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Data: 14 a 16 de outubro de 2019 Local: Salvador-Bahia www.sge.uneb.br XXIII Jornada de Iniciação Científica ISSN: 2237-6895 Universidade pública e gratuita: resistência, produção científica e transformação social IV ENINEPE Encontro Integrado de Ensino, Pesquisa, Extensão e Ações Afirmativas da UNEB Data: 14 a 16 de outubro de 2019 Local: Salvador-Bahia www.sge.uneb.br XXIII Jornada de Iniciação Científica ISSN: 2237-6895 Universidade pública e gratuita: resistência, produção científica e transformação social IV ENINEPE Encontro Integrado de Ensino, Pesquisa, Extensão e Ações Afirmativas da UNEB

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Data: 14 a 16 de outubro de 2019 Local: Salvador-Bahia

www.sge.uneb.br

XXIII Jornadade Iniciação Científica

ISSN: 2237-6895

Universidade pública e gratuita:resistência, produção científica

e transformação social

IV ENINEPEEncontro Integrado de Ensino,Pesquisa, Extensão e Ações

Afirmativas da UNEB

Data: 14 a 16 de outubro de 2019 Local: Salvador-Bahia

www.sge.uneb.br

XXIII Jornadade Iniciação Científica

ISSN: 2237-6895

Universidade pública e gratuita:resistência, produção científica

e transformação social

IV ENINEPEEncontro Integrado de Ensino,Pesquisa, Extensão e Ações

Afirmativas da UNEB

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

ANAIS DA XXIII JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA “UNIVERSIDADE PÚBLICA E GRATUITA: RESISTÊNCIA, PRODUÇÃO CIENTÍFICA E

TRANSFORMAÇÃO SOCIAL.”

Salvador, 14 a 16 de outubro de 2019.

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FICHA CATALOGRÁFICA Sistema de Bibliotecas da UNEB

Biblioteca Edivaldo Machado Boaventura

Jornada de Iniciação Científica da UNEB (23.: 2019: Salvador, BA)

Anais [da] / XXIII Jornada de Iniciação Científica da UNEB:

Universidade Pública e Gratuita: Resistência, Produção Científica E

Transformação Social, Salvador de 14 a 16 de outubro de 2019. -

Salvador: EDUNEB, 2019.

635p.

ISSN : 2237-6895.

1. Ensino superior - Pesquisa - Brasil - Congressos. 2. Pesquisa - Bahia

- Congressos. I. Universidade do Estado da Bahia - Congressos.

CDD: 378.0072

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

REITORIA JOSÉ BITES DE CARVALHO

VICE-REITORIA

MARCELO DUARTE DANTAS ÁVILA

CHEFIA DE GABINETE (CHEGAB) HILDA SILVA FERREIRA

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO (PROGRAD)

ELIENE MARIA DA SILVA

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO (PPG) TÂNIA MARIA HETKOWSKI

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO (PROEX) ADRIANA SANTOS MARMORE LIMA

PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO (PROAD)

DANIEL DE CERQUEIRA GÓES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO (PROPLAN) IZA ANGELICA CARVALHO DA SILVA

PRÓ-REITORIA DE GESTÃO E DESENVOLVIMENTO (PGDP)

LILIAN DA ENCARNAÇÃO CONCEIÇÃO

PRÓ-REITORIA DE AÇÕES AFIRMATIVA (PROAF) AMELIA TEREZA SANTA ROSA MARAUX

PRÓ-REITORIA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL (PRAES)

ELIVÂNIA REIS DE ANDRADE ALVES

PRÓ-REITORIA DE INFRAESTRUTURA (PROINFRA) FAUSTO FERREIRA COSTA GUIMARÃES

UNIDADE DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL (UDO)

BENJAMIN RAMOS FILHO

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PRÓ-REITOR DE PESQUISA E ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO TÂNIA MARIA HETKOWSKI

GERENTE DE PESQUISA

EDUARDO MANUEL DE FREITAS JORGE

GERENTE DE PÓS-GRADUAÇÃO KELLEN LIMA DA SILVA

SUBGERENTE DOS PROGRAMAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

ANA AMERICA ASTOLFO COUTINHO SANTOS

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Universidade do Estado da Bahia (UNEB) Pró-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG)

Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

ANAIS XXIII JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA “UNIVERSIDADE PÚBLICA E GRATUITA: RESISTÊNCIA, PRODUÇÃO CIENTÍFICA E

TRANSFORMAÇÃO SOCIAL.”

Programa Institucional de Iniciação Científica da UNEB (PICIN) Programa de Iniciação Científica Cotas (FAPESB)

Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) Programa de Bolsas de Iniciação Tecnológica (PIBITI)

Rua Silveira Martins, 2555 – Cabula. CEP: 41.150-000 – Salvador, Bahia.

https://portal.uneb.br/ppg/iniciacao-cientifica/

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Programa Institucional de Iniciação Científica da UNEB Coordenação do Programa de Iniciação Científica (UNEB) Eduardo Manuel de Freitas Jorge Coordenação do Programa de Iniciação Científica (FAPESB) Jullyanne Cristina de Azevedo Lessa Coordenação do Programa de Iniciação Científica (CNPq) Lucimar Batista de Almeida Comitê Institucional de Iniciação Científica Presidente: Profa. Dra. Gabriela Sousa Rego Pimentel Membros: Adailson Feitosa de Jesus Santos (DTCS – III) Alexa Araújo de O. Paes Coelho (DCET – II) André Luiz Dantas Estevam (DCH – V) Anna Christina Freire Barbosa (DTCS – III) Antônio Nei Santana Gondim (DEDC – XII) Rosemary Lapa de Oliveira (DEDC – I) Darcy Ribeiro de Castro (DCHT – XXIV) Edson Delgado Rodrigues (DCV – I) Elzicléia Tavares dos Santos (DEDC – X) Gabriela Sousa Rego Pimentel (DCH – IX) Gertrudes Macário de Oliveira (DTCS – III) Helena Maria Silveira Fraga Maia (DCV – I) João José de Santana Borges (DCH – III) Kátia Santos de Morais (DCH – I) Lúcia de Fátima Oliveira de Jesus (DEDC – X) Marcos Batista Figueiredo (DCET – II) Marcos Bispo dos Santos (DEDC – II) Marluce Oliveira da Guarda Souza (DCET – I) Raimundo Claudio Silva Xavier (DEDC – XIV) Reginaldo Conceição Cerqueira (DCH – IX) Risonete Lima de Almeida (DEDC – II) Rosana Freitas Azevedo (DCV – I) Thiago Martins Caldas Prado (DCHT – XXIII) William Cristiane Teles Tonini (DCHT – XXIV)

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Comitê Externo - CNPq Ana Chrystina Venancio Mignot – Ciências Humanas Célia Marques Telles – Linguística, Letras e Artes Claudio Reynaldo Barbosa de Souza – Ciências Exatas e da Terra Eneila Almeida dos Santos – Ciências Sociais Aplicadas Francisco de Assis Ribeiro dos Santos – Ciências Biológicas Hemerson Iury Ferreira Magalhães – Ciências da Saúde João Domingues Rodrigues – Ciências Agrárias Equipe Técnica Ana América Astolfo Coutinho Santos Luciana Ribeiro Pereira Digitação Todos os textos, resultados e informações apresentadas nesta edição são de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). Editoração Welber de Macedo Santana Arte Gráfica Maiana Rosari Lima Alcântara

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A iniciação científica (IC) é uma modalidade de pesquisa acadêmica desenvolvida por

discentes de graduação das diversas áreas do conhecimento. Neste contexto, os alunos

têm o desenvolvimento de seus estudos acompanhados por um professor orientador.

O Programa Institucional de Iniciação Científica (PICIN), da Universidade do Estado da

Bahia (UNEB) tem por objetivo promover aos discentes da Instituição a oportunidade de

orientação de qualidade em projetos de iniciação científica, despertando vocações

científicas e contribuindo para a formação de recursos humanos para a pesquisa,

estimulando e consolidando o desenvolvimento do "pensar cientificamente" e da

criatividade, decorrentes das condições criadas pelo confronto direto com os problemas

de pesquisa.

O Programa atua em parceria com as principais agências de fomento do Governo

Federal como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

e Estadual, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) e

promove, anualmente, a Jornada de Iniciação Científica da UNEB.

O Programa de Iniciação Científica é um instrumento eficaz na formulação e aplicação

da política de pesquisa da UNEB, acentuando a interação entre Graduação e Pós-

Graduação no âmbito da Universidade.

A Jornada de Iniciação Científica da UNEB é um evento anual, com participação de

mais de 1.000 pesquisadores e tem como objetivo apresentar à comunidade discente e

docente, convidados e demais participantes, as ações de pesquisa científica

desenvolvidas pelos bolsistas e voluntários de Iniciação Científica. Os Anais da Jornada

de Iniciação Científica da UNEB são organizados levando em consideração as grandes

áreas do conhecimento.

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O Sistema Online de Iniciação Científica (SonIC), da Universidade do Estado da Bahia

(UNEB), foi desenvolvido com o intuito de promover celeridade ao processo de

submissão, avaliação e acompanhamento dos projetos de Iniciação Científica (IC)

submetidos pelos Pesquisadores da Instituição. O sistema tem seu funcionamento

baseado em três etapas distintas: A primeira visa a submissão eletrônica do projeto de

pesquisa, dos planos de trabalho (subprojetos) e documentações pertinentes. Na

segunda etapa, os currículos dos docentes orientadores são analisados

automaticamente através do sistema extrator de dados do Currículo Lattes (CV) e do

SonIC, gerando as devidas pontuações. As propostas (projetos e subprojetos) são

distribuídas automaticamente para pareceristas ad hoc, indicados pelo Comitê

Institucional de Iniciação Científica, e cadastrados previamente na base de dados de

avaliadores da Pró-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG). O SonIC

distribui as propostas no formato “as cegas” para os pareceristas de acordo com a área

do projeto de pesquisa e do parecerista. Na terceira fase, o SonIC apresenta a

classificação geral dos pontos obtidos pelas propostas enviadas e aguarda

homologação do Comitê Institucional de Iniciação Científica e, posteriormente o do

Comitê Externo. Após as devidas homologações o sistema envia automaticamente o

resultado da avaliação para todos os interessados, realizando as devidas convocações.

Coordenação: Tânia Maria Hetkowski Eduardo Manuel de Freitas Jorge Ana América Astolfo Coutinho Santos Equipe Técnica: Welber de Macedo Santana Denilton de Jesus Santos

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Iniciação Científica Júnior

No ano de 2018 a UNEB implantou mais um Programa de Iniciação Científica com bolsas

do CNPq. O Programa de Iniciação Científica Júnior é instrumento importante na

elaboração e aplicação da Política de Pesquisa da Universidade do Estado da Bahia

(UNEB) conectada com ações de pesquisa inovadoras nas escolas estaduais. Ainda,

conectar os Centros e Grupos de Pesquisa da UNEB com as escolas através de projetos

científico-tecnológico. Neste contexto, acredita-se que o Programa de Iniciação

Científica no Ensino Médio promove uma articulação entre docentes orientadores,

estudantes da universidade e estudantes do ensino médio, fortalecendo a pesquisa no

âmbito da UNEB e do Estado da Bahia.

As bolsas são concedidas pelo CNPq para estudantes regularmente matriculados no

ensino fundamental, médio e profissional da Rede Pública, que estejam vinculados a

projeto/subprojeto de pesquisa devidamente constituído por Professor da UNEB,

qualificado como Orientador.

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IC J

ÚN

IOR

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ORGANIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DE COLEÇÕES ZOOLÓGICAS.

Alisson Ryan Alves Da Silva, [email protected], Carlos Alberto Batista Santos,

[email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Juazeiro

Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco

Curso de Agropecuária

Palavras-Chave: Entomologia; Ensino; Aprendizagem;

Introdução

As coleções zoológicas são de grande importância para o aprendizado de alunos tanto do ensino superior quanto do ensino médio e constituem acervos importantes para o entendimento e estudo da biodiversidade (BEHRENS, 2000).

O ensino por meio das coleções pode permitir que os alunos aprimorem a aprendizagem, pois a ilustração dos animais (por meio de imagens) no ensino não consegue demonstrar a realidade que cada espécie possui (SANTOS; SOUTO, 2011).

O Laboratório de Ciências Animais da UNEB/DTCS Campus III, abriga um acervo de insetos utilizados para fins didáticos que apresenta, atualmente, uma grande diversidade zoológica. Os animais estão organizados taxonomicamente de acordo com a ordem, em estantes (KURY; ALEIXO; BONALDO, 2006).

Esse trabalho teve como objetivo, proporcionar aos discentes de Agronomia e das escolas públicas de ensino médio de Juazeiro/BA, uma experiência de ensino e aprendizagem em zoologia e entomologia didática.

Metodologia

Foi utilizado chaves dicotômicas, manuais práticos e pranchas de desenhos para treinar a identificação dos diversos grupos animais, sua preparação e melhor forma de conservação.

O material didático foi etiquetado com um número de registro, catalogado em arquivo digital e acomodado em frascos ou em caixas de madeira produzidas para esta finalidade.

Quanto à conservação da coleção, a maior parte dos animais, especialmente os invertebrados, estão conservados a seco.

Nas estantes e caixas entomológicas foi adicionado naftalina, que atua como repelente para manter a conservação do material, impedindo a entrada de insetos invasores.

Foi realizado a catalogação em registros de todos os espécimes integrantes da coleção.

Resultados e Discussão

Através deste trabalho, foi possível atendermos melhor as demandas dos cursos de graduação da UNEB/DTCS Campus III que usam as dependências do Laboratório de Ciências Animais, organizando a coleção zoológica didática, apoiando os estudantes que desenvolvem projetos de iniciação científica que se relacionem com a área zoológica, promovendo uma melhor conservação e manutenção do material didático.

Além disto, o bolsista Júnior foi inserido nos vários projetos de iniciação científica que são desenvolvidos no Laboratório de Ciências Animais e nas atividades básicas de curadoria, tanto de coleções didáticas quanto das científicas.

Conclusões

A partir da inserção do bolsista Júnior na iniciação científica, tivemos a comprovação da contribuição social da Universidade que a partir das atividades teve a possibilidade de estreitar laços com a rede pública de ensino estadual e contribuir com a formação do educando, assim como a inserção deste na dinâmica de produção do conhecimento através da publicação de artigos que se encontram em fase de construção, e socialização das experiências vivenciadas.

Agradecimentos

À Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS), campus III.

Ao CNPq/IC JÚNIOR, pela bolsa de incentivo à pesquisa.

Ao meu Orientador, Prof. Dr. Carlos Alberto Batista Santos pelo apoio e incentivo.

Referências

BEHRENS, M. A. 2000 O paradigma emergente e a prática pedagógica. 2ª ed. Curitiba.

KURY, A. B.; ALEIXO, A.; BONALDO, A. B., 2006. Diretrizes e estratégias para a modernização de coleções biológicas brasileiras e a consolidação de sistemas integrados de informação sobre biodiversidade. Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos: MCT, v. 1.

SANTOS D. C. J.; SOUTO L. S. 2011. Coleção entomológica como ferramenta facilitadora para a aprendizagem de Ciências no ensino fundamental. SCIENTIA PLENA volume. 7 n°. 5.

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RODAS DE LEITURA NO ENSINO MÉDIO - DO MUNDO À SALA DE AULA, E DE VOLTA A ELE.

Emanuelle Araújo dos Santos, [email protected], Márcea Andrade Sales,

[email protected]

Departamento de Educação, Campus I - Salvador

Colégio Estadual Governador Roberto Santos - Ensino Médio

Palavras-Chave: Leitura do mundo. Prática de leitura. Ensino Médio.

Introdução

Este subprojeto dá continuidade a uma pesquisa de Iniciação Científica que tem como temática [objeto] as Políticas Públicas Educacionais de Incentivo à Leitura na Educação Básica. Assim, o objetivo maior foi explorar estratégias de leitura em Sociologia, para o auxílio do desenvolvimento da leitura de mundo. Foi realizado através de pesquisa documental e bibliográfica, tendo como estratégia de intervenção Rodas de Leitura, como intuito de formar comunidade de aprendizado utilizando diferentes instrumentos de leitura e interpretação como filmes, cartuns, charges..., relacionados ao conteúdo programático de Sociologia, evidenciando possibilidades para incitar a leitura do mundo dentro da sala de aula de uma escola da rede pública estadual de Salvador.

Metodologia

A pesquisa buscou propiciar novas experiências de prática de leitura para/com os estudantes, ainda na Educação Básica. Assim, a expectativa foi de que o educando se percebesse como sujeito produtor de saber, tendo em vista que, mediar a leitura e suas respectivas interpretações, pode possibilitar a construção, sistematização e produção do conhecimento, para além da compreensão de perspectivas sociológicas (Freire, 2016).

O objetivo maior foi explorar estratégias de leitura em Sociologia, para o auxílio do desenvolvimento da leitura de mundo. Alinhados a este objetivo, temos, ainda: Identificar estratégias de leitura desenvolvidas na escola, durante ano letivo; Potencializar a formação do hábito de leitura, no Ensino Médio; Colaborar com as a organização de rodas de leitura nas aulas de Sociologia.

Considerando o exercício de leitura realizado na Educação Básica, este subprojeto IC Junior partiu da observação em sala de aula para identificar estratégias de leitura realizadas durante o ano letivo, envolvendo estudantes e professores de uma escola da rede pública de ensino.

Resultados e Discussão

- Desenvolvimento do exercício da pesquisa, no Ensino Médio: foram promovidas leituras e estimuladas discussões teóricas na perspectiva do ensino pela pesquisa, problematizando as experiências com pesquisa na Educação Básica.

- Estímulo à prática de leitura, na Educação Básica: a leitura foi estimulada, mas contou com o hábito desta, já desenvolvido pela bolsista, quem se apresentou

com afinidade a diferentes gêneros textuais, como cordéis, por exemplo.

- Participação em Grupo de Pesquisa - GEFEP UNEB/CNPq: participamos, regularmente, das reuniões do Grupo de Pesquisa.

- Estimulo à realização de leituras: as leituras foram regulares, assim como as discussões a respeito das temáticas orientadas/estudadas.

Conclusões

A formação do leitor pouco ainda é frágil como estratégia utilizada nas escolas. As Rodas de Leitura se afirmaram como uma estratégia metodológica de aproximação dos estudantes com a prática de leitura e provocaram a discussão sobre a formação do leitor.

Não obstante, a estratégia para o desenvolvimento da competência leitora se configura, também, como um auxílio para o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM -, pois a competência leitora perpassa por todas as áreas de conhecimento presentes no exame, considerando sua relação com a interpretação, o “saber fazer” e o “como fazer” encontrado no Exame.

A continuidade desta pesquisa propiciaria novas experiências de prática de leitura para/com os estudantes, ainda na Educação Básica. Mas, infelizmente, a bolsa foi descontinuada em detrimento de critérios avaliativos outros que não o trabalho docente na articulação das ações da Universidade com a Educação Básica.

Agradecimentos

Agradeço a todo o Grupo GEFEP UNEB CNPq pelo apoio dado em minha jornada - pelos conselhos, diálogos, compreensão e partilha. Bolsa: CNPq/IC JÚNIOR

Referências

BRAGA, Regina M.; SILVESTRE, Maria de F. B. Construindo o leitor competente: atividades de leitura interativa para a sala de aula. São Paulo: Petrópolis. 2002. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Lei n° 9394/96. LDB – Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional. 1996. MERCÊS, Darlaine P. B. das. A FORMAÇÃO DO SUJEITO LEITOR: as Políticas Públicas de incentivo à leitura e a utilização da Biblioteca no Colégio Estadual Governador Roberto Santos. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Universidade do Estado da Bahia. Departamento de Educação, 2016.

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LEITURA DE MUNDO E FOTOGRAFIA NO ENSINO DE SOCIOLOGIA, NO ENSINO MÉDIO.

Tainá Rocha Leal, [email protected], Márcea Andrade Sales, [email protected]

Departamento de Educação, Campus I - Salvador

Colégio Estadual Governador Roberto Santos - Ensino Médio

Palavras-Chave: Ato Fotográfico; Ensino de Sociologia; Educação Básica; Leitura de Mundo.

Introdução

Esta pesquisa se alinha com uma investigação, a qual buscou pensar novas perspectivas de ensino de Sociologia na Educação Básica. Neste sentido, apresenta o ato fotográfico enquanto possibilidade de desenvolver novos recursos didáticos a serem trabalhados em sala, na perspectiva de que a educação se desenvolve a partir das diversas leituras de mundo apresentadas pelos estudantes.

A partir da assimilação dos fenômenos que compõem a investigação, e com base no contato com o campo de pesquisa, que se deu no Colégio Estadual Governador Roberto Santos, em Salvador, buscamos investigar o ensino de Sociologia na Educação Básica, promovendo diferentes estratégias para o trabalho com temáticas educacionais, a exemplo do ato fotográfico, tendo em vista discussões pertinentes ao Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM.

Metodologia

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais - DCN (2006), o ensino de Sociologia deve ser responsável por promover o estranhamento e a desnaturalização dos fenômenos sociais; um dos recursos que possibilita esse processo são as leituras de imagem. Afinal, na mesma medida em que expomos o impacto e as impressões que a imagem nos causa, evidenciamos, de certa forma, nossas percepções sobre o assunto exposto na imagem – que, provavelmente, é decorrente de leituras e experiências anteriores.

Além dos procedimentos ligados ao levantamento documental e bibliográfico, com o intuito de ofertar um diálogo com as categorias e temáticas que permeiam a pesquisa, foram realizadas oficinas no Colégio Estadual Governador Roberto Santos, nas aulas de Sociologia, visando conciliar leitura verbal e não verbal, o exercício do olhar e a ação fotográfica. Propusemos, assim, debater sobre o ensino de Sociologia no Ensino Médio, através da fotografia.

Resultados e Discussão

- Valorização do ensino de Sociologia, na Educação Básica: a participação dos estudantes como protagonistas do processo de ensino e aprendizagem foi potencializada a partir da realização das Oficinas fotográficas.

- Desenvolvimento de ações didático-pedagógicas, através da articulação entre ensino e pesquisa: tais ações estiveram fundadas na perspectiva do ensino pela pesquisa, favorecendo a prática investigativa de estudantes e professores da Educação Básica.

- Promoção do ato fotográfico para leitura de mundo: foram realizados debates acerca das categorias sociológicas, articuladas ao cotidiano escolar e ao cotidiano dos adolescentes. Isto, certamente, contribuiu para a educação do olhar na ampliação do processo formativo do licenciando da UNEB, tendo como base a utilização da linguagem fotográfica.

Conclusões

Estranhar e desnaturalizar tudo que está ao nosso redor, não significa negar o que está posto sobre os fenômenos sociais e suas respectivas categorias. Mas, sim, buscar leituras que vão além do que já está dado como uma verdade a ser seguida. É propor que, mesmo quando algo é dado como finalizado/analisado, há outras possibilidades, outras interpretações sobre tal questão – situação, também, comum com o ato de fotografar.

Cabe, aqui, ressaltar que o enaltecimento de uma proposta voltada ao ato fotográfico, ou seja, de educação do olhar, não induz professor e estudantes a desapegarem do que foi apreendido através da imaginação sociológica. Na verdade, é essa compreensão, juntamente com as histórias de vida diversas, que ocasionam leituras e opiniões diversificadas – com diferentes olhares, experiências e vivências, enriquecendo o próprio processo de ensino e aprendizagem.

Agradecimentos

Agradeço a todos do Grupo GEFEP UNEB/CNPq que me acolheram durante o processo da pesquisa, e também pelas contribuições na construção dos meus conhecimentos.

Bolsa: CNPq/IC JÚNIOR

Referências

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Lei n° 9394/96. LDB – Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional. 1996. DUBOIS, Philippe. O ato fotográfico. Campinas: Editora Papirus, 2000. HANDFAS, Anita & OLIVEIRA, Luiz. F. (orgs) A Sociologia vai à Escola. Rio de Janeiro. Quartet, 2009. MARTINS, José de Souza. Sociologia da fotografia e da imagem. 2ª edição, 4ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2017.

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ASPECTOS AFRO-BRASILEIROS DE EDUCAÇÃO LITERÁRIA NA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO: ESTUDO DE CASO NO COLÉGIO ESTADUAL DE IPIAÚ – BA.

Maicon dos Santos Alves, [email protected], Murilo da Costa Ferreira, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XXI, Ipiaú. Ensino Médio

Palavras-Chave: Literatura, Educação.

Introdução

Partindo do pressuposto de que a formação hibrida do Brasil encontrou na literatura representatividade alicerçada em concepções estereotipadas e disfarçadas de discurso de homogeneidade, em que a figura do negro, sempre esteve atrelada, objetivamos no presente artigo, discutir, a partir das obras poéticas de Solano Trindade, a afirmação da identidade negra por meio de uma poética engajada e alicerçada nos movimentos de negritude. Para isso, procuramos no primeiro momento analisar de que modo o negro participou da formação da identidade brasileira; por conseguinte por meio da análise de poemas do autor supracitado, perceber como este utiliza a palavra poética na busca de uma reconstrução ou afirmação da identidade afro-brasileira.

Metodologia

Tomaremos como método de análise a teoria do discurso literário afro-brasileiro, a crítica cultural como base e suporte para nossos estudos, já que abordaremos métodos discursivos literários contextualizados. Através de uma pesquisa bibliográfica, analisaremos e ficharemos os textos teóricos e as obras em análise, aplicados a educação literária afrodescendente.

Resultados e Discussão

A presente proposta de trabalho de pesquisa procura contribuir na construção da identidade nacional, no resgate da dívida que tem para os cidadãos de origem africana a Nação brasileira e mergulhar nas dimensões mais profundas desta herança civilizatória. Esta herança deve passar a ser ensinada nas nossas escolas, para restituir ao contingente majoritário da nossa gente o seu auto-respeito, a sua auto-estima e a sua dignidade, fontes do protagonismo e da realização humana.

Para tal consecução, a pesquisa espera contribuir criticamente na revelação da cultura literária afro-brasileira. Deste modo, então, a sua adequação aos currículos e materiais didáticos num contexto educacional verdadeiramente

democrático, multi-étnico e multicultural, conforme as diretrizes estabelecidas pela Lei n° 10.639, de 9 de janeiro de 2003.

Conclusões

Chega-se à conclusão que não dá para se pensar a constituição de uma identidade negra na modernidade sem se referir a essa história de dominação, opressão e exploração a partir da dispersão dos negros pelo mundo nos processos impostos de colonização e imperialismo europeus que levou ao fenômeno da diáspora negra. O presente projeto estabeleceu balizas desta identidade na obra de Solano Trindade, levando em conta os termos da negrice, negritude, negritice.

Agradecimentos

Nossos agradecimentos à Bolsa: CNPq/IC JÚNIOR, ao meu orientador Dr. Murilo da Costa Ferreira e ao DCHT Campus XXI Ipiaú.

Referências

BASTIDE, Roger. Estudos afro-brasileiros. São Paulo: Perspectiva, 1973. BERND, ZILÁ. Introdução à Literatura Negra. São Paulo, Brasiliense, 1988. Zilá. Negritude e literatura na América Latina. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987. BROOKSHAW, David. Raça e cor na literatura brasileira. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983. CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira. Belo Horizonte: Itatiaia, 1998. FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. 2° edição. Trad. José Laurênio de Melo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979. SAYERS, Raymond. O negro na literatura brasileira. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1958. SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. BERND, Zilá. Negritude e literatura na América Latina. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987. DUARTE, Eduardo de Assis (Org.). Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Belo Horizonte: UFMG, 2011. 4 v

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TRAJETÓRIAS DE LEITURAS DE ESTUDANTES DE COMUNIDADES RURAIS.

Rebeca Santana Lima, [email protected], Aurea da Silva Pereira Santos, [email protected]

Departamento de Educação, Campus II, Alagoinhas – BA. Ensino Médio

Palavras-chave: Leituras. Ruralidades. Escola .

Introdução

O presente texto apresenta o subprojeto de pesquisa intitulado “Trajetórias de leituras de estudantes de comunidades rurais”. A pesquisa teve como principal objetivo investigar quais as obras que os estudantes do ensino médio da rede pública leem e quais sentidos são produzidos em suas vidas; e como específicos: biografizar as narrativas de vida dos estudantes, discutir quais as concepções de leitura dos estudantes do ensino médio, identificar os tipos de obras que esses estudantes leem e os motivos de suas escolhas e discutir sobre as aprendizagens construídas no processo e após a leitura das obras. A pesquisa foi feita em um colégio da rede pública, localizado no município de Alagoinhas-BA.

Metodologia

A pesquisa é base metodológica quanti-quali. Para coleta de dados, aplicou-se um questionário com o objetivo de conhecermos cada estudante e identificar os livros que têm lido no Colégio e quais livros leram em suas trajetórias escolares e construímos um quadro das obras lidas em suas trajetórias de vidas.

Resultados e Discussão

Para fundamentar a pesquisa, lemos: Chartier (2007), Freire (1981), Martins(1982), Manguel (2006), Yunes (2004) dentre outros. Dessa forma, foi possível perceber que as trajetórias de leitura tem grande influência na vida dos estudantes, cada livro escolhido por eles traz algo para sua trajetória, contribuindo para o desenvolvimento intelectual de cada um.

Conclusões

Conclui-se a pesquisa com um quadro o qual podemos visualizar as obras literárias, bem como outros gêneros textuais lidos pelos

estudantes de comunidades rurais. Percebemos o reconhecimento da importância da leitura para a vida deles é visível, apesar de que muitos estudantes apresentam poucos livros e gêneros textuais abaixo da média do que se espera para um estudante do ensino médio. Contudo, a pesquisa contribuiu muito porque temos uma amostra, mesmo que ainda pequena, da quantidade de livros que os estudantes da zona rural da escola pesquisada leram e leem em suas trajetórias escolares.

Agradecimentos

Agradeço ao Deus, ao Programa de Iniciação Científica Júnior, CNPq/IC JÚNIOR, a minha orientadora Dra. Áurea da Silva Pereira que esteve comigo nessa jornada, aos colegas da Iniciação Científica que participaram das reuniões em especial a Jaiane Martins, enfim, cada um deles tiveram influência no desenvolvimento da pesquisa.

Referências

CHARTIER, Anne-Marie. A ação docente entre saberes práticos e saberes teóricos.Trad. Flavia Sarti e M. Teresa Van Acker, In: Práticas de leitura e escrita: história e atualidade. Belo Horizonte: CEALE/Autêntica, 2007.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 2003.

MANGUEL, Alberto. Uma história de leitura. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 1982.

YUNES, Eliana; OSWALD, Maria Luiza. Leitura como experiência. In: YUNES, Eliana.(Org.). A experiência da leitura. São Paulo-São Paulo: Loyola, 2003.

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SUMÁRIO

CIÊNCIAS AGRÁRIAS40

ANÁLISE COMPARATIVA DA TEMPERATURA DO AR DE ÁREA URBANA E RURAL DE JUAZEIRO, BA 42

NECESSIDADES HÍDRICAS E TÉRMICAS DE MILHO VERDE NA REGIÃO DO SUBMÉDIO DO VALE SÃOFRANCISCO

43

COMPONENTES DE PRODUÇÃO DO MILHO CULTIVADO SOB DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO NAREGIÃO DE JUAZEIRO – BA

44

SIMULAÇÃO E CALIBRAÇÃO DO MODELO AQUACROP PARA A ESTIMATIVA DA PRODUTIVIDADE DACULTURA DO MILHO, CULTIVAR NS90 PRO

45

ESTUDO COMPARATIVO DA DEMANDA HÍDRICA E DE ENERGIA EM ÁREA CULTIVADA COM ALGODÃO EMATA NATIVA, MEDIDOS EM CAMPO E ESTIMADOS VIA SENSORIAMENTO REMOTO

46

CALIBRAÇÃO DO MODELO CROPGRO-COTTON PARA SIMULAR O CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE DOALGODÃO NA REGIÃO OESTE DA BAHIA

47

ESTIMATIVA DO EFLUXO DE CO2 E EFICIÊNCIA DO USO DE RADIAÇÃO. EM ÁREA CULTIVADA COM FEIJÃO. 48

ANALISAR A INFLUÊNCIA DE CORRETIVOS AGRÍCOLAS NA ÁGUA DE CULTIVO DO CAMARÃO LITOPENAEUSVANNAMEI (BOONE, 1931).

49

EFEITOS DE CORRETIVOS AGRÍCOLAS NO DESEMPENHO DO CAMARÃO L. VANNAMEI (BOONE, 1931). 50

EFEITOS DE CORRETIVOS AGRÍCOLAS NAS VARIÁVEIS DE QUALIDADE DE ÁGUA NO CULTIVO DOCAMARÃO LITOPENAEUS VANNAMEI (BOONE, 1931).

51

OTIMIZAÇÃO DA FORMULAÇÃO E QUALIDADE TECNOLÓGICA, NUTRICIONAL E SENSORIAL DE NOVOSPRODUTOS ALIMENTÍCIOS.

52

QUALIDADE NUTRICIONAL, TECNOLÓGICA E SENSORIAL DE NOVOS PRODUTOS: ESTIMATIVA DE VIDA ÚTILE MÉTRICAS DO ALIMENTO PARA INSERÇÃO NO MERCADO CONSUMIDOR

53

FORMULAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE COBERTURAS COMESTÍVEIS COM FARINHA DE UVA DA INDÚSTRIA DEBEBIDAS NO PROLONGAMENTO E QUALIDADE DE UVAS DE MESA.

54

ESTOQUE E FRACIONAMENTO QUÍMICO DO CARBONO EM ÁREAS SOB DIFERENTE USO DO SOLO NOCERRADO

55

MUDANÇA DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO CAUSADO PELOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS EPLANTAÇÕES DE EUCALIPTO NO CERRADO

56

ADAPTAÇÃO DO MODELO CENTURY4.5 PARA SIMULAÇÃO DOS ESTOQUES DE CARBONO E NITROGÊNIOEM ÁREA SOB PLANTIO DE EUCALIPTO NO CERRADO

57

FRACIONAMENTO DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO EM ÁREAS SOB DIFERENTES FORMAS DE USO DOSOLO NO CERRADO DA BAHIA

58

ATRIBUTOS QUIMICOS DE UM SOLO CULTIVADO COM PALMA FORRAGEIRA SOB IRRIGAÇÃO COM ÁGUASALOBRA.

59

VERIFICAÇÃO DA CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA E INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO EM ÁREAS DISTINTASNO OESTE DA BAHIA

60

AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE COLETA DE SOLO PARA DETERMINAÇÃO DA ESTABILIDADE DE AGREGADOS 61

RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO DOS SOLOS EM DIVERSAS CULTURAS NA REGIÃO OESTE DA BAHIA 62

INFLUÊNCIA DA SALINIDADE NA INTERAÇÃO TRIPARTIDA ENTRE VIGNA UNGUICULATA ((L.) WALP),FUNGOS MICORRÍZICOS E BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS

63

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DE CULTIVARES DE PHASEOLUS VULGARIS ASSOCIADAS A BACTÉRIASPROMOTORAS DE CRESCIMENTO VEGETAL

64

COMPORTAMENTO DA CULTURA DO TOMATE (SOLANUM LYCOPERSICUM VAR.CERASIFORME) SOBDOSES CRESCENTES DE CÁLCIO E INTERAÇÃO COM O BORO

65

FITOPLÂNCTON COMO INDICADOR DA QUALIDADE DA ÁGUA NOS RESERVATÓRIOS DO COMPLEXO PAULOAFONSO, BAIXO SÃO FRANCISCO.

66

FITOPLÂNCTON COMO INDICADOR DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RESERVATÓRIO SOBRADINHO,SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO.

67

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FITOPLÂNCTON COMO INDICADOR DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RESERVATÓRIO ITAPARICA, SUBMÉDIOSÃO FRANCISCO.

68

FITOPLÂNCTON COMO INDICADOR DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RESERVATÓRIO XINGÓ E BAIXO SÃOFRANCISCO.

69

BIOFUMIGAÇÃO DO SOLO COM PLANTAS DO CERRADO BAIANO VISANDO O CONTROLE DE NEMATOIDESDO GÊNERO MELOIDOGYNE SPP.

70

PRODUÇÃO DE TOMATE DE MESA SUBMETIDO A DIFERENTES NÍVEIS DE SALINIDADE EM AMBIENTEPROTEGIDO NA REGIÃO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO

71

PRODUÇÃO DE TOMATE DE MESA SOB MANEJO DA FERTIRRIGAÇÃO 72

AVALIAÇÃO QUALI-QUANTITATIVA E ESPACIAL DE MICROPLÁSTICOS EM SEDIMENTOS E NA COLUNAD`ÁGUA NO BALNEÁRIO CANTO DAS ÁGUAS – GLÓRIA/BA

73

AVALIAÇÃO QUALI-QUANTITATIVA E ESPACIAL DE MICROPLÁSTICOS EM SEDIMENTOS E NA COLUNAD’ÁGUA – BALNEÁRIO DA PRAINHA – PAULO AFONSO/BA

74

VARIAÇÃO ESPACIAL DE MICROPLÁSTICOS E ZOOPLÂNCTON NO RESERVATÓRIO RIO PIRANHAS-AÇU DORIO SÃO FRANCISCO - RN – PB

75

VARIAÇÕES ESPAÇO-SAZONAL DOS MICROPLÁSTICOS E ZOOPLÂNCTON EM ECOSSISTEMAS AQUÁTICOSDA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO

76

VARIAÇÃO ESPACIAL DE MICROPLÁSTICOS E DO ZOOPLÂNCTON EM RESERVATÓRIOS DO RIO SÃOFRANCISCO EIXO LESTE

77

VARIAÇÃO ESPACIAL DE MICROPLÁSTICO E DO ZOOPLÂNCTON EM RESERVATÓRIOS DO RIO SÃOFRANCISCO DO EIXO NORTE

78

CONTROLE DE EUSCHISTUS HEROS (FABRICIUS) POR INSETICIDAS QUÍMICOS EM DUAS FORMAS DEAPLICAÇÃO

79

USO DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE NA AGRICULTURA FAMILIAR DO SEMIÁRIDO BAIANO 80

ANÁLISE DO CRESCIMENTO INICIAL DA MELANCIEIRA (CITRULLUS LANATUS THUNB.) EM FUNÇÃO DAADUBAÇÃO COM BIOFERTILIZANTES.

81

EFICIÊNCIA DE BIOFERTILIZANTES NO CULTIVO DA MELANCIEIRA (CITRILLUS LANATUS THUNB.) NAREGIÃO SUBMÉDIO DO VALE SÃO FRANCISCO.

82

ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS NO CRESCIMENTO INICIAL DA MELANCIEIRA EM FUNÇÃO DA INDUÇÃO DODÉFICIT DE IRRIGAÇÃO REGULADO E DA APLICAÇÃO DE INOCULANTE

83

TROCAS GASOSAS DA MELANCIEIRA EM FUNÇÃO DA INDUÇÃO DO DÉFICIT DE IRRIGAÇÃO REGULADO(DIR) E DA APLICAÇÃO DE INOCULANTE

84

CONTROLE ALTERNATIVO DA PODRIDÃO MOLE CAUSADA POR RHIZOPUS STOLONIFER NO MANEJO PÓS-COLHEITA EM UVA (VITIS VINIFERA L.).

85

EXTRATO DE GEOPRÓPOLIS DE MELIPONA MANDACAIA SMITH. NO MANEJO DA PODRIDÃO MOLE EMALFACE NO SEMIÁRIDO BAIANO

86

BIOFILME COM ADIÇÃO DE ÓLEOS ESSENCIAIS NA INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA À PECTOBACTÉRIUMAROIDEARUM E PECTOBACTÉRIUM CAROTOVORUM SBPS BRASILIENSIS

87

ESTUDO DA ATIVIDADE INSETICIDA DE ÓLEOS ESSENCIAIS DA FLORA NORDESTINA NO CONTROLE DESITOPHILUS ZEAMAIS

88

ESTUDO DA ATIVIDADE INSETICIDA DE ÓLEOS ESSENCIAIS DA FLORA NORDESTINA NO CONTROLE DESITOTROGA CEREALELLA

89

O ESTUDO DA ATIVIDADE INSETICIDA DE OLÉOS ESSENCIAIS DA FLORA NORDESTINA NO CONTROLE DETRAÇA DOS CEREAIS E GORGULHO DO MILHO.

90

SELETIVIDADE DE INSETICIDAS EM OVOS DE CHRYSOPERLA EXTERNA (HAGEN) (NEUROPTERA:CHRYSOPIDAE)

91

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES MAIS FAVORÁVEIS À GERMINAÇÃO E ESTABELECIMENTO IN VITRO DEAMBURANA CEARENSIS

92

DESINFESTAÇÃO DE SEMENTES E IDADES DE EXPLANTE NO CULTIVO IN VITRO DE ANADENANTHERACOLUBRINA

93

DIAGNÓSTICO AGRÍCOLA PARA EXPLORAÇÃO DE MELANCIA (CITRULLUS LANATUS) NO TERRITÓRIONORDESTE II

94

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POTENCIAL AGRONÔMICO DE MELANCIA (CITRULLUS LANATUS (THUNB.) MATSUM. & NAKAI) NOTERRITÓRIO NORDESTE II - BA.

95

ANÁLISE FISIOLÓGICA DA MELANCIA NO SEMIÁRIDO NORDESTE II 96

ANÁLISE ECONÔMICA DO CULTIVO DE MELANCIA NO TERRITÓRIO NORDESTE II – BA 97

PRODUÇÃO DE MUDAS DE MORORÓ (BAUHINIA CHEILANTHA (BONG.) STEUD.) 98

DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO ENXERTADAS EM ESPÉCIESSILVESTRES

99

REAÇÃO AO COMPLEXO FUSARIOSE-NEMATOIDE DE MARACUJAZEIRO AMARELO ENXERTADO EMESPÉCIES SILVESTRES

100

MÉTODOS DE ENXERTIA DO MARACUJÁ AMARELO EM DIFERENTES PORTA ENXERTOS 101

UTILIZAÇÃO DE PORTA ENXERTOS EM MARACUJAZEIRO AMARELO COMO ESTRATÉGIA NA TOLERÂNCIAAO ESTRESSE HÍDRICO

102

NECESSIDADE TÉRMICA E INTENSIDADES DE PODA DE RENOVAÇÃO NO CRESCIMENTO DE RAMOS DAMANGUEIRA CV. TOMMY ATKINS, SUBMETIDA A DIFERENTES UMIDADES DE SOLO

103

SACAROSE;NITRATO DE CÁLCIO E ÁCIDO BÓRICO NA GERMINAÇÃO DE GRÃOS DE PÓLEN IN VITRO DEMANGUEIRA CV. TOMMY ATKINS

104

ARMAZENAGEM DA ÁGUA NO SOLO EM ÁREA CULTIVADA COM MAMOEIRO E SUBMETIDO AO ESTRESSEHÍDRICO EM JUAZEIRO-BA

105

PRODUÇÃO DO MAMÃO SOB DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO E DOSES DE NITROGÊNIO EMJUAZEIRO-BA

106

RECURSOS GENÉTICOS E MELHORAMENTO DE CUCUMIS SPP. AMOSTRA 2 107

RECURSOS GENÉTICOS E MELHORAMENTO DE CUCUMIS SPP. AMOSTRA 3 108

RECURSOS GENÉTICOS E MELHORAMENTO DE CUCUMIS SPP.. – AMOSTRA 1 109

ECONOMIA DA TILAPICULTURA NA MARGEM BAIANA DO RESERVATÓRIO HIDRELÉTRICO MOXOTÓ, RIOSÃO FRANCISCO, REGIÃO SEMIÁRIDA DO NORDESTE DO BRASIL

110

ECONOMIA DA TILAPICULTURA NO RESERVATÓRIO HIDRELÉTRICO XINGÓ, MONUMENTO NATURAL DORIO SÃO FRANCISCO, POLO SBSF, BRASIL

111

ECONOMIA DA TILAPICULTURA DO RESERVATÓRIO HIDRELÉTRICO ITAPARICA DO RIO SÃO FRANCISCO,REGIÃO SEMIÁRIDA DO NORDESTE DO BRASIL

112

AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO DE ALHO SILVESTRE NA RAÇÃO, SOBRE ODESEMPENHO ZOOTÉCNICO DE TILÁPIA DO NILO (OREOCHROMIS NILOTICUS), SOB DIFERENTESDENSIDADES DE CULTIVO

113

VARIAÇÃO HEMATOLÓGICA DE ALEVINOS DE TILÁPIA (OREOCRHOMIS NILOTICUS) SUBMETIDAS ADIFERENTES NÍVEIS DE SUPLEMENTAÇÃO DE ALHO SILVESTRE (NOTHOSCORDUM INODORUM).

114

AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA INCORPORAÇÃO DE ALHO SILVESTRE (NOTHOSCORDUM INODORUM) NAALIMENTAÇÃO DE JUVENIS DA TILÁPIA DO NILO (OREOCHROMIS NILOTICUS)

115

CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E MORFOMÉTRICA DOS OTÓLITOS SAGITAE DO FRANCISCODORASMARMORATUS (REINHARDT, 1874) (PISCES: SILURIFORMES, DORADIDAE), CAPTURADO NO SUBMÉDIO RIOSÃO FRANCISCO, NOS RESERVATÓRIOS DE PAULO AFONSO – BA.

116

PRODUÇÃO ARTIFICIAL DE FITOPLÂNCTON COMO FONTE NATURAL DE ALIMENTO PARA PISCICULTURA 117

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS118

MITIGAÇÃO DO ESTRESSE SALINO MEDIADO POR RIZOBACTÉRIAS HALOTOLERANTES 120

OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE EXOPOLISSACARÍDEOS BACTERIANO 121

POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DA COMUNIDADE BACTERIANA DA FILOSFERA DE PLANTAS ENDÊMICASDA CAATINGA

122

PREDIÇÃO DA ESTRUTURA 3D DA PROTEÍNA MP-PRIA4 DO FUNGO MONILIOPHTHORA PERNICIOSA 123

PREDIÇÃO DA ESTRUTURA 3D DA PLEUROTOLISINA A1 DE MONILIOPHTHORA PERNICIOSA (MPPLYA1) 124

A FAMÍLIA PASSIFLORACEAE S.L JUSS. EX ROUSSEL NO MUNICÍPIO DE PAULO AFONSO, BAHIA, BRASIL 125

BANCO DE DADOS SOBRE A FLORA DA ECORREGIÃO RASO DA CATARINA (PARTE SUL), BAHIA, BRASIL 126

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ASPECTOS DA FLORAÇÃO E VISITANTES FLORAIS DE CHAMAECRISTA FLEXUOSA (L) GREENE(LEGUMINOSAE) EM UM FRAGMENTO DE MATA OMBRÓFILA DENSA NO MUNICÍPIO DE ALAGOINHAS,BAHIA, BRASIL

127

ASPECTOS DA FLORAÇÃO E BIOLOGIA FLORAL DE ANANAS BRACTEATUS (LINDL.) SCHULT. & SCHULT.F.(BROMELIACEAE) EM UM FRAGMENTO DE MATA OMBRÓFILA DENSA, NO MUNICÍPIO DE ALAGOINHAS,BAHIA, BRASIL

128

BIOLOGIA REPRODUTIVA E FLORAL DE MIMOSA QUADRIVALVIS VAR. LEPTOCARPA (DC.) BARNEBY EM UMFRAGMENTO DE MATA OMBRÓFILA DENSA NO MUNICÍPIO DE ALAGOINHAS, BAHIA, BRASIL

129

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIMICROBIANO, CITOTÓXICO E ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS DAMACROALGA DO GENERO DICTYOPTERIS

130

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DAS ESPÉCIES HERBÁCEAS E SUBARBUSTIVAS EM REMANESCENTE DEMATA ATLÂNTICA NO LITORAL NORTE DA BAHIA

131

COLETA, IDENTIFICAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE SEMENTES NATIVAS DE UM FRAGMENTO DE MATAATLÂNTICA NO MUNICÍPIO DA ALAGOINHAS, BAHIA

132

LEVANTAMENTO FLORISTICO E TAXONÔMICO DA FAMILIA MYRTACEAE EM UM REMANESCENTE DE MATAATLÂNTICA DO LITORAL NORTE DA BAHIA, ALAGOINHAS, BAHIA, BRASIL

133

MORFOLOGIA POLÍNICA DE ESPÉCIES DA FAMÍLIA RUBIACEAE JUSS. OCORRENTES EM FRAGMENTO DEMATA ATLÂNTICA , ALAGOINHAS-BA

134

ANÁLISE POLÍNICA DO MEL DE NANNOTRIGONA TESTACEICORNIS (LEPELETIER, 1836), EM UMA ÁREA DEMATA ATLÂNTICA NO MUNICÍPIO DE ALAGOINHAS, BAHIA

135

RECURSOS POLÍNICOS UTILIZADOS POR NANNOTRIGONA TESTACEICORNIS (LEPELETIER, 1836) EM UMAÁREA DE MATA ATLÂNTICA NO MUNICÍPIO DE ALAGOINHAS, BAHIA

136

REPRODUÇÃO DE PLANTAS FRUTÍFERAS NATIVAS DO CERRADO BAIANO 137

AVALIAÇÃO ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS DE ZELOMETEORIUM PATULUM E CAMPYLOPUSSAVANNARUM COLETADAS NO MUNICIPIO DE ALAGOINHAS.

138

ESTUDO DA TOXICIDADE E CITOTOXIDADE DE EXTRATOS DE ZELOMETEORIUM PATULUM E DECAMPYLOPUS SAVANNARUM COLETADAS NO MUNICIPIO DE ALAGOINHAS

139

CRESCIMENTO INICIAL DE PLANTAS NATIVAS E EXÓTICAS UTILIZADAS NA RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA DEÁREAS DEGRADADAS NO SEMIÁRIDO.

140

REFLORESTAMENTO DE ÁREAS DA CAATINGA NO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE DE IRECÊ 141

ICTIOFAUNA DE POÇAS DE MARÉ EM DUAS PRAIAS DA MICRORREGIÃO DE SALVADOR: UMA ABORDAGEMESPAÇO-TEMPORAL

142

ESTRUTURA POPULACIONAL DOS PEIXES DONZELAS STEGASTES FUSCUS (CUVIER, 1830) E STEGASTESVARIABILIS (CASTELNAUD, 1855) EM POÇAS DE MARÉ DE DUAS PRAIAS NA MICRORREGIÃO DE SALVADOR– BA

143

AVALIAÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP) E MAPEAMENTO DA ZONA RIPÁRIA DORIO SAUÍPE, ALAGOINHAS, BAHIA, BRASIL, UTILIZANDO GEOPROCESSAMENTO E PROTOCOLOS DEAVALIAÇÃO RÁPIDA (PAR).

144

ASSOCIAÇÃO DE MACROINVERTEBRADOS (CLASSE INSECTA) À DIFERENTES MACRÓFITAS AQUÁTICAS(TANQUE DE AROEIRAS, CAETITÉ/BA)

145

LEVANTAMENTO DA RIQUEZA DE DIATOMÁCEAS DO TANQUE DE AROEIRAS (CAETITÉ, BA) 146

BIODIVERSIDADE DE CLADOCERA EM UM ECOSSISTEMA LÊNTICO DO SEMIÁRIDO BAIANO (REPRESA DEPAJEÚ DOS VENTOS, CAETITÉ-BAHIA)

147

VARIAÇÃO TEMPORAL DA COMUNIDADE DE COPEPODA DURANTE O PERÍODO DE ESTIAGEM EM LAGOASTEMPORÁRIAS NO MUNICIPIO DE GUANAMBI, BAHIA

148

LEVANTAMENTO, MAPEAMENTO, DISTRIBUIÇÃO E INFORMATIZAÇÃO DO ACERVO DA FAMÍLIACERATOPOGONIDAE, TRANSMISSORES DE ARBOVIROSES (OROPOUCHE), DA COLEÇÃO ENTOMOLÓGICAMANGABEIRA & SHERLOCK

149

LEVANTAMENTO, MAPEAMENTO, DISTRIBUIÇÃO E INFORMATIZAÇÃO DO ACERVO DE FLEBOTOMÍNEOS DACOLEÇÃO ENTOMOLÓGICA MANGABEIRA & SHERLOCK

150

LEVANTAMENTO, MAPEAMENTO, DISTRIBUIÇÃO E INFORMATIZAÇÃO DO ACERVO DE TRIATOMÍNEOS DACOLEÇÃO ENTOMOLÓGICA MANGABEIRA & SHERLOCK

151

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ADESÃO AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM UMAPOPULAÇÃO DE SALVADOR-BAHIA: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS.

152

AÇÕES EDUCATIVAS VOLTADAS A DIETA E A ATIVIDADE FÍSICA E SUAS POSSÍVEIS INFLUÊNCIAS SOBREOS NÍVEIS PRESSÓRICOS DE PACIENTES TRATADOS FARMACOLOGICAMENTE.

153

EFEITOS ADVERSOS DECORRENTES DO USO DE ANTI-HIPERTENSIVOS EM PACIENTES HIPERTENSOS DEUM AMBULATÓRIO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA NA CIDADE DE SALVADOR- BAHIA

154

CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DA FOLHA E DO XILÓPODIO DE PLÂNTULAS DE UMBUZEIRO (SPONDIASTUBEROSA ARRUDA CÂMARA) SUBMETIDAS A REGIME HÍDRICO

155

REGIME HÍDRICO EM PLÂNTULAS DE UMBUZEIRO (SPONDIAS TUBEROSA ARRUDA CÂMARA)ANACARDIACEAE

156

AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA ENTRE ESCOLARES DA ZONA RURAL DO MUNICÍPIO DE PAULO AFONSO -BA: UMA CORRELAÇÃO ENTRE A PREVALÊNCIA E OS FATORES DE RISCO SOCIOAMBIENTAIS

157

EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO PRÁTICA DE PREVENÇÃO DAS PARASITOSES INTESTINAIS ENTREESCOLARES DO MUNICÍPIO DE PAULO AFONSO - BA

158

REPRESENTAÇÕES DA TRÍPLICE ESCOLAR SOBRE ENTEROPARASITOSES: ANÁLISE EM ESCOLAS RURAISDE PAULO AFONSO-BAHIA

159

PREVALÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS EM MULHERES IDOSAS DA UNIVERSIDADE ABERTA DATERCEIRA IDADE

160

ESTUDO DE ASSOCIAÇÃO ENTRE DENSIDADE MINERAL ÓSSEA E O POLIMORFISMOS DO GENE DAOSTEOPROTEGERINA (TNFRSF11B1181G>C) EM UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS DE SALVADOR, BAHIA.

161

ESTUDO DE ASSOCIAÇÃO ENTRE DENSIDADE MINERAL ÓSSEA E PARÂMETROS LIPÍDICOS E GLICÍDICOSEM UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS DE SALVADOR, BAHIA

162

ESTUDO DE ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIANTES NO GENE IL_25 COM MARCADORES DE ATOPIA EFENÓTIPOS DE ASMA.

163

ESTUDO DE ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIANTES NO GENE TSLP COM MARCADORES DE ATOPIA EFENÓTIPOS DE ASMA

164

INVESTIGAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DA SAÚDE SOBRE OPROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA IMUNOLOGIA

165

INVESTIGAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA QUALIDADE DE VIDA NO ENSINO DA IMUNOLOGIA: UM ESTUDO DAPERCEPÇÃO DISCENTE

166

INVESTIGAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO AMBIENTE ACADÊMICO NO ENSINO DA IMUNOLOGIA: UM ESTUDO DAPERCEPÇÃO DISCENTE

167

MICROFUNGOS ASSOCIADOS A SUBSTRATOS EM FITOTELMATA DE BROMÉLIAS EM FRAGMENTO DEMATA ATLÂNTICA NO EXTREMO SUL DA BAHIA

168

ENUMERAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE MICROFUNGOS DA ÁGUA DE FITOTELMO DE BROMÉLIAS DEFRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA NO EXTREMO SUL DA BAHIA

169

MICROFUNGOS ENDOFÍTICOS E EPIFÍTICOS DE BROMÉLIAS EM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA NOEXTREMO SUL DA BAHIA

170

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE BACTÉRIAS EM UM SOLO ARTIFICIALMENTE CONTAMINADO POR ÓLEODIESEL

171

DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DA POPULAÇÃO MICROBIANA EM SOLOS CONTAMINADOS PORAGROTÓXICOS

172

USO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE HORTELÃ PIMENTA E LIMÃO SICILIANO NO CONTROLE DAMACROPHOMINA SP.

173

CONTROLE BIOLÓGICO DA MACROPHOMINA SP. COM ÓLEO ESSENCIAL DE CRAVO 174

SELEÇÃO E MECANISMOS DE BACTERIAS RIZÓSFERICAS DA CAATINGA ANTAGONISTAS AMACROPHOMINA SP. IN VITRO

175

A TRIBO PHASEOLEAE (LEGUMINOSAE - PAPILIONOIDEAE) NO MUNICÍPIO DE CAETITÉ, BAHIA, BRASIL 176

PERFIL ESTRUTURAL E HISTOQUÍMICO DAS GALHAS FOLIARES DE CECIDOMYIIDAE INDUZIDAS EMBAUHINIA PULCHELLA BENTH. (LEGUMINOSAE) EM AMBIENTE DE CERRADO

177

RIQUEZA DE GALHAS EM ÁREAS DE CAATINGA DA BACIA SEDIMENTAR E EM ÁREAS DO EMBASAMENTOCRISTALINO DO ESTADO DA BAHIA, BRASIL.

178

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USO DO SISTEMA TESTE ALLIUM CEPA COMO BIOINDICADOR DE CITOTOXICIDADE E GENOTOXICIDADEDE BEBIDAS ENERGÉTICAS

179

EFEITO CITOTÓXICO E GENOTÓXICO DE MISTURAS EM PÓ PARA O PREPARO DE SOPAS SOBRE ASCÉLULAS NO SISTEMA TESTE ALLIUM CEPA

180

SISTEMA TESTE ALLIUM CEPA PARA AVALIAÇÃO DOS EFEITOS CITOTÓXICOS E GENOTÓXICO DESALSICHAS

181

FLORA POLÍNICA DE ASTERACEAE DA VEGETAÇÃO DA RESTINGA DA APA RIO CAPIVARA LITORAL NORTEDA BAHIA, BRASIL

182

CARACTERIZAÇÃO PALINOLÓGICA DE MÉIS DE APIS MELLIFERA L. PRODUZIDOS NOS MUNICÍPIOS DESENHOR DO BONFIM E ITIÚBA, BAHIA

183

ACANTHACEAE EM CAETITÉ, BAHIA, BRASIL. 184

MORFOLOGIA POLÍNICA DOS GÊNEROS AESCHYNOMENE L.; CHAETOCALYX DC; DALBERGIA L. F.;MACHAERIUM PERS.; POIRETIA VENT.; STYLOSANTHES SW.; E ZORNIA J.F.GMEL EM BREJINHO DASAMETISTAS, CAETITÉ, BAHIA.

185

PALINOFLORA DE BREJINHO DAS AMETISTAS, CAETITÉ, BAHIA: FABACEAE – CAESALPINIOIDEAE(CHAMAECRISTA MOENCH. E SENNA MILL.).

186

TRIAGEM IN SÍLICO PARA IDENTIFICAÇÃO DE POTENCIAIS INIBIDORES DA ENZIMA DIHIDROFOLATOREDUTASE DE SCHISTOSOMA MANSONI

187

ENTOMOFAUNA DE UM FRAGMENTO DE CERRADO NA FAZENDA MÃE PRETA, NO MUNICÍPIO DEBARREIRAS, REGIÃO OESTE DA BAHIA

188

EPÍFITAS VASCULARES DA RPPN MARIA MARIA, NO TERRITÓRIO NORTE DA CHAPADA DIAMANTINA,BAHIA, BRASIL

189

DIVERSIDADE DE FORMIGAS EDÁFICAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) COMO BIOINDICADOR AMBIENTALE BIOMARCADOR MORFOLÓGICO EM PARAMIRIM, BAHIA.

190

DIVERSIDADE DE FORMIGAS EDÁFICAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) COMO BIOINDICADOR AMBIENTALEM ÁREAS DO DISTRITO DE MANIAÇU, CAETITÉ, BAHIA.

191

DIVERSIDADE DE FORMIGAS EDÁFICAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) COMO BIOINDICADOR AMBIENTALEM ÁREAS DO MUNICÍPIO DE IGAPORÃ, BAHIA.

192

CIÊNCIAS DA SAÚDE193

AVALIAÇÃO DA CINÉTICA DE DISSOLUÇÃO E DA COMPOSIÇÃO MULTIELEMENTAR DE MEDICAMENTOSFITOTERÁPICOS SÓLIDOS ORAIS: CÚRCUMA (CURCUMA LONGA L.), GARRA DO DIABO (HARPAGOPHYTUMPROCUMBENS) E UNHA-DE-GATO (UNCARIA TOMENTOSA), COMERCIALIZADOS EM SALVADOR-BA.

195

AVALIAÇÃO DA CINÉTICA DE DISSOLUÇÃO DE COMPRIMIDOS DE BESILATO DE ANLODIPINO (REFERÊNCIA,GENÉRICO E SIMILAR) COMERCIALIZADOS EM FARMÁCIAS DE SALVADOR/ BA EMPREGANDOPLANEJAMENTO FATORIAL

196

AVALIAÇÃO DA CINÉTICA DE DISSOLUÇÃO DE COMPRIMIDOS (REFERÊNCIA, SIMILAR E GENÉRICO) DELORATADINA (ANTI-HISTAMÍNICO) COMERCIALIZADOS EM FARMÁCIAS DE SALVADOR/BA

197

ESTUDO DA CINÉTICA DE DISSOLUÇÃO DE FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ORAIS CONTENDOIBUPROFENO (ANTI-INFLAMATÓRIO NÃO ESTERÓIDE – AINE) COMERCIALIZADAS EM FARMÁCIAS DESALVADOR/BA

198

INGESTÃO ALIMENTAR E NÍVEIS SÉRICOS DE VITAMINA D EM UMA AMOSTRA DE PACIENTES COMSÍNDROME METABÓLICA

199

AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE FIBRAS E ÁGUA E SUA ASSOCIAÇÃO COM CONSISTÊNCIA DAS FEZES EFREQUÊNCIA DE EVACUAÇÃO DE IDOSAS COM SÍNDROME METABÓLICA

200

RELAÇÃO ENTRE NÍVEIS SÉRICOS DE VITAMINA D E ESTEATOSE HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA EMPACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA

201

DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE ARSÊNIO EM FÍGADO DE RATOS ALIMENTADOS COM RAÇÕES ELABORADASA BASE DE LEGUMINOSAS.

202

DETERMINAÇÃO DOS NÍVEIS DE PB E CD EM FÍGADOS DE RATOS ALIMENTADOS COM RAÇÕESELABORADAS A BASE DE LEGUMINOSAS VERDES

203

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AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA METFORMINA NA RESPOSTA INFLAMATÓRIA DE PACIENTES DIABÉTICOSPORTADORES DE LEISHMANIOSE CUTÂNEA LOCALIZADA

204

AVALIAÇÃO IMUNOFENOTÍPICA IN SITU DE PACIENTES DIABÉTICOS COM LEISHMANIOSE CUTÂNEATRATADOS COM METFORMINA

205

O PARADOXO DA OBESIDADE EM PACIENTES CRÍTICOS: UM FATOR PROTETOR? 206

IMPACTO DA FOTOBIOMODULAÇÃO LASER NA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM CÂNCER DECABEÇA E PESCOÇO EM TRATAMENTO RADIO/QUIMIOTERÁPICO.

207

IMPACTO DA DISFAGIA NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM NEOPLASIA DE CABEÇA E PESCOÇO 208

AVALIAÇÃO DA FOTOBIOMODULAÇÃO NO IMC E PESO CORPORAL DE PACIENTES COM CÂNCER DECABEÇA E PESCOÇO: INTERFERÊNCIA DA MUCOSITE ORAL

209

PREVALÊNCIA DA COINFECÇÃO POR UREAPLASMA UREALYTICUM, MYCOPLASMA HOMINIS E HPV EMPESSOAS ATENDIDAS EM CENTRO DE REFERÊNCIA DE IST/HIV EM SALVADOR, BAHIA.

210

MÚLTIPLAS PERCEPÇÕES SOBRE A FUNDAÇÃO DA FEDERAÇÃO BAIANA DE HANDEBOL 211

INFLUÊNCIAS DO GRAU DE INSTRUÇÃO SOBRE OS DETERMINANTES DE SAÚDE COM ÊNFASE NOCOMPORTAMENTO SEXUAL E QUALIDADE DE VIDA

212

SAÚDE MENTAL DOS GRADUANDOS DA UNEB CAMPUS XII E A RELAÇÃO COM A QUALIDADE DE VIDA 213

QUALIDADE DE VIDA E OS NÍVEIS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM DOCENTES DA UNEB CAMPUS XII 214

INTERFERÊNCIA DOS NÍVEIS DE ESTRESSE NA QUALIDADE DE VIDA DOS DOCENTES E DISCENTES DAUNEB CAMPUS XII E DA UNIFG.

215

CORRELAÇÃO ENTRE A IDADE E A FORÇA MUSCULAR EM IDOSOS: ESTUDO ELSIA 216

CORRELAÇÃO ENTRE ATIVIDADE FÍSICA, COMPORTAMENTO SEDENTARIO E IDADE EM IDOSOS DOMUNÍCIPIO DE ALCOBAÇA – BA

217

POLÍTICAS DE SAÚDE DO SERVIDOR PÚBLICO DA VIGILÂNCIA A PROMOÇÃO EM SAÚDE: REVISÃOINTEGRATIVA

218

PROMOÇÃO A SAÚDE DOS TRABALHADORES NO SERVIÇO PÚBLICO NO NORDESTE: UMA ANÁLISEBIBLIOGRÁFICA

219

ATIVIDADE FÍSICA, PROMOÇÃO DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA PARA SERVIDORES PÚBLICOS: UMAREVISÃO BIBLIOGRÁFICA

220

SIGNIFICAÇÕES DE FORMAÇÃO, DE DOCÊNCIA E PRÁTICA PEDAGÓGICA CONSTITUÍDAS NO ÂMBITO DAEXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

221

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E AS CONCEPÇÕES CONSTITUÍDAS PELOS ESTUDANTES DE EDUCAÇÃOFÍSICA

222

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA FORMAÇÃO DOCENTE: UM ESTUDO COM OS ESTUDANTES DO CURSO DEEDUCAÇÃO FÍSICA DA UNEB- CAMPUS XII

223

A APROPRIAÇÃO DO LAZER PELAS MULHERES PARTICIPANTES DO PROGRAMA ESPORTE E LAZER DACIDADE (PELC) NO ALTO SERTÃO PRODUTIVO DA BAHIA: O CASO DE GUANAMBI

224

PREVALÊNCIA DE INATIVIDADE FÍSICA, ATIVIDADES DE LAZER E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOSQUILOMBOLAS BAIANOS

225

COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO E CONDIÇÕES DE SÚDE ASSOCIADOS EM IDOSOS QUILOMBOLASBAIANOS.

226

CORRELAÇÃO ENTRE DOENÇAS AUTORREFERIDAS E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO EM IDOSOS DOMUNICÍPIO DE ALCOBAÇA- BA

227

CORRELAÇÃO ENTRE DOENÇAS AUTORREFERIDAS E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM IDOSOS DOMUNICÍPIO DE ALCOBAÇA-BA

228

EXPECTATIVAS DE PESSOAS IDOSAS DE UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE QUANTO ÀPARTICIPAÇÃO DA UNIVERSIDADE NO ENVELHECIMENTO BEM SUCEDIDO

229

EFETIVAÇÃO DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS EM POTENCIAIS DOADORES NOTIFICADOS EM PETROLINA – PE. 230

PROTOCOLO DE MORTE ENCEFÁLICA E ASPECTOS RELACIONADOS 231

FATORES ASSOCIADOS À PERSPECTIVA DE TEMPO FUTURO DURANTE A GESTAÇÃO 232

CLIMATÉRIO X QUALIDADE DE VIDA: PERCEPÇÃO DE MULHERES NESSE PERÍODO 233

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CARACTERIZAÇÃO DE IDOSOS ATIVOS RESIDENTES EM COMUNIDADES SOCIOECONOMICAMENTEDISTINTAS

234

ESTRATÉGIAS DE AUTOCUIDADO UTILIZADAS POR MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA CONJUGAL 235

ATENDIMENTO EM SAÚDE RECEBIDO POR MULHERES ENVOLVIDAS COM DROGAS E EM SITUAÇÃO DEVIOLÊNCIA CONJUGAL

236

AGRAVOS À SAÚDE: DISCURSO DE MULHERES ENVOLVIDAS COM DROGAS E EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIACONJUGAL

237

MULHERES EM SITUAÇÃO DE PRISÃO POR ENVOLVIMENTO COM DROGAS: REPERCUSSÕES PARA ASAÚDE

238

MULHERES EM SITUAÇÃO DE PRISÃO POR ENVOLVIMENTO COM DROGAS: DE QUEM ESTAMOS FALANDO? 239

MULHERES EM SITUAÇÃO DE PRISÃO POR ENVOLVIMENTO COM O TRÁFICO DE DROGAS: UM ENFOQUEDE GÊNERO

240

MULHERES EM SITUAÇÃO DE PRISÃO POR ENVOLVIMENTO COM DROGAS: FATORES DESENCADEANTES 241

ESTADO DA ARTE SOBRE O CONTROLE DA DOR CRÔNICA NOS PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS ECUIDADOS DE FIM DE VIDA.

242

TRATAMENTO DA DOR CRÔNICA DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO NÃO-ONCOLÓGICO EM CUIDADOSPALIATIVOS E/OU EM CUIDADOS DE FIM DE VIDA

243

TRATAMENTO DA DOR CRÔNICA DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO ONCOLÓGICO EM CUIDADOSPALIATIVOS E/OU EM CUIDADOS DE FIM DE VIDA

244

PERCEPÇÃO DAS PUÉRPERAS SOBRE O PROCESSO DO PARTO HUMANIZADO 245

GAAM: AVALIAÇÃO DAS CONSULTORIAS MAIS COMPLEXAS REALIZADAS PELO GRUPO. 246

EXPERIÊNCIA DE PUÉRPERAS SOBRE A ASSISTÊNCIA PRESTADA PELO GRUPO DE APOIO AOALEITAMENTO MATERNO

247

GAAM: ESTIMANDO OS FATORES QUE DIFICULTAM O ALEITAMENTO MATERNO 248

ATIVIDADES LÚDICAS NA UNIDADE PEDIÁTRICA 249

IMPACTOS DAS AÇÕES LÚDICAS SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DAS CRIANÇAS NA PERSPECTIVA DASENFERMEIRAS DA UNIDADE PEDIÁTRICA

250

ACOMPANHAMENTO DO RISCO CARDIOVASCULAR ASSOCIADO A DIABETES MELLITUS EM PACIENTES DAATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE DE SENHOR DO BONFIM, BA.

251

ACOMPANHAMENTO E ANÁLISE DE RISCO CARDIOVASCULAR ASSOCIADO À HIPERTENSÃO ARTERIAL EMPACIENTES DA ESTRATÉGIA DE ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE EM SENHOR DO BONFIM, BA

252

EVOLUÇÃO DAS MORTES DE POLICIAIS MILITARES E CIVIS DO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2015 A2016

253

DISCRIMINAÇÃO E ACESSO AO TESTE DE HIV NOS SERVIÇOS DE SAÚDE ENTRE HSH DE SALVADOR BAHIA 254

CONHECIMENTO DA PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO (PEP) ENTRE HOMENS QUE FAZEM SEXO COMHOMENS (HSH) EM SALVADOR-BA

255

CONHECIMENTO DA PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO (PREP) AO HIV ENTRE HOMENS QUE FAZEM SEXO COMHOMENS (HSH) EM SALVADOR-BA

256

ACEITABILIDADE E USO DA PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO ENTRE JOVENS E ADOLESCENTES HOMENS QUEFAZEM SEXO COM HOMENS, TRAVESTIS E MULHERES TRANSEXUAIS EM SALVADOR-BA

257

ACIDENTES DE TRABALHO EM FEIRANTES EM CIDADE DO ALTO SERTÃO DA BAHIA 258

PERFIL VACINAL DE TRABALHADORES FEIRANTES EM CIDADE DO ALTO SERTÃO DA BAHIA 259

PERFIL LIPÍDICO DE TRABALHADORES FEIRANTES EM CIDADE DO ALTO SERTÃO DA BAHIA 260

FATORES ASSOCIADOS A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM ADULTOS QUILOMBOLAS 261

PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DO ADULTO QUILOMBOLA COM DISTÚRBIOS HIPERGLICÊMICOS 262

INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-LEISHMANIA DE COMPOSTOS OBTIDOS DE PRODUTOS NATURAISE/OU SINTÉTICOS: AÇÃO DIRETA DA DROGA NO PARASITO OU NA MODULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE DOHOSPEDEIRO CONTRA O PROTOZOÁRIO?

263

PERFIL DA RESPOSTA IMUNE DE CÉLULAS INFECTADAS POR LEISHMANIA E TRATADAS COM MOLÉCULASDERIVADAS DE PRODUTOS NATURAIS E/OU SINTÉTICOS

264

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DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE EMULSÃO MÚLTIPLA (O/A/O) CONTENDO FILTROSOLAR ORGÂNICO

265

DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE EMULSÃO MÚLTIPLA (O/A/O) CONTENDO ÁCIDOSALICÍLICO E CETOCONAZOL

266

DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE EMULSÃO MÚLTIPLA (O/A/O) CONTENDOREPELENTE DE INSETOS DE ORIGEM NATURAL E FILTRO SOLAR ORGÂNICO

267

FREQUÊNCIA DE DINAPENIA EM IDOSOS HOSPITALIZADOS 268

VARIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR ENTRE A ADMISSÃO E ALTA EM IDOSOS HOSPITALIZADOS 269

EFICIÊNCIA DO PROTOCOLO DE JUDÔ ADAPTADO NO EQUILÍBRIO E FUNCIONALIDADE EM IDOSOS 270

ASSOCIAÇÃO ENTRE O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E A MOBILIDADE FUNCIONAL EM PESSOAS COMDOENÇA DE PARKINSON

271

FATORES ASSOCIADOS AO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM INDIVÍDUOS APÓS ACIDENTE VASCULARCEREBRAL

272

ASSOCIAÇÃO ENTRE A GRAVIDADE DA DOENÇA DE PARKINSON E O DESEMPENHO COGNITIVO 273

FREQUÊNCIA DE SINTOMAS NOTURNOS EM PESSOAS COM DPOC 274

EFEITO DO USO DE TERAPIA COM PRESSÃO POSITIVA (PEP) NA TOLERÂNCIA AO ESFORÇO EM PESSOASCOM DPOC: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE.

275

VELOCIDADE DA MARCHA COMO INDICADOR DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM PESSOAS COM DPOC 276

AVALIAÇÃO DE SINTOMAS DIURNOS EM PESSOAS COM DPOC 277

RELAÇÕES ENTRE AS CARACTERISTICAS DE LINGUAGEM E PERCEPÇÕES PARENTAIS DE CRIANÇAS COMDISTÚRBIOS DA LINGUAGEM: IDENTIFICANDO AS VARIAVÉIS DESTA RELAÇÃO

278

RELAÇÕES ENTRE AS CARACTERISTICAS DE LINGUAGEM E PERCEPÇÕES PARENTAIS DE CRIANÇAS COMDISTÚRBIOS DA LINGUAGEM: UMA ANALISE QUANTITATIVA

279

RELAÇÕES ENTRE AS CARACTERÍSTICAS DE LINGUAGEM E PERCEPÇÕES PARENTAIS DE CRIANÇAS COMDISTÚRBIOS DO ESPECTRO DO AUTISMO: IDENTIFICANDO AS VARIÁVEIS DESTA RELAÇÃO

280

PROMOÇÃO DA SAÚDE LABIRÍNTICA EM SUJEITOS COM MIGRÂNEA: ASPECTOS REABILITATIVOS 281

ESTUDO DA FUNÇÃO VESTIBULAR DOS SUJEITOS COM MIGRÂNEA 282

QUALIDADE DE VIDA E TONTURA NOS SUJEITOS COM MIGRÂNEA: ASPECTOS FÍSICOS, FUNCIONAIS EEMOCIONAIS

283

AVALIAÇÃO DE FALA E LINGUAGEM DE CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR, NASCIDAS PEQUENAS PARA AIDADE GESTACIONAL: PERFIL FUNCIONAL DA COMUNICAÇÃO E VOCABULÁRIO.

284

QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM COLITE NÃO CLASSIFICADA EM UM CENTRO DE REFERÊNCIAEM SALVADOR - BA

285

ASPECTOS SOCIODEMOGRÁFICOS EM PACIENTES COM DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS EM UMCENTRO DE REFERÊNCIA EM SALVADOR- BA

286

QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM DOENÇA DE CROHN EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA EMSALVADOR- BA

287

QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM RETOCOLITE ULCERATIVA EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA EMSALVADOR-BA

288

INCIDÊNCIA DE DELIRIUM EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DE UMHOSPITAL DE SALVADOR

289

FATORES ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE DELIRIUM EM PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADES DETERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL DE SALVADOR

290

PERFIL CLÍNICO E POLISSONOGRÁFICO DOS DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO (DRS) EM CRIANÇASE ADOLESCENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE

291

PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS A ANEMIAS CARENCIAIS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTESOBESOS

292

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO, CLÍNICO E LABORATORIAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PORTADORES DASÍNDROME DE PRADER WILLI ACOMPANHADOS EM UM SERVIÇO DE NUTROLOGIA PEDIÁTRICA

293

DEFICIÊNCIA DE ALFA-1 ANTITRIPSINA EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA(DPOC), ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO NO ESTADO DA BAHIA

294

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ALTA FREQUÊNCIA DE UTILIZAÇÃO DE CORTICOIDE INALADO EM PORTADORES DE DOENÇA PULMONAROBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) E SEU IMPACTO NEGATIVO NA QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA ÀSAÚDE (QVRS) EM PACIENTES ATENDIDOS AMBULATORIALMENTE PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

295

AVALIAÇÃO DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM FEIRANTES 296

ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA COM A ESCALA DE ESTRESSEPERCEBIDO EM FEIRANTES

297

AVALIAÇÃO DO CONTROLE AUTONÔMICO CARDÍACO ENTRE FEIRANTES DIABÉTICOS E NÃO DIABÉTICOS 298

RISCO E PROTEÇÃO DA SAÚDE: AERAÇÃO DE PRODUTOS MÉDICOS ESTERILIZADOS À ÓXIDO DE ETILENOEM HOSPITAIS DE SALVADOR, BA

299

OBESIDADE E FATORES ASSOCIADOS EM TRABALHADORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS DE UMAUNIVERSIDADE PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA

300

INATIVIDADE FÍSICA E SEUS FATORES ASSOCIADOS EM TRABALHADORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOSDE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA

301

PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS DEUMA UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL

302

PREVALÊNCIA DE DOR MUSCULOESQUELÉTICA POR FATOR ERGONÔMICO ASSOCIADO EMTRABALHADORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA BAIANA

303

AUTOCUIDADO EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 304

CAPACIDADE PARA O TRABALHO EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 305

ACESSO PARA A PRODUÇÃO DO CUIDADO EM PESSOAS COM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS NODISTRITO CABULA/BEIRÚ NO MUNICÍPIO DE SALVADOR-BAHIA

306

PREVALÊNCIA DE ANEMIA EM TRABALHADORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS DE UMA UNIVERSIDADEPÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA.

307

ATUAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO NAS POLÍTICAS DE MEDICAMENTOS E DE ASSISTÊNCIAFARMACÊUTICA, NO PERÍODO 2018 - 2019: ANALISANDO AS AÇÕES E OMISSÕES DO EXECUTIVO E DOLEGISLATIVO RELATIVO AO ACESSO A MEDICAMENTOS NO SUS

308

ATUAÇÃO DO EXECUTIVO FEDERAL NAS POLÍTICAS DE MEDICAMENTOS E DE ASSISTÊNCIAFARMACÊUTICA, NO PERÍODO 2018-2019. ANALISANDO A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

309

ATUAÇÃO DO LEGISLATIVO FEDERAL NAS POLÍTICAS DE MEDICAMENTOS E DE ASSISTÊNCIAFARMACÊUTICA, NO PERÍODO DE 2018: A PRODUÇÃO DA CÂMARA DE DEPUTADOS

310

ATUAÇÃO DO EXECUTIVO FEDERAL NAS POLÍTICAS DE MEDICAMENTOS E DE ASSISTÊNCIAFARMACÊUTICA, NO PERÍODO 2018: ANALISANDO A ATUAÇÃO DA ANVISA.

311

ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DOS MEDICAMENTOS PRESCRITOS PARA AS GESTANTES 312

CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA313

NAVEGAÇÃO DE ROBÔS DE SERVIÇO 315

SOLUÇÃO ANALÍTICA DE DADOS DA OCORRÊNCIA DA ARBOVIROSE DENGUE ATRAVÉS DE PREDIÇÃOCLASSIFICATÓRIA

316

COMUNICAÇÃO E CONSENSO EM UM TIME DE FUTEBOL DE ROBÔS AUTÔNOMOS 317

PLANEJAMENTO DE ESTRATÉGIAS DE ALTO NÍVEL PARA EQUIPES DE ROBÔS HUMANÓIDES 318

ESTUDO DO MONITORAMENTO DE BATIMENTOS CARDÍACOS POR IMAGENS 319

GERADOR DE CÓDIGO PARA APLICATIVOS MÓVEIS 320

CONJUNTURA DO BRASIL DAS PESQUISAS EM NANOTECNOLOGIA RELACIONADAS AO MEIO AMBIENTE 321

ÁLGEBRA DE CLIFFORD CL(1,3) E APLICAÇÕES À FÍSICA 322

ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICA E TÉRMICA DOS MATERIAIS NÃO BIODEGRADÁVEIS EBIODEGRADÁVEIS A BASE DE AMIDO DE MILHO

323

ESTUDO DO POLÍMEROS DE IMPRESSÃO IÔNICA PARA DETERMINAÇÃO DE NÍQUEL(II) EM ÁGUASRESIDUAIS – CARATERIZAÇÃO E APLICAÇÃO

324

PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE NANOWHISKERS DA CASCA DA PACHIRA AQUATICA PARAAPLICAÇÃO EM PROCESSO ADSORTIVO EMPREGANDO OS METAIS M(PLATINA/CHUMBO)

325

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INVESTIGAÇÃO DAS VARIÁVEIS DE PROCESSO NA FOTOCATÁLISE DO AZUL DE METILENO EMPREGANDOCOMPÓSITOS BASEADOS EM ÓXIDO DE FERRO E MATERIAL CARBONÁCEO (ORIGINÁRIO DA SEMENTE DEGOIABA)

326

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE ÓXIDOS DE FERRO PREPARADOS POR DIFERENTES ROTAS OUSUPORTADOS EM CARVÃO ATIVADO OBTIDO A PARTIR DAS SEMENTES DE GOIABA E CAJÁ NAFOTOCATÁLISE DE CORANTES

327

SÍNTESE DE MATERIAIS BASEADOS EM ÓXIDO DE FERRO E MATERIAL CARBONÁCEO ORIUNDO DORESÍDUO DA MANGA PARA EMPREGO NA ADSORÇÃO DE CORANTE

328

MOVIMENTOS DE MASSA NAS ENCOSTAS DA CIDADE DE SALVADOR, BA 329

EPISÓDIOS PLUVIOMÉTRICOS E ALAGAMENTOS NA CIDADE DE SALVADOR, BA. 330

ILHAS DE CALOR E CONFORTO TÉRMICO NA CIDADE DE SALVADOR, BA. 331

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS, SOCIOECONÔMICOS E DE USO E OCUPAÇÃO DA TERRA DE OUROLÂNDIA –BA

332

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS, SOCIOECONÔMICOS E DE USO E OCUPAÇÃO DA TERRA DE QUEIMADAS –BA

333

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS, SOCIOECONOMICOS E O USO E OCUPAÇÃO DA TERRA DO MUNICÍPIO DECANSANÇÃO - BA

334

MAPEAMENTO DAS UNIDADES GEOAMBIENTAIS E DE USO E OCUPAÇÃO DA TERRA NO MUNICÍPIO DEMIGUEL CALMON-BAHIA

335

METODOLOGIAS ALTERNATIVAS PARA O ENSINO DE GEOMETRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOSINICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

336

A RELAÇÃO DOS CAMPOS CONCEITUAIS COM OS CONTOS DO MALBA TAHAN: UMA INVESTIGAÇÃO SOBREO CAMPO MULTIPLICATIVO

337

MALBA TAHAN E A TEORIA DOS CAMPOS CONCEITUAIS: UM ESTUDO SOBRE O CAMPO MULTIPLICATIVO 338

TEORIA DOS CAMPOS CONCEITUAIS NOS CONTOS DE MALBA TAHAN: INVESTIGANDO O CAMPO ADITIVO 339

INVESTIGANDO A QUÍMICA FEMININA 340

A PRÁTICA DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA 341

CONSTITUIÇÃO DA ÁREA DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA ATRAVÉS IDEIAS DE JEREMY KILPATRIC 342

TEORIA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA POR HANS-GEORG STEINER 343

CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE BENTÔNICA E ÍNDICE DE RUGOSIDADE DOS RECIFES DE ARENITODA PRAIA DE PORTO DE GALINHAS E AVALIAÇÃO DOS SEUS PROCESSOS DE ESTRUTURAÇÃO SEMIMPACTO DO PISOTEIO, ÁREA PROTEGIDA

344

CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE MEIOFAUNÍSTICA E FORMAS DE USO DOS RECIFES DE ARENITO DAPRAIA DE PORTO DE GALINHAS E AVALIAÇÃO DOS SEUS PROCESSOS DE ESTRUTURAÇÃO SOB IMPACTODO PISOTEIO, ÁREA ABERTA.

345

CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE BENTÔNICA E PRESENÇA DO MICROPLÁSICO NOS RECIFES DEARENITO DA PRAIA DE PORTO DE GALINHAS E AVALIAÇÃO DOS SEUS PROCESSOS DE ESTRUTURAÇÃOSOB IMPACTO DO PISOTEIO, ÁREA ABERTA

346

CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE MEIOFAUNÍSTICA DOS RECIFES DE ARENITO DA PRAIA DE PORTO DEGALINHAS E AVALIAÇÃO DOS SEUS PROCESSOS DE ESTRUTURAÇÃO SEM IMPACTO DO PISOTEIO, ÁREAPRESERVADA

347

CALIBRAÇÃO DE PALEOTERMÔMETRO DE ISÓTOPOS ESTÁVEIS DE OXIGÊNIO UTILIZANDO A ESPÉCIE DECORAL SIDERASTREA STELLATA DA BAIA DE TODOS OS SANTOS, BAHIA, BRASIL.

348

DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO COM SOLVENTE VERDE PARA EXTRAÇÃO DE BIOATIVOS FENÓLICOS EMALIMENTO VEGETAL E DETERMINAÇÃO POR HPLC-DAD

349

PROCESSOS PARA A SÍNTESE DE NANOPARTÍCULAS LUMINESCENTES DE SULFETO DE ZINCO PORPRECIPITAÇÃO HOMOGÊNEA

350

SISTEMA DE ANÁLISE EM FLUXO BASEADO EM INTERFACE ÚNICA (SIFA) PARA DEFINIÇÃO DE MODELOMATEMÁTICO DE DILUIÇÃO PELA REVERSÃO DO SENTIDO DO FLUXO.

351

AVALIAÇÃO DO EFEITO DA GRANULOMETRIA NA EFICIÊNCIA DE DECOMPOSIÇÃO NÍTRICA DA MATÉRIAORGÂNICA DE FARINHAS DE MILHO EM DIGESTÕES ASSISTIDAS POR MICRO-ONDAS

352

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DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA DE PRÉ-CONCENTRAÇÃO EM LINHA EMPREGANDO NANOPARTÍCULASDE COFE2O4 REVESTIDAS COM 4-(2-TIAZOLILAZO)-RESORCINOL PARA DETERMINAÇÃO DE PB EM ÁGUASNATURAIS POR F AAS

353

DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO SIMULTÂNEA DE CÁDMIO E MERCÚRIO EMPIMENTA ROSA (SCHINUS TEREBINTHIFOLIUS RADDI) POR CV AFS

354

DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIA ANALÍTICA PARA EXTRAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS EMDERIVADOS DO TOMATE

355

PERFIL FITOQUÍMICO E NUTRICIONAL DA TACINGA INAMOENA (PALMA FORRAGEIRA) DE ACORDO COM AIDADE.

356

ESTUDO FITOQUÍMICO BIOGUIADO DE MIMOSA TENUIFLORA 357

QUANTIFICAÇÃO DE TANINOS E FENÓLICOS DO FRUTO DE CAESALPINIA FERREA E AVALIAÇÃO DAATIVIDADE ANTIMICROBIANA.

358

SÍNTESE E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DERIVADOS PIRAZOLÔNICOS . 359

ESTUDO DE ABORDAGENS NA LITERATURA SOBRE NAVEGAÇÃO EM ALTO NÍVEL DE ROBÔS HUMANÓIDESEM AMBIENTE SIMULADO.

360

APRENDIZAGEM ABERTA E COLABORATIVA APLICADA A JOGOS DIGITAIS 361

SUBPROJETO GAMIFICAÇÃO DE TÓPICOS RELACIONADOS À DIREITOS HUMANOS E INCLUSÃO 362

CONSTRUÇÃO DE UMA MECÂNICA DE MOTOR DE JOGOS DIGITAIS 2D APLICADA A UM ‘JOGO CASUALSÉRIO’

363

CIÊNCIAS HUMANAS364

O PERFIL DA GESTÃO DAS ESCOLAS DO CAMPO NOS MUNICÍPIOS DE CAETITÉ, IBIASSUCÊ, LAGOA REAL,CANDIBA, PINDAI E TANQUE NOVO DO TERRITÓRIO SERTÃO PRODUTIVO

366

DELINEANDO O PERFIL DA GESTÃO ESCOLAR DO CAMPO NO TERRITÓRIO SERTÃO PRODUTIVO 367

SERTÃO PRODUTIVO: UMA ANÁLISE REFLEXIVA DA GESTÃO DAS ESCOLAS DO CAMPO 368

CONCEPÇÕES E CARACTERÍSTICAS DA GESTÃO ESCOLAR EM TEOFILÂNDIA: O DITO NOS DOCUMENTOSOFICIAIS

369

ASPECTOS DA GESTÃO ESCOLAR EM LAMARÃO: LEITURA CRÍTICA DOS DOCUMENTOS OFICIAIS 370

A GESTÃO ESCOLAR EM SERRINHA/BA INTERFACES REVELADAS NOS DOCUMENTOS OFICIAS 371

INTERFACES DA GESTÃO ESCOLAR EM BARROCAS: O REVELADO NOS DOCUMENTOS OFICIAIS 372

CONCEPÇÕES DE AUTONOMIA DOCENTE NAS DIRETRIZES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO E NOS PLANOS DEVALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

373

CONCEPÇÕES DE ENSINO PRESENTES NOS DOCUMENTOS OFICIAIS E SEUS DESDOBRAMENTOS NAAVALIAÇÃO EXTERNA DA EDUCAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DE SERRINHA/BA

374

AS DECISÕES DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS: O GANHO DE AUTONOMIAINSTITUCIONAL DA CORTE E O COMPLIANCE DOS ESTADOS. UM ESTUDO DOS CASOS DA ARGENTINA,COLÔMBIA E PERU

375

SISTEMA INTERAMERICANO DE DIREITOS HUMANOS E A JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA: UMA ANÁLISESOBRE AS RELAÇÕES ENTRE JULGADOS DA CORTE E OS PODERES LEGISLATIVOS ESTATAIS.

376

AS RESPOSTAS DO BRASIL À CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS: UMA AVALIAÇÃO SOBREA PRESSÃO INSTITUCIONAL INTERNACIONAL

377

ÁREAS VERDES DISPONÍVEIS EM CONTEXTO SEMIÁRIDO URBANO 378

VERDE URBANO NAS ESCOLAS PÚBLICAS: PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA PARA ACONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO BRASILEIRO

379

REDE HIDROGRÁFICA DE JUAZEIRO E QUALIDADE AMBIENTAL DOS RIACHOS URBANOS E SEU ENTORNO 380

MARIA AFRA DA COSTA: DE MULHER NEGRA ESCRAVIZADA A MÃE DO PREFEITO DA CIDADE DE CAETITÉ,BAHIA, BRASIL

381

RELAÇÕES RACIAIS E DE GENÊRO: MAPEANDO PESQUISAS E REPERCUSSÕES NAS LICECIATURAS DODEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-CAMPUS XI

382

ANÁLISE DE VESTÍGIOS CERÂMICOS DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO PARAGUAI – I, EM CAETITÉ, BAHIA 383

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A FORMAÇÃO DOCENTE E AS RELAÇÕES RACIAIS NO CURRÍCULO DO CURSO DE PEDAGOGIA DA UNEBDO CAMPUS XII DE GUANAMBI- BA

384

A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA DO MUNICÍPIO DE GUANAMBI-BA SOBREAS QUESTÕES RACIAIS

385

EDUCAÇÃO, CURRÍCULO E RELAÇÕES RACIAIS: INDAGAÇÕES ACERCA DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EMCONTEXTO DE DIVERSIDADE

386

A ESCOLA DO ENSINO MÉDIO E O TRATO COM AS QUESTÕES RACIAIS SOB O OLHAR DOS PAIS E DOSQUILOMBOLAS

387

O FIO DA DOCÊNCIA NA LICENCIATURA EM LETRAS DO DCH VI/UNEB, CAETITÉ, BA: INDAGAÇÕES À LUZ DARESOLUÇÃO CNE/CP Nº 02/2015

388

TRAJETÓRIAS DE VIDA E PRÁTICAS EDUCATIVAS DE MULHERES QUILOMBOLAS: ARTICULAÇÃO ENTRE OSSABERES DA EXPERIÊNCIA E OS CONHECIMENTOS PRODUZIDOS AO LONGO DA VIDA

389

TRAJETÓRIAS DE VIDA, ATUAÇÃO COMUNITÁRIA E PRÁTICAS EDUCATIVAS DE MULHERES CAMPONESASDE CAETITÉ-BAHIA

390

TRAÇANDO METAS, VENCENDO DESAFIOS: PRÁTICAS EDUCATIVAS DE MULHERES CAMPONESAS NOTERRITÓRIO DE IDENTIDADE DO SERTÃO PRODUTIVO NO ESTADO DA BAHIA

391

SENTIDOS E SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS PELAS PROFESSORAS EM EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA AO SEUPROCESSO FORMATIVO

392

O PAPEL DO PROFESSOR NO ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO DE ALUNOS COM DOENÇASCRÔNICAS(DC) NA CIDADE DE CONCEIÇÃO DO COITÉ

393

OS IMPACTOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA NOCONTEXTO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE TEIXEIRA DE FREITAS

394

A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA NAS ESCOLAS INDÍGENAS NO EXTREMOS SUL DA BAHIA:ANÁLISE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

395

PÚBLICAS PARA A INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA COM ÊNFASENAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS

396

ORGANIZAÇÃO DE FONTES DOCUMENTAIS TEXTUAIS DO SEMINÁRIO ENCONTROS COM A INCLUSÃO 397

O TRATO DADO AOS CONHECIMENTOS GEOGRÁFICOS EM RELATOS DE EXPERIÊNCIAS DE ENSINO DEGEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

398

FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE DA COSTA DO DESCOBRIMENTO:MAPEAMENTO DAS INSTITUIÇÕES FORMADORAS

399

FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE DA COSTA DO DESCOBRIMENTO:CONSONÂNCIA COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE, BASE EPISTEMOLÓGICA E QUESTÕES CURRICULARES.

