,5 9,5 8,49 9,61 8 9,16 9,11 9,49 9,24 9,33 Tabela 3 -Média das notas atribuídas pelos alunos quanto ao desempenho das Instituições de Ensino escolhidas como primeira opção para estudarem no que refere aos atributos pesquisados, de acordo com o tipo de escola.

Fonte: dados da pesquisa (2009).

No que tange ao atributo “reputação no mercado de trabalho”, os alunos que escolheram a UFSC, atribuíram a ela a maior

média – 9,62. Ao contrário da maior parte dos atributos, nesse caso, a média maior ficou entre alunos de escolas privadas, o que

permite considerar que para este tipo de público, uma das razões pela escolha da instituição onde realizarão um Curso Superior.

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O desempenho “preço dos cursos” teve sua maior média entre alunos de escolas públicas

que optaram pela UDESC. Considerando ser esta uma universidade gratuita, uma das

justificativas desse resultado pode ser o fato de 56% dos alunos pesquisados em escolas públicas

terem renda familiar entre R$1.396,00 e R$4.650,00, o que dificulta investimentos altos, mesmo

em se tratando de uma formação superior.

O desempenho dos atributos “localização da IES escolhida” e “infra-estrutura” tiveram

sua maior média entre os alunos de escolas públicas, que optaram pela FURB, com 9,61 e 9,48,

respectivamente.

O desempenho atribuído ao “nível de professores” com maior média foi de alunos de

escolas privadas, com 9,63, que optaram pela UFSC.

O desempenho atribuído às “possibilidades de bolsas e outros auxílios financeiros”

disponíveis obteve maior média entre alunos de escolas públicas, com 9,63, que optaram pela

UDESC.

O desempenho atribuído à “opinião de amigos e familiares sobre a IES” escolhida

obteve maior média entre alunos de escolas públicas, com 9,71, que optaram pela UDESC.

O desempenho atribuído às “possibilidades de realizar intercâmbio no exterior” obteve

maior média entre alunos de escolas públicas, com 8,58, que optaram pela UDESC.

O desempenho atribuído ao “horário do curso” que o aluno gostaria de realizar obteve

maior média entre alunos de escolas públicas, com 9,05, que optaram pela UDESC.

O desempenho atribuído às “ações sociais e comunitárias realizadas pela IES” obteve

maior média entre alunos de escolas públicas, com 8,88, que optaram pela FURB.

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O desempenho atribuído à “reputação da IES sobre as pesquisas científicas e

tecnológicas” realizadas obteve maior média entre alunos de escolas públicas, com 9,33, que

optaram pela UFSC.

O desempenho atribuído à “opinião/avaliação dos professores do Ensino Médio sobre a

IES escolhida” obteve maior média entre alunos de escolas públicas, com 9,78, que optaram pela

UDESC.

O desempenho atribuído à “qualidade geral do curso” que o aluno pretendia fazer obteve

maior média entre alunos de escolas públicas, com 9,61, que optaram pela UFSC.

De um modo geral, verifica-se que os alunos interessados em realizar um Curso Superior

na FURB atribuem maior desempenho para os atributos: “localização”, “infra-estrutura” e “ações

sociais e comunitárias realizadas pela IES”. Quanto aos alunos interessados em realizar um Curso

Superior na UDESC atribuem maior desempenho para os atributos: “possibilidades de bolsas e

outros auxílios financeiros”, “opinião de amigos e familiares sobre a IES”, “possibilidades de

realizar intercâmbio no exterior”, “horário do curso” e “opinião/avaliação dos professores do

Ensino Médio sobre a IES escolhida”. Já os alunos com interesse em realizar um Curso Superior

na UFSC, atribuem maior desempenho para os atributos: “nível de professores”, “reputação da

IES sobre as pesquisas científicas e tecnológicas” e “qualidade geral do curso”.

Como a maior parte das médias com valor maior foram atribuídas às instituições

UDESC e UFSC, as autoras Rezende, Caixeta e Moriguchi (2010) publicaram um estudo onde

identificaram os principais atributos que motivaram a escolha de alunos ingressantes por uma

instituição pública de Ensino Superior: o fato do curso ser gratuito, o processo de seleção “sério”,

a localização da IES, o renome, a qualidade do curso, a qualidade dos professores, a oportunidade

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de intercâmbio e a estrutura. A gratuidade, certamente, é um atrativo importante, mas observou-

se que a qualidade e o status associados à “marca” são igualmente desejáveis.

4.1.3 Avaliações dos alunos quanto à importância dos atributos pesquisados

A última questão a ser analisada trata das notas que os alunos atribuíram quanto à

importância dos atributos pesquisados, de acordo com cada IES escolhida como primeira opção

para estudarem. No total, sete instituições foram escolhidas em primeira opção e os atributos

avaliados foram: reputação no mercado de trabalho; o preço dos cursos; sua localização; a infra-

estrutura - instalações, laboratórios e biblioteca; nível de professores; possibilidade de bolsas e

outros auxílios financeiros aos seus alunos; opinião de amigos e familiares; possibilidade de

realizar intercâmbio no exterior; horários das aulas do curso; ações sociais e comunitárias

realizadas pela instituição; reputação sobre as pesquisas científicas e tecnológicas realizadas e

qualidade geral do curso que o aluno pretendia fazer.

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ATRIBUTOS FURB SENAI UDESC UFSC UNIASSELVI UNIVALI OUTRAS

PRIV PÚB PRIV PÚB PRIV PÚB PRIV PÚB PRIV PÚB PRIV PÚB PRIV PÚB Boa reputação no mercado. 9,07 9,23 - 8,9 9,15 9,56 9,31 9,38 8,1 9,05 8,87 9,07 9,08 9,08 Preço dos cursos. 6,24 8,73 - 8,04 7,24 8,58 6,93 8,01 8 8,55 7,2 7,88 6,42 8,04 Localização de fácil acesso. 7,76 8,53 - 8,18 7,79 8,18 7,31 7,73 8,5 8,53 7,83 8,13 7,03 8,24 Infra-estrutura. 8,65 8,85 - 8,56 9,15 9,38 8,94 9,1 8,58 8,7 8,55 8,36 8,55 8,81 Bons professores com mestrado e doutorado. 8,79 9,09 - 8,34 8,88 9,38 9,13 9,21 8,67 8,78 8,73 8,93 8,83 8,97 Boas possibilidades de bolsas e outros auxílios financeiros.

7,5 9,05 - 8,9 8,59 9,28 7,95 9,25 8,09 8,79 7,42 8,81 6,97 8,98

Opinião de meus amigos e familiares. 6,48 7,17 - 6,83 6,79 7,08 6,34 6,91 6,67 7,21 6,86 6,89 6,38 6,97 Possibilidades de realizar intercâmbio no exterior. 6,8 7,66 - 7,41 6,76 7,1 7,55 8,15 5,73 7,18 7,63 7,25 7,05 7,17 Horário das aulas. 7,51 8,67 - 8,74 7,47 8,55 7,12 8,19 8,67 8,64 8,15 8,18 7,09 8,59 Imagem que tenho das ações sociais e comunitárias. 6,92 8,06 - 7,63 7,26 7,7 6,96 7,53 6,38 7,78 6,83 7,51 5,88 7,66 Que a IES realize pesquisas científicas e tecnológicas. 7,99 8,5 - 8,06 8,73 8,73 8,46 8,69 7,58 8,24 7,73 7,99 8,16 8,35

Qualidade geral do curso. 8,86 9,25 - 8,9 9,65 9,65 9,13 9,3 8,42 9 8,9 9,08 8,98 9,18 Tabela 4 - Média das notas atribuídas pelos alunos quanto a importância dos atributos pesquisados nas Instituições de Ensino escolhidas como primeira opção para estudarem, de acordo com o tipo de escola.

Fonte: dados da pesquisa (2009).

Na tabela 4, apresentam-se os resultados, divididos entre as opiniões de alunos de escolas públicas e privadas. Como, na

maior parte das avaliações, as escolas públicas foram as que atribuíram médias maiores dos atributos, na análise a seguir, serão

comparadas as médias de cada atributo entre as sete Instituições de Ensino mais escolhidas.

