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UNIVERSIDADE POSITIVO NÚCLEO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA ALESSANDRA APARECIDA DE SOUZA PATRÍCIA NIENKOTTER SAD DESCARTE DO MATERIAL PERFURO CORTANTE POR PACIENTE INSULINO DEPENDENTE CURITIBA 2008

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UNIVERSIDADE POSITIVO

NÚCLEO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

ALESSANDRA APARECIDA DE SOUZA

PATRÍCIA NIENKOTTER SAD

DESCARTE DO MATERIAL PERFURO CORTANTE POR PACIENTE INSULINO

DEPENDENTE

CURITIBA

2008

ALESSANDRA APARECIDA DE SOUZA

PATRÍCIA NIENKOTTER SAD

DESCARTE DO MATERIAL PERFURO CORTANTE POR PACIENTE

INSULINO DEPENDENTE

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Saúde Coletiva da Universidade Positivo, como requisito a obtenção de título de especialista Orientadora: Profª Maria da Graça Kfouri Lopes

CURITIBA

2008

Resumo

Na categoria de lixo contaminante se encaixa o material pérfuro cortante utilizado para injetar medicamentos em âmbito domiciliar. Uma das patologias que exige injeção diária de medicamento é a Diabetes Mellitus que se caracteriza como doença metabólica decorrente de distúrbio na secreção e ou ação da insulina e se classifica em Tipo I e Tipo II. Os portadores de Diabetes do Tipo I produzem pouca ou nenhuma insulina e precisam de injeções diárias deste hormônio para controlar os níveis de glicose no sangue sob pena de apresentar complicações severas e em casos mais graves, vir a óbito. A frequência de injeções, normalmente realizadas em domicílio pelo próprio paciente ou cuidadores, é um complicador para o gerenciamento dos resíduos, pois eles podem se misturar ao lixo comum ou ao reciclável. A pesquisa constitui-se no levantamento de dados referentes ao descarte de material pérfuro cortante utilizado em casa, por meio de entrevistas realizadas a portadores de Diabetes do tipo I, por ocasião de visitas domiciliares. Além disto, levantamento dos critérios adotados pela US, referentes à entrega do medicamento de uso contínuo e do material para a injeção e seu recolhimento. Os dados foram submetidos a tratamento qualiquantitativo. Dos sujeitos que responderam a pesquisa, 76% se encontram na faixa de 2 aplicações diárias de insulina. Do total de pacientes, 50% relataram que jogam o material utilizado para a injeção de insulina, no lixo comum, sem qualquer cuidado especial e 15% jogam no lixo reciclável. Em recipientes fechados como garrafas “pet” e latas tampadas, 35% dos entrevistados relataram que descartam o resíduo e a reutilização é feita somente por 5% dos pacientes. Quanto às informações para o descarte correto dos resíduos, 65% relataram não ter recebido qualquer tipo de orientação, 30% disseram que receberam e 5% não respondeu. A origem da informação foi do pessoal da US para 50% dos que foram informados, 15% do médico e os demais não indicaram de quem obtiveram a orientação.O conteúdo das respostas abertas demonstram o desconhecimento da maioria dos pacientes em relação ao descarte correto do material perfuro cortante. Conclui-se que não há protocolo estabelecido para o descarte do lixo pérfuro cortante contaminado, quando se trata de uso doméstico. A orientação fornecida não é suficiente para evitar impactos ambientais e para a saúde coletiva já que a maioria dos entrevistados relata que joga as agulhas em lixo comum ou reciclável, demonstrando total desconhecimento dos desfechos danosos que esta prática pode acarretar para a população e para a natureza.

Palavras-chave: Resíduo doméstico. Educação continuada. Agulhas de insulina

SUMÁRIO

RESUMO.......................................................................................................................

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 01

2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 03

3 METODOLOGIA .................................................................................................... 11

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 13

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 17

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19

ANEXOS ................................................................................................................... 23

1

1 INTRODUÇÃO

O crescimento desordenado das cidades, e o desenvolvimento tecnológico

fazem com que haja um aumento do volume e variedade dos resíduos gerados

(CUSSIOL, 2006).

Embora exista consciência dos problemas ambientais, os movimentos

mundiais de proteção da natureza e do meio ambiente atuam descoordenadamente

e não conseguem abranger todas as populações (FERREIRA, 1995).

Os resíduos domiciliares, muitas vezes, se assemelham com os resíduos de

serviço de saúde. Isto se dá com os resíduos pérfuro cortantes como agulhas

utilizadas por pacientes insulino dependentes, estes resíduos são muitas vezes

encontrados em meio aos resíduos domiciliares, caracterizados como resíduos

comuns. Esta preocupação se acentua devido aos índices alarmantes do aumento

de pacientes portadores de doenças crônicas como o diabetes (BRUNNER &

SUDDARTH, 2005, p. 1216-1217).