400

CONCEPÇÕES ACERCA DO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: COMPREENSÕES DE EGRESSAS DOCURSO DE PEDAGOGIA/PARFOR/SERRINHA-BA

401

CONQUISTAS NA CARREIRA DOCENTE DE EGRESSAS DO CURSO DE PEDAGOGIA/PARFOR/SERRINHA-BA:PERCEPÇÕES SOBRE OS PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

402

DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E IMPLICAÇÕES NA ATUAÇÃO DOCENTE: RETRATOS DE EGRESSASDO CURSO DE PEDAGOGIA PARFOR– SERRINHA/BA

403

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA/PARFOR-SERRINHA-BA:NARRATIVAS DE EGRESSAS SOBRE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

404

A EDUCAÇÃO DO CAMPO, A ESCOLA DA TERRA E A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA NO CONTEXTO DAREDE MUNICIPAL DE SERRINHA

405

LEITURA DE MUNDO E FORMAÇÃO DO LEITOR: PRÁTICAS DE LEITURAS NO ENSINO MÉDIO 406

LEITURA DE MUNDO E O ATO FOTOGRÁFICO NO ENSINO DE SOCIOLOGIA, NO ENSINO MÉDIO 407

EDUCAÇÃO DO CAMPO E LIVRO DIDÁTICO: UMA ANÁLISE DOS LIVROS DIDÁTICOS DAS SÉRIES INICIAIS DAESCOLA DO CAMPO

408

EDUCAÇÃO DO CAMPO E LIVRO DIDÁTICO: UMA ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO DAS SÉRIES INICIAIS DAESCOLA DO CAMPO

409

EDUCAÇÃO DO CAMPO NO SÉCULO XXI: REFLEXÕES SOBRE A REALIDADE DA EDUCAÇÃO PARA OSSUJEITOS DO CAMPO NO MUNICÍPIO DE JABORANDI-BA

410

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EDUCAÇÃO DO CAMPO NO SÉCULO XXI: REFLEXÕES SOBRE A REALIDADE DA EDUCAÇÃO PARA OSSUJEITOS DO CAMPO NO MUNICÍPIO DE SANTANA-BA

411

EDUCAÇÃO DO CAMPO E POLÍTICAS PÚBLICAS NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA DA VITÓRIA: UMAABORDAGEM A PARTIR DA PUBLICAÇÃO DO DECRETO 7352 DE 2010

412

POLÍTICAS PÚBLICAS DA JUVENTUDE DO CAMPO DE PORTO DA SERRA, GLÓRIA - BA: ACESSO,PERMANÊNCIA E CONFLITOS.

413

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: RELATOS DE EXPERIÊNCIAS DEPROFESSORES

414

TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES 415

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE SOB A PERSPECTIVA DE PROFESSORES 416

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: NARRATIVAS DE PROFESSORES 417

PROFISSÃO DOCENTE E A INCLUSÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO BÁSICA 418

CONCEPÇÕES FUNDANTES DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO DOMICILIAR 419

CORPO E PRÁTICAS CORPORAIS NA EDUCAÇÃO DOMICILIAR 420

A PRODUÇÃO DE PESQUISAS EM EDUCAÇÃO NO EXTREMO SUL DA BAHIA: UM BALANÇO DE LIVROS ECAPÍTULOS DE LIVROS PUBLICADOS NOS ANOS DE 2000/2018

421

A PRODUÇÃO DE PESQUISAS EM EDUCAÇÃO NO EXTREMO SUL DA BAHIA: UMA ANÁLISE DE TESES EDISSERTAÇÕES

422

A PRODUÇÃO DE PESQUISAS EM EDUCAÇÃO NO EXTREMO SUL DA BAHIA: UM BALANÇO DOS ARTIGOSPUBLICADOS EM PERIÓDICOS CIENTÍFICOS E EVENTOS ACADÊMICOS NOS ANOS DE 2000/2018

423

IMPLICAÇÕES E PRÁTICAS CURRICULARES: O ENSINO DE HISTÓRIA NO GINÁSIO DOM JUSTINORUSSOLILLO, EM PLENO REGIME MILITAR

424

RURALIDADES NO URBANO: A RELAÇÃO CAMPO-CIDADE NO ESPAÇO URBANO DE ANDARAÍ (BA). 425

RURALIDADES NO URBANO: ESTUDO DE CASO DA CIDADE DE PARAMIRIM-BA 426

RURALIDADES NO URBANO: A RELAÇÃO CAMPO-CIDADE NO ESPAÇO URBANO DE BIRITINGA (BA). 427

RURALIDADES NO URBANO: CO-RELAÇÃO ENTRE RURAL E URBANO NA CIDADE DE ARAÇÁS (BA) 428

O LIVRO DIDÁTICO EM QUESTÃO: UMA ANÁLISE DOS CONTEÚDOS CARTOGRÁFICOS EM LIVRO DEGEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL II

429

INVENTARIAÇÃO DOS LUGARES ONDE RESIDIRAM, VIVERAM E PRODUZIRAM OS ARTÍSTAS EINTELECTUAIS DA CIDADE DE SALVADOR

430

AVALIAÇÃO DO USO CONTEMPORÂNEO DOS IMÓVEIS E ESPAÇOS DE ARTISTAS E INTELECTUAIS QUEVIVERAM E PRODUZIRAM NA CIDADE DE SALVADOR.

431

GEORREFERENCIAMENTO DOS LUGARES ONDE RESIDIRAM, VIVERAM E PRODUZIRAM OS ARTISTAS EINTELECTUAIS NA CIDADE DE SALVADOR - BA

432

A GEOGRAFIA DA ACUMULAÇÃO DO CAPITAL EM CAETITÉ / BA: A MINERAÇÃO E O TERRITÓRIO 433

SOCIEDADE DISCIPLINAR E SOCIEDADE DE CONTROLE 434

DEVIR: UMA TEORIA DE HECCEIDADE E DESTERRITORIALIZAÇÃO DA ESCRITA 435

HIGIENE ESCOLAR NAS TESES DA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA 436

CRIMINALIDADE E MARGINALIZAÇÃO EM SALVADOR NO PÓS-ABOLIÇÃO 437

VIVENDO SOB CONDIÇÃO: UMA ANÁLISE DAS ALFORRIAS CONDICIONAIS EM SALVADOR (1871-1880). 438

DA FUGA AO FURTO: UM ESTUDO SOBRE A GATUNAGEM EM SALVADOR PÓS-ABOLIÇÃO (1889-1920). 439

SANGRADORES E CIRURGIÕES NEGROS AFRICANOS E SEUS DESCENDENTES NO TRIBUNAL DA COROAPORTUGUESA: O CASO DA BAHIA (1784 – 1811)

440

CANDOMBLÉ E SAÚDE NO JORNAL ALABAMA (1863-1871) 441

MILITÂNCIA POLÍTICA E MESSIANISMO NAS CARTAS E ANOTAÇÕES DE FREI TITO 1969-1974 442

MILITÂNCIA POLÍTICA E NOVA CONSCIÊNCIA: IMAGENS CINEMATOGRÁFICAS E JORNALISMOCONTRACULTURAL (1968-1972).

443

GOVERNANDO A PERIFERIA: A CRIAÇÃO DA COMARCA DE JACOBINA E A ATUAÇÃO DO OUVIDOR MANOELDA FONSECA BRANDÃO – 1742-1747

444

CRIPTOJUDAÍSMO E INSERÇÃO SOCIAL DE CRISTÃOS-NOVOS ENVOLVIDOS NAS VISITAÇÕES À BAHIA (C.1591- C. 1621)

445

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ESCRAVIDÃO NA TERRA DO OURO: RELAÇÕES ENTRE SENHORES E ESCRAVOS EM JACOBINA-BA, NOSÉCULO XIX.

446

“PUS OS SANTOS ÓLEOS”: OS ASSENTOS DE BATISMO DA FREGUESIA DE MORRO DO CHAPÉU NOSÉCULO XIX

447

AGREGADOS: RELAÇÕES DE DEPENDÊNCIA EM JACOBINA-BA (SÉC. XIX). 448

ESCRAVIDÃO E RELAÇÕES DE COMPADRIO NA FREGUESIA DE SANT´ANNA DO CATU, 1840-1849. 449

MISSÕES BATISTAS EM ÁFRICA NO PERÍODO DE 1974 - 1990 450

ENTRE CATÁLOGOS, SANTOS E SANTAS: A DOCUMENTAÇÃO MUSEOLÓGICA DO ACERVO DEESCULTURAS DEVOCIONAIS DO MUSEU DE ARTE SACRA DA MISERICÓRDIA – PORTO SEGURO, BAHIA

451

MUSEU DE ARTE SACRA: UMA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL 452

O PERFIL DO VISITANTE DO MUSEU DE ARTE SACRA DE PORTO SEGURO: BASE PARA UMA POLÍTICA DEEDUCAÇÃO PATRIMONIAL

453

A FENOMENOLOGIA DE HEIDEGGER COMO MÉTODO E HERMENÊUTICA. 454

O DIREITO À RETIFICAÇÃO DO REGISTRO CIVIL DA COMUNIDADE TRANSGÊNERO BRASILEIRA E OCONCEITO DE DEMOCRACIA: UMA ANÁLISE DA EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL DO SUPERIOR TRIBUNALDE JUSTIÇA E SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

455

A ORGANIZAÇÃO JURÍDICA E POLÍTICA DAS TRABALHADORAS DOMÉSTICAS DO VALE DO SÃO FRANCISCO 456

A TIPIFICAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHER NO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO/BA 457

IMAGENS DO CORPO ILUMINADO: ANÁLISE DA CORPOREIDADE E FILMES COMERCIAIS 458

AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS COMO PROCESSOS EDUCOMUNICATIVOS 459

IMPLICAÇÕES EDUCOMUNICATIVAS DA PRÁTICA DE MEDITAÇÃO NAS ESCOLAS PÚBLICAS 460

TECNOLOGIAS DIGITAIS PARA INTERAÇÃO, REFLEXIVIDADE, PRODUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DECONHECIMENTOS: EJA, POLÍTICAS PÚBLICAS E INTERDISCIPLINARIDADE

461

PORTAL VIRTUAL DA UNEB - IRECÊ: BANCO DE DADOS, FÓRUM E OBSERVATÓRIO EM PAUTA. 462

INTERAÇÃO ONLINE: CONSTRUINDO RELAÇÃO ENTRE UNIVERSIDADE E COMUNIDADE EXTERNA NODESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS

463

IMPLICAÇÕES DAS PRODUÇÕES CIENTÍFICAS DO CAMPUS XVI DA UNEB NO TERRITÓRIO DE IDENTIDADEDE IRECÊ

464

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DO SUJEITO SURDO 465

INTERSECÇÃO DA IDENTIDADE DE GÊNERO E SEXUALIDADES DAS MULHERES DO CAMPO 466

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA DE JACOBINA – BA EM CONTEXTOS DE DIVERSIDADE:INTERSECCIONALIDADES E RECURSOS MULTIMÍDIAS

467

UM OLHAR PARA AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 468

A INTERSETORIALIDADE NOS PLANOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO NO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE DOSERTÃO PRODUTIVO

469

TRABALHO E FORMAÇÃO DOCENTE NOS PLANOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO (PME) NO TERRITÓRIO DEIDENTIDADE DO SERTÃO PRODUTIVO

470

DIVERSIDADE NOS PLANOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO DO TERRITÓRIO DO SERTÃO PRODUTIVO-BA.(2015 -2025)

471

PLANOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO DO TERRITÓRIO DA BACIA DO RIO GRANDE: UM ESTUDO SOBRE AFORMAÇÃO, PROFISSIONALIZAÇÃO E CARREIRA DOS DOCENTES DAS ESCOLAS DO CAMPO.

472

O IDEB COMO POLÍTICA PÚBLICA E SUAS IMPRESSÕES NO ENSINO FUNDAMENTAL NO OESTE DA BAHIA 473

OS GESTORES ESCOLARES E A CIRCULAÇÃO DOS DADOS DO IDEB 474

OS RESULTADOS DO IDEB E A GESTÃO EDUCACIONAL DOS MUNICÍPIOS DO OESTE DA BAHIA 475

A GESTÃO DOS RESULTADOS DO IDEB NA REGIÃO OESTE DA BAHIA: O QUE MOSTRAM OS NÚMEROS 476

DESEMPENHO COGNITIVO EM IDOSOS NO CONTEXTO DA UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE DAUNEB- CAMPUS I

477

ASPECTOS MOTIVACIONAIS E JOGOS DIGITAIS: UMA VISÃO DA TERCEIRA IDADE. 478

COGNIÇÃO E GAMEPLAY: DIALÉTICA ENTRE O GAME E O JOGADOR IDOSO 479

CONSUMO DE DROGAS NA UNIVERSIDADE: PERFIS DO USUÁRIO, CONSEQUÊNCIAS E MOTIVAÇÕES PARASEU USO.

480

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MUDANÇAS NOS HÁBITOS DE VIDA DOS ESTUDANTES QUE INGRESSAM NA UNIVERSIDADE E O IMPACTOEM SUA SAÚDE FÍSICA E MENTAL

481

PERCURSO ESCOLAR E SUA INFLUÊNCIA NA TRAJETÓRIA DE UNIVERSITÁRIOS COTISTAS 482

ADAPTAÇÃO DO ESTUDANTE TABALHADOR NA UNIVERSIDADE: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO 483

MODOS COMO A ESCOLA ATENDE, ORGANIZA E CRIA CONDIÇÕES DE ACOMPANHAMENTO NASRELAÇÕES ESCOLA, VIOLÊNCIA E POSSÍVEIS IMPACTOS PSICOLÓGICOS NO CONTEXTO RURAL.

484

EDUCAÇÃO, GÊNERO, ESPIRITUALIDADE E RELIGIÃO: UMA INCURSÃO NOS TRABALHOS ACADÊMICOSDAS ÁREAS DAS CIÊNCIAS HUMANAS NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS, PRIVADAS E CONFESSIONAIS DAREGIÃO NORTE/ NORDESTE BRASILEIRA

485

CONTEÚDOS DIGITAIS NAS ESCOLA - SALVADOR/BA 486

DESENVOLVIMENTO DE ABORDAGEM PEDAGÓGICA COLABORATIVA DIGITAL PARA A PESQUISA E OENSINO/APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA DE BAIRRO EM SALVADOR / BAHIA

487

CONTEÚDOS DIGITAIS NAS ESCOLAS- HISTÓRIA PÚBLICA - SALVADOR, BAHIA 488

CRIAÇÃO DE UM BIOESPAÇO: DIVULGAÇÃO CIENTIFICA SOBRE MEIOAMBIENTE EM SENHOR DO BONFIM EREGIÃO DO PIEMONTE DO ITAPICURU

489

BIOESPAÇO: RESGATE DE DADOS SOBRE MEIO AMBIENTE E BIODIVERSIDADE EM SENHOR DO BONFIM EREGIÃO DO PIEMONTE DO ITAPICURU

490

EXPERIÊNCIAS SOCIOAMBIENTAIS NO BIOESPAÇO: COMUNICAÇÃO CIENTIFICA DE BOAS PRATICAS EMSENHOR DO BONFIM E PIEMONTE DO ITAPICURU

491

DOZE MULHERES POR DIA: A HIPÓTESE QUALIFICADORA DE FEMINICÍDIO NOS TRIBUNAIS 492

RESSIGNIFICANDO O COMBATE À VIOLÊNCIA DE GÊNERO POR MEIO DA JUSTIÇA RESTAURATIVA FACEAO ATUAL SISTEMA PENAL.

493

ENCARCERAMENTO FEMININO: UMA PUNIÇÃO FAMILIAR 494

CAMPANHA X PRODUÇÃO LEGISLATIVA: PROXIMIDADES E DISTÂNCIAS ENTRE O DISCURSO E A ATUAÇÃOPOLÍTICA DE VEREADORES NA CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR ENTRE 2012-2016.

495

TRAJETÓRIAS DE JOVENS MULHERES NEGRAS QUE ESTUDAM NOS CAMPI VI E XII DA UNEB: DOQUILOMBO A UNIVERSIDADE

496

PERCEPÇÕES DOS/DAS JOVENS DO CAMPO DO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE SERTÃO PRODUTIVO SOBREA POLÍTICA BRASILEIRA

497

JOVENS DO CAMPO NO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE SERTÃO PRODUTIVO: GÊNERO E DIVERSIDADESEXUAL

498

A VISÃO DOS JOVENS HOMENS DO CAMPO DO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE SERTÃO PRODUTIVO SOBREAS JOVENS MULHERES.

499

EDUCAÇÃO ALIMENTAR EM UMA PERSPECTIVA SOCIOECOLÓGICA: AÇÕES PARA O ENGAJAMENTOSOCIOPOLÍTICO

500

ABORDAGENS DE SAÚDE A PARTIR DOS TERMOS ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO E LITERACIA: UMAANÁLISE DAS DISSERTAÇÕES E TESES PUBLICADAS NA CAPES

501

ABORDAGEM SOCIOECOLÓGICA NA EDUCAÇÃO ALIMENTAR: CONSTRUÇÃO DE UMA SEQUÊNCIADIDÁTICA E DE MATERIAL CURRICULAR EDUCATIVO PARA A AÇÃO SOCIOPOLÍTICA

502

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS503

MAPEAMENTO DAS COOPERATIVAS E SEU IMPACTO NO DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO MÉDIO RIODE CONTAS.

505

MAPEAMENTO DE ASSOCIAÇÕES NO TERRITÓRIO MÉDIO RIO DAS CONTAS 506

QVT: REFERENCIAIS CONTEXTUAIS COM AMPLIAÇÃO DE LITERATURA 507

QVT: ANÁLISE DOCUMENTAL E ESTRUTURAÇÃO DE ESPAÇO FÍSICO E VIRTUAL 508

AMBIENTE DE SOCIALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE QVT: RELATOS DA VIVÊNCIA DO CURSO DECOMUNICAÇÃO, RASTREABILIDADE DIGITAL E MEMÓRIA

509

EDUCAÇÃO TRIBUTARIA E FISCAL: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS, NORMATIVOS E EPISTEMOLÓGICOS 510

“EDUCAÇÃO FISCAL E TRIBUTÁRIA NO CONTEXTO IBERO-AMERICANO: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS,NORMATIVOS E PRAXIOLÓGICOS''

511

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CRIAÇÃO DE PERSONAGEM: A ESTÉTICA DA ANIMAÇÃO TRADICIONAL NO JOGO CUPHEAD 512

VERIFICAÇÃO DOS ESTEREÓTIPOS NEGROS NOS HQS PANTERA NEGRA E LUCK CAGE PARAREPRESENTAÇÃO NEGRA NA RECEPÇÃO MIDIÁTICA

513

ANÁLISE DA INTERVENÇÃO DO AMICUS CURIAE EM CONTROVÉRSIAS AMBIENTAIS JULGADAS PELOSUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

514

ANÁLISE DA INTERVENÇÃO DO AMICUS CURIAE EM RECURSOS ESPECIAIS REPETITIVOS JULGADOS PELOSUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

515

DEVER DE MEMÓRIA E DEVER DE JUSTIÇA EM PAUL RICOEUR 516

ESQUECIMENTO E JUSTIÇA NO PENSAMENTO DE PAUL RICOEUR 517

USOS E ABUSOS DA MEMÓRIA E DA JUSTIÇA EM PAUL RICOUER 518

A CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM DE SOBRADINHO E O DEBATE PÚBLICO NOS JORNAIS RIVALE ECAMINHAR JUNTOS (1972 A 1985)

519

O PHAROL: MODERNIZAÇÃO DA IMPRENSA E PRÁTICAS CULTURAIS NA CIDADE DE PETROLINA (1960 A1985)

520

PRATICAS EDUCACIONAIS E O DEBATE PÚBLICO NO JORNAL DE JUAZEIRO (1972 -1988) 521

ANÁLISE DO PROGRAMA “INFOCAMPUS” DA WEBTV UNEB PARA A REPRESENTAÇÃO CONTEXTUALIZADACOM O SEMIÁRIDO NA PESQUISA UNIVERSITÁRIA

522

AUTORES/ARTISTAS MIDIÁTICOS NO INSTAGRAM: MUSEALIZAÇÃO DE SI E COMPETÊNCIASINFOCOMUNICACIONAIS

523

COMPETÊNCIAS INFOCOMUNICACIONAIS PARA AUTORES/ARTISTAS NO INSTAGRAM: DESENHOTECNOLÓGICO

524

AUTORES/ARTISTAS DE RUA NO INSTAGRAM: MUSEALIZAÇÃO DE SI E COMPETÊNCIASINFOCOMUNICACIONAIS

525

AUTORES/ARTISTAS ATIVISTA NO INSTAGRAM: MUSEALIZAÇÃO DE SI E COMPETÊNCIASINFOCOMUNICACIONAIS

526

MÚSICA RESISTÊNCIA E CIDADANIA_NOS EMBALOS DO CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR (1990-2017) 527

ORGANIZAÇÃO COMUNICADA: ANÁLISE DO DISCURSO DA PETROBRÁS NO YOUTUBE 528

O DISCURSO SOBRE A PETROBRAS NA IMPRENSA: A IMAGEM DA ESTATAL DURANTE A LAVA JATO. 529

CULTURA, TURISMO E O LEGADO DE PERSONALIDADES DA BAHIA: PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIOHISTÓRICO E DA VIVÊNCIA CULTURAL

530

GÊNERO, SEXUALIDADE E VIOLÊNCIA NO CINEMA PERNAMBUCANO CONTEMPORÂNEO 531

QUE MULHER NEGRA É ESSA? REPRESENTAÇÃO SOCIAL E INTERSECÇÃO DE RAÇA E GÊNERO NODOCUMENTÁRIO BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO

532

ESTUDO DAS POTENCIALIDADES EXISTENTES NA REDE URBANA DO RECÔNCAVO BAIANO, MEDIANTE APROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE INTEGRAÇÃO ENTRE OS TRANSPORTES FERROVIÁRIOS,MARÍTIMOS E RODOVIÁRIOS.

533

TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA, SUSTENTABILIDADE E QUALIDADE DE VIDA: CONSTRUINDOALTERNATIVAS INOVADORAS PARA OTIMIZAÇÃO DO USO DE ESPAÇOS NA COMUNIDADE AMAZONAS.

534

TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA NO CABULA: INVESTIGAÇÃO HISTÓRICA DA OCUPAÇÃO E SEUSIMPACTOS LOCAIS, VISANDO A ORGANIZAÇÃO DE ROTAS TURÍSTICAS.

535

TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA E DESENVOLVIMENTO LOCAL: O CASO DA COMUNIDADE AMAZONAS 536

TURISMO LGBT EM SALVADOR: UM ESTUDO SOBRE O RELACIONAMENTO DA COMUNIDADE LGBT COM OSETOR HOTELEIRO E OS LOCAIS DE ENTRETENIMENTO NOTURNO DA CIDADE.

537

HOSPITALIDADE, ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE NO TOCANTE ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: UMESTUDO DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE SALVADOR COMO EQUIPAMENTO TURÍSTICO.

538

BRASIL COMO DESTINO TURÍSTICO GAY FRIENDLY: UMA ANÁLISE DO CASO DE SALVADOR. 539

ENGENHARIAS540

MODELAGEM E IMPLEMENTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS PARA O CONTROLE DE ROBÔS DE SERVIÇO 542

MAPEAMENTO E ANÁLISE DAS ROTAS PERCORRIDAS PELA COOPERATIVA DE RECICLAGEM EXÉRCITO DECRISTO NO MUNICÍPIO DE ALAGOINHAS-BA

543

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COMPOSTAGEM VERTICAL INDUSTRIAL: DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO DEMONSTRATIVO 544

MODELAGEM E SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL DE SISTEMA DE RECICLAGEM DE ATMOSFERA E CULTIVOVEGETAL EM COMPOSTO ORGÂNICO RECICLADO

545

ANÁLISE DE COMPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: CARACTERIZAÇÃO GRAVIMÉTRICA X IMPACTOSAMBIENTAIS E SOBRE A SAÚDE HUMANA

546

LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES547

TEA E A INSERÇÃO DA LEITURA NA PROMOÇÃO DE NOVOS LEITORES 549

SABERES DOS ANTIGOS - A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA DE LITERATURAS AFRO-BRASILEIRAS E AFRICANASCOMO INCENTIVO À LEITURA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

550

O LUGAR DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO 551

O IMPACTO DA LEITURA NA VIDA DE CRIANÇAS COM TEA 552

NEOLOGISMOS NAS INVESTIGAÇÕES FEDERAIS NO ÂMBITO POLÍTICO E NAS REDES SOCIAIS 553

O GÊNERO MASCULINO NO EIXO DE LEITURA EM LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMESTUDO SEMÂNTICO SOCIOCOGNITIVO

554

ESTUDO ANTROPONÍMICO DO ROMANCE SÃO JORGE DOS ILHÉUS DE JORGE AMADO 555

ESTUDO DO CAMPO LEXICAL DOS MODUS VIVENDI EM SÃO JORGE DOS ILHÉUS, DE JORGE AMADO 556

O CAMPO LEXICAL DO TRABALHO EM SÃO JORGE DOS ILHÉUS 557

A SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO MEDIADORA DO ENSINO-APRENDIZAGEM COM OS GÊNEROS TEXTUAISESCRITOS: POR UMA COMPETÊNCIA DE LEITURA E ESCRITA NA DOCÊNCIA DE LÍNGUA INGLESA

558

GÊNEROS DISCURSIVOS ORAIS COMO FONTES DE ENSINO DA LÍNGUA INGLESA: DESENVOLVIMENTO DASHABILIDADES ORAIS POR MEIO DE SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS

559

LETRAMENTOS NAS ESCOLAS RURAIS: MEDIAÇÃO DE LEITURAS NA SALA DE AULA REALIZADAS PELOSESTUDANTES E PROFESSORES

560

PRÁTICAS DE LETRAMENTOS NA COMUNIIDADE RURAL DE MANGABEIRA: APROVANDO OUREPROVANDO?

561

SABERES DOS LETRAMENTOS SOCIAIS DAS MULHERES LAVRADORAS DA COMUNIDADE RURAL DESAQUINHO, MUNICÍPIO DE INHAMBUPE(BA)

562

O LUGAR DA LEITURA NO PNAIC E PACTO: O QUE SE DELINEIA PARA OS PROTAGONISTAS NA SALA DEAULA

563

REVELANDO O LIVRO DIDÁTICO COMO INSTRUMENTO DE MEDIAÇÃO NO ENSINO DA LEITURA 564

PLANEJAMENTO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA LEITURA NO MUNICÍPIO DEALAGOINHAS: UMA ANÁLISE DOCUMENTAL.

565

DISCURSO E SITUAÇÃO DE RUA NO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE BAIANO: SISAL 566

DISCURSO E SITUAÇÃO DE RUA NO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE BAIANO: SERTÃO PRODUTIVO 567

PRODUÇÃO TEXTUAL E ENSINO NO MESTRADO PROFISSIONAL EM LETRAS: INVESTIGANDO A RELAÇÃOTEORIA-PRÁTICA.

568

ENSINO DE GRAMÁTICA NO MESTRADO PROFISSIONAL EM LETRAS: INVESTIGANDO A RELAÇÃO TEORIA-PRÁTICA

569

LITERATURA E ENSINO NO MESTRADO PROFISSIONAL EM LETRAS: INVESTIGANDO A RELAÇÃO TEORIA-PRÁTICA

570

LEITURA E ENSINO NO MESTRADO PROFISSIONAL EM LETRAS: INVESTIGANDO A RELAÇÃO TEORIA-PRÁTICA

571

CAMPO LEXICAL DAS MANIFESTAÇOES FÍSICAS E MEDIÚNICAS NO VOCABULÁRIO ESPÍRITA. 572

O CAMPO LEXICAL DOS SERES NO PENTATEUCO ESPÍRITA 573

O CAMPO LEXICAL DOS ESPAÇOS NO PENTATEUCO ESPÍRITA 574

O CAMPO LEXICAL DOS QUALIFICADORES NO PENTATEUCO ESPÍRITA 575

O ESPAÇO URBANO: AS IMAGENS DA CIDADE E SUAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS 576

CAMILLO DE JESUS LIMA: ENTRE UM CANTO POÉTICO E UM GRITO SOCIAL 577

O ROMANCE CONTEMPORÂNEO PUBLICADO NA BAHIA: PROTAGONISTAS EM DESTAQUE 578

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GLAUBER ROCHA E O PROCESSO DE ATUALIZAÇÃO DO DISCURSO DE EUCLIDES DA CUNHA NO FILMEDEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL

579

O POSICIONAMENTO CRÍTICO DE EUCLIDES DA CUNHA SOBRE AS CONDIÇÕES DE TRABALHO NOSSERINGAIS AMAZÔNICOS NO FINAL DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO XX E SUAS REVERBERAÇÕES NOSTEMPOS CONTEMPORÂNEOS

580

EUCLIDES DA CUNHA E SUAS RELAÇÕES COM OS BENS CULTURAIS DO SERTÃO BAIANO (MUNICÍPIOS DECANUDOS, EUCLIDES DA CUNHA E MONTE SANTO)

581

O FORJAMENTO DE HERÓIS NACIONAIS EM OS SERTÕES, DE EUCLIDES DA CUNHA, E NAS PRODUÇÕESCULTURAIS O BERÇO DO HERÓI E ROQUE SANTEIRO, DE ALFREDO DIAS GOMES

582

LITERATURA E IDENTIDADE HOMOSSEXUAL EM CASSANDRA RIOS 583

HOMOEROTISMO E HOMOSSOCIALIDADE EM ALUÍSIO DE AZEVEDO 584

PROBLEMAS DE GÊNERO E IDENTIDADE NA OBRA DE WALDO MOTTA 585

UM RECORTE DA LITERATURA BAIANA: ROMANCES PUBLICADOS ENTRE 2000-2014 586

REPRESENTAÇÕES DE LITERATURA: UM ESTUDO SOBRE O MANUAL DIDÁTICO “PORTUGUÊSLINGUAGENS”

587

REPRESENTAÇÃO E LITERATURA: UM ESTUDO SOBRE O MANUAL DIDÁTICO “PORTUGUÊSCONTEMPORÂNEO: DIÁLOGO, REFLEXÃO E USO”

588

OS NOVOS CORTIÇOS: ESTUDO DAS ADAPTAÇÕES EM QUADRINHOS DO CLÁSSICO DE ALUÍSIO AZEVEDO. 589

O PROTAGONISMO DO LEITOR-FÃ: FANFICTIONS INSPIRADAS EM A BATALHA DO APOCALIPSE DEEDUARDO SPOHR

590

CULTURA ESCRITA NO ALTO SERTÃO DA BAHIA (FIM DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO XX): A PRODUÇÃOCULTURAL DE JOAQUIM MANOEL RODRIGUES LIMA JUNIOR

591

CULTURA ESCRITA NO ALTO SERTÃO DA BAHIA (FINAL DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO XX): A NARRATIVA:“OS ANALPHABETOS”, JOÃO GUMES.

592

CULTURA ESCRITA NO ALTO SERTÃO DA BAHIA (FINAL DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO SÉCULO XX): ORETRATO DA MULHER NA OBRA "LAVRAS DIAMANTINAS", DE MARCELINO JOSÉ DAS NEVES

593

A PRODUÇÃO DE FÃS NA REDE WATTPAD: A FANFICTION BEFORE 594

CULTURA SAMPLER: LEONARDO VILLA-FORTE, O DJ DA LITERATURA 595

VASCONCELOS MAIA: LITERATURA E AFRO-BAIANIDADE: ALGUMAS CONCLUSÕES 596

ARQUIVO DA SOCIEDADE CRUZ SANTA DO AXÉ OPÔ AFONJÁ: SISTEMATIZAÇÃO E DIGITAÇÃO DOMATERIAL

597

XANGÔ, CONHECIMENTO NAGÔ NA BAHIA: UMA EXPERIÊNCIA AFONJÁ 598

ARQUIVO DA SOCIEDADE CRUZ SANTA DO AXÉ OPÔ AFONJÁ: RESUMOS E RESENHAS INFORMATIVOS EFORMATAÇÃO

599

LITERATURA EM MOVIMENTOS DE MULHERES: PRIMEIROS PASSOS NA RECOMPOSIÇÃO DE SEUSARQUIVOS

600

LITERATURA EM MOVIMENTOS DE MULHERES: OS RESTOS DOS ARQUIVOS E SUA RECOMPOSIÇÃO 601

ELISÃO DO NARRADOR ONISCIENTE E O NARRADOR EM PRIMEIRA PESSOA: UMA ANÁLISE COMPARATIVADA NOVELA A OUTRA VOLTA DO PARAFUSO (1898) E A ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA PRESENCE OFMIND (1999).

602

ELISÃO NARRATIVA EM PELOS OLHOS DE MAISIE (WHAT MAISIE KNEW, 1897): AMBIENTAÇÃO REFLEXA EAMBIVALÊNCIA MORAL NA ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA HOMÔNIMA (2012)

603

DESFIGURAÇÃO FEMININA: IMPASSES NA REPRESENTAÇÃO DA PERSONAGEM DAISY MILLER NA NOVELADE HENRY JAMES E EM SUA VERSÃO CINEMATOGRÁFICA

604

REESCRITA DA URSULA K. LE GUIN PARA O PÚBLICO BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO EM A MÃOESQUERDA DA ESCURIDÃO(2014).

605

A REESCRITA DA AMBIGUIDADE NARRATIVA: ESTUDO DE CASO DA TRADUÇÃO DE VULGO GRACE DEMARGARET ATWOOD

606

TRADUÇÃO E ANTOLOGIZAÇÃO: A REESCRITA DE FLANNERY O’CONNOR PARA O PÚBLICO BRASILEIRO 607

ANTOLOGIAS DE ANGELA CARTER NO BRASIL: REESCREVENDO O MARAVILHOSO 608

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COMO FAZER UMA REVOLUÇÃO EDUCACIONAL NO BRASIL, QUE O PT NO PODER NÃO FEZ: CRÍTICA AOMARCATHISMO, À ESCOLA SEM PARTIDO E ADOTANDO EXEMPLOS DA REVOLUÇÃO CULTURAL CHINESA?

609

DEPARTAMENTO DE ESTADO E DE JUSTIÇA DOS ESTADOS UNIDOS E SEU DISCURSO SOBRE OSGOVERNOS DE ESQUEDA NA AMÉRICA LATINA

610

A FORÇA REVOLUCIONÁRIA DA AMÉRICA LATINA ATRAVÉS DO TEATRO DE AUGUSTO BOAL 611

O CORPO DE TRISTÃO: A RECRIAÇÃO DO MITO NA HQ CAMELOT 3000 612

AS FORMAS DE REPRESENTAÇÃO LITERÁRIA NA FIGURA DOS PERSONAGENS-GUERRILHEIROS NANARRATIVA "O LIVRO DOS RIOS", DE JOSÉ LUANDINO VIEIRA

613

MELANCÓLICO SOPRO DE VIDA: A POÉTICA DE SYLVIA PLATH E A HUMANIDADE CONFESSIONAL 614

QUANDO A ANSIEDADE VERTE POÉTICA EM PRÁTICAS SOCIAIS: W. H. AUDEN E A RESIDUALIDADE DOHUMANO

615

LITERATURA INFANTIL/JUVENIL SUL- 616

LITERATURA INFANTIL- JUVENIL AFRICANA CONTEMPORÂNEA: TEXTOS E CONTEXTOS EM ANGOLA EOUTRAS HISTÓRIAS

617

A MODERNIDADE COLONIAL E A RESISTÊNCIA HISTÓRICA À DESCOLONIALIDADE 618

PARENTÉTICOS EPISTÊMICOS DO PADRÃO CONSTRUCIONAL [(SUJ P1) VEPIST (QUE) ] PARENT NOPORTUGUÊS ANGOLANO CONTEMPORÂNEO

619

PARENTÉTICOS EPISTÊMICOS DO PADRÃO CONSTRUCIONAL [(SUJ P1) VEPIST (QUE)]PARENT NOPORTUGUÊS MOÇAMBICANO CONTEMPORÂNEO.

620

VARIAÇÃO/MUDANÇA NO PORTUGUÊS, UMA OBSERVAÇÃO SOBRE O FALAR BAIANO: CENTRO-SULBAIANO E SUL-BAIANO

621

VARIAÇÃO/MUDANÇA NO PORTUGUÊS, UMA OBSERVAÇÃO SOBRE O FALAR BAIANO: NORDESTE BAIANOE CENTRO-NORTE BAIANO

622

VARIAÇÃO/MUDANÇA NO PORTUGUÊS, UMA OBSERVAÇÃO SOBRE O FALAR BAIANO: VALE SÃO-FRANCISCANO E EXTREMO-OESTE BAIANO.

623

A CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS NA PRODUÇÃO INTERVENCIONISTA URBANA - PICHAÇÃO E GRAFITE – NAORLA DA CIDADE DE SALVADOR

624

ORDEM NA SALA DE AULA: O DISCURSO DO SUJEITO ALUNO 625

MARIELE PRESENTE: A REPRESENTAÇÃO DA MULHER NEGRA NA POLÍTICA E SEU DISCURSO SINGULAR 626

UMA LEITURA DISCURSIVA SOBRE INTOLERÂNCIA ÀS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS 627

ZHANG DAQIAN - UM MESTRE DA PINTURA E SUAS ORIGENS 628

OUTROS629

ISOLAMENTO E AVALIAÇÃO DE MICRORGANISMOS PARA A DEGRADAÇÃO DE CELULOSE 631

PRODUÇÃO DE COGUMELOS COMESTÍVEIS (PLEUROTUS OSTREATUS) EM RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS 632

ISOLAMENTO E SELEÇÃO DE BACTÉRIAS PARA A PRODUÇÃO DE BIOPOLÍMEROS 633

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ANÁLISE COMPARATIVA DA TEMPERATURA DO AR DE ÁREA URBANA E RURAL DE

JUAZEIRO, BAAllan Victor Araujo Pereira, [email protected], Gertrudes Macario De Oliveira, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Alterações climáticas ; Temperatura; Ambiente natural; Urbanização

IntroduçãoAtualmente estima-se que mais de 80% da população dos países emdesenvolvimento vive nas áreas urbanas. Assim, as cidades cresceram deforma desordenada sem muito planejamento adequado, o que vemcausando inúmeros problemas que interferem na qualidade de vida. Aurbanização duplicou a taxa de impermeabilização, diminuindo aevaporação, a evapotranspiração e a infiltração, gerando um desconfortotérmico como também o risco de inundações (COSTA et al., 2013).Segundo Bezerra et al. (2013), no início deste século, muitas cidadespassaram a ser vistas como ícones da crise ambiental; e problemasrelacionados ao espaço urbano são os mais diversificados possíveis,destacando-se entre eles, as alterações climáticas que as cidadesexperimentam em relação ao ambiente natural. Diante do exposto,objetivou-se no presente estudo, fazer uma análise comparativa datemperatura do ar de área urbana e rural do município de Juazeiro, BA.

MetodologiaO estudo foi realizado no período de 01/08/2018 a 31/07/2019. Os dadosde temperatura do ar da área rural foram obtidos na estação meteorológicado Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, UNEB, enquanto osdados da área urbana, obtidos na estação meteorológica instalada noEspaço Plural da Univasf, município de Juazeiro, BA. Em ambas asestações meteorológicas, os dados de temperatura foram obtidos a partirde sensores eletrônicos, conectados a sistemas automáticos de coleta dedados, programados para efetuar leituras a cada segundo e médiashorárias e diárias. Os dados da estação meteorológica do DTCS foramcoletados diariamente utilizando Notebook e importados para planilhaeletrônica, enquanto os dados da estação da Univasf foram obtidos juntoao Laboratório de Meteorologia da Univasf – LABMET. Foram analisadosdados médios mensais de temperatura do ar máxima, média e mínima.

Resultados e discussãoAnalisando os dados apresentados na Figura 1 verifica-se que, em termosde temperatura máxima, em oito dos doze meses analisados, em média, aestação da zona urbana apresentou maior temperatura, com a maiordiferença registrada em maio/2019, 0,6 ºC; apenas em fevereiro e marçode 2019 a temperatura máxima da zona rural foi maior do que a da zonaurbana, 0,4 e 0,1 ºC, respectivamente. Por outro lado, em todos os mesesanalisados, a temperatura mínima da área urbana foi maior do que da árearural, com a diferença mais expressiva verificada em agosto de 2018, 1,2ºC e menor diferença, observada em novembro de 2018, 0,5 ºC. Constata-se, portanto, para todo o período analisado, que a maior contribuição paradiferença observada na temperatura média, com a área urbana maisaquecida do que a área rural, em média, 0,7 ºC foi devida a diferença natemperatura mínima; enquanto a diferença entre a temperatura máximadas duas áreas foi de 0,2 ºC, a diferença da mínima foi de 0,8 ºC. Essamaior diferença observada para temperatura mínima, justifica-se, devido àestação meteorológica da área urbana está circundada por prédios,evitando assim, a livre circulação do vento e consequentemente, maiorretenção de calor, comparada a área rural. Segundo Quina (2015), astemperaturas mínimas no campo são bem menores, comparadas as dacidade, chegando à diferença máxima de 3,8°C em uma condição de

tempo estável.

Figura 1. Temperaturas médias mensais: máxima, média e mínimaregistradas nas estações meteorológicas do DTCS/UNEB e do EspaçoPlural da UNIVASF. Período: agosto/2018 a julho/2019.

ConclusõesA verticalização das edificações na área urbana de Juazeiro, BA, dificulta acirculação livre do vento, com consequente aumento na temperatura do ar,comparada à área rural.

Agradecimentos

Bolsa: CNPq/PIBIC

Referências:Bezerra, P. T. da C.; Leitão, M. M. V. B. R. Azevedo, P. V. Ilhas de calor edesconforto térmico no Semiárido Brasileiro: Um estudo de caso na cidade dePetrolina-PE. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 06, N. 03, p. 427-441, 2013.COSTA, N. S. D. da; BALDO, M. C; SILVA, R. F.; LIMA, V. de O.; BASANE, A. C.ANÁLISE COMPARATIVA DA TEMPERATURA NO CENTRO DA CIDADE E NAÁREA RURAL DE CAMPO MOURÃO – PR. Anais. II Simpósio de EstudosUrbanos: a dinâmica das cidades e a produção do espaço. Agosto, 2013.QUINA, R. Q. Influência de sistemas sinóticos na diferença térmica entre campo ecidade, estudo de caso de Viçosa-MG. Revista de Ciências Humanas, v. 15, n. 2, p.324-337, 2015.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

NECESSIDADES HÍDRICAS E TÉRMICAS DE MILHO VERDE NA REGIÃO DO SUBMÉDIO DO

VALE SÃO FRANCISCODaise Feitoza Da Rocha, [email protected], Gertrudes Macario De Oliveira, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Zea mays L.; graus-dia; evapotranspiração

IntroduçãoO milho (Zea mays L.) apresenta grande interesse para o agronegóciomundial e brasileiro, tendo importância econômica para alimentaçãohumana e animal, além de fonte de matéria-prima para diversasagroindústrias (Aker et al., 2016); possui grande adaptação às condiçõesclimáticas, com máxima produção ocorrendo nas condições de suprimentohídrico adequado durante todo o ciclo vegetativo, altas temperaturas eelevada radiação solar (Guerra, 2017). Quanto à disponibilidade hídrica e atemperatura, a alternâncias desses elementos têm influência direta naduração do ciclo das culturas e no desenvolvimento de seus subperíodos(Fenner et al., 2014). Neste contexto, o presente trabalho teve comoobjetivo, determinar as necessidades hídricas e térmicas do milho verdecultivado nas condições climáticas do Submédio do Vale do São Francisco.

MetodologiaO experimento foi conduzido no campo experimental do DTCS/UNEB, noperíodo de setembro a dezembro de 2018. Duas cultivares de milho foramutilizadas: BRS Caatingueiro e BRS Assum Preto. A evapotranspiração dacultura (ETc) foi obt ida a part i r de lei turas diár ias em doisevapotranspirômetros de lençol freático constante e a evapotranspiraçãode referência (ETo), determinada pelo método de Penman-Monteith padrãoFAO (Allen et al. 1998). O coeficiente de cultura (Kc) foi determinado pelarelação: Kc = ETc/ETo. O número de graus-dia foi determinado com basena diferença entre a temperatura média do ar e a temperatura base inferior(10 ºC). O período de desenvolvimento da cultura foi dividido em quatroestádios fenológicos, conforme descrito por Allen et al. (2006): I)semeadura-emergência; II) emergência-pendoamento; III) pendoamento-maturação; IV) maturação-colheita.

Resultados e discussãoConsiderando todo o ciclo da cultura, a evapotranspiração do milho cv.BRS Assum Preto apresentou valores médios diários variando de 0,8 a11,4 mm dia-1, com média de 7,1 mm dia-1; a cv. BRS Caatingueiro, 0,8 a11,0 mm dia-1, com média de 6,5 mm dia-1. Constata-se na Tabela 1 que amaturação da cultivar BRS Assum Preto foi um pouco tardia (77 dias),comparada a BRS Caatingueiro (74 dias); que com exceção do estádio III,a evapotranspiração da cv. BRS Assum Preto foi maior do que a da BRSCaatingueiro, com a maior diferença observada no estádio IV (43,5%). Oestádio IV foi caracterizado como aquele com a menor incidência deradiação solar global, maior umidade relativa do ar e menor velocidade dovento e, consequentemente, menor transferência de vapor d’água para aatmosfera, comprovada, não só através da ETc, mas também, através daETo (Tabela 1). Carvalho et al. (2017) reportaram que a condiçãoatmosférica é determinante para transferência de vapor d’água através doprocesso de evapotranspiração. A maior evapotranspiração da cv. BRSAssum Preto certamente está associada, ao maior porte da cultura.Emtermos dos coeficientes de cultura (Kc) para todo o ciclo, o Kc para a cv.BRS Caatingueiro variou de 0,26 a 1,63, com média de 1,13; para BRSAssum Preto, variou de 0,26 a 1,71, com média de 1,23. Observa-se naTabela 1 que os maiores valores de Kc foram observados nos estádios II eIII, estádios que correspondem ao máximo crescimento da cultura,aumento da área foliar, da transpiração e, consequentemente, máximademanda de água pelas plantas (Souza et al., 2010).Quanto à exigênciatérmica para milho verde da cv. BRS Assum Preto, da semeadura a

colheita foram acumulados 1348,2 graus-dia (GD), enquanto para a BRSCaatingueiro, 1300,7 GD (Tabela 1). A maior exigência térmica da cv. BRSAssum Preto justifica-se, em função do maior número de dias requerido dasemeadura a maturação. Wagner et al. (2011) observaram que o aumentoda temperatura acelera o crescimento da cultura e consequentemente,diminuição do número de dias requerido do plantio a maturação.

Tabela 1. Duração em dias dos diferentes estádios de desenvolvimento dacultura, valores médios da evapotranspiração da cultura (ETc),evapotranspiração de referência (ETo), coeficiente de cultura (Kc) e graus-dia acumulado (GDA) para o milho verde produzido nas condiçõesclimáticas do Submédio São Francisco.

ConclusõesO maior porte da cv. de milho BRS Assum Preto contribui para maiorrequerimento hídrico da cultura, 509,7 mm, comparado a 451,9 mm da cv.BRS Caatingueiro.Para as condições climáticas do Submédio SãoFrancisco, a exigência térmica da cv. BRS Caatingueiro é menor do que ada cv. BRS Assum Preto.

Agradecimentos

Bolsa: CNPq/PIBIC

Referências:ALLEN, R. G.; PEREIRA, L. S.; RAES, D. SMITH, M. Crop Evapotranspiration –guidelines for computing crop water requirements. Rome: FAO, 1998. 300p. il(FAO. Irrigation and Drainage. Paper 56).ALLEN, R. G.; PEREIRA, L. S.; RAES, D.; SMITH. Evapotranspiration del cultivo:guias para la determinación de los requerimientos de agua de los cultivos. Roma:FAO, 2006. 298 p. (Estudio Riego e Drenaje Paper, 56).AKER, A. M.; PASSOS, A. M. A. dos; MARCOLAN, A. L.; SANTOS, F. C. dos;CIPRIANI, H. N.; VARGAS, L. A. de. Plantas de cobertura sobre atributosagronômicos do milho na região sudoeste da Amazônia. Revista Brasileira de Milhoe Sorgo, Sete Lagoas, v. 15, n. 3, p. 531-542, 2016.CARVALHO, A. R. P. de; LEITÃO, M. de M. V. B. R., OLIVEIRA, G. M. de;SANTOS, I. M. S.; ARAÚJO, J. F. Consumo hídrico, produtividade e qualidade dacebola sob diferentes manejos de irrigação em cultivo orgânico. Revista Verde deAgroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 12, n. 3, p. 501-507, 2017.FENNER, W.; DALLACORT, R.; MOREIRA, P. S. P.; QUEIROZ, T. M. de.;FERREIRA, F. da. S.; BENTO, T. S.; CARVALHO, M. A. C. de. Índices desatisfação de necessidade de água para o milho segunda safra em Mato Grosso.Revista Brasileira de Climatologia, v.15, 2014.GUERRA, Y. de L. Análises agronômicas e sensoriais de cultivares de milho paraprodução de minimilho nas condições de Zona da Mata do Estado de Pernambuco.2017. 84p. Tese (Doutorado em Agronomia), Universidade Federal Rural dePernambuco, Recife, 2017..SOUZA, L. S. B.; MOURA, M. S. B. de; SEDIYAMA, G. C.; SILVA, T. G. F. da;BRANDÃO, E. O. Determinação do coeficiente de cultura do milho (Zea mays L.)sob condições de semiárido brasileiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DEMETEOROLOGIA, 16., 2010, Belém, PA. A Amazônia e o clima global: anais.Belém, PA: SBMET, 2010.WAGNER, M. V.; JADOSKI, S. O.; LIMA, A. S.; MAGGI, M. F.; POTT, C. A.;SUCHORONCZEK, A. Avaliação do ciclo fenológico da cultura do milho em funçãoda soma térmica em Guarapuava, Sul do Brasil. Pesquisa Aplicada eA g r o t e c n o l o g i a , v . 4 , n . 1 , p . 1 3 5 - 1 4 9 , 2 0 1 1 . & 6 0 ;http://revistas.unicentro.br/index.php/repaa/article/viewFile/1424/1492 &62;

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

COMPONENTES DE PRODUÇÃO DO MILHO CULTIVADO SOB DIFERENTES LÂMINAS DE

IRRIGAÇÃO NA REGIÃO DE JUAZEIRO – BALuciano Ronie Calado De Almeida, [email protected], Gertrudes Macario De Oliveira, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Zea mays L.; Produtividade; Evapotranspiração; manejo adequado da irrigação

IntroduçãoO milho (Zea mays) é um cereal que tem como principal componente oamido (65 a 72% da matéria seca);tem grande importância econômica,devido sua utilização desde a alimentação humana e animal até a indústriade alta tecnologia e na produção de biocombustíveis; é cultivado em váriaspartes do mundo, sendo o Brasil o terceiro maior produtor(CONAB, 2017).A cultura apresenta alta sensibilidade ao déficit hídrico, logo, aforma deelevar a produtividade do milho, baixar os custos de produção e elevar arenda do produtor, é a adoção de tecnologias, tais como, o manejoadequado da irrigação (Oliveira et al., 2015).Neste contexto, objetivou-seno presente trabalho, avaliar, componentes de produção do milho cultivadosob diferentes lâminas de irrigação na regiãode Juazeiro, BA.

MetodologiaO experimento foi conduzido de abril a julho/2019 na área experimental doDTCS/UNEB.Adotou-se o delineamento casualizado em blocos noesquema de parcelas subdivididas, sendo as parcelas constituídas porcinco lâminas de irrigação correspondentes a 60%, 80%, 100%, 120% e140%da evapotranspiração da cultura (ETc) e as subparcelas, duascultivares de milho(BRS Caatingueiro e BRS Assum Preto).Foramanalisados os componentes de produção: número de espigas,diâmetro dedez espigas, número de fileiras e de grãos por espiga, peso de grãosúmidos e secos, e produtividade.Os dados foram submetidos à análise devariância com aplicação do teste de tukey (p&60;0,05) e análise deregressão polinomial, utilizando o Software SISVAR.

Resultados e discussãoA análise de variância não revelou efeito significativo de interação entrecultivar e lâminas de irrigação para nenhuma variável analisada.Considerando o fator isolado cultivar, observou-se efeito significativopara:diâmetro de dez espigas, número de fileiras por espigas e grãos porespigas; e para o fator lâminas:peso de grãos úmidos e secos.Constata-se na Tabela 1, diferença significativa para a variável diâmetro de10 espigas, com a cultivar BRS Assum Preto apresentando maior diâmetro(7,4%), comparada a BRS Caatingueiro. Para as variáveis, número defileiras na espiga e número de grãos por espiga, a cultivar BRS AssumPreto se destacou em relação à BRS Caatingueiro, com médias 12,97% e14,32% maiores, respectivamente.Tabela 1. Médias para diâmetro de 10 espigas (D10E), número de fileirasna espiga (NFE) e número de grãos por espiga (NGPE) para as cultivaresde milho BRS Assum Preto e BRS catingueiro. Juazeiro – BA.

Para peso úmido de grãos, os efeitos das diferentes lâminas aplicadas,através da análise de regressão polinomial, revelou ajuste quadrático(Figura 1), com o peso de grãos aumentando com o incremento daslâminas. A média obtida para a lâmina correspondente a 140% da ETc foiem torno de 25% maior do que a de 60%. A maior umidade no soloproporcionou maior teor de umidade do grão no momento da colheita. Autilização de grãos de alta umidade pode ser utilizada na nutrição animal,por apresentar vantagens agronômicas e econômicas, entre estas,redução das perdas no campo (Cruz et al., 2008.) Para peso seco de

grãos, a análise de regressão polinomial, revelou também, ajustequadrático (Figura 2), aumentando o peso, com incremento das lâminasaplicadas. Eiras e Biagionni (2014) destacam a influência que o teor dematéria seca acumulada nos grãos secos tem sobre os retornoseconômico e energético da cultura do milho.

Figura 1. Peso úmido de grãos para cultivares de milho - BRSCaatingueiro e BRS Assum preto. Juazeiro, BA.

Figura 2. Peso seco de grãos para cultivares de milho - BRS Caatingueiroe BRS Assum preto. Juazeiro, BA.

ConclusõesA cultivar BRS Assum Preto se destaca em relação à BRS Caatingueiro,quanto ao diâmetro de espiga, número de fileiras e de grãos por espigas.Níveis crescentes das lâminas de irrigação influenciam positivamente nosvalores de peso úmido e peso seco de grãos de cultivares de milho.

Agradecimentos

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:CONAB. COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Acompanhamento dasafra brasileira – grãos: Décimo levantamento, julho 2018 – safra 2017/2018.Brasília: Companhia Nacional de Abastecimento. 2018.CRUZ, S. C. S.; PEREIRA, F. R. S.; BICUDO, S. J. et al. Nutrição do milho edaBrachiaria decumbens cultivados em consórcio em diferentes preparos do solo.Acta Scientiarum Agronomy, v.30, n.5, p.733 -739, 2008.EIRAS, D. DE L.; BIAGIONNI, M. A. M. Perda de matéria seca em grãos de milhosubmetidos a sistemas de secagem natural e artificial. Revista Energia naAgricultura, v. 29, n.3, p.228-235, 2014.OLIVEIRA, F. A.; MEDEIROS, J. F.; ALVES, R. C.; LIMA, L. A.; SANTOS, S. T.;RÉGIS, L. R. L. Produção de feijão caupi em função da salinidade e regulador decrescimento.Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, CampinaGrande, v.19, n.11, 2015.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

SIMULAÇÃO E CALIBRAÇÃO DO MODELO AQUACROP PARA A ESTIMATIVA DA

PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO MILHO, CULTIVAR NS90 PROGutemberg Porto De Araujo, [email protected], Marcos Antonio Vanderlei Silva, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: culturas agrícolas; estimativa de produção; Wilmott

IntroduçãoO uso de modelos para a estimativa de produção é um fator importante naavaliação do desempenho produtivo de culturas. O AquaCrop Versão 6.0da FAO (STEDUTO et al. 2009) é um software, focado em simular orendimento de uma cultura específica ao estresse hídrico, durante ocrescimento. Desta forma, foi elaborado um modelo de estimativaessencial para melhor distinguir e quantificar essas irregularidades naregião, sendo um instrumento importante para a pesquisa. O objetivo dopresente trabalho foi simular o rendimento da biomassa e produtividade dacultura da Milhocultivar NS90 PROatravés modelo agrometeorológicoAquaCrop.

Metodologia2.1 Localização da área de estudoUtilizamos dados coletados do pivô 1 em campo na Fazenda GRANFLORAgroflorestal. Onde foram feitas seis coletas nos respectivos períodos15/03/2017; 27/03/2017; 05/04/2017; 11/04/2017; 19/04/2017, 28/04/2017,04/05/2017, 08/05/2017 e 14/06/2017 foram feitas analises, estágiovegetativo, florescimento, peso verde, peso seco da cultivarNS90 PRO. Asparametrizações realizadas no modelo AquaCrop Versão 6.0 - FAO parasimular o rendimento de grãos da cultivar do MilhoNS90 PRO, sobcondições locais ambientais do oeste baiano. E para a verificação daqualidade da parametrização, utilizamos a análise de regressão linear eíndices R², a raiz quadrada do erro médio (RMSE), além do índice deconcordância (d) de Wilmott, erro médio absoluto (EMA), e eficiência dométodo (EF) (Zacharias et al. 1996), Também avaliou-se o desempenho domodelo de estimativa pelo o índice de confiança “c” proposto por Camargo& Sentelhas (1997), obtido pelo produto do coeficiente de correlação (r) e oíndice de concordância de Willmott (d) (Willmott, 1981).O critério adotado para interpretar o desempenho do modelo pelo índice“c”, para os valores de produtividade será:Tabela2.Critério de interpretação do desempenho do método de estimativade produtividade, pelo índice "c".

Fonte:Camargo & Sentelhas (1997).

Resultados e discussão3.1 Biomassa e Produtividade Simulada, Calibrada e Observada.

Tabela 2. Análise estatística para a avaliação do desempenho do modeloAquaCrop considerando o rendimento final da cultura do milho, cultivarNS90 PRO. Cotegipe, BA, 2019.

EMA: Erro Médio Absoluto; RMSE : Raíz do Erro Quadrático Médio; r :Coeficiente de Correlação de Pearson; d : Índice de Willmont; EF:Eficiência do Método; c :Índice de Confiabilidade.

Para os índices de exatidão e de precisão houve uma boa correlação entreos valores simulados e os observados. Na avaliação em termos deconfiabilidade o modelo foi classificado como “Ótimo” tanto para Biomassa,como para Produtividade.

ConclusõesSendo assim, o modelo AquaCrop possui um “Ótimo” desempenho naestimativa do rendimento de grãos da cultura do Milho, cultivar NS90 PRO.A partir das estatísticas de desempenho do modelo observa-se que amodelagem por meio do AQUACROP produz erros pequenos comclassificação ótima na análise da produtividade da cultivarsob condiçõesclimáticas locais.

AgradecimentosAo GAMU. A PPG (UNEB) pela oportunidade de participar do programacomo bolsista voluntário.

Bolsa: Voluntário

Referências:AQUACROP-Version 6.0, 6.1. FAO - Food and Agriculture Organization of theUnited Nations Reference manual.Disponível em:http://www.fao.org/3/a-br248e.pdf.ROME, 2018CAMARGO, A.P.; SENTELHAS, P.C. Avaliação do desempenho de diferentesmétodos de estimativa da evapotranspiração potencial no Estado de São Paulo,Brasil.Rev. Bras. Agrometeorologia, Santa Maria, v. 5, n. 1, p. 89-97, 1997.STEDUTO, P. et al. 2009. AquaCrop-The FAO crop model to simulate yieldresponse to water: I. Concepts and underlying principles.Agronomy Journal, p.426-437. Acesso em 13 de Julho 2018.WILLMOTT, C. J. On the validation of models.Physical Geography, v.2, p.184-194, 1981.ZACHARIAS, S.; HEATWOLE, C. D.; COAKLEY, C. W. Robust quantitativetechniques for validating pesticide transport models.Transactions of the ASAE, St.Joseph, v. 39, n. 1, p. 47-54, 1996.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ESTUDO COMPARATIVO DA DEMANDA HÍDRICA E DE ENERGIA EM ÁREA CULTIVADA

COM ALGODÃO E MATA NATIVA, MEDIDOS EM CAMPO E ESTIMADOS VIASENSORIAMENTO REMOTO

Thais Dos Santos Rodrigues, [email protected], Marcos Antonio Vanderlei Silva, [email protected] de Ciências Humanas, Campus IX, Barreiras

Engenharia AgronômicaPalavras-Chave: SAFER; Evapotranspiração; ; Algodoeiro

IntroduçãoO conhecimento sobre a necessidade hídrica da cultura a ser trabalhada éde suma importância, pois assim é possível aplicar o manejo adequado,disponibilizando a quantidade de água que a planta necessita para o seudesenvolvimento. A aplicação de técnicas de sensoriamento remotopermite a determinação espacializada da evapotranspiração, através daanálise de imagens e aplicação de algoritmos que alcançam uma maiorprec isão na determinação dos parâmetros re lac ionados aevapotranspiração.Este estudo objetivou comparar a demanda hidrica (ET)de uma área cultivada com algodão e mata nativa, medidos em campo eestimados via sensoriamento remoto utilizando o algoritmo SAFER (SimpleAlgorithm For Evapotranspiration Retrieving).

MetodologiaA pesquisa foi conduzida, na Fazenda Modelo Paulo Mizote, no municípiode Barreiras -BA, (lat 12 º 05 ’S, long 44 º 55’ W), em uma área de 1,2 hacom cultivo de algodão. A mata nativa utilizada para comparação estálocalizada no campo experimental da Universidade do Estado da Bahia –Campus – IX, em Barreiras – BA. Os dados meteorológicosforam obtidosdados da Estação Meteorológica Automática (EMA), do município deBarreiras-BA, disponibilizadosno site do Instituto Nacional de Meteorologia(INMET). Para a estimativa dos parâmetros, que antecedem aevapotranspiração, foram utilizadas as imagens do sensor Sentinel-2A.Assim foi possível estimar o albedo superficial (a0), a temperatura dasuperfície (TS), o NDVI, que é o Índice de Vegetação da DiferençaNormalizada, e por f im, o saldo de radiação e logicamente aevapotranspiração.Durante o ciclo do algodão foram realizadas avaliações paracaracterização dos estádios vegetativos baseados na escala fenológica. Aevapotranspiração de referência foi calculada utilizando o método dePenman-Monteith- FAO por meio da equação descrita conforme ALLEN etal. (1998).

Resultados e discussãoO saldo de radiação, que apesar de se encontrar valores bem próximos emambos as áreas analisadas, percebe-se que a mata nativa se mostrouconstante, em todo o ciclo da cultura, com valores maiores que a área deplantio de algodão, portanto, há, na mata nativa do Cerrado, uma maiorquantidade de energia que pode ser convertida em calor sensível e latente.

Figura 1. Rn (saldo de radiação) de área de monocultivo cultivada comalgodão (ALG) e área de mata nativa (MN), estimado pelo SAFER, em

função dos dias após a emergência (DAE) do algodão.

O SAFER conseguiu estimar de forma satisfatória a ET diária para ambasas área (Tabela 1). Na figura 2 tem-se ET do algodoeiro e do cerrado,onde é possível observar um maior incremento na área do algodão,seguido de um declive no final de seu ciclo. A ET do cerrado manteve-seestável no período de chuvas e após cessar a precipitação ocorreu umdecréscimo. Vale salientar que os maiores valores da ET ocorreram paraambas as áreas aos 42 DAE e após os 70 DAE após a emergência.

Tabeal 1.Resultados da Classificação da Estimativa da ET utilizando oSAFER

Figura 2. Evapotranspiração de área de monocultivo cultivada com algodão(ALG) e área de mata nativa (MN), estimado pelo SAFER, em função dosdias após a emergência (DAE) do algodão.

ConclusõesApesar de se obter valores semelhantes, o Saldo de Radiação da matanativa do cerrado se mostrou superior à área de monocultivo de algodãoem todo o ciclo da cultura. Não obstante a variação da ET, os valoresdemonstraram sua evolução com o desenvolvimento da cultura, seguidode declínio no final da produção da cultura.

AgradecimentosAos membros do GAMU, da Universidade do Estado da Bahia, Campus IX,e a Fazenda Modelo, pelo apoio na realização das coletas e a FASPEBpela concessão da bolsa de iniciação científica.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:ALLEN, R.G. et al. Crop Evapotranspiration - Guidelines for computing crop waterrequirements. Rome: FAO, (FAO Irrigation and Drainage Paper, 56). 1998.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

CALIBRAÇÃO DO MODELO CROPGRO-COTTON PARA SIMULAR O CRESCIMENTO E

PRODUTIVIDADE DO ALGODÃO NA REGIÃO OESTE DA BAHIAThatyane Kary Grigorio De Souza, [email protected], Marcos Antonio Vanderlei Silva, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Modelagem; Algodão; DSSAT

IntroduçãoSistemas de cultivo baseado em processos de modelos de simulação setornam uma alternativa para melhor compreensão e talvez mitigação demuitas das questões enfrentadas pela indústria de algodão (BOOTE;JONES; PICKERING, 1996;REDDY; HODGES; MCKINION, 1997). Osmodelos são ferramentas que servem para nortear a tomada de decisões,e, dessa forma, a análise do desempenho, limitações, aspectos favoráveise possíveis melhorias são imprescindíveis para o entendimento doprocesso de crescimento da planta, bem como as condições de solo eclima onde o modelo é aplicado, já que as simulações são umaaproximação da realidade.O objetivo deste trabalho foi calibrar o modeloCROPGRO-Cotton e simular o crescimento e produtividade da cultivar dealgodão BRS 432 B2RF para as condições de clima e solo na região Oesteda Bahia.

MetodologiaA primeira etapada pesquisa foi conduzida em um campo experimental,localizado na Fazenda Modelo(latitude -12º05’01”S, longitude -44º 55’20”We altitude de 469 m), na cidade de Barreiras, na região Oeste do Estado daBahia, durante a safra 2019, com a cultivar BRS 432 B2RF. Foramdeterminados o índice de área foliar (IAF), o rendimento da cultura e amatéria seca total da parte aérea. Além disso foram monitoradas as datasde semeadura, emergência, floração e a maturidade fisiológica dasplantas.A segunda etapa foi realizada através do modelo de culturas. Os dados declima, solo, e de manejo da cultura obtidos no campo experimental foramutilizados como entradas para o modelo CROPGRO-Cotton, inserido nosistema DSSAT versão 4.7. O conjunto de informações fenológicasnecessárias para a calibração e teste do modelo foram os valores índicede área foliar (IAF), de produção total de matéria seca total parte aérea (kgha-1), rendimento da cultura (kg ha-1), data de semeadura, emergência,floração e maturação fisiológica. Para a calibração e teste dos coeficientesgenéticos utilizou-se a metodologia GLUE (Generalized LikelihoodUncertainty Estimation). A calibração foi realizada através do ajuste doscoeficientes genéticos da cultivar, BRS 432 B2RF, as condições decampo,realizando a análise de sensibilidade para cada um dos parâmetrosavaliados. Os critérios estatísticos para avaliação do modelo foram: análisede regressão, variação entre os valores, raiz quadrada média (RMSE) em%, índice concordância Willmontt (d), coeficiente de correlação (r) e índicede desempenho ( Id = r x d).

Resultados e discussãoA tabela 1 apresenta os coeficientes genéticos calibrados para a cultivar dealgodão BRS 432 B2RF, através da metodologia GLUE.

A tabela 2 apresenta a data de floração e maturação fisiológica, e osvalores de produtividade e, índice de área foliar (IAF) e produção dematéria seca para a cultura do algodão, cultivar BRS 432 B2RF obtidos via

simulação e experimento.

De acordo com a tabela 2, foi obtido o valor de RMSE 0 para as datas defloração e maturação fisiológica, isso significa um ótimo ajuste entre odado simulado e o de campo, pois a simulação foi considerada excelente.O valor de RMSE para produtividade e IAF foi 0,22% e 0.85%,respectivamente, consolidando o modelo para simulação destes doisparâmetros.

Considerando os dados do modelo para matéria seca (figura 1a) e IAF(figura 1b) houve uma boa concordância entre os valores observados esimulados para a cultivar BRS 432 B2RF, o índice de concordância paramatéria seca foi (d=0,87) e IAF (d=0,82). O índice de determinação (r²) foielevado para a matéria seca (r²=0,95) enquanto para IAF (r²=0,80). Oíndice de desempenho (id=0.85) para biomassa foi considerado “muitobom”, enquanto para IAF (id=0.73) foi considerado “bom”. Os valores deRMSE para matéria seca e IAF foram 27.87% e 25.46%, respectivamente.

ConclusõesOs resultados, obtidos através do modelo, mostram que os coeficientesgenéticos foram estimados de maneira adequada pela metodologia GLUE.A calibração do modelo foi eficiente em simular o desenvolvimento eprodutividade da cultivar BRS 432 B2RF. A calibração apresentou ótimacapacidade para estimativa das datas de floração e maturação fisiológicabem como para produtividade, índice de área foliar (IAF) e produção dematéria seca.

AgradecimentosAgradecimento a todos os membros do GAMU, da Universidade do Estadoda Bahia, Campus IX, e a Fazenda Modelo, pelo apoio na realização dascoletas e a FASPEB pela concessão da bolsa iniciação cientifica.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:BOOTE, K.J.; JONES, J.W.; PICKERING, N.B. Potential uses and limitations ofcrop models.Agron. J., v.88, p.704–716. 1996.REDDY, K.R.; HODGES, H.F.; MCKINION, J.M. Crop modeling and applications: Acotton example.Adv. Agron. p.225–290. 1997.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ESTIMATIVA DO EFLUXO DE CO2 E EFICIÊNCIA DO USO DE RADIAÇÃO. EM ÁREA

CULTIVADA COM FEIJÃO.Rafael De Souza Felix, [email protected], Marcos Antonio Vanderlei Silva, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Feijoeiro; Efluxo CO2

IntroduçãoO feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) é cultivado em quase todoterritório nacional. Na região Oeste da Bahia essa leguminosa é cultivadaem três safras anuais, irrigado e sequeiro.O manejo adotado para o cultivodo feijoeiro, com maior ou menor uso de fertilizantes, principalmente osnitrogenados, bem como aplicação de maior ou menor volume de água,afeta a respiraçãodo solo e a eficiência de uso de radiação, principalmenteno período vegetativo das plantas, como também aspectos relacionadosao solo.Portanto o objetivo desse trabalho foi estimar a respiração edáficaem área cultivada no período vegetativo do feijão, cultivado sob diferentesdoses de nitrogênio e lâminas de irrigação no Cerrado da Bahia, e aeficiência do uso da radiação (EUR) para o períodoantes do florescimentodo feijoeiro.

MetodologiaO trabalho foi realizado na área experimental da Universidade do Estadoda Bahia, Campus IX, no município de Barreiras, Oeste da Bahia. Foiutilizado o delineamento de blocos ao acaso em esquema fatorial (2x2). Osfatores foram compostos por duas doses de Nitrogênio (100 e 50 kg ha -1),e duas lâminas de irrigação (142 e 89,5 mm). Cada tratamento teve 5repetições, totalizando 20 unidades experimentais, com parcelas de 2,5 x 6metros. Para verificação da influência das doses de N e das lâminas deágua nas características da cultura do feijoeiro foi avaliado, a respiraçãobasal do solo. Para determinação da respiração do solo, as amostrasforam coletadas em pontos previamente determinados na profundidade de0-20 cm. As amostras foram peneiradas em malha de 4 mm, retirando-seos fragmentos de animais e vegetais por meio de catação com uma pinça.Em seguida, foram acondicionadas em novos recipientes, para que fossemprocessadas. Todo procedimento foi realizado de acordo ao métodoproposto por ALEF, (1995).

Resultados e discussãoNa primeira avaliação, aos 6 DAE, os maiores valores foram observadosno Cerrado nativo (CN). Aos 14 DAE, o CN e T4 (50 kg ha-1 de N e 89,5mm) foram as áreas com maiores valores de respiração do solo. Aos 21DAE os maiores valores foram observados no Cerrado Nativo, T2 e T4.Aos 31 DAE a respiração basal do solo foi maior nos tratamentos T2, T3 eCerrado Nativo. Aos 41 DAE o Cerrado Nativo obteve a maior taxa derespiração, em relação aos outros tratamentos.A cobertura vegetal é umfator determinante sobre a atividade microbiana. E no presente estudo foipossível identificar a importância da cobertura vegetal. Pois os dados daárea de referência (mata nativa), em todas as datas avaliadas, foramelevados. Alves et al (2011) em estudo no qual avaliou a atividademicrobiana na mata nativa, e em outras áreas com a implantação decultura que se assemelhasse a área desse trabalho, após dez dias deincubação, observaram influência dos diferentes tipos de manejo. Osmaiores valores foram obtidos no tratamento mata nativa em recuperação.

Na Figura 1 encontram-se os resultados da eficiência do uso de radiação

(EUR) por meio do coeficiente “a” das equações lineares da relação entrea produção de matéria seca acumulada do feijoeiro com a radiaçãofotossinteticamente ativa acumulada (RFA ac). Observa-se umasuperioridade do T2, com 5,0 g.MJ-1, em relação aos demais tratamentosque apresentaram valores entre 3,40 e 2,12 g.MJ-1. O resultado do T2 émuito expressivo, pois numa pesquisa em que foram fragmentados osperíodos de análise Santos et al. (2003b) reportaram uma EUR para ofeijão de 1,96, para antes do florescimento.

ConclusõesO aumento de lâminas de água reduz a atividade da respiração biológicano solo. Porém, as diferentes doses de nitrogênio não influenciou narespiração basal do solo. Os valores da respiração no Cerrado nativoesteve, em sua maioria, mais elevados em relação às medidas noambiente de cultivo.O feijão em estudo apresenta maior eficiência de usoda radiação solar, produção de MST por MJ, em função do maior ÍAF coma maior dosagem de N, no período vegetativo.

AgradecimentosAo meu orientador Marcos Antônio Vanderlei Silva, pelo carinho, eensinamentos. A UNEB, pela Bolsa e ao GAMU pelo apoio aodesenvolvimento do trabalho

Bolsa: PICIN

Referências:ALEF, K. Respiração do solo.In: Alef, K. e Nannipieri, P., Eds., Methods in SoilMicrobiology and Biochemistry, Academic Press Inc., San Diego, 214-215,(1995).ALVES, T.S et al. Biomassa e atividade microbiana de solo sob vegetação nativa ediferentes sistemas de manejos. Acta Scientiarum. Agronomy, v. 33, n. 2, p. 341-347, 2011.NÓBREGA, et al. Análise de crescimento Análise de crescimento do feijoeirosubmetido a do feijoeiro submetido a quatro níveis de umidade do solo. R. Bras.Eng. Agríc. Ambiental, Campina Grande, v.5, n.3, p.437-443, 2001.SANTOS, J. B. dos et al. Captação e aproveitamento da radiação solar pelasculturas da soja e do feijão e por plantas daninhas. Bragantia, Campinas, v.62,n.1, p.147-153, 2003b.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ANALISAR A INFLUÊNCIA DE CORRETIVOS AGRÍCOLAS NA ÁGUA DE CULTIVO DO

CAMARÃO LITOPENAEUS VANNAMEI (BOONE, 1931).Jefferson Alves Lima, [email protected], Cesar Antunes Rocha Nunes, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XXIV, Xique-XiqueEngenharia De Pesca - Bacharelado

Palavras-Chave: Semiárido; Camarão; Recirculação

IntroduçãoA produção brasileira de camarões marinhos vem crescendo nos últimosanos, com destaque para a região Nordeste, como principal polo produtordo país (ABCC, 2017).Atualmente, a maior parte dos cultivos de camarão encontra-se em áreascosteiras, o que aumenta os custos de implantação de uma fazenda, emrazão do elevado valor das terras. Uma alternativa para diminuir custos é ocultivo de espécies marinhas em regiões do interior do país, que secaracteriza por possuir água de baixa salinidade em relação à do mar(BERMUDES-LIZÁRRAGA et al., 2017).Entre as técnicas de manejo usadas nos cultivos em água doce eoligohalina, praticamente, a grande diferença encontra-se na utilização doscorretivos agrícolas e na rigidez do monitoramento da alcalinidade e dadureza da água (SILVA JÚNIOR et al., 2014). Portanto, faz-se necessárioutilizar técnicas para analisar e comparar os dados de cultivos existentesnesses ambientes, mais precisamente, em águas doces e oligohalinas quenecessariamente necessitam de correção em função do balanço iônico doscamarões em relação à diferença da quantidade de cátions e ânionspresentes nestas águas.Dessa forma este trabalho objetivou analisar alcalinidade total, dureza totale pH no cultivo do camarão Litopenaeus vannamei utilizando diferentescorretivos.

MetodologiaO trabalho foi desenvolvido com a espécie de camarão marinhoLitopenaeus vannamei, no Laboratório de Carcinicultura da Universidadedo Estado da Bahia, no município de Xique-Xique (BA), entre os meses deoutubro a dezembro de 2018.Após a aclimatação foram transferidos para caixas d`água de 500 L, ondeficaram durante setes dias. Posteriormente os camarões foram contados etransferidos para unidades experimentais com densidade de 33camarões/m2. As unidades experimentais eram constituídas de 12 caixasde água de 100L cada, com sistemas independentes de abastecimento edrenagem, acopladas a filtros biológicos, também independentes. Oscamarões foram alimentados com ração comercial contendo 35% deproteína bruta, ofertadas diariamente, em intervalos de oito horas.As variáveis de qualidade de água (alcalinidade total, dureza total e pH)foram analisadas através de Kits colorimétricos durante todo o experimentouma vez por semana no período da manhã.As variáveis de alcalinidade total, dureza total e pH foram realizadasanalise de variância e as diferenças detectadas pelo teste de Tukey a 5%de probabilidade (p=0,05), com utilização do programa estatístico SISVAR(FERREIRA, 2011).

Resultados e discussãoAs médias dos tratamentos para pH e alcalinidade total (Tabela 1), nãoapresentaram diferença significativa pelo teste de Tukey a 5% deprobabilidade (p&62;0,05).Tabela 1. Valores médios e desvio padrão dos parâmetros de qualidade deágua no cultivo do L. vannamei com diferentes corretivos.Parâmetro

sFísico-

Calcáriocalcítico

CalVirgem

CalHidratad

aGesso cv

(%)

químicospH 7,45 ±

0,037,48 ±0,03

7,47 ±0,05

7,50 ±0,05

0,54

Durezatotal

(CaCO3mg L-1)

400,00 ±8,48ba

375,92 ±8,48c

381,48 ±11,11cb

418,52 ±3,21a

2,11

Alcalinidade total(CaCO3mg L-1)

138,55 ±3,04

146,60 ±4,95

141,87 ±4,14

140,54 ±6,07

3,30

Médias seguidas pela mesma letra nas linhas não diferem pelo teste deTukey (P&62;0,05), CV = Coeficiente de Variação.

De acordo com Silva Júnior et al. (2014) os valores de todos ostratamentos para pH estão dentro da faixa de conforto para os peneídeos(7,5 a 9,0).

Os valores encontrados de alcalinidade total mantiveram-se dentro dazona de conforto e corroboram com os resultados de Boyd (1998), queapresentaram valores entre 75 e 145 mg CaCO3/L.

As médias dos tratamentos para dureza total (Tabela 1), apresentaramdiferença significativa pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (p?0,05),sendo que o gesso apresentou o maior valor de dureza total (418,52 ± 3,21CaCO3 mg L-1).

Segundo os resultados de Boyd (1998), os valores de dureza total paraáguas marinhas são mais elevadas (? 100 CaCO3 mg L-1) e para águasoligohalinas deverá estar = 150 CaCO3 mg L-1 (LIMA, et al., 2016). Ogesso pode, em função da sua composição química (Mg e Ca), apresentarmaior poder de reação e um tempo menor de dissociação, com relaçãoaos demais corretivos.

ConclusõesTodos os corretivos agrícolas apresentaram capacidade de correção daágua de cultivo para o L. vannamei.

AgradecimentosAo grupo de pesquisa (LAPOA), ao professor orientador César Antunes,aos docentes e ao Programa de Iniciação Científica (PICIN) daUniversidade do Estado da Bahia (UNEB).

Bolsa: PICIN

Referências:ABCC (Associação Brasileira dos Criadores de Camarão). Potencialidades doB r a s i l p a r a a C a r c i n i c u l t u r a . D i s p o n í v e l e m :http://abccam.com.br/2017/08/potencialidades-do-brasil-para-a-carcinicultura.Acesso em: 19 mar.de 2018.BERMUDES-LIZÁRRAGA, J. F. et al. Efecto de la temperatura y salinidad en elcrecimiento larval de Litopenaeus vannamei. Revista de Biología Marina yOceanografía, v. 52, n. 3, p. 611-615, 2017.BOYD, C. Manejo do solo e da qualidade da água em viveiro para aquicultura.Associação Americana de Soja: p.1-55,1997.FERREIRA, D. F. Sisvar: A Computer Statistical Analysis System. Ciênc.Agrotec.35 (6): 1039-1042, 2011.SILVA JÚNIOR, R. F. et al. Cultivo do camarão marinho Litopenaeus vannamei emágua doce no IFPE Campus Vitória de Santo Antão – Relato de caso. Revista daABCC, ano XVI, n. 2, p. 44-46, 2014.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

EFEITOS DE CORRETIVOS AGRÍCOLAS NO DESEMPENHO DO CAMARÃO L. VANNAMEI

(BOONE, 1931).Roberio Pereira Lima, [email protected], Cesar Antunes Rocha Nunes, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XXIV, Xique-XiqueEngenharia De Pesca - Bacharelado

Palavras-Chave: Carcinicultura; Composição iônica; Índices zootécnicos.

IntroduçãoA carcinicultura se destaca, dentre as atividades do setor, devido aogrande crescimento do consumo de camarão no mercado internacional,alinhado com uma grande geração de empregos e ao seu elevado retornoeconômica (SPELTA, 2016).A calagem na aquicultura consiste na aplicação de substâncias quemelhorem a qualidade da água com a finalidade de contribuir nodesempenho dos organismos cultivados.A criação de espécies marinhas de camarão com alto valor de mercado,em águas continentais, de baixa salinidade e que são impróprias paracriação de animais domésticos e produção de vegetais, pode ser umaalternativa para reduzir os custos e viabilizar a carcinicultura em áreas debaixa produção agrícola (SOWERS et al., 2005).O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência de diferentescorretivos agrícolas no desenvolvimento do camarão Litopenaeusvannamei.

MetodologiaO experimento foi desenvolvido no Departamento de Ciências Humanas eTecnologias XXIV - UNEB – Campus Xique-Xique/BA. A duração doexperimento foi de 60 dias, com camarões apresentando peso médio de7,60 ± 0,29 g, utilizando densidade de 33 camarões/m².As unidades experimentais foram constituídas de 12 caixas de água de100L cada, com sistemas independentes de abastecimento e drenagem,acopladas a filtros biológicos, também independentes.Os camarões foram alimentados com ração comercial contendo 35% deproteína bruta. As biometrias foram feitas semanalmente, pesando (pesoúmido) 100% do lote em balança eletrônica de precisão (0,01 g).Foi utilizado delineamento experimental inteiramente casualizado comquatro tratamentos e três repetições, utilizando corretivos agrícolas,Calcário Calcítico (Tratamento 1) 1.000 kg/ha, Cal Virgem (Tratamento 2)100 kg/ha, Cal hidratada (Tratamento 3) 200 kg/ha e Gesso (Tratamento 4)2415 kg/ha. Foram aplicados 30% na primeira calagem e o restanteaplicado de forma fracionada, semanalmente, em horário determinado, nodecorrer do cultivo (SÁ, 2012).Para as variáveis de desempenho foi realizada a análise de variância e asdiferenças detectadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (p=0,05),com a utilização do programa estatístico SISVAR.

Resultados e discussãoAs médias dos tratamentos para sobrevivência, ganho de peso,produtividade e taxa de crescimento específico, não apresentaramdiferença significativa pelo teste de Tukey (p&62;0,05). Corroborando comLima et al.(2019) que encontrou valores parecidos ao do presente trabalho.

VariáveisCalcáriocalcític

o

Calvirgem

Calhidratad

aGesso CV

(%)Peso

médio final(g)

8,77 ±0,0ba 8,30 ±

0,53ba9,15 ±0,39a

8,20 ±0,48b 4,20

Sobrevivência (%)

52,38 ±8,25

47,62 ±8,25

47,62 ±21,82

23,81±8,25 30,43

Ganho dePeso (g)

1,04 ±0,37

1,07 ±0,86

1,27 ±0,27

0,44 ±0,41 50,91

CAA 1,93 ± 1,95 ± 2,55 ± 2,75 5,27

0,08a 0,19a 0,04b ±0,08b

BiomassaFinal (g)

42,96 ±2,48a

34,85 ±3,04a 40,46 ±

4,09a18,62 ±4,84b 10,90

Produtividade (kg/ha)

417,7 ±0,02

395,1±2,51

435,5 ±1,87

390,5 ±2,29 4,20

TCE 0,22 ±0,08

0,24 ±0,19

0,26 ±0,05

0,09 ±0,08 51,63

Médias seguidas pela mesma letra nas linhas não diferem pelo teste deTukey (P&62;0,05), CV = Coeficiente de Variação; CAA= ConversãoAlimentar Aparente; TCE= Taxa de Crescimento Especifico.

As médias dos tratamentos para peso médio final apresentaram diferençasignificativa pelo teste Tukey (p&60;0,05), sendo que a cal hidratadaapresentou o melhor resultado (9,15 ± 0,39g). Furtado (2011) encontrouvalores para peso médio final de (14,3± 1,4g),em experimento realizadocom a mesma espécie utilizando cal hidratada, valores parecidos ao dopresente trabalho, o que demonstra a eficiência do corretivo citado.

Para as médias dos tratamentos da conversão alimentar aparente ocalcário calcítico (1,93 ± 0,08) e cal virgem (1,95 ± 0,19) apresentaram osmelhores resultados, com diferença significativa (p&62;0,05) para osdemais tratamentos, corroborando com Spangueroet al.(2008), quecompararam dados de produção do cultivo deL. vannameiutilizandocalcário dolomítico encontrando uma média de 1,70 ± 0,03g.

As médias dos tratamentos da biomassa final não apresentaram diferençasignificativa (p&62;0,05) entre os corretivos, calcário calcítico (42,96 ±2,48g), cal virgem (34,85 ± 3,04g) e cal hidratada (40,46 ± 4,09g), porém, ogesso foi inferior aos anteriores. Em trabalho realizado por Limaetal.(2016), com a espécieL. vannamei,em densidades de 40camarões/m2,encontrou valor para biomassa final de 129,66 ± 8,99g, valores superioresaos encontrado no presente trabalho, o que pode ter ocorrido devido àdensidade de estocagem ter diminuído em consequência do aumento damortalidade nos tratamentos.

ConclusõesOs corretivos calcário Calcítico e cal hidratada apresentaram os melhoresresultados para o desempenho zootécnico dos camarões. O uso decorretivos agrícolas em águas oligohalinas pode contribuir com odesenvolvimento dos organismos no ambiente de cultivo.

AgradecimentosAgradeço ao orientador César Antunes Rocha Nunes, ao grupo depesquisa LAPOA, a Universidade Estadual da Bahia (UNEB), ao DCHTXXIV e ao programa de bolsa PICIN.

Bolsa: PICIN

Referências:LIMA, J. C. et al.Desempenho do camarãoLitopenaeus vannamei(boone, 1931)cultivado em diferentes densidades em água oligohalina.Rev. Bras. Eng.Pesca9(2): 19-29, 2016.SÁ, M. V. C. (2012). Limnocultura: Limnologia para aquicultura. Fortaleza: EditoraUFC.SPANGUERO, D. B. N. et al., Utilização de modelos estatísticos para avaliar dadosde produção do camarão Litopenaeus vannamei cultivados em água oligohalina esalgada. Acta Scien. Animal Sc.v. 30, 4, p. 451 – 458, 2008.SOWERS, A.D.; GATLIN, D.M.; YOUNG, S.P.; ISLEY, J.J.; BROWDY, C.L.;TOMASSO, J.R. Responses ofLitopenaeus vannamei(Boone) in water containing

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

EFEITOS DE CORRETIVOS AGRÍCOLAS NAS VARIÁVEIS DE QUALIDADE DE ÁGUA NO

CULTIVO DO CAMARÃO LITOPENAEUS VANNAMEI (BOONE, 1931).Gilma Rodrigues De Souza, [email protected], Cesar Antunes Rocha Nunes, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XXIV, Xique-XiqueEngenharia De Pesca - Bacharelado

Palavras-Chave: semiárido; carcinicultura; composição iônica

IntroduçãoA carcinicultura é uma parte da aquicultura brasileira que vem sedesenvolvendo no país (PAIVA, 2018). O Litopenaeus vannamei é aespécie mais cultivada mundialmente, podendo ser produzida em águascom diferentes salinidades (VALENZUELA et al., 2011).A calagem é usada na carcinicultura para melhoramento da qualidade deágua no cultivo (QUEIROZ; BOEIRA, 2006). Seja em água doce, salgadaou oligohalina a prática de correção através do uso de corretivos agrícolascontribui com o equilíbrio iônico dos camarões.O objetivo do trabalho foi analisar a influência dos Corretivos Agrícolas nosparâmetros físico-químicos da água no cultivo do Litopenaeus vannamei(BOONE, 1931).

MetodologiaO experimento foi realizado no Laboratório de Carcinicultura daUniversidade do Estado da Bahia, Campus XXIV, Xique-Xique/BA. Utilizou-se juvenis da espécie Litopenaeus vannamei, com a densidade de 33camarões/m2 e peso médio de 7,60 ± 0,29g.As unidades experimentais foram constituídas de 12 caixas de água de100L cada, com sistemas independentes de abastecimento e drenagem,acopladas a filtros biológicos, também independentes.Durante o cultivo foiutilizada ração peletizada comercial com 35% de proteína bruta.O experimento foi realizado em um delineamento inteiramente casualizado,com quatro tratamentos e três repetições. As variáveis físico-químicas daágua: oxigênio dissolvido (mg/L), temperatura (ºC) e salinidade (ppt), forammonitorados duas vezes ao dia com a sonda multiparâmetros. Asconcentrações de amônia não ionizada (mg L -1N-NH3) e nitrito (N-NO2mg L-1) foram mensuradas semanalmente, com kit colorimétrico.2.Para as variáveis de qualidade de água foram realizadas a análise devariância e as diferenças detectadas pelo teste de Tukey a 5% deprobabilidade (p=0,05), através do programa estatístico SISVAR.

Resultados e discussãoAs médias dos tratamentos para as variáveis físico-químicas de qualidadede água (Tabela 1) como a temperatura, oxigênio dissolvido, nitrito eamônia não ionizada não apresentaram diferença significativa pelo teste deTukey a 5% de probabilidade (p&62;0,05).Tabela 1. Valores médios e desvio padrão dos parâmetros de qualidade deágua no cultivo do L.vannamei com diferentes corretivos.Parâmetro

sFísico-

químicos

Calcáriocalcítico

CalVirgem

CalHidratad

aGesso CV(%)

Temperatura (ºC)

27,68 ±0,06

27,77±0,09

27,68 ±0,02

27,87±0,01 0,28

O.D.(mg/L)

4,92 ±0,50

4,75 ±0,13

4,93 ±0,34

5,11 ±0,10 6,18

Salinidade(ppt)

1,32 ±0,00b

1,15 ±0,00d

1,21 ±0,00c

1,47 ±0,00a 0,22

Nitrito(N-NO2 mg

L-1)

0,17 ±0,03

0,15 ±0,03

0,21 ±0,06

0,25 ±0,00 21,04

Amônia(mg L-1N-

0,00 ±0,00

0,00 ±0,00

0,00 ±0,00

0,00 ±0,00 0,00

NH3)

Médias seguidas pela mesma letra nas linhas não diferem pelo teste deTukey (P&62;0,05), CV = Coeficiente de Variação.

A temperatura apresentou valores dentro da faixa de conforto para ocultivo da referida espécie (27,68 a 27,87 ºC), resultados corroboram comCavalheiro et al. (2016), que encontraram valores mínimos de 27,0°C emáximos de 32,0°C.

Os valores de oxigênio oscilaram entre 4,75 a 5,11 mg/l, estando dentro davariação confortável para a espécie L. vannamei (4,6mg/L e 5,1 mg/L),segundo Lourenço et al. (2009).

De acordo com Nunes et al. (2005), os níveis de concentração de nitritorecomendado para o cultivo de camarão é &60; 1 mg/l. No presenteexperimento os valores médios apresentaram resultados abaixo do exigido(0,15mg/l a 0,25 mg/l) para produção da espécie.

A amônia não ionizada apresentou valores médios (0,00 mg/l) para todosos tratamentos, o que corroborou com Cavalheiro et al. (2016) queapresentou valores mínimos de 0,02 mg/l e máximo de 0,09mg/l, portanto,dentro da faixa de conforto para o L. vannamei.

A salinidade aparentou diferença significativa entre as médias dostratamentos pelo o teste de Tukey a 5% de probabilidade (p?0,05). Emtrabalhos realizados por Lima (2016), ao realizar o experimento em águasoligohalina, testando diferentes densidades para L. vannamei, encontraramvalores de 0,83 ppt próximos aos encontrados no referente estudo.

ConclusõesO uso dos corretivos no cultivo do L. vannamei, em sistema derecirculação, com água oligohalina, não influenciou na qualidade de água.

AgradecimentosAgradeço ao Orientador César Antunes Rocha Nunes,ao grupo depesquisa LAPOA, a Universidade Estadual da Bahia (UNEB), ao DCHTXXIV e ao programa de bolsa PICIN.

Bolsa: PICIN

Referências:CAVALHEIROS, T. B, et al. Crescimento do camarão Litopenaeus vannamei emviveiros e tanques utilizando efluente do processo de dessalinização. Gaia Scientia(2016). Volume 10(4): 319-337.LIMA, J.C. et al. Desempenho do camarão litopenaeus vannamei (boone, 1931)cultivado em diferentes densidades em água oligohalina. Rev. Bras. Eng. Pesca9(2): 19-29, 2016.LOURENÇO, et al. Influência de diferentes dietas no desenvolvimento do camarãoLitopenaeus vannamei (Boone, 1931) em berçários intensivos. Acta Scientiarum.Biological Sciences, 31 (1): 1-7. 2009.NUNES, A. J. P.; GESTEIRA, T.C.V.; OLIVEIRA, G.G.; LIMA, R. C.; MIRANDA,P.T.C.; MADRID, R.M. Princípios para boas práticas de manejo (BPM) naengorda de camarão marinho no Estado do Ceará. Instituto de Ciências do Mar(Labomar/UFC). Programa de Zoneamento Ecológico Econômico do Estado doCeará, Fortaleza, Ceará. 109P, 2005.PAIVA, K. L. N. Análise dos custos e da viabilidade da carcinicultura dos microsprodutores do município de Tibau do Sul/RN. NATAL/RN, 2018.QUEIROZ, J. F; BOEIRA, R.C. Calagem e Controle da Acidez dos Viveiros deAqüicultura. Jaguariúna, SP, Dezembro, 2006.VALENZUELA, W. et al. Efecto de diferentes combinaciones de temperatura ysalinidad sobre el consumo específico de oxígeno en el camarón blancoLitopenaeus vannamei. Rev Biol Mar y Oceanog, v. 46, n.1, p. 303-311, 2011.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

OTIMIZAÇÃO DA FORMULAÇÃO E QUALIDADE TECNOLÓGICA, NUTRICIONAL E

SENSORIAL DE NOVOS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS.Sabrina Moura Guimaraes, [email protected], Patricia Goncalves Castro Cabral, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia De Bioprocessos E Biotecnologia

Palavras-Chave: Alimentos Fermentados; Aceitação Sensorial; Cerveja; Pães ; Bolos

IntroduçãoAs atividades de produção agroindustrial possuem relação com o processode geração de diversas variedades de resíduos (FILHO et al., 2017). Comoconsequência, muitas frutas são desperdiçadas e devido a isso, há anecessidade da conversão destes em produtos alimentícios (SILVA;SOUZA, 2017). A elaboração de novos produtos alimentícios tem sidodestaque no ramo industrial. Essa diversidade de produção do setoralimentício vem despertando interesse também no consumidor, visando oenriquecimento nutricional e qualitativo dos alimentos. O setor devitivinicultura vem apresentando destaque no país, devido à diversidade ea complexidade que os vinhos apresentam. Outro subproduto que pode serutilizado na produção de alimentos é o malte de cevada. A cevada é ocereal mais empregado na produção de cerveja. Assim, o objetivo destetrabalho foi otimizar a utilização de resíduos da indústria para diferentesformulações de pães, cervejas e bolos, com avaliação da qualidadenutricional, tecnológica e sensorial.