No que tange ao atributo “reputação no mercado de trabalho”, os alunos que escolheram a UDESC, atribuíram a ela a maior

média – 9,56.

A importância do “preço dos cursos” teve sua maior média entre alunos de escolas públicas que optaram pela FURB.

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A importância do atributo “localização da IES escolhida” teve sua maior média entre

os alunos de escolas públicas, que optaram pelas FURB e UNIASSELVI, com 8,53.

A importância do atributo “infra-estrutura” teve sua maior média entre os alunos de

escolas públicas, que optaram pela UDESC, com 9,38.

A importância atribuída ao “nível de professores” com maior média foi de alunos de

escolas públicas, com 9,38, que optaram pela UDESC.

A importância atribuída às “possibilidades de bolsas e outros auxílios financeiros”

disponíveis obteve maior média entre alunos de escolas públicas, com 9,28, que optaram pela

UDESC.

A importância atribuída à “opinião de amigos e familiares sobre a IES” escolhida

obteve maior média entre alunos de escolas públicas, com 7,21, que optaram pela

UNIASSELVI.

A importância atribuída às “possibilidades de realizar intercâmbio no exterior”

obteve maior média entre alunos de escolas públicas, com 8,15, que optaram pela UFSC.

A importância atribuída ao “horário do curso” que o aluno gostaria de realizar obteve

maior média entre alunos de ambos os tipos de escolas – privadas e públicas -, com 8,67, que

optaram pelas FURB e UNIASSELVI.

A importância atribuída às “ações sociais e comunitárias realizadas pela IES” obteve

maior média entre alunos de escolas públicas, com 8,06, que optaram pela FURB.

A importância atribuída à “reputação da IES sobre as pesquisas científicas e

tecnológicas” realizadas obteve maior média entre alunos de ambos os tipos de escolas –

privadas e públicas -, com 8,73, que optaram pela UDESC.

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91

A importância atribuída à “qualidade geral do curso” que o aluno pretendia fazer

obteve maior média entre alunos de ambos os tipos de escolas – privadas e públicas -, com

9,65, que optaram pela UDESC.

De um modo geral, verifica-se que os alunos interessados em realizar um Curso

Superior na FURB atribuem maior importância para os atributos: “preço dos cursos”,

“localização da IES escolhida”, “horário do curso” e “ações sociais e comunitárias realizadas

pela IES”. Quanto aos alunos interessados em realizar um Curso Superior na UDESC

atribuem maior importância para os atributos: “reputação no mercado de trabalho”, “infra-

estrutura”, “nível de professores”, “possibilidades de bolsas e outros auxílios financeiros”,

“reputação da IES sobre as pesquisas científicas e tecnológicas” e “qualidade geral do curso”.

Já os alunos com interesse em realizar um Curso Superior na UFSC, atribuem maior

importância para o atributo “possibilidades de realizar intercâmbio no exterior”. Por último,

os alunos com interesse em realizar um Curso Superior na UNIASSELVI, atribuem maior

importância para os atributos “localização da IES escolhida”, “opinião de amigos e familiares

sobre a IES” e “horário do curso”.

Em Bock (2002), afirma-se que a escolha do jovem tem a ver com recordações de

experiências e influências passadas sobre este assunto. Ou seja, de alguma forma a

convivência com amigos, com a família, com meios de comunicação, com as leituras e

pesquisas que já desenvolveu e até o convívio com professores permitem que se identifique

com determinada área e, em consequência, faça suas avaliações e realize a sua escolha.

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92

4.3 VERIFICAÇÃO DOS ALUNOS QUE INGRESSARAM EFETIVAMENTE NOS

CURSOS SUPERIORES DA FURB, NOS PROCESSOS SELETIVOS DO PRIMEIRO

SEMESTRE DE 2010

Para responder ao objetivo sobre quais dos alunos concluintes do Ensino Médio

ingressaram efetivamente nos Cursos Superiores da FURB, nos processos seletivos do

primeiro semestre de 2010, realizou-se uma investigação, por meio de um método

comparativo, entre a relação dos alunos que preencheram o primeiro questionário (quando da

conclusão do Ensino Médio) e o total de alunos que se matricularam na FURB em 2010/1. No

total, quatrocentos e vinte e cinco (425) alunos foram identificados e perfizeram o universo

para nova aplicação do questionário. Para complementar os dados já existentes neste estudo,

serão realizadas abaixo análises do perfil destes alunos matriculados na FURB e comparadas

as características registradas em ambos os períodos de aplicação dos questionários. Há que

registrar que, do total de 425 alunos, apenas 209 preencheram o questionário, tendo em vista

que o restante não estava na sala de aula, quando da reaplicação dos questionários da pesquisa

em 2010.

13063%

7737%

PRIVADAS

PÚBLICAS

Gráfico 15 - Caracterização geral do tipo de escola que os alunos ingressantes na FURB estudavam. Fonte: dados da pesquisa (2009).

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93

No que se refere à caracterização destes alunos, de acordo com o Gráfico 15,

verifica-se que 63% deles provieram de escolas privadas, que, representavam apenas 22% da

amostra quando da aplicação enquanto alunos concluintes do Ensino Médio. Do total de 78%

de alunos de escolas públicas que responderam à pesquisa em 2009, apenas 37% ingressou na

FURB em 2010/1.

15778%

2412%

73%

63% 4

2%4

2%

SDR BLUMENAU

SDR TIMBÓ

SDR JARAGUÁ DO SUL

SDR IBIRAMA

SDR BRUSQUE

SDR RIO DO SUL

Gráfico 16 - Localização das cidades dos alunos ingressantes na FURB, de acordo com as regiões estabelecidas pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio das SDR’s.

Fonte: Dados da pesquisa (2010).

Em relação às cidades onde residiam os alunos matriculados em 2010 que haviam

preenchido também o primeiro questionário em 2009, conforme Gráfico 16, a maior parte,

78%, são pertencentes à SDR de Blumenau, composta pelas cidades de Blumenau, Gaspar,

Ilhota, Luiz Alves e Pomerode. As demais e em percentual significativamente menor,

correspondem à SDR de Timbó, com 12%; SDR’s de Jaraguá do Sul e Ibirama, com 3%; e

SDR’s de Brusque e Rio do Sul, com 2%.

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94

10149%

9546%

73%

52%

MATUTINO

NOTURNO

INTEGRAL

VESPERTINO

Gráfico 17 - Turno em que os alunos ingressantes na FURB estudavam. Fonte: Dados da pesquisa (2010).

O Gráfico 17 mostra que em sua maioria, o turno com mais alunos ingressantes foi o

matutino, com 49%; seguido do noturno, com 46%; integral, com 3% e vespertino, com 2%.

Comparando com o turno em que estes mesmos alunos estudavam no Ensino Médio, verifica-

se que o percentual daqueles que estudavam no período matutino é igual; dos que estudavam

no noturno era menor (47%) e dos que estudavam no vespertino era um pouco maior (4%).

12259%

8641%

TRABALHA

NÃO TRABALHA

Gráfico 18 - Verificação dos alunos matriculados na FURB em 2010 que trabalhavam (segundo questionário) e que também participaram da pesquisa em 2009 (primeiro questionário).

Fonte: Dados da pesquisa (2010).

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95

O Gráfico 18 mostra que 59% do total de alunos ingressantes na FURB em 2010

trabalhavam e que 41% não trabalhavam. Quando questionados sobre essa mesma situação e

na condição de concluintes do Ensino Médio, este cenário era praticamente o contrário. Ou

seja, do total de alunos pesquisados, 58% não trabalhava e 42% trabalhava.

7839%

4723%

4221%

199%

178%

DE R$1.396,00 A R$4.650,00

DE R$4.651,00 A 11.625,00

NÃO SEI

ATÉ R$1.395,00

MAIS DE R$11.625,00

Gráfico 19 - Renda familiar dos alunos matriculados na FURB em 2010 (segundo questionário) e que

participaram da pesquisa em 2009 (primeiro questionário). Fonte: Dados da pesquisa (2010).