Diabetes é uma doença crônica metabólica caracterizada por níveis elevados

de glicose no sangue (hiperglicemia) decorrente dos defeitos na secreção e ou ação

da insulina que pode ser classificada como: Tipo I e Tipo II (BRUNNER &

SUDDARTH, 2005, p. 1216-1217).

Aproximadamente de 5 a 10 % das pessoas com diabetes possuem diabetes

do tipo I elas produzem pouca ou nenhuma insulina e precisam de injeções desse

hormônio para controlar seus níveis de glicose no sangue. O diabetes do tipo I

caracteriza-se por um inicio agudo, comumente antes dos 30 anos (BRUNNER &

SUDDARTH, 2005 pg. 1216-1217).

Aproximadamente 90 a 95% das pessoas com diabetes possuem este

distúrbio do tipo II da doença, o qual é primeiramente tratado com dieta e exercício.

Quando os níveis de glicose elevada persistem, a dieta e o exercício são

suplementados com agentes hipoglicemiantes orais. Em alguns indivíduos com

diabetes tipo II, os agentes orais não controlam a hiperglicemia, sendo necessárias

as injeções de insulina. Esse tipo é mais freqüente entre pessoas com mais de 30

anos de idade e obesas (BRUNNER & SUDDARTH, 2005, p. 1217).

Considerando o alto índice de pacientes portadores desta doença há uma

preocupação de como está sendo feito o acondicionamento e o descarte do resíduo

2

pérfuro cortante “agulha de insulina” gerado por este paciente, que muitas vezes não

tem informações corretas sobre o tipo de lixo contaminante por ele produzido.

O objetivo deste estudo é verificar se existe alguma orientação ao paciente

quanto ao tipo de resíduo que ele produz, conhecimento do mesmo sobre formas

corretas de acondicionamento e descarte do material pérfuro cortante (agulhas)

residuais da automedicação (insulina) em ambiente doméstico e sobre sua co-

responsabilidade no âmbito-social.

3

2 REVISÃO DE LITERATURA

O diabetes Mellitus com suas complicações agudas e crônicas é considerada,

um problema de saúde pública que compromete a produtividade, qualidade de vida

e sobrevida dos indivíduos envolvendo custos altos e elevados para seu controle e

terapêutica (CASTRO, 2005).

Com elevadas taxas de mobimortalidade transformou-se em um problema de

saúde pública endêmica com mais de 100 milhões de casos e a tendência e

aumentar nos próximos 10 anos (WHITE, F, apud CASTRO, 2005. p. 20).

De acordo com critérios epidemiológicos as doenças crônicas destacam-se

pelas condições persistentes não transmissíveis caracterizada pela ausência de

micro-organismos, trajetória clinica e irreversibilidade do quadro, como é o caso da

diabetes mellitus, que está frequentemente associada a complicações agudas e

crônicas (LESSA, 1998 apud CASTRO, 2005.p. 20).

No estado diabético, as células podem parar de responder à insulina ou o

pâncreas pode parar totalmente de produzi-la o que leva à hiperglicemia, a qual

pode resultar em complicações metabólicas agudas como a cetoacidose diabética, a

síndrome não cetótica e hiperosmolar hiperglicêmica, diabetes gestacional em certas

síndromes pancreáticas e endocrinopatias (LESSA, 1998, apud CASTRO, 2005, p.

20).

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que controla o nível de

glicose no sangue e regula a produção e o armazenamento de glicose.

A partir de 1921, a insulina foi introduzida como terapêutica, trazendo uma

melhor qualidade e expectativa de vida aos diabéticos (KRALL, 1993 apud SOUZA,

s.d.).

A insulina comercializada é um hormônio protéico com duas cadeias interligadas de aminoácidos, não podendo ser administrada por via oral, pois é degradada pelas enzimas digestivas e intestinais. A maior parte da insulina fabricada é extraída do pâncreas bovino e suíno, que é bem parecido com humano,existem também as produzidas quimicamente sintetizadas por técnicas de recombinação de DNA a partir de bactérias ou de células de outros tecidos , que se apresentam livres de impurezas e uma menor ação antigênica (SOUZA, s.d,2000.).

4

Na tentativa de conseguir um bom controle metabólico junto aos portadores

de diabetes, o tratamento substitutivo com insulina exógena constitui-se em opção

terapêutica e eficiente, frente a esta deficiência parcial ou total da secreção da

insulina pelo pâncreas (SOUZA, s.d.2000.).