MetodologiaFoi obtido em uma vinícola da região o resíduo fresco de vinho tinto davariedade Syrah. O resíduo passou por secagem e a farinha produzida foiutilizada na elaboração de pães do tipo hambúrguer a partir de testespreliminares. Três proporções diferentes da farinha do resíduo de vinho (0 ;17 e 33 %) foram produzidas. Para o a elaboração dos bolos, o resíduofresco do malte de cevada foi adquirido de uma cervejaria artesanal.Depois da produção da farinha, pela secagem do resíduo, a elaboraçãodas formulações de bolos foram desenvolvidas a partir de testespreliminares, resultando em uma formulação também padrão com 100 %de farinha de trigo e outras com substituição parcial da farinha de trigo por8 e 15 % de farinha de resíduo de malte de cevada. Para a produção dacerveja, o mesmo resíduo de vinho foi utilizado, onde foram produzidostrês diferentes tipos de cervejas, adotando então, proporções de 0, 15 e 25% de resíduo fresco, provenientes do processamento do vinho.Posteriormente os tratamentos foram avaliadas quanto ao pH, acideztitulável, sólidos solúveis, densidade, teor alcoólico, cor e textura. Umaavaliação sensorial também foi realizada com provadores aleatórios nãotreinados pelo método de Testes afetivos. E por fim, as médias obtidasforam analisadas com auxílio do software SISVAR.

Resultados e discussãoMaior acidez foi observada na formulação de bolo com 15 % de farinha demalte. Com relação aos parâmetros L*c*h* foi possível examinar que obolo padrão, apresentou maiores valores. Para as formulações dosdiferentes pães de farinha do resíduo de vinho tinto. . Observou-se quenão houve diferenças significativas entre os teores de umidade dosdiferentes pães de vinho. Maiores valores de L*c*h* foram observadospara o pão padrão 0%. Maior acidez foi observada na formulação de pãocom substituição de 33 % por farinha do resíduo do processamento da uvapara vinho, com um aumento à medida que se observou o aumento dosteores da farinha substituta. A textura é considerada um atributo dequalidade importante. O pão com 33 % de farinha de resíduo apresentoumaior textura 0,715 kgf, apresentando maior força. Para as formulações decervejas com adição de resíduo de vinho tinto, na análise do mostodemonstrando que a inclusão do resíduo de vinho não alterousignificativamente a densidade dos mostos durante o processo defermentação, e por consequência o teor alcoólico e que não houve tambémdiferenças significativas entre os tratamentos para as variáveis de acidez e

sólidos solúveis. Com relação a bebida final, a cerveja, não foramobservadas diferenças significativas para a avaliação de cor. A cervejacom 15 % de resíduo apresentou maior acidez e maiores teores de sólidossolúveis . Maior teor alcoólico foi observado na cerveja elaborada sem oadjunto do malte, com 1,35%. Na avaliação da análise sensorial, maioresnotas dentre os atributos avaliados para as formulações de bolos foramobtidos para a cor e aparência geral dos produtos. Para as amostras depães, o pão padrão apresentou maiores (7 a 8), sendo a maciez com maiornota.

Tabela 8. Médias de notas dos provadores dos atributos sensoriaisavaliados das formulações de bolos.

Amostras AparênciaGeral Cor Aroma Sabor Textur

aBolo

Padrão 6 6 6 6 6

Bolo Malte25 g 5 6 5 5 5

Bolo Malte50 g 6 6 5 4 5

Tabela 9. Médias de notas dos provadores dos atributos sensoriaisavaliados das formulações de pães.

Amostras Aparência Geral Cor Arom

aSabo

rTextura

Maciez

Pão Padrão 7 7 7 7 7 8Pão Vinho

100g 5 5 6 6 6 6

Pão Vinho200g 5 5 6 4 5 5

ConclusõesA utilização das diferentes formulações de pães, bolos e cervejas comproporções distintas de farinha de resíduos e resíduos frescos apresenta-se como uma alternativa para o processo de produtos alimentaresdiferenciados. Todos os produtos apresentaram características físico-químicas aceitáveis de padrão de identidade e qualidade dos produtospropostos. Os produtos de pães e bolos formulados com menoresproporções de farinha de resíduos de processamento de uva para vinho ede resíduo de malte de cevada, 17 e 8 %, respectivamente, apresentarammaior aceitação pelo provador.

AgradecimentosÀorientadora Professora Drª Rita Resende, á instituição UNEB pelainfraestrutura disponibilizada e ao CNPq pela bolsa de Iniciação Científica.

Bolsa: CNPq/PIBIC

Referências:COSTA FILHO, D. V. et al. Aproveitamento de resíduos agroindustriais naelaboração de subprodutos. 2017.SILVA, S. S. Aproveitamento da casca e polpa de jamelão (syzygium cuminilamarck) para produção de farinha com potencial antioxidante para uso em barra

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

QUALIDADE NUTRICIONAL, TECNOLÓGICA E SENSORIAL DE NOVOS PRODUTOS:

ESTIMATIVA DE VIDA ÚTIL E MÉTRICAS DO ALIMENTO PARA INSERÇÃO NO MERCADOCONSUMIDOR

Vanessa Ferreira Caldeira, [email protected], Patricia Goncalves Castro Cabral, [email protected] de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Juazeiro

Engenharia De Bioprocessos E BiotecnologiaPalavras-Chave: Alimentos; Análise sensorial; Panificação; Resíduos agroindustriais; Survival Analysis

IntroduçãoA determinação da vida útil é de grande importância nas métricas deavaliação de qualidade de alimentos(GIMÉNEZ; ARES, 2019).O estudodesse período de tempo baseia-se em avaliações físico-químicas,sensoriais ou microbiológicas capazes de identificar a perda de qualidadedo alimento (PAIVA; QUEIROZ; RODRIGUES, 2012).Para a maioria dosprodutos alimentícios, o prazo de validade é determinado por mudançasem suas características sensoriais. Um aumento ou diminuição naintensidade de uma característica sensorial tem sido utilizado para indicarque um produto chegou ao final de sua vida útil (GIMÉNEZ; GAGLIARDI;ARES, 2017). Aliado a isso, recentemente foi desenvolvido o método deavaliação da vida útil por teste sensorial, denominado Survival Analysis,em que um grupo de consumidores devem avaliar amostras com base emsua percepção, de modo a indicar o final da vida útil com base no índice derejeição(GIMÉNEZ; ARES, 2019). Esse trabalho teve como objetivo avaliare simular a inserção no mercado de novos produtos alimentícios pormetodologias de avaliações laboratoriais de qualidade nutricional,tecnológica e metodologia de Survival Analysis de pães desenvolvidos apartir de resíduos agroindustriais, estimando a vida útil e curva dequalidade dos alimentos obtidos.

MetodologiaResíduos do processamento de uvas para vinhos e de processamento deacerola para polpa foram obtidos, submetidos à secagem e processadospara obtenção de farinhas. Foram realizadas diferentes formulações depães a partir da substituição da farinha de trigo pelas farinhas obtidas, ospães que continham farinha do resíduo de vinho (PFRV) em suaformulação foram armazenados, durante 8 dias, em duas temperaturas (25°C e 5 °C) e, os que continham farinha de acerola (PFRA) foramarmazenados apenas em uma temperatura (5 °C), durante um período de12 dias, após validações anteriores. Foram avaliadas a perda de massa,umidade, textura, acidez total titulável e atividade antioxidante dosalimentos. Além disso, os pães foram submetidos à análise sensorial coma metodologia de Survival Analysis para determinação da vida útil dosprodutos gerados. Os resultados obtidos foram submetidos à análise devariância e teste de Tukey (5%).

Resultados e discussãoAs variáveis umidade, textura e acidez não sofreram diferençassignificativas na avaliação de PFRV em diferentes temperaturas.Considera-se que durante a vida útil as variáveis analisadas são melhorpreservadas em ambiente refrigerado, de forma que a qualidade dosprodutos é mantida, quando comparada a pães mantidos em ambientecom maior temperatura.O parâmetro avaliativo perda de massa foiverificado a partir do decréscimo do peso dos pães, observou-se quehouve diminuição da massa durante o período experimental, independenteda temperatura ou tempo de avaliação, caracterizando a interaçãosignificativa de ambos.Pães com 4 dias de armazenamento apresentarammaior atividade antioxidante em PFRV, independente da temperatura dearmazenamento, porém, observa-se que, no geral, pães mantidos emgeladeira demonstraram maior atividade antioxidante. Isso pode serexplicado pelo fato de que os pães submetidos à temperatura de 25 °Cficaram mais expostos à luminosidade e maior temperatura, fatores aosquais substâncias antioxidantes são sensíveis, influenciando diretamenteno teor desses compostos, causando sua degradação.Os resultados físico-químicos puderam ser correlacionados aos da análise sensorial ao aplicar

a metodologia Survival Analysis, que indicou a preferência dosconsumidores por pães refrigerados e armazenados durante 9 dias,indicando o final da sua vida útil e o momento no qual passam a serrejeitados, no 12º dia (Tabela 1).

Tabela 1.Porcentagem do teste depreferência de PFRV (esquerda) ePFRA (direita).

ConclusõesO fator avaliado que mais influenciou na qualidade dos diferentes tipos depães durante sua vida útil foi a perda de massa.Na ciência dos alimentos,o método de Survival Analysis é utilizado principalmente para estimar avida útil dos alimentos, utilizando consumidores que avaliam até que pontodeterminado alimento é aceitável de acordo com a sua percepçãosensorial . Assim, os resultados f ís ico-químicos puderam sercorrelacionados ao aplicar a metodologia Survival Analysis, que indicou apreferência dos consumidores por pães refrigerados e armazenadosdurante 9 dias, indicando o final da sua vida útil e o momento no qualpassam a ser rejeitados, no 12º dia.

AgradecimentosÀorientação da Professora Rita Resende, ao grupo de pesquisa doLaboratório de Tecnologia de Alimentos e Bebidas, à UNEB pelainfraestrutura disponibilizada e à FAPESB pela concessão da bolsa deIniciação Científica.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:GIMÉNEZ, A.; ARES, G. Sensory shelf life estimation.Food Quality and Shelf Life:Academic Press, 2019. p.333-357. ISBN 978-0-12-817190-5. DOI:h t t ps : / / do i . o rg /10 .1016 /B978 -0 -12 -817190 -5 .00011 -2 . D i spon íve lem:https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B9780128171905000112?via%3Dihub. Acesso em: 06 Agosto 2019.GIMÉNEZ, A.; GAGLIARDI, A.; ARES, G. Estimation of failure criteria inmultivariate sensory shelf life testing using survival analysis.Food ResearchI n t e r n a t i o n a l , v . 9 9 , p . 5 4 2 - 5 4 9 , 2 0 1 7 . I S S N 0 9 6 3 - 9 9 6 9 .DOI :h t tps : / /do i .o rg /10 .1016/ j . foodres .2017.04.031. D isponíve l em:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0963996917301928. Acessoem:06 Agosto 2019.PAIVA, C. L.; QUEIROZ, V. A. V; RODRIGUES, J. A. S. Estudos sensoriais paradeterminação da vida de prateleira de barra de cereais com pipoca desorgo.Revista Brasileira de Milho e Sorgo,v. 11, n. 3, p. 302-311, 2012.D i s p o n í v e l e m : h t t p s : / / w w w . e m b r a p a . b r / b u s c a - d e - p u b l i c a c o e s / -/publicacao/959212/estudos-sensoriais-para-determinacao-da-vida-de-prateleira-de-barra-de-cereais-com-pipoca-de-sorgo. Acesso em:06 Agosto 2019.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

FORMULAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE COBERTURAS COMESTÍVEIS COM FARINHA DE UVADA INDÚSTRIA DE BEBIDAS NO PROLONGAMENTO E QUALIDADE DE UVAS DE MESA.

Tassiane Alves De Souza, [email protected], Patricia Goncalves Castro Cabral, [email protected] de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Juazeiro

Engenharia Agronômica - BachareladoPalavras-Chave: Filmes comestíveis; ; aproveitamento de resíduos; vida útil; BRS Vitória

IntroduçãoAs coberturas comestíveis são tecnologias que auxiliam no prolongamentoe na qualidade de frutas e hortaliças, reduzindo trocas gasosas e a perdade água das mesmas ou podendo ainda introduzir aditivos benéficos asaúde humana. A utilização de farinha de resíduos de uva, provenientes davinificação, como fonte de amido para a elaboração de coberturas, torna-se uma alternativa de reaproveitamento de resíduos diminuindo ospossíveis impactos ambientais causados pelos mesmos, além promoverum possível incremento nutricional.O objetivo do presente estudo foiutilizar os resíduos de uva como parte integrante de cobertura comestível aser aplicado em frutos visando prolongamento da vida útil das mesmas eavaliação da qualidade nutricional, tecnológica e sensorial dos produtosobtidos.

MetodologiaFilmes compostos de gelatina com amidos de trigo e de farinha de resíduode uva foram produzidos separadamente e caracterizados. Foramrealizadas análises físico-químicas (solubilidade em água e barreira aovapor de água) e físicas (espessura e opacidade) nos filmes e de acideztitulável, sólidos solúveis, perda de massa e pH em uvas BRS Vitória apósaplicação dos diferentes tratamentos, quais sejam: sem cobertura(controle), e com coberturas T1 (amido de trigo+ farinha de resíduo de uva)e T2 (amido de trigo). As frutas foram armazenadas a 12° C, simulando ascondições reais de armazenamento, durante 30 dias, juntamente com asfrutas controle, sendo avaliadas a cada seis dias.

Resultados e discussãoTodos os filmes produzidos apresentaram espessura dentro dos padrões,sendo observadas espessuras 0,048 mm para o filme de farinha deresíduo de uva e 0,034 mm para o de amido de trigo. O filme elaboradoapenas com amido de trigo apresentou-se mais solúvel (63%) quandocomparado ao filme com adição de farinha de resíduo de uva (40%),embora não houvesse diferença estatística entre os filmes.Observou-sediferença significativa na permeabilidade dos diferentes filmes produzidose testados. O filme elaborado com farinha do resíduo de uva apresentoupermeabilidade de 5,93x10-8 g.mm.h-1.cm-2.Pa-1, maiores valores quandocomparado com o filme produzido apenas com farinha de trigo, compermeabilidade de 4,2x 10-8 g.mm.h-1.cm-2.Pa-1.Não foram observadas diferenças estatísticas em opacidade nos filmesproduzidos. O valor de opacidade encontrado foi de 2,20 para o filme comamido de trigo e de 2,65 para o filme com farinha de resíduo de uva,podendo ser justificada pela presença de partículas insolúveis na farinhado processamento da uva.Uvas sem cobertura (controle) apresentaram maior perda de massa(13,16%), mostrando a importância da cobertura com filmes para extensãoda vida útil de frutos, com manutenção da qualidade.Os teores médios desólidos solúveis (%) registrados variam entre 10,6 a 16,0 ao longo dos 30dias de armazenamento.O teor de sólidos solúveis, pH e acidez dasamostras com cobertura não sofreram alterações significativas ao longo doarmazenamento, mostrando-se uma a l ternat iva para a nãodescaracterização do produto e reduzindo sua perda de massa.

Os frutos foram avaliados através de análise sensorial por testes afetivos,incluindo, brilho, cor, sabor, textura e intenção de compra.Os frutos comcobertura comestível destacaram-se com maiores notas fornecidas porconsumidores para todos os atributos analisados, principalmente quanto a

cor (93,24% de aceitação), o que está diretamente ligado a aparência doproduto. Logo, a aplicação das coberturas estudadas foram eficientestambém para incremento da atração dos frutos para o consumidor.A maiorparte dos consumidores consultados declarou preferir o tratamento 1 comcobertura de trigo com adição de farinha de resíduo de uva, mostrando quealém de dar mais brilho ao fruto, a cobertura também proporcionou umincremento no sabor da fruta, além de prolongar sua vida útil.

ConclusõesAs coberturas não se mostraram eficientes para a extensão da vida útil dauva mas a incorporação de brilho, devido à adição das coberturas, teve umefeito favorável na aparência das amostras para os consumidores,principalmente em uvas com cobertura de farinha de resíduo de uva emsua composição.

AgradecimentosA Deus, a minha família, aos meus amigos,a minha orientadora, a Fabesbpela bolsa concedida e a UNEB pela estrutura.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:BENDER, Ana Betine Beutinger et al. Obtenção e caracterização de farinha decasca de uva e sua ut i l ização em snack extrusado .Braz. J. FoodTechnol.,Campinas,v. 19,e2016010,2016. .

FAKHOURI, Farayde Matta, et al. Filmes e coberturas comestíveis compostas àbase de amidos nativos e gelatina na conservação e aceitação sensorial de uvasCrimson. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 2007, 27.2: 369-375.

FAKHOURI, Farayde Matta, et al.Edible films and coatings based on starch/gelatin:Film properties and effect of coatings on quality of refrigerated Red Crimsongrapes.Postharvest Biology and Technology, 2015, 109: 57-64.

J. F. KRUGER ET AL.Caracterização físico-química de farinha de resíduos daindústria do vinho da serra gaúcha.Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v.35, n. 3, p. 471-484, set./dez. 201

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ESTOQUE E FRACIONAMENTO QUÍMICO DO CARBONO EM ÁREAS SOB DIFERENTE USO

DO SOLO NO CERRADOThaimara Ramos De Souza, [email protected], Adilson Alves Costa, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Estoque de carbono; Frações orgânicas; Matéria orgânica do solo

IntroduçãoO uso e o manejo inadequado do solo na agricultura, do qual há orevolvimento da terra, contribuem para o efeito estufa e ainda trazemproblemas relacionados à degradação da matéria orgânica do solo noCerrado.Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar as alteraçõesprovocadas por diferentes formas de uso no solo sobre os estoques decarbono nas frações orgânicas no cerrado.

MetodologiaEste trabalho foi conduzido no município de Barreiras, localizado no oesteda Bahia.Foram estudadas as seguintes áreas: cerrado nativo (ACN); áreacom plantio de banana (APB); área com plantio sistemas agroflorestais(SAF’s) e área de Plantio de Eucalipto (APE). Foram abertos quatro miniperfis com dimensões com 0,4 m de profundidade. Coletou-se amostrasdeformadas e indeformadas com nas seguintes profundidades: 0-10; 10-20; 20-30 e; 30-40 cm que foram secas ao ar, destorroadas e passadas empeneiras de malha 2,0 mm para obtenção da fração terra fina seca ao ar eencaminhada para análises químicas do solo (pH, Ca, Mg, K, P, S, COT),seguindo metodologia da Embrapa, (1997).O fracionamento químico daMOS foi determinado através da extração das substâncias húmicasutilizandoo métododescrito por Beniteset al. (2003).Os resultados obtidosforam submetidos à análise de variância, considerando um delineamentointeiramente casualizado em esquema fatorial 4x4, em que as mudançasdos teores e estoques de C, dependendo do tipo de uso da terra em cadaprofundidade, serão comparadas por meio de teste de média Tuckey a 5%de probabilidade.

Resultados e discussãoNa tabela 1 mostra os valores médios de carbono orgânico total e estoquede carbono em áreas sob diferentes usos do solo, nas profundidades 0-10,10-20, 20-30 e 30-40 cm no Cerrado.Para os valores de COT naprofundidade, observaram-se maiores teores de C no solo na área deSAFS apresentando 7,33 g kg-1na camada superficial de 0-10, e verificou-se decréscimo do COT conforme aumentava a profundidade. Observou-seque o EUC se sobressaiu ao longo das profundidades comparado asdemais formas de uso do solo, apresentando na camada de 0-10 umaumento de 54,84% SAFS, 62,85% APB, e 59,40 ACN a mais de COT nasáreas de estudo.

Na tabela 2 mostra os valores médios dos teores de carbono nofracionamento ácido fúlvico (C-FAF), ácido húmico (C-FAH) e humina (C-

HUM) em áreas sob diferentes usos do solo nas profundidades de 0-10,10-20, 20-30 e 30-40 cm no Cerrado.Analisando os teores de C-FAF nasprofundidades das áreas estudadas, percebeu-se que comparando apenasa profundidade, a SAFS teve maiores teores na camada de 0-10 emrelação às demais camadas, podendo ser explicado devido a quantidadede material orgânico na superfície do solo.O teor de C-HUM nasprofundidades a SAFS seguiu apresentando maiores valores na primeiracamada e ao longo da profundidade houve um decréscimo.Todas asformas de uso do solo apresentaram melhores valores na Fração demaneira geral, observou-se o predomínio da fração HUM, seguido pelaFAF e FAH, para ambas as coberturas e profundidades. Nestas áreas,devido à adoção de práticas que não revolvem o solo têm-se melhorescondições físicas e químicas no solo para formação e manutenção daFAH, já que esta é mais estável que a FAF.

ConclusõesPara os valores de COT nas formas de uso do solo, observou-se que nacamada 0-10, 10-20, 20-30, 30-40 a SAFS, APB e ACN não se diferem,sendo que o EUC se sobressaiu ao longo das profundidades comparadoas demais formas de uso do solo, apresentando na camada de 0-10 umaumento de 54,84%, 62,85%, e 59,40 a mais de COT nas respectivasáreas de estudo. E nos estoques de carbono mostrou resultados melhoresna camada de 0-10 com 61, 01% a mais que o ACN. Todas as formas deuso do solo apresentaram melhores valores na Fração HUM, seguido pelaFAF e FAH, para ambas as coberturas e profundidades.

AgradecimentosA Deus.Ao Dr. Ao Doutor Adilson Alves pela orientação dedicada.AoCNPQ.

Bolsa: Voluntário

Referências:BENITES, V. M.; MADARI, B.; MACHADO, P. L. O. de A. EMBRAPA. Ministério daAgricultura Pecuária e Abastecimento. Extração e Fracionamento Quantitativode Substâncias Húmicas do Solo: um Procedimento Simplificado de BaixoCusto. Comunicado Técnico n. 16. Rio de Janeiro, RJ, 2003.EMBRAPA. Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro: CentroNacional de Pesquisa de Solos, 1997. 212 p.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

MUDANÇA DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO CAUSADO PELOS SISTEMAS

AGROFLORESTAIS E PLANTAÇÕES DE EUCALIPTO NO CERRADOÂngela Bernardino Barbosa, [email protected], Adilson Alves Costa, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Carbono; labilidade; índice de manejo de carbono

IntroduçãoO presente estudo teve como objetivo, avaliar as modificações nosestoques de carbono e no compartimento físico da matéria orgânica dosolo, assim como, determinar o índice de manejo do carbono (IMC) emáreas sob diferentes usos do solo no Cerrado da Bahia.

MetodologiaOs ambientes selecionados para as avaliações constaram de: área sobvegetação nativa de cerrado strict sensu (ACN); área sob plantioconvencional de banana (APB); área com sistema agroflorestal com plantiode cacau, manga e banana (SAF); e área sob plantio de eucalipto com 7anos (EUC). As amostras de solo foram coletadas nas camadas de 0-10,10-20, 20-30, 30-40 e 40-50 cm e determinados os teores e estoques de C,de acordo com a metodologia da Embrapa (1997) o fracionamento físicoda matéria orgânica do solo (Cambardella e Elliot, 1992) e o índice demanejo de carbono (Bair et. al, 1995).

Resultados e discussãoOs maiores teores e estoques de C foram encontrados na EUC (Tabela 1).Afração particulada, nas profundidades de até 20 cm, não apesentaramsensibilidade ao uso adotados. Considerando o comportamento ao longodo perfil do solo, a matéria orgânica associada aos minerais apresentoumaior relação COam/COT que a particulada.

Observa-se variação nos estoques de carbono orgânico total em relação àárea de referência nativo (ACN) quando comparadas com EUC, tendoaumento de até 60%. Os EstCOp não apresentaram variações quandocomparado com o carbono total na profundidade superficial de até 20 cm.Na figura 1 (a), pode-se observar que os sistemas com diferentes uso dosolo apresentaram diferenças significativas em todas as camadas, sendo aárea sob plantio de eucalipto o uso que obteve os melhores índices. Ao seobservar os índices de labilidade (figura 1. b), o manejo com EUC obtevebaixos valores em relação as demais áreas. Os maiores valores de IMC

(figura 1. c) ocorram na APB, seguido da agroflorestal na profundidade de20-30 cm, e menores valores na profundidade de 40-50 cm. A área sobplantio com eucalipto, apresentou maiores valores nas camadas de 10-20e 20-30 cm, e menores valores na camada de 30-40 cm.

ConclusõesAs camadas de 0-10 cm apresentaram maiores valores de COT em todasos manejos. A área sob plantio de eucalipto apresentou menores perdasno acúmulo de carbono independente da profundidade.As áreas sob SAF eEUC aumentaram os estoques de COT em até 60% em relação ao cerradonativo.As áreas com Agrofloresta e plantio com banana, apresentarammaior labilidade.

AgradecimentosFAPESB, Grupo de Pesquisa SOMA, UNEB Campus IX.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:BLAIR, G.J. et al. Soil carbon fractions based on their degree of oxidation, and thedevelopment of a carbon management index for agricultural systems.AustralianJournal of Agricultural Research, v.46, p.1459-1466, 1995.CAMBARDELLA, C.A.; ELLIOTT, E.T. Particulate soil organic-matter changesacross a grassland cultivation sequence.Soil Science Society of AmericaJournal, v.56. p.777-783, 1992.EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA – EMBRAPA. CentroNacional de Pesquisa do Solo. Manual de métodos e análise de solo. 2 ed. Riode Janeiro, 1997. 212p.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ADAPTAÇÃO DO MODELO CENTURY4.5 PARA SIMULAÇÃO DOS ESTOQUES DE

CARBONO E NITROGÊNIO EM ÁREA SOB PLANTIO DE EUCALIPTO NO CERRADOMylena Rodrigues Oliveira Souza, [email protected], Adilson Alves Costa, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Matéria Orgânica; manejo; modelagem

IntroduçãoA conversão de ecossistemas naturais em sistemas agrícolas envolve umasérie de atividades que podem afetar as taxas de adição e dedecomposição da matéria orgânica do solo. O objetivo desta pesquisa foiajustar o modelo Century4.5 para simular os estoques de carbono enitrogênio em áreas sob plantações de eucalipto, assim como testarimpacto de cenários futuros até o ano de 2100 nas condiçõesedafoclimáticas de um Latossolo Amarelo Distrófico típico em condições deCerrado em área sob plantação de eucalipto.

MetodologiaForam coletadas amostras de solos na profundidade de 0-20 cm para asanalises químicas e física do solo, seguindo a metodologia da Embrapa(1997), em áreas sob vegetação nativa de cerrado (ACN) e plantio deeucalipto (AEU) na região de Luís Eduardo Magalhães-BA. Os teores deCOT foram quantificados seguindo método da Embrapa (1997). A relaçãoC/N foi calculada a partir da divisão dos valores de COT pelos de NT. E osestoques de COT e NT foram obtidos pela metodologia de ELLERT et al.,2001). O modelo foi executado simulando um período de 5000 anos(simulação de equilíbrio) para a área de cerrado nativo, utilizando comodados de entrada as variáveis do local (granulometria, densidade do solo,pH, temperatura média mensal e precipitação pluviométrica). Para a AEUfoi testado quatro cenários futuros: plantio convencional com soja e semrotação (PCSR), plantio convencional com rotação de soja e milho(PCCR), plantio direto com rotação de soja e milheto (PD milheto/soja) eplantio direto com rotação de soja e milho (PD milho/soja). As simulaçõespara as diferentes formas de uso do solo foram iniciadas com os dadosgerados pela simulação de equilíbrio, em seguida, foram feitas assimulações de cultivo e cenários futuros.

Resultados e discussãoOs valores de C e N se estabilizaram em 31,24 e 5,04 Mg ha-1,respectivamente. O C no compartimento ativo se estabilizou em 0,85 Mgha-1, o C passivo em 24,34 Mg ha-1 , enquanto o C lento em 6,04 Mg ha-1,correspondendo a 3%, 78% e 19% do COT respectivamente (Figura 1a). ON do compartimento ativo se estabilizou em 0,25 Mg ha-1, o N passivo em4,20 Mg ha-1, enquanto que o N lento foi de apenas 0,59 Mg ha-1 ,correspondendo a 4%, 84% e 12% do NT respectivamente (Figura 1b).

Na figura 2a, verifica-se que o C ativo ficou em 0,59 Mg ha-1, o C lento em5,41 Mg ha-1 e o C passivo se estabilizou em 22,94 Mg ha-1 ,representando 3%, 18% e 79% do COT. Ao final de 2017 verifica-se queos estoques nos compartimentos ativo, lento e passivo simuladosreduziram na ordem de 30%, 10% e 5,75%, respectivamente, emcomparação a ACN. O COT reduziu 2,28 Mg ha-1, o que representa7,30%, quando comparados os valores simulados da ACN e AEU. Comrelação ao N, ao final do ano de 2017, o N nos compartimentos se

estabilizou em 0,15 Mg ha-1, 0,47 Mg ha-1 e 4,11 Mg ha-1 para o ativo,lento e passivo, respectivamente, o que representa 4%, 12% e 84% do NT(Figura 2b).Em relação a ACN, verifica-se que ao final de 2017 houvedecréscimo nos estoques de N na ordem de 40%, 20% e 1,9% para oscompartimentos ativo, lento e passivo, respectivamente, quandocomparados aos valores simulados da ACN.

Os estoques de COT simulados foram próximos aos estoques medidos(Tabela 1). Para a ACN e AEU as diferenças entre os valores simulados eobservados ficaram entre 3% e 1%, respectivamente, e dentro do limite deerro permitido pelo programa.

Nos cenários futuros, observa-se que os estoques de COT mostraramaumento ao longo dos anos quando submetidos a plantio direto. O uso doplantio convencional é mais impactante, resultando redução nos estoquesde COT. Os estoques de NT se semelharam aos do estoque de COT,tendo os cenários de PD com os maiores valores encontrados,principalmente quando adota milheto e soja nas áreas. Já para os cenáriosde PCSR e PCCR, os estoques de N não superaram os estoquesencontrados em áreas de cerrado e eucalipto. Tanto para NT quanto paraos compartimentos, os melhores cenários encontrados foram usandoplantio direto com rotação de milheto/soja ou milho/soja.

ConclusõesOs erros ficaram inferiores a 1% para carbono e 4% para nitrogênio, tendoos maiores estoques de carbono e nitrogênio nos compartimentos passivosda MOS, demonstrando, assim, uma maior eficiência do modelo para asimulação nas áreas Estudadas. A substituição da ACN por AEU, ao longodo tempo é capaz de aumentar os estoques de C e N no solo, equilibrandocom a área sob vegetação nativa.

AgradecimentosÀ FAPESB, à UNEB Campus IX

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:ELLERT, B. H.; BETTANY, J. R. Calculation of organic matter and nutrientsstoredin soil sunder contrasting management regimes. Canadian Journal of Soil Science,Canada, v. 75, n. 4, p. 529-538. nov. 1995.EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA – EMBRAPA. CentroNacional de Pesquisa do Solo. Manual de métodos e análise de solo. 2 ed. Riode Janeiro, 1997. 212p.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

FRACIONAMENTO DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO EM ÁREAS SOB DIFERENTES

FORMAS DE USO DO SOLO NO CERRADO DA BAHIAHamanda Candido Da Silva, [email protected], Adilson Alves Costa, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Carbono; Manejo do solo; Uso do solo

IntroduçãoAs diferentes formas de uso do solo alteram a dinâmica do estoque decarbono no solo, pois, de acordo com o manejo adotado pode ocorreralterações nas frações orgânicas do solo, sendo as principais formas dearmazenamentos de carbono no solo (DEON, 2013). A demanda crescenteda demanda por alimentos é um dos maiores desafios da humanidade. Odesenvolvimento sustentável, aquele que atende as exigências dopresente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras em atingirsuas necessidades, somente poderá ser alcançado através da interaçãoharmônica entre o homem e o ambiente. A agricultura é a base dasustentação do homem, manejar adequadamente o solo é garantir acontinuidade da vida no planeta. Sendo assim o manejo adotado no solo,pode influenciar a quantidade de MOS, este considerado um bioindicadorda qualidade do solo. Esse trabalho buscou avaliar as modificações nosestoques de carbono no fracionamento físico e químico da MOS do soloem áreas sob diferentes formas de uso no Cerrado da Bahia.

MetodologiaRealizou-se amostragens de solos nas profundidades (0-10, 10-20, 30-40e 40-50cm), com cinco sistemas de cultivo (APC – Área de PlantioConvencional, APD – Área de Plantio Direto, AEU – Área de Eucalipto,APA – Área de Pastagem e CN - Cerrado Nativo). A metodologia adotadapara avaliar a qualidade da matéria orgânica, utilizou - se método deextração e fracionamento quantitativo de substâncias descrito por Beniteset al. (2003) e o fracionamento físico granulométrico determinou - sesegundo metodologia de Cambardella e Elliot (1992) e analisou - se o teorde carbono orgânico segundo metodologia Embrapa (2003). Com osresultados, foram submetidos a análise de variância e as médiascomparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Resultados e discussãoNa profundidade 0-10cm, quanto á COp, verificou-se que não houvediferença entre os sistemas avaliados. Já na profundidade 10-20cm a APAestocou mais COp, porém ao APD seguida por AEU e APA aumentaram oCOam. No fracionamento físico a APD, seguida por AEU, incrementam osteores e os estoques de carbono na profundidade de até 10cm em relaçãoaos demais. Independente da profundidade, APD aumentam os teores decarbono no solo. As formas de uso diferiram significativamente, onde osmaiores teores de COT, na profundidade 0 - 10 foram a de APD 17,70 gkg-1, seguida AEU 16,22 g kg-1 e APA 11,33 g kg-1. Verifica-se na tabela1, que o C nas substâncias húmicas, aumentaram na AEU e APD nasfrações FAF, FAH e HUM devido a uma maior proteção física doscompos tos o rgân icos con t ra a decompos ição mic rob iana ,consequentemente, maior oclusão do C nos agregados do solo e proteçãoquímica dos compostos orgânicos através da interação desses compostoscom os minerais e cátions dos solos.

ConclusõesOs resultados deixam claro que a forma de uso empregada tem favorecidoa fixação de MOS, e suas frações, o que permite a permanência de umaMOS de baixa labilidade e maior persistência no ambiente. Conclui-se quehouve variação significativa entre os sistemas avaliados, onde a AEU e oAPD favoreceu o aumento de carbono em todas profundidades. Emseguida a APA, em comparação com o CN. Já a APC verificou-se osmenores teores de carbono, devido ao seu maior revolvimento do solo,facilitando a perda da matéria orgânica.

AgradecimentosGratidão a Deus, minha família, meu orientador Adilson Alves Costa peladedicação, paciência e profissionalismo. E ao programa de IniciaçãoCientífica da UNEB e ao PICIN pela oportunidade incrível.

Bolsa: PICIN

Referências:DEON, D. S. Mudanças de uso da terra e impacto na matéria orgânica do solo emdois locais no leste da Amazônia. Universidade de São Paulo, 2013. 153p. (Tesede doutorado).BENITES, V. M.; MADARI, B.; MACHADO, P. L. O.; Extração e fracionamentoquantitativo de substâncias húmicas do solo: um procedimento simplificado debaixo custo. Rio de Janeiro: Embrapa Solos (comunicado técnico), 2003, 7 p.CAMBARDELLA, C. C.; ELLIOT, E. T. Particulate soil organic-matter changesacross a grassland cultivation seuquence. Soil Science Society of America Journal.3:777-783, 1992.EMBRAPA SOLOS, Extração e Fracionamento Quantitativo de SubstânciasHúmicas do Solo: um Procedimento Simplificado de Baixo Custo. Benites, V. M.2003.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ATRIBUTOS QUIMICOS DE UM SOLO CULTIVADO COM PALMA FORRAGEIRA SOB

IRRIGAÇÃO COM ÁGUA SALOBRA.Tiago Nunes Silva, [email protected], Emanuel Ernesto Fernandes Santos, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Semiárido; Opuntia ssp; Manejo e conservação do solo; Juremal; Juaeiro BA

IntroduçãoUm dos principais problemas do semiárido baiano é a escassez de águapara produção agropecuária e dessendentação humana e animal. A águadisponível na maioria das vezes é inadequada para suprimento humano epara ser utilizada na agropecuária, devido a elevada concentrações de saisnessas águas.As alternativas para a utilização das águas com elevadasconcentrações de sais no sertão nordestino podem ser avaliadas sob trêspontos: a) capacidade das plantas sobreviverem sob irrigação com águacom elevada concentração de sais, em relação a plantas da mesma damesma espécie/cultivar sob irrigação com água de baixa CE; b)crescimento ou produção absoluta sob irrigação com diferentescondutividades elétrica; c) impacto causado no solo pelo uso dessas águase garantia de sustentabilidade do sistema para gerações futuras. O uso deplantas resistentes ou tolerantes a elevadas concentrações de sais é umaalternativa e forma de aumentar a disponibilidade de água nessa região, ea produção e forragens, haja vista a aptidão dessas regiões para aexploração animal, pecuária, principalmente nas áreas em que as águasapresentam elevados teores de sais. Neste caso, a utilização destas águasfica condicionada a tolerância das culturas à salinidade e ao manejo dairrigação com vistas ao controle da salinização destas áreas.A palmaforrageira (Opuntia ssp) é originária do México, é bem adaptada àscondições do semiárido brasileiro, suportando grande período de estiagemdevido às propriedades fisiológicas, caracterizadas por um processofotossintético que resulta em grande economia de água.

MetodologiaO estudo foi realizado na fazenda Cipó, distrito de Juremal, município deJuazeiro. A região apresenta um clima do tipo Bswh’, segundo aclassificação de Köppen, correspondente a uma região climaticamentesemiárida. O solo da área de estudo foi caraterizado como Cambissolo,textura franco arenosa. A palma foi implantada em agosto de 2017 noespaçamento 2,0m entre fileiras e 0,10m ente plantas – super adensada.Desde janeiro de 2018 está sendo cultivado sorgo forrageiro a entre linhasda palma. O sistema de irrigação é por gotejamento. A água de irrigação éproveniente de um poço (pH = 7,5; CE = 2,8 dS/m; Ca++= 11,3 mg/L;Mg++= 2,65 mg/L; Na+= 2,95 mg/L e K+= 0,06 mg/L).Foram realizadas 2(duas) amostragens de solo - primeira realizada em setembro em 2018 -período antes chuva (PAC), e a segunda amostragem realizada em maiode 2019, final do período chuvoso (FPC). As amostras foram coletadas emduas profundidades: 0,0 - 0,20m e 0,20 -0,40, na linha de gotejamento.Também foram realizadas amostragens em áreas contíguas, sem cultivo -testemunha. As análises foram realizadas no Laboratório de Análise deSolo, Água e Calcário do DTCS, UNEB campus III. Análises químicas (pH,CE, Ca++, Mg++, Al+++, Na+, K+ trocáveis), e físicas (densidade do solo edas partículas) de acordo com a Embrapa (1997). As variações naspropriedades químicas e físicas dos solos foram avaliadas através dedelineamento estatístico blocos ao acaso com esquema fatorial 2 x 2 x 2,correspondendo a 2 áreas (com e sem plantio), 2 profundidades (0-0,20me 0,20-0,40m, 2 períodos de amostragem do solo – período antes daschuvas (PAC) e final do depois das chuvas (FDC) e 3 repetições. Ondeforam detectados no teste “F” valores significativos, a comparação dasmédia foram realizadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% deprobabilidade, utilizandoo programa AgroStat (Barbosa e Maldonado,2009).

Resultados e discussão

Foi observado efeito significativo na interação - cultivo x profundidade deamostragem, para a variável pH. No cultivo foi observado efeitosignificativo para as variáveis Na+trocáveleCE. A época de amostragem dosolo influenciou nasvariáveisMg++, Na+ trocáveis e CE (Tabela 1).

Observa-se um aumento significativo no pH na profundidade 0,20-0,40mna área sob cultivo quando comparados à testemunha, o mesmoaconteceu com essa variável quando comparados as profundidades decoleta do solo na área da testemunha. Em relação à interação área compalma/testemunha e a época de amostragem do solo observa-se quehouve uma redução significativa na área sob cultivo na amostragemrealizada período antes das chuvas (PAC). O solo sem cultivo apresentaelevada CE e concentração de Na+trocável (Tabela 2). Observa-se umatendência de redução da CE, não significativa, na área sob cultivo quandocomparado a testemunha. Enquanto que para o Na+a redução. Nos doisparâmetros as reduções foram maiores nas amostragens realizadas noperíodo antes das chuvas. Apesar da água de irrigação apresentar elevadaconcentração de Na+, o íon predominante na água é o de Ca++. O solo emanálise está assente sobre um embasamento calcário, apresentandoelevado teores de Ca++(PAC 0,0-0,20m = 31,0 cmolc dm3; (PAC 0,20-0,40m= 25,3 cmolc dm3; FPC 0,0-0,20m = 30,16 cmolc dm3; (FPC 0,20-0,40m =27,28 cmolc dm3;), o que pode ter provocado o deslocamento do Na+docomplexo sortivo. A redução significativa do Na+na testemunha, naamostragem FPC corrobora com a indicação do deslocamento do Na+peloC a + + e a c o n s e q u e n t e l i x i v i a ç ã o d om e s m o .

Conclusões1 - Houve alterações nas propriedades químicas e físicas do solo cultivadocom palma forrageira; 2 -Aépocada amostragem do solo influenciounosparâmetrosavaliados, as alterações foram maiores na rea sob cultivohá mais tempo, palma velha.

AgradecimentosAo professor Emanuel Ernesto, aos funcionarios da UNEB, ao programaPalma para todos, Wylliane, Dhiogenes, Fred e Ronan

Bolsa: Voluntário

Referências:BARBOSA, J. C.; MALDONADO JÚNIOR, W.Software AgroEstat:Sistema deanálises estatísticas de ensaios agronômicos. Universidade Estadual Paulista,Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Campus de Jaboticabal, Brasil,2009.EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa de Solos.Manual de métodos deanálises de Solo. CNPS. Rio de Janeiro. 1997, 212p (Embrapa-CNPS,1).

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

VERIFICAÇÃO DA CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA E INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO EM

ÁREAS DISTINTAS NO OESTE DA BAHIAMarcio Fernando Barbosa Lauro, [email protected], Joaquim Pedro Soares Neto, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Permeabilidade. Textura

IntroduçãoA região Oeste da Bahia vem passando por um importante processo deexpansão agropecuário. Atualmente, a região é a principal fronteiraagrícola do Estado e um grande produtor nacional de grãos e frutas. Diantedisso, torna se necessário observar a importância dos cuidados a seremtomados, o manejo inadequado pode trazer consequências danosas àqualidade do solo. O objetivo deste trabalho, foi avaliar a condutividadeHidráulica do solo saturado e avaliar a infiltração de água no solo emdiferentes usos de solo na região Oeste da Bahia.

Metodologia. Para a condutividade hidráulica (Ko) foi utilizado o método depermeâmetro de carga constate. Para a infiltração foi utilizado o método deanéis concêntricos. A pesquisa foi desenvolvida em duas áreas distintas,referindo-se a uma área de pastagem irrigada (PA) com idade de 3 anos,solo classificado como Neossolo Flúvico, e uma área de sistemaagroflorestal (SAF) com idade de 9 anos, solo classificado como NeossoloQuartzarênico. Foram coletadas amostras deformadas e indeformadas nasprofundidades de 0,0 a 0,60m para análises físicas.

Resultados e discussãoA composição granulométrica observada em ambos os solos permiteenquadra-los na classe textural Areia Franca. As duas áreas apresentaram(VIB) classificadas como muito alta exibindo os valores de 354mm.h-1 e310mm.h-1 para PA e SAF nesta ordem. A condutividade hidráulica (Ko)apresentou valores expressivamente diferentes, possuindo komoderadamente rápida para SAF e moderada para PA.

ConclusõesOs dois sistemas não apresentaram diferença significativa na densidade eporosidade total do solo, porém SAF possui maior porcentagem demicroporos e PA de macroporos.

AgradecimentosUNEB, SOMA

Bolsa: Voluntário

Referências:AIBA Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia,. Anuário da região oeste daBahia: safra 2013/14. 2014. 2015.BERNARDO, S; SOARES, A. A.; MANTOVANI, E. C. Manual de irrigação. 8. Ed.Atual. e Ampl. Viçosa: UFV, 2006. 625p.DOSanálise de solo. 2. ed. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 1997.SANTOS BRANDÃO, Viviane; PRUSKI, Fernando Falco; DA SILVA, DemetriusDavid.Infiltração da água no solo. UFV, 2006.EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Manual de métodosdePINHEIRO, Adilson; POETA TEIXEIRA, Lizandra; KAUFMANN, Vander.Capacidade de infiltração de água em solos sob diferentes usos e práticas demanejo agrícola. Ambiente & Água-An Interdisciplinary Journal of AppliedScience, v. 4, n. 2, 2009.PEREIRA. G. M. Análise comparativa de técnicas para estimativa da infiltraçãode água no solo em irrigação por superfície. Tese de mestrado. Fortaleza - CE.2007.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE COLETA DE SOLO PARA DETERMINAÇÃO DA

ESTABILIDADE DE AGREGADOSKlever De Sousa Calixto, [email protected], Joaquim Pedro Soares Neto, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Estrutura do solo; Física do solo

IntroduçãoA estabilidade de agregados é um parâmetro de grande importância paraavaliação da qualidade física dos solos. O método de coleta das amostraspode influenciar diretamente no resultado das análises.Sendo assim,objetivou-se com esse trabalho avaliar as metodologias de coleta de solopara análise da estabilidade dos agregados em via úmida.

MetodologiaForam avaliados três métodos, sendo retiradas quatro amostras por ponto,em diferentes classes de solo, localizados nos municípios de Barreiras,São Desidério, Riachão das Neves e Luís Eduardo Magalhaes, o primeirométodo foi coletado em forma de monólitos de solo com faces de igualtamanho 10x10x10 cm formando um bloco de 1000 cm3, e em seguidaacomodados em recipiente de MDF, assim como salienta a literatura, osegundo através da retirada de monólitos em cilindros de metal com0,1274x0,10 cm de diâmetro, formando assim também um monólitocilíndrico com capacidade de 1000cm3. e por fim com o auxílio de umenxadão retirando pequenos blocos de solo e os acondicionando em sacosde plástico.

Resultados e discussãoOs parâmetros avaliados foram o percentual das classes de agregados, odiâmetro médio ponderado (DMP) e o diâmetro médio geométrico (DMG),de acordo com as equações de Kemper e Rosneau. Para as variáveis(DMG, DMP e percentual de macro e microagregados), os valoresencontrados não apresentaram diferença estatística significativa entre osmétodos. Já a variável percentual de agregados maior que 2 mm, diferiusignificativamente entre o método citado pela literatura e os demais, 89,48% para caixa, 81,55% para cilindro e 80,31 % para sacos.

ConclusõesPortanto, o método que causa menor desestruturação no solo é o descritopela literatura.

AgradecimentosUNEB, SOMA, FAPESB

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:AUERSVALDT, Ramôn Ruthes.Análise paramétrica de absorvedores deenergia de impacto poligonais com janelas laterais. 2014. Tese de Doutorado.Universidade de São Paulo.COUTINHO, Fernando Silva et al. Estabilidade de agregados e distribuição docarbono em Latossolo sob sistema plantio direto em Uberaba, Minas Gerais.Comunicata Scientiae, v. 1, n. 2, p. 100, 2010.FRAZÃO, Leidivan Almeida et al. Estoques de carbono e nitrogênio e fração leveda matéria orgânica em Neossolo Quartzarênico sob uso agrícola.PesquisaAgropecuária Brasileira, v. 45, n. 10, p. 1198-1204, 2011.HICKMANN, Clério; DA COSTA, Liovando M. Estoque de carbono no solo eagregados em Argissolo sob diferentes manejos de longa duração. RevistaBrasileira de Engenharia Agricola e Ambiental-Agriambi, v. 16, n. 10, 2012.PEREIRA, A. A.; THOMAZ, E. L. Estabilidade de agregados em diferentes sistemasde uso e manejo no município de Reserva-PR. Revista Brasileira de GeografiaFísica, v. 07, n. 02, p. 378-387, 2014.PRIMAVESI, Ana.Manejo ecológico do solo: a agricultura em regiões tropicais.NBL Editora, 2002.SALTON, J. C. et al.Determinação da agregação do solo-metodologia em uso naEmbrapa Agropecuária Oeste.Embrapa Agropecuária Oeste-ComunicadoTécnico (INFOTECA-E), 2012.SALTON, Júlio Cesar et al. Agregação e estabilidade de agregados do solo emsistemas agropecuários em Mato Grosso do Sul. Revista brasileira de ciencia dosolo. Campinas. Vol. 32, n. 1 (jan./fev. 2008), p. 11-21, 2008.

VEZZANI, Fabiane Machado; MIELNICZUK, João. Agregação e estoque decarbono em Argissolo submetido a diferentes práticas de manejo agrícola. RevistaBrasileira de Ciência do Solo, v. 35, n. 1, p. 213-223, 2011.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO DOS SOLOS EM DIVERSAS CULTURAS NA REGIÃO

OESTE DA BAHIAJoyce Das Neves Cruz, [email protected], Joaquim Pedro Soares Neto, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: propriedades físicas; manejo do solo

IntroduçãoNo Oeste Baiano, a expansão agrícola iniciou-se na década de 70 epermitiu transformar a região em um polo importante principalmente naprodução de grãos. Porém, em resposta a esse crescimento, verifica-seque os solos agrícolas vêm sofrendo grandes perturbações, sendo acompactação apontada como uma das principais causas destas mudançasem virtude do tráfego de máquinas agrícolas em condições inadequadasde manejo. Em solos compactados observa-se mudanças na distribuiçãodo sistema radicular das plantas em profundidade, na densidade, naporosidade e na infiltração de água. Entre os atributos físicos deimportância, temos a resistência do solo à penetração (RP) que é umatributo utilizado indiretamente para estabelecer o grau de compactação dedeterminado solo.O presente estudo objetivou-seavaliar em condições decampo e em laboratório a estrutura, a capacidade de compactação e aresistência do solo à penetração (RP) em diferentes usos do solo naRegião Oeste da Bahia e assim, utilizar esses dados para a avaliação dasua qualidade física.

MetodologiaAs amostras foram coletadas em quatro locais abrangendo classes desolos diferentes, sendo esses: Neossolo Quartzarênico órtico (RQo),Neossolo Flúvico (NY) e dois Latossolos Vermelho-Amarelo, sendo um jácultivado (LVA) e outro com cerrado nativo (LVA1). Em campo, foirealizado a penetrometria, com o penetrômetro de impacto como forma deobtenção dos dados de RP. As amostras de solo deformadas eindeformadas foram utilizadas nas análises químicas e físicas emlaboratório. Também foi coletado solo na profundidade de 0-20 cm para arealização do ensaio de Proctor Normal conforme a norma NBR 7182/86.

Resultados e discussãoA resistência apresentada foi expressa como uma função do conteúdo deágua. Nas áreas amostradas existe uma ampla variação dos dados deresistência à penetração, a qual pode ser atribuída ao gradiente deumidade imposto e variabilidade da densidade do solo. Ao observar ascurvas de compactação aplicando uma mesma energia, a densidade dosolo aumentou com o teor de água até alcançar um ponto máximo. Apósatingi-lo, adições posteriores de água provocaram diminuição dadensidade do solo, pois parte da pressão aplicada é dissipada na água,reduzindo a pressão sobre o solo e consequentemente diminuindo acompactação. A equação polinomial de grau 2, gerou para a umidadeótima (wot) uma variação entre 7,78% e 9,25%, e no caso da DsMax, osvalores encontrados variaram entre 1,96Mg m-3e 1,99Mg m-3. A wot foidiretamente proporcional ao conteúdo de argila e inversamenteproporcional ao teor de areia do solo. No caso da densidade máxima decompactação do solo, a argila influenciou de forma inversamenteproporcional.

ConclusõesOs quatro sistemas de uso do solo apresentaram diferentescomportamentos de resistência à penetração com a profundidade. Aumidade ótima de compactação do Cerrado Nativo foi a maior emcomparação aos demais solos. Apresentando a seguinte ordem decrescimento de umidade ótima de compactação: NQo, NY, LVA e LVA1.

AgradecimentosUNEB, PICIN, SOMA.

Bolsa: PICIN

Referências:ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NBR 7182/86: Solo:ensaio de compactação. Rio de Janeiro, 1986. 10pARAÚJO, Adriana Oliveira et al. Avaliação da resistência a penetração de solossubmetidos a manejo florestal de vegetação nativa na chapada do Araripe. ÁguasSubterrâneas, 2010.Beutler, A. N.; Silva, N. L. N.; Curi, N.; Ferreira, M. M.; Cruz, J. N.; Pereira Filho, I.A. Resistência a penetração e permeabilidade de Latossolo Vermelho Distróficotípico sob sistemas de manejo na região dos cerrados. Revista Brasileira deCiência do Solo, v.25, n.1 p.167-177, 2001.COSTA, S. H. P.Resistência do solo à penetração em diferentes sistemas de uso emanejo de solo. 2016.EMBRAPA - CNPS. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. BRASILIA:EMBRAPA-SPI; RIO DE JANEIRO: EMBRAPA-SOLOS, 2006. 306 P.EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, 2017. Centro Nacionalde Pesquisas de Solos. Manual de métodos de análises de solos. 3.ed. revista. Riode Janeiro.GOMES, Rudson Leonette Rodrigues et al. Propriedades físicas e teor de matériaorgânica do solo sob diferentes coberturas vegetais. Revista EletrônicaFaculdade Montes Belos, v. 9, n. 1, 2015.IMHOFF, Silvia; DA SILVA, Alvaro Pires; TORMENA, Cassio Antonio. Aplicaçõesda curva de resistência no controle da qualidade física de um solo sobpastagem.Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 35, n. 7, p. 1493-1500, 2000.JÚNIOR, MS Dias; ESTANISLAU, W. T. Grau de compactação e retenção de águade Latossolos submetidos a diferentes sistemas de manejo. Revista Brasileira deCiência do Solo, v. 23, n. 1, p. 45-51, 1999.LIMA, R. P. et al. Resistência a Penetração e Densidade do Solo como Indicativosde Compactação do Solo em Área de Cultivo da Cana-de-Açúcar. In: XXXIICongresso Brasileiro de Ciência do Solo: O Solo e a Produção de Bionergia:perspectivas e desafios. Fortaleza-CE. 2009.LUCIANO, R. V.; ALBUQUERQUE, J. A. COSTA, A. da; BATISTELA, B.;WARMLING, M. T. Atributos físicos relacionados à compactação de solos sobvegetação nativa em região de altitude do sul da Brasil. Revista Brasileira deCiência do Solo, v. 36, p.1733-1744, 2012.MANTOVANI, Evandro Chartuni. Compactação do solo. Embrapa Milho e Sorgo-Artigo em periódico indexado (ALICE), 1987.MARTINS, Fabio Pereira; DOS SANTOS, Esmael Lopes. Taxa de infiltração daágua e a resistência do solo a penetração sob sistemas de uso e manejo. ActaIguazu, v. 6, n. 4, p. 28-40, 2017.Molin, J. P., Dias, C.T.S.; Carbonera, L. Estudos com penetrometria: Novosequipamentos e amostragem correta. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola eAmbiental, Campina Grande, v.16, n.5, p.584–590. 2012.OMETTO, J.C. Classificação Climática. In: OMETTO, J.C. Bioclimatologia tropical.São Paulo: Ceres, 1981. p.390-398.PIMENTEL, M. L. et al. Mudanças de uso da terra e expansão da agricultura noOeste da Bahia. Embrapa Solos-Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento(INFOTECAE), 2011.RALISCH, Ricardo et al. Resistência à penetração de um Latossolo VermelhoAmarelo do Cerrado sob diferentes sistemas de manejo.Revista Brasileira deEngenharia Agrícola e Ambiental, v. 12, n. 4, p. 381-384, 2008.SANTOS, M. H. F. RIBON, A. A.; FRENANDES, K. L.; SILVA, O. C. C.; OLIVEIRA,L. C.; SILVA, A. Estimativa da compactação através da resistência do solo àpenetração em solo sob diferentes culturas e mata nativa. Revista CientíficaEletrônica de Agronomia, Garça-SP, v. 14, n. 27, p. 49-62, 2015.SOANE, B.D.: The role of organic matter in soil compactability: a review of somepractical aspects. Soil and Tillage Research, Amsterdam, v.16, p.179-201, 1990.STOLF, R. Teoria e teste experimental de fórmulas de transformação dos dados depenetrômetro de impacto em resistência do solo. R. Bras. Ci. Solo, 15:229-235,1991.TISDALL, J. M.; OADES, J. M. Organic matter and water-stable aggregation insoils. Journal of Soil Science, London, v. 33, p. 141-163, jun. 1982TORMENA, C. A.; BARBOSA, M. C.; COSTA, A. C. S.; GONÇALVES, A. C. A.2002. Densidade, porosidade e resistencia à penetração em latossolo cultivado sobdiferentes sistemas de preparo do solo. Scientia Agricola, v. 59, n. 4, p. 795-801.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

INFLUÊNCIA DA SALINIDADE NA INTERAÇÃO TRIPARTIDA ENTRE VIGNA UNGUICULATA

((L.) WALP), FUNGOS MICORRÍZICOS E BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICASNaiara Ferreira De Oliveira, [email protected], Lindete Miria Vieira Martins, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Condutividade elétrica; Estresse salino; FMA; FBN

IntroduçãoA salinidade pode interferir negativamente na qualidade dos vegetais, bemcomo nas interações desses com os microrganismos benéficos do solo,resultando em perdas na produção agrícola. O feijão-caupi é umaleguminosa difundida em todos os continentes sendo cultivada em climastropicais e subtropicais e se destaca devido a sua capacidade de seassociar a fungos e bactérias favoráveis ao desenvolvimento vegetal,conferindo melhoria na absorção de nutrientes e consequentemente maiorresistência a fatores abióticos que podem causar estresse nas plantas,como a salinidade. A partir disso objetivou-se com este trabalho avaliar aeficiência da interação entre fungos micorrízico-arbusculares (FMA),bactérias fixadoras de nitrogênio (rizóbios) e plantas de feijão-caupi sobestresse salino em cinco níveis de condutividade elétrica (CE).

MetodologiaPreviamente foi realizada a indução salina feita com 10 soluções comdiferentes concentrações de NaCl para obter os valores de CE adequados.Então, os níveis de sal estabelecidos foram: 1 S.m/mm2, 2 S.m/mm2, 3S.m/mm2, 4 S.m/mm2, 5 S.m/mm2, mais o tratamento controle (semadição de sal). O experimento foi realizado na UNEB/Campus III –Juazeiro-Ba, em casa de vegetação, sob radiação solar de 50%. Foramutilizados vasos de 5L, contendo solo de classe Neossolo flúvico, avariedade escolhida foi a BRS pujante e foram admitidas duas plantas porvaso.

Resultados e discussãoAs análises estruturais das plantas de feijão se mostraram inalteradas paraos tratamentos: controle (CE 0,25), CE 1,0, CE 2,0 e CE 3,0; evidenciandoa inibição do crescimento vegetal quando os valores de condutividadeelétrica superam 3,0 S.m/mm2, sendo os danos proporcionais ao aumentona concentração de sal no solo. O número de folhas foi afetado a partir daCE 4,0; bem como a altura das plantas e o peso fresco, porém a área foliare o peso seco das plantas apenas apresentaram diferença considerávelpara o tratamento com CE 5,0. Os valores obtidos nas avaliações nãomostraram distinção significativa para o diâmetro do caule em relação aosvalores de CE adotados.As interações com os microrganismos se mostraram mais sensíveis àsalinidade, de forma que a nodulação por rizóbios foi afetada desde a CE1,0 e ainda mais severamente a partir da CE 4,0, no entanto, apenashouve diferença para o peso seco dos nódulos no tratamento com CE 5,0.Quanto aos FMAs houve diminuição na taxa de colonização a partir da CE2,0 e redução ainda maior partir da CE 5,0, como aponta a figura 1.

ConclusõesO impacto causado pela salinidade nas interações simbióticas entre o

feijão-caupi, rizóbios e fungos micorrízico-arbusculares é eminente eacontece de maneira progressiva de acordo com o aumento da CE,passando por fases intermediárias de inibição a pontos mais críticosquando a CE ultrapassa 4,0 S.m/mm2.

AgradecimentosAgradeço a FAPESB pela concessão da bolsa, a Universidade do Estadoda Bahia pelo espaço e infraestrutura cedidos, a orientadora Profª LindeteMartins e a toda equipe do Laboratório de Microbiologia do Solo da UNEB,especialmente Vêronica Leal que atuou na minha co-orientação.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:FREIRE FILHO, F. R. Feijão-caupi no Brasil: produção, melhoramento genético,avanços e desafios. Embrapa Meio-Norte-Livro científico (ALICE). 2011.FREIRE FILHO, F. R., ROCHA, M. D. M., SILVA, K. Mercados e comercialização.Embrapa Amazônia Oriental-Capítulo em livro técnico (INFOTECA-E), 2017.MUNNS, Rana; GILLIHAM, Matthew. Salinity tolerance of crops–what is the cost?.New phytologist, v. 208, n. 3, p. 668-673, 2015.Ossler, J. N., Zielinski, C. A., e Heath, K. D. Tripartite mutualism: facilitation ortrade-offs between rhizobial and mycorrhizal symbionts of legume hosts. Americanjournal of botany, 102(8), 1332-1341, 2015.SILVA JÚNIOR, J. M., TAVARES, R. D. C., MENDES FILHO, P. F., & GOMES, V.F. Efeitos de níveis de salinidade sobre a atividade microbiana de um ArgissoloAmarelo incubado com diferentes adubos orgânicos. Revista Brasileira deCiências Agrárias, v. 4, n. 4, 2009.Vigo, C., Norman, J. R. E Hooker, J. E., Biocontrol of the pathogen Phytophthoraparasítica by arbuscular mycorrhizal fungi is a consequence of effects on infectionloci. Plant pathology, 49(4), 509-514, 2000.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DE CULTIVARES DE PHASEOLUS VULGARIS ASSOCIADAS A

BACTÉRIAS PROMOTORAS DE CRESCIMENTO VEGETALTiago José Dos Santos, [email protected], Lindete Miria Vieira Martins, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: BRS Esteio; BRS Perola; Rhizobium tropici ; FBN

IntroduçãoO feijão-comum (Phaseolus vulgaris) é uma leguminosa que possuiassociação simbiótica com bactérias fixadoras de nitrogênio do gêneroRhizobium. Entre os tipos mais cultivados estão o carioca e o preto, taiscomo as BRS Esteio do tipo preto e BRS Pèrola do tipo carioca. Estetrabalho teve como objetivo avaliar a resposta de duas cultivares de feijão-comum à inoculação com R. tropici e isolados PGPR1, PGPR2, PGPR3em Juazeiro - Bahia, semiárido do Nordeste do Brasil.

MetodologiaO estudo foi realizado de maio a agosto de 2019 na área experimental doDepartamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS), campus III-Juazeiro-BA da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), região de climasemiárido, caracterizado como do tipo Bswh segundo Koppen. Foramutilizadas duas cultivares de feijão comum, a BRS Esteio do tipo preto,ciclo de 85 a 90 dias e BRS Pérola tipo carioca de 85 a 95 dias. Utilizou-seo inoculante padrão com a bactéria Rhizobium tropici e os isoladosPGPR1, PGPR2 ePGPR3.Os tratamentos foram compostos por esquemafatorial de 6x2, em DBC constituídos por 6 tratamentos de fornecimento deN e 2 cultivares de feijão Phaseolus em 5 repetições. 1 - controle absoluto,2-Tratamento nitrogenado, 3-Tratamento Rhizobium tropici, 4-TratamentoRhizobium tropici + PGPR 1, 5-Tratamento Rhizobium tropici + PGPR 2 e6: Rhizobium tropici + PGPR 3.Para o plantio as sementes foram inoculadas com seus respectivostratamentos. O plantio foi realizado em 22 de maio de 2019 e colheita finalem 02 de agosto de 2019, totalizando um período de 72 dias. As Variáveisanalisadas foram número de nódulos, peso da massa seca da parte aéreae produção de grãos secos/ha. Os dados obtidos foram submetidos aanálise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% designificância.

Resultados e discussãoVerificou-se nodulação expressiva de todos os tratamentos, no entanto, osque receberam inoculação obtiveram valores altamente significativosquando comparados com os tratamentos controles que não receberaminoculação. Para Mercante et al. (2006), o uso de inoculante contendoestirpes de Rhizobium tropici promove aumentos significativos nanodulação mesmo em solos com populações elevadas de rizóbios nativos,ou seja, existentes nos solos. Número de nódulos de 8 plantas:BRS Esteio- t1=81,6; t2=83,6; t3= 708; t4=501; t5=713,2; t6=756;BRS Perola- t1=88,8; t2=197,6; t3=847,2; t4=700,2; t5=816,8; t6=773,8.Houve diferença significativa entre as cultivares apenas no tratamento 4(tropici+PGPR1), onde a cultivar BRS esteio se sobressaiu quandocomparada com a BRS pérola com maior média de nódulos.O tratamento 3 (Rhizobium tropici) inoculado em plantas da BRS Pérola,promoveu menor peso seco da parte aérea quando comparado com opeso seco das plantas cultivar da BRS esteio. Foi, também, observado oinverso para o peso seco das plantas inoculadas com o T4. Observando ostratamentos com inoculação de uma forma geral a cultivar BRS esteio sedestaca com T6 ( R.tropici e PGPR3) com valor médio de 87,64g, sendomaior que o T2 com nitrogênio, tendo um incremento de 16%, já a cultivarpérola teve comportamento diferente em resposta as inoculações commaior resultado do T4 R. tropici e o isolado PGPR1 com 99,18g, ficandoum pouco abaixo do T2 103,45g, porém não se deferem estatisticamente.Valores médios de peso seco da parte aérea (g) de 8 plantas:BRS esteio- t1=82,704; t2=75,12; t3=76,92; t4=82,56; t5=73,92; t6=87,64;

BRS perola- t1=63,11; t2=103,45; t3=69,42; t4=99,18; t5=74,68; t6=87,76.

O acúmulo de massa seca na parte aérea da planta indica a eficiência daFBN no feijoeiro, demonstrando que a inoculação tem a mesmacapacidade de incorporação de nutrientes à planta quando comparadoscom o tratamento nitrogenado.

Para o parâmetro de produção média de grãos/ha, não houve diferençasignificativa entre os tratamentos, no entanto em resposta a inoculação acultivar BRS esteio se destaca com maiores valores para os tratamentosque receberam inoculação, t1=1485,86kg/ha, t2=1494,75kg/ha,t3=1.887,70kg/ha, t4=1844,71kg/ha, t5=1686,37kg/ha t6=1889,74kg/ha,ficando com resultados de produtividade média acima do potencial médioda cultivar de 1702,00 kg/ha. Com incremento médio de 27%, 24%, 13% e27%, nos tratamentos 3, 4, 5 e 6 quando comparados com a testemunha;26%, 23%, 12% e 26% com o tratamento nitrogenado. O BRS pérola teveresposta contrária aos tratamentos inoculados com valores abaixo datestemunha, t1=1247,53kg/ha, t2=1212,31kg/ha, t3=640,01kg/ha,t4=1133,54 kg/ha, t5=1117,43 kg/ha, t6=1029,59 kg/ha, isso se explicadevido a existência de estirpes nativas de Rhizobium no solo comeficiência na fixação biológica de nitrogênio e competitividade.

ConclusõesInoculação com R. tropici e isolados PGPR1, PGPR2, PGPR3 promoveualto número de nódulosA cultivar BRS esteio mostrou melhor desenvolvimento nas condiçõeslocais do experimento.Inoculação promoveu incremento na produção de grão do BRS esteio.

AgradecimentosUNEB- DTCS - CAMPUS IIILAMISO-LABORATORIO DE MICROBIOLOGIA DO SOLO

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:MERCANTE, F. M.; OTSUBO, A. A.; LAMAS, F. M. Inoculação de Rhizobium tropicie aplicação de adubo nitrogenado na cultura do feijoeiro; reunião brasileira debiologia do solo. Resumos... Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste. 27p. 2006.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

COMPORTAMENTO DA CULTURA DO TOMATE (SOLANUM LYCOPERSICUM

VAR.CERASIFORME) SOB DOSES CRESCENTES DE CÁLCIO E INTERAÇÃO COM O BOROGleison Marinho Santos, [email protected], Tadeu Cavalcante Reis, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Tomate Cereja; Oeste da Bahia; Adubação; Produção

IntroduçãoEntre as olerícolas, o tomate se destaca como uma das principaishortaliças cultivadas no país, com maior importância econômica.Entretanto, pesquisas na área de nutrição e adubação dessa hortaliçaainda é escassa, e a indisponibilidade de alguns nutrientes podelimitar a sua produtividade, como o cálcio e boro. Assim, objetivou-seavaliar a influência da adição de boro na resposta do tomateiro àsdoses crescentes de cálcio, identificar a influência da interação entreboro e cálcio sobre o crescimento da parte aérea e radicular, e sobrecomponentes da produção do tomate cereja em ambiente protegido,no oeste da Bahia.

MetodologiaO experimento foi conduzido em casa de vegetação, na Universidadedo Estado da Bahia - UNEB, Campus IX, município de Barreiras. Comdelineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5x2,sendo cinco doses de cálcio (0, 50, 100, 150, 200 kg ha-1) e duas deboro (0 e 12,5 kg ,ha-1) com três repetições. Foram avaliados, odesenvolvimento da parte aérea, sistema radicular e característicasprodutivas do tomate Cereja.

Resultados e discussãoA adubação com cálcio e boro trouxe efeito apenas para oscomportamentos da produção, não influenciando no desenvolvimentovegetativo da cultura. O cálcio proporcionou maior produção enúmero de frutos/planta até a dose de 150 kg ha-1. Os tratamentoscontendo adubação com boro nas maiores doses de cálcio (150 e 200kg-1), produziram frutos com maiores diâmetro.

ConclusõesPara as condições estudadas, foi ajustado 160,23 Kg ha-1 de cálcio namelhor dose no cultivo do tomate cereja. E efeito depressivo naprodutividade, com a dose 12,5 Kg ha-1 de boro. Quanto ao sistemaradicular, houve maiores massa seca das raízes, para a adubaçãocom cálcio.

AgradecimentosAntes de tudo, sou grato a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamenteem Cristo, ao meu orientador DSc. Tadeu Cavalcante Reis, a Universidadedo Estado da Bahia e todos que colaboraram no fundamental apoio àelaboração desse trabalho.

Bolsa: PICIN

Referências:ÁLVARES, C. A. et al. Köppen’s climate classification map for Brazil.Meteorologische Zeitschrift. 2013; 22:711– 728.EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro declassificação de solos. Brasília: Embrapa Produção de Informação, 1999. 412 p.FERREIRA, D. F. SISVAR: um programa para análises e ensino de estatística.Revista Symposium (Lavras), v. 6, p. 36-41, 2010.FURLANI, P. R.Produção de hortaliças em ambiente protegido.In: 17º SemanaInternacional da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria - FRUTAL/XIIAGROFLORES. Fortaleza: Instituto Frutal, 2010. p 72. (Coleção cursos frutal)GONDIM, A. R. Absorção e Mobilidade do Boro em Plantas de Tomate e deBeterraba. 2009. p 68. Tese (Doutorado em Agronomia, área Produção Vegetal) –Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Universidade Estadual Paulista –Unesp - Câmpus de Jaboticabal, 2009.LAVIOLA, B. G.; SANTOS DIAS, L. A. Teor e Acúmulo de nutrientes emfolhas efrutos de pinhão-manso. Bras. de Ciências do solo 32: 1969-1975.2008MARSCHNER, H. Mineral nutrition of higher plants. 3.ed. San Diego: AcademicPress, 2012. 651p.

MEDEIROS, L. M. Produção do Tomateiro (lycopersicon esculentum l.)Cultivado em Diferentes Recipientes e Níveis de Cálcio na Solução Nutritiva.2010. p. 65. Dissertação (Mestrado em Agronomia, área de concentração emSistemas de Produção) - Faculdade de Engenharia, Universidade Estadual Paulista– UNESP – Campus de Ilha Solteira, 2010.MOSCHINI, Bruno Paulo. Nutrição e crescimento do tomateiro em função dainteração de substâncias húmicas com B, fontes de Ca e formas de N mineral.2015. 112 p. Dissertação (mestrado acadêmico) – Universidade Federal de Lavras- UFLA, 2015.PENTEADO S. R. Cultivo orgânico de tomate. Viçosa: Aprenda fácil. 214p. 2004.PINTO, A. C. R. et al. Efeitos de tamanho de vaso e sistemas de condução nodesenvolvimento e qualidade de cultivares de zinia.Ornamental Horticulture, v. 9,n. 1, 2003.PLESE, L. P. M. et al.Efeitos das aplicações de cálcio e de boro na ocorrênciade podridão apical e produção de tomate em estufa.Sci. agric.vol. 55n.1PiracicabaJan./Abr.1998.SILVA, M. W. et al. Cálcio, boro e reguladores vegetais na fixação de frutos emtomateiro. Pesquisa Aplicada & Agrotecnologia, v. 2, n. 3, Set.- Dez. 2009.VALADARES XAVIER, Clariana; NATALE, William. Influência do boro no teor,acúmulo e eficiência nutricional em porta-enxertos de caramboleira.RevistaBrasileira de Ciências Agrárias, v. 12, n. 1, 2017.ZAMBAN, D. T. Fenologia e efeito da utilização dedoses de boro e cálcio sobrea produção de tomate italiano em duas épocas de cultivo. 2014. p 76.Dissertação (Mestrado em Agronomia, área Agricultura e Ambiente) - UniversidadeFederal de Santa Maria - UFSM, RS - campus de Frederico Westphalen. 2014.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

FITOPLÂNCTON COMO INDICADOR DA QUALIDADE DA ÁGUA NOS RESERVATÓRIOS DO

COMPLEXO PAULO AFONSO, BAIXO SÃO FRANCISCO.Luciana Ferreira Ramos, [email protected], Maristela Case Costa Cunha, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoLicenciatura Em Ciências Biológicas

Palavras-Chave: Monitoramento ambiental; ; Bioindicadores; ; Reservatórios em cascata; Semiárido

IntroduçãoFitoplâncton sãomicrorganismos fotossintetizantes adaptados a vivertotalmente ou parte de seu ciclo de vida flutuando na massa d’água.(REYNOLDS, 2006). O presente trabalho teve como objetivo, apontarespécies fitoplanctônicas como indicadoras da qualidade da água nosreservatórios do Complexo Paulo Afonso. Onde verificou a existência devariação espacial e temporal da comunidade fitoplanctônica, quaisespécies relacionadas às condições de qualidade da água e buscouatualizar o banco de dados sobre a biodiversidade do Baixo São Francisco.

MetodologiaAs coletas foram feitas nos reservatórios de Moxotó, Paulo Afonso IV eDelmiro Gouveia (Paulo Afonso I, II, III), possuindo um volume útil de 9,8Hm³. Realizadas em 15 estações, com frequência quadrimestral duranteum período de 24 meses (dois anos), totalizando oito campanhas decoleta, com o auxílio de uma rede de amostragem de plâncton com 20 µmde interstício, onde se realizou arrastos horizontais e arrastos verticaissempre que possível. As populações foram identificadas, em microscópioóptico binocular (Marca Zeiss, Modelo Axioskop), em laboratório. Adensidade das populações fitoplanctônicas (células/mL) foi estimada comcâmara de Palmer Malony segundo APHA (2005). Em relação às análisesbiológicas, foram calculadas a riqueza, densidade e frequência deocorrência.

Resultados e discussãoA comunidade fitoplanctônica esteve composta por 106 táxonsinfragenéricos, distribuídos em oito divisões: Chlorophyta (33), Cyanophyta(23), Bacillariophyta (22), Charophyta (16), Euglenophyta (08), Dinophyta(04), Chryptophyta (03) e Ochrophyta (01). Na maioria dos reservatóriosbrasileiros, as Chlorophyceae, Cyanophyceae e Bacillariophyceaepredominam quanto à riqueza de espécies, independentemente do estadotrófico (Bicudo et al. 1999, Henry e Nogueira 1999, Lira et al. 2007, Mouraet al. 2007, Chellappa et al. 2008). A frequência de ocorrência em julho de2016 foi maior que do ano 2017, com duas espécies categorizadas comomuito frequentes: Aulacoseira granulata (Bacillariophyta) e Ceratiumfurcoides (Dinophyta). A maior densidade se deu no ano de 2017 variandode 15 a 9.083 células/mL. A variação temporal se deu em janeiro com8.610 células/mL. E espacialmente apresentou 13.211, representando asestações: MOX 03 3.342, PA 01 1.309 e MOX 04 1.171 com maiordensidade.

ConclusõesObservou-se que a comunidade fitoplanctônica nos reservatórios doComplexo Paulo Afonso, apresentou resultados similares aos demaisreservatórios do semiárido do Nordeste. A maior densidade temporal foiregistrada no mês de janeiro de 2017. Com isso, obtêm-se atualização nobanco de dados sobre a biodiversidade do Baixo São Francisco.

AgradecimentosAo Conse lho Nac iona l de Desenvo l v imen to C ien t í f i co eTecnológico(CNPq) pela concessão da bolsa voluntária, a Universidade doEstado da Bahia (UNEB) pela infraestrutura e ao Laboratório de BiologiaVegetal e Núcleo de Pesquisa em Ecossistemas Aquáticos (NUPEA) pelaassistência.

Bolsa: Voluntário

Referências:

MUCCINI, Sandra; MALTA, Sérgio. PERÍODO PIONEIRO DA HIDRELÉTRICA DEPAULO AFONSO-BA: UMA CONTRIBUIÇÃO À HISTORIOGRAFIA DE BASEL O C A L E R E G I O N A L . 2 0 0 7 . D i s p o n í v e l e m :&60;https://www.fasete.edu.br/revistarios/media/revistas/2007/1/periodo_pioneiro_da_hidreletrica_de_paulo_afonso_ba.pdf&62;. Acesso em: 05 jun. 2019.8, Algaebase 06 | 19 -. Classificação taxonômica . Disponível em:&60;http://www.algaebase.org/search/species/detail/?species_id=32491&62;.Acesso em: 06 jun. 2019.ROSINI, Edna Ferreira; SANT'ANNA, Célia Leite; TUCCI, ROSINI, Edna Ferreira;SANT'ANNA, Célia Leite; TUCCI, Andréa.Cyanobacteria de pesqueiros daregião metropolitana de São Paulo, Brasil .2013. Disponível em:&60;h t tp : / /www.sc ie lo .b r /sc ie lo .php?scr ip t=sc i_ar t tex t&p id=S2175-78602013000200015&62;. Acesso em: 02 ago. 2019.Andréa.Cyanobacteria de pesqueiros da região metropolitana de São Paulo,B r a s i l . 2 0 1 3 . D i s p o n í v e l e m :&60;h t tp : / /www.sc ie lo .b r /sc ie lo .php?scr ip t=sc i_ar t tex t&p id=S2175-78602013000200015&62;. Acesso em: 02 ago. 2019.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

FITOPLÂNCTON COMO INDICADOR DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RESERVATÓRIO

SOBRADINHO, SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO.Tatiane Palacio Gonzalez, [email protected], Maristela Case Costa Cunha, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoLicenciatura Em Ciências Biológicas

Palavras-Chave: Monitoramento ambiental; bioindicadores; reservatórios em cascata; semiárido

IntroduçãoA comunidade f i toplanctônica é const i tuída por organismosfotossintetizantes que não possuem movimentos próprios capazes de seopor aos movimentos das correntes de águas continentais e oceânicas(ESTEVES, 2011). Os reservatórios de água desempenham um papelfundamental nas questões essenciais para manutenção da vida, como oabastecimento de água, e reserva para os períodos de seca, geração deenergia, na irrigação, entre outros. Sendo assim, os reservatórios sãoessenciais para armazenar e abastecer as comunidades. Assim entendercaracterísticas limnológicas dos reservatórios e a sua dinâmica enquantocomunidade, são ferramentas fundamentais no monitoramento daqualidade da água. Opresente trabalho tem como objetivo conhecer a florafitoplanctônica no reservatório de Sobradinho, verificar as variações tantoespacial quanto temporal das mesmas apontando as espécies que seassociam com as condições de qualidade da água atualizando o banco dedados sobre a biodiversidade do submédio São Francisco.

MetodologiaO estudo foi realizado quadrimestralmente, nos anos de 2016 e 2017, em32 estações no reservatório de Sobradinho (BA), localizados no SubmédioSão Francisco. Foram realizados arrastos horizontais e verticais, com redede plâncton com 20 µm de abertura de malha e preservadas com lugolacético. No Laboratório de Biologia Vegetal e Núcleo de Pesquisa emEcossistemas Aquáticos (NUPEA) da Universidade do Estado da Bahia,Campus VIII, foram analisadas de acordo com APHA (2005). Aidentificação dos táxons ocorreu até o menor nível taxonômico possível,com auxílio de bibliografia especializada. E em relação às análisesbiológicas, foram calculadas a riqueza e densidade (célula.mL-1).

Resultados e discussãoNoreservatório de Sobradinho a composição fitoplanctonica nos anos de2016 e 2017 foram contabilizados um total de 130 táxons infragenéricos,representada em 7 divisões: Chlorophyta (55), Bacillariophyta (32),Cyanophyta (28), Euglenophyta (6), Dinophyta (5), Chryptophyta (3) eXantophyta (1).Ao longo das campanhas de amostragem a riqueza variouentre 51 táxons, em junho de 2016, a 16 táxons, em junho de 2017.Chlorophyta foi a divisão com maior número táxon sobre a riqueza total,sendo o grupo com maior ocorrência e que pode ser observado na maioriados ecossistemas aquáticos.Ao longodas estações de amostragem ariqueza apresentou uma variação de 13 táxons na estação SOB 28 a 81táxons, na estação SF 01. Com relação a variação temporal o mês dedezembro/2016 apresentou a maior riqueza com 404 táxons enquanto amenor riqueza foi contabilizada em junho/2017 com 77 táxons.Tendoastrês divisões Chlorophyta, Bacillariophyta e Cyanophyta predominantesem todas as estações de amostragem.Em relação à densidade, no ano de 2016 ocorreu um total de38.249célula.mL-1, sendo janeiro o mês com menor ocorrência com 18 célula.mL-1 enquanto o mês de setembro apresentou o pico de 18.280 célula.mL-1.Ao longo das estações de monitoramento houve uma variação de 0célula.mL-1 na estação SOB27 e 18.698 célula.mL-1 na estação SOB14.Adivisão Cyanophyta ocorreram com densidades mais elevadas e foirepresentada pelas éspeciesChroococcus minutus,CylindrospermopsisraciborskiieMicrocystis wesenbergii as mais significativas no mês demarço, em junho e setembro houve relevância daM. Aeruginosa, já emjaneiro não foi possível detectar valores expressivos. A presença de

clorofíceas e cianobactérias, esta relacionada com espécies comunsdentro de ambientes com características semelhantes. Em2017 ocorreuum total de 1.874.714célula.mL-1,onde dezembro de 2016 a densidadetotal alcançou1.546.160célula.mL-1. Ao longo das estações deamostragem a densidade variou de 6 célula.mL-1 em SOB24 e 844.067célula.mL-1 em SOB11. Em março de 2017, a densidade total chegou a317.325 célula.mL-1. AMicrocystis aeruginosafoi a espécie que maisocorreu em dezembro, enquanto que em março apareceuOscillatoriasp.,que ocorreu com 121.027 célula.mL-1. Em junho ocorreu uma queda donúmero de organismos dos grupos fitoplanctônicos, quantificando umadensidade total chegando a 3.375 célula.mL-1. Em setembro de 2017, ocrescirmento da cianobactériaCylindrospermopsis raciborskii(4.827célula.mL-1),foi relacionada com o aumento da densidade nesse mêstotalizando 7.853 célula.mL-1.Assim como em 2016, a divisão Cyanophyta ocorreu com densidades maiselevadas sendo semelhantes a outros ambientes e a presença de especiespotencialmente produtoras de toxinas, mesmo que em baixasconcentrações, podem estar relacionadas ao volume do reservatórios,indicando uma possível situação crítica, o que caracteriza a importância dacontinuidade do monitoramento junto as espécies bioindicadoras.

ConclusõesO reservatório de Sobradinho apresentou uma comunidade fitoplanctônica,semelhantes com outros trabalhos realizados na região Nordeste.Sendo assim o presente estudo possui relevância para o conhecimento daflora fitoplanctônica e situação ecológica do reservatório de Sobradinho(BA), colaborando com o desenvolvimento das pesquisas na regiãosemiárida, na região Nordeste.

AgradecimentosA Companhia Hidroelétr ica do São Francisco (CHESF) peladisponibilização dos dados, ao Laboratório Água e Terra pela realizaçãodas amostragens e a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) pelainfraestrutura para análise das amostras.

Bolsa: CNPq/PIBIC

Referências:APHA. Standard Methods for the Examination of Water & Wastewater. 21ed.2005.ESTEVES F.A. FUNDAMENTOS DE LIMNOLOGIA. 3ª ed. Rio de Janeiro:Interciência, 2011.TUNDISI, J.G, Limnologia, Takako Matsumura Tundisi.-- São Paulo : Oficina deTextos, 2008.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

FITOPLÂNCTON COMO INDICADOR DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RESERVATÓRIO

ITAPARICA, SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO.Helen Jayne Macedo Costa, [email protected], Maristela Case Costa Cunha, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoLicenciatura Em Ciências Biológicas

Palavras-Chave: monitoramento ambiental; bioindicadores; reservatórios em cascata; semiárido

IntroduçãoO fitoplâncton é o conjunto de organismos livres flutuantes, que não possuimovimentos próprios. Compõe a base da cadeia trófica. Sendo ótimasferramentas para o gerenciamento limnológico, trabalhando comobiondicadores. O presente trabalho tem como objetivo apontar indicadoresfitoplanctônicos da qualidade da água no reservatório Itaparica (BA). A fimde conhecer a flora fitoplanctônica, verificar a existência de variaçãoespacial e temporal, indicando assim espécies relacionadas às condiçõesde qualidade da água no reservatório com o propósito de atualizar o bancode dados sobre a biodiversidade do Submédio São Francisco.

MetodologiaO estudo foi realizado no reservatório Itaparica localizado no submédioSão Francisco durante os anos de 2016 e 2017 (24 meses), em 12estações. Foram realizados arrastos horizontais e verticais com o auxíliode rede de plâncton com 20 µm de interstício e posteriormente preservadolugol acético. As analises foram realizadas com auxilio de microscópioóptico binocular (Marca Zeiss, Modelo Axioskop), com aumento de 40x noLaboratório de Biologia Vegetal e Núcleo de Pesquisa em EcossistemasAquáticos (NUPEA) da Universidade do Estado da Bahia, Campus VIII, deacordo com APHA (2005). As populações foram identificadas, sempre quepossível, até nível de espécies com auxílio de bibliografias especializadas,sendo quantificados densidade (células/mL) e riqueza.

Resultados e discussãoA comunidade fitoplanctônica do reservatório de Itaparica esteve compostapor 97 táxons infragenéricos, distribuídos entre sete divisões: Chlorophyta(35 táxons), Cyanophyta (27 táxons), Bacillariophyta (20 táxons),Euglenophyta (6 táxons), Dinophyta (5 táxons), Chryptophyta (3 táxons) eXanthophyta (1 táxon). As divisões Chlorophyta e Cyanophyta foram asmais representativas durante os anos de 2016 e 2017, com 35 e 27 táxons,respectivamente. A riqueza apresentou uma variação de dois táxons, naestação ITA 10, a vinte e quatro táxons, na estação ITA 01. A densidadeno ano de 2016 totalizou 40.636 célula.mL-1, tendo janeiro/2016 o mêscom menor ocorrência com 422 célula.mL-1, enquanto o mês de julho/2016houve um aumento para 16.211 célula.mL-1. No decorrer das estações demonitoramento houve uma variação de 8 células/ml na estação ITA 07 e6.634 células/ml na estação ITA 06. Já no ano de 2017 a densidadetotalizou 42.353 célula.mL-1, tendo aumento de 1.717 célula.mL-1 emcomparação ao ano anterior. O mês de janeiro teve menor densidade com435 célula.mL-1 , em contraposição o mês de abril obteve um aumentocom 14.584 célula.mL-1 . Ao longo das estações ocorreu variação de 08célula.mL-1 na estação ITA 12 e 11.429 célula.mL-1 na estação ITA 02.

ConclusõesCom o estudo foi possível observar que houve variação espacial etemporal dos organismos. O ano de 2016 teve maior riqueza, enquanto2017 teve maior densidade. No mês de janeiro de 2016 foi identificadoalgumas cianobactérias, como: Cylindrospermopsis e Microcystis que sãocapazes de produzir cianotoxinas. Apesar da presença dessas espécies,não foram observadas liberações dessas toxinas nem mortalidade depeixes.O estudo sobre a flora fitoplanctônica no reservatório de Itaparica, foi defundamental importância para o monitoramento da qualidade da água,corroborando com futuras pesquisas nessa área e dessa região nosemiárido. Assim respectivamente, atualizando o banco de dados sobre a

biodiversidade do Submédio São Francisco.

AgradecimentosA Companhia Hidroelétrica do São Francisco pela disponibilização dosdados, ao Laboratório Água e Terra pela realização das amostragens e aUniversidade do Estado da Bahia (UNEB) pela infraestrutura para análisedas amostras.

Bolsa: CNPq/PIBIC

Referências:APHA. Standard Methods for the Examination of Water & Wastewater. 21 ed. 2005.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

FITOPLÂNCTON COMO INDICADOR DA QUALIDADE DA ÁGUA NO RESERVATÓRIO

XINGÓ E BAIXO SÃO FRANCISCO.Brennda Thais Souza Do Nascimento, [email protected], Maristela Case Costa Cunha, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoLicenciatura Em Ciências Biológicas

Palavras-Chave: Bioindicadores; Monitoramento Ambiental; Semiárido

IntroduçãoA comunidade f i toplanctônica consti tui-se de microrganismosfotoautotróficos que flutuam livres nos corpos hídricos por meio deadaptações à flutuação. Importante componente dos sistemas aquáticos,pois compõe a base da cadeia trófica aquática e são responsáveis pelamaior produção de oxigênio no ambiente, sendo sensíveis às mudançasambientais. Os reservatórios d’água são de extrema importância,principalmente no semiárido brasileiro, dado a irregularidade de chuvas emúltiplos usos sociais para esses barramentos. Assim, o fitoplâncton semostra relevante bioindicador para o gerenciamento limnológico dessesambientes, uma vez que qualidade das águas nos reservatórios estãorelacionadas com as múltiplas atividades humanas e seus impactos. Oobjetivo desse estudo é comparar a flora fitoplanctônicano reservatório deXingó, Submédio São Francisco, e no Baixo São Francisco, entre osanosde 2016 e 2017, a fim verificar a existência de variação espacial etemporal.

MetodologiaA área de estudo está compreendida pelo Reservatório de Xingó, bemcomo o trecho lótico a jusante, Baixo São Francisco (BSF). Asamostragens foram realizadas nos meses de março, maio, agosto enovembro do ano de 2016 e fevereiro, maio, agosto e novembro do ano de2017, com arrastos superficiais e verticais, de acordo com osprocedimentos da CETESB (1990), e APHA (2005). A identificação ocorreuatravés da comparação das características morfológicas com asdescrições disponíveis na bibliografia especializada. Foram calculados ariqueza taxonômica, densidade, frequência de ocorrência e abundanciarelativa.

Resultados e discussãoA Ficoflórula do reservatório de Xingó ao longo dos dois anos demonitoramento foi composta por um total de 64 táxons infragenéricos,distr ibuídos nas divisões: Chlorophyta (26), Cyanophyta (16),Bacillariophyta (10), Dinophyta (05), Euglenophyta (04) e Cryptophyta (03).No trecho lótico foram contabilizados 70 táxons infragenéricos, distribuídosnas divisões: Chlorophyta (31), Cyanophyta (12), Bacillariophyta (15),Dinophyta (04), Euglenophyta (04) e Cryptophyta (04). A divisãoChlorophyta obteve a maior riqueza de todo o estudo,sendo novembro omês mais representativo. Esse resultado corrobora comoutros estudos emreservatórios do Nordeste. Espacialmente a riqueza foi mais elevada naentrada do reservatório e pontos de captação e efluentes. Em Xingó, 86%dos táxons foram classificados como Esporádicos e 11% como PoucoFrequentes. Apenas o táxon Ceratium furcoides foi identificado comoFrequente e Cylindrospermospsis raciborskii como Muito Frequente. Aopasso que no Baixo São Francisco houveram apenas táxons Esporádicos(90%) e Pouco Frequentes (10%). Xingó foi o local de maior densidade emtodo o estudo (113.905 célula/mL), comparado a BSF (2.359 célula/mL). Oano de 2017 ocorreu maior valor para densidade, com pico no mês denovembro, nos dois anos de estudo. A Divisão Cyanophyta foi a maisrelevante em densidade, sobretudo a espécie Cylindrospermopsisraciborskii, que teve seu destaque ao longo dos dois anos, classificadacomo Dominante em Xingó e Abundante em BSF. Essa espécie temcapacidade de tolerar elevadas temperaturas da água, baixasconcentrações de nutrientes, baixa transparência da água e pH elevado,bem como alta afinidade por fósforo e amônia, e resistência à predaçãopelo zooplâncton. As demais espécies foram classificadas como Pouco

Abundante (23%) e Raras (72%) em Xingó, e Dominante (6%), Abundante(16%), Pouco Abundante (40%) e Rara (34%) em BSF.

ConclusõesOs ambientes estudados foram compostos por uma flora semelhantes aoutros ambientes do Nordeste.Espacialmente o Baixo São Francisco obteve maior riqueza comparada aXingó, tendo as Chlorophyta sendo expressiva ambos os locais de estudo.Xingó apresentou resultados mais elevados para a densidade.Houve variação temporal da densidade, apontando novembro como mêsde maior valor nos dois ambientes estudados.A cianobactériaCylindrospermopsis raciborskiifoi considerada a espéciemais expressiva, devido sua dominância.Seu potencial para produção decianotoxinas, reforça a importância do monitoramento na gestão daqualidade da água em ambientes de múltiplos usos.