A renda familiar dos alunos ingressantes também foi verificada. De acordo com o

Gráfico 19, percebe-se diferenças mais significativas entre as rendas familiares mais altas. Ou

seja, se na aplicação do questionário com os alunos, enquanto concluintes do Ensino Médio, o

percentual com renda familiar entre R$4.651,00 e 11.625,00 era de 8%, enquanto ingressantes

da FURB esse valor aumentou para 23%. Situação semelhante ocorreu com aqueles com

renda familiar maior que R$11.625,00, que antes representavam 2% e depois quadriplicaram

para 8%.

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96

4.4 ATRIBUTOS CONSIDERADOS PELOS ALUNOS COM MAIOR AVALIAÇÃO

PARA ESCOLHA DE CURSOS SUPERIORES, ENQUANTO INGRESSANTES NA FURB

O quarto objetivo deste estudo relaciona-se à identificação dos atributos

considerados pelos alunos com maior avaliação para escolha de Cursos Superiores, enquanto

ingressantes na FURB. Para isso, analisou-se três perguntas do questionário, onde os alunos

atribuíram notas quanto a expectativa, desempenho e importância dos atributos.

4.4.1 Avaliações dos alunos quanto às expectativas em relação aos atributos pesquisados

Quando questionados sobre suas expectativas em relação aos atributos oferecidos

pela FURB, os alunos de ambos os tipos de escolas apresentaram as médias conforme a

Tabela 5.

ATRIBUTOS PRIVADAS PÚBLICAS Ter ambiente das aulas e do curso organizados. 9,48 9,58 Ter boas possibilidades de emprego. 9,43 9,15 Ter oportunidades de estágios durante o curso. 9,35 9,05 Alta qualidade de infra-estrutura e laboratórios. 9,31 9,10 Ter professores amigos, que passem entusiasmo pelo curso. 9,18 9,29 Oferecer formação ampla, para trabalhar em vários setores. 8,98 9,04 Oferecer formação específica e técnica, voltada para a prática. 8,87 8,87 Aplicar rapidamente os conhecimentos no trabalho. 8,72 8,81

Exigência do curso quanto estudo e dedicação. 8,73 8,71 Conseguir bolsa para cursar a faculdade. 8,03 9,05 Participar de trabalhos de pesquisa durante o curso. 8,50 8,04 Fazer amigos e ampliar rede de relacionamentos 8,27 8,39 Oferecer formação filosófica, que traga crescimento como pessoa. 8,09 8,42 Ter horário das aulas adequado. 8,04 8,30 Ter possibilidade intercâmbio no exterior. 8,03 7,70 Progredir no emprego atual. 6,92 7,35

Ter curta duração. 5,65 5,81 Tabela 5 - Média, de acordo com o tipo de escola, das notas atribuídas pelos alunos ingressantes na FURB quanto a sua expectativa em relação à FURB no que se refere aos atributos pesquisados. Fonte: Dados da pesquisa (2010).

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97

Os resultados mostram que para alunos de escolas públicas as expectativas com

maiores médias foram:

a) que o curso possa progredir o aluno em seu emprego atual, com 7,35;

b) que o curso tenha uma curta duração, para que o aluno possa progredir

rapidamente na profissão, com 5,81;

c) que o horário das aulas seja adequado às necessidades do aluno, com 8,30;

d) que o curso possibilite que o aluno consiga fazer amigos e ampliar sua rede de

relacionamentos, com 8,39;

e) que o curso proporcione uma formação ampla, onde o aluno trabalhe em vários

setores, com 9,04;

f) que o curso proporcione uma formação filosófica, que traga crescimento como

pessoa, com 8,42;

g) que o aluno possa rapidamente aplicar os conhecimentos ensinados em seu

trabalho, com 8,81;

h) que o aluno possa conseguir uma bolsa para poder cursar a faculdade, com

9,05;

i) que os professores sejam amigos e passem entusiasmo pelo curso, com 9,29;

j) que o ambiente das aulas e do curso seja organizado, com 9,58.

Para alunos de escolas privadas, as expectativas com maiores médias foram:

a) que o curso proporcione boas possibilidades de emprego depois de formado,

com 9,43;

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98

b) que o curso seja exigente quanto à necessidade de estudo e dedicação, com

8,73;

c) que o curso tenha alta qualidade de instalações e laboratórios, com 9,31.

d) que o curso ofereça possibilidade de intercâmbio no exterior, com 8,03.

e) que o aluno possa participar de trabalhos de pesquisa durante o curso, com 8,5.

f) que o curso ofereça oportunidades de estágios, com 9,35.

A expectativa de que o curso proporcione uma formação específica e técnica, voltada

para a prática, recebeu média igual de ambos os tipos de escolas, com 8,87.

Gráfico 20 - Média geral das notas atribuídas pelos alunos matriculados na FURB em 2010 (segundo

questionário) e que participaram da pesquisa em 2009 (primeiro questionário) quanto a sua expectativa em relação à FURB no que se refere aos atributos pesquisados.

Fonte: Dados da pesquisa (2010).

Ao realizar a análise das médias em geral, conforme Gráfico 20, verifica-se que os

atributos com maiores médias de expectativa para os alunos ingressantes na FURB foram:

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expectativa de que o ambiente das aulas e do curso seja organizado (9,52); que o curso

proporcione boas possibilidades de emprego depois de formado (9,33); que o curso ofereça

oportunidades de estágios (9,24); que o curso tenha alta qualidade de instalações e

laboratórios (9,23); que os professores sejam amigos e passem entusiasmo pelo curso (9,23);

que o curso proporcione uma formação ampla para que o aluno possa trabalhar em vários

setores (9).

Analisando do ponto de vista de expectativas, resultado semelhante teve o estudo de

Mund, Durieux e Tontini (2001) que elencam alguns fatores considerados importantes para os

alunos como a proximidade da IES trabalho ou à residência do candidato; o ensino de

qualidade; o preço da mensalidade; possibilidades de oportunidades profissionais;

reconhecimento no mercado de trabalho e pela sociedade como uma instituição de qualidade.

4.4.2 Avaliações dos alunos quanto ao desempenho dos atributos pesquisados

Dando continuidade ao quarto objetivo do estudo, avaliou-se o desempenho dos

atributos do ponto de vista dos alunos, na condição de ingressantes na FURB.

ATRIBUTOS PRIVADAS PÚBLICAS Infra-estrutura. 8,60 8,77 Localização de fácil acesso. 8,70 8,53

Horário das aulas. 8,64 8,65 Boa reputação no mercado. 8,39 8,90 Opinião de meus amigos e familiares. 8,36 8,68 Imagem que tenho das ações sociais e comunitárias. 8,39 8,57 Qualidade geral do curso. 8,38 8,39 Que a IES realize pesquisas científicas e tecnológicas. 8,29 8,32 Bons professores com mestrado e doutorado. 8,08 8,39 Boas possibilidades de bolsas e outros auxílios financeiros. 7,57 7,91 Possibilidades de realizar intercâmbio no exterior. 7,33 7,09

Preço dos cursos. 6,63 5,65 Tabela 6 - Média das notas, de acordo com o tipo de escola, atribuídas pelos alunos ingressantes na FURB quanto ao desempenho dos atributos pesquisados. Fonte: Dados da pesquisa (2010).

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Na Tabela 6, apresentam-se as médias das notas, divididas entre as opiniões de

alunos de escolas públicas e privadas.

Na percepção dos alunos de escolas públicas, os atributos com maior média de

desempenho foram:

a) reputação no mercado de trabalho, com 8,90;

b) infra-estrutura, com 8,77;

c) nível de professores, com 8,39;

d) possibilidades de bolsas e outros auxílios financeiros com 7,91;

e) opinião de amigos e familiares sobre a IES, com 8,68;

f) horário do curso, com 8,65;

g) ações sociais e comunitárias realizadas pela IES, com 8,31;

h) reputação da IES sobre as pesquisas científicas e tecnológicas, com 8,32;

i) opinião/avaliação dos professores do Ensino Médio sobre a IES escolhida, com

8,57.