Hoje o mercado dispõe de vários instrumentos para aplicação da insulina tais

como, seringas descartáveis, canetas de insulina, injetores a jato e bombas de

infusão de insulina, mas por outro lado poucos têm acesso a esta tecnologia de

ponta, sendo que devido ao alto custo com o tratamento a maioria dos portadores

utilizam principalmente a seringa descartável, e na tentativa de reduzir custo alguns

até reutilizam a mesma agulha e seringa varias vezes (KRALL, 1993, apud SOUZA,

s.d.).

O diabetes mellitus afeta aproximadamente 17 milhões de pessoas, das quais

5,9 milhões não estão diagnosticadas, em particular atinge os idosos com até 50%

de pessoas com mais de 65 anos de idade sofrendo algum grau de intolerância a

glicose entre os adultos (BRUNNER & SUDDARTH, 2005 p. 1216).

Nos Estados Unidos o diabetes é a principal causa de amputações não –

traumáticas, cegueira entre adultos em idade produtiva e de doença renal em

estagio terminal, é a terceira causa principal de morte por doenças especialmente,

cardiovasculares (BRUNNER & SUDDARTH, 2005 p. 1216).

As taxas de hospitalização para pessoas com diabetes são 2,4 vezes maiores

entre os adultos e 5,3 vezes maiores entre crianças do que na população em geral

(BRUNNER & SUDDARTH, 2005 p. 1216).

O impacto econômico da doença continua a subir devido ao alto custo do

tratamento da população portadora de diabetes. Os casos diagnosticados de

diabetes aumentaram 49% de 1990 para 2000 espera-se que tal número continue se

elevando (BRUNNER & SUDDARTH, 2005 p. 1217).

Na prática, frequentemente não só o paciente sente as consequências de

estar doente; sua família também pode, de certo modo, adoecer junto com ele.

Como em toda doença crônica, as transformações geradas pelo diagnostico de

diabetes mellitus também são inevitáveis aos membros da família. Os familiares

muitas vezes reagem com pouco controle sobre a vida do paciente diabético, devido

ao caráter assintomático da doença (SANTOS, 2005).

O tratamento também dependerá muito da motivação pessoal, aceitação da

doença, e apoio familiar (SANTOS, 2005).

5

De acordo com a NBR nº 10004/87 da ABNT que define como “resíduo sólido

domiciliar é aquele originado da vida diária das residências, constituído por restos

de alimentos, produtos deteriorados, jornais e revistas ,garrafas embalagens em

geral, papel higiênico e fraldas descartáveis” (BRASIL, 2006).

Segundo esta definição, é de se esperar que uma fração dos resíduos sólidos

domiciliares seja composta por resíduos infectantes, já que fezes, sangue, exsudato

e secreções estão presentes em papéis higiênicos, absorventes, fraldas

descartáveis, lenços de papel, curativos, agulhas de usuários de insulina etc.

(CUSSIOL, 2006).

Considerando que a maioria dos 5.507 Municípios brasileiros utilizam-se de

lixões para despejar seus resíduos e que grande parte deles não é coletada

segundo (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) permanecendo perto dos

domicílios ou em terrenos baldios, tem-se como consequência desta prática , uma

serie de impactos ambientais em todos os sistemas, tornando-se o problema

ambientais e de saúde pública (Instituto Brasileiro de Geografia, 2002 apud

CUSSIOL, 2006).

Em 2002 foi realizada uma pesquisa na região sul de Belo Horizonte onde foi

levado em consideração a disposição final de resíduos sólidos. Contatou-se que os

resíduos infectantes de origem domiciliar corresponderam ao dobro dos resíduos de

unidade de serviços de saúde. A discussão foi feita à égide dos perigos à saúde e

segurança dos trabalhadores da coleta formal (garis) e informal (catadores de rua e

lixões) (CUSSIOL, 2006).

Embora não existam dúvidas sobre a importância da atividade de limpeza

urbana para o meio ambiente e para a saúde da população, esta percepção não se

tem traduzido boas ações efetivas que possibilitem mudanças qualitativas na

situação atual em que se encontram, de forma geral os sistemas de gerenciamento

de resíduos urbanos em toda América Latina, inclusive Brasil (FERREIRA, 2001).

Os efeitos adversos dos resíduos sólidos municipais no meio ambiente, na

saúde coletiva e na saúde do individuo, apontam as deficiências nos sistemas de

coleta e disposição final e ausência de uma política de proteção á saúde do

trabalhador, como os principais fatores geradores desses efeitos (FERREIRA, 2001).