AgradecimentosA Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), ao LaboratórioÁgua e Terra e a Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:APHA. Standard Methods for the Examination of Water & Wastewater. 21 ed. 2005.CETESB (1990). Norma Técnica L 5.303: Fitoplâncton de água doce: Métodosqualitativos e quantitativos – Método de ensaio. São Paulo, CETESB

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BIOFUMIGAÇÃO DO SOLO COM PLANTAS DO CERRADO BAIANO VISANDO O CONTROLE

DE NEMATOIDES DO GÊNERO MELOIDOGYNE SPP.Amanda Da Silva Pacheco, [email protected], Joao Luiz Coimbra, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Nematoides; Biofumigação

IntroduçãoOs nematoides pertencentes ao gênero Meloidogyne são importantespatógenos de plantas causando prejuízos em diversas culturas como otomateiro (Pinheiro et al 2014) . Eles parasitam as raízes das plantasformando galhas causando redução do desenvolvimento vegetativo. Ocontrole desses patógenos é complexo, devido á ampla gama dehospedeiros e as limitações apresentadas pelos diversos tipos de manejo.Na desinfestação de substratos infestados por nematoides, o método maisusado é o químico, com o uso de fumigantes como aldicarb e brometo demetila, mas devido a seus riscos ambientais esse método vem sendoproibidos . Outro método de desinfestação do solo é a solarização queconsiste na cobertura do solo umidecido com um plástico de polietilenotransparente e exposição ao aquecimento solar. No processo debiofumigação do solo,são usadas plantas trituradas que emitem compostosvoláteis tóxicos aos patógenos como os nematoides permitindo a suadesinfestação. Tendo em vista a diversidade de plantas do cerrado,objetivou-se com esse trabalho avaliar a eficiência em relação asolarização, da biofumigação do solo usando folhas de Tamboril(Enterolobium cortortisiquum) Jatobá (Hymenaea coubaril), Gonçalo Alves(Astronium fraxinifolium Schott), Timbó (Magonia pubescens), Aroeira(Myracrodruon urundeuva) e Barbatimão (Stryphnodendron adstringens)visando o controle do nematoide das galhas Meloidogyne incognita (Kofoid& White) no tomateiro.

MetodologiaO experimento foi montado em casa de vegetação da Universidade doEstado da Bahia-UNEB no Campus IX utilizando o delineamentoInteiramente Casualizado- DIC, com 7 tratamentos e 7 repetições.Paramontagem do ensaio, foi preparado um substrato misturando areia, estercoe solo na proporção de 2:1:1 e em seguida foi esterilizado em autoclave.Após essa operação o substrato foi acondicionado em sacos plásticostransparentes de 2 litros, aonde acrescentou os 100 gramas das folhasfrescas de cada planta para biofumigação, em cada saco. Após aincorporação das folhas e umedecimento do substratofoi realizada ainfestação do subtrato adicionando 4000 ovos deM. incognita. Após ainfestação do substrato com ovos do nematoide, os sacos plásticos foramvedados e mantidos por 30 dias em casa de vegetação. Após esseperíodo, o substrato biofumigado, foi transferido para sacos de mudas comcapacidade de 2 litros, sendo em seguida transplantado uma muda detomateiro, com 15 dias de idade. Sessenta dias após o transplantio dasmudas de tomateiro foi realizada a avaliação do experimento onde foiquantificado o número de galhas no sistema radicular do tomateiro e obtidoa altura e peso seco da parte aérea e o peso das raízes. Os dadosavaliados foram submetidos à análise de variânciae comparados pelo testede Tukey a 5% de probabilidade de erro, utilizando o programa estatísticoSISVAR.

Resultados e discussãoA biofumigação do solo, através da incorporação de folhas do Tamboril,Timbó, Jatobá, Barbatimão, Gonçalo Alves e Aroeira, não foi mais eficienteque a testemunha (solarização) em controlar o nematoide das galhas notomateiro (Tabela 1).No entanto, com a exceção da Aroeira, todas asplantas reduziram o desenvolvimento vegetativo do tomateiro, reduzindo opeso das raízes, o peso seco e altura da parte aérea da planta, quandocomparado com a testemunha (Tabela 1).O processo de decomposiçãodas folhas das plantas do cerrado (Tabela 1), incorporadas no substrato,

pode ter l iberado substâncias tóxicas ao tomateiro causandofitotoxidez..Os extratos brutos de plantas podem conter substâncias comoaçúcares, aminoácidos e ácidos orgânicos que podem causar fitotoxidezás plantas (Ferreira e Aquila 2000). O controle do número de galhas nosistema radicular do tomateiro, observado em todos os tratamentos(Tabela 1), foi causada pelo processo de solarização do substrato,proporcionado pelo aumento da temperatura do solo inviabilizando os ovosdo nematoide e matando os juvenis do segundo estádio deM. incognita.Nemtodas as especies de plantas, apesar da eficiência em controlarnematoides, podem ser usadas no processo de biofumigação do solo,como acontece com as brassicas, devido a ocorrência de fitotoxidez(Tabela 1). Especies de plantas da família Brassicaceae vem mostrandopotencial para biofumigação do solo sem ocorrência de fitotoxidez (Monfortet al (2007). Dessa forma, espécies de plantas nativas do cerradopertencentes a família Brassicaceae, deverão ser testadas comobiofumigantes.

Tabela 1. Efeito da biofumigação do solo com plantas do cerrado sobre oparasitismo do nematoide das galhase desenvolvimento vegetativo dotomateiro.

Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste deTukey a 5% deprobabilidade

ConclusõesA biofumigação do solo com folhas de plantas do cerrado, não foi maiseficiente que a solarização em controlar o nematoide das galhas.Comexceção da biofumigação com folhas da Aroeira, todas as demaisprejudicaramo desenvolvimento vegetativo do tomateiro.

AgradecimentosPrimeiramente a Deus por tudo que tem realizado em minha vida. ÀUniversidade do estado da Bahia, e ao professor João Luiz Coimbra portoda orientação.

Bolsa: Voluntário

Referências:FERREIRA, A.G. ; AQUILA, M.E.A. 2000. Alelopatia: Uma área emergente daecofisiologia. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, 12,p. 175-204,2000

PINHEIRO,J.B; PEREIRA,R.B.; SUINAGA,F.A.Manejo de nematoides na culturado tomate. Circular técnico,132. Brasília, DF: Embrapa Hortaliças. P 12. 2014.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

PRODUÇÃO DE TOMATE DE MESA SUBMETIDO A DIFERENTES NÍVEIS DE SALINIDADE

EM AMBIENTE PROTEGIDO NA REGIÃO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCOJamerson Da Silva E Silva, [email protected], Sergio Oliveira Pinto De Queiroz, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Salinidade; Solanum lycopersicum; Ambiente protegido

IntroduçãoApesar de certa adaptabilidade, as áreas de cultivo do tomate sãorestringidas a determinadas faixas de temperatura. Segundo Silva et al.,(2011) a faixa de temperatura ideal à produção de tomate varia entre 21-28°C durante o dia e 15-20 °C dando liberdade a cultura de expressar todopotencial produtivo, temperaturas fora desta faixa prejudicam a frutificaçãoe fixação dos frutos. Tal característica levanta a necessidade damanutenção da temperatura no ambiente para produção de tomate emdiferentes regiões do país. Mas a adoção deste método de cultivo deveestar aliado a manutenção da qualidade de água administrada efertilização das culturas a fim de que se tenha um controle da salinidade doambiente.

MetodologiaO delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, emesquema de parcelas subdivididas, tendo três qualidades de água comdiferentes níveis de salinidade (água de poço; diluição de água de poço emágua do rio São Francisco em partes iguais e água do rio São Francisco)nas parcelas e duas cultivares de tomate (cereja pepita (01) e cereja gotade mel (02)) nas subparcelas, repetidas cinco vezes e conduzidas emsubstrato comercial à base de casca de pinus Tropstrato. A água de poçofoi coletada na região de Juazeiro, BA, sob latitude 9.489840 S e longitude40.479902 W, sendo realizadas 10 coletas ao longo do experimento. Asdiluições foram realizadas em reservatório de 200 litros. As variáveisanalisadas foram: diâmetro e comprimento de frutos (mm); altura da planta(cm); matéria seca de parte aérea (g); Produtividade (Kg.ha -1); Acideztitulável (% de ácido cítrico); Teor de sólidos solúveis (°Brix) e pH. Osresultados obtidos foram sujeitos à análise de variância, por meio do testeF e comparação de médias de tratamentos entre si, adotando-se Tukey a5% e 1% de probabilidade, utilizando o software ASSISTAT versão 7.7beta.

Resultados e discussãoOs valores de condutividade elétrica (CE) das qualidades de água 01, 02 e03 foram 0,08, 2,13 e 4,10 dS.m-1 respectivamente. A quimigação foirealizada nas mesmas dosagens para todas as qualidades de água, ondeos valores médios de CE com adição de nitrato de cálcio foram 1,68 dS.m-1 para água 01, e 2,9 e 5,1 dS.m-1 para as qualidades de água 02 e 03,respectivamente. Não ocorreu interação entre os fatores qualidade deágua e cultivares.Para às variáveis comprimento e diâmetro de frutos não se observoudiferença estatística entre os tratamentos com água do rio São Francisco eágua de poço diluída em água do rio São Francisco em base 1:1,apresentando desempenho inferior sob irrigação exclusivamente com águade poço. Verificou-se uma perda progressiva de produtividade com aelevação da salinidade da água de irrigação. Observou-se variação detolerância entre as cultivares avaliadas apenas para produtividade, tendo acultivar pepita melhor desempenho agronômico.

Tabela 01. Resumo da análise de variancia e testede médias das variáveis: altura de plantas e massa

secaFonte devariação Altura de plantas Massa seca

Qualidade deágua 13.3679 ** 33.2303 **

Cultivares 1.0532 ns 0.7903 ns

Int. Q. de água xCultivares 2.8083 ns 8.4916 **

CV (%) 20,83 17,81Médias

Qualidade deágua

Água 01 111.70000 b 31.97200 bÁgua 02 140.50000 b 36.56100 abÁgua 03 180.90000 a 39.38800 a

CultivaresCultivar 01 138.73330 a 37.01333 aCultivar 02 150.00000 a 34.93400 a

** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p &60;.01) * significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01

=&60; p &60; .05). ns não significativo (p &62;= .05)

Os resultados obtidos demonstram que a elevação na salinidade da águade irrigação, nos limites estudados, estimularam um maior crescimento eteor de matéria seca nas plantas de tomate de mesa das duas variáveisestudadas. Tal fato demonstra que o critério agronômico de maior validadepara a determinação da tolerância de plantas à salinidade é a produçãofinal obtida (GUEDES, 2015), especialmente se associada às variáveisqualitativas. Não se observou variação das características químicas nosfrutos das duas cultivares, em função da salinidade da água de irrigação. Avariável que apresentou maior sensibilidade ao nível de salinidade da águade irrigação foi à acidez titulável, apresentando redução com a elevação dasalinidade para todos os tratamentos. Tanto para pH quanto para teor desólidos solúveis, verificou-se a viabilidade da diluição 1:1 para a produçãodo tomate de mesa.

ConclusõesPara as condições experimentais, os resultados obtidos permitem concluirque a elevação da sal inidade da água de irr igação reduziuprogressivamente produtividade das cultivares de tomate de mesaavaliadas; a cultivar pepita apresentou desempenho produtivo superior acultivar gomo de mel.

AgradecimentosAo grupo de pesquisa do Laboratório de Hidráulica, Irrigação e Drenagem– HIDREN, ao orientador Prof. Dr. Sérgio O. P. de Queiroz, á FAPESB e aUNEB.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:GUEDES, R. A.; OLIVEIRA, F. A.; ALVEZ, R. C.; MEDEIROS, A. S.; GOMES, L. P.;COSTA, L. P. Estratégias de irrigação com água salina no tomateiro cereja emambiente protegido. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. v.19,n.10, p.913–919, 2015.SILVA, A. C.; COSTA, A. C.; SAMPAIO, R. A.; MARTINS, R. E. AVALIAÇÃO DELINHAGENS DE TOMATE CEREJA TOLERANTES AO CALOR SOB SISTEMAORGÂNICO DE PRODUÇÃO. Revista Caatinga, vol. 24, núm. 3, julio-septiembre,2011, pp. 33-40.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

PRODUÇÃO DE TOMATE DE MESA SOB MANEJO DA FERTIRRIGAÇÃO

Pedro Henrique Maximo De Souza Carvalho, [email protected], Sergio Oliveira Pinto De Queiroz,[email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Solanum lycopersicum; fertirrigação; salinidade

IntroduçãoO consumo do tomate tem experimentado franca expansão no mercadomundial, nas últimas décadas. Além de ser uma importante commoditymundial, ocupa lugar de destaque na mesa do consumidor, devido a suavasta disponibilidade de variedades.O manejo inadequado da irrigação, aadição de fertilizantes sem controle técnico e a baixa precipitação emambiente protegido, podem trazer, como consequência, a salinização dossolos, prejudicando o rendimento de culturas sensíveis como o do tomate(DIAS et a., 2005).Oobjetivo desse trabalho foi avaliar o uso de extratoresde solução no auxílio ao manejo da fertirrigação e no monitoramento econtrole da salinidade do solo, sob produção de cultivares de tomate demesa, em condição protegida.

MetodologiaO experimento foi realizado em ambiente protegido, no Departamento deTecnologias e Ciências Sociais campus - UNEB, município deJuazeiro.Foram avaliadas duas cultivares de tomate cereja, a cv. Pepita ecv. Gota de Mel, cujo semeio foi realizado em bandejas de poliestireno, emcasa de vegetação.Adotou-se delineamento experimental em blocoscasualizados, em esquema de parcelas subdivididas, tendo quatromanejos da fertirrigação (Método tradicional, baseado na marcha deabsorção de nutrientes da cultura; Controle da condutividade elétrica dasolução do solo sob limite de variação em 10%; 25 e 50%) nas parcelas eduas cultivares de tomate de mesa (Pepita – doravante denominada CV 1e Gota de Mel – doravante denominada CV 2) nas subparcelas, repetidoscinco vezes.As variáveis analisadas foram: comprimento de fruto (mm);diâmetro de fruto (mm); massa média do fruto (g); teor de sólidos Solúveis(°Brix); pH; produtividade (t ha-1) e eficiência no uso da água (kg ha-1 mm-

1).Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância, atravésdo teste F, e comparação das médias de tratamentos entre si, adotando-seTukey a 5% de probabilidade, utilizando o software ASSISTAT versão 7.7beta.

Resultados e discussãoAs variáveis de pós-colheita analisadas, sendo comprimento, diâmetro,massa média de frutos, pH e S.S, foram influenciadas pelo manejo defertirrigação, resultando em frutos maiores até os tratamentos com limitede reposição da condutividade elétrica da solução do solo em 25% da CEinicial (tabela 1 e 2).A cultivar 1 obteve um maior desempenho agronômico.

Tabela 1. Desdobramento da interação entre os fatoresmanejos de fertirrigação vs. cultivares para as variáveis

comprimento de fruto (C.F), diâmetro de fruto (D.F) emassa média de frutos (M.M.F)

Manejos defertirrigação

C.F D.F M.M.F

Mm Mm gramas

CV 1 CV 2 CV 1 CV 2 CV 1 CV 2Marcha de

absorção

24.616 aA

20.689 aB 23.072 Aa 19.33

4 aB7.584

aA4.818

aB

Repos 23.98 18.68 22.456 aA 18.19 7.038 3.920

ição a10% 5 aA 8 aB 0 aB aA aB

Reposição a25%

24.006 aA

18.752 aB 22.711 aA 17.40

3 aB7.182

aA3.829

aBReposição a50%

23.295 bA

0.000bB 22.140 bA 0.000

bB6.667

bA0.000

bB

Médias seguidas de letras minúsculas diferentes navertical diferem entre si, e médias seguidas de letras

maiúsculas diferentes na horizontal diferem entre si, a5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.

Tabela 2. Desdobramento da interação entre os fatoresmanejos de fertirrigação vs. cultivares para as variáveisManejos

defertirrigaçã

o

pH S.S

°Brix

CV 1 CV 2 CV 1 CV 2Marcha deabsorção 3.786 aA 3.742 aA 5.200 abA 5.200 bA

Reposiçãoa 10% 3.712 aA 3.740 aA 5.700 aA 6.200 abA

Reposiçãoa 25% 3.904 aA 3.656 aA 4.620 bB 6.420 aA

Reposiçãoa 50% 3.878 bA 0.000 bB 5.820 bA 0.000 cB

Médias seguidas de letras minúsculas diferentes navertical diferem entre si, e médias seguidas de letras

maiúsculas diferentes na horizontal diferem entre si, a5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.

ConclusõesO manejo de fertirrigação com base na reposição da condutividade elétricada solução do solo, nos níveis de 10% e 25% proporciona frutos de tomatecom características qualitativas e quantitativas semelhantes ao sistemaconvencional de produção, sob menor consumo de fertilizantes .A cultivar pepita apresentou desempenho produtivo superior para todas asvariáveis produtivas, físicas e químicas avaliadas.

AgradecimentosA UNEB através do PICIN pelo apoio financeiro

Bolsa: PICIN

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

AVALIAÇÃO QUALI-QUANTITATIVA E ESPACIAL DE MICROPLÁSTICOS EM SEDIMENTOS

E NA COLUNA D`ÁGUA NO BALNEÁRIO CANTO DAS ÁGUAS – GLÓRIA/BASara Jiordania Soares Alves, [email protected], Fatima Lucia De Brito Dos Santos, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoEngenharia De Pesca

Palavras-Chave: rio São Francisco; resíduos; impactos

IntroduçãoO presente trabalho teve como objetivo analisar quali-quantitativamente omicroplástico em sedimentos (seco e molhado) e na coluna d’água,e adistribuição espacial noBalneário Canto das Águas em Glória – BA,área delazer e entretenimento, .

MetodologiaColetas foram realizadas em set e nov/18, janeiro, mar e mai/19 noBalneário Canto das Águas - Glória-BA. Os sedimentos seco (05 pontoscomisolamento de áreas com usode quadrado em área de 1m2)eúmido(uso de draga manual)foram obtidos em aproximadamente 1kg elevados para o laboratório para posterior análise.Após secagem domaterial, foram triados e pesados em balança analítica e posteriormenteanálises em esteromicroscópio dos materiais separados. Para confirmaçãodos microplásticos, utilizou-se o teste do ácido nítrico a 65%. As coletas deágua foram subsuperficiais utilizando redes de plâncton com aberturas demalha entre 64 e 160µmnasprofundidades de 0,5; 1,0 e 1,5m. Foi utilizadoANOVA para análises estatísticas pelo Teste de Tukey significância de 5%.

Resultados e discussãoForam encontrados 228 partículas de microplástico na área seca, 75 nosedimento molhado e 330 nas amostras de água. Essas partículasidentificadas nas categorias plástico e filamento apresentaram umadistribuição espacial diferenciada, com filamento exibindo semelhançaquantitativa entre os pontos e meses pesquisados. O que não ocorreu paracategoria plástico. Também, essa categoria não foi encontrada na colunad`agua nas malhas 64 e 160µ em nenhuma profundidade estudada. Amaioria dos filamentos encontrados foram nas cores azul e incolor,consistente com alguns outros estudos.

A categoria filamento nas amostras de água demonstrou diferençasignificativa apenas no mês de novembro/18 (malha 64µ, profundidade

1,5m).

Entretanto, para malha de 160µ foi possível observar diferença significativaem janeiro/19 na profundidade 0,5m e em setembro/18 nas profundidades1,0m e 1,5m.A análise realizada no sedimento seco distribuída em 5pontos, apresentou na categoria filamento diferença significativa nosdiferentes pontos entre os meses de coleta. Com a frequência demicroplásticos variando no sedimento seco durante os meses de coleta,observou-se maior frequência para o P1 nas duas categorias: 37,67%(plástico) e 28,0% (filamento) sendo este localizado à margem do rio (linhad’água), o que confere maior evidência de aporte de microplásticosproveniente dos resíduos advindos da água.Com relação à frequência nosedimento molhado, observou-se que os maiores valores (42,85%categoria plástico e 39,28% categoria filamento) foram identificados namenor profundidade.

ConclusõesConclui-se que foi constatado presença de microplástico no sedimentoseco, molhado e água, nas categorias plástico e filamento, sendo essaúltima mais encontrada. Nas amostras de água, filamento apresentoudiferença significativa nas profundidades estudadas apenas na malha160µ. A distribuição espacial dos microplásticos não apresentoucomportamento harmônico com os eventos Copa Vela em setembro/18, asférias em janeiro/19 e Moto Paulo Afonso em maio/19. A maior frequênciade microplástico no sedimento seco e molhado foi proveniente de resíduosadvindos da dinâmica das águas que tendem reter os sedimentos emicroplásticos nessa região. O presente trabalho, inédito na regiãoestudada possibilitou legitimar e conhecer a situação quali e quantitativa domicroplástico, visto que as pesquisas ainda são escassas no Brasil,tornando-se assim um trabalho relevante.

AgradecimentosÀ UNEB pela oportunidade; à Prof Fátima Brito pela dedicação, ao PICIN.

Bolsa: PICIN

Referências:FAO FISHERIES AND AQUACULTURE TECHNICAL PAPER - Microplastics infisheries and aquaculture, 2017.HORTON, A. A.; WALTON, A.; SPURGEON, D. J.; LAHIVE, E.; SVENDSEN,C.Microplastics in freshwater and terrestrial environments: Evaluating the

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

AVALIAÇÃO QUALI-QUANTITATIVA E ESPACIAL DE MICROPLÁSTICOS EM SEDIMENTOS

E NA COLUNA D’ÁGUA – BALNEÁRIO DA PRAINHA – PAULO AFONSO/BAMarcia Cordeiro Torres, [email protected], Fatima Lucia De Brito Dos Santos, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoEngenharia De Pesca

Palavras-Chave: rio São Francisco; resíduos; impactos

IntroduçãoOs microplásticos são partículasque apresentam tamanho inferiora 5mm edividem-se em primáriose secundários. Dessa forma, é de sumaimportânciade se realizar estudo de monitoramentoem ambientes deáguadoce (BARBOSA, 2018). O presente trabalho teve como objetivoavaliar quali-quantativamente o microplastico e a distribuição espacial, pormeio de sedimento e amostras de água, podendo elencar possíveiscausaspara o microplastico no Balneário Prainha no municípiode PauloAfonso/BA.

MetodologiaColetas foram realizadas em set e nov/18, janeiro, mar e mai/19 noBalneário Prainha. Os sedimentos seco e úmido foram obtidos em aprox.1kg elevados para o laboratório para posterior análise.Após secagem domaterial, foram triadase pesadas em balança analítica e posteriormenteanálises em esteromicroscópio dos materiais separados e paraconfirmação dos microplásticos utilizou-se o teste do ácido nítrico (HNO3)65%. As coletas de água foram subsuperficiais utilizando redes deplâncton com aberturas de malha entre 64 e 160µm. Foi utilizado ANOVApara análises estatísticas pelo Teste de Tukey significância de 5%.

Resultados e discussãoNas análises realizadas em amostras de água e sedimento (úmido e seco)foram detectados microplásticos como filamentos e plásticos (moles eduro) e fragmentos em diversas cores e tamanhos demonstrando serem deorigem secundária. Para sedimento seco foi quantificado um total de 135microplásticos, resultado da categoria plástico (coloridos), não sendoidentificados nas demais categorias.Os resultados em relação àdistribuição espacial foram encontrados em todos os pontos nos diferentesmeses de coleta.Com a frequência de microplásticos variando durante osmeses de coleta, observou-se uma maior frequência para P2 (27,40 %)sendo este localizado próximo aos bares e restaurantes, isso conferemaior evidência de aporte de microplásticos proveniente dos resíduosadvindos desses locais. Enquanto que P5 localizado à margem do rioapresentou menor valor (15,55 %) atribuído provavelmente aodistanciamento dos bares.Maiores médias foram apresentadas nos mesesde set/18 e jan/19, sendo isso esperado em função do Copa Vela e férias,respectivamente (Tabela 1). Março e maio/19 observou-se menoresmédias, possivelmente devido à presença abundante de macrófitasaquáticas, impossibilitando acesso ao banho no rio e consequentementediminuindo fluxo de pessoas no balneário, tendo apresentadodiferençasignificativa entre todos os pontos em relação aos meses de amostragem.Tabela 1: Médias dos microplásticos obtidos no sedimento seco em pontosdistintos.

No sedimento úmido foram obtidos 51 itens encontrados nasprofundidades estudadas (0,5; 1,0 e 1,5m), identificados como filamentoscoloridos, predominando cor azul, porém nas demais categorias não foramconstatadas nenhum i tem ( tec ido, metal , v idro, borracha e

madeira).Observou-se que para médias do sedimento úmido não foiapresentada diferença significativa. Maiores médias (7,5 e 5,0)encontradas na profundidade de 1,5m foram possivelmente provenientesda dispersão do microplástico advindo da faixa de areia e pelo movimentoda água, sendo depositados no fundo. ParaIvar do Sul e Costa (2014), adistribuição dos microplásticos na coluna d’água é fortemente definida pelopadrão hidrodinâmico geral de cada região específica, podendo atingirmaiores profundidades, sendo observado comportamento similar nopresente trabalho.Maiores médias ocorreram em set/18 e jan/19, CopaVela e férias, respectivamente.Foi quantificado um total de 279microplásticos, 55% nas amostras da rede de malha 64µm e 45% namalha 160µm. Conforme Mariani (2017), trabalhos realizados com malhasmaiores que 200-300µm acredita-se ter uma parte dos microplásticosperdidos. Sendo esta escolha das malhas do presente trabalho para seobter maior seletividade.Aindaconforme Mariani (2017) foram encontradosmicroplásticos (filamentos, plásticos moles e plásticos duros) em duasseleções de malhas, tal como o presente trabalho, porém em redes commalhas diferentes.A quantidade de microplásticos caracterizada por tipo foimaior para filamentos e plásticos duros nas amostras malha 64 µm, excetopara nov/18 (plástico duro) e jan/19 (filamento) (Tabela 2).

Tabela 2:Tipos de microplásticos encontrados nas malhas de amostragem64 e 160 µm nos meses de set e nov/18 e jan/19.

ConclusõesO presente estudo comprovou ocorrência de microplásticos em meio seco,úmido e água, dos quais a água foi quantitativamente mais representada,tendo nas categorias filamento e plástico duro maiores valores,decorrentes do fluxo de pessoas em períodos distintos no BalneárioPrainha, atribuindo-se como resposta de ação antrópica.A referida pesquisa mostrou-se um estudo inédito, relevante parasensibilizar comunidades, órgãos públicos e particulares, instituiçõeseducacionais, consumidores, visitantes e vendedores como formadedesenvolver programas de conscientização para enfatizaro problema dapersistência dos plásticos no ambiente.

AgradecimentosA UNEB pela infraestrutura e a orientadora Profa. Drª Fátima Brito.

Bolsa: PICIN

Referências:BARBOSA, P. S. Ingestão de partículas de plástico pelo pacu-curupeté tometeskranponhah (serrasalmidae), peixe endêmico do rio xingu, brasil. Dissertação(Mestrado) - Programa de Pós-graduação em Ecologia Aquática e Pesca(PPGEAP), Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará, Belém,2018.IVAR DO SUL, J. A.; COSTA, M. F. The present and future of microplastic pollutionin the marine environment. Environ Pollut, v. 185, p. 352-64, 2014.MARIANI, R. F. Distribuição interdecadal e relações entre o zooplâncton e osmicroplásticos de um sistema estuarino tropical (Canal de Santa Cruz,Pernambuco, Brasil). Dissertação. Universidade Federal Rural de Pernambuco.Recife. 2017.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

VARIAÇÃO ESPACIAL DE MICROPLÁSTICOS E ZOOPLÂNCTON NO RESERVATÓRIO RIO

PIRANHAS-AÇU DO RIO SÃO FRANCISCO - RN – PBMarina Pereira Da Silva, [email protected], Tamara De Almeida E Silva, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoEngenharia De Pesca

Palavras-Chave: COPEPODA; CLADOCERA; ROTÍFERA; POLUIÇÃO

IntroduçãoO meio hídrico está ligado ao abastecimento público de água, irrigação,geração de alimentos, lazer, indústrias, energia, a agropecuária,aquicultura, fauna e flora e outros. Tais atividades geram consequênciascada vez mais nítidas, e afetam o meio ambiente, abrindo portas para maisos poluentes. Um dos poluentes encontrados em maior abundância é oplástico, onde a produção global de plásticos teve aumento de 1,7 paracerca de 311 milhões de toneladas/ano, acarretando uma maiorquantidade de resíduos, onde poucos são reutilizados ou reciclados, destaforma o destino final acaba sendo o meio ambiente. Em decorrência aosprocessos abióticos e bióticos, tais como a radiação solar, ação mecânica,hidrólise e ação microbiana existe a quebra de ligações químicas, gerandouma degradação do material, formando partículas que resultam emmicroplásticos, que são partículas de até 5mm. Os microplásticosconseguem facilmente se infiltrar em meio a outros grupos, como nacomunidade de fitoplâncton e zooplâncton, misturando-se ao meio,passando a ser confundido com alimentos por alguns organismosaquáticos. Os zooplânctons são considerados bioindicadores de qualidadede água, onde sua presença, quantidade e distribuição indicam a extensãodo impacto ambiental no ecossistema aquático onde se encontram. Ospoluentes que chegam ao rio descaracterizam o mesmo, nesse trabalho abacia estudada é do Rio Piranhas-Açu, a ideia é comparar a variação dosbioindicadores e dos microplásticos diante esses poluentes, decorrida asatividades humanas, essa bacia abrange dois estados do nordestebrasileiro, o Rio Grande do Norte e a Paraíba, tornando a baciaresponsável por atividades desenvolvidas nos dois estados.

MetodologiaA Bacia Hidrográfica Piranhas-Açu, situada um clima semiárido nordestinoe que possui uma área total de drenagem de 43.681,50 Km2,e entre suaextensão alguns pontos foram selecionados, como o Açude EngenheiroÁvidos, o Açude São Gonçalo, Açude Armando Ribeiro Gonçalves epontos a montante e jusante dos açudes citados. Onde foram coletadasum total de 24 amostras no período de 2017 e 2018 na Bacia do RioPiranhas-Açu (Eixo Norte do Rio São Francisco),através do arrastosubsuperficial com uma rede plâncton de 64 µm de abertura de malha comum barco, durante 5 minutos. Onde as amostras foram acondicionadas empotes plásticos, fixadas em formol neutralizadas com Bórax a 4% eetiquetadas. Após a coleta foram realizadas análises quali-quantitativasdos microplásticos e da comunidade zooplanctônica.Os microplásticosforam identificados pelos formatos e cores e logo após foi feito um testecom Ácido Nítrico (HNO3 a 65%), e para a comunidade zooplanctônica foiutilizada chaves de identificação. Foram feitos cálculos de abundância,densidade e frequência para os zooplânctons, e nos microplásticosocálculo de densidade, assim como cálculos estatísticos para ambos.

Resultados e discussãoO inventár io de microplást icos ident i f icou 501 unidades demicroplásticos/m³ com 3 tipos de formatos (fiapo, fio e fragmento), nascores azul, branco, cinza, laranja, marrom, preto, verde e vermelho, comdestaque, o fiapo das cores azul e preta. Houve uma nítida variaçãoespacial entre os pontos P5 (1,97 microplásticos/m3) e P9 (26,33microplásticos/m3), apresentando um valor médio de 12,31 ± 28, 07microplásticos/m3. O inventário taxonômico foi composto por 30 táxons,representados pelos Filos Rotífera e Crustacea (Cladocera, Copepoda eOstracoda), onde os Rotífera se destacaram com 17 espécies havendo

uma oscilação mínima no P22 (120,25 org/m³) e máxima em P14(12119,53 org/m³). As densidades de microplásticos e zooplânctonsvariaram de acordo com o local de coleta, onde quando valores dedensidade de microplásticos eram relativamente alto, a densidade dezooplâncton era menor. Os microplásticos interferem no desempenho dacomunidade zooplanctônica, na sua reprodução e crescimento. Afrequência e abundância dos zooplâncton está diretamente interligada comas atividades próximas aos pontos de coleta (aquicultura, lazer,agropecuária, indústria, efluentes), a capacidade de suporte do açude e aonúmero de habitantes nas cidades. Os organismos que se sobressaíramforam os Brachionus, Thermocyclops e Notodiaptomus, em termos defrequência e abundância, além dos náuplios. Os Brachionus são filtradoresbeneficiados pela a alta concentração de nutrientes, e estão presentes emtoda coluna d’água e apresentam estabilidade positiva nos mais variadosnichos ecológicos e graus de trofia. A presença dos Notodiaptomus estácorrelacionada com a presença de cianobactérias no ambiente,caracterizando um local eutrófico, e possui ótima adaptação ao meio. Odestaque do Copepoda Thermocyclops sp. pode está relacionado com oRotífera do gênero Brachionus, servindo de alimento para o mesmo. Osíndices de diversidade específica foram caracterizados como muito baixo ea equitabilidade não apresentou variação significativa entre os pontos.

ConclusõesOs gêneros de zooplâncton que apresentaram maiores proporçõessugerem que a bacia do Rio Piranhas-Açu seja eutrófica, advindas dasaltas atividades antrópicas em sua extensão, assim como a presença demicroplástico sugere poluição no meio aquático. Quando encontrado emaltas densidades, os microplásticos prejudicam a aptidão da comunidadezooplanctônica, pois a mesma ingere o microplástico, comprometendo todaa cadeia trófica, por serem considerados alimentos primários, podendotambém gerar uma bioacumulação, pois além de absorverem a poluição doambiente, entram no mesmo contaminado com substâncias adquiridasdurante a fabricação do plástico. A poluição por esse polímero vemaumentando, faz-se necessário que verifique os possíveis riscos que osmesmos podem causar ao ambiente e consequente aos seres humanos.Este trabalho contribuirá para estudos futuros sobre microplásticos emáguas dulcícolas e sua influência sob a comunidade zooplanctônica, bemcomo preenche as lacunas existentes, principalmente no que tange aosefeitos a longo e curto prazo na biota.

AgradecimentosAgradeço aos que colaboraram em todos os sentidos durante a produçãodeste trabalho.

Bolsa: Voluntário

Referências:ABIPLAST, 2019. http://www.abiplast.org.br/publicacoes/perfil-2015/:Acessado em29.08.19.BETTS, K 2008. Why small plastic particles may pose a big proble in the oceans.Enviromental Science & Technology 47: 593-600.CALLISTO, M. & GONÇALVES, J.F.JR. 2002. A vida nas águas das montanhas.Ciência Hoje. 31 (182): 68-71.RAO; KUMAR. Paatterns of prey selecitivy in the cyclopoid copepod mesocyclopsthermocyclopoids. Aquatic Ecology 36: 411-424.2002.SETÄLÃ, O.; FLEMING-LEHTINEN, V.; LEHTINIEMI, M. 2014. Ingestion andtransfer of microplastics in the planktonic food web. Environmental pollution,185:77-83.TEUTEN, E. L. ROWLAND, S. J.GALLOWAY, T. S. THOMPSON, R. C. Potentialfor plastics to transport hydrophobic contaminants. Environmental ScienceTechnology, v. 41, 2007.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

VARIAÇÕES ESPAÇO-SAZONAL DOS MICROPLÁSTICOS E ZOOPLÂNCTON EM

ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS DA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCOAgiley De Roma Cardoso, [email protected], Tamara De Almeida E Silva, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoEngenharia De Pesca

Palavras-Chave: Copepoda; Cladocera; Rotifera; Poluição

IntroduçãoA influência mútua de microplásticos relacionado a organismos de águadoce e os riscos que podem ser oferecidos associados ao consumohumano por parte de organismos que ingeriram essas partículascontinuam a ser uma incógnita e por isso e necessário se obter maisconhecimento sobre. São escassos os estudos que abordem aproblemática do microplástico em ambientes continentais, e os poucosexistentes abordam a ingestão desses polímeros por organismos de águadoce (SILVA-CAVALCANTI et al., 2017).Quando se associa o zooplâncton ao microplástico, o intuito é o obterrespostas através dessa interação, visto que o os polímeros de plásticopode acumular substâncias orgânicas e metais pesados, que tambémpodem afetar os organismos zooplanctônicos quando em contato com taismateriais inóspitos (BARBOSA, 2017; SILVA-CAVALCANTI et al., 2017).Assim, o estudo do zooplâncton e microplásticos em água doce pode serconsiderado com um marco inicial gerando informações que fomentemrespostas sobre o efeito da poluição na sobrevivência e crescimento dosorganismos e seu efeito na teia trófica.Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar as variaçõesespaço-sazonal e responder às questões relativas à diversidade edinâmica das comunidades zooplanctônicas e do microplástico no rioParaíba e do açude Epitácio Pessoa pertencentes à bacia do rio SãoFrancisco.

MetodologiaAs amostras foram coletadas no rio Paraíba e açude Epitácio Pessoapertencentes à bacia do rio São Francisco nos anos de 2017 e 2018,através de arrastos subsuperficiais, com rede de plâncton de 64 µmabertura de malha com duração de 5 minutos, com auxilio de um barco em24 pontos. Após essa etapa, as amostras foram acondicionadas em potesplásticos e f ixadas em formol neutral izado com bórax a 4%.Posteriormente, no Laboratório de Qualidade de Água no Centro deDifusão de Tecnologia em Aquicultura (CDTA) da UNEB Campus VIII,ocorreram as análises quantitativas e identificação da comunidadezooplanctônica e do microplástico. Após a identificação e quantificaçãoforam calculadas: Densidade dos Organismos (org. m-3) para omicroplástico e zooplâncton, Abundância Relativa (%) e Frequência deOcorrência (%) sobre a comunidade zooplanctônica, posteriormente foramaplicados os testes estatísticos (Índices de Diversidade Específica eEquitabilidade).

Resultados e discussãoAtravés das análises de identificação e quantificação, observou-se quemicroplástico apresentou 296 tipos sendo 172 no período e 124 chuvoso,apresentando as seguintes formas: fiapos, fios e fragmentos (rígidos emacios) e as cores variaram entre azul, lilás, preto, transparente e verde.Já a comunidade zooplanctônica o registrou a presença de 15 táxons,sendo 9 espécies de Rotífera 5 de Copepoda e uma espécie de Cladocera.As densidades (Microplástico e Zooplâncton) apresentaram uma nítidavariação sazonal. Em relação ao microplático, os fiapos de cor azul foramos polímeros que apresentaram maiores valores tanto no período seco(44,80 ± 10,97 microplástico.m-3) como no período chuvoso (25,50 ± 7,11microplástico.m-3). O zooplâncton apresentou valor máximo de densidadeno período seco com 51.522,30 ± 12602,21 org.m-3 e no período chuvosoo maior valor registrado foi de 20.687,52 ± 5774,05 org.m-3. Foi observadoque os táxons que mais contribuíram para esses valores em ambos os

períodos foram Brachionus angularis (51.345,45 org.m-3) e os náuplios deCopepoda (7.457,18 org.m-3), ambos se destacaram como dominante(50% |- 30%) e muito frequente (&62; 70 %:) nos dois períodos, foi possívelconstar que ambas as espécies podem ser consideradas como indicadorasde ambientes eutrofizados.

De acordo com os cálculos estatísticos aplicados foi possível constatar quea diversidade especifica não apresentou uma diferença significativa, entreespécies e os pontos, variando de muito baixa (H´&60; 1,0 bits. org.m-1) abaixa (2,0 = H´&60; 1 bits. org.m-1) e a equitabilidade apresentou valoresde forma geral superiores &62; 0,5 (significativo equitativo) constatandoboa distribuição entre os indivíduos e as espécies.

ConclusõesLevando-se em conta o que foi observado no presente estudo sobre o rioParaíba e o Açude de Epitácio Pessoa pertencente à transposição do riosão Francisco (Eixo Leste), pôde-se concluir que as comunidadesestudadas apresentam heterogeneidade espacial e sazonal, sendo que asespécies de zooplâncton que expuseram maior regularidade demonstramsuas correlações com variáveis indicadoras de eutrofização e poluição;Quando relacionado à comunidade zooplanctônica ao microplástico, oambiente estudado apresenta sinais de eutrofização e poluição,evidenciando a possível relação entre os organismos zooplanctônico e ospolímeros sintéticos, podendo afetar direta ou indiretamente a saúde,ecologia das espécies estudada;Diante disso, a poluição dos ambientes aquáticos pelos microplásticos éuma preocupação crescente e nítida no séculos atual, desse modo se faznecessário a continuidade de pesquisas que busquem responder damelhor forma a relação entre dinâmica das comunidades zooplanctônicase do microplástico, visando compilar informações que minimizem osimpactos na sobrevivência e crescimento dos organismos e seu efeito nateia trófica.

AgradecimentosA UNEB Campus VIII, pela disponibilidade da infra-instrutura eequipamentos, a FAPESB/IC pelo apoio financeiro da bolsa para arealização deste trabalho a o Ministério da Integração pela doação dasamostras de plâncton e a orientadora Dra. Tâmara de Almeida e Silva.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:ANDRADE, G. F. Ocorrência, distribuição e grau de poluição por pellets, lixode praia e lixo bentônico nas praias do município de Salvador, Bahia, Brasil.Salvador, 2014. 101p.BARBOSA, B. C. A. Efeitos ecotoxicológicos de microplásticos e outroscontaminantes ambientais em Daphnia magna. M. ICBRAS, 2017.JAMBECK, J.R.; GEYER, R.; WILCOX, C.; SIEGLER, T.R.; PERRYMAN, M.;ANDRADY, A.; NARAYAN, R.; LAW, K.L. Plastic waste inputs from land into theocean. Science, v.347, n.6223, p.768-771. 2015.LUCENA, L.C.A.; MELO, T.X.; MEDEIROS, E.S.F. Zooplankton community ofParnaíba River, Northeastern Brazil. Acta Limnologica Brasiliensia, v. 27, n. 1, p.118-12, 2015.REIS, K.P.; PAINA, K.A; WISNIEWSKI, M.J.S. Comparação da comunidadezooplanctônica de dois corpos d’água da Serra da Mantiqueira-MG. Periódicoseletrônicos XI Fórum de Atla Paulista, v. 11, n. 1, p. 62-76, 2015.SILVA-CAVALCANTI, J.S.; SILVA ELTON, J.D.B.; FRANÇA, J.; ARAÚJO, M.C.B.;GUSMÃO, F.; Microplastics ingestion by a common tropical freshwater fishingresource. Environmental Pollution. Volume 221, February 2017, Pages 218-226.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

VARIAÇÃO ESPACIAL DE MICROPLÁSTICOS E DO ZOOPLÂNCTON EM RESERVATÓRIOS

DO RIO SÃO FRANCISCO EIXO LESTEMarcos Eduardo Soares Lacerda, [email protected], Tamara De Almeida E Silva, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoEngenharia De Pesca

Palavras-Chave: Copepoda; Cladocera; Rotifera; Poluição

IntroduçãoHoje em dia, muitos integrantes das comunidades cientificas têm sepreocupado com a quantidade alarmante de poluição por microplásticospresentes em suspensão na coluna d’ água e no substrato, e devido à suaampla distribuição, capacidade de adsorção e dispersão de contaminantesorgânicos e potencial de ingestão por organismos na base da cadeiatrófica, como por exemplo, a comunidade zooplanctônica.Desta forma, esta pesquisa visou em particular, avaliar a variação espacialde microplásticos e da comunidade zooplanctônica em um reservatório doRio São Francisco Eixo Leste, que se inicia no lago da barragem deItaparica no município de Floresta – PE e percorre 217 km até o rioParaíba – PB, após deixar parte da vazão transferida nas bacias do Pajeú,do Moxotó e da região Agreste de Pernambuco (MINISTÉRIO DAINTEGRAÇÃO NACIONAL, 2004).Assim, esse o presente trabalho foi elaborado com o intuito de buscarinformações às questões relativas à diversidade e dinâmica dascomunidades do zooplâncton e do microplásticos no Eixo Leste dosreservatórios da transposição do Rio São Francisco.

MetodologiaForam utilizadas 24 amostras de plâncton coletadas em 2017, através dearrastos subsuperficiais, com rede de plâncton de 64 µm abertura demalha com duração de 5 minutos, com auxílio de um barco. Após essaetapa, as amostras foram acondicionadas em potes plásticos e fixadas emformol neutralizado com Bórax a 4%. Posteriormente, no Laboratório deQualidade de Água no Centro de Difusão de Tecnologia em Aquicultura(CDTA) da UNEB Campus VIII, ocorreram as análises quali-quantitativasda comunidade zooplanctônica e do microplástico.Após a identificação e contagem foram calculadas as densidades (org.m-3)do microplástico e zooplâncton, abundância (%), frequência (%) para osorganismos zooplânctonico, diversidade, equitabilidade e estatística.

Resultados e discussãoFoi registrada a presença de 18 táxons, sendo 13 espécies de Rotífera, 3de Copepoda e 2 Cladocera. O microplástico apresentou 124 tiposrepresentadas pelas seguintes formas: fiapos, fios e fragmentos (rígidos emacios) e uma variedade de cores (azul, lilás, preto, transparente e verde).Espacialmente pode-se observa, que houve uma pequena variação entreos pontos de densidade dos microplásticos, em que, os menores valoresforam encontrados em P11 (0,39 ± 1,40 org.m-3) e P05, P14 e P19 (0,79 ±1,40 org.m-3). Em contrapartida os pontos que obtiveram os valoresmáximo foram: P12 (5,11 ± 1,40 org.m-3) e P24 (6,29 ± org.m-3). Nadensidade de zooplânctons foram registrados os valores mínimos nos P06,P18 e P21 com 78,6 org.m-3 e o P24 foi o que se sobressaiu tendo o maiorvalor de densidade (23.344,2 org.m-3) contribuindo para isso a espécieKeratella quadrata(14501,7 org.m-3). Os testes estatísticos confirmaramque a diversidade especifica não apresentou grandes oscilações namaioria dos pontos variando de baixo (H´ &60; 1,0 bit. Ind-1) a muito baixo(2,0 = H´ &60; 1,0 bit. Ind-1) e a equitabilidade apresentou relaçãosignificativa e equitativa (&62;0,5) com as espécies e os pontos de coleta.

ConclusõesQuando associado à comunidade zooplanctônica aos microplásticosobservou que a poluição como consequência do lixo doméstico édespejado diretamente no reservatório sem receber o devido tratamento,podendo afeta no desenvolvimento da biota aquática, além disso, os

plásticos despejados através da rede de esgoto nos rios podem provocaralterações no comportamento alimentar de organismos como ozooplâncton

Portanto, a ação antrópica pode ser caracterizada como o fator de maiorcontribuição para entrada de pequenas partículas de plásticos no meioaquático tornado assim necessário à realização de mais estudos querelacionem os decorrentes problemas ocasionados entre a interação dacomunidade zooplanctônica e os microplásticos em águas continentais.

Agradecimentos- A UNEB Campus VIII, a FAPESB pelo apoio financeiro da bolsa pararealização do trabalho e a Dra. Tâmara de Almeida e Silva.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:Andrade Neto, G. F. Ocorrência, distribuição e grau de poluição por pellets, lixo depraia e lixo bentônico nas praias do município de Salvador, Bahia, Brasil. Salvador,2014. 101p.BOERGER, C.M., LATTIN, G.L., MOORE, S.L., MOORE, C.J. Plastic ingestion byplanktivorous fishes in the North Pacific Central Gyre. Marine Pollution Bulletin.60, 2275–2278. 2010BRASIL. Descrição do Aproveitamento de Apolônio Sales. Chesf. Todos os direitosr e s e r v a d o s , 2 0 1 6 . D i s p o n í v e l e m :https://www.chesf.gov.br/SistemaChesf/Pages/SistemaGeracao/ApolonioSales.aspx. Acesso em 06 de agosto de 2019

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

VARIAÇÃO ESPACIAL DE MICROPLÁSTICO E DO ZOOPLÂNCTON EM RESERVATÓRIOS

DO RIO SÃO FRANCISCO DO EIXO NORTEJonathan Pereira Do Nascimento Lima, [email protected], Tamara De Almeida E Silva,

[email protected] de Educação, Campus VIII, Paulo Afonso

Engenharia De PescaPalavras-Chave: Bioindicadores; Eutrofização ; Plástico ; Impactos

IntroduçãoUltimamente as poluições causadas por microplásticos têm chamado àatenção da sociedade cientifica, uma vez que essa é generalizada nosecossistemas aquáticos e representa uma grande ameaça para abiodiversidade (LIMA et al., 2014, IVAR DO SUL & COSTA; 2014). Amaioria destes poluentes são persistentes, bioacumuláveis e tóxicos;portanto, eles são particularmente preocupantes para a saúde humana eambiental.Com base no que foi mencionado acima, foi realizada essa pesquisa queteve por objetivo investigar a variação espacial dos microplásticos e dozooplâncton no reservatório tropical da transposição do Rio São Franciscono Eixo Norte.

MetodologiaNo desenvolvimento do projeto, foi coletada 24 amostras de plâncton noperíodo de 2017 e 2018 nos reservatórios que fazem parte da transposiçãodo Rio São Francisco no Eixo Norte. As quais foram coletadas através doarrasto subsuperficiais com uma rede de plâncton de 64 µm de abertura demalha com um barco, durante 5 minutos. Em seguidas as amostras foramacondicionadas em potes plásticos, fixadas em Formol neutralizadas comBoráx a 4% e etiquetadas. Na etapa seguinte no Laboratório de AnáliseQuímicas, Físicas e Biológicas em Aquicultura e do Rio São Francisco(AQUILAB) do CDTA da UNEB Campus VIII foram realizadas as análisesquali-quantitativas dos microplásticos e da comunidade zooplanctônica.Após identificação e contagem da comunidade zooplanctônica foramcalculadas: Abundância Relativa dos Organismos (%), Frequência deOcorrência dos Organismos (%), Densidade dos Organismos (org.m-3),Índice de Diversidade Específica (bit. ind -1) e Equitabilidade. E omicroplástico calculado a densidade (org.m-3).

Resultados e discussãoForam identificados um total de 25 táxons para o Eixo Norte representadapelos Filos Rotifera e Crustacea (Cladocera, e Copepoda), destacando-seos Rotifera seguido pelos Copepoda e Cladocera. Os maiores valores dedensidades da comunidade zooplanctônica ocorreram nos pontos P5(51.396,54 m-3 ± 13528,91), P3 (47.104,98 m-3 ± 13528,91) e P15 (36.942m-3 ± 13528,91). Os microplásticos contabilizaram o total de 325polímeros, as formas se distinguiram em: fios (filamentos e fiapos) efragmentos (macios) representados pelas cores: verde, azul, vermelho,lilás, preto e transparente. Esses microplásticos registraram o maior valorde densidades no ponto P15 (12,58 m-3 ± 6,05). De acordo com afrequência de ocorrência, apenas os náuplios de Copepoda foramconsiderados muito frequentes (83,33%). Com relação à abundânciarelativa, os organismos enquadrados como outros (37,83%) e os náupliosde Copepoda (32,81%) foram enquadrados como abundantes. Os valoresde diversidade apresentaram 11 pontos com o índice considerado muitobaixo (&60; 1,0 bit. ind -1) e 13 pontos acima de 1,0 bit. ind -1, ou seja,baixa diversidade. A equitabilidade foi geralmente acima de 0,4 flutuandoentre 0,26 em P5 a 1,0 nos P1 e P2 de 1,0, apresentando uma distribuiçãoequitativa e uniforme na maioria dos pontos.

ConclusõesAssim, esse estudo reforça a importância de pesquisas voltadas para ainfluência do microplástico na comunidade zooplanctônica em ambientesdulcícolas e nos demais elos da teia trófica notadamente do rio SãoFrancisco, bem como servindo para preencher as lacunas existentes,

principalmente no que tange aos efeitos a longo e curto prazo fornecendodados para elucidar quais os potenciais riscos esses plásticos podemcausar aos ecossistemas aquáticos e a saúde humana.

AgradecimentosA UNEB Campus VIII, pela disponibilidade da infra-instrutura eequipamentos, ao PICIN/UNEB pela bolsa financiadora, ao Ministério daIntegração pela doação das amostras de plâncton e a orientadora Dra.Tâmara de Almeida e silva.

Bolsa: PICIN/PIBITI

Referências:BROWNE, M.A., DISSANAYAKE, A., GALLOWAY, T.S., LOWE, D.M.,THOMPSON, R.C., 2008. Ingested microscopic plastic translocates to thecirculatory system of the mussel, Mytilus edulis (L.). Environ. Sci. Technol. 42,5026 e 5031.COLE, M.; LINDEQUE, P.; HALSBAND, C.; GALLOWAY, T.S. Microplastics ascontaminants in the marine environment: A review. Marine Pollution Bulletin. v.62, n. 12, p. 2588-2597, 2011.DANTAS, D.V., BARLETA, M., FERREIRA DA COSTA, M., 2012. The seasonaland spatial patterns of ingestion of polyfilamnt nylon fragments by estuarine drums(Scianidae). Environ. Sci. Pollut. Res. 19, 600–606.IVAR DO SUL, I.A.; COSTA, M.F. The present and future of microplastic pollution inthe marine environment. Environmental Pollution. 185 (2014) 352 e 364.LIMA, A.R.A.; COSTA, M.F.; BARLETTA, M. Distribution patterns of microplasticswithin the plankton of a tropical estuary. Environmental Research. 132 (2014) 146a 155 LOEB, S. L. & SPACIE, A. Biological monitoring of aquatic systems. LewisPublishers, London, 381p. 1994.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

CONTROLE DE EUSCHISTUS HEROS (FABRICIUS) POR INSETICIDAS QUÍMICOS EM DUAS

FORMAS DE APLICAÇÃODeucymara Bomfim Alves, [email protected], Marco Antonio Tamai, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Percevejo marrom; Soja; Manejo

IntroduçãoO manejo do percevejo-marrom Euschistus heros (Fabricius) em lavourasde soja deve envolver medidas integradas de controle, dentre essas o usode inseticidas químicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o controle deadultos do inseto através de inseticidas químico submetidos a diferentesformas de aplicação.

MetodologiaA pesquisa foi conduzida na UNEB - Campus IX,de agosto/2018 amaio/2019, em delineamento de blocos ao acaso e 15 tratamentos:

No expe r imen to 1 os i nse t i c i das fo ram ap l i cados em 4bandejasplásticascontendo 10 percevejos/bandeja (repetição), avaliando-se após 6, 9, 24, 27, 30, 33, 48, 51, 54 e 57 horas da aplicação:1) insetosmortos (caídos e imóveis); 2) insetos caídos, e com movimentos lentos daspernas; 3) insetos caídos, e com movimentos ativos das pernas; 4) insetosem posição normal, mas parados; 5) insetos em posição normal, andandolentamente; 6) insetos em posição normal, andando ativamente; 7) insetosalimentando ou acasalando.No experimento 2 as aplicações foramrealizadas, sobre 3 vasos/tratamento, sendo cada vaso uma repetição. Osvasos foram pulverizados com os tratamentos e posteriormente infestadoscom 10 insetos adultos/vaso e então recobertos por saco de tecido voil. Asavaliações foram realizadas diariamente por 7 dias, quantificando ospercevejos nas mesmas sete categorias do Experimento 1.Os dados demortalidade acumulada de insetos (Experimentos 1 e 2) foramtransformados em porcentagem e, então, submetidos à análise devariância e comparação de médias por meio do teste de Scott-Knott(1974), a 5% de probabilidade, utilizando o programa SISVAR (Ferreira,1999). A eficiência de controle foi calculada pela fórmula de Abbott (1925).

Resultados e discussãoNo experimento 1 (ensaios com aplicação sobre o inseto), só houvediferença entre os tratamentos nas primeiras horas de avaliação. A partirdas 27 horas de avaliação não houve diferença significativa entre

tratamentos (Tabela 2), havendo eficiência de controle entre 84,7% a100,0% para os inseticidas (T2 a T15).

No experimento 2 (ensaios com aplicação nas plantas), houve diferençaentre os tratamentos a partir do quarto dia após a aplicação (DAA).Observou cinco grupos diferentes de controle (Tabela 3), havendodiferença estatisticamente entre si.

ConclusõesNo Ensaio de aplicação direta sobre os percevejos (Experimento 1) todosos inseticidas controlaram bem, apresentando eficiência de controle entre92,5% a 100,0%. No controle dos insetos por caminhamento e alimentação(Experimento 2) os produtos mais eficientes foram Engeo Pleno®,Orthene®750 BR, Perito®970 SG e Sperto®com eficiência de controle de93,3% a 100,0%.

AgradecimentosA todos que em algum momento ou de alguma forma contribuíram para arealização deste trabalho, em especial ao Prof. Dr. Marco Antonio Tamai ea Círculo Verde Assessoria Agronômica & Pesquisa.

Bolsa: Voluntário

Referências:ABBOT, W.S. A method of computing the effectiveness of an insecticide. Journal ofEconomic Entomology, College Park, v.18, p.265-266, 1925.FERREIRA, D.F. SISVAR: sistema de análise de variância para dadosbalanceados, versão 4.0. Lavras: DEX/UFLA, 1999. (Software estatístico).

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

USO DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE NA AGRICULTURA FAMILIAR DO

SEMIÁRIDO BAIANOJulio Cesar Novais Santos, [email protected], Rogerio De Souza Bispo, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Sustentabilidade; Agricultura Familiar; Comunidade de Fundo de Pasto

IntroduçãoA diferenciação das agriculturas familiares brasileiras, na perspectiva dasustentabilidade, tem recebido ênfase nos últimos anos, dos estudosempíricos baseados em indicadores, os quais atestam a existência decontextos específicos mais sustentáveis que outros, subsidiado pelaagroecologia, seja para discutir a transição agroecológica na perspectivado manejo dos sistemas agrícolas, seja para aferir o desenvolvimentosustentável de acordo com o nível ou estágio que se encontra osagroecossistemas.A despeito da vasta quantidade de estudos que se sucederam a partirdesses conhecimentos, em termos gerais, a agricultura familiar tem sidoconsiderada como mais sustentável, relativamente à agriculturaempresarial, devido a características socioculturais, econômicas eambientais, as quais se vinculam a uma racionalidade camponesa que évoltada a atender prioritariamente as demandas da própria família edepossuir valores decorrentes de uma simbiose entre o ecossistemanatural e o agricultor que, trabalhando diretamente na terra, relaciona-semais harmoniosamente com o ambiente (FINATTO e SALAMONI, 2008).Por outro lado, são poucas as investigações acerca da sustentabilidade daagricultura familiar em contextos de comunidades tradicionais de Fundo dePasto, existentes unicamente no estado da Bahia, com predominância noextremo norte, cujos modos de vida é marcado pelo o uso coletivo dosrecursos naturais.Atualmente, essas comunidades estão submetidas em constantes conflitosreferentes a questão agrária, regularização fundiária e também impactosdevido as mudanças climáticas. Diante da escassez de pesquisas e asadversidades existentes, percebe-se a necessidade de avaliar asustentabilidade dos agroecossistemas das comunidades Fundo de Pastono Semiárido Baiano, na região do Vale do São Francisco.A pesquisa teve comoobjetivo, portanto, avaliar a sustentabilidade dosagroecossistemas de base familiar consubstanciados nas comunidades deFundo de Pasto de Fartura, em Sento Sé-BA e Lagoa do Sal, em CampoAlegre de Loudes-BA.Utilizou-se o método de Índice de DesenvolvimentoSustentável - IDS (S³), desenvolvido por Sepúlveda (2008).

MetodologiaA Pesquisa realizada no âmbito do Departamento de Tecnologia eCiências Sociais – DTCS, do Campus III da UNEB, foi dividida em quatroprincipais etapas: 1. Pesquisa bibliográfica; levantamento de dadosdocumentais; 2. Participação da avaliação do “Projeto Recaatingamento” eaplicação de questiónarios ao corpo técnico doInstituto Regional daPequena Agropecuária Apropriada– IRPAA; 3. Análise e Interpretação dosdados coletados, com base no método IDS –S3, proposto por Sepúlveda(2008) e 4. elaboração do relatório de pesquisa.Os dados coletados traduziram-se em dez indicadores da dimensãoeconômica; dez da social e dez da ambiental. Mediante o cálculo da médiaaritmética dos indicadores de cada dimensão permitiu-se estabelecer osrespectivos índices compostos dimensionais.Por fim, a partir da média aritmética dos índices dimensionais chegou-seaos respectivos Índices de Desenvolvimento Sustentável - IDS de cadaagroecossistema. No que diz respeito à representação gráfica dosresultados de cada índice por dimensão, bem como do IDS (S³) foi feitaatravés de gráficos do tipo radar: Biogramas (SEPÚLVEDA, 2008).

Resultados e discussãoA Comunidade de Fartura está localizada na zona rural do município de

Sento Sé - BA à 82 km da sede, com cerca de 35 famílias morando nacomunidade, onde possui uma associação fundada em 2014 e conta comaproximadamente 27 associados.

A Comunidade Lagoa do Sal está localizada na zona rural do município deCampo Alegre de Lourdes- BA à 60 km da sede, com cerca de 42 famíliasresidindo na comunidade, além de contar com Associação comunitáriacom 20 associados.

A principal atividade econômica dessas comunidades é a criação decaprinos e ovinos de forma extensiva.

Os indicadores dimensionais, evidenciaram que a comunidade de Farturaestá com melhor índice nas três dimensões avaliadas. Para a dimensãoeconômica, o agroecossistema da comunidade Lagoa do Sal apresentouíndice 0,53, situação inferior comparado com a comunidade de Fartura,com 0,65. Na dimensão social, Fatura obtém o índice superior, de 0,45 emrelação a Lagoa do Sal 0,28. Abordando a dimensão ambiental, Farturaexprime maior índice 0,73, quando confrontado com Lagoa do Sal 0,63.

Através dos índices das dimensões econômica, social e ambientaldeterminou-se os Índices de Desenvolvimento Sustentável – IDS, ondeFartura apresentou um estado de sustentabilidade estável com índice de0,61, por outro lado, a comunidade de Lagoa do Sal está instável com0,48, como demostra os gráficos abaixo.

ConclusõesConclui-se que a Comunidade Fundo de Pasto de Fartura, em Sento Sé –BA, evidenciou um estado estável de sustentabilidade do agroecossistema,obtendo melhor resultado nas três dimensões avaliada, quando comparadocom a comunidade de Lagoa do Sal, em Campo Alegre de Lurdes- BA,que de acordo com o IDS, apresentou estado instável de sustentabilidade.Porém é necessário a continuação e aprofundamento dessa pesquisa, afimde gerar dados com maior robustez, para formulação e gerência dasestratégias que proporcione sustentabilidade ao agroecossistema.

AgradecimentosÀorientação dos professores Rogério de Souza Bispo e GiltonAlbuquerque.ÀUniversidade do Estado da Bahia - UNEB.Ao Instituto da Pequena Agropecuária Apropriada-IRPAA, pela parceria.

Bolsa: Voluntário

Referências:FINATTO R. A.; SALAMONI, G. Sociedade Agricultura familiar e agroecologia:perfil da produção de base agroecológica do município de Pelotas/RS.Sociedade & Natureza, Uberlândia, 20 (2): 199-217, DEZ. 2008SEPÚLVEDA, S. S. Biograma: metodología para estimar el nivel de desarrollosostenible de territorios. San José, C.R.: IICA, 2008

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ANÁLISE DO CRESCIMENTO INICIAL DA MELANCIEIRA (CITRULLUS LANATUS THUNB.)

EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO COM BIOFERTILIZANTES.Thais Cristina Da Silva Barbosa, [email protected], Alessandro Carlos Mesquita, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: melancia; ; cultivo orgânico; ; manejo; ; ; desenvolvimento

IntroduçãoA melancia (Citrullus lanatus sp.), planta da família das cucurbitáceas éuma das principais hortaliças cultivadas no Brasil, em especial na regiãodo Nordeste, podendo ser cultivada o ano inteiro sob condiçõesirrigadas.Os biofertilizantes promovem melhorias nas propriedadesquímicas, físicas e biológicas do solo devido aos elevados teores dematéria orgânica e nutrientes, podendo substituir total ou parcialmente osfertilizantes minerais (SCHERER et al., 2010).O objetivo desse estudo foi avaliar a eficiência e a dosagem de doisbiofertilizantes para a disponibilização de macro e micronutrientes nocrescimento inicial da melancieira, nas condições do Vale do SubmédioSão Francisco.

MetodologiaO experimento foi conduzido na área experimental da UNEB/DTCS, noperíodo de agosto a setembro de 2018.Utilizaram-se mudas de melanciaCrimson Sweet Selet, no espaçamento de 0,5 X 3,0 m com 10 plantas porparcela e quatro repetições, em esquema fatorial (2x5), sendo o primeirofator constituído de dois biofertilizantes (Bio 1 e Bio 2) e o segundo decinco doses (0, 100, 200, 400, 800), sendo o Bio 1 composto por(Pentóxido de fósforo, boro, cobalto, cobre, manganês, molibdênio, zinco)em mL/ha -¹ e o Bio 2 (nitrogênio, manganês, molibdênio, ácido L-glutâmico, agente acidificante) essas mesmas dosagens aplicadas em g/ha-¹ . Aplicação dos mesmos foi realizada aos 7 e 15 dias após o transplante(DAT). A irrigação foi feita por gotejamento, com base na evaporação dotanque classe A. Analisando-se as seguintes variáveis: diâmetro do caule(DC) utilizando um paquímetro digital, comprimento do ramo (CR) atravésde régua milimetrada, número de folhas (NF), e área foliar, estimada emcm2, multiplicando-se o comprimento pela largura da folha e pelo fator decorreção 0,7.Todos os dados obtidos foram submetidos à análise devariância pelo software estatístico SIVAR.

Resultados e discussãoEm relação à área foliar, observou-se à medida que se aumentou asdoses, ocorreu uma redução na área foliar, tanto aos 25 e 40 DAS.Verifica-se na Fig. 1 A que as melhores respostas foram observadas noBio 1 e no Bio 2 nas dosagens respectivas em 105mL/ha e 405g/ha.

Decorrido 40 (DAS) foi observado que o Bio 2 apresentou uma área foliarde 127,19 cm² na dosagem de 92,5 mg/g ha-¹ (Figura 1B). Segundo Dutraet al. (2015), é possível que o incremento na área foliar de cucurbitáceasseja relacionado com o aumento do teor de nitrogênio no substrato até umponto ótimo. Para a variável número de folhas, não houve diferençaestatística para as doses avaliadas aos 25 (DAS) (Figura 2A). Resultadossemelhantes foram encontrados por Benício et al. (2012), que comaplicação Bio não obteve efeito significativo sobre o número de folhas dasmudas de melancia.Na segunda avaliação realizada aos 40 (DAS) (Figura 2 B) houve ainteração significativa entre doses e Bio, onde pode-se observar um

decréscimo linear para o Bio 1. Já no Bio 2, mostra-se um comportamentoquadrático atingindo 35 folhas na dose de 305 g/ha.

No parâmetro de diâmetro do caule independentemente da dose aplicada,aos 25 dias após semeadura o Bio 2 foi inferior em relação ao Bio 1(Figura 3A).

Já nos 40 (DAS) (Figura 3 B), obteve-se comportamento quadrático emfunção das doses dos Bio, sendo que o maior diâmetro para o Bio 2 e Bio1 foram obtidos com as dosagens de 408 g/ha ¹ e 483 mL/ha,respectivamente. Em relação comprimento do ramo principal (Figura 4A)não houve significância aos 25 (DAS).

Observa-se que aos 40 dias de avaliação (Figura 4 B), que o Bio 1apresentou declínio linear no comprimento dos ramos. Comportamentodiferenciado ao Bio 2 que apresentou maiores valores médios quando daaplicação da dose 219 g/ha. Esses resultados divergem dos obtidos porBenício et al. (2012), observou que o comprimento do ramo principal dasmudas de melancia tiveram comportamento linear em função dasconcentrações de biofertilizantes foliar.

ConclusõesDiante dos resultados obtidos, em função da aplicação dos biofertilizantesem que a melancieira foi submetida, o Bio que se mostrou eficiente nocrescimento inicial da melancia foi o Bio 2, composto por nitrogênio,manganês, molibdênio, ácido L-glutâmico e agente acidificante.

AgradecimentosAgradeço a UNEB e ao Grupo Fisiologia Vegetal

Bolsa: Voluntário

Referências:BENÍCIO, L.P.F.; LIMA, S.O.; SANTOS, V.M.; SOUSA, S. A.Formação de mudasde melancia (Citrullus lanatus) sob efeito de diferentes concentrações debiofertilizantes., dezembro,2012.DUTRA, L. M. F.; BARBOSA, F. M.; MELO, A. S.; FERNADES, P. D.; VIDAL, M. S.;BALDANI, J. I.; MENESES, C. H. S. G. Inoculação de gluconacetobacterdiazotrophicus e seu efeito no desenvolvimento de plantas de arroz vermelho.Journal of Biology & Pharmacy and Agricultural Management, v. 10, n. 2, 2015.SCHERER, E.E.; NESI, C.N.; MASSOTTI, Z. Atributos químicos do soloinfluenciados por sucessivas aplicações de dejetos suínos em áreas agrícolas deSanta Catarina. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.34, p.1375-1383, 2010.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

EFICIÊNCIA DE BIOFERTILIZANTES NO CULTIVO DA MELANCIEIRA (CITRILLUS LANATUS

THUNB.) NA REGIÃO SUBMÉDIO DO VALE SÃO FRANCISCO.Daniel Nunes Sodré Rocha, [email protected], Alessandro Carlos Mesquita, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia De Bioprocessos E Biotecnologia

Palavras-Chave: Melancia; metabolismo; carboidrato

IntroduçãoA melancia (Citrullus lanatus) pertence à família das cucurbitáceas. OBrasil se produz cerca de 2,5 milhões de toneladas anuais, a cultura estáentre as 10 hortaliças mais plantadas no país (IBGE, 2018).Diante do atual mercado de produção, buscam-se cada vez mais alimentosprovenientes de cultivos menos agressivos ao ambiente (BRAGA, 2010).Os biofertilizantes são insumos que tem em sua composição materiaisorgânicos que podem ajudar a manter o equilíbrio nutricional dometabolismo das plantas e a ciclagem de nutrientes do solo. Porém,apesar de serem produtos orgânicos, o uso adequado é importante porapresentarem macro e micronutrientes que em quantidades elevadaspodem acabar prejudicando as culturas(CAMARGO, 2012).Diante dessas considerações, este trabalho teve como objetivo avaliar oefeito de diferentes concentrações de biofertilizante foliar e suas respostasno metabolismo da melancieira.

MetodologiaO experimento foi conduzido na área experimental da UNEB - DTCS,noperíodo de agosto a setembro de 2018.Utilizaram-se mudas de melanciaCrimson Sweet Selet, no espaçamento de 0,5 X 3,0 m com 10 plantas porparcela e quatro repetições, em esquema fatorial (2x5), sendo o primeirofator constituído de dois biofertilizantes (Bio 1 e Bio 2) e o segundo decinco doses (0, 100, 200, 400, 800), sendo o Bio 1 composto por(Pentóxido de fósforo, boro, cobalto, cobre, manganês, molibdênio, zinco)em mL ha-1 e o Bio 2 (nitrogênio, manganês, molibdênio, ácido L-glutâmico, agente acidificante) essas mesmas dosagens aplicadas em gha-1. Aaplicação dos mesmos foi realizada aos 7 e 15 dias após otransplante (DAT). A irrigação foi feita por gotejamento, com base naevaporação do tanque classe A.Para a realização das análises bioquímicas foram coletados tecidosfoliares aos 25 e 40 dias após a semeadura (DAS) e analisadosestatisticamente individualmente. Foi feita a quantificação dos açúcaresredutores e açúcares solúveis totais.Foi realizado a quantificação do índice de clorofila a e b, utilizando oaparelho clorofiLOG CFL1030 da empresa FALKER. Todos os dadosobtidos foram submetidos à análise de variância através do softwareestatístico SISVAR versão 5.6 beta, comparando as médias pelo teste deTurkey e regressão a um nível de probabilidade de 5% (FERREIRA, 2011).

Resultados e discussãoAnalisando os resultados das variáveis açúcares redutores (AR) eaçúcares solúveis totais (AST) observou-se uma interação significativaentre os fatores Bio e doses.Para a variável AST aos 25 DAS com o Bio 1 verificou-se uma reduçãolinear com o aumento das concentrações (Figura 1A). Já aos 40 DAS(Figura 1B) a partir da derivada da equação, determinou-se um acréscimona quantidade de AST até a dose de 72 mL ha-1com aproximadamente1,25 mg g-1.

Já para o Bio 2 aos 25 dias, pode-se observar que a dose que obtevemelhor resposta foi 100 mL ha-1com valores próximos a 1,00mg g-1(Figura1C). Aos 40 dias a resposta aos tratamentos aplicados representou umaredução linear decrescente (Figura 1D).

Esses dados diferem de Silva et al. (2016), com uso de biofertilizantesbovinos na cultura da melancia, relatando um aumento linear dessecarboidrato em 75% na dose de 600 mL ha-1de 1para 1,8 mg g-1emrelaçãoao controle. Segundo Souza e Leonel (2011), essa diminuição podeser explicada pela translocação de fotoassimilados para tecidos maisativos como raízes, flores e frutos.

Para a variável açúcar redutor (AR), o Bio1 obteve uma resposta linearcrescente a partir do aumento das dosagens de aproximadamente 300%na última dose (Figura 2A e 2B).

Esses resultados corroboram com Silva et al. (2016), na utilização dobiofertilizante foliar em melancia, também obtendo um acréscimo similar aoencontrado nesse trabalho a partir da quantidade crescente das doses. OBio 2 aos 25 DAS através da derivada do gráfico (Figura 2C), teve melhorresposta na dose 575 g ha-1com cerca de 0,9mg g-1e.Já aos 40 DASobteve as melhores médias na dosagem 400 g ha-1(Figura 2D),produzindo aproximadamente 0,8 mg g-1de AR. A partir dessas dosagensocorreu uma redução na quantidade desse carboidrato, podendo indicaruma possível inibição no metabolismo pelo aumento na concentração doproduto aplicado tanto aos 25 e 40 DAS.

Ao analisarmos o Bio 1 com a aplicação da dose máxima de 800 mL ha-1obteve resultados próximos aos encontrados quando da aplicação dadose de 400 e 550 g ha-1do Bio 2.

Para esta variável, teor de clorofila a e b respectivamente, aos 25 e 40dias, não foram identificados diferença estatística entre os tratamentosaplicados.Contudo,em relação às épocas de coleta, é constatado umaumento na média do índicede clorofilaa. Esses resultados diferem deCampos et al. (2017), no uso de biofertilizantes foliares comerciaisassociado ao estresse hídrico do melão, onde relatam a diminuição noíndice de clorofila aaos 25 DAS de 35 mg g-1para 30 mg g-1aos 40 DAS,já em relação a clorofila besses dados corroboram com o mesmo, ficandoem torno de 10 mg g-1.

ConclusõesCom base nos resultados obtidos podemos inferir que o uso debiofertilizantes no cultivo da melancia propiciou um aumento na quantidadede glicose em detrimento da redução na quantidade de sacarose no tecidofoliar, mostrando uma maior eficiência do bio 2, além de não alterar oconteúdo de clorofila.

AgradecimentosUNEB, CNPq e ao Grupo de pesquisa em Fisiologia Vegetal

Bolsa: CNPq/PIBIC

Referências:FREITAS, J. M. N. de. Comportamento ecofisiológico e bioquímico de plantasjovens de acapu (Vouacapoua americana Aubl.) submetidas à deficiência hídrica.2014. 100 f. Tese (Doutorado em Ciências Agrárias) - Universidade Federal Ruralda AmazôniaIBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Produção agrícola municipal.Brasília: IBGE, 2018. &60;http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/agric.&62;.SOUZA, A. P.; LEONEL, S. Uso da irrigação suplementar em figueira. In: LEONEL,S.; SAMPAIO, A. C. (Ed.). A figueira. São Paulo: UNESP, 2011. p. 177-194.SILVA, M. T. Efeito da aplicação de biofertilizantena quantidade de proteína eaçucares redutores na folha da melancia, 2016.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS NO CRESCIMENTO INICIAL DA MELANCIEIRA EM FUNÇÃO

DA INDUÇÃO DO DÉFICIT DE IRRIGAÇÃO REGULADO E DA APLICAÇÃO DE INOCULANTEBiank Amorim Rodrigues, [email protected], Alessandro Carlos Mesquita, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia De Bioprocessos E BiotecnologiaPalavras-Chave: DIR; Metabolismo; Melancia

IntroduçãoO uso eficiente da água na agricultura irrigada torna-se imprescindível nosatuais modelos de irrigação, principalmente por ser um dos fatores quelimitam o rendimento das culturas. No semiárido do Nordeste, onde osníveis de chuva são insuficientes para suprir a demanda hídrica, a irrigaçãoé absolutamente necessária para a realização de uma agricultura racional,assim, a utilização do manejo de irrigação com déficit hídrico tem sidoadotada para reduzir a quantidade de água aplicada, causando mínimoimpacto na produção (COTRIM et al., 2017). A utilização de bactérias éuma alternativa aplicada para mitigar os efeitos adversos da reduçãohídrica causada pela indução do DIR na cultura da melancia, tendo emvista que esses microrganismos na agricultura tem alcançado bonsresultados.Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi adequar estratégiasde manejo sustentável da maximização da irrigação, promovendo o seuuso mais racional e verificar a eficiência do inoculante no metabolismo decarboidratos em plantas de melancia.

MetodologiaO experimento foi realizado em casa de vegetação situada no DTCS -UNEB, Campus III. O delineamento experimental utilizado foi inteiramentecasualizado em esquema de parcelas subdivididas. A parcela foi compostapor dez diferentes tipos de lâminas: irrigação plena (100% da ETc) e novediferentes combinações contendo três déficits (80, 60 e 40% da ETc) emdiferentes intervalos de dias.Na subparcela o uso de inoculante, sendodividido em dois tratamentos: com aplicação e sem aplicação do produto.Os parâmetros bioquímicos avaliados foram:Açúcares Solúveis Totais eAçúcares Redutores nas folhas eaminoácido Prolina nas raízes, aos 15 e30 dias após o transplantio (DAT), respectivamente. Os dados obtidosforam submetidos à análise de variância através do software estatísticoSISVAR versão 5.6 beta, comparando-se as médias entre tratamentos peloteste de Scott Knott, ao nível de 5 % de probabilidade.

Resultados e discussãoOs resultados obtidos com a análise de variância para as variáveisaçúcares solúveis totais e açúcares redutores demonstraram que houveinteração significativa entre as lâminas de irrigação e o inoculante. NaFigura 1A, onde houve a aplicação do inoculante, pode-se observar que osteores de açúcares solúveis totais não diferiram estatisticamente naslâminas 60/100% e 40/100% em relação à lâmina controle de 100/100%, eque estes tratamentos obtiveram os menores teores de AST. As lâminas100/80%, 100/60%, 100/40%, 80/80%, 40/40% também não diferiram entresi, apresentando valores intermediários e consequentemente, os maioresteores de AST obtidos foram de 3778,9 e 3603,3 µg para as lâminas de80/100% e 60/60% da ETc, respectivamente.

Ao analisarmos os resultados quando não foi aplicado o inoculante (Figura1B) o tratamento que foi composto pela combinação 80/100%, ou seja,uma redução menos drástica apresentou o maior teor de AST (3673,55µg), contudo, a combinação 100/40 e 40/40% que apresenta uma redução

drástica na irrigação, promoveu resultados intermediários, sendosuperiores ao tratamento controle (100/100%).

Com relação aos resultados obtidos para os açúcares redutores, pode-serealizar uma correlação dos resultados com os valores obtidos para osaçúcares solúveis totais. Dessa forma, verificou-se que nos tratamentosonde o teor de AST foi reduzido, os teores de AR foram elevados, e vice-versa. Essa dinâmica foi observada nas lâminas de 100/80%, 100/60%,80/100% e 60/60% em ambos os gráficos, estando esses dados maisevidentes nos tratamentos com aplicação do inoculante (Figura2 A ) .

A Figura 3 revela que a aplicação da lâmina de 40%, o estresse maissevero, seguida da sua manutenção para 100% da ETc teve o maioracúmulo de prolina nas raízes, independente da utilização ou não doinoculante. Entretanto, é importante destacar na Figura 3A que otratamento 40/40/100% na presença do inoculante apresentou valoressuperiores de prolina em comparação com o tratamento controle(100/100/100%), o que nos indica que a presença da bactéria em umacondição de stress severo pode auxiliar no ajustamento osmótico daplanta.

ConclusõesA redução da lâmina aplicada no inicio do crescimento da planta com suareposição logo em seguida, proporcionou uma adaptação sem causardanos ao seu metabolismo e, a imposição do estresse mais severo nostratamentos com a presença do inoculante indica que o Azospirillumbrasilense, pode proporcionar uma melhor adaptação da planta aoambiente com redução da lâmina de água aplicada. No entanto, devidoaos poucos estudos relatados com o uso de inoculante em cucurbitáceas,seus mecanismos de ação ainda necessitam de mais estudos para umamelhor compreensão.

AgradecimentosAgradeço ao CNPq, ao professor Alessandro Mesquita pela orientação e àequipe de pesquisa do laboratório de Fisiologia Vegetal.

Bolsa: CNPq/PIBIC

Referências:COTRIM, C. et al. Irrigação com déficit controlado e produtividade de mangueira‘Tommy Atkins’ sob gotejamento. Revista Brasileira de Agricultura Irrigada, v. 11, n.8, p. 2229-2238. 2017. DOI: 10.7127/rbai

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

TROCAS GASOSAS DA MELANCIEIRA EM FUNÇÃO DA INDUÇÃO DO DÉFICIT DE

IRRIGAÇÃO REGULADO (DIR) E DA APLICAÇÃO DE INOCULANTEJuliana Leite Da Silva, [email protected], Alessandro Carlos Mesquita, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Fotossíntese; manejo irrigação; Citrullus lanatus

IntroduçãoA melanciapertence à família das curbitaceae,cultivada em quase todos osestados brasileiros, em especial na região Nordeste que é responsável por1/3 da produção nacional. Éuma planta sensível à deficiência hídrica e ouso dairrigação com déficit regulado pode ser uma estratégia de economiade água. A aplicaçãode microorganismos como as rizobactériasatuamoferecendo proteção as plantas contra doenças e pragas, na produção desubstâncias promotoras do crescimento e podem contribuir indiretamentecom a nutrição mineral.O objetivo deste trabalho foi verificar a eficiência do inoculantee adequarestratégias de manejo sustentável da maximização da irrigação na culturada melancia.

MetodologiaA cultivar de melancia utilizada foi do tipo Crimson Sweet Select e odelineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado emesquema de parcelas subdivididas. A parcela foi composta por dezdiferentes tipos de lâminas: irrigação plena (100% da ETc) e novediferentes combinações contendo três déficits (80, 60 e 40% da ETc) emdiferentes intervalos de dias; 0-10/10-20/20-30 dias após o transplantio dasmudas. Na subparcela o uso de inoculante, sendo dividido em doistratamentos: com aplicação e sem aplicação do produto. As característicasavaliadas foram às taxas de gs- Condutância estomática (mol m-2 s-1); E -Transpiração (mol H2O m-2 s-1) e A - Fotossíntese (µmol CO2 m-2 s-1),obtidas utilizando-se o analisador portátil de CO2 a infravermelho (IRGA),modelo LICOR 6400.

Resultados e discussãoNa ausência do inoculante observou-se menores valores de condutânciaestomática nos tratamentos de lâminas 80/100 e 40/40% da ETc, asdemais lâminas não diferiram entre si estatisticamente (Figura 1A). Cominoculante as menores médias foram obtidas das lâminas 100/40; 40/100;80/80 e 60/60% da ETc (Figura 1B).Quando as plantas na ausência doinoculante (Figura 1A), foram submetidas ao mais severo déficit hídrico,nesse caso a lâmina de 40/40%, obtiveram valor inferior do que as plantassubmetidas a irrigação plena. No entanto, na lâmina de maior déficithídrico, com aplicação do inoculante (Figura 1B), as plantas tiveramresultados idênticos estatisticamente as que foram submetidas a irrigaçãoplena.

Figura 1. Atividade da Condutância estomática - gs (mol m-2 s-1) na folhada melancieira em função da indução do déficit de irrigação regulado(DIR), sem aplicação de inoculante (A), com aplicação (B) no período de20 DAT. Juazeiro-BA, 2019.Ao analisarmos a transpiração (Figura 2A e B), os resultados demonstramque houve diferença estatística entre as lâminas de irrigação,independente da aplicação ou não do inoculante.

Figura 2. A- Atividade da Transpiração - E (mol H2O m-2 s-1) na folha damelancieira em função da indução do déficit de irrigação regulado (DIR),sem aplicação de inoculante (A) e com a presença do inoculante (B), noperíodo de 20 DAT. Juazeiro-BA, 2019.

Visualizando a Figura 3A é possível encontrar similaridade com osresultados obtidos por Vieira et al. (2017), que em seu trabalho com melãosubmetido ao estresse hídrico em região semiárida obteve três épocas deavaliação (15/30/45 DAT). Na 2º coleta (30 DAT) os autores obtiveram osmaiores índices de fotossíntese, com aumento da disponibilidade hídrica,tendo como pico os valores próximos da lâmina de 100% e em seguidauma tendência de redução.A lâmina de 40/40% da ETcs sem inoculante (Figura 3A) apresentou asmenores médias de taxas fotossintéticas, podendo ser explicado pelo fatode que os parâmetros fotossintéticos se correlacionam entre si. Além deque a baixa disponibilidade hídrica provoca reduções no desenvolvimentoda parte aérea das plantas, o que leva a reduções na capacidadefotossintética das mesmas (SILVA et al., 2012).

Figura 3. Atividade da Fotossíntese - A (µmol CO2 m-2 s-1) na folha damelancieira em função da indução do déficit de irrigação regulado (DIR),sem aplicação de inoculante (A) e com a presença do inoculante (B), noperíodo de 20 DAT. Juazeiro-BA, 2019.

De acordo com a Figura 3B, o uso do inoculante incrementou a atividadeda fotossíntese, em especial, ao tratamento com a lâmina 40/40.

ConclusõesO uso do inoculante possibilitou um ajuste nas trocas gasosas damelancia, em especial, quando submetido ao stress severo, mantendotodos os parâmetros avaliados similares ao manejo adequado da irrigação,mostrando ser possível a implantação de um manejo eficiente da irrigaçãoem determinadas fases da cultura. Trabalhos futuros deverão serconduzidos.

AgradecimentosA UNEB pela estrutura eaFAPESB pela concessão da bolsa.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:SILVA, A.R.A.; BEZERRA, F.M.L.; FREITAS, C.A.S.; FILHO, J.V.P.; ANDRADE,R.R.; FEITOSA, D.R.C. Morfologia e fitomassa do girassol cultivado com déficitshídricos em diferentes estádios de desenvolvimento. Revista Brasileira deEngenharia Agrícola e Ambiental (Online), v. 16, p. 959-968, 2012.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

CONTROLE ALTERNATIVO DA PODRIDÃO MOLE CAUSADA POR RHIZOPUS STOLONIFER

NO MANEJO PÓS-COLHEITA EM UVA (VITIS VINIFERA L.).Gabriela De Sá Pinto Silva, [email protected], Ana Rosa Peixoto, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroAgronomia

Palavras-Chave: podridão mole; Vitis vinifera L.; pós-colheita

IntroduçãoDoenças de pós-colheita em uva de mesa podem acarretar grandesprejuízos. Considerando a alta demanda de alimentos saudáveis e oimpacto que as podridões pós-colheita em uva podem ocasionar naprodução agrícola. O presente trabalho teve como objetivos avaliar a açãodo extrato de geopropólis e do Bacillus amyloliquefaciens cepa D-747contendo um mínimo de 5 x 1010 UFC/g sobre Rhizopus stolonifer, in vitroe in vivo, em diferentes concentrações.

MetodologiaO trabalho foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia do Departamentode Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS), Universidade do Estado daBahia (UNEB), Campus III, Juazeiro-BA. O isolado de Rizhopus stonifer foiobtido de uvas com sintomas de podridão pós-colheita coletadas emfazenda produtoras localizada na cidade de Petrolina-PE. Para oisolamento foram utilizadas placas de Petri com meio de cultura BDA,acrescido de 500 mg L-1 de antibiótico tetraciclina para evitarcontaminação por bactérias. Para testar a patogenicidade do isolado,procedeu-se a inoculação da suspensão nos cachos de uva cv. Itália,obtidos no Mercado do produtor (Juazeiro-BA), deixando em câmeraúmida. Para a suspensão dos conídios, foi inserida 10 mL de águadestilada às placas de Petri com o patógeno, em seguida, fez-se araspagem do substrato com auxílio de uma alça de Drigalsky. A suspensãofoi ajustada a uma concentração de aproximadamente 105 conídios mL-1,determinada pela contagem em câmara de Neubauer. Na sensibilidade invitro e in vivo, o geopropólis e o B. amyloliquefaciens foram utilizados emcinco concentrações: 0,5%; 0,75%; 1% 1,25%. Na aplicação do extrato degeopropólis e B. amyloliquefaciens por umidificação foram utilizadoscachos de uva cv. Itália e o vapor foi aplicado através de umidificadorultrassônico. Após a aplicação, os cachos foram mantidos em sacolasplásticas fechadas durante 24h em uma câmara de 25°C / 80% UR.

Resultados e discussãoA inibição in vitro ocorreu em todos os tratamentos com extrato deGeoprópolis e Baccillus amyloliquenfaciens, exceto nas dosagens de 5,0,10,0 e 15,0 g/L do Baccillus amyloliquenfaciens. A análise de variânciamostou efeito significativo(p&60;0,05) dos produtos alternativos testadoscontra Rhizopus stolonifer.In vivo, para o Bacillus amyloliquefaciens, observa-se que todas asconcentrações inicialmente (18 horas após inoculação) apresentarampercentuais abaixo da testemunha, sendo as maiores reduções, 64,29 e50% para os tratamentos com as concentrações de 15,0 e 25,0 g/L,respectivamente, mantendo-se abaixo da testemunha até as 72 horas apósinoculação.Quanto a severidade da podridão nas bagas de uva tratadas com B.amyloliquefaciens, notou-se que no primeiro intervalo de avaliação (18horas) o tratamento com 15,0 g/L proporcionou uma menor severidade emcomparação com a testemunha, sendo uma redução de 65,40% dessacomponente epidemiológica.O uso do Bacillus amyloliquefaciens temmostrado potencial para controle de podridões pós-colheita em frutas comoa R. stolonifer e B. cinerea em framboesa com suspensão a 107 célulaspor mL (ANTONIOLLI et al., 2011), Colletrotrichum gloeosporoides emmamão a 10 g/L (MARQUES, 2017), R. stolonifer em goiaba a 0,40 g/L(MORAIS; PEIXOTO, 2018) e Lasiodiplodia theobromae em manga a 5,0g/L (ALMEIDA; PEIXOTO, 2018).Contudo, ao fim do período de avaliação, as severidades de todos os

tratamentos se igualaram ao do controle, mostrando que o efeito não éprolongado, talvez, necessitando de reaplicações.

Para a componente epidemiológica severidade da doença, observa-se quetodas as análises de regressões tiveram como resultado equações linearesascendentes significativas (p&60;0,05) com R² superior a 0,8 para asconcentrações testadas. Isto indica que o patógeno continuou a crescer,mesmo nas bagas de uva tratadas com a umidificação do geoprópolis.

A maior variação da severidade foi encontrada após 72 horas deinoculação, com 3,5 para a testemunha e 2,05 para o tratamento com 1,5%de geoprópolis, com redução de 41,43%, Porém, análogo aos tratamentoscom os produtos discutidos anteriormente, ao fim da avaliação (90 horas),a severidade da podridão causada por R. stolonifer nas concentraçõestestadas foi igual ao controle. Em comparação com o teste in vivo, no qualobteve-se 100% de inibição do fungo, os resultados aqui encontrados nãosão satisfatórios. Possivelmente os compostos presentes no geoprópolisnão mantém sua atividade após a sua vaporização.

Existem poucos trabalhos com o uso do geoprópolis no controle demicrorganismos fitopatogênicos. Até o momento, somente há o registro deum estudo pioneiro realizado em Juazeiro-BA, onde avaliou-se o efeito doExtrato de Geoprópolis obtido de abelha “mandaçaia” no manejo dapodridão mole causada por Pectobacterium aroidearum Nabhan em alface(Lactuca sativa), como uma forma de manejo alternativo desta doença(BARROSO, 2018). Assim, estudos com outros métodos de aplicação doproduto na pós-colheita da uva, que não a vaporização, devem sertestados para verificar a eficácia do extrato em doenças fúngicas.

ConclusõesAs pesquisas feitas in vitro indicam o potencial do extrato de geoprópolis edo B. amyloliquefaciens cepa D-747 sobre Rhizopus stolonifer. Entretanto,quando testadas na pós colheita, pudemos observar que não houvecontrole nos tratamentos testados. Pesquisas posteriores deverão serfeitas, utilizando outro tipo de metodologia de aplicação, bem como outrosprodutos alternativos.

AgradecimentosDEUSUNEB

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:ARTÉS-HERNÀNDEZ, F.; F. ARTÉZ, E. AGUAYO. Alternative atmospheretreatments for keeping quality of ‘Autumn seedless’ table grapes during long-termcold store. Postharvest Biology and Technology, v. 31, p. 56-67, 2004BARROSO, K.A. Ocorrência de Pectobacterium aroidearum no Brasil e manejo dapodridão mole em alface. 2018. 74 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia –Horticultura Irrigada) – Universidade do Estado da Bahia, Juazeiro, 2018.MORAIS, M. M. ; PEIXOTO, A. R. . Utilização De Óleos Essenciais CondimentaresE Fungicida Biológico (Bacillus Amyloliquefaciens) No Manejo Pós-Colheita DeRhizopus Stolonifer Em Frutos De Goiaba. In: Xxii Jornada De Iniciação CientíficaDa Uneb, 2018, Salvador-Ba. Anais [Da] / Xxii Jornada De Iniciação Científica DaUneb: 35 Anos De Uneb: Construindo Uma Universidade Inclusiva E Popular.Salvador: Eduneb, 2018. V. 22.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

EXTRATO DE GEOPRÓPOLIS DE MELIPONA MANDACAIA SMITH. NO MANEJO DA

PODRIDÃO MOLE EM ALFACE NO SEMIÁRIDO BAIANOThiago Francisco De Souza Carneiro Neto, [email protected], Ana Rosa Peixoto, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Lactuca sativa L.; Pectobacterium aroidearum; Controle alternativo

IntroduçãoPara a cultura da alface (Lactuca sativa L.) há uma indisponibilidade deprodutos para o controle da podridão mole. Nesse contexto, a geoprópolis,proveniente de Melipona mandacaia Smith., entra como alternativa para ocontrole de doenças nas mais diversas hortaliças. Este estudo teve comoobjetivo avaliar o efeito do extrato de geoprópolis no manejo da podridãomole causada por Pectobacterium aroidearum em alface.

MetodologiaAs amostras de geoprópolis foram obtidas de meliponários localizados naUniversidade do Estado da Bahia, Campus III, município de Juazeiro-BA, ecoletadas diretamente das caixas de abelha mandaçaia.O isolado dePectobacterium aroidearum (NABHANet al., 2013) (UNEB 3) utilizado foiobtido em uma horta do município de Petrolina-PE, no bairro João de Deus(9°21’39,8” S; 40°32’27,2” O) em plantas de alface da variedade Elba comsintomas de podridão mole, sendosubmetido à identificação bioquímica,fisiológica, teste de patogenicidade eidentificação específica por meio dePCR.Os extratos foram preparados utilizando-se 150 mL de álcool etílico 70%com uma proporção de 30% do geoprópolis.Para determinar aconcentração mínima inibitória (CMI), foi utilizado o extrato de geoprópolisnas concentrações de 0%; 0,5%; 0,625%; 0,75%; 0,825%; 1,0%; (v/v).Asensibilidade in vitro de P. aroidearum ao extrato de geoprópolis foideterminada por meio da contagem de colônias por placa e cálculo daUFC.mL-1 . O experimento foi constituído por seis tratamentos com quatrorepetições, sendo cada repetição representada por uma placa de Petri.Osefeitos in vivo foram determinados em casa de vegetação navariedadesuscetível Mônica aos 45 DAP,analisando-se a incidência, severidade dadoença, período de incubação e área abaixo da curva de progresso dadoença.O teste in vivo foi composto por quatro repetições com cada repetiçãocomposta por quatro folhas, em delineamento inteiramente casualizado.Os dados obtidos foram analisados quanto aos pressupostos da análise devariância (ANOVA) e submetidos a testes de comparação de média(Tukey) ao nível de 5% de probabilidade ou de regressão polinomial, como auxílio do programa Sisvar (versão 5.6).