Para alunos de escolas privadas, os atributos com maior média de desempenho

foram:

a) qualidade geral do curso que o aluno pretendia fazer, com 8,39;

b) preço dos cursos, com 6,63;

c) localização da IES escolhida, com 8,70;

d) possibilidades de realizar intercâmbio no exterior, com 7,33.

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Gráfico 21 - Média geral das notas atribuídas pelos alunos ingressantes na FURB quanto ao desempenho

dos atributos pesquisados. Fonte: Dados da pesquisa (2010).

Ao realizar a análise das médias em geral, conforme Gráfico 21 verifica-se que os

atributos com maiores médias de desempenho foram: infra-estrutura, com 8,67; localização da

IES escolhida com 8,64; horário do curso, com 8,64; e reputação da IES no mercado, com

8,58. É interessante comentar sobre a baixa média de desempeho do preço dos cursos, que

recebeu 6,27.

Ao gerar as médias gerais das notas atribuídas pelos alunos concluintes do Ensino

Médio ao desempenho dos atributos analisados, entre os que assinalaram a FURB como

primeira opção, os resultados mais significativos foram: localização da IES escolhida, com

9,53; infra-estrutura, com 9,40; qualidade geral do curso, com 9,32; e nível de professores,

com 9,31.

Ao comparar ambos os resultados, verifica-se que o desempenho dos atributos

localização da IES escolhida e infra-estrutura receberam as maiores médias. Ao separar os

resultados de ambas as pesquisas, enquanto concluintes do Ensino Médio os alunos avaliaram

a qualidade geral do curso e nível de professores com as maiores médias. Porém, na condição

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102

de ingressantes em Cursos Superiores da FURB, esses mesmos alunos atribuíram as maiores

médias ao horário do curso e a reputação da IES no mercado.

A partir desses resultados percebe-se que houve mais diferenças nas avaliações de

desempenho dos atributos do que nas expectativas. Ou seja, depois de entrar na instituição, a

expectativa pode continuar a mesma, mas a percepção da qualidade se altera.

Mainardes, Deschamps e Domingues (2008) identificaram em seu estudo os atributos

que interferem no processo de escolha dos jovens por um curso ou Instituição de Ensino

Superior, entre eles: boa reputação no mercado de trabalho; preço dos cursos oferecidos;

localização; infra-estrutura (instalações, laboratórios e biblioteca); professores qualificados;

ofertas de bolsas e outros auxílios financeiros e horário das aulas.

Ao comparar os resultados do estudo de Mainardes, Deschamps e Domingues (2008)

com os desse estudo, verifica-se que os atributos reputação da IES no mercado e horário das

aulas foram apontados com maior desempenho em ambas as pesquisas.

4.4.3 Avaliações dos alunos quanto à importância dos atributos pesquisados

A Tabela 7 apresenta as médias das notas, divididas entre as opiniões de alunos de

escolas públicas e privadas, no tocante à importância que eles avaliaram os atributos, na

condição de ingressantes da FURB.

ATRIBUTOS PRIVADAS PÚBLICAS Boa reputação no mercado. 9,41 9,31 Bons professores com mestrado e doutorado. 9,12 9,26 Boas possibilidades de bolsas e outros auxílios financeiros. 8,25 9,30 Que a IES realize pesquisas científicas e tecnológicas. 8,68 8,58 Infra-estrutura. 8,56 8,69 Qualidade geral do curso. 8,31 8,12 Localização de fácil acesso. 8,15 8,21 Opinião de meus amigos e familiares. 7,22 7,53 Horário das aulas. 7,13 7,33

Continua...

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103

...continuação. Imagem que tenho das ações sociais e comunitárias. 6,49 7,13 Preço dos cursos. 6,58 6,92

Possibilidades de realizar intercâmbio no exterior. 6,45 6,79 Tabela 7 - Média das notas atribuídas pelos alunos ingressantes na FURB quanto a importância dos atributos pesquisados, de acordo com o tipo de escola. Fonte: Dados da pesquisa (2010).

Para alunos de escolas públicas os atributos com maior média de importância foram:

a) preço dos cursos, com 6,92;

b) localização da IES escolhida, com 8,21;

c) infra-estrutura, com 8,69;

d) nível de professores, com 9,26;

e) possibilidades de bolsas e outros auxílios financeiros, com 9,30;

f) opinião de amigos e familiares sobre a IES, com 7,53;

g) possibilidades de realizar intercâmbio no exterior, com 6,79;

h) horário do curso, com 7,33;

i) ações sociais e comunitárias realizadas pela IES, com 7,13.

Para os alunos de escolas privadas, os atributos avaliados com maior média de

importância foram:

a) reputação no mercado de trabalho, com 9,41;

b) reputação da IES sobre as pesquisas científicas e tecnológicas, com 8,68;

c) qualidade geral do curso, com 8,31.

Ao realizar a análise das médias em geral, conforme Gráfico 22, verifica-se que os

atributos com maiores médias de importância e, portanto, considerados mais relevantes foram:

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“reputação da IES no mercado”, com 9,37 e “nível dos professores”, com 9,17. Houve uma

baixa média de importância dos atributos “ações sociais e comunitárias realizadas pela IES”,

com 6,73; “preço dos cursos”, com 6,71; e “possibilidades de realizar intercâmbio no

exterior”, com 6,58.

Gráfico 22 - Média geral das notas atribuídas pelos alunos ingressantes na FURB quanto à

importância dos atributos pesquisados. Fonte: Dados da pesquisa (2010).

Entre os fatores que mais influenciam a imagem de uma IES, Alves (2003) elenca

afirmando os professores e a reputação na região. Corbucci (2002) e Queiroz (2003) também

citam o número de professores com formações de alto nível e a reputação na IES entre fatores

de escolha de um Curso ou IES.

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105

4.5 VERIFICAÇÃO DAS DIFERENÇAS EXISTENTES ENTRE AS PERCEPÇÕES DOS

ALUNOS ENQUANTO CONCLUINTES DO ENSINO MÉDIO E APÓS COMO

INGRESSANTES EM CURSOS SUPERIORES

Para responder ao objetivo de verificar as diferenças existentes entre as percepções

dos alunos enquanto concluintes do Ensino Médio e após como ingressantes em Cursos

Superiores, apresenta-se abaixo a comparação entre os resultados encontrados em ambos os

períodos de aplicação da pesquisa.

4.5.1 Quanto às expectativas

Ao comparar as médias gerais das expectativas analisadas, verificou-se que na

opinião dos alunos enquanto concluintes do Ensino Médio, os atributos com maiores

avaliações foram de que o ambiente das aulas e do curso seja organizado; que o curso

proporcione boas possibilidades de emprego depois de formado; que os professores sejam

amigos e passem entusiasmo pelo curso; que o curso ofereça oportunidades de estágios; que o

curso tenha alta qualidade de instalações e laboratórios e que o curso proporcione uma

formação específica e técnica, voltada para a prática.

Na condição de ingressantes da FURB em 2010, os resultados foram os mesmos. Ou

seja, os atributos mais relevantes repetiram-se em ambas as verificações. A única diferença é

que na verificação em 2009, a expectativa de que o curso proporcione uma formação

específica e técnica, voltada para a prática, também se concentrou entre os atributos com

maior média, enquanto que em 2010 isso não ocorreu.

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4.5.2 Quanto ao desempenho

Ao comparar as médias de desempenho atribuídas pelos alunos, verificou-se que

enquanto concluintes do Ensino Médio eles avaliaram a qualidade geral do curso e nível de

professores com as maiores médias. Porém, na condição de ingressantes em Cursos

Superiores da FURB, esses mesmos alunos atribuíram as maiores médias ao horário do curso

e a reputação da IES no mercado.

4.5.3 Quanto à importância

Ao gerar as médias gerais das notas atribuídas à importância dos atributos analisados,

verificou-se que enquanto concluintes do Ensino Médio eles avaliaram a reputação da IES no

mercado, a reputação da IES sobre as pesquisas científicas e tecnológicas e o nível de

professores com maiores médias. Já na condição de ingressantes, as maiores médias foram

entre os atributos reputação da IES no mercado e nível dos professores.