O ser humano pode ser atingido de diversas formas pelos efeitos indesejáveis

do lixo, devido o seu ambiente favorável à atração de diversos animais e micro-

organismos veiculadores de doenças (CATAPRETA, 1999).

6

Devido à possibilidade de sobrevida dos microorganismos no lixo diante de

matéria orgânica é que este tem se tornado um problema de saúde pública.

Segundo, Adde (2006) “salmonela tiphi pode sobreviver no lixo de 29 a 70

dias, entamoeba hystolítica de 8 a 12 dias, leptospira interrogans de 15 a 43 dias,

mycobacterium tuberculosis de 150 a 180 dias”.

A exposição a acidentes com agulhas hipodérmicas e a eventual presença de

micro-organismos patogênicos podem ser responsáveis por acometimentos de

hepatites B, AIDS entre outras doenças, aos trabalhadores, que realizam a coleta

formal e informal, este resíduo normalmente fazem parte do lixo domiciliar comum

(FERREIRA, 2001).

Apesar desse reconhecimento, são escassos os estudos e pesquisas

realizadas no Brasil e na América Latina sobre o assunto principalmente os que

dizem respeito a resíduos comuns domiciliares (FERREIRA, 2001).

Segundo Cussiol; Rocha; Lange (2006), o resíduo domiciliar também pode

estar composto por resíduos infectantes, com alta concentração de micro-

organismos de diferentes níveis de virulência e grau de infectividade.

Os resíduos domiciliares, muitas vezes, se assemelham com os resíduos de

serviço de saúde.Isto se dá com os resíduos pérfuro cortantes como agulhas

utilizadas por pacientes insulino dependentes, estes resíduos são muitas vezes

encontrados em meio aos resíduos domiciliares, caracterizados como resíduos

comuns. Esta preocupação se acentua devido aos índices alarmantes do aumento

de pacientes portadores de doenças crônicas (CUSSIOL, 2006).

Os pacientes portadores de Diabetes Mellitus insulino dependente,

apresentam-se como um importante produtor de lixo sólido de saúde pelo fato de ser

usuário rotineiro de seringas e agulhas descartáveis em seu domicilio, e contribui de

forma substancial na produção de lixo com alto poder invasivo aliado ao fato de ser

contaminado com sangue.

Os resíduos pérfuro cortantes frequentemente não recebem

acondicionamento correto e nem o descarte adequado, ocasionando problemas a

saúde dos trabalhadores que têm contato direto com eles.

Estudos científicos confirmam que o estágio ambiental de patógenos

presentes nestes resíduos mostram a sobrevivência do infectante do vírus da

Hepatite B ou C, durante uma semana em uma gota de sangue retida de uma

agulha hipodérmica (SILVA, 2002).

7

A população que mantém um contato direto com estes resíduos são os que

realizam a coleta pública e os informais chamados “catadores” que ao recolherem o

lixo correm todos os tipos de riscos de contaminação presente nos resíduos (SILVA,

2002). A exposição acidental com agulhas hipodérmicas e a eventual presença de

micro-organismos patogênicos podem ser responsáveis por acometimentos destas

entre outras doenças, nos trabalhadores da coleta pública e os informais.

A principal dificuldade na definição das populações expostas aos efeitos

diretos e indiretos do gerenciamento inadequado dos resíduos sólidos municipais

está no fato de os sistemas de informação e monitoramento sobre saúde e meio

ambiente não abrangerem os aspectos coletivos das populações (FERREIRA,

2001).

As instituições de saúde não podem mais cuidar do lixo apenas do ponto de

vista do controle de infecções, mas precisam também considerar as questões

ambientais o que envolve questionamentos dos hábitos, costumes, análise de

fatores econômicos e culturais (BRITO, 2000).

Conforme Catapreta (1999):

A influência do manejo inadequado dos resíduos sólidos urbanos sobre a saúde humana tem despertado a atenção de diversas entidades e profissionais ligados ao saneamento, fase à presença nas cidades de inúmeros locais de acúmulo de lixo que propiciam um triste quadro de degradação social e ambiental.

No entanto não existe uma legislação que regulamente o lixo hospitalar

domestico, que muitas vezes é ignorado é tem sua importância subestimada pelos

usuários domésticos (FERREIRA, 2001).

Apesar desse reconhecimento, são escassos os estudos e pesquisas

realizadas no Brasil e na América Latina sobre o assunto principalmente os que

dizem respeito a resíduos comuns domiciliares.

Verificou-se que a reutilização das agulhas de insulina é frequente entre os

pacientes insulinos dependentes.