Resultados e discussãoO teste de patogenicidade do isolado foi realizado com sucesso,demonstrando a patogenicidade do isolado UNEB 3 ao reproduzir ossintomas característicos da podridão mole.O Sistema Biolog Gen IIIi d e n t i f i c o u a s e s t i r p e s c o m o p e r t e n c e n t e s a ogêneroPectobacterium.Quando submetido ao BLAST, o isolado UNEB 3apresentou 99,9% de semelhança com outros isolados deP. aroidearum. Asequência foi depositada no GenBank com o código de acesso: KX906707.Com relação a determinação da CMI do extrato de geoprópolis, naavaliação da sensibilidadein vitrodo isolado deP. aroidearumao extrato degeoprópolis, observou-se que a concentração de 0,75% foi a mínimainibitória (CMI) no presente estudo. Conforme aumentada essaconcentração, obtiveram-se respostas positivas para a inibição docrescimento bacteriano.Com base nas análises das variáveis epidemiológicas, o isolado UNEB 3de P. aroidearum demonstrou sensibilidade ao extrato de geoprópolis nasconcentrações analisadas, por obter valores que diferiram estatisticamentee superaram a testemunha (P=0,05).Essa atividade da geoprópolis deabelhas do gênero Melipona pode estar intimamente relacionada com a

sua composição. Estudo realizado com a geoprópolis brasileira, produzidapor abelhas do gênero Melipona, coletadas em todo o Brasil, identificarammais de 50 compostos, sendo o grupo principal os ácidos não-fenólicos,com quantidades significativas de ácidos láctico e fosfórico, bem comoácidos graxos de cadeia longa (esteárico, palmítico e mirístico),apresentando ainda o ácido cinâmico como componente comum em todasas amostras (BANKOVA et al. 1998). O ácido cinâmico é um ácido graxoaromático que, dentre outras fontes, é originado de angiospermas. Essecomposto pertence ao grupo das auxinas, que participa na regulação docrescimento e diferenciação de células vegetais. Além disso, exerce umaimportante função na defesa das plantas contra microrganismospatogênicos e insetos (EKMEKCIOGLU et al., 1998; NIERO, 2010).

Para determinar a menor concentração em que se obtenha menorincidência, severidade da doença, período de incubação e área abaixo dacurva de progresso da doença (AACPD), igualou-se a primeira derivada daequação da regressão de maior ajuste ao valor zero. Desta forma, o menorvalor de incidência encontrado é de 45,26% para uma concentração deaproximadamente 0,785% do extrato de geoprópolis, sendo que a partirdesta, há uma tendência de aumento da incidência da doença, sem, noentanto, diferirem estatisticamente.Com base nos resultados, pode-seafirmar que houve influência significativa do extrato de geoprópolis naredução da podridão mole causada por Pectobacterium aroidearum. Amaior redução das variáveis epidemiológicas foi verificada emconcentrações aproximadas de 0,84% do extrato de geoprópolis.

Mediante o exposto, ressalta-se que pouco se sabe sobre os efeitos dageoprópolis produzida por abelhas nativas e suas atividades antifúngicas eantibacterianas. Assim, é necessário ressaltar que o presente estudo temcunho pioneiro e abre perspectivas para futuros estudos com a geoprópolisde Melipona mandacaia, produto nordestino com potencial antibactericida,dada a presença de compostos bioativos em sua composição.

ConclusõesO extrato de geoprópolis inibe o crescimento in vitro de P. aroidearum auma concentração de 0,75% e recomenda-se a dose 0,84% para ocontrole in vivo da podridão mole causada por esse patógeno.

AgradecimentosÀorientadora Ana Rosa Peixoto, a doutoranda Karol Alves Barroso, oscolaboradores, a FAPESB pela concessão da bolsa e à UNEB pelainfraestrutura.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:BANKOVA, V.; CHRISTOV, R.; MARCUCCI, C.; POPOV, S. Constituents ofBrazilian geoprópolis.Zeitschrift fur Naturforschung C: Journal of Biosciences,v. 53, p. 402–406, 1998.EKMEKCIOGLU, C.; FEYERTAG, J.; MARKTL,W.Cinnamicacid inhibits proliferationand modulates brush border membrane enzyme activities in Caco-2 cells.CancerLett, v.128, p. 137-144, 1998.N A B H A N , S . ; D E B O E R , S . H . ; M A I S S , E . ; W Y D R A ,K.Pectobacteriumaroidearumsp.nov., a soft rot pathogen with preference formonocotyledonous plants.International Journal of Systematic and EvolutionaryMicrobiology p. 2520–2525, 2013.NIERO, E.L.O. Efeitos de ácido cinâmico sobre melanócitos e células derivadas demelanomas humanos: avaliação do seu potencial antitumoral e de proteção contradanos celulares causados por radiação ultravioleta. Tese (Doutorado em Ciências).Universidade de São Paulo, São Paulo, p. 38, 2010.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

BIOFILME COM ADIÇÃO DE ÓLEOS ESSENCIAIS NA INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA À

PECTOBACTÉRIUM AROIDEARUM E PECTOBACTÉRIUM CAROTOVORUM SBPSBRASILIENSIS

Vanessa Costa Souza, [email protected], Ana Rosa Peixoto, [email protected] de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Juazeiro

Engenharia De Bioprocessos E BiotecnologiaPalavras-Chave: Couve; Controle alternativo; Biofilme; óleos essenciais; Podridão mole

IntroduçãoOs óleos essenciais têm sido utilizados em várias pesquisas que validamsua eficácia no controle de fitopatógenos por seus compostosantimicrobianos (LA TORRE et al., 2016). Esses, quando incorporados acoberturas como filmes poliméricos, podem evitar a inibição da atividadeantimicrobiana e ainda aumentar essa atividade com a adição decompostos que podem migrar para a superfície do produto (QUATTARA etal., 2000).O trabalho objetiva avaliar a eficiência de biofilme, formadoatravés de biopolímeros proveniente de Bacillus Licheniformis, comaditivos dos óleos essenciais vegetais eficientes no manejo da podridãomole em couve-manteiga, como alternativa ao uso de agroquímicos.Foram usados os óleos de Manjericão (Ocimum basilicum L.) e Alecrim decanteiro (Rosmarinus officinalis L.) para o isolado de Pectobacteriumaroidearum (Pa), e Cravo (Syzygium aromaticum) e Capim limão(Cymbopogon citratus) para o isolado de Pectobacterium carotovorumsubsp brasiliensis (Pc).

MetodologiaO isolado para a produção de biopolímero foi ativado e repicado no meioÁgar Triptona de Soja (TSA). Por meio da centrifugação (3.500 rpm, 40’) osobrenadante recuperado foi misturado com etanol absoluto gelado eagitado vigorosamente para precipitação do EPS (BUENO et al., 2013;BIRCK et al., 2014). Os óleos essenciais foram adicionados à solução debiopolímero e a homogeneização foi realizada por meio de uma cubaultrassônica (Cleaner) (CAMPELO et al, 2017). As plantas forampulverizadas com o biopolímero e posteriormente inoculadas comPectobacterium aroidearum e Pectobacterium carotovorum subspbrasiliensis pelo método da picada, adaptado de Ren et al. (2001). Foi feitaa avaliação da severidade da doença e os dados foram comparadosatravés do teste Scott Knott.

Resultados e discussãoNos testes com biofilmes e aditivos dos óleos essenciais para controle deP. aroidearum em mudas de couve-manteiga inoculadas, observou-sediferença significativa entre os tratamentos e a testemunha variando de 1,5a 2,4, para o óleo de Manjericão enquanto a testemunha apresentou asnotas variando de 2,2 a 5,5, no mesmo período. Já as mudas tratadas combiofilmes acrescidos de óleo essencial de Alecrim de canteiroapresentaram sintomas de fitotoxidez nas condições de B.O.D(Biochemical Oxygen Demand). No teste de indução de resistência à P.carotovorum subsp. brasiliensis nenhum dos tratamentos reduziu aseveridade da doença não observando-se diferença estatística significativaentre eles, às plantas tesmunhas.

ConclusõesBiopolímero de Bacillus Licheniformis acrescido de óleo essencial demanjericão formou biofilme eficiente na redução da severidade da podridãomole em plantas de couve-manteiga inoculadas com Pectobacteriumaroidearum, apresentando-se como uma alternativa para o manejo dapodridão mole. No entanto, recomenda-se repetir o ensaio em condiçõesambientais naturalmente favoráveis ao patógeno, como casa de vegetaçãoe campo experimental.

AgradecimentosÀminha Professora orientadora Dr. Ana Rosa Peixoto e ao professor Dr.Adailson Feitoza por toda orientação durante a realização dos

experimentos. A UNEB pela concessão da bolsa e infraestrutura, e aosmeus colegas de equipe por todo o apoio durante o desenvolvimento dotrabalho.

Bolsa: PICIN

Referências:BIRK, C.; DEGOUTIN, S.; TABARY, N.; MIRI, V.; BACQUET, M. New crosslinkedcast films based on poly ( vinyl alcohol): preparation and physico- chemicalproperties. Express Polymer Letters, v.8, n.12, p.941- 952, 2014.BUENO, V. B.; BENTINI, R.; CATALANI, L. H; PETRI, D. F. S. Synthesis andswelling behavior of xanthan-based hydrogels. Carbohydrate Polymers, v. 92, p.1091-1099, 2013.CAMPELO, P.H.; JUNQUEIRA, L.A.; RESENDE, J.V.; ZACARIAS, R.D.;FERNANDES, R.V.; BOTREL, D.A.; BORGES, S.V. Stability of Lime Essential OilEmulsion Prepared Using Biopolymers and Ultrasound Treatment. InternationalJournal of Food Properties, 2017.LA TORRE, A.; CARADONIA, F.; MATERE, A.; BATTAGLIA, V. Using plantessential oils to control Fusarium wilt in tomato plants. European Journal of PlantPathology, Dordrecht, v. 144, n. 3, p. 487-496, 2016.OUATTARA B, SIMAD H.E., GJ-P Piette, A. Bégin, Holley R. A.(2000). Inibition ofsurface spollage bacteria in processed meats by application of antimicrobialfilms prepared with chitosan. International Journal of Food microbiology 62: 139-148.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ESTUDO DA ATIVIDADE INSETICIDA DE ÓLEOS ESSENCIAIS DA FLORA NORDESTINA NO

CONTROLE DE SITOPHILUS ZEAMAISGeovani Goncalves Dias, [email protected], Carlos Alberto Batista Santos, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Gorgulho do milho; Semioquímicos; Grãos armazenados ; Bioinseticidas

IntroduçãoO milho (Zea mays), espécie com produção anual, no Brasil, é consideradoum dos principais cultivos agrícolas, com extensas áreas cultivadas eampla utilização na alimentação humana e animal. Os grãos sãonormalmente atacados pelo gorgulho, Sitophilus zeamais que se alimentae se desenvolve no interior do grão, ocasionando sérios prejuízos aoproduto, pelo dano direto e por facilitar a entrada de pragas secundárias(TOSCANO et al., 1999).Os produtos naturais provenientes de plantas podem ser de potencialinteresse no combate de insetos, uma vez que o conhecimento sobre asua atividade biológica, revelada por um programa de triagem("screening"), pode levar à sua aplicação no manejo de pragas (Fig. 7.3.1).Essa aplicação pode ser do próprio produto natural, diretamente, ou deseus análogos resultantes de modificações estruturais. Além disso, umgrande número de óleos essenciais podem reduzir a produtividade devários insetos de produtos armazenados e afetar negativamente ocrescimento, desenvolvimento e reprodução de alguns insetos herbívoros(PRATES et al., 1999).

MetodologiaForam realizadas coletas das folhas nas plantas utilizando tesoura depoda, tesoura de costura, canivete e sacos plásticos. Levadas paraextração do óleo no mesmo dia que foi feita a partir da utilização de umaparelho de clevenger, com auxílio de um banho ultratermostático.Os insetos adultos de sitophilus zeamays foram coletados na UNIVASFcampus zona rural, na cidade de Petrolina-PE e multiplicados nolaboratório de entomologia do campus III da UNEBA ação inseticida direta dos óleos foi avaliada diluindo-se os óleosessenciais em Tween 20 na proporção de 1:1. Os testes foram realizadosem placas de Petri (90 mm x 10 mm) contendo papel filtro com tamanho de63,62 cm², sobre o qual foram aplicados 1 mL de cada solução econcentração, em seguida liberando-se 5 insetos por repetição. E asavaliações feitas após 12, 24 e 36 horas pela contagem do número deindivíduos mortos e cálculo das Concentrações Letais 50 e 99 (CL50 eCL99) através da análise de Probit. Realizando a analise de regressãopara as espécies com potencial inseticida.

Resultados e discussãoAs espécies que não apresentaram produção de óleos essenciais, foramPata-de-Vaca, Melão-de-São-Caetano, Cordão-de-São-Francisco, JuremaPreta, Pega-Pinto e Maracujá-do-Mato.Das dez espécies nativas da caatinga estudadas, quatro apresentarampotencial para a produção de óleos essenciais, onde os dados resultantesda produção de óleo de cada espécie estão apresentados na tabelaabaixo.

Tabela 01: dados de produção de óleos para doisquilos de plantas

Plantas Produção (ML)Alfavaca (Ocimum

basilicum) 7,25

Aroeira (Schinusterebinthifolius) 1,00

Erva cidreira (Melissaofficinalis) 2,50

Mastruz (Dysphaniaambrosioides

7,14

Das quatro que produziram óleo, três comprovaram atividade inseticida emdiferentes concentrações, demonstrando linearidade experimental, onde osdados resultantes da mortalidade dos insetos avaliados em diferenteshorários estão apresentados nos gráficos abaixo.

A erva cidreira não apresentou atividade inseticida com relação aositophilus zeamais. O mastruz foi a planta que obteve melhoresresultados, matando insetos com menor concentração avaliada, que foi de2%. Já a alfavaca apresentou resultados significativos e lineares, mas nãoquanto o mastruz. Com relação a aroeira, das que apresentaram atividadeinseticida a aroeira foi a mais inferior na quantidade de insetos mortos,sendo necessário estudos com dosagens maiores.

ConclusõesPara as condições experimentais pode-se concluir que o potencial deprodução de óleos essenciais está intimamente relacionado às condiçõesde ambiente aos quais as espécies vegetais estão inseridas. As espéciesestudadas que apresentaram potencial para produção de óleos essênciasserão utilizadas para testes em diferentes concentrações a fim analisar opotencial inseticida de cada respectiva espécie no controle do Sitophiluszeamays.Quanto à atividade inseticida das quatro espécies produtoras de óleosessências, três apresentaram potencial inseticida, sendo o mastruz omelhor para controle de sitophilus zeamais, com alta mortalidade empequenas concentrações, seguido por alfavaca e aroeira, que em maioresconcentrações apresentaram mortalidade dos insetos, tendo linearidade. jáa erva cidreira não teve potencial inseticida para sitophilus zeamais.

AgradecimentosAgradeço a Deus e a meus pais por todo esforço e a meu orientador porter proporcionado tal conhecimento.Ao CNPq pela bolsa de Iniciação Científica.

Bolsa: CNPq/PIBIC/AF

Referências:PRATES, H. T, SANTOS, J. P, WAQUIL, J. M., OLIVEIRA, A. B. The potential useof plane substances extracted frorn Brazilian flora to control st o red grainpests. In: INTERNATIONAL WORKING CONFERENCE ON STORED-PRODUCTPROTECTION, 7., 1998. Pequim. Proceedings ... Pequim: eCOA/ CCPIT-GSC,1999a. v.1, p, 820-825.TOSCANO, L. C.; BOIÇA JUNIOR, A. L.; LARA, F. M.; WAQUIL, J. M. Resistênciae mecanismos envolvidos em genótipos de milho em relação ao ataque dogorgulho, SitophilusZeamaisMots (Coleoptera, Curculionidae). An. Soc.Entomol.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ESTUDO DA ATIVIDADE INSETICIDA DE ÓLEOS ESSENCIAIS DA FLORA NORDESTINA NO

CONTROLE DE SITOTROGA CEREALELLAVitor Leony Ferreira De Oliveira, [email protected], Carlos Alberto Batista Santos, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Traça dos cereais; Grãos armazenados; Semioquímicos; Bioinseticidas

IntroduçãoNo Brasil, o milho (Zea mays L.) é considerado um dos principais cultivosagrícolas, com extensas áreas cultivadas e ampla utilização naalimentação humana e animal. (TOSCANOetal., 1999). Segundo o(CONAB, 2018) o Brasil atingiu na safra 2017/2018 aproximadamente 93milhões de toneladas.Calcula-se que as perdas quantitativas anuais causadas por pragasdurante o período de armazenamento de grãos podem chegar a atingir10% de toda a produção mundial, sendo similares no Brasil, conformeLORINI (1993).São várias as espécies de insetos que se alimentam dosgrãos de milho, porém o gorgulho ou caruncho,Sitophilus zeamais,e atraça-dos-cereais,Sitotroga cerearella,são responsáveis pela maior partedas perdas (EMBRAPA, 2000b).Na agricultura, os óleos essenciais e os extratos vegetais estão sendoutilizados como método alternativo para o controle de insetos-praga e dedoenças causadas por fungos, nematoides, vírus e bactérias. Uma dasclasses que tem potencial para utilização no manejo integrado de pragassão os óleos essenciais, que já fazem parte de algumas formulações,apresentando ação inseticida e/ou de repelência (ISMAN, 2000).

MetodologiaO trabalho foi realizado no Laboratório de Ciências Animais daUniversidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus III, Juazeiro (BA) eLaboratório de Química do IF Sertão de Pernambuco, campus Zona Rural.As plantas foram coletadas no próprio Campus III da UNEB com o uso detesoura de podas e sacos plásticos para facilitar o transporte, inicialmenteselecionou-se plantas visualmente sadias, foram cortados os ramos comauxílio de tesoura de poda para posterior separação manual das folhas.A obtenção dos insetos adultos de Sitotroga cerealella ocorreu em galpõesinfestados com a praga no Laboratório de Ciências Animais daUniversidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF).A ação inseticida direta dos óleos foi avaliada diluindo-se os óleosessenciais em Tween 20 na proporção de 1:1. Os testes foram realizadosempotes plásticos de 110mL, onde foram feitas algumas aberturas ecolocado tecido voil para permitir trocas gasosas, dentro dos potes foicolocado papel filtro para absorverem os óleos.

Resultados e discussãoForam coletadas folhas de 10 espécies vegetal, sendo que só 4 espéciesforam capazes de produzir óleo.Das quatro espécies com potencial para aprodução de óleos, a Alfavaca e o Mastruz apresentaram resultadossuperiores com maiores valores de produção, respectivamente. Taisresultados estão dispostos na tabela 02.

Tabela 02: Produção de óleos para 2 kg de matériafresca

Espécies vegetais Produção (mL)Aroeira 1,00

Alfavaca 7,25Erva Cidreira 2,50

Mastruz 7,14

Além do rendimento, a composição do óleo essencial também sofrealteração em função do local em que a planta foi coletada (SÁ et al., 2015).

As 4 espécies vegetal com capacidade de produção de óleo, comprovaramatividade inseticida em diferentes concentrações e em tempos diferentesde avaliação, como são mostrados no gráfico abaixo.

O óleo essencial de Alfavaca na concentração de 12% foi capaz de causarmortalidade de 91,66% dos insetos, vale ainda ressaltar a velocidade comque o óleo essencial provoca mortalidade, causando elevada morte desdea primeira avaliação. Com relação aerva cidreira se mostrou muitoeficiente, sendo capaz de controlar 83,33% dos insetos na menorconcentração (2%) e logo na primeira avaliação com 12h. A velocidadecom que esse óleo causou a mortalidade é de grande relevância, uma vezque, em condição do milho armazenado, o contato do óleo com insetopoderá causar a morte dos mesmo de forma rápida.O óleo de mastruzdemonstrou um comportamento linear, a medida em que se aumentaramas concentrações, o número de insetos mortos também aumentou, sendoindicada a concentração de 6% por ser a mais econômica.

Conforme verificado por (FIGUEIREDO et al. 2018) o óleo essencial deMastruz em contato com gorgulhos nas concentrações de 15µL, 20 µL e25 µL demonstraram resultados positivos para a letalidade, sendo que emtodas as concentrações do óleo, os resultados são de relevância. Já oóleoessencial de Aroeira demonstrou que na maior concentração (8%) nasegunda avaliação com 24h foi capaz de causar a morte de todos osinsetos.

ConclusõesA partir de estudos observou-se que algumas espécies vegetais possuema capacidade de produção de óleos essenciais, algumas com potencialmaior, como a Alfavaca e a Erva Cidreira e outras com potencial menor,como Aroeira e Matruz. E que todas apresentaram atividade inseticida.

AgradecimentosAgradeço a Deus, aos meus pais, ao meu orientador pela oportunidade dedesenvolver tal pesquisa e ao CNPq/PIBIC/AF pela concessão da bolsa.

Bolsa: CNPq/PIBIC/AF

Referências:ATHIÉ, I.; PAULA, D. C.Insetos de Grãos Armazenados Aspectos Biológicos eIdentificação.Varela, 2ª edição, p. 28-34, 2002.CRUZ, J.C. et al. Importância da produção do milho orgânico para a agriculturaf a m i l i a r . 2 0 0 8 . D i s p o n í v e l e m :https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/50217/1/Importancia-producao.pdf. Acesso em: 20 de Agosto de 2019.CONAB - Companhia nacional de abastecimento. Acompanhamento da safrabrasileira de grãos. Brasília: CONAB, 2018.ELIAS, M. C.; OLIVEIRA, M.Formação de Auditores Técnicos do SistemaNacional de Certificação de Unidades Armazenadoras. Pelotas, RS, Ed. SantaCruz, 461p., 2008.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

O ESTUDO DA ATIVIDADE INSETICIDA DE OLÉOS ESSENCIAIS DA FLORA NORDESTINA

NO CONTROLE DE TRAÇA DOS CEREAIS E GORGULHO DO MILHO.Thayanne Nicolly De Araujo Soares, [email protected], Carlos Alberto Batista Santos,

[email protected] de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Juazeiro

Engenharia Agronômica - BachareladoPalavras-Chave: Grãos armazenados; Agroecologia; Pragas do milho

IntroduçãoAs plantas produzem substâncias dentre elas destacam-se os óleosessenciais, que sãoresultantes do metabolismo secundário.(CASTRO,2004).A utilização de óleos essenciais pode ser promissora no controle deinsetos, pois podem apresentar menor toxicidade a mamíferos, rápidadegradação e lento desenvolvimento de resistência. Assim, a utilizaçãoprodutos naturais no controle de insetos diminui o risco de contaminaçãoambiental (AGNOLIN et al., 2010).O milho (Zea maysL.), pertencente àfamília das gramíneas, sendo o cereal mais cultivado do mundo, na qual oBrasil o terceiro produtor mundial, depois dos EUA e China (CIB, 2006). Osgrãos armazenados estão sujei tos à deter ioração, perdas etransformações, devido a interações entre os fenômenos físicos, químicose biológicos. Dezenas de espécies de insetos estão associadas à culturado milho, Dentre esses insetos destacam-se as pragas, gorgulho domilho,Sitophilus zeamais(Coleoptera, Curculionidae) e a traça doscereaisSitotroga cerealela(Lepidoptera, Gelechiidae).Assim, o objetivodeste trabalho foi determinar a atividade inseticida de óleos essenciais dediferentes espécies vegetais para o controle dogorgulho e da traça doscereais na cultura do milho.

Metodologia2.1 Material vegetalAs plantas util izadas foram selecionadas por meio de estudosetnobotânicos.Tabela 01.Espécies vegetais de uso medicinal selecionadas a partir dosestudos etnobotânicos.

NOME COMUM NOMECIENTÍFICO FAMÍLIA

Pata de vaca Bauhinia variegata FabaceaeCordão de São

FranciscoLeonotis

nepetifolia LamiaceaeMelão de São

CaetanoMomordicacharanthia Cucurbitaceae

Alfavaca Ocimum basilicum Lamiaceae

Aroeira Schinusterebinthifolius Anacardiaceae

Jurema Preta Mimosa tenuiflora Fabaceae

Mastruz Chenopodiumambrosioides Amaranthaceae

Cidreira Melissa officinalis Lamiaceae

Maracujá do mato Passifloracincinnata Passifloraceae

Pega pinto Boerhavia diffusa Nyctaginaceae

2.2ExtraçãoO método utilizado foi o de hidrodestilação, utilizando-se o aparelho deClevenger durante duas horas. Foram utilizadas amostras de 500g defolhas frescas das espécies em estudo para cada extração. As amostrasforam acondicionadas em balões volumétricos de 6 litros adicionando o

volume de 500 ml de água destilada. Ao final da extração os óleosessenciais foram identificados, protegidos de luz e armazenados emgeladeira até sua utilização.

Resultados e discussãoAtravés da hidrodestilação das espécies, foi feita a extração dos óleosessenciais, onde algumas espécies não apresentaram resultadosatisfatório. (Tabela 2).Tabela 02.Produção de óleo essencial das respectivasespécies.

ESPÉCIE PRODUÇÃO DE ÓLEOESSENCIAL

Pata de vaca NÃOCordão de São

Francisco NÃOMelão de São Caetano NÃO

Alfavaca SIMAroeira SIM

Jurema Preta NÃOMastruz SIMCidreira SIM

Maracujá do mato NÃOPega pinto NÃO

Tisserand e Balacs (1995) afirmaram que nem todos os vegetais produzemóleos essenciais, e aqueles que o produzem, o fazem em quantidadesvariáveis, por sofrerem a influência direta das condições químicas, físicas eedáficas do ambiente no qual a planta está inserida, mostrando que emdiferentes condições de desenvolvimento, as quantidades de óleoextraídas podem variar ou até mesmo não ocorrer.

ConclusõesDas dez plantas medicinais testadas, apenas quatro forneceram óleos comatividade bioinseticida, o que era esperado uma vez que como afirmamGobbo-Neto, Lopes e Peporine (2007), a composição dos óleos essenciaisse transforma constantemente, segundo a parte da planta utilizada, a fasede desenvolvimento ou o momento do dia, podendo também variar com ométodo de extração. Desta forma, recomendamos, a realização de teste deextração com partes variadas da mesma espécie, em diversas fases dematuração e horários diferentes ao longo do dia.

AgradecimentosA Deus primeiramente, a Universidade do Estado da Bahia por todainfraestrutura, a FAPESB por todo suporte, ao meu orientador por semprese disponibilizar sempre que precisei, e aos meus amigos de trabalho.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:AGNOLIN et al. Eficácia do óleo de citronela [Cymbopogonnardus (L.) Rendle] nocontrole de ectoparasitas de bovinos.Revista Brasileira de Plantas Medicinas, v.12, p. 482- 487, 2010.CASTRO, D.Atividade inseticida de óleos essenciais deAchilleamillefoliumeThymus vulgarissobreSpodoptera frugiperdaeSchizaphisgraminum.Lavras-MG, 2004.CIB - CONSELHO DE INFORMAÇÕES SOBRE BIOTECNOLOGIA, disponívelemwww.cib.org.br. Acessado em 30 de julho de 2019.GOBBO-NETO, L.; LOPES, PEPORINE, N. Plantas medicinais: fatores de

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

SELETIVIDADE DE INSETICIDAS EM OVOS DE CHRYSOPERLA EXTERNA (HAGEN)

(NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE)Leandro Aleixo Silva, [email protected], Carlos Henrique Feitosa Nogueira, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: MIP; Controle Biológico; Conservação; Toxicidade

IntroduçãoA mangueira (Mangifera indica L.), pertence à família Anacardiaceae,originária do Sul da Ásia, é uma das árvores introduzidas que melhor seadaptaram ao Brasil, sendo a fruta que o Brasil mais exporta.A ocorrênciade artrópodes-pragas é um dos mais importantes fatores que limitam aexploração econômica da mangueira na Região do Vale do São Francisco,e , dentre os métodos de controle mais utilizado pelos produtores, ocontrole químico ainda é o mais se destaca, sendo que os inseticidasutilizados normalmente são de amplo espectro de ação e eliminamtambém as espécies de inimigos naturais nos pomares, contribuindo parao desequilíbrio ecológico.A conservação e a utilização de agentes decontrole biológicos dentro dos agroecossistemas é uma das principaisestratégias adotadas no MIP (BATISTA FILHO, 2003).Dessa forma,visando contribuir para o sucesso do controle biológico no manejointegrado de pragas da mangueira, este trabalho tem por objetivo avaliar oefeito tóxico dos inseticidas utilizados na cultura da mangueira, sobre opredador generalista Chrysoperla externa.

MetodologiaA criação se iniciou através da coleta de adultos nos pomares demangueira localizado na Região do Vale do São Francisco. No qual osadultos foram levados para o laboratório e acondicionados em gaiolas dePVC de 10 cm de altura por 15 cm de diâmetro, fechadas na extremidadesuperior.Os bioensaios foram submetidos nas seguintes condições delaboratório (Temperatura de 25±1°C, e umidade relativa de 70±10% efotofase de 12 h).Os ovos coletados nas gaiolas, foram acondicionados emarenas, onde cada arena recebeu 10 ovos de Chrysoperla externa, e cadaarena representava um tratamento, sendo no total 7 produtos registradosna mangueira e 1 testemunha, a qual foiexposta apenas a água destilada(TABELA 1).As aplicações foram realizada em um viveiro de ambienteprotegido, após a pulverização estes ovos serão transferidos para outrasplacas de Petri desinfectadas para realizar a contagem após eclosão, talavaliação era realizada todo dia.Tabela 1. Tratamentos e dosagem

Tratamentos(Nome

comercial)Dosagem (g ou mL pc/100L-1)1

Testemunha(somente água) ------

Azamax 66

Provado 42

Nuprid 180

Orobor 200

Connect 250

Trivor 50

Delegate 24

1gramas ou mililitros do produto comercial por 100 litros de água.

Resultados e discussãoAo analisar isoladamente os produtos comerciais (Figura 1), observou-seque o Nuprid® teve menor seletividade comparado aos demais produtostestados, apresentando70% de mortalidade na fase embrionária doC.externa. Comparando o Nuprid® com o Azamax® que dentre todos osprodutos foi o que teve melhor desempenho apresentando 80% deeficiência, já o Nuprid® apenas 30%, causando uma alta taxa demortalidade na primeira fase de vida do Chrysoperla externa.Resultados similares foram obtidos por (GRAFTON-CARDWELL & HOY,1985; CARVALHO et al., 2002; SILVA, 2004) que em estudos com amesma finalidade observaram que os ovos de crisopídeos tiveramresistência para a maioria dos inseticidas. Ferreira (2005) analisando osefeitos dos produtos em ovos pode-se observar a viabilidade de ovos apósserem imersos nos inseticidas e notou que o grupo químico fosforadoforam o que mais apresentou índice de mortalidade sobre os ovos decrisopídeos.Figura 1. Produtos comerciais registrados para a manga, aplicados emovos de Chrysoperla externa.

ConclusõesO experimento realizado na Universidade do Estado da Bahia (UNEB)permitiu analisar que dentre todos os produtos o que não viabiliza aaplicação visando a preservação do Chrysoperla externa é o Nuprid®apresentando uma baixa seletividade matando o inseto benéfico podendoocasionar um desequilíbrio ecológico.E o produto que mais foi seletivo (Azamax®) apresentou 166% maiseficiência na seletividade do que o pior (Nuprid®) dentre os produtostestados.

AgradecimentosAgradecer a Deus, a minha família, e a todos os meus amigos pela ajuda eapoio para conduzir esse experimento. Em especial a Dr. Carlos Nogueira,Diego Coutinho, Francisco Camilo, Felipe Mattozo e Allan Victor.

Bolsa: Voluntário

Referências:Barbosa, F.R., A.N. Moreira, J.A. de Alencar, F.N.P. Haji, & V.D. Medina. 2000.Metodologia de amostragem e nível de ação para as principais pragas damangueira, no Vale do São Francisco. Embrapa Semi-Árido, Petrolina, 23p.(Embrapa Semi - Árido. Circular Técnica, 50).BATISTA FILHO, A.; RAMIRO, Z. A.; ALMEIDA, J. E. M.; LEITE, L. G.; CINTRA, E.R. R.; LAMAS, C. Manejo integrado de pragas em soja: impacto de inseticidassobre inimigos naturais. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v. 70, n. 1, p.61-67, 2003.DERGANDE, P.E.; GOMEZ, D.R.S. Seletividae de produtos químicos no controlede pragas. Agrotécnica Ciba-Geigy, São Paulo, V. 7, n. 1, p. 8-13, jan./ abr. 1990.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES MAIS FAVORÁVEIS À GERMINAÇÃO E

ESTABELECIMENTO IN VITRO DE AMBURANA CEARENSISOlorounchola David Didolanvi, [email protected], Anna Christina Passos Menezes, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: umburana; caatinga; micropropagação

IntroduçãoO cultivo de tecidos pode ser definido como um conjunto de técnicas quepermitem a cultura de órgãos, tecidos, células e protoplastos em condiçõesassépticas, empregando meios nutritivos artificiais. o meio nutritivo, alémde servir como suporte para o explante, tem o papel de suprir tecidos eórgãos cultivados in vitro com nutrientes necessários ao crescimento(CARVALHO, 2001).Há inúmeras formulações dos meios de cultura, não existindo um meiopadrão, embora o mais amplamente difundido seja o meio idealizado porMurashige e Skoog, conhecido mundialmente como meio MS.O pH do meio nutritivo assim que o uso de substratos alternativos comosuporte no cultivo in vitro, influencia na disponibilidade de nutrientes,reguladores de crescimento e no nível de solidificação do ágar no meio decultivo e consequentemente no crescimento das plântulas (HUDA et al.,2009).Neste contexto, objetivou-se com este trabalho, avaliar a germinação invitro de Umburana cearenses em diferentes substratos assim que o seupotencial de brotação quando submetido à variação de pH num meio MSsuplementado com BAP e GA3.

MetodologiaAs pesquisas foram realizadas no Laboratório de Cultura de Tecidos(DTCS/UNEB). As avaliações dos processos de germinação e da induçãode organogênese foram feitas com a implantação dos experimentos emsala de crescimento apresentando as seguintes condições: temperatura de25±3ºC, fotoperíodo de 16 horas e radiação fotossintética ativa de 45-60µmol m-2s-1,fornecidos por lâmpadas do tipo fluorescente branca fria.Para a germinação in vitro (experimento1), após assepsia das sementes,elas foram submetidas aos tratamentos a seguir com 25 repetições cada.:T1 = Meio MS + 15g de sacarose/L; T2 = Meio ½ MS + 15g de sacarose/L;T3 = Ágar-água e T4 = vermiculita.No que diz respeito ao potencial de brotação in vitro da espécie(experimento 2), explante cotiledonar da mesma foi inoculado em meio MScontendo as seguintes características com 10 repetições cada: T1=(2 µMolde BAP + 16ppm de GA3) com pH = 5,8 ±1: testemunha; T2= (2 µMol deBAP + 16ppm de GA3) com pH= 6,8 ±1; T3= (2 µMol de BAP + 16ppm deGA3) com pH=4,8 ±1 e T4= (2 µMol de BAP + 16ppm de GA3) com pH=3,8±1. As variáveis analisadas neste estudo foram: (porcentagem degerminação, contaminação, oxidação, comprimento da parte aérea e deraiz assim que o tempo médio de germinação ou de emergência no casodo tratamento feito com a vermiculita) e (número de brotos por explante, ocomprimento do broto (mm), oxidação e presença de calo na base dosexplantes) respectivamente para os experimentos 1 e 2.

Resultados e discussãoO resumo da análise de variância para as características analisadas nosexperimentos 1 e 2 é apresentado na Tabela 1e 2 respectivamente.Em relação ao experimento 1, observou-se que para às variáveiscontaminação e oxidação não houve efeito significativo dos tratamentosaplicados. Para as variáveis: porcentagem de germinação e comprimentoda parte aérea o tratamento T3 (0 MS + 0 sacarose) se destacou emrelação aos demais tratamentos apresentando valores de 100% e 14,34cm respectivamente para as variáveis percentagem de germinação ecomprimento da parte aérea.Quanto á variável comprimento de raiz, otratamento T4 (vermiculita) apresentou a maior media observada, isto é

17,64 cm. Considerando que os cotilédones têm a função de armazenarsubstâncias de reservas até a plântula tornar-se autotrófica (LEDO, 2008),a presença de solução nutritiva no meio externo torna-se dispensável parao crescimento inicial de plântulas de umburana de cheiro cultivadas in vitro.

No que diz respeito ao experimento 2, Nos diferentes níveis de pHtestados, as variáveis: número de broto, comprimento de broto, oxidação eformação de calo foram semelhantes, demonstrando a não significânciados tratamentos. Esse resultado é semelhante ao observado por Juliana etal. (2012) aos 30 dias de cultivo in vitro trabalhando com a mangabeira.

ConclusõesO meio àgar-água (0 MS + 0 sacarose) apresentou potencial paraestabelecimento de protocolos de propagação in vitro de sementes deumburana de cheiro.Não houve interferência do pH do meio de cultura na brotação deUmburana cearenses, podendo ser utilizado o pH na faixa 4 – 6,8 paraesta espécie.

AgradecimentosPICIN- UNEB pelo apoio financeiro.Bolsa: PICIN

Bolsa: PICIN

Referências:CARVALHO, J. M. F. C. Manual do laboratório de cultivo de tecido. CampinaGrande: Embrapa Algodão, 2001. 33 p. (Embrapa Algodão. Circular Técnica, 46).HUDA, K. M. K.; BHUIYAN, M. S. R.; ZEBA, N.; BANU, S. A.; MAHMUD, F.;KHATUN, A. Effect of FeSO4 and pH on shoot regeration from the cotyledonaryexplants of Tossa Jute. Plant Omics Journal, v. 2, n. 5, p. 190-196, 2009.JULIANA SILVA, R. C. Otimização de parâmetros físico-químicos emicrobiológicos no estabelecimento in vitro de explantes de mangabeira(hancornia speciosa gomes) e na sua promoção do crescimento. 2012.Dissertação ( Mestrado em Ciência Agrária) - Instituto Federal de Educação,Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Rio Verde, 2012.Ledo A. da S.; Blank A. F.; Barboza S. B. S. C.; Rangel M. S. A.; Ledo C. A. S.Germinação in vitro de embriões zigóticos e sementes de nim indiano(Azadirachta indica A. Juss). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.10, p.1-5, 2008.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

DESINFESTAÇÃO DE SEMENTES E IDADES DE EXPLANTE NO CULTIVO IN VITRO DE

ANADENANTHERA COLUBRINAHanna Michelli Ferreira De Souza, [email protected], Anna Christina Passos Menezes,

[email protected] de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Juazeiro

Engenharia Agronômica - BachareladoPalavras-Chave: Desinfestação; explante

IntroduçãoA germinação in vi tro para algumas espécies permite maiorgerminabilidade das sementes, possivelmente em função das condiçõesdo cultivo in vitro, oferecer maior controle do que as condições em viveiro(NOLETO & SILVEIRA, 2004).Explantes juvenis provenientes de sementesou partes juvenis de plantas adultas são os preferidos, embora os tecidosmaduros também sejam utilizados. (TEIXEIRA, 2005).Um dos fatores degrande importância para a micropropagação é a assepsia das sementes,como forma de impossibilitar o desenvolvimento microrganismos quepossam interferir ou inibir o desenvolvimento da cultura in vitro(CID &TEIXEIRA, 2010). Avaliar diferentes formas de desinfestação de sementesem dois ambientes (ex vitro e in vitro) e definir períodos in vitro para aprodução de explantes, de Anadenanthera colubrina.

MetodologiaOexperimento foi realizado na Universidade do Estado da Bahia (UNEB) –DTCS, campus III, Juazeiro (BA). Para o teste de desinfestação desementes meio de cultura utilizado foi ágar-água a 0,7%.Os tratamentosforam 2 ambientes (ex vitroein vitro) e 4 desinfestações (testemunha,hipoclorito de sódio (2,5%), termoterapia com água a 50 e 60°C).Atestemunha (T1), passou apenas por assepsia em água corrente. ParaT2 as sementesforam colocadas em álcool 70% por 1 minuto, em seguidaem solução dehipoclorito de sódio por 15 min. T3e T4, as sementes forammantidas por 10 min em água a 50°C e 60°C, respectivamente, e todos ostratamentos foram inoculados em câmara de fluxo.Para definir os períodos de cultivo para a produção de explantes ostratamentos consistiram em quatro idade dos explantes: T1: 10 dias deidade; T2: 20 dias; T3: 30 dias e T4: 40 dias e três épocas de avaliação(10, 20 e 40 dias).A cada dez dias foram selecionadas 10 plântulas; emcâmara de fluxo, através de cortes foram retirados segmentoscotiledonares, inoculadas nos tubos de ensaio com meio de cultura MS/2 +30 g de sacarose.As avalições foram realizadas em 10, 20 e 40 dias dadata de inoculação dos segmentos cotiledonares. Os dados foramsubmetidos a análise de variância e as médias foram comparadas atravésdo teste de Tukey, a 5 % de probabilidade, pelo software SISVAR(FERREIRA, 2003).

Resultados e discussãoFoi verificada diferença significativa entre os tratamentos de desinfestaçãosomente para a variável contaminação (%) (Tabela 1).

O hipoclorito e termoterapia por imersão com água a 60°C, resultou emuma menor percentagem de contaminação, o que torna estes tratamentosmelhores que os demais. A menor contaminação nas sementes de angicofoi de 25% com imersão em água a 60°C.Em relação a percentagem de responsividade dos explantes, foi observado

um incremento a cada avaliação, como mostra a Figura 2. O aumento deresponsividade dos explantes foi maior naqueles com idade de 30 e 40dias, apresentando uma tendência quadrática, tendo como ponto demáxima resposta a segunda semana de avaliação, tendo como melhorresultado (100%) o tratamento 3 (30 dias/idade explante) e mesmocomportamento na variável contaminação. O tratamento 2 (20 dias/idadeexplante), registrou a menor média, atingindo apenas 60% deresponsividade, com tendência linear ascendente.

ConclusõesDiante dos resultados, é possível concluir que, o hipoclorito e atermoterapia a 60°C foram eficientes na desinfestação das sementes eosegmento cotiledonar, com 30 dias, demonstrou ser o melhor explantepara organogênese deAnadenanthera colubrina.

AgradecimentosAgradeço a Deus, a universidade por me proporcionar desenvolver estetrabalho, a minha orientadora e equipe por toda a ajuda.

Bolsa: PICIN

Referências:CID, L. P. B.; TEIXEIRA, J. B. Cultivo in vitro de plantas: explante, meionutritivo, luz e temperatura. Capítulo 1. Embrapa Informação Tecnológia. Brasília,DF. 2010.FERREIRA, D. F. SISVAR. – Versão 3.4. DEX/UFLA. Lavras, 2003.MACHADO, J. C. Tratamento de sementes no controle de doenças. Lavras:editora UFLA, 2000.NOLETO, L.G. & SILVEIRA, C. E. S. Micropropagação de copaíba. BiotecnologiaC i ê n c i a e D e s e n v o l v i m e n t o . 2 0 0 4 . D i s p o n í v e l e m : h t t p : / /www.biotecnologia.com.br/revista/bio33/copaiba.pdf. Acesso em: 03/08/19.TEIXEIRA, J. B. Limitações ao processo de cultivo in vitro de espécieslenhosas. Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Brasília [s. d.].

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

DIAGNÓSTICO AGRÍCOLA PARA EXPLORAÇÃO DE MELANCIA (CITRULLUS LANATUS)

NO TERRITÓRIO NORDESTE IIMarcelo Souza Dos Santos, [email protected], Antonio Jackson De Jesus Souza, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XXII, Euclides da CunhaEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Fruticultura; Euclides da Cunha; Território Nordeste II

IntroduçãoA melancia (Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & nakai), pertence à famíliadas cucurbitáceas, sendo originária do continente africano. É uma plantaanual, de crescimento rasteiro, com várias ramificações que alcançam até5 m de comprimento. É cultivada em vários países do mundo, segundo aFAO (Food and Agriculture Organization) com uma produção total de,aproximadamente, 111 milhões de toneladas de fruto, e em 2014 amelancia foi a segunda fruta mais produzida no mundo. O Brasil é um dosmaiores produtores mundiais de melancia – esteve no 5º lugar no rankingem 2014, de acordo com a FAO.O semiárido baiano apresenta grande potencial para produção demelancia, o qual apresenta solos leves, de características arenosas e umfotoperíodo (comprimento do período de luz solar) ideal a cultura,oferecendo dias longos e com boa luminosidade, favorecendo afotossíntese. Hoje a agricultura família do Nordeste é com finalidade desubsistência, e a melancia tem potencial para mudar essa característica,potencializando o poder social dos pequenos produtores, que são fadadosa pecuária de fundo de pasto, a qual não consegue manter o produtor.Este trabalho, tem como objetivo diagnosticar a exploração e potencialsocial de melancia no semiárido do território Nordeste II.

MetodologiaO trabalho foi estruturado através de revisão de literatura, com o auxílio dainternet, realizando-se pesquisas a sites como, IPEA, FAO, Embrapa,artigos científicos, etc. Buscando diagnosticar a exploração social dacultura da melancia no semiárido do Estado da Bahia.

Resultados e discussãoAtualmente o cultivo da melancia vem se expandindo, com áreas deprodução em vários estados brasileiros. A região Nordeste se destacacomo a maior produtora, onde a espécie é cultivada tanto na agricultura desequeiro, por pequenos agricultores, quanto na agricultura irrigada(SOUZA DIAS et al.,1999).O desenvolvimento da frutificação para QUINTINO et al. (2010) com acrescente absorção de mão de obra no meio rural, gerando emprego erenda na região, o que tende afixar o agricultor no campo. Portanto oincentivo a fruticultura torna-se uma atitude a ser explanada, tendo emvista essa possibilidade de melhoria social através da geração deempregos.A fruticultura brasileira conta com um potencial extraordinário, devido agrande extensão agrícola e um tropical, o qual favorece a produção dediversas culturas e resultados da FAO (2018) conta que em 2016 o Brasilfoi o terceiro maior produtor mundial de frutas com 42,3 milhões detoneladas, atrás apenas da China e da Índia.No Nordeste apresenta restrições hídricas e de solo do semiárido,entretanto a fruticultura tem se mostrado com elevada importânciaeconômica e principalmente social, a região em 2016 produziu 28,9% dafruticultura brasileira. (VIDAL 2018) Uma das explicações para o bomdesempenho da fruticultura irrigada no Nordeste são as condiçõesclimáticas favoráveis que conferem à Região, vantagem comparativa emrelação ao Sul e Sudeste do País.O fortalecimento do capital social dos produtores via, por exemplo, oaumento de ações coletivas de produção e comercialização poderiaaumentar o seu poder de barganha de ante compradores em geral daprodução (CASTRO 2012), o que seria de grande importância a formaçãode associação ou cooperativa de produtores, embora o Nordeste não

tenha grandes histórias de sucesso com essa metodologia, mas deve sersugerida aos produtores. Euclides da Cunha está localizado as margensda BR 116, o que favorece o escoamento de uma produção.

Tendo em vista toda essa possibilidade produtiva, podemos pensar nacontribuição social da produção de melancia, que pode ser produzido nasestações de chuva gerando uma renda extra para os pequenos produtores.Podendo ter uma produção de sequeiro, ou então visando a possibilidadede montar uma irrigação para produzir durante todo ano.

A criação de uma cooperativa pode agregar muito no escoamento, comona produção, e principalmente na organização, assim com explanaMARTÍNEZ (2002) as cooperativas agrícolas, nesse contexto, sãoidenti f icadas enquanto fator de organização econômica e decompetitividade do setor agrário e de organização dos produtores sobbases democráticas.

ConclusõesO semiárido do estado da Bahia apresenta um potencial enorme para aexploração da cultura da melancia, desde regiões já produtoras a regiõesque ainda não são exploradas, mas que possui condições ambientaisfavoráveis. Euclides da Cunha, por exemplo, mostra-se favorável para aprodução de melancia e outras frutas, desde seu potencial agrícola,podendo ser cultivado em sequeiro ou irrigado, como pela facilidadelogística de escoamento de produção, uma vez que o município estálocalizado próximo a grandes centros consumidores, como também apresença da BR 116 cortando seu território.

AgradecimentosAgradeço a força que rege todo Universo, a meu Pai por insistir em mimpara que eu seja uma pessoa melhor a cada dia, a Universidade do Estadoda Bahia que tem me proporcionado ótimas experiências junto a todo oquadro de professores e aos meus amigos.E agradecer a todos que nunca acreditaram em mim, obrigado por todasas palavras negativas, esse é meu combustível para continuar a crescercomo Ser Humano.

Bolsa: Voluntário

Referências:CASTRO, C. N. A AGRICULTURA NO NORDESTE BRASILEIRO:OPORTUNIDADES E LIMITAÇÕES AO DESENVOLVIMENTO. Instituto dePesquisa Econômica Aplicada – ipea 2012. 43.FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação). (2014).Disponivel em:&60;http://www.fao.org/brasil/fao-no-brasil/licitacoes/licitacoes-concluidas /en/&62;. Acesso em 10 de agosto de 2019.FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação). (2018).Disponivel em:&60;http://www.fao.org/brasil/fao-no-brasil/licitacoes/licitacoes-concluidas /en/&62;. Acesso em 10 de agosto de 2019.QUINTINO, H. M. S.;KHANII, A. S.; LIMA, P. V. S. Benefícios sociais da política de incentivos àcultura de mamão no Estado do Ceará. Rev. Econ. Sociol. Rural vol.48 no.1Brasília Jan./Mar. 2010.MARTÍNEZ, I. B.; PIRES, M. L. L. S. COOPERATIVAS E REVITALIZAÇÃO DOSESPAÇOS RURAIS: UMA PERSPECTIVA EMPRESARIAL E ASSOCIATIVA.Caderno de Ciência & Tecnologia. Vol. 19, n.1 - jan./abr.,2002.SOUZA DIAS, R. de C. et al. Avaliação de resistência a Sphaerotheca fuligineae a Didymella bryoniae em melancia. Horticultura Brasileira, v. 17, p. 13 – 19,1999.Vidal, M. F. FRUTICULTURA NA ÁREA DE ATUAÇÃO DO BNB. Caderno SetorialETENE, Ano 3 | Nº 35 | Julho | 2018.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

POTENCIAL AGRONÔMICO DE MELANCIA (CITRULLUS LANATUS (THUNB.) MATSUM. &

NAKAI) NO TERRITÓRIO NORDESTE II - BA.Ravi Emanoel De Melo, [email protected], Antonio Jackson De Jesus Souza, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XXII, Euclides da CunhaEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: melancia; potencial agronômico; níveis de rega; manejo; hidrogel.

IntroduçãoA melancia (Citrullus lanatus(Thunb) Matsum & Nakai), pertence à famíliaCucurbitaceae, sendo seu centro de origem o continente africano. Suaprodução abrange todos os estados brasileiros, com enfoque para a regiãoNordeste.O clima seco e quente encontrado na região proporciona aprodução de frutos com qualidade excepcional, e um cultivo o anotodo.Sendo cultivada em vários países do mundo, a melancia alcança umaprodução total aproximada de 47 milhões de toneladas de frutos aoano(MIRANDA et al.,1997).A disponibilidade de água é um fator decisivo para o desenvolvimento damelancia, já que 92,6% do fruto é composto por água. O solo armazenatemporariamente a água e a disponibiliza, porém, a recarga deste dependede outros fatores. Dessa maneira, o uso de hidrogel pode uniformizar adistribuição de água entre os períodos de recarga. Ohidrogelé consideradoum produto promissor na agricultura visto possibilitaro desenvolvimento deplantas em áreas áridas ou semiáridas(DRANSKI, 2010).Sendo assim,objetivou-se no presente trabalho avaliar o desenvolvimento de melanciacom uso do polímero hidroretentor e níveis de rega.

MetodologiaO experimento com manejo de regase utilização de polímero hidroretentorna cultura da melancia foi conduzido na Área Experimental daUniversidade do Estado da Bahia, campusXXII, Departamento de CiênciasHumanas e Tecnologias em Euclides da Cunha – BA, a 10º30’ de latitudeSul, 39º00’ de longitude Oeste, à altitude média de 472m.Com base naanálise química do solo, foi dispensada a necessidade de calagem e aadubação foi feita conforme a recomendação para a cultura.O preparo dosolo foi constituído de aração e gradagem e o espaçamento definido foi de2,5 x 2,0 m. A semeadura foi realizada em março de 2019, sendo ohidrogel aplicado um mês após. A concentração do hidrogel foi realizadacom diluição de 1 kg do produto em 400 litros de água, utilizando 1 litro dasolução. O experimento foi conduzido em delineamento estatístico deblocos ao acaso, onde nos tratamentos tiveram 3 níveis de regas eaplicação do polímero, sendo assim cada tratamento foi constituído portrês linhas sendo utilizadas como úteis a linha central com oito plantasúteis, onde em quatro plantas aplicou-se o polímero. Foram realizadas asavaliações de número e peso de frutos. Após coletados, todos os dadosforam analisados pelo software SISVAR® efetuando-se análise devariância e teste Tukey ao nível de significância de 5% de probabilidade.

Resultados e discussãoNo resumo da análise de variância (tabela 01) foi possível identificar efeitosignificativo apenas para o uso de polímero hidroretentor. A interação entreníveis de regas e uso do polímero não interfere significativamente nopotencial agronômico.Tabela 01: Resumo da análise de variância de níveis de regas e uso depolímero na melancia.

FV GLQM

NÚMERO DEFRUTOS

PESO DEFRUTOS

Níveis de rega(NR) 2 0,395833 0,501667

Polímero (P) 1 1,687500* 22,233750*NR*P 2 0,062500 3,395000

Blocos 3 0,592262 5,12470Erro 11 35

CV (%) 38,74 20

*Significativo a 5% de probabilidade pelo teste f.

No parâmetro número de frutos, nas plantas que foram utilizados opolímero hidroretentor, os frutos apresentaram resultados significativos emaiores em relação aqueles sem o uso do hidrogel (tabela 02). De acordocom Bernardi et al. (2005), a aplicação de condicionadores de solo, como ohidrogel, quando utilizado na cova de plantio tem a capacidade deaumentar a capacidade de retenção de água em até 1500 vezes o seupeso em água pura, além de reter cátions e ânions que são essenciais aosvegetais.

Em relação ao parâmetro peso de frutos, o uso do polímero hidroretentorinfluenciou positivamente. Devido à falta de informações de cunhocientíficas na cultura da melancia, os dados foram confrontados comrelatos técnicos em outras culturas.Demartelaere et al. (2009) testaram ouso de polímero hidroretentor em meloeiro associado a lâminas deirrigação e observaram maior produtividade e número de frutos por metrolinear em função da aplicação do polímero.

Tabela 02: Médias* do parâmetro número de frutos (NF) e peso de fruto(PF) de plantas de melancia com e sem uso de polímero.

Polímero Número de frutos(NF) Peso de frutos (PF)

Sem 1,45 (b) 7,21 (b)Com 1,83 (a) 9,14 (a)

*Letras iguais na mesma coluna, não diferem entre si pelo teste Tukey a5% de probabilidade.

ConclusõesO hidrogel influencia positivamente no potencial produtivo da melancia,ofertando frutos maiores e mais pesados.O uso do polímero hidroretentor tem potencial para proporcionar benefíciosa cultura da melancia em regiões semiáridas.

AgradecimentosAgradecer sempre a Deus pelas dádivas diárias. Ao DCHT, campus XXII,ao Prof. Antônio Jackson por toda a orientação dada e ao PICIN/UNEBpela bolsa.

Bolsa: PICIN

Referências:BERNARDI ACC; TAVARES SRL; SCHMITZ AA. 2005. Produção de meloeiroutilizando um polímero hidrofílico em diferentes frequências de irrigação em casa-devegetação.Irriga.10: 82-85DEMARTELAERE, A. C. F. et al. Utilização de polímero hidroabsorvente nomeloeiro (Cucumis melonL.) sob diferentes lâminas de irrigação.Caatinga,Mossoró,v. 22, n. 3, p. 5-8, 2009.DRANSKI, J. A. L.Sobrevivência e crescimento inicial de pinhão-manso emfunção da época de plantio e do uso de hidrogel.Dissertação de mestrado.Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus de Marechal CândidoRondon. 57 f., 2010.MIRANDA, R.F; RODRIGUES, G.A; SILVA, R.H; SILVA, C.L.W; SATURNINO, M.H;FARIA, S.H.F;Instruções Técnicas sobre a cultura da melancia, Belo Horizonte:

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ANÁLISE FISIOLÓGICA DA MELANCIA NO SEMIÁRIDO NORDESTE II

Helivelton Nascimento Candido, [email protected], Antonio Jackson De Jesus Souza,[email protected]

Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XXII, Euclides da CunhaEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Desenvolvimento; Melancia; Polímero; Fisiologia

IntroduçãoA melancieira (Citrullus lanatus Thunb.) é uma planta tropicaldicotiledônea, herbácea e de ciclo vegetativo anual e hábito decrescimento rastejante que pertence à família botânica Cucurbitaceae,originária de regiões secas da África tropical. A cultura da melancia éexigente em água, portanto a escassez por um longo período pode afetarsignificativamente a sua produção. A irrigação ainda requer estudos paramanifestar sua total potencialidade, necessitando de um melhor controlequanto à quantidade de água a ser aplicada, a frequência de irrigação emomentos críticos de aplicação para que possa assim beneficiar aomáximo a cultura implantada (JATOBA et al., 2015). Polímeroshidroretentores são definidos como produtos naturais ou sintéticos que sãoconhecidos pela sua capacidade de absorver e armazenar água (VALE,2006). Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo identificar omelhor manejo das regas e avaliar a aplicação e não aplicação dopolímero hidrorretentor na cultura da melancia, no semiárido do Estado daBahia.

MetodologiaO experimento foi desenvolvido na área experimental e no Laboratório deMicrobiologia do Semiárido – LAMSA, do Departamento de CiênciasHumanas e Tecnologias - Universidade do Estado da Bahia, localizado nacidade de Euclides da Cunha-BA (10º30’ S, 39º00’ O, 472 m de altitude),no período de março a maio de 2019. Com base na análise química desolo, foi dispensada a necessidade de calagem e a adubação foi feitaconforme a recomendação para a cultura. A variedade utilizada para oexperimento foi a Crimson Sweet da marca Feltrim. O experimento foiconduzido em delineamento estatístico de blocos ao acaso, onde nostratamentos tiveram 3 níveis de regas diferentes que se dividiram daseguinte forma (1= rega todos os dias; 2= rega alternando um dia; e 3=rega alternando dois dias) e ainda a aplicação e a não aplicação dopolímero hidroretentor, sendo assim cada tratamento foi constituído portrês linhas sendo utilizadas como úteis a linha central, com oito plantasúteis cada, onde em quatro plantas aplicou-se o polímero e quatro semaplicação do polímero. O espaçamento adotado foi de 2,5 x 2,0 m entresulcos e entre plantas, respectivamente. Foi realizada uma únicaavaliação, no mesmo dia da colheita, aos 73 dias após a semeadura,determinando as características fisiológicas e anatômicas comocomprimento e diâmetro de frutos, teor de º Brix e acidez titulável da polpado fruto.

Resultados e discussãoHouve efeito significativo da rega apenas no teor de ºBrix da melancia.Almeida (2003), indica que os frutos maduros têm que apresentar sólidossolúveis totais superior ou igual a 10 ºBrix. É possível confirmar que osfrutos alcançaram resultado superior ao considerado aceitável para acomercialização através da norma vigente, todos com a média superior a11 ºBrix. Como o teor de Brix está diretamente ligado ao sabor e apreferência do fruto pelo consumidor, Rodrigues (2013) também afirma queo teor de sólidos solúveis é a característica mais importante que determinaa qualidade interna da melancia e também a aceitação no comércio.Também foi observado efeito positivo da aplicação do polímerohidroretentor nas variáveis comprimento e diâmetro do fruto. O resultadodo diâmetro dos frutos neste trabalho corrobora com o de Rosa-Neto et al.(2010) onde a melancia Crimson Sweet era caracterizada por frutos deformato arredondado e médios, apresentando o diâmetro de 76,66 cm. A

aplicação do hidrogel não influenciou nas características físico-químicascomo Brix e ATT. De acordo com trabalho feito por Câmara et. al (2011), aadição dos polímeros hidroretentores ao solo contribuiu para germinaçãode sementes, desenvolvimento do sistema radicular, crescimento edesenvolvimento das plantas, redução das perdas de água de irrigação porpercolação e melhoria na drenagem do solo. O solo onde foi cultivada amelancia já apresentava um bom nível de potássio que ainda foiacrescentado com mais duas adubações. Desse modo, deduz-se que arega feita alternando um dia possibilitou uma melhor absorção de água edo nutriente potássio pela planta, beneficiando assim o fruto e aumentandoo teor de sólidos solúveis que é uma das principais características dequalidade do fruto. Em trabalho feito com melão (SOARES, 2001), foiobservado que o aumento da quantidade de água aplicada na lâmina deirrigação para a dose de potássio de 150 kg ha-1 promoveu a elevação doBrix. Portanto, é necessário serem feitos mais trabalhos de pesquisa pararealmente podermos determinar qual o manejo da rega mais recomendadojunto com a aplicação do polímero hidrorretentor para a região de Euclidesda Cunha – BA.

ConclusõesO manejo da rega na cultura da melancia tem o potencial de melhorar aconcentração de açúcar nos frutos. A aplicação do polímero promoveuacréscimos no comprimento e no diâmetro dos frutos. A rega alternada acada dois dias foi a que proporcionou o maior teor de ºBrix.

AgradecimentosAgradeço a Deus pelo dom da vida, agradeço a meus colegas bolsistaspela força de vontade em realizar este projeto, ao meu orientador e aUNEB, pela confiança e por estar sempre presente durante toda acondução deste experimento.

Bolsa: PICIN

Referências:ALMEIDA. D.P.F., 2003. Cultura da Melancia. Faculdade de Ciências, Universidadedo Porto.CÂMARA, G. R.; REIS, D. F.; ARAÚJO, G. L.; CAZOTTI, M. M.; DONATELLIJUNIOR, E. J. Avaliação do desenvolvimento do cafeeiro Conilon robusta tropicalmediante uso de polímeros hidro-retentores e diferentes turnos de rega.Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v. 7, n. 13; p. 135 - 146, 2011.JATOBA, V. A. et al. Produção da melancia em diferentes lâminas de irrigação viagotejamento no semiárido. Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem, SãoCristovão/SE, novembro 2015. Disponível em: www.abid.org.br/cd-xxv-conird/PDF/181.pdf. Acesso em: 6 ago. 2019.NETO, R. S. L.; GUIMARAES, I. P.; BATISTA, P. F.; AROUCHA, E. M. M.;QUEIROZ, M. A. Qualidade de frutos de diferentes variedades de melanciaprovenientes de Mossoró – RN. Revista Caatinga, Mossoró, v. 23, n. 4, p. 14-20,2010.RODRIGUES, I. C. N. Avaliação da qualidade. In: RODRIGUES, I. C. N. Avaliaçãode parâmetros de qualidade em melancia cultivada na região do Ladoeiro.2013. Dissertação (Mestre em Inovação e Qualidade na Produção Alimentar) -Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Portugal, 2013.Disponível em: https://repositorio.ipcb.pt/handle/10400.11/2162. Acesso em: 6 ago.2019.SOARES, J. A. Parâmetros químicos. In: SOARES, J. A. Efeitos de três lâminasde irrigação e de quatro doses de potássio via fertirrigação no meloeiro emambiente protegido. 2001. Dissertação (Mestre em Agronomia – Irrigação eDrenagem) – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba – SP,2001.VALE, G. F. R. Avaliação da eficiência de polímeros hidroretentores nodesenvolvimento do cafeeiro em pós-plantio. 1. ed. Lavras - MG: CoffeeS c i e n c e , 2 0 0 6 . 7 - 1 3 p . v . 1 . D i s p o n í v e l e m :&60;http://www.coffeescience.ufla.br/index.php/Coffeescience/article/view/12&62;.Acesso em: 09 ago. 2019.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ANÁLISE ECONÔMICA DO CULTIVO DE MELANCIA NO TERRITÓRIO NORDESTE II – BA

Filipe Araujo Neiva, [email protected], Antonio Jackson De Jesus Souza, [email protected] de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XXII, Euclides da Cunha

Engenharia AgronômicaPalavras-Chave: Polímero hidroretentor ; Melancia; Rentabilidade

IntroduçãoA melancia (Citrulhus lanatus) é uma planta originária das regiões tropicaisda África Equatorial, pertence à família das curcubitáceas (JUNIOR, et al.,2007). Foi introduzido no Brasil pelos escravos e hoje o país destaca-secomo um grande produtor de melancia, principalmente no sertãonordestino apresentando as melhores condições edafoclimáticas para oseu desenvolvimento (FILGUEIRA, 2000).Segundo Dias et al, (2001), a melancieira apresenta florescimento monóico( flores masculinas e femininas separadas, porém na mesma planta), amaior porcentagem de polinização ocorre pela manhã.O fruto é do tipobaga, tem formato arredondado ou alongado, e seu peso varia de 3 a 20kg. A polpa é carnosa, normalmente de coloração vermelha, podendo seramarela, branco-rósea ou alaranjada, dependerá da cultivar (FILGUEIRA,2000).Segundo Costa et al., (2010), a cultura da melancia tem uma grandeimportância sócio-econômico no Nordeste brasileiro, por ser cultivadaprincipalmente por pequenos agricultores, sob condições irrigadas e desequeiro, devido ao seu fácil manejo no campo.A cultivar Crimson Sweetde origem americana atualmente é uma das cultivares mais plantada noBrasil, apresenta característica agronômica desejáveis, frutos grandes,redondos, com peso médio entre 11 kg e 14 kg e boa resistência aotransporte, bom desenvolvimento e apresenta casca rajada,sua colheitavaria entre 65 a 75 dias após plantio.Segundo a FAO, (2016) o Brasil é um dos maiores produtores mundiais demelanciaesteve no 4º lugar no rankingem 2014, primeiro lugar a China,seguido de Turquia e Irã.Os estados de Pernambuco e Bahia destacam-secomo o maior polo de produção de melancia do Nordeste brasileiro.Oobjetivo do presente trabalho foi avaliar a rentabilidade econômica daprodução de melancia do território nordeste II.

MetodologiaO experimento com manejo de regas e utilização de polímero hidroretentorna cultura da melancia foi conduzido na Área Experimental daUniversidade do Estado da Bahia – UNEB, Campus DCHT XXII, emEuclides da Cunha – BA, município localizado no nordeste do Estado daBahia, a 10º30’ de latitude Sul, 39º00’ de longitude Oeste, à altitude médiade 472 m. Com linhas espaçadas de 2,5 metros e covas distribuídas acada 2,0 metros na linha de rega (mangueira). A semeadura foi efetuadaem 19 de março 2019. O experimento foi conduzido em delineamentoestatístico de blocos ao acaso, após 30 dias da semeadura, as parcelasteve 3 (três) níveis de rega (molhou todos os dias, molhou em intervalo de1 (um) dia e regas em intervalo de 2 (dois) dias), no mesmo período, 30dias após semeadura, fez aplicação do polímero hidroretentor (1/kg p/ 400L água), adicionado 1 litro do produto diluído, na cova da melancia. Paraanalise de viabilidade econômica foi adotado alguns parâmetros comocusto total, receita bruta e lucro líquido no intuito de averiguar os custos deprodução.

Resultados e discussãoSegundo Junior et al., (2007) a melancia é cultivada, praticamente em todoo país, tanto em condições de sequeiro como também adotando o sistemade irrigação, principalmente o gotejamento, pois o mesmo apresenta 90%de eficiência. Com a utilização do sistema de irrigação por gotejamentocom a cultivar Crimson Sweet produzimos frutos de boa qualidade queatendeu as exigências do mercado consumidor.Segundo Dossa et al (2017) a produção de melancia no Brasil varia de 22

a 35 toneladas por hectare, isso para a cultivar Crimson Sweet.Estima-seque com um manejo adequado, em condições climáticas favoráveis, osfrutos atingem entre 11 e 15/kg (JUNIOR et al., 2007).Dossa et al (2017)relata em seu trabalho de pesquisa sobre a variação de preço referente aoquilo da melancia. No ano de 2015, o valor variou entre 0,72/kg a 1,20/kg.Em 2016, entre os meses de janeiro a dezembro o preço oscilou entre0,80/kg a 1,50/kg. Nos dias atuais o valor pago pelo quilo da fruta estáoscilando entre 0,40/kg a 0,56/kg (AMA, 2019).

Com o manejo adotado para a cultura da melancia na realização doexperimento, obtivemos um bom desenvolvimento das plantas no campo,consequentemente, obteve uma boa produtividade.Sabendo que oespaçamento adotado para realização do experimento foi de 2,5 m entrefileiras e 2,0 m entre plantas, totalizando 2.000 plantas por hectare.

ConclusõesConclui-se que a cultura da melancia tem uma grande importânciaeconômica para a região, na implantação de um hectare, com todo manejode produção, obterá uma rentabilidade máxima de R$ 6.265,00/ha. Alémdisso, gera emprego e é uma fonte de renda para os agricultores, fazendocom que estes tenham independência financeira.

AgradecimentosPrimeiramente agradeço a Deus pela oportunidade de está no curso deengenharia Agronômica, a minha família que é minha base. É com imensoprazer que agradeço também a Universidade do Estado da Bahia (UNEB)pela oportunidade de nos beneficiar com essa bolsa de Iniciação Científica(IC), agradeço também ao orientador pelo empenho e dedicação junto comnós para podermos está desenvolvendo esse trabalho.

Bolsa: PICIN

Referências:AMA- Autarquia Municipal de Abastecimento- Cotação de Preços Juazeiro-BA.Julho de 2019.COSTA, N. D et al. O cultivo da melancia. São Paulo, 2010. 1-10 pDIAS PRP; REZENDE JAM. Premunização da abóbora Tetsukabuto para ocontrole do mosaico causado pelo Papaya ringspot virus – type W. SummaPhytopathologica. 2001.p. 390- 398DOSSA, D.; FUCHS.F. A melancia no mundo. Melancia: Produção mercado epreço na CEASA-PR. Paraná-PR, 2017. 1-4 pFAO/ONU. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA)Organizaçãodas Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. (FAO/ONU) 2016. Disponívelem: &60;http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/prevsaf/ /&62; Acesso em: 29 de julho de2019.FILGUEIRA, F.A.R. Melancia. In:Novo manual de olericultura. Viçosa: UFV,2000. p. 327-333.

JUNIOR, A.S.A.; RODRIGUES.B.H.N.; SOBRINHO.C.A.; BASTOS.E.A.;MELO.F.B.; CARDOSO.M.J.; SILVA.P.H.S.; DUARTE.R.L.R. Cultura da melancia.2ª edição. Brasília-DF, 2007. 10-50p

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

PRODUÇÃO DE MUDAS DE MORORÓ (BAUHINIA CHEILANTHA (BONG.) STEUD.)

Lucas Silva Rios, [email protected], Maria Herbenia Lima Cruz Santos, [email protected] de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Juazeiro

Engenharia Agronômica - BachareladoPalavras-Chave: Planta medicinal; Superação da dormência; Regulador vegetal

IntroduçãoA Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud., conhecida popularmente comomororó, é uma planta da Caatinga. A espécie usada na produção deremédios caseiros com ação anti-inflamatória, antidiabética, sedativa,antiparasitária, para distúrbios digestivos, a partir de suas sementestorradas (SILVA et al., 2017). Assim, o objetivo deste trabalho foideterminar a curva de embebição das sementes de mororó, com corte detesoura ou escarificadas com lixa, testar sua germinação e emergênciaassociado ou não ao uso de um regulador vegetal.

MetodologiaO presente trabalho foi desenvolvido no Departamento de Tecnologias eCiências Sociais - DTCS, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB,Campus III, Juazeiro – BA.. Inicialmente foi determinado o grau deumidade, utilizando-se quatro repetições com 40 sementes totalizando 160sementes por parcelas, mensurando-se sua massa fresca inicial embalança semianalítica e colocando-as em estufa. Em seguida as sementesde mororó foram submetidas aos seguintes tratamentos, T1: intactas; T2:cortadas com tesoura de poda; T3: escarificação com lixa d’água nº100,foram distribuídas em quatro repetições em delineamento inteiramentecasualizado - DIC, totalizando 240 sementes. Posteriormente, as sementesforam colocadas em frascos de vidro e colocado 180 mL de águadestilada. A absorção foi medida em intervalos de 30 minutos até o pesoconstante durante 12 horas. Após foi feito o teste de germinação,emergência e do substrato ecológico. Na germinação foram quatrotratamentos, sendo, T1: intactas embebidas em água destilada; T2: cortecom tesoura de poda (CTP) e embebidas em solução com 500ppm de umregulador vegetal; T3: CTP e embebidas em 1000ppm de reguladorvegetal; T4: CTP e embebidas em 1500ppm de regulador vegetal, durante4 horas, totalizando 320 sementes. Após a embebição as sementes foramcolocadas em caixas de acrílico sob três folhas de papel germiteste®

umedecidas com água e colocadas em B.O.D em DIC. No teste deemergência as sementes foram submetidas quatro tratamentos, sendo: T1;sementes intactas não embebidas em água destilada; T2 – sementesintactas embebidas em água destilada; T3 – sementes embebidas emsolução com 500ppm de GA3; T4: sementes embebidas em 1000ppm deGA3; T5: sementes embebidas em 1500ppm de GA3.. Após o período deembebição, as sementes foram semeadas em bandejas de isoporutilizando substrato comercial em DIC com quatro repetições, totalizando400 sementes onde foram mantidas sob sombrite de 50% desombreamento no Viveiro de Plantas Nativas da Caatinga durante 25 dias.No final do experimento, as variáveis analisadas foram: porcentagem deemergência (%E), velocidade de emergência (IVE), altura das plântulas enúmero de folhas, sendo registrando diáriamente o número de plântulasemersas até a consolidação. Após 25 dias as plântulas foramtransplantadas para sacos de polietileno contendo substrato comdiferentes concentrações, T1: 100% areia lavada AL; T2: 50% AL, 25%esterco caprino curtido EC e 25% bagaço de coco lavado BC; T3: 50% ECe 50% BC e T4: 100% de BC.

Resultados e discussãoA avaliação do teor de água após 24 horas em estufa de circulaçãomostrou que as sementes de mororó possuíam teor inicial médio de água

de 10,54%. Resultado próximo ao de (COSTA et al., 2013) que encontrou11% em sementes de Bauhinia forficata Linn.. Os resultados obtidos nacurva de absorção de sementes de mororó demonstraram maiorhidratação nas primeiras avaliações, considerando o aumento do peso dassementes gradativamente até o período de 12 horas. Os maiores valoresde porcentagem de germinação ocorreram nos tratamentos com imersãoem 500 e 1000ppm de ácido giberélico GA3, os quais resultaram em57,5% e 58,7% de germinação, seguidos da dose de 1500ppm deregulador vegetal com 47,5% e da testemunha com 45%. Para o índice develocidade de germinação (IVG) os tratamentos com GA3 se mostrarammais eficientes nas doses de 500 e 1000ppm, pois promoveram um IVG de10,43 e 11,76 em comparação ao tratamento de concentração de1500ppm que houve uma diminuição na velocidade, caindo para 9,88.seguido da testemunha 7,08. A dormência pode atrasar o início dagerminação das sementes. Com os resultados obtidos de acordo a cadatratamento, em função das doses de GA3, verificou-se aumento linearsignificativo no comprimento da raiz primarias das sementes, podendodeste modo, comprovar que a utilização de GA3 favoreceu essecrescimento à medida que se aumentou a concentração deste reguladorvegetal. O tratamento controle não diferiu significativamente dos demaistratamentos. Resultados confrontantes foram encontrados em estudos comsementes de Bauhinia monandra e Bauhinia ungulata (CURIEL et al.,2011), ambas escarificadas mecanicamente e posteriormente embebidasem ácido giberélico. O GA3 promoveu aumento significativos na altura dasplântulas de mororó e no seu número de folhas. A aclimatização de mudasde mororó resultou em diferentes taxas de sobrevivência, sendo que houvediferença significativa entre os tratamentos utilizados. A utilização deesterco caprino afetou negativamente as plântulas com 0% desobrevivência das mesmas. Handreck (1993) afirma que a fibra de cocoapresenta alta concentração de K, Na e Cl, mas que o K não possui efeitonegativo sobre o crescimento das plantas em geral, podendo ser umacaracterística positiva do material dispensando sua suplementação. Issopode explicar a sobrevivência das plântulas no substrato composto por100% de bagaço de coco lavado.

ConclusõesO tempo de embebição das sementes de mororó foi de 4 horas. Conclui-seque visando maximizar a germinação, indica-se a imersão em 1000ppm deGA3 e para melhor emergência indica-se a imersão em 1500ppm de GA3 eo seu transplante em substrato com 100% de bagaço de coco.

AgradecimentosAo Programa de Iniciação Científica (PICIN) da UNEB pela bolsa.

Bolsa: PICIN

Referências:COSTA, E, S.; NETO, A, L, S.; COSTA R, N.; SILVA J, V.; Souza, A, A.; Santos, V,R. Dormência de sementes e efeito da temperatura na germinação de sementes deBauhinia forficata. Revista de Ciências Agrárias Amazonian Journal of Agriculturaland Environmental Sciences, v. 56, n. 1, p. 19-24, 2013.CURIEL, A, C.; D, M.; Cristiano, P. Germinação de Ormosia arborea (Vell.) Harmssubmetida a diferentes períodos de exposição e concentração de GA3 pósescarificação mecânica. Scientia Plena, v. 7, n. 12, 2011.HANDRECK KA. 1993. Properties of coir dust, and its use in the formulation ofsoilless potting media. Communications in Soil Science and Plant Analysis 24: 349-363.SILVA, M, G, G.; SANTANA, E, R, B.; PADILHA, R, J, A, S.; LIMA, C, S, A.; YARA,R. atividade antioxidante e quantificação de compostos fenólicos bioativos daespécie do semiárido bauhinia cheilantha (bong.) steud. Blucher BiophysicsProceedings, v. 1, n. 1, p. 96-97, 2017.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO ENXERTADAS EM

ESPÉCIES SILVESTRESAriela Vieira Da Silva Moura, [email protected], Reginaldo Conceicao Cerqueira, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Enxertia; Porta enxerto; Passiflora; P. edulis

IntroduçãoO Brasil se destaca na produção mundial de maracujá, sendo a ocorrênciade doenças de solo um dos principais problemas da cultura. Elas sãocomuns no sistema radicular da planta, as quais promovem a morteprecoce, desfolhamento, retardamento na maturação do fruto, influencia nobaixo rendimento de polpa e, consequentemente, queda na qualidade eprodutividade, causando uma série de prejuízos de ordem financeira esocial. Com isso, o trabalho teve como objetivo avaliar a produção e ascaracterísticas pós-colheita de frutos de maracujá-amarelo (Passifloraedulis Sims f. flavicarpa Deg.), produzidos através de plantas pé franco eenxertadas sobre duas diferentes espécies de maracujazeiro silvestres.

MetodologiaO experimento, em andamento, está sendo conduzido no CampoExperimental da Universidade do Estado da Bahia, no município deBarreiras, BA. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados comquatro repetições e três plantas por parcela. Foram três os tratamentos:plantas de maracujá amarelo (P. edulis) pé franco e enxertadas em P.alata e P. cincinnata. A semeadura foi realizada em tubetes com 190 ml,contendo substrato comercial, após 60 dias foi realizada a enxertia, do tipogarfagem no topo fenda cheia (Figura 1).

Após 30 dias da enxertia as plantas foram transplantadas para o campoem berços espaçados de 3,0 m x 2,80 m, com dimensões de 0,50 m x 0,50m x 0,50 m, irrigadas por sistema localizado (gotejo) e sua condução feitaem espaldeiras verticais, utilizando-se um fio de arame liso (nº 12), naaltura de 1,80 m da superfície do terreno. As características avaliadas atéo momento foram: altura de planta; diâmetro da região do porta enxerto, doenxerto e do pé franco e número de nós (gemas) (Figua 2).

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médiascomparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, através do

programa SISVAR (FERREIRA, 2000).

Resultados e discussãoAs plantas de maracujá amarelo pé franco e aquelas enxertadas em P.cincinnataapresentaram maior comprimento, 2,16 m e 1,82 m, respectivamente.Contudo, não diferiram entre si, como observado na Tabela 1. No entanto,as plantas enxertadas no porta enxerto P. alata apresentou menor alturad i f e r e n c i a n d o s i g n i f i c a t i v a m e n t e d a sd e m a i s .

As plantas de P. edulis pé franco e também quando enxertada em P. alataapresentaram maior diâmetro da região do enxerto, logo acima da regiãoda enxertia, 9,92 mm e 8,72 mm, respectivamente, não diferindoestatisticamente entre si. Enquanto que estas plantas quando enxertadasno porta enxerto P. cincinnata seu diâmetro foi de apenas 76,62 mm.Quanto ao diâmetro dos porta enxertos observou-se que as plantasenxertadas emP.cincinnata apresentou maior valor (7,08mm), não diferindo se dodiâmetro do colo da planta P. edulis (7,94mm), Enquanto as Plantasenxertadas no P. alata apresentaram menor valor (5,15mm).As plantas de maracujá amarelo em pé franco (26,17) e tambémenxertadas em P. cincinnta obtiveram as maiores quantidades degemas(25,58), não diferindo entre si estatisticamente. Já as plantasenxertadas no P. alata obteve o menor número de gemas (15,00)

ConclusõesConsiderando os resultados obtidos até o momento, as plantas de P.edulis enxertadas em P. cincinnata apresentam desenvolvimentosatisfatório e sem sinais de incompatibilidade entre enxerto e portaenxerto.

AgradecimentosAo orientador, Prof. Dr. Reginaldo Conceição Cerqueira, aos amigos KesiaCoutinho, Rafael Felix, Victoria Teixeira e demais que contribuíram, aUniversidade Estadual da Bahia (UNEB).

Bolsa: Voluntário

Referências:FERREIRA, D.F. Análise estatística por meio do SISVAR (Sistema para Análise deVariância) para Windows versão 4.0. In: REUNIÃO ANUAL DA REGIÃOBRASILEIRA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE BIOMETRIA, 45. 2000, SãoCarlos. Anais... São Carlos: UFSCar, 2000. p. 255-258.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

REAÇÃO AO COMPLEXO FUSARIOSE-NEMATOIDE DE MARACUJAZEIRO AMARELO

ENXERTADO EM ESPÉCIES SILVESTRESKésia Vanessa Suares Coutinho, [email protected], Reginaldo Conceicao Cerqueira, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Maracujazeiro; Espécies silvestres; Fusariose-nematoide das galhas

IntroduçãoO Brasil é considerado o maior produtor e consumidor de maracujá domundo, sendo o maracujá-amarelo a espécie mais cultivada ecomercializada. No entanto, com a expansão comercial do cultivo demaracujá surgem vários problemas fitossanitários. As doenças provocadaspor patógenos de solo, dentre elas, a fusariose e aquelas provocadas pornematoides são as mais preocupantes. Estas são de difícil controle, poressa razão é realizado o uso de cultivares resistentes como uma dasprincipais estratégias. A utilização de espécies silvestres como porta-enxerto tem apresentado elevado potencial, pois apresenta resistência anematoide e fungos de solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar aresistência de mudas de maracujazeiro amarelo enxertado em espéciessilvestres (P. cincinnata Mast. e P. alata Curtis) e nele próprio (P. edulisSims) inoculadas com Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae eMeloidogyne incognita.

MetodologiaO experimento foi conduzido no Viveiro de Fruticultura da Universidade doEstado da Bahia – UNEB, Campus IX, Barreiras-BA. O delineamentoexperimental foi inteiramente casualizado com três tratamentos e oitorepetições, totalizando 24 parcelas. Os tratamentos foram formados portrês espécies de Passiflora (P. cincinnata, P. alata e P. edullis), todasenxertadas com o maracujazeiro amarelo (P. edulis). Após a realização daenxertia, as plantas tiveram suas raízes lavadas, colocadas em Kitassatoscom suspensão de esporos (concentração de 1 x 106 esporos mL-1), esubmetidas à pressão de 2 psi com auxílio de um compressor durante 10minutos.

Em seguida, as mudas foram transplantadas para vasos de 3L contendosubstrato composto por areia, solo e matéria orgânica (1:2:1) previamenteautoclavados. Logo após, o substrato de cada parcela foi infestado com4.000 ovos de Meloidogyne incognita. As plantas foram avaliadas a cada 7dias, até aos 35 dias, de acordo com os seguintes sintomas:amarelecimento das plantas, queda das folhas, murcha das plantas emortes das plantas. Ao final dos 35 dias a colonização fúngica foi avaliadaatravés de corte longitudinal no caule da planta e colocado em câmaraúmida por 48 horas. A avaliação da população de nematoide foi realizadaao término do experimento, avaliou-se o número de galhas e altura daparte aérea. Estes foram expressos em percentual e os dados obtidos daavaliação número de galhas e altura foram submetidos à análise devariância pelo teste F e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%de probabilidade.

Resultados e discussãoAs plantas enxertadas noP. alataapresentaram o maior número desintomas totais aos 7 dias após inoculação - DAI (100%), seguido dasplantas enxertadas comP. cincinnata(93,75%) eP.edulis(56,25%).Noentanto, no decorrer dos DAI as plantas foram se recuperando e ospercentuais dos sintomas da doença foram diminuindo. Sendo que aos 35DAI as plantas enxertadas no próprioP. edulisfoi quem apresentou maiorpercentual de sintomas totais (25%). Enquanto que as plantas enxertadas

na espécieP. alataapresentaram 12,5% de sintomas eP. cincinnatanãoapresentaram qualquer sintoma da doença logo a partir dos 21 DAI(Tabela 1).

Segundo Fernandes et al., (2009) As plantas frente ao ataque deagressores ou até mesmo em condições adversas, elas apresentamestratégias de defesa que permitem o retardamento ou até mesmoimpedem a penetração de agentes fitopatogênicos, tais como os fungos,denominado de Resistência Sistêmica Adquirida.

Quanto à altura das plantas, estas quando enxertadas na espécieP.cincinnataapresentou a maior média, diferenciando significativamente deP.eduliseP.alata. Em relação ao número de galhas causadas porM.incognita, observou-se que as plantas enxertadas nas espéciesP.cincinntaeP. alataforam menos suscetíveis ao desenvolvimento de galhas(Tabela 2).

ConclusõesAs mudas de maracujá amarelo (P. edulis) enxertadas na espécie P.cincinnata mostram-se menos susceptíveis ao ataque da fusariose,apresentando rápida recuperação após inoculação com o Fusariumoxysporum. Estas mudas ainda apresentam menor desenvolvimento degalhas no sistema radicular das plantas.

AgradecimentosAo Prof. Dr. Reginaldo Cerqueira pela orientação, ao Prof. Dr. João LuizCoimbra.

Bolsa: PICIN

Referências:FERNANDES, C. F. et al. Mecanismos de defesa de plantas contra o ataque deagentes fitopatogênicos. EMBRAPA: Porto Velho. 2009.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

MÉTODOS DE ENXERTIA DO MARACUJÁ AMARELO EM DIFERENTES PORTA ENXERTOSHyanka Walleska Campos Dos Santos, [email protected], Reginaldo Conceicao Cerqueira, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Passiflora edulis; Maracujazeiros silvestres; Fenda cheia

IntroduçãoO Brasil é o maior consumidor e produtor do maracujá amarelo. Contudo, alongevidade dos pomares é muito baixa devido a problemas fitossanitárioscausados pr inc ipalmente por patógenos de solo (Fusar iumOxysporum),resultando em baixa produtividade. Aenxertia pode serutilizada como alternativa no controle destes patógenos, aumentando aqualidade do produto sem causar impacto ao ambiente.Nesse sentindo, oobjetivo deste trabalho foi avaliar o pegamento e desenvolvimento deplantas de maracujá amarelo em diferentes porta enxertos e métodos deenxertia.

MetodologiaO experimento foi desenvolvido no Campo Experimental da Universidadedo Estado da Bahia – UNEB, Campus IX, Barreiras-BA.O delineamentoexperimental adotado foi o inteiramente casualizado, com cinco repetições,sendo uma planta por parcela. Utilizou-se esquema fatorial 3 x 2, onde oprimeiro fator foi constituído pelos porta enxertos: P. alata, P. setacea eP.cincinnata,;e o segundo fator pelos métodos de enxertia: garfagem no topofenda cheia e garfagem lateral. Após 60 dias da semeadura das plantas deP. edulis e 90 dias da semeadura dos porta enxertos as plantas foramenxertadas. No processo de enxertia foi utilizado laminas de barbear, fitasplásticas e grampo de plástico que serviu de suporte para sustentar opalito de madeira como tutor. Aos 30 dias após enxertia as plantas foramavaliadas quanto ao: pegamento da enxertia; altura de plantas; diâmetrodo porta enxerto; diâmetro local da enxertia; diâmetro do enxerto. Osdados foram submetidos à análise devariância e as médias comparadas através do teste de Tukey (p&60;0,05),utilizando o software SISVAR® (FERREIRA, 2010).

Figura 1. Tipos de enxertia em maracujazeiro amarelo. Barreiras-BA, 2019.

Resultados e discussãoDe acordo com os resultados apresentados na Tabela 1, as plantasenxertadas com P. setecea apresentaram menores diâmetros do enxerto etambém do porta enxerto, isto se deveu ao fato desatas plantasapresentarem menor desenvolvimento e ao selecionar um enxerto comdiâmetro parecido, levou também a ficarem com os porta enxertos eenxertos menores. Quanto ao método de garfagem observou-se queapenas quando o maracajá amarelo foi enxertado no P. cincinnataé que aenxertia no topo fenda cheia se destacou.

Segundo Zeiger, (2009) o porta – enxerto pode influenciar no crescimentoda espécie por meio da maior ou menor síntese e transporte hormonal,visto que o sistema radicial desempenha papel importante na regulaçãohormonal de enzimas e pigmentos ou citocinas e ácidos abscísico. Asplantas silvestresPassiflora setacea e Passiflora cincinnatapossuemdesenvolvimento lento, e caule mais fino, e a espéciePassifloraalata,possui diâmetro semelhante ao convencional,Passif loraedulis.Admitindo – se que o diâmetro da planta é um indicativo de vigor ecomparando os tratamentos entre – si, pode – se dizer quenesse casooPassiflora alata e Passiflora cincinnatamostraram – se mais vigorosas.

Os resultados do pegamento da enxertia foram excelentes emdeterminadas combinações de enxerto/porta – enxerto como mostra naTabela 1, alcançando 100% de pegamento, como é o caso da combinaçãodeP. edulis x P.alata.Os resultados obtidos pela enxertia da combinaçãodeP. edulis x P. cincinnata,também apresentaram resultados positivos,com pegamento de 82,50%, e a combinaçãoP. edulis x P. setaceacommédia de 75%.

ConclusõesO método de enxertia garfagem no topo fenda cheia foi bem-sucedido paraas espécies utilizadas e sendo eficiente para a produção de mudas domaracujazeiro-amarelo.Destacam-se como porta enxerto as espécies Passiflora alata e Passifloracincinnata, tanto pelo excelente índice de pegamento como pelodesenvolvimento da planta.

AgradecimentosA PICIN pela concessão da bolsa, ao professor orientador Dr. ReginaldoCerqueira pelos conhecimentos compartilhados.

Bolsa: PICIN

Referências:FERREIRA, D.F. Análise estatística por meio do SISVAR (Sistema para Análise deVariância) para Windows versão 4.0. In: REUNIÃO ANUAL DA REGIÃOBRASILEIRA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE BIOMETRIA, 45. 2000, SãoCarlos. Anais... São Carlos: UFSCar, 2000. p. 255-258.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

UTILIZAÇÃO DE PORTA ENXERTOS EM MARACUJAZEIRO AMARELO COMO ESTRATÉGIA

NA TOLERÂNCIA AO ESTRESSE HÍDRICOGilmar Jose Segatto Junior, [email protected], Reginaldo Conceicao Cerqueira, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus IX, BarreirasEngenharia Agronômica

Palavras-Chave: Enxertia; Déficit Hídrico; Passiflora edulis; ; .

IntroduçãoO Brasil se destaca na produção de maracujá, sendo o maior produtormundial, porém a produtividade média é de 13,5 t.ha-1 (IBGE, 2017),sendo considerada baixa comparada ao potencial produtivo da espécieque pode chegar a mais de 40 t.ha-1 (FREITAS et al., 2011). Um dosgrandes entraves existentes que contribui para essa baixa produtividade,além do ataque de pragas e doenças, é a baixa disponibilidade hídrica,uma vez que, a água tem se mostrado um fator limitante na produçãodesta cultura.Éde conhecimento que algumas espécies de maracujá como o Passifloracincinnata (maracujá do mato), Passiflora setácea (maracujá do cerrado) ePassiflora alata (maracujá doce) apresentam resistência ou tolerância àalgumas pragas, doenças e ao déficit hídrico. Desta forma, se tornainteressante o estudo da utilização dessas espécies como porta enxertopara a cultura do maracujazeiro amarelo (P.assiflora edulis).Perante o exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência aodéficit hídrico do maracujá amarelo, enxertado em três espécies diferentesde maracujazeiro, P. cincinnata, P. setacea e P. alata, submetidos à umciclo de estresse hídrico e posterior reidratação.

MetodologiaO experimento foi conduzido em casa de vegetação (ambiente protegido)recoberta com filme plástico de polietileno, com tela de redução de 50% daradiação solar, no Campo Experimental da Universidade do Estado daBahia – UNEB - DCH IX / Barreiras-BA.O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizadocom cinco repetições e três plantas por parcela. Utilizou-se quatrotratamentos, composto pelas combinações das plantas de maracujáamarelo (P. edulis): pé franco e enxertadas nos respectivos portaenxertos,P. edulis x Passiflora alata,P. edulis x P. setácea,P. edulis x P.cincinnata. As plantas foram enxertadas pela técnica de garfagem no topofenda cheia, cultivadas em vasos de 5 litros, contendo uma mistura de soloe composto orgânico. Aos 60 dias após a enxertia, realizou-se uma podadeixando todas as plantas com a mesma altura (1,20 m). Em seguida osvasos foram irrigados até sua saturação, voltando irrigar somente após asplantas entrarem em estresse severo. Na manhã do dia seguinte, com osolo na capacidade de campo, e quando as plantas apresentaram-semurchas e posterior reidratação,foram avaliadas quanto ao: teor relativo deágua; temperatura das folhas; e porcentagem de plantas murchas.Osdados obtidos foram submetidos à análise de variânciae as médiascomparadas pelo teste de Tukey a 50% de probabilidade (FERREIRA,2000).

Resultados e discussãoQuando submetidas ao estresse hídrico, as plantas de maracujazeiroamarelo em pé franco apresentaram menor teor relativo de água (57,88%),comparadas às plantas enxertas com os porta enxertos P. alata (75,63%),P. setácea (83,27%), P. cincinnata (73,33%) (Tabela 1), demostrandomaior nível de desidratação. Isto nos leva afirmar que as plantas enxertascom os referidos porta enxertos apresentam maior tolerância à deficiênciahídrica, não diferindo estatisticamente entre si.

Avaliando o sintoma de murcha, as plantas começaram a demonstrá-lo apartir do terceiro dia da suspenção hídrica (Dia 2), neste dia 86,67% dasplantas pé franco já apresentavam as folhas murchas, enquanto que asplantas enxertadas só foram apresentar sintomas de murcha a partir doDia 3, com 20,0%, 6,67% e 20,0% para as enxertadas em P. alata, P.setácea e P. cincinnata, respectivamente (Figura 1). No Dia 4, quando oteor de água nos vasos alcançou nível crítico, 100% das plantas pé francomurcharam, enquanto que as enxertadas em P. alata, P. setácea e P.cincinnata, apresentaram 40%, 13,33% e 66,67%, respectivamente, comsintomas de murcha.