4.6 ANÁLISE DA RELAÇÃO DA IMPORTÂNCIA VERSUS O DESEMPENHO DOS

ATRIBUTOS QUE INFLUENCIARAM NA DECISÃO DE ESCOLHA EFETIVA POR

CURSOS SUPERIORES NA FURB

Para responder ao objetivo de analisar a relação da importância versus o desempenho

dos atributos que influenciaram na decisão de escolha efetiva por Cursos Superiores na

FURB, os Gráficos 23 e 24 apresentam os resultados, por meio da Matriz de Importância

versus Desempenho elaborada para ambos os períodos de aplicação da pesquisa (alunos

enquanto concluintes do Ensino Médio e posteriormente como ingressantes na FURB). Após,

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107

é apresentado o Gráfico 25, que revela os atributos avaliados com maiores médias em ambos

os períodos de aplicação da pesquisa.

4.5.1 Matriz de importância e desempenho das avaliações dos alunos enquanto concluintes do

Ensino Médio

A seguir, apresenta-se a Matriz de Importância versus Desempenho dos atributos

avaliados pelos alunos, enquanto concluintes do Ensino Médio.

1

2

3

45

6

7

8

9

10

11

12

6,5

7,0

7,5

8,0

8,5

9,0

9,5

10,0

7 7,5 8 8,5 9 9,5

Importância

Desempenho

Gráfico 23 - Matriz de importância e desempenho das médias das avaliações realizadas pelos alunos,

enquanto concluintes do Ensino Médio. Fonte: Dados da pesquisa (2009).

De acordo com o Gráfico 23, os pontos fortes da FURB, localizados no quadrante I,

foram os atributos 1 (reputação no mercado de trabalho); 5 (nível de professores) e 12

(qualidade geral do curso). Estes atributos, de acordo com Garver (2003) são avaliados com

alta importância e alto desempenho e representam para a FURB uma possível vantagem

competitiva.

No quadrante II, não foi enquadrado nenhum atributo como ponto fraco.

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108

No quadrante III classificaram-se como pontos fracos menores, com baixo

desempenho e baixa importância, os atributos 2 (preço dos cursos); 6 (possibilidades de

bolsas e outros auxílios financeiros) e 8 (possibilidade de realização de intercâmbios

internacionais), não sendo necessário concentrar esforços adicionais nesses atributos.

No quadrante IV classificaram-se como pontos fracos, avaliados com baixa

importância e alto desempenho, os atributos 3 (localização); 4 (infra-estrutura); 7 (opinião de

amigos e familiares); 9 (horários das aulas); 10 (ações sociais e comunitárias) e 11 (reputação

sobre pesquisa científicas e tecnológicas realizadas). Nestes casos, a FURB pode estar

desperdiçando recursos que poderiam ser melhor aproveitados em outro lugar ou na melhoria

de outros atributos, de acordo com a teoria de Garver (2003).

4.5.2 Matriz de importância e desempenho das avaliações dos alunos enquanto ingressantes

na FURB

Concluída a avaliação dos atributos considerados com maior avaliação dos alunos

enquanto concluintes do Ensino Médio, a seguir, apresenta-se a Matriz de Importância versus

Desempenho dos atributos avaliados pelos alunos, enquanto ingressantes nos Cursos

Superiores da FURB.

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Importância

Desempenho

Gráfico 24 - Matriz de importância e desempenho das médias das avaliações realizadas pelos alunos,

enquanto ingressantes nos Cursos Superiores da FURB. Fonte: Dados da pesquisa (2010).

De acordo com o Gráfico 24, na avaliação dos alunos enquanto ingressantes, os

pontos fortes da FURB, avaliados com alta importância e alto desempenho, foram os atributos

1 (reputação no mercado de trabalho); 3 (localização); 4 (infra-estrutura); 5 (nível de

professores); 11 (reputação sobre pesquisas científicas e tecnológicas realizadas) e 12

(qualidade geral do curso).

No quadrante II, o atributo considerado como ponto fraco, com alta importância,

porém, baixo desempenho foi o de número 6 (possibilidades de bolsas e outros auxílios

financeiros).

No quadrante III classificaram-se como pontos fracos menores os atributos 2 (preço

dos cursos) e 8 (possibilidade de realizar intercâmbio no exterior). Estes atributos, portanto,

foram avaliados com baixa importância e baixo desempenho, não sendo necessário concentrar

esforços adicionais.

Por último, no quadrante IV concentraram-se os atributos 7 (opinião de amigos e

familiares); 9 (horários das aulas) e 10 (ações sociais e comunitárias), avaliados pelos alunos

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como pontos fortes menores, com alto desempenho, porém baixa importância. Nestes casos, a

FURB pode estar desperdiçando recursos que poderiam ser melhor aproveitados em outro

lugar ou na melhoria de outros atributos, de acordo com a teoria de Garver (2003).

4.5.3 Identificação dos atributos revelados em ambos os períodos

Para identificar os atributos mais relevantes na escolha pelos Cursos Superiores da

FURB, apresenta-se o Gráfico 25, que traz uma Matriz de Importância versus Desempenho a

partir das médias das avaliações dos alunos, em ambos os períodos de aplicação da pesquisa.

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6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5

Importância

Desempenho

Gráfico 25 - Matriz de importância e desempenho das médias das avaliações realizadas pelos alunos em

ambos os períodos de aplicação da pesquisa. Fonte: Dados da pesquisa (2010).

De acordo com o Gráfico 25, verifica-se que os pontos fortes e, portanto, revelados

como mais relevantes na escolha de Cursos Superiores na FURB foram os atributos 1

(reputação no mercado de trabalho); 3 (localização); 4 (infra-estrutura); 5 (nível dos

professores); 11 (reputação sobre pesquisas científicas e tecnológicas realizadas) e 12

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(qualidade geral do curso), por estarem localizados no Quadrante I, com alto desempenho e

alta importância.

É importante esclarecer que o atributo “reputação no mercado de trabalho” possui

associação com outros atributos como: “Imagem e satisfação transmitida pelos alunos atuais”;

“Reputação e visibilidade da IES no mercado”; “Resultados de pesquisa de opinião pública”;

“Tradição ou status da IES”; “Imagem funcional (tangível) e emocional (sentimentos e

atitudes)”; “Empregabilidade”; “Aceitação da IES no mercado de trabalho”. Neste sentido,

Palácio, Meneses e Pérez (2002) afirmam que a marca tem influência e deve ser considerada

como fator de decisão; a imagem externa que uma IES possui é importante e se converte em

vantagem competitiva; a imagem global é determinada por fatores cognitivos e,

principalmente fatores afetivos.

Além disso, alguns dos resultados acima corroboram com o estudo de Cerchiaro e

Mota (2010) que verificaram que o desempenho dos professores em sala de aula e a relação

entre professor e aluno exercem grande influência na percepção da qualidade dos serviços

prestados pela IES, o que implica dizer que a qualificação dos professores é apenas uma das

questões que o aluno avalia quando está em sala de aula. Ou seja, a qualidade do ensino

percebida pelos alunos vai desde o desempenho dos docentes em sala de aula, passando pela

relação entre eles e os discentes e culminando na aplicação da teoria aprendida com a prática,

através do intercâmbio entre a IES e o mercado de trabalho.

Outra questão interessante verificada por Voss, Gruber e Reppel (2010) e que está

diretamente ligada à reputação da IES no mercado e ao nível de professores, é que os docentes

devem estar abertos a sugestões e críticas e abordar temas no currículo que são interessantes

para que os alunos se preparem para desempenhar suas profissões. Os professores podem, por

exemplo, dar tarefas que são diretamente relevantes para o trabalho e usar estudos de casos

que instiguem o desenvolvimento de soluções para os problemas apresentados. Outra sugestão

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dada foi incentivar que professores estabeleçam uma relação entre a teoria e a prática,

convidando profissionais que estejam dispostos a compartilhar experiências valiosas com os

estudantes.