De acordo com literatura a reutilização de seringas descartáveis de

portadores de diabetes está sujeita a riscos de infecção, pois agulha depois de

algumas reutilizações mostram-se danificadas podendo acumular resíduos em seu

lúmen.

8

Segundo a Divisão de Medicamentos (DIMED) no Brasil, através da portaria

nº3, de 07/02/1986, proíbe qualquer pratica na reutilização descartável em serviço

hospitalar, público ou privado, porem nenhuma legislação vigente sita esta pratica a

nível domestico (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2007).

Até mesmo entre os estudiosos deste assunto existe uma contradição com

relação ao armazenamento e reutilização das agulhas.

O armazenamento da agulha reutilizada deve ser feito da seguinte maneira;

recolocar o protetor de agulha após aplicação de insulina e guarda-lo no congelador

para evitar o crescimento de micro-organismos, a autora instrui ao paciente em seu

domicilio que a seringa e agulha devem ser descartadas quando se observar

qualquer alteração macroscópica ou quando perceber sinais subjetivos como: dor na

picada, ardor, vermelhidão, abscessos ou qualquer anormalidade nos locais de

aplicação (CASTRO, 2005).

Em contrapartida as seringas guardadas em geladeira mostraram a

proliferação de vários micro-organismos como Staphylococcus sp, Staphylococcus

aureus, Staphylococcus epidermidis, corinebacterium, Staphylococcus coagulase

negativa, diphteroides, Streptococcus viridians, streptococcus não hemolíticos,

enterobacter cloacal (BORDERS, 1984, apud CASTRO, 2005).

No congelador também observou-se crescimento de micro-organismos em

seringas reutilizadas, embora em menor quantidade das espécies enterobacter, e

bacilos gram negativos (CASTRO, 2005).

Na conservação do instrumental fora da geladeira o crescimento é bem

parecido aos micro-organismos que proliferaram dentro da geladeira.

Com a falta de consenso no que diz respeito à segurança em estocar as

seringas dentro ou fora da geladeira onde a sobrevivência dos micro-organismos

depende do tipo dos mesmos e da temperatura, surge a questão da escolha mais

adequada para estocagem das seringas reutilizadas (CASTRO, 2005).

Verificou-se ainda que as estratégias como a fervura, lavagem com água

fervida ou álcool comum, na conservação das seringas ainda são utilizadas como

forma de desinfecção porem são ineficazes. O Álcool causa deterioração do

propileno podendo propiciar a irritação no local da aplicação, a fervura alem de não

promover a esterilização pode causar a dilatação da matéria prima da seringa e

alteração da nitidez das marcas de graduação impressas em seu cilindro

9

(Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 1999;

RODRIGUES, 1997 apud CASTRO, 2005).

Segundo Teixeira (2001 apud HISSA, 1987; REZENDE, 1991):

Em cultura de restos de insulina de pacientes que reutilizavam as seringas descartáveis não foram observadas complicações locais ou sistêmicas. Concluiu-se que as seringas descartáveis de insulina poderiam ser reutilizadas até sete vezes, desde que fosse preservada a conservação adequada da seringa até a próxima aplicação, sendo um método útil para diminuir os custos com o tratamento do diabetes tipo I em uma população de baixo poder aquisitivo. Outros autores recomendam a reutilização por até seis vezes, considerando que acima desta freqüência, as agulhas tornaram-se rombudas e as aplicações de insulina dolorosas.

Segundo a NBR 12807/93, define como resíduo infectante ”aquele gerado em

serviço de saúde que, por suas características de maior virulência, infectividade, e

concentração de patógenos apresenta risco potencial adicional à saúde pública”.

Atualmente a Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 306 de 7 de

Dezembro de 2004 Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. “Dispõe

sobre o Regulamento”.

“Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde” (BRASIL,

2006).

Com base nas Resoluções nº 283 e nº 358 do Conselho Nacional do Meio

Ambiente-CONAMA, que complementam e atualizam a Resolução nº 5 do

CONAMA, a responsabilidade pelo gerenciamento de seus resíduos desde a

geração até a disposição final. Cabe ao responsável legal pelo estabelecimento

gerador, que deve ainda apresentar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de

Saúde –PGRSS. Dentro de suas respectivas esferas de competência, este plano

deve ser analisado e aprovado pelos órgãos de saúde e meio ambiente de acordo

com a legislação vigente (Plano de gerenciamento de Resíduos de Serviços de

Saúde das Unidades de Saúde do Município de Curitiba).

Que define o plano como um conjunto de procedimentos de gestão que

objetiva minimizar a produção e providenciar um encaminhamento seguro que

10

pretende promover a proteção dos funcionários, a preservação da saúde pública,

dos recursos naturais e do meio ambiente.