Estas informações apresentam uma correlação direta com os dados doTRA apresentados neste trabalho, corroborando também com os dadosobtidos por Stavely e Wolstnholme, (1990).

ConclusõesPlantas do maracujazeiro amarelo quando enxertado no porta-enxerto P.setaceaapresentam maior tolerância à deficiência hídrica, seguidodaquelas enxertadas nos porta enxertosP. alatae P. cincinnata.

AgradecimentosAo PICIN por tornar possível a realização deste trabalho e pela concessãoda bolsa.

Bolsa: PICIN

Referências:FERREIRA, D.F. Análise estatística por meio do SISVAR (Sistema para Análise deVariância) para Windows versão 4.0. In: REUNIÃO ANUAL DA REGIÃOBRASILEIRA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE BIOMETRIA, 45. 2000, SãoCarlos. Anais... São Carlos: UFSCar, 2000. p. 255-258.IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRARIA E ESTATÍSTICA. Banco dedados agregados. Sistema IBGE de recuperação automática – SIDRA, 2017.Disponível em: &60;http://www.ibge.gov.br&62;. Acesso em: 01 de jul. 2019.STAVELY, G. W.; WOLSTENHOME, B. N. Effects of water stress on growth andflowering of Passiflora edulis (Sims) grafted to P. Caeruela L. Acta Horticulture,Leuven, v. 75, n. 2, p. 251-258, 1990.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

NECESSIDADE TÉRMICA E INTENSIDADES DE PODA DE RENOVAÇÃO NO CRESCIMENTODE RAMOS DA MANGUEIRA CV. TOMMY ATKINS, SUBMETIDA A DIFERENTES UMIDADES

DE SOLORyziele Silva De Alcantara, [email protected], Valtemir Goncalves Ribeiro, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Vale do São Francisco; Rejuvenescimento de copa; Vigor

IntroduçãoAs regiões Sudeste e Nordeste são as maiores produtoras de manga doPaís, e em2018 a área plantada no Vale do São Francisco (NE) alcançou30.300 ha, ou seja, praticamente o dobro da área plantada na RegiãoSudeste, com 15.570 ha (HORTIFRUTI BRASIL, 2019).Para uma eficienteprodução dos pomares, a poda é um fator importante, ao equilibrar ascapacidades produtivas e vegetativas das plantas. Especificamente, aspodas de renovação e/ou rejuvenescimento objetivam revitalizar plantascom idades avançadas, mas que possuem troncos, ramos principais esistemas radiculares sadios. Consiste na eliminação de ramos secundáriose folhagens, mantendo apenas a estrutura básica das plantas("esqueleto").No presente estudo, foram realizadaspodas drásticas e medianas,tornando-se o objetivo deste trabalho avaliar a interação de diferentesníveis de podas e a disponibilidade de água do solo, bem como ainfluência das temperaturas nas distintas estações do ano, ou seja, oacúmulo de graus-dia no crescimento de ramos da mangueira cv. TommyAtkins.

MetodologiaO experimento foi conduzido na área experimental do Campus IIIdaUniversidade do Estado da Bahia, Juazeiro-BA, que segundo Köepen, éu m a r e g i ã o s e m i á r i d a q u e n t e . M a n g u e i r a s ‘ T o m m yAtkins’comespaçamento 8 m x 6 me 26 anos de idade foram utilizadas noexperimento, as quais forampodadas com diferentes intensidades para orejuvenescimento da copa em junho de 2018, tomando-se por base paraas podas em diferentes alturas percentuais do espaçamento entre linhasde plantio (8 m): 35%(2,80 m), 25%(2,0 m)e 15%(1,20 m)(GENÚ e PINTO,2002).Metade das mangueiras receberamirrigação manejada de acordocom a recomendação hídrica para a cultura (RHC) e outrasestavam emambiente com o solo sempre próximo ao encharcamento (SE). Acaracterização daumidade de solo foi realizada pelométodo de secagemem estufa (EMBRAPA, 1997)à profundidades de 0-20, 20-40 e 40-60 cm.Para acompanhamento do desenvolvimento vegetativo, o comprimento defluxos e de ramos foram mensurados,além do número defolhase fluxos, edebrotações. As avaliações foram feitas em cada estação, nas últimassemanas desetembro (primavera), dezembro (verão), março (outono) ejunho (inverno). Para cálculo da demanda térmica (graus-dias -GD) foiutilizada a temperatura basal inferior igual a 13 °C (RODRIGUES et al.,2013), pela equação proposta por Villa Nova et al. (1972).O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados, emesquema fatorial 3 (intensidades de poda) x 2 (disponibilidade de água),com 4 repetições.Os dados foram interpretados por analise de variância ea comparação de médiaspara os ambientespelo teste de média Tukey, a5% de probabilidade,e análise de regressão, para as diferentesintensidades de podas/alturas(R²&62;0,70).

Resultados e discussãoAs alturas de poda nas variáveis comprimento de fluxo e de ramo nãoapresentaram diferençasestatísticas entre si nem houve interação com osambientes RHC e SC, as médias estão apresentadas na tabela 1.Outono, número de fluxos (Figura 1) e inverno, número de folhas (Figura 2)apresentaraminteração entre as podas com o ambiente que sempre estevepróximo ao encharcamento. Por conseguinte, a altura de poda 1,20 mapresentou o melhor desempenho.Tabela1. Média das variáveis nas estações.

Em relação a quantidade de brotação, a poda de 2,80m apresentou melhordesempenho, com média de 226,75 brotações por planta. Enquanto que apoda mais drástica (1,20m), apresentou uma média de 103,875 brotaçõespor planta.

Apercentagem da umidade do solo do ambiente SE, na profundidade 40-60 cm, chegou ao dobro da umidade em RHC.

O acúmulo de graus-dias nas estações primavera e verão foram maioresque as demais.

ConclusõesPara as variáveis comprimento de ramo e fluxo, não houve interação dosfatoresem todas as estações do ano.A intensidade de poda 2,80 somente apresentou superioridade às outrassob efeito da variável brotação.Para todas as variáveis, quando houve significância nos desenvolvimentosvegetativos, a poda a 1,20m de altura apresentou os maiores valores, tantona área RHC como na SE.A necessidade térmica durante todo o período de estudo foi de 4.571,24graus-dia.

AgradecimentosAo grupo de estudos de fruticultura do Campus III da UNEB. A SamuelFernandes, Josemar Júnior, Shirley Nascimento, Gabriela Rodrigues,Carlos Tailan, Igor Dias e Evelyn Katharine pela disponibilidade de tempoaos feriados, férias e finais de semana.Ao meu orientador, pelo conhecimento compartilhado.ÀUNEB, pela concessão da bolsa.

Bolsa: PICIN

Referências:EMBRAPA – EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Manualde métodos de análises de solo. Centro Nacional de Levantamento eConservação do Solo. Rio de Janeiro: Embrapa Solos. 1997. 212p.GENÚ, P.J.C.; PINTO, A.C.Q. (Eds.)A cultura da mangueira. Brasília: EmbrapaInformação Tecnológica, 2002. 452p.Hortifruti Brasil. Anuário 2018-2019. Edição especial, Piracicaba, SP, A.17, nº 185,2019.RODRIGUES, J.C.; SOUZA, P.J.O.P.; LIMA, R.T. Estimativa de temperaturasbasais e exigência térmica em mangueiras no nordeste do estado do Pará. RevistaBrasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.35, n.1, p.143-150, 2013.VILLA NOVA, N. A.; PEDRO JÚNIOR, M. J.; PEREIRA, A. R.; OMETTO, J.C.Estimativa de graus-dia acumulados acima de qualquer temperatura base emfunção das temperaturas máxima e mínima.Caderno de Ciências da Terra, SãoPaulo,v. 30, n. 8, p. 1-8, 1972.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

SACAROSE;NITRATO DE CÁLCIO E ÁCIDO BÓRICO NA GERMINAÇÃO DE GRÃOS DE

PÓLEN IN VITRO DE MANGUEIRA CV. TOMMY ATKINSJainefranc Lopes Araujo, [email protected], Valtemir Goncalves Ribeiro, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Germinação in vitro; Pólen; Mangifera indica L

IntroduçãoO cultivo da mangueira (Mangifera indica L.) tem grande relevânciaeconômica no Brasil, com destaque para a cv. Tommy Atkins. Um dosfatores limitantes para a produtividade é a polinização, podendo estarrelacionada com a disposição dos órgãos femininos e masculinos naplanta, com diferentes alturas de filetes e estilete, interferindo no contatodo grão de pólen com o estigma, bem como aspectos nutricionais eambientais. Tendo em vista que diversos compostos orgânicos einorgânicos interferem na germinação, realizaram-se trabalhos in vitro,utilizando-se como destaque a sacarose, o nitrato de cálcio e o ácidobórico (CHAGAS et al., 2010), objetivando verificar a influência isoladadesses componentes básicos na capacidade germinativa e viabilidadepolínica da mangueira ‘Tommy Atkins’.

MetodologiaO trabalho foi conduzido nos laboratórios de biotecnologia e microscopiado Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS), Campus III daUniversidade do Estado da Bahia. Coletaram-se 10 panículas da ‘TommyAtkins’ entre 6 e 7 horas da manhã, em estádio fenológico próximo àantese, das quais foram retiradas flores indiscriminadamente quanto aserem masculinas ou hermafroditas. Para avaliar os compostos isolados aserem estudados foram elaborados meios de cultura para a sacarose nasdiferentes concentrações de 0, 1, 2 e 3%; para o nitrato de cálcio e ácidobórico adotam-se igualmente as concentrações de 0, 50, 100, 200, 400 e800 mg/L. No processo de confecção dos meios de cultura para cadacomposto e concentração avaliada, utilizaram-se água (destilada,deionizada e autoclavada), agente solidificante (ágar) a 7 g/L com pHajustado para 6,0, tendo sido as soluções autoclavadas em temperaturamédia de 120 °C, por 20 minutos.Em seguida, 8 mL do meio de cultura foram distribuídos em placas dePetri, perfazendo 14 tratamentos, com quatro repetições cada, mais otratamento controle (testemunha), sendo duas por placa. Em cada placaforam inoculados manualmente os grãos de pólen retirados das anteras.Após a inoculação, as placas contendo os respectivos tratamentos foramacondicionadas em bandejas umedecidas com água por um período de 24horas.Foram confeccionadas lâminas contendo os meios de cultura referentes acada tratamento. As lâminas foram observadas em microscópio ópticoadotando-se lentes de aumento (objetivas) de 10x, a partir de então foirealizada a contagem de 100 grãos de pólen por lâmina, considerando-segrãos de pólen germinados aqueles que apresentavam o dobro de seudiâmetro.Os dados foram interpretados por meio de análise de regressão, sendo osmodelos escolhidos com base no coeficiente de determinação(R²&62;0,70), por meio do programa computacional AgroEstat (BARBOSAe MALDONADO JR, 2012).

Resultados e discussãoO maior percentual germinativo de grãos de pólen sob efeito da sacarosefoi a 3,75% correspondente à concentração 3%. Quanto à menor taxa degerminação, foi observada em sua ausência, havendo um crescimentolinear entre os percentuais germinativos conforme o aumento dasconcentrações. A sacarose se relaciona com o equilíbrio osmótico dasolução e fornece energia para o crescimento do tubo polínico. Estudoscom cítrus (RAMOS et al., 2008) e nespereiras (NOGUEIRA, 2015)apresentaram bons resultados para germinação in vitro com uso de

dosagens de sacarose, porém percebe-se as especificidades de cadacultura referente às concentrações que melhor se adequam ao processo.O nitrato de cálcio também apresentou dados insignificativos para o testeutilizado, embora tenha apresentado 3,5% de germinação em média para otratamento de 400mg/L, tratando-se do maior percentual obtido. Os dadosapresentaram dispersão quanto às concentrações e seus percentuais,obtendo-se o menor índice germinativo na concentração de 2% (1,75%).

De certo, os benefícios fisiológicos do cálcio aos grãos de pólen, como amenor permeabilidade do tubo polínico, aparência rígida e crescimentolinear (BHOJWANI e BHATNAGAR, 1974) conferem a necessidade domesmo ao processo germinativo. Para o ácido bórico os dados foramconsiderados satisfatórios para a germinação no cultivo a 800mg/L. Houvecrescimento linear nas taxas germinativas em conformidade aostratamentos, paralelo a isso, a taxa mais baixa correspondeu àtestemunha. A influência do boro nos percentuais germinativos relaciona-se ao estimulo do mesmo no crescimento do tubo polínico e diminuição daprobabilidade de rompimento do grão pólen (FRANZON e RASEIRA,2006).

Bons resultados com a adição de ácido bórico em meio de cultura paragerminação in vitro foram obtidos com Amoreira-preta (FIGUEIREDO et al.,2013) e Nespereiras (NOGUEIRA, 2015).

Quanto ao tratamento utilizando-se apenas ágar em água destilada, nãohouve percentual germinativo.

ConclusõesComparado à testemunha houve acréscimos nos percentuais degerminação de grãos de pólen da mangueira ‘Tommy Atkins’ tratados comsacarose, ácido bórico e nitrato de cálcio.

AgradecimentosAgradeço a Deus pelas dadivas a mim concebidas, aos meus familiarespelo apoio, ao meu orientador, aos amigos, agradeço à UNEB pelo espaçocedido e à PICIN pela concessão bolsa.

Bolsa: PICIN

Referências:BARBOSA, J. C.; MALDONADO JR, W. AgroEstat: sistema para análisesestatísticas de ensaios agronômicos.Jaboticabal: UNESP, 2012.BHOJWANI S.; BHATNAGAR, T. The Embryology ofAngio-sperms. Skylark. New Delhi, India. 264 pp. 1974.CHAGAS, E. A.; PIO, R.; CHAGAS, P. C.; PASQUAL, M.; BETTIOL, J. E.Composição do meio de cultura e condições ambientais para germinação de grãosde pólen de porta-enxertos de pereira. Ciência Rural, Santa Maria, v.40, n.2,p.231-266, 2010.FIGUEIREDO, M. A.; PIO, R.; SILVA, T. C.; SILVA, K. N. Características florais ecarpométricas e germinação in vitro de grãos de pólen de cultivares de amoreira-preta. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasilia, 48, n.7, 731-740, 2013.FRANZON, R. C.; RASEIRA, M. C. B.. Germinação in vitro e armazenamento dopólen de Eugenia involucrata DC (Myrtaceae). Revista Brasileira de Fruticultura,Jaboticabal, v.28, n.5, p18-20, 2006.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ARMAZENAGEM DA ÁGUA NO SOLO EM ÁREA CULTIVADA COM MAMOEIRO E

SUBMETIDO AO ESTRESSE HÍDRICO EM JUAZEIRO-BARaul Nery Vargens, [email protected], Ligia Borges Marinho, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Déficit hídrico; ; Semiárido; ; Mamão (Carica papaya); ; Balanço hídrico; ; Tensiômetro

IntroduçãoConhecer o conteúdo de água no solo disponível à planta é consideradocomo um fator determinante na produção vegetal, visto que podepossibilitarum manejo da irrigação eficiente, contribuindo com o aumentode produtividade do mamoeiro (COELHO et al., 2013).Épossível avaliar o armazenamento de água no solo através dos fluxos deentrada e saída de água na profundidade explorada pelas raízes, podendoser estimada de forma indireta, a exemplo da tensiometria, quecorrelaciona os valores de tensão no solo à umidade.Nas regiões semiáridas, o percentual diário de déficit hídrico é igual oumaior a 60% (BRASIL, 2017) e este é um fator limitante ao uso da águacom finalidade na produção agrícola.Além disso, a necessidade de diversificação de culturas no Submédio doVale do São Francisco tem motivado a implantação de novasfrutíferas.Nesse sentido, objet ivou-se veri f icar a variação doarmazenamento de água no solo cultivado com mamoeiro sob estressehídrico.

MetodologiaO estudo foi realizado no campo experimental da UNEB-CAMPUS III, novale do São Francisco, município de Juazeiro BA (9° 24 S; 40° 30 W; 368m de altitude), utilizando a cultivar Formosa, adotando o espaçamento de 2x 1,5 m, totalizando uma área de 3m2. O delineamento experimental dotrabalho foi em blocos causalizados, em quatro repetições. Os tratamentosconsistiram em 5 lâminas de irrigação: 50, 75, 100, 125 e 150 % daevapotranspiração da cultura (ETc). A umidade e armazenagem de águano solo foram monitoradas por tensiometria. Estes sensores foraminstalados nas camadas de 0-20 e 20-40 cm. A umidade do solo foiestimada através dos dados de potencial mátrico do solo adquiridos pormeio de tensiometria, posteriormente convertidos em umidade mediante acurva de retenção de água no solo em estudo.

Resultados e discussãoVerificam-se que os valores mais negativos de potenciais mátricos do solo,variaram em função das menores lâminas de irrigação aplicadas no cultivodo mamoeiro (Figura 1 e 2). A diferenciação da lâmina de água resultounuma variação no conteúdo da água no solo. Sendo que, as lâminassubmetidas ao déficit hídrico, 50% e 75%, obtiveram valores maisnegativos do potencial mátrico, próximos a -70 kPa, para a camada de 0-20 cm. O mesmo, não ocorreu na camada de 20-40 cm. Houve maiorextração de água pelas raízes, na camada superficial e menor variação dearmazenamento, face à restrição hídrica.

Figura 1. Os valores médios de potencial mátrico (kPa) do solo, na camadade 0-20 cm, cultivado com mamoeiro, em função dos dias apóstransplantio e as lâminas aplicadas.

Figura 2.Os valores médios de potencial mátrico (kPa) do solo, na camadade 20-40 cm, cultivado com mamoeiro, em função dos dias apóstransplantio e as lâminas aplicadas.

ConclusõesO déficit hídrico promoveu redução de armazenamento de água no solocultivado com mamoeiro.

AgradecimentosO autor agradece à Fundação de Amparo à pesquisa do estado da Bahia(FAPESB) por seu apoio financeiro, no termo de outorga 20/2014 e bolsaconcedida.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:BRASIL. (27 de Julho de 2017). RESOLUÇÃO N º 107/2017. Estabelece critériostécnicos e científicos para delimitação do Semiárido Brasileiro e procedimentospara revisão de sua abrangência.COELHO, E. F.; SILVA, J. G. F. da.; SOUZA, L. F. da S.; Irrigação e Fertirrigação.In: DANTAS, J. L. L.; JUNGHANS, D. T.; LIMA, J. F. de. (Ed.).MAMÃO: O produtorpergunta, a Embrapa responde. Brasília, DF: Embrapa, 2013. p. 79-93

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

PRODUÇÃO DO MAMÃO SOB DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO E DOSES DE

NITROGÊNIO EM JUAZEIRO-BAVagner Deniz Clemente Campos, [email protected], Ligia Borges Marinho, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: produtividade; mamoeiro; déficit hídrico

IntroduçãoDentre as fruteiras cultivadas no Brasil, destaca-se o mamoeiro, o qual,obteve no ano de 2017 uma área colhida de 26.526 (ha) e um rendimentode 39,85(t/ha) produzidos no Brasil. Podendo ser alternativa para adiversificação do cultivo na região, e consequentemente um melhorfaturamento para produtores rurais. Porém, são escassas as informações,especialmente, à respeito da demanda hídrica e de nutrientes domamoeiro. Por isso, oobjetivo do estudo foi determinar a produtividade domamoeiro, sob diferentes lâminas de irrigação e doses de nitrogênio, emJuazeiro-BA.

MetodologiaO estudo foi realizado no campo experimental da Universidade do Estadoda Bahia, no Submédio do Vale do São Francisco, em Juazeiro-BA.Osmamoeiros,foram cultivados em solo textura franco-arenosa, em fileirassimples e espaçamento de 2,0 x 1,50 m. O delineamento experimentalutilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 5x3, em quatrorepetições. Sendo cinco lâminas de irrigação correspondentes a 50, 75,100, 125 e 150 % da evapotranspiração da cultura (ETc) e três doses denitrogênio ( de 150, 180, 210 Kg.ha-1). A ETc foi determinada por lisimetriade pesagem, com frequência de irrigação. Foi determinado um dia dasemana para colheita, neste, os frutos foram levados para o laboratório daUNEB/DTCS, sendo quantificada a massa média de frutos por planta e aprodutividade em função das lâminas de irrigação e doses de nitrogênio.

Resultados e discussãoHouve influência das lâminas de irrigação aplicadas no cultivo domamoeiro, no período estudado para todas as variáveis analisadas. Comopode ser observada na Figura 1, a produtividade e da massa média defrutos por planta (MMFP) ajustaram ao modelo de regressão polinomial dosegundo grau, ocorrendo um aumento das médias observadas para estasvariáveis com o incremento das lâminas de irrigação aplicadas até atingir alâmina máxima e, a partir desta, as médias tenderam a diminuir. Para aprodutividade, apresentada na Figura 1A, a maior média alcançada foi de50,22 t.ha-1, quando foi aplicada a lâmina de 1503,79 mm (100% da ETc),enquanto que a menor produtividade foi 30.64 t.ha-1, para lâmina de751.896 mm (50% da ETc). Macedoet al. (2012), avaliando o efeito delâminas de irrigação sobre o mamoeiro, encontrou o valor de 23,59 t.ha-1para lâmina de 50% da ECA (evaporação do tanque classe A), e de 27,27t. ha-1 para a lâmina de 100 %, ambos inferiores ao obtido para lâmina de50% da ETc nesse trabalho, em que foi estimado um valor de lâminamáxima de 1691,20 mm, que resultaria em um rendimento médio de 51,98t.ha-1. Na figura 1B, verificou-se que a massa média de frutos por planta(MMFP), máxima foi de 0,534 g planta-1, a um valor de lâmina máxima de1500 mm. Santoset al.(2008) obtiveram uma MMFP de 1816,93 g planta-1para lâmina de 100% da ECA, para o mamoeiro da variedade Tainung Nº 1nas condições edafoclimáticas do Distrito de Irrigação Jaguaribe Apodi,semelhante a média encontrada por Macedoet al. (2012), que foi 1058 gplanta-1. Neste trabalho, a média obtida ao utilizar a lâmina de irrigação de100% da ETc (0,811 g planta-1)foi inferior às observadas por essesautores.

Figura 1. Valores médios de produtividade, de massa total de frutos porplanta (MMFP), em função das lâminas de irrigação aplicadas no cultivo domamoeiro Formosa, em Juazeiro-BA.

ConclusõesAs lâminas de irrigação excessivas e deficitárias promoveram diferençasde produtividade do mamão Formosa, em Juazeiro-BA. A maiorprodutividade encontrada foi de 51, 98 t. ha-1 para a lâmina aplicada de1503, 79 mm, equivalente a 100% da ETc. As doses de nitrogênio impostano cultivo mamoeiro não resultam em diferenças produtivas significativas.

AgradecimentosOs autores agradecem à Fundação de Amparo à pesquisa do estado daBahia (FAPESB) por seu apoio financeiro, nos termos do subsídio 20/2014e ao Conselho Nacional de desenvolvimento científico e Tecnológico –CNPq, referindo-se ao processo 460861/2014-0.A PICIN, pela bolsa e peloapoio financeiro do projeto.

Bolsa: PICIN

Referências:MACEDO, A. B. M.; COSTA, R. N. T.; SANTOS, M. D. S.; CAVALCANTE JÚNIOR,J. A. H.; GONÇALVES, F. M. Produtividade do mamoeiro para o segundo ciclo sobo efeito de diferentes lâminas de irrigação utilizando reuso de água. Fortaleza-CE,INOVAGRI, 2012.SANTOS, F.S.S.; VIANA, T. V. A.; AZEVEDO, B. M.; OLIVEIRA, C. W. ; SOUSA, A.E. C.. Efeito de diferentes lâminas de irrigação na cultura do mamão. Eng. Agrícola,Jaboticabal, v.28,n.4, 2008.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

RECURSOS GENÉTICOS E MELHORAMENTO DE CUCUMIS SPP. AMOSTRA 2

Luis Felipe Mattozo De Souza Pires, [email protected], Manoel Abilio De Queiroz, [email protected] de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Juazeiro

Engenharia Agronômica - BachareladoPalavras-Chave: Cucumis spp.; Germoplasma; Caracterização

IntroduçãoAs espécies de cucurbitáceas representam um agronegócio expressivo noBrasil, embora não tenham sido domesticadas no país. No Brasil, a regiãoNordeste possui um grande potencial de germoplasma de diferentesespécies de cucurbitáceas cultivadas na agricultura tradicional,destacando-se a melancia (CitrulluslanatusThunb.), o melão (CucumismeloL.) e as abóboras (Cucurbitaspp.). Parte dessa variabilidade foiresgatada e foi formado o Banco Ativo de Germoplasma (BAG) deCucurbitáceas para o Nordeste brasileiro (Queiroz, 2011) que encerraacessos dessas espécies.Éimportante destacar que os acessos estão armazenados em câmara friade 10ºC e 40% de umidade relativa na Embrapa Semiárido. Contudo, ostrabalhos de manejo dos acessos da Banco que são feitos na Universidadedo Estado da Bahia – UNEB no Departamento de Tecnologia e CiênciasSociais – DTCS nos obriga a manter as sementes em temperaturaambiente. Embora o subprojeto seja essencialmente para estudo domelão, se resolveu fazer um estudo da qualidade fisiológica de acessos deoutras cucurbitáceas que estão nessas condições há sete anos, poisessencialmente a técnica experimental utilizada é exatamente a mesma.Assim, o presente estudo objetivou estudar a qualidade fisiológica dassementes de acessos de cucurbitáceas que estavam armazenadas emtemperatura ambiente.

MetodologiaO experimento foi realizado no Departamento de Tecnologia e CiênciasSociais (DTCS), da Universidade do Estado da Bahia, no município deJuazeiro-BA, visando o estudo da qualidade fisiológica de sementes de 13acessos de cucurbitaceaes, do BAG (Banco Ativo de Germoplasma) deCucurbitáceas para o Nordeste brasileiro. As sementes estavamarmazenadas em temperatura ambiente por sete anos. Foi realizado oteste de porcentagem de emergência e o índice de velocidade deemergência.O delineamento experimental utilizado foi em blocos inteiramentecasualizados com seis repetições sendo que cada repetição com 15sementes totalizando 90 sementes por acesso. As sementes foramcolocadas em bandejas de polietileno de 128 células, preenchidas comsubstrato de hortaliças. Cada semente foi colocada em uma célula e aumidade do substrato foi mantida com irrigações diárias.Foram realizadas contagens diárias das plântulas emergidas até queocorresse a estabilidade das emergências, para assim avaliar o percentualde emergência (%E) e o índice de velocidade de emergência (IVE).As avaliações estatísticas foram feitas no programa AgroEstat (Sistemapara Analises Estatísticas de Ensaios Agronômicos).

Resultados e discussãoOs resultados obtidos nas análises quantitativas dos acessos queapresentaram emergência apresentaram diferença significativa para asvariáveis de porcentagem de emergência (%E) e índice de velocidade deemergência (IVE) e assim, as médias foram agrupadas pelo teste Scott-Knott a 5% de probabilidade. Para %E de emergência acesso 25.1 (melãoImperial) obteve melhor resultado e formou o grupo I, diferenciando-se dosoutros três acessos com uma média superior a 50% que formaram o grupoII. O índice de velocidade de emergência (IVE) apresentou o mesmodesempenho e os valores variaram entre a mínima de 1,3 apresentadapelo acesso de Melancia forrageira e máxima de 52,2 apresentada peloacesso 25.1 (Melão Imperial).

Éimportante destacar que os demais acessos não apresentaram nenhumaemergência e, portanto, todas as sementes já estavam inviáveis. Assim, amanutenção da semente em temperatura ambiente por sete anos mostrou-se um período muito longo para manejar o germoplasma sem se fazer aregeneração das sementes. Esses resultados contrastam com os deCoutinho e Queiróz (2017), pois dos 40 acessos de melancia estudadosapenas seis precisavam de regeneração, já que a porcentagem deemergência estava abaixo de 85%. Os acessos encontravam-searmazenados em câmara fria de 10ºC e 40% de umidade relativa por 12anos. Apesar do longo período de armazenamento, quase o dobro doperíodo utilizado no presente experimento, 34 acessos continuaram comboa qualidade fisiológica das suas sementes. De acordo com a literaturacorrente o armazenamento de curto e médio prazo mantém as sementesem bom estado por, pelo menos de 10 anos. As perdas na germinação eno vigor das sementes de olericolas estão relacionadas às circunstânciasacarretadas pelo ambiente, como a temperatura e umidade(Barbedo,1999).

ConclusõesO armazenamento de sementes em temperatura ambiente reduziudrasticamente a qualidade fisiológica das sementes.

AgradecimentosPrimeiramente à Deus; a minha família; ao professor Manoel Abílio deQueiroz e ao CNPq .

Bolsa: CNPq/PIBIC

Referências:BARBEDO, C. J; BARBEDO, A. S. C ; NAKAGAWA, J; SATO, O. Efeito da idade edo repouso pós-colheita de frutos de pepino na semente armazenada. RevistaPesquisa Agropecuária Brasileira., Brasília, v.34, n.5, p.839-847, maio 1999.COUTINHO, M. A; QUEIROZ. M. A. Recursos genéticos e melhoramento deCitrullus spp. ed. 2. In: Jornada de Iniciação Científica. Anais... Salvador - BA,2017. p. 95.QUEIRÓZ, M. A. Germoplasma de Cucurbitáceas no Brasil. In: CongressoBrasileiro de Olericultura, 51. Horticultura Brasileira v. 29, n. 2. Viçosa. p. 5946-5954, 2011.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

RECURSOS GENÉTICOS E MELHORAMENTO DE CUCUMIS SPP. AMOSTRA 3Evelyn Katharine Jesus Coelho Da Silva, [email protected], Manoel Abilio De Queiroz,

[email protected] de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Juazeiro

Engenharia Agronômica - BachareladoPalavras-Chave: Regeneração; Cucurbitáceas; Germoplasma; Vigor

IntroduçãoO Brasil com sua vasta extensão territorial e diversidade edafoclimatica éatraente para o cultivo diversificado de muitas espécies vegetais e entreelas, as plantas hortícolas que compreende as olericolas e as frutíferas, edentro das olerícolas, destaca-se a família das cucurbitáceas na regiãoNordeste (Costa, 2017).O Banco Ativo de Germoplasma de Cucurbitáceas do Nordeste brasileiro,localizado na Embrapa Semiárido, em Petrolina – PE foi estabelecido. Osacessos desse banco são usados por estudantes de diferentes grausacadêmicos, apresentando vários resultados de importância agronômicacomo, fonte de resistência a cancro das hastes, resistência a oídio emmelancia e melão, fonte de resistência a alternaria em melancia, além devárias características de planta e fruto. Mas, é observado que a maioriados acessos não está conservada em temperatura subzero em Coleçõesde base e, portanto, uma das principais prioridades é a manutençãodesses acessos para que não sofram o processo de erosão genética(QUEIRÓZ, 2011). Uma parte desses acessos foi colocado emtemperatura ambiente por cerca de sete anos.Assim, o objetivo do trabalho foi realizar a avaliação fisiológica de umaamostra de sementes que estavam armazenados em condições detemperatura ambiente.

MetodologiaO experimento foi desenvolvido na Universidade do Estado da Bahia, noDepartamento de Tecnologia e Ciências Sociais - Campus III, Juazeiro-BA.Em casa de vegetação com sombrite de 50% de luminosidade. Foramutilizadas sementes de cucurbitáceas, Cucumis melo L. (12 acessos),(Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum. & Nakai (dois acessos) e Cucurbita spp(um acesso) que estavam armazenadas no laboratório de MelhoramentoPlantas da UNEB/DTCS.O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado (DIC). Foram usadas90 sementes e seis repetições de quinze sementes cada, em bandejas depolietileno com substrato comercial. Foram realizadas contagens diáriasdas plântulas emergidas até que ocorresse a estabilidade dasemergências. Foi avaliado o percentual de emergência (%E) e o índice develocidade de emergência (IVE). Utilizou-se o programa estatísticoAgroEstat, para fazer a análise de variância a 5% de probabilidade e oteste de Scott & Knott, também a 5%, para agrupamento das médias.As sementes emergidas, ao apresentarem três folhas definitivas, tiveramas mudas transplantadas para campo, para serem multiplicadas.

Resultados e discussãoDos 15 acessos avaliados, 10 acessos não apresentaram emergência,tendo assim somente cinco acessos com emergência (quatro acessos demelão e um de melancia forrageira).A %E formou dois grupos, sendo um deles, o grupo A (emergênciavariando de 8,8 a 14,4%) com dois acessos e o grupo B também com doisacessos de melão (emergência variando de 3,3 a 6,6%) e um de melanciaforrageira (emergência de 1,1%). Para a variável IVE todos os acessos queemergiram se mostraram iguais.O valor do CV (95,8) elevado está relacionada a ocorrência de variaçãodentro dos acessos.De acordo com Coutinho e Queiróz (2017), dos 40 acessos estudadosapenas seis precisavam de regeneração, já que a porcentagem deemergência estava abaixo de 85%. Os acessos se encontravamarmazenados em câmara fria (10ºC e 40% de umidade relativa) por 12

anos. Sendo que o armazenamento de curto e médio prazo mantém assementes em bom estado por menos de 10 anos. Ao relacionar o trabalhode Coutinho e Queiróz, que sob câmara fria a perda da germinação foiminimizada, quando comparado os acessos armazenados em temperaturaambiente. Segundo Barbedo (1999) e Delwing et al. (2007), as perdas nagerminação e no vigor das sementes estão relacionadas às circunstânciasacarretadas pelo ambiente, como a temperatura, umidade e luminosidade,além do tempo de armazenamento. Assim quando armazenadas emtemperatura ambiente pode ocorrer perdas de qualidade extremamentealtas, como ocorreu no presente experimento.

As mudas obtidas foram levadas para o campo visando a multiplicação dosacessos. Foram obtidas progênies de polinização livre dos acessos queforam transplantados. As progênies obtidas representam uma mistura deprogênies endogâmicas e progênies de meios irmãos.

ConclusõesO armazenamento de sementes em temperatura ambiente influenciou naqualidade fisiológica das sementes;Na impossibilidade de se ter câmara fria, as sementes deverão serregeneradas em pequeno intervalo de tempo para evitar a erosão genética.

AgradecimentosAgradeço ao CNPq/PIBIC, pela concessão da bolsa, ao meu orientador e aUniversidade do Estado da Bahia pelo fornecimento de toda a estrutura.

Bolsa: CNPq/PIBIC

Referências:BARBEDO, C. J; BARBEDO, A. S. C ; NAKAGAWA, J; SATO, O. Efeito da idade edo repouso pós-colheita de frutos de pepino na semente armazenada. RevistaPesquisa Agropecuária Brasileira., Brasília, v.34, n.5, p.839-847, maio 1999.COSTA, J. M. Novas fontes de resistência em meloeiro a Liriomyza sativae,Acidovorax avenae e Alternaria spp. Tese (Doutorado em Fitotecnia) - UniversidadeFederal Rural do Semi -Árido, Programa de Pós-graduação em Fitotecnia, 2017.COUTINHO, M. A; QUEIROZ. M. A. Recursos genéticos e melhoramento deCitrullus spp. ed. 2. In: Jornada de Iniciação Científica. Anais. Salvador - BA, 2017.p. 95.DELWING, A. B; FRANKE, L. B; BARROS, I. B. I. Qualidade de sementes deacessos de melão crioulo (cucumis melo L.). Revista Brasileira de Sementes, vol.29, nº 2 p. 187-194, 2007.QUEIRÓZ, M. A. Germoplasma de Cucurbitáceas no Brasil. In: Congressobrasileiro de olericultura, 51. Horticultura Brasileira v 29 n 2. Viçosa. p. 5946-5954,2011.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

RECURSOS GENÉTICOS E MELHORAMENTO DE CUCUMIS SPP.. – AMOSTRA 1Tainá Ferreira Soares, [email protected], Manoel Abilio De Queiroz, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia Agronômica - Bacharelado

Palavras-Chave: Cucumis melo; Citrullus lanatus; Cucurbita sp; Germoplasma

IntroduçãoA existência da variabilidade genética é comum a todas as espéciesbiológicas e ocorre em praticamente todas as características de umaespécie (Ramalho et al., 2012). Essa variabilidade é fonte de recursosgenéticos, esses por sua vez, são estratégicos para o desenvolvimento daagricultura de qualquer região do mundo (Dantas & Luz, 2015). A fim deconservar esses recursos, existe implementado em todo o país, Bancos deGermoplasma, entre os quais o Banco Ativo de Germoplasma (BAG) decucurbitáceas para o Nordeste brasileiro, estabelecido a partir de acessosprovenientes da agricultura tradicional. O presente estudo surge com oobjetivo de avaliar a qualidade fisiológica de uma amostra de sementes dediferentes espécies de cucurbitáceas desse BAG, as quais, estiveramarmazenadas em temperatura ambiente ao longo dos últimos sete anos.

MetodologiaO trabalho foi conduzido em casa de vegetação com sombrite de 50% deluminosidade, no Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS),da Universidade do Estado da Bahia. Foram avaliados 15 acessos dediferentes espécies de cucurbitáceas que se encontravam armazenadosem condições de temperatura ambiente, no Laboratório de BiologiaMolecular do Departamento.Para cada acesso foram selecionadas, ao acaso, 90 sementes. Essasforam semeadas em bandeja de polietileno contendo substrato comercialadequado para hortaliças, tendo sido dispostas em delineamentointeiramente casualizado (DIC), com seis repetições de 15 sementes cada.Após a semeadura, durante um período de 20 dias, diariamente seprocedeu a contagem do número de plântulas quando elas começaram aser emergidas, a fim de mensurar o percentual de emergência (%E) e oÍndice de Velocidade de Emergência (IVE). As mudas obtidas na fase deestudo em casa de vegetação foram levadas a campo a fim de promover amultiplicação e regeneração de suas sementes.Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância e asmédias agrupadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância, pormeio do software estatístico AgroEstat.

Resultados e discussãoDentre os 15 acessos estudados, apenas cinco apresentaram algum nívelde emergência, de tal modo que, o melhor valor encontrado (71,1%) foipara o acesso de melancia Sugar Baby, que também apresentou o melhorvalor médio de IVE (2,68). Os demais acessos variaram de 20 a 44,4%para a porcentagem de emergência e de 0,27 a 1,36 para o IVE Essesdados revelam que esses acessos já estão em intenso processo de erosãogenética, haja visto que, valores de emergência inferiores a 85%caracterizam a ocorrência de perda de genes demandando assim aregeneração do material.Um trabalho realizado por Coutinho e Queiróz (2017), revelou que entre 40acessos de melancia, que foram submetidos ao armazenamento por dozeanos, em câmara fria a 10 ºC de temperatura e 40% de umidade relativado ar, 34 acessos ainda apresentavam %E superior a 85%, revelando queo baixo poder de emergência e vigor dos acessos aqui estudados podeestar atrelado, principalmente às condições de armazenamento. De acordocom Probert et al. (2007) e Cardoso et al. (2012) a preservação daqualidade de uma semente, está associada a uma série de fatores, taiscomo o tempo de vida da espécie, as condições iniciais de qualidade e dearmazenamento. A temperatura e umidade relativa são muitas vezescitados como alguns dos principais fatores que afetam adversamente a

qualidade das sementes durante o armazenamento, causando alterações,como a perda da integridade da membrana celular, diminuição da atividadeenzimática, peroxidação lipídica (Ellis &. Hong, 2006; Oge et al., 2008), econsequentemente, gerando a perda de vigor.

Os acessos que tiveram representantes foram levados a campo com afinalidade de regeneração das sementes dos mesmos. No entanto, desses,apenas dois acessos puderam ser regenerados, obtendo-se progêniesendogâmicas (Linha diploide de melancia resistente a oídio) (obtidas porautofecundação) e uma mistura de progênies endogâmicas e de meiosirmãos da Linha resistente a oídio e da melancia forrageira (frutos depolinização livre).

ConclusõesOs resultados obtidos demonstram que esses acessos já se encontram emintenso processo de erosão genética, pois vários deles não apresentaramnenhuma emergência;As melancias (forrageira e linha resistente ao oídio) embora com baixovigor, foi possível se obter progênies endogâmicas (linha resistente aooídio), além de uma mistura de progênies endogâmicas e de progênies demeios-irmãos tanto da melancia forrageira como da linha resistente aooídio.

AgradecimentosAgradeço a Deus, ao meu orientador, à Fapesb pela concessão da bolsa,à UNEB pelo espaço cedido e aos amigos.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:CARDOSO, R. B.; BINOTTI, F. F. S.; CARDOSO, E. D. Potencial fisiológico desementes de crambe em função de embalagens e armazenamento. PesquisaAgropecuária Tropical , v.42, n.3, p.272-278, 2012. Disponível em:&60;http://www.scielo.br/pdf/pat/v42n3/a04v42n3.pdf&62;. Acesso em: 17 março2019.COUTINHO, M. S.; QUEIRÓZ, M. A. Recursos genéticos e melhoramento deCitrullus spp. ed. 21. In: Jornada de Iniciação Científica. Anais. Salvador-BA,2017.p. 95.DANTAS, J. L. L.; LUZ, E. M. A Conservação de Recursos Fitogenéticos Ex Situ aCampo. In: VEIGA, R. F. A.; QUEIRÓZ, M. A. (Org.). Recursos Fitogenéticos: Abase da agricultura sustentável no Brasil. Brasília: Sociedade Brasileira deRecursos Genéticos, 2015. cap. 32, p. 374–380.ELLIS, R.H; HONG, T.D. Temperature sensitivity of the low-moisture-content limit tonegative seed longevity–moisture content relationships in hermetic storage. Annalso f B o t a n y , v . 7 8 , p . 7 8 5 - 7 9 1 , 2 0 0 6 . D i s p o n í v e l e m :&60;http://aob.oxfordjournals.org/content/97/5/785.full.pdf+html&62;. Acesso em: 17março 2019.OGE, L.; BOURDAIS, G.; BOVE, J.; COLLET, B.; GODIN, B.; GRANIER, F.;BOUTIN, J. P.; JOB, D.; JULLIEN, M.; GRAPPIN, P. Protein repair L-isoaspartylmethyltransferase1 is involved in both seed longevity and germination vigorin Arabidopsis. Plant Cell, v.20, n. 11, p. 3022 - 3037, 2008.PROBERT, R.; ADAMS, J.; CONEYBEER, J.; CRAWIORD, A.; HAY, F. Seedquality for conservation is critically affected by pre-storage factors. AustralianJournal of Botany , v .55 , n .3 , p .326-335, 2007. D isponíve l em:&60;http://www.publish.csiro.au/paper/BT06046.htm&62;. Acesso em: 17 março2019.RAMALHO, M. A. P. et al. Importância do estudo da genética. In: _____. Genéticana agropecuária. 5. ed. Lavras: Ed UFLA, 2012. cap. 2, p. 23-33.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ECONOMIA DA TILAPICULTURA NA MARGEM BAIANA DO RESERVATÓRIO

HIDRELÉTRICO MOXOTÓ, RIO SÃO FRANCISCO, REGIÃO SEMIÁRIDA DO NORDESTE DOBRASIL

Larissa Silva Nunes, [email protected], Ruy Albuquerque Tenorio, [email protected] de Educação, Campus VIII, Paulo Afonso

Engenharia De PescaPalavras-Chave: Cadeia produtiva; Socioeconômia; Tanques-rede; Tilápia

IntroduçãoOs reservatórios hidrelétricos do rio São Francisco estão dispostos emcascatas, um abastecendo o outro com suas águas, começando peloreservatório Três Marias (Alto São Francisco) e concluindo no reservatórioXingó (Baixo São Francisco), que juntamente com a vazão das águasrepresadas do maior rio brasileiro, permitem um curto período deresidências de suas águas e uma maior capacidade de suporte para aprodução de peixes com al tas produt iv idades, funcionandocomoracewaysgigantes (TENÓRIO, SILVA, CAMPECHE, 2017).O Município de Glória,localizado na margem baiana do rio São Francisco,detentor de quase toda a produção de tilápia no reservatório Moxotó, namargem baiana, foi considerado o maior produtor de tilápia do Brasil, nosanos de 2014 e de 2017 (RIBEIRO et al., 2015; TENÓRIO et al.,2017;BARROSO et al., 2018). Destaca-se entre todos os municípiosbrasileiros como o maior produtor de tilápia do Brasil e com o maior valorde venda de tilápia do referido país. Isso é possível por causa das águasrepresadas do rio São Francisco e dos seus 186,8 Km de margem,considerando as reentrâncias (TENÓRIO et al., 2017).O presente trabalho teve por objetivo analisar a cadeia produtiva da tilápiana margem baiana do reservatório Moxotó num enfoque da econômia deGlória (BA) .

MetodologiaA pesquisa foi de natureza exploratória e utilizou-se entrevistas e aplicaçãode questionários durante a coleta de dados para o levantamento dosindicadores socioeconômicos. O deslocamento ocorreu de forma terrestree fluvial, com a utilização de um bote a motor, um jet-ski e um barco, e alocalização foi obtida utilizando-se um GPS. Os mapas em 2D e 3D com alocalização de todas as pisciculturas foram elaborado por meio dosprogramas QGIS versão 2.8.9, Adobe Photoshop CS6 e CS5 e a extensão3D Map Generator – Terrain.

Resultados e discussãoNa elaboração deste trabalho apenas as pisciculturas do município deGlória foram abordadas. Neste município totalizam-se 22 pisciculturas,sendo que apenas 16 encontram-se em pleno funcionamento, destas,apenas duas trabalham exclusivamente com recria em tanques-rede(Figura 01).Figura 01: Mapa em 3D da localização das pisciculturas da margembaiana do reservatório Moxotó, Polo SBSF.

Glória destaca-se entre todos os municípios brasileiros como o maior

produtor de tilápia do Brasil e com o maior valor de venda de tilápia doreferido país. Isso é possível por causa das águas represadas do rio SãoFrancisco e dos seus 186,8 Km de margens, considerando as reentrâncias(TENÓRIO et al., 2017). No ano de 2019 o reservatório apresentou apenas73% do seu total de pisciculturas em funcionamento neste município,sendo seu sistema de cultivo o bifásico, com duas fases de recria, suacomercialização em grande parte intraestadual e interestadual. Durante osanos de 2018 e 2019, o reservatório Moxotó apresentou problemascomEichhornia crassipes (baronesa), acarretando problemas para ospiscicultores. O peso médio da tilápia despescada ficou entre 1 quilo e 1quilo e meio, a média da conversão alimentar é de 1,49/kg (Figura 02).

Figura 02: Quantidade de ração (kg), conversão alimentar (kg) e valor daração (R$) das tilapiculturas localizadas no município de Glória.

Apenas 59% das pisciculturas possuem técnico responsável. A margembaiana do reservatório Moxotó, no município de Glória produziu 2.878toneladas de tilápia em 2018. Segundo dados coletados a partir doquestionário realizado na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente(SAMA) o município produziu 3.408 toneladas de tilápia. A diferença nosvalores de produção se dá por conta da falta de informações por parte dealguns piscicultores que não informaram o valor exato de sua produção.

ConclusõesA atividade aquícola realizada na margem baiana do reservatório Moxotó,com ênfase no município de Glória, gerou empregos e renda, trouxe maisvisibilidade para o município apresentando um aumento no turismo daregião, sendo referência em produtividade e gastronomia. A produçãoneste reservatório encontra-se prejudicada por conta de fatoresambientais. Faz-se necessário mais envolvimento dos órgãos públicos edo município, juntamente com os produtores para o controle das macrófitasaquáticas presentes na região, para que a economia da tilapicultura damargem baiana do reservatório Moxotó volte a crescer, gerando lucrospara os produtores e para o município.

AgradecimentosAgradeço a Deus pelos desafios apresentados diariamente, aoCOMRIOS/UNEB, EMBRAPA Pesca e Aquicultura, a FAPESB, aPrefeitura de Glória pelas contribuições durante a realização do trabalho.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:BARROSO, R. M. et al. Diagnóstico da cadeia de valor da tilapicultura noBrasil. Brasília: Embrapa Pesca Aquicultura. 186 p. 2018.TENÓRIO, R. A.; SILVA, E. M. da; CAMPECHE, D. F. B. O polo de piscicultura doSubmédio e Baixo São Francisco – SBSF. In: BRITO, Luiza Teixeira de Lima(Org.). Aquicultura atual no semiárido. Cadernos do Semiárido: Riquezas &Oportunidades. Recife: CREA-PE/Academia Brasileira de Ciência Agronômica, v.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ECONOMIA DA TILAPICULTURA NO RESERVATÓRIO HIDRELÉTRICO XINGÓ,

MONUMENTO NATURAL DO RIO SÃO FRANCISCO, POLO SBSF, BRASILBruno Casaes Silva, [email protected], Ruy Albuquerque Tenorio, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoEngenharia De Pesca

Palavras-Chave: Aquicultura; Cadeia produtiva da tilápia; Desenvolvimento econômico; Submédio/Baixo SãoFrancisco; Sustentabilidade da produção

IntroduçãoO reservatório Xingó teve início com a construção da usina hidrelétricaXingó, em 1987, mas, começou a ser explorado comercialmente em 1994.A segunda exploração comercial aconteceu com o turismo e depois com apiscicultura, em 1998. Durante o período de 2004-2007, houve mortandadede peixes nativos e nas tilapiculturas com embolia gasosa. Esseacontecimento se repetiu por três vezes, sendo o último em 2007, devidoàs grandes chuvas e altas vazões que ocorreram no rio São Francisco,fazendo com que muitos piscicultores migrassem para os reservatórios amontante (BALOGH, 2005; CARVALHO FILHO, 2007; TENÓRIO, 2011).Um novo acontecimento ocorreu em 2009, com a criação da Unidade deConservação do Monumento Natural do Rio São Francisco (UC MONASF), abrangendo praticamente todo o reservatório Xingó, um dos lugaresonde teve início o Polo de Piscicultura do SBSF. Agora a atividade dapiscicultura está inserida em uma área de conservação permanente queserá delimitada no plano de manejo do MONA. Tudo isso trazendoinsegurança para os empreendimentos aquícolas, no referido reservatório.O objetivo deste trabalho é realizar um levantamento dos dadoseconômicos de produção e da localização histórica das pisciculturas, noreservatório Xingó, área de estudo complexa por causa dessesacontecimentos que restringiram o desenvolvimento da tilapicultura,mostrando ainda, os principais gargalos e o seu potencial produtivo. Estapesquisa contribuirá na construção do plano de manejo da UC MONA SF.

MetodologiaO presente trabalho foi realizado na UC MONA SF e em sua Zona deAmortecimento (ZA), priorizando o reservatório Xingó por este fazer partedo Polo SBSF. Aconteceram reuniões com as prefeituras dos municípiosque margeiam o reservatório Xingó e com representantes deempreendimentos aquícolas, localizados na UC MONA SF, para arealização de entrevistas. Também aconteceram aplicação dequestionários in loco em prefeituras e tilapiculturas. Foram utilizadas 04embarcações , 1 d rone , 2 recep to res de GPS, 1 câmarafotográfica/filmadora. As coordenadas geográficas foram trabalhadas como Google Earth e para a confecção do mapa foi utilizado o programa Qgis2.18, com base cartográfica do IBGE (2017).

Resultados e discussãoNo mapa de localização produzido a partir dos dados coletados em campo,também consta a localização das pisciculturas inativas (Figura 1).Figura 1:UC MONA SF e sua ZA: Mapa de localização das tilapiculturasno reservatório Xingó.

Observa-se que a maior concentração de pisciculturas ocorre na margemdo município de Paulo Afonso, no povoado Lagoa da Pedra, sendoPiranhas (AL) o maior produtor. A quantidade de pisciculturas ativas ésuperior as inativas, prevalecendo as associações de pisciculturas, num

total de 9 em atividades. Verificou-se ainda que a tilapicultura noreservatório Xingó não apresentou um crescimento significativo, mantendoo número de tilapiculturas e a produção de tilápia praticamente estáveis aolongo dos anos, diferente dos reservatórios a montante (BARROSO et al.,2018). A novidade é a implantação da unidade de processamento de tilápiaem Piranhas (AL).

Com produções estimadas superiores a 1.000 t de tilápia/ano, tendo PauloAfonso a segunda maior produção, 1.252,8 t/ano, logo depois de Piranhas(AL). Os outros municípios que margeiam o reservatório Xingó apresentampequena ou nenhuma contribuição na produção de peixes para o PoloSBSF, a exemplo de Rodelas (BA), no R. Itaparica. Considerando apenasa margem baiana do Polo SBSF, a do R. Xingó (Paulo Afonso-BA) é a demenor área, produção e produtividade, quando comparada com asmargens dos reservatórios Moxotó e Itaparica (Glória-BA) (Figura 2)(TENÓRIO et. al., 2017; NUNES e TENÓRIO, 2019; SANTOS eTENÓRIO, 2019).

Figura 2: Produção e produtividade de tilápia por margens dos municípiosbaianos do Polo SBSF..

ConclusõesAssim, a tilapicultura no reservatório Xingó tem gerado muitos empregos evem sendo a principal responsável pela industrialização dos municípios dePiranhas e Paulo Afonso, principalmente quando considerado o PoloSBSF. Ainda há um grande potencial hídrico a ser explorado paraimplantação de novas pisciculturas. Porém, faltam interesse e políticaspúblicas para um melhor aproveitamento do reservatório Xingó naprodução de pescados.

AgradecimentosAo Emerson Leandro Costa de Oliveira (UC MONA SF-ICMBio),ManoelGonzaga (Ass. Salgatuba),Joaquim Pereira (Ass. Artesanal dosPescadores),Cleonaldo Pereira dos Santos (APAMG), Isaac Feitosa(APCPLJ), Bruna Rafaela Sedrins Feitosa (UNEB), Cacio MarceloMiranda(15° GBM), Ricardo Silvio de Andrade (15° GBM), ao ObservatórioCOMRIOS/UNEB, EMBRAPA Pesca e Aquicultura, Sec.de Meio Ambienteda Prefeitura de Delmiro Gouveia (AL) pelas importantes participações.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:BALOGH, I.R.S. Piscicultura em Paulo Afonso: uma prática de desenvolvimentosustentável? [Dissertação de Mestrado]. Salvador: UFBA, 2005.BARROSO, R. M. et. al. Diagnóstico da cadeia de valor da tilapicultura noBrasil. Brasília, DF: Embrapa, 181p. 2018.CARVALHO FILHO, J. Piscicultores do rio São Francisco amargam novo prejuízocom mortandade de tilápias. Panorama da Aquicultura, v. 17, n. 99, p. 65,jan./fev. 2007.TENÓRIO, R. A. et. Al.. Indicadores socioeconômicos da tilapicultura no municípiode Glória Bahia. in: XXCongresso Brasileiro de Engenharia de Pesca, 20, 2017,Florianópolis, 10, 2017, Florianópolis. Anais Congresso Brasileiro de Engenharia de

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ECONOMIA DA TILAPICULTURA DO RESERVATÓRIO HIDRELÉTRICO ITAPARICA DO RIO

SÃO FRANCISCO, REGIÃO SEMIÁRIDA DO NORDESTE DO BRASILJose Luesley Dos Santos, [email protected], Ruy Albuquerque Tenorio, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoEngenharia De Pesca

Palavras-Chave: Aquicultura; Piscicultura intensiva; Polo SBSF; Submédio São Francisco; Tanques-rede

IntroduçãoA bacia hidrográfica do rio São Francisco representa 7,5% de todo territóriobrasileiro. Devido aos barramentos para a construção de usinashidrelétricas, houve a oportunidade de se utilizar os reservatórios para ocultivo de peixes, e dentre esses, o reservatório Itaparica é o queapresenta maior produção de tilápia do Polo SBSF (RIBEIRO et al., 2015).O município de Glória (BA) foi o maior produtor de tilápia do Brasil, em2017, com 16.924 toneladas (BARROSO et al., 2018). Este municípiopossue margens nos reservatórios Moxotó e Itaparica, sendo este últimoquem mais contribui para a produção de Glória.O objetivo desse trabalho foi identificar a atual situação da tilapicultura namargem baiana doreservatório Itaparica, com ênfaze no município deGlória.

MetodologiaO estudo foi realizado na margem baiana do reservatório Itaparica, nomunicípio de Glória, sendo de natureza exploratória. Foram aplicadosquestionários para obtenção de informações das tilapiculturas e daprefeitura de Glória, tendo como principal foco a obtenção de dados daprodutividade, e as diferentes utilizações de tecnologias no manejo para ocultivo de tilápia nos últimos anos. Também foi construído o mapa delocalização das tilapiculturas com base nos dados de campo e dosprogramasGoogle Earthe do Qgis 2.18, com base cartográfica do IBGE(2017). Foram utilizados um bote a motor do Corpo de Bombeiros, um jet-ski, um drone, dois recepitores de GPS, câmara fotográfica/filmadora.

Resultados e discussãoAs tilapiculturas que estão localizadas no reservatório Itaparica e tambémno município de Glória, estão distribuidas nos 122 Km de margem destemunicípio com o reservatório Itaparica,contabilizando uma produçãoestimada em 7.500 t e uma produtividade de 61,4 t de tilápia/km demargem, em 2018. A pesquisa identificou um total de 17 tilapiculturas queutilizam tanques-rede, e dentre estes, apenas uma piscicultura trabalhacom a produção de recria e engorda, e as demais somente com engorda.O número total de tanques-rede foi de 4.927, com tamanhos variando de 6a 127 m³, com volume médio de 25,1 m³, tendo como moda 6 m³ emediana 14 m³. A quantidade média de tanques-rede por piscicultura(Figura 1) foi 291, já a moda da quantidade de TRs foi 350 e a mediana275. Os gastos com rações variaram 12.777 a 824.000 reais, tendocompras mensais de 6.000 a 400.000 kg. A conversão alimentar de cadatilapicultura foi em média 1:1,90, em 2018.Figura 1: Volumes dos tanques-rede das tilapiculturas da margem baianado reservatório Itaparica em 2018.

O mapa de localização das pisciculturas da margem baiana do SubmédioSão Francisco consta na figura 2. Este mapa informa também que nestaregião fisigráfica todas as pisiculturas estão localizadas no município de

Glória, excessão feita para uma piscicultura localizada no município deRodelas (BA).

Figura 2:Localização das tilapiculturas do município de Glória,considerando os povoados.

ConclusõesSendo assim, a tilapicultura é uma das principais atividades econômicas domunicípio de Glória, tendo inclusive destaque no cenário nacional einternacional como sendo um dos municípios brasileiros que mais produztilápia, tranzendo desenvolvimento para a região e gerando emprego erenda para o município.Entre os pontos positivos é que o município de Glória continua com um altoíndice de produtividade, sendo um dos maiores produtores do polo,proporcionando uma maior viabilidade e oportunidades de emprego fixos etemporários, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.Um dos pontos negativos que foram observados é que ainda existe umaenorme extensão de margem que ainda pode ser explorada, e assimgarantir um maior desenvolvimento para a produção da tilapicultura naregião.

AgradecimentosPrimeiramente a Deus e meus pais por me apoiar nessa longa caminhada,ao Observatór io COMRIOS/UNEB, a Prefei tura Municipal deGlória,EMBRAPA Pesca e Aquicultura, e PICINa que contribuiram para arealização da pesquisa.

Bolsa: PICIN

Referências:RIBEIRO, M. R. et al. A piscicultura nos reservatórios hidrelétricos do Submédio eBaixo São Francisco, região semiárida do nordeste do Brasil. Acta Fish.v. 3, n. 1,p.91-108, 2015.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO DE ALHO SILVESTRE NA RAÇÃO,

SOBRE O DESEMPENHO ZOOTÉCNICO DE TILÁPIA DO NILO (OREOCHROMISNILOTICUS), SOB DIFERENTES DENSIDADES DE CULTIVO

Anderson Nogueira Da Silva, [email protected], Willian Cristiane Teles Tonini, [email protected] de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XXIV, Xique-Xique

Engenharia De Pesca - BachareladoPalavras-Chave: Piscicultura; Produtividade; Ingrediente; Alternativa

IntroduçãoO cultivo de tilápia vem crescendo nos últimos tempos sendo hoje oprincipal produto da aquicultura brasileira (BARROSO et al., 2015), alémda facilidade de manejo da espécie, sendo rústica e adaptada à grandesdensidades, entretanto, junto com o aumento da densidade há também osurgimento de doenças. Uma alternativa seria o uso deantibióticos, quedeve ser feito de forma controlada, afim de evitar resistência de patógenos,fazendo com que vários estudos sejam desenvolvidos com fitoterápicos(PEREIRA et al., 2016). De acordo com Santos et al. (2009) o alho, (Alliunsativum), é um dos aditivos naturais que vem sendo usado na piscicultura,com bons resultados na promoção do crescimento (Shalaby et al., 2006).Leonêz (2008) relata que o alho silvestre (Nothoscordum striatum),apresenta função de anti-helmintica e Rocha (2016) que o N. inidorumestimula o crescimento.Desta forma, o experimento teve como objetivoavaliar a influência da suplementação de alho silvestre na ração, sobre odesempenho zootécnico de tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus), sobdiferentes densidades de cultivo.

MetodologiaForam elaboradas dietas com 32% de proteína bruta e 3200 kg/kal, comuma substituição de 8% por alho selvagem. Foram utilizadas quatro caixasde 2000 litros, com quatro hapas (54 litros) cada, sendo testadas quatrodensidades, em blocos casualizados, com quatro tratamentos e quatrorepetições. As densidades testadas foram de 10, 15, 20, 25 animais (2g)por hapa (0,37; 0,55; 0,74 e 0,92 gr/L), por 45 dias, com alimentação adlibitum em quatro refeições diárias, em sistema de recirculação de água,com aeração por sistema venturi. Os parâmetros físico-químicos da água(temperatura, oxigênio, pH) foram avaliados a cada dois dias, com auxíliodo multiparâmetro e a amônia total semanalmente através de kitscolorimétricos. Ao final do experimento, foram mensurados os valores dasmedidas zootécnicas referentes aoganho de peso, comprimento final, fatorde condição e conversão alimentar aparente. Os dados obtidos foramsubmetidos à análise de variância (ANOVA) ao nível de probabilidade de5% (software SAS 6.0).

Resultados e discussãoOs níveis de temperatura, pH, e salinidade, estiveram dentro do aceitávelpara a espécie (Kubitza, 2013). A temperatura teve uma médiade26,64±1,15°C, o pH foi de6,49±0,45e o oxigênio dissolvido apresentouvalores de5,45±1,20mg/L. Os animais submetidos aos T2, T3 e T4,apresentaram ganho de peso acima de 9g, significativamente melhor queT1.O fator de os tratamentos de maior densidade apresentaram um ganhode peso mais elevado, sugere que o alho selvagempode estimular afisiologia animal. Diante desse pressuposto avaliamos o desempenho daespécie submetida á mesma taxa de adição de alho na ração, porém comdensidades diferentes, onde podemos condizer que os animais obtiveramresultados satisfatórios, exceto para o tratamento de baixa densidade(T1).Shalaby et al. (2006)concluiram que o peso final e taxa decrescimento específico da tilápia aumentaram significativamente com oaumento dos níveis de Allium sativume cloranfenicol. Tachibana et al.(2008) demostraram que quanto maior a densidade menor é o crescimentodo animal, por outro lado Santos et al. (2013) concluiram que, embora ospeixes tenham um melhor desempenho em menores densidades deestocagem, uma melhor produtividade pode ser conseguida aumentando-se o número de peixes por unidade de volume ou área. Houve diferençasignificativa entre os tratamentos em relação ao fator de condição, sendo

que os animais no T4 foram os piores, T1 e T2 similares e o melhor fatorde condição apresentado pelo T3. O fator de condição está relacionadocom os relação peso/comprimento, sendo queGomiero et al.(2010)considera o parâmetro zootécnico está relacionado com o índice deestadode bem estar do peixe e que não deve variar com o comprimento do peixe.A conversão alimentar aparente foi inversamente proporcional ao aumentoda densidade, onde os tratamentos com mais animais consumirammenores quantidades de ração por unidade de peso ganho. Em relação aeste parâmetro pode ter ocorrido uma má utilização do arraçoamento adlibittum, podendo ter sido fornecido a mesma quantidade de ração emtodos as hapas, consecutivamente, pode ter havido perdas ou ingestãoexcessiva nos tratamentos de densidades menores. Novato (2000) eCorrêa, et al. (2010) relatam que frequência alimentar elevada temapresentado melhores resultados produtivos.

ConclusõesO melhor tratamento foi o T3, sendo que nesta densidade os animaistiveram o melhor de ganho de peso, fator de condição e conversãoalimentar aparente.

AgradecimentosAo CNPq pela bolsa e à CODEVASF pela parceria no projeto.

Bolsa: CNPq/PIBITI

Referências:CORRÊA, C. F.; LEONARDO, A. F. G.; TACHIBANA, L.; JUNIOR, L. C. Frequênciaalimentar para juvenis de robalo-peva criados em água doce.Revista Acadêmica deCiências Agrárias e Ambientais, Curitiba, p. 429-436. 2010.GOMIERO, L. M.; VILLARES JUNIOR, G. A.; BRAGA, F. M. S. Relação peso-comprimento e fator de condição de Oligosarcus hepsetus (Cuvier, 1829) noParque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Santa Virgínia, Mata Atlântica, estadode São Paulo, Brasil. Biota Neotropical, vol. 10, n. 1, p.101-105, 2010.LEONÊZ, A. C. Alho: Alimento e saúde. Trabalho de conclusão de curso (latusensu) em Gastronomia e Saúde. Universidade de Brasília, Brasília, Br. 41p. 2008.NOVATO, P. F. C. Comparação entre os sistemas de alimentação de demanda,manual e automático sobre o desempenho da Tilápia Vermelha (Oreochromis spp).Jaboticabal, SP: CAUNESP, 2000. 87p. Dissertação (Mestrado em Aquicultura) -Centro de Aquicultura da Universidade Estadual Paulista, 2000.PEREIRA , L. A.; WEISS, L. A.; BESEN, M. A.; MARENGONI, N. G. Uso deextratos de plantas e suas propriedades profiláticas ou terapêuticas na produção depeixes.Scientia Agraria Parana, vol. 15, n. 4, p. 373-380, 2016.ROCHA, A. C. Influência do alho silvestre (Nothoscordum inodorun) nos índiceszootécnicos de juvenis de tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus). Monografia degraduação em Engenharia de Pesca, Universidade do Estado da Bahia. 2016.Santos, E. L., Ludek, M. C. M. M., Lima, M. R. Extratos vegetais como aditivos emrações para peixes. Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n 1, p.789-800. 2009.SANTOS, J. A. dos; AZEVEDO, D. de O.; MELO, F. V. S. T. de; ALVES, I. T. F.;SILVA, G. Porto. Influência das densidades de estocagem na qualidade da água eno desempenho produtivo de alevinos de tilápia (Oreochromis niloticus) cultivadosem tanques-rede.ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer,Goiânia, vol. 9, n 16, p.170. 2013.SHALABY, A. M.; KHATTAB, Y. A.; Abdel R. A. M. Effects of garlic (Allium sativum)and chloramphenicol on growth performance, physiological parameters and survivalof nile tilapia (Oreochromis niloticus).Journal of Venomous Animals and Toxinsincluding Tropical Diseases, vol.12, n.2, p.172-201.2006.TACHIBANA, L.; LEONARDO , A. F. G.; CORRÊA, C. F.; SAES, L. A. Densidadede estocagem de pós-larvas de tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus) durante afase de reversão sexual.Boletim do Instituto de Pesca, São Paulo, vol. 34, n. 4,p.483 - 488, 2008.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

VARIAÇÃO HEMATOLÓGICA DE ALEVINOS DE TILÁPIA (OREOCRHOMIS NILOTICUS)

SUBMETIDAS A DIFERENTES NÍVEIS DE SUPLEMENTAÇÃO DE ALHO SILVESTRE(NOTHOSCORDUM INODORUM).

Évelyn Rabelo Costa, [email protected], Willian Cristiane Teles Tonini, [email protected] de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XXIV, Xique-Xique

Engenharia De Pesca - BachareladoPalavras-Chave: Hematologia; Sangue; Alho

IntroduçãoO alho (Allium sativumL.) é um vegetal rico em alicina, nutriente que lheconfere o odor característico, seu uso pode estar presente no controle devárias doenças que acometem os peixes, tendo a eficácia comprovada notratamento de doenças intestinais, doenças inflamatórias, atuando comoantinflamatórios, antissépticos, antifúngicos e melhorando a imunidade(SHALABY et al., 2006). Estudos demonstram que diferentes tipos de alho,quando utilizados na alimentação, aumentam significativamente aresistência imune(SHRIVASTAVA e GANESH, 2010). O alho silvestre (N.Inodorum)é uma planta nativa da américa do Sul,é amplamenteencontrada em áreas de campos abertos, comuns nos Pampas e na Mataatlântica, altamente resistente e adaptada à Caatinga etem um cheiroconsiderado agradável sendo utilizada como vermífugo (SANTOS et al.,2009). A Hematologia é uma importante ferramenta para verificar ahabilidade corporal às infecções e para avaliar o progresso de certasdoenças, o hemograma completo fornece informações sobre o estadofisiológico do animal no momento da coleta do sangue(SILVA, 2015). Oobjetivo desse trabalho foi avaliar as variações hematológicas comdiferentes densidades de estocagem da tilápia do Nilo (Oreochromisniloticus), alimentadas com alho selvagem.

MetodologiaForam elaboradas dietas isoprotéicas e isoenergérticas, com umasubstituição de 8% do peso por alho selvagem e ofertadas até a saciedadeaparente em quatro refeições diárias. Foram utilizadas quatro caixas de2000 litros para os tratamentos, cada tratamento recebeu quatro hapascom volume útil de 54 litros, distribuídas em cada caixa, de forma a obterquatro repetições de cada, os tratamentos foram povoados com umnúmero especifico de alevinos, as densidades testadas foram: de 10,15, 20e 25 com peso médio inicial de 2 g ( 0,37; 0,55; 0,74 e 0,92 gr/L). Osistema foi de recirculação fechada com a a renovação de águaevaporada. A temperatura, oxigênio e o pH foram analisados duas vezespor semana e a amônia total semanalmente. Três animais de cada unidadeexperimental foram aleatoriamente selecionados, anestesiados combenzocaína diluída em água 0,5 mg /L e logo em seguida, coletado 1 mLde sangue via punção cardíaca, com seringas heparinizadas. Adiferenciação dos leucócitos foi realizada em esfregaço sanguíneo coradocom Hematoxilina e Eosina e observada por proporção de método total deobservações com auxílio de microscópio óptico (Leica, modelo DM 750)com lente de 40x. Também foram realizadas análises glicêmicas atravésde medidor comercial de glicose. Os dados obtidos foram submetidos àAnálise de Variância (ANOVA) ao nível de probabilidade de 5% (softwareSAS 6.0).

Resultados e discussãoA temperatura foi de26,64±1,15°C, o pH de6,49±0,45e o oxigêniodissolvido de5,45±1,20mg/L. Os resultados demonstraram que otratamento T1 com a menor densidade de animais por área, apresentouvalores reduzidos de trombócitos e maiores de linfócitos, quandocomparados com os demais tratamentos. Os trombócitos desempenhamfunções importantes na inflamação e na cicatrização de feridas, (COCCO,2016). Os animais quando submetidos a elevadas densidades, apresentamum fator de estresse, acarretando no aumento do número total detrombócitos, e na diminuição do número de neutrófilos (ISHIKAWA et al.,2008).A queda de linfócitos está relacionada com redução da capacidadedo peixe de se defender contra agentes patógenos (DA SILVA et al.,

2012). As concentrações de monócitos nos 4 tratamentos se mantiveramsem diferenças significativas, isso ocorreu possivelmente devido ao fatodos animais não apresentaram nenhum tipo de infecção (BARROS eSOUZA, 2017). As quantidades de eosinófilos e basófilos tiveram valorespróximos em todos os tratamentos, já que a função mais importante namediação de processos inflamatórios associados à alergia, à defesa contraparasitas metazoários helmínticos, em certos distúrbios cutâneos alérgicose neoplásicos, uma vez que não foram observados esses processosdurante o experimento, os valores se manterão estáveis (HUNDAROVA,2017). A análise de glicose apresentou resultados que indicam o nível deestresse gerado tanto em baixas densidades (T1), quanto em elevadasdensidades (T4), fatores como a qualidade de agua ou de manejo, podemter sido responsáveis por isto. As densidades intermediárias tambémpodem ter sido suficientes para que a estabilidade hierárquica no grupotenha reduzido as relações agonísticas entre os animais, tendo sidomantidas em T1 e em T4.INOUE et al. (2011) também encontraramelevações na glicose em resposta ao manejo.

ConclusõesApresentou ação na diminuição de glicose circulante e efeito na variaçãodas células de defesa. Sugere-se que experimentos com a extração dosprincípios ativos, possam ser desenvolvidos, como forma de elucidação desuas propriedades.

AgradecimentosA Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia - FAPESB pelabolsa e a CODEVASF pela parceria.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:BARROS, A. M. C.; SOUZA, F. C. Migração de célula mononucleada do sangueperiférico (monócitos/macrófagos) em diferentes processos inflamatórios. RevistaEspecialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14, vol. 01, p.1-28. 2017.COCCO, R. Metabolismo das plaquetas. Seminário apresentado na disciplina deBioquímica do Tecido Animal. Programa de Pós-Graduação em CiênciasVeterinárias, Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande doSul, Br. 2016.da Silva, R. D.; Rocha, L. O.; Fortes, B. D. A.; Vieira, D.; Fioravanti, M. C. S.Parâmetros hematológicos e bioquímicos da tilápia-do-Nilo (OreochromisniloticusL.) sob estresse por exposição ao ar. Pesquisa Veterinária Brasileira, vol.32 (Supl.1): p.99-107, 2012.SHALABY, A. M.; KHATTAB, Y. A.; ABDEL RAHMAN, A. M. Effects of garlic (Alliumsativum) and chloramphenicol on growth performance, physiological parametersand survival of nile tilapia (Oreochromis niloticus).Journal of Venomous Animalsand Toxins including Tropical Diseases, vol.12, n. 2, p.172-201, 2006.HUNDAROVA, K. Avaliação da influência das contagens de basófilos, eosinófilos emonócitos no prognóstico da mielofibrose primária. Dissertação de mestrado.Universidade de Coimbra. Pt. 69p. 2017.INOUE, L. A. K. A.; BOIJINK, C. L.; RIBEIRO, P. T.; da SILVA, A. M. D.;AFFONSO, E. G. Avaliação de respostas metabólicas do tambaqui exposto aoeugenol em banhos anestésicos. Acta Amazônica, vol. 41, n.2, p. 327 - 332. 2011.ISHIKAWA, N.M; RANZANI-PAIVA, M.J.T.; LOMBARDI, J.V. Metodologia paraquantificação de leucócitos totais em peixe, Oreochromis niloticus. Archives ofVeterinary Science , vol.13, n.1, p. 54-63, 2008.SANTOS, E. L.; LUDEK, M. C. M. M.; LIMA, M. R. Extratos vegetais como aditivosem rações para peixes.Revista Eletrônica Nutritime, v.6,n° 1, p.789-800. 2009.SHRIVASTAVA S, GANESH N. Tumor inhibition and Cytotoxicity assay by aqueousextract of onion (All ium cepa) & Garl ic (All ium sativum): an in-vitroanalysis.Phytomedicine, vol. 2, n. 1, p. 80-84, 2010.SILVA, Í. C. Neutrófilos: aspectos clássicos, plasticidade e novas funçõesimunorregulatórias. Revista Interdisciplinar de Estudos Experimentais, vol. 7, n. 1,p.35-46, 2015.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA INCORPORAÇÃO DE ALHO SILVESTRE (NOTHOSCORDUM

INODORUM) NA ALIMENTAÇÃO DE JUVENIS DA TILÁPIA DO NILO (OREOCHROMISNILOTICUS)

Tarcisio Da Silva Souza, [email protected], Willian Cristiane Teles Tonini, [email protected] de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XXIV, Xique-Xique

Engenharia De Pesca - BachareladoPalavras-Chave: Sanidade; Produtividade; Piscicultura; Alternativa

IntroduçãoA viabilidade econômica da piscicultura intensiva está intimamente ligada aíndices zootécnicos como o ganho de peso, sobrevivência e eficiência naconversão alimentar. Bozano e Cyrino (1999) citam que poucos trabalhossão encontrados sobre análises de custos e lucratividade da pisciculturacom definições de índices econômicos que possam servir de referênciaspara novos estudos. A intensificação do sistema de criação de peixesmostra-se mais rentável e com maiores taxas internas de retorno (SILVA etal., 2003). Para minimizar os custos é necessário adequar o manejoalimentar aos diferentes tipos de cultivo e espécies de peixes,consequentemente maximizar a receita líquida por área de cultivo com oaumento da produtividade, e melhor eficiência alimentar (KUBITZA, 2013).Entretanto, a falta de indicadores econômicos gera grande incerteza erepresenta um empecilho para o desenvolvimento dessa atividade. Juntocom o aumento da densidade á também o surgimento de problemasligados ao estresse, que por sua vez reflete em perdas dentro do cultivo.Meurer et al., (2007) relatam que o uso intensivo de medicamentos vemsendo combatido nas pisciculturas e a utilização de probióticos eprebióticos, são uma alternativa, porém devem ser mais bem estudadatodas as suas formas e maneiras de aplicação. Entre as substânciasutilizadas se encontra o a alicina, presente em diversas espécies deplantas, conhecidas popularmente como alho (Santos et al., 2009). Destaforma, o experimento teve como objetivo avaliar economicamente ainfluência da suplementação de alho silvestre na ração datilápia-do-nilo(Oreochromis niloticus)em diferentes densidades de cultivo.

MetodologiaForam elaboradas dietas com 32% de proteína bruta e 3200 kg/kal, comuma substituição de 8% por alho selvagem. Foram utilizadas quatro caixasde 2000 litros, com quatro hapas (54 litros) cada, sendo testadas quatrodensidades, em blocos casualizados, com quatro tratamentos e quatrorepetições. As densidades testadas foram de 10, 15, 20, 25 animais (2g)por hapa (0,37; 0,55; 0,74 e 0,92 gr/L), por 45 dias, com alimentação adlibitum em quatro refeições diárias, em sistema de recirculação de água,com aeração por sistema venturi. Os parâmetros físico-químicos da água(temperatura, oxigênio, pH) foram avaliados a cada dois dias, com auxíliodo multiparâmetro e a amônia total semanalmente através de kitscolorimétricos. Ao final do experimento, foram mensurados os valores dasmedidas zootécnicas referentes aoganho de peso, comprimento final, fatorde condição e conversão alimentar aparente, utilizados para a avaliaçãoeconômica, levando a comparação os valores de ganho de peso finalversus o consumo de ração.Os dados obtidos foram submetidos à análisede variância (ANOVA) ao nível de probabilidade de 5% (software SAS 6.0).

Resultados e discussãoA temperatura foi de26,64±1,15°C, o pH 6,49±0,45e o oxigênio dissolvido5,45±1,20mg/L. Os animais submetidos aos T2, T3 e T4, apresentarammelhor ganho de peso e conversão alimentar em relação ao T1 e o T3 ummelhor fator de condição que os demais. No tratamento 1 a conversãoalimentar foi 58,9% maior que T4, 53,8% maior que T3 e 40,17% que T2.As densidades utilizadas inicialmente de T1 0,37; T2 0,55; T3 0,74 e T40,92 gr/L, correspondiam a 32%, 50% e 60% maiores que T1,respectivamente. Ao final do experimento, foram obtidos ganho de peso13% em T2, 7% em T3 e 9,5% em T4 maiores que T1. Em relação aconversão alimentar os tratamentos apresentaram respectivamente 36%,51% e 56% menores que o T1. Levando em consideração que os valores

apresentados por T3 e T4 foram estatisticamente iguais, mas que o T3apresentou um fator de condição melhor que os demais, é possível inferir,que as densidades aplicadas em T3 e T4, embora economicamentesimilares, o melhor fator de condição apresentado pelos animais em T3,pode indicar melhor estado de bem estar e sanitário, agregando maiorvalor ao produto comercializado, podendo elevar a receita da propriedadeno momento da comercialização.Tachibana et al. (2008) demostraram quequanto maior a densidade menor é o crescimento do animal, por outro ladoSantos et al. (2013) concluiram que, embora os peixes tenham um melhordesempenho em menores densidades de estocagem, uma melhorprodutividade pode ser conseguida aumentando-se o número de peixespor unidade de volume ou área. O fator de condição está relacionado comobem estar do peixe e não deve variar com o seu tamanho (Gomiero etal.,2010). A conversão alimentar aparente foi inversamente proporcional aoaumento da densidade, onde os tratamentos com mais animaisconsumiram menores quantidades de ração por unidade de peso ganho.Em relação a este parâmetro pode ter ocorrido uma má utilização doarraçoamentoad libittum, podendo ter sido fornecido a mesma quantidadede ração em todos as hapas, consecutivamente, pode ter havido perdas ouingestão excessiva nas densidades menores.

ConclusõesRecomenda-se a utilização de alimentação calculada pela biomassa aoinvés dead libittum. Entretanto, trabalhar com maiores densidades deestocagem, torna-se economicamente viavel pois se dilui o custoprodutivo, compensando os resultados menos expressivos.

AgradecimentosAgradecemos à UNEB pela bolsa e à CODEVASF pela parceria no projeto.

Bolsa: PICIN

Referências:BOZANO, G.L.N.; CYRINO, J.E.P. Produção intensiva de peixes em tanquesrede egaiolas - Estudos de casos. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO E 37 NUTRIÇÃO DEPEIXES, 3, 1999, Campinas. Anais… Campinas: CBNA, 1999. p 53-60.GOMIERO, L. M.; VILLARES JUNIOR, G. A.; BRAGA, F. M. S. Relação peso-comprimento e fator de condição de Oligosarcus hepsetus (Cuvier, 1829) noParque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Santa Virgínia, Mata Atlântica, estadode São Paulo, Brasil. Biota Neotropical, vol. 10, n. 1, p.101-105, 2010.Meurer. F.; Hayashi. C.; Matiuzzi. C. M.; Freccia. A.; Mauerwerk. T. M.Saccharomyces cerevisiae como probiótico para alevinos de tilápia-do-nilosubmetidos a desafio sanitário. Revista Brasileira de Zootecnia, v.36, n.5, p.1219-1224. 2007.Santos, E. L., Ludek, M. C. M. M., Lima, M. R. Extratos vegetais como aditivos emrações para peixes. Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n 1, p.789-800. 2009.SANTOS, J. A. dos; AZEVEDO, D. de O.; MELO, F. V. S. T. de; ALVES, I. T. F.;SILVA, G. Porto. Influência das densidades de estocagem na qualidade da água eno desempenho produtivo de alevinos de tilápia (Oreochromis niloticus) cultivadosem tanques-rede.ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer,Goiânia, vol. 9, n 16, p.170. 2013.SILVA, P. C.; KRONKA, S. N.; TAVARES, L. H. S.; SOUSA JÚNIOR, R. P.;SOUZA, V. L. Avaliação econômica da produção de tilápia (Oreochromis niloticus)em sistema raceway. Acta Scientiarum. Animal Sciences, Maringá, v. 25, n. 1, p.9-13, 2003.TACHIBANA, L.; LEONARDO , A. F. G.; CORRÊA, C. F.; SAES, L. A. Densidadede estocagem de pós-larvas de tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus) durante afase de reversão sexual.Boletim do Instituto de Pesca, São Paulo, vol. 34, n. 4,p.483 - 488, 2008.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E MORFOMÉTRICA DOS OTÓLITOS SAGITAE DO

FRANCISCODORAS MARMORATUS (REINHARDT, 1874) (PISCES: SILURIFORMES,DORADIDAE), CAPTURADO NO SUBMÉDIO RIO SÃO FRANCISCO, NOS RESERVATÓRIOS

DE PAULO AFONSO – BA.Weslley Makson Santos Da Paz, [email protected], Patricia Barros Pinheiro, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoEngenharia De Pesca

Palavras-Chave: Lapilli; Otólitos; Retangularidade

IntroduçãoOs otólitos dos peixes teleósteos são estruturas de carbonato de cálciolocalizados no ouvido interno. Cada peixe ósseo possui três pares deotólitos localizados no ouvido interno, denominados de sagittae, lapillus easteriscus (SOUZA et al, 2009). Cada espécie apresenta característicasespecíficas no que diz respeito à sua forma e tamanho. Poucos estudosdescreveram a diversidade e descrições sobre otólito lapillus (ASSIS 2003,2005).Nos peixes da ordem dos Siluriformes os otólitos apresentamtamanhos diferentes da maioria dos teleósteos, sendo os lapilli geralmenteos otólitos mais visível(FROST, 1925). O Franciscodoras marmoratus(REINHARDT, 1874) (caboje) é uma das espécies em que se estudam osotólitos lapilli, e que servem de características distintas entre as espécies egêneros, sendo uma importante forma de identificação de espéciesdiferentes (NEGRÃO, 2006). Devido a isso o trabalho teve como objetivoanalisar a morfologia e morformetria dos otólitos lapillidessa espécie.

MetodologiaAs coletas foram realizadas no período de agosto à dezembro de 2018noreservatório Moxotó situado no rio São Francisco, atravésdospescadoresda região.Os exemplares foram mensurados quanto ao comprimento total(CT), comprimento padrão (CP) em centímetros, e verificado o peso total(PT) e peso eviscerado (PE) em gramas. Os otólitos lapilli foram removidose acondicionados em eppendorfs devidamente identificados com etiquetas.Foi utilizados apenas os otólitos do lado direito, para caracterizaçãomorfométrica utilizou-se medidas propostas por Volpedo & Vaz-dos-Santos(2015), peso dos otólitos (PO), espessura (EO), comprimento do otólito(CO), altura do otólito (AO), área (ArO), perímetro (PerO), comprimento dosulco acústico (CSA), altura do sulco acústico (ASA), perímetro do sulcoacústico (PerSA), área do sulco acústico (ArSA), comprimento do ostium(COs) e comprimento da cauda (CC).

Resultados e discussãoForam analisados 112 otólitoslapillido lado direito, uma vez que nãoocorreram diferenças estatisticamente significativas entre o par. Observou-se uma variação de comprimento padrão mínimo de 185 mm e máximo de327 mm, com média de 243 mm e desvio padrão de 28,9 mm. Oscomprimentos padrão médios dos machos capturados variaram de 195mm a 260 mm e os das fêmeas de 185 mm a 327 mm. Sendo distribuídosem 6 classes de tamanho, com pesos variando de 110 g a 870 g, commédia de 399 g e desvio padrão de 150,33 g. Os otólitos analisadosapresentaram comprimentos (CO) variando de 2,6576 mm a 4,5757 mm,média de 3,3691 mm e desvio padrão de 0,3873 mm; e alturas (AO) de1,5172 mm a 2,9799 mm, com média de 2,0649 mm e desvio padrão de0,2674 mm. Observou-se que o otólitolapillusdessa espécie possui formatoelongado, região anterior e posterior oblíqua e sua borda crenulada. Essesdados corroboraram com os descritos por Assis (2000, 2005), Martinez eMonasterio de Gonzo (1988, 1991), Volpedo e Fuchs (2010), onde osautores caracterizam os otólitoslapillus, com forma regular e maishomogenia, possuindo menor número de características utilizáveis paradiagnose de espécies.A orientação dosulcus acusticusfoi caracterizadacomo horizontal, a posição do foi classificada como supramediano, ondeosulcus acusticusestá mais próximo da borda dorsal do otólito. O formatocomo heterossulcóide, oostiume cauda bem evidentes, mas com diferentesformatos. Esses dados são semelhantes aos resultados encontrados porFuchs e Volpedo (2009), que trabalharam com espécies da famíliaDoradidea e observaram otólitoslapillicom forma alongada, podendo ter

osulcus acusticusvariável e pode haver uma depressão ventral irregular. Aabertura dosulcus acusticusé do tipo ostial, ampla na região anterior dootólito e na região posterior é fechada.O formato docolliculumquepavimenta osulcus acusticusfoi descrito como unimórfico, sendo indivisível.Oostiumque é a região anterior dosulcus acusticusé do tipo dobrado-côncavo e a cauda é levemente curvada, o perfil do otólito apresentouforma plano-convexa, quando uma das faces é convexa e a outra é planaconforme descrito por Volpedo e Vaz-dos-Santos (2015).As técnicas demorfometria aplicadas aos otólitos são de fundamental importância para asua descrição e é uma importante ferramenta para imediatas aplicações eserve para anal isar as formas dos otól i tos ao longo de seudesenvolvimento, mesmo quando de complexas mudanças nas feiçõesmorfológicas (RONDON et al, 2014). Assim, foram calculados os índicesde circularidade, elipsidade e retangularidade, que variaram de 6,467 a11,700 (média em 8,628), de 0,167 a 0,321 (média em 0,243) e de 0,960 a2,201 (média em 1,450), respectivamente. O índice de circularidade mostrao quanto a forma do otólito se assemelha a um círculo exato, enquanto quea retangularidade apresenta alterações do comprimento e altura comrelação à área, sendo que para um quadrado perfeito o valor tem que serigual a 1 (TUSETet al., 2008). Os valores médios dos índicesapresentaram leva aumento da circularidade ao longo do crescimento daespécie, no entanto o índice de elipsidade não apresentou variação e o deretangularidade apresentou valores acima de 1.Assim, é possível observarque o otólitolapillusda espécieF. marmoratusnão é circular, e que há umatendência a retangularidade.

ConclusõesOs métodos utilizados neste trabalho para a diferenciação da forma dosotólitos, foram considerados satisfatórios para avaliação morfológica emorfométrica. Foi possível observar que mesmo comparando os otólitoslapillis de Franciscodoras marmoratus com de outras espécies, houve apossibilidade de verificar que cada espécie de peixe possui o otólito deformas e características distintas. Isso contribuiu bastante para oconhecimento devido à escassez de estudos referentes a otólitos lapillis deespécies de água doce como o principalmente para o rio São Francisco.

AgradecimentosA UNEB - Pela oportunidade da Iniciação Científica Voluntária. ao CampusVIII pelo espaço cedido no Laboratório de Biologia Pesqueira (LABPESQ).

Bolsa: Voluntário

Referências:ASSIS, C. A. Guia para a identificação de algumas famílias de peixes ósseos dePortugal Continental, através da morfologia dos seus otólitos sagitta. CâmaraMunicipal de Cascais, Cascais. ISBN: 972-637-119-8. P. 190, 2004.ASSIS, C. A. The utricular otoliths, lapilli, of teleosts: their morphology andrelevance for species identification and systematics studies. Scientia Marina, 2005.69(2): 259-273.FROST, G. A. 1925. A comparative morphology of the otoliths of the Neopterygianfishes (Ostariophysi). The Annals of the Magazine of Natural History, 16: 433-446.RONDON, A. S.; VAZ-DOS-SANTOS, A. M.; ROSSI-WONGTSCHOWSKI, C. L. B.Morfologia e Biometria dos Otólitos de Beryxsplendens e Hoplostethusoccidentalis(Beryciformes) No Atlântico Sudoeste. Bol. Inst. Pesca, São Paulo, 40(2): 195 –206, 2014.TUSET, V.M., LOMBARTE, A., ASSIS, C.A. Otolith atlas for the WesternMediterranean, North and Central Eastern Atlantic. Scientia Marina, 72(S1): 7-198.2008.VOLPEDO, A, V e VAZ-DOS-SANTOS, A, M. Métodos de Estudos com Otólitos:Princípios e Aplicações. Presidencia de la Nación. Ministerio de Educación.Secretaria de Políticas Universitarias. . 1a ed. edición bilingue. – Ciudad Autónomade Buenos Aires , 2015.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

PRODUÇÃO ARTIFICIAL DE FITOPLÂNCTON COMO FONTE NATURAL DE ALIMENTO

PARA PISCICULTURARenato Filho Da Silva Juvenal, [email protected], Ricardo Luiz Wagner, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XXIV, Xique-XiqueEngenharia De Pesca - Bacharelado

Palavras-Chave: Microalgas; Alimentação; Peixe

IntroduçãoAs microalgas são utilizadas como alimento na larvicultura intensiva dediversas espécies produzidas comercialmente, o fornecimento do alimentovivo é completamente dependente a algumas espécies de peixes devido àfisiologia digestiva das larvas.

MetodologiaO presente trabalho teve como principal objetivo, fomentar odesenvolvimento da produção artificial de fitoplâncton em sistemaslaboratoriais de pequena escala a partir de amostragens executadas emambiente natural com redes de coleta cilíndrico cônica com abertura demalha de 20µm e copo coletor, sendo os organismos isolados emlaboratório separando o fitoplâncton em espécies puras. Os organismosforam cultivados inicialmente em tubos de ensaio e transferidos pararecipientes translúcidos de 20L, contendo água filtrada e fertilizada comNPK (20:0:20) na concentração de 0,35 g/L, mantida sob aeração suaveconstante e iluminação natural indireta com lâmpadas florescentes (80 W).

Resultados e discussãoA produção da microalga Eutetramorus fottii mostrou-se promissora noganho de biomassa apresentando a maior densidade de cultivo entre asdemais espécies, obtendo-se 300 células/µl aos trinta dias de cultivo, aespécie Pediastrum simples obteve densidades de 12 células/µl no mesmoperíodo de cultivo, as demais espécies identificadas Micrasteriaspinnatifida, Bitrichia amazônica, Planktolyngbya limnetica, Aphanothecestagnina não apresentaram ganho de biomassa na concentração utilizadado fertilizante NPK (20:0:20).

ConclusõesO cultivo da Eutetramorus fottii mostrou-se promissor para a produção empequena e média escala atingindo densidade de 300 células/µl, enquantoa Pediastrum simples atingiram 12 células/µl, as demais espécies nãoapresentaram desenvolvimento significativo com ofertilizante NPK(20:0:20) na concentração de 0,35 g/L. Sendo necessário mais estudossobre as espécies descritas para avaliação da concentração que venha aproporcionar maior ganho de biomassa.

AgradecimentosUniversidade do Estado da Bahia – UNEBDepartamento de Ciências Humanas e Tecnologias - Campus XXIVFundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia - FAPESBPró-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação - PPG

Bolsa: Voluntário

Referências:CRESWELL, LeRoy. Phytoplankton Culture for Aquaculture Feed. Southern,Regional Aquaculture Center – SRAC. Publication nº 5004, 2010.MD Guiry em Guiry, MD & Guiry, GM 2019.AlgaeBase.Publicação eletrônicam u n d i a l , U n i v e r s i d a d e N a c i o n a l d a I r l a n d a ,Galway.http://www.algaebase.org;procurou em 04 de agosto de 2019.PORTELLA, M. C.; CESTAROLLI, M. A.; VERANI, J. R.; ROJA, N. E. T. Produçãode organismos planctônicos para alimentação inicial de larvas de peixes de águadoce. B. Inst. Pesca, São Paulo, 24 (único): 79 – 89. 1997.SIPAÚBA-TAVARES, L. H.; Rocha, O. Cultivo em larga escala de organismosplanctônicos para alimentação de larvas e alevinos de peixes: I- Algas Clorofíceas,Biotemas, 6(1): 93-106, 1993.SIPAÚBA-TAVARES, L. H.; ROCHA, O. Produção de plâncton (fitoplâncton ezooplâncton) para alimentação de organismos aquáticos. São Carlos:FAPESP/Rima, 2003. 106 p.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

MITIGAÇÃO DO ESTRESSE SALINO MEDIADO POR RIZOBACTÉRIAS HALOTOLERANTES

Mateus Nunes Gama, [email protected], Adailson Feitoza De J Santos, [email protected] de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XXII, Euclides da Cunha

Engenharia AgronômicaPalavras-Chave: rizobacterias halotolerantes; feijão caupi; salinidade

IntroduçãoO feijão-caupi (Vigna unguiculata L.), também conhecido como feijão-de-corda pertencente à família Fabaceae, constitui-se como uma das maisimportantes fontes proteicas na alimentação da população rural, sendoconsiderado como uma das leguminosas de maior importânciasocioeconômica para as regiões Norte e Nordeste do Brasil (Freire Filho etal., 2005). Na região Nordeste a produtividade dessa leguminosa podesofrer com o estresse hídrico. Porém quando irrigado tem-se geralmenteuma água de baixa qualidade acarretando a formação de solos com altaconcentração de sais (HOLANDA et al., 2007). A salinização e os altosteores de sódio trocável, o alto pH, as propriedades físicas indesejáveis e areduzida disponibilidade de nutrientes limitam o desenvolvimento dasculturas em tais solos (VIANA et al., 2004). Nas regiões áridas ousemiáridas encontram-se grande parte dos solos afetados por sais, ondepor sua vez a população microbiana tende a ter mais micro-organismoshalofíticos, esses tonam-se protagonistas na recuperação desses soloscontribuindo para um aumento na produtividade agrícola nessas regiões.As bactérias halofíticas que são capazes de favorecer o desenvolvimentode plantas sob estresse salino (VENTOSA, 2005).