Dando continuidade à análise final dos atributos mais relevantes na decisão de

escolha por Cursos Superiores da FURB, verificou-se que o atributo 6 (possibilidade de

bolsas e outros auxílios financeiros) foi considerado como ponto forte menor, uma vez que se

concentrou no Quadrante IV, com alto desempenho e baixa importância.

Os pontos fracos da FURB concentraram-se no Quadrante II, com os atributos 7

(opinião de amigos e familiares); 9 (horário das aulas dos cursos) e 10 (ações sociais e

comunitárias realizadas). Nestes casos, considerando que foram avaliados com alta

importância e baixo desempenho, é importantíssimo que se tome providências para mudar

este cenário, tendo que vista que estes atributos representam muito para a IES.

Por último, os atributos 2 (preço dos cursos) e 8 (possibilidade de realizar

intercâmbios no exterior) foram classificados como pontos fracos menores, em virtude de

terem baixa importância e baixo desempenho, na opinião dos respondentes em geral.

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5 CONCLUSÃO

Realizou-se esta pesquisa com o objetivo de analisar os atributos na decisão de

escolha por Cursos Superiores da FURB, na percepção de alunos ingressantes. Para isso,

reuniu-se um conjunto de informações de interesse estratégico da Gestão Superior de uma IES

e buscou-se investigar dados específicos de um mercado considerado alvo: o aluno enquanto

concluinte do Ensino Médio e posteriormente como ingressante de um Curso Superior. Como

mencionado anteriormente na justificativa do estudo, a pesquisa com este público não é tão

comum, uma vez que se encontram mais referências em estudos realizados apenas com alunos

que já frequentam uma IES, pela facilidade de abordagem e aplicação da pesquisa.

No que se refere ao primeiro objetivo do estudo que é caracterizar os alunos

pesquisados, verificou-se que 97% dos alunos concluintes do Ensino Médio que foram

pesquisados tinham entre 16 e 18 anos; 57% eram mulheres; 78% estudavam em escolas

públicas; 49% estudavam no período matutino e 67% das escolas eram de cidades

pertencentes à SDR de Blumenau. Quanto a realização de atividades remuneradas,

trabalhavam 62% do total de homens; 78% do total de alunos que estudavam no período

noturno assim como 78% que estudavam em escolas públicas. Em seguida, no tocante à renda

familiar, 35% possuía entre R$1.318,00 e R$4.650,00 sendo que deste percentual, 85% eram

de escolas públicas. E os cursos apontados como de maior interesse por todos os alunos

pesquisados foram Administração, Educação Física e Ciências da Computação.

O segundo objetivo do estudo era identificar os atributos considerados por estes

alunos com maior avaliação para escolha de Cursos Superiores da FURB, enquanto

concluintes do Ensino Médio. Neste caso, o estudo mostrou que a maior expectativa entre eles

é de que o ambiente das aulas e do curso seja organizado; que o maior desempenho está nos

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atributos “localização”, “infra-estrutura” e “ações sociais e comunitárias realizadas pela IES”

e que eles consideram maior importância para os atributos: “preço dos cursos”, “localização

da IES escolhida”, “horário do curso” e “ações sociais e comunitárias realizadas pela IES”.

O terceiro objetivo era verificar quais destes alunos ingressaram efetivamente nos

cursos da FURB por meio dos processos seletivos do primeiro semestre de 2010. No total,

quatrocentos e vinte e cinco (425) alunos foram identificados e perfizeram o universo para

nova aplicação do questionário. Além disso, embora não constasse neste objetivo, aproveitou-

se a oportunidade e realizou-se uma nova análise das características desses ingressantes, que

haviam mudado a partir do intervalo de tempo que ocorreu entre a aplicação dos

questionários. Assim, verificou-se que 63% deles provieram de escolas privadas, que,

representavam apenas 22% da amostra quando da aplicação enquanto alunos concluintes do

Ensino Médio. Do total de 78% de alunos de escolas públicas que responderam à pesquisa em

2009, apenas 37% ingressou na FURB em 2010/1. Em relação às cidades onde residiam os

alunos matriculados em 2010 que haviam preenchido também o primeiro questionário em

2009, 78% eram pertencentes à SDR de Blumenau, composta pelas cidades de Blumenau,

Gaspar, Ilhota, Luiz Alves e Pomerode. O turno com mais alunos ingressantes foi o matutino,

com 49%; seguido do noturno, com 46%; integral, com 3% e vespertino, com 2%.

Comparando com o turno em que estes mesmos alunos estudavam no Ensino Médio

verificou-se que o percentual daqueles que estudavam no período matutino é igual; dos que

estudavam no noturno era menor (47%) e dos que estudavam no vespertino era um pouco

maior (4%). Quanto à realização de atividade remunerada, 59% do total de alunos

ingressantes na FURB em 2010 trabalhavam e 41% não trabalhavam. Quando questionados

sobre essa mesma situação e na condição de concluintes do Ensino Médio, este cenário era

praticamente o contrário. Ou seja, do total de alunos pesquisados, 58% não trabalhava e 42%

trabalhava. A renda familiar dos alunos ingressantes também foi verificada e percebeu-se

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diferenças mais significativas entre as rendas familiares mais altas. Ou seja, se na aplicação

do questionário com os alunos, enquanto concluintes do Ensino Médio, o percentual com

renda familiar entre R$4.651,00 e 11.625,00 era de 8%, enquanto ingressantes da FURB esse

valor aumentou para 23%. Situação semelhante ocorreu com aqueles com renda familiar

maior que R$11.625,00, que antes representavam 2% e depois quadriplicaram para 8%.

O quarto objetivo era identificar os atributos considerados pelos alunos com maior

avaliação para escolha de Cursos Superiores, enquanto ingressantes na FURB. Ao gerar as

médias gerais, as expectativas com maiores médias foram de que o ambiente das aulas e do

curso seja organizado; que o curso proporcione boas possibilidades de emprego depois de

formado; que os professores sejam amigos e passem entusiasmo pelo curso; que o curso

ofereça oportunidades de estágios e que o curso tenha alta qualidade de instalações e

laboratórios. Já os atributos que receberam maior desempenho foram localização da IES e

infra-estrutura; enquanto que os avaliados com maior importância foram reputação da IES no

mercado e nível de professores.

O quinto objetivo era verificar as diferenças existentes entre as percepções dos

alunos enquanto concluintes do Ensino Médio e após como ingressantes em Cursos

Superiores. Ao comparar as médias gerais das expectativas analisadas, verificou-se que na

opinião dos alunos enquanto concluintes do Ensino Médio, os atributos com maiores

avaliações foram de que o ambiente das aulas e do curso seja organizado; que o curso

proporcione boas possibilidades de emprego depois de formado; que os professores sejam

amigos e passem entusiasmo pelo curso; que o curso ofereça oportunidades de estágios; que o

curso tenha alta qualidade de instalações e laboratórios e que o curso proporcione uma

formação específica e técnica, voltada para a prática. Na condição de ingressantes da FURB

em 2010, os resultados foram os mesmos. Ou seja, os atributos mais relevantes repetiram-se

em ambas as verificações. Ao comparar as médias de desempenho, verificou-se que enquanto

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concluintes do Ensino Médio eles avaliaram a qualidade geral do curso e nível de professores

com as maiores médias. Porém, na condição de ingressantes em Cursos Superiores da FURB,

esses mesmos alunos atribuíram as maiores médias ao horário do curso e a reputação da IES

no mercado. Ao comparar as médias de importância, verificou-se que enquanto concluintes do

Ensino Médio eles consideraram a reputação da IES no mercado, a reputação da IES sobre as

pesquisas científicas e tecnológicas e o nível de professores e, na condição de ingressantes,

consideraram os atributos reputação da IES no mercado e nível dos professores.