Esta legislação deve ser cumprida por hospitais, clinicas, laboratórios e

outros.

O programa de gerenciamento de resíduos constitui em um conjunto de

procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases cientificas e

técnicas, normativas e legais, com o objetivo de normatizar coleta, transporte e

disposição final dos resíduos gerados nestes serviços estabelecidas pelos órgãos

locais responsáveis por estas etapas (BRASIL, 2006)

As etapas do programa devem ser seguidas da seguinte maneira:

Manejo: gerenciar os resíduos desde sua geração até a disposição final.

Segregação: Separação dos resíduos no momento e local de sua geração,

respeitando suas características físicas, químicas e biológicas e os riscos

envolventes.

Acondicionamento: Embalar os resíduos em sacos ou recipientes que evitem

vazamento e resistente às ações de punctura e ruptura.

Identificação: Conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos

resíduos contidos nos sacos e recipientes.

Transporte interno: Consiste no translado do resíduo do ponto de geração até

local destinado ao armazenamento temporário com a finalidade de apresentação

para coleta.

Armazenamento temporário: Guarda temporária dos recipientes contendo os

resíduos já acondicionados.

Tratamento: Aplicação de métodos e técnicas ou processo que modifique as

características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminado o risco de

contaminação e acidente ou dano ao meio ambiente.

Armazenamento externo: Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até

a realização da etapa de coleta externa.

Coleta e transporte: Remoção dos RSS do abrigo até a unidade de tratamento

ou disposição final.

Disposição final: Consiste na disposição de resíduos no solo previamente

preparado para recebê-los obedecendo a critérios técnicos de construção e

operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução do CONAMA

nº 237/97 (BRASIL, 2006).

11

3 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo qualiquantitativo, realizado na Unidade de Saúde

Atenas, da Prefeitura Municipal de Curitiba, situada no bairro do Campo Comprido.

Este trabalho parte de referencial teórico que abrange características, classificação e

prevalência da Diabetes Mellitus enquanto doença crônica,cujo tratamento pode

gerar impacto ambiental e para a Saúde Pública. A pesquisa consistiu no

levantamento de dados referentes ao descarte de material perfuro cortante utilizado

em domicilio, obedecendo as seguintes etapas:

- submissão do projeto ao Comitê de Ética da Instituição de Ensino e da

Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba de acordo com a resolução 196/96 que

regulamenta a pesquisa envolvendo seres humanos;

- obtenção de informações dos funcionários da Unidade de Saúde quanto ao

fornecimento da medicação, seringas e agulhas aos pacientes cadastrados e da

destinação dos resíduos gerados pelos mesmos;

- identificação do grupo de pacientes insulino dependentes, composto de 69

indivíduos cadastrados e assistidos pela Unidade de Saúde Atenas do Município de

Curitiba;

- deste grupo, 48 receberam visitas domiciliares, já que o restante da amostra

não estava ativo no programa. Dentre os visitados, apenas 27 foram encontrados e

responderam ao questionário após assinarem o termo de consentimento livre e

esclarecido.

O questionário respondido pelos pacientes constava das seguintes questões:

Qual o número de aplicações diárias de insulina?

Onde você descarta a agulha após o uso?

Você já recebeu orientações quanto ao descarte da agulha de insulina? Quem

orientou?

A pesquisa foi realizada nos dias: 20, 23, 30 de Agosto e 02, 19, de Setembro

de 2008.

Os dados coletados após aplicação do questionário foram analisados por

meio de estatística descritiva, realizando a expressão dos resultados em freqüência

relativa de percentuais e demonstrados em gráficos de coluna.

12

O programa utilizado para esta analise foi Microsoft Excel 2007, pois devido

ao baixo número de amostras não foram realizados estatística inferenciais.

O projeto recebeu a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade Positivo e da Secretaria de Municipal de Saúde de Curitiba.

13

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nos gráficos abaixo descritos, tem-se o resultado estatístico das respostas

obtidas por meio da aplicação do questionário exposto em material e métodos.

Figura 1: Referente á seguinte pergunta: Qual o número de aplicações diária de insulina.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1 2 3 4

número de aplic aç ões

FR

%

A tabela mostra que o número de aplicações diárias varia entre uma até quatro

aplicações, com prevalência de duas aplicações diárias.

Figura 2. Acondicionamento e descarte da agulha e seringa após o uso.

0

10

20

30

40

50

60

garrafa pet lata lixo c omum lixo

rec ic lável

reutiliz a

loc a l de de sc a rte

FR

%

14

Verificou-se que existe uma variação em relação ao acondicionamento e

descarte, deste resíduo.