MetodologiaO objetivo deste trabalho foi selecionar rizobactérias halotolerantesassociadas a cactáceas nativas na Estação Ecológica Raso da Catarina, etestar os isolados como potenciais mitigadores dos efeitos deletérios do salsobre feijão caupi, in vitro.O trabalho foi realizado no laboratório demicrobiologia do semiárido (LAMSA), localizado na universidade do estadoda Bahia (UNEB), campus XXII, Euclides da Cunha-BA, onde, foramselecionadas 21 estirpes bacterianas isoladas da rizosfera de plantas dogênero cactaceae, as bactérias foram submetidas a tratamentos comprogressiva adição de cloreto de sódio, sendo 0,00 (T0), 0,06 (T1) e 0,10(T2) mol L-1 de cloreto de sódio (NaCl). Os tratamentos foram montadoscom 10 repetições cada. As sementes de feijão caupi foram selecionadas epadronizadas, posteriormente desinfestadas em álcool 70% (1 minuto),hipoclorito 1% (1 minuto) e lavadas em água estéril. Para produção doinóculo foi feita uma suspensão bacteriana e ajustada a densidade ópticapara (OD 600nm - 0,3 - 109 UFC mL-1), o inoculo foi armazenado em tubostipo falcon. As sementes foram então imersas nas suspensões e mantidasdurante 2 horas. Em seguida as sementes foram removidas e mantidas empapel filtro estéril para secagem a temperatura ambiente, sendoposteriormente transferidas para tubos contendo meio Àgar-águasuplementos (0,8%) com diferentes concentrações de NaCl. Os tubos deensaio foram mantidos sobre bancadas no laboratório durante 7 dias.Posteriormente o experimento foi desmontado e as variáveis consideradaspara as análises foram: comprimento da parte aérea (CPA), comprimentoda raiz (CR), massa fresca da parte aérea (MFPA), massa fresca da raiz(MFR) e massa fresca total (MFT). Os dados obtidos foram submetidos aanálise de variância no software SISVAR sob o teste de Scott-Knott a 0,5%de probabilidade.

Resultados e discussãoO projeto teve como resultados propostos, testar a coleção de culturas derizobactérias nativas da caatinga com potencial biotecnológico pertencenteao laboratório de microbiologia do semiárido (LAMSA) e indicar, pelomenos, um isolado com potencial para indução de tolerância a salinidadeem plantas de feijão caupi, in vitro.

Os 21 isolados bacterianos testados em 3 tratamentos, submetidos aanálise de variância (tabela 1), para observar a interação entre tratamentoe isolados, e para a seleção de bactérias que proporcione para a plantauma melhor qualidade de adaptação, crescimento e produtividade emsituações de estresse salino, tendo os isolados CK9.1, CT5.2, CK10.1,CK5.1, CT8.1, CK6.1, CF4.6, CT15.1 E CF5.3, resultados significantes.

No desdobramento da estatística não houve resultados significantes para avariável comprimento da raiz (CR).

ConclusõesDas 21 bactérias testadas 09 isolados (CK9.1, CT5.2, CK10.1, CK5.1,CT8.1, CK6.1, CF4.6, CT15.1 E CF5.3) apresentaram característicaspositivas para promoção de crescimento vegetal e indução de tolerância àsais in vitro. Destas o isolado CT15.1 obteve resultado significativo, sendosuperior a testemunha em três variáveis.

AgradecimentosAo CNPq pela concessão da bolsa e pelo financiamento de parte doprojeto através da chamada Universal 01/2016 no processo nº409309/2016-8.

Bolsa: CNPq/PIBITI

Referências:EMBRAPA ARROZ E FEIJÃO. Dados de conjuntura da produção de feijãocomum (Phaseolus vulgaris L.) e caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp) no Brasil(1985 a 2017). Santo Antônio de Goiás, 2018.FREIRE FILHO, F. R.; RIBEIRO, V. Q.; ALCÂNTARA, J. dos P.; BELARMINOFILHO, J.; ROCHA, M. de M. BRS Marataoã: novo cultivar de feijão-caupi comgrão tipo sempre-verde. Revista Ceres, Viçosa, MG, v. 52, n. 303, p. 771-777,2005.HOLANDA, A. C.; SANTOS, R. V.; SOUTO, J. S.; ALVES, A. R. Desenvolvimentoinicial de espécies arbóreas em ambientes degradados por sais. Revista deBiologia e Ciências da Terra, v.7, n.1, p.39-50, 2007.VENTOSA, A. NIETO, J. J. Biotechnological applications and potentialities ofhalophilic microorganisms. World Journal of Microbiology & Biotechnology. v. 11,p. 85-94, 2005.VIANA, S.B.A., FERNANDES, P.D., GHEYI, H.R., SOARES, F.A.L., CARNEIRO,P.T. Índices morfológicos e de produção de alface sob estressesalino. RevistaBrasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.8, p.23-30, 2004.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE EXOPOLISSACARÍDEOS BACTERIANO

Leonardo Figueiredo Landim, [email protected], Adailson Feitoza De J Santos, [email protected] de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Juazeiro

Engenharia De Bioprocessos E BiotecnologiaPalavras-Chave: EPS; Resíduos; Bactérias

IntroduçãoOs produtos sintetizados a partir de biopolímeros bacterianos têmvantagens diante dos polímeros não renováveis à base de derivados depetróleo, pois, devido a sua natureza biodegradável, tornam-se cada vezmais atraentes ao mercado, dessa forma, reduz o uso e acúmulo dederivados de petróleo no meio ambiente (REHM et al., 2010). Os EPSsmicrobianos possuem diversas aplicações entre elas no segmentoalimentício, produtos farmacêuticos, produtos agrícolas, óleo, cosméticos,têxteis, entre outros.Podem ser utilizados como agentes emulsionantes,estabilizantes, aglutinantes, gelificantes, coagulantes, lubrificantes,revestidos por película, espessantes e suspensores (BARBOSA et al.,2004). Porém a sua produção e recuperação tem alto valor. A economia doBrasil é baseada principalmente na agricultura. O acúmulo da biomassados resíduos gerados é descartado e ocasiona enormes prejuízos ao meioambiente e perdas de materiais potencialmente valiosos. Essas matérias-primas comportam excelentes substratos para o crescimento de micro-organismos, entre eles, as bactérias. Alguns desses funcionam comofontes de carbono (SCHMIDELL, 2001). Ademais, os resíduos são fontesde matérias-primas para a biotecnologia, pois reduz os custos para aindústria. Mas o principal apelo é a sustentabilidade, garantida pelareutilização de resíduos (SINGH, 2009), que se tornam recursos com altovalor energético. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi selecionarrizobactérias de cactáceas com potencial em sintetizar exopolissacarídeosutilizando fontes alternativas de carbono (cana-de-açúcar e fibra de coco) edeterminar a melhor condição de cultivo para produção dos mesmos.

MetodologiaAs bactérias comprovadamente produtoras de exopolissacarídeos (PAULOet al., 2012) utilizadas neste trabalho para os testes de otimização doprocesso utilizando diferentes fontes de carbono compõem o acervo dolaboratório de Biotecnologia Microbiana. Os isolados produtores de EPSforam submetidos a diferentes condições de cultivo, utilizando oDelineamento Composto Central Rotacional (DCCR) de acordo comRodrigues e Iemma (2009), considerando 3 variáveis entre elas: pH (5.5,6.0, 7.0, 8.0 e 8.5), temperatura (28, 32, 38.5, 45 e 49 ºC) e fonte decarbono nas concentrações para sacarose (1, 2.8, 5.5, 8.2 e 10%) eresíduos de fibra de coco e cana-de-açúcar (1, 2, 3, 4, 5%) Os resíduostiveram sua porcentagem de 1 a 5 para facilitar a homogeneização no meiode cultura utilizado. Os resíduos foram mantidos em estufa com circulaçãode ar até total secagem, logo após, foram triturados em moinho de facas,peneirados com granulometrias de abertura 425 e 75mm/µm eautoclavados duas vezes. A variável dependente foi expressa emcentímetros. O meio de cultura utilizado foi modificado por Guimarães etal., (1999), com as variações e seus níveis indicados acima.. A análiseexperimental consistiu na medida do diâmetro da camada mucoide aoredor dos discos de filtro de papel, utilizando um paquímetro. Para análiseestatística, foi utilizado o programa Statistic 7.0 com determinação daAnálise de variância (Anova) a 5% de probabilidade.

Resultados e discussãoNesse contexto, com o acervo de rizobactérias, que totaliza 90 bactériasnativas da caatinga isoladas do solo rizosférico, foi realizado o teste deprodução de EPS utilizando sacarose, bagaço de cana-de-açúcar e fibrade coco como fontes de carbono. Destes, 15 se destacaram quanto àcapacidade de sintetizar camada mucoide no período de 48 h. Dascondições testadas utilizando sacarose como fonte de carbono o isolado

M7.1 se destacou no ensaio 16 (pH 7,0 – temperatura 38,5 ºC – sacarose5.5%) apresentando o maior potencial dos isolados que foram significativosna produção de EPS com sacarose. A medida do diâmetro da camadamucoide foi de 3,65 centímetros. Foi realizada a derivação dos dadosgerando os pontos máximos na superfície de resposta e curva de contorno,permitindo assim estimar as condições ótimas para produção de EPS. Ospontos ótimos foram 7.4 de pH e 8.75% de sacarose . A temperatura nãoinfluenciou diretamente nos resultados para esse isolado. Utilizando a fibrade coco como única fonte de carbono o isolado T10.2 se destacousignificativamente comparado aos demais isolados. O diâmetro da camadamucoide ao redor do disco de papel filtro do isolado T10.2 foi de 3,35centímetros. Foi realizada a derivação dos dados gerando os pontosmáximos na superfície de resposta e curva de contorno, permitindo assimestimar as condições ótimas para produção de EPS em que, suaestimativa de máxima produção de EPS acontece com a temperaturaacima de 38 ºC com pH de 5.5 a 6.5 e 8.0 a 8.5 e com a porcentagem decarbono entre 3 e 5%. Com a utilização do bagaço de cana-de-açúcar aestirpe que apresentou destaque significativo entre os demais foi o isoladoPH9.1 no ensaio 12 (pH 7.0 – temperatura 49 ºC – bagaço de cana 3%). Amedida do diâmetro da camada mocoide apresentou 3,03 centímetros. Omodelo de superfície de resposta e curva de contorno é máximo quando oresíduo for 1% com pH 5.5 a 6.0 e 5% de resíduo com pH 8.0 a 8.5.

ConclusõesRizobactérias nativas da caatinga têm a capacidade de produzir EPSutilizando fontes de carbono alternativas e as alterações nas condições decultivo influenciam o rendimento da produção de EPS. Os isoladosprodutores de EPSs com os resíduos apontam ganhos promissores paraindústria e meio ambiente.

AgradecimentosÀFAPESB pela concessão da bolsa; a UNEB pela infraestrutura e aoCNPq pelo financiamento de parte do projeto através da ChamadaUniversal CNPq 01/2016 do processo 409309/2016-8.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:BARBOSA, ANELI M.; CUNHA, PAULO D. T. DA. PIGATTO, MARIANE M.; SILVA,MARIA DE LOURDES CORRADI DA. Produção e Aplicações deExopolissacarídeos Fúngicos Production and Applications of FungalExopolysaccharides. 29 Semina: Ciências Exatas e Tecnológicas, Londrina, v. 25,n. 1, p. 29-42, jan./jun. 2004.GUIMARÃES DP, COSTA F, RODRIGUES MJ, MAUGERI F. 1999.Optimization ofdextran syntesis and acidic hydrolisis by surface response analysis. Braz. J.Chem. Eng. 16:129-139.PAULO EM, VASCONCELOS MP, OLIVEIRA IS, AFFE HMJ, NASCIMENTO R,MELO IS, ROQUE MRA, ASSIS SA (2012)An alternative method for screeninglactic acid bacteria for the production of exopolysaccharides with rapidconfirmation.Ciênc. Tecnol. Aliment. 32:710-714.REHM, B. H. A.,Bacterial biopolymers: biosynthesis, modifications andapplications.Nature Rev Microbiol 2010;8:578 592.RODRIGUES, M. I., IEMMA, F.A.,Noções sobre experimentos fatoriais;Comparação do uso das metodologias; Estratégia experimental para fatoriaisfracionados e delineamento composto central rotacional (DCCR). In:Planejamento de Experimentos e Otimização de Processos, v. 1, capítulo 3, 4,5, Campinas, SP, 2 ed., Editora Cárita, 2009.SCHMIDELL, W., LIMA, U.A., AQUARONE, E., BORZANI, W.BiotecnologiaIndustrial, Volume 2, Engenharia Bioquímica, 1aed., São Paulo, Ed. EdgardBlücher Ltda., 2001, 541 p.SINGH nee’ NIGAM, P., PANDEY, A. (Editors),Biotechnology for Agro-IndustrialResidues Utilization, Springer Science+ Business Media, 2009.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DA COMUNIDADE BACTERIANA DA FILOSFERA DE

PLANTAS ENDÊMICAS DA CAATINGAEdilania Pereira Da Silva, [email protected], Adailson Feitoza De J Santos, [email protected]

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, JuazeiroEngenharia De Bioprocessos E Biotecnologia

Palavras-Chave: Pigmentos; EPS; antimicrobiano

IntroduçãoDiversos setores industriais como indústria têxtil, indústria farmacêutica,agricultura entre outros utilizam insumos químicos sintéticos na elaboraçãode seus produtos. Hoje, estas indústrias apresentam demandas na buscapor alternativas naturais a estes insumos químicos sintéticos. Umapossibilidade apresentada para atender estas demandas tem sido autilização de micro-organismos. O objetivo deste trabalho foi isolar micro-organismos da filosfera de plantas nativas da caatinga para avaliar opotencial biotecnológico a partir da produção de Exopolissacarídeos,Ácido-indolacético, atividade antimicrobiana e produção de pigmentos.

MetodologiaPara isso foram isoladas bactérias de três plantas nativas da caatinga,duas cactáceas Mandacaru (Cereus jamacaru), Xique-Xique (Pilosocereusgounellei) e uma bromeliácea, Macambira (Bromelia laciniosa). Asbactérias foram isoladas em meio TSA e a seleção foi realizada atravésdas colônias morfologicamente distintas. Foram selecionadas 39 bactériasas quais foram submetidas a testes de produção de exopolissacarídeos(EPS), ácido-indolacético (AIA), pigmentação e atividade antimicrobianacontra patógenos de humanos.

Resultados e discussãoPara produção de exopolissacarídeo figura 1-A os isolados do mandacaru(MD) e xique-xique (XX) tiveram resultados mais satisfatórios, com 83,3%e 54,5%, isolados positivos, respectivamente. Para os isolados damacambira (MC) apenas 6% foram capazes de produzir. Os isolados dastrês plantas apresentaram estirpes capazes de inibir os patógenostestados. Dos isolados da macambira 25% apresentaram atividadeantimicrobiana, e o patógeno mais susceptível aos isolados desta planta foio Staphylococcus aureus (25923). Vinte e cinco por cento (25%) dosisolados do mandacaru apresentaram potencial inibitório, e os patógenosmais susceptíveis ao grupo foram Staphylococcus aureus (33591) eStaphylococcus aureus (6538). Dos isolados do xique-xique 54,5%apresentaram atividade antimicrobiana, e os patógenos mais susceptíveisa o g r u p o f o r a m S t a p h y l o c o c c u s a u r e u s ( 6 5 3 8 ) eStaphylococcusepidermidis (12228), a figura 1-B mostra a inibição dospatógenos pela estirpe MD 3.2.A presença de pigmentos nas colônias foicaracterística marcante principalmente nos isolados da macambira, sendoque 50% das colônias isoladas desta planta apresentaram pigmentaçãovariando da coloração creme até tons alaranjados figura 1-D. Dos isoladosdo xique-xique 18% apresentaram pigmentação e do mandacaru nenhumisolado mostrou esta característica.

ConclusõesTodas as características apresentadas pelos isolados são de fundamentalimportância em diversos setores industriais. Na agricultura os compostosproduzidos por estes micro-organismos como os exopolissacarídeos eácido-indolacético conferem proteção e desenvolvimento às plantas. OsEPS atuam hidratando os tecidos e conferindo proteção contra osestresses ambientais, dessecação e déficit hídrico. O AIA é um hormônioessencial na agricultura, pois auxilia as plantas no desenvolvimento dasraízes e sua produção por estes micro-organismos apresentam alternativaaos sintéticos e podem ser comercializados em forma de bioinoculante. Ospigmentos produzidos por estes micro-organismos apresentam alternativaaos corantes sintéticos, que em sua maioria são caros e apresentamimpacto negativo ao meio ambiente. A atividade antimicrobianaapresentada pelos isolados representa grande potencial para novasformulações de antibióticos que são indispensáveis a saúde humana nocontexto atual de surgimento de bactérias multirresistentes. O uso destasbactérias pode apresentar redução de custos em diversos setoresindustriais, além de ser uma alternativa sustentável e que não agride omeio ambiente.

AgradecimentosA Fapesb pela concessão da bolsa; A UNEB pela infraestruturadisponibilizada e ao CNPq pela financiamento de parte do projeto atravésdaChamada:UniversalCNPq01/2016n° do processo: 409309/2016-8.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

PREDIÇÃO DA ESTRUTURA 3D DA PROTEÍNA MP-PRIA4 DO FUNGO MONILIOPHTHORA

PERNICIOSAPatricia Nascimento Dos Santos, [email protected], Acassia Benjamim Leal Pires,

[email protected] de Ciências da Vida, Campus I, Salvador

NutriçãoPalavras-Chave: Proteínas aegerolisinas; Modelagem computacional; Estrutura de Proteínas

IntroduçãoProteínas formadoras de poros nomeadas MpPlyA e MpPlyB, semelhantesà Pleurotolisinas A e B de Pleurotus ostreatus, um fungo comestível, foramidentificadas no fungo Moniliophthora perniciosa. Esse fungo é o agentecausador da doença conhecida como "Vassoura de Bruxa" que ocorre emcacaueiros. As pleurotolisinas possuem domínio característico da famíliaAegerolisina. A primeira Aegerolisina a ser isolada foi a Asp-hemolisina dofungo Aspergillus fumigatus, um componente letal e cardiotóxica emhumanos. A proteína OlyA de P. ostreatus e sua ortóloga Ply A de P.eryngii tem a capacidade de ligação à lipídeos de membranasesfingomielina e colesterol, o que desperta interesse biotecnológico. Alémdisso OlyA e PlyB OlyA se complexa com a PlyB, que possui o domínioMACPF (complexo de ataque à membrana/ Perforina), e juntas formam umporo de membrana, o que deve explicar a capacidade hemolítica dealgumas aegerolisinas. Algumas delas também apresentam atividadeinseticida. Sendo assim, surge a pergunta: as MpPlyAs de M. perniciosaapresentam conservação de estrutura com as aegerolisinas? Isso podesignificar conservação de função?Objetivo: Construir por meio de modelagem comparativa a estrutura daMpPlyA3 para possibilitar a compreensão de suas caracteristicasestruturais próprias e as que são características da família de proteínasAegerolisinas

MetodologiaA sequência primária da MpPlyA3 foi obtida na base de dados doUNIPROT e utilizada na realização da busca de sequências moldesatravés da ferramenta de alinhamento local BLASTP no Protein Data Bank.Depois foi feito o alinhamento múltiplo das sequências pelo Clustal Omega,seguido da geração dos modelos pelo programa Modeller 9.18. Dosmodelos gerados foram analisados a qualidade de energia através doDOPE score (Modeller 9.18), estereoquímica (gráfico de Ramanchandran)através do servidor PROCHECK, estrutural pelo Verify 3D e deenovelamento (folding) pelo Pymol 2.1.

Resultados e discussãoForam selecionadas como moldes as proteínas 4OEB (P. ostreatus) e5V3S (Alcaligenes faecalis). Em seguida gerados 100 modelos daMpPlyA3. A sequencia primária também foi analisada e verificada aposição das cisteínas e dos triptofanos que se relacionam com funçãohemolítica e ligações à membrana, respectivamente, em proteínas dessafamília.Observa-se que a estrutura da MpPlyA3 se sobrepõe bem à 4EOB (PlyAde P. ostreatus)(Figura 1). Com relação à sobreposição com 5V3S há umaregião de hélice que não está presente nem em 4EOB nem na MpPlyA3.Esta região transmembrana N-terminal da actinoporina proposta (5V3S)serve para sua ligação às membranas. Entretanto a 4OEB também seassocia na membrana, mesmo sem essa estrutura. (OTA, K et al, 2013). Odomínio aegerolisina está presente nas duas proteínas molde e naMpPlyA3. As proteínas com esse domínio formam a família Aegerolisina evêm sendo associada à mecanismos de proteção e defesa e como fator devirulência de diversas bactérias e fungos patogênicos (BUTALA, M et al,2017).Figura 1 . Representação da estrutura 3D dos moldes 4OEB (verde) e5V3S (ciano) e os melhores modelos 11 (magenta) e 31 (amarelo) geradopelo Modeller 9.18 (SALI; BLUNDELL et al., 1993).

Os resultados obtidos nesse trabalho possibilitam a análise comparativadas proteínas da família Aegerolisina identificadas em M. perniciosa entresi e com outros membros dessa família, bem como possibilita a inferênciasobre as funções que as mesmas podem exercer.

ConclusõesOs modelos 11 e 31 foram os mais adequados, apresentando boapontuação nos critérios utilizados. O domínio aegerolisina característicoestá conservado juntamente com a posição das cisteínas e triptofanos,indicando uma provável conservação de função para esta proteína. Aestrutura 3D da MpPlyA3 poderá auxiliar na comparação dessa proteínacom outras da mesma família e ajudar em outros estudo que tornarãopossível entender seu papel biológico do fungo bem como a sua utilizaçãopara fins biotecnológicos.

AgradecimentosAgradeço a Deus pela força espiritual e a sabedoria de cada dia.Agradeço a instituição Universidade do Estado da Bahia e a minhaorientadora Ácassia Pires pela oportunidade de vivenciar o mundo dapesquisa científica.Agradeço ao professor Samuel Pita e a Universidade Federal da Bahia portodos os apoios, ajudas e pela infraestrutura oferecida porque sem eles arealização do trabalho não seria concluída.

Bolsa: Voluntário

Referências:BUTALA, M., et al. Aegerolysins: Lipid-binding proteins with versatile functions ,Semin Cell Dev. Biol., p 142-151, May 2017.OTA, K., et al., Membrane cholesterol and sphingomyelin, and ostreolysin A areobligatory for pore-formation by a MACPF/CDC-like pore-forming protein,pleurotolysin B , Biochimie, 2013.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

PREDIÇÃO DA ESTRUTURA 3D DA PLEUROTOLISINA A1 DE MONILIOPHTHORA

PERNICIOSA (MPPLYA1)Ana Carolina Costa De Jesus, [email protected], Acassia Benjamim Leal Pires, [email protected]

Departamento de Ciências da Vida, Campus I, SalvadorMedicina - Bacharelado

Palavras-Chave: Aegerolisina; Hemolisina; Proteína formadora de poro; Modelagem computacional; Modeller

IntroduçãoAs proteínas do fungo Moniliophthora perniciosa MpPlyA e MpPlyB sãosemelhantes à PlyA e PlyB do fungo Pleurotus ostreatus(1), que estãoimplicadas na formação de poros em membranas biológicas (2,3). Aestrutura da proteína MpPlyB foi determinada por homologia(4) mas M.perniciosa possui 6 proteínas similares a PlyA que ainda não possuemmodelo estrutural, sendo que MpPlyA1 e MpPlyA2 foram expressas eapresentaram atividade hemolítica (5). O objetivo deste trabalho consistiuem obter um modelo 3D da MpPlyA1 utilizando a modelagem porhomologia.

MetodologiaA sequência primária da MpPlyA1 foi obtida na base de dados doUNIPROT e utilizada na realização da busca de sequências moldesatravés da ferramenta de alinhamento local BLASTP no Protein Data Bank.O alinhamento múltiplo das sequências foi realizado pelo Clustal Omega,seguido da construção dos modelos pelo programa Modeller 9.18. Osmodelos foram avaliados quanto à sua qualidade energética (DOPE,DOPE normalizado), quanto ao envovelamento pelo valor de GA341,estereoquímica (Gráfico de Ramachandran), através do servidorPROCHECK, estrutural pelo VERIFY3D, sendo a visualização destesmodelos feita através do Pymol v0.99.

Resultados e discussãoForam selecionados como moldes as proteínas 4OEB de P. ostreatus e5V3S da bactéria gram-negativa Alcaligenes faecalis (49 e 29% deidentidade, 92 e 70% de cobertura de alinhamento, 1.8 e 1.85 Â deresolução e 12 e 24% de gaps respectivamente).Há conservação deresíduos importantes para a estruturação de proteínas também presentesem outras proteínas da família Aegerolisina (Fig. 1).Figura 1.Alinhamento múltiplo gerado pelo servidor Clustal Omega(https://www.ebi.ac.uk/Tools/msa/clustalo/) indicando as regiões decorrespondência entre a sequência da MpPlyA1 (E2LE80) e os moldes(4OEB e 5V3S). As setas azuis e vermelhas indicam os resíduos detriptofano e cisteína conservados, respectivamente.

A conservação dascisteínas verificada na MpPlyA1 e a presença detriptofanos ou fenilalanina nas mesmas posições que ocorrem nas outrasaegerolisinas sugere que ela apresenta também a função hemolítica e deassociação à membrana, uma vez que esses resíduos parecem estarenvolvidos nessa função na PlyA de P. ostreatus (6).Foram gerados 50 modelos, dos quais o modelo 33 foi escolhido como omelhor, apresentando boa qualidade energética (DOPE normalizado = -1,24177 e GA341=1,0), estereoquimica (96,4% de resíduos em regiõesfavoráveis) e estrutural (86,14% de resíduos com estrutura 1D-3D).Uma

região que compreende 18 resíduos não pôde ser estruturada (Fig.2A).Uma folhaß é parcialmente estruturada apesar de correspondência com osmoldes(Fig. 2B e 2C).

Figura 2.Estrutura 3D do melhor modelo gerado em comparação aosmoldes. A. Melhor modelo predito para MpPlyA1 (magenta). B. Molde4OEB, aPleurotolisinaA (PlyA) deP. ostreatus(6) (ciano). C.Molde 5V3S,uma toxina da bactéria gram-negativaAlcaligenes faecalis(amarelo) (7).Note o destaque em laranjapara outras as regiões nos moldes que nãoforam estruturadas no modelo.

A qualidade do modelo gerado permite inferir que há uma conservação deestrutura do domínio aegerolisina na MpPlyA1. Esse domínio está presentena PlyA de P. ostreatus e em outras aegerolisinas. A região de 18 resíduosrepresentada na forma de uma alça no modelo não apresentousimilaridade com outras proteínas depositadas no PDB. É possível queessa região seja de fato uma alça e apresente maior probabilidade demutações.

ConclusõesA MpPlyA1 apresentou conservação estrutural elevada com as proteínasmoldes o que sugere que ela pode apresentar características semelhantesa essas proteínas como interação com elementos de membrana eformação de poros. Os dados obtidos abrem caminho para novaspesquisas que poderão esclarecer como a MpPlyA1 é utilizada pelo fungodurante o desenvolvimento de seus cogumelos e se a mesma serve comoproteína de defesa ou de patogenicidade.

AgradecimentosÀ UNEB e à UFBA pela infraestrutura e pela coorientação do Prof. Dr.Samuel Pita, da Faculdade de Farmácia.

Bolsa: PICIN

Referências:1.PIRES, A.B.L., et al. Early development of Moniliophthora perniciosabasidiomata and developmentally regulated genes. BMC Microbiology. v., 9, p.11-12. 2009.2. OTA, K., et al. Fungal MACPF-like proteins and aegerolysins: bi-componentpore-forming proteins? Subcell. Biochem. v.80. p. 271-291. 2014.3. TOMITA, T. et al. Pleurotolysin, a novel sphingomyelin-specific two-component cytolysin from the edible mushroom Pleurotus ostreatus,assembles into a transmembrane pore complex. J.Biol. Chem. 279. 2004.4. JESUS, A. C. C. et al. Determinação da estrutura 3D da Pleurotolisina B deMoniliophthora perniciosa (MpPlyB) por modelagem comparativa. In: XXIIjornada de iniciação científica, 2018, Salvador. Anais da XXII Jornada de IniciaçãoCientífica. Salvador: EDUNEB, 2018. v. 22. p. 1-582.5. PORTO, R. F., 2012. Caracterização das proteínas MpPRI1 e MpPRIA deMoniliophthora perniciosa. Dissertação. Universidade Estadual de Santa Cruz,UESC, Ilhéus, BA, Brasil.6.LUKOYANOVA, N. et al. Conformational Changes during Pore Formation bythe Perforin-Related Protein Pleurotolysin. PLoS Biol. v.,13. n.2. p. 3-6. 2015.7.YALPANI, N et al. An Alcaligenes strain emulates Bacillus thuringiensisproducing a binary protein that kills corn rootworm through a mechanismsimilar to Cry34Ab1/Cry35Ab1. Sci. Rep. 7, 3063. 2017.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

A FAMÍLIA PASSIFLORACEAE S.L JUSS. EX ROUSSEL NO MUNICÍPIO DE PAULO

AFONSO, BAHIA, BRASILMaria Alice Vieira Amancio, [email protected], Adilva De Souza Conceicao, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoLicenciatura Em Ciências Biológicas

Palavras-Chave: Semiárido; Florística; Caatinga; Diversidade

IntroduçãoPassifloraceae s.l. de acordo com a classificação do APG (2003; 2009;2016), inclui Turneraceae e Malesherbiaceae, incluindo 27 gêneros e ca.de 935 espécies (BORGES 2016), circunscrita na ordem Malpighiales, comTurneraceae sendo reconhecida como um clado de Passifloraceae s.l. NoBrasil ocorrem seis gêneros e ca. de 700 espécies de Passifloraceae s.l,sendo quatro gêneros (Ancisthrothyrsus Harms, Dilkea Mast., MitostemmaMast. e Passiflora L.) para Passifloraceae s.s. e, dois gêneros (PiriquetaAubl. e Turnera L.) para Turneraceae (NUNES 2006; ARBO 2015; ROCHAet al. 2014). No estado da Bahia foram catalogadas 23 espécies dePiriqueta, 40 de Turnera (ROCHA & RAPINI 2016) e, 23 espécies paraPassiflora (BERNACCI et al. 2015). Diante da importância da família nobioma Caatinga, o presente trabalho teve como objetivo realizar olevantamento florístico das espécies ocorrentes no município de PauloAfonso, visando contribuir para o conhecimento da flora do município, bemcomo fornecer subsídios para estratégias de conservação e exploraçãosustentada das espécies, bem como contribuir na formação de recursoshumanos para o nordeste.

MetodologiaForam realizadas nove excursões para coleta do material botânico, ondeforam coletados materiais férteis com flores e/ou frutos. Todo o processode herborização foi realizado no herbário da Universidade do Estado daBahia UNEB-PA, Campus VIII (Paulo Afonso), seguindo a metodologia deFosberg & Sachet (1965) e Mori et al. (1989). As coletas foramdepositadas no herbário da Universidade do Estado da Bahia HUNEB, comduplicatas enviadas para os principais herbários do Estado da Bahia. Aidentificação do material botânico foi realizada através de consultas embibliografias especializadas, e seguida de análises do material emestereomicroscópio. As espécies estudadas foram inventariadas nosherbários ALCB, HRB, HUEFS e HUNEB. Para cada espécie foi realizadauma descrição morfológica completa, incluindo dados sobre fenologia edistribuição geográfica. Foi elaborada uma chave de identificação para asespécies da família Passifloraceae s.l. ocorrentes no município de PauloAfonso.

Resultados e discussãoNo município de Paulo Afonso, a família Passifloraceae s.l. estárepresentada pelos gêneros Passiflora, Piriqueta e Turnera, com aocorrência de quatro espécies: Passiflora foetida L., Passifloraluetzelburguii Harms, Piriqueta guianensis N.E.Br, e Turnera subulata Sm.Todas as espécies estão associadas à ambientes com solos arenosos combaixa retenção de água, em áreas abertas e degradadas, sendoconsequentemente menos exigentes e boas colonizadoras. As espéciesmais representativas na área foram Passiflora foetida e Turnera subulata,podendo ser facilmente encontradas em ambientes degradados.Passiflora foetida L. é amplamente distribuída na América do Sul,ocorrendo também em Porto Rico, Jamaica e nas pequenas Antilhas(KILLIP 1938). A espécie é bem distribuída no Brasil, ocupando todos ostipos vegetacionais, considerada uma espécie invasora de ambientesdegradados (NUNES & QUEIROZ 2006). Na área de estudo é umaespécie predominante. Passiflora luetzelburguii Harms é endêmica doNordeste do Brasil, sendo encontrada apenas nos estados da Bahia,Pernambuco e Piauí (NUNES & QUEIROZ 2006). Para Paulo Afonso, foiencontrada com flores na Estação Ecológica Raso da Catarina, sendomenos ocorrente que Passiflora foetida. Piriqueta guianensis N.E.Br

apresenta distribuição disjunta, sendo registrado na Guiana, na regiãoNorte (Roraima) e na maioria dos estados do Nordeste brasileiro (BFG2015). Na área de estudo foi encontrada na caatinga em solo arenoso, emáreas abertas, em beira de estrada. Turnera subulata Sm estárepresentada na maioria dos estados, exceto Acre e Roraima (no Norte) etodos da região Sul (ARBO 2015). Na área de estudo foi a espécie maisrepresentativa por ser uma espécie ruderal.

ConclusõesNo município de Paulo Afonso Passifloraceae s.l. representada por trêsgêneros (Passiflora, Piriqueta e Turnera) e quatro espécies: Passiflorafoetida L., Passiflora luetzelburguii Harms, Piriqueta guianensis N.E.Br, eTurnera subulata Sm. As espéceis mais representativas na área foram:Passiflora foetida e Turnera subulata, podendo ser facilmente encontradasem ambientes degradados, por se tratar de espécies ruderais.

AgradecimentosAo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPqProc. nº. 552589/2011-0), o apoio financeiro ao projeto e, pela concessãoda bolsa de iniciação científica. À orientadora Profª Adilva de SouzaConceição, aos colegas e colaboradores do grupo de pesquisa.

Bolsa: CNPq/PIBIC

Referências:APG II. The Angiosperm Phylogeny Group. An update of the angiosperm phylogenygroup classification for the orders and families of flowering plants: APG II. BotanicalJournal of the Linnean Society 141: 399-436, 2003.APG III. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the ordersand families of flowering plants: APG III. Botanical Journal of the Linnean Society161: 105-121, 2009.APG IV- Angiosperm Phylogeny Group. An update of the Angiosperm PhylogenyGroup classification for the orders and families of flowering plants: APG IV.Botanical Journal of the Linnean Society 181: 1-20, 2006.ARBO, M.M. Turnera confertiflora (Turneraceae), especie nueva del “cerrado” deTocantins (Brasil). Bonplandia 21: 23-26, 2015.BERNACCI, L.C.,Cervi, A.C.,Milward-de-Azevedo, M.A.,Nunes, T.S.,Imig,D.C.,Mezzonato, A.C. 2015.Passifloraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil.Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 17 Ago.2019, 2015.BFG - The Brazil Flora Group. Growing knowledge: an overview of seed plantdiversity in Brazil. Rodriguésia 66: 1085-1113, 2015.BORGES, K. F.Diversidade de Passifloraceae ss no Espírito Santo. Dissertação deMestrado. Universidade Federal do Espírito Santo, 2016.FOSBERG, F.R. & M.H. SACHET. Manual for tropical herbaria. Netherlands:Utrecht, 1965.KILLIP, E. P. The American species of Passiloraceae. Publications Field Museum ofNatural History, Botanical Series, Chicago, v. 19, n. 1-2, p. 1-613, 1938.MORI, S.A; SILVA, L.A.M.; LISBOA, G. & CORADIN, L. Manual de manejo doherbário fanerogâmico. 2a ed. Centro de Pesquisas do Cacau: Itabuna, Bahia,Brasil, 1989.NUNES, T. S.; QUEIROZ, L. P. Flora da Bahia: Passiloraceae. Sitientibus, SérieCiências Biológicas, Feira de Santana, v. 6, n. 3, p. 194-226, 2006.ROCHA, Lamarck et al. Piriquetacrenata, a new species of Turneraceae(Passifloraceae sl) from the Chapada Diamantina, Bahia, Brazil.Phytotaxa, v. 159,n. 2, p. 105-110, 2014.ROCHA, Lamarck; RAPINI, Alessandro. Flora da Bahia: Turneraceae.Sitientibussérie Ciências Biológicas, v. 15, p. 1-72, 2016.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

BANCO DE DADOS SOBRE A FLORA DA ECORREGIÃO RASO DA CATARINA (PARTE

SUL), BAHIA, BRASILJuthai Araujo Santos Teixeira, [email protected], Adilva De Souza Conceicao, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoLicenciatura Em Ciências Biológicas

Palavras-Chave: Caatinga; Florística; Biodiversidade; Semiárido

IntroduçãoBanco de dados é um conjunto de informações sistematizado e inter-relacionadas entre si para um determinado objetivo (HADDAD, 2001). Emcoleções biológicas o banco de dados é uma ferramenta essencial eindispensável, pois guardam e armazenam informações sobre abiodiversidade vegetal de maneira organizada (WALTERS, 1993;HEYWOOD, 2001). A Ecorregião Raso da Catarina é uma das oitoEcorregiões da Caatinga, com clima, geomorfologia e vegetaçãopeculiares. Na parte norte (PE), mais seca, a média é de 450 mm/ano e operíodo chuvoso ocorre de janeiro a abril. Nessa Ecorregião estãolocalizadas seis unidades de conservação(VELLOSO et al., 2002;MARQUES, 2007).Estudos demonstraram a grande diversidade deespécies vegetais pertencentes este ecossistema. Contudo, ainda existeuma enorme lacuna de estudos científicos, mais aprofundados em regiõessemiáridas, especialmente na porção baiana. Neste contexto, o presenteprojeto teve como objetivo ampliar o conhecimento sobre a diversidadevegetal nas principais áreas de Proteção Ambiental (APAs) dessaEcorregião, localizadas no estado da Bahia, através da montagem debanco de dados sobre da Flora da Ecorregião Raso da Catarina (parteSul), visando sistematizar informações para produção do conhecimentocientífico acerca do semiárido baiano e, para flora do estado da Bahia, eainda, contribuir conservação e preservação do bioma Caatinga, bemcomo para a formação de recursos humanos qualificados para atuar naregião semiárida da Bahia.

MetodologiaAs coletas do material botânico tiveram início em 2009. Para o período queabrangeu a bolsa de estudo foram realizadas nove excursões mensaispara coleta do material botânico. Todo o processo de herborização foirealizado no herbário da Universidade do Estado da Bahia (UNEB),Campus VIII (Paulo Afonso), seguindo a metodologia de Fosberg & Sachet1965 e Mori et al., 1989.As coletas foram depositadas no herbário daUniversidade do Estado da Bahia HUNEB (Coleção Paulo Afonso), comduplicatas enviadas aos principais herbários do estado da Bahia.Aidentificação do material botânico foi realizada através de consultas embibliografias especializadas e com colaboração de taxonomistasespecialistas, seguida de análises do material em estereomicroscópio.Amontagem do banco de dados foi realizada através decadastro no bancode dados ACCESS [Queiroz 1998] para coleções botânicas. Em seguidaos dados foram tabulados em planilhas de famílias, gêneros e espécies.

Resultados e discussãoO Banco de Dados sobre a flora da Ecorregião Raso da Catarina foimontado no software ACCESS [Queiroz 1998] para coleções botânicas,onde foram cadastrados os seguintes dados: coletor, número de coletor,data de coleta, numero de duplicatas coletadas, país, estado, município,coordenadas geográficas, dados sobre o solo e a vegetação, família,gênero, espécie, autor da espécie e a descrição das característicasmorfológicas (habito, flor, inflorescência, fruto e semente) e ecológicas dasplantas.Foram registradas para a área 120 famílias, cerca de 485 gêneros e 1.385espécies. As famílias vegetais mais representativas foram as seguintes:Leguminosae (29%); Asteraceae (18%); Euphorbiaceae (15%); Rubiaceae(13%); Bignoniaceae (12%); Malvaceae (10%); Boraginaceae (9%);Apocynaceae (6%); Malpighiaceae (5%), Convolvulaceae (4%) eAnacardiaceae (3%). As famílias vegetais menos representativas foram:

Verbenaceae (2%); Myrtaceae (1,8%); Sapindaceae (1,6%) e Cactaceae(1%).

Na Ecorregião dentre as espécies mais representativas podemoscitar:Anadenanthera colubrina(Vell) Brenan (Angico);AnemopaegmaleaveDC.;Aspidosperma pyrifoliumMart. (Pereiro ou Pau pereiro);CapparisycoMart. (Iço-branco);Cardiospermum corindumL.;Cereus jamacaruDC.(Mandacaru);Chorisia glaziovii(Kuntze) E.Santos (Barriguda);Commiphoraleptophloes(Mart.) J.B.Gillett (Umburana);Croton heliotropiifoliusH. B.& K.(Velame) eJatropha mutabilisBaill. (Pinhão roxo).

Dentre as espécies catalogadas pelos especialistas foi registrada umanova espécie Mansoa paganuccii M.M.Silva (Bignoniaceae) para caatinga.Na Ecorregião foram catalogadas várias espécies com potencial melífero,a exemplo de Anadenanthera colubrina (Vell) Brenan; Aspidospermapyrifolium Mart.; Caesalpinia pyramidalis Tul.; Chamaecrista brevicalyx(Benth.) H.S.Irwin & Barneby var. brevicalyx; Croton campestris St.Hil.;Jatropha mutabilis Baill; Heliotropium angiospermum Murray; Herissantiacrispa (L.) Fryxell; Melochia tomentosa L.; Waltheria indica L.; Sennamacranthera (Collad.) H.S.Irwin & Barneby; Spondias tuberosa Arruda;Ziziphus joazeiro Mart.

ConclusõesNo Banco de Dados da flora da Ecorregião, a representatividade dasfamílias, gêneros e espécies, coincidem com os dados do levantamentoflorístico da região, uma vez que a coleção botânica está informatizada,com as informações alimentadas semanalmente. A representatividade dosgrupos está diretamente associada com o esforço de coleta Xdesenvolvimento e conclusão de monografias de grupos. As famíliasvegetais mais representativas foram as seguintes: Leguminosae (29%);Asteraceae (18%); Euphorbiaceae (15%); Rubiaceae (13%); Bignoniaceae(12%) e Malvaceae (10%).A área de estudo apresentou grande diversidade de grupos, evidenciadacom catalogação de uma nova espécie para ciência: Mansoa paganucciiM.M.Silva (Bignoniaceae) As espécies mais frequentes na área foram:Commiphora leptophloes; Jatropha mutabilis; Poincianella pyramidalis;Senna rizzinii; Spondias tuberosa; Syagrus coronata e Ziziphus joazeiro.

AgradecimentosAo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPqProc. nº. 552589/2011-0), o apoio financeiro ao projeto e, pela concessãoda bolsa de iniciação científica. À orientadora Profª Adilva de SouzaConceição, aos colegas e colaboradores do grupo de pesquisa.

Bolsa: CNPq/PIBIC/AF

Referências:FOSBERG, F. R.; SACHET, M. H. Manual for tropical herbaria. Netherlands:Utrecht. 1965. p. 132.HADDAD, R. Access 2000 & VBA - Soluções e Aplicações. São Paulo: Érica,2001. p. 379.HEYWOOD, V.H. Floristics and monography – an uncertain future? Taxon 50: 361-380, 2001.MARQUES, Juracy (org.). As caatingas: Debates sobre a Ecorregião do Raso daCatarina. Paulo Afonso: Fonte Viva, 2007.MORI, S. A.; SILVA, L. A. M.; LISBOA, G.; CORADIN, L. Manual de manejo doherbário fanerogâmico. 2 ed. Itabuna: Centro de Pesquisas do Cacau, 1989. p.104.VELLOSO, A. L.; SAMPAIO, E. V. S. B.; PAREYN, F. G. C. Ecorregiõespropostas para o bioma Caatinga. Recife: Associação Plantas do Nordeste,2002.p.80.WALTERS, S.M. Herbaria in the 21st century: Why should they survive? Webbia48: 673-387, 1993.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ASPECTOS DA FLORAÇÃO E VISITANTES FLORAIS DE CHAMAECRISTA FLEXUOSA (L)

GREENE (LEGUMINOSAE) EM UM FRAGMENTO DE MATA OMBRÓFILA DENSA NOMUNICÍPIO DE ALAGOINHAS, BAHIA, BRASIL

Ana Caroliny Lima Oliveira, [email protected], Alexa Araujo De Oliveira Paes Coelho, [email protected] de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, Alagoinhas

Ciências BiológicasPalavras-Chave: Chamaecrista flexuosa; Biologia floral; Fenologia

IntroduçãoLeguminosae (Juss) é considerada entre as Angiospermas a terceira maiorfamília e possui cerca de 727 gêneros e 19.325 espécies. No Brasil,encontram-se aproximadamente 2.100 espécies nativas agrupadas em 188gêneros e distribuídas em quase todas as formações vegetacionais,apresentando uma grande diversidade morfológica. A espécieChamaecrista flexuosa (L) Greene pertence à família Leguminosae e é umsubarbusto com aproximadamente 50 cm de altura, possui floreszigomorfas, solitárias, amarelas com 5 pétalas obovadas e corola côncava,apresentam 10 estames de filetes curtos e anteras longas, que assimcomo as pétalas, possuem coloração amarela. A biologia floral e afenologia contribuem para o entendimento do crescimento, regeneração ereprodução das plantas, bem como, para interação das mesmas com omeio ambiente e com os animais.Deste modo, o presente estudo teve como objetivo a obtenção deinformações referentes à biologia floral e fenologia da espécieChamaecrista flexuosa (L) Greene, ocorrente em uma área de MataOmbrófila Densa, localizada no município de Alagoinhas, Bahia, a fim deobservar aspectos da sua floração e seus visitantes florais.

MetodologiaA área de estudo está situada em um fragmento de Mata Ombrófila DensaUNEB/EBDA, Alagoinhas, Ba. Foi feito um levantamento bibliográficoacerca do tema e da espécie em estudo. Foram selecionados 10indivíduos da espécie Chamaecrista flexuosa (L) Greene para registro dasfenofases reprodutivas de formação de botões florais e flores abertas. Osincronismo e intensidade dos eventos fenológicos foram mensurados,assim como a estratégia de floração, entre os meses de Agosto/2018 eJulho/2019. Fatores abióticos (precipitação, umidade, temperatura efotoperíodo) foram analisados juntamente com as fenofases, através docoeficiente de Spearman (rs). Foram realizadas idas ao campo a fim deregistrar os visitantes florais, horário de antese, senescência e intensidadede botões florais e flores abertas. Para o teste de receptividade do estigmafoi utilizado peróxido de hidrogênio em flores durante a antese, e para oteste de viabilidade polínica foi utilizado carmim acético 1% em anterasainda fechadas de flores em antese, as reações foram analisadas em lupa.

Resultados e discussãoA partir da análise dos dados obtidos foi possível constatar que a espéciefloresce durante todo o período de estudo, mostrando estratégia defloração do tipo steady-state. A espécie apresentou antese e senescênciamatutina, respectivamente, 4:20h e 10h. Suas fases vegetativas nãoapresentaram relação com os fatores abióticos. A planta em estudo foivisitada por abelhas, pertencentes aos gêneros Xylocopa, Trigona eEuglossini.Figura 1:Morfologia geral deChamaecrista flexuosae gráficos de atividadee intensidade.

ConclusõesChamaecrista flexuosa apresentou flores e botões de forma contínuadurante o estudo. Quanto à estratégia de floração, a espécie representa otipo steady state. O mês de maior intensidade de flores foi Setembro, e ode menor intensidade Fevereiro.A antese da flor tem duração de aproximadamente 5:40h, abrindo-se às4:20h e fechando por volta das 10h. Em trabalhos taxonômicos, foipossível perceber que a espécie não possui nectário floral e sim extrafloral.Foi possível perceber que o estigma está receptivo durante toda a antese eo grão de pólen é viável para germinação.A flor da espécie é visitada, na maioria das vezes, por abelhas e essavisita ocorre aproximadamente até às 8h.Foram vistas abelhas dos gêneros Trigona, Xylocopa e Euglossini, queapresentam interesse no pólen na flor.São poucos os trabalhos publicados relacionados à fenologia da espécieem estudo.

AgradecimentosÀUNEB, pela infraestrutura.As professoras Drª Alexa Paes e Drª Luciene Lima, pela oportunidade eorientação.ÀFAPESB, pela bolsa concedida.Aos amigos, Adelly, Brenda, Caio e Daiane, por todo suporte e companhiadurante o estudo.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:ALMEIDA, N. M. Biologia reprodutiva de espécies de Chamaecrista Moench.(Fabaceae – Caesalpinioideae) em uma área de restinga de Pernambuco.Recife, 2011.BENCKE, C.S.C. & MORELLATO, L.P.C. 2002. Comparação de dois métodosde avaliação da fenologia de plantas, sua interpretação e representação. RevistaBrasileira de Botânica 25(3): 269-275.IRWIN, Howard S.; BARNEBY, Rupert C. The american cassiinae: A SynopticalRevision of Leguminosae Tribe Cassieae subtribe Cassiinae in the NewWorld. 1 ed. New York: Editorial Board. 1-4 p. 1982

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ASPECTOS DA FLORAÇÃO E BIOLOGIA FLORAL DE ANANAS BRACTEATUS (LINDL.)SCHULT. & SCHULT.F. (BROMELIACEAE) EM UM FRAGMENTO DE MATA OMBRÓFILA

DENSA, NO MUNICÍPIO DE ALAGOINHAS, BAHIA, BRASILAdelly Cardoso De Araujo Fagundes, [email protected], Alexa Araujo De Oliveira Paes Coelho,

[email protected] de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, Alagoinhas

Ciências BiológicasPalavras-Chave: Bromeliaceae; Biologia floral; Florística; Mata Atlântica

IntroduçãoO gênero Ananas Mill. é endêmico da América do Sul, sendo caracterizadopor plantas exclusivamente terrestres com uma coroa de brácteas no ápiceda inflorescência. No Brasil, o gênero está distribuído em todas as regiõese para o Estado da Bahia são referidas quatro espécies. A observação deaspectos da floração e reprodutivos permite a obtenção de dadosimportantes sobre o ciclo de vida do vegetal. Assim, o presente estudoobjetivou a obtenção de informações sobre o período de floração e osaspectos da biologia floral de Ananas bracteatus (Lindl.) Schult. & Schult.f.

MetodologiaForam marcados e observados 10 indivíduos durante um ano, paraestudos da fenologia e as análises da morfologia floral, horário da antese esenescência, recursos ofertados e os visitantes florais. Outros fatorestambém foram analisados, como o sincronismo, correlação com fatoresabióticos e padrão e estratégia de floração. Botões florais foram coletadospara estudo da arquitetura floral em laboratório.

Resultados e discussãoA abertura floral ocorre por volta das 5:00h da manhã, com a abertura daspétalas e posterior disposição dos recursos, cada flor possui duração deum dia. Enquanto que a senescência ocorre ao anoitecer, às 18:00h.Em relação a atividade formação de botões constatou-se variação depouco sincrônica a assincrônica. Já para a fenofase formadora da floraçãoapresentou variação de altamente sincrônica a assincrônica. Para arelação da intensidade da fenofase para a formação de botões floraisforam registradas taxas abaixo de 25%. Em relação a intensidade dafenofase vegetativa de floração foi obtida a taxa a maior taxa no mês deoutubro (25%). Na análise com fatores abióticos, foi aferido que não houvecorrelação significativa.Figura 01 – Índice de atividade e intensidade da fenofase de botões floraise índice de atividade e intensidade da fenofase de floração de Ananasbracteatus (Lind.) Schult. & Schult.f. Estudo realizado entre agosto de 2018a julho de 2019.

As flores em antese possuem comprimento de aprox. 3,3 cm e largura de1,4 cm, são sésseis, bissexuais, ofertam recursos para polinizadores e nãopossuem odores. As três sépalas apresentam uma forma oval, possuindouma visível carena na porção central da face adaxial. As três pétalaspossuem forma espatulada a subespatulada, livres, em antese são eretase o ápice se torna reflexo, cada pétala apresenta duas calosidades e umpar de apêndices petalíneos. As flores dispõem de seis estames, sendotrês antipétalos e três antisépalos. São três estigmas conduplicados,

espiralados, afusados, coloração esbranquiçada, margens em abanico.Ovários ínferos, trilocular, placentação axilar, os ovários estão aderidos edão origem ao fruto característico do tipo sincarpo. Logo abaixo doslóculos encontra-se um grande nectário septal.

Figura 02 – Partes florais: A – Estruturas masculinas (filete e antera) efemininas (estigmas e estiletes); B – Estames com destaque para aabertura longitudinal das anteras; C – Os três estigmas conduplicados daflor; D – Apêndices petalíneos e calosidades; E – Óvulos obtusos; F –Nectário septal.

ConclusõesAnanas bracteatus (Lind.) Schult. & Schult.f. possui período de floraçãoanual e bem marcado, com estratégia de floração do tipo cornucópia.A atividade da fenofase de botões variou entre pouco sincrônica e nenhumtipo de sincronia. Na intensidade, os meses de setembro e outubropossuem a maior expressão. A atividade da fenofase de floraçãoapresentou dois tipos de sincronia. Na intensidade, no mês de outubrotambém ocorreram as maiores taxas.A espécie possui três sépalas presas na base pela bráctea, três pétalasespatuladas, três estames antisépalos e três estames antipétalos, trêscarpelos, ovários com placentação axilar e óvulos obtusos, com apresença de um nectário interlocular.

AgradecimentosA Profa. Dra. Alexa Paes Coelho, por toda a confiança, paciência ededicação. Serei eternamente grato. A Profa. Dra. Luciene Lima, por todoauxílio ao longo da pesquisa. Ao HUNEB e as colegas de pesquisa. E aFAPESB pela bolsa concedida e por acreditar na ciência.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:FORZZA, R.C.; et al. Bromeliaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil.Jardim Botânico do Rio de Janeiro.2015.NEWSTROM, L.E; FRANKIE, G.W; BAKER, H.G. A new classification for plantphenology based on flowering patterns in lowland tropical rain forest trees atLa Selva, Costa Rica. Biotropica 26(2): p. 141-159. 1994.SAJO, M.G.; MACHADO, S.R. & CARMELLO-GUERREIRO, S.M. Aspectosestruturais de folhas de bromélias e suas implicações no agrupamento de espécies.p. 102-111. In: PEREIRA, M.V. (ed.).Bromélias da Mata Atlântica:Canistropsis.Rio de Janeiro, Salamandra Consultoria Editorial Ltda. 1998.SIQUEIRA-FILHO, J.A.; LEME, E.M.C. Fragmentos de Mata Atlântica doNordeste: Biodiversidade, conservação e suas bromélias. Andrea JakobssonEstúdio Editorial Ltda., Rio de Janeiro, 416 p. 2006.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

BIOLOGIA REPRODUTIVA E FLORAL DE MIMOSA QUADRIVALVIS VAR. LEPTOCARPA(DC.) BARNEBY EM UM FRAGMENTO DE MATA OMBRÓFILA DENSA NO MUNICÍPIO DE

ALAGOINHAS, BAHIA, BRASILBrenda De Souza Nascimento, [email protected], Alexa Araujo De Oliveira Paes Coelho,

[email protected] de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, Alagoinhas

Ciências BiológicasPalavras-Chave: Mimosidae; Polinização; Floração

IntroduçãoMimosa quadrivalvis var. leptocarpa (DC.) Barneby é caracterizada porpossuir hábito de erva prostrada, com ramos costados e aculeados, suasfolhas são bipinadas e inflorescência globosa, com flores pentâmeras ediplostêmones e estames róseos e fruto característico da espécie, sendodo tipo craspédio linear. No Brasil distribui-se do norte ao sul, geralmenteassociada a ambientes antropizados, embora também seja verificada emáreas de caatinga, cerrado e mata ciliar (BARNEBY 1991). Os sistemas depolinização abrangem todos os aspectos florais e sexuais das plantas, queafetam principalmente nas contribuições genéticas para as próximasgerações dos indivíduos pertencentes às espécies. Os vários tipos demétodos de reprodução podem ter diferentes implicações nos taxas deexocruzamento, nos mecanismos de polinização e no comportamento dospolinizadores (DAFNI, 1992), interferindo na manutenção da variaçãogenética de populações naturais (CRUDEN & HERMANN-PARKER, 1977).Desta forma, o objetivo deste trabalho foi analisar a biologia floral além deverificar e confirmar experimentalmente o sistema reprodutivo de Mimosaquadrivalvis var. leptocarpa (DC.) Barneby por meio de tratamentos depolinização em remanescente de Mata Atlântica submetida à açãoantrópica.

MetodologiaA área de estudo está situada em Fragmento de Mata Ombrófila Densa,UNEB/EBDA, Alagoinhas-BA. Para conhecer os principais visitantesflorais, foram realizadas visitas a campo, no período que os indivíduosapresentassem flores em antese, para as devidas observações, sempreque possível executando o registro fotográfico. Para o teste dareceptividade do estigma, utilizou-se peróxido de hidrogênio em floresdurante a antese nos turnos da manhã e da tarde, e posteriormente foramfeitas observações, com o auxílio de uma lupa, da ocorrência ou não deformação de bolhas. Para análise da biologia floral foram realizadas visitasa campo durante o período de floração da espécie para observação, ondeforam analisados o hábito e a morfologia da espécie, além do horário deantese e senescência floral. Para verificar a eficácia reprodutivaparalelamente a atuação dos polinizadores e às observações da antese(sensu Zapata & Arroyo 1978) foram selecionados 15 botões em pré-antese (inflorescência) totalizando 405 flores, para a obtenção de dadosreferentes à determinação do sistema reprodutivo. Para o estudo dosistema reprodutivo, foram realizados três diferentes tipos de tratamento:autopolinização espontânea, polinização cruzada manual e polinizaçãonatural (controle).

Resultados e discussãoAs frutificações obtidas em Mimosa quadrivalvis var. leptocarpa (DC.)Barneby por meio dos tratamentos de polinização demonstraram bonsresultados nas condições ambientais em que foi desenvolvido oexperimento. A maior taxa de frutificação da Mimosa quadrivalvis var.leptocarpa (DC.) Barneby ocorreu na polinização cruzada manual,apresentando uma taxa de frutificação de 33,75%, com 27 frutos geradosde 135 flores marcadas, enquanto na autopolinização espontânea houveuma taxa de frutificação de 28,35% com 21 frutos gerados de 135 floresmarcadas mostrando-se autocompatíveis (Gráfico 01). A antese ocorreu nohorário das 06h00min,e a senescência entre 17h30min a 18h00min. Noturno da manhã o estigma foi classificado como receptivo, assim como noturno da tarde. Em Mimosa quadrivalvis var. Leptocarpa (DC.) Barneby

foram vistos visitantes florais nos botões florais sendo identificados a nívelde ordem como Hemipteras e na inflorescência foi identificado a Trigonaspinipes(Fabricius, 1793).

Gráfico 01: Testes para verificação dos sistemas reprodutivos e formaçãode frutos em diferentes condições em flores de Mimosa quadrivalvis var.leptocarpa (DC.) Barneby em Alagoinhas,Bahia, Brasil.

ConclusõesA espécie Mimosa quadrivalvis var. leptocarpa (DC.) Barneby apresentaantese diurna.O estigma foi considerado receptivo tanto pela manhã quanto pela tarde.Em nível reprodutivo é caracterizada como intermediária por apresentartanto alogamia quanto autogamia.Constatou-se a presença de visitantes florais a nível de ordem: Hemipterae espécie: Trigona spinipes (Fabricius, 1793).

AgradecimentosÀUNEB pela infraestrutura disponibilizada.Ao PICIN pela bolsa concedida.À orientadora Profa. Dra. Alexa Coelho pela oportunidade e mediação.À Profa. Dra. Luciene Lima pela disponibilidade e orientações iniciais.Aos colegas do Herbário da UNEB pela união.

Bolsa: PICIN

Referências:BAWA, K.S., ASHTON, P.S. & SALLEH, M.N. 1990. Reproductive ecology oftropical forest plants: management issues.In Reproductive ecology of tropicalforest plants (K.S. Bawa& M. Hadley, eds.). Unesco, Paris, p.3-13.SOUZA, V. C.; Lorenzi, H.. Botânica sistemática: guia ilustrado paraidentificação das famílias de angiospermas da flora brasileira, baseado emAPG II. Nova Odessa: Instituto Plantarum, p 291-328,2007.BARANELLI, J. L.; COCUCCI, A. A.; ANTON, A. M. Reproductive biology inAcacia caven (Mol.) Mol. (Leguminosae) in the central region of Argentina.Bot. J. Linnean Soc., v. 119, n. 1, p. 65-76, 1995.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIMICROBIANO, CITOTÓXICO E ANTIOXIDANTE DE

EXTRATOS DA MACROALGA DO GENERO DICTYOPTERISAlexsandra De Jesus Correia, [email protected], Edson De Jesus Marques, [email protected]

Departamento de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, AlagoinhasCiências Biológicas

Palavras-Chave: amtimicrobiano; Dictyopteris

IntroduçãoA resistência aos antibióticos, o estresse oxidativo e o câncer sãopreocupações mundiais que têm direcionado os trabalhos científicos embusca de novos agentes químicos. Dentre os produtos naturais, asmacroalgas marinhas produzem uma diversidade de metabolitossecundários (CABRITA, ET AL., 2001), com propriedades antimicrobiana,antitumoral, antivírica, entre outras (RAJA, ET AL., 2013). O territóriobaiano com uma vasta extensão marítima possui uma enorme variedadede nichos ecológicos, proporcionando a existência de muitas espécies demacroalgas. Poucos são os relatos sobre o potencial biológico demacroalgas dessa região. Nesse sentido, o presente trabalho teve comoobjetivo avaliar o potencial antimicrobiano, citotóxico e antioxidante damacroalga Dictyopteris justii.

MetodologiaA coleta foi realizada na Ilha de Itaparica (Penha),novembro de 2018. Apósa coleta o material foi limpo, secoem estufa a 40 ºC e triturado. A extraçãofoi porpercolação em hexano, seguida do acetato de etila. Opotencialantimicrobiano foi avaliado pela metodologia dadifusão em disco, deacordo com a norma M2-A8 da NCLL.Os testes foram realizados emtriplicatas, aplicando-se 20 µlde extratos em discos de papel filtro (6,0 mm)a 200 mg/ml, f rente as cepas bacter ianas: Baci l lus subt i l is ,Staphylococusaureus, Escherichia coli, Peseudomonas aeruginosaeSalmonella choleraesuis. Para o antifúngico 10 µl (100mg/ml), com ascepas Aspergillus níger, Candida glabrata, eCandida albicans. A toxicidadedos extratos foi pelametodologia de Meyer et al., (1982) em náupliosdomicrocrustáceo Artemia salina. O potencial antioxidantepelametodologia, descrita por Brand-Williams e Berset(1995), com base nainativação de radicais DPPH. E, adeterminação de fenóis totais pelométodo de Folin-Ciocalteau, tendo como padrão o ácido gálico. Para teordeflavonoidesa metodologia de Park et al. (1998), usando como controlequercetina.

Resultados e discussãoOs extratos da alga Dictyopiteris justii obtido em acetato de etilaapresentou o melhor resultado, com halo de inibição de 9,67 mm, frente aomicrorganismo S. choleraesuis. Para o extrato em hexano halos de 8,33mm para S. choleraesuis e 7,33 mm, para a P. aeruginosa. Nos testesantifúngicos somente a C. albicans mostrou-se sensível aos extratos. Halode 10,88 mm para o extrato em acetato de etila e 7,44 mm para ohexânico.S. choleraesuis e P. aeruginosa são bactérias Gram-negativas.Esse tipo de bactéria apresenta maior resistência aos antibióticos. Nelas adifusão de componentes hidrofóbicos é limitada pela presença de umamembrana externa cobrindo a parede.Os extratos mostraram toxicidademuito baixa para os nauplios de Artemia salina, concentração inibitóriamínima = 900 µg/ml. A atividade antioxidante foi moderada (fig. 01), 25,6%e 24,8% par o extrato em acetato e hexano, respectivamente, naconcentração de 1,5 mg/ml.

Fig. 01. Atividade antioxidante pela captura do radical livre DPPH daDictyopteris justii.

Ao se comparar a atividade antioxidante com o conteúdo de fenóis,equivalente de ácido gálico (EAG) mg/g de extrato, observado para oextrato em hexâno (30 mg de EAG/g de extrato) e para o acetato (3,0mg/g); O conteúdo de flavonóides, equivalente de quercetina (EQ) mg/g deextrato, obtido para o hexano (195,0 mg/g) e para o acetato (41,0 mg/g),sugere a presença de constituintes não fenólicos, no extrato em acetato,exercendo atividade antioxidante. Considerando que o potencialantioxidante tem relação com a quantidade de fenóis totais (QUEIROZ etal.,2018) e os dados mostram proporções diferentes dos constituintes epercentual de atividade semelhante.A partir dos dados obtidos, conclui-seque os extratos possuem componentes com atividade antimicrobiana,antifúngica e antioxidante. Desta forma, os resultados sugerem anecessidade da continuidade dos estudos com os extratos daD. justii.

ConclusõesA partir dos dados obtidos, conclui-se que os extratos possuemcomponentes com atividade antimicrobiana, antifúngica e antioxidante.Desta forma, os resultados sugerem a necessidade da continuidade dosestudos com os extratos daD. justii.

AgradecimentosA Universidade do Estado da Bahia - UNEB – pela bolsa-PICIN; A todos osintegrantes do laboratório de BiologiaExperimental. Ao professor eorientador Edson Marques.

Bolsa: PICIN

Referências:BRAND-WILLIAMS, W.; CUVELIER, M. E.; BERSET, C. Use of free radical methodto evaluate antioxidant activity. Food Science and Technology-Lebensmittel-Wissenschaft & Technologie, London, v. 28, n. 1, p. 25-30, 1995

CABRITA, M. Teresa; Vale, Carlos e Rauter, A. Pilar. Halogenad Compoundsfrom Marine Algae, Mar. Drugs, v. 08(8),2001

NCCLS (Clinical and Laboratory Standards Institute) 2003.Performance standardsfor antimicrobial disk susceptibility tests: approved standard. NCCLSdocument M2-A8-Wayne, PennsylvaniaMEYER, B. N., FERRIGNI, N. R., PUTNAN, J. E., JACOBSEN, L. B., NICHOLS, D.E., Mcl. AUGHLIN, J. Brine shrimp: A convenient general bioassay for activeplant constituents.Journal of Medical Plant Research, v. 45, n.1, p. 31-34, 1982.

PARK, Y. K.; HIKEGAKI, M.; ABREU, J. A. S.; ALCICI, N. M. F. Estudo daprepBRAND-WILLIAMS, W.; CUVELIER, M. E.; BERSET, C. Food Science andTechnology-Lebensmittel-Wissenschaft & Technologie, London, v. 28, n. 1, p.25-30, 1995VIEIRA, P. M. Avaliação da composição química, dos compostos bioativos e daatividade antioxidante em seis espécies de flores comestíveis. 2013. 102 f. Tese(Doutorado em Cie^ncias Farmace^uticas), Universidade Estadual Paulista,Araraquara, 2013

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DAS ESPÉCIES HERBÁCEAS E SUBARBUSTIVAS EM

REMANESCENTE DE MATA ATLÂNTICA NO LITORAL NORTE DA BAHIAAran Gabriel Bastos Do Carmo, [email protected], Gracineide Selma Santos De Almeida,

[email protected] de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, Alagoinhas

Ciências BiológicasPalavras-Chave: Herbácea Subarbustiva

IntroduçãoO Brasil detém a maior parte de diversidade vegetal do planeta, por essefato é considerado um país de megadiversidade. Segundo Peixoto eAmorim (2003),o Brasil destaca-se no ranking mundial por abrigar cerca de14% da diversidade de plantas do mundo, para o território brasileiroestima-se em 45,3 mil a 49,5 mil o número de espécies de plantasdescritas.Uma forma de conhecer a biodiversidade vegetal é a través da realizaçãode levantamentos florísticos. Segundo Fuhroet al. (2005) através dessemétodo é possível estimar números de espécies, e a forma que essasespécies estão se relacionando nesse ecossistema. Assim, estudosenvolvendo o estrato herbáceo podem fornecer dados úteis para inferirsobre as condições ambientais e o estado de conservação decomunidades florestais(Muller e Waechter 2001)Este trabalho teve como objetivo identificar as espécies herbáceas esubarbustiva, do remanescente de Mata Atlântica inserido na FazendaPatioba, localizada a 23 km da sede do Município de Alagoinhas noTerritório de Identidade Agreste de Alagoinhas/ Litoral Norte da Bahia.

MetodologiaPara coleta de dados foram realizadas dez excursões ao campo,distribuídas entre Agosto 2018 a Junho 2019, onde todas as espécies emestágio fértil foram coletadas, herborizadas, identificadas e depositadas noacervo do Herbár io da Un ivers idade do es tado da Bah ia(HUNEB/Alagoinhas) .

Resultados e discussãoDurante esse trabalho de campo foram registradas 12 espécies,distribuídas em 5 famílias e 10 gêneros. Dentre as famílias amostradasPoaceae foi a mais representativa com 4 espécies que corresponde a33%, seguida de Rubiaceae com 3 espécies representando 25% daamostragem, Asteraceae e Malvaceae ambas apresentaram 2 espéciescada, o que equivale 17%, e Bromeliaceae apresentou apenas 1,correspondendo a 8% do total de espécies. Poaceae e Rubiaceae tambémforam as mais representativas no estrato herbáceo e subarbustivo noslevantamentos florísticos realizados em floresta no Brasil (PALMAS et al.2008; KOREZA et.al 2009 ).Tabela 01 -Listagem das espécimes encontradas no remanescente deMata Atlântica da Fazenda Patioba, Alagoinhas – Bahia .

Família/Espécie HábitoAsteraceaeBercht. &J.Presl

Lepidaploa cotoneaster H.Rob.Trichogoniopsis adenantha R.M.King &

H.Rob.

subarbustosubarbusto

BromeliaceaeA.Juss.Hohenbergia stellata Schult. & Schult.f. erva

MalvaceaeJuss.Sida cordifolia L.

Sida rhombifolia L.subarbustosubarbusto

Poaceae BarnhartParodiolyra micrantha (Kunth) Davidse &

ZuloagaRaddia brasiliensis R.P.Oliveira, L.G.Clark

JudzEustachy bahiensis (Steud.) Herter

Ichnanthus nemoralis (Schrad. ex Schult.)

ervaervaervaerva

Hitchc. & ChaseRubiaceaeJuss.

Richardia grandiflora (Cham. &Schltdl.)Steud.

Richardia brasiliensis GomesSpermacoce verticillataL.

ervaerva

subarbusto

O número reduzido de espécies para o estrato herbáceo/subarbustivopossibilita uma análise das condições de cobertura do remanescenteflorestal, demonstrando que o mesmo apresenta áreas em bom estado deconservação com manutenção do dossel e dos elementos típicos da MataAtlântica.

As espécies Raddia brasiliensis R.P.Oliveira, L.G.Clark Judz e Ichnanthusnemorali (Schrad. ex Schult.) Hitchc. & Chase, apresentando uma grandeárea de cobertura, ocupando desde as bordas das trilhas, até o interior doremanescente. Foi possível observar um baixo nível de endemismo entreas espécies coletadas, para o domínio fitogeográfico Mata Atlântica.

No levantamento florístico, sete espécies encontradas foram citadas comoruderais pois são encontradas em quase todos os tipos de vegetação. Aestrutura do estrato herbáceo apresentou composição distinta, podendo asinusia herbácea apresentar uma composição mais definida, comindivíduos entre 25 cm a 60 cm, já o subarbustivo com disposiçãoespaçada na área, apresentou espécies de 40cm a 80cm

ConclusõesO estudo envolvendo o estrato herbáceo e subarbustivos contribui parainformações sobre as condições ambientais da área, histórico deantropização por extração de madeira, além de fornecer subsídios parapossíveis projetos de recuperação de áreas degradadas.

AgradecimentosMinha orientadora Grace ,agradeço profundamente a confiança eorientação. Diogo Bezerra, um grande amigo e companheiro de coleta.UNEB pela infraestrutura. HUNEB/Alagoinhas fundamental na construçãodesse trabalho .

Bolsa: Voluntário

Referências:FUHRO, D.; VARGAS, D.; LAROCCA, J.Levantamento florístico das espéciesherbáceas, arbustivas e lianas da floresta de encosta da Ponta do Cego, ReservaBiológica do Lami (RBL), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. São Leopoldo:Instituto Anchietano de Pesquisas.Pesquisas BotânicasNº 56. p. 239-256,2005.KOZERA, C.; RODRIGUES, R.; DITTRICH, V.A.O. composição florística do sub-bosque de uma Floresta Ombróf i la Densa Montana, Morretes, PR,Brasil.Floresta39(2): 323–334, 2009.MÜLLER, S. C., WACHTER, J. L. Estrutura sinusial dos componentes herbáceo earbustivo de uma floresta costeira subtropical.Revista Brasileira de Botânica, SãoPaulo, v. 24, n. 4, p. 395-406, 2001PALMA, C. B.; INÁCIO, C. D.; JARENKOW, J. A. Florística e estrutura da sinúsiaherbácea terrícola de uma floresta estacional de encosta no Parque Estadual deItapuã, Viamão, Rio Grande do Sul, Brasil.Revista Brasileira de Biociências, 6 (3):151-158, 2008.PEIXOTO, A. L.; MORIM, M. P. Coleções botânicas: documentação dabiodiversidade brasileira.Ciência e Cultura, v. 55, n. 3, p. 21-24, 2003.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

COLETA, IDENTIFICAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE SEMENTES NATIVAS DE UMFRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA NO MUNICÍPIO DA ALAGOINHAS, BAHIA

Diogo Silva Bezerra, [email protected], Gracineide Selma Santos De Almeida, [email protected] de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, Alagoinhas

Ciências BiológicasPalavras-Chave: Banco de sementes; Biodiversidade; Mata Atlântica

IntroduçãoA Mata Atlântica da costa brasileira é um dos biomas mais ricos embiodiversidade, sendo considerado um dos cinco mais importanteshotspots de diversidade biológica(MYERS, 2000).Diante disso, métodosque visem a conservação e recuperação de áreas florestais são de sumaimportância para diminuir os efeitos negativos da degradação.Dos métodospara assegurar a conservação da biodiversidade vegetal, destacam-se osbancos de sementes ex situ,uma considerável estratégia e elemento pararesponder a condições no presente e no futuro de uma comunidadevegetal (COFFIN & LAUENROTH, 2006).Com base nisso, o objetivo desseestudo é coletar, identificar e conservar as sementes de espécies nativasencontradas no fragmento de Mata Atlântica da Fazenda Patioba,localizada no município de Alagoinhas – Ba, compondo assim um bancode sementes para a Instituição, abrangendo as mais variadas morfologiasde diásporos florestais.

Metodologia1. COLETA, HERBORIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃOAs coletas foram realizadas mensalmente, totalizando 10 excursões acampo em tri lhas preestabelecidas. Os frutos foram coletadospreferencialmente com um ramo fértil da planta, afim de facilitar noprocesso de identificação e compor a coleção de referência, incorporadaao Herbário da Universidade do Estado da Bahia (HUNEB). O materialcoletado foi herborizado conforme padrões usuais em botânica (FIDALGO& BONONI, 1984) e as identificações taxonômicas foram realizadasmediante análise do material, com consulta à bibliografia especializada.2. BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTOA metodologia abrangeu os processos de descascamento, debulha,despolpa, limpeza e secagem (SENA & GARIGLIO, 2008).Após asecagem, as sementes foram acondicionadas em frascos de vidrodevidamente etiquetados, com as informações de coleta e espécie, emsala com pouca incidência de luz e climatizada com temperatura à 17°C.

Resultados e discussãoAs etapas de coleta e beneficiamento foram realizadas conforme asmetodologias citadas e as espécies foram classificadas de acordo com oencontrado na bibliografia.As espécies coletadas foram listadas na tabela01 e Figura 01, e suas sementes foram armazenadas compondo o Bancode sementes da instituição.O banco de sementes contribuidireta esignificativamente para aulas de componentes curriculares comoSistemática, Organografia e Fisiologia Vegetal pois, documentam adiversidade de sementes de áreas florestais e as variações morfológicasentre os táxons.

Família EspécieAnnonaceaee Xylopia laevigata (Mart.) R.E.Fr.

Duguetia sp.Bixaceae Bixa orellana L.

Clusiaceae Garcinia brasiliensis Mart.Dilleniaceae Davilla ellipticaA.St.-Hil.

Fabaceae

Dioclea violacea Mart. ex BenthHymenaea courbaril L.

Stryphnodendron pulcherrimum (Willd)Hochr.

Moraceae Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burgeret al.

Nyctaginaceae Guapira opposita (Vell.) Reitz

Passifloraceae Passiflora cincinnata Mast.Rubiaceae Salzmannia nitidaDC.Solanaceae Solanum granuloso-leprosum Dunal

Sapindaceae Cupania racemosa(Vell.) Radlk..

Tabela 01– Dados de pesquisa.

Figura 01 – Dados da pesquisa. (1) X. laevigata. (2)Duguetia sp. (3) B.orellana. (4) G. brasiliensis. (5) D. elliptica. (6) D. violacea. (7) S.bonplandii. (8) G. opposita. (9) P. cincinnata. (10) S.nitida. (11) S.granuloso-leprosum.(12) C. racemosa.

ConclusõesLevando em consideração os resultados propostos, conclui-se que se faznecessário o acompanhamento fenológico das espécies coletadas, a fimde se obter a quantidade de sementes necessária para determinação doteor de umidade e posteriores testes de viabilidade. Além de aprimorarestruturalmente os laboratórios da instituição, proporcionando resultadosainda mais promissores nesta linha de pesquisa.

AgradecimentosMinha orientadora Grace, por toda ajuda e paciência. Aran Gabriel, pelaexcelente companhia e amizade pré, pós e durante projeto. UNEB, pelainfraestrutura. E a FAPESB pela concessão a bolsa.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:CONFFIN, P.D; LAUENROTH, K.W. 1989.Spatial and temporal variation in theseed bank of a semiarid grassland. Journal of Botany, v. 76, p. 53-58.FIDALGO, O.; BONONI, V.L. Técnicas de coleta, preservação e herborização dematerial botânico. São Paulo: Instituto de Botânica, 1984.MYERS, N.; MITTERMEIER, R.A.; MITTERMEIER, C.G.; FONSECA, G.A.B. &KENT, J. 2000. Biodiversityhotsposts for conservationpriorities. Nature 403: 845-853.SENA, C. M; GARIGLIO, M. A. Sementes florestais: Colheita, Beneficiamento eArmazenamento. Natal: MMA. Secretaria de Biodiversidade e Florestas.Departamento de Florestas. Programa Nacional de Florestas. Unidade de Apoio doPNF no Nordeste, 2008. 28p.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

LEVANTAMENTO FLORISTICO E TAXONÔMICO DA FAMILIA MYRTACEAE EM UM

REMANESCENTE DE MATA ATLÂNTICA DO LITORAL NORTE DA BAHIA, ALAGOINHAS,BAHIA, BRASIL

Nidnês Nascimento Leite, [email protected], Gracineide Selma Santos De Almeida, [email protected] de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, Alagoinhas

Ciências BiológicasPalavras-Chave: Levantamento florístico; Remanescente; Myrtaceae

IntroduçãoA famíliaMyrtaceae compreende cerca de 132 gêneros e 5.760 espécies(GOVAERTSet al.,2015),apresenta distribuição principalmente nohemisfério Sul, com dois principais centros de diversidade, América do Sule Austrália; pode ocorrer ainda na Ásia tropical, na África e Europa, emuma pequena representação (GOVAERTS et al., 2008).No Brasil, a família está representada por 23 gêneros sendo 4 endêmicose 1034 espécies,sendo 797 endêmicas (SOBRALet al. 2016), apresentaampla distribuição geográfica em diversos tipos vegetacionais, sendo maisfrequente em Floresta ombrófila, ombrófila mista, manguezal, restinga esavana, além de outras vegetações.A Mata Atlântica é uma das florestas mais ameaçadas do mundo,considerada um verdadeiro centro de biodiversidade, ocupa o territórionacional e se localiza ao longo da costa litorânea que vai do Rio Grande doNorte ao Rio Grande do Sul (GUEDES et al 2005).Segundo o Ministério doMeio Ambiente restam apenas 8,5% de remanescentes florestais de MataAtlântica (BRASIL, 2017).Este estudo teve como objetivo a realização do levantamento florístico etaxonômico da família Myrtaceae em um remanescente de Mata Atlânticado litoral norte, situado na cidade de Alagoinhas, Bahia, com a finalidadede contribuir com o conhecimento da diversidade da família na região,visando servir de subsídios para trabalhos posteriores, proporcionandoassim maiores informações sobre a diversidade da flora na área estudada.

MetodologiaA área de estudo é um remanescente de Mata Atlântica, denominadoRiacho do Mel, localizado no município de Alagoinhas- Ba. A referida áreaencontra-se em uma propriedade de domínio público situada entre osdistritos de Riacho do Mel e Buracica, sob o ponto médio 12°10’15.27”S e38°25’6.62”. As coletas foram realizadas mensalmente, no período desetembro de 2018 a julho de 2019. O material coletado foi herborizado eincorporado ao Herbário da Universidade do Estado da Bahia (HUNEB),localizado no Campus II, Alagoinhas.As identificações e descrições foram realizadas por meio de literaturaespecífica entre elas: Landrum e Kawasaki (1997) Hessel (2018), Sobral(2007);Gonçalves e Lorenzi (2011) e Souza et al. (2013) e Sobral (2015),Barroso (1991); comparação com a coleção do acervo do HUNEB, além deconsultas a base de dados do spcecielink. As chaves de identificaçãoforam realizadas a partir da morfologia vegetativa e reprodutiva dosespécimes coletados na área de estudo.

Resultados e discussãoPara o levantamento florístico da família Myrtacea no remanescente deMata Atlântica do Litoral Norte da Bahia, Alagoinhas, foram reconhecidas 3gêneros e 9 espécies. Sendo o gêneroMyrciaDC., o mais representativocom 5 espécies, seguido doPsidiumDC, com 3 espécies, além dogêneroEugeniaL, com apenas uma espécie.

As espécies coletadas e identificadas revelam a diversidade da família,comprovando que a mesma possui uma representatividade significativanos remanescentes de Mata Atlântica do Litoral Norte da Bahia. Das noveespécies encontradas cinco são citadas por Jesus, Almeida e Fonseca(2017) para outros remanescentes de Mata Atlântica do Litoral Norte daBahia, demonstrado uma certa similaridade floristica da família entre estasáreas de Mata Atlântica.

A espécie Myrcia amazonica DC., foi referido pela primeira vez para omunicípio de Alagoinhas, o que reforça a importância dos levantamentosflorísticos na Mata Atlântica.

ConclusõesOs dados desta pesquisa demonstram a importância da família nacomposição florística deste remanescente de Mata Atlântica. A espécieMyrcia amazonica DC., foi referido pela primeira vez para o município deAlagoinhas. Além de um Psidium sp., espécie ainda não determinada comforte indicio de ser um novo registro para o município. Com isso nota-se,que a família apresenta ampla diversificação no estado da Bahia,ocorrendo sempre como uma das famílias mais representativas nosestudos florísticos da Mata Atlântica. Fortalecendo então a necessidadedos estudos florísticos, para reconhecimento da flora dos fragmentos deMata Atlântica.

AgradecimentosAgradeço a FAPESB pelo concessão da bolsa;AProf.Dra. Gracineide S. Santos de Almeida, pela orientação, carinho ecomprometimento;Ao exercito brasileiro pela autorização de acesso áreapara a realizaçãodas coletas.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:GOVAERTS, R.; SOBRAL, M.; ASHTON, P.; BARRIE, F.; Holst, B.K.; Landrum,L.L.; Matsumoto, K.; Mazine, F.F.; Nic Lughadha, E.; Proença, C.; Soares-Silva,L.H.;World Checklist of Myrtaceae, v. 1.Kew, Royal Botanic Garden, 2005.Disponível em: &60;apps.kew.org/wcsp/myrtaceae&62; Acesso em 21 de jun. de2019.JUDD, W. S., CAMPBELL, C. S., KELLOGG, E. A., STEVENS, P. F. &DONOGHUE, M. J. 2009.Sistemática vegetal: um enfoque filogenético.3 ed.Porto Alegre: Artmed. 632 p.SOBRAL, M., PROENCA, C., SOUZA, M.et al. 2015. Myrtaceae. In:Lista deespécies da flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em &60;http:floradobrasil.jbrj.gov.br/&62; Acesso em 02 de maio de2019.LANDRUM, L.R.; KAWASAKI, M.L. 1997. The genera of Myrtaceae in Barzil: naillustrated synoptic treatment and identification keys. Brittonia, v. 49, n.4, p. 508-536.SOBRAL, M., PROENCA, C., SOUZA, M. et al. 2015. Myrtaceae. In: Lista deespécies da flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em :http:floradobrasil.jbrj.gov.br/&62; Acesso em 02 de maio de 2019

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

MORFOLOGIA POLÍNICA DE ESPÉCIES DA FAMÍLIA RUBIACEAE JUSS. OCORRENTES EM

FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA , ALAGOINHAS-BAMarisa Bispo De Queiroz, [email protected], Luciene Cristina Lima E Lima, [email protected]

Departamento de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, AlagoinhasCiências Biológicas

Palavras-Chave: Palinologia; Grãos de pólen; Palinoflora

IntroduçãoA família Rubiaceae é a quarta em números de espécies entre asAngiospermas, com dis t r ibu ição cosmopol i ta , apresentandoaproximadamente mais de 13.000 espécies e 650 gêneros (DELPRETE etal. 2012). No Brasil, possui cerca de 1.404 espécies distribuídas em 125gêneros, a Bahia apresenta cerca de 368 espécies, sendo o estado commaior número de espécies da família. Palinologicamente é consideradaeuripolínica, apresentando grãos de pólen pequenos a muito grandes, de 3a muitos colpos, 2-4 cólporos, 3-porados ou raramente poliporados e exinageralmente reticulada (ERDTMAN, 1952; SALGADO-LABORIAU, 1973).Levando em consideração a importância do conhecimento da florapolínica, o estudo teve o objetivo de descrever morfologicamente os grãosde pólen de espécies de Rubiaceae ocorrentes em um fragmento de MataAtlântica no município de Alagoinhas-BA, contribuindo através dos dadospalinológicos, com a taxonomia do grupo e para estudos de palinologiaaplicada.

MetodologiaO material polinífero foi obtido de botões florais de exsicatas depositadasno Herbário da UnO material polinífero foi obtido de botões florais deexsicatas depositadas no Herbário da Universidade do Estado da Bahia(HUNEB)-Coleção Alagoinhas. Os grãos de pólen foram preparadossegundo o método clássico de acetólise de Erdtman (1960). Após aacetólise, os grãos de pólen foram montados entre lâminas e lamínulascom gelatina glicerinada coradas com safranina e não coradas e seladascom parafina fundida. As observações foram feitas através de microscopiade luz, mensurados, fotomicrografados e descritos qualitativamente,considerando o tamanho, polaridade, forma, aberturas, ornamentação daexina, adotando-se como referência a nomenclatura palinológica propostapor Punt et al. (2007).

Resultados e discussãoFoi possível descrever morfologicamente os grãos de pólen de cincoespécies da família Rubiaceae:Chioccoca alba(L) HitchcGrãos de pólen em mônades, de pequenos a médios, isopolares, oblatos aoblatos esferoidais, âmbito triangular, 3-colporados, colpos longos,endoabertura lalongada, exina microrreticulada.Medidas: DP = 20,92±1,3 (19-23)µm; DE = 26,72±1,5 (21-29)µm; DEP =24,84±2,9 (20-31)µm; P/E = 0,78; IAP=0,20;Ex = 2,2µm.Guettarda viburnoidesCham & SchltdlGrãos de pólen em mônades, de pequenos a médios, suboblatos aesferoidais, âmbito circular, (2)-3- porados, poros com áspides, exinareticulada.Medidas: DP = 29,32±4,4(20-36)µm; DE = 32,16±4,7 (20-40)µm; DEP =33,44±4,1 (27-41)µm; P/E=0,91; IAP=0,61;Ex = 3,1µm.Psychotria hoffmannseggiana(Wild. ex Schult)Grãos de pólen mônades, médios, apolares, esferoidais, âmbito circular,inaperturado, exina microrreticulada.Medidas: DP= DE = 44,96±0,53 (40-50)µm; P/E = 1,0; Ex=3,6.Salzmannia nitidaDC.Grãos de pólen em mônades, pequenos, isopolares, prolatos esferoidais aprolato, âmbito subcircular, 3-colporados, colpos longos, endoaberturadifícil visualização, exina microrreticulada.Medidas: DP = 21,44±2,0 (17-24)µm; DE = 15,08±2,1 (12-21)µm; DEP =19,48±1,8 (15-22)µm; P/E = 1,44; IAP=0,26;Ex=3,2µm.

Tocoyena bullataMart.Grãos de pólen em mônades, médios a grandes, isopolares, suboblatos asubprolatos, âmbito circular, 3-(4) porados, poros com ânulos, exinareticulada heterobrocada, lúmens circulares.

Medidas: DP = 52,8±5,7 (42-65)µm; DE = 57,52±6,0 (45-66)µm; DEP =51,36±8,3 (34-63)µm; P/E=0,92; IAP=0,63;Ex=2,3µm.

Comentários:

Os resultados encontrados para as espécies Chioccoca alba e Tocoyenabullata mostraram similaridades na morfologia polínica com os registradospor Vieira et al. (2013) e Ybert et al. (2018), para as mesmas espécies. Aespécie Guettarda viburnoides descrita por Vieira et al. (2013) como tendoexina granulada, deferiu com os resultados obtidos nesse trabalho, porapresentar exina do tipo reticulada. Para Psychotria hoffmannseggiana osresultados apresentam semelhanças com outras espécies do mesmogênero estudado por Vieira et al. (2013) e Stanski et al (2017).

ConclusõesA partir dos resultados obtidos pode-se confirmar o caráter euripolínico dafamília Rubiaceae pela variação de características polínicas. Em nenhumdos trabalhos consultados foram encontrados descrição da morfologiapolínica das espécies Psychotria hoffmannseggiana e Salzmannia nitida.

AgradecimentosAo Conselho de Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq/PIBIC) pela concessão da bolsa, o apoio das colegas de laboratórioe a Prof. Dr. Luciene Cristina pela orientação, fundamental para minhaformação acadêmica.

Bolsa: CNPq/PIBIC/AF

Referências:DELPRETE, P.G & JARDIM, J.G. 2012. Systematics, taxonomy and florístics ofBrazilian Rubiaceae: na overview about the currrent status and future challenges.Rodriguésia 63: 101-128.ERDTMAN, G. 1960. The acetolysis method. A revised description. SvenskBotanisk Tidskrift, 39: 561-564.PUNT, W.; HOEN, P.P.; BLACKMORE, S; NILSON, S. & LE THOMAS, A.2007.Glossary of pollen and spore terminology. Review of Palaebotany andPalynology, 143: 1-81.Rubiaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio deJaneiro. Disponível em &60;http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB210&62;SALGADO-LABOURIAU, M.L. 1973. Contribuição a Palinologia dos Cerrados.Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Ciências.STANSKI, C. et al. 2017. Morfologia polínica de espécies de Rubiaceae doEstado do Paraná aplicada em estudos paleoecológicos. XVI CongressoAssociação Brasileira de Estudos do Quaternário.VIEIRA, G.R.M; PIRONE, I.O.; MENDONÇA, C.B.F. & ESTEVES, V.G. 2013.Morfologia polínica de espécies da família Rubiaceae Juss. Ocorrentes no Rio deJaneiro. Belo Horizonte, 64° Congresso Nacional de Botânica.YBERT, J.P.; CARVALHO, M.A.; YBERT, R.S. 2018. Grãos de pólen de plantasvasculares do Estado do Rio de Janeiro. v-IV. Rio de Janeiro: Museu Nacional.Séries livros digitais13, Rio de Janeiro. 2018.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ANÁLISE POLÍNICA DO MEL DE NANNOTRIGONA TESTACEICORNIS (LEPELETIER, 1836),

EM UMA ÁREA DE MATA ATLÂNTICA NO MUNICÍPIO DE ALAGOINHAS, BAHIAEvenny Yslei Conceicao Lima, [email protected], Luciene Cristina Lima E Lima, [email protected]

Departamento de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, AlagoinhasCiências Biológicas

Palavras-Chave: Palinologia; ; Abelhas sem ferrão; ; Flora apícola

IntroduçãoA polinização por abelhas nativas tem destaque em ecossistemas naturaise agrícolas, sendo responsáveis por 30% a 90% da polinização da floranativa (KERR, 1996). Nesse sentido, torna-se importante o conhecimentodas fontes de recursos tróficos utilizadas por estes meliponíneos, as quaispodem auxiliar na compreensão acerca das interações existentes entreplanta e polinizador e, ao mesmo tempo constitui um parâmetro útil nosestudos de preferência e competição por alimento em florestas tropicais(JOHNSON & HUBELL,1974; ROUBIK, 1980; MARQUES-SOUZA,1999).O presente trabalho se propôs a analisar o espectro polínico provenientedo mel deNannotrigona testaceicornis(Lepeletier, 1836) em uma área deMata Atlântica no município de Alagoinhas- Bahia.

MetodologiaA pesquisa foi conduzida em um fragmento de Mata Atlântica, nomeliponário localizado no Campus II da Universidade do Estado da Bahia –UNEB, no município de Alagoinhas - BA (12°08’08"S; 38°25’09"W). Asamostras de mel foram coletadas mensalmente, no período de maio/2013a março/2014, em três colônias de abelhas nativas N. testaceicornis,totalizando 10 amostras, com exceção dos meses de julho, setembro eoutubro/2014, pois se identificou pouca quantidade de recurso nascolmeias, impossibilitando a coleta, sendo determinado como prioridade amanutenção das colônias. As amostras foram processadas segundoLouveaux (1978) e Iwana; Melhem (1979) com acetólise de Erdtman(1960), e montagem de lâminas em gelatina glicerinada, nas quais os tipospolínicos encontrados foram fotomicrografados e identificados com oauxílio de catálogos polínicos e laminário de referência do Laboratório deestudos palinológicos (LAEP). Foram contados um mínimo de 1.000 grãosde pólen/amostra, a fim de determinar a classe de frequência segundoLouveaux et al. (1978) e a frequência de ocorrência foi estabelecida deacordo com Jones & Bryant Jr. (1996).