O sexto e último objetivo, que também culmina com o objetivo geral do estudo, era

analisar a relação da importância versus o desempenho dos atributos que influenciaram na

decisão de escolha por Cursos Superiores da FURB. O resultado encontrado, por meio de uma

Matriz de Importância versus Desempenho, mostrou que os pontos fortes na escolha de

Cursos Superiores na FURB foram os atributos reputação no mercado de trabalho;

localização; infra-estrutura; nível dos professores; reputação sobre pesquisas científicas e

tecnológicas realizadas e qualidade geral do curso, por estarem localizados no Quadrante I,

com alto desempenho e alta importância.

No tocante às limitações da pesquisa, há que registrar que, do total de 425

ingressantes, apenas 209 preencheram o questionário, tendo em vista que o restante não estava

na sala de aula, quando da reaplicação da pesquisa em 2010.

A principal contribuição teórica está na aplicação dos resultados encontrados pela

Matriz de Importância versus Desempenho onde é possível identificar os atributos que

merecem a realização de ações para promovê-los.

Para próximos estudos sugere-se que seja verificada a opinião dos mesmos

estudantes pesquisados, enquanto acadêmicos da FURB, após o primeiro ano de estudos. Com

isso, será possível verificar as mudanças e estabelecer ações de retenção destes alunos, com

base nos atributos que eles continuam considerando relevantes.

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APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO DE PESQUISA 2009

1) Nome completo:

2) Colégio em que estuda:

3) Série: 4) Período: ( ) Matutino ( ) Vespertino ( ) Noturno

5) Endereço residencial: 6) Nº:

7) CEP:

8) Cidade: 9) Estado:

10) Telefone residencial: 11) Telefone celular:

12) E-mail: 13) Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 14) Idade:

15) Data de Nascimento(dia/mês/ano): 16) CPF:

17) Você trabalha? ( ) Sim ( ) Não 18) Se sim, em que período? ( ) Matutino ( ) Vespertino ( ) Noturno ( ) Integral

19) Qual a renda de sua família, em R$? ( ) até R$ 1.395,00 ( ) de R$ 1.396,00 a R$ 4.650,00 ( ) de R$ 4.651 a R$ 11.625,00 ( ) mais de R$ 11.625,00 ( ) não sei

20) Qual a sua renda pessoal, em R$? ( ) não tenho. ( ) até 500,00 ( ) de 501,00 a 1.000,00 ( ) de 1.001,00 a 1.395,00 ( ) mais de 1.395,00

21) Que tipo de curso você está interessado em fazer após concluir o Ensino Médio? (assinale 1 opção) ( ) curso superior ( ) curso técnico ( ) curso profissionalizante (tecnologia ou tecnólogo) ( ) cursos curtos, de aperfeiçoamento ( ) não tenho interesse em continuar estudando

22) Se você está interessado em fazer um curso superior, quando pretende iniciar? (assinale 1 opção) ( ) assim que concluir o Ensino Médio ( ) após 6 meses de conclusão do Ensino Médio ( ) após 1 ano de conclusão do Ensino Médio ( ) após 2 anos de conclusão do Ensino Médio ( ) não sei

23) Assinale 3 cursos que mais lhe interessam, marcando: (1) 1ª opção, (2) 2ª opção e (3) 3ª opção (pode marcar cursos em mais de uma área).

24) Quão decidido você está em fazer o curso que marcou como 1ª opção na questão 23?

Totalmente Indeciso

Totalmente Decidido

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

25) Associe a importância (coluna da esquerda) com os períodos (coluna da direita), para identificar o seu grau de interesse pelo horário em realizar um curso superior. Sendo (1º) o fator mais importante, (2º) o segundo mais importante, até o 4º para o menos importante.

Prioridade 1º ( ) a. Integral

ÁREA: BIOLÓGICAS E SAÚDE (1) (2) (3) Ciências Biológicas (1) (2) (3) Biotecnologia (1) (2) (3) Educação Física (1) (2) (3) Enfermagem (1) (2) (3) Farmácia (1) (2) (3) Fisioterapia (1) (2) (3) Medicina (1) (2) (3) Medicina Veterinária (1) (2) (3) Nutrição (1) (2) (3) Odontologia (1) (2) (3) Química

ÁREA: EXATAS E TECNOLÓGICAS (1) (2) (3) Arquitetura e Urbanismo (1) (2) (3) Ciência da Computação (1) (2) (3) Engenharia Civil (1) (2) (3) Engenharia de Produção (1) (2) (3) Engenharia de Telecomunicações (1) (2) (3) Engenharia Florestal (1) (2) (3) Engenharia Elétrica (1) (2) (3) Engenharia Química (1) (2) (3) Engenharia Mecânica (1) (2) (3) Mecatrônica (1) (2) (3) Licenciatura em Computação (1) (2) (3) Matemática (1) (2) (3) Sistemas de Informação (1) (2) (3) Tecnologia em Processos Industriais

ÁREA: SOCIAIS APLICADAS E HUMANAS (1) (2) (3) Administração (1) (2) (3) Artes (1) (2) (3) Ciências Contábeis (1) (2) (3) Ciências da Religião (1) (2) (3) Ciências Econômicas (1) (2) (3) Ciências Sociais (1) (2) (3) Comércio Exterior (1) (2) (3) Design (1) (2) (3) Direito (1) (2) (3) História (1) (2) (3) Jornalismo (1) (2) (3) Letras (1) (2) (3) Moda (1) (2) (3) Marketing (1) (2) (3) Pedagogia (1) (2) (3) Psicologia (1) (2) (3) Publicidade e Propaganda (1) (2) (3) Secretariado Executivo Bilíngüe (1) (2) (3) Serviço Social (1) (2) (3) Turismo e Lazer (1) (2) (3) Outro. Qual? _________________________________

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2º ( ) b. Matutino 3º ( ) c. Vespertino 4º ( ) d. Noturno

26) Considerando o curso que você marcou como 1ª opção na questão 23, quais os valores de mensalidade que atribuiria de acordo com as situações abaixo? Seria normal Consideraria excessivo Muito barato duvidaria da qualidade R$ R$ R$

27) Quais dos meios abaixo você utiliza ou utilizou para formar uma idéia do curso ou instituição que você quer cursar na faculdade? Não Utilizo ou Utilizei Utilizei um Pouco Utilizei Muito O Site da Instituição na Internet Meus Professores A opinião de meus Pais A opinião de meus amigos Reportagens em revistas e Jornais Programas e anúncios em Rádio Anúncios na TV Orkut, Blogs e Twiter Outros (o quê?):

28) Assinale o que você espera de seu curso e da instituição que você escolher para fazer a faculdade:

Discordo totalmente Concordo totalmente

Que o curso proporcione boas possibilidades de emprego depois de formado 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que eu possa progredir em meu emprego atual 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso seja exigente quanto à necessidade de estudo e dedicação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso tenha alta qualidade de instalações e laboratórios. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso ofereça possibilidade de intercâmbio no exterior 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso tenha uma curta duração, para que eu possa ingressar rapidamente na profissão 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o horário das aulas seja adequado às minhas necessidades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que eu consiga fazer amigos e ampliar minha rede de relacionamentos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso proporcione uma formação específica e técnica, voltada para a prática 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso proporcione uma formação ampla, para que eu possa trabalhar em vários setores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso proporcione uma formação filosófica, que me traga crescimento como pessoa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que eu possa aplicar os conhecimentos ensinados rapidamente em meu trabalho 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que eu possa participar de trabalhos de pesquisa durante o curso 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que eu possa conseguir uma bolsa para poder cursar a faculdade 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que os professores sejam amigos e passem entusiasmo pelo curso 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso ofereça oportunidade de estágios 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o ambiente das aulas e do curso seja organizado 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

29) Escreva, em ordem de preferência, até 3 instituições onde você pretende fazer seu curso superior, caso venha a se decidir por cursar um:

(1ª) _______________________ (2ª) ______________________ (3ª) _______________________

30) Caso você viesse a fazer um curso superior agora, quão decidido você estaria em escolher a instituição que citou como 1ª na questão 29.

Totalmente Indeciso

Totalmente Decidido

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

31) Na escala de 1 a 5, qual a sua percepção sobre a qualidade desta instituição?