Figura 3. Orientações sobre o descarte da agulha e seringa.

0

10

20

30

40

50

60

70

s im não não respondeu

Informaç ões

FR

%

Observa-se que há falta de informação em relação ao descarte das agulhas e

seringas.

Figura 4. Quem orientou sobre o resíduo.

0

10

20

30

40

50

60

US médico não indicado

F onte da informaç ão

FR

%

Dos pacientes que receberam informação sobre o resíduo, a prevalência de

orientação partiu da unidade de saúde.

Já os pacientes atendidos na Unidade de Saúde Atenas, insulino

dependentes, portadores da diabetes melittus tipo I, tiveram papel fundamental no

resultado deste trabalho pois, por meio do questionário respondido por eles ou

15

responsáveis, (esposos(a) filhos) e autorização da divulgação dos resultados

pudemos avaliar a grande variação no descarte do material pérfuro cortante residual

por eles produzidos.

Esta variação vai desde o descarte em lixo comum até em lixo reciclável.

A rotina relatada pelo funcionário da unidade de saúde: “Mensalmente o

paciente recebe através da unidade de saúde, a medicação correspondente ao

número de doses necessárias para um mês, não sendo obrigatório realizar consulta

previa”.

Junto com a medicação (insulina) ele recebe também agulhas e seringas

descartáveis correspondente ao número de aplicações diárias da medicação, mas

quando há falta deste material o que é frequente, o paciente recebe uma

quantidade inferior para o número de aplicações, sendo orientado a reutilizar agulha

e seringa, mas de uma vez ”.

Quando perguntado sobre os procedimentos adotados quando o paciente

leva os resíduos (agulha e seringa) até a unidade “ele mesmo quem faz o descarte

do material, ele é encaminhado até a sala de coleta de exames, e faz o descarte na

caixa de pérfuro cortante”.

Segundo relatos observamos que os pacientes não têm conhecimento sobre

o destino final de cada resíduo que ele produz.

Quando questionados onde descartam a seringa e a agulha da insulina após

o uso respondem:

”Eu entorto e jogo no lixo reciclável”.

“Eu dobro a agulha e jogo no lixo“.

“Enrolo no papel e descarto em lixo separado”.

“Coloco em uma lata e jogo em lixo comum”.

“Coloco em garrafa pet e levo até a Unidade de Saúde”.

Em relação à terceira pergunta;

Você já recebeu orientações quanto ao descarte da agulha de insulina? Quem

orientou?

Temos alguns depoimentos:

Um paciente relatou ter recebido orientação na Unidade de Saúde, quando foi

buscar a medicação.

Em um outro relato o paciente diz ter recebido a seguinte informação:

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“A agente comunitária falou para eu colocar as agulhas e seringas em garrafa

pet e levar na unidade, quando eu preenchi toda a garrafa fui até a unidade,

chegando lá perguntei onde ou com quem eu poderia deixar esta garrafa?”

Obtive a seguinte resposta: ”Nós não recolhemos este tipo de material”.

-Perguntei, onde eu poderia deixar então?

-Não sei, mas nós não podemos receber.

-Então já nervosa falei que iria jogar na rua, foi quando então a funcionária

disse: então deixe aqui que eu jogo”.

Em outro caso o paciente nos informou que estava sendo atendido pelo

“home care” do seu plano de Saúde em sua residência, por motivo de amputação do

membro inferior, e por isso recebeu orientação destes profissionais para o descarte

da agulha de insulina na caixa de perfuro - cortante fornecido pelo plano, até o

termino do tratamento do coto.

Todos estes relatos nos levam a constatar que não existe um protocolo por

parte da Secretaria Municipal de Saúde e nem por órgãos competentes quanto à

destinação correta do resíduo perfuro cortante de uso domestico, deixando as

pessoas sem saber onde descartar seus resíduos com segurança, evitando

acidentes com os profissionais que realizam a coleta do lixo.

Percebe-se ainda que exista um interesse por parte dos pacientes em fazer o

descarte adequado, mas desconhecem o acondicionamento e locais específicos

para a destinação. Esta constatação vai ao encontro das afirmações dos autores,

que mostram, por meio de analise microbiológica, que há uma razoável semelhança

entre resíduos hospitalares e domiciliares. Tal semelhança permite colocá-los, sob o

ponto de vista gerencial, numa mesma categoria, mas ainda existem poucos estudos

epidemiológicos sobre doenças que possam ter seu nexo causal nos resíduos

urbanos em geral (CUSSIOL, 2006).