Resultados e discussãoA análise microscópica do mel produzido por Nannotrigona testaceicornisrevelou a presença de 34 tipos polínicos, sendo 30 relacionados a 16famílias botânicas e quatro tipos não determinados botanicamente. Destes,quatro tipos polínicos não foram evidenciados na análise quantitativa,sendo assim, podem ser consideradas fontes potenciais ou recursossecundários e com pouca atratividade, conforme afirmaramafirmaramRamalho et al. (1985) e Imperatriz-Fonseca et al. (1994). A família quecontribuiu com maior riqueza de tipos polínicos foi Fabaceae (cinco tipos),seguida por Anacardiaceae (quatro tipos) e Asteraceae (três tipos). Aanálise quantitativa realizada para 30 tipos polínicos revelou que a maioria(53,3%) registrou ocorrência de pouco frequente (16 tipos), indicando queembora apresentem hábito generalista, as abelhas eussociais concentrammaior atividade de forrageio em poucas fontes florais (RAMALHO et al.,2007). Destacou-se o tipo polínico Tapirira guianensis (Anacardiaceae),sendo o único classificado como pólen dominante (51,77% a 82,70%)ocorrendo nas amostras em todo o período amostral. Esse tipo polínico érelacionado à espécie vegetal Tapirira guianensis Aulb., que segundoafirma Fernandes et al. (2012) oferta néctar em alto volume, comconcentração também considerada atrativa para as abelhas, evidenciandoseu grande potencial melífero. Destacaram-se também os tipos polínicosAgeratum coyzoides (Asteraceae) e Cupania racemosa (Sapindaceae),classificados como pólen acessório nas amostras, com frequência deocorrência de Pouco Frequente e Muito Frequente respectivamente, que

juntamente com T. guianensis, se mostraram muito importantes nacomposição polínica das amostras. Vale ainda ressaltar que os tipospolínicos Alternanthera tenella (Amaranthaceae), com frequência deocorrência de 50% e Eucalyptus (Myrtaceae), com frequência deocorrência de 60%, foram enquadrados como pólen isolado ocasional.Sendo assim, do total de tipos polínicos registrados nas amostras de melao longo do período estudado, apenas dois contribuíram de formasignificativa para o espectro polínico: T. guianensis (Anacardiaceae), comfrequência média de 71,66% nas amostras analisadas; e Cupaniaracemosa (Sapindaceae), com frequência média de 12.03%.

ConclusõesOs principais tipos polínicos encontrados nas amostras de mel deNannotrigona testaceicornis foram Tapirira guianensis (Anacardiaceae) eCupania racemosa (Sapindaceae), constituindo-se em importantes fontestróficas na dieta desta espécie de abelha na região de Alagoinhas.

AgradecimentosÀUNEB pela disponibilidade de infraestrutura. À CNPq pela concessão dabolsa de iniciação científica, à cooperação de todos os colegas doLaboratório de Estudos Palinológicos (LAEP) do DCET Campus IIAlagoinhas, BA e à orientação recebida, fundamentais para odesenvolvimento do projeto.

Bolsa: CNPq/PIBIC/AF

Referências:FERNANDES, M. M.; VENTURIERI, G. C.; JARDIM, M. A. G. Biologia, visitantesflorais e potencial melífero de Tapirira guianensis (Anacardiaceae) naAmazônia Oriental. Rev. Cienc. Agrar, v. 55, n. 3, p. 167-175, 2012.IMPERATRIZ-FONSECA, V.L.; RAMALHO, M.; KLEINERT-GIOVANNINI, A.Abelhas sociais e flores: análise polínica como método de estudo, Pp. 17-30. In:PIRANI, J.R.; CORTOPASSI-LAURINO, M. (coord). Flores e Abelhas em SãoPaulo. São Paulo, Edusp/ Fapesb, 1994.IWAMA, S., & MELHEM, T. S. The pollen spectrum of the honey ofTetragonisca angustula angustula Latreille (Apidae, Meliponinae). Apidologie,10, 275–295, 1979.JOHNSON, L.K.; HUBBELL, S.P. Agression and competition among stinglessbees: Field studies.Ecology, 55:120-127, 1974.KERR, W.K.; CARVALHO, G. A.; NASCIMENTO, V.A. Abelha uruçu: biologia,manejo e conservação. Paracatu: Acangaú. (1996)LOUVEAUX, J.; MAURIZIO, A. & VORWOHL, G. 1978. Methods ofmelissopalynology. Bee World 59(4):139-157.MARQUES-SOUZA, A.C.Características de coleta de pólen de algunsmeliponíneos da Amazônia Central. Tese de Doutorado, Instituto Nacional dePesquisas da Amazônia, Manaus, Amazonas. 248p, 1999.RAMALHO, M.; IMPERATRIZ-FONSECA, V. L.; KLEINERT-GIOBANNINI, A.;CORTOPASSI-LAURINO, M. Exploitation of floral resources by Plebeia remotaHolberg (Apidae, Meliponinae). Apidologie, v. 16, p.307-330,1985.RAMALHO, M. Stingless bees and mass flowering trees in the canopy ofAtlantic Forest: a tight relationship. Acta Botanica Brasilica 18(1):37-47, 2004.RAMALHO, M; SILVA, M.D.; CARVALHO, C. A. L. Dinâmica de uso de fontes depólen por Melipona scutellaris Latreille (Hymenoptera, Apidae): uma análisecomparativa com Apis mellifera L. (Hymenoptera, Apidae), no domínioTropical Atlântico. Neotropical Entomology 36: 38-45, 2007.ROUBIK, D.W. Foraging behavior of competiting africanized honeybees andstingless bees.Ecology, 61:835-845, 1980.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

RECURSOS POLÍNICOS UTILIZADOS POR NANNOTRIGONA TESTACEICORNIS(LEPELETIER, 1836) EM UMA ÁREA DE MATA ATLÂNTICA NO MUNICÍPIO DE

ALAGOINHAS, BAHIATainara Da Silva De Jesus, [email protected], Luciene Cristina Lima E Lima, [email protected]

Departamento de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, AlagoinhasCiências Biológicas

Palavras-Chave: Pólen; Palinologia; Abelhas sem ferrão; Flora apícola

IntroduçãoDentre os principais grupos de polinizadores, destacam-se as abelhaseussociais da tribo Meliponini (Hymenoptera, Apidae) as quaisrepresentam cerca de 70% das abelhas em atividade nas flores da MataAtlântica (RAMALHO, 2004), constituindo um importante fator para amanutenção da biodiversidade (KEVAN, 1999). Nesse contexto, aPalinologia pode contribuir substancialmente para ampliar a compreensãodas relações tróficas e ecológicas entre plantas e abelhas, ao desvendar,por meio do espectro polínico, quais espécies vegetais proveem recursosflorais para esses insetos (BARTH, 2013; ROUBIK E MORENO, 2013).Considerou-se no presente estudo, portanto, a caracterização palinológicado pólen de abelhas nativas (Nannotrigona testaceicornis) ocorrentes emuma área de Mata Atlântica no município de Alagoinhas- Bahia.

MetodologiaAmostras de pólen foram coletadas mensalmente, no período de abril de2013 a março de 2014, em duas colônias de abelhas nativas(Nannotrigona testaceicornis), totalizando nove amostras, com exceçãodos meses de maio, novembro e dezembro de 2013. As amostras de pólenforam mantidas sob refrigeração até o processamento, o qual seguiu deacordo aos procedimentos de Novais; Absy (2013) e, de cada amostraforam preparadas cinco lâminas em gelatina glicerinada coradas comsafranina e não coradas, seladas com parafina fundida. Foi realizada, aprincípio, uma varredura completa das lâminas, com a finalidade dedeterminar todos os tipos polínicos presentes. Os grãos de pólen foramidentificados a partir das lâminas depositadas na palinoteca do Laboratóriode Estudos Palinológicos (LAEP - DCET II) e outros trabalhos polínicos.Em cada amostra foram contados um mínimo de 1.000 grãos de pólen,para determinar a frequência de cada tipo polínico na amostra eestabelecer a frequência de ocorrênciade acordo as classes (Jones eBryant Jr., 1996): Muito frequente (&62;50%); Frequente (20 a 50%);Pouco frequente (10 a 20%) e Raro (10%). Os tipos mais representativosforam registrados através de fotomicrografias.

Resultados e discussãoA análise microscópica da massa polínica coletada por Nannotrigonatestaceicornis revelou a presença de 33 tipos polínicos, sendo trêsindeterminados e os demais distribuídos em 18 famílias botânicas. Afamília que mais contribuiu com o número de tipos polínicos foi Fabaceae,com cinco tipos. Carvalho e Marchini (1999) registraram em seu estudoque a família Fabaceae, apresenta espécies com alto potencial polinífero,sendo muito procurada pelas abelhas para a coleta de pólen. Os tipospolínicos Froel ichia (Amaranthaceae), Chamaecrista nict i tans(Burseraceae), Jacquemontia (Convolvulaceae), Leucaena (Fabaceae),Citrus (Rutaceae), Trigonia nivea (Trigoniaceae) e o indeterminado III nãoforam evidenciados na análise quantitativa, fato que pode estarrelacionado provavelmente a uma contribuição secundária na dieta tróficadessas abelhas. A análise quantitativa realizada para 26 tipos polínicosrevelou que 15,6% registrou ocorrência de muito frequente (04 tipos),53,6% frequente (14 tipos) e 30,8% pouco frequente (08 tipos) ao longo doperíodo estudado. No entanto apenas dois tipos polínicos foramamplamente explorados, Tapirira guianensis (Anacardiaceae), comfrequência relativa variando entre 9,19% a 64,06% e Cupania racemosa(Sapindaceae), variando entre 3,47% a 54,07%, sendo utilizadas comofonte importante e também como fonte alternativa. Grãos de pólen do tipoTapirira guianensis foram encontrados em todo o período amostral, fato

que a torna fonte alimentar importante para a manutenção da colônia(OLIVEIRA et al., 1998).Vale ressaltar também os tipos polínicosAmaranthus viridis, Spondias tuberosa, Ageratum conyzoides, Synedrellanodiflora, Dioclea, Acacia, Psittacanthus, Myrcia e Piriqueta viscosa, osquais contribuíram significativamente na composição do espectro polínico,visto que tiveram frequência maior que 10% nas amostras (figura 1).

Figura 1- Tipos polínicos registrados nas amostras de pólen Nannotrigonatestaceicornis em uma área de Mata Atlântica no município de Alagoinhas,Bahia. Legenda: A – Tapirira guianensis (Anacardiaceae); B – Spondiastuberosa (Anacardiaceae); C – Amaranthus viridis (Amaranthaceae); D –Psittacanthus (Loranthaceae); E – Cupania racemosa (Sapindaceae) F –Ageratum conyzoides (Asteraceae). Escala = 10 µm.

ConclusõesOs principais tipos polínicos encontrados nas massas de pólen utilizadaspor N. testaceicornis foram Tapirira guianensis (Anacardiaceae) e Cupaniaracemosa (Sapindaceae), constituindo-se em importantes fontes de pólenna dieta desta espécie de abelha na região de Mata Atlântica emAlagoinhas.

AgradecimentosÀcooperação de todos os colegas do Laboratório de Estudos Palinológicos(LAEP) do DCET Campus II Alagoinhas, BA e a orientação recebidafundamental para o desenvolvimento do projeto. À FAPESB pela bolsaconcedida e à UNEB pela disponibilidade de infraestrutura.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:CARVALHO, C. A. L.; MARCHINI, L. C.; ROS, P. B. Fontes de pólen utilizadaspor Apis mellifera L. e algumas espécies de Trigonini (Apidae) em Piracicaba(SP). Campinas, Bragantia, v. 58, n. 1, p. 49-56, 1999.JONES, G.D.; BRYANT JR., V.M. Melissopalynology. In: JANSONIUS, J. &MCGREGOR, P.C. (eds.). Palynology: principles and applications. Salt LakeCity, American Association of Stratigraphic Palynologists Foudation. v. 3. 1996.KEVAN, P. G. Pollinators as bioindicators of the state of the environment: species,activity and diversity. Agriculture, Ecosystems and Environment, v. 74, p. 373-393,1999.NOVAIS J.S.; ABSY M.L. 2013. Palynological examination of the pollen pots ofnative stingless bees from the Lower Amazon region in Pará, Brazil.Palynology 37: 218–230.OLIVEIRA, F.P.M.; CARREIRA, L.M.M.; JARDIM, M.A.G. 1998. Caracterizaçãopolínica do mel deApis melliferaL. em área de floresta secundária nomunicípio de lgarapé-Açu -Pará. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi, Ser. Bot.,14(2):157-176.ROUBIK D.W. & MORENO P. J.E. 2013: How to be a bee-botanist using pollenspectra. In Vit P., Pedro S.R.M. & Roubik D. (eds): Pot-Honey: A Legacy ofStingless Bees. Springer, New York, NY, pp. 295–314.RAMALHO, M.Stingless bees and mass flowering trees in the canopy ofAtlantic Forest: a tight relationship. Acta bot. Bras. v. 18, n. 1, 2004.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

REPRODUÇÃO DE PLANTAS FRUTÍFERAS NATIVAS DO CERRADO BAIANO

Arlindo Matheus Santiago De Brito, [email protected], Sandra Eliza Guimaraes, [email protected] de Ciências Humanas, Campus IX, Barreiras

Licenciatura Em Ciências BiológicasPalavras-Chave: cerrado; cultivo in vitro; cultura de tecidos

IntroduçãoO cerrado é rico em variedades de plantas frutíferas, no entanto, avegetação frutífera do bioma é de difícil propagação, por suaheterogeneidade e/ou dormência nas sementes de algumas espécies.Com avanço de pesquisas em áreas da biotecnologia, é possível facilitar epropagar essas espécies de maneira segura. Submetendo o tecido vegetala um meio de cultura é possível facilitar a propagação, para isso énecessário um ambiente totalmente asséptico.

MetodologiaAs coletas dos espécimes de Pequi (Caryocar brasiliense) foramrealizadas na comunidade do Val da Boa Esperança, a 38 Km domunicípio de Barreiras, localizada em -12.21391° N -45.22.045° E, acomunidade tem altos índices de preservação da flora nativa, mas oagronegócio ainda indiretamente influência a disseminação dessasplantas. Os espécimes foram coletados entre os meses de janeiro efevereiro, referente a sazonalidade das plantas do Cerrado. Após a coletao material foi armazenado como descrito por Barruento (2014). Depois osrecipientes foram devidamente autoclavados e esterilizados, e submetidosà 15 mL de meio basal Murashige & Skoog (MS).

Resultados e discussãoSegundo as metodologias estudadas o meio de cultura esterilizado permiteaos espécimes se desenvolvam, o nível de conhecimento sobre essatécnica em nativas do cerrado é incipiente, e restrita a um pequeno númerode plantas (Moraes et al., 2007). Mesmo sendo esterilizados eacomodados em u ambiente controlado, parte dos meios de cultura foramcontaminados e criaram colônias de fungo. A fase de estabelecimento dosespécimes em meio de cultura é uma etapa difícil na micropropagaçãovegetal (BRONDANI, HANSEL, et al., 2010) a menor exposição de um dosmeios ao ambiente pode causar uma intensa contaminação.

ConclusõesA cultura de tecidos é uma forma rápida de estabelecer grandesquantidades de espécimes vegetais e pode ser a solução para espéciesque estão em processo de extinção, mas para isso é necessário temposuficiente para a coleta e desenvolvimento das espécies vegetais, paraque não ocorram contaminações, é necessário um investimento maior deáreas como das Ciências Biológicas e Ciências agrárias para identificarpossíveis soluções para o processo da cultura de tecidos.

AgradecimentosAgradeço a professora Orientadora Sandra Eliza Guimarães quepossibilitou a construção deste trabalho.Agradeço a UNEB por iniciativas que criam maior contato da Acadêmicocom a Ciência.

Bolsa: Voluntário

Referências:BARRUENTO, Pedro.Cultivo in vitro de Plantas. 3° edição. São Paulo: Embrapa,2014BRONDANI, G. E. et al. Desinfestação e meio de cultura para oestabelecimento in vitro de segmentos nodais de Liquidambarstyraciflua.FLORESTA, Curitiba, v. 40, n. 3, p. 541-554, setembro 2010.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

AVALIAÇÃO ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS DE ZELOMETEORIUM PATULUM E

CAMPYLOPUS SAVANNARUM COLETADAS NO MUNICIPIO DE ALAGOINHAS.Ariane Rodrigues Muniz, [email protected], Vera Lucia Costa Vale, [email protected]

Departamento de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, AlagoinhasCiências Biológicas

Palavras-Chave: Zelometeorium patulum; Campylopus savannarum; Hexano; Antimicrobiano

IntroduçãoO Brasil apresenta uma ampla flora nativa e grande parte dessa flora émedicinal, apesar dessa diversidade, muitas dessas espécies sãoinexploradas ou os estudos ainda são escassos (BOSSO, 2010). Devido aincessante resistência bacteriana, os homens retiram da naturezaconstantemente recursos biologicamente ativos, como alternativa paraatender as necessidades humanas, a fim de promover melhores condiçõesde vida, aumentando assim suas chances de sobrevivência. As Briófitassão segundo maior grupo de espécies vegetais e estão distribuídos emtrês divisões: Marchantiophyta (hepáticas), Anthocerotophyta (antóceros) eBryophyta (musgos).Diante disso, este trabalho teve como objetivo avaliaras potencial idades antimicrobianas das espécies de musgosZelometeorium patulum e Campylopus savannarum.

MetodologiaAs coletas foram realizadas durante o período de um ano, entre os mesesde Agosto (2018) a Agosto (2019. As espécies foram identificadas,catalogadas e registradas no banco de dados do Herbário da Universidadedo Estado da Bahia (HUNEB). O material foi lavado três vezes com águadestilada e secado a 50ºC durante 8 horas. Em seguida foi macerado eobtido o extrato após adição do solvente hexânico PA por três vezes. Ofiltrado foi evaporado à temperatura ambiente. Os extratos concentradosforam transferidos para frascos de tamanho reduzido e armazenados a 4 ºC até o momento dos testes. Foram utilizadas seis linhagens bacterianas,sendo três linhagens Gram positivas Bacillus subtilis, Micrococus luteus,Staphylococcus aureus, três linhagens Gram negativas Escherichia coli,Pseudomonas aeruginosa, Salmonela choleraesuis e duas linhagensfúngicas filamentosa Candida albicans e Candida glabrata e uma linhagemfungica esporica Aspergillus niger. A avaliação antimicrobiana foi realizadopelo método de disco-difusão em ágar, de acordo com as recomendaçõesdo NCCLS-National Committee for Clinical Laboratory Standard (2003). Osresultados inibitórios no teste em Difusão em disco foram submetidos aoteste de Concentração Inibitória Mínima (CIM). A CIM foi procedida combase no documento M7-A6 do NCCLS (NCCLS, 2003). A CIM docrescimento foi definida como a menor concentração do extrato em µg/mLque inibe o crescimento bacteriano, a qual foi deduzida pela ausência deturvação nos poços. As placas foram incubadas por 24 horas a 37ºC.

Resultados e discussãoOs resultados antimicrobianos obtidos pelo teste de difusão em disco estãolistados na Tabela 1.

O extrato hexânico de Campylopus savannarum foi positivo para asbactérias gram positivas Micrococus luteos e Staphylococcus aureus epara as bactérias Gram negativas Pseudomonas aeruginosa e Salmonellacholeraesuis. Os resultados mostraram que os extratos hexânicos deZelometeorium patullum foram positivos para as bactérias Gram positivasBacilus subtilis, Micrococus luteus e Staphylococcus aureus. Na avaliçãopara bactérias Gram negativas foram obtidos resultados positivos paraPseudomonas aeruginosa e Salmonella choleraesui. Os dois extratos

inibiram o crescimento do fungo Candida albicans. Avaliando a açãoinibitória do crescimento antibacteriano para bactérias Gram positivas omelhor resultado obtido foi para Staphylococcus aureus, pois todos osextratos inibiram o crescimento bacteriano. Na avaliação da ação inibitóriados extratos para bactérias Gram negativas, todos os extratos inibiramPseudomonas aeruginosa e Salmonella choleraesui. O fungo Candidaalbicans foi inibido pelos dois extratos utilizados, destacando-se comomelhor resultado o extrato hexânico C.savannarum. Na avaliação daconcentração mínima inibitória (Tabela 2), houve inibição do crescimentobacteriano com o solvente hexânico de C. savannarum para as bactériasGram positiva Staphylococcus aureus e Gram negativa Pseudomonasaeruginosa enquanto que o extrato de Z. patullum inibiu o crescimentosomente da bactéria Gram positiva Micrococcus luteos.

Estudos realizados com diferentes briófitas da Europa demonstramatividade antimicrobiana, E. coli, B. cereus, P. aeruginosa, S. aureus, S.epidermidis, M. luteus, B. Subtilis (Klavina, Arbidans, Nikolajeva, 2013).Esses resultados diferem dos resultados encontrados nesse trabalho,somente para a bactéria E. Coli, entretanto, é importante levar em contaque a composição química das briófitas pode diferir entre espécies,ambiente de crescimento e localização geográfica.

ConclusõesConsiderando que os melhores resultados obtidos para a bactéria Grampositiva foi para Staphylococcus aureus e para a bactéria Gram negativaPseudomonas aeruginosas e que esses microrganismos vêm adquirindoresistência a alguns dos antimicrobianos existentes, nossos resultados sãopromissores uma vez que os extratos das Campylopus savannarum e Z.patul lum, mostraram ter at ividade antimicrobiana para essesmicrorganismos e para o fungo Candida albicans.

AgradecimentosA Deus, a UNEBque me proporcionou as condições necessárias para queeu alcançasse os objetivos da pesquisa.A orientadoraDra. Vera Lúcia Costa Vale,pelos conhecimentos passados.AoLaboratório de Biologia Experimental e a toda equipe de pesquisa:Professor Edson Marques, Tais, Camila, Willian, Alê.Aos meus companheiros de coleta Diogo Bezerra, Saulo Brito, AranGabriel.

Bolsa: Voluntário

Referências:Bosso,V.V. Atividade antimicrobiana de óleos essenciais de diferentesespécies de Mentha. Rio Claro, 2010.

Klavina, L.; Arbidans, L.; Nikolajeva, V. On a search of biologically activecompounds in bryophytes: Chemical composition and major secondary metabolitesPlanta Med, 2013.NCCLS. 2003. NATIONAL COMMITTEE FOR CLINICAL LABORATORYSTANDARD.Methods for dilution antimicrobial susceptibility tests for bacteria thatgrow aerobically.NCCLS docment M7-A6, v.23, 88p.NCCLS. 2003. NATIONAL COMMITTEE FOR CLINICAL LABORATORYSTANDARD.Performance standards for antimicrobial disk susceptibility tests.NCCLS document M2-A8,v. 23, 58p.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ESTUDO DA TOXICIDADE E CITOTOXIDADE DE EXTRATOS DE ZELOMETEORIUM

PATULUM E DE CAMPYLOPUS SAVANNARUM COLETADAS NO MUNICIPIO DEALAGOINHAS

Saulo Nascimento De Brito, [email protected], Vera Lucia Costa Vale, [email protected] de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, Alagoinhas

Ciências BiológicasPalavras-Chave: Briófitas; Citotoxicidade; Extratos; Saponina

IntroduçãoApesar de serem o segundo maior grupo de plantas terrestres, as briófitasrecebem pouca atenção quando se trata da sua manipulação na dieta emedicina humana. (ASAWAKA; LUDWICZUK, 2017). Segundo o site Florado Brasil (2020), só no domínio fitogeográfico de mata atlântica, na Bahia,ocorrem mais de 574 espécies de briófitas. Diante disso, o objetivo desseestudo é determinar a citotoxicidade, toxicidade e presença de saponinasdos extratos das espécies Campylopus savannarum e Zelometeoriumpatulum.

MetodologiaMaterial vegetal: coleta e identificaçãoAs espécies vegetais foram coletadas no remanescente de Mata Atlântica,no município de Alagoinhas, Bahia, Brasil (12º10’42.62”S/38º24’39.52’W).As amostras coletadas foram identificadas no Herbário da Universidade doEstado da Bahia, Campus II.Preparação dos extratosO material coletado foi lavado três vezes em água destilada, submetido asecagem em estufa a 50oC durante 8 horas, triturado e maceradomanualmente e armazenado em um recipiente de vidro. Foram utilizadosdois solventes diferentes para a extração: hexano e acetato de etíla. Ohexano foi o primeiro a ser adicionado ao recipiente e após 72 horas foirealizada a primeira filtragem e repetido mais duas vezes. O solvente só foitrocado após a evaporação total do solvente anterior. O material filtrado foisubmetido a evaporação e assim, foi feita a obtenção do extrato bruto.Citotoxicidade com Artemia salina LeachOs náuplios foram incubados em um recipiente dividido em doiscompartimentos intercomunicantes, sendo um submetido a luminosidadeartificial e outro sem luminosidade, sendo adicionado água do mar filtradae estéril. No compartimento protegido da iluminação foram adicionados oscistos de A. salina. Após eclodirem os náuplios migraram para ocompartimento iluminado. Em seguida, 10 náuplios de A. salina foramdistribuídos nos poços com extratos diluídos em DMSO, em trêsconcentrações diferentes, 10, 100 e 1000 µg/mL (triplicata). O volume finalde 3mL foi completado com água do mar. Sendo utilizados como controleságua do mar e DMSO e somente água do mar. Após o período de 24h, 48he 72h de exposição dos organismos teste aos extratos foi realizada acontagem daqueles que permanecerem viáveis.Citotoxicidade com hemáciasOs extratos foram submetidos ao teste de atividade hemolítica em placasde ágar-sangue (Laboclin®). As amostras foram preparadas a 1.000µg.mL-1 e impregnadas em discos estéreis com 7 mm de diâmetro(Whatmann®). Discos impregnados com o solvente do extrato foramutilizados como controle negativo, e o Tween™ 80 como um controlepositivo. Os discos foram distribuídos nas placas durante 24h, 48h e 72h.Os halos foram então medidos e os resultados expressos como média doshalos encontrados em duplicata (Kalegari et al., 2011).Identificação genérica de saponinasO teste foi realizado através da agitação energética do extrato aquosoobtido após fervura de 10ml de água destilada e 1g do material coletado (játriturado e macerado).

Resultados e discussãoNo extratohexânicoda espécieZelometeorium patulumfoipossível observarque no terceiro dia(72 horas)foi necessário uma concentração de 16,22µg/mL para que o EC50 seja alcançado, enquantoque,nos primeiros dias

seria necessária uma concentração maior que a de 1000 µg/mL.

Nextrato hexânico da espécieCampylopus savannarum,no segundo dia,mais da metade da população morreu. Sendo o EC50 para 48h de 223,88µg/mL e para 72h 20,89 µg/mL.

Com o extrato em acetato de etila da espécieCampylopus savannarum,foipossível observar, que mais da metade da população morreu em algumasconcentrações no segundo dia e no último dia todas já estavam mortas. OEC50 para 48h foi igual a 48,97 µg/mL e o EC50 para 72h foi menor que10,00 µg/mL.

Na avaliação da citotoxicidade em hemácias de carneiro, observou-se quenão houve hemólise, formação de halo, nos tempos observados em todasas concentrações estudas.

Quando avaliamos a presença de saponinas triterpênicasnas espéciesdeZelometeorium patulumeCampylopus Savannarumcoletadas nomunicípio de Alagoinhas, foi verificada sua ausência para a metodologiaempregada.

A composição química dos briófitos pode diferir entre espécies, ambientede crescimento e localização geográfica. Estudos realizados porKlavina,2013, demostrouatividade citotóxicade diferentes extratos de biofitasemcultura de células de glioma de ratos, linha celular de carcinoma deepiderme humana, carcinoma de pulmão humano e melanoma decamundongo.

ConclusõesAsespécies deZelometeorium patulumeCampylopus savannarumcoletadasno município de Alagoinhas, apresentam toxicidade em concentrações eem tempos diferentes. O acetato de etila consegue extrair componentesbiativos com maior poder de toxicidade para o microcrustáceoArtemiasalinaLeach.Considerando que há toxicidade dos extratos analisados emArtemiaSalinaLeach e que não ocorreu citotoxicidade em células de carneiro,acreditamos que estas espécies vegetais são promissoras para estudosposteriores em células tumorais.

AgradecimentosMinha orientadora Vera, por toda a ajuda. Ao professor Edson Marques.Aos amigos e colegas do Laboratório de Biologia Experimental e doHerbário. A UNEB pela infraestrutura. E a CNPQ pela concessão da bolsa.

Bolsa: CNPq/PIBITI

Referências:ASAKAWA, Yoshinori;LUDWICZUK, Agnieszka. Chemical Constituents ofBryophytes: Structures andBiological Activity.2017 American Chemical SocietyAnd AmericanSociety Of Pharmacognosy, [S.I.], p.641-660, 1 mar. 2018.Florado Brasil 2020 em construção.Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em:http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ . Acesso em: 02 Ago. 2019.Klavina, L.; Arbidans, L.; Nikolajeva, V. On a search of biologically activecompounds in bryophytes: Chemical composition and major secondary metabolites.Planta Med. 2013.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

CRESCIMENTO INICIAL DE PLANTAS NATIVAS E EXÓTICAS UTILIZADAS NA

RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA DE ÁREAS DEGRADADAS NO SEMIÁRIDO.Luene Melo Da Silva, [email protected], Claudio Roberto Meira De Oliveira, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VIII, Paulo AfonsoLicenciatura Em Ciências Biológicas

Palavras-Chave: Crescimento inicial; Restauração ecológica; Áreas degradadas; Semiárido; Caatinga

IntroduçãoA degradação progressiva de ambientes áridos, semiáridos e subúmidossecos resultam em desertificação, que é um dos fenômenos ambientaismais danosos em escala global, incorrendo em agravamento dos quadrossocial e econômico, no desaparecimento da fauna nativa e na mudança dapaisagem. (CAETANO et al, 2017). A degradação do semiárido tem váriasimplicações, sendo o comprometimento do solo e consequentemente aregressão da sucessão ecológica, um dos fatores mais importante noprocesso. Com isso, “a comunidade torna-se menos densa, mais rica emplantas anuais com um sistema radicular menos desenvolvido, e ofereceao solo pequena proteção e escassa contribuição de matéria orgânica”(RODRÍGUEZ et al. 2005 citado por SANTOS, 2009. p. 390).Arecuperaçãode áreas degradadas da Caatinga tem sido um grande desafio parapesquisadores de várias partes do mundo, por possuir característicastípicas onde a precipitação media é menor que a perda da umidade, dispõede uma alta incidência luminosa e solo com baixo índice de matériaorgânica, exige métodos e técnicas específicas que visem à integraçãocom o ecossistema e seus fluxos de organismos e matéria. (MOURA eSILVA, 2017).Numa tentativa de retomar o ecossistema as suas condiçõeshistóricas com a técnica de plantio de plantas nativas e exóticas, foiescolhida uma área degradada localizada no Povoado Retiro, município deGlória, Bahia. Área caracterizada por um número reduzido de árvoresnativas, de porte médio a baixo, não ultrapassando 5,0 metros de altura.Por muitos anos foi submetido à intervenção humana, por meio da criaçãode animais de pequeno porte e a agricultura de subsistência, o que causouimpactos relevantes, estando hoje em processo de degradação.

MetodologiaO presente estudo objetivou estudar o crescimento inicial de diferentesespécies. Foram observadas a altura da planta (AL), diâmetro caulinar(DC) e número de folhas (NF) de plantas nativas e exóticas usadas narestauração ecológica de uma área degradada,no Povoado Retiro,município de Glória, Bahia, localizada nas coordenadas de9°20'30.1"S38°19'49.8"W, no período de maio de 2019 a agosto de 2019, utilizando asespécies:Angico (Anadenanthera peregrina), Algodoeiro-da-praia (Hibiscustiliaceus), Caraibeira (Tabebuia caraiba), Ipê-Rosa (Tabebuiapentaphylla) ePereiro (Aspidosperma pyrifolium).Para coleta dos dados foram plantadas25 plantas em uma área experimental de 26m² x 16m² dispostas em cincorepetições de 6m² x 6m² com cinco plantas em cada área, sendo que odistanciamento entre as áreas foi de 4m. As cinco plantas foramdistribuídas em forma de “x” com um espaçamento de 3m entre elas,referenciadas a planta do meio em cada área, foi introduzido um pequenosistema de coroamento para retenção da água, permitindo a penetração daágua e também favorecendo o seu armazenamento.Para avaliar asvariações em relação à altura da planta (AL), diâmetro caulinar (DC) enúmero de folhas (NF) das espécies, foram construídos gráficos decolunas baseadas nos meses de maio de 2019 a agosto de 2019. Osgráficos e as analises foram construídos utilizando o software Microsoft®Office Excel (Microsoft), com a utilização da análise não destrutiva dasplantas, utilizando o cálculo de média simples, conforme especificado pelafórmula: MS: (V1+V2+...+VN)/N, sendo V: valores de altura da planta (AL),Diâmetro do caule (DC) e Números de folhas (NF), dividido pelas cincorepetições representadas pela letra N .

Resultados e discussãoNas analisesverif icou-se que para as variáveis uti l izadas, as

espéciesAnadenanthera peregrinaeTabebuia pentaphyllaobtiveram asmaiores médias em todas as repetições utilizadas no experimento,incluindo o tratamento teste com a utilização do esterco caprino. A taxa desobrevivência foi de 96% para o total plantado, sendo que apenasaAspidosperma pyrifoliumobteve uma redução no total de mudas quesobreviveram.Para que se possam verificar melhores estratégias derecuperação de áreas degradadas da Caatinga são necessárias aampliação de estudos que avaliem as espécies mais resistentes. Para issoé preciso ampliar as práticas de manejo como verificar os períodos demaiores índices de chuvas, disponibilização de matéria orgânica,estratégias para acumulo de água para garantir o sucesso dodesenvolvimento das plantas.

ConclusõesNão obstante o processo de desertificação, ainda são escassas aspesquisas científicas sobre a restauração das áreas susceptíveis adesertificação e conhecimento científico sistematizado sobre a restauraçãoda Caatinga, sendo um entrave para o entendimento sobre sucessõesecológicas, o que dificulta a atuação plena e eficaz na recuperação e narestauração de áreas degradadas, principalmente em áreas secas. Diantedesse quadro, surge a necessidade de restauração de áreas degradadasno semiárido baiano, de forma a se ter um modelo de baixo custo, comtécnicas viáveis e eficientes, além de popularizar os conhecimentos edescobertas obtidas com experimentos de restauração ecológica dasCaatingas brasileiras. Ressalta-se que, sendo a Caatinga o biomaexclusivamente brasileiro, característico do semiárido, e região propensa adesertificação há uma grande necessidade de recuperação dessas áreas,divulgação de resultados e de trabalho educativos que venha, a provocarmudanças de atitude de quem extrai seus recursos. Por fim, os estudosrealizados apresentaram que o uso adequado de técnicas simples e defácil disseminação pode elevar a quantidade de espécies vegetais emáreas outrora desprovidas de vegetação e reduzir os efeitos potenciais dadesertificação no semiárido baiano.

AgradecimentosAo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq), patrocinador de grande parte da pesquisa de Iniciação Científica.AUniversidade do Estado da Bahia, Campus VIII.Ao Prof. Dr.CláudioRobertoMeirade Oliveira e Profª. Dra. Eliane Maria de SouzaNogueira.As discentes Tâmiris Brito Matos da Silva, Gabriela Rodrigues daSilva e Divani Conceição da Silva pela disponibilidade e colaboraçãodurante o projeto.A diretora Suzana MenezesLuz de Souza e a todos que,direta ou indiretamente, colaboraram para a realização do projeto.

Bolsa: PICIN

Referências:CAETANO, F. A.O; GONÇALVES, D. S. L.; FEITOSA, M. M.; FEITOSA, R. N. T.;LEMOS, J. J. S.. REVISTA SPACIOS, v. 38.n 39, p.14-20, 2017.MOURA, F. B. P.; SILVA, J. V. Restauração da Caatinga. Maceió: EDUFAL, 2017.Rodriguez, M. L. ; Ortiz, L. T. ; Alzueta, C. ; Rebole, A. ; Trevino, J.,.Nutritive valueof high-oleic acid sunflower seed for broiler chickens. Poult. Sci., 84 (3): 395-402.2005.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

REFLORESTAMENTO DE ÁREAS DA CAATINGA NO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE DE

IRECÊBruna Da Silva Gomes, [email protected], Claudio Roberto Meira De Oliveira, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias, Campus XVI, IrecêAdministração

Palavras-Chave: Desertificação; Recaatingamento; Sensibilização Ambiental; Meio Ambiente

IntroduçãoO Território de Identidade de Irecê (TII) atualmente registra cerca de524.000 hectares de sua vegetação desmatada.Esse fenômeno se deuatravés do uso inadequado dos solos para a produção de culturasagrícolas irrigadas, os quais foram submetidos ao uso de agrotóxicos emgrandes quantidades, extração irracional do potencial aquífero subterrâneoe desmatamentos em geral, dessa forma resultando em áreasimprodutivas e vulneráveis à desertificação.

MetodologiaO presente trabalho tem como objetivo o reflorestamento de áreas emprocessos de desertificação no Território de Irecê, em especial, omunicípio de Uibaí-Bahia, com espécies nativas, frutíferas e exóticasadaptáveis e a mobilização das comunidades das áreas afetadas, visandocontribuir com o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas, e paraobter êxito, parcerias com ambientalistas e com os pequenos agricultoresforam firmadas, a fim de viabilizar as ações através da fusão dos saberes ea sua aplicação.

Resultados e discussãoOs primeiros passos consistiram na realização de campanhas junto àcomunidade acadêmica e entorno da universidade, buscando adquirirsementes e recipientes recicláveis para realizar o plantio. Dentre assementes e mudas plantadas, destacam-se: juazeiro (Ziziphus joazeiro),caatingueira (Caesalpinia pyramidalis), tamarindeiro (Tamarindus indica),mangueira (Mangifera indica), goiabeira (Psidium guajava), dentre outros.Posteriormente, o plantio passou a ser desenvolvido nas residências dosbols is tas, buscando potencia l izar a proteção das mudas econsequentemente transportado para a Universidade do Estado da Bahia –Campus XVI.

ConclusõesDepois dessas etapas, foram realizadas o plantio das mudas em áreasdegradadas e em processo de desertificação, dessa forma, combatendo eretardando o processo da degradação ambiental, reequilibrando o meioambiente e proporcionando uma melhor qualidade de vida aos indivíduos egerando renda a longo prazo aos pequenos agricultores familiares doTerritório de Identidade de Irecê.

AgradecimentosOs autores agradecem a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e aPró-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) pelaoportunidade.

Bolsa: PICIN

Referências:BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Agrário. Plano de DesenvolvimentoT e r r i t o r i a l R u r a l S u s t e n t á v e l d e I r e c ê . D i s p o n í v e l e m :&60;http://sit.mda.gov.br/download/ptdrs/ptdrs_qua_territorio050.pdf&62;. Brasília,2010.BRASIL, Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dosEfeitos da Seca (PAN - Brasil).Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, Secretariade Recursos Hídricos, 2005.CGEE, Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. Degradação da Terra e Secas noBrasil. Brasília - DF, 2016.DE SOUSA, A. J. J.; SOBRINHO, A. I. A Importância Do Reflorestamento nosProcessos de Recuperação das Áreas Degradadas do Sertão Paraibano.RevistaBrasileira de Meio Ambiente e Sustentabilidade-Rebemas, v. 1, n. 1, p. 14-20,2016.

GOOGLE EARTH-MAPAS. Http://mapas.google.com. Consulta realizada emagosto de 2019.

GOMES, Marcos A. S.; SOARES, B. R. A Vegetação nos Centros Urbanos:considerações sobre os espaços verdes em cidades médias brasileiras.EstudosGeográficos, Rio Claro, v. 1, n. 1, p. 19-29, 2003.LIMA, Paulo César Fernandes. Áreas Degradadas: métodos de recuperação nosemi-árido brasileiro. XXVII Reunião Nordestina De Botânica, 2004, Petrolina, PE.A n a i s . . . D i s p o n í v e l e m : & 6 0 ;https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/153079/1/OPB406.pdf). Acessoem: janeiro de 2019.MACÊDO, Luiz Rogério de Lima. Dinâmica Socioprodutiva de TerritóriosSusceptíveis à Desertificação no Estado da Bahia: o caso de Irecê. 2010.Dissertação (Mestrado em Ciências da Terra e do Ambiente) - UniversidadeEstadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana, 2010.MIRANDA, Deise Lago de. Universidade do Estado da Bahia/UNEB e odesenvolvimento territorial sustentável: Estudo da relação do campus XVI com oterritório de identidade de Irecê. Salvador, 2010. Dissertação (Mestrado emEducação) - Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade -PPGEduC, Universidade do Estado da Bahia, 2010.NASCIMENTO, Carlos Ney de Oliveira; GONÇALVES, João. Neste Dia Mundial deCombate à Desertificação, projeto na região de Irecê na expectativa de recursos doEstado para conclusão. Cultura e Realidade. Irecê, 2015. Disponível em:&60;http://culturaerealidade.blogspot.com/2015/06/neste-dia-mundial-decombate.html?q=desertifica%C3%A7%C3%A3o&62;. Acesso em: janeiro 2019.NEPOMUCENO, Maurílio Queirós. Análise Geossistémica da Região de Irecê-Ba.2014. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal da Bahia(UFBA). Salvador, 2014.OLIVEIRA, LM de; DAVIDE, Antonio Claudio; CARVALHO, MLM de. Avaliação demétodos para quebra da dormência e para a desinfestação de sementes decanafístula (Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert).Revista Árvore, v. 27, n. 5, p.597-603, 2003.SILVA, Jusselito Mendes da. Histórias de Uibaí, da formação a emancipação.Uibaí,2011.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ICTIOFAUNA DE POÇAS DE MARÉ EM DUAS PRAIAS DA MICRORREGIÃO DE SALVADOR:

UMA ABORDAGEM ESPAÇO-TEMPORALJaiane Pereira De Franca, [email protected], Ana Paula Penha Guedes, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VII, Senhor do BonfimLicenciatura Em Ciências Biológicas

Palavras-Chave: Poças de maré; Ictiofauna; Bahia

IntroduçãoCostões rochosos são regiões de transição entre os meios terrestres emarinhos que geralmente ocorrem em costas íngremes. Esses ambientessustentam uma variedade de algas e animais, que precisam desenvolveradaptações para sobreviver nesses locais que sofrem diferentes flutuaçõesde maré (CASTELLANOS-GALINDO; GIRALDO, 2008). Assim, as poçasde marés fornecem a esses organismos a oportunidade de escapar dessascondições adversas formando muitas vezes pequenos sistemas ou mesmoservindo de área de vida para algumas espécies (ROSA; ROSA; ROCHA,1997). Devido à diversidade de refúgios e alimentação, os peixes são osvertebrados mais abundantes nas poças de maré. As espécies daictiofauna que compõem esse ecossistema são caracterizadas pela suadiversidade e complexidade em diferentes aspectos, seja em abundância,morfologia ou ciclos de vida (CAMPOS; SÁ-OLIVEIRA; ARAÚJO, 2010).Dessa forma, conhecer a biodiversidade e a composição da ictiofauna empoças de maré é importante para entender a estruturação da comunidadenesses ambientes. Assim, o presente trabalho teve como objetivo fazer olevantamento da ictiofauna de poças de maré de duas praias damicrorregião de Salvador, visando analisar a composição de espécies etestar possíveis diferenças espaço-temporais dentre e entre os ambientes.

MetodologiaForam realizadas amostras mensais entre setembro de 2018 a maio de2019 nas poças de maré expostas nas praias de Itapuã e Pituba,localizadas na microrregião de Salvador. Todas as amostragens foramfeitas durante o período da maré baixa. As poças de marés foramcuidadosamente observadas para a presença de quaisquer peixes, semperturbar a água. Posteriormente, cada poça foi filmada usando umacâmera subaquática. Cada censo tem duração entre 10 a 15 minutos,dependendo do tamanho e número de peixes de cada poça. Em cadaamostragem foram medidos os parâmetros ambientais de temperatura,PH, salinidade, condutividade e oxigênio dissolvido de cada poça atravésde medidor multiparâmetros, além da profundidade, largura ecomprimento. Em laboratório, os vídeos foram analisados e os peixesquantificados e identificados. Foi feita a curva do coletor e calculados afrequência de ocorrência e porcentagem numérica para cada espécie. Paraanalisar o padrão de distribuição das espécies foi feita a análise deagrupamento e a similaridade ictiofaunística entre e dentre as praias. Paratestar possíveis diferenças na composição da ictiofauna entre os fatores foifeita PERMANOVA através do pacote PRIMER+PERMANOVA 6.0(ANDERSON; GORLEY; CLARKE, 2008).

Resultados e discussãoForam realizadas 21 coletas, sendo analisadas 5 poças em Itapuã e 6 naPituba, totalizando 231 amostras. As poças da Pituba apresentaramtamanho e profundidade menor quando comparadas as de Itapuã. Poçasmenores favorecem o aquecimento da água pela radiação solar, o quepromovem a evaporação da água e consequente o aumento da salinidade.Consequentemente, a Pituba apresentou os maiores valores de salinidade,condutividade e oxigênio dissolvido. A curva do coletor mostrouestabilidade para a Praia da Pituba na coleta 9 e para Itapuã na coleta 10,mostrando que as amostragens realizadas foram suficientes para estimar aictiofauna de poças de maré nos dois ambientes. Foram registradas 25espécies dentro de 18 famílias, sendo duas espécies não identificadas. Onúmero de espécies encontradas nesse estudo foi semelhante a outrostrabalhos (FREITAS; VIEIRA; ARAÚJO, 2009; WHITE; HOSE; BROWN,

2014). A família Pomacentridae foi a mais representativa assim como noestudo de Duarte (2008) em outras praias de Salvador. Vinte e umaespécies foram comuns nas duas praias, enquanto 3 espécies foramencontradas somente em Itapuã e 1 somente na Pituba. Abudefdufsaxatilis, S. fuscus e S. variabilis foram classificadas como constantes,enquanto A. bahianus foi classificada como acessória nas duas praias.Para Itapuã foram também consideradas espécies acessórias C. striatus,H. poeyi e H. maculipinna, enquanto para a Pituba, H. parra foiconsiderada acessória. Todas as outras espécies foram consideradasraras ou acidentais. Quanto a abundância, 8 espécies apresentaramabundância acima de 1% em Itapuã e 7 na Pituba, sendo A. saxatilis, S.variabilis e A. bahianus as mais abundantes em Itapuã e S. fuscus, A.saxatilis e A. bahianus na Pituba. Abudefduf saxatilis também foi uma dasespécies mais abundantes nos trabalhos de Cunha et al. (2008) no Cearáe Xavier et al. (2012) na Paraíba. As análises mostraram uma separaçãoentre a ictiofauna das duas praias com dissimilaridade de 44,92% e maiorcontribuição de S. fuscus, S. variabilis e A. saxatilis. Não houve diferençasignificativa na composição da ictiofauna entre os ciclos, entretanto foramencontradas diferenças significativas para os fatores poça e local.

ConclusõesEste estudo possibilitou mostrar a riqueza da ictiofauna de poças de maréem duas praias da microrregião de Salvador, trazendo um amploconhecimento sobre a composição de espécies nas praias estudadas.Esse trabalho possui grande relevância, pois apesar do aumento daspublicações relacionadas a essa temática no Brasil nos últimos anos, aindaexiste uma grande lacuna sobre a ictiofauna de poças de maré na costa daBahia.

AgradecimentosA PPG-UNEB e a FAPESB pela concessão da bolsa para a realizaçãodeste estudo. A Camila Brito e Bruno Conceição pelo auxílio nas coletas.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:ANDERSON, M.; GORLEY, R.; CLARKE, K. PERMANOVA+ for PRIMER: Guide toSoftware and Statistical Methods. PRIMER-E, Plymouth, UK., 2008.CAMPOS, C.E.C.; SÁ-OLIVEIRA, J.C.; ARAÚJO, A.S. Composição e estrutura decomunidades de peixes nos Parrachos de Muriú, Estado do Rio Grande do Norte,Brasil. Arq. Ciên. Mar, v. 43, n. 1, p. 63-75, 2010.CASTELLANOS-GALINDO, G.A.; GIRALDO, A. Food resource use in a tropicaleastern Pacific tidepool fish assemblage. Mar. Biol., n. 153, p. 1023–1035, 2008.CUNHA, E.A.; CARVALHO, R.A.A.; MONTEIRO-NETO, C.; MORAES, L.E.S.;ARAÚJO, M.E. Comparative analysis of tidepool fish species composition ontropical coastal rocky reefs at State of Ceará, Brazil. Iheringia, Sér. Zool., v. 98, n.3, p. 379-390, 2008.DUARTE, L.A.G. Avaliação da composição da assembleia de peixes em duaspoças de maré na cidade de Salvador-BA.Monografia (Bacharelado em CiênciasBiológicas) - Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador, 2008.FREITAS, MC.; VIEIRA, R.H.S.F.; ARAÚJO, M.E. Impact of the Construction of theHarbor at Pecém (Ceará, Brazil) upon Reef Fish Communities in Tide Pools. Braz.Arch. Biol. Techn, v. 52, n. 1, p. 187-195, 2009.ROSA, R.S.; ROSA, I.L.; ROCHA, LA. Diversidade da ictiofauna de poças de maréda praia do cabo branco, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Rev. Bras. Zool., v. 14, n.1, p. 201-212, 1997.XAVIER, J.H.A.; CORDEIRO, C.A.M.M.; TENÓRIO, G.D.; DINIZ, A.F.; PAULO-JÚNIOR, E.P.N.; ROSA, R.S.; ROSA, I.L. Fish assemblage of the MamanguapeEnvironmental Protection Area, NE Brazil: abundance, composition andmicrohabitat availability along the mangrove-reef gradient. Neotrop. Ichthyol., v.10, n. 1, p. 109-122, 2012.WHITE, G.E.; HOSE, G.C.; BROWN, C. Influence of rock-pool characteristics onthe distribution and abundance of inter-tidal fishes. Mar. Ecol., n. 36, p. 1332-1344,2015.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ESTRUTURA POPULACIONAL DOS PEIXES DONZELAS STEGASTES FUSCUS (CUVIER,1830) E STEGASTES VARIABILIS (CASTELNAUD, 1855) EM POÇAS DE MARÉ DE DUAS

PRAIAS NA MICRORREGIÃO DE SALVADOR – BACamila Brito De Santana, [email protected], Ana Paula Penha Guedes, [email protected]

Departamento de Educação, Campus VII, Senhor do BonfimLicenciatura Em Ciências Biológicas

Palavras-Chave: Poças de maré; Pomacentridae; Stegastes

IntroduçãoPoças de maré são cavidades presentes nos costões rochosos queabrigam uma elevada diversidade de organismos vivos durante o períodode maré baixa, sendo importantes locais para a manutenção da vida(NUNES, 2016). Dentre esses organismos estão os peixes. Estesvertebrados utilizam as poças em diferentes etapas da vida ou até mesmopermanecem neste ambiente durante todo o seu ciclo, como as espéciesda família Pomacentridae. Os peixes donzelas,Stegastes fuscus (Cuvier,1830) eStegastes variabilis (Castelnau, 1855), são espécies que possuemuma evidente agressividade intra e interespecífica, sendo essecomportamento de defesa do território, o principal responsável por suaelevada taxa de abundância relativa e frequência nos censos (FRENSEL etal., 2007). Deste modo, o objetivo deste trabalho foi realizar umlevantamento das espéciesS. fuscuseS. variabilisem poças de maré deduas praias da microrregião de Salvador, visando classificar essasespécies de acordo com a ocupação do habitat e testar possíveisdiferenças na composição de espécimes entre e dentre poças nos doislocais.

MetodologiaForam realizadas coletas mensais entre agosto de 2018 a abril de 2019 em10 poças de maré expostas nas praias de Itapuã e Pituba, localizadas namicrorregião de Salvador. Cada poça foi cuidadosamente observada eposteriormente filmada usando uma câmera subaquática. Cada censo teveduração entre 10 a 15 minutos, dependendo do tamanho e número depeixes de cada poça. Em cada amostragem foram medidos os parâmetrosambientais de temperatura, PH, salinidade, condutividade e oxigêniodissolvido de cada poça através de medidor multiparâmetros, além daprofundidade, largura e comprimento. Em laboratório, os vídeos foramanalisados e os espécimes quantificados e classificados nas categoriasjuvenil, intermediário e adulto de acordo com as característicasmorfológicas. Os dados foram organizados em planilha e para cadacategoria foi calculada a frequência de ocorrência e percentagemnumérica. Os padrões de distribuição das espécies entre as praias foramdeterminados através da análise de agrupamento e a similaridade pelarotina SIMPER, foi aplicada também uma análise de redundância baseadaem distâncias (dbRDA), utilizando o PRIMER+PERMANOVA 6.0(ANDERSON; GORLEY; CLARKE, 2008).

Resultados e discussãoForam analisadas 158 amostras num total de 816m34s de vídeos emvelocidadeslow motion. A análise dos fatores abióticos mostrou que aspoças da Praia de Itapuã apresentaram maior média de tamanho e valoresdos fatores ambientais quando comparadas a Praia da Pituba. Comrelação a ictiofauna, foram observados um total de 505 espécimes deS.fuscusem Itapuã e 1.791 espécimes na Pituba, enquanto para S.variabilisfoi observado 716 indivíduos em Itapuã e 224 na Pituba. Quandocategorizados os espécimes em juvenil, intermediário e adulto foiobservada uma maior ocorrência de juvenis para as duas espécies emambas as praias. Os juvenis deS. fuscusforam mais frequentes Itapuã doque na Pituba, enquanto os juvenis deS. variabilisocorreram mais nasamostras de Itapuã do que na Pituba. Com relação a abundância dascategorias para ambas as espécies, foi observada uma maior abundânciados juvenis deS. variabilis, seguida dos juvenis deS. fuscuse intermediáriosdeS. variabilispara Itapuã. Já para a Pituba, as maiores abundâncias foramregistradas para as três categorias deS. fuscus.Stegastes fuscuseS.

variabilisforam registradas entre as três espécies mais abundantes naspoças de maré da microrregião de Salvador nos trabalhos de Duarte(2008) e França e Guedes (2018). A análise de agrupamento mostrou umaseparação das espécies em relação as duas praias. Foi observada umamaior similaridade das espécies para Itapuã do que para a Pituba. Entre asduas praias, houve um a dissimilaridade de 59,33%, com maiorcontribuição de juvenis deS. variabilis, seguida de juvenis, adultos eintermediários deS. fuscus,respectivamente. Os dois primeiros eixos daanálise dbRDA explicaram 68,1% da relação entre as categoriasestabelecidas e os locais de coleta, com osespécimes deS. variabilismaisassociados as poças de Itapuã e os indivíduos intermediários e adultosdeS. fuscusàs poças da Pituba. Com base nos dados analisados, S.fuscusfoi classificada como uma espécie residente e S. variabilis comoresidente temporária, corroborando com o trabalho de Machado(2013).Adicionalmente, Souza (2006) descreve que as donzelasconseguem atingir a maturidade sexual em ambientes com elevadacomplexidade física e pouca disponibilidade de alimento, e devido a suacoloração, os jovens apresentam valor comercial para a aquariofilia.

ConclusõesAtravés do presente estudo foi possível observar diferenças na ocupaçãodo habitat e mostrar uma segregação espacial entre os peixes-donzelasStegastes fuscus e Stegastes variabilis nas poças de maré em duas praiasna microrregião de Salvador. Entretanto, faz-se necessária a realização denovas amostragens nesses ambientes, a fim de responder de forma maisclara possíveis segregações espaço-temporais, além de buscar inferirinformações sobre o período reprodutivo dessas espécies associado afatores ambientais.

AgradecimentosA PPG-UNEB e a FAPESB pela concessão da bolsa de Iniciação Científicapara realização desse estudo. A amiga e companheira de pesquisa JaianeFrança e a Bruno Conceição pelo auxílio nas coletas.

Bolsa: FAPESB/IC

Referências:ANDERSON, M.; GORLEY, R.; CLARKE, K.PERMANOVA+ for PRIMER:Guide toSoftware and Statistical Methods. PRIMER-E, Plymouth, UK., 2008.DUARTE, L.A.G.Avaliação da composição da assembleia de peixes em duaspoças de maré na cidade de Salvador-BA. Monografia (Bacharelado em CiênciasBiológicas), Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador, 2008.FRANÇA, J.P.; GUEDES, A.P.P. Ictiofauna de poças de maré em diferentes tiposde praias da microrregião de Salvador, BA.In:II Encontro Integrado de Ensino,Pesquisa e Extensão da UNEB. Anais eletrônico. Salvador: Universidade doEstado da Bahia, p. 197, 2018.FRENSEL, D.M.B.; BARNECHE, D.R.; DINSLAKEN, D.F.; CECARELLI, D.M.;FERREIRA, C.E.L.; FLOETER, S.R. Macroecologia do comportamento territorialdos gênerosStegastesePomacentrus.Anais do XII Congresso Latino-Americanode Ciências do Mar.XII COLACMAR, Florianópolis, 2007.MACHADO, F.S.Ictiofauna de poças de maré do brasil: padrões latitudinais.Dissertação (Mestrado em Ecologia Aquática e Pesca). Universidade Federal dPará, Belém, 2013.NUNES, M.R.B.Ictiofauna de poças de maré arenosa e rochosa e seus fatoresestruturadores em uma planície de maré subtropical.Dissertação (Mestrado emOceanografia Biológica). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.SOUZA, L.L.G . Ecologia reprodutiva do peixe-donzela,StegastesfuscusCuvier, 1830 (Osteichthyes: Pomacentridae) em arrecifes rochosos dapraia de Búzios, Rio Grande do Norte, Brasil. Dissertação (Mestrado emBioecologia Aquática), Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2006.

Pro-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

AVALIAÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP) E MAPEAMENTO DA

ZONA RIPÁRIA DO RIO SAUÍPE, ALAGOINHAS, BAHIA, BRASIL, UTILIZANDOGEOPROCESSAMENTO E PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO RÁPIDA (PAR).

Leidice De Melo Freitas, [email protected], Mara Rojane Barros De Matos, [email protected] de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, Alagoinhas

Ciências BiológicasPalavras-Chave: Índice Funcionalidade Fluvial; Ecossistema ripário; Rio Sauípe; Litoral Norte da Bahia; SIG

IntroduçãoVários Protocolos de Avaliação Rápida (PAR) proporcionam umametodologia eficaz para avaliar a estrutura e o funcionamento dosecossistemas ripários, sendo de fácil aplicação e custos reduzidos aotrabalhar na avaliação e planejamento ambiental (CALLISTO et al., 2002).Utilizando-se de dois PAR, a saber o Índice de Funcionalidade Fluvial (IFF)e a Chave de Tomada de Decisão (LERF), o presente trabalho teve comoobjetivos avaliar a funcionalidade fluvial do rio Sauípe e a conservação dasáreas de APP, visto a importância destas áreas para a dinâmicahidrológica e biológica da bacia hidrográfica, além de fornecer informaçõespara respaldar planos de manejo integrado de bacias hidrofráficas,incluindo a restauração das matas ciliares. As informações foramcompiladas em mapa, com uso de Sistema de Informação Geográfica(SIG), e classificadas segundo o Índice de Funcionalidade Fluvial, comindicação das áreas de APP onde serão necessários projetos derestauração ecológica.

MetodologiaA bacia hidrográfica do rio Sauípe tem uma área de aproximadamente18.000 hectares, situando-se nas coordenadas geográficas 38º 9' 41" - 38º24' 31" W e 11º 58' 9" - 12º 7' 21", abrangendo os municípios de EntreRios, Araçás e Alagoinhas. O levantamento das informações foi realizadoatravés de visitas em campo, onde foi percorrida a pé toda a extensão dorio Sauípe, a partir da nascente até a foz. A área de preservaçãopermanente foi estabelecida segundo os parâmetros do código Florestal,Lei nº 12.651 (BRASIL, 2012). Os valores de IFF foram calculadospodendo-se obter o valor mínimo de 14 e máximo de 300, e ososresultados do IFF posteriormente traduzidos em Níveis de Funcionalidade,Avaliações de Funcionalidade e Mapas de Funcionalidade de acordo asituação de cada ponto e margem,. A Chave de Tomada de Decisão(LERF, s/d) contemplou os principais aspectos e situações de degradaçãoambiental e as principais ações recomendadas para cada caso.

Resultados e discussãoForam percorridos 38 km de extensão do rio Sauípe, desde a nascente atéa foz, sendo avaliados em campo 37 pontos georreferenciados. Destes,apenas 14 pontos atingiram um nível de funcionalidade “Bom”, “Bom-médio” e “Médio”. O Rio Sauípe vem diminuindo a sua vazão, mas nosúltimos cinco anos tem secado, no período de baixa precipitação, emvários pontos de sua calha principal, sobretudo no trecho que banha odistrito de Sauípe. Este problema desencadeia uma série de impactossocioambientais para a população ribeirinha a jusante, principalmente paraaqueles que desenvolvem atividades hortifrutigranjeiras. A Figura 1 traz asáreas avaliadas em campo, classificadas pelo IFF com as cores sugeridaspelo protocolo. A partir do mapa com a avaliação do IFF e dos resultadosda chave hierárquica de diagnóstico, foram indicadas áreas a seremrestauradas, ressaltando aqui a importância da vegetação ciliar namanutenção da qualidade e estabilidade térmica da água, na prevenção deerosão dos solos de áreas marginais e o importante papel de corredorecológico, ligando fragmentos florestais, facilitando o fluxo gênico naspopulações de espécies animais e vegetais..Figura 1. Classificação das áreas de preservação permanente ao longo dorio Sauípe de acordo com os níveis de funcionalidade fluvial avaliados peloIFF.

ConclusõesOs 14 pontos, classificadas como “bom” e “mediano” pelo Índice deFuncionalidade Fluvial (IFF), precisam de medidas de restauração davegetação ripária como implantação na zona-tampão, conservação edescompactação do solo, adensamento e enriquecimento florístico comdiversidade genética; os outros 23 pontos precisam de medidas maisdrásticas como plantio de área total, nucleação (ilha de diversidade) alémda implantação de zona-tampão, conservação e descompactação do solo.

AgradecimentosAgradecemos a UNEB pela concessão da bolsa PICIN.

Bolsa: PICIN/RESERVADO

Referências:BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Brasília, DF. Lei Federal nº12.651 de 25 de maio de 2012. Código Florestal. Dispões sobre a proteção davegetação nativa. /CALLISTO, M. et al. Aplicação de um protocolo de avaliaçãorápida da diversidade de habitats em atividade de ensino e pesquisa (MG-RJ). ActaLimnologica Brasiliensia. v. 14, n. 1, p. 91-98, 2002. /LERF-ESALQ- USP(Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal da Escola Superior de AgriculturaLuiz de Queiroz da Universidade de São Paulo). s.d. Chave para escolha demétodos de restauração florestal.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

ASSOCIAÇÃO DE MACROINVERTEBRADOS (CLASSE INSECTA) À DIFERENTES

MACRÓFITAS AQUÁTICAS (TANQUE DE AROEIRAS, CAETITÉ/BA)Mailson Silva Santana, [email protected], Patricia Maria Mitsuka, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus VI, CaetitéCiências Biológicas - Licenciatura

Palavras-Chave: ambientes lênticos; ; região semiárida; ; entomofauna aquática; ; bioindicadores.

IntroduçãoOs macroinvertebrados bentônicos constituem um grupo muitodiversificado de organismos, responsáveis por diversas interaçõesecológicas. Os macroinvertebrados aquáticos são organismos retidos emredes com malha de 595 micrometros, sendo assim classificados porserem maiores que 1 mm. Também podem ser classificados de acordocom seu hábitat de ocupação na coluna d’água, filme superficial ouassociados a substratos, distinguindo-se em bentônicos, nectônicos oupleustônicos (MUGNAI et al., 2010).Nos ecossistemas aquáticos, as comunidades de macroinvertebradosbentônicos dulcícolas estão representadas, principalmente, por artrópodes(insetos, ácaros, crustáceos), moluscos (gastrópodes e bivalves) eanelídeos (oligoquetos e sanguessugas) (SANTOS et al., 2018). Por isso,o objetivo desse estudo foi realizar o levantamento da composição eriqueza de macroinvertebrados (Classe Insecta) associados a diferentesespécies de macrófitas aquáticas no Tanque de Aroeiras, situado nodistrito de Pajéu dos Ventos (Caetité, BA).

MetodologiaNo Tanque de Aroeiras em seu perímetro na região marginal, foideterminado três locais de amostragem correspondendo a três bancos dediferentes macrófitas, sendo NymphaeaL.; LudwigiaL.; e Polygonumferrugineum Wedd.. Utilizando um quadrante 50x50 cm foram coletadostalos, folhas e raízes de cada espécie de macrófita. Em laboratório, omaterial foi lavado em água corrente sobre um recipiente, filtrado em trêspeneiras de diferentes aberturas de malha, sendo a menor comgranulometria de 250 µm. O material concentrado foi acondicionado emfrascos de vidro, fixado em álcool 70%, e analisado ao esterioscópio paratriagem e identificação a nível taxonômico de família utilizando bibliografiaespecífica. Para o biomonitoramento aplicou-se o índice BMWP’ que atribuiscores a presença ou ausênc ia de determinado grupo demacroinvertebrados, considerando a tolerância de cada táxon a poluição,resultando numa pontuação que determina a diagnose hídrica dessereservatório.

Resultados e discussãoForam identificadas seis ordens pertencentes à classe Insecta: Coleoptera(7), Diptera (4), Ephemeroptera (3), Hemiptera (6), Odonata (4) eTrichoptera (3), representando uma riqueza de 27 famílias. Dentre essas, aordem Coleoptera foi representada pela maior riqueza, enquanto que, aordem Diptera apresentou maior dominância dos organismos, sendorepresentada numericamente pela família Chironomidae. Isso se deve pelofato de serem organismos que habitam diferentes substratos, sendo assim,predominantes, e em geral o grupo mais abundante em quase todas asassociações vegetais aquáticas dulceaquicolas, pois ocupam uma amplavariedade de nichos (PEIRÓ; ALVES, 2006 apud GLOWACKA et al., 1976;SONODA 1999).As famílias encontradas foram classificadas em 66,66% como constantes e33,34% como acessórias, não ocorrendo nenhuma família classificadacomo acidental. Na aplicação do biomonitoramento através do índiceBMWP’, a água desse reservatório foi classificada como aceitável,apresentando águas muito pouco poluídas ou sistema levemente alterado.No entanto, a estação de amostragem com predomínio da macrófitaNymphaeaeL. classificou-se como poluída, caracterizada também porapresentar menor riqueza e abundância de insetos aquáticos.

ConclusõesNo presente trabalho, realizado no Tanque de Aroeiras, foi registrado umtotal de seis ordens e 27 famílias de insetos aquáticos e semiaquáticos,sendo que apenas oito das 27 famílias encontradas teve 100% defrequência de ocorrência nas macrófitas amostradas. Tendo a ordemColeoptera apresentando maior riqueza e a ordem Diptera destacando-secom a família Chironomidae que apresentou maior abundância nas trêsmacrófitas. Dentre as macrófitas coletadas a que apresentou maiorabundância e maior riqueza de insetos aquáticos foi LudwigiaL.. Alémdisso, através do índice BMWP’, a água desse reservatório foi classificadacomo aceitável, apresentando águas muito pouco poluídas.

AgradecimentosOs autores gostariam de expressar seus mais sinceros agradecimentos àPró-Reitoria dePesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) daUniversidade do Estado da Bahia pela concessão de bolsas de iniciaçãocientifica voluntária e ao Departamento de Ciências Humanas – campus VIpelo apoio logístico, e também ao Grupo de Pesquisa em Ecologia doSemiárido e à Linha de Pesquisa em Ecologia Aquática pelo apoio nodesenvolvimento e realização do projeto de pesquisa.

Bolsa: Voluntário

Referências:MUGNAI, R.; NESSIMIAN, J. L.; BAPTISTA, D. F. Manual de identificação demacroinvertebrados aquáticos do Estado do Rio de Janeiro. 1. ed., Rio deJaneiro: Technical Books, 2010.SANTOS, J. de L.; CONCEIÇÃO, A. A. da.; MACEDO, C. F.; ROCHA, S. S. da.Biomonitoramento de um riacho na Serra da Jiboia (Bahia, Brasil) por meio demacroinvertebrados bentônicos. Magistra, Cruz das Almas – BA, V. 29, N.2 p.235-245, 2018.PEIRÓ, D. F.;ALVES, R. da G. Insetos aquáticos associados a macrófitas da regiãolitoral da represa do Ribeirão das Anhumas (município de Américo Brasiliense, SãoPaulo, Brasil). Biota Neotrop. May/Aug 2006 vol. 6, n. 2.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

LEVANTAMENTO DA RIQUEZA DE DIATOMÁCEAS DO TANQUE DE AROEIRAS (CAETITÉ,

BA)Susie Oliveira Pereira, [email protected], Patricia Maria Mitsuka, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus VI, CaetitéCiências Biológicas - Licenciatura

Palavras-Chave: diatomáceas; macrófitas; reservatório ; ; reservatório

IntroduçãoAs diatomáceas estão presentes no fitoplâncton, perifíton e nossedimentos (ROUND et al,. 1990). Diferentemente das demais algas,possuem parede celular constituída de sílica polimerizada, conferindo aesse grupo uma grande vantagem competitiva. Esse envoltório silicoso(frústula) corresponde até 50% de peso seco (ESTEVES, 1998). Ainda, asdiatomáceas apresentam características como ubiquidade, resposta rápidaàs mudanças ambientais e podem ser facilmente coletadas em grandesquantidades em superfícies pequenas (LOBO et al., 2002). Sendo assim,suas frústulas apresentam duas formas principais: elíptico-arredondadas ealongadas, sendo a primeira, com características da Ordem Centrales e, asegunda, da Ordem Pennales (ESTEVES,1998). Dessa forma, essetrabalho teve por objetivo realizar levantamento da riqueza de diatomáceasdo Tanque das Aroeiras (Caetité, BA), com a finalidade de verificar acomposição associada a diferentes macrófitas aquáticas, além decontribuir para o registro de espécies de diatomáceas e sua distribuição noEstado da Bahia.

MetodologiaPara tanto, foi realizada uma coleta no período seco. Por se tratar de umambiente que se apresenta de maneira bastante heterogênea quanto a suaestruturação ambiental, foram definidas três estações de amostragem aolongo da região marginal em meio a três espécies diferentes de macrófitas,sendo macrófita 01 - Nymphaea sp.; macrófita 02 -Ludwigia sp. e macrófita03 -Polygonum ferrugineum. Para a realização da coleta do materialbiológico, utilizou-se uma rede de plâncton de espessura de malha de 20µm, onde foram filtrados 50 litros de água. O material coletado foiarmazenado e fixado em formol a 5%. Após processo de oxidação paralimpeza das amostras, lâminas permanentes foram confeccionadas. Aidentificação dos organismos ocorreu por meio do microscópio óptico ebibliografias específicas.A frequência de ocorrência foi calculada conforme Dajoz (1983),levando-seem consideração o número de amostras que ocorreram os organismos, emrelação ao número total das amostras coletadas (em porcentagem).

Resultados e discussãoPara o presente estudo foram encontrados representantes pertencentes aordem Centrales (03 táxons) constituindo 13,04% do total e, também,representantes para a ordem Pennales (20 táxons), 86,96% do total.

CENTRALES PENNALES

Aulacoseira Thwaites Amphora Ehrenberg eKutzing

Cyclotella (Kutzing)Brébisson Cocconeis Ehrenberg

Spicaticribra J.R.Johansen,Kociolek & R. Lowe

Diploneis Ehrenberg exCleve

Encyonema KutzingEncyonopsis Krammer

Epithemia KutzingEunotia EhrenbergFragilaria Lyngbye

Gomphonema EhrenbergGyrosigma Hassall

Navicula BoryNeidium Pfitzer

Nitzschia HassallPinnularia Ehrenberg

Placoneis MereschkowskyRhopalodia O.Müller

Sellaphora MereschowskyStauroneis EhrenbergTryblionella W.Smith

Ulnaria (Kutzing) Compère

Considerando as estações de amostragem separadamente, a maiorriqueza foi encontrada na região onde tem a presença da macrófitaLudwigia sp., sendo assim, alguns táxons são representados em apenasuma amostra. Logo, conforme a frequência de ocorrência, foramclassificadas da seguinte forma: constantes, acessórias e raras.

ConclusõesPara o presente trabalho realizado no Tanque de Aroeiras, foi registradoum total de vinte e três gêneros distribuídos em duas ordens Centrales ePennales, sendo esta última, a mais diversa. A estação de amostragemrepresentada pela presença da macrófita Ludwigia sp. caracterizou-se pelamaior representatividade numérica de táxon, totalizando vinte e umgêneros. A maioria dos táxons encontrados foram classificados comoconstantes de acordo o cálculo da frequência de ocorrência.

AgradecimentosA Deus pelo dom da vida e ao Programa de Iniciação Cientifica internodaUNEB(PICIN) pela bolsa concedida a mim, ao Instituto de Botânica –São Paulo pelo apoio e a minha orientadora pela ajuda e compreensão.

Bolsa: PICIN

Referências:ESTEVES, F, A. Fundamentos de Limnologia. 2ª ed. Rio de Janeiro: Interciência,1998.LOBO, E.A., CALLEGARO, V.L.M & BENDER, E.P. 2002. Utilização das algasdiatomáceas epilíticas como indicadoras da qualidade da água em rios earroios da Região Hidrográfica de Guaíba, RS, Brasil. Edunisc, Santa Cruz doSul. (1ª edição).ROUND, F.E., CRAWFORD, R.M. & MANN, D.G. 1990. The diatoms: biology &morphology of the genera. Cambridge University Press, New York.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

BIODIVERSIDADE DE CLADOCERA EM UM ECOSSISTEMA LÊNTICO DO SEMIÁRIDO

BAIANO (REPRESA DE PAJEÚ DOS VENTOS, CAETITÉ-BAHIA)Gildo Rene Sousa Ferreira, [email protected], Patricia Maria Mitsuka, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus VI, CaetitéCiências Biológicas - Licenciatura

Palavras-Chave: Ambientes aquáticos; Bahia; Cladóceros; Semiárido; Riqueza de espécies

IntroduçãoA superexploração dos recursos hídricos ocasiona a redução da qualidadeda água e a poluição dos ecossistemas aquáticos que, somadas àinconstância de chuvas e às elevadas taxas de evaporação, levam àescassez de água no semiárido brasileiro. Dessa forma, a construção dereservatórios é amplamente difundida nestas áreas, pois estesdesempenham importantes benefícios sociais e econômicos.Os reservatórios são ecossistemas artificiais, entretanto possuem umagrande biodiversidade, principalmente de microcrustáceos - organismosque desempenham um papel central na dinâmica de ambientes aquáticos.Diante da grande importância dos cladóceros e dos poucos estudosrealizados no semiárido brasileiro, principalmente no estado da Bahia, opresente trabalho objetivou verificar a estrutura e a composição daspopulações de microcrustáceos (Crustacea/Cladocera) na Represa dePajeú dos Ventos - Caetité, Bahia.

MetodologiaForam realizadas coletas bimestrais entre abril de 2018 e fevereiro de2019 em seis estações de amostragem localizadas na região litorânea doreservatório. Amostras biológicas quali-quantitativas foram coletadas pormeio da filtragem 50 L de água utilizando-se uma rede de plâncton cônico-cilíndrica de espessura de malha de 20 µm e um recipiente plástico comcapacidade volumétrica de 10 L.Posteriormente, o material foi concentrado, acondicionado em frascos devidro e fixado com formalina com concentração final de 5%. Emlaboratório, os organismos foram identificados em microscópio óptico como auxílio de bibliografias específicas. A abundância das espécies foideterminada a partir da subamostragem de 10 mL em uma cubetaquadriculada no microscópio estereoscópico binocular.

Resultados e discussãoForam identificadas oito espécies de cladóceros, pertencentes à seisfamílias: Chydoridae: Alona guttata, Chydorus pubescens e Karualonamulleri; Daphniidae: Ceriodaphnia cornuta rigaudi; Ilyocryptidae: Ilyocriptusspinifer; Macrothricidae: Macrothrix laticornis; Moinidae: Moina micrura e;Sididae: Diaphanosoma spinulosum.O número de espécies de cladócerosencontrados está abaixo do valor que este grupo representa nacomunidade tipicamente zooplanctônica de reservatórios, que é cerca dedez a 20 espécies (ROCHA et al., 1999; SIMÕES; SONODA, 2009).A família Moinidae apresentou uma elevada abundância, comaproximadamente 80% dos indivíduos contabilizados. Sididae deteve 19%da abundância total, já as demais famílias representaram menos de 2% daabundância. A maior riqueza foi registrada em abril/2018, período em queo reservatório apresentou as maiores profundidades e uma grandequantidade de macrófitas aquáticas.Ao longo dos meses, com a redução do volume d’água e da vegetação,houve um decréscimo na riqueza.Observou-se a dominância das espéciesM. micrura e D. spinulosum, que colonizaram todas as estações deamostragem, ocorrendo um aumento da abundância em decorrência dadiminuição da riqueza.Outro aspecto importante que justifica a altaabundância nos últimos meses amostrados é o aumento natural dadensidade do zooplâncton em épocas de maior pluviosidade. Muitosautores também verificaram maiores densidades de comunidadeszooplanctônicas no período chuvoso (MATSUMURA-TUNDISI; TUNDISI,1976; NOGUEIRA; MATSUMURA-TUNDISI, 1996; BONECKER et al.,2001; SIMÕES; SONODA, 2009).

De acordo com o Índice de Constância de Ocorrência (DAJOZ, 1973),verificou-se que 75% das espécies identificadas são raras e 25% sãoconstantes. Os índices Dominance_D e Berger-Parker apontam que umúnico táxon domina completamente a comunidade de cladóceros nasestações 2 e 4. Essa dominância se dá pela alta representatividade daespécie M. micrura, em termos de abundância. Já o índice de Simpson_1-D revela que há uma baixa uniformidade da comunidade em todas asestações. Segundo o índice de Shannon-Wiener, há uma maiordiversidade de espécies nas estações 1 e 5. Por último, o índiceEquitability_J mostra que as estações 1 e 5 são mais uniformes no que dizrespeito à divisão de indivíduos entre os táxons presentes.

ConclusõesA comunidade de cladóceros apresentou variações espaço-temporal.A riqueza de cladóceros no reservatório estudado esteve abaixo dosvalores considerados típicos para estes ecossistemas aquáticos,entretanto foi similar à riqueza de outros tanques do semiárido baiano.A composição e diversidade de cladóceros da Represa de Pajeú dosVentos mostram a relevância dos sistemas aquáticos para biodiversidadeda Caatinga e Cerrado. E indicam que o manejo desses ecossistemasapresenta uma importante função para a biota aquática como um todo,uma vez que os microcrustáceos são elementos chaves nas relaçõestróficas dos reservatórios.

AgradecimentosÀDeus pela sua grandiosidade e a Oxóssi por se fazer presente em todosos momentos da minha vida. ÀPatrícia Mitsuka pelas orientações. À Prof.ªThely Maciel pela ajuda com as análises estatísticas. A Hugo Medradopela ajuda na confecção dos gráficos, imagens e correções. À PalomaMendes e Pedro Henrique por terem me ajudado tanto nas coletas.AoPICIN/UNEB pela concessão da bolsa de Iniciação Científica.

Bolsa: PICIN

Referências:BONECKER, C. C.; LANSAC-TÔHA, F. A.; VELHO, L. F. M.; ROSSA, D. C. TheTemporal Distribution Patter of Copepods in Corumbá Reservoir, State of Goias,Brazil. Hydrobiologia, v. 453/454, p. 375-384, 2001.DAJOZ, R. Ecologia Geral. 2. ed. Editora Vozes Ltda., Petrópolis; Editora daUniversidade de São Paulo, São Paulo. 1973, 472 p.ELMOOR-LOUREIRO, L. M. A. Manual de identificação de cladóceros límnicos doBrasil. Brasília: Universa, 1997. 156 p.MATSUMURA-TUNDISI, T.; TUNDISI, J. G. Plankton studies in a lacustrineenvironment. Oecologia, v. 25, n. 3, p. 265-270, 1976.NOGUEIRA, M. G.; MATSUMURA-TUNDISI, T. Limnologia de um sistema artificialraso (Represa do Monjolinho, São Carlos, SP): dinâmica das populaçõesplanctônicas. Acta Limnológica Brasiliensia, v. 8, n. 1, p. 149-168, 1996.ROCHA, O.; MATSUMURA-TUNDISI, T.; ESPÍNDOLA, E. L. G.; ROCHE, K. F.;RIETZLER, A. C. Ecological theory applied to reservoir zooplankton. In: TUNDISI,J. G.; STRASKRABA, M. (Ed.). Theoretical reservoir ecology and its applications.São Carlos: Instituto internacional de Ecologia. p. 457-576, 1999.SIMÕES, N. R; SONODA, S. L. Estrutura da assembléia de microcrustáceos(Cladocera e Copepoda) em um reservatório do semi-árido Neotropical, Barragemde Pedra, Estado da Bahia, Brasil. Acta Scientiarum. Biological Sciences, Maringá,v. 31, n. 1, p.89-95, 16 abr. 2009.TUNDISI J. G.; MATSUMURA-TUNDISI T.; ABE, D. S. The ecological dynamics ofBarra Bonita (Tietê River, SP, Brazil) reservoir: implications for its biodiversity.Brazilian Journal Biology. v. 68, p. 1079–1098, 2008.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

VARIAÇÃO TEMPORAL DA COMUNIDADE DE COPEPODA DURANTE O PERÍODO DE

ESTIAGEM EM LAGOAS TEMPORÁRIAS NO MUNICIPIO DE GUANAMBI, BAHIAPaloma Mendes Oliveira, [email protected], Patricia Maria Mitsuka, [email protected]

Departamento de Ciências Humanas, Campus VI, CaetitéCiências Biológicas - Licenciatura

Palavras-Chave: Composição de espécies; Copepoda; Lagoas Temporárias; Região Semiárida

IntroduçãoNa região semiárida do país é bastante comum a ocorrência de corposd’água temporários, tais ambientes são favoráveis para o desenvolvimentoda comunidade zooplanctônica, em especial o grupo Copepoda, que sãoimportantes modelos ecológicos. Apesar da sua importância, os estudosvoltados para o grupo zooplâncton, principalmente em lagoas temporáriastropicais no Brasil ainda são escassos. Diante desse aspecto, o presentetrabalho teve como objetivo verificar variação temporal na estrutura dacomunidade de Copepoda durante o período de estiagem em três lagoastemporárias localizadas no município de Guanambi, Bahia, bem como,analisar a influência da secagem das lagoas sobre a estrutura dacomunidade de Copepoda e traçar relação entre os parâmetros biológicose os físico-químicos.

MetodologiaEste trabalho teve como área de estudo três lagoas temporáriaslocalizadas na cidade de Guanambi, no Estado da Bahia, região semiárida.As coletas foram realizadas mensalmente entre o período de abril a julhode 2018. Em cada lagoa foi determinado um ponto de amostragem, ondeforam filtrados entre 50 litros a 10 litros (conforme disponibilidade devolume) de água em rede de plâncton de 20 µm. Em seguida, o materialbiológico foi armazenado em frascos de vidro e fixados em formol a 5%.Posteriormente, os organismos foram identificados com o auxílio debibliografias específicas. Foram aferidos parâmetros químicos e físicoscomo temperatura do ar e água, pH, condutividade e profundidade. Paracalcular a frequência de ocorrência das espécies baseou-se em Dajoz(1983). As análises estatísticas foram realizadas através do programaestatístico Software Past.

Resultados e discussãoPor meio das variáveis ambientais abióticas e aplicando a análise docomponente principal, foi possível verificar que a temperatura da água,condutividade e a precipitação foram correlacionadas com as amostrascoletas na Lagoa 01. Já a profundidade, foi correlacionada com asamostras coletadas na Lagoa 02, e o pH e a evaporação foramcorrelacionados com as amostras da Lagoa 03.Foram registradas um total de treze espécies distribuídas em duasfamílias: Diaptomidae (Notodiaptomus cearensis e Notodiaptomus iheringi)e Cyclopidae (Ectocyclops rubescens, Mesocyclops aspericornis, M.longisetus, M. meridianus, M. ogunnus, Microcyclops anceps, M. finitimus,T. brehmi, T. crassus. T. decipiens, T. minutus).A família Cyclopidae foi a mais representativa em relação a famíliaDiaptomidae, de acordo com Silva (2008), os Cyclopoida são os mais bemsucedidos copépodos dulciaquícolas, habitam todos os tipos de ambientesde água doce, acrescenta-se ainda que estes são os principaiscomponentes da biomassa zooplânctônica em águas tropicais.A Lagoa 01 foi representada por uma riqueza de doze espécies, a Lagoa02 apresentou cinco espécies, e a Lagoa 03, quatro espécies. A Lagoa 01,que obteve maior riqueza de espécies, é caracterizada por possuirmacrófitas aquáticas associadas, o que possibilita uma maior diversidadede espécies, pois a presença de vegetais apoiam uma abundante ediversificada fauna de invertebrados planctônicos contribuindo para oaumento da riqueza de espécies em função da heterogeneidade dehabitats, oferta de recursos e alta variabilidade das características físicas equímicas.De maneira geral, a maioria das espécies foram classificadas como raras,

ocorrendo em até 25% das amostras, as demais foram classificadas comoconstantes, ocorrendo em mais de 50% das amostras. Estudos realizadosem outras regiões da Bahia por Simões; Sonoda (2009), obtiveramresultados diferentes, a maioria das espécies foram classificadas comoacessórias ou raras, poucas foram constantes.

Com a aplicação do índice de diversidade, percebeu-se que os valores deShannon-Wiener foi maior para a Lagoa 01 (2,058), demostrando quenessa lagoa ocorreu uma maior diversidade de espécies, relacionados aosdados de seus principais componentes riqueza e abundância.

Os valores de equitabilidade apontam que a Lagoa 01 (0,828) apresentoumaior homogeneização na distribuição da abundância dos organismos. Aslagoas 02 (1,19) e 03 (1,083) apresentaram valores de diversidade deShannon-Wiener relativamente menores em relação a lagoa 01. Por outrolado, os valores de equitabilidade também ficaram próximos de 1 (um),demonstrando uniformidade na distribuição da abundância dos organismosencontrados, sem indicativo de dominância. Tal fato também se sustentanos dados de Berger-Parker.

ConclusõesCom a realização do presente estudo foi possível perceber que as lagoastemporárias são ambientes favoráveis para o desenvolvimento dacomunidade zooplanctônica, principalmente para os táxons queconseguiram se adaptar a ambientes com tais características e restrições.Nesse contexto, pode-se afirmar que o presente estudo realizado nosemiárido baiano, é uma ferramenta importante para o conhecimento dacomunidade de Copepoda em lagoas temporárias, podendo contribuir emestudos futuros de conservação de ecossistemas aquáticos.

AgradecimentosÀ PPG e ao PICIN pela concessão da bolsa. Agradeço à minha família, àminha orientadora Patrícia Maria Mitsuka por todo ensinamento ededicação, ao grupo de pesquisa em Ecologia do Semiárido e aos meuscompanheiros de coleta e laboratório Gildo Renê e Pedro Henrique.

Bolsa: PICIN

Referências:DAJOZ, R. Ecologia Geral. 4ª ed. São Paulo: Editora vozes, 1983. 472 p.SILVA, W.M. Diversity an distribution of the free-living freswhater cyclopoida(copepoda: crustacea) in the neotropics. Brazilian Journal of Biology. Corumbá,v. 68, n. 4, p. 1099-1106, 30 nov. 2008. Universidade Federal do Mato Grosso doSul.SIMÕES, N.R; SONODA, S.L. Estrutura da assembléia de microcrustáceos(Cladocera e Copepoda) em um reservatório do semi-árido Neotropical, Barragemde Pedra, Estado da Bahia, Brasil. Acta Scientiarum. Biological Sciences,Maringá, v. 31, n. 1, p.89-95, 16 abr. 2009. Universidade Estadual de Maringá. DOI:10.4025/actascibiolsci.v31i1.538.

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XXIII Jornada de Iniciação Científica

LEVANTAMENTO, MAPEAMENTO, DISTRIBUIÇÃO E INFORMATIZAÇÃO DO ACERVO DAFAMÍLIA CERATOPOGONIDAE, TRANSMISSORES DE ARBOVIROSES (OROPOUCHE), DA

COLEÇÃO ENTOMOLÓGICA MANGABEIRA & SHERLOCKJessika Aparecida Rocha Gondim, [email protected], Artur Gomes Dias Lima, [email protected]

Departamento de Ciências da Vida, Campus I, SalvadorMedicina - Bacharelado

Palavras-Chave: Culicoides paraensis; Oropouche; arboviroses

IntroduçãoO gênero Culicoides são dípteros da subordem Nematocera, da famíliaCeratopogonidae. Representam um grupo bastante diversificado eamplamente distribuídos por todos os continentes. Possuem espécieshematófagas, cujas as fêmeas se alimentam de sangue de vertebrados,tornando-as importantes transmissoras de doenças. A famíl iaCeratopogonidae nos anos mais recentes, têm chamado atenção dosserviços de saúde pública, por atuarem como vetores do vírus que causa afebre oropouche e de helmintos do gênero Mansonella¹.Os mosquitos dessa família são conhecidos popularmente como “maruim”,“mosquito pólvora” e “mosquito mangue”, capazes de transmitirem o vírusOropouche que tem grande potencial de disseminação, uma vez que, aespécie Culicoides paraensis está presente em todo continenteamericano².O vírus Oropouche (OROV), pertencente ao grupo Simbu, é um membroda família Bunyaviridae, gênero Orthobunyavirus, o maior gênero de vírusde RNA . Antes restrito a pequenos vilarejos da Amazônia, esse vírus temse alastrado e chegado a grandes cidades do país, podendo causar desdefebre aguda até mesmo meningoencefalites. São poucos os estudosrealizados no Estado da Bahia, e estes datam da década de 60³.A febre de Oropouche é considerada umas das três mais importantesarboviroses nas Américas. Entretanto, por apresentar quadros clínicossemelhantes as outras arboviroses, dificulta determinar sua realincidência³. Os sintomas iniciam abruptamente, acompanhado febre,anorexia, mialgia, cefaleia, dores musculares e nas articulações,fotossensibilidade, bronquite, diarreia, dor abdominal, e sensação dequeimação em todo o corpo. O período de incubação do vírus ocorre entre3 a 8 dias, podendo se estender até 12 dias4.Nesse sentindo, este estudo visa ampliar o conhecimento a respeito daentomologia dos Culicoides, enfocando a espécie Culicoide paraensis,apresentando informações a respeito da sua distribuição geográfico nacidade de Salvador, Bahia, bem como sua relação com a transmissão dovírus ORO, causador da febre de Oropouche.

MetodologiaTrata-se de um estudo descritivo, observacional e retrospectivo, comdados secundários provenientes da Coleção Entomológica Mangabeira eSherlock. As lâminas contendo os exemplares da espécie Culicoidesparaensis da coleção entomológica, foram registradas em planilhas atravésdo software microsoft Excel, com as seguintes variáveis: nota de entrada,espécie, sexo, ano do registro e a localização da captura. O métodoutilizado pelos pesquisadores desta Coleção para obter os espécimes foipor meio de “isca humana” aonde os pesquisadores sentados e com aparte inferior da perna exposta à picaduras, capturava as espécimes pormeio do capturador de aspiração do tipo Castro. Em seguida, eramconservados em álcool para montagem em lâminas definitivas, embálsamo do Canadá.

Resultados e discussãoForam registradas 827 lâminas contendo exemplares da espécieCulicoides paraensis capturadas na cidade de Salvador, Bahia. Osregistros da captura ocorreram entre os anos de 1954 a 1966, em 15bairros da cidade soteropolitana: Graça, Canela, Lobato, Amaralina, RioVermelho, Bonfim, Federação, Boa Viagem, Nazaré, Ondina, Garcia,Pituba, Canabrava, Brotas e Vasco da Gama. Dentre os citados, os queobtiveram maior registro de captura foram: Graça com 421(50,9 %)

lâminas registradas, Canela com 303 (36,64%) registros e Rio Vermelhocom 17 (2,06%). Estivem sem registro 33 (3,99%) lâminas. Por seremhematófagos, os espécimes capturados foram na sua totalidade fêmeas.

Os registros acerca da espécie C. paraensis na cidade de Salvador, Bahia,iniciaram a partir de um estudo realizado por Sherlock & Guitton entre osanos 1959 a 1963, através de uma série de trabalhos sobreDermatozoonose provocada pela picada pelos Culicoides. Neste estudo,foram analisadas lâminas contendo exemplares de Culicoides, obtidosatravés de isca humana. Foram encontradas quatro espécies de Culicoidesnesse período, entretanto houve predomínio da espécie C. paraensis com98% de 2.947 exemplares5.

O primeiro trabalho da série “Dermatozoonose pela picada de Culicoidesem Salvador, Bahia” realizado em 1964 por esses autores, teve comoobjetivo realizar a distribuição geográfica das espécies por bairros, assimcomo neste estudo. Desde essa época, há cerca de 55 anos, não maisforam realizados trabalhos dessa natureza na capital baiana e no estado.Neste trabalho, publicado em 1964, foram registradas 2.807 lâminascontendo exemplares da espécie C. paraensis, em 34 bairros de Salvador.Dentre eles, o que obtiveram maiores registros foram: Canela com 543(19,34%) lâminas, Graça com 1.938 (69,04%), Lobato com 42 (1,50%) eNazaré com 57 (2,03%), o que corrobora com os achados do nosso estudo6.

ConclusõesA febre oropouche já é bastante comum nas regiões Norte e Centro-Oestedo Brasil, principalmente no interior do Pará. No entanto, a espécietransmissora desse vírus, a C. paraensis encontra-se em outras regiões doBrasil, fato este que pode levar a circulação do vírus para estas outrasregiões. O conhecimento histórico, biológico e geográfico dessaentomofauna e fundamental para vigilância e controle dessa doença naBahia e no Brasil.

AgradecimentosAo meu querido orientador, Prof. Dr. Artur Gomes Dias-Lima, e amigosRenata Rabelo e Wemerson Silva. A Universidade Estadual da Bahia(UNEB) e à PICIN pela bolsa concedida.

Bolsa: PICIN

Referências:1. Santos Da Silva C, Felipe-Bauer M, Almeida E, Figueiredo L. Culicoides (Diptera:Ceratopogonidae) do Estado do Río de Janeiro, Brasil. I. Regiao Norte: Municipiode campos dos Goytacazes. Entomología y Vectores. 2001;8:349-58.. 2. Barros,V.L.L.; Marinho,R.M.; Rebêlo, J.M.M. Occurrence of Culicoides Latreillespecies (Diptera, Ceratopogonidae) in Greater Metropolitan São Luís, MaranhãoState, Brazil.Cadernos de saude publica, 2007, 23.11: 2789-2793. Aparício,A.S.; Castellón,E.; Fonseca,F.O. Distribuição de culicoides (dípterac e r a t o p o g o n i d a e ) n a a m a z ô n i a l e g a l a t r a v é s d e t é c n i c a s d egeoprocessamento.Revista Colombiana de Ciencia Animal,2011, 3(2), 283-299.4. Pinheiro FP, Pinheiro M, Bensabath G, Causey OR, Shope RE. Epidemia devírus Oropouche em Belém. Rev Serv Esp Saúde Públ. 1962;12:15-23.5. da Rosa JF, de Souza WM, de Paula Pinheiro F, Figueiredo ML, Cardoso JF,Acrani GO, Nunes MR. Oropouche virus: clinical, epidemiological, and molecularaspects of a neglected Orthobunyavirus. The American journal of tropical medicineand hygiene. 2017 May 3;96(5):1019-306.Sherlock,I.A.; Guitton, N. Dermatozoonosis by Culicoides' bite (Diptera,Ceratopogonidae) in Salvador, State of Bahia, Brazil: III-Epidemiologicalaspects.Memórias do Instituto Oswaldo Cruz,1965,63, 1-12.

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