Pouca qualidade Alta qualidade

1 2 3 4 5

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32) Dê uma nota (0 a 10) para sua percepção sobre o desempenho das Instituições que você marcou na questão 29, conforme a ordem de preferência colocada. Se não souber avaliar um item para alguma Instituição, deixe a célula em branco. 1º 2º 3º Reputação no mercado de trabalho O preço dos cursos Sua localização A infra-estrutura (instalações, laboratórios e biblioteca) Nível de professores Possibilidade de bolsas e outros auxílios financeiros aos seus alunos. Opinião de meus amigos e familiares Possibilidades de realizar intercâmbio no exterior. Horário das aulas do curso que quero fazer Ações sociais e comunitárias realizadas pela Instituição Reputação sobre as pesquisas científicas e tecnológicas realizadas Avaliação de meus professores sobre esta Instituição Qualidade geral do curso que quero fazer

33) Assinale seu grau de concordância com as afirmações abaixo referente decisão sobre qual Instituição de Ensino Superior (IES) pretende fazer a faculdade.

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

É extremamente importante que a IES tenha uma boa reputação no mercado de trabalho. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

O preço dos cursos é um fator chave em minha decisão. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

É extremamente importante que a localização seja de fácil acesso. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A infra-estrutura (instalações, laboratórios e biblioteca) da IES é fator importante em minha escolha. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

É extremamente importante que a Instituição tenha professores com mestrado e doutorado. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Para mim, é fundamental que a Instituição ofereça possibilidades de bolsas e outros auxílios financeiros 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A opinião de meus amigos e familiares sobre a IES é um fator muito relevante em minha escolha. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A possibilidade de realizar intercâmbio no exterior me atrairia muito para estudar em uma IES. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

O horário das aulas do curso que quero fazer é um fator importante na decisão entre uma IES e outra. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A imagem que tenho das ações sociais e comunitárias da IES é muito importante em minha escolha. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

É importante que a IES que eu estude também realize pesquisas científicas e tecnológicas. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Busco auxílio de meus professores para me ajudar a decidir sobre qual IES eu deveria ingressar. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A qualidade geral do curso que quero fazer é o primeiro fator que avalio ou avaliarei 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO DE PESQUISA 2010

1) Nome completo:

2) Endereço residencial: 3) Nº: 4) CEP:

5) Cidade: 6) Estado: 7) Telefone:

8) E-mail: 9) Sexo: ( ) M ( ) F 10) Idade:

11) Data de Nascimento(dia/mês/ano): 12) CPF:

13) Você trabalha? ( ) Sim ( ) Não 14) Se sim, em que período? ( ) Matutino ( ) Vespertino ( ) Noturno ( ) Integral 15) Qual a renda de sua família, em R$? ( ) até R$ 1.395,00 ( ) de R$ 1.396,00 a R$ 4.650,00 ( ) de R$ 4.651 a R$ 11.625,00 ( ) mais de R$ 11.625,00 ( ) não sei 16) Qual a sua renda pessoal, em R$? ( ) não tenho. ( ) até 500,00 ( ) de 501,00 a 1.000,00 ( ) de 1.001,00 a 1.395,00 ( ) + de 1.395,00 17) Assinale abaixo o curso em que você está matriculado na FURB. ( ) Administração ( ) Arquitetura e Urbanismo ( ) Artes ( ) Ciências Biológicas ( ) Ciências Contábeis ( ) Ciências da Computação ( ) Ciências da Religião ( ) Ciências Econômicas ( ) Ciências Sociais ( ) Comunicação Social

( ) Design ( ) Direito ( ) Educação Física ( ) Enfermagem ( ) Engenharia Civil ( ) Engenharia de Produção ( ) Engenharia de Telecomunicações ( ) Engenharia Elétrica ( ) Engenharia Florestal ( ) Engenharia Química

( ) Farmácia ( ) Fisioterapia ( ) História ( ) Letras ( ) Licenciatura em Alemão ( ) Licenciatura em Computação ( ) Matemática ( ) Medicina ( ) Medicina Veterinária ( ) Moda ( ) Nutrição

( ) Odontologia ( ) Pedagogia ( ) Psicologia ( ) Química ( ) Secretariado Executivo Bilíngüe ( ) Serviço Social ( ) Sistemas de Informação ( ) Tecnologia em Comércio Exterior ( ) Tecnologia em Marketing ( ) Tecnologia em Eletromecânica ( ) Turismo e Lazer

18) Qual o período em que você está estudando neste curso. ( ) Integral ( ) Matutino ( ) Vespertino ( ) Noturno 19) Assinale os 3 meios que mais contribuíram para você formar uma opinião sobre a FURB: ( ) O Site da Instituição na Internet ( ) Meus Professores ( ) A opinião de meus Pais ( ) A opinião de meus amigos ( ) Reportagens em revistas e Jornais ( ) Programas e anúncios em Rádio ( ) Anúncios na TV ( ) Orkut, Blogs, Twitter, etc. ( ) Outros (quais?): __________________________________________________________________________________________________________ 20) Assinale o que você espera de seu curso na FURB durante o período que estiver estudando:

Discordo totalmente Concordo totalmente

Que o curso proporcione boas possibilidades de emprego depois de formado. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que eu possa progredir em meu emprego atual. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso seja exigente quanto à necessidade de estudo e dedicação. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso tenha alta qualidade de instalações e laboratórios. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso ofereça possibilidade de intercâmbio no exterior. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso tenha uma curta duração, para que eu possa ingressar rapidamente na profissão. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o horário das aulas seja adequado às minhas necessidades. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que eu consiga fazer amigos e ampliar minha rede de relacionamentos. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso proporcione uma formação específica e técnica, voltada para a prática. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso proporcione uma formação ampla, para que eu possa trabalhar em vários setores. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso proporcione uma formação filosófica, que me traga crescimento como pessoa. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que eu possa aplicar os conhecimentos ensinados rapidamente em meu trabalho. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que eu possa participar de trabalhos de pesquisa durante o curso. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que eu possa conseguir uma bolsa para poder cursar a faculdade. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que os professores sejam amigos e passem entusiasmo pelo curso. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o curso ofereça oportunidade de estágios. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Que o ambiente das aulas e do curso seja organizado. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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21) Dê uma nota (0 a 10) para sua percepção sobre o desempenho da FURB nos seguintes itens: Itens Nota Nota Reputação no mercado de trabalho Possibilidades de realizar intercâmbio no exterior. O preço dos cursos Horário das aulas do curso que faço. Sua localização Ações sociais e comunitárias realizadas pela Instituição A infra-estrutura (instalações, laboratórios e biblioteca) Reputação sobre as pesquisas científicas e tecnológicas realizadas Nível de professores Avaliação de meus professores sobre esta Instituição Possibilidade de bolsas e outros auxílios financeiros aos seus alunos. Qualidade geral do curso que faço Opinião de meus amigos e familiares

22) Assinale seu grau de concordância com as afirmações abaixo referente decisão em escolher a FURB como instituição para fazer seu curso superior:

Discordo Totalmente Concordo Totalmente

É extremamente importante que a FURB tenha uma boa reputação no mercado de trabalho. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

O preço dos cursos foi um fator chave em minha decisão. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

É extremamente importante que a localização seja de fácil acesso. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A infra-estrutura (instalações, laboratórios e biblioteca) da FURB foi fator importante em minha escolha 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

É extremamente importante que a FURB tenha professores com mestrado e doutorado. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Para mim, é fundamental que a FURB ofereça possibilidades de bolsas e outros auxílios financeiros. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A opinião de meus amigos e familiares sobre a FURB foi um fator muito relevante em minha escolha. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A possibilidade de realizar intercâmbio no exterior me atraiu muito para estudar na FURB. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

O horário das aulas do curso que faço foi um fator importante na escolha pela FURB. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A imagem que tenho das ações sociais e comunitárias da FURB foi muito importante em minha escolha. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

É importante que a FURB realize pesquisas científicas e tecnológicas. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Busquei auxílio de meus professores para me ajudar a decidir sobre qual IES eu deveria ingressar. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A qualidade geral do curso que faço foi o primeiro fator que avaliei ao escolher a FURB para estudar. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10