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5 CONCLUSÃO

Conclui-se com este trabalho que, embora muitas pessoas tenham a

consciência de que não realizam o descarte adequado do material residual

contaminado, em contra partida, não tem a orientação correta por parte dos

profissionais de saúde de como acondicionar nem de onde descartar este resíduo.

Desta forma, continuam descartando em meio aos resíduos domésticos,

podendo causar um acidente e contaminação dos profissionais da coleta pública do

lixo, bem como, dos catadores informais.

Então, se não jogar as agulhas, seringas e lancetas no cesto de lixo, o que se

deve fazer com elas?

Sugere-se que seja elaborado um protocolo de responsabilidade da

Secretaria Municipal de Saúde, onde seja padronizado o descarte do material

pérfuro cortante do paciente insulino dependente Tipo I, fazendo parte do plano de

Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, onde o risco de transmissão de

doenças seja praticamente nulo, dando uma co-responsabilidade ao paciente

anteriormente desinformado quanto à forma correta de acondicionamento.

O deposito dos materiais contaminados (seringas e agulhas) pode ser feito

em recipientes industrializados apropriados. Na falta destes, poderão ser utilizados

recipientes com paredes rígidas, com boca larga e tampa, como por exemplo, lata de

leite em pó, embalagem de maionese, ou garrafa pet.

Atualmente uma rede de farmácias fechou parceria com a fabricante de caixas

para resíduos pérfuro cortante, sendo assim criaram o Programa de Gerenciamento

de Resíduos Domiciliares, para os clientes com diabetes. O objetivo da empresa foi

intensificar ações em relação à responsabilidade sócio-ambiental, além de fidelizar o

cliente. Neste programa os funcionários das lojas abordam os clientes e informam

sobre importância do armazenamento e recolhimento deste tipo de resíduo,

conscientizando-os sobre os riscos e danos á saúde da população quando

gerenciados de forma inadequada.

Com a implantação do programa, o cliente adquire uma caixa de coletor de

resíduo pérfuro cortante, recebe orientações de manuseio, armazenamento e

transporte.

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Após o preenchimento da embalagem, o cliente retorna o recipiente em

qualquer a loja da rede, então esta é encaminhada a uma empresa especializada na

coleta de resíduos de serviços de saúde.

Sugere-se que esta rotina seja implantada nos serviços públicos de saúde, já

que estes fazem a distribuição das seringas e agulhas.

Podem ser adotadas, ainda, práticas simples como, só entregar a medicação

ao paciente mediante o recolhimento de material de injeção usado no período

imediatamente anterior ao recebimento de novas doses de insulina. Acredita-se que

esta é uma medida que não acarretará grande impacto financeiro para o serviço

público e permitirá um controle eficiente da disseminação de doenças que possam

advir da prática incorreta de descarte. Para pacientes assistidos por convênios e por

profissionais da iniciativa privada, a rotina pode ser obrigatória em farmácias que

comercializam a medicação, nos hospitais e nas operadoras de plano de saúde. A

destinação adequada aos resíduos gerados por pacientes que realizam a auto-

medicação pode, a longo e médio prazo, reduzir o gasto da máquina estatal com o

aumento da morbidade conseqüente de acidentes com agulhas descartadas sem o

devido cuidado, além de contribuir para a promoção de saúde da população e da

preservação dos recursos naturais.

Recomenda-se também, informações sobre a forma correta de reutilização

das agulhas e seringas, o que poderá ser feito pelo próprio paciente, tendo em vista

que esta também é uma prática comum entre os portadores de diabetes.

Promover saúde é tarefa para pessoas comprometidas com o bem estar

social e que, independentemente do seu papel na sociedade, agem de forma a se

proteger e proteger o outro na busca da saúde coletiva. A orientação responsável e

práticas simples em saúde podem promover grandes mudanças no quadro de

morbidade do país.

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CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

Titulo do projeto: Pesquisador responsável: Alessandra Aparecida de Souza Telefone para contato: 41 33731667/91666683 Este trabalho tem como objetivo identificar o número de pacientes insulinos dependentes da Unidade de Saúde Atenas, e verificar como é realizado o descarte da agulha de insulina desces pacientes e se existe algum tipo de orientação quanto a forma correta de acondicionamento desde resíduo. Eu,_____________________________________________________,rg sob nº

__________________,

Abaixo assinado concordo em participar do estudo, como sujeito. Fui

devidamente informado e esclarecido pelo pesquisador

_____________________________________,sobre a pesquisa e os

procedimentos nela envolvidos. O pesquisador garante que posso retirar meu

consentimento a qualquer momento, sem que isso leve a qualquer penalidade.

Curitiba,________ de __________________de 2008 ___________________________________________________________ Nome completo ____________________________________________________________ Assinatura